Joannis Conrad Barchusen
Elementa Chemiae quibus subjuncta est Confectura Lapidis Philosophici Imaginibus Repraesentata 1718 Edição digital para estudo
1) O emblema da pedra filosofal (o lápis) sobre a lua crescente. Há que submeter duas vezes o ouro ordinário (o leão) ao processo de purificação pelo antimônio (o lobo), para livrá-lo de suas impurezas. O dragão é o mercurio filosofal (Mercúrio) 2) O alquimista procurando pela ajuda divina antes de por mãos à obra. 3) O caos. 4) O escuro do lápis. 5) Os quatro elementos.
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6) Os dois círculos representam o pneuma e a alma que se unem no mercúrio filosofal. 7) Os seis planetas encarnam os metais aparentados com Mercúrio, aqui em forma de pássaro. O cofre fechado significa que o caminho ao mercúrio superficial está oculto. 8) O círculos interiores representam os quatro elementos de que compõem a substância básica dos sete metais (as estrelas fixas). 9) O enxofre (sol) e o mercúrio (lua) são os princípios masculino e feminino.
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10) O contato da lua e do sol conferem ao Mercurio a propriedade de fecundar a terra. 11) É necessário que o enxofre e o mercúrio se desprendam da matéria que os contêm mediante a ação do fogo. 12) Purificação do mercúrio filosofal por sublimação. 13) O mercúrio filosofal combinado uma vez mais com o enxofre, para dar lugar a um fluído homogêneo.
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14) 15) 16) 17)
El oro (león) es purificado por su incorporación al antimonio (lobo) O ouro (leão La transmutación se opera por la disolución en el azufre filosofal. Hornillo de atanor. La retorta en la que el azufre se combina con el mercurio.
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18) O mercúrio filosofal se compõe de elementos voláteis saídos do mercúrio (Azougue) e de elementos sólidos derivados do enxofre (Latona). O pássaro representa o espírito mercurial que alimenta a obra. 19 a 21) A corrupção (putrefactio), estado em que os quatro elementos se dissociam e a alma abandona o corpo. O pássaro voando indica que o resíduo corporal deve ser repetidamente misturado com o produto da destilação.
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22-23) O negrume da putrefação (nigredo) se purifica com o azougue, espirito vivente extraído do mercúrio. 24-25) A putrefação (nigredo) abre o caminho para a união (conjunctio) e a fecundação. É a chave da transmutação. A estrela indica que a matéria dobra-se em si mesma, portando em seu seio o germe dos sete metais.
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26-27) A matéria negra (sapo) se faz branca quando mistura-se com enxofre (paloma); um forte calor a obriga a segregar todos os elementos úmidos. 28-29) Os elementos se reestruturam sob o efeito do calor.
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30-33) A extração repetida da essência mercurial mediante a destilação e sua preciptação em forma de rócio provocam a reestruturação dos elementos no matraz.
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34-36) O lápis adquire sua natureza ígnea na sétima destilação. A aparição de Apolo e da Luz anunciam a iminente transmutação da pedra.
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38-41) O elemento úmido se eleva, seguindo do dar, na nona destilação do mercúrio filosofal.
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42-45) Na décima destilação e sua conseguinte umidificação se produz um desdobramento dos elementos. A natureza ígnea do lápis se deposita no fundo do matraz. Assim a água se evapora, dando lugar a formação de nuvens.
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46) A última sublimação do lápis, representando aquí como um pelicano, pássaro que com seu sangue (tintura) devolve a vida de seus filhos mortos (os metais vulgares). 47) A fixação definitiva (fixatio) do lápis, em forma de fênix que renasce das cinzas. 48-49) Os elementos tem sido reunidos e o ópus consumado.
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50-53) Quanto mais transparente e sutil é o lápis, quanto maior consistência possui, maior é sua força de penetração e as cores são mais vivas. Para intensificar estas qualidades se produzem outras sublimações: o lápis será fecundado com o mercúrio filosofal (a serpente) tantas vezes quantas seja necessário, “até que a serpente se devore sua cauda” e se produza a dissolução da pedra.
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A dissolução do lápis (54) e as repetidas destilações ou sublimações (55) com as umidificações conseguintes (56) produzem sua solidificação.
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Se verte novamente o azougue e se aumenta a temperatura (56-60), pois a alma tem que transpirar até a evaporação (61).
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62-65) O lápis necessita uma cocção viva e intensa.
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66-69) Se umidifica novamente a massa, já que quanto mais se destile, maior será a força de penetração e tingimento da pedra.
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70-74) O suplício do fogo, que dura vários dias, produz a maduração da pedra, que se encaminha até sua perfeição e sua ressurreição.
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75-78) “Depois de grande martírio e não menos sofrimentos, eis-me aqui ressucitado, puro e sem mancha”... Alma e espírito tem penetrado o corpo de parte a parte, o Padre e o Filho são Unos, a caducidade e a morte já não tem poder.
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