EXPLORADORES
SÉNIORES PROJECTO EDUCA EDUCATIVO TIVO - RENOVAÇÃO DA ACÇÃO PEDAGÓGICA -
MANUAIS
R . A . P.
I I I S E C Ç Ã O
V e rs ã o
MANUAL DO DIRIGENTE DIRIGE NTE
1 . 0 ( D e z . 2 0 1 6 )
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__________________________________________ ____________________ PERTENCE A : ______________________ ________________________________________ _________________ AGRUPAMENTO: _______________________ ______________________________________________ _________________________ _ REGIÃO: ______________________ ________________________________ ___________ BAIRRO/RUA ONDE VIVO: _____________________
CONTACTO: _____________________
COLECÇÃO DE MANUAIS ‘FLOR-DE-LIZ’ (DIRIGENTES) DIRIGENTES - Projecto Educativo - Manual comum às Secções (260 pág.) LOBITOS - I Secção - Projecto Educativo da I Secção (178 pág.) - Sistema de Progresso (130 pág.) - Caderno de Animação da Alcateia (modelos) (40 pág.) JÚNIORES - II Secção - Projecto Educativo II Secção (174 pág.) - Sistema de Progresso (76 pág.) SÉNIORES - III Secção - Projecto Educativo da III Secção (198 pág.) - Sistema de Progresso (74 pág.) CAMINHEIROS - IV Secção - Projecto Educativo da IV Secção (174 pág.)
FICHA TÉCNICA
AUTOR: Secretariado Nacional para o Programa de Jovens AUTOR: Secretariado EDIÇÃO: ASSOCIAÇÃO EDIÇÃO: ASSOCIAÇÃO DE ESCUTEIROS DE ANGOLA DIRECÇÃO: AEA DIRECÇÃO: AEA – Departamentos Nacionais Nacionais da lª, IIª, IIIª e IVª Secção Secção Redacção, designer gráco e paginação: P. Rui Carvalho, Missionário Passionista e Assessor Assessor do SPJ para Publicação e Método ENDEREÇO: Associação de Escuteiros de Angola Junta Central, Nova Urbanização do Cacuaco, n.º 1 Colabora connosco enviando sugestões, dúvidas e correcções para:
[email protected];
[email protected]; Impressão | Centro Santa Cruz | Paróquia da Santa Cruz & Acabamentos | Uíge
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Associação de Escuteiros de Angola
MANUAIS
R . A . P.
A fnalidade do Movimento escutista é “con-
tribuir para o desenvolvimento dos jovens ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais, quer como pessoas, quer como cidadãos responsáveis e quer, ainda, como membros das comunidades locais, nacionais e internacionais.” In Constituição da Organização Mundial do Movimento Escutista, Artigo I
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A.A
GLOSSÁRIO PEDAGÓGICO PROP OSTA EDUCATIVA PROPOSTA EDUCATIVA – declaração das nalidades últimas da A.E.A., expressando a sua intenção educativa. educa tiva. É baseada na análise das necessidades e aspirações dos jovens num determinado tempo e num contexto sócio-cultural especíco, e serve de: - ideal para os jovens; - referência para a acção continuada dos Dirigentes; - “cartão de visita” para a Sociedade Civil. ÁREA DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL – dimensões consideradas fundamentais na identidade individual, nas quais cada Escuteiro deve progredir para atingir o seu máximo potencial. As 6 Áreas consideradas são: Física, Afectiva, Carácter, Espiritual, Intelectual e Social (FACEIS). OBJECTIVOS EDUCATIVOS – capacidades (Conhecimentos, Competências e Atitudes - CCA) a serem adquiridas por um jovem no nal de um pro cesso educativo. educativo. OBJECTIVOS EDUCATIVOS DE SECÇÃO – Ob jectivos Educativos a serem atingidos por altura da passagem passa gem à Secção seguinte. OBJECTIVOS EDUCATIVOS FINAIS – Objectivos Educativos Edu cativos a serem atingidos no nal do percurso escutista (ao fazer a ‘Partida’ do Clã).
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OPORTUNIDADES EDUCATIVAS – conjunto de todas as Actividades usadas para que cada criança/adolescente, ou jovem, possa desenvolver-se nas 6 Áreas de Desenvolvimento, D esenvolvimento, e que contribuem para ir alcançando os Objectivos Educativos adoptados em cada uma das Secções. ACTIVIDADES – iniciativas e acções, planeadas e desenvolvidas pelos Escuteiros, com acompanhamento adulto, que consubstanciam o jogo escutista e respondem às suas aspirações de descoberta e realização, reali zação, contemplando uma sequência nas fases da escolha, planeamento, concretização e avaliação. SISTEMA DE PROGRESSO (PESSOAL) – conjunto de Oportunidades Educativas (Actividades), procedimentos e instrumentos que são postos à disposição de cada Escuteiro para incentivo e reconhecimento do seu P rogresso rogresso P essoal essoal (PP). PROJECTO EDUCATIVO (PE) – conjunto de objectivos e métodos, traduzidos em Oportunidades Educativas, que contribuem para a construção de um percurso de desenvolvimento pessoal das crianças e jovens. O PROJECTO EDUCATIVO GLOBAL da A.E.A. é composto por 4 Pro jectos complementares, correspondentes a cada umas das Secções. MÉTODO ESCUTISTA – sistema de auto-educação progressiva baseado em: • Lei e Promessa; • Aprender fazendo; • A vida em pequenos grupos (Sistema de Patrulhas); • Progressão Pessoal e avaliação (Sistema de Progresso); • Vida na natureza; • Mística e Simbologia; • Relação educativa. PROGRAMA EDUCATIVO – totalidade daquilo que os jovens fazem no Escutismo (as Actividades), como é feito (o Método Escutista - ME) e a razão porque é feito (a nalidade).
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MANUAIS
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(RENOVAÇÃO DA ACÇÃO PEDAGÓGICA) 6
A
ACÇÃO PEDAGÓGICA 7
(RENOVAÇÃO DA ACÇÃO PEDAGÓGICA) Renewed Aproach to Programme Proposta da Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME) para que as Associações renovem a forma como abordam o programa educativo no Escutismo e repensem a sua oferta pedagógica aos jovens. jov ens. É mais conhecida pela sigla R.A.P.. Em Angola, o nome desta proposta teve a seguinte adaptação: " Renovação da Acção Pedagógica" Uma das faces mais visíveis desta renovação é o novo Sistema de Progresso. PORQUÊ? A nalidade
COMO? Método Escutista
PROGRAMA DE JOVENS
O QUÊ? As Actividades
JOVENS, conforme o denido pela OMME, é a totalidade de: O PROGRAMA DE JOVENS,
O QUE os jovens fazem no Escutismo (Oportunidades Educativas: as activi-
dades e acções). Todas as experiências e situações em que os jovens podem aprender no Escutismo, tanto de uma forma planeada como espontânea;
COMO isso é feito (o Método Escutista); PORQUE é que isso é feito (Programa Educativo); o Objetivo Educativo do
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Escutismo, de acordo com o propósito e os princípios do Movimento.
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OS DESTINA DESTINATÁRIOS TÁRIOS DA ACÇÃO PEDAGÓGICA P EDAGÓGICA A nalidade do Escutismo é, de acordo com o artigo nº1 da Constituição da Organização Mundial do Movimento Escutista, contribuir para o desenvolvimento de crianças e jovens, ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais e a crescerem como pessoas, como cidadãos responsáveis e ainda como membros das comunidades locais, nacionais e internacionais. Assim sendo, para implementar o Programa Educativo da Associação de Escuteiros de Angola de maneira progressiva e adequada a cada Secção, é importante o Dirigente conhecer as características especícas de cada grupo etário. Isto justica-se porque os desaos, vivências, interesses, expectativas e ma turidade que existem nos elementos de cada um dos grupos etários que constituem as nossas Secções são diferentes de grupo para grupo. Por essa razão, os Dirigentes que desenvolvem a sua acção pedagógica numa determinada Secção devem saber caracterizar globalmente os elementos dessa faixa etária, reconhecendo sinais identicadores e característicos do seu nível de desenvolvimento, para lhes poderem proporcionar experiências educativas enriquecedoras e estruturantes. No entanto, isto não é suciente: é também necessário conhecer cada elemento individualmente. Tal como dizia o nosso fundador, Baden-Powell, o Dirigente deve conhecer “todos em geral e cada um em particular”. De facto, e ainda que o desenvolvimento se processe de forma global e gradual, com ritmo diferente
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de elemento para elemento, é necessário caracterizar estes últimos em várias dimensões da personalidade, para que, no Escutismo, se consigam trabalhar as diferentes parcelas do ser. Assim, no nal, a soma das parcelas será superior ao todo. Estas são as dimensões da personalidade a ter em conta: o desen volvimento Físico, desenvolvimento Afectivo, o desenvolvimento do Carácter, o desenvolvimento Espiritual, o desenvolvimento Intelectual e o desenvolvimento Social. Poderíamos descrevê-las, de forma breve, assim: A área do desenvolvimento FÍSICO está relacionada com a responsabilização pelo crescimento e bom funcionamento do organismo de cada um. O desenvolvimento AFECTIVO está relacionado com os sentimentos individuais e a capacidade de os expressar de modo a obter e manter um sentimento de liberdade, equilíbrio e maturidade emocional. A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER diz respeito às responsabilidades para consigo mesmo e ao direito ao auto desenvolvimento, à aprendizagem e ao crescimento em busca de felicidade, respeitando os outros. Relaciona-se ainda com a escolha de objectivos e a denição de acções e opções que permitem concretizá-los. A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL prende-se com o aprofundamento do conhecimento espiritual e a compreensão da herança moral da nosso Grupo Sénior, descobrindo a realidade Mística que dá signicado à vida e retirando conclusões para o dia-a-dia, mantendo o respeito pelas opções religiosas dos outros. O desenvolvimento INTELECTUAL integra o desenvolvimento da capacidade de raciocínio, de inovação e do uso original da informação, relacionando-se ainda com a capacidade de adaptação a novas situações. O desenvolvimento SOCIAL diz respeito à compreensão do conceito de interdependência social e ao desenvolvimento da capacidade de cooperar e liderar liderar..
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No desenvolvimento integral das crianças e jovens, é importante que as actividades escutistas contemplem todas estas dimensões e que as experiências que lhes são proporcionadas e lhes permitem obter mais valias em termos educativos, sejam efectuadas num ambiente seguro, que permitirá a cada elemento adquirir conança em si próprio, nos outros e no mundo. Neste processo, os Dirigentes são sempre, e em todas as situações, o garante do ambiente seguro em que as actividades se desenrolam e não podem em nenhuma circunstância demitir-se deste papel. Ao fazê-lo estariam a colocar em causa a conança que os di versos parceiros (os pais, o próprio elemento, A.E.A., Igrejas/Credos) neles depositam e que neles investiram através dos vários momentos do percurso formativo para se s e ser Dirigente da A.E.A. Cada uma das Secções será devidamente desenvolvida e apresentada, nas suas Áreas de Desenvolvimento da acção pedagógica, em cada fascículo/livro a eles especicamente destinados.
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- APONTAMENTOS APONTAMENTOS ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________
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A.2
O ADOLESCENTE DOS 14 AOS 17 ANOS Em termos gerais, a Adolescência inicia-se entre os 11 e os 13 anos e termina pelos 19 anos – muito embora este seja um período incerto, dado que varia bastante. Tudo depende, basicamente, da natureza do indivíduo, da sua história pessoal e das características sociais e culturais do Grupo Sénior onde vive. Assim sendo, é possível, por exemplo, que alguns adolescentes ado lescentes de 13 ou 14 anos se situem ainda numa fase muito infantil, enquanto que outros já adquiriram autonomia e maturidade próprias de uma idade mais avançada. Esta é a razão por que talvez importe reectir sobre a fase da adolescência como um todo, sem fazer uma distinção concreta/real entre Júniores e Séniores: alguns Júniores podem revelar já uma matumatu ridade acima da média, enquanto que alguns Séniores podem situar-se, situar-se, ainda, num estádio de desenvolvimento mais atrasado. No entanto, convém que os Dirigentes tenham a noção de que, por norma, no Grupo Júnior J únior e no Grupo Sénior encontram dois grupos distintos de rapazes e raparigas que diferem muito entre si no que diz respeito à sua maturação e à sua maneira de ser, comportamentos e expectativas. Assim sendo, e porque as necessidades de aperfeiçoamento pessoal são distintas, devem ser diferentes as formas de actuação de um adulto em cada um dos grupos. Pegue-se em experiências únicas, personalidades irrepetíveis, interesses múltiplos, ideias em constante mudança, vivências pessoais, contextos diferenciados e aí encontraremos qualquer um dos nossos grupos. É perante esta junção de sujeitos que qualquer Dirigente se depara, na Unidade em que trabalha. Se os rapazes e raparigas com quem trabalhamos são tão distintos entre si, será pouco ecaz adoptar métodos e
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técnicas únicos e pré-determinados, já que corremos o risco de muitos adolescentes carem pelo caminho, desistindo ou, pior ainda, sentindo a exclusão num movimento que se pretende aberto e solidário. Quando falamos de desenvolvimentos diferenciados, falamos de uma possibilidade educativa abrangente e positiva que não inclui, certamente, o atenuar e ‘camuar’ de diferenças e diculdades, mas que pretende a integração de aprendizagens em que todos beneciam e onde existe um espaço onde cada pessoa pode construir o seu projecto de trabalho. Assim, a diversidade implica sempre sempre instabilidade, instabilidade, dúvidas, reorganizações, ritmos que não se repetem e ser-nos-á prejudicial manter uma rigidez nas estratégias e pedagogias.
AS 6 ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO
Desenvolvimento Físico
O desenvolvimento do corpo, sobretudo nestas idades, determina fortemente algumas características da personalidade de cada adolescente, pelo que é importante compreender cada transformação física e, assim, entendermos alguns comportamentos e reacções. Entre os 15 e 17 anos dá-se um aumento do tamanho corporal, formas e capacidades físicas, desaparecendo a tendência para a descoordenação física, tão típica dos anos anteriores. Estabelece-se também a maturidade sexual e reprodutiva e desenvolve-se, de forma mais estável, a identidade sexual. Toda esta estabilidade potencia o desenvolvimento de novas capacidades, impulsos e potencialidades que é preciso identicar, experimentar e controlar controlar..
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No Grupo Sénior deve-se: - fomentar um ambiente tranquilo e respeitador, que permita ajudar cada um conhecer e respeitar o seu corpo, aceitando com serenidade as mudanças; - estimular o respeito pelo outro sexo, valorizando as diferenças físicas existentes; - desenvolver a aptidão corporal através de actividades estimulantes que desaem a descoberta de novas capacidades físi cas.
Desenvolvimento Afectivo
Nos adolescentes desenvolvem-se especialmente a necessidade de armação como indivíduo (marcada em especial pela identicação com heróis, com quem o adolescente aspira a parecer-se) e a necessidade de desenvolver as suas amizades. A atenção atenção que um adulto presta a um adolescente desta idade deve estar muito virada para a compreensão destas emoções, dado que elas podem originar desequilíbrios a nível de comportamentos. Perto dos 14 anos, a necessidade de criar e renovar amizades e de se armar como indivíduo é agora preponderante. Esta é a altura das amizades profundas e “para toda a vida”, em que a escolha dos amigos vai sempre ao encontro daquilo que o adolescente considera ser os padrões certos de agir, pensar e falar. Procura-se não a diferença, mas a semelhança (a Adesão a novos valores marca a escolha dos amigos), o melhor amigo surge como condente e companheiro preferido e há uma maior consideração pelos sentimentos dos outros. Para além disto, surge a necessidade de estabelecer uma ligação afectiva com outra pessoa. Este é, assim, o período da atracção, das grandes paixões e dos primeiros amores (surge mais cedo nas raparigas).
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Claro que toda esta procura vem acompanhada de grandes períodos de instabilidade emocional, com mudanças de humor súbitas – em que num momento é possível estar muito bem, noutro em profunda tristeza e desânimo –, dado que há uma alternância entre o que se sonha e aquilo que é possível. Os períodos de tristeza são, em geral, períodos de isolamento. Na III Secção, o Dirigente deve: - ajudar o adolescente a perceber como deve lidar com as diferentes emoções; - auxiliar a escolher as amizades em função de valores positivos.
Desenvolvimento do Carácter Pelos 15-17 anos observam-se verdadeiras crises de identidade, em que o adolescente se vira para si mesmo para operar uma descoberta consciente do “eu” e procurar algo que lhe seja próprio, só seu. Este processo, em que se dá um alargamento das actividades realizadas por iniciativa própria, nem sempre é pacíco, na medida em que podem surgir problemas de auto-estima e conitos (não é criança, mas tam bém não é adulto, embora se considere igual a ele). Para além disto, os esforços dirigem-se sobretudo para a procura de novos modelos de comportamento (os modelos de identicação deixam, dei xam, muitas vezes, de ser os pais para serem outros adultos de referência ou os pares), o que pode produzir uma consequente alteração do sistema de valores. Por m, o adolescente tem tendência a construir grandes sonhos e aspirações e a desenvolver sentimentos de invulnerabilidade. É frequente, a este nível, que o adolescente se proponha a refazer a so-
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ciedade na qual é chamado a viver, não dando atenção a potenciais situações de risco em que se pode colocar. No Grupo Sénior, o Dirigente deve: - encorajar a discussão de ideias sobre o papel que cada um ocupa no espaço familiar e social e os valores que devem ser defendidos; - actuar de forma cuidadosa e coerente, dado que facilmente se pode converter num modelo de vida; - auxiliar os seus elementos a reconhecer as potenciais situações de risco, ajudando-os a encontrar estratégias de resolução de problemas. pro blemas.
Desenvolvimento Espiritual A adolescência marca o momento de passagem entre a chamada Fé de criança, herdada dos pais e da vivência em comunidade, e a Fé pessoal, interior, que se interliga com os próprios actos, numa busca do sentido das coisas, sem que haja uma aceitação tácita de princípios. Dos 11 11 aos 14 anos, surge uma maior preocupação com as questões morais e um melhor entendimento destas. A partir dos 15 anos, a simbologia, o interesse por outras vivências de Fé e por problemas éticos e de defesa de valores tornam-se marcos das vivências espirituais dos adolescentes. Nesta fase, surge um interesse mais marcado por ideologias e religiões diferentes da sua, que é acompanhado por alguma reserva na expressão de questões espirituais e convicções da sua própria religião. Para além disto, começam a pôr-se em causa as práticas religiosas da infância. Isto não invalida, contudo, o interesse por problemas éticos e ideológicos. Na verdade, por volta dos 16 anos, o adolescente começa a apreciar a utilização
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de símbolos para expressar signicados espirituais, é frequentemente radical ra dical na defesa de valores e chega a demonstrar, por vezes, capacidade de um grande altruísmo. Tem, também, a noção de que é necessário estabelecer contratos e seguir as mesmas ‘leis’ para haver entendimento no grupo.
Na III Secção, o Dirigente deve ajudar o Sénior a: - identicar-se com o Jesus Cristo e a vê-l’O como exemplo de defesa radical dos valores cristãos; - compreender a validade e riqueza das celebrações comunitárias, espaço privilegiado de comunhão com Deus e os irmãos; - assumir-se como cristão comprometido com o mundo.
Desenvolvimento Intelectual Dos 15 aos 17 anos, a capacidade de raciocínio melhora: surgem as hipóteses e deduções de relações entre as coisas que permitem criticar o estabelecido, produzir interrogações sobre o futuro e sobre a sociedade, forjar argumentos lógicos e detectar, rapidamente, falhas nos argumentos dos outros. Isto implica que, antes de agir, o adolescente apresenta já uma predisposição (ainda que tenha de ser solicitada) para reectir sobre os assuntos, ponderando hipóteses e alargando o seu pensamento à perspectiva dos outros. Revela, assim, capacidade para estar alerta, mas ainda está sujeito a devaneios e ao “sonhar acordado”. Começam-se, também, a denir interesses e vocações, na medida em que o adolescente começa a pensar no futuro e a elaborar programas de vida.
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No Grupo Sénior deve-se: - encorajar a discussão de ideias, estimulando a exploração de diversas perspectivas, hipóteses e soluções; - estimular a reexão pessoal sobre interesses, sonhos e capaci dades.
Desenvolvimento Social Na busca por um comportamento autónomo, o adolescente desenvolve uma compreensão genuína do que signica fazer parte de um grupo e adere voluntariamente às suas normas, que assumem um carácter absolutamente sagrado (a equidade e justiça, por exemplo, são levadas muito a sério – “se eu não posso quebrar as regras o outro também não pode” ou “é justo que ele venha à actividade porque ajudou a planeá-la”). Dá-se, assim, um período de expansão social em que se formam relações de lealdade que começam a ser mais importantes para o adolescente do que quaisquer outras (é o grupo que manda). Nesta fase, desenvolve-se o conceito de género (homem e mulher) e respectivos papéis. O adulto precisa de estar atento, pois os estereótipos ligados a cada género (um homem faz isto, uma mulher aquilo) têm uma inuência poderosa nas percepções dos adolescentes, o que leva, geralmente, a que os desvios aos papéis tradicionais sejam alvo de críticas e gozo. Pode-se ainda armar que, num âmbito geral, os rapazes são vistos como mais aventureiros e dispostos a actividades activi dades que envolvam riscos, sendo também mais assertivos na Adesão a grupos, enquanto que as raparigas tendem a ser mais conscientes socialmente, mais atenciosas a novos membros e mais exíveis nos seus estereótipos do que os rapazes. Perante isto, por norma, na interacção entre adolescentes de ambos
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os sexos, surgem fronteiras físicas demarcadas. Em geral, ainda se denem por grupos separados por género e por anidade de interesses, existindo sempre uma certa rivalidade natural entre sexos. Contudo, têm um gosto especial pelo trabalho em equipa (embora conservem um espírito independente), pelo que conseguem muito bem desenvolver actividades em conjunto, principalmente se à rivalidade se sobrepuser a necessidade de trabalhar em conjunto para atingir um determinado m. Quando assim acontece, desenvolvem relações de pares basea das no respeito e apoio mútuos. Na passagem para os anos seguintes, o adolescente vê as relações como um processo de partilha mútua onde todos podem vir a beneciar de satisfação e compreensão social. Assim, entre os 14 e os 17 anos, os adolescentes possuem uma grande capacidade de adaptação a novos grupos sociais e estabelecem relações fáceis com outros (da mesma idade ou de outras), desde que o seu modo de ser se enquadre nos seus padrões de acção. Isto gera duas situações distintas. Por um lado, existe alguma incerteza em relação ao que são as expectativas do grupo e àquilo que é esperado ou aceite, o que gera uma preocupação injusticada (sentem que são o alvo constante das atenções dos outros). Por outro lado, começam a viver em grupos mais unidos, baseados na conança mútua, onde há a procura de uma identidade comum. Por m, este é, também, um período de reestruturação social, onde predomina a rebeldia contra a autoridade estabelecida e se escuta melhor a opinião de alguém que é diferente. Assim, podem surgir comportamentos negativos de inconformismo e de agressividade para com os outros. Para além disso, os adolescentes podem ser extremamente críticos e francos na expressão da sua opinião, sentindo, muitas vezes, que as suas experiências são únicas e ninguém as pode compreender.
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Na III Secção, o Dirigente deve ajudar o Explorador Sénior a: - compreender que, apesar de pertencer a um grupo, ele é uma pessoa com características próprias a respeitar e a desenvolver; - construir grupos coesos e que defendam valores positivos; - tomar consciência de que a autoridade não é sempre negati va e que a negociação é um caminho mais positivo do que a agressividade agressi vidade e a rebeldia.
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- APONTAMENTOS APONTAMENTOS __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________ __________________________________________ ____________________ _______________________________ _________
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B PROJECTO EDUCATIVO QUE O ESCUTISMO OFERECE 23
- APONTAMENTOS APONTAMENTOS ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________ ___________________________________________ _____________________ ______________________________ ________
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B2
ÁREAS DE DESENVOL DESENVOLVIMENTO, VIMENTO, E OBJECTIVOS EDUCATIVOS O Escutismo considera muito importante o desenvolvimento integral de todos os aspectos da personalidade das crianças e dos jovens. Neste sentido, e depois de analisadas as intenções do fundador do Movimento Escutista e as diversas dimensões da personalidade humana, foram estabelecidas seis Áreas de Desenvolvimento pessoal que são, assim, o instrumento para a aplicação prática da Proposta Educativa.
São elas:
Desenvolvimento físico
Incentiva o conhecimento e desenvolvimento do corpo.
F
Desenvolvimento afectivo
Favorece a equilibrada orientação dos afectos e a valorização pessoal.
A
Desenvolvimento do carácter
Promove o aperfeiçoamento de valores ede atitudes e o ser mais.
C
Aprofunda o sentido de Deus.
E
Desenvolvimento intelectual
Fomenta a exploração e criatividade.
I
Desenvolvimento social
Estimula o encontro, a partilha e o sentido do outro.
S
Desenvolvimento espiritual
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Em cada uma das Áreas de Desenvolvimento Pessoal (ADP) estão identicadas prioridades que tomam em conta as necessidades e aspirações das crianças, dos adolescentes e dos jovens em particular. São, assim, caminhos de crescimento a trabalhar em cada área que denem os objectivos de crescimento a atingir no nal do tempo vivido em cada Secção. Estão constituídos por um conjunto de Objectivos Educativos (OE) que têm em conta as necessidades de crescimento e aspirações das crianças e dos jovens e procuram ajudá-los a desenvolver as suas capacidades [Conhecimentos, Competências e Atitudes - CCA]. Neste sentido, foram criados Objectivos Educativos nais, que são os objectivos a serem atingidos, em cada c ada área, no nal do percurso educativo (ou seja, à saída da IV Secção). Procurar-se-á também criar Objectivos Educativos de Secção, que constituem metas intermédias a serem cumpridas aquando da transição de uma Secção para a seguinte. Em cada Secção, os elementos são chamados a percorrer percorrer,, para cada Etapa de Progresso, um conjunto de objectivos que devem procurar atingir. Só se considera uma Etapa cumprida quando o elemento conseguiu crescer a ponto de cumprir todos os objectivos daquela Etapa. Neste âmbito, a IV Secção apresenta uma variação. Os Caminheiros são convidados a escolher directamente os objectivos que pretendem alcançar em determinado momento. Assim, aumenta-se a liberdade de escolha do jovem e permite-se uma maior sintonia destas escolhas com o seu PPV. Devido à sua maturidade, acredita-se que o Caminheiro é capaz de escolher, em consciência, o seu percurso, sem necessitar da estruturação que as Etapas oferecem.
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ÁREAS Os objectivos de cada Etapa relacionam-se com: A área do desenvolvimento FÍSICO: u rentabilizar e desenvolver as suas capacidades; destreza física; conhecer os seus limites; u conhecimento e aceitação do seu corpo e do seu processo de maturação; u manutenção e promoção: exercício; higiene; nutrição; evitar comportamentos de risco. O desenvolvimento AFECTIVO: u auto-expressão; intereducação; valorização dos laços familiares; opção de vida; sentido do belo e do estético; u saber lidar com as emoções ( controlar/ exprimir ); manter um estado interior de liberdade; maturidade; u conhecer -se; aceitar -se; valorizar-se. A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER: u a tornar-se independente; capacidade de optar; construir o seu quadro de referências; u ser consequente; perseverança e empenho; levar a bom termo um projecto assumido; u viver de acordo com o seu sistema de valores; defender as suas ideias. A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL: u disponibilidade interior; interiorização progressiva; busca do transcendente, no especíco cristão; u dar testemunho pelos actos do dia-a-dia; viver em comunidade; estar aberto ao diálogo inter-religioso; u integração e participação activa na Igreja a que pertence; participar na construção de um mundo novo; evangelização. O desenvolvimento INTELECTUAL: u desejo de saber; procura e selecção de informação; iniciativa; auto-formação; u capacidade de análise e síntese; utilização de novas técnicas e métodos; selecção de estratégias de resolução; análise crítica da solução encontrada; capacidade de adaptação a novas situações; u apresentação lógica de ideias; criatividade; cri atividade; discurso adequado. O desenvolvimento SOCIAL: u direitos e deveres; tolerância social; intervenção social; u serviço; interajuda; tolerância; u assertividade; espírito de equipa; assumir o seu papel nos grupos de pertença.
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OBJECTIVOS EDUCATIVOS - III Secção
PROGRESSO PESSOAL O Progresso Pessoal dos Séniores está dividido em quatro Etapas: Adesão, Identidade, Autonomia e Vivência . Só pode fazer a Promessa quem completou a Etapa de Adesão, Adesão, depois de, na Promessa, ter conquistado o tão desejado Lenço Azul; a sua Progressão ainda não terminou, pois ainda deve crescer muito como Escuteiro e como Pessoa. E, à medida que vai progredindo, vai conquistando várias Insígnias que, todas juntas, formam uma única Insígnia maior, maior, símbolo do seu crescimento pessoal. pessoal.
ETAPAS do PROGRESSO PESSOAL ADESÃO
IDENTIDADE
AUTONOMIA
VIVÊNCIA
(Bronze)
(Prata)
(Ouro)
Insígnia completa
Para que possa completar o seu Progresso Pessoal, deverá desenvolver as suas capacidades em seis Áreas distintas e muito FACEIS (Áreas: Física, Afectiva, Carácter, Espiritual, Intelectual e Social). Cada Área tem vários Objectivos, divididos por Etapas, que deverão ser atingidas ao longo da sua caminhada enquanto Sénior; mas existem regras: - As Etapas têm uma ordem (Adesão, Identidade, Autonomia e Vivência), não é possível saltar Etapas; - É o Sénior que decide a altura de atingir os Objectivos (já denidos pela AEA), no seu seu Progresso dentro dentro de cada uma das 3 Etapas, Etapas, em conjunto com a sua Patrulha e a sua Equipa de Animação.
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ETAP APAS AS do PROGRESS PROGRESSO O ÁREAS Os objectivos nas 3 ET O desenvolvimento FÍSICO
I - IDENTIDADE u u
F1. Assumir tua própria responsabilidade para o desenvolvimento harmonioso do seu corpo. F2. Identicação das necessidades.
II - AUTONOMIA
F3. Valorizar a sua aparência, cuidar da sua higiene pessoal e dos outros. u F4. Manter uma dieta simples e apropriada.
u
III - VIVÊNCIA u
u
F5. Alcançar um equilíbrio na distribuição do seu tempo entre as suas diferentes obrigações e praticar actividades apropriadas de lazer lazer.. F6. Procurar alcançar eciência no equilíbrio do seu corpo.
O desenvolvimento AFECTIVO:
I - IDENTIDADE u A1.
Alcançar Alca nçar e manter um autocontrolo em equilíbrio com a sua maturidade emocional. u A2. Exteriorizar-se aos outros actuando de forma generosa e afectuosa sem estar inibido ou ser agressivo.
II - AUTONOMIA u A3.
Procurar uma felicidade pessoal baseada no amor e no serviço aos outros sem esperar em troca uma recompensa, e valorizar os outros tal como são. u A4. Conhecer, Conhecer, aceitar e respeitar respeitar a sua sexualidade sexualidade e a dos outros como uma expressão de si e do amor.
III - VIVÊNCIA u A5.
Reconhecer Recon hecer o casamento e a família como base nuclear de uma sociedade. u A6. Valorizar Valorizar e aprender das opiniões opiniões expressas na sua comunidade a seu respeito e mostrar apreço especial aos mais velhos que lá habitam e não só.
29
A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER:
I - IDENTIDADE u
u
C1. Reconhecer as suas possibilidades e limitações e ser crítico para consigo mesmo, aceitando-se a si, procurando preservar a sua imagem. C2. Tomar a sua responsabilidade para o seu desenvolvimento pessoal e esforçar-se por avaliar regularmente os progressos feitos.
II - AUTONOMIA u u
C3. Elaborar um plano de vida com base nos valores escutistas (Lei, Princípio e Promessa). C4. Actuar em coerência com os valores defendidos.
III - VIVÊNCIA u u
C5. Ter a vida como algo caro e especial e manter um sentido de humor. C6. Procura de fonte de inspiração para opções futuras e Plano de Vida.
A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL:
I - IDENTIDADE u u
E1. Descoberta e reconhecimento de Deus na natureza. E2. Adesão aos princípios espirituais e ser leal para com a religião que professa e aceitar os deveres resultantes desta.
II - AUTONOMIA u u
E3. Prática pessoal da oração como meio da expressão do amor de Deus e meio de comunicação com Ele. E4. Aplicar os princípios religiosos da sua conssão, na sua vida pessoal e procurar uma coerência entre a sua fé, a sua vida e o seu testemunho na sociedade.
III - VIVÊNCIA u u
30
E5. Desenvolver um espírito ecuménico. E6. Fidelidade e rmeza para com a sua crença.
O desenvolvimento INTELECTUAL:
I - IDENTIDADE u
u
I1. Alargar os seus conhecimentos aprendendo sistematicamente sobre novas coisas e desenvolver um sentido crítico das coisas. I2. Actuar com uma agilidade mentalidade nas situações mais adversas, desenvolvendo assim a sua capacidade de ensino-aprendizagem, de inovação e de aventura.
II - AUTONOMIA u
u
I3. Combinar os conhecimentos teóricos e práticos através da aplicação constante das habilidades técnicas e manuais. manu ais. I4. Fazer a escolha da sua vocação tomando por consideração as suas atitudes, capacidades e interesses valorizando ao mesmo tempo as vocações dos outros membros da Patrulha/Grupo.
III - VIVÊNCIA u
u
I5. Expressar os seus pensamentos e sentimentos em forma de representações e criar um ambiente propício para facilitar a comunicação mútua para as representações na comunidade (Patrulha, Grupo, comunidade). r amos de I6. Valorizar as tecnologias de informação, outros ramos saber assim como recorrer aos métodos cientícos na compreensão e resolução de problemas.
O desenvolvimento SOCIAL:
I - IDENTIDADE u u
S1. Desenvolvimento do sentido de uma vida livre e exercício da defesa dos direitos e deveres com outros. S2. Reconhecimento e respeito da lei constitucional de Angola e das outras formas de autoridades legais ao serviço dos outros e cooperação com as normas estabelecidas pela sociedade/comunidade.
II - AUTONOMIA u u
S3. Serviço e solidariedade comunitária na promoção de uma sociedade cooperativa e participativa. S4. Identicar-se com os valores do seu País, do seu grupo etnolinguístico e da sua cultura.
III - VIVÊNCIA u
u
S5. Luta pela Paz e entendimento através da promoção da cooperação, da irmandade e pela descoberta de outros povos. S6. Conservação do meio ambiente e luta pela defesa da integridade int egridade da fauna e ora.
31
Validação dos OBJECTIVOS Auto Validação
Hetero Validação
Hetero Validação
• Conselho de Patrulha
• Individual
• Conselho de Guias
Hetero Validação • Chefe de Unidade
- Para validar um OBJECTIVO, é o próprio Sénior que propõe a sua validação. vali dação.
Validação das ETAPAS Áreas de Desenvolvimento
1ª Etapa IDENTIDADE
2ª Etapa AUTONOMIA
FÍSICO
2
2
2
AFECTIVO
2
2
CARÁCTER
2
X
X X
ESPIRITUAL
2
2
2
INTELECTUAL
2
2
2
SOCIAL
2
2
X
ETAPA COMPLETA Para Completar uma Etapa necessita de perfazer doze Objectivos, dois por cada Área de Desenvolvimento.
32
ETAPA INCOMPLETA Se faltar validar uma Área de Desenvolvimento, Desen volvimento, a Etapa não está completa.
3ª Etapa VIVÊNCIA
ETAPA INCOMPLETA Apesar de faltarem Objectivos da Etapa anterior, pode continuar o seu Progresso Pessoal. Contudo, só muda de Etapa quando a anterior estiver completa.
CCoonnssttrruui irr! ! Objectivos ObjectivosEducativos Educativos
SÉNIORES SÉNIORES
III SECÇÃO III SECÇÃO 1ª Etapa 1ª Etapa
IDENTIDADE IDENTIDADE 2ª Etapa 2ª Etapa
AUTONOMIA AUTONOMIA 3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA
F1. Assumir F1. Assumir a sua própria a sua própria responsabresponsabresponsab-F2. Identicação responsabF2. Identicação das necessidades. das necessidades. ilidade ilidade para o para desenvolvimento o desenvolvimento harmonioso harmonioso do seudo corpo. seu corpo. F3. Valorizar F3. Valorizar a sua aparência, a sua aparência, cuidar da cuidar da F4. Manter F4. Manter uma dieta umasimples dieta simples e e sua higiene sua higiene pessoalpessoal e dos outros. e dos outros. apropriada. apropriada. um equilíbrio equilíbrio um equilíbrio equilíbrio na distribuição distribuição na distribuição distribuição do seu seu do seu seu F5. Alcançar F5. Alcançar F6. Procurar F6. Procurar alcançar alcançar eciência eciência no no tempo entre tempo as entre suas as diferentes suas diferentes obrigações obrigações e e equilíbrio equilíbrio do seu do corpo. seu corpo. praticar actividades praticar actividades apropriadas apropriadas de lazer.de lazer.
A1. Alcançar A1. Alcançar e manter e manter um autocontrolo um autocontrolo A2. Exteriorizar-se A2. Exteriorizar-se aos outros aos outros actuando actuando em equilíbrio em equilíbrio com a com sua maturidade a sua maturidade de forma de generosa forma generosa e afectuosa e afectuosa sem sem IDENTIDADE IDENTIDADE emocional. emocional. estar inibido estar inibido ou ser ou agressivo. ser agressivo. 1ª Etapa 1ª Etapa
A3. Procurar A3. Procurar uma felicidade uma felicidade pessoal baseada pessoal baseada no no A4. Conhecer, Conhecer A4. Conhecer, Conhecer , aceitar , aceitar e respeitar respeitar e respeitar resp a eitar sua a sua amor e noamor serviço e noaos serviço outros aos sem outros esperar semem esperar em sexualidade sexualidade e a dos e outros a dos outros como uma como uma troca umatroca recompensa, uma recompensa, e valorizar e valorizar os outrosos outros AUTONOMIA AUTONOMIA expressão expressão de si ede dosiamor. e do amor. tal como tal sãocomo são 2ª Etapa 2ª Etapa
3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA
omar responsabilidade a sua responsabilidade para o seu para o seu as suas as possibilidades suas possibilidades e lim- e lim-C2. Tomar C1. Reconhecer C1. Reconhecer C2.aTsua
1ª Etapa 1ª Etapa
IDENTIDADE IDENTIDADE 2ª Etapa 2ª Etapa
AUTONOMIA AUTONOMIA 3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA 1ª Etapa 1ª Etapa
IDENTIDADE IDENTIDADE
itações eitações ser crítico e serpara crítico consigo para consigo mesmo,mesmo, aceitando-se aceitando-se a si, procurando a si, procurando preservar preservar a sua imagem. a sua imagem.
desenvolvimento desenvolvimento pessoal pessoal e esforçar-se e esforçar-se por por avaliar regularmente avaliar regularmente os progressos os progressos feitos. feitos.
C3. Elaborar C3. Elaborar um plano umde plano vidade com vidabase com base C4. Actuar C4. Actuar em coerência em coerência com oscom valores os valores nos valores nos valores escutistas escutistas (Lei, Princípio (Lei, Princípio defendidos. defendidos. e Promessa). e Promessa). C5. TerC5. a vida Ter como a vidaalgo comocaro algoe caro especial e especial C6. Procura C6. Procura de fonte dede fonte inspiração de inspiração para para e manter e manter um sentido um sentido de humor. de humor. opçõesopções futurasfuturas e Planoe de Plano Vida. de Vida. E1.Descoberta E1.Descoberta e reconhecimento e reconhecimento de de E2. Adesão E2. Adesão aos princípios aos princípios espirituais espirituais e ser e ser leal para leal com para a religião com a religião que professa que professa e e Deus na Deus natureza. na natureza. aceitar aceitar os deveres os deveres resultantes resultantes desta. desta.
E4. Aplicar os princípios os princípios religiosos religiosos da sua da sua E3. Prática E3. Prática pessoalpessoal da oração da oração como meio como meioE4. Aplicar
2ª Etapa 2ª Etapa
AUTONOMIA AUTONOMIA 3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA
conssão na sua vida na sua pessoal vida pessoal e procurar e procurar da expressão da expressão do amordodeamor DeusdeeDeus meio e meio conssão uma coerência uma coerência entre a sua entre fé,aasua suafé, vida a sua e vida e de comunicação de comunicação com Ele. com Ele. o seu testemunho o seu testemunho na sociedade. na sociedade.
E6. Fidelidade E6. Fidelidade e rmeza e rmeza para com para a com a E5. Desenvolver E5. Desenvolver um espírito um espírito ecumén ecuménico. ecumén ecuménico. ico. ico. sua crença. sua crença. Actuar umacom agilidade uma agilidade mentalidade mentalidade nas siI2. Actuar I2. com I1. Alargar I1. Alargar os seusosconhecimentos seus conhecimentos aprendendo aprendendo
1ª Etapa 1ª Etapa
IDENTIDADE IDENTIDADE
nas si-
mais adversas, desenvolvendo assim assim mais adversas, desenvolvendo sistematicamente sistematicamente sobre novas sobre coisas novas coisas e e tuações tuações sua capacidades a sua capacidades de ensino-aprendizagem, de ensino-aprendizagem, de de desenvolver desenvolver um sentido um crítico sentidodas crítico coisas. das coisas. ainovação inovação e de aventura. e de aventura.
a escolha Fazer ada escolha sua vocação da sua vocação tomando tomando por con- por conI3. Combinar I3. Combinar os conhecimentos os conhecimentos teóricosteóricos e e I4. FazerI4.
2ª Etapa 2ª Etapa
AUTONOMIA AUTONOMIA
práticospráticos atravésatravés da aplicação da aplicação constante constante das habilidades das habilidades técnicastécnicas e manuais. e manuais.
sideraçãosideração as suas atitudes, as suas atitudes, capacidades capacidades e inter- e interesses valorizando esses valorizando ao mesmo aotempo mesmo astempo vocações as vocações dos outros dos membros outros membros da Patrulha/grupo. da Patrulha/grupo.
I5. Expressar I5. Expressar I6. Valorizar os seus pensamentos os seus pensamentos e sentimentos e sentimentos em forma emI6. forma Valorizar as tecnologias as tecnologias de informação, de informação, outros outros
3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA 1ª Etapa 1ª Etapa
IDENTIDADE IDENTIDADE
de representações de representações e criar umeambiente criar um ambiente propício para propício para ramos deramos saber de assim saber como assim recorrer comoaos recorrer aos facilitar a comunicação facilitar a comunicação mútua para mútua as representações para as representações métodos métodos cientícoscientícos na compreensão na compreensão e r esolução e r esolução na comunidade na comunidade (Patrulha,(Patrulha, grupo, comunidade). grupo, comunidade). de problemas. de problemas.
e respeitoeda respeito Lei Constitucional da Lei Constitucional de de S2. Reconhecimento S2. Reconhecimento S1. Desenvolvimento S1. Desenvolvimento do sentido do sentido de umade uma e Angola das outras e das formas outrasdeformas autorida autoridades dedes autorida autoridades legaisdes legais vida livre vidae livre exercício e exercício da defesa da defesa dos dos Angola ao serviçoaodos serviço outros dose outros cooperação e cooperação com as norcom as normas estabelecidas mas estabelecidas pela sociedade/comunidade. pela sociedade/comunidade. direitosdireitos e deveres e deveres com outros. com outros.
com oscom valores os valores do seu do seu S4. Identicar-se S4. Identicar-se S3. Serviço S3. Serviço e solidariedade e solidariedade comunitária comunitária na na
2ª Etapa 2ª Etapa
AUTONOMIA AUTONOMIA 3ª Etapa 3ª Etapa
VIVÊNCIA VIVÊNCIA
244 244
A5. Reconhecer A5. Reconhecer o casamento o casamento ea ea A6. Valorizar A6. Valorizar e aprender e aprender das opiniões das expressas opiniões expressas na sua comunidade na sua comunidade a seu respeito a seu erespeito mostrare mostrar famíliafamília como base comonuclear base nuclear de umade uma apreço especial apreço aos especial maisaos velhos mais que velhos lá habitam que lá habitam sociedade. sociedade. e não só e não só
seu do grupo seuetnolinguístico grupo etnolinguístico e da e da promoção promoção de umade sociedade uma sociedade cooperacoopera- País, doPaís, tiva e participativa. tiva e participativa. sua cultura. sua cultura.
S5. LutaS5. pela Luta pazpela e entendimento paz e entendimento através através da daS6. Conservação S6. Conservação do meio doambiente meio ambiente e e promoção promoção da cooperação, da cooperação, da irmandade da irmandade e e luta pela luta defesa pela defesa da integridade da integridade da da pela descoberta pela descoberta de outros depovos. outros povos.
fauna efauna ora.e ora.
Associação Associação de Escuteiros de -Escuteiros de Angola de Angola (A.E.A.) (A.E.A.) 33
- DIRIGENTES - DIRIGENTES - Projecto - Projecto Educativo Educativo -
MANUAIS
MANUAIS
R . A . P.
R . A . P.
ColecçãoColecção ‘Flor de Liz’ ‘Flor Liz ‘Flor ‘Flor ’ - A.E.A de Liz’ Liz . ’ - A.E.A.
Desenvolvimento FÍSICO Dimensão da personalidade: o corpo
Objectivos Educativos Finais (ver página 25 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)
(oportunidades)
PISTAS EDUCATIVAS (ver página 26 do ‘‘Programa Educativo da AEA’-2013)
(ideias)
ACTIVIDADES PROPOSTAS No Manual ‘Sistema de Progresso - II Secção ’, encontrarás Sugestões de Acção Educativa especícas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!
34
ATITUDES EDUCATIVAS para EDUCATIVAS para validar na III SECÇÃO (ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)
CORPO • Ser capaz de manter um bom estado físico. • Ser capaz de compreender as diferenças físicas e psicológicas no desenvolvimento do homem e da mulher. • Ser capaz de aplicar medidas adequadas em casos de enfermidades e acidentes, bem como demonstrar consc onstância no cuidado com a saúde, evitando hábitos que possam comprometê-la. • Ser capaz de aceitar a sua imagem corporal. • Ser capaz de esforçar-se por fazer com que os seus comportamentos reexivos predominem sobre as suas reacções violentas. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES • Ser capaz de manter constantemente um aspecto pes soal de ordem e higiene. • Ser capaz de assumir tarefas permanentes na ma nutenção da ordem e da limpeza l impeza do seu lar. • Ser capaz de preparar programas de alimentação variavaria da para as diversas ocasiões. APTIDÃO
• Ser capaz de incorporar ao seu descanso de forma ha bitual actividades recreativas variadas. • Ser capaz de participar na organização de jogos e activactiv idades recreativas para os outros.
35
Desenvolvimento AFECTIVO Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
Objectivos Educativos Finais (ver página 28 do ‘Programa ‘ Programa Educativo da AEA’-2013)
(oportunidades)
PISTAS EDUCATIVAS (ver página 29 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)
(ideias)
ACTIVIDADES PROPOSTAS No Manual ‘ Sistema de Progresso - II Secção ’, encontrarás Sugestões de Acção Educativa especícas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para para cada uma das Etapas do ProProgresso. Consulta esse Manual e terás muitas m uitas e boas ideias!
36
ATITUDES EDUCATIVAS para EDUCATIVAS para validar na III SECÇÃO (ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)
DESCOBERTA DO EGO • Ser capaz de conseguir progressivamente manejar os seus sentimentos e emoções, dando estabilidade aos seus estados de ânimo. • Ser capaz de preocupar-se por encontrar identidade como indivíduo. • Ser capaz de aceitar sem depressões a frustração dos seus insucessos. • Ser capaz de compartilhar os seus sentimentos com a sua Patrulha. AUTODOMÍNIO • Saber expressar livremente as suas opiniões, em quais quer circunstâncias, sem menosprezar as opiniões alheias. alhei as. • Ser naturalmente afectuoso no trato com as pessoas. • Ser capaz de descobrir o valor da amizade e dos seus amigos, controlando o excesso de sensibilidade nas suas relações com eles, mantendo amizades profundas. PARTILHA E DISPONIBILIDADE DISPONI BILIDADE
• Ser capaz de identicar o amor ao próximo como fonte de realização pessoal e de felicidade. • Demonstrar capacidade de entrega sem esperar retribuição. • Ser capaz de respeitar e defender o direito dos demais de serem valorizados pelo que são e não pelo que têm. • Ser capaz de ter opiniões e assumir atitudes coerentes com os seus valores, a respeito dos temas relacionados com a sexualidade, tais como aborto, homossexualidade, relações sexuais pré-matrimoniais e outros. • Ser capaz de fazer das suas relações afectivas com o sexo complementar um testemunho de amor e responsabilidade. responsa bilidade. • Ser capaz de assumir ante o sexo complementar uma atitude de respeito e de igualdade.
37