Erwin E.\Lutzer
Uma de fesa da fc crist ã numa era dc tolerância
Todas as religiões são iguais? A doutrina acerca do que cremos faz alguma diferença? Deus é o mesmo em todos os cultos? Todos-chegarão realmente ao céu e a Deus? Como Jesus é visto nas outras religiões? É possível descobrir a verdade no campo religioso? Essas e outras questões são abordadas em Cristo entre outros deuses, por Erwin W. Lutzer. Com argumentos irrefutáveis, o autor leva-nos a refletir seriamente acerca dos principais temas religiosos e sobre como Satanás está se infiltrando na Igreja para acabar com a pureza do Evangelho.
Autor
Mestre em Letrns e Teologia e doutor em Leis, o autor já escreveu diversos livros e é pastor-presiden te da Igreja Memorial Moody, em Chicago, on de mora com a es posa e três filhas.
Erw i n E. L u t zer
U m a de fe sa da f écri st ã nu m a e ra d e t ol erâ nci a
©CPAD
Todos os direitos reservados. Copyright © 2000 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das As sembléias de Deus. A provado pel o C onselho de D outrina.
Título do srcinal em inglês: Christ Am ong Others gods Moody Press - Chicago Primeira edição em inglês: 1994 Tradução: Luís Aron de Macedo
Preparação de srcinais: Gilmar Chaves e Alexandre Coelho Revisão: Joel Dutra Adaptação e Editoração eletrônica: Rodrigo Fernandes Capa: Eduardo Souza
ISBN: 85-263-0260-4 CDD : 239 - Apologética
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, Edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.
Casa Publicadora das Assembléias de Deus Caixa Postal 331 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Ia edição/2000
Par a m eus pai s, Gustav e Wanda Lut zer, cujas vi das e pal av ra s ensinaram -m e desde cedo que Jesus Cristo t em de ser ap reciad o como o Filho de Deus, o úni co Salvador.
SUMÁRIO Prefácio............................................................................................7 Introdução................................................................................ 9 1. OS “DEUSES” ESTÃO AVANÇANDO.......................................11 Vocêjá percebeu do pan oram a geral?
2. O ÍCONE DA TOLERÂNCIA.....................................................29 Como chegamos a esse ponto?
3. A BUSCA DA VERDADE...........................................................47 Se é verdade pa ra mim, é verdade pa ra você?
.................................67 4. UM NASCIMENTO EXTRAORDINÁRIO
0 que é prec iso pa ra ser salvador? 5. UMA VIDA EXTRAORDINÁRIA ...............................................87 Quem é o verdadeiro Jesus?
6. UMA AUTORIDADE EXTRAORDINÁRIA............................107 Se Deus falou, o que Ele disse?
7. UMA MORTE EXTRAORDINÁRIA.......................................127 O que aconteceu naquela cruz do meio? 8. UMA RESSURREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA........................143 Teriam os discípulos inventado a história?
9. UMA ASCENSÃO EXTRAORDINÁRIA................................ 159
Oque Cristo está fazendo hoje?
10. UM RETORNO EXTRAORDINÁRIO ......................................17 5
Qual Deus reina? 11. UMA PEDRA DE TROPEÇO EXTRAORDINÁRIA ..................193
Estão todos perdidos? 12. UMA RESPONSABILIDADE EXTRAORDINÁRIA..................211
Como podemos representar melhor a Jesus?
PREFACIO Pessoas sem ouvido para música dizem que todas têm o mesmo som, mas os amantes de Bach, Handel, Beethoven e Brahms sabem que são diferentes. Do mesmo modo, aqueles que carecem de discernim ento espir it ual ou conh ecim ento fact ual, ou de am bos, dizemnos que as rel igi ões do m und o são todas a , m esm a cois a, e que u m a é tão boa quanto a outra, de forma que não importa a qual você pertença. Contudo, eles também estão errados, como os cristãos claramente percebem. A f igura de Jesus C ri st o, com o retratada n a hist ória do Evan gelho e exposta restant T estdeamento, é semfeiparalel homde siem com o Jnoesus, que agie udoà semNovoelhança D eus to carne; q o.ueUmfal ou m esm o com o o Fi lho de D eus; que ident if i cou se com o o fut uro Jui z do m und o e árbit ro do d esti no d e toda criat ura; que dep ois de ser cr ucifi cado, ressusci tou dos m ortos, deixando o sep ulcro va zio e a s mortalhas de lado, e reuniuse outra vez com os discípulos; que tendo entrado no mundo por concepção e nascimento milagrosos, e realizado aqui um ministério de milagres, indo ao ponto de ressuscitar mortos, foi visto deixar este mundo numa ascensão milagrosa; e cujos discípulos, por dois mil anos, têm estado ce rtos de qu e Ele realmen te parti cipa da vi da dele s, na proporção que eles experimen tam a vi da dEl e; nenhu m outro lí der rel igi oso e nen hum a ou tra expe riência rel igi osa j amais se tornara m rem otam ente com o est a! Com o fé fundam entada em fatos sobrenat urai s e com o relação única e tr ansformadora de vida com seu si ngula r Funda-
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dor Divino, o cristianismo é verdadeiramente uma religião sem igual. Este fat o está além de disputa. Hoje em dia, a incomparável glória de Cristo e seu ministério em favor dos que con fiam nEle, têm de ser r essalt ada constan tem en te; pois este nosso m und o repleto de reli giões está at raves sando um mal ped aço por não saber distinguir as diferenças que as coisas possuem. A reaf ir m ação fr anca de Erwin Lu tze r de que todos p reci sam con he cer a J e s u s n o c o n t e x t o d a s r e l i g i õ e s d o m u n d o , f a z d e s t e , p o r t a n t o , u m li v r o a ser recebido de b om grado. Que Deus ab ençoe este l i vr o! J. I. Pa cker
Vancouver, Canadá
INTRODUÇÃO Num a época em que o int eres se po r Jesus ést á cresc end o cada vez m ai s, não é segredo qu e as r eli giõ es do m und o est eja m aum entando num a proporção sem preceden tes nos Es tados Unidos. Em bora o cr is ti anismo h ist oricam ente tenh a insi st ido em sua si ngulari dade, m uit os lí deres r eli giosos estão predizend o que os problem as do m un do estão ficando tão terríveis que a unidade religiosa será inevitável em um futur o próxim o. Nunca escrevi um livro com tal peso, uma convicção crescente de que à medida que m archamo s para o próxim o século, é absolut am ente esse ncial que nós, com o crentes, t enham os Cri st o não apenas em nossos corações, mas tamb ém em nossa s cabeças. Pr eci samos ser capazes de con vidar os outros a invest igar as declarações de C ri sto sem e m baraço ou m edo de qu e as evi dências à nossa fé se evaporem . ; Precisamos de respost as para nós e para os outro s| nesta épo ca em que a verdade rel igiosa foi reclassificada como pouco mais que opinião pessoal e experiência partic ular. Q uero agrad ecer a meu amigo Rav i Zac hari as por m e perm it ir usar o título Cristo Entre Outros deuses na publicação deste livro. Há vários anos ouvi um a de suas preg açõe s int it ulada “ Jesus en tre outros d euse s”,
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que fic ou encravada em m inha m ente. Aind a que o conteúd o d est e li vr o sej a com pletam ente m eu, escrevi a Ra vi pergu ntand olhe se po deria se r m e dada a op ção de u sar uma versão do seu tí tul o, o que ele graci osam ente conco rdou . Sou grat o po r s ua amizade e r egozij ome em seu minist ério m und ial m ente efi caz . Agradeço aos m em bros e am igo s da Igr ej a M emoria l M oody. El es me ouvir am pregar o conteúd o essenc ial deste l i vr o, entregue n o form ato de uma série de mensagens no outono de 1993. Por quinze anos, tem sido meu o privilégio de ocupar esse púlpito histórico para pregar, e nun ca fi quei cansado d o tr abalho nem m enosprezei ta l honra. G raç as às orações do povo de Deus, tenho sido abençoado com a oportunidade de servir a Crist o além das pared es da Igrej a Mem ori al M oody, po r me io de co nferências e d a escri ta. Uma palavra especial de agradecimento à minha assistente administr ati va, Paul ine Epps, que p assou m uit as horas diagram ando o m anu scri to e dando sug est ões úte is . E mais imp ortant e: dou m eu ap reço am oroso à m inha esp osa, R ebe cca, e às nossas três fil has, Lori, Lynn e Lisa , que foram m uito c om preensíveis duran te os di as em q ue este l ivr o estava no topo de m inhas prior idades, e m e m anti nha horas a f i o em m eu gabinete de estudos. Todo louvorsej a dado ao m eu S enhore Sal vador Jesus C ri st o, a quem am o e em cuja defesa escrevi este l i vro. Senti r m e ei plena m ente reco m pensado se aqueles que o lerem vierem a amar a Cristo ainda mais, a adorál o com m ai s fer vor e a defendê lo com m aior c onvicção e graça.
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“DEUSES” ESTÃO AVANÇANDO Vocêjá percebeu o panorama geral?
nams e ou m orram!” Ess a m ensagem parecia dominar todas as sess ões do Parl am ento das Reli giões do M undo, qu e se real izou em Ch icago, Est ados Unidos , em 199 3. E o grupo m ai s f reqüentem ente vis to com o quem tem senso crítico — as pessoas a quem jamais se pensou que entrassem nessa age nda de un if icaç ão — , era aq uele perten cen te à fé cri stã his tóri ca. Estou co nv encido de que um a irr esi st ível torrente reli giosa está va rrendo os Estados Unidos . A m ensagem que ouvi no parlamen to fo i que era melhor subirmos a bordo ou seriamos deixados a nadar (ou nos afogar) sozinhos! Os deuses estão avançan do, e ai daqu ele que fi car no cam inho d e sua agend a de trabal ho! C om ideai s elevados e planos utópicos d e unifi car as rel igi ões do m und o para o bem co m um , es se parl am ento f oi convo cado p ara derrubar as barreir as exist entes na m archa acelerada em direção à unidade. Seis mil representantes reuniramse para aprender uns dos outros, explorar ár eas de concordância e obter um m elhor ent endim ento das s uas heranças rel igi osas. Eles tam bém prom ove ram u m a éti ca glo-
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bal designada a aliviar o sofrimento e as guerras no mundo. Disseram que o seu tem po havia chegado. Q ue lugar Crist o teve em m ais de setece ntos sem inári os disponí veis duran te a con ferência de oito dia s? Às vezes Ele foi adm ir ado e citado de forma genérica e t am bém com parado com outros mestres rel igi osos de on tem e d e hoje. Ele f oi vis to com o m ais um está gio no desenv olvimento evolutivo da religião. De fato, Ele foi um estágio muito importante e necessário, mas foi apenas um iluminado entre muitos. Teve quem observass e que em nossos dias Jesus é o bscu recido p or outras fi guras, m as que Ele deve ser adm ir ado po r ser o hom em de sua época. Alguém espe cial do s eu temp o. Com exceção de um ou dois preletores (um disse acerca de Jesus: “El e nem m esm o sabia que a Ter ra era redon da ”), Crist o foi reveren ciado po r sua contribuição para a hist ória da r eli gião. El e até che gou a ser descr i to por al guns c om o um revel ador de Deus, um hom em que alc ançara o m ai s al to grau de esclarecim ento. O utros adm it ir am que Ele foi o Mestre dos mestres, o único que nos mostra o caminho; o único que deve ser amado e seguido. Mas ai! Ele foi apenas um entre muitos outr os. Em bora tenha sido respeitado, E l e n ã o f o i adorado. Caro leitor, o que vi e ouvi em Chicago é um microcosmo de sua escola, trabalho e comunidade. E muito provável que seus vizinhos e com panh eir os de tr abalho acredit em que não imp ort a a qual deus você faça suas preces p ois, no fina l das contas, toda d eidade é a m esm a deidade em buti da em u m nom e dif erent e. De acordo com rel atóri o levant ado pela pesquisa Barna em 199394, quase dois de cada três adultos afirm am que a escolha de um a fé r eli gios a sobre o utra é irr elevant e, porqu e todas as reli giões ensinam as mesm as lições bási cas de vida.1 Tal vez vo cê pe rtença a essa maiori a. Nesse caso, eu o convido a com parar Cris to com outras opçõe s rel ig ios as. Venha c om igo em um a jornada que esquad rinhará as declarações de Jesus, avali ará os registros hist óri cos e exam inará se El e deve ser apenas adm ir ado ou adorado de verda-
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de. Não estou escreven do sob re um C ri sto mister ioso ac essí vel som ente àqueles que já crêem. Da melhor forma possível, apresento um Cristo cujas c redenciais estão abertas para o qu estionam ento e investigação. Se você acha que todas as dei dades são a mesm a, ou que nos p ontos essenciais todas as religiões concordam entre si, este livro é para você. E se você j á é crente, quero conclamálo ao d espertamen to. Est a é uma oportunidade para reunir um número crescente de crentes que decidiram fincar suas raízes mais profundamente, entender melhor a fé e transformar suas crenças em certezas. Alegremonos pela oportunidade de representar Cristo em nossa era pluralista. Estes não são tempos de esconder a luz em nossos corações, mas de deixála brilhar no crepú sculo enevo ado do pluralis m o rel igi oso. Nun ca foi tão im portante ter Cris to não apenas em nossas cabeças , mas também em nossos c orações! Será que nós — f al o àqueles de nós que são crentes com prom etidos — fi camos tão indi fer entes com a tol erância de no ssos tem pos, que p ode m os ver Cris to fora do tro no nas m entes das m ultidões e da i as c ostas, com o se não tivéssemos notado nada? Todos nos lembramos do quão espantados os crentes ficar am qu and o foi lançad o o fil me A Última Tentação de Cris os que profa nação semelha nte sempre ocorre, to. Contudo, não percebem quan do C ri st o é cl ass if ic ado apenas com o u m a entre mu it as opções. Ob via m ente c rem os que, no futuro, “ ao no m e de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda lí ngua co nfesse qu e Jesus Crist o é o Senho r, para glóri a de D eus Pai” ( Fp 2.10,11), mas temos de reacender nossa paixão por Ele, para que em nossos dias Ele sej a hon rado e ntre no ssos vizi nhos e am igos. N osso am or po r El e pod e ser m edido pela nossa preocupa ção acerca de sua r epu tação entr e os povos do m undo. Mas s e Cris to é real m ente apenas um entre m uit os deuses, então é hora de todas as religiões do mundo se unirem. Que todos os líderes rel igi osos ponham se em pé d e igual dade; que el es reunam seus insights num fundo com um , de for m a que possam com bater nossas bata lhas com
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um exé rcit o un if ic ado. Ch ega de divi são ! Ch ega de argu m entos infr utí feros! Chega d e fanat is m o! Isto força a pergunta: Cristo pertence ao mesmo nível de Buda, Krishna, Bahá’u’lláh e Zoroastro? Como Cristo, tais líderes (e outros) têm ensinado algumas idéi as éti cas bastante elevadas . M esmo que af ir m em os que C ri st o está no pon to mais al to que os outr os, est am os dando a Ele aquilo que lhe é devido? Ou Ele deve ser colocado em posição com pletam ente d if erente? Este, obviame nte, é o assunto de ste l i vro. Pres te bem atenção: no Parl am ento ninguém suger i u qu e os cris tãos deveri am deixar de ser cri st ãos ou que os hindus deveri am deixar de ser hindus; nem os budistas deveriam deixar de ser budistasf As religiões do m und o têm um a di vers idade r ica e que deve ser apr eci ada. Cada um a deve ser adm ir ada com o u m a pétal a bonit a; j untas el as for m am um a fl or magnífi ca cham ada religi ão, um a flor que ne nh um a reli gião po de cr iai p or si só . Esta fl or est á crescend o m ais dep ressa diant e de nosso s olhos do que estamos percebendo. O solo foi preparado, a semente foi plantada e a planta está com eçan do a fl orescer . Som ente fanáti cos ir raci onais estragari am sua bel eza e energia. Diz em que “ est a fl or abençoará o m un do”.
O FUNDAMENTO PARA A UNIDADE Este não é um livro sobre o Parlamento das Religiões do Mundo, em bora eu m e reporte ao que acon teceu lá para il ust rar com o C ri st o é vis to em n ossa cult ura. Tam bém n ão é sob re rel igi ões com parad as, vi st o que tai s assuntos j á foram a deq uad am ente tratados po r outros. Este l i vro é sob re Crist o; é um a tent ati va de en tendêlo m elhor, adorá lo mais e representálo com mais confiança. Mas antes temos de cobrir alguns assunt os imp ort antes para for m ar o con texto para argum entação. Freqüe ntei o p arlame nto po rque quis apre nd er mais s obre as rel igi ões existentes hoje e ter um melhor entendimento da complexidade que enfrentamos no mundo atual sobre esse assunto. Em segundo lugar, desejei encontrarme com tantas pessoas quanto possível e compa-
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rar suas convicções co m as de C ri sto (alguns dessas hist órias estão n este livr o). Em terceiro luga r, almejei olhar pela j anela da p rofeci a, p ara ver a formação de um si st em a rel igi oso m undial que, com toda a probabili dade, será a base do b reve reinado do anticr ist o no plan eta Ter ra. As premissas que em todas as sessões foram declaradas diretamente ou m anifes tas de m od o imp lí cit o já s e enraizaram em no ssa cult ura. Assi st a aos p rogram as d e entrevist as, lei a os jornais, ou p arti cipe d a junta diretor a da escola de sua ci dade, e você descobrir á que estes pontos d e vistas são amplamente aceitos e raramente contestados. 1. As dou tri nas dos diferentes ram os de fé não deve m se r defend idas c om o verdades , mas com o cápsul as que contêm núcleos que são achados em todas as religiões. Considerando que a reivindicação pela verdade é um a pedra de tropeço à unidade, é m elhor falar das tradições reli giosas em vez das verdades religiosas. 2. Nen hum a r eli gi ão deve ser consi derada sup eri or à outr a. Na reali dade essa crença n a superioridade é o principal ob stáculo à unidade religiosa. No parlamento foram realizados seminários para sup erar “ este obstáculo cru cial” . 3. Pod em os conse rvar nossa própria rel igi ão, m as tem os de i r além, a níveis de experiências mais profundos. Estamos nos unindo à medida que nos afastamos da religião, indo em direção a essa espiritualidade verdadeira. 4. O prõsélí tí smò (os cri stãos cham am no de evarigelismó)é fanatism o p uro e simples . A i déia de faz er convert idos está baseada na no ção antiquada de que u m a r eli gião t em mais a oferecer do que outra. N ossa tar efa é ajudar os ou tros a desco brir o signi fic ado interior oculto d e suas reli giões, em lugar de con vertêlos à nossa. Para ci tar as pal avras de Sw ami2 Chind anansa, da Sociedad e d a Vi da Divina: “ H á m uitas r eligiões efici entes e igua lm ente válidas. Elas deve m ser igualmente reverenciadas, igualmente reconhecidas e igualmente
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amadas e apreciadas — não meramente toleradas. As escrituras hindus diz em: ‘De qu alquer m aneir a que os hom ens m e abordarem , ai nda assi m E u vou a ele s?.3 Mas se as dif erentes r eli giões são a m esm a em essência, po r que el as s e nos p arecem tão discr epantes? É t ud o qu estão de perspectiva; o quanto é fácil para todos nós fazermos uma descrição diferente da mesma coisa. Deus (ou os deuses) é um; são nossas interpretaçõ es fal í vei s que trazem desunião. No Parlamen to, os r eprese ntantes foram levados muitas vezes a gri tar “ EU S OU !” , com o a fi rmação d e sua próp ria dei dade. Foi dit o às pessoas que ainda acr edit avam em oração, que el as orass em ao “ deus de sua própria escolha”. Disseramnos que, quanto mais entendêssemos a nós mesmos e à nossa aldeia global, amadureceríamos mais rápido o bastante para perceber que nenhuma religião tem o direito à exclusividade. Alguns deuses dão mais certo para você, ao passo que as ricas tradiç ões de outras deidades são m ai s atraentes a seus amigos.
A VISÃODA UNIDADE Toynbee, so hisquertorpela iador , predismas sequequea unidade os governo s do m nãoundo seArnold uniri am, q uer pelafamo f orça, federação, po deria ter sucesso sem um a reli gião uni versal . Ele dis se que o cri sti anismo deve ser purgado de seu “estado pecaminoso da mente”, isto é, do seu excl usi vis m o. A estrut ura polít ica/ econôm ica do go verno do m un do precis a ser apo iada pela d imensão espi ri tual unif ic ada d a hu m anidade.4 Ist o está acontecendo dia nte de nossos olhos. A medida que o m undo se torna m ai s radical m ente plural , t ornase tam bém m ais diver si fi cado reli giosam ente. Dizem nos que a única espera nça para a coexistência pací fi ca em nosso paí s e o resto do m undo é que as rel igi ões ponh am de la do suas dif erenç as, e unam s e em volt a da bandeira com um do amor, da aceitação e do serviço aos m em bros da raça hu m anai Afi nal de con tas, as várias religiões não passam de expressões diferentes do mesmo ser supre m o, do mesm o deus (ou deu ses): /'
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Preste at en ção em alguns benefíc
ios que a unidad
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e t rará:
6 O f im das gue rras. • O f im da fome m ediante a redist ribuição dos recursos m und iai s e controle p opulacional . • Co nservação do m eio am biente da Ter ra . • Igualdade genu ína entre todas as raças e reli giões e entre hom ens e m ulhere s. 9 Um a ét ica global qu e unirá a famíl ia hum ana. • O am anh ecer de um a era com pletame nte nova de r eali zação e potencial humanos. Mai s tarde, neste li vro, discuti rei o que a con tecerá àqu eles que n ão subscrever em est a agenda. É evi dente que em breve t odo s ter em os de deci dir , porque no ano 20 00 a tr ansformação estar á bem adiant ada. Testemu nhos— aos m on tes— for am dad os ac erca dos benef íc ios pess oais daqueles que dedicara m temp o para harm onizar a mentali dade raci onal do oriente relig ioso com a experiência m íst ica do ociden te reli gioso. A unidad e rel ig ios a mu dará o m und o, porqu e ela com eça m udan do os indi ví duos . Um a m ulher af ir m ou ter si do curada m ediante a med it ação m ís ti ca; ou tra dis se que seu casam ento fora sal vo pela rel igi ão da N ova Era. Um hom em declar ou qu e som ente depois de aprof undars e no hi ndu ís m o é que “encontrou a outra metade da sua alma”. As palavras usadas com freqüência foram “realização”, “paz” ou “energia”. Sim, havia uma porção de test em unh os que dizi am: “Funciona!”
ILUSTMÇÕES DA UNIDADE No famoso p oem a de John Godfrey Saxéj “Os Cegos e o E lef ante” , os s ei s cegos de ír idóstã òíqueri am saber com o era um elef ante. Cada ceg o aproxi m ouse do animal por um a dir eção dif ere nte; c ada um explorou p art e do elefante— o flanc o, o marfi m, a tr om ba, a pem a, a orelha e o rabo. Relata ndo
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suas experi ências, os se is com pararam o elef ante a, respect ivam ente, um a parede, um a l ança , um a ser pente, uma árvore , um abano e um a cor da. E assi m est es hom ens d e Indostão Disputar am em al ta s voz es e po r mu it o tem po, Cada um , ao defend er s ua opini ão, Exagerou com resolução e ener gia . Ainda que cada um esti vesse, em parte, com a r azão Todos estavam enganados! Assim ocorre muitas vezes nas disputas teológicas^ Os disputantes, lam ento diz er , Zangamse em com pleta i gnorânci a Sobre o que cada um quer di ze r, E fal am d isparat es sobre u m elef ante Que n enhum del es vê! 5 Se tão som ente percebêssem
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os qu e as vár ias r el igi ões do m und o são
nadaa omais que aspectos diferentes daos mesma divindade!poDe fato,rcontinu argum ento, devíam ser agradecidos es sas m aneiras di vers as de ver, porque elas nos dão um panorama mais extenso de quaisquer deuses ou d eusas que há. Longe de pen sar que um a r eli giã o é sup erior à outra, deví amos amp li ar nossos hori zontes para vermos o q uadro m ai or. O Ser Suprem o é m aior do q ue qu alquer retr ato del e. Se os cegos e o elefante ilustram por que temos tradições religiosas dife rente s, a roda n os ajuda a entender o que a contece qu ando nos afas tam os de n ossos dogm as e nos un imos ao ce ntro de nossas crenças. Vis ual i ze um a r od a com aro, rai os e c ubo. N o (1) aro encon tramo s noss as doutr inas reli giosas , diver sas que form am o n íve l de co m pree nsão m ais superfi cia l; contud o, (2) logo que entend em os que nossas crenças s ão sí m bolos , com eçam os a nos m over para o centro. No aro, o diál ogo é i m possí vel porque é m esm o dif íc il para nós entend erm os com o as outras pessoas acr edi-
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tam no que acreditam; mas à medida que nos dirigimos para o centro, achamos um significado mais profundo. Então, (3) finalmente no cubo descobrimos nossa verdadeira unidade; aqui está “o brilhante céu azul”, com o ouvi certa pessoa dize r. Agora pod em os apreciar melhor as outras reli giões, po rqu e as vem os pela lente da un idade e fé inter iores.
OBSTÁCULOS À UNIDADE Mas o qu e devem os fazer com nossas crenças do utri nárias, essas t eim osas c onvicções que são obstácul os à unidade? Em um a das s essões do parlam ento, dis se certo lí derP Seg urem se f ir m es em suas cadeir as, com o se vocês pudessem passar pelo teto caso se solt ass em. Agora pen sem em um a de suas mais apr eci adas crenças — soltem sua cadeir a e sua est imada cr ença! Nada aconteceu, cert o? Agora vocês sabem com o eífD ep ois nos diss era m que po díam os recuperar nossa crença — mu it o obrigado! Só precisam os no s acostum ar a “ solt ál as”! Se ainda tínhamos relutância em “soltar” nossas queridas crenças, havia um seminário intit ulado “Um V ocabulár io para o Século XXI”, o qualobjeti vava dem onstrar que todas as supostas doutrinas não passava m de m etáf oras para um signif icado mais prolu nd o. Em term os práticos, s igni fi ca que o indivíduo po de aban donai suas doutr inas sem abrir m ão d a ter m inologi a que as co munica. . ‘A Bíbli a não dis se o que a m aior ia pensa ter ela dit o”; tudo o qu e se exi ge é q ue aban donem os nossas dout ri nas, e então perceberem os que suas m etáf oras receberão u m si gnif ic ado mais profi indo e oculto. Se apen as avançássemos além das fases infantis de nossa crença religiosa e crescêssemos para a maturidade, a maturidade inclusiva. O cristianismo, disseramnos, fracassara — ao menos em sua forma comum no mundo ocidental. Desperdiçamos os recursos da terra por causa da tola noção de qu e devem os ter dom ínio sobre ela. iO cri sti anismo fala de amor e produz ódio; fala de um Criador e, não obstante, divide mensagem clara:queé n temp ao criação de mucom dar.suasO doutrinas C ri st ianiestreitas?A smo é com o um erabarco
os fe z at ra vés
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sar o r io; agora é hora de aban donálo po r um futuro nov o e insti gante. Estam os deixand o a Era de Peixe s (o cri sti anismo) e en trando na Era de Aqu ári o. Adeus ao passad o e bem vi ndo ao futur o. Bem, acho que você tem uma visão geral da situação. Quando alguém diz que o crist ianismo fracassou, a maioria da s pessoas interpreta ta l asse rt iva com o sentido d e qu e C ri st o fracass ou. É sob re no sso Salva dor que eles estão falando! E é nosso privilégio ajudar os indivíduos a ver que eles podem estar equivocados em sua avaliação. Duas perguntas imediata s nos vêm à m ente: com o a Bíbli a é vi st a quando um espír it o de ecum enism o (incl usi vis mo) assume o com ando? E ond e Cristo se ajusta em um a cultura sincretis ta (reli giosam ente un if ica da)?
E a Bíblia? E óbvio que, se a Bíbl ia tem d e se harm onizar com quaisqu er pon tos de vist a religi osos, ela tem d e ser reinterpretad a, “ajustada”. Sem pre qu e part ici po d e um program a de entrev is ta s ou debato sobre os m éri tos de Crist o, ouço as pessoas me dizerem: “Esta é a sua in terpretação !” A impressão q ue se tem é q ue a Bíbl ia pod e ser f acil m ente despojad a de seu signi fi cado li ter al e tornada com patível com qualqu er pon to d e vi st a. Agora que a tentativa de unificar as religiões do mundo é assunto sério, foi lançado recentemente um livro com o título The Bible Illuminated (ABíblia Iluminada).Trat as e de u m a coleção das hist óri as da Bíbli a (do A nti go e N ovo Testam entos) qu e interpreta ta is r elatos de um po nto de vist a univer sal . 0 editor/autor do li vro , Swami. Bhak ti pada, afi rma que sua m eta é “ dar aos cri stãos e adeptos de ou tros credos um a com preen são da Bíbl ia que não é sectári a, a f im de incentivar um a ava li ação da Bíbli a com o exp ressão particular da verdade eterna qu e é ensinada nas grandes tradições rel igi osas de todo o m un do”.6 The Bible Illuminated, q u e v e m c o m 1 0 1 g r a v u r a s m í s t i c a s , é p a r t e de uma série de livros designados a mostrar que todas as religiões do mundo têm unidade intrínseca. Swami já publicou The Ramayana
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Illustrated ( 0 Ramayana Ilustrado), um a edição inglesa das escri turas védicas hindus. Citandoo mais um a ve z: “ 0 verdad eiro devoto, sej a ou não cri stão, mu çulm ano , j udeu , hi ndu ou d e ou tra fé reli giosa, é i nspirado pelo ouvir das gl óri as do Senh or proveniente de q ualquer font e a utorizada — dos Salmos de Davi ou Gita do Senhor Krishna, do Ramayana ou do Alcorão”.7 A r eali dade sem pre é obscura, mas p elo fa to de detestar m os a am bigüidade, t ende m os a sustent ar t enazm ente nosso p onto de vi st a. Con tudo, à m edida que am adurecem os e som os capazes de sint eti zar as vár ia s perspectivas, unificamos nossos pontos de vista. Conseqüentemente, qua nto m aior a unidade, m aior a c lareza da vi são. 0 m esmo é para a Bí bl i a.
E Cristo? No ca m inho d o “plano global” para a unidade religi osa está a pesso a de C ri st o. H ist oricame nte, o crist ianis m o o tem considera do ini gualáve l, o Filho unigênito especial de Deus, o Senhor, o Salvador. Mas muitos cri st ãos — ou pelo m enos m uit os daqueles que usam o rótulo de cri st ão — estão com eçando a pensarque j á não podem os m ai s m antera exc l usi vidade em m eio à crescen te consciência de ou tras conv icções rel igi osas. E o ím peto à unidade é m uit o forte e sedu tor para ser resi sti do. Aqui estão três m aneiras possí veis de relaci on ar Crist o co m os d esafios de outras religiões: Primeiramente' existe o pluralismo —a afirmação direta de que temos de aceitar todas as religiões como iguais. Cristo é só um homem, um profe ta, um entre vá ri as opções, e não necessari am ente um a opção m elhor entre ou tras. 0 plurali sm o insi st e que até a palavr a tolerância cheira a f anati sm o, a insi nuação de qu e tem os de “ tolerar” aqueles que são diferent es de n ós. Não d evem os ap enas tolerar as reli giões diferente s; devemo s conce der a el as o m esm o respeit o que dam os à nossa. Nesse cenário Cristo é interpretado de forma genérica, mas Ele sempre é
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despojado de sua dei dade (a m enos q ue suas afi rmações sej am inter preta das com o sentido de que todos som os divi nos) . Este pluralismo (ou universalismo) afirma, sem competência, que nenhu m a rel igi ão tem o direit o de julgar a outra. Sem respeit o m útuo, tolerância sem críticas e aceitação incondicional da “rica” herança dos outros, não há base para a unidade. A superior idade cond uz a o precon ceit o, o qual deve ser exposto, desdenh ado e sub seqüen temen te arr ancado pelas r aíz es. i Um a se gunda i nst ânc ia mai s c om um é o inclusivismo— abertura à s outras rel igi ões que com eçou co m o il um ini smotdo sécul o XI II . Cri st o,1 de acordo com essa perspectiva, ainda pode ser incomparável, mas Ele não tem a exclusiva possessão da verdade. As outras religiões também são um a expressão do di vi no, emb ora sua for m a sej a m enos clara que aquela que n os está especifi cada no N ovo Testamento. Os li ber ai s sem pre p rocuram dem onstrar o valor espi ri tual das outras religiões. O Concilio Mundial de Igrejas ressalta que somente pelo diálogo reli gioso e ntre as diversas r eligi ões d o m un do será possível ver a totalidade da revelação de D eus. Só a ignorân cia e a estr eiteza de m entalidade limit ari a a revelação de Deus ao cri sti anis mo, a rel igi ão dom inante no ocidente. Desde o Vaticano II, essa marcha em direção ao inclusivismo também tem sido observada na Igreja Católica. Anteriormente, criase com todo fervor que a salvação só era possível pela Igreja, ou seja, a Igreja Católica. Mas agora que os protestantes são chamados de “os irmãos separados”, um texto d o concilio di z que a Igrej a Rom anaDnão deve m ais ser ident if ic ada com o a igr eja excl usiva de Jesus C ri sto i “os que ainda não reçeberam o Evangelho estão relacionados com a Igreja de várias maneiras”^ Curiosam ente, ag ora que a po rta da sal vação f oi aberta para os protestantes, tam bém abriu se para os ad eptos d e ou tras r eli giões. Sabe se que o pap a Joã o Paulo I rezava com hindus, budistas e representantes de outras crenças. i Em terceir o lug ar , há o exclusivismo,que sustenta que D eus se r evelou som ente e m Crist o; portan to, todas as outras r eli giões são imperfeitas, desencaminhadoras e falsas. Podese dizer que Elias, o poderoso
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profeta do Antigo Testamento, era exclusivista. Quando ele teve uma disput a com os profet as de Baal e fi cou com provado que ele s eram fa l sos , El ia s apanh ou 40 0 deles e matouos n o ribei ro de Q uisom. ,r:4r — O Novo Testamento mantém esta tradição de exclusividade, com a diferença de que o s seguido res de ou tras r eli giões não são m ais sujei tos às penalidades civis. (Embora, intermitentemente ao longo da história da Igr eja, os hereg es fossem q ueim ados n a fogueir a, is to est ava basead o numa confusão entre a era do Antigo Testamento e a ordem do Novo Testa m ento de dar a César o que é de César e a Deus o que é de D eus. ) O excl usivi smo, eu pod eria acr escentar , não está em confl ito com a li ber dade rel igi osa. A li berdade d e ad otar qualqu er rel igi ão qu e a p essoa q ueira (ou n ão qu eir a nenh um a), deve ser um direi to em todos os paíse s, es pecialm ente naq ueles que foram influenci ados pela f é cr is tã. Co m o verem os mais tarde, um a defi nição adequad a do exclusi vis m o si gni fi ca que, ao m esm o tem po que reconh ecem os e respeit amos a li berdade r el ig io sa , não co m prom etem os noss as convicções. Tam bém nã o as com binam os com outras r eli giões ou fil osof ias . Sc há um Deu s verdadeiro, nossas op çõe s são limit adas. Estas três possibilidades geram outras Variações. Por exemplo, há o
seletivismodizendo q ue n ão tem os de seguir um a r eli giã o, mas com pilar nos ; j sa próp ria l is ta part icular de cren ças apreciadas. Um smorgasborcPtem a van í' tagem d e ter muitos pratos nut ri ti vos, e consegu imo s escolher o que q uer que sati sfa ça nosso g osto pessoal. Ist o é mais dem ocrático, mais de a cord o co m o indiv idual is mo radical al tamen te apreciado n os Estados Un idos. Em tal con texto, Cri sto po de rep resentar qualquer pap el que você deseje. N ossa geração cada vez m ais que r ti ra i a reli gião do âm bito . do d iscurso racional e relegál a à área das preferên cias e opiniõe s pessoais! Se há trinta e um sabores de s orvete, po r que não p odem os ter vari edade sem elhante de rel ig iõe s? Õs deuses do m ovim ento da N ova Era s em pre são, quase a qualquer custo, tolerantes com as preferências sexuais, o feminismo e os prazeres quevalor cad a umes partde nóic ular s nãoes?escolhe m a reosliumgião a que sej hedonísti a com patível cos. comPor nossos A fi mu de term
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fé significativa, temos de concordai com nossas crenças profundamente m anti das. O que funciona para você p ode n ão funcionar para mim.
EVocê? O interesse por Cristo está em ascensão. Um recente artigo no U.S. News &World Reportdeclara que “ a busca pe lo Jesus h ist órico está obtend o u mda novae autoaj on da uda, de energia os dias em grupos em cucontr ltural ovérsi ”. as10 Todos em cas a e—nonas igr escri tóri ejas o —, Crist o é discuti do. De fato, o interesse por Ele parece e star aum entan do juntam ente com a proli feração de novas esp écies de rel igi ão priva ti zada. Cristo está sendo redefinido para ajustarse ao sincretismo de nossos tempos. Mais tarde explicarei por que muitos que falam bem de Jesus estão na realidade m inandolhe a credibil idade. D escobri que, [quanto m eno s algumas pessoas sabem de C ri sto, m ais el as gost am dEle. O bebê n a m anjedoura toca até a mais cí nica al m a que há m uito perd eu o interesse po r rel igi ão. O secularist a que está i nclinado a reformar a sociedade cita com reverência versículos selecionados do S ermão da M ontanha. E os m odelos rel igi osos usam Cris to com o seu exemplo de humildade, sacrifício e bondade. Ele é digno de ser falado em tons de respeito. Alguns dizem que Ele é “o primeiro entre iguais”. Não obstante, em tudo isso, o l ouv or a Ele é contido e débil. : Con siderando que Crist o dis se que o m und o o odiar ia, pod em os est ar bastante certos de qu e, quando o mundo o ama é porque o mundo fez de Cristo also que Ele não éJOCris to bí bli co não p od e ser posto de lado; Ele fica em nosso caminho forçandonos a tomar uma decisão, quer para a dir eit a, quer para a esqu erda. Em sua presença a neutral idade é im possí vel. O beb ê na m anjed oura logo cresce p ara tor narse Deus, o Re i.
O PROPÓSITO DESTE LIVRO Escrev i este l ivr o para aprese ntar razões para q ue Cristo semp re seja o único. Todas as te ntat ivas de unilo com as rel igi ões d o m un do estão fadadas a fra cas sar .
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Ass im que explic armos suas credenc iai s e o Evangelho que Ele n os trouxe, p erceberem os que a fé c ris tã é exclus iva e tem de ser logic amen te as si m. E m m eio a acusaçõ es de fanatis mo, no ssa t arefa é ser am orosa m en te excl usivos. Se há boas novas neste m und o, os seguidores de Cris to têm de proc lamá las . A Bíbl ia traça de fi nida l inha pelos povos d o m und o, m as não é u m a li nha entre raças , naçõ es ou m esm o culturas . Esta l inha separa Cri sto e seus seguidores de todas as outras opções religiosas. Estou resolvido a ajudarnos na ident if ic ação dessa li nha, a m ostrar ond e ela deve ser tr açada e a dar razões que com provam que n ão tem os direi to al gum de m ovê la do lu ga r. fz? Agente s do FBI c ontaramme q ue não gast am m uit o temp o examinand o dinhe iro fal so, vist o qu e há m uitas var iedade s de notas fal sas . Em vez disso, eles anali sam com atenção e m inúcia a s c édulas genuínas, observand o todos os seus det al hes únic os. Armados com um bom conhecim ento das cé dulas autênti cas, eles pod em recon he cer fals if ic açõe s de qualqu er ti po. Aqueles que estão fa mil i ar iz ados com a ver dade recon hecem o erro qu ando o vêem. J á m e n c i o n e i q u e e s t e l i v r o é u m e s t u d o s o b r e C r i s to c o n t r a o p a n o d e fundo de outras prefer ências rel igi osas . Se fi zer m os um exam e cuidad oso do arti go genuíno, ou sej a, do Deushomem , reconhecerem os outros m estr es que têm srcem e crença difer entes . Pretendo dem onstr ai' qu efainda que ou tras rel igi ões peguem hom ens m aus e t entem m elhorá los, somen te uma tem a capacidade de pegar homens mortos e ressuscitá-los. _ j Q u a n d o s e v ia j a p e l a S u í ç a , c o m f r e q ü ê n c i a s e v ê a o l o n g e d u a s m o n tanhas que parecem estar junt as, mas à m edida que a pessoa se aproxima, nota que elas estão separadas por precipícios muito escarpados. E bem abaixo, exist e um a correde ira impossíve l de ser at ravess ada. Dê um a olhada superfi cia l em C ris to e nos ou tros deuses. Você pod e achar que exist am al gum as semelhanças im press ionantes . Faça um exam e m ai s dem orado e d escobri rá que ele s est ão separados po r um abi smo intransponível. Cristo tem pouco em comum com os outros mestres a, profetas e gurus. Nãopresença se trata apenas de desaparecem E le estar no p onemto mais lt o do q ,ueswamis os outros; em sua os outros alg um lugar além d o horizonte.
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Os cr is tão s não são cham ados para torcer as m ãos em desespero quand o idéi as pagãs tentam dil uir as verdades do Evangelho. Som os cham ados a d ar um a resposta digna de crédit o, a levantar sua band eira e esper ai que pelo m enos algumas pessoas a saúdem. Esp ero que você com part il he m inha pai xão em conh ecer a Cris to com ta lprec is ão, ser convenci do d e suas credenciai s com tam anha certeza e ver s ua si ngulari dade co m tanta c lar eza. Qu e possamoEi ssapresentá , a despeito ud ede al gunscomenlo a qualquer tár iosqueumvocêjáouvi amsuas ig osconvicções ou em relprogramasigide osas . entr evi st as.T al ve zvocêm esm o tenhau m adestasopini ões.De qualquerm odo, m inha intenção é ajudarnos a esclar ecer po r que ta is perspect ivas estão baseadas em interpretações err ôneas qu e as pessoas f azem de Crist o: • “ Você está em Cristo. .. eu estou em Bu da... todo s temo s de escolhe r a re li gião que é m elhor para nó s”. • “Eu am o Cris to t anto qu anto você, m as não acho que Ele seja o ú nico caminho que nos leva a Deus. . . D eus nu nca li mit ar ia a um a pessoa o caminh o para o céu . O m eu D eus é m ais inc lus iv o do que is so. .. ” • “Penso que grande parte do N ovo Test am ento é mitológi co. Não creio essashac opinião, ois as tt enhodaam s acontecido. interpretação”. ente • “ Naquemin a s reli giõesE sódoqum un estão do sãodeessencialm a m esm a; p or qu e discuti rmos sobre assuntos peri fér ic os?” • “ Eu não aban don ei m eu crist ianismo, só fu i m ais longe , a algo mais profü nd o. Já n ão e nfati zo a reli gião, mas a pen as o esp irit ual.. .” Certo arti st a cham ado Gusta ve Do ré ter m inou u m a pintura de Cri s „' to. Um transeunte parou para admirar o trabalho e comentou: “Você deve am ál o para pintál o tão bem !” O arti sta respon de u: “Sim, eu o am o m esm o, m as s e o am ass e m ai s, e u o pint ari a m elhor! ” Oito capítulos deste l ivr o são d edicados a p intar um retrato verbal de Cris to. Dando o m elhor de m im, m ost rarei sua si ngula ri dade e destaca rei por que todos ses são mal ori o vocêentados. Tendo este esos esforços tudo, amem oo maisunil, e omcominhaoutros oraçãodeu é que, quand terminar a lei feit tu-o ra, t am bém o am e m ai s, de for m a que juntos possamos “pi ntá l o m elhor”!
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Mas ant es de com eçar o retr ato, o próxim o capít ulo ex pli ca em que p onto nos encontramos como cultura e porque apresentar a mensagem de Cristo tem seus desafi os especi ais para n ossos dias . O capít ulo a seguir está dedicado à questão da verdade reli gios a, respond end o às objeções daqu eles que a creditam qu e todas as r el ig iõ es conduz em para o m esm o fi m. Mostr arei po r que a il ustr ação da rod a (referi da anteriormen te é tão profunda m ente pertinaz: Depois com eçarem os nossa j ornada colocando Cris to no m esm o nív el que o utros deuses. S erá que os deuses vão lut ai ? Ou vão cai r com o o anti go deus fi l i st eu Dagom, q uando colocado próximo à arca do S enhor — im potent es na presen ça de Alguém mu it o m aior do que ele s? (1 Sm 5.3). Prossi ga lendo.
NOTAS 1. George Barna, Absolute Confusion (Ve ntura, Ca li fórnia: Regai Books, 1993), p. 15. 2. Forma de tratamento dirigida aos mestres hindus de religião. (N. do T.) 3. Swami Chindanansa, ‘Authentic Religion”, panfleto distribuído no Parlamento das Religiões do Mundo. 4. Arnold Toynbee, Christianity Among the Religions ofthe World (Nova York: Charles Scri bn er’ s Sons, 19 57 ), pp. 95s. 5 . The Best Loved Poems ofthe American People, selecionados por Hazel Fel leman (Nova Yor k: Doubleday & Com pany, 1 93 6), p. 522. 6. An úncio da Pal ace Publi shi ng, di st ri buído no Parlam ento das Reli giões do M undo. 7. Ibid. 8. A. P. Flannery, editor, Documents ofVatican II(Grand Rapids: Eerdmans, 1975), p. 367. 9. Servi ço de buf ê com vari edade de pratos em qu e a própria pessoa se serve. Em sueco no ori ginal . (N. do T.) 10. U.S. News & WorldReport, 20 d e Dezembro de 199 3, p. 62.
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DA TOLERÂN CI A Como chegamos a
esse ponto?
ocê já vi u u m deus? Há al guns anos, qu and o íui a Baalbeck, pe rto de Beiru te, Lí ba V no , vi de verdad e o antigo deu s Baal. Ele for a t alhado e m ped ra sólida com um sorriso horrendo na face que, do contrário, seria inexpressiva. Embora nunca tenha voltado ali, suspeito que ele ainda possua a m esm a aparência que ti nha, quan do lá est iv e há m ai s de vint e e cinco anos. Aind a que você e eu nu nca te nham os t al hado um deus de pedra, todos enfrentamos a fort e ten taçãof de refazer nossa i déia de D eus para que Ele se conforme à nossa i m agem; Freud arrazoou que(as esperanças e sonhos dos seres humanos assemelhamse tão de perto às alegadas características de “Deus”, que as pessoas transferem suas esperanças e desejos a um ser imaginá ri o' ;; Karl M arx adm it ia qu e o ho m em fa z a religi ão; a religi ão n ão fa z o hom em :; O ho m em “ apenas en controu seu refl exo na real idade fa ntás ti ca do céu , ond e ele busc ava um ser sobrenatural ”. \ /
Em seu livro A Historv o f God (Uma história de Deus), Karen Armstrong argumenta que Deus é apenas um produto da imaginação
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criativa da humanidade. Deus, segundo ela, pode ser nossa idéia mais interessante. Ela declara que Yahweh (palavra hebraica para [eovál era, ori ginalmente um sel vagem deus»da guerra e um a das vá ri as deid ad es, ado radas pelos israe li tas . Levou sete séculos p ara que esse ser d esagradável evoluí sse no leová Todopod eroso, proclamad o pelos profet as com o o único e exclusivo Deus. Idéias novas sobre Deus sempre têm surgido em resposta às novas necessidades psicológicas. De fato, ela raciocina que, se as grandes crenças não tivessem a capacidade de mudar, possivelmente teriam acabado. Por conseguinte, cada geração tem de criar sua própria con cepção imagi nati va de D eus.1 Então é Deus que cria o homem ou é o homem que criou Deus? Paulo ensi nou que as pessoas m uit as ve zes cr iam deu ses de acord o com sua preferência pessoal. Os pagãos “mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves , e de qu adrúp edes, e de répteis” ( Rm 1.23). Sim, os indiví duos e as cult uras pod em cri ar deuses. Nossa soci edade alt am ente especi ali zada e orientada ao consu m idor já redefiniu Deus, de forma que Ele não se levanta para julgar nossa cultura, mas antes, a endossa. De acordo com o livro The Day America Told the Truth( 0 Dia em que os Americanos Falaram a Verdade),a palavra Deus para a maioria dos americanos é “um reflexo distante e páli do d o D eus dos seus antepassados. . . . Este não é o ‘Deus cium ento’ da Vel ha Alianç a, mas.. . um a sensação geral de bem e fel ici dade n o m un do”. 2 Algué m di ss e que para o hom em m oderno o céu p arec e o m ai or shopping center que se possa imaginar. Temos um deus que deseia o nosso prazer , um deus (ou deusa, se você prefer ir ) qu e prom ove o fem inismo, as preferências sexuais, o aborto e o individualismo radical. Tem os um deus que está intei ramen te c om prom etido com nossa f eli ci dade e que acredit a no p otenci al hu m ano . Tem os um deus que nos deixa compilar nossos pr óprios dez m andam entos. Para oue esse deus mais bondoso e gentil florescesse, tivemos de curvarnos diante de ou tro deus, o qual não é perturbad o pela diver sida
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.de m oral/ espir it ual/ rel igi osa de no ssa cult ura, 0 nom e desse d eus é to/e \ rância. Oficialmente, o pecado não existe em nossa sociedade, mas se sobrou algum pecado, seria a crença na verdade objetiva, a crença de que algumas coisas ai nda são certas ou erradas; a cren ça de q ue a discri minação ainda tem valor se for definida como discriminadora do que . acr edi ta mos, do m odo com o nos com port am os e do que defendemos. A expressão “vi ver e deixar vi ver” tem sido venerad a hoje com o ab soluto inegociável da sociedade. Somente o que é definido como intolerância é t otalm ente intolerável . N osso De us é tão tolerante qua nto um anfi tr ião de program a de entrevi st as, t ão am ável quan to um vo vô cad uco e , acrescentaria, tão perti nen te quanto o calendário do an o passado. Permitame deixar claro que a tolerância pode ser definida de duas m aneir as l egít imas. Co m o m encionado no primeiro ca pít ulofa tolerân- ( cia lesai é o direi to que cada um tem d e acredi tar em qu alquer crença (ou em nen hu m a) qu e se queira acr edit ar. T al toler ância é m uito i m portant e em nossa soci edade, e nós, com o cris tãos , devem os m anter nossa convicção de que ninguém jamais deve ser coagi do a crer n o que crem os. A l iberdade rel igi osa não só deve ser m anti da nas dem ocracias ocidentai s, mas também prom ovida em outros paí ses . Segun do, exist e a tolerância social, o ^ o m p r o m i s s o d e r e s p e i t a r to das as pess oas m esm o qu e discordemo s front almente de sua r eli gião e idéi as. Q uan do nos env olvem os com outras rel igi ões e questões m orais na fei ra i deológica, deve ser com cortesi a e bo ndad e. Tem os de viver em paz com todos os indi ví duos, m esm o com os de con vicç ões diverge ntes , ou com os que não têm nenhu m a cr ença. Não preci samo s mais de cri stãos far is aic os que julguem p iamen te os outros, sem adm it ir com hum il dade qu e todos som os cri ados à imagem de D eus. A t oler ância, com o a paciência, é fruto do Espírito Santo. Mas a tolerância da q ual f alo — se prefer ir , no sso ícon e nacional — é algoque bastante de umana b usca da verdade. tolerância desprovida de críti ca evi diferente. ta o debateTratase en érgico Esta nova tolerância ins is te que n ão tem os d irei to de d isc ordar de um a agen da social l iber al;
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não d evem os defen der nossas perspecti vas de m orali dade, reli gião e respeito pela vida humana. Esta tolerância respeita idéias absurdas, mas castiga qualquer um que acredite em absolutos ou qüe reivindique ter des cobe rto algum a verdad e. Alguém dis se que essa tol erância inc lui todos os p ontos de vist a. Esta é a t olerância apenas p ara aqueles que m archam no p ass o da m ult idão t olerante. Este novo deu s é o nosso ún ico absoluto; a única bande ir a que ainda é considerada m erecedora de n ossa honra. Est e ti po de tol erância é usada com o desculpa para o ceti ci smo perpétuo, para m anter à dis tâ nci a qualquer com prom iss o com a re li gi ão; t am bém é um a entr ada para se fic ar vulneráve l a aceitar as i déias mais bizarras. A verd ad e, presu m ese, pod e exist ir na m atem áti ca e na ci ência, m as não na rel igi ão ou n a m orali dade. A pressã o para aceitar e ssa “t olerân cia a crít ica” Iestá cresc en do ano após ano . Você ouviu fal ar do “poli ti cam ente co rreto", a do utri na basea da em U u m novo direi to am eri cano — j) dir ei to de nu nca ser of endido. Se sua s opiniões batem de frente con traia agenda li beral ofi ci al ! é m elhor perm ane cer quieto ou será acusado de “viol ência verbal”. Lei s estão sen do fei ta s para proibir t od o d iscurso que seja ofensi vo a um gru po m inorit ário. Desnecessário é dizer que os grupos contra o aborto são uma ofensa para muit as pessoas; da mesm a for m a são aquel es que não acredi tam na agenda hom ossexual; ass i m são os que acredi tam em Cri st o com o o único caminho que no s conduz a Deus. “O prop ósito da edu cação ”, lam enta All an Bloom , “não é formar estudiosos, mas p roporcionarlhes um a vir tude m oral — a franq ueza”. 3 Ele afirma que a razão foi substituída pelo compromisso negligente, “um exercício elevador da percepção, uma sentimentalidade sem valor”.4 A busca da verdade e ntra em curtoci rcuito, porq ue a verdade , se de algum a forma existe, está f ora do n osso alcance. Partopiimos daniões, seguint todo mde queundtodao tem de ter suas próprias dentro doe convicção: conceito op oinidireião éto igual m ente certa! Partimos do pluralismo genuíno, da concepção de que as religiões
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do m und o p odem coexis ti r paci fi camente p ara o sincr eti smo, a idéia de que as convicç ões das vár ia s rel igi ões pod em ser comb inadas a esm o. Se você est ives se em um prog ram a de en tr evist as e declarasse: “ Eu creio em C risto”, vo cê seria aplaud ido; m as se disses se: “Crist o é o Salv ador do m un do ” , va ia s ecoari am pela m ulti dão (No Parl am ento das Rel i giões do M undo havia um seminári o m ostr and o que o rio Jordão e o rio Ganges são, na verdade, o mesmo fluxo religioso) Cristo e Krishna, o time perfeito! Com o chegamos a ess e pon to na his tó ri a do m undo? Com o chegam os à idéi a de q ue m atem átic a, ciênci as e histór ia estão n a categoria da verdade racional, mas qu e m orali dade e rel igi ão devem ser r elegadas a questões de gosto pessoal e experiência particular? Que condições na sociedade tornaram possí veis para algumas pessoas acreditarem em idé ia s contraditórias ou mesmo absurdas? O propósito deste capítulo é: 1. Dar um a olhada no espelho retr ovisor para m elhor entenderm os de ond e vie m os, i deologicamente fal ando, e para onde estamos indo. Há razões para que a procura da verdade te nha ter m inado com um suspiro e a resignaçãotãoirremediável de q to a de qualquer ue a opinião duo é igualmente cert a quan outro. de cad a in div í2. En tend er com o as idéi as de no ssa cultura afe tar am as i grej as evangélicas nos Estados Unidos. Podemos contestar furiosamente a noção de qu e toda geração cria o seu próprio Deus, m as o fat o hum il hante é q ue a no ssa i déia de Deus — sim, até o D eus cri stão — tam bém fo i m oldada pela cult ura rei nante.
A MEGAMUDANÇA IDEOLÓGICA Nossa nação experimentou uma troca ideológica de proporções ti tânic as. Agimos, diferentem ente de nossos an tepassados, porq ente.que Comtais valores o n açãoexistam. aband Ondeonam a buscadode valor jásamos não difer acreditamos foi queossaímos caminho?
ue pe nes e, pi or ,
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Explicarei esta megamudança alistando cinco características do pensam ento m oderno . Es sas m udan ças não aconteceram em fa ses preci sas , nem aconteceram em seqüência . Mas com o iremos ve r, t odas est as correntes ideológicas estão relac ionada s; um a leva inevit avelmente a ou tra e cria um fl uxo cad a vez mais l argo. Todos fomo s afet ados; o fim pa ra o qual elas conduzem deve compelirnos a pôrnos de joelhos.
Da Cosmovisão Centrada em Deus para a Cosmovisão Centrada no Homem D uzentos anos depois da Ref orma do século XVI , a Eu ropa con heceu o iluminismo. Em Weimar, Alemanha, visitei a casa de Goethe e fiquei imp ress ionado com os art efat os provenientes do m und o inteir o, part icularmente da G réc ia e Roma, mas tamb ém da China e Japão. E óbvio que Go ethe apreci ava a art e, m as el e tam bém queri a faz er um a declaração teológica: outras religiões, até as religiões pagãs, podem produzir um a cultura tão avançad a qu anto o cri sti anismo. Po rtanto, o cri sti anism o não deve ser consi derado com o ten do lugar es pecia l na hist óri a da raça hum ana, mas estudado com o u m a entre mu it as r el igi ões que real m ente aj udam. Quando o homem viuse como o centro de todo o conhecimento, ele def ini u reli gião de a cordo com suas próprias expectati vas e d esejos. A r eli gi ão não era m ai s est imada com o a busca do ho m em para corretam ente ajustar sua vida às exi gências de Deu s, mas com o um sis tema de crenças q ue o ajuda a at ingir seu p leno p otencial . J o s e p h H a ro u tu n ia n , d e s ta c a d o h is to ria d o r, c o m e n to u : Antes, a religião era centralizada em Deus. Antes, tudo o que não conduzia à glória de Deus era infinitamente mau; hoje, o que não contribui para a felicidade do homem é mau, ipjusto e impossível de atribuir à deidade. Antes, o bem do homem con sistia basicamente em glorificar a Deus; hoje, a glória de Deus consiste no bem do homem. Antes, o homem vivia para glorifi car a Deus; hoje, Deus vive para servir o homem.5
0 il um ini smo não era contra a rel igi ão; apenas declar ava que nosso con hecim en to de D eus não deveria vir da Bíbli a, mas pela l uz universa l da natureza. Como tais, todas as religiões do mundo eram essencialm ente igu ai s, fundam entadas com o estava m na observação natural e na experiên cia. A Bíbl ia f oi vis ta com o u m li vro proveitoso, m as não considerada a revelação de um Deus pessoal. A razão humana foi elevada acimaOdailuminismo revelação. foi uma bênção mesclada. Por um lado, enfatizou a liberdade religiosa e a tolerância no melhor sentido da palavra. Dois séculos antes, a Reform a ti nha inspirado nova vida es pirit ual em regiões da Europa. Esta luz, porém, era freqüentemente oculta, senão extinta, pelas c ontrovérsias rel igi osas que se seguiram anos m ais t ard e. Pod em os entend er por qu e as pessoas f oram ali m enta das com a intol erânci a da era. El e deu um a ênfas e m uit o n ecess ári a na liber dade d e aprendizagem e na li berdad e de con sciência. v Infel izmente, o il um inis m o tam bém introduziu densas trevas . Q uando a Alemanh a (e toda a Eu ropa, no que diz r espeito ao assunto) resolveu optar por aquela teologia mais amável e gentil, referida anterior m ente, o Evangel ho de C ri st o fi cou obscu recido. Q hom em tornouse o jui z da reli gião e d a m orali dad e, e a pesar d os ideai s nob res, as tr evas — profundas tre vas — desceram . Crimes com eti dos em nom e da r el igi ão (e houve mu it os) em palideceram de insi gnif ic ânci a em com paração com os cr imes com eti dos em nom e de um a v is ão a te ís ta do hom em e do m undo. Não é apenas um aci dente hist óri co que Buchenw ald, um dos camp os de concen tração de Hit ler , est eja si tuado a som ente sei s qu ilôme tros de W eimar — um a ironia que evidentemente não passou despercebida pelo Führer. Contaramme que ele teve o pervertido prazer de estabelecer um campo da m orte bem junto aos l imit es da ci dade q ue era o orgulho da tolerânci ae da gló ri a do hom em . É um escândalo, a lém de irônico, que q uand o os hom ens se li vr am ida s disci plinas d a religi ão reve lada, a liberdad e a cabe em escravid ão1 ! A
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ti rania reli giosa deve, é c laro, ser abom inada; m as qu and o o gên ero hu m ano usa a am bici onada liber dade p ara negar Deus, segue se um a ti rania pior. Qu ando p erguntaram a Sol zeni ts yn com o po deria t antos milhões de pessoas serem brutalmente assassinadas sob a bandeira do ateísmo, ele respondeu:‘(“Nós nos esquecemos de Deus”. Dostoiévski tinha razão: “Quando Deus n ão exist e, tudo é perm it ido’ ! Falando dos falsos mestres, Pedro escreve: “Prometendolhes liberdade, sendo eles m esm os ser vos da corr up ção. Porque de quem al guém é vencido, do tal faz s e tamb ém servo” (2 Pedro 2 .19). Esta troca de pensam ento lev ou a outras ó bvi as m udan ças no m odo com o a verdad e (s e é que ela existe) f oi vis ta .Jdé ias trazem con seq üê nci as. Q uand o subimos a bordo de um tr em ideológi co, t em os de ir até o seu destino final.
Da Autoridade Objetiva para o Relativismo Qu ando o hom em usa a li berdade para m
enosprezar a
Deus, el e est á
sozi nho n o m und o. Não ob st ante, el e tem de enfrentar pergun tas deci si vas : qual é o prop ósit o d a v i da? Qual é o b em mais s ubli m e e com o p ode ser obt ido? De que m aneira as suntos com o m oral idade e val ores podem ser encontrados? A r azão hu m ana, com todo o seu potencia l, te m l imit ações severas . Certam ente o ho m em fe z m uitos avanços cient ífi cos; pu sem os o hom em na l ua e i nvent amos com putadores c om pli cados que podem fazer maravilhas num abrir e fechar de olhos. Somos notáveis e realmente talentosos. Masquand osetrata deassuntosdem áximaimportânci a,acham onosincapazes de com preen der a r eali dade que no s cerc a. Podem os tr a balhar com o obser vável m und o da n aturez a e da ciênc ia , mas q uando esp eculamos sobre o que se encon tra al ém de nossas s ensações , procuram os po r entendimen to, à s apal padel as. O estudo ci entí fi co pod e nos ensinar com o fazer um a bom ba, m as não po de n os dizer se el a deve ser usada ou co m o deve ser usada .
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Con si derando q ue não há m aneira de m edir a morali dade e a rel igiã o po r nossas es peculações, o h om em tem de op tar pel ojr ela ti vis m o, a vi sã o de que não há po nto d e refer ência f ix o pelo qual a m oral idade e as religiões possam ser julgadas; Todas as culturas e, em última instância, todos os est il os de vida, t êm suas parti culari dade s e, em grande parte, estão muito além de qualquer avaliação. Mas anãofelicidade podemosouestabelecer com base no queclara, realmente promova o bem geralvalores de todos? De forma como possa parecer, é i m possí vel. Em prim eiro luga r, não h á consen so d o que é “ m elhor” para o gênero h um ano. Para al guns pode não h aver acordo quanto ao m odo com o o “m elhor” deve ser alc ançado. Acrescent es e a is so o egoísmo d o coração hu m ano, e temos de confessar que, se depen der de nós, cada um faz tudo “o que parece direito aos seus olhos”, com o disse o au tor do livr o de J uizes. N osso problem a é que, nas palavra s de Will iam Jam es, devíam os tê lo levado mais a sério quando ele disse que somos “como cachorros num a bibli oteca, que vêem os li vros m as são sabem ler”. Co m o ví ti mas de nossa l iber dade au tônom a, tem os de en gend rar nosso p róprio si gni ficado, buscar nossa própria felicidade e, ainda no fim, ver tudo pelo que trabalhamos ser arrancado de nós na morte. Não admira nem um pou co que a lg uns pensad ores com etam suic ídi o! Ist o ajudanos a en tend er po r que a reli gião nos E stados Unidos foi par ti cu lar iza da. Qu and o hou ve rejeiç ão à Bíbl ia , a base para a m oral e o co nh ecim ento espi ri tual r uíram, e a reli giã o foi reduzida a um a q uestão d e opinião p essoal . Cristo pode estar certo para algumas pessoas, o hinduísmo pode estar certo para outras. Ou, preferivelmente, uma mistura dos dois pode ser o melhor para ou tros indivíduos. Você pod e cria i sua p róp ria receita reli giosa aj ustável ao g osto e p referências indivi duais. C om o disse Martin Mart y: ‘ As,pessoas são exigentes na escolha das verdades, com o se estivess em n a f il a do alm oço, até que con seguem a com binação certa” . No fim do dia, todo o m und o está i gua lm ente tão certo quanto o rest o do m undo . E ai do intol erant e que sugeri r que, quan do as convicções estão em confl it o alguém , este deve esta i errado.
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W o o d y A ll en , q u e ju st if i co u s u a r e la ç ã o s e x u a l c o m a e n t e a d a , d is s e : “O coração qu er o qu e qu er”. Ta l com o com a m oral idade, as si m é com a rel ig iã o — vocêtemasua,eute nho aminhaeparanósnãohácom odecidi rquem est á certo. Aquilo em que meu coração acreditar torna-se certopara mim.
Da Objetividade ao Pragmatismo Se não há p on to de referênci a fi xo, se não há base objet iva para a moralidade e a religião, então temos de aceitar o relativismo e seu irmão ideológico gêmeo,'o'pragmatismo: o que funciona . se Jo rna certo. W i l l i a m J a m e s e s c r e v e u o l i v r o Pragmatism (Pragm ati sm o), no qual af ir m a q u e/se a hipótes e de D eus funci ona sati sfat ori am ente no m ai s am plo sentido da palavra , então é verd ad e”. 6 Ele persistiu na afirmativa de que temos de adiar nossa resposta à pergu nta “qual r eligião é a m elh or”, pois “no fi nal das con tas, ai nd a não sab em os com certeza qual r eli gião va i dar mais certo ”. D evem os j ulgar todos os pon tos de vi st a pelo quan to r ecebem os p or
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nossos esforçosça (ele um a cren reli o chamou giosa) de. “valor líquido disponível” de Michael Horton, em seu excelente livro Made in America — The Shaping of Modem Evangelicalism (Fei to nos Esta dos Un idos— A c on fi guração do M oderno Evangelic ali sm o Am eric ano), ressal ta que hoje o cri st ia nis m o tem de com petir com um a va ri edade de p rogramas de autoaj uda. Tem de p rodu zir s aúd e, ri queza e fel ic idade. Sabes e qu e o hipnoti sm o ajuda a s uperar o ví ci o de fum ar; com primidos po dem ser tom ado s para vencer a obesidad e; e a t erapia auxil ia aqueles qu e são sexua lm ente vi ci ados. O cr ist ianis m o é com parad o a um a tot al c onfu são de program as de au to aj uda qu e garantem m axi m iza r a quanti dade de feli ci dade d os indiví duos m ediante o sucesso fi nan ceir o e p esso al. “Como um novo inseticida”, escreve Horton, “Deus tem de passar no teste de uti li dade p ara ser adm it ido no m ercad o”. 7
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Mas conti nuand o H orton em sua dem onstraç ão, a Bíbl ia não foi escri ta para com pe ti r com ta is t écnicas de a utoaj uda pragm áti cas. “ Tem os de no s volt ar às Escri turas t anto pa ra as perguntas com o pa ra as respostas”, diz ele. 8 A Bíbli a insi ste que o gran de fi m d o h om em não é atingir a feli cidade, m as antes, glori fic ar a De us. É a man eira pela qual pe cad ore s depravados pod em ser rec ebidos pelo T odopoderoso. O cr is ti anis m o promete libertação do pecado para aqueles que estão dispostos a ir a Crist o em a rrepen dim ento e fé , e is to o torna tot alm ente difer ente dos erros da autoaj uda. Este não é apenas o utro n um a séri e de li vros, m as um pertencente a um ní vel com plet am ente dif ere nte . W il li a m J a m e s d e c l a r a q u e p r e c i s a m o s d e u m a r e l i g i ã o q u e f u n c i o n e . O cristianismo funciona? Pergunte aos mártires que não foram salvos dos leões se a crença qu e ti nham funci onava. Pergunte aos que b uscam a Deus para serem curados e, não obstante, morrem de uma doença desum ana. Pergunte ao indiví duo que ficou crente e a esposa o de ixou, po r ser el a antagônic a à crença recém encon tr ada po r el e. Baseado em nossas ob servações fini ta s, nem sem pre o crist iani sm o funciona. Agora é claro se o cristianismo nos reconci li arque comse você Deus,perguntar se f unciona em nosfunciona preparar em para a m orte e a eternidade que nos espera, então sim, temos ótima razão para crer que funciona muito bem. De fato, como o restante deste livro tentará mostr ar, é a única cren ça que funciona. Mas não p ode m os jul gar um a crença baseado s simp lesmen te na observaçã o fi nit a do dia a dia . O qu e pare ce dar cert o hoje, pode não d ar cert o aman hã. O que funciona nesta era pod e não funcionar na eter nidade. Ta l ve z o hom em m ode rno n ão este ja se perguntando com o ele pode ser declar ado jus to por Deus, de for ma que venha a desfrutar o céu em vez de sofrer no inferno, mas essa é precisamente a pergunta que o cristianismo afirma que responde. Horton diz com correção que, quando o cristianismo é explorado po r sua uti li dade, tornase vulnerável à adap tação, fusão e estagn ação. Se t em de perm anecer com o “o po der de Deus para sal vação” , não deve
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ser jul gado pela obse rvação imediata e superfi ci al. Preocup ase primariam ente com q uestões deci si vas , e não com a quest ão de com o po dem os m elhorar no ssa existênci a coti diana.
DA RAZÃO PARA 0 SENTIMENTO A fi rme fé em Deus e a convicção n a autori dade da Bíbl i a sem pre leva ram à conv ic ção de que, objet ivamente, a verdade rel igi osa e m oral pode ser descoberta. Os puri tanos, com o o s reformado res do século XVI, acredit avam que não devia haver nenhum a separação entre o coração e a m ente. Suas em oções eram est imuladas po r gr andes pensam entos sobre Deus e seus cam inhos no m undo . Os s erm ões purit anos combinavam teologi a, fi lo sof i a e discurs o racional f undam entados na Bíbl ia com o u m m odo de encarar o m undo . El es acr edit avam q ue um coração fervoroso é proveniente de um a m ente ocupada que adora um Deus impres si onant e. Outrora, a teologia era considerada a rainha das ciências, mas na ausência de um con hecim ento em base ci entí fi ca, fi cou obso leta. A questão para nós, pessoas dos tem pos m ode rnos, nã o é qual a i déia rel igi osa que po de ser apoiada po r dados racionais, m as qual a que no s fa z senti r m elhor. A psicol ogia foi substi tuída pela teologia. A busca séri a da ve rdade foi substi tuída pela busca d a fel ici dade pessoa l. 0 fil ósofo judeu W il l H erberg dis se: “ Estamo s cercado s por todos os lados pelos destroço s de nossa grand e tradição intel ectual. .. Em vez de li berdade, som os sugad os pelo redem oinho do prazer e poder; em vez da or dem , temos o sel vát ic o deserto da fal t a de n orma s e o a m or à b oa vi da”. 9 0 pecado n ão é mais o grande i ni migo do gênero hum ano, e si m a tr is teza. Se nti r se bem c onsigo m esm o é a prioridade nú m ero um . A Bíbl ia é reduzida a u m guia devocional pa ra aj udai as pessoas a entrai em con tato com seus senti m entos. Ass i m o cri st ia nis m o é am plamen te ignorado em nossa cultura, sar da excelente sup emerioriargum dad eentos en ttesé-as outras alt ernati apevas/Nossa cultura nãoevidên est áciainterde suaessada ri os e e vidência raci onal qu and o se trata dos assuntos de rel igi ão.
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H orton destaca qu e essa ruína gradat iva da busca intelect ual da verdade deixa o cristianismo sem defesa séria no mercado de idéias, um m ercado d o qual é agora expu lso. Alguns cr is tãos , para não serem sobrepujados, têm tentado argumentar que se você acredita em Cristo, senti r se á m elho r do qu e com as outras al ter nativas . Mas o conv ertido previ dente pergunta: com o você sabe o q ue m e far á sent ir melhor? M eus senti m entos são de m inha excl usiva pr opriedade! O que a contece qu ando u m a geração acei ta a i déia de que só devem ossenti renãop ensar ?A spess oasoptam po ropiniõe squefic am aquém das convicções.
Das Crenças para as Opiniões Pou cas pesso as acreditam em qua lquer coi sa, exceto (t alvez) no d irei to à próp ria f eli ci dade. É com preen sível que assim seja, pois se não existe a verdade objet iva , então n ão exist e nad a pelo qu e val ha a pena m orrer; e segues e qu e tam bém não exis ta nada pelo que valha a pena viv er . Harvey Cox escr eveu: A secularização realizou o que a fogueira e a prisão não conse guiram fazer; convenceu o crente de que ele pode esta r errado , e persuadiu o devoto de que há coisas mais importantes do que morrer pela fé religiosa. Os deuses das religiões tradicio nais funcionam como fetiches particulares ou como proteto res de grupos congênitos, mas não desempenham absoluta mente nenhum papel na vida pública da metrópole secular.10
Deu s tornou se um fet iche parti cular. Sua principal f un ção é ajudar nos a renovar nossa deteriorada autoimagem. Aceitamos esses valores de laze r, prazer e reali zação das próp rias esperanças pe lo esforço pe ssoal que fizeram nosso Deus parecer compatível com nossa cultura. Isto nos forç ou a r eti rar nos do com bate, quer po r med o de que as evidênci as do cristianismo sejam duvidosas, quer pela percepção de que a base de nossa fé não é im portante. Num m und o ond e o senti m ento é o cr it ério da verdade, fechamos nossas mentes e bocas e fingimos não notar.
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Então com o viemos p arar a qui ? Qu ando rej eit am os a Bíbl ia que est á enrai zada no solo da his tór ia e do p ensam ento raci onal, descobri m os que a ún ica alt ernati va foi r ecla ssi fi car a rel igi ão e os valores co m o qu estões de opinião pessoal e experiências particulares. Sem a fundação, a casa da reli gião/moral teve de ser m ovida para arei as m ovediças, ond e as contradições e os absurdos tiveram de coexistir de alguma maneira. Para m ud ar a fig ura de li nguagem , qu and o a voz do árbitro f oi abaf ada por u m coro d e vozes c om petidoras, t od o jogador fi cou l iv re para escrever as regras que sat isf izes sem as próprias necessidad es. Con siderando que todo mundo tinha uma opinião diferente sobre o que era m elhor para si , perspecti vas contraditórias ti veram de ser toleradas sem a tentativa de a rbitrar entre e las. A tolerância negligente tornou-se uma necessidade pragmática. M atemática, hist ória e ci ências ainda m antiveram o respeito e assim, foram considerad as racionais e objeti vas. Rel igi ão e valores foram po stos num arqui vo especial marcado: Opiniões Particulares.A verdade já não e ra est imada com o tend o qu alquer t ipo de univers ali dade, m as era apenas uma declaração pessoal sobre o que nos faz sentir bem. Vinte e duas mil m ulheres r euniramse r ecentem ente em M ineá poli s, para um a con ferência sob a band eira da “Reimagem ”. A conferência enfati zou q ue as mulheres deveriam formar as próprias opiniões sobre a deidade a partir de exp eriências pessoais. A deu sa Sí jSfia foi honrad a, exem plificando que a teologia deveria ser gerada “de baixo p ara cima”. Som os cham ados a levant ar nos contra a insi st ência de n ossa geração em afi rmar que a rel ig ião não li da com a ver dade, m as é tão som ente um a questão de gosto pess oal, como alguém que gosta de jaz z ou de Bach. No d ebate da reli gião tem os de encarar qu estões sobre a verdade. Q uan do as pessoas fi ze rem reivindicações religiosas, temos todo o direito de pedirlhes as provas. Não p odem os d eixa r que as pessoas si nta mse conf ort ávei s com um a crença qu e as faz igua lai ' Cristo e Shirley M acLaine. Op iniões particulares dev em ser expo stas pelo qu e elas s ão, e a pressão d eve ser fei ta at ravé s da pergu nta: “Que evidênci as você tem para p rovai que suas opiniões são d e fato a verdade?”
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Não podemos admitir a guerra ideológica em uma babel de vozes contraditóri as. Temos de red irecionar o enfoq ue da batalha para aquelas questões que realmente importam. Podemos confrontar amorosamente nossa geraç ão com o Cris to do Novo Test am ento. Podem os m ostrar que as evidências de sua credibilidade estão abertas à investigação. As raízes de nossa f é pod em ser expostas para que todo s possam vê la s.
SUA RESPOSTA À MEGAMUDANÇA Certo cidadão est ava pass ando de autom óvel por um a f azenda, quando n otou um cel eir o que cham oulhe a at enção. De um lado do celei ro havi a num erosos al vos e, no centro de cada u m — d ir eto na m osca —, estava encravada uma flecha. Ele ficou surpreso ao pensar que alguém pu desse ser tão h ábil em tir o ao alv o. Parou o carro p ara fel ic it ar o fazendeiro pela perícia com o arco e flecha. O fazendeiro ficou impassível: “I sto não foi feit o p or m im ”, exp licou e le, “ foi feit o pe lo idiota da aldeia. Ele veio à m inha fazenda, atir ou as f lechas no celeiro e p intou os alvos em volta delas! ” Se é ver dade, com o diss e Toz er , que o q ue crem os sobre D eus é a cois a mais i m portante para nós, então p reci sam os pergun tar : que ti po de D eus a nossa s ociedade cri ou? E até que p onto m odifi camos no ssa idéia de Deus levando em conta a pressão cultural? Preste atenção na m ídi a, nos nossos p eda gogo s e até nos n ossos lí deres rel igiosos, e você terá a i m pressão de q ue som os li vres para atirar a f lecha para on de qu er que desejem os. E um Deus ben evolente aprovar á cada l ance! O feminis m o radic al , a hom ossexuali dade, u m a pitada de m is ti ci smo oriental combinados com um entendimento ocidental de ioga, entupido com versículos bíblicos — tudo isso e muito mais pode ser seu. O deu s que você e scolhe r i rá , é clar o, aplaudir seu direi to de escolha! N ão há perded ores porque Deus exist e para c ert if ic ar se de que todo m und o acerte o alv o na m osca! M esmo nó s, c om o evangéli cos, parecem os ter nos c urvado diante da tolerância dessa era. Alguns suprimiram a doutrina do inferno eterno a
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favor do an iquila cionis m o, a interpretação de q ue os ím pios são lançados no inferno e totalmente consumidos; outros vão mais longe e ensinam que, ap esar de Crist o ser o único cam inho que n os le va a D eus, a f é pessoal nEle não é n ecessári a para a sal vação. ' “ O m eu D eus”, di sse m e um senh or com ênfa se, “ nun ca cas ti gari a um a pessoa seque r! ”] Harvey Cox argum enta que a m odern a re li giã o nasceu q uando viemos a acreditar que Deus poderia ser conhecido por “experiências religios as”. Ass i m, “um a crença que outrora proclamou um Senh or que levant ava e derrubava imp eradores, que condenava a e xtorsão e a trapaça, foi agora reduzida a ocuparse exclusivamente com o espírito interior ou, no m áxim o, com a ignorância entre indi víduos”. C ox cit a Nietzs che, que acusou os cristãos de domesticarem Deus: “Vocês engaiolaramno [Deus], a m ansaramno, dom esti caramno e os sacer dotes com placente m ente deram sua aj uda. O touro que m uge tornouse um boi apát ic o. Vocês castraram Deus!”11 Então co m o derrubarem os essa deusa cham ada “t oler ância acrí ti ca” ? Primeiro, temos de insistir nas reivindicações do cristianismo bíblico. Tem os de disponi bili zar as evi dências de nossa crença p or m eio de n ossas vidasdee palavras, fiempergun os d e incen a inv m o, temesti gar rações Crist o e fazer tas diftivaríc asei pessoas sj 1 Por últi os dasedeclap erceber qu e o m un do n ão precisa de nossas idéi as sobre Deus, mas necessita das i déia s de Deu s sobre Ele e seu relaci ona m ento co no sco. E vis to que há bo as razões para acred itar m os que Ele revel ouse na Bíbli a, precis am os destacar po r que todos os outros deuses são apenas ídol os. Em ter m os bast ante s imples , poss uím os um a m ensagem que força as pessoas a confrontar um Deus que providenci ou um m eio de r eden ção, mas qu e não se dobra à press ão soci al nem fi ca brando com o tem po. A proclamação de um Cristo que tem as credenciais para salvar é a nossa única esperança. Karen Armstrong, que acredita ser a idéia de Deus uma invenção da m ente h um ana, diz: /‘ Som ente o cri st ianis m o ociden tal f az um alvoroço com credos e crença s”. 12 Ela i nsis te que n enhu m cri stão do sécu
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lo XX iria “importarse em começar um argumento sobre a divindade de Jes u s.. .” Eu o convido a unir s e a m im num grande avivam ento! Venha com igo enquanto investigamosalguns argum entos sobre a divi ndade de Jesus! Vamos anunciar que o santuário da “tolerância acrítica” não resiste à investigação! Vamos estabelecer um ponto e defendê-lo! IfErnst Renan, o filósofo francês que perdeu a fé, escreveu: “Estamos nos m antendo com o perfume de um fr asco vazi o”. Som ente um en tendim ento da singul ari dade de C ri st o po de e nch er de novo o fras co. Preci samos de um a crença que corri ja o coração e a m ente . Segun do, se desejamo s destronar a tol erância acrí ti ca, t em os de e ntende r o que é a verdade . Antes de apresen tar um retrato de C ri st o com a i ntenção de provar por que Ele é a única opção razoável em m eio a um a confusão de vozes contr adit óri as, preci sam os respon der à pe rgunta que Pilat os fe z a Crist o, po is ele s aiu antes qu e rece be sse a resposta. “Que é a verdade”? O qu e devem os dizer aos que acreditam ser a verdad e algo pessoal e subjet ivo? Por que a religi ão n ão p od e se r part iculari zada? E a ilustração da roda mos emostrdireção andonos p Afodemi na losdesercontas, uni quais fi cados e apenas nos erístori i-entam ao quecubo? são ass caract cas da verdade? Continue lendo.
NOTAS 1. Karen Arm str ong, AHistory ofGod ( Nova Yor k: Rand om House^ 19 93 ). Citações t ir adas de Time,27 de Setemb ro de 1 993 , p. 77. 2. James Patterson e Peter Kim, The Day America Told the Truth (Nova York: Penguin Group , 19 92 ), p . 201. 3. All an Bloo m , The Closingof the American Mind(Nova York: Sim on & Schuster, 1987), p. 26. 4. Ibid, p. 64.
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5. Joseph Haroutunian, Piety Versus Moralism: The Passion of New England Theology(Nova York: H arper & Sons, 193 2), p. 145 . 6. WilliamJames, Pragmatism(Nova York: H oughtonM iff li n, 1 95 5), p. 192. 7. M ic hael Scott H orton, Made in America—The Shaping of Modem American Evangelicalism (Grand Rapids: Baker, 1991), p. 49. Este livro forneceu o estímulo para muitas das idéias encontradas neste capítulo. 8. Ibid., p. 50. 9. Cit ado em Made in America, p. 24. 10. Harvey Cox, Religion inthe Secular City : Toward a Postmodern Theology(Nova Yor k: Simon & Schu ste r, 19 84 ), p. 200. 11. Ibid. 12. A rm str ong, A History,citado em Time.
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A BUSCA DA VERDADE Se é verdade para mim, é verdade para você? am os usar nossa i m aginaç ão e unir nos a um a pequ ena con gregação nos arredores de Roma em 303 d.C. O culto informal com eçou com oração , a cantoria dos hi nos e vár ios crentes lei gos fazendo breves exposições da Palavra. Um orador, o ancião principal, tomou a palavra e está se concentrando para falar. Obviamente é difícil a ele encontrar as palavras certas, mas está determinado e assim, fi cam os ouvindoo. Ele f ala à cong rega ção o qu e ela já s uspeitava: o i m pera do r Diocleci ano emiti u nova lei exigi ndo que todas as pessoas pa rt ici passem na cerim ônia polít ico/ reli giosa designada a un ir a na ção e reavivar o patrioti sm o tardi o no imp ério. Especifi cam ente, esta cerimôn ia envol ve qu eima r um pouco de incenso e dizer que “César é o Senhor”. Aqueles que cumprem o ri tua l recebem um sel o de ap rovação; os que não o faz em, po dem ser l evados à m ort e. De pois do discurs o, os crentes fazem perguntas e discutem q ue resposta A resposta não é tãoe nãevidente m eirodevem l ugar,dar. eles na verdad o teri quanto am deparece. d eixarEm pride ad orar o verdadei
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ro D eus; depois de terem jurado subm is são a César com o Senh or, e st a riam livres para adorar em particular a qualquer deus que desejassem. Toda r eli gião é t olerada; a l iberdade de cad a um escolhe r o p róprio deu s é em geral ac eit a. Há m esm o riqueza na diver si dade. Em segun do lugar, não se tr ata de m era decisão rel igi osa, mas polít ica. César c onven ceus e d e qu e não era poss íve l ser bom ci dadão sem qu e se confirmasse seu senh orio. O argum ento era que, se alguém ti vesse lealdade a um deus acima de César, não se poderia confiar em tal indivíduo em tempos de emergência nacional, como por exemplo, na gue rra. Todos os bon s cidadãos estavam d ispostos a , com o estava escr ito no édito, “ adorar o espír it o de R om a e o gênio do im perad or”. Em terc eiro lug ar , est a exigênci a era apenas u m a vez p or ano. M esmo que alguém m enti ss e, o perdão em Cris to es ta va prontam ente d is ponível. Por que não arrazoar, como alguns fizeram: “Por um momento minha boca pertence ao im pera dor, embora m eu coração semp re pert ença a C ris to”. Roma era cruel. Muitos pagãos convertidos que agora estavam na Igr eja t inham observado em primeira mão a brut ali dade dos cidadãos rom ano s. Eles haviam sentado nas arquibancadas d o Coliseu e ass is ti do a combates na arena entre gladiadores. Certa feita, tinham se alegrado qu and o os cris tãos f oram lançado s aos animais s elva gens. Est avam presentes e vi ram qu ando os crentes cl am aram a Deus p or li bertaç ão. Não obstante, foram estr açalhado s para d elí ri o das m ulti dões sangu inári as. Se Cristo fosse observado como uma opção entre muitas, os cristãos pode riam p restar leal dade a outras expressões d o divino. Por que não encontrar áreas de concordância, à unidade central de todas as rel igi ões? Ist o não ap enas prom overia a harm onia, mas tamb ém o bem comum do Estado. A escolha (no sentido exato da palavra) não era se os crist ãos ad orariam a Crist o ou a César; era se el es ado rariam a Cris t o e a César. Interessante é observar que os pagãos de hoje não vêem conflito entre a adoração ao imperador e a adoração dada por cada um ao seu
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deus. De fat o, os rom ano s sat is fi zeram as nações que con qu ist aram con strui ndo o Pan teã o, um bonito temp lo para que nele foss em colocados todos os deu ses e deusas dos povos conqu ist ados. Cri am que cad a deus represen tava o m ist ério da divi ndade. Por que fec hars e em u m a exp ressão da transcendência, quando parece que todas as religiões estão dizendo a m esma coi sa ? Com o vere m os, o paga nis m o anti go e o m oderno sempre têm tolerado outros deuses finitos. Enq uanto o ancião f al ava ao p equ eno ajuntamento, cri ancinhas de rostos tr ist es seguravam co m força o braço d e suas m ães/S e os pais r ejeitas sem o im perador e m orress em , quem cuidar ia de la s? Não seri a m elhor fazer a c onfissão polít ica e vi ver para o benefíci o d os p equ enino s? O ancião exorta os crentes a permanecerem fiéis à fé cristã, mas ele está ciente de q ue alguns darão a César o q ue ele exige. Essas pessoas af ir m am ter descob erto que há m ai s área s de conco rdância entre as cr enças de R om a e do cri sti anismo d o qu e a pri ncípio se pensava. O que você faria? O que eu faria? Não podemos julgar aqueles que adoraram Cés ar, porqu e n ão sabem os o q ue terí am os fei to se enfr entássemos decisão semelhante. Mas a maioria dos cristãos — abençoados sej am eles — rec usou acredi tar que Cris to pudesse estar no m esm o p atam ar que os deu ses pagãos. É po r i ss o que os cr is tãos não queriam que Rom a cri ass e um nicho para Jesus n o Panteão plural is ta que fi zer am. En tend er Crist o era vêl o tão ú nico e tão especial que lealdade divi dida não podia e xi st ir num coração honesto, nem sequer por um m om ento. A Ro m a ofi ci al detest ava tal exc lusi vismo, a idéia de qu e C ris to era o ún ico caminh oparaD eus.Osrom anosacredit avamq ueo scri st ãoseram Sntipat ri óti cos (leiase “politicamente incorretos”) /para oporemse aos deuses oficiais, que aparentemen te não se importava m co m a c oncorrência . Rom a t am bém tinha outras reclamações dos cristãosfRumores circulavam acerca de canibalismo praticado entre eles (af in al , el es não afi rmavam q ue com iam a carn e de Cris to e bebiam o seu sangue?) m aior tolerância! ia dos casosMas, toler jogo — tolerância para aqueles. Mas quenamostravam os queânci não a era o nom e do transigiam suas con vicções reli giosas fic avam esp eran do os leões. ~
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N ossa escolha hoje é mais s uti l, m as em princí pio é a m esm a que os primitivos cristãos enfrentaram. É verdade que não temos de adorar a César, em bo ra muitos queiram fazer nos cr er que não h á autoridade além do Est ado. N em preci sam os tem er que nossas v id as est ejam em peri go se comprometermos nossa fé cristã. Mas a tentação existe — a tentação de dividir nossa lealdade, de coroar Cristo, o Senhor, para depois dar coroas m enores a real ezas concorrentes. Pod em os ver i sso m uito cl aram ente naq uele que afi rma ser “ budista cri stão”, ou no p rofessor de E scola Dom ini cal que m escla o cri sti anismo com ioga ou o utras crenças d a Nova Era. Mas t ai s misturas de l ealdade também são tol eradas quando o cr is ti anis m o é com binado com a psic olo gia secular ou a n oção crescente de que o problema d o m al pode ser resol vido acreditandose nu m D eus fi nit o. Também vem os iss o no indi víduo que com prom ete sua i ntegr idade para man ter o em prego. A tentação à i dolat ri a, o forte desejo d e com binar C ri st o com ou tros ri vai s, sempre está conosco. S em pre som os tentados a ser mais t olerant es do que Deus. 0 pro pósito deste capítulo é derrub ar o ídolo da “ tolerância acrí ti ca”, mostrando: 1. Que é logicamente absurdo acreditar que todas as religiões do m und o pod em ser igual m ente cer tas . Q 2. Que a verdade tem determinadas características que são transcul turai s; reli gião pa rti cular é um a co ntradição. 3. Qu e nós, indivi dualm ente, preci sam os ter a certeza de q ue a verdad e reli giosa é objet iva, apl ic ável a t od o o m und o. Contas e a hi st óri a de um h om em que perdeu u m a chave e procura va a sob a l uz de um a luminári a de rua, em bo ra a ti vesse derruba do m ai s ao longe rua aci ma. Q uando l he perguntaram p or que ele não procurava on de a derruba ra, el e dis se que queria est ar onde a pud esse ver! Som os todos assim. Todos encaramos a vida pela luz que nos é familiar. Mas
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quan do b uscam os a ver dade, d evem os estar dispost os a deixar ár eas que nos são famil ia re s e prosseguir e m nossa procura p ara ond e q uer que ela nos conduza. N ão lei a este capítul o sup erf ic ial m ente! Venha comigo enq uan to fazemos uma pequena excursão a algumas das principais religiões do m und o, para ilus tr ar po r que elas não po dem ser ig ualmen te ver dadeiras . Visto que parece haver algumas semelhanças, temos de descobrir se as diferenças são significativas. Depois examinaremos a noção popular que di z: “ Cris to pode ser a verdade p ara você, mas nã o para m im”. U m a crença torna-severdadeira s e tãosom ente acreditarmos nela com si nceri dade?
AS RELIGIÕES DO CONFLITO MUNDIAL E m The Decline and Fali ofthe Roman Empire(O decl íni o e qu eda do Im péri o Rom ano), Edward Gibbon declarou que, durante o decl íni o do Imp éri o R om ano, todas as r eli giõe s eram consider adas igualmente verdadeiras pelas pessoas, igualmente falsas pelos filósofos e igual mente úteispelos políticos! Será que as pessoas estavam com a razão? Todas as religiões do m und o p oderiam ser i gualmente verdadei ras ? O fi lós ofo Joh n Hic k, em seu livro The Myth ofChristian Uniqueness 1 (O m it o da singular idade cristã) discute que o cristianismo não tem nada de especial que o recom ende. Se a unidade tem de ser obt ida, tem os de no s render à idéi a de que u m a re li gião deve t er preferência sobre outra. De fat o, um dos colabo rado res do li vro, W il fr ed K antwel l Sm it h, afi rma qu e n ão h á tal coisa de idol atr ia . Toda s as rel igi ões têm com o cen tro com um alguma exp eriência do transcendente, quer de madeira ou de ped ra ou m esm o nossa reflexão do próprio Jesus. Considerando que Deus aceita toda adoração, a reivindicação de singularidade é blasfêmia! Espero que ao terminar a lei tura dest e capít ulo, você con corde que este ponto de vista é ilógico e totalmente errado. Pior, conduz a conclusões alarmantes.
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Rav i Zacharias observou que a m aiori a das pessoas acha qu e todas as religiões do mundo são essencialmente as mesmas e apenas superficialmente diferentes. Mas disse ele que o oposto é que é verdadeiro: as rel igi ões do m un do são essencialm ente d if erentes e apenas sup erf ic ial mente as mesmas. Vamos fazer uma rápida comparação entre algumas das principais religiões no que tange a somente dois pontos doutrinários: (1) A com preensão que ta is rel igi ões têm de D eus com o Ser Suprem o; e (2) A doutrina da salvação que preconizam.
O Ser Supremo Como você pode ter adivinhado, as principais religiões nãocristãs não só discordam em relação ao entendimento que têm do Ser Suprem o, ou D eus, mas nem m esm o conco rdam entre s i se t al Ser (de qual qu er descrição) exist e! O hinduís m o acredit a em 30 0.00 0 deuses. A maiori a dos d evotos vene ra ou ad ora alguns f avori tos , mas respeita t odos. Se pergun tam os como esses deuses podem coexistir pacificamente, a resposta é que ( el es só represen tam u m a forç a impessoal, o Brahm a, o Único, a Alma do Cosmo. Nossa meta é perder nossa identidade nessa unicidade suprema. O hinduísmo não se preocupa com contradições, por conseguinte, há m uit os e freqüentes caminhos contradi tór ios para a m esm a real idade suprema. A lógica existiria num plano mais baixo. A medida que nos aproximam os do Sup remo , t odas as dis ti nções desaparecem e tudo con verge no U m . Com o as outras r eli giões or ient ais, o hinduísm o é m elhor descri to com o u m a árvore com m uit os ram os dif erent es e contradit órios. Considerando que absorveu mu i ta s i déi as pagã s, não tem um corpo de d outri nas claram ente defini do. O xintoí smo , encon tr ado princ ipal m ente no Japão, é animist a e a credit a que os deu ses ( kami ) m oram em todas as cr iat uras — até nas árvo-
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res, no solo ou ob jet os. Mas não p ensem os que esses deuses são dist intos dos objetos em que hab it am ; são parte do m un do natural. Esses deuses são indiferentes à moralidade e não fazem nenhuma contribuição para a batalha entre o bem e o mal. Visto que os deuses raramente se ofendem , o pecad o não exi st e. Desarmonia, s im; pecado, não. Em contraste, a maioria dos budistas nem mesmo acredita em um deus (ou deuses). Qu ando o Parl am ento das Re li gi ões do M undo publicou um a éti ca gl obal , nem chegou a usar a pal avra Deus,po rque alg uns budista s teri am ficado ofendidos. Os m ong es insi st iam que q uan do u m budista reza, está na verdade meditando, falando consigo mesmo. O isl amismo é m onoteís ta (decl ara cr er em um Deus apen as), con ceit o tom ado p or em préstimo da tradição hebrai cocr ist ã. Esta deidade não é uma trindade, e está tão distante de nós que nunca poderia tor narse hom em . Alá não é o D eus e Pai de n osso Sen hor Jesus Crist o, m as era, na r eali dade, a deidade tr ibal de M aom é, que elevou seu deus à posiç ão de G overnant e S uprem o. 2Al á t am bém não pod e ser associ ado a outros deuses nãocristãos por causa do credo básico: “Não há nenhum Deus, senão Alá, e Maomé é o seu profeta”. Sua distância moral e espiritual de nós torna necessário que ele fique em grande parte afastado dos acontecimentos deste mundo. O fatalismo, muitas vezes cruel, governa. A últ ima li nha é: as rel igiões não crist ãs não p ode m seq uer co nc ord ar com um a com preensão bási ca do Ser Supremo. Pense em q uão va st as as diferenças seriam se comparássemos essas idéias com o cristianismo!
A Doutrina da Salvação Os hindus e os budistas crêem que estamos presos num ciclo de renasci m entos; nós tr ansm igr am os, em bora não est ej a cla ro com o o fazemos. Ambas as rel igi ões acr edit am que o problem a do h om em não é o a ignorância. mpecado, os seretisimrados da con Através fusão pda meditação ara a rea eliobediência, dade. pode-
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Mas neste ponto, as duas religiões separamse: os budistas estão com prom eti dos com os oit o caminhos de B uda e esperam p elo ni rv ana, a eli m inação de tod o d esejo. Os hi ndus, p or sua ve z, buscam a l ibert ação d o karm a med iante a ação abnegad a e desinter essada. Os xintoí stas não têm uma doutrina clara da vida após a morte e, por isso, crêem que a salvaç ão vem pelo esforço d e se ter um a vi da saudável e r obu sta aqui e agora. N o is lamismo, a salvação vem pelo fazer a vontad e de Alá, o q ue está decifr ado em “os cinco pilares” . No d ia do julgam ento alguns serão con signados para o inferno e outros para um paraíso repleto de delícias sensuais. Os adoradores de outros deuses (que não sejam de Alá) irão sem dúvi da par a o inf er no; mas ning uém, n em m es m o um m uçulmano dedicado, pod e saber com cert eza qual é o seu dest ino eterno. A pessoa só pode esperar que no dia do julgamento o bem venha a exceder em valor ao m al. Se tivéssemos tempo para explorar estas religiões com mais detalhes, descobriríamos que respostas diferentes são dadas às perguntas m ais básic as. H á um D eus ou m uitos ? El e (ou eles) é pessoal ou imp essoa l? O nosso prob lema é o p ecado ou a ignor ânci a? A sal vaçã o é ter u m a vida s audável ou é a r estauração a um Deu s ou d euses? Ou é liber tar s e de um ci cl o de renasci m entos? S e exi st e um céu ou u m inf erno, com o é que eles são? Por ora, basta perceberm os qu e se todas as r eli giõe s do m und o fossem igual m ente ver dadeiras , o un iver so seri a um hospíci o cósm ico! Co locando em outras palavras, se todas as religiões do mundo fossem igualmente verdadeiras, a lógica exigiria que todas elas fossem igualmente falsas: As doutrinas conflitantes se excluiriam mutuamente! Não aceite a idéia de que essas diferenças lógicas são importantes apen as pa ra os ocidentais. As rel igiões ori entais afi rmam que as con tradições , “ da nãoou é qu tra” estão. de um p a ouoddeemou exist tra ,irmasladoé uma lado.a‘sí ntesA verdad e tanto dee”,umafi rmam a quanto
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Desta forma, as contradições não precisam ser solucionadas. Mas aqueles que são críti cos da lógica servemse d a lógi ca nu m a vã tent ativa de ser bem sucedidos em expli car se u pon to de vi st a. Talvez você se lembre de que em Alice no País das Maravilhas, Ali ce era capaz de acreditar em seis contradições antes do caf é da m anhã. Mas qualqu er pessoa qu e acredit e em duas contradições an tes do almoço, deve, sinto dizer, ser declarado louco! Deixeme dizer enfaticam ente que as lei s da lógica são tr ansculturais ; são igualm ente aplicávei s t anto para o hindu qu anto para o m uçulm ano; aplic am s e da m esma maneira tanto para o budista quanto para o cristão. É lógico que todas as rel igi ões do m un do po dem ser fa ls as, mas nem todas pod em ser verdadeiras. Exemplo: não podemos simplesmente crer que há um só Deus (cris tianismo) e que também haja 3 00 .00 0 deuses legít i mos (hinduísmo). Não podemos crer que nirvana, céu, paraí so, inferno, libertação do karma e perda da identidade pesso al em um supremo impessoal sejam todas doutrinas compatí veis.; Como disse C. S. Lewis: “Aqueles que buscam tolices encontramTsso mesmo”.
Ref li ta nisto: se as le is da lógic a são nulas, nen hu m oriental pod e m e cri tic ar por crer no o po sto do que ele crê. Ele pode acreditar que a verdade é tanto u m a quanto a ou tr a, um a sí ntes e de d uas doutri nas con traditór ias . Mas eu p osso acreditar que a verdade é u m a ou a ou tra, ou sej a, que a verdade tem de seguir as r ígi das le is da lógic a. Ainda que nossas opiniões en trem em confli to, i ss o não deveria nos preocup ar, vi st o que o oriental acredita que as c on tradições exist am lado a l ado. M esmo que eu acredit e qu e ele est á com pletame nte errado, ele não pod e contestar m inhas conclusões. Afi nal de con tas, a m eno s que a verdad e seja c onsistente e l ógi ca, podese acredit ar semp re no o posto d o que o ou tro acredit a. Em ta l m un do, o disparat e é rei! ^ l? :, . ^ li a é m uito ara ao afi e sigrmarnifqueicna queãoop ode hum a contradição.A BíbA presen ça dacl verdad ou troexiladost irestánenerrado.
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Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a ju sti ça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente (2 Co 6.14-16).
Todas a s r eli giões do m un do n ão p ode m ser i gualmen te verdadei ras. Devem esc olher, porquecéu asediinferno. fer enças prof doutrinárias undas são q imuanto a luz eporas t revas,os Deu s e Satanás, D sãoisttãoinções tantes, mu it as vezes contraditóri as e logicam ente n ecessár ias.
TODAS AS RELIGIÕES REIVINDICAM A VERDADE PARA SI Se a s r el ig i ões do m undo entr am em choque um a com a out ra, c om o a unidad e po de ser obti da? O bviam ente cada reli gião teri a de fazer s ua declaração da verdade e só fal ar que tem um a perspect iva dif erente da verdade. Mas o problema é que mesmo essas “perspectivas” estão em pronu nciado confli to. Os f il ósof os podem nos pedir que aban don em os qualquer no ção d a verdade, mas is so é impossí vel s em que se d estr ua a essência d a religi ão. Com o todo rel igi oso sa be, os hi ndus crêem no karm a e na reençar nação, pois acham que esta s doutri nas correspond em às coi sas do m odo com o são (cr êem que são verdadeir as) . Os cris tãos ac redit am na Tri ndade e energicamente discordam do islamismo, que nega a deidade de Crist o e afi rma ser M aom é o profeta de Deu s. Ser á que algum dos seguidores destas religiões estará disposto a dizer: “Eu creio nessas doutrinas, mas não afi rmo que sejam verd adeiras”? Acho q ue n ão. Se as rel igi ões do m und o rendessem sua declar ação à verdade, nenhum hindu jamais conseguiria apresentar evidências do karma e nenhu .mA rel budist dis não cor mdaria dosaisc qu erium stã osassunto que acreditculturalam ouem deump referência Deus p essoal igi ãoaseria pessoal. Você consegue imaginar todo o mundo concordando de ante-
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mão que discutir religião é discutir o erro, porque nenhuma religião declara que tem a ver dade? Dize m que pod em os evit ar es se i m pass e despojando n oss as do utr inas de q ualqu er si gnifi cado lit eral e buscan do um si gnifi cado sim bóli co oculto. D urante um a apresen tação noturna no Parlam ento das Reli gi ões do M undo, ouviu se um a voz pelo sis tema de som : “Est am os construindo u m lugar s agrado q ue abrigará t odas as nossas polari dades e os nossos p arad oxo s”. Em outras pal avras , a m eta era construir um edifício religioso flexível o bastante para alojar as crenças do m und o intei ro sob um tel hado espir it ual. Se não fôssem os tão tacanhos e ti véssemos a disposi ção de dar um p ou co, quem sabe pode ri a ser feito. Vam os descob rir p or que tal me ta não é logicam ente possível . A verdade não p ode ser curvada para acom odar as rel igi ões do m und o. O que m e leva à pergu nta: afi nal , o qu e é a verdade?
CARACTERÍS TICAS DÁ VERDA
DE
sereisvo m eus“Sediscívós permanecerdes pulos e co nhna minha ecereis palavra, a verdade,verdadeiramente e a verdade lou Cristo aos discípulos (Jo 8.31,32). Quer acentuemos a autoridade de C ri st o, quer não, tem os de co nco rdar que a verdade tem terí sti cas nece ssárias.
s li bertará”, fa cert as carac-
A Verdade É U niver sal Quando Cristo afirmou que a verdade existe, isso, necessariamente, implica que a fal si dade tam bém exist e. Suas opiniões pessoais sobre re li giã o pod em ser verdad eir as; mas neste caso, el as t am bém serão verdadeiras para todos. Se você co nh ece u m am igo que diz: “Cris to é a verda de vo cê,amasopinião nã o para im ”, , diga lhe comtem am tem d riair eit over à suapap rarópri partim cular m as não direior:fto “àVocê sua próp dade particular! ” /
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A m atemátic a é t ransc ult ural ; é t oli ce di zer que 2 + 2 = 4 é m era idéi a ocidental . A ciência e a t ecno logia tamb ém baseiamse em princípi os univers ais a pli cávei s em todo s os lugares, em todas as épocas. Q uan do um ast rônom o acha um a nova est rel a, el e não m udou a natur eza do universo; apenas achou algo que já ex istix A verdade existe objetiva mentefora de nós mesmos. N ão a cri am os; só a desc obri m oij . Esta objet ivi dade tam bém se aplic a ã reli gião, ou se rá que a rel igi ão é m eram ente p essoal e subj et i va? A l ógica exige que, se há um D eus, então não há dois, três ou dez. Se o que Cristo disse é verdade, então o que dis se B ahá ’u ’l láh é fal so. Você po de m orar vizi nho à u m a ótim a famíl ia mórmon, mas o mormonismo e o cristianismo não podem ser ambos verdadeir os. Os dois podem ser f al sos , m as não p ode m ser i gualmente verdadeiros. E se uma religião do mundo é objetivamente verdadeira, é verdadeira para todos. A quest ão é se nos envolvemos com um a rel ig iã o que refl it a as cois as do m od o co m o elas s ão no universo. Tem os de resi sti r à m od ern a con cep ção de que existe estrei ta dist inção entre o mundo dos fatos objetivos (matemática, ciências etc.) e o âmbito da religião, que muitos acreditam que deveria ser relegado ao m un do privado da opinião p essoal e das p referências i ndivi duais . A r eli gião, se é digna de assi m ser cham ada, afir m a que faz declarações factuai s sobre a reali dad e espiri tual . Ist o si gnif ic a que toda reli gião tem a resp on sabilidade de dar evidências às suas reivindicações da verdade. Tais evidên cias precisam estar ac essí veis aos cren tes e não cren tes igualmen te. Cristo apresentouse como o único e exclusivo Salvador capaz de levar homens e mulheres a Deus Pai (razões para isso serão dadas em capítulos subseqüentes). Logicamente isso exclui todos os outros mes tres/gurus que afirmam poder levar homens e mulheres a Deus. Nem Cristo pode ser o Salvador apenas para o mundo ocidental sem sêlo para o m undo ori ental . Se El e é a verdade, é a ver dade p ara o m undo int eir o. Se a pessoa aceita ou n ão a C ri st o é qu estão à parte, mas o é a ver dade p ara t odo s ou n ão é a verdade para ninguém.
u Ele
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A i nscr iç ão p regada em ci m a da cruz não é prova d a universal idade de C ri st o, m as é notável ilustração disso. Em bo ra Pil atos t ivesse escrito a legenda em três idiomas para benefício dos que visitavam Jerusalém duran te a Páscoa, harmo nizase com as m esm as afi rma ções de Crist o ser o Senhor, o Rei. Era costume colocar uma placa acima da cabeça do cri m inoso, de m odo que os passant es pudessem saber que cri m e o le
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Jvou E S ãUcon S , O den R E I ação D O S. As J U Dpalavr E U S ”as(Maci t m2 7a. da 3 7cabeça ) . E mdeJ oC ã o 1ri9 st. 2 o0 eram l e m o: s“: ESTE “E mE u i t o s dos judeu s leram e ste tí tul o, porq ue o lugar on de Jesus estava cruci fic ado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim”. Estas eram as tr ês lí nguas mais imp ortantes do m und o antigo. Estava escrito em hebraico. Era a língua da religião. Ao longo dos séculos, Deus revelouse por esse belo idioma. Abraão foi chamado o heb reu; os profetas fal avam a m esm a l íngua. Est e foi o idiom a que transmitiunos a revelação do Antigo Testamento. Em sua morte, Cristo reivindicar a pa ra si o reino da reli gião. O grego era o idioma da cult ura. Os gregos podiam pega r barro e ped ra e com is so cri ar arti gos de rara beleza. A perfeição de suas esculturas ainda não tem rival. Na filosofia deramnos Platão, Sócrates e Aristóteles, cujos ensinamentos têm intrigado o mundo. E quando Alexandre, o Grande, partiu em suas conquistas, disse que pretendia helenizar o m un do inteir o. Cris to, com o fic ará c laro, declarou ser m aior do qu e os nob res cul tos de sua época. Latim era o idioma do governo. Do esplendor das sete colinas de Roma, os césares tinham orgulho de governar a terra inteira. Eles constr uíram extensas est radas e est abeleceram com érci o at é no pon to mais dis tant e do m und o conh ecido de então. O obje ti vo era fi ncar a bandeir a romana em cada rincão. O idioma que transmitiu seu sistema de leis, o idi om a no qual o m und o fo i tr einado para pensar no governo e n o co mércio foi o latim. Cristo afirmou que, posteriormente, Ele regeria o m undo ( Mt 25.31).
ram de um guru para ajudar a pur if ic á lo s no e ncon tr o. Q ue en contros interessantes ocorrem naquele “cubo” religioso da roda!
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Q uan do C ri sto dis se: “ Eu sou o cam inho, e a verdade, e a v ida. Ninguém vem a o Pa i senão po r m im” (Jo 1 4.6), parece evi dente que Ele não pensou em si como a verdade para algumas pessoas, mas não para outr as. Em ou tro lugar dis se: “ E eu, q uan do for levantado d a terra, todos atra irei a mim ” (Jo 12 .32). Se encon tram os a verdad e nas c iências, históri a, m atem ática ou religi ão, ela tem objeti vidade e universal idade. Deixe que aqueles que rej eit am Cris to o rej eit em , mas tam bém entendam que se Ele não é a verdade p ara e les , t am bém não é a ver dade para os segu idores de Cris to. Se El e é o ú nico e sufici ente Salvador do mundo, como declarou ser, todos os outros estão excluídos. Se Ele é som ente o Salvador para alguns, então suas afi rmações são fals as e El e não é S al vador de ninguém . “A ve rda de ”, diz Carl F. H enry, “nã o está sujeita à revisão com o e stão os horár ios da s comp anhias aéreas. . . 0 bom e o verdadeir o não p odem ser r eduzidos a q ualquer cois a que H oll ywood e M adis on Avenue aprovem m om entaneam ente, o u a tudo quan to s oci ólogos dom inados pel a cult ura e hum anist as secul ares recom en dem ”. 3 Podem os discordar i ndepen den te do que seja verdade e do q ue sej a er rado, mas nu nca pen sem os que verdade e erro não exis
tam.
A Verdade É Consistente 0 cr is tia nismo afi rma qu e nem m esm o Deus é capaz de contra dizer se a si m esm o. Ele não p ode negai e afi rmai a m esm a coi sa, da m esm a m aneira e ao m esm o temp o. Se pudesse, ent ão não se poderia crer em nenh um a das suas promessas, pois o co nttário pod eria ser i gualmente verdadeiro! Ass im, o que respond em os a es sa gente de men tal idade ecum ênica, afirmandonos que devemos descartar nossas diferenças e nos unir com base na experiência interior? Pense novamente na roda (descrita no capítulo 1). Ela supo stam ente ilust ra que, à m edida q ue as diferentes r eli giões (raios) se orientam para o cubo, são unificadas. Pense comigo e veja s e esta ilustr ação é útil ou en gano sa.
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Pri m ei ro, pres um es e que verdade e erro p odem faze r o que os raio s de um a roda faz em. É certo que os rai os pod em ser dispost os de m aneira tal, que se convergem para o centro. Mas se os raios acuradamente representas sem a ver dade e o erro, ter iam d e jaze r paral elos um ao o utr o. Estar ia m dispost os com o t ri lhos de trem que correm paralel am ente e estar iam assi m p or toda a eternidade. M esmo n a eternidade, dois mais doi erdade, e a verdade não ses nutornancaemseri amerro,ci nco. O e rro nu nca se torna em v Segundo, esta ilustração dá a impressão que, quando se deixa o aro (a doutri na) e se m ove em direç ão ao centro, nada imp ort ante é perdido no processo. D is ser am que a doutri na é o aspecto me nos im portante da rel igi ão e, portanto, pode ser com prom eti da ou reint erpretada em di versos graus. / Mas não é a parte ex terna d o aro a mais i m portante? Nã o é o que está no aro externo (a doutri na) que d eter m ina o que expe ri m entamos no cubo? C om o ilustr ação, ressal tei que o cri sti anismo afi rma ter D eus providen ciado só um Salvador para o m un do, ist o é, Jesus C ri st o. Ou tra do utr ina cri stã é que S ata nás exis te e pod e pro po rciona r experiências enga nosas àquel es que tent am aproxi m ar se de D eus por m eio de al gum outro mestre, técnica ou doutrina. Pense nestas doutrinas como estando no aro da roda. Podemos descartálas e nos orientar para o cubo em benefício da unidade? Não. Porque o que experimentamos no cubo é determinado pelo que acreditamos no aro! ' Fiquei surpre so no P arlamen to das Rel igi ões do M undo , pela quantidade de pessoas que con cordo u com igo quand o f al ei de m inha c onvicção de que Satanás é freqüentemente encontrado na meditação transcenden tal. Alguns respo nd eram : “ Sim, enco ntram os o maligno, m as temos de passar por ele para cheg ar ao o utro lado”. O utros admit ir am que sim, eles ficaram familiarizados com o poder de Satanás e precisaram de um guru p ara aj udar a pur if ic á lo s no e ncon tro. Que encon tr os interessantes ocorrem naquele “cubo” religioso da roda! —— —
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Co m o cri stãos, interpretam os o “ cub o” pelo “ aro ”. Crem os que Satanás s e delei ta em extrem o qu ando as pessoas o experimen tam e p ensam que estão encontrando o “Ser Supremo” (Deus) ou um deus de qualquer tipo. Quando advertiu contra os falsos mestres, Paulo disse que eles se transfigurariam em apóstolos de Cristo: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2 Co 11.14). O cri sti anismo i nsi st e que toda e xperiência deve estar baseada em dou tri na correta. Nenhum cristão sensato poria de lado suas convicções fundamentais por causa de uma experiência indefinida e possivelmente enganosa. A doutrina correta produz experiências legítimas; a falsa doutrina produz experiências enganosas. O que a contece quand o a reli giã o é recl ass if ic ada com o nada m ai s que opinião pessoal? O homem moderno já não tem um critério pelo qual idé iasc om peti ti vassobre Deus possam serj ulgadas .C om oLessl ieNewbigin ressalt ou: H it ler estava certo qu e ti nha um a missão de Deu s. Confiam os na pal avr a de H ider acerca dis so? Se não, em que base nega m os seu testemu nho?4 Sem um pad rão ob jet ivo, c ada p essoa é liv re para seguir até um deus dem oníaco e não temos m oti vo raci onal para lhe di zer que ela est á erra da. Em um mundo de pluralismo destituído de crítica, onde a idolatria é impossível, a idéia que cada pessoa faz de Deus ou dos deuses tem tanta val ida de qu anto a de outra pessoa. Reconhe ci dam ente, Cris to tem as qualificações para arbitrar entre perspectivas contraditórias. Mas o que dizem os ao i ndivíduo que afi rma: “Sou adep to do m is ticismo oriental, e isso dá certo para miml” Temos de lem brá lo de que há diferença entre a pergunta: “Dá certo?” e: “O que é a verdade?” Todos sabemos que o erro pode “dar certo” (isto nos faz lembrar do m enino que n a Escola Dom ini cal dis se: “ M enti r é abom ina ção ao Senhor, mas sem pre ajuda nas dif ic uldades! ” ). Si m, um a m ent ir a pod e dar certo. Mas quan do o e rro dá cert o, dá certo apenas p or um tempindefinidam o l imit ado e paraente.um o defi nido.ra nesta N enhum dar certo Só apropóverdasit de p erdu vi daerro e napodevida que há de vir.
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A Verdade Pode Ser Conhecida Atéosc éti cosdevem,pesarosamente,admit i rquepelom enosu m pou co da ver dade pode ser conheci da. M esmo a negação de que a verdade pode ser achada é, em si , af irmação da “ verd ade ”. Os cétic os que de sden ham os con ceitos rel igi osos acreditam qu e os insightsde t ai s conceitos devem ser considerados “verdadeiros”. Não existe o cético genuíno. “ qu E con e ahece reispod a verdadee ser conhecida. , e a verdadIs e vostolibert 8.32 Crist ). El oe disse: afi rmou verdade não q ará” uer (Jo di zer que po dem os co nh ecer a verdade rel igi osa exaust ivamente, poi s somos limitados em entender a nós mesmos e ao nosso relacionamento com Deus. Vemos por m eio de vi dro em baçado, mas vemos. Pelo fato de ser o cristianismo uma revelação de Deus, declara que não só t em os a verdade, mas que ela c hego u até nós de um a for m a que pod em os entender. A procu ra da verdade n ão é i nút i l. Am ar a Deus é am ar a ver dade.
A Verdade Liberta Os céti amcososcondescobrir cordam aque p assamos vez queir verdade sobre na vida buscando osso coma verdade. panh Taeir o de tr aba-l lho, noss os vi zi nhos e no sso cônjuge. A com unicação p resum e q ue existe a verdade e o erro; também presum e que a ver dade é prefer íve l ao erro, e sabe r est a diferença é i m portante pa ra nosso bem est ar. O mesmo pode ser dito a respeito da verdade religiosa. Se existe e pod e ser conhecida, destr ancari a m uit os m is tér ios que infes ta m a m ente. C om o cheg am os aqui ? Qual é o prop ósito de nossa exi stênci a? O que acon tecerá no fut uro? Com o obter real izaç ão pessoal ? A verdade tem po de r; é l ibert adora. Quando Cristo disse que a verdade liberta, estava falando de certo ti po de liber dade, um a li berdade que m uit as pessoas podem não se preocup ar em t er , mas que p elo m enos al guns a busc ari am. O s j udeus n ão se vi am co m o haven do si do escr avos de quem quer que foss e, por iss o
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sentiamse confusos pelas palavras de Cristo. Ele não estava falando sobre liberdade polít ica ou e conô m ica. Est ava fal ando sob re li berdade espiri tual , o privil égio de se r l ivr e da tirania do pe cad o. E le ensino u q ue, no fim, esse t ipo de liberdade é o mais impo rtante de todos.
A Verdade Deve Ser Apreciada não entenderam quando os rom anos quiser am s:cripriarum Por nichoqueparaos cri Jesusstnoãos disPantseraeão?mPorque duas premissa meira, há uma brecha intransponível entre o Deus infinito e pessoal e todos os deuses finitos. Visto que há boas evidências de que os deuses fi nit os são invenção h um ana, é co m preen sível que t ai s deuses sejam indi ferentes à r ival idade ! Um deus fini to t em de abrir espa ço para o utro. D euses f ini tos po de m harm onizar seus atributos var iegados e co ntraditóri os, porque individualmente não fazem nenhuma reivindicação da verdade objet iva. Assi m, o m ovim ento da Nova Era po de se da i ao luxo de pro m over um a tol erânci a de tod a espécie de deu ses, uma tol erânci a a qualquer quantidade de deuses finitos. O mesmo acontece com o movimento ecum ênico, ou com o Parlamento das Reli gi ões do Mundo. Mas na presen ça do D eus inf ini to e pessoal , t odo s os ou tros deuses têm de desaparecer: “Porque o SENHOR é Deus grande e Rei grande acima de todos os deu ses” ( SI 95 .3). Este Deu s c orretam ente tem ciúmes de sua própria honra e por isso proclama no primeiro mandamento: “ Não ter ás ou tros deuses diante de m im” (Ex 2 0.3). D euses fi nit os têm de se tolerar uns aos outros; mas confrontados pelo Todopoderoso, têm de ser r eduzidos . Desta f orma, provam que realmente não são deuses c oisa nenhum a. A segunda prem is sa é que os cri st ãos pri mit ivo s com preen deram que Cristo nãofoi apenas umprofeta, guru ou líder religioso.C reram que El e foi o Salvador, aquEle que descera do céu, não só para nos instruir, mas também nos libertai de nossos pecados. Viramno como o Único Deus verdadeir o, m ani fes to em carne. Vi ra m C ésar ser esmagad o sob os pés de
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Cri st o. Entã o com o poderiam dar sua m áxi m a l eal dade a um m ero hom em, quando ti nham em penhado m áxi m a le al dade ao DeusHom em? E que eles identificaram uma brecha intransponível entre o cristianismo e todas as outras opç ões. C reram qu e procu rar a verdad e rel igi osa em o utro lugar era chegar a um b eco sem saí da. Qualquer semelhança entre a rel igi ão d eles e as reli giões de Rom a era sup erf ici al e engan osa. Seu com prom isso era com a verdad e, sua univers ali dade e consistência. Eles t eri am con cord ad o co m o bispo Neil l: “ Se o cri sti anism o for pu rgado d e sua singular idade, será t ransform ado em al go diferente de si m esm o; é com o ti rar cloro do cloreto”. Quando minimizamos a diferença entre o cristianismo e as outras rel igi ões, perdem os o nú cleo central dos seus ensinos. O restante deste li vro é dedicado a m ostrar que C ri sto perm an ece ún ico, incom parável e, em últi m a inst ância, sem opo sição. Venha comigo enquanto o procuramos.
NOTAS 1. Joh n Hick e Paul F. Knitter , edito res. TheMyth ofChristian Uniqueness: Toward a Pluralistic Theology of Re ligions(M ary Knoll, Nov a Yor k: Orbis Books, 1987). 2. Ro bert A. M orey, Islam Unveiled(Sherm ans, Pensil vânia: The Scholars Press, 1991), pp. 4651. 3. Carl F. Henry, Christian Countermoves in a Decadent Culture (Portland: Multnomah, 1986), p. 110. 4. Lessl ie New bigin, “Rel igi ous Plurali sm and the U niqu eness of Jesu s Christ”, InternationalBulletinofMissionaryResearch,Abri l de 198 9, p. 50.
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UM NASCIMENTO EXTMORDINARIO /
0 que é precisopara ser salvador?
ocê provavelmente já leu esta história pungente no jornal de sua c idade: um a avó es tava tom and o con ta de sua neta de dois anos, quando a pequen ina ca iu na pi sc ina. Em bora a mu lher não soubesse nadar, ela pulou na água num esforço desesperado de sal var a cri ança. Horas depois os corp os d e am bas for am encon trados no fundo da pisc ina. Se você está se afogando, precisa da ajuda de alguém que satisfaça duas exigências: Primeiro, a pessoa precisa querer salválo, mas isso em si não é o sufic iente; s egun do, a p essoa deve ter a capacidade de salvá lo. Você não será trazi do à praia com sucesso p or alguém que e stá af undando. Só alguém que domine a água, alguém que tenha controle do seu am biente imediato, pod e tornar se sal vador. Um salvador não p od e ser alguém que p recise ser s al vo! A Bíbl ia ens ina e n ossa experiênci a confir m a que som os p ecadores, e, na qualidade de raça, separados de Deus. Nossos próprios esforços em nos transf a nósmasmesm os pod em m elhorar nosso est il o de vi da ou mesmo nossas ormar atitudes, fundamentalmente permanecemos
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inal terados. N ossa ma ior necessi dade é ser perdo ados, reconcili ados com D eus e sal vos da t ir ania prese nte e conseq üên cias f uturas de no sso pe cado. Para isso, precisamos de um Salvador. Neste ponto o cristianismo e todas as outras religiões se separam. Toda religião tem seus profetas, seus mestres ou gurus que nos dizem com opodem osm el horar anósmesmos,como podem osnostor narnoss o próprio salvador de tipo duvidoso. Na prática, dizemnos que estamos nos afogando, mas eles nos ajudarão a tornar mais confortável nossa descida ao f undo d o ocea no . Ou tal vez af ir m em q ue nos darão aulas de natação. Mas só um Salvador — um Salvador qualificado — pode nos alcançar e nos arre batai do p od er das corren tes subm ari nas. Cristo e só Cristo reivindica que tem o poder de nos alcançar com m ão pod erosa. El e não vocif era ordens di zendo que se nad armo s com mais afi nco po dere m os vi ver alguns minutos a mais . Ele não nos o ferece um a m ão vaci lant e dizendo: “ Sou um com panh eir o de lut as com o você; vam os nos d ar as m ãos e ir juntos ao fund o”. Nem nos indica a direção da prai a e deixa o resto cono sco. Ele sa be, m esm o qu e não sai bamos, que n osso ap uro é séri o, que nossa tent ati va de corrigi r nosso relacionam entoantes co do m seu Deun s é impossí O pro póo ositanjo o d dia v inda Cris : “Etoelf oia dará decla-à rado ascimen velto, .quand sse adeJosé luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo d os seus pecad os” ( Mt 1 .21). El e m esm o fez sua descrição de cargo anos m ai s tar de “O Fil ho do H om em veio buscar e sal var o qu e se havi a perdido” (Lc 19.10). Claro que sempre houve aqueles que quiseram despojálo de suas quali fi cações. Os estudiosos libe rai s e o s gurus da m ídi a freqüen tem ente ins is tem que C ri st o está s e afogando, da m esm a man eir a que nós. Q uando Martin Scorsese dirigiu o filme “A Ultima Tentação de Cristo”, disse: “ Tente i cri ar um J esus q ue, de certo m od o, é com o q ualquer suj eit o da rua”. Q uando term inou, el e ti nha um Cris to que nem m esm o era profeta, muito menos Salvador. Este Cristo nem mesmo era merecedor de respei to, muit o m enos de ado ração.
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Qu ando olho par a mim m esmo , quando m e c onsci enti zo de minha pecam inosi dade e da santi dade de D eus, preciso de al go m ai s que ou tro “s ujei to da rua” que é tão p ecad or quan to eu. Não preciso de aulas de natação; precis o de al guém que m e pegue, m e li m pe e m e le ve a Deus.
À PROCURA DE UM SALVADOR SEM PECADO Parl amra de entoumdas Rel i giõ es do M alvador undo inocen andei pel te.a área de exposições No à procu profeta/mestre/s Perguntei a um s seus mestres decl arava não ter pecad o. “Não”, swami1hindu se algum do respondeu ele, mostrandose irritado com minha pergunta, “se alguém declar a que não tem pe cado é porqu e não é hindu!” E Buda? Disseramme que ele não fez tal declaração. Ele encontrou um grup o de ascetas e l hes pregou se rm ões. Ensinou qu e todas as cois as exteriores são só distrações e encorajou uma vida de disciplina e contemplação. Bu scou il um inaçã o e e xortou seus segui dores a faz erem o m esmo. B uda m orreu buscando il um inaç ão. Não há i nocência aq ui. E Ba há’u ’ll áh? Ele diss e que teve um a revelação de Deus, m ais com pleta e mais i luminada do que as que ocorreram antes del e. Em bora esti ves se conv encid o da veracidade dos seus en sinos, el e fe z po uca s rei vindicações pessoais. Ele julgava que seus escritos eram “mais perfeitos” do que os outros, mas n un ca rei vindic ou ser perfeit o ou est ar sem pecado . Qu ando f ui aos representantes da f é m uçulman a, eu já s abi a que n o Alcor ão o p rofe ta Maom é adm it iu que precis ava de perdão. Eles concord aram. “Não há nenhum Deus, senão Alá, e Maomé é o seu profeta” é o credo básico dos mu çulmanos. Mas Maom é não era perf eit o. Novam ente não há inocência aqui. Por que eu est ava procurando um Sal vador sem pecado? Porque n ão quero ter de confiar num salvador que está no mesmo apuro que eu. Não p osso confi ar minha al m a eterna a alguém que ainda está t rabal hando suas próprias imperfeições. Considerando que sou pecador, preciso de alguém que estej a em níve l mais a lt o.
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É compreensível que nenhum dos líderes religiosos com os quais fal ei nem m esm o afir m ass e ter um Salv ador. D iss eram qu e seus profetas m ost ravam o cam inho, mas não ti nham a pretensão de serem capazes de pessoal m ente perdoar pecados, ou trans for m ar m esmo um único ser hu m ano. C om o um si nal de trânsi to, el es dava m d ir eções, m as não po diam nos levar para onde precisamos ir. Se precisamos de salvação, tem os de ob tê la po r nós m esm os. A r azão é óbvia : não im porta o quão sábio, o quão talentoso, o quão influentes os outros profetas, gurus e mestres possam ter sido. Eles tiveram a presença de espírito de saber que eram imperfeitos como o resto de nós. Nunca presumiram poder alc ançar o fundo das águas s uja s da dep ravação hum ana e levar os pecadores à presença de D eus. Como Cristo era diferente! “ Q uem den tr e vós me con vence d e pecado? E, s e vos di go a ver dade, por que não credes?” (Jo 8.46). Ele mostrou a hipocrisia na vida dos seus crí ti cos, mas nenh um deles respond eu ao cum primen to. J u d a s , a m i g o a p a r e n t e q u e v i r o u i n i m i g o , d i s s e : “P e q u e i , t r a i n d o s a n gue inocen te” ( Mt 27.4). p rocu a f alt a em C ri sto, confessou : “Não acho culpaPilal atosgum, quea nest e homrou emalgum ” ( Lc 23.4). Pedro, que conviveu com Jesus p or três anos , afi rmou que E le “ não com eteu pecado , nem na s ua boca s e achou eng ano ” (1 Pe 2.22). O ap óstol o Paulo dis se de Deus Pai : “ àquele que não con heceu pecad o, o fe z pecad o p or nós; p ara que, nele, f ôssemos fei tos just iça de Deus” (2 Co 5.21). Ou J esus era sem p ecado ou f oi o m aior dos pecadores por enganar tantas pessoas sob re sua inocê ncia. C om o C. E. Jefferson d eclara: ‘ A. : m elhor r azão q ue tem os para acreditar na incul pabil idade de Jes us é o fat o de qu e Ele perm it iu que seu s mais queridos am igos pensassem que ; 1 El e era sem pecado ”. Por que Cri st o era is ento de pecad o com o qual es tamo s tão bem familiarizados? Se Ele, como nós, houvesse nascido de um pai humano, teria t ido a natureza p ecam inosa qu e é passada de pai para f il ho.
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Se de m od o n atural t ivess e si do o fil ho de Adão, Ele teria sido peca do r. A con cepção vi rg ina l preservou sua inocênci a. M ar ia experimen tou um milagre especial que assegurou a perfeição do seu Filho. Ele era com o n ós, mas com um a dif ere nça i m port ante .
A NECESSIDADE DO NASCIMENTO VIRGINAL Para ser Salvador, Cristo tinha de satisfazer três exigências. Primeiro, Ele ti nha de ser do sexo m ascul ino, nasc ido de m ulher, com o pred ito em Gênesis 3.15. Ele t inha de ser um de n ós para nos re dimi r. Nen hum anj o pod eria t er levado nosso p ecado ; Ele t inha de no s representar sob todos os aspectos. Segundo, Ele tinha de ser sem pecado para ter a perfeição que Deus exi ge. Com o pecadores, não pode m os pagar nosso próprio pecado m esmo que sofrêssemos para sempre, muito menos pagar pelo pecado de outra pesso a. Se o sacr ifí cio foi aceito, dep en dia d o seu valor, da su a perfeição. Terc eir o, El e tam bém ti nha de ser Deus, de for m a que p udesse ser dit o que o p róprio Deus em preend eu um a miss ão de sal vaçã o para reconciliar a humanidade pecadora. Se a salvação é do Senhor, Ele tinha de p Revis rover oemos p este róprio sacr dif ície teol o qu ogia: e exigiquando u. Adão peco t recho u, tod o o gên ero hu m ano foi e nvolvi do. Ass im com o o enorm e carval ho está na bolota, as si m todos está vam os em A dão e herdam os sua pecam inosi dade. Paulo deixou clar o que todos n ós não apenas pecam os em A dão, m as por el e som os pecad ores po r naturez a. Se Cris t o tinha de ser s em pecad o, então não podia ter um pai hum ano. Mas Cr ist o não po deria t er nasc ido com o cri ança com um e, então, mais tarde (ta lvez no batism o), ser infundido com a natureza divina ? Isso f oi suge ri do, m as essa teoria apresen ta outro prob lema, ou sej a, o que teri a acontecido com os pecad os qu e Ele t eria com etido antes desta t ransfor m ação? Cri sto não se tornou alguém d if erente ; Ele sem pre foi a mesm a pessoa. Ou tros t êm argum entado que, se Cri sto t iv ess e pai hu m ano, D eus ai nda p oderia ter providenciado um m il agre e tê lo fe it o sem pecad o. Vis to
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que D eus é capaz de tod os os tipos de m il agres, is to é possível , mas com o escreveu A l va J. McClai n: “Um h om em sem pecado no reino m oral s eri a um milagr e m aior do que o n asci m ento vi rgi nal no reino biológic o”. No te o quan to é cl aro o en sinam ento da con cepç ão vir gi nal : “ Ora, o nascim ento de J esus C ri sto f oi assi m: Estando M ari a, sua mãe, desp osada co m José , antes de se ajuntarem, achou se t er con cebido do Espíri to Santo” (Mt 1.18). Lucas registra: “E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não co nh eço varão? E, respo nd end o o an jo, diss el he: Desce rá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, s erá cham ado Fi lho de D eus” (Lc 1.34 ,35). A cri ança já era santa antes de nascer! Deus, tenho cert eza, pod eria t er preservado a inocência de Crist o de diferentes m aneiras, m as Ele escolheu fazê lo pela conce pç ão virgi nal. O feto é descrito como “o Santo, que de ti há de nascer”, palavras que não pod em ser a pli cadas a qualquer um de nós. Co m o nós Ele f oi concebido de m ulher , mas sem p ecado. A encarnação já aconteceu no ú tero de M ar i a. Co m o pode rí am os esper ar, sem pre tem havi do aquel es que negam o nascimento virginal. Tais indivíduos estão determinados a despojar Cristo de suas credenciais de Salvador; insistem que Ele foi somente um homem com a capacidade de nos direcionar a ideais éticos, mas não mais qualificado do que nós para içarnos de nossa própria pecaminosidade. Talvez Ele até possa nos dar algumas “aulas de natação”, m as é i ncapaz de nos estender um a m ão pod erosa. Tal vez você tenha se bati do com sua crença no nascimento vir gi nal de Crist o. Pode se r que você tenha ouv ido fal ar que e stá basea da em anti gas m it ologias encontrad as em outras reli giões e diver sas l endas p agãs. Vam os investigai algumas destas objeções e ver se elas fazem sentido.
OBJEÇÕES AO NASCIMENTO VIRGINAL A oposição a esta doutr tinua até hoje.
ina com eçou cedo na his tór ia da i grej a e con -
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Os Relatos Foram Tomados Emprestados da Mitologia Figuras importantes sempre tiveram um nascimento sobrenatural atribuído a si. Acreditase que Zeus seria o pai dos deuses e dos homens; Zeus é representado como procriando filhos com mães humanas. Diana era a amada dele e concebeu um filho por uma chuva de ouro que desceu sobre ela is oladam ente; c om o result ado disso, nasceu Perseu. Hércules também filho de Zeus, nasceu de um a m ulher m ort al. Havi a o rum or de que Plat ão for a gerado p elo deus Ap oi o. Há o m it o de que Alex andre , o G rande, também te ve um nasci m ento incomum. Quando o casamento de sua mãe foi consumado, houve um estampido de trovão e raio desf eri do em seu útero. Exigi us e qu e seu m arido, Fi li pe, lacr asse o ú tero dela, e ela conce be u e d eu à luz a Alexand re. Ou tra lenda diz que a m ãe de Alexandre concebe u d epois de ingeri r rom ã. Poderia a mitologia pag ã ter i nspirado M ate us e Lucas a narrarem um episódio sobre a concepção milagrosa de Jesus? Estes autores tinham razão para atribuir tais histórias a Cristo? Não responda até que reflita. lendasque surgiram pagão, m uitEstas os deuses eram hdo politeísmo om ens poda crença erososdee que chei há os de luxúri a, ci úm e e ód io hum ano s; o , con texto e ra sexuali dade e fert il idade. Na mito logi a, os deuses desfr utavam p razeres sexuai s hum anos; de fato, qu ando as or gias t erminavam , as m ulheres já não po diam m ai s ser cl ass if icadas de virgens. Será que é possí vel que a Igrej a ti vess e tom ado em prestado idéi as da m it ologia pagã em seu po nto m ais degradan te? Os escrit ores teri am incorporado noçõ es polit eí st as dos p agãos a quem consi deravam in im igos dos ensinam entos judaicos/ cri stãos? Mateus e Lucas nun ca teri am escrito suas narrativas para mostrar que Cristo era apenas outro dos heróis pagãos! O pensamento de que Deus achou Maria sexualmente desejável é repreensível e contrário ao espírito inteiro dos escritores dos evange-
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lhos. Estas narrati vas são, p ara cit ar as palavras de Ro bert Grom acki, “banhadas em santidade”. Há um golfo m oral e éti co que sep ara as narrati vas do Novo Testamento da mitologia pagã. Em con trast e com est as l endas, os escri tores do N ovo Test am ento eram sóbri os e com edidos, e é evi dente que pret end i am ser entendidos li ter almen te. Os rel atos do nascim ento são narrados com m oderação e têm dignidade, plausibilidade e elevado caráter moral. É digno de nota que os rumores pagãos sobre os deuses que engravidaram mulheres surgiram depois que os indivíduos ficaram fam osos. Não há nenhu m docu m ento que dê a entender ter rei vi ndica do t ai s m il agr es na ép oca d o p róprio nascimento. Em contrast e, a con cepção virgi nal de Cristo foi predita.
Os Relatos Procederam de Fontes Judaicas Alguns pen sam que o nascim ento vir ginal foi inventado para preservar a r ep utação de M ari a. O argu m ento é que ela fi cou grávi da, que r s eja de José ou de um hom em que dis se ser m ensageir o de Deus. Par a encobrir o relacionamento imoral de Maria, ela e seus amigos circularam a hist ória sobre o nascim ento virgi nal . Ou há os q ue dizem que foi invent ado para cum prir a profec ia. Segundo o argum ento, os j udeus, com base em Is aí as 7.14, est avam esp erando que o M ess ias nascesse de u m a vi rgem e , então, atri buíram este m il agre a Cris to. Contudo é inter essant e n otar quê n ão h á evidênci a alguma d e que m esm o um rabi no judeu ti ves se esperado qu e o M ess i as nascesse de um a virgem. De uma moça solteira, sim, mas de uma virgem, não. Podemos supo r que ti vesse m p ensado ass im, mas nã o pensaram. Estes doi s po ntos de vist a acusam M ari a de ser ado lescente sexualmente ativa. Mas estas especulações negligenciam o fato de que Lucas era hist oriador cuidadoso , que afi rma exp li ci tam ente q ue i nvest igou tudo, hav endo boa p robabil idade de ter fal ado d ir etam ente com Maria para obter a história dela. Se ela estivesse mentindo so-
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bre a gravidez, ele teria sabido. Claro que José também teria sabido da verdade. No q ue diz respeito ao assun to m uit as pessoas de N azar é ficariam sabendo. Os crist ãos primiti vos ti nham um a paixão em disseminar a fé cri stã . Certamente que não teriam encoberto as narrativas sobre Cristo com uma história de reputação duvidosa, a qual teriam suspeitado que ninguém acredit aria. Eles cri am no relato e outros tam bém , porqu e ti nham os si nais de au tenti cidade. N ão são as sem elhanças das lendas que nos impressionam; são as dessemelhanças. Vamos examinar mais det idamente um a ver são contemp orânea d a teori a de que o n ascim ento vir ginal foi inventado pelos escritores sacros.
Os Relatos Têm um Significado Oculto J o h n S h e lb y S p o n g é b isp o d e N e w a rk , e m N e w Je r se y . S e u n o v o livro, Bom o fa Woman: ABishop Rethinks theBirth ofJesus (Nascido de Mulher: Um Bispo Repensa o N asci m ento de Jesus) é o utra t entat iva de, nas suas p alav ras,/ “sal var a Bíbli a d os fun dam entali stas”. Seus arrazoamentos são que (1) as narrativas do nascimento existentes no No vo Testamen to são hi stór ias fant asiosas que n ão d evem ser consideradas li teral m ente; (2) M ari a m uito provavelm ente foi vít ima de estupro; (3) o n ascime nto vir ginal contri buiu im ensam ente pa ra um a ótica ar t if ici al e destrut iva da m ulher, porqu e M ari a f oi usada para fo rçar as m ulheres a s e ajust ar no papel estereotipado da m aternidade; e (4) é provável que Jesus foss e casado, m uit o verossi m il m ente com M ar ia Madalena. 2 Spon g foi cri ado com o fun dam entali sta bíbl ic o, am and o a Bíbli a com todo o seu ser. Diz que quando abandonou o fundamentalismo, não deixou de a m ar a Bíbl ia , mas desabituouse de inter pretál a li teral m ente. Segund o suas palavr as, est e m étod o n ãol it eral deulhe nova a preciação pelo si gnif ic ado m ais profund o d a Bíbl ia . Assim temos de perguntar: será que os autores dos relatos dos evangelhos qu eri am que “ devassássemo s, i m pli cáss em os e dissec ás
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semos a história sagrada à procura de significados ocultos, preenchendo os espaços vazios e buscandopistas da verdade ainda a ser jevelada”, como diz Spong?3 Seu afgumentl) é que os leitores srci ( nai s dos evan gelhos ter iam entend ido que est as eram hist óri as ima j ginári as, m as um a ge ração ce nten as de anos mais tarde, dist into das \ raízes reli giosas judaicas e com um a m entali dad e ao esti lo oci den tal, / p e n s a q u e o s re la to s o u tê m d e s e r c o n s id e r a d o s lite r a lm e n te o u sã o m enti ras descaradas. “ N ão havi a nada d e objeti vo ace rca da tradição do E vangelho. Estas nã o eram biografi as. Eram livros pa ra inspirar fé”, escreve Sp on g.4 M ateus e Lucas não estavam mentindo, porque sabiam (ou pelo menos pensavam) que ninguém acreditaria neles. Spong e st á m uit o errado em suas suposições. E le af ir ma qu e os escrit ores do Novo Testamento estavam na verdade escrevendo comentários sobre as Escri turas, observaçõ es solt as que eles sabi am q ue era m lend as. Mas qualquer est udan te i m parci al do N ovo Testamento concord ará que os autores pretenderam escrever um relato direto do que aconteceu, não uma história fantástica para evocar respeito e admiração. Eles não estavam fazend o um com entário sobre a Escri tura, est avam escr evendoa. Spon g fa z o m esm o qu e tod o teólog o li beral , i st o é, reescreve a históri a para f azer com que saia de aco rdo com sua preferência. Este ti po de revi são não é apenas fei to por aqueles que estão inter essados em fom entar det erm inada teori a polí ti ca (m arxi sm o, po r exem plo), mas tam bém por aqueles que promovem certa tendência religiosa. Revisar a história qua ndo nov os fat os hist óricos vêem à l uz, é um a cois a; fazê lo po r causa de certas pressuposições pessoais, é outra. Aqui temos o m esm o antigo dil em a que os li ber ai s sem pre têm de enfrentar: Depois de despojar Cristo de suas credenciais de Salvador, não sobra nada de val or em que acreditai ! Spong com eçou diz endo que nunca se teve a intenção de que o nascimento virginal fosse entendido li teral m ente, m as que inspi rass e fé. Fé em quê?
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Ele diz que o relato foi escrito para “inspi rar e gerar resp eito e a dm iração”, mas qu anto a mim, “r espeit o e ad m ir ação” evaporam bem depressa se tais relatos não são verdadeiros. Ficamos com um Cristo cujo pai foi estuprador, um Cristo que provavelmente era casado, um Cristo que é pecad or j ustamente com o nós. Com certeza não t em os um Sal vad or . Ist o não é cultura, é i ncredulidade. Spo ng é abso lutame nte insi stent e que o Jesus dos evangelhos seja reduzido a mero homem. Ele escolheu negar o nascimento virginal (e outros milagres) somente para fazer com que os relat os se conformassem com sua inc redul idade. Nega o nasci m ento vi rgi nal porqu e n ega a encarnação, ou pelo m enos o reinterpret a para esvaziálo de seu significado. Como todos os liberais, suas conclusões estão baseadas no qu e ele acredi ta que Deus n ão p ode faz er . Esqueça o velho ditado que diz que quer você acredite ou não no nascim ento vir gina l é qu estão de interpretação. A Bí bli a não é um li vro que possa ser interpretado de qualquer forma que se escolha. Certam ente há discor dância honesta em al guns text os e at é no s temas doutrinários. Mas o nascimento virginal e os milagres de Cristo são claros e desprovidos de am bigüidade. A pe rgun ta é se que rem os acreditar nel es. A i ncreduli dade im pulsionou Spo ng para suas opiniões, não um a tentativa imparcial de interpretação. Spong tem um program a de tr abalho faci lmente identi fi cável e m todas as páginas dos seus escritos. Embora nunca tenha me encontrado com ele, seu livro não me diz nada de precioso sobre Cristo, m as m uit o sobre el e m esm o, o aut or. Por exem plo, é de m eu con he ci m ento que Spong é a f avor dos di rei tos dos hom ossexuais, porque Rescuing the Biblefrom the Fundamentalists em um livro anterior, (Salvando a Bíblia dos Fundamentalistas),jele apresenta argumentos gay e sugere que o a favor de mais tolerância para a comunidade apóstolo Paulo era h om ossexu al. 5' Tam bém sei que el e é femini st a, porqu e afidasrma quem ulheres o n asci( mpresum ento vir ivelginam lente at éporque certo p dá aonto éimpressão culpado da opressão
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de que gerar fi l hos é el evada vocaçã o). Estou bem infor m ado sobre o quanto ele repugna os fundamentalistas, e o quanto gosta de a tudo dar con otação sexual. S ei o quan to (ou o quão p ou co) ele cr ê. Spong pego u o J esus d o N ovo Test am ento e f ez com que Ele se aj ustass e à sua conce pçã o pe ssoal do que J esus d eve ser . Nesse l ivr o en con tro Spong, mas n ão en contro C ri st o. Inconsci entem ente, o bispo escreveu sua p rópria biograf ia! Ao discutir seus pontos de vista, ele escreve: “Não permitirei que meu C ri sto sej a defini do den tro do li teral ismo m orta l. .. ” ( itá lico m eu ). 6 Ele di z que n ão su jei tará o seu C ri st o a interpre tações literais. Mas quem é esse Cristo? Como saber se o Cristo dele é o verdad eir o? E óbvio que ele cr iou o seu Jesus p arti cular, não ace ssí vel a todos. Spo ng d everia ter dado o seg uinte tí tul o ao seu l ivr o: Meu Jesus muito Particular — Convicções Pessoais de um Bispo tornadas Públicas. Quando Spong nos tenta com uma rede de especulação sobre Jesus t er se casado com M ari a Madalena, r evela s eu m étodo de interpretação bíbli ca. Em um a p erceptiva crít ica int it ulada Who wasJesus(Quem era Jesus?), N. T . Wri ght mo str a que Spon g exclui use de tod o estudo hist órico séri o, a fi m de se abri r a “ um m und o on de o e xege ta m ode rno pode construir uma história fantasista segundo os interesses de um a ideologi a atual , no caso de Sp ong, um a resoluta i nsist ência de em tudo levantar questões sexuais”.7 No fim ele fecha o círculo: tendo presumido que Mateus e Lucas inventaram histórias para refletir suas próprias ideologias, Spong inventa histórias para promover também as suas próprias ideologias. Se Spo ng p ensa que seu s li vros i rão “sal var Jesus d os fund am entali stas” (os quai s provavelmente som os nós, m eus am igos) , ele deveri a saber que essas fartas objeções liberais de um Cristo milagroso foram respondidas m uitas vezes p or estudioso s gabarit ados. Pen sar que seu livr o extinguirá a fé dos verdadeiros c rentes é crer que se po de apagar fogo com pal ha!
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OS RESULTADOS DO NASCIMENTO VIRGINAL Achamos difícil acreditar que a mãe de Alexandre, o Grande, ficou grávi da quando com eu rom ã, não som ente porqu e a hi st ória tem a quali dade d e lenda, mas p orque não há nada m ai s na vi da de Ale xandre que sugira que ele fosse mais que um homem. Nenhum histori ado r l he atri bui a capacidade de p erdo ar p ecados ou ressusci tar mortos. Mas quando pensam os no contexto m ai s abr angente da mo rte e ressurreição (ainda a ser considerada) de Cristo, nossa visão limitada do universo se amplia. A incredulidade é espremida de nossos corações e somos levados à certeza de que este milagre é coerente com o restante da carreira de Crist o. Q uanto m ai s sabem os de Crist o, mais razoável a con cep ção vi rgi nal se torna. A segui r, apresentam os alguns resultados do nascim ento vir ginal de Cristo.
Cumprimentoda Profecia
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Is aí as predisse: “ Ei s que um a vir gem conce berá, e d ará à luz um fi lho, e será o seu nom e Em anu el” ( Is 7.1 4). Esta pal avra virgem ( aljnah, em hebraico) também pode ser traduzida por “donzela”. Mas é interessante ver que a Septuagint a, tradução grega d o Anti go Testam ento fei ta em cerca de 2 00 a. C. e usada duran te a época d e Crist o, t raduz a pal avra por virgem.M at eus t amb ém usa o te rmo grego parthenos, que só pode ser t raduzido po r virgem.Ele tem o cuidad o de no s dizer que “antes de se ajuntarem, achouse ter conceb ido do Espíri to Santo” ( M t 1.18). Ne nhu m d etal he é negligenci ado ao n os fazer entend er que Crist o nasceu de u m a vi rgem. Mateus escr eve n a genealogia de Jesus: “E Jac ó ge rou a José, m arido de Mari a, da qual nasceu JESUS, que se ch am a o Crist o” (Mateus 1.16; m eus).mas Emo idioma português itálicos ou ao feminino, greg o p
ronom pode seDrefe aí ori acréscimo r ao m ascemuli no o especie “qual fi ca o ”gênero.
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português da partícula “da” (preposição “de” mais artigo definido feminino singular “a”). Embora na tradição judaica a genealogia sempre seja passada pelo pai e não pela mãe , a fras e “da qual” indi ca obviamente o feminino. Mateus qu er nos deixai claro que C ri sto não teve geração hum ana.
Um Salvador sem Pecado Nasceu m ento vido rgianjnalo ae Ja mosé. Mis sãoardei a conceberia Cris t o copelomEspíri o Sal vador estto Santo ão juntos na0mnasciensagem e po ria no fil ho “o nom e de J ESU S, porqu e ele sal vará o seu po vo d os seus pe cad os” ( M t 1.21). Seu no m e era Jesus, que q uer dizer “Jeov á é Sal vação ” (ou, “o SENH OR salva” ). Suas credenciais perm it iramno viver de acor do com o seu nome. Sua Santidade, Dal ai Lam a, não vi ve segun do seu n om e e ele sabe dis so. Uma m ulher que no p arl am ento lhe deu um aperto de m ão correu para nos tocar a fim de “transmitir sua energia”. Comentei, tentando sorr i r, m as ainda esperando que ela entendesse o p onto: “ Por que e stá f azendo is so ? Não percebe que ele é pe cador com o qualquer um de nós, e que se ele não tem um Salva dor sem p ecado está em sér ia s dif ic ulda des? ” J u l g u e m o s o D a la i L a m a d e a c o r d o c o m s u a s p a l a v r a s . A c r e d i t a s e que ele é a décima q uart a reencarna ção d e B uda. Em entr evis ta , “Sua Santidade” diss e: “ Eu n ão sou o m elhor Dalai Lam a que houv e, mas tam bém não sou o p ior! ”8 Co m o d evem os inter pretar est a observação sincera ? S e você est á dando n ota pel a média, parece um B + ou tal vez at é um C? Os homens podem chamálo de “Sua Santidade”, mas até ele sabe, m el hor que qualquer pess oa, que é apenas um pecador com o nós . Con tar am me que em cert o cem it éri o exist e um a lá pide: “ Con sagrado à m em óri a de M et husel ah Koki ng, m orto aos 6 m eses”. Com um nom e com o ess e terí am os de esperar vi da l onga, mas en tr e os m ort ai s o m elhor dos nom es não garante o m elhor da vi da JCrist o recebeu um i:
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nome que transmitiu credenciais impressionantes, mas Ele não nos desaponta.
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Esquadrinhe os horizontes religiosos; vá à biblioteca e leia tudo sobre os grandes mestres religiosos da história. Não leia apenas o que ensinaram, mas o que tiver am de dizer sobre eles m esm os. Não pro cure um profeta, pois o seu nome é legião, mas ache um Salvador, um Salvador qualificado e sem pecado. Você descobrirá que Cristo não tem rival. Se houvesse outro que reivindicasse inculpabilidade, teríam os prazer em checar suas c redenci ais para ver com o el as se com param com as de Cristo. Mencione a exigência de inocência e o campo religioso se define; só um homem permanece. Cristo vive de acordo com seu nome! “ Porque n os convinha tal sum o sacerdo te, sant o, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessit asse, com o os su m os sacerdo tes, de oferece r cada dia s acri fí ci os, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; po rque isso fe z el e, um a ve z, oferecendo se a si m esm o” ( Hb 7 .26 ,27 ). Repare nestas observações: 1. Cri st o é s em pe cado; em bora El e s ej a um co no sco em sua hum anidade, Ele tem a santidade que nos falta. 2. D ife rente dos outros sacerdo tes, El e não teve de o ferecer sac ri fí cio por si m esm o; nó s precisam os de sacr if íc io, Ele não. 3. Seu sacr ifí cio foi perfeito, po r isso pre cisou oferece rse som en te um a vez . Se seu sacr if íc io t ives se si do m anch ado p elo pe cad o, o Pai o teria rejei tado e nó s terí am os perm ane cido sem sal vação. Qu al é o resultado d este sacri fí cio perfeit o? “Port anto, po de tam bém sal var perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder po r eles” ( Hb 7.25 ). C ri st o n ão só po de sa l va i grandes pe cadores, m as El e no s sal va perf eit am ente, ou eternam ente. E qu em se benefi ci a de salvação que Ele traz? Considerando o que sabemos sobre Ele, faz sentido que o benefí ci o estej a li mitado àqueles “ que p or Ele se chega m a D eus”.
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Agora entendem os po r que Cri st o é o único caminho; ninguém mais s e qual if ic a. Também enten dem os po r que as outras r eli giões po dem ter profetas , mas não um Sal vado r. El as não têm alguém que p essoalmen te haj a vencido a infl uênci a e conseqüê ncias do seu próp rio pecado . Os o utros lí deres rel igi osos do m un do são p essoas que, enqu anto estão se afogando, gri tam instr uções d e natação a outras pessoas frac as que estão se afogando. Napoleão pode não ter compreendido a inteira implicação de suas palavr as, mas ele é cit ado p or haver dito que há um a eternidade d e dif erença entre Cristo e as outras pessoas. E esta diferença, poderia acrescentar, é que Ele tem as cr ede
TÃO PERTO E, NÃO OBSTANTE, TAO LONGE Quão perto você pode chegar em admiração e amor por Cristo e ainda assi m d eixar de en tend er sua vi nda? No P arlamen to das Reli giões do Mundo, falei com uma mulher que me disse que veio a conhecer a Crist o p elo li vro de U ranti a, um li vro cuja autoria é env olt a em m ist ério (emb ora pessoalmen te t enha um a boa idéi a de quem tenha sido) . “F inalm ente”, esta mu lher di sse, “conh eci Jesu s”. Eis sua história: Ela amava Jesus, disse ela, antes mesmo de ler o li vro. Sua m ãe lia histórias da Bíbli a para ela, e se m pre que ouv ia f alar de J e s u s , o s e u c o r a ç ã o s e a q u e c i a . P e r t e n c i a a u m a i g r e j a p r o t e s t a n t e l ib e ral impo rt ante, e gost ava do seu pastor . Um dom ingo, quando ti nha de z, anos d e idade, resolveu n ão ir ao culto das cri anças, m as decidiu fi car no aud it ório para ouvir o pastor fa la r. “Se eu m e sentar no ú lt imo b anco e ficar bem quietinha, se mantiver minhas mãos juntas e não me movim entar, eles me d eixarão fi car aqui com os adu lt os”. Antes que o p astor c om eçasse a fa l ar , um a senho ra i dosa na con gregação fal ou com a m enina severamen te: “ O qu e está f azendo aqui ? Você devia estar no cu lt o das crian ças!” Ela fi cou terri velm ente m agoad a. Em vez de ir ao culto das crianças (ela não queria ficar colorindo livros, segu nd o d isse) , sai u da igreja e nun ca m ai s vol tou.
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Com a i dade de dezessei s anos, el a ret om ou sua busca da verdade e envolveuse em um culto. A at it ude autorit ária e a exigência de dinheiro presenciadas al i, fez com que ela saí sse. Algum tem po depo is, foi convidada p ara parti cipar de u m grup o o nd e se lê o l ivr o de U ranti a. “ Eles me devolveram meu Jesus”, afirmou. Pediu se podia ler um parágrafo do li vro para mim . Sua escolha foi um a hist ória s obre a com paixão de Cri s to quand o Ele t inha apenas do ze anos. O bviam ente ela fic ou tocad a pela sensibil idade d Ele. “Poss o afir m ar que você o am a”, dis se, notand o as lágr imas qu e lhe enchiam os olhos . “Sim, eu o amo”, respondeu. “Mas por que você o am a?”, pergun tei . “Eu o amo pela compaixão que demonstra! Eu o amo como meu Senhor! Eu o am o com o m eu m est re e meu am igo! ”, dis se el a, apert ando os b raços com fi rmeza contra o peit o. Pergunt ei : “ Você também o am a com o seu Salva dor sem p ecado, com o aquele que morreu inocente na cruz e derramou seu sangue para lhe perdoa r os pecad os e reconci li á la com Deus?” Ela desvi ou o olhar de mim, deu um a olhada ao l onge durante um segundo e respond eu: “ N unca pensei ni ss o nesses t erm os”. V .. . A i sso, repli quei: “S e você não o am a com o aquE le que m orreu n a cr uz po r s eus pecados, você não o am a pel o m esmo p ropósit o pelo qual Ele veio a este m un do !” Exo rt ei a a que o am asse com o seu Sal vador ; que o am ass e po r uma razão que corresponde sse ao nom e de Cristo. E possí vel amar Jesus, m esm o ao pon to das l ágr imas — am á lo com fervor e ai nda assi m estar perdido p ara sem pre? Si m. M uit os am am Cris to por razões qu e deixam escapar o propó sit o cen tr al de sua vi nda. Em últ ima instânci a,j nem m esm o é o am or po r Cris to que nos sal va, e sim a fé nEl e. A fé p ela jaz ão certa no Crist o certo que nos co certa com Deus Pa i .
loca na posição
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Que pena con hecer Shakes pear e, mas não com o ho m em da li te rat ura; conhe cer New ton, mas n ão com o cient is ta ; mas que tr agédia et erna conh ecer Cris t o com o am igo, com o profet a, com o fazedor de mil agre s, mas não com o Salv ador ! Spon g acredita que C ri st o foi con cebido qua ndo M ari a f oi est uprad a, e tem u m Cri st o que perm anece em fal ta da própria graça que Ele af ir ma ter nos trazido. Um salvador pecador é um paradoxismo. Mas o C ri st o do Novo Testamento si m ples m ente não nos lança um colete sal va vi das. Ele pessoalm ente no s ti ra das águas mora lm ente p oluídas encontradas dentro de nossos corações e ambiente. Estava me afundando profundamente no pecado Long e da praia t ranqüil a Int ensamente m anchado po r dentr o Afundando para não mais subir Mas o S enhor dos mares Ouviu meu grito desesperado Das águas m e ti rou Ago ra estou salv o. Almas em peri go, olhem para ci m a J e s u s s a lv a p e r f e i t a m e n t e Ele t ir ará você s pelo seu a m or Das ondas turbulentas Ele é o Senhor dos mares As ondas o o bed ecerão Ele quer ser seu Salvador Seja salvo hoje! Am ál o não é o b astant e. Adm ir á lo não é o b astant e; tem os de con fi ar nEle comosnossas almas, com M uit profetas, m asnossas apen almas as um Sal vador . eternas.
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NOTAS 1. Form a de tr atam ento diri gida aos m estr es hi ndu s de r eli gião. (N. do T.) 2. Joh n Shel by Spong, Bom ofa Woman: A Bishop Rethinks the Birth of Jesus (São Francisco: Harper, 1992). 3. Ibid., p. 18.
4. Ibid., p. 71 . 5 . Rescuing the Bible from the Fundamentalists(São Francisco: Harper, 1991), pp. 11621. 6 . Bom ofa Woman, p. 12 7. T. W right, Who WasJesus? (Grand Rapids: Eerdmans, 1992), p. 91. 8. “Faces of the Dalai Lam a”, in: Quest,O utono de 1993, p. 80.
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UM AVI DA EXTRAORDINÁRIA
Quem é o verdadeiro Jesus?
e em íl779 /vo cê ti vess e escolhido ir ao teatro e m Leipzi g, Ale m anha, t eria assi sti do a pe ça “ Natã, o Sábi o”, escrit o pelo dr a t^ m aturgo G ott hold Les si ng. Este dram a fo i elaborado para dize r que a essência de todas as religiões devia estar no respeito e entendix
m ento h um anos. Less ing e sfor çouse em dem onstrar que o cri st iani smo era m uitas vezes cruel e opinioso. Natã, um judeu, é o h erói da hist ória central izada em Jerusalém , ond e há conflit os en tre cri stãos, m uçulm ano s e judeus. Por intel igentes malabarismos e voltas no enredo, ficamos sabendo que a filha adotada de Natã , edu cada no judaí smo, é ir m ã de u m caval eir o retr atado com o cris tão alemão. Mas outra s urpresa sur ge no fi m, quand o se descobre q ue o pai destes dois jovens afinal de contas não era alemão, mas o irmão de Saladi n, lí der milit ar mu çulm ano de Jerusalém ! A lição, obviamente, é que três indivíduos, cada um pertencendo a um a das tr ês princi pais rel igi ões, es tavam em confli to uns com os ou tros sem se darem conta de q ue ele s eram irmão, irmã e t io. S e apenas pu déssemos apreciar o comum da família religiosa em geral, as facções e disputas religiosas acabariam.
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Na ótica de Lessing, o cristianismo deve ser ridicularizado porque rej eit a a unidade de todas as pessoas com o seres hum anos e tenta i m por sobre os outros uma percepção partidária e incompleta da realidade. Um a das person agen s fa la acerca do cri sti anismo: “Mas diga m e qu ando e on de e sta loucura, esta f úri a zelosa de ter o m elhor Deu s e imp or este )I D eus melhor com o o m elhor sobre o mu ndo inte ir o, mai’ s em sua for m a ; m a is p e r v e r s a .. . ” 1 L e s s i n g d iz q u e d e v o ç ã o e z e l o n ã o d e p e n d e m d e n o s sas doutri nas específi cas sobre D eus. Tudo o que im porta são os valor es hum anos e a f amíl i a hum ana em ger al . Em bora eu sej a pronun ciadam ente crí ti co da cren ça de Less in g na unidade essencial de todas as religiões, concordo que o cristianismo, parti cularm ente em sua f orm a medieval enga nosa, era muitas vezes cruel. As Cruzadas para libertar a Palestina dos turcos, a perseguição das minorias religiosas e a inquisição espanhola são apenas alguns exemplos de quão selvagem um a r eli gião pode se tornar, qua ndo n ega o princí pio bási co da li berdade d e consciência e o am or que rei vindic a prom over. Jon ath an Swif t, em A s Viagens de Gulliver,tinha razão q uand o disse : “Já tem os reli gião o b astant e pa ra nos fazer odia r, mas n ão o bastante para nos fazer am ar uns aos ou tr os”. Com esta concessão à parte, Lessing evidentemente entendeu mal a essência do cristianismo quando julgou que era apenas outra expressão d os valores hum anos. N a práti ca, ele est ava dizendo : “Poss o aceit ar a ét ica do cri st iani sm o, mas não (ou, pelo m enos, n ão tenh o de aceitar) seus credos”. Um dos seus críticos escreveu que Lessing passou a vi da esperan do que o cri st iani sm o fosse a verdad e e, não obstante, ar gum enta que não era. A cond uta cert a, não a cren ça certa, é tudo o que importa. J á a p r e n d e m o s q u e o c r i s t i a n i s m o é u m a r e li g i ã o h i s t ó r i c a n o s e n t i do de que está baseada não só em en si nam entos, m as em e ventos t am bém . A mensagem do N ovo Test am ento é que Deus vi si t ou no sso planet a para nos reco ncili ar com Ele. Já enfati zei que devem os ter o d esejo de evidenciar a nossa fé religiosa, usando métodos de investigação ordi-
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nários e históricos. Lucas, o historiador, disse que Cristo deu aos discípu los “m uitas e in fal íve is pro va s”. Isto o to rna acessí vel até pa ra os c éticos qu e estejam dispostos a exam inar a fé c ri st ã. Lessi ng, porém , acentuo u qu e a i nvesti gação hist órica nu nca é ab soluta e concluiu que, n a verdade, não havi a base sóli da para as doutri nas cristãs. E mais, ele pensou que a investigação histórica formal provavelmente mostraria que os relatos do Novo Testamento acerca de Cristo foram adornados. O verdadeiro Jesus que viveu e morreu foi provavelmente apenas um homem; talvez um homem excepcional, mas apenas um homem. A fim de encontrar este homem, o verdadeiro homem, Lessing deu início à “busca do Jesus histórico”. Tal vez você nun ca tenha ouvido fal ar desta busca do Jesus da hist óri a ou talvez pense que é meramente um tópico para estudiosos. Mas às vezes, todos desejamos saber se os discípulos poderiam ter inventado as histórias de m il agres narrados no N ovo Test amento. Ou quem sabe você tenha ouvido alguém dizer : ‘ Alg uns est udiosos acham que n ão sabem os nada do Jesus histórico!” Jun te três pessoas e po de rá ter cinco op iniões sobre C ri sto. O pro pósito deste capítulo é: 1. M ostr ar po r que é impossível desp ojar o N ovo Testamento de seus milagres na premissa de que Cristo foi apenas um homem comum. 2. D is cuti r com o d eterm inar a difer ença entre os m il agres f eit os po r Satanás e os milagres feitos por Cristo. 3. Fazer um rápido exame em alguns dos milagres de Cristo para melhor entender como eles ajudam no processo de verificação de suas credenciais.
A BUSCA DO JESUS HISTÓRICO Os m i la gres parecem est ar em cada página do tr ansfor m ando águ a em vinho, al imentando um
Novo T est amento. Sej a a mu l ti dão com o lan-
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che de um m enino, curando doen tes ou res susci tando m ortos, todos os si nai s m il agrosos com o e stes estão descrit os em vi vi dos detal hes. Q uan do hoje damos um a ol hada ao redo r, não vem os os mesm os fenômenos. Em bora haja al gum as pessoas que afirmem ter vis to milagr es, quand o os checam os tem os em geral boas razões para o ceti ci smo. Então a pergunta é: Por que devemospensar que tais eventos acon teceram como o Novo Testamento os descreve?E m esm o acredi táv el que ta is mil agres t enh am ocorrido? O u é p ossí vel que C ri sto f ez al guns p equenos atos de bondade, algumas memoráveis lições práticas e, mais tar de, seus entusi asmad os seguidores embelezaram as histórias?^ Lembrol he que Davi d Hum e argum entou que m il agre s eram im possíveis, porque eram contrários à natureza. Ele insistiu que o estudo históri co evidenci a que há um test em unh o un if orme contra os m il agres , pelo que não devemos crer que eles aconteceram, pouco importando quan tas provas hajam a favor ! Mas tal arrazoamento é circular: não podemos dizer que milagres não aconteceram no passado, só porque não os vemos hoje. Se Deus exi st e e é di gno do nom e, El e não pod e ser manti do ref ém d os m esm os padrões de un if ormidade que criou. 0 Deus bíbl ic o pelo m enos está ativamente envolvido em manter a criação unida momento após mom ento. Q uand o Ele f az al go ir regul ar, cham am os is so de m il agre. Ass i m tudo o que po dem os faze r é checar os depoime ntos da test emunha ocular para ver se tais intervenções especiais realmente aconteceram . Em vez de disc utir se m il agres podem acontecer, precisamo s ava li ar as ev idências p ara verificar se acontecer am . Mas a cre nça em m il agres não no s é fáci l acei tar . Al guns estudiosos têm insistido que devemos retirar essas maravilhas sensacionalistas e tentar ficar atrás das histórias para chegar ao núcleo real dos eventos que aco ntecera m no Israel do prim eiro s éculo. Dizem que ist o é separar omCento, ri st ofod iaum fé dom ero Jesushom da hist ória . 0 que Jesuso Cd a hisri tór o quearguem , enquanto st o ia, da fcontinua é é a pessoa os seguidores de Crist o criar am e escreveram a respei to.
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Acredite se quiser, mas quando os liberais se puseram a trabalhar para tirar os milagres do Novo Testamento, alguns pensaram que estavam fazend o um favor ao cris ti anismo. M ostr aram q ue os m il agres eram pedra de tropeço p ara as pes soas cul ta s; se pudessem formar um Cris to não milagroso, mais pessoas acreditariam! Na verdade insistiram que perder um Jesus que fa z mil agre s não ser ia perder nada de grande importância. A ordem é tirar o retrato de Cristo do Novo Testamento e pulver izá lo de tod o m il agre para que as pessoas sofis ti cadas possam se voltar para os evange lhos e se b enefici arem deles . A ma iori a de nós a rgum entaria que se o cri st iani sm o fosse despojado de suas srcens sobrenaturais, fi car ia exp osto co m o fraude. Mas os teó logos/historiadores não raciocinaram assim. Preferiram insistir que Cristo ai nda ser ia e speci al, em bora foss e reduzido a um m ero ho m em e o N ovo Testam ento fi cas se cheio de m it os. O ra, adm it o que é m ai s f áci l acreditar no N ovo Testamen to quand o é despojado de milagres. Mas então surge a pergunta: o que sobra para ser crido? Alguns dizem que o Sermão da Montanha, as parábolas e os m étodos de ensino de J esus ai nda perm aneceriam int at os. Depois haveria abnegação. E mais,a motivação as históriasquedereceberíamos milagres (os pelo mitos,seuseexemplo preferir)detambém poderiam ganhar nova interpretação e, com um pouco de engenhosidade, ricos significados ocultos poderiam ser encontrados. Jesus alimentando as m ult idões m il agrosamente pod e ser um a m etáf ora do Cri st o r essurreto que alimenta a fé dos que o seguem. E a ressurreição poderia ser um si m boli smo de n ossa próp ria li beração. Parece simples, não? Mas acredita que este empreendimento terminou em confusão e contradições?_Deixeme explicar, v Faland o em term os gerais, havia dois ti pos dè liberais . Aq ueles qu e 1 quiseram negar os milagres e ainda falar do cristianismo como algo incom parável, de algum m odo e speci al. O utros , que eram m ai s ho nestos, admiti ram que, um a vez descrit o o Crist o m il agroso, não rest ava nenhuma singularidade; de fato, não restava nada mesmo! Talvez só
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alguns princí pios éti cos que po dem ser encon trados em todas as r eli giões. Nada mais. Por exem plo. Th om as Sheeh an, professor na Loyola Uni vers it y, recon hece u em entrevi st a que a maioria dos teólogos li berai s é inconsistent e: não crêem num Crist o que faz mil agres, m as ai nda assi m , querem considerál o especial; querem “desmiti fi car” o N ovo Testamen to (r eti rar s eus elem entos m ít icos) e, ao m esm o tem po ter Cri st o em al gum ti po de pedestal. Sheehan m ostra que is so é i nconsistente e bastante impossível. Sheehan tem a coragem de levar seu li bera li smo aond e ele conduz, is to é, ao que eqü ival e à com pleta castração do cri sti anismo. Ele cham a o Evangelho de con tas de propagan da. D espojado do s milagr es e rei vindicações de Cristo e, no fim, despojado também da maioria dos seus ensinamentos, não sobra nada exceto amar o próximo e fazer justiça, id éi as que nós m esm os po deríamos ter ti do.2 A edição de 10 de janeiro de 1994 da revista Timetraz um artigo sobre o Sem iná ri o Jesus, onde quase 1 00 autoprocl am adas au tor idades na Bíblia gastaram seis anos de estudo para identificar as declarações nos srcinais evangelhos que eles que bolas são pertencentes palavras de Jesus. Foramacreditavam usadas quatro de cores dife-às rentes para com pu tar os votos. Cada parti cipante derrubava um a bola provavelvermelha num a urna para declarações que, na opinião dele, mente eram autênticas. Bola rosa significava que a declaração possivelmente era autêntica; bola cinza era para as declarações julgadas terem sido alteradas pelos discípulos ou cristãos primitivos; bola pre ta e ra o vo to negati vo m ai s fort e. Os resultados? Só 18 por cento de mais de 700 declarações atribuídas a Cristo foram consideradas inquestionavelmente autênticas; mais da m etade receb eu b olas pretas.3 Todas as declarações no E vangelho de J o ã o f o r a m r e j e i t a d a s , e x c e t o u m v e r s í c u l o : “U m p r o f e t a n ã o t e m h o n r a na sua próp ria pátr ia” (Jo 4.44).O Crist o destes estudiosos é um a fi gura sombria, s obre qu em não sabem os nada. Podem os apreciar as pal avra s
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de W il li am T emple, arcebispo d a Can tuári a, que em seus dias dis se: “Por que alguém fi car ia aborrecido e cruci fic aria o C ri st o d o p rotest antismo li beral , s em pre tem si do um m ist ério”. Que critério foi usado para avaliar as palavras de Cristo? Eles presum ir am que Ele só f al ou m áxi m as e parábol as. Ma s com o sabem os que J e s u s fa lo u s ó d e c e r ta s m a n e ir a s e a p e n a s s o b r e c e r to s te m a s ? C o m o qualquer estudante de lógica sabe, tal arrazoamento é profundamente circular. Nenhum historiador começa com suas próprias suposições sobre o q ue C ri st o po deria ou n ão ter dit o. A honestidade req uer qu e ele siga as evidências aonde quer que o conduzam. Atrás destas investigações está a justeza política, um desejo não apenas d e ter um Cri st o hum ano, mas um que concorde com o programa de trabalho liberal. Citando John MacArthur, “eles rejeitaram toda declaração qu e contivesse qualquer al usão a alguma verdade ou p on to de vis ta que são rejeitados pelos políticos liberais de nossa cultura”. As parábol as do b om sam arit ano, passagens crí ti cas do ric o, a ordem de am ar nosso próxim o — est es receberam bola s ver m el has. Mas passagens que p edem arrepen dim ento, afi rmam a dei dade de C ri st o ou fal am da necessidade d e red ençã o — estas passagens foram “ li teral m ente rejei tadas”. 4 Howard Clark Kee, professor emérito do Novo Testamento na Universidade de Boston, chama o trabalho do seminário de “uma desgraça acadêmica”, e diz que seus membros “pareciam determinados a achar um Jesus livre de tais características que envergonham os intelectuais m odernos, com o d em ônios, mil agre s e prediç ões sobre o futuro”. 5 Por que esta t entat iva, com o todas as outras tent ati vas de e nco ntrar o Cristo histórico, terminou em tamanho fracasso? É porque as palavras de Crist o estão tão firmem ente atadas às obras que reali zou, que não se po de d escrer dos m il agres sem avali ar po r baixo t udo o qu e Ele dis se e fe z. O lado hum ano de J esus e o la do divi no não p odem ser separ ados. No fi m, tudo sobre C ri st o é m il agroso! É com preensível que todo li beral tenha um a opinião difer ente sobre com o m elhor r econstrui r um Jes us puram ente hum ano. Mas a t aref a é
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tremenda, porque há apenas critérios subjetivos para separar o divino do terrestre; não há base objetiva para desatrelar o humano do divino. Como o próprio Cristo disse: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3.12). O Cristo da terra e o C ri sto do céu são inseparávei s. O destacad o p rofessor de Tubingen, G erhard K it t el , ressal ta a tol ice daqueles que pensam que podem separar o Cristo da fé do Jesus da história: “O Cristo da fé não tem existência, é mero ruído e fumaça, à pa rte da reali dad e do Jesus d a hist ória. Est es dois s ão totalm ente ins epar ávei s no N ovo Test amento. El es nem m esm o po dem ser consi derados separadamente. [...] Todo aquele que primeiro tenta separar os dois e depois se põe a descrever som ente um deles , não tem nada em com um com o Novo Test amento” .6 Pense nist o: em bo ra você e scolhesse d escrer dos m il agres, ai nda seri a confrontad o co m as declarações de C ri st o sobre a deidade, suas rei vindicações de p erd oa r pecad os e capítul os intei ros nos quais Ele fa la da relação dEl e com o Pai . O que fazemos com seus ensi nam entos sobre o céu, inferno e julgamento? Se Ele fosse apenas um homem, tudo isso tam Seus mura, e nenhuil agres, são um abém peça deterivesta de seruáridescartado. o sem cost m a l ensinam i nha pode serentos encoe vi dantrada que os desvende. C om o diz J. Gresham M achen sobre os mila gres de Cristo: “Eles estão intimamente ligados às elevadas reivindicações de J e s u s; p e rm a n e c e m o u c a e m c o m a p u re z a d o se u c a rá te r; re v e la m a própria natur eza de sua miss ão no m und o”. 7 No capítul o an teri or m ostrei que os li berai s que e screvem sobre C ri st o contam nos m uit o m ai s sobre ele s m esm os do que sobre C ri st o. Fal ando sobre as muitas t entat ivas de en con trar o Jesus h ist órico no século XIX, o fam oso fil antropo Albert Schw eit zer escreveu: “Cada é po ca sucessi va da teologia descobriu seus pensamentos sobre Jesus. [...] Mas não foi apenas cada época que descobriu sua reflexão sobre Jesus; cada indivíduo o criou conforme o seu caráter. Não há tarefa histórica que assim revel e o verdadeiro eu do h om em com o a escri ta d e um a vi da de Jesus”. 8
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Ape nas m edite no q ue ele disse: “ N ão há tarefa histórica que assi m reve le o ver dadeiro eu do ho m em com o a escri ta de um a vi da de Je sus”. E, contud o, o qu e farem os do p róprio Schw eit zer, que escreveu uma biografia de Cristo e concluiu que Ele era essencialmente uma fi gura i ludi da, que se com po rtou d e m aneira assust adora e confusa? A insanidade, disse Schw eit zer, é responsá vel pelas fantásti cas assevera ções qu e Cris to fez . Schweitzer não está se cond ena nd o com suas próprias palavras? No fim, os liberais chegaram ã conclusão final: Cristo poderia ser refeito em quem eles quisessem que fosse. Eles editaramno, censura ramno e descreram dEle em toda conta. E visto que em grande parte suas conclusões estavam baseadas em suas pressuposições pessoais, há tantas versões históricas de Jesus quanto há autores que querem escrever a bi ogra fi a dEl e! Da m esm a for m a que o correu co m o bispo Spong, com quem nos encontramos no último capítulo, estes estudiosos não escreveram uma biografia de Cristo, mas uma biografia deles mesmos. Interessante notar que nenhum estudioso jamais pôde apresentar sequer um fragmento de evidência histórica para suas interpretações ra di cai s. Nenhu m a m ig al ha de m anuscri to, nenhum achado arqueológico, nenh um a refer ência ant iga descobe rt a recentem ente! C lar o que el es fi zeram ex tensa investi gação da vida e épo ca de J esus, p rocu rand o pist as sobre quem Ele realmente era. Mas ao término dos trabalhos, suas conclusões eram determinadas por um preconceito contra milagres, um com prom is so absol uto de fazer de Cri st o um m ero hom em . Não obstante, como já demonstrei, depois de séculos de estudo, ninguém jamais conseguiu descob ri r um Jesus não sobrenat ural . Por que acredit arí am os nos li ber ai s quand o tem os d epoim entos de tes temunh as ocula res? S e houvesse al gum a razão para pensarmo s que Mateus, Marcos, Lucas e João foram historiadores desleixados, que tinham conh ecimen to de sabi dos erros hi st óri cos e enganaram o povo ao inven tar históri as fantasi osas, en tão tais li berais po de riam ter razão . Mas na ausência de tal evidência, estamos em solo mais seguro ao acreditar
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nas pessoas que estavam lá em vez dos revisionistas que vivem vinte séculos distant es daq ueles even tos. Fique com igo pois ao término deste capítul o, apresentarei mais evi dências para tem os razão para considerai os rel atos dos evangelhos com o são o u para rejei tar cegam ente todos ele s. A neut rali dade neste p onto é imposs ível .
DUAS FONTES
DE MIL AGKES
Os m il agres estão de volt a. Aqui estão algum m ente passaram p or m inha esc ri vani nha:
as am ostras que rece
nte -
• O patrão de Benjam im Crem e di sse lhe que Maitr eva. ou o Cristo, l ogo co m eçará um a séri e de m anif est ações de lu z em dif erente s regiões do m und o; si nai s da cruz apareceri am m il agrosamen te. Já h ouve d oze casos d e ta i s dem onstrações exteri ores na área de Los Angeles . • Anjos estão sendo vis tos. Eileen Freem an, que t em m estrado em teol ogia pel a Univers ida de de N otr e D ame, m antém um regi st ro de ta is apari ções e tem est rei to rel acionam ento com um anjo da guarda a quem el a cham a de Ennis . Recentem ente real izou se um a “Con ferência sobre Anjos e Espíri tos da Na tureza” no N ovo M éxi co, Estados Unidos. • Pequenos grupos conti nuam fazendo “ Um C urso sobre Mil agr es” , e as pessoas est ão informand o os resu lt ado s— curas, ri queza inesperada e realização pessoal. Mil agr es es tão em tod a part e e pode m os contar com o certo que vão aum entar. Um m édico das Fil ipi nas veio a Kam loops, Colúm bia Bri tânica, para exp li car à com unida de m édica seu m étodo de fazer cir urgia. El e aprese ntou fil mes em que abria um paciente, ret ir ava os órgãos do entes, costurava a i ncisão e a enxug ava com um a esponja. É i nacredit ável, m as a pel e era com pletamen te curada sem u m tr aço da ci rur gia.
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Presente na audiência encontravase um mestre da Bíblia, o pastor Bil l M cCloud, q ue p ergun touf “ Jesu s Crist o, o Fil ho de D eus, diss e: A quele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus’. O que estas palavras significam para você?” O cirurgião parou por um momento; depois, falando numa voz totalmente diferente, respondeu: “Esta é a terceira vez que visi to est e plan eta e não vou re spo nd er sua pergu nta!” 9 Fim d a discussão. Fim d a fes ta. Os cri stãos crêem que Satanás pode reali zar curas, produ zir c ruzes de luz em janelas , apa recer com o anjo e fazer imagen s chorar, mas às vezes seus milagres são mais sutis. Certo senhor que para todos os propósitos práticos era surdo, participava de um culto de libertação, quando caiu no espírito e aparentemente foi curado. Em casa ele testou a audição e podia ouvir até um sussurro. Mas quando acordou na m anhã seguinte, sua surdez ti nha voltado. Podese pensar que se D eus realm ente tive sse fei to o m il agre, teri a du rado po r pelo m eno s vint e e qua tr o h oras! E certo que Deu s às vezes f az mila gres hoje em resposta ia s não devem os presumir que todo s os atos sobrenaturais 1 nEle/ nou que, ento,teralguns os para sem Cristo pre d ensi a sua presença, em no diaboradoreijulgam vindiquem real s erão izadobanid m il agre s no no m e dEle. “ M uit os me d irão naquele dia: Senhor, Senh or, não p rofeti zamos nós em te u nom e? E, em teu nom e, não expul samos dem ônio s? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abe rtam ente: N un ca vos conh eci; apart ai vos de m im, vós que p rati cais a iniqüidade” (Mt 7.22,23). Os far is eus freqüe ntem ente disputavam se os m il agres de Crist o eram de Deu s ou do diabo. Devería m os dar l hes cr édito por perceb erem que milagres podem ter duas fontes radicalmente diferentes. Dada esta ambigüidade, que razão tiveram para crer que os milagres de Cristo eram feitos pelo poder de Deus? Primeiro, os milagr es de Cristo eram d ifer entes em espécie; há algumas coisas que Satanás pode fazer, mas há outras que não pode. Por
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exemplo, Cristo disse que Satanás não pode expulsar demônios (ou, pelo m eno s, el e n ão fari a is so), vist o qu e estaria trabalhando co ntra seus próprios interesses. “E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si m esm o; com o subsis ti rá, pois, o seu rei no?" (Mt 1 2.26 ). Co m o pod em os reconci li ai' esta afi rmação co m as pal avras de C ri st o (ci tadas acima), de que algum dia at é os a póstatas rei vindicarão ter expu lsado dem ônio s? Consider ando o fat o de saber m os que ele s não p odem ter expulsado d em ônios pelo po der satâni co, segue se que ou eles pensaram que tinham expulsado demônios (e Satanás retirouse para criar a ilusão de qu e ele estava deixan do as ví ti m as), ou eles só af irmaram exp ulsar dem ônios sem apresentar qualquer evidênci a em ap oio. Só Cri st o po de e xpulsar espí ri tos maus do s corpo s em que habitam; e eu creio que só Cri sto, o Criado r, pode dar vi da a um cadáver com o Ele o fez com Lázar o. Segundo, os m il agr es de Cris to sempre eram completos. Quan do Ele curava um cego, am bos os olhos vol tav am a ver; quando curava um paral í ti co, ambas as pernas ganhavam d eter m inada f orça . Aque le s que se servem d o p oder maligno descobrem que o “presente” que recebem dá resul tados apenas fort uit os. As vezes oco rre um milagre, às vezes não. Freq üen tem ente há cu ra parc ia l ou que dura som ente po r pouc o tem po. O s mila gres de Crist o quase sem pre estavam disponí vei s para verif ic ação, m esm o pa ra seus inimigos . Terceiro e o mais importante: Cristo quase sempre interpretava seus mila gres sem deixar dúvi das, apon tando co nsist entem ente para si com o o Fil ho de Deus. Nas ocasiões em que o s milagr es não foram int erpret ados, era porque a mensagem estava óbvia. Milagres eram feitos não apenas para cham ai' a atenção , mas tam bém ensinar a verdad e espir it ual. N icode m os, príncipe dos judeus, vi u esta cone xão entre as obras e as pal avras de Cristo e comentou: “Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, po rqu e ninguém , po de fazer estes si nais qu e tu faz es, se Deus n ão for co m ele” ( Jo 3.2). El e leu os si nai s e percebeu que apo ntavam p ara um a conclusão acr edit ável. Dep ois Nicodem os aparen tem ente vi u Crist o com o m ai s que simples m estr e, com o o próprio Fil ho de D eus, e c reu.
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Que papel os milagres desempenham na confirmação de que uma m ensagem ou m ensagei ro é de D eus ? No N ovo Tes t ament o, João chama os milagres de sinais, ou seja, indicadores da credibilidade da vida e testemunho de Cristo. Um sinal difere de uma prova; um sinal precisa de um contexto no qual é com preend ido. Os si nai s envol vem n ão ape nas o evento, m as sua i nterpret ação tamb ém. Os turi stas sabem o valor que os si nais de trânsit o têm . Lem brom e de um in div íd uo confessando que, quan do m enino, t inha mu dado a dir eção de um si nal de estrada em certa rodovia, só pela diver são de ve r os carros ir em na direção err ada. Ho je el e ainda é perseguido pela l em brança que a dif ic uldade de sua brincadeira causou aos m otorist as. Os m il agres de Cris to são postes sina li zadores que apon tam quem Ele era e o que veio fa ze r. D evem os espe rar que C ri st o tenh a fei to m il agres , se é que Ele f oi quem afi rmou ser . El e est ava provo cand o um a revolução espiri tual que precisava de investigação cuidadosa, e as pessoas tinham o direito de espe rar po r evi dências . Ele f azi a declarações q ue precisavam ser con fi rmadas; Ele precis ava prov ar que havi a harm onia en tre suas palavr as e suas obras. Os ensinos de Cristo despedaçaram as convicções religiosas do seu tem po. Se você fosse um judeu d o prim eiro século e pecasse , t eria de ir ao Templo para receber perdão. Jesus estava concedendo o perdão de Deus a prost it utas bem no m eio da r ua. O tem plo est ava onde o D eus de Israel habitava; Cristo estava oferecendo o Todopoderoso àqueles que acreditavam nEle, pouco importando onde eles estivessem. Seus milagres, particularmente a ressurreição, vindicaram sua afirmação de que de ago ra em d iant e Ele, e não o Tem plo, seri a o l ugar ond e D eus verda deira e exclusi vam ente habit ari a. Ele cortou po r baixo todo o sistem a.1 0 Com t al mensagem radi cal , esperaríamos mesmo que Cristo fizesse m il agres, não a pen as para ajudar a s pessoas, mas com o si nal de qu e era realmente o Santoatosdesobrenaturai Deus. Suas reivindicações vam de alguns s. sobrenaturais precisa-
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RETRATO DE UM CRISTO MILAGROSO Co nsideremos alguns dos m il agr es para melhor entenderm tencionavam ensinar sobre aquE le que os faz ia .
os o que
Autoridade sobre o Universo Físico C erto dia , Crist o pediu ao s discí pulos que p assassem pa
ra o ou tro lado
do m ar da Gali lé ia , enq uan to Ele subi a o m on te para orar. N aquela noite um a tem pestade de sencadeouse n o lago e os disc í pulos fi car am aterr orizados. C ris to ando u so bre as águas, falou ao ven to e disse: “ Cala te, aquietate”. Imediatamente a tempestade parou e veio “grande bonança” sobre o m ar . Então os dis cí pulos entenderam que Ele era “ verdadeiramen te o Fi lh o de D eus”. N o casam ento em Can á da Gal il éi a, o vinho acabou. C ri st o pediu que os em pregados en chessem de água as t al has e com fé le vasse m a água ao mestresala do banquete. Imediatamente a água virou em vinho — o m elhor vi nho q ue ele j amais provara! E quan do a m ult idão estava com fom e, ci nco p ães e dois peixinhos vi raram com ida para cinco mil . DeusDevido deu a aAdão dade0so quebreensinaram a terra e os aniestes mmaisil agres que n? Naelacrhabiiação,tam. quedautori- a, esse domínio foi perdido. Hoje, desastres naturais são uma lembrança constante de que não controlamos o mundo. Nem podemos controlar os animais, a provisão de comida ou o tempo. Estes mil agres provaram que C ri st o podia retom ar o que o p rimeiro Adão havia perdido . Sob o com and o de Crist o, o vento se aqu iet ari a, os peixes vi ri am e a água seri a tr ansform ada em vinho. El e nã o era co ntro lado pelo am biente, mas Ele é que na realidade o controlava. Cri st o nu nca abusou do seu pod er i m press ionant e. Q uando al imentou a multidão com cinco pães e dois peixinhos, pediu aos discípulos que recolhessem as sobr as que estava m espal hadas pelo chão. N a ocasi ão em que Ele e os di sc ípul os est avam com fome quan do cheg aram ao poço de Jacó, Ele enviou os discípulos à cidade para comprar comida.
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J e s u s n ã o u s o u o s e u p o d e r p a r a “i r à f o r r a ”, q u a n d o fo i tr a ta d o i n ju s ta m ente. Ele pod eria ter cham ado doze legiões de anjos para o li vr ai ’ do ho rror da cruz, mas se conteve. Ele é o ú nico que contradiz a observação m uitas vezes ci ta da: “ 0 pod er corr om pe e o p oder absolut o corr om pe absolutamente”. Est e hom em não era prod uto da criaç ão, mas o próp rio Cri ador . É m anif est o qu e sua srcem não era da famíl ia hum ana, m as de o utra esf era . Ei s aqui um hom em que po deria a gir com o D eus .
Autoridade sobre o Reino Moral Cri st o est ava no m eio de um a cas a, prega ndo, quan do q uatro hom ens trouxeram um paral ít ico nu m a m aca e tentaram chegar até El e. Mas o lugar est ava tão apinhado de gen te, que os quatro decidiram retir ar o telhado d a casa e abaixar o am igo, de m od o q ue Cristo t iv ess e de lhe d ar atenção. As primeiras pal avras de Cris to para o d oen te foram: “Fil ho, p erd oados estão os teus pecad os”. E de se enten de r que al guns dos escri bas ficassem contrariados e perguntassem: “Por que diz este assim blasfêmias ? Q uem pod e perd oar pecad os, s enão Deus?” (Mc 2.57). Esta era incisiva declaração da deidade, pois só Deus pode perdoar pecados. Podem os perdoar aze m , mas s ó Deus pode p erdoar o m al que lhe é feit o mal o. que nos f Cristo, conhecendo os pensamentos deles, respondeu: “Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso co ração? Q ual é m ais f áci l? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizerlhe: Levan ta te, e t om a o teu leito, e a nda? O ra, pa ra que saibai s que o Fil ho do H om em te m na ter ra poder para perdoar pecados (di ss e ao paralítico), a ti te digo: Levantate, e toma o teu leito, e vai para tua casa” (Mc 2.811). Não perca a lógica: E muito mais fácil dizer: “Estão perdoados os teus pecados”, do que dizer: “Levantate, e toma o teu leito, e anda”. Q ualquer pessoa pod e dizer : “ Os teus pecad os estão perdo ad os”, po rque o pe rdão é um m il agre i nvi sí vel que não p ode ser veri fi cado d ir etam ente. F alar é f áci l. Mas fazer um m il agre fí si co qu e p od e se r ver if i-
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cado ob jet ivam ente é m ais dif íc i l. A argum en tação d e C ris to f oi: “ Q ue este milagre visível seja prova de que Eu tenho autoridade sobre o mundo invisível”. 0 pecado, em bora nem sem pre sej a a c ausa imedi at a de toda enfe rmidade, éa causaúl ti made todamisér ia huma na.0 pod erde Cri st osobreaenfermidade era fort e confi rmação de que Ele também ti nha poder sobre o pecado. Sem dúvida Cri sto encontrou m uitos cegos, mas um em especi al f oi usado p ara representar o m il agre da conversão. Em bora o ceg o tenha sido curado, o p rop ósito prim ário de Cristo era usai a vis ão fí si ca com o il ustração da necessidade de visão espiritual. “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que n ão vêem vejam e os que vêem sej am cegos” (Jo 9 .39) •E quando os fari seus afirmaram q ue eles não e ram cego s, Cris to respon de u: “Se fóssei s cegos, nã o teri eis pecad o, m as com o agora dize is : Vemos, po r is so, o vosso pecad o p erm ane ce” (Jo 9.41 ). A propósito, os fari seus t iver am dif ic ulda des em crer nest e m i la gre , em bora os pai s do hom em o confi rmass em. Crist o tinha autoridade p ara cura r a cegueira espiri tual e, assi m, m ud ar o co ração hu m ano. Ele t am bém afi rmou que será o J uiz, o ún ic o diant e de quem todos terão de prestar contas (Jo 5.22,23). Nenhuma outra rel igi ão tem um lí der que reclam ou para si o d ir eit o de declarar li m po os pecadores. N enhum ou tr o ensinou que o desti no fi nal de toda pessoa será deter m inado p ela r elaç ão dela com El e.
Autoridade sobre o Reino Eterno G ost e ou não, a eterni dade foi estampad a em nossos corações. Temos um desejo pel a imorta li dade, um senti m ento inat o de que d evem os estar em contato com o infinito. Alguns dos milagres de Cristo comprovaram sua autor idade, não apenas sobre o temp o, m as sobr e a eterni dade. Crist o ressus ci tou Lázaro dos m ortos com o prova dram áti ca de que m esm o a m orte não po de li mit ai ' sua autori dade. E m ais um a vez o seu po der de con ced er vida fí si ca c onfirmou sua au tori dade de con cede r vida espi ri tua l: “ Eu sou a ressurr eição e a vi da; quem crê em mim, ainda que estej a mo rto, viv erá; e todo aquele que v i ve e crê em m im nun ca mo rrerá” (Jo 1 1.25 ,26).
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Q uando Cris to es ta va na cruz, pareci a im potente e aban donado . M esm o na agonia da m orte, El e pô de dizer ao ladrão que estava a se u lado: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Nenhum mestre ou guru jamais reivindicou ter tal autoridade.
0 RETRATO QUE NÁO SERÁ DISS OLVIDO Há m uit os anos um a célebre pint ura fei ta po r Burne Tones cham ada Amor entre Ruínas, foi destruí da p or um a fi rma especi ali zada em art e que tinha sido contratada para restaurála. Embora os restauradores tivessem si do ad verti dos de que se tratava de um a aquarela e, po r i sso, preci sava de atençã o e special , eles usaram um lí quido que dis solv eu a pintura. Ao longo dos tempo s os hom ens têm segur ado o retr ato de Cris to do Novo Testamento e tentado redu zir s eus m ati zes bri lhant es em tonal idades cinzentas, para apagar os milagres, humanizar suas declarações. Até aqui ninguém enco ntrou o sol vente necessári o pa ra neutr ali zar o srci nal e reduzilo a uma tela fria e opaca. Pouco importando quem tente misturai seus mati zes com os do hom em com um , o ret rat o perm anece inf l ex í ve l, imune àqueles ti nguir m aqual ediçãoos mli aiberai s recente. Talque vezprocu possam ram os en distend er m entre elhoro o mori ginal oti voepu elo s rel igios os j ogam as mãos para cima de irr it ação e diz em: “Nem m esm o sabem os se exi st iu um ho m em cham ado Jesus”, ou: “ Não sabem os nada sobre o Jesus da história”. Longe de minar nossa fé, tal declaração é na verdade um tr ibuto indiret o a Cris to! Lem bre se, com o aprendem os, de qu e os li ber ai s ti nham esperado separar o Cristo milagroso que está nos evangelhos do Jesus histórico. Pensar am que pod eri am ret ir ar os mil agre s com o se descasca um a cebo la e achar o simples hom em . Mas quando terminaram os tr abalhos , o J e s u s h is tó ric o p a r e c i a d e s a p a r e c e r e n tr e u m a c o n fu s ã o d e c o n tr a d iç õ e s e suposições arbitrárias. Foram confrontados com uma escolha: Ou tinhamde aceitá-lo do modo como está retratado no Novo Testamento, ou tinham de confessar que eram ignorantes acerca dEle.
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Por mais que s e em penh assem, em nen hum lugar das páginas do N ovo Test amento poderi am achar um Jes us puram ente hum ano. El es não po deri am escreve r a biograf ia dEle acei tando m iscel âneas do s relatos dos evangelhos. N a prática, defrontaram-se com aforte percepção de que o retrato dos evangelhos ou é totalmente verdadei ro ou totalmentefalso.Determinados em não ace it ai ' um Cris to m il agroso, optaram po r dizer que de jei to nen hum pod eria t er havi do um Jesus hist óri co! C. S. Lewis em Screwtape Letters(Cartas do coisaruim), descreve com o um dia bo vel ho aconselha seu sobri nho sobre o valor da procura dos ho m ens pelo J esus hist óri co: Na última geração promovemos a construção de [...] um Jesus histórico nas fileiras liberais e humanitárias; estamos propondo um novo “Je su s histórico” nas fileiras marxistas, catastróficas e revolucionárias. As vantagens destas construções que pretende mos mudar a cada trinta anos e lá vai pedrada, são múltiplas. Em primeiro lugar, todos tendem a dirigir a devoção das pessoas para algo que não existe, pois cada “Jesu s histórico”não é histórico. Os documentos dizem o que dizem e nada pode ser acrescentado; cada novo “Jesus histórico” tem de ser arrancado deles por aquele tipo de adivinhação (inteligente é o adjetivo que os humanos apli cam a isso), na qual ninguém arriscaria dez xelins numa vida comum, mas que é o bastante para produzir uma colheita de no vos Napoleões, novos Shakespeares e novos Swifts, na lista de outono de cada editora.11
Vi no Ryjksmuseum, em Amsterdã, a famosa pintura de Rembrandt, “Nightwatch”. Se eu tivesse sugerido à guia da excursão que a pintura deveria ser r efeit a para se ad equ ar às minhas exp ectat ivas e gostos p essoai s, ela teri a tido toda a razão ao respo nd er: "I sta pintura. .não . est á send o jul gada, e si m vo cê!” Da m esma m anei ra que os am adores são r ápi dos em pronunciar s eu veredicto quando vêem uma obraprima, assim as pessoas fazem julgamentos superficiais em relaçãoquea elas, Cristo.e não Se asCristo, pessoas um pouco, logo perceberiam é queapenas estãoparassem sendo julgadas.
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Quando comparado com outra literatura antiga, evidências sobre a confi abil idade da Bíbl ia s ão realm ente imp ressi onan tes. A arque ologia, a pesquisa histórica e os estudos comparativos têm contribuído para nossa convicção de que temos em nossas mãos um livro fidedigno aberto para invest igaç ão. Não en sinam os que nossa fé está basead a em nossa exp eriência obj eti va, mas e m dado s objet ivos. L ixiao Stephen Nei l afi rma que pass ou um a t arde com u m hom em que pertencia ao círculo interno de Hitler. Esse indivíduo declarou que se tivesse si do levado com os olhos vend ados p or dez qu art os, el e teria pod ido recon hece r no qual o Fu hrer es t ava. Havi a um poder, um a energia que irradiava daquele homem mau. Ele disse que havia somente três escolhas: deixar a política; matálo; ou venderse a ele de corpo e alma. Leia os evange lhos e descob rir á que Crist o tam bém ir radi ava poder. Em sua presença, as pessoas se afastavam enraivecidas, ou procuravam matálo ou caíam diante dEle em adoração. Até aqui falamos sobre as obras de Cristo. Agora vamos lidar com suas palavras.
NOTAS 1. G otthold Lessing, Lacoón: Nathan the Wise, W il li am Steel, editor (Londres: Everym an’ s Libr ary, 197 0), p. 137 . 2. Thom as Sheehan, TheReader, 2 1 d e A b r il d e 1 9 8 9 j p p . 1 2 8 . 3 . Time,10 de Janeiro de 19 94, p. 39. 4. John MacArthur, Masterpiece, Julho/Agosto de 1991, p. 2. 5 . U.S. News & World Report, 1 de Julho de 1 991, p. 58. 6. Citado em He Walked Among Us, Josh M cDow el l & Bil l W il son (São Bernardino: Here’s Life, 1988), p, 136. 7. J. Gresham Machen, Christianity and Liberalism(Grand Rapids: W il li a m B . E e r d m a n ’s P u b l i s h in g C o m p a n y , 1 9 2 3 ) , p . 1 0 7 . 8 . The Atlantic Monthly,1 de Dezembro de 1986, p. 43. 9. Infor m ação dada a m im pessoalmente po r B i l l M cCloud, em 30 de Set emb ro de 1993.
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10. “ The N ew Unim proved Jesu s” , Christianity Today, 13 de Sete m bro d e 1 99 3, p or N. T . Wright , p. 26. 11. C. S. Lewis, The Screwtape Letters (Lo ndres: G eoffer ey Bles, The Centenary Press, 1961), p. 117.
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UM A AUTORIDADE EXTRAORDINÁRIA Se Deusfalou, o que Ele disse?
sueco Ingm ar Bergm an, diretor de f i lmes , sonhou que esta va num a grande catedr al da Europa olhando um a pint ura de Cri sto. Desesperado po r ouvir um a pala vra que vi ess e fora do seu mundo, ele visualizouse gritando: “Fale comigo!” Silêncio total. Foi is to, contam nos, que o m oti vou a fazer o fi lme “Sil êncio” , o qua l retrata pessoas que desesperadamente procuram encontrar Deus. Em nosso mundo, Bergman acreditava, ouvimos somente a nós mesmos. Nenhum a v oz nos vem de for a do ap uro hum ano que nos f al e sobre a real idade suprema. Qu ando buscam os um a pal avra de Deus, somo s confront ados com um a profunda c al ma. Deus pode falar, ou o universo está silencioso em relação às questões supremas? Se Deus está c alado, quer seja porque não p ossa fal ar ou po rque n ão queira, ent ão lam entavelmente tem os de acei tar est as conclusões: Primeiro, nós mesmos temos de nos calar a respeito da religião e da moralidade. Não temos ponto de referência fixo pelo qual possamos jul gar o valor rel at ivo do paganismo cruel ou do secul ari smo m oralme nte indiferente. Embora pareça plausível que tenhamos a capacidade de
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conco rdar em al gum p adrão de m edida m oral , no fi m das contas sur ge a questão da preferênci a pess oal. Somos n ão só ignorante s no qu e con cerne ao quadro m ai or, mas nem m esmo s est am os seguros de que t al quadro w ^ e x ista . E vis to que não sabemos para onde est am os i ndo, qualquer caminho serve. Segundo, temos de ficar calados em nossa busca da justiça.Sim, pode ar tudo em na deossoquem und o, masdase não há mD os tentar eus pessoaret ifl,icnão tem o queospugaranti derma al osgum os pratos balança algum dia ficarão equilibrados. Recent em ent e convers ava com um amigo j udeu que abandon ou sua crença em um Deus pessoal. Pe rgunt ei l he com o se sent ia ao saber que Hitl er nunca seria jul gado p elo m al do H olocausto. Ele l utou com esta conclusão ; dei lhe alguns i nstant es para fazer com que adm it is se que a m orte acabava com tudo e n ão havi a nenhu m j ui z f i na l a quem o gên ero humano tivesse de prestar contas. Lutar ele pôde. Este anelo por justiça, o desejo de que a verdade fi nalmente venha a t ri unfar , est á tão profunda m ente encrava do e m nossos c orações que sent i m os rai va— e com raz ão — quando pensam os que crimes contra a humanidade ficam impunes. Aqueles que escapam da just iça imperfeit a dos t ri bunais hum ano s não precisam ter m edo da con tabilidade divina, se um Deus pessoal não existe. 0 cri st iani sm o afi rma que h averá um aj uste de contas preciso, detalhado e final do comportamento de todo ser humano que já viveu. Tanto a graça qu anto a j usti ça div i nas serão p ostas em exibi ção, à m edida que todo caso de tr ibunal t errestre for um a um julgado o utra vez e toda palavra e ação ocultas forem trazidas à luz. Ou nosso pecado será considerad o p elo just o sacri fí ci o de Crist o, ou para sem pre le varemo s nosso p ecado em sofr imento pessoal . De qualquer mo do, a jus ti ça será fei ta com t al precisão qu e ao longo da eternidade os hab it antes do céu cantarão: “justos^verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos” (Ap 15.3).
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Nas reli giões orient ais, o k arma designa a respon sabili dade pela justi ça, um a cruel e imp essoal l ei de retr ibuição. Na índia, este sist em a tem m anti do m il hões de int ocáve is na hum il hação e pobreza com base na teori a de que el es est ão recebend o o que m erecem po r causa dos pecados com etidos em exist ência anter ior. N ão há gra ça, não há opo rtunidade para a atenção pessoal. E nenhuma garantia de que um juiz divino tenha tom ado sua decisão plenamen te ci ente de todos os fa to s. Terceiro, se Deus está em silêncio, temos de extinguir nosso desejo da realidade suprema. Sem um Deus pessoal , somos consignados a um esfor ço infr utí fe ro de faz er o m elhor que pu derm os em nossos pou cos anos d e vid ajEstam os li m it ados a nossas experiências inter iores — soai s, dis torc idas e f reqü entem ente confli tantes. Co m o um a for m iga que anda sobre uma pintura de Rembrandt, vemos a mudança de cor em baixo de nossos pés, sentimos a aspereza da t ela , m as não tem os a m ini/ m a i déi a de com o é o quadro em sua i nteirezaj ^'C T crísfianism o afi rma que Dèus nao apenas é capaz do disc urso i nteli gente, mas escolheu fal ar cono sco. Esta rei vindicação deve ser d ife renci ada dos gurusjjue nos dizem que fal am con osco n o inter esse dos deuses. ;Ta is profetas estão tentand o interpretar o q ue exp erim entaram do di vi no. Os hom ens infor m am sob re sua procu ra do Suprem o, mas nas rel igi ões ori entais o Sup rem o nã o fa la . 0 hindu p od e fal ar de mu it os (ãvatares(revelações]) pois nen hu m deles f az part e da h ist ória públi ca; são todas idéi as da m en te.1As próprias deidad es estão cala das. J . N . D . A n d e r s o n , fa la n d o s o b r e a s r e l i g i õ e s o r i e n t a i s , e s c r e v e : “P o r é m um Deus que fal a num a var iedade in fi nit a de m odos, m as nu nca decis iva m ente, na reali dade atira os ho m ens d e volt a para si m esm os, pois assi m depende do h om em det er minai com o e onde el e pode alc ançar a ver dade suprema”.2 Contudo, mesmo nessas religiões nas quais as deidades não falam, os gurus tentam falai o indizível e saber o desconhecido. C om o o cr ist ianis m o, o isl am ismo é mo noteísta, m as ensina que D eus f al ou po r prof et as, especi almente p or M aomé, m as não esqu eçam os que
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sua m ensagem é contraditória à de C ri st o. O utra di ferença i m portante é que o cristianismo afirma não apenas que Deus falou por mensageiros, m as que Ele se tornou o mensageiro.A m ensagem e o m ensage i ro eram a m esma pessoa .
DEUS FALOU POR CRISTO Si m, Deus fal ou pelo resplendor d a natureza que m ostr a seu po der e glóri a, m as tal revelação está abe rta a um a am pla di versi dade de int erpretaçõe s. “Os céus m anif estam a glóri a D eus”, m as eles não no s dizem necessari am ente que Ele é amor, nem nos expli cam com o n os reconci li ar com Ele. Par a com un icar i nform ação detalhada e m ini m izar a possi bilidade de mal entendido, Deus escolheu falar por idiomas humanos vigentes. E mais importante que isso, em certo ponto do tempo Ele veio para entr egar a men sagem p essoal m ente! “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nó s falounos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mda undo. sendo o resplend todas oras da ló ripal a, e a expressa sua pessoa0 qual, e, sustentando coisua gsas pela avra do iseu p m agem oder, haven do feit o por si m esm o a purif icaç ão dos no ssos pecado s, assentou s e à destra da Majestade, nas alturas” (Hb 1.1-3). Qu ando C ri st o apareceu, houve u m a explosão da revel ação. El e é a fi nal e mais com pleta m ensagem de D eus para o gêne ro hum ano. Q uando João o descre veu, t om ou em prestado o ter m o grego / ogos (do qual deriva a palavra lógica: ), pa ra com un icar a racionalidade e intel igi bil idade de C rist o. “ N o princípio, era o Verbo [fogos], e o Verbo est ava com D eus, e o Ver bo era D eus” (Jo 1.1). Est a é um a palavr a que pod e ser entendida, um a palavra carregada de clareza e si gnif ic ado. Em certo e studo bíbl ic o, conh eci um a judi a, Adrienne Wass in k, que contou o qu ão desesperadam ente orara todos os dia s para que vie sse a conh ecer a ver dade sobre com o ter um rel aci onam ento pess oal com
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Deus. 0 própri o pensam ento de que Cris to pudes se mesm o ser o Fi lho de Deus, o Messias, a assustava. “O Deus”, orava com freqüência, “por favor, que seja qualquer um, menos Jesus!” Ela dis se que, ao tér m ino de sua p rocura, s eu pior m edo tornouse realidade: Deus mostrou-se serJesus!Exist em al gum as boas razões para crermos que ela tem razão. Considerando que o cristianismo faz a espan tosa reivi nd icação de que “ Deu s es tava em Crist o reconciliando co nsi go o m un do ”, tem os de reser var al guns m om entos para considerar o que Cristo realmente disse. E o que é mais importante, temos de ver o que Ele disse sobre si mesmo.
Cristo Afirmou Ser Deus “Em verdade, em verdade vos di go que, se al guém guardar a minha palavra, nunca verá a morte” (Jo 8.51). Os fariseus que ouviram estas pal avr as não podiam acredit ar em seus ouvidos. Um hom em , que tinha tal vez tri nta anos, est ava prom eten do qu e aqueles que acreditassem nEle teriam a vida eterna. Estas pareciam palavras de um lunático, por isso res pond eram de acordo: ‘Agora, conh ecem os que tens dem ônio. M orr eu Abraão e os prof etas; e tu dizes : Se al guém gu ardar a minh a pala vra, nu nca prov ará a mo rte. És t u m aior do qu e Abraã o, o nosso pai , que m orreu? E t am bém os profetas morreram; quem te fazes tu ser?” (Jo 8.52,53). Cris to s imp les m ente res pon deu que seus crí ti cos r ealm ente não conheciam D eus com o afi rmavam conh ecer, pois se o conh ecessem , s aberiam qu em est ava f alando com eles. E continu ou , dizendo: ‘ Ab raão, vosso pai , exultou p or ver o m eu dia, e ele viu o, e alegrouse” (Jo 8 .56). ‘Ainda não tens cinqü enta anos e vist e Abraão? ”, respon deram com fur ia . Então veio a pr ova conclud ente: “Em verdade, em verdade vos dig o qu e, antes que Ab raão exi sti sse, eu sou ” (Jo 8 .58). Os judeus sabiam que Cristo tinha muitas vezes afirmado ser Deus. Agora at é os incrédulos perceberam que suas pal avr as não p oderiam ser
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int erpretadas de o utra m aneira. El e tinha se i denti fi cado com o “ EU SOU ”, o Jeová que apa receu a M oi sés na s arça ardente (Ex 3.14 ). Agora, se El e não fosse Deus; se fos se apenas um hom em , esta teri a si do a m aior bla sfêmia de todas. Ass im os judeus fizer am o que deveriam ter feito com um blasfemador: pegaram em pedras para lhe atirar. Não adm ir a nenhu m po uco que Crist o tenha causado ta l c onsternação! Algum tem po depois, quan do C ri st o est ava di ant e do sum o sacerdote, este l he pe rgun tou incisi vam ente: “ Es tu o Cristo, Fil ho d o D eus B end it o?” Ao que Jesus respond eu: “Eu o sou, e ver eis o Fil ho do H om em assent ado à dir eit a do To dopo deroso e vindo sobre as nuvens do céu ”. O utra bl asf êmia! A men os, cl aro, que Jesus fos se real m ente Deus (Mc 1 4.61 ,62). E o que faremos de sua declaração: “ E tam bém o Pai a ninguém jul ga, mas deu ao Filho todo o juízo, para que todos homem o Filho, como hon ram o Pa i . Quem não ho nra o Fil ho não h onra o Pai , que o enviou” (Jo 5.2 2,2 3). Dia apó s dia, Crist o falou palavr as qu e só D eus p ode ria f al ai ' e fez obras que só Deus poderia fazer. Um profeta pode fazer alguns milagres, m as só Deus pod e perd oar o pecad o. Só Deus po de ju lg ai ' os seres hum anos dep ois da morte. O bviame nte, Crist o não viu sua audiência com o iguai s em potencial com o os adeptos da N ova Era nos teri am fei to ac redi tar . Um hindu pod e aceit ar a Cri st o com o n ão mais que outra encarnação de qu alquer D eus ou deu ses que há, m as com o diss e Ghand i, Crist o não poderia receber um trono único ou supremo. Mas é precisamente tal preem inência exclusi va que Crist o reivi ndica: se há um só D eus, e Crist o é a segunda pessoa no que cham am os de Tri ndade , não pod e haver outr os trono s qu e Ele tenha de divi di r. A deidade d e C ri st o é a ped ra fundam ental da f é cri st ã. Af ir mea e Cris to perm an ece ún ico sem um só ri val no horizonte; neguea e Cristo é reduzido a um profeta ingênuo que il udiu se com sua pessoa e m iss ão. Se Ele não foi o D eus pessoal m anifest o em carne, então fo i um m ero hom em que fal samente rei vindi cou faze r o que sómais Deusdop queode zer ; umfazer. engan ador que il udi u seus seguidores, prometendo jamaisfa poderia
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A deidade de Crist o abre u m a brech a defi nida e i ntransponível entr e o cristianismo e as outras opções religiosas. E por razões que ficarão cl aras, t am bém si gnif i ca que as outras rel igi ões não po dem logicam ente rei vi ndica r o C ri st o com o um de um a longa séri e de profet as. Por exem plo, o islamismo professa grande respeito por Cristo. Na verdade, muitos m uçulman os afi rmam que C ri st o é um dos grandes profet as que p recederam o m aior profet a, Maom é. Adm ir am C ri st o, mas não o adoram . Os m uçulman os acre dit am que o único pecado im perdoável é associ ar al guém ou q ualquer coi sa com o To dopoderoso. Port anto, a própri a i déia da encarnação é anátem a. Pensam que os cris tãos pegaram um homem e o fizeram Deus. Como diz Anderson: ‘Acham extremamente difícil perceber que o movimento no cristianismo não é para cima mas para bai xo: não exal ta ndo um hom em e comp arando o com Deus, mas adorando um Deus que tor nous e hom em ”. 3 No Parlamento das Rel ig i ões do M undo os delegados receberam cópi a de um com unicado of ic ia l da Sociedade M uçul m ana Am eri cana. Al i dizia que a tribulação de Dajjal é a maior de todas as tribulações: “Da cri ação d e Adão ao Dia da Réssurreiç ão, não h á t ribulaç ão m aior do que a de Dajj al ”. Mas no Alcorão, há um deidade de Cristo. Cito as palavras:
a tri bulação que é m
aio r— tr ata se da
[...] O santo Alcorão fala de outra grande tribulação na forma da doutrina cristã relativa à divindade de Cristo. Nos mais fortes termos, o livro denuncia esta doutrina como a maior de todas as tribulações para a humanidade. [...] Por causa dela os céus podem quase ser rasgados, e a terra fendida, e as montanhas caírem em pedaços, e ainda por cima atribuem um filho para o beneficente! Assim a doutrina da divindade de Je sus, de acordo com o Alcorão, não pode ser designada a Cristo mas ao anticristo.4
Aí está. 0 Alcorão tem
razão ne sta c on sideração : a di vindade de Cristo
separa d doe m. Est aneira nidasor o cri, a bre st ianismo as as outras do m un e ébem o grand defie divi cha intrde tod ansponível, umrelgolfo igiões que
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se estende daqui à eternidade. Se é falso, é merecedor da grande tribula ção e de um a maldição; s e é verdadeir o, é a melh or notícia— ta lv ez a única m elhor no tí cia de verdad e — disponí vel no planeta Ter ra . Evidentem ente esta é a prova ad ic ional de que o Deus d a Bíbl ia e Al á não são as mesm as dei dades só com nom es dif erent es. O i sla m is m o nega a Tri ndade e tem de n egar a deidade de Cris to t am bém . O cris ti anismo ensina que D eus pod eria t ornar se hom em e ainda es ta i' regend o o univer so durante a vi da de Cris to, porq ue ainda que D eus s eja um ser uno, E leé três personalidades. Assi m, a salvação é do S enhor, j á que D eus Filho pagou o resgate a Deus Pa i (com o será expli cado no p róxim o capítulo) . Considerando que Cristo afirmou ser Deus, seguese que Ele reivindicari a excl usivi dade. Ele ensinou q ue só Ele era o caminh o p ara Deus; só Ele est ava qual if ic ado para carregar n osso pe cado. Ele afir m ou q ue o d esti no eterno de hom ens e m ulhere s dependia da relaç ão deles com Ele .
A Reivindicação de Cristo à Exclusividade D epois qu e C ris to dis se aos discípulos que E le est ava indo, Tom fez uma pergunta: “Senhor, nós não sabemos para onde vais e como
é lhe
podem os saber o caminho?” A resposta de Crist o foi diret o ao po nto: “ Eu sou o cam inho, e a verdade, e a vi da. Ninguém v em ao Pai senão p or m im” (Jo 14.5,6). Foram inventadas tentati vas de d ar nova interpre tação a este versículo para ne utralizar seu significado. Tais esforços fracassam, porque as palavras são bem cl ara s, bem consist entes com o restante dos en sinam entos de C ri st o.
O Caminho Se você está vi ajando de um a cidade p ara outra, os si nais de trânsit o são im portantes. Claro qu e você é li vre para ir po r qualqu er est rada qu e deseje. Nenhuma pessoa inteligente é indiferente às direções geográficas; nem deveríam os ser i ndiferentes ao m apa da estrada espir itual que Crist o esboça. C on trári o à m aiori a dos ou tros m estres ot imistas , Ele não ensinou q ue havia muitos caminho s para o di vi no.
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Est ando num a ci dade que não con hecem os, t odos já pass amos p el a experiência de pedir orientações a alguém que também não conhece a ci dade. Ou então encontramos al guém que conh ece m uit o bem o luga r ond e q uerem os i r , mas dá orientações tão comp li cadas a serem seguidas, que acabamos desejando que nosso guia fosse conosco para nos m ostr ar o caminho , passo a pas so. é o caminho?”, aoqu€Qguiarfespendeu: “Eu sou o caminho”. Se é in sensate 2 com eçar uma jor nada pelas m ontanhas do desert o sem um gui a conf iá vel , por que acham os que sozinhos pod em os adm inis tr ar o terr eno espirit ual? Cristo nos é invi sí vel, m as real; é o m ap a e o guia, o am igo e o líder. Qu ando Cris to t ornas e nosso Salva dor , El e nos recebe co m o som os. Ele nos t om a pela m ão desde o nosso prim eir o passo at é o n osso desti no. Não importa qual seja nosso problema, não precisamos descobrir sozi nhos o cam inho d a solução. Cri st o está à nossa porta pron to para nos levar aonde precisamos ir. E para on de E le nos le va ? Som os reconci li ados n esta vi da com nosso Pai , e na vida qu e há de vir som os escoltados d iret am ente p ara a casa do Pai . Fi li pe, que e stava próxim o a C ris to, al m ejava um a teofania que sustentasse sua f é: “ Senh or, m ostranos o Pai , o que n os basta” ( Jo 14 .8). De m aneira inter essant e, Cris to não o rep reend eu po r querer m ai s inf ormação, mas po r não perceb er que toda a inf ormação de q ue preci sava es tava di ante del e: “ Estou há t anto tem po con vosco, e não m e tendes con he cido, Fi li pe? Qu em m e vê a mim vê o Pai; e com o dizes t u: M ostr anos o Pai?” (Jo 14.9). Imagine! Ver Cristo, o homem visível, é ver o Deus invisível, o Pai! Não adm ir a nem um po uco q ue Ele possa nos l evar da cidade da destr uição à cidade celest ial . So m ente E le está quali fi cado para n os levar at é a casa.
O erro realmen te tem esta vantagem sobre a verdade: há m uitos c am inhos err ados, m as só um que está cer to. O erro sem pre é necessari a-
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m ente mais am plo do que a verdade. Qu ando encon tr am os al guém q ue acre dita que todos os cam inhos conduz em a Deus, devem os ter a presença de espírito para perceber que só o erro pode proporcionar tal flexibilidade; o erro pode envolver qualquer espectro que não esteja ocup ado pela ver dade. N oss o m und o está cheio de guia s que rei vi ndicam saber algo que o resto de nó s não sabe. Cen tenas de fal sos mestres têm reu nido segu idores, mas no fi m, fi ca dem onstrado que tai s mestres são tão f al ív ei s quan to aqueles que os segu em . A m orte provo u que são tão vul nerávei s qua nto o resto de nós às l imitações da hum anidade.
A Verdade G ott hold Les si ng, com quem nos encontram os brevem ente no capítulo anteri or, di sse que se Deus co m a m ão d ir eit a l he oferecesse tod aa verdad e, e com a esquerda, a procu ra i nterminável da verdad e, ele f ic aria com a mão esquerda, mesmo que isso significasse que ele sempre estar ia no erro. Sua prem issa era que a jornada p ara encon trar a verdad e é mais i m portant e do q ue o destino! Lessing, com toda a sua inteligência, era tolo. Para começar, se ele não possuísse absolutamente nenhuma Ele verdade, ele nãosaberia poderiasedistinguir nem mesmo graus de veracidade. nem mesmo sua pro cura o estar ia l evando n a direção correta, vi st o que n ão saberia o que est ari a procurando! Segundo, ele não se deu conta de q ue o e rro pode cust ar ca ro. Mesmo um pou co da ver dade é m el hor do que u m a busc a contínua. Saber a verdade sobre o veneno , um pára quedas defeit uoso ou m esmo a direção de uma via expressa é preferível do que uma infindável procu ra da ver dade. Se é m elhor saber a ver dade acerca dos assunt os m und anos d est a vi da, o quan to mais importante é saber a ver dade acerca das gr and es questões d a vida . Crist o ensinou que o d esti no e terno de Lessi ng (e de todas as pessoas) dep end e do fato de el e en con trar a verdad e e a creditar nel a.
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Qu ando afi rmouser a verdade, C ri st o foi além d os profet as qu e apen as disseram qu e estavam fala ndo a verdad e. Co m o as as as de um avi ão, a vida e a boca de Cristo estavam em perfeita harmonia. Ele reivindicou confi abili dade; Ele não no s engan ará. Qu and o abria a boca, suas palavr as eram cuidadosam ente escol hidas e garant idas pelo Deus d o un iver so. Se Ele fosse mentir, o próprio Deus seria implicado de ter participação no mal. ElConsistência e não pod iaédaoutra r sepalavra ao l uxo e estar Cristo. erradoPodemos nem estudar m esm o um a vez . qued descreve matemática ou química com alguém cujo caráter é questionável, mas seria hipocrisia ouvir um ganancioso defender a generosidade ou um imo ral exalt ar as vir tudes d a pu reza. Cris to e nsinou que o p adrão de D eus para nós era a pureza em pen samento, palavras e ação. E ainda que não possamos viver de acordo com esta perfeição, Ele pôde. Ele foi autêntico e acreditável. Ele é a verdad e objeti vam ente; Ele não ap enas tornase a verdade p ara aqueles que nEl e crêe m , mas cont inuar ia s endo a ve rdade mesm o que todo o m undo o rejeitasse. Lembrese: como aprendemos no capítulo 2, a verdade tem universal idade; por iss o, em bo ra temo s o direit o às nossas próprias opiniões, não tem os o d irei to à nossa próp ria verdade!
A Vida O q ue C ris to quis dizer qu and o afir m ou ser “ a vida”? Ele é, obviamen te, o autor da vida fí si ca . Co m o a lua dep end e do sol , as si m o un ive rs o d epen de do Filho para sua exi st ência e m anutenção. Ele é o criador e mantenedor, momento após momento, “sustentando todas as c oisas pela palavr a do seu p od er”. Ele também é o autor da vida espiritual, a qualidade de existência que Ele tem dentro de s i . Não confun dam os est a vi da eter na com a exis tência eterna. Todos os indiví duos têm existênci a eterna (i nfeli zm ente, alemguns exist têmirãoa separados eus no“vida in eterna”. ferno), mas só aqueles que crêem Cristo qualidade dede Dvida chamada De fato,
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Ele tem a vida et erna d entro d e si e a dá àqueles que nE que, com o o Pa i t em a v i da em si m esm o, ass im deu tam a vida em si mesmo” (Jo 5.26). Em outro lugar, Ele reivindica ter as palavr as da vida eterna (Jo 6 .68). Q uando Cris t o acrescentou: “Ninguém vem ao Pa El e estr eit ou a porta, construi u um a cerca em cada l
le crêem . “Por bém ao Fil ho ter
i senão p or m im”, ado d o cam inho
e indi r cou p ara da onde porta, ele dá.al Não os d inho ir eite oescolher algum dum e tentardesti der- no ruba os umbrais argar temo cam de acordo com nossa preferência. Todos os outros caminhos conduzem para ou tro l ugar; l evam para l onge do Pai , não em direção a Ele . Próximo do início do seu ministério, Ele declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar po r mim , sal var se á, e entrará, e sai rá, e achará pastage ns. O ladrão não vem senão a roubar , a m atar e a dest ruir ; eu vi m p ara que tenham vi da e a t enham com abundânci a” (Jo 10.9,10). C om cert eza El e não ensi nou que não faz diferença o caminho que você escolha, ou o mestre que você si ga. Considerando q ue a verdad e exist a, tamb ém exis te o eixo. Cris to ensi nou que h á doi s caminhos: um cam inho espaçoso e a tr aente que leva à perdição e o cam inho ap ertado e dif íc il , que freqüe ntem ente é n egligenci ado. “Entrai pela po rta estr eit a, porq ue larga é a porta, e esp açoso o cam inho que conduz à perdiçã o; e m ui tos são os que entr am por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos h á que a encontrem ” ( Mt 7.13,14). O cam i nho lar go é enganoso, porque muitos líderes religiosos, supostamente iluminados, rotularamno de cam inho da vi da. Cri st o nos con frontou com doi s caminhos, duas portas distintas e dois destinos separados. Se essas declaracõeísãe-iterdadeiras. suas implicações estraçalham a estrutura de nosso atual ambiente reliçlõso.
AS IMPLICAÇÕES Se considerarm os as pal avras de Cri st o em seu val or nom inal, aon de iremos parar? Somos forçados a chegar a estas conclusões.
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1. Cristo é af in al e m ais completa reve lação de De us Talvez você tenha desejado saber se Cristo poderia ser combinado com al gum a outra r el ig iã o, com o a f é mu çulmana que ensina que Cri st o e M aom é são profetas de Deus. Ou qu e tal a crença de B aha ’ i , que ensina que Cri st o era o p rofet a certo para a sua época, mas com o prog resso dos séculos precisam os d e novas revelações através de Ba há’u’l lá h? Um a razão para que Cris to t enha d e perm anecer único e ser aceit o ou rejeitado segundo seus próprios méritos, é que estes mais recentes supo stos profet as ensinam d outri nas que en tram em confli to dir eto com os ensinamentos de Cristo. Usemos Bahá’u’lláh (nascido na Pérsia em 1817 e fundador da fé Baha’i) como exemplo de quão incompatíveis as outras religiões são com Cris to. Ba há’u’l lá h declarou que sua vi são da natureza hum ana e da sociedade suplantava os ensinamentos de Cristo. O argumento prossegue dizendo que as crianças precisam de informação que lhes sejam adequada; o m esm o o corre com os adolescent es e os adultos . Ele r eiv indicou ser o m ensageir o de D eus para est a era da maturi dade hu m ana, srci nand o um sis tema reli gioso unifi cado. Ele ti nha (segund o ele m esmumo)aumextendiálsãoogointei com ra de o Espír Santo ações sobre assun it o tos rel deigiD osos.eus, dando revel Bahá’u’lláh acreditava que os anteriores mensageiros de Deus eram agentes de um processo ininterrupto, o despertar do gênero humano pa ra as suas poten cialidades espirit uais e mo rais. Seus escritos destaca m os tema s da j usti ça, unidade e am or. Será que ele recebe u um a revelação m ai s recente de D eus? Ele t inha con tato mais di reto com o To dopodero so do que C ri st o? Está claro que Cristo e Bahá’u’lláh não poderiam estar falando em nome do mesmo Deus invariável. Apresentamos adiante alguns dos ensinam entos de Ba há’u’l láh. 5 Prest e aten ção ao con trast e. a. Foi da vontade de Deus efet uar um a m udan ça no caráter da hum anidade, desen volvend o as qualidades mo rais e espi ri tuai s que já estão lat entes na alma hu m ana.
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Compare as palavras de Cristo: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes m al es procedem de dentr o e conta m inam o h om em ” ( Mc 7.2123). Estes s ão d ois ensi nam entos incom patívei s do q ue achase “l atente na al ma h um ana”. b. Aqu el es que acredi tam na unidad e de Deus não devem s ervir s e das con vicções d outrinárias para discrim inar aqueles a quem Deus usou co m o canais de l uz. Ouça as palavras de Cristo: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouvir am ” (Jo 10 .1, 8). C apít ulos i nteir os no N ovo Test am ento são dedicado s a dar instruçõe s sobre com o iden ti fi car e li dar com fal sos m estr es. jJ a reali dad e, a discr im inação d outri nária é m arca da m aturidade
espiri tual.
^ A rel igi ão e st ava em estado de evolução, e agor a c hegou o te m po em que o hom em pode ver t odo o p anorama do desenvol vi m ent o espiritual da terra. Novas revelações sobre a unificação espiritual global da humanidade são uma possibilidade imediata. Gaste alguns m inutos p ara reler M ateus' ^4 e ver a visão de C ri sto sobre o futuro. No fim dos tempos haverá guerras, escassez, terrem otos, fal ta de leal dade e a perseguição ao p ovo de D eus. De m aneira interessante, Ele acrescenta: “E surgirão muitos falsos profetas e engan arão a m uitos” (Mt 24.1 1). E o utra vez: “ Porque su rgir ão fal sos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). Bahá’u’lláh e Cristo viram o futuro de modo muito diferente.
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d. 0 prop ósito de todas as revelações anteriores é prep arar a espécie hu m ana com o organism o si ngular capaz de ass um ir a r esponsabil idade do seu futuro coletivo. Com pare as pal avr as de Cris to: “ E, quan do o Fil ho do H om em vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glóri a; e todas as nações serão reun idas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovel has à sua dir eit a, mas os bo des à esqu erda” (Mt 25.31 33 ). De acordo com Cris to, as revelaç ões de D eus têm o p ropósito de nos prep arar para a eternid ade e nos ajudar a evitar a fal áci a rel igios a que tom ará conta da ter ra. Não assum ir em os responsabi li dade p elo nosso futuro coletivo, mas antes o mundo inteiro será julgado por Deus. Praticamente todos os falsos mestres concordam com as doutrinas do anticr ist o, ou sej a, a perfec ti bili dade da n atureza hu m ana, a vi são de um a utopia result ante de n ossos próp rios esf orços colet ivos. Vam os apenas nos reunir, minimizando nossas diferenças e acentuando nossas sem elhanças , e um futuro de paz e prosperi dade nos espera. O N ovo Tes ta mento nos ensi na que p or pouco temp o os hom ens ter ão sucesso na construção de uma religião mundial e unificada. O anticristo será adorado por trazer estabilidade econômica e paz na terra. Haverá si nais e m aravi lhas e um vertigi noso otim ismo em relação à transform ação da hum anidade em um a nova er a. Mas Cri st o vol tar á com o J uiz de todos os homens, e aqueles que o rejeitaram, com justiça, sofrerão. Diga o qu e quiser s obre Bah á’ u ’ll áh, mas ele não está em a cord o co m Cri st o. Logicamen te Bah á’ u ’ll áh e C ri st o p ode m estar errados, mas am bos não podem estai certos. Essas supostas revelações mais recentes não podem ser outro estági o na revelação progres siva de Deus, mas d evem ter sua srcem em fonte com pletam ente d if erent e. A es colha está entr e Crist o e um profeta que está indo por cam inho d if erent e. Há u m a segun da razão p ela qual a visão evol uti va da reli gião desap arece sob escrutínio. Ningu ém no u niverso pod e afir m ar qu e está qua li fi cado p ara dar um a revel ação m ai s com pleta do q ue C ri st o. Exis te outro
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profeta que e stej a mais perto d e D eus do que C ri st o? Há a mais remota possibilidade de que tenha surgido umprofeta que seja melhor em re velar Deus do que o próprio Deus? Para citar Stephen Neill: [A fé cristã] sustenta que, em Jesus, a única coisa que preci sou acontecer aconteceu de tal modo que nun ca mais prec isa rá s er repetida da mesma m aneira. [...] A ponte foi construída. Há lugar nela para todo o tráfego necessário em ambas as direções, de Deus para o homem e do homem para Deus. Por que procurar outra?6
Era debate com um m em bro da fé Baha’i , dest aquei que B ahá’u’ l l áh não estava qualificado, porque seus ensinamentos contradiziam os de Crist o. “ Você está dizendo que D eus não po de fal ar hoje?”, pergu ntou ele, pensando que minhas convicções punham limites arbitrários em Deu s. “ Claro que D eus pod e fal ar sem pre qu e desejar”, respon di, “ m as. quan do r ^so l s e l evanta não h á mais necessidade de estrel as”. Ho je as pessoas fal am so bre p assar do crist iani sm o p ara algo m elhor. Os adeptos da Nova Era dizem que o cristianismo é como um barco necessário para atravessar o rio, mas assim que você desembarca, está livre para transcendêlo e entrar em uma existência inteiramente nova. O cristianismo são os passos do bebê, mas então temos de passar para algo mais m íst ico, sati sfat óri o ou co m pleto. Con tudo, com o alguém disse, ‘ ir além do am or, é cobiçar; ir além da raciona li dad e, é fi car l ou co; e ir além d o rem édio, é ven en o”. E ir- além d o cris ti anismo é cair em erro éSjí ---e fl agrante desil usão. Crist o e o ún ico a quem você não p od e ultr apassar sem cai r em cova prof unda. Estri tam ente falando, nã o é possível ir al ém do cristi anismo; você tem de abandonar o cristianismo para ir além dele!Sem pre que você tenta acrescentar al go a o cri sti anis m o, você o subt rai . Da m esm a m aneira que o vinho é di luí do com cada gota de água, assi m o p ode r do Evangelho tem de p erm anece r di st int o ou é reduzido a al go que nun ca fo i pret endido se r. Aqueles que se rende m à si ngular idade de Crist o não se rend em apenas a
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um a parte da m ensagem cri st ã, mas rendem se à sua tot ali dade. Não p od em os tirar a fund ação e professar qu e o edif íci o ainda está intact o. “Eu sou o Al fa e o Ô m ega”, diz o Se nh or Deus, “ que é, e qu e era, e que há de vi r, o Tod opod eroso” (Ap 1 .8). Al fa é a primeira letra do alf abeto grego, ômega, a última. Todas as informações da Enciclopédia Britânica foram escri tas com som ente vinte e sei s let ras do alf abeto. Assi m C rist o é o A a Z, e El e contém em si tudo o que precisamos saber sobre Deus e seu rel aci onam ento com o m undo. No m om ento em que acei lação mais recente, afastamonos dEle para seguir outro caminho.
ta m os uma reve-
2. Cristo nos dá o critério pelo qual todas as outras cosmovisões podem ser julgadas Podemos ser formigas sobre uma pintura de Rejnhraodt, mas se est am os em com unicação com o art is ta , El e pode nos dizer o que a pi ntura representa. E ai nda que estej am os vendo por um vidr o em baçado, vemos. Sabemos de onde viemos, para onde vamos e temos algu m a com preensão do propó sit o de tudo. Nossa tarefa não é tentar fazer com que Cristo se harmonize com nossas opiniões; não temos direito algum de corrigir seu ensino. Não devem os ser mais tol erantes do que El e. Em um a vi agem de avião , conheci um senho r com quem t i ve i ntensa controvérsia. Foi algo assim: “ No que m e di z respei to, contanto que sej amos sinceros no que cre m os, Deus não se im porta com qual rel igi ão pertençam os”. “ É m esm o?”, respond i. “ Se o que você d i z é verdade, devíamo s f azer todo o possíve l para que esta m ensagem saí sse dos Estados Unidos. Ta lvez eu escrevesse um li vro ou fi zess e um a séri e de m ensag ens exp li cando este ensino às pessoas”. Ele parecia genuinamente interessado. “ Mas pri m eir o tenho u m a pergun ta que deve ser res pon dida”, conti nuei . “Com o você sabe que n que seja sincera?”
ão im porta em q ue a pessoa crei
a, contanto
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“Ora, está é a minha opinião”, respondeu cora confiança. “Sua opin ião!”, diss e, deixan do que u m sorri so ali vias se a força do co m en tári o qu e vi ri a. “ O piniões são dit as a dar com o pé .. . Pensei que você fosse m e dizer que t eve um a revelaç ão de D eus, porque só Ele pode saber o que temos de fazer para ir para o céu! Acho que você não percebeu que afirmou que estava falando em nome dEle!” “Então com o você po de ter cer teza de que sua opinião é a correta?”, perguntou me c om um ti po de fina li dade. “Vocêrecebeu um a revel ação de Deus?” “Nem a minha opinião nem a sua importa”, disselhe. “Não temos informações o bastante para saber a resposta de questões decisivas. É por is so que tem os de olhai para Cristo que era Deu s e, portanto, em po sse de todo conhecimento necessário sobre Deus... Ele tinha as credenciais que com provavam as afi rmações que fez. Não temo s o direi to de tornar m ai s espaçoso o cam inho para o céu do que Ele o fez . E El e dis se que aqueles que crêem nEle t êm a vi da eterna e aquele s que o rejei tam serão con den ados”. Penso que enqu anto conversávamos, aj udei o hom em a ver a necessidade de procurar Cristo para obter as respostas. Pense na arrogân cia daqueles que imaginam saber mais que C ri st o a respeito de como Deus é! Sim, opiniões são ditas a dar com o pé. O piniões po dem ser i m portantes na polít ica, mas na rel igi ão precisamos de alguém que tenha autoridade divina. Não podemos simplesm ente depe nder de nossos própri os palpi te s; muito m enos deverí am os fabr ic ar i déi as sobre Deus que estej am de acord o com nossas preferências. Ele não pede nosso parecer sobre como administrar o seu universo. N ossa respo nsab il idade é d esco brir s e Ele fal ou e, neste caso, ouvir essa voz. D urant e a Revolução Russ a de 1 91$ , Leni n assever ou q ue se o com u i nismo fosse implementado, haveria pão em toda casa, contudo nunca teve a corag em de dizer: “ Eu sou o pão d a vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em m im nun ca t erá sede” ( Jo 6 .35). Hitler fez declarações impressionantes acerca do papel da Alema-
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nha n este planet a, acreditando que ele estava dano iníc io a um Reic h (império) de mil anos. Apesar destas espantosas afirmações, nunca diss e: ‘ Aq uele que crê n o Filho tem a vi da eterna, mas aq uele qu e não crê no Filho não verá a vida , mas a i ra de D eus sobre ele perm an ece” (Jo 3 . 36). y Bu da ensinou a il um inaç ão inter ior; não ob st ante, morreu buscando mais l uz. Nu nca af ir m ou: “ Eu sou a l uz do m und o; quem m e segue não and ará em tr evas, mas terá a l uz da vida” ( Jo 8.12 ). M aom é fal ou que ele e suas tri bos eram ' ' tes de Abraão atr avÉSde Ismael, ou tro do s fi lhos de Abraãí d aro u : ‘An tes que Abraão exis ti sse, eu so u” (João 8.58 ). * Freud acredit ava qu e a p sicoter apia curaria as fer idas em ocionais e espirit uais das pesso as. Mas não pô de afirm ar: “ D eixovos a paz , a m inha paz v os dou; não vol a dou com o o m und o a dá. Não se t urbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 1 4.27). ^Os gurus da Nova Era anunciam que todos seremos reencarnados, contud o n enhu m deles pod e exclamar: “Eu sou a r essurr eição e a vi da; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vi ve e cr ê em m im nun ca m orrerá” (Jo 1 1.25,26). Eu insisto que você encare a pergunta: então, quem é Cristo? Um m enti ros o? Um lunát ic o? Um a l enda? Ou o Senhor? Ele não nos con cede o luxo da neutralidade. Pobre Ingm ar Bergm an! Ele queria ouvir D eus f al ar , m as procu rou a resposta no lugar err ado. Em vez de ouvir s eu sussurro num a catedral vazi a, el e deveria ter ouvido seu m egafone nas páginas do N ovo Test amento. E, o quanto Cristo gostaria de dizer: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, Qu e Jesus afir m ou ser D eus está cl aro; o que e stá i gualm ente claro é que Ele é o Deus que afir m ou ser. No fi m, com o d escobriu A dri enne W as si nk, Deus m ostrouse ser Jesus. E com o fica rá cl aro no p róxim o cap ít ulo, há ainda Tnitr ãnrãzao para ouvirm os com cuidado.
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NOTAS 1. Lessl ie Newb igi n, “Reli gious Pluralis m an d the U niq uen ess of Jesu s Christ”, InternationalBulletin ofMissionary Research,Abri l de 198 9, p. 52. 2. J. N. D. A nd erson, Christianity and ComparativeReligion( Dow ners Grove: InterVarsity, 1970), p. 16. 3. Ibid., p. 49. 4 . MoslemSocietyofU.SA. (Chicago: He aven O nE arth Publicat ions, s. d.). 5 . Bahaullah (Austrália: Baha’i Publications, 1991). 6. Step hen Neill , Crisis ofBelief (Londres: H odder & Stoughton, 1 984 ), p. 31.
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UM A MORTE EXTRAORDINÁRIA 0 que aconteceu naquela cruz do meio? j á al guns anos, encont rei me sent ando ao l ado de um a c onhe cida pastora em certo b anqu ete. Perguntei l he: “ Você crê qu e J ■ Cris t o é o único cam inho que nos le va a Deus? ” Ela respondeu: “Claro que si m! Po r que p ergun ta?” Sabendo que ela estava profündamente envolvida no movimento da Nova Era, persisti: “Você crê que todas as religiões do mundo são igualm ente vál ida s?” N ovam ente a r espo sta: “ Claro que sim !” Q uan do lhe perguntei com o esta af ir m ação pode ri a ser conci li ada com a perspect iva de que Cristo é o único caminho para Deus, ela recusou responder. Com ousadia, i nsi st i at é que ela se incl inou pa ra m im e su ssurrou em m eu ouvido: “Q uan do fal o sobre Crist o, não estou falando sobre lesus de N azaré!” El a cr ia no C ri st o cósm ic o que habi ta em todo o m undo , um Cri st o universal que unifica as várias tradições religiosas. Ele não é Salvador, mas som ente m ostr a o cam inho; El e nos indi ca par a ond e devem os i r , m as não afi rma qu e no s l eva para l á. M il hares de pessoas qu e acredit am em Crist o serão separadas eternam ente de D eus, porque acredi tar am no C ri st o errado. O C ri st o do Novo Testamen to, Jesu s de N azaré, advert iu que iri a chegar o d ia em que apa
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receriam muitos cristos. “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enga nariam até os escolhi dos. Eis que eu vol o tenh o p redito" (Mt 24 .232 5). O dia dos f als os cri stos chegou. O movimento da Nova Era tirou o Cristo do Novo Testamento e o esc ulpi u (com m art elo e cinz el verba is ) num a imagem com plet am ente nova, bem à preferência de seus adeptos. Esta nova escultura pode ser colocada n a m esm a pratel eir a em que estão as escult uras de B uda, Kris hna e outros hom ens “sant os”. As ferramen tas us adas para refazer Cris to nessa i m agem são (1) descobrir “escritos ocultos” que simulem conter verdades há muito perdidas do Crist o có sm ico; (2) tr ansferi r a l ealdade prim ári a das revelações bíblicas para as novas revelações recebidas por sensitivos e médiuns; e (3) desenv olver um si stema esotérico de interpretação da Bíbl ia que p erm it a ao lei tor pro cura r si gnif ic ados ocult os, de m odo que d ê a enten der que J esus ap areça com o u m evangel is ta da Nova Era. 1 A meta, obvi am ente, é separar Jesus (um m ero vas o hum ano) d o Cristo (normalmente divino, mas cósmico e impessoal). Alguns dizem que J esus torno use Crist o na reen carna ção; ou tros afi rmam que Ele f oi iniciado no Egito ou na índia.jTÕ ponto importante é que Cristo não entrou no m und o p ara sofr er e m orrer, m as para l ibert ar a c entelha di vi na da l uz presa dentr o de cada um de nós Jk medi da que procuramos a il um inaç ão, podem os escapar do corp o ha m ort e e ser unido ao di vi no. O que fazem os com estas novas i nterpretações? Ron Rho des, em seu excelente livro The CounterfeitChrist of the New Age Movement(O Fal so Cristo do Movimento da Nova Era), mostrou de maneira conclusiva que n ão há evidência verossí m il de que Jesus tenha d escido ao E git o ou ao Tibete para aprender a antiga sabedoria dos orientais.2 Interpretações do Novoà imagem Testamento tiramEraosdotextos e os torcemesotéricas para se ajustar da Nova Cristo.do Ascontexto interpretações são tão subj et ivas que a B íbl ia po de ser torci da p ara dizer qualquer
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coisa que esses devotos desejarem. Eles servemse de um velho truque: evitar o en sino claro e li teral da Bíbli a, enc on trand o signific ados o cultos que apóiem a cos m ovisão da Nova E ra. Por que os adep tos da Nova Era despenderiam tanta especulação para tentar t ransform ar Jesus nu m Crist o cósm ico? Um Crist o cósm ico e esotérico não tem de morrer uma morte vergonhosa na cruz; ele não derrama sangue, pois não há mãos e pés que possam ser perfurados com pregos. Este Cristo tem uma perspectiva abrangente e abraça as reli giões do m und o. Para ci tar Rudolf St einer , ele “pertence à terra intei ra e pod e entrar em todas a s al m as hum anas, i ndep enden te de nação ou religi ão [. .. ] e sta é a verdad eira ‘Segu nd a Vida’” ^ N o m ovim ento da Nova Era, com o na lit eratura gnó sti ca, Eva e a ser pente são os redentores do gê nero hu m ano. Eva de ve ser el ogiada por escolh er o cam inho d a il um inação, e Sat anás deve ser l ouv ado p or tê lo oferecido a el a. Deu s é o tir ano que foi l egiti m am ente rejeit ado p or suas cri aturas. I st o exp li ca a ênfa se que se dá à deu sa no m ovim ento da N ova Era: Ev a é a deusa que nos m ostr a o cam inho cert o. David Spangler, do movimento da Nova Era, declara que “qualquer antigo Cristo não será suficiente, não se precisamos mostrar que temos algo m elhor do q ue as pop ulares tradições cr ist ãs. Te m de ser um Cris to cósm ico, um Crist o universal , um Crist o da N ova Era”. 4 As linhas da batalha estão definidas. O verdadeiro Salvador, quer, por favor, se levantar? O Novo Testamento ensina que Cristo e Jesus são a mesma pessoa. No nascimento de Cristo, os anjos disseram: “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu h oje o Salv ador , que é C ri st o, o S enh or” (L c 2.11). Sim eão, que segu rou o b ebê Jesus nos b raços, v iu “ o C ri st o do Sen hor” (Lc 2.26). Ainda no prim eiro século, Joã o fala diret am ente àqueles que separariam o Crist o cósm ico do J e s u s h o m e m . “Q u e m é o m e n t i r o s o , s e n ã o a q u e le q u e n e g a q u e J e s u s é o Cri stAoo?contrário E o antidoscriadep sto ess e mtosesmda Nova o q ueEra,n ega oJesus Paiafie o Filho” ). rmou q( 1ueJoseu2.22 p ropósito era entrar no m und o e m orrer . El e percebeu que sua m orte era o sacr i-
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fí ci o pelos pecado s (Mt 26.262 8). Ele di sse cl aram ente: “ 0 Fil ho do H om em não veio para ser servi do, m as para servi r e dar a sua vi da em resgat e de m uit os” ( M t 20.28 ). Ele deu a vida pe las ovel has (Jo 10 .11). Joã o B ati sta resumiu a missão de C ri st o em um a única fr ase: “ Ei s o C ordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Cristo sabia que sem Ele todos nós p erecerí am os, não po r fa lt a de iluminação, mas po r f al ta de perdão. Vam os tr atar agora de ou tro fosso que divide o cr ist ianis m o de o utras op ções. Todas as outras r eli giões acredit am que algum a forma de esforço hu m ano está envol vi do n o processo de salva ção (porém , est a pal avra salvação tem defi niç ão). I ndep enden te do qu e crei am sobre o S er S uprem o ou o que e ntendam po r sa lv ação, a s outra s rel igi ões ensi nam que temos de nos salvar ou, no mínimo, ajudar Deus (ou deuses) a fazêlo.
O GOLFO DO CRISTIANISMO Hoje a brecha entre o cristianismo e as outras religiões ampliase num golf o que é tão l argo quanto a et ernidade. Mesm o o pensam ento de acha r al gum a área de con cordân cia t em de acabar . A ruptura é tã o com pleta quan to ja m ai s pod eria se r. O cri sti anismo está em inf lexí vel op osição a qualqu er forma d a idéi a de que a sal vação incl ui nossos esforços. Cristo apresen tou um a vi são radic al do p ecad o e um a vis ão igual m ente r adical de Deus. Espero q ue, quando chegarm os ao fi nal deste capít ulo, você con corde que o fei to dEle por nó s não tem nada em com um com outr as te ori as de sal vaç ão. Cristo foi crucificado entre dois ladrões. Se você tivesse filmado a cena com um a câmera, ve ri a que El e ti nha a apar ênci a de hom em com um , morrendo um a m ort e com um , não obst ant e, dol oros a. Contudo o N ovo Testam ento ensina qu e, i nvi sí vel aos olhos h um ano s, um sac ri fí ci o est ava sendo fei to pel os pecado res. Est a m orte não era com o as ou tras. A salvação, a qual o cristianismo define como reconciliação com D eus, f oi r eali zada para aq ueles que crêem . Leia estas sete afirmações e pergunte: que outra religião acredita nisso?
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Só Deus Planejou a Salvação Q uando o p ecado e ntrou no un ive rso po r Lúc if er e depois c hego u à família humana através de Adão e Eva, Deus não foi pego de surpresa. Nem teve de se aj ust ar ao m al e f azer o m elhor que podia com sua cr iação contaminada. Antes m esm o d a Criaç ão, o plano de Deus de sal var o hom em caí do já es ta va em seu l ugar . Paul o escreveu: “Em e sperança da vida eterna, a qual Deu s, que nã o po de m enti r, prom eteu antes dos tem pos do s séculos” (Tt 1.2). Em ou tr o lugar l em os que antes da fundação do mundo Ele escolheu aqueles que seriam dEle (Ef 1.4). Esta é outra prova, se é que se precisa de provas, de que a salvação era o plano de Deus desde a eternidade passada. J á n o É d e n , o S e n h o r d i s s e à s e r p e n t e : “E p o r e i i n i m i z a d e e n t r e ti e a m ulher e entre a tua sem ente e a sua sem ente; esta t e feri rá a cabe ça, e tu lhe f eri rás o calcanh ar” ( G n 3.1 5). P or meio de Crist o, Deus realizou no temp o certo o q ue tinha pl anejado na eterni dade. O q ue is to nos di z sobre Deus? Q ue Ele é pessoal , que é um ser que pod e pensai; pl anej ar, escol her e agi r. Ele exis te i ndep enden te do m und o co m o o único D eus in fi ni to . E, reconh ecidam ente, Ele t am bém é o D eus que bu sca . Searel ig iã opod e serdef i nid acom o atent at iv ado hom em encon trarDeus, o crist iani smo não é reli giã o nes te senti do: crist iani smo é Deu s vindo p rocurar oh om em .Figuradamentefal ando,Deusdáos pri meirospass osem nossadir eção, depois nos estende a m ão p ara nos capaci tar a dar o pri m eir o passo em direção a El e. Se verdadeiram ente o buscam os, é porqu e Ele nos busca.
Só Deus Dá Início à Salvação O plano d a et ernidade passada é depoi s executado à man eir a de D eus e de acordo com o seu tempo. Cristo vem e tornase sacrifício para os pecadores. O m éri to hum ano, todas aquela s ações que n os fa zem sentir bem conoscom esmos,t evedepermanentementeserpost odeladocomo base de reconcili ação com D eus. Do pon to de v is ta de D eus, não est am os cheios do bem lat ente, mas do m al latente. Cri st o ensinou q ue o n osso
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coração é en ganoso, e nossas i m perfei ções morais não p odem ser c oberta s ou m udad as po r nós ou po r r it uais r eli giosos. Não p retendo impli car que sem pre fazemos coi sas r uins , nem som os inteiramente maus. Durante uma nevasca particularmente severa aqui em Chicago, a mídi a esmerouse em m ostr ar que os vi zi nhos aj udam uns aos outros e, às vezes, pessoas ajudam estranhos a sobreviver. Alguns indivíduos são melhores ou piores que outros, mas atos de generosidade e com paixão são e ncon trados em diferent es gr aus entre todas as rel igiõe s do m undo . 0 que o cri st ia nis m o afi rma é que nenh um a dest as obras é c apaz de m udar a men te de Deus acerca de nós e nosso pecado . M esmo nossas boas ações est ão contaminadas; nossos motivos nun ca são puros. Não há nada qu e possam os fazer que D eus aceit e. Da m esm a man eir a que se pode juntar um milhã o de bananas e com is so nunca conseguir uma laranja, assim toda a bondade humana somada nunca m udará a men te de Deus no q ue respei ta a, sequer , um ú nico pecado. Ele não aceita a justiça humana; só aceita a sua própria justiça. A torre da Sear’s é o arranhacéu mais alto de Chicago. Os moradores po dem ter f aci l ida de em fal ar com orgulho sob re a altur a do edi fí ci o em relação aos ou tros. Mas se a con versa se voltasse para qual dos edifí ci os está mais pe rto d a estrela mais dist ante, a torre da S ear’s ainda seria a primeira, em bora a diferença em termos de sua proxim idade seri a despr ezí vel. Nós, com o edif íc io s, som os tão alt os quanto n osso padrão d e m edida. Gostamos de pensar que somo s melhores do que os outr os, mas quando nos com param os com Deus, há pequen a dif erenç a entr e nós. Podem os sol ta r um suspiro de alívio quando percebemos que muitas pessoas são piores do que nós; mas tais julgamentos são enganosos. Somos como o menino que dis se que tinha um m etro e o it enta e dois de alt ura, e tinha m esm o, de a cordo com om et roque elehavi a fei to ! Esquece m onos de que a santidade de D eus é tão radi cal mente dife rent e que n enhum a bondade hum ana pod e se aproxim ar del a. “Porque não há diferenç a. Porque tod os peca ram e destit uídos estão da glór ia de D eus” (Rm 3.22 b,23 ). O pad rão de D eus é a sua gl óri a.
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Não temos nada em comum com a santidade de Deus. Agostinho disse: ‘Aquele que entende a santidade de Deus desesperase ao tentar sati sf azêl o”. O esp aço m oral entre n ós e D eus é infi nit o. Co m o afir m a Dou gl as Groot huis;fÕ am or de J esus não pod e ser r eduzido ao dese jo de ver deidades ignoran tes descobrind o a identidade delas e, assi m , tom arem p art e em sua c ri st andade. [. . .] On de a Nova Era vê um deus do rm ent e, Jes us encontr a um a tempest ade de tra n sgre ssõ es^ Em capítulo ante rior , mo strei qu e se alguém está se afogando, precisa de um sal vav idas qualific ado par a o ajudar. De fato, i sto amen iza o prob lem a. Nã o estamos apenas nos afogando; estamos (falando espiritualmente) já mortos em deli tos e pecados. Não preci samos som ente de u m a cor da, preci samos de alguém que nos tire da água e no s dê vida . As outras rel igiõ es pega m p essoas boas e ten tam m elhor ála s, mas só Crist o peg a pessoas m ortas e as res susci ta. Não estou dizendo que podemos contribuir com um pouco para a nossa s alva ção; não p od em os contri buir com nada. Se D eus nã o salv asse , nunca nos salvaríamos; se Ele não nos reconciliasse com Ele, nunca seriam os reconcili ados.
Só Deus Completa a Salvação Como Deus pode associarse com pecadores e ainda assim manter sua honra ? Há alg uns anos, um grupo de ateus public ou u m panflet o no qual pretendiam escarnecer de D eus. A i ntenção era dem on str ar que se som os conhecidos po r nossos am igos , a reputação de D eus es tá em dú vida. Eles destacaram que Abraão mentiu acerca de sua esposa para salvar a própria pele e, não o bstante , f oi c ham ado d e “amigo de D eus”. J a c ó e r a m e n t i r o s o e e n g a n a d o r , c o n t u d o f o i c h a m a d o d e “p r í n c i p e c o m Deus”. Davi era adúltero e assassino, mas foi chamado de: “Homem segund o o coração de D eus”. Os ateus perguntaram : Que tipo de Deus se associaria com estes homens e os chamaria de seus amisos? Em sua maneira desarrazoada, estes incrédulos tiveram um ponto váli do. Se t ivéssemos de julgar al guém po r seus amigos, a rep utação de
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Deu s estari a m anchad a. Ass im, qualque r coisa que D eus ti vesse fei to para reconciliar os pecad ores teria de vindic ar sua honra. Sua repu tação teria de ser preser vada e o escândalo r eti rado do seu nom e. Paulo escreveu que Deus revelou Cristo publicamente “para prop ici ação p ela fé no seu sangue, [. .. ] p ara dem on stração da sua j usti ça neste tem po presen te, para que ele sej a j usto e just if ic ador daq uele que tem fé em Jesus” ( Rm 3 .25,26 ). Deus perma neceu just o e, ao m esm o tempo, tornouse justificador daqueles que crêem. A sant idade de Deus não podia ser m anchada ou com prom eti da para alcançar o resultado desejado por Ele. Deus não podia abaixar seus padrões po r causa do am or; El e não podia escolher ser reconci li ado com aqueles que ai nda eram consider ados p ecadores. Nem podia fi ngi r que o pecado não existe. Quem satisfaria suas exigências? Quem satisfaria sua jus ti ça? Q uem sat is far ia sua afronta con tra o p ecado? Só D eus p ode ria sat is fazer s uas p róprias exigências. D eus Pa i exige a perfei ção que n ão tem os, mas D eus Fil ho veio m orrer na cruz para prover essa justiça. Ele viveu uma vida de obediência perfeita e fez um sacrifício perfeito, que o Pai aceitou em nosso favor. Nenhum o hum ano está de envol acrescentado atà perfeição da obra Cristo. vi do; nenhum m éri to hum ano po de ser Algu ém pod e m orrer por outra pessoa no camp o de bat al ha. Uma pessoa pod e m orrer até po r mu it os, na hipótese de um pris ionei ro polí ti co que é ex ecutado com o resgate por seus compatriot as, mas é inconc ebível que alguém morra por gerações que não nasceram. Quando a Bíblia diz que Cristo é a “propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas també m p elos de todo o m und o” (1 Jo 2.2), refer es e ao sacri fí ci o fe it o que nos reconcili a com Deus. Ele m orreu d e m aneira que não precis am os sofrer o dest ino fi nal que n ossos pecado s m erecem . Aind a que Cris to não ti ves se com eti do u m único pecado , num a cruz fora de Jerusalém Ele tornouse culpado de toda a perversidade que vem os em nosso planet a. Tornou se l egalmente culpado de estupro, abuso de crianças e mentira — culpado de todos os pecados Ele diante de
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Deu s. Não ad m ir a que a luz do sol escurecesse e as tr evas caíss em sobre toda a ter ra! 0 cri m inoso mais t err ível est ava m orrendo na cruz. O co m positor da c anção nos lembra: O sol em tr evas s e escond eu E em si gua rdou sua glór ia Q uando C ri st o, o Cri ador poderoso , mo rreu Pel os pecados d a cri atura homem . Fora do al cance da observação hum ana, Deus esta va no centro do palc o. Co m o um pri sma, a cruz refl ete a bel eza de D eus. Aqui , aos olhos de todos, Deus estava redimindo os pecadores, enquanto permanecia perfeitamente sem pecad o. D eus nos tir ou d a sarj eta sem se suj ar . Considerando que o fendem os um ser inf ini to, um sacri fí cio i nfi nit o teve de se r constituído po r nós. Só De us pod eria f azer i ss o. Co m o disse Pa sc al: ‘ A encarna ção m ostra ao ho m em a grandeza de sua misér ia pel a grandeza do reméd io necessár io”. Agora, s e alguém acusa Deus de ass oci ar se com pecad ores, a resposta é que pecad ores que crêem foram d ecl arados tão j ustos quanto Cris to. Deus os vê legalmen te po r m eio das perfeições de C ri sto. Estes seres caídos não deve m a D eus nada ace rca de j usti ça, pois Crist o pag ou tud o. Na Cali fór nia , um ci dadão recebeu m ult a po r excesso de veloc idade ^ Dep ois que o j ui z deu a sentença, este deixou o assent o d os jui zes , colo couse ao lado do réu e pago u a m ult a por ele. Não im porta o quão elevado seja o padrão de D eus, conquan to que E le o sati sf aça po r nós. E até que sai bamos o quanto som os maus, nunca saber emo s o quão bom Deus é! Este Deus, o D eus do cri sti anismo, é diferente dos deuses de outras rel igiões . C om o já res sal tei , Al á, o deu s tr iba l de M aom é, não é u m a tr indade e, portanto, n unca pode ria encam arse. Vis to que há m uit os deuses nas rel ig iões orient ais , eles não p ode m rei vindi car ex cl usi vidade, nem po de qualquer um del es prom eter aos seus s eguidor es o dom do p erdão e a reconci li ação pessoal com o S uprem o Ser . Nen hum a outra rel ig iã o rei vindic a ter um Deus excl usivo e Cr iador , que se torna hom em para redi m ir a hum anidade.
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De fato , o budismo po deria s obrevi ver sem Buda. Qu and o pergun taram a Buda com o gosta ri a de ser l emb rado, de respondeu que seus s eguidor es não deveriam se aborrecer com essa questão, visto que somente seus ensinos importavam. Os ensinos do hinduísmo poderiam sobreviver independente de quem os srcinou. Mesmo o islamismo poderia sobreviver se as revelações ti vess em vindo p or algum ou tro profeta. N enhum destes l íder es reiv indi cou pessoalm ente ter a capacidade de li ber ta i' o coração hum ano do pecad o. Mas o cri sti anis m o n ão pode ria ter sobr evi vido sem Cris to, a segunda pessoa d a Tri ndade, que veio à terra para m orrer na cruz. Sua m is são era a redenção, e isso não foi realizado por seus ensinos, mas pela morte na cruz. Esvaziar a cruz d e seu si gnifi cado é despo jál a de seu p oder. A i déia de que o p róprio D eus sofreri a e prov eria um sacr if íci o para reconciliar e perdoar o gênero humano é singular ao cristianismo. Nenhuma outra religião proclama que o melhor dos esforços e ensinos hum anos não p odem nos sal va r. Um a m is são de sal vamento teve de ser empreendida, que e nvol veu t anto um m étodo de perdão quanto o p oder cri ati vo de m ud ar nossa dis posição hum ana bási ca. Só um D eus pessoal agi ndo intencionalm ente p ode ria f azer i sso .
Só Deus Pode Oferecer a Salvação como um Presente Se até aqui você seguiu o argumento, concordará que a lógica exige que a sal vaçã o deve ser oferec ida c om o um presente ao gênero hum ano caí do. Um p resente só pod e ser recusado ou acei to; não po de ser m ereci do. Este pr esente não é dado indisc ri m inadamente, mas som ente àquel es que crêem . Q uer di zer , é dado àquele s que p erdem a esperança de se salvar a si mesmos, àqueles que dependem só de Cristo. “Pe la graça sois s al vos po r m eio da fé; e is so não vem de vós, é o dom prese nte de D eus; não po r obras, para que ninguém se glori e” (Ef 2.8 ,9). Se perguntás sem os a razão de D eus requerer f é, r espond eríamos qu e é po rque Ele aprecia ser cr ido. A f é em si não é um ato m erit ório; o m érit o est á naquEle a quem a f é é dir i gi da. É um presente dado a quem Deus
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m ostrar ia sua misericór dia. A fé não tem a intenção d e gan har o favor de Deus, mas depen de som ente do favor imereci do d e Deus. J á e n c o n tr e i p e s s o a s q u e p e n s a m te r p e c a d o ta n to o u p o r ta n to te m po, que n ão po dem mais s er r econci li adas com Deus. O que elas preci sam entend er é qu e este presente est á dis ponív el a qualquer pessoa, po uco im portando o quão grande seja o pecado . É m uit o m elhor s er um bom ci dadão do q ue um cri m inoso, m as s e um indiví duo generoso d esej asse dar o m esm o presen te para am bos, t rata se de prerrogati va dele. Consider ando que nenhum dos doi s o m erec em , a ext ensão dos seus pecados e fracassos pessoais é, deste ponto de vista, irrelevante. Da m esm a for m a que o solo mais seco est á preci sando de chuva, as si m aqueles que são grandes pecadores freqüentemente são os primeiros a perceb er que têm um a necessidade que só D eus pod e sat is fa zer . E ass im com o a terr a não fa z nenhu m a contri buição quan do a chuva cai , mas be nefi cia se do p resente receb ido, assim nos b enefici am os da just iça qu e não m erecem os. Lem brese das palavr as de Crist o: “ Eu n ão vi m pa ra c ham ai os just os, mas os pecado res, ao arrependim ento” (Mt 9.13). Deus fa z t udo no q ue tange ao dar , e nós faz emos tudo no q ue tange ao receber. Nossa contribuição é adm it ir nossos pe cados e n ossas desesperanças. A contribuição de Deus é nos dar a justiça de Cristo e nos tornar m em bros da fa míl ia de D eus para sempre. Cris to ens inou que são pou cos os que acei tam este presente em com paração com os que deliberadamente o rejeitam ou ignoram a oferta. Adm it ir que só Crist o p od e n os sal var é dif íc il . Qu and o receb em os este presente, revisamos nossa avaliação de nós mesmos de época anterior. Isso torna o p resen te difí ci l de aceitar .
Só Deus Garante a Salvação Depois que o presente é recebido, pode ser devolvido? Alguns pensam q ue po dem os p erder a sal vaçã o p or apostas ia ourebel ião. Ma s quando Deus constrói uma ponte sobre aquela brecha infinita e torna um
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m em bro caí do do g ênero hum ano seu fi l ho, o processo não pod e ser desfeito. M uit o está em jogo para Deus perd er um fi l ho que agora lhe pertence. Ass im com o não rej eit o m eus fi lho s quando el es me desobed ecem , assim Deus está comprometido conosco agora e na eternidade. Fomos sel ados com o Espíri to Sant o de Deus para o Dia da redenção JE f 4.30 ). Para di zer em outras pal avr as: o que você pensaria de u m pastor que pela manhã recebesse cem ovelhas e à noite voltasse com noventa e duas? Ele ser ia r idicular izado p or d escuido, incap acidade e fracass o em desempenhar suas responsabilidades básicas. E comum as ovelhas se extraviarem, e outras seguirem falsos caminhos feitos por ladrões que procuram at raí l as para f ora do rebanh o. Mas o pastor com peten te sabe dest as coi sas . El e m antém um olho atento em cada ovel ha; e quand o ela vagueia, ele a traz de volta custe o que cust ar, i Cri st o nos as segur ou que Ele é um pastor com petente. ‘ As m inhas ovelhas ouvem a m inha v oz, e eu conheçoas, e elas m e seguem ; e doulhes a I vida eterna, e nun ca hão d e perecer, e ninguém as arrebatará das minhas m ãos. Meu Pai , que m as deu, é m aior do que todos; e ninguém p ode arr de mm eeuenviou, Pai” (Jo é est 10.27a: que29).nenh Em ou ugar aqueles , ensi nou: “ E aebatá vontadelasdodas mPaãos i, que um trodel todos \ que ele m e deu se perca, m as que o ressusc it e no últi m o dia” (Jo 6.39). Este presente, um a ve z dado, é nosso p ara sempre.
Só Deus nos Dá a Certeza de Salvação Na p intura que M igueLÂngeloiez do juízo fi nal , as expressões n os rostos daqueles qu e estavam prestes a ser j ulgados ref let em incerteza e m edo. Ningué m no afresco, exceto a vi rgem M ari a, s abe d e seu d estino fi nal . Ta lve z i sto descreva a própria apreen são de M igue l Ângelo sobre a m orte, ou a convicção prevalec ente de qu e ninguém nesta vi da pode ter c erteza de que ser á alegrem ente recebido p or Deus na bem aventurança di vi na. É possível saber se fomos absolvidos por Deus, de forma que uma eternidade de bênçãos nos aguarda? Todas as religiões nãocristãs (e
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m esm o aqueles r am os da cri sta ndad e que fazem das obras parte da s al vação) insistem que a resposta é não. A razão é óbvia: uma vez que o m éri to hum ano contribua para o processo de sal vaç ão, nenh um de nós po de saber se fi zem os o bastante para ganh ar nosso luga r. Algumas pess oas af ir m am q ue são culpados de p resunção os que têm cert eza de ir para o céu qu ando m orrerem. Clar o que têm razão, dada a premissa de que a salva ção é um esforç o coop erat ivo entre nós e Deus. M esmo qu e 95 p or cento d o processo de salva ção foss em fei to po r D eus e 5 p or cento d epend essem de m im, a cert eza est ari a for a de alcance. Nu nca esta rí am os seguros de que fize m os nossa parte no tr ato. O cri st iani smo do N ovo Test am ento af ir m a que po dem os ter a cert eza pessoal, po rqu e tod as as nossas exigên cias são sat is fei tas por Crist o que tem credenciais impecáveis. Quando Agostinho percebeu que os padrões de D eus era m m uit o alt os para s erem alca nçados, cl am ou: “Ó, Deus, exige o que quiseres, mas proveja o que exigires!” Ele entendeu que não temos de temer o alto padrão de Deus, contanto que Ele o sat isf aça para nó s. Essa é p recisam ente as BoasNovas do Evang elho. Si m, podem os ter c ert eza de nossa r elaç ão com Deus. Com o m encionado aci m a, Crist o diss e qu e suas ovelhas ouvi ri am a sua voz; há um tí tulo de prop riedade form ado com base em dad os obje ti vos e s ubjet ivos . O apó stolo J o ã o r e g i s t r o u : “E s t a s c o i s a s v o s e s c r e v i, p a r a q u e sa i b a is q u e t e n d e s a v i d a eter na e para que cr ei ai s no n om e do Fil ho de D eus” (1 Jo 5.13). É certo que Deus, que nos deu uma revelação detalhada, não nos deixaria em dúvida acerca da pergunta mais importante que possivelmente iríamos ponderar. Estamo s fal ando sobre p erdição ou glór ia, inferno ou céu. Trê s test em unh as nos ajudam a saber ond e estam os. A primeira r ef e rese às prom essas de Crist o. Ele di sse que o s que crêem nEle têm a vida eterna (Jo 336; 5.24). Crer significa “confiar” ou “depender”. Tal fé é um a confi ssã o de n ossa própria i ncapacidade, com um a decisão consci ente Adefé salconfiar em Criste duo,vidar o Redenàs veztor.es, mas con tinua olhand o para Cris vadora pod to, confiante de qu e Ele f ará exatam en te o qu e pro m eteu . A f é ini ci al, com
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a qual a pesso a crê cresce n a vi da daqu ele que foi fei to me m bro da famíl ia de Deus. Também não devem os conf ia r nem em noss as obra s, nem no bati smo, n em nos ou tros sacr am entos. A quant idade de fé não é tão i m po rtante qu anto o objeto da fé, ou seja, Cri sto e sua obra perfeita na cr uz. A segunda testemun ha é o Espí ri to Santo. “ 0 m esm o Espíri to t es ti fi ca com o nosso espí ri to que som os fi lh os de Deus” (Rm 8 .16). 0 Espí ri to Santo não só n os regenera q uando nos voltamos p ara Cris to pela f é, mas Ele passa a habit ar em nós. Um senti me nto pess oal da presença do Espír it o é o d om de D eus aos que são m em bros de sua fa mí lia . Um a certeza i nteri or sur ge n o cora ção hu ma no. Em terceiro luga r, há o fruto de u m an ov a vi da, as obras result antes do novo nascimento, um mila gre f ei t o po r Deus no coração hum ano. D uas das mu danças mais evi dent es são um am or p or Cris to e sua Pal avr a, e um a nova perspectiva sobre o pecado. Agora vemos o pecado pela impureza que ele real m ente é, e a necessi dade de m anter comu nhão com nosso Pai cel est e tor nase prioridade. Deus muda nossa disposição interior, de modo que temos um novo apet it e espi ri tu al com um desej o de conh ecero D eus que n os sal vou.
Só Deus nos Dá um Futuro com Ele 0 cri st ia nis m o não ensina a reencarna ção, m as a r essurrei ção (1 Co 15). Este pon to parti cular para o corpo hum ano contradi z a rei vindi cação g nóstica de que a m atéri a é m á. E contradiz a r eivindic ação o ri ental de que perde m os no ssa i ndivi duali dade m ediant e um ci cl o de renascimentos. Nossos corpos desintegrados serão reconstituídos de for m a que te remos um corpo eterno. Cada al ma ( a men te com sua s l em branças e afei ções) ser á reunida ao seu co rpo, de form a que será um a pessoa inteira, em comunhão pessoal com outras pessoas e com Deus para sem pre. A et ernidade não é vaga nem ir real , mas indivi dual, con sciente e eter na. Apesar de receberm os n ovos corpos indes tr utí vei s e um a natureza nov a, por toda a et ernidade serem os a pessoa que som os hoje. Agora podem os entend er melhor por que o cr is ti anis m o perm anece único, i m poss íve l de ser c om binado co m outros deuses, profet as ou te-
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oria s de salvaç ão. A força do E vangelho está em su a pureza; sem acrescentamos, subtraímos; sempre que misturamos, diluímos.
pre q ue
O SALVADOR CERTO? Muitas sei tas fal sas crêem em Crist o com o Sal vador , m as negam deidade. Mas um Cristo que não é totalmente Deus seria como uma
sua
pon te que não chega ao ou tr o lado. T al Cris to nem m esm o po deria com eçar a construir um a po nte para u nir a brecha i nfi ndáve l que n os separa de D eus. Um sal vador fal so sem pre resulta em um a sal vação fa ls a. Cristo Jesus de Nazaré predisse que as pessoas seriam enganadas po rqu e aceitar iam p seudosalvadores, ou sej a, aqueles que fazem d eclarações surpreend entes acerca de si m esmos, m as no fi m fracas sam em cum prir suas promessas. El e tam bém predis se que esses cr is tos prom overi am suas credenciais m ediante vári os sina is e maravil has, e qu e um a geração crédula acreditaria. Não podemos sair por aí acreditando em qualqu er Cri sto, tem os de ter f é no Crist o certo. O qu e far em os com o can tor de m úsic a popu lar Arl o G uthr ie, que af ir ma ter tido um a experiência com Jesus C ri st o n a vara nda dos fundos de sua casa? Ele conta: “Sei que pa rece loucu ra quan do falo s ob re is so [. . .] e m e é m esm o dif íc il coloca r em p alavr as, po rqu e nen hu m a palavr a po de descrever o q ue vi . Havi a um a l uz bril hante e tud o se sabia a m eu respeito, e era am or total . Eu era li vre para ser o que eu era”. 6 Guthrie deu um a palest ra no Parlamento das Reli gi ões do M und o sobre o tópico, Para uma civilização quetem coração.Ele chegou com seu guru, Ma J a y a B h a g a v a ti e , d e K a sh i A s h r a m , q u e é u m a m is tu r a d e h i n d u ís m o , cr is t ia n is mo, budismo e judaísmo. Tudo isso é parte do caminho espiritual que ele com eçou a tr il hai ' há d ezessete anos, quan do teve um a vi são de J esus. O apóstolo Paulo atribuiu a crença em tais cristos à obra direta de Satanás. “Porque tai s f alsos apósto los são ob reiros fraud ulen tos, tr ansfi guran dose em apó stolos de Cri sto. E não é m aravi lha, po rqu e o próp rio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus
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ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Co 11.1315). Satanás se mostra na forma em que é esperado. Se você é católico, el e ap arecerá com o M ar ia ou um dos santos; se você é protest ante, aparecerá com o C ri st o, c om um a men sagem de amor. S e você é hindu, aparecerá co m o K ri shna. Ele t orna rá a is ca t ão atraente e am igáve l quanto possível. Seu motivo, obviamente, é fazer com que as pessoas creiam num Cristo que não pode salvar. M art inho Luter o freqüen temen te l utava com a dúvida e com o d iabo. Ele est ava bem ci ente de qu anto é fác il para nós, seres hum anos, serm os engan ados, p or cau sa da exp eriência de S ão M arti nho, a figur a da hist ória da Igr eja de q uem M art inho Luter o receb eu o n om e. A his tór ia di z que São M art inho teve um a vi são de Cris to. Mas quand o pro curou olhar para as m ãos para se certi ficar de q ue havia as m arcas do s cravos, a aparição des apare ceu. Assi m nun ca fi cou sabend o se o que ti nha vi st o era Cris to ou o dia bo! Qu ando surge um novo p rofet a e afi rma ser um a revel ação adic ional de D eus; quan do alguém lhe di z que você d eve transcend er o cri sti anismo e unirse ao Cristo cósmico, sugiro que você não deixe de procurar os sinais dos cravos. Só C ri st o, o Jesus de Nazaré, passará no test e.
NOTAS 1. Ron Rho des, The Counterfeit Christ of the New Age Movement (Grand Rapids: Baker, 19 90 ), p. 15. 2. Ibid., pp. 2756. 3 . Christian Research Journal , V e rã o d e 1 9 8 9 , p . 1 2 . 4 . Ibid ., p. 13 5. Dou glas G roothuis , “ The Sham anized Jesu s”, Christianity Today, 29 de Abr i l 199 1, p. 31. 6. Chicago Tribune,14 de Set embro de 1993.
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UM A RESSURREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA Teriam os discípulos inventado a história?
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at eu Antony Flew serve s e d e u m a parábola narrada po r Joh n W i s d o m p a r a i l u s t r a r o q u e j u l g a s e r f a lt a d e e v i d ê n c i a d a e x is tência de Deus.
Era uma vez dois exploradores que na selva chegaram a uma clareira onde havia flores e ervas daninhas. Um explorador diz: “Algum jardineiro deve estar cuidando deste terreno”. O outro discorda, perseverando na negativa de que não há jardi neiro nenhum. Então eles armam suas barracas e põem-se a vigiar. Nenhum jardineiro aparece. Mas o crente in siste que há um jardineiro invi sível. Assim ar mam uma c erca de arame far pado, eletrificam-na e põ em cães de caça para patrulhar, argumentando que até um homem invisível teria cheiro, embora não pudesse ser visto. Mas nin guém esbarra na cerca e os cães nunca latem. Pouco impor tando quanto tempo os exploradores mantenham a vigília, nenhum jardineiro aparece. Contudo o crente não se convence. Insiste: “Mas há um jardi neiro, um jardineiro invisível, intangível e esquivo: um jardinei ro imune a choquesque elétricos, que não temcuidar cheiro nem faz som; um jardineiro secretam ente vem doejardim que ama”.
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Mas o cético perde a esperança: “Mas exatamente em que di fere o que você cham a de jardin eiro invisível, intangível e et er namente esquivo de um jardineiro imaginário, ou mesmo de jard ineiro nenhum?”1
Flew tenta prov ar duas cois as. Pri m eiro, não h á evidência al gum a de um Deu s i nvi sí vel , int angível e esquivo, que cuida do m un do. Ele n un ca fo i v is to, nem pod e ser de scoberto pelos m ai s recentes equipam entos ci entí fi cos . Este m und o, com o um jar dim m alc uidado, tem erv as daninhas e flores; o mal e o bem. Não há, segundo Flew, nenhuma razão para crerm os qu e alguém cui da da Terr a. Segund o, Flew af ir m a que os crentes não m ostr am a disposi ção de permitir que haja qualquer evidência que pese contra a fé deles. Recu samse a estipular condições sob as quais renunciariam o que crêem; nada é perm it ido que p ese contra a f é que profess am . Fl ew n os pergun ta : “O que ter ia de aco ntecer para qu e vocês descress em na exist ência e no amor de Deus?” Se nada vale contra sua fé, tornase evidente que você lhe deu uma posição privilegiada imune à prova ou refutação. Tal crença, afirma ele, que é conciliá vel a qualqu er cois a e a tudo , não tem sentido. Toda r eli gião t em a res ponsab ili dade de resp ond er ao desafi o de Flew. Temos todo o direi to de pergun tar ao budist a, hindu ou m uçulm ano: o que teri a de a contecer para que você abandonasse sua crença? Que evi dên cia você a ceit aria que d ecisi vam ente contaria con tra s eu cred o? Não podemos dar às nossas convicções religiosas uma posição privilegiada que seja f echad a à investi gação raci onal, ou então tem os de relegar no ssas c renças ao âm bito das opiniões p arti culares e preferências pessoais . A m enos q ue possam os indic ar ev idênc ias for a de nós m esm os, evi dências acessíveis a todos, não temos razão para dizer que nossas crenças são ver dades p ara nós e p ara outros. Só a f é cr ist ã hist órica pode atend er o desafi o de Flew. Crem os que há evi dênci as de que D eus entrou m esm o em seu j ardi m ; s uas pegadas aparecem neste pla neta.
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No ssa fé não é concili ável a prati cam ente n ada. Estam os dispo stos a estipular condições sob as quais renunciaremos nossa fé: se puder ser com provad o que a ressurr eição de Crist o é um em buste, dei xarei de vez de crer em Cri st o. Parece que Paulo es tava pen sando em Antony Fl ew, quand o escreveu: [.Porque primeiramente vos entreguei o que també m recebi; que |Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois, foi visto, um vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem tam bém. Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apósto los e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo. E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa pregação e vã a fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados’) (1 Co 15.3-8,13,14,17). j
Paulo é estridente em seu argumento: um homem que afirmou ser Deus foi morto e ressuscitado para provar que suas afirmações eram legí ti m as. E se está prov ado qu e Cristo ai nda está m orto, se o sep ulcro ai nda contiver seu corpo, d eixar em os de p regar e hum il dem ente adm it irem os que fom os engan ado s. N ossa fé não é concili ável a qualqu er c oisa e a t ud o, m as está basead a em even tos hist óricos fi dedignos. Por que a ress urreição fí si ca de Crist o é tão im portante p ara no ssa f é? Primeiro, porque cum pre a pred ição que Ele f ez de que este é o si nal decis ivo que Ele dari a ao m un do ( Mt 12 .39,40 ; 1 6.21 ). A razão requer que se Cristo é Deus, Ele não poderia ficar indefinidam ente no sepulcr o. Segundo, esta é a prova de nossa ressurreição final. No sentido exato, Crist o é a ún ica pesso a n a históri a qu e foi res suscit ada. L ázaro foi r essuscitado, mas teve de m orrer outra ve z. Cri st o foi ressusc it ado co m um corpo novo e incorruptível, um protótipo do corpo que receberemos.
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Que razões constrangedoras temos para o fato de que Cristo realmente ressuscitou dos mortos? Vamos avaliar as evidências de acordo com pad rões aceitos da pesquisa hi stór ic a.
OS DOCUMENTOS SÃO FIDEDIGNOS Supon ham os que você n
ão crei a que o Novo Test amento seja
a Pal a-
vra Imagine que v usados para ocê decida dadedeeDeus. ceticismo saudáveis avaliarestudá qualquer outrolo com docu- a m esm a obje ti vi m ento anti go. Com o o N ovo Test amen to s e com parari a com ou tra li ter atura antiga em term os de confi abil idade e precisão? Três t estes são usado s para julgar docu m entos antigos.2 São eles:
Teste Bibliográfico Este t est e responde a pergunta: pode m os chegar a um fun dam ento te xtual estável e fidedigno para as declarações estabelecidas nos registros do Evangelho? Para ser mais precis o: nen hu m dos d ocum entos srci nais do Novo Test am en to existem hoje. Is to, obviamen te, é verdade n o qu e tange a todas as escr itas os de nodignas s satdosis faze to, aanti pergugas; emnta é:cada tem casoostem cópias fide docur comm cópias entos deoricópias. gin aisPortan? O que fazemos do intervalo existente entre as escritas srcinais e as cópi as? No caso do Novo T est am ento temo s excelentes evi dênci as de que as cópias são, para tod os o s prop ósitos práticos, idênti cas aos srci nais . Primeiro, o intervalo é relativamente curto em comparação a outras escr it as. Para Eurípides, o inter valo é de 1.60 0 a nos, para Platão, 1.30 0 anos e para Dem óstenes é t ão curto qu anto 1 .200 anos. Apesar dest es muitos séculos, acreditamos que temos textos precisos sobre história e fi los ofi a anti gas, porqu e os cop ist as antigos se orgulharam de rep rodu zir com exatidão tai s esc ri tas. No caso do N ovo Testamen to o interval o é de 250 ou 300 anos, período relativamente curto em comparação. Segun do, e m ai s im portante: pod em os estrei tar o interval o ainda m ai s. Nas úl ti m as décadas f ora m achados n o Egito num erosos m anuscri tos de
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papiro que confi rmam que os do cum entos do Novo Test am ento j á exi stiam n o sécu lo I . Prest e aten ção nas palavr as de sir Frederic Kenyon, qu e em certo p eríodo foi dir etoxe bi bliot ecário pri ncipal do M useu B rit ânico: “O jntervalo entre as dat as da com po sição ori ginal e as mai s anti gas evidênci as exist entes é tão curto qu e po de na verdade ser aval iado com o desprezível, sendo então retirado o último fundamento para qualquer dúvida de que as Escri turas nos che garam substancialmen te com o foram escri tas. Fi nalm ente po dese con siderar estabelecida t anto a au tentici dade q uanto a integr idade geral dos li vros do N ovo Testam ento”. 3 Temos razão para crer que a tradição textual é realmente digna de confiança. Os manuscritos do Novo Testamento atualmente existentes têm em essênci a o m esm o conteú do dos ori gi nai s.
Evidências Internas Este teste responde a pergunta: os escritores são consistentes e factuai s? D ão prova d e credi bil idade? Aqui devem os, com o h ist oriadores, dar aos escritores o benefício da dúvida, a menos que eles se desqualifiquem por inconsistência e erro. No caso dos escritores dos evangelhos, eles declaram ser testemunhas oculares, apresentando detalhes vividos que só poderiam ser conhecidos pelos que estavam presentes nos eventos. Co nsidere as declarações de Lucas, que recebeu g rande parte de suas informações do apóstolo Pedro. Ele ressaltou que havia muitos que escrever am depoim entos de testemun has ocu lar es sobre a vi da e m ini sté ri o de Cris to, e acrescentou: “Parec eume também a mim conveniente escrevê los a t i, ó excelentíssimo Teóf il o, po r sua ordem , havend om e já inf ormado m inucios am ente de tudo desde o princí pio, par a que conh eças a certeza das coisas de q ue já est ais i nform ado ” ( Lc 1.3,4). O q uão p reciso f oi Lucas com o h ist oriador? Si r W il li am Ram sey. de pois de diligentes anos de investigação arqueológica e geográfica das escri tas de Lucas (Lucas tamb ém foi o a utor de A tos) , concluiu: |Ahis tó ri a de Lucas,é_i ncom parável em relação à sua probidad e”. 4
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Exemplos de relato histórico detalhado são encontrados em todos os escrit ores dos evange lhos. Notavelm ente, t od os os qu atro — M ate us, M arcos , Lucas e Joã o — , apesar de suas perspect ivas dif erentes , con cordam no retrato que fazem de Cristo. Eles não nos oferecem razão para desacreditar em seus relat os.
Evidências Externas Este teste responde a pergunta: outros materiais históricos confirmam ou negam o testemunho interno fornecido pelos próprios docum entos ? Aqui consul tamos os insightsda arqueologia e da história. É clar o q ue m uitos l ivr os foram e scri tos sobre estes tópicos, e qu ase todo s os dados confi rmam a probidade não só do N ovo Tes ta m ento, mas do Anti go ta m bém . A arqueologia não é uma ciência exata e, portanto, suas interpretações às vezes m udam . Por exem plo, quand o em 196 8 estudei em Is ra el , uma equipe arqueológica de certa faculdade americana concluiu que J o s u é e s t a v a e q u i v o c a d o e m s e u r e l a t o d a b a t a l h a d e A i. D i s s e r a m q u e a s evi dênci as contr adizi am o m odo com o a ci dade havia s ido captur ada. Mas outros arqueólogos interpretaram os mesmos dados sob luz diferente; alguns até insi st ir am que os estudan tes est avam cavand o n o sít io errado! P or vezes a arqueologia tem lançado dúvidas s obre a Bíbl ia , po rém, mais tarde, confirma sua exatidão. Alguns anos atrás a revista Time trouxe um art igo inti tulado: Um a zero para a Bíblia. O arti go infor m ava que a d escr ição que J osué fe z da qu eda dos m uros de Jeri có tinha sido confirmada por novas investigações arqueológicas. Em minha opinião, a ma nch ete deveria ser : Um a zero para os arqueólogos”\ E óbvio q ue o s cris tãos não acreditam que a confi abil idade da Bíbli a se ja depend ente de cada nova descoberta arqueológi ca. Est am os bem convencidos de que os depoim entos das te st em unh as oculares an ti gas são de confiança do que investigações feitas de que anosmais depoisdignos dos eventos. Não obstante, esta milhares m os contentes
estudos
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históri cos/arqueo lógicos séri os têm m ostrado que a Bíbli a é fidedi gna e acessível ao exame minucioso. Existem nu m erosas referências a C ri st o na lit eratura secular , incl usive um relato da ressurreição de Crist o n os escrit os de Josefo. Estes textos põem as nar rat iv as do Novo Testamento num contexto m ai s amplo e dão testemunho independente em favor da existência e ministério de Cristo.6 Por que p odem os a credi tar na r essurr eiç ão? Porque est am os confia ntes de que temos u m text o fi el que correspo nd e aos docu m entos srci nai s. Na geraçã o an terior os estudiosos li berai s tentaram d em on strar que o Novo Testamento foi escrito no século II, bem longe dos eventos que narra. Mas hoje pou cos a póiam ta i s teori as, vi st o que as evi dências ap on tam p ara docum entos d o século I, os quai s nos chegaram subst anci alm ente com o foram escr it os. Mas cl aro que surge a pergunta: com o sabem os que as t estemun has oculares eram dignas de crédito? Os seguidores de Cristo poderiam ter inventado as histórias sobre Ele?
AS TESTEMUNHAS OCULARES SÃO DIGNAS DE CRÉDITO Considerando que os documentos hoje existentes espelham os srcinai s, t em os ainda de encarar a incô m oda pergunta: é possíve l que o s dis cí pu los de Crist o tenh am inventado as hist órias sobre Ele? Tal vez o ho m em J e s u s t e n h a v iv id o , e s e u s s e g u i d o r e s z e l o s o s r e t r a t a r a m n o c o m o a lg u é m que fez milagres, um homem a quem tanto admiraram que adornaram tudo o qu e Ele fe z, at ribuindol he palavras e f eit os surpreen den tes. Pode riam eles ter escolhido u m h om em e tê lo f eit o seu M ess ias , seu Deus? Os cét ic os têm argum entado que o século I era época em que a nação fer vil hava com a “f ebre m essiânica”. Os judeus estavam im pacientes com a dominação r om ana e ans i osos em encontrar um hom em que f osse o M ess i as. Realm ente há vár ias narr ati vas de ho m ens que afi rmaram ser o messi as, mas suas predi ções e ações acabaram em decep ção. Jesus, - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - r £t -
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nas mãos de hábeis contadores de histórias, de alguma maneira conseguiu sobreviver nas m entes de m uit os co m o o M ess ia s/ Sal vador. Mas há vári as for tes razões para q ue os disc ípulos não tivess em esco l hido um ho m em , nem m esm o um hom em notá vel , e t ê lo fei to M es si as . Eles eram m oral e espiri tualmen te incapazes de p ôr palavr as di vinas na sua b oca e atribui r obras divi nas às suas m ãos. Por quê?
1. Cristo teria sido desqua lificado com o candid ato ao messiado Ele praticamente contradisse todas as expectativas messiânicas dos judeus vige ntes em seu tem po. D e acordo co m? S. W. B aro njo s zelotes esperavam que o red entor aparecesse de espada em pu nho para l ider ar o po vo con tra o pod er mili ta r de Rom a. Ou tr os esperavam u m cat acl is mo cósmico, do qual surgiria um novo mundo com o povo escolhido m archan do para a salvação f in al . Muitos acr editavam que o M ess ia s traria de volta o rem an escen te das dez tri bos e reun iri a Isr ael e Jud á. C om o di z Joh n W ar wick M ontgom ery: “ 0 si m ples fat o de o p ovo judeu ter crucificado Jesus p or blasfêmia, é base su fici ente pa ra rejeitar a idéia de que J esus cum pri u os son hos m essi ânic os de sua épo ca”. 7 Millar Burrows, que fez extenso trabalho nos rolos do mar Morto, escreveu : “ Jesus e ra t ão d if erente da i m agem que todos os judeus fazi am do Filho de Davi, que seus próprios discípulos acharam quase impossível unir a idéia do M essi as a Ele”.8 Ninguém est ava esperando um messi as que ter ia a audáci a de unir j udeus e gentios com o fil hos de um Pai celest e. Derrubai a parede de separaçã o e, na práti ca, aboli r a Lei — tai s idé ias nunca foram seque r pensadas, m uito m eno s assoc iadas com o Messi as. C om o declarou o gran de estudioso judeu Edersheim: “Seguram ente a coisa m ais dis ti nta para C ri sto foram os seus dias”. 9
2. Os discípulos não teriam divin izado um mero homem Mesmo que Cristo tivesse satisfeito as expectativas messiânicas dos seus dias , ne nh um judeu dev oto teria si do p sic ológica, éti ca e religi osamente capaz de chamar um homem de Deus. Os discípulos foram im-
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pregnado s com os ensi nos do judaísmo sobre a unidade de Deus: “Ouve, Isr ael, o SEN HO R, nosso D eus, é o ún ico SENHOR ”. Eles t eriam con spirado n a f orm a mais s éria de blasf êmia, s e ti vessem escolhido um ho m em e feito dele Deus, pois assim estariam deliberadamente quebrando o primeiro m andam ento: “ Não terás outr os deuses diant e de m im”? Os seguidores de Cri st o eram pescado res e coletor de imp ostos experimentados e comuns, não dados a extravagâncias e castelos no ar. Eles concluíram que Cristo era o Messias, não porque foram vencidos pela febre messiânica, mas porque foram persuadidos pelas evidências.
j. Os discípulos fora m transformados pelo Cristo que vieram a conhecer Longe de inve ntá lo , el es pass aram d e um bando de hom ens ass ust ados a um grupo destemido que estava disposto a dar a vida pelo seu Mestre. Cristo havia predito que Ele seria crucificado e depois ressuscita ri a dos m ortos com o prova decis iva de sua deidade. Con sider em os a próp ria h ist óri a: Então, alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tu a parte sinal.pede Mas ele lhes respondeu e disse: Uma geração má algum e adúltera um sinal, porém não se lhe dará outro sinal, senão o do profe ta Jonas, pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra (Mt 12.38-40).
Ciente desta predição, Pilat os especi fic ou q ue guarda s deveriam ser colocados à en tr ada d o sepu lcr o para im pedir que os disc ípulo s roubassem o corp o de J esus e então an uncias sem que Ele havi a res susci tado. Porém, de acordo com os documentos, Cristo de fato ressuscitou, com eu com os dis cí pulos e apareceu a mais de 5 00 p essoas ao l ongo de um período d e quarenta di as . Só tal evidência pode responder pela existência da Igreja cristã, a tr ansf ormação de um a comun idade j udaic a num com prom eti do grupo
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de seguidores pod erosos o bast ante para tr iunf ar sobre o paganismo de Roma. Um Cristo morto teria criado uma fé morta: só um Cristo vivo pode ri a t er t ransf orm ado um bando de hom ens dife rent es num exércit o cujas armas eram as BoasNovas do seu Evangelho.
AS ALTERNATIVAS SÃO INCRÍVEIS al gumas est ão irou descon urrei tesção.e C omClar o f oio que m encion adopessoas , Pi la tos consp com tentes os pricomncipai a sress s acerdo fa ri seus para man ter Cri st o no sepulcr o. Co m m edo de que alguém vies se e roubasse o corpo de Cristo e saísse dizendo que Ele ressuscitara, Pil ato s deu orde ns: “Tendes a guarda; ide, guardai o com o en tend erde s” ( Mt 27 .65). E além da guarda, el es r olaram um a pedra à entrada da caverna para ter certeza de que estava hermeticamente fechada. Mas eviden teme nte não fi cou bem guardada, poi s no primeiro di a da semana a ped ra foi rolada e o túm ulo estava vaz io. Teorias alternativas têm sido sugeridas para explicar o túmulo vazio. Alguns dizem q ue J esus só fi cou desfal ecido na cruz e o frescor do túm ulo o reavivou. Mas os soldados romanos sempre se certificavam de que o crucificado estava morto antes de ser retirado da cruz. Também é inver ossí m il que um a vít ima feri da teria consegu ido ti rar a ped ra pesad a e iludir os guardas. E poderiaJal mestre contundido e atordoado inspirar seus dis cípul os a m orrer p or Ele? Ou tr os afi rmam que os ini migos de Cris to r oubaram seu corpo , mas o corpo teria sido produzido por eles para abafar a pregação dos discípulos sobre a ressu rreiç ão. C ontra toda a credulidade, alguns têm dit o que os discí pulos roubaram o corp o para simu lar um a r essurreição. Mas estari am eles di spostos a m orrer po r um C ri sto que s abiam estar m orto? Fazem os bem em ouvir as palavr as de J. V. Langm ead C asserl ey di ta s em preleções feitas em 1951 no King’s College, em Londres. Ele disse que os esforços empreendidos para explicar o túmulo vazio demonstram que “a afirmação da ressurreição é como uma faca apontada na
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garganta do irreligioso, e o irreligioso cuja religião é ameaçada lutará para def end er a cri ação que fez, sua mais preci osa possessão, com ou m a tigresa qu e d efend e os fil hotes”.1 0M uito b em dito. Mu it as pessoas que g rande m ente têm infl uenciado a ci vil iz ação ocidental presumiram que Cristo era irrelevante às grandiosas idéias que ti veram. N a prát ica, e les tentaram m anter Cristo sel ado no s epu lcro; el es prop agaram suas t eorias e , na m aiori a dos casos, o ignoraram. Podem os dizer que, simbolicamente, uma pedra depois da outra foi rolada à entrada do túmulo de Cristo na vã tentativa de mantêlo morto — longe dos olhos, longe do coração. O c ético Davi d H ij m e, ref eri do em capít ulo anter ior , j ulgou qu e sua co m posição sobre milagres contestaria a ressurreição. Ele argumentou: “Temos experiência uniforme con tra mil agre s, e não p ode haver exceção a esta regra!” Mas sua premissa básica assum e a conclusão. C om o ele pod e saber que tem os “experiência uniforme” contra mila gre s? Obviamente se ocorreu um a ressurreição, não temos “experiência uniforme” contra tal milagre! Nossa responsabilidade não é pontificar sobre o que pode ou não acontecer no m und o, mas olhar para a ev idênci a e ver o qu e de fat o aconteceu . Não há lugarHume paraera argum fil osóf ic o que antenhadaCsabedoria”), ri sto no sep ulcro. filósofoento (palavra que quer dizer m“amante mas lamentavelmente não cria nas palavras de Colossenses 2.3, que dizem de Crist o: “ Em quem estã o escondidos todos os tesouros da sabedori a e d a ciênci a”. Com o — p erguntar íamos — Cri st o p ode ser mantido no sepu lcro po r m eio da fil osof ia quan do E le é o Rei da f il osof ia ? Kar l M arx pegou a pedra da econo m ia e a r olou à entrada do sepulcro, esperan do m anter Crist o longe do s olhos das pessoas. M arx foi criado em Renânia, Alemanha, e batizado na Igreja Luterana. Mas algum Manifesto do Parti tem po d epois, com seu amigo Engels, ele escreveu o do Comunistae, a seguir, O Capital.Ele disse que a religião era o ópio dos povos, e que com o tem po esses mitos ser iam exter m inados. Mas ele não fez um bom tr abalho em m anter Cri sto no sepulcro. Hoje, os país es que ofi cial mente tinham ad otado o m arxis m o estão se vol tando p ara
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o cris ti anismo com fé crescente n o Salvador ressurret o. E com o Crist o po de ri a ser man ti do fora da econom ia e da pol ít ic a, quando em seus omb ros repousa os governos do m undo? “Por que um m enino nos nasceu, um fi lh o se nos deu ; e o principado [governo] está sobre os s eus om bros” (I s 96). —/ iã Sigmun d Freud rolou a pedra da psicoterapia à entr ada d o sepu lcro p ara con servar C ri sto à distância. Ele afi rm ou q ue n ossa idéia de Deu s era cri ação de n ossa im aginação, um con ceito que cri am os para nos dar esperança. Impelidos pela agressão, nossos impulsos sexuais e um forte desejo pela imagem paterna, nós criamos Deus. Ele acreditava que a psicanálise seria a resposta para o aflito espírito humano. H oje, a própria psiquiatr ia est á no divã ; há m uitas t eorias con traditóri as sobre o qu e dá ou não ce rto, e a disci plina intei ra está em d esordem . Pena que Freud não entendeu que Cristo é o Mestre da alma humana. Ele conhece os mais minuciosos detalhes de todos os seres humanos, tem o p od er de l hes perdoar o pecad o e res taur ál os a Deus. Com o Freud teria a petulância de pensai que ele poderia dispensar Cristo, que é o “ M aravi lhoso, Co nselheiro, Deu s Forte”? Yolt ai re pegou a pedra da cultura e a r olou à entrada do sepu lcr o de Cristo. Ele tinha boas razõ es p ara ser crí tic o d a igr eja dos seus dias; mas ao rejeit ar os pretenso s seguid ores de C ris to, i nfeli zm ente ele t am bém rejeitou Cristo. Ele predisse que em menos de cem anos a Bíblia seria um li vr o esquecido. Contud o, som os infor m ados de que a cas a na qual m orou foi c om prada p ela Soci edade Bíbli ca de G enebra para que a Bíblia pudesse ser difundida por toda a Europa! Evidentemente Voltaire esqu eceu que Crist o é o R ei da cultura; Ele é o lír io dos vales , a resplandecen te Estr ela da manhã. H ^ D ar w in pegou a pedra da ci ênci a e rol oua à entr ada do sepulc ro de Cris to. Em bora profes sas se crer em D eus, pensou que a evolução pu dessedose expemlicar evidências a srcem datênue vida s,. Adigeração s cienti sse que Dseguinte eus eradohipótese desn stas , basean ecessári -a. Con tudo ho je a evolução est á se despedaçando. Evidênci as es m agado -
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ras estão se acumulando de tal forma que é impossível acreditar que a vida começou com uma chance cega. O doutor Paul Leman, editor da En cicl opéd ia Francesa, di ss e com franqueza: ‘ 'A evolução é um con to d e fa dasn ara adultos ”. Como Darwin pôde ter erroneamente ignorado Cristo a respeito de qu em lem os: “ Porque nele foram cri adas todas as coisas que h á nos céu s e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestade s; tudo foi criado po r el e e para ele” (Cl 1.16). O qu anto é inconcebível que a c iência pud esse m anter o Rei da ciência no sepu lcr o! Reinos vêm e vão, m as Crist o vi ve. Os séculos vêm e passam , rei s são entronizados e destronad os, i m perad ores decretam a extinção de Crist o V e os céti cos escarnecem e m orrem , mas Crist o vi ve . Tal ve z você este ja r olando u m a ped ra de sua autoria à entrada do sepulcro de Cristo, esperando mantêlo à distância segura. Ódio, rebelião, orgulho ou pre con ceito religi oso — tud o isso f oi usad o p ara nos fazer sai r ass ustados das plenas im plicações de Crist o e suas declarações. Mas lem brese: da m esm a man eira que n ão se pode ti rar a água dos oceanos e confi nál a num contagot as, as si m não se pod e m anter m orto o Cri st o vi vo. O fato da ressurreição de Cristo nos dá esperança quando enfrentam os a m orte, não p orque som os ins ens ív ei s aos horror es da m orte, mas porqu e olham os com confi ança para Jesus de Nazar é. A r essurr eição é a grande anulação d e sentença, o ún ico f ato que nos dá a garanti a de que nenhuma outra realidade de nossa existência jamais precisa nos desen corajar perm anen tem ente. “ A r essurreição”, diss e Toz er , “ dem on str a de um a vez por t odas quem ganhou e quem perdeu”.
MESMO UM CÉTICO ACREDITOU NAS EVIDÊNCIAS O duvidoso Tomé, como é conhecido, nos faz lembrar que Cristo atende os céticos cujos corações estão abertos para adotar a verdade, m as que sinceram ente acreditam qu e não existem evidências o bastante. Duvidar é dif erente de ser incrédulo; em geral a incredulidade é a rebe -
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lião contra as evidências. Alguém disse que duvidar “é tropeçar numa pedra que não entendem os. Ser incr édulo é chutar a pedra que entendemos muito bem”. Acreditase que os que nunca duvidaram, nunca acredi tar am de v erdade. Tomé e ra de têm pera pess imis ta , um palpi te de que n o fi m nad a nunca daria cert o. Q uan do Crist o falou aos discí pulos que e ra ho ra de volt ai' para J e r u s a l é m , T o m é d is s e a o s c o n d i s c í p u l o s : “V a m o s n ó s t a m b é m , p a r a m o r rermos com ele” (Jo 11.16). Ele era pessimista fiel, o tipo de pessoa que di ri a que o cop o est á va zi o pela m etade, em vez de cheio pela m etade. De pois da r essurreição, Crist o apa receu aos discí pulos no cen áculo, m as Tomé estava ausente. Com o a m aiori a dos deprim idos, el e preferi u sofrer sozinho. Pregos! Madeira! Sangue! No que dizia respeito a Tomé, tudo havia acabado . Ele havia testemu nha do u m fi m trágico de um a vi da bel a. A sua dúvida tinha j ust if ic ati va? Há algum as boas ra zões pa ra qu e ele devesse ter acreditado n a ressurreição de Cris to. Primeiro, Cris to ti nha p redito que m orreria e ressusci tari a. O que é m ais : Ele dedicouse a e xplicar s ua profecia em detal hes aos discí pulos (Mt 16.21 ). Os m il agres de Crist o deveriam ter dado a Tom é a certeza de que o grande milagre da ressurreição não só era possível, mas necessári o. Trat ava se de um a vi da que n ão p odia terminar num a cruz. Segun do, ele deveria t er acredit ado po r causa do relato dos discí pulos. Quando o viram todos bradaram: “Vimos o Senhor”! Isto era o sonho de todo advog ado — dez tes temunh as diz endo a m esm a coi sa! Mas ta is evi dênci as n ão foram o b astant e p ara este pessimist a. A pred ição de Cristo e a palavra dos amigos ficaram aquém da credibilidade de um encon tro pessoal . Tom é não é o ti po d e discí pulo q ue estava t ão ag arrado à “ febre messiânica” que buscava razões para fazer Cristo de Deus. Como os outros discípulos, ele era um pescador cabeçadura que estava propenso a acreditar se as evidências estivessem “além da dúvida razoável”.
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Crist o deixou passar oit o dias, tem po sufic ient e para fazer com Tomé ficasse remoendo o sentimento de perda e desesperança. Então Crist o atend eu as estipulações de Tom é:
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Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei. E, oito dias depois, estavam outra os seus as discípulos dentro, ee,apre com eles, Tomé. Chegou Je suvez s, estando portas fechadas, sentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu! (Jo 20.25-28).
Rosto! Corpo! Cicatrizes! Este era o seu Mestre, o Cristo. Por que Tomé creu? Porque tinha inclinação para crer; ele era um duvidoso ho nesto. Ele não disse: “ Desafi ov os a m e con ven cerem !” Não, ele fez algumas estipulações e, quando elas foram satisfeitas, ele creu. Ele não era um p escad or crédulo, m as f oi ho nesto o sufici ente para adm it ir que as evidências eram convincen tes. Ele também mostrou uma fé pessoal. “Senhor meu e Deus meu!”, exclam ou. Ele s abia que um Crist o que pô de ressuscitar dos m ortos era a pessoa a quem d evemos n ossa submis são. As evidências da ressurreição de Crist o são tão óbvi as quanto 2 + 2 = 4? Não, não p odem se r, pois a m atemátic a é o si m ple s acoplamen to de dois conceitos na men te. Nem é com o a ciênci a cuj os experimen tos po dem ser repetidos. As evi dências da ressurreição estão enraizadas na investigação histórica formal; estão baseadas em regras aceitas das evidências do manuscrito. As evidências são o bastante para o duvidoso honesto, mas n ão o b ast ante para o desonesto. 0 seu n om e, le it or, poderia estar na Bíbl ia . Falando a Tomé, C ri sto acrescentou: “Porque me viste, Tomé, creste; bemaventurados os que não vir am e creram ” (Jo 2 0.29 ). Pod erí am os paraf rasear , dizendo: “Fel
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zes são vocês — Tom as, Rute ou M ari a — , pois ai nda q ue vocês não tenham m e vi st o, vocês creram !” Pergun taram a um bud ist a na Áfr ic a, conv erti do a o cris tiani sm o, po r que m ud ara de religi ão. Sua respo sta: “Foi ass im: se você est ivess e indo po r um a est rada, chegasse a um a bif urcaç ão e em cada direção houvesse dois hom ens, um m orto e o o utro vi vo, que direç ão você segui ri a?” Nossa fé est á ab erta à i nvesti gação. Não co locam os a verdad e religi osa numa posição privilegiada, imune às evidências racionais. Há boas razões para acr editar m os que Deus en tr ou no jar dim. Som os convidados a confi ar no Jardinei ro.
NOTAS 1. A nton y Flew, “Theo logy and Fa lsi ficat ion”, in: New Essays in Philosophical Theology (Nova Yor k: Macmill an, 19 55 ), p. 96. 2. Joh n W ar wick M ontgom ery, History and Christianity(Downer’s Grove: Inte rVar si ty, 197 1). E ste l ivr o d em on stra que o N ovo Tes tam ento é fidedigno, pois passa nos testes pelos quais av ali amse documentos. 3. Cita do em M ontgomery, p. 28. 4. Ibid., p. 32 . 5 . Time,5 de Março de 1990. 6. Josh M cDow ell e Bil l W il son, He Walked Among Us(São Bernardino: Here’s Life Publishers, 1988), pp. 3570. 7. Montgomery, History,p. 69. 8. Ibid , p. 71. 9. Ibid , p. 68. 10. Ib id, pp. 77 ,78. *
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ciência t êm dad o trem end os salt os nestas últi m as décadas. A s explorações nos céus e a descoberta dos segr edos do átom o
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contr ibuír am para um a vi rt ual explosão de conh ecimen to. Mas
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há algumas fronteiras que a ciência não pode atravessar; um véu pelo qual não pode passar. Por exemplo, as experiências científicas não podem provar ou con test ar se a alma hum ana continua v i va depo is da morte ou, no caso de continuar, que tipo de existência desfruta (ou suporta). E verdade , há al gum as indicações de qu e a al m a é separável do corpo, como as experiências próximas da morte, mas estas estão sujeitas a uma diversidade de interpretações. Estar próximo da morte pode não ser igual a estar realmente morto. Gostaríamos de entrar nesta esfera diferente, fazer nossas observaçõ es e voltar com um relatóri o com pleto. Iss o, obviam ente, não é possí vel. Considerando a cortina que nos separa do futuro, não é surpresa qu e as escr ituras sa gradas de p ratic am ente tod as as grand es reli giões do m un do estej am sil entes sobre as responsabilidades atuai s dos seus lí deres mortos. O muçulmano mais devoto irá admitir que realmente não
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sabe o que M aomé tem fei t o no deco rrer de todos est es sécul os, em bora acreditese que ele esteja no paraíso. Os hindus podem somente adivinhar que papel Kri shna desem penha no outro lado do sepulcr o. 0 m esm o é verdade com os seguidor es de B ahá’ u ’l l áh, de Zo roast ro e de o utros. Não é apenas a existência atual destes líderes que é enigmática, m as os seus pl anos para o futuro t am bém são. Cristo, como aprendemos, afirmou ser Deus na carne e foi ressuscitado dos m ortos p ara confir m ai suas palavr as. Ele é a ún ica pesso a quali fi cada a nos dizer o que achas e do outro lado da m orte. Dadas es ta s creden ciais, não ficaríamos surpresos por termos detalhes de sua ascensão corpórea ao céu, bem com o u m a descr iç ão do que El e está faz endo hoje e quais os seus planos para o am anhã. Ele é o lí der que hoje deliberadam ente est á no cargo e fut uramen te regerá os ass untos dest e m und o de m aneira até m ai s diret a. Mas estou m e ad iantando n a his tór ia. Não d evem os nos surpreend er que um Cri st o, que res susci tou dos mortos, também tenha ascendido ao céu. Leiamos a narrativa lucana: E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com fitos dois no céu, enquanto ele de subia, eis que delesosseolhos puseram varões vestidos branco, os junto quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (At 1.9-11).
Crist o subiu, quer diz er, seu co rpo de fato deixou a terra e o rientou se com firmeza em direção ao céu. Então, assim que entrou nos céus atmosféricos, Ele foi encoberto por uma nuvem. Ele fez uma jornada que envol veu tempo e espaço; se u corpo não desapareceu, mas moveu se para cim a desde o m onte das Oliv ei ras at é que foi ocultado da vis ão hum ana. Na ver dade Ele “ pene tr ou nos céus” (Hb 4.14). Este even to tem si do ridi cular izado, porque , dizemnos, é con trári o à m ode rna com pree nsão ci entí fi ca do universo. O sjmügos_ acredit avam num universo de tr ês ní vei s, com o céu e m cim a, a terra plana no m eio e
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o infe rno em baix o. Desde C opérnico, s abem os que a terra é r edon da e, portanto, o que é um m ovimento para cima no Orient e M édi o ser ia um m ovimento p ara baixo, di gamos, na N ova Zel ândia . jOu p ara exp or a objeção de m odo dif ere nte, para as pessoas do outro la do d o m und o a ascensão de Crist o teri a si do um a “descen são” de quali dade d uvidosa a regiões desconh ecidas. ' Sjjg jr Em respost a, não devem os esquecer que a Bíbl ia descreve o céu com o u m lijgare um estado.C om o luga r, é a própria habi taç ão de D eus; pode ri a estar mu ito al ém do u niverso es tel ar. Bibli came nte sabem os qu e há três céus: (1) a at m osfera, (2) o universo estelar e (3) o dom icí lio dos anjos, o lugar da habitaç ãb d e Deu s. Qu and o Pau lo fal a que C ri sto “ subiu acima d e todos os c éus” p 4.10), quer que entendamos do m elhor m odo pos sí vel que gloriosa posição Cristo mantém hoje. Onde fica isso, não sabemos. Pelo que sabemos, depois que uma nuvem o recebeu, Ele pode não ter continu ado viaj ando em li nha reta. D evem os esta i sat is fei tos em saber q ue Ele f oi para o lugar da hab itaç ão central do To dopod eroso. Com o estado, o céu representa um a ordem int eir am ente dif erent e da realidade. Seus ocupantes aparentemente podem percorrer grandes distâncias em um instante, sem sentiremse impedidos pelas limitações de espa ço que restringem nossos planos d e vi agem. N a asc ensão, Jesus partiu de um m odo de exis tê nci a para out ra; do m undo m at er ia l para o m undo espiritual, do mundo finito para o mundo infinito. Não sabemos as coordenadas do céu, m as pode m os diz er , gra ças a t este m unhas oculares, que Ele de ixou esta terra de m aneira gradual, vi sí vel e to tal . A chegada de Cristo ao céu mudou o caráter do céu para sempre. Esta é a pri m eir a vez que a hu m anidade perfei ta entr ou na p resença de Deus. Ele foi o primeiro homem no céu com um corpo ressuscitado. Qu ando os crentes do Anti go Test amento m orre ram, seus corpos fora m para o sepulcro e suas almas ou foram para Sheol, como alguns acredita m , ou para o céu. De qualquer mo do, eles ai nda não têm seus perm anentes corpos da ressurreição, pois a ressurreição dos mortos ainda é fato futuro. (Enoque e Elias tiveram desaparecimentos incomuns; po
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rém , seri a estranho se, con trári o a tod os os o utros, eles já t ivess em corpos da ressurreição.) Disto podemos ter certeza: nunca antes Cristo tido estado no céu uni do a um corpo hum ano. Nunca ant es houver a um ho m em no centr o do un iver so com m arca de cr avos. Cri st o já t inha m orado no céu ante s, m as não co m o D eusHo m em . Na t erra, El e havi a orado ao Pai : “ Glor if i came [. .. ] com aquela glóri a que ti nha contigo antes que o m un do ex isti sse” (Jo 17 .5). Agora Ele t inha voltado a um a dem on stração direta daquela glóri a anteri or. Hoje C ri sto em h um anidade p erfei ta est á no m eio do trono assent ado n os céus. Sua glór ia é com o a do m onte da tra nsfi guração; Ele resplandece com luz ofuscante. Em Sua chegada, os anjos mu it o provavelmen te fi car am confundidos. Havi am estudado o plano de D eus de redenção e fi cado espantados com a maravilha, amor e poder de Deus. Tinham ponderado sobre a desci da de Deus para a human idade pecadora; contudo, con siderado de outro modo, viram sua humilhação como demonstração visual do indesc ri tí vel am or e graça de Deu s. De fat o, não teri a havido um a ascen são se pri m eiro não ti vesse havido um a descida que cum prisse o prop ósit o divi no. Sim, Cristo havi a ocu pa do essa exaltada posiçã o an tes, mas a ascensão foi prova de que Ele tinha cumprido sua missão. A ascensão, nas palavr as de F. B. Meyer, “ colo ca um selo eterno na vit ória ganha no m ist ério e t revas da descida”. Agora que Ele havi a voltado co m o h om em , os anjos seguramente cantaram: “Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exé rcit os; toda a terra e o céu estão cheios da sua glória”. Mesmo antes de sua morte, Cristo falou aos discípulos que o Filho do Homem ascenderia (Jo 6.62). A ascensão era a confir mação n ecessária do sucesso de Sua missão na terra. Agos tinho disse: “Pois, a menos que o Salvador tivesse ascendido ao céu, Seu nascimento teria sido em vão. [...] Sua paixão não nos teria dado frutos e Sua santíssima ressurreição teria sido inútil”.
Esta chega da a o cé u si gnif ic ou q ue C ri sto ti nha o s seguintes direit
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0 DIREITO DE PROPRIEDADE Q uando o D eusHom em voltou para a s gl óri as do céu, ninguém questionou Seu direito de entrar. Ele não chegou pleiteando misericórdia. N enhum m ediador abr iu a porta para Ele . Não era um pri vil égi o que i a além d os Seus direit os. Estava vitori osam ente voltando p ara casa depo is de um a j ornada d olorosa mas bemsucedi da. Por que E le ti nha esta honra? Pri m eir o, po r causa de quem Ele é.A pr esença do Seu corpo hu m ano não tol da sua natureza divi na. Deixe m e lem brar que foi Ele quem cri ou os céus. “Porque n ele foram criadas todas as coi sas que há n os céu s e na terra, vis ív ei s e invi sí vei s, sej am tronos, sejam dom inações, sejam principados, sejam p otestades; tud o foi criado p or ele e pa ra ele” ( Cl 1 .16). A terra fo i criada por Ele e para Ele! Os céus foram criados por Ele e para Ele! Os anjos que ass is temno em cada m ovimen to for am criados por Ele e para Ele! Não admira que Ele não tenha entrado simplesmente no céu, mas adentrou co m passadas la rgas com o seu legí ti m o don o e herdeiro. O que Paulo quis dizer quando falou que Cristo ascendeu “para en todas pelaas cois as?” (Ef Sua4 .10, ARA1 Sua ). Podatividade. e signifAl- ica r que E le ench e todasch aser coisas Sua presença, soberania, guns no s inf orm am q ue o un iver so é inf ini to, m as l ogicam ente tem os de dizer que Crist o (Jeov á) é m aior do q ue o un iver so. A c riação nu nca pod eria s er tão grande qu anto o C ri ador. El e está “sust entand o todas as coisas pela palavra do seu p od er” (Hb 1 .3). Sua exa ltação a esta posição de proeminência foi um retorno à glória que Ele tinha antes da cri ação, a glór ia que Ele desf rutava antes de Belém. E le retom ou a po sição que era Seu direit o eterno . Segundo, Ele tinha di rei to ao céu po r causa do que Ele havia feito.E l e cum prira a r esponsabili dade q ue Ele e o Pai , na eternidade p assada, havi am con cord ad o q ue Ele fari a. Na noite an terior à traiç ão, dissera ao Pai: “Eu glor i fi que i te na te m , tendo con sum ado a obra m e deste afazer” (Jo 17 .4). E qua l
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foi a obra? “Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentouse à destra da Majestade, nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quan to herdou m ais excelente no m e do qu e eles” (Hb 1.3b,4). Co m o D eus, Cri st o era perfe it o, não obstante, som os intei rados de qu e Ele “ aprend eu a obediência po r aqui lo que padeceu. E, sendo ele consum ado, vei o a ser a causa de eterna sal vação para todos os que lhe ob ede cem ” (Hb 5.8,9). Em Sua nova c hegad a ao céu, Ele não ap enas era perf eit o com o o Fil ho de Deus, mas ta m bém era per fei to com o o Fil ho do H om em . Foi perfei to na deli cada tare fa de assumir a natureza hum ana, ve ncer as tentaçõe s, enfrentai a hum ilhação e o sofrimen to indescr it ívei s e final m ente en trai pelas portas da morte, e depois (graças a Deus) ressuscitai. Cristo tinha d irei to natural de vol tar ao Seu governo no céu com o Deus, m as agora tamb ém ti nha direi to adquirido de entrar no céu com o hom em . Ele r eal iza ra uma obra na terra que representou a mais not ável engenhosidade e graça de D eus. Ante s era c ham ado de Criador, agor a t ambém é cha m ado de Sal vador. Antes regia do céu em virt ude de quem Ele era; agora rege p or causa das provações que suportou. Antes, só com o Seu poder em estado n atur al, El e j á podia esm agar Satanás; agora prova qu e o esm aga quando sal va hom ens de todas as tr ibos e naçõe s do po de r da autori dade m al i gna. Ant es r ei nava com o Deus; agora rei na com o h om em . Nos céus há alguém que sempre esteve lá, mas agora está lá como hom em e como D eu s . Cristo habita agora no lugar que lhe pertence. Adequadamente o livro de Apocal ips e coloca Cris t o “no m eio do trono ”. C om o di z o com po sitor Thom as Kell y: A cabeça que ou tr ora fora coroada de espinhos Hoje está coroada de glória real po adorna deroso AUmtes diadema ta do Vencedor O lugar mais al to que o céu dispõe
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E dEle, é dEle de direito O Rei dos reis e o Sen hor dos senh E a luz eter na d o céu. Sem dúvida o céu fi cou em Fil ho chegara com o pleno con real izada. O Salmo 2 4 era usad durante um a fes ta i m portant monte de Sião, cantavam:
ores
sil êncio com estupefação ofegante. Deus hecim ento de qu e um a m is são havi a s ido o p or Isr ael num a procissão que se f azi a e. A med ida que os ado radores subi am o
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória! Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos; ele é o Rei da Glória (SI 24.7-10).
É com preensível qu e a Igrej a Pri m it iva tenha relaci onad o este salm o a Jesus, quan do Ele ascendeu ao tem plo cel est ial . El e m ud ou o céu de pois que chegou e deixou a terra em con dições dif ere ntes do que a encontrou. A chegada do Rei faz com que todas as cabeças se voltem em adm ir ação e adoração.
O DIREITO DE SUPREMACIA Cri st o chegou ao céu com o cabeça de u m a raç a int eir am ente nova. O Filho primogênito tinha procriado muitos filhos mediante Sua obra na cruz. “ Porque os que dantes conh eceu, tamb ém os predesti nou para serem conform e a imagem de seu Fil ho, a f im de que ele sej a o primogên it o entre m uitos i rm ãos” ( Rm 8 .29). E stes fi lhos a quem Ele tr ou xe em glóri a (você e eu), a gora fazem parte d a Igr eja da qual El e é o cabe ça. Qu al é o prop ósito desta suprem acia? Paulo f al a que D eus pôs Crist o “à sua direi ta nos céus, acima de tod o p rincipado, e pode r, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas tamb ém no vind ouro. E sujeit ou todas as coisas a seus pés e, sobre todas
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as c oisas, o constit uiu co m o cab eça da igr eja, que é o seu corp o, a plenitude daquele que cum pre tudo em todo s” (Ef 1.2023). Com o cabeça, Cris to cum pre responsabil idades i m portantes :
Cristo nos Fortalece Ele c om parti lha cono sco Sua vi da. Não se espera de n ós que p assemos pela v ida f ir m ados em nossa própria for ça: “ Da qual [da cabeça] tod o o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aum ento de D eus” ( Cl 2.19). Co m o estamos li gados a Cri st o? Pel o dom do Espír it o Santo qu e foi dado ao Seu povo depois da ascensão. “De sorte que, exalt ado p ela dest ra de Deus e tend o recebido do Pai a prom essa do Espírit o Santo, de rram ou ist o qu e vós agora vedes e ouv is” (At 2.33 ). Com part il ham os da vida de Cris to, as si m com o a cabeça com parti lha da m esm a vi da que o restante do co rpo. E vi st o que o cab eça f oi pri m eiro, os mem bros sem dúvida o seguir ão.
Cristo nos Une Aqueles que e stão unidos a Cris to estão lig ados uns ao sou tros. Pelo Espír ito Santo, crescem os juntos até que o corp o atinja a estat ura com pleta: ‘ Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cri st o” (Ef 4.15). M ost ramos no ssa l eal dade à Sua suprem aci a qu ando obed ecem os todos os Se us m andam entos, es pecial men te o de no s amarm os uns aos outros. Há unidade que tr anscende os com prom iss os denom inac ionai s.
Cristo nos Representa Cris to entr ou no santuári o celes te não apenas com o vencedor, m as tamb ém para as sum ir o pap el de Sum o Sacerdote. “ Vis to que temos u m grande sum o sacerdote, Jesus, Fi lho de Deus, que pe netrou nos céus, retenham os f ir m em ente a nossa c onfi ss ão. Por que não tem os um sum o sacerdote que não possa compadecerse das nossas fraquezas, porém um que, com o nós, em tudo fo i tentado, m as s em p ecad o” ( Hb 4.14 ,15).
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Paulo ensinou qu e a presen ça de Cristo à dire ita de D eus cortou p or baixo o dir ei to de Satan ás de n os acusa r: “ Qu em int entar á acusaç ão c o n ta os escolhi dos de D eus? É D eus qu em os jus ti fi ca . Q uem os conden ará? Poi s é Crist o quem m orreu ou, antes , quem res susc it ou dentre os mortos, o qu al está à direit a de D eus, e também intercedepor nós"(Rm 8.33,34; itálicosm eus) . Crist o ora m esm o ao Pai em nosso favor ? Ta l vez . Mas a própria presença dEle como nosso representante à direita de Deus, asseguranos que permanecemos completamente recebidos na presença do Pai. Nas palavras de C harles Wesle y: Cinco feri das sangrentas Ele tem , Recebidas no Calvário; Elas vert em oraçõe s efic azes , Ela s for temen te plei tei am po r m im; “Perdoeo, ó perdoeo”, clamam, “ Nem deixe que o resgat ado p ecador m orra!”
Cristo Está Conosco Não pen sem os em Cri st o com o estando tão dis tant e que só rem otam ente fosse ati ngido p or nossos sofrimen tos e l utas pessoais. O con trári o é a verdade: Ele ensinou os discí pulos que e ra m elhor qu e Ele fos se para que o Con sola dor fos se envi ado e habit ass e em nós p ara sempre. De fat o, se u corp o só po de est ar em u m lugar de cada ve z, mas pelo Seu Espír it o Ele est á constanteme nte com Seu povo. Ele perm anece co no sco em todas as nossas necessi dad es. Para lembrálo da proximidade de Cristo: pense nEle como alguém que está pert o de você n o qu art o, no carro ou indo ao seu l ado enq uanto você se diri ge para o trabalho. (Q ue p rogram as de televi são não ass is tiríamos se Cristo estivesse sentado no sofá ao nosso lado?) Sim, mesmo devemosempensar céu, mas corpoemEleSeu podecorpo estarfísico maisressuscitado perto de nósquedoestá queno
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ja mais i m agi narí am os. O céu p ode parecer longe, mas é po r causa de nosso conceito de distância. Com Deus, milhões de quilômetros são reduzidos a mili ssegundos. O co nce ito de dist ância com o limit ação de saparece. G. Cam pbell M organ, pensan do n os sol dados da Segun da Guerra Mundial , escreveu: “Com certeza Ele po de a pa recer de repen te, gl oriosam ente, no cam po d e bat al ha para um a al m a agonizant e”. Aparentemente Cristo às vezes deixa Seu assento para ficar de pé à dir ei ta do Pa i . Qu ando h om ens zangados estavam se preparand o para apedrejar Es tê vão, m esm o an tes que as pedras com eçassem a ser at ir adas, l em os: “Mas ele, estando cheio d o Espírit o Santo e fixando os olhos no cé u, viu a glóri a de D eus e Jesu s, qu e estava à direi ta de D eus, e disse: Ei s que vej o os céus abertos e o Fil ho do H om em , que está em p é à m ão direi ta de D eus” (A t 7.5 5,5 6). Cris to não estava muito ocu pad o para notai um dos seus servos que, em po ucos ins tant es, i ri a experimentai a d or d o martí ri o. Indep end ente d o que estivesse acontecendo naquele momento em outro ponto do planeta, Estêvão recebeu toda a atenção d e Crist o. Nossas t ri bulações nunca fogem do Seu con hecim ento. O s ci rcui tos cel estes nunca fic am sob recarregados. Q uando Saul o perseguia os crent es, matand o al guns e colocand o ou tros na pri são, Crist o lhe aparece u fisi cam ente na estrada para D am asco. A pergun ta que Cris to f ez não só pren deu a atenção de Saulo, mas tamb ém lançou p or terra a idéi a de que Cris to pode ri a est ai m uit o o cupa do no céu para dar se con ta de n ossas necessidad es pessoais. A pergu nta foi : “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4). Quando o Seu povo sofre, Cristo sofr e. Qu and o os crentes se sen tem ali enados e rejeit ados, Ele se sente da m esm a for m a. El e se com pad ece “das noss as fr aquezas” . Se perguntáss em os com o Cris t o, na qua li dade de hom em , pode acom panhar o curso simu lt âneo de tudo o que está acontecendo na vi da de m il hões de crentes , temos de ap elar à Sua de idade. O que u m hom em não podeofazer, o DeusHomem pode.deLembrese de Sacerdote, que Seu Espírito permeia universo inteiro. Falando nosso Sumo o autor aos H ebreus escreve: “E não há criat ura algum a encob erta diant e da vi -
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são dele; antes, t oda s as coi sas estão nuas e p atentes aos olhos d aquele com quem temos de tratar ” ( Hb 4.13 ). Como o cabeça da Igreja, Cristo não está a ponto de negligenciar seus devere s. Sua ascensão é m arca de Sua suprem aci a. Sua chegad a tr iunfante ao céu tam bém si gnif ic ou seu reino. Ele che gou com o indisput ado Sob erano do univer so.
O DIREITO AO REINO Paulo dis se que Crist o ascend eu “ac ima de tod o principado , e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1.21). Lemos em Hebreus 4.14 que C ri st o “penetrou nos céu s”. O ponto central destas passagens não tem relação com distância, mas c om domínio-,não com viagem,m as com triunfo.Cristo não está aci m a de t odo nom e (ou d e qualquer outr o deus) no esp aço, mas es tá acima deles em pod er, autoridade e vit óri a. Por mai s negligenciado qu e Ele tenha sido pelas pessoas no Parlamento das Religiões do Mundo, CristEmo pesuarmrot anea para ce sem o céu, Cri val risérist oopon odeuniverso. m uit o bem ter s ido atac ado pela concentrada oposição de Satanás e de todas as suas hostes infernais. Atravess ando a atmosfera, “ o p rínci pe das po testades do ar” ter ia lançado outro de seus muitos e desesperados ataques, porém, infrutíferos con tra o Fil ho d e Deu s. Cris to escorou ta is inves ti das sem o m en or indício de dific uldade, p ois Sua vitória j á havia sido ganh a. Pense nis to: Cri st o nu nca au m entará em poder, pois El e já é onipotente; nunca crescerá em conh ecimen to, pois El e j á é on is cient e; nun ca terá um reino maior, pois Ele já é onipresente. Ele não está esperando para ser coroado Rei , mas est á esperand o p ara ser reconhecido como Rei . Tudo e todos já est ão sob Seus pés. T al Sob erano certam ente é m erecedo r de nosso reconh ecim ento, adoração e obediênci a. Que privi légio deixar que Ele ganhe nossos corações!
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0 Atual Reinado de Cristo Olhe para o m und o e você nun ca adi vinhar á que est á sendo governado po r um Rei onipotent e. Com o conci li amos um m undo que est á m oral e espiritualmente fora de controle com a liderança de um Rei que tem tod o o p ode r e a utori dade? Devem os ser pacientes com aqueles que questionam o desempenho de Cristo, porque não parece que Ele está dandoSeordem ao calheos.fal ta pod er, am or e autoridade, p a Cri sto não or qu e Ele não f az o m undo mau cai r em si ? 0 m elhor a rgumento para o ateí smo é a aparente indifer ença de Deus diante da misér ia humana. Podem os perdoar os céti cos p or pergun tarem se o Rei do un iver so está f azendo seu trabalho. Se não lhe falta poder, será que lhe falta a misericórdia que daria f im a esta loucura? E le se im porta? 0 cri m e está num a esc alada s em controle. Guerr as est ão destruindo países inteiros. Mulheres estão sendo estupradas; crianças estão sendo abusadas . Em algum as partes do m und o a fom e est á matand o m il hares de p essoas dia ri am ente. Em nosso país, casamen tos est ão sen do desf ei tos e drogas es tão dest ruindo cri anças. Qu em pod e com preen der o ter ror , o m edo e a quantidade de lág ri m as derr am adas a toda hora n est e plane ta i nfe li z? Por que um Rei perm iti ria qu e o seu reino fosse alcançado p or rebel des? Tem os de dist inguir dois aspectos do reinado de C ri sto. Atualm ente, Ele reina do céu, exercendo restrição divina. Na realidade, milhões m ult ipli cadosde indi víduosnãofazem nem idéi adaexistênciadEle,mu it o menos têmno como Rei. Todos os dias Ele é insultado, quer seja por negligência ou p or descrição incorreta, ou apen as clas sif ic ado com o um entre m uit os. É o qu e acon tece hoje, mas am anhã será dif ere nte. Crist o está esperand o, pois “havendo oferecido um ún ico sac ri fí ci o pelos pecado s, est á assentado para sem pre à destra de Deus, daqui em diant e esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés” ( Hb 10.12,13). Hoje El e est á esper ando, aguardando o m
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píci o em que vir á para exe rcer Seu dir eit o de Rei na presença d e todos os homens. Seu atual governo desde o céu é de restrição divina. Por que essa espera? Ele est á deixand o qu e a his tóri a prove um po nto, q ual sej a, que o hom em não po de go vernar o mun do. Ele del egou seu governo aos re is e prínc ipes dest e m undo , permiti ndo que ex ercessem autoridade com o jul gassem ade qua do. Claro que a i nfluênci a del es está li m it ada pela von tade e pro pósito divi nos. Ass im pode m os co m con fi ança dizer que a v ontade de D eus está sen do fei ta na terra. A his tóri a est á m arc hando em dir eção a um a meta.
O Futuro Reinado de Cristo A espera t erm ina quand o Crist o volt ar em esplendo r e glór ia ao m onte das Olivei ras . Então E le assumirá con trole direto, subjugan do o s inimigos e trazendo jus ti ça ao m undo . D est e m od o Ele cum prir á a anti ga prof ecia: “ E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repree nde rá a muitos povos; e eles conve rter ão as suas espadas em enxa dões e as l anças, em foi ces; não levant ará espada nação con tra nação, nem aprend erão m ai s a gu errear” ( Is 2.4). Os aspectos presente e f uturo do gov erno de C ri st o po dem ser percebidos qu ando reunim os estes dois textos bíbl ic os: por um lado, Paul o afirma que Deus já “sujeitou todas as coisas a seus pés [de Cristo]” (Ef 1.22); por outro, o apóstolo fala sobre isso como evento futuro: “Depois, vir á o fi m, qu and o ti ver entregado o R eino a Deus, ao Pai , e quan do hou ver ani quil ado todo império e toda potestade e força . Porque co nvém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés” (1 Co 15.24,25). Se t odo nom e que se nom eia já est á aos pés de C ri st o, por q ue Ele tem de esperar até que haja posto todos os inimigos debaixo de Sua sujeição? Como expliquei, Cristo é um Rei que está esperando. É um hom em que f oi coroado no céu, mas ai nda não é rec onhecido com o Rei na terra. Sua coroação por Deusfo i relativamente privada; o reconhe cimento deste fato em nosso planeta será abertamente público.
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Que este ponto fique claro: Cristo é tão Rei quando está espe rando como quando está vencendo! Foi igualmente Rei na ascensão quanto será na descida. Está no comando no céu como estará na terra. Por ora Ele está satisfeito em gerir os assuntos deste mundo por representantes pecadores. Está inclinado a deixar que Satanás passeie por aqui como um criminoso que saiu sob fiança. Por enquan to os rebeldes tom am conta da p ropriedade . Mas vir á o dia v ir á em que o único Rei a quem Deus reconhece será confessado por toda língua existente: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nom e de Jesus se dobre todo joelho d os que est ão no céus, e na terra, e debaixo d a t erra, e toda lí ngu a confesse qu e Jesu s C ri sto é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.911). Hoje alguns súditos dão as boasvindas ao reinado do Rei, mas na m aior ia dos c asos, o drama é desem penh ado e m desa fi o à Sua aut ori dade. Mas à cham ada d o fechar das corti nas a pare cerá o Rei. A saga t erm inará de m odo m ui to di fer ent e de com o tudo com eçou.
O QUE ISTO SIGNIFICA PAKA MIM? Acredite se quiser: a ascensão de Cristo tem um significado semelhant e para nós com o teve para Ele . Da m esm a man eir a que D eus ressuscit ou a C ri st o, ass im serem os ressuscit ados com Ele: “ E nos ressu scitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6). Pense em como nos beneficiamos. Os mesmos privilégios, com a exceção da supremacia, aplicamse ao crentes. Propriedade Você e eu, com
o crentes, j
á est am os no céu, herdeiros de um
a incr í-
vel nós: há uma coroaherança. q ueCristo só vocêprometeu po dequeusariria ,preparar um a mlugar ansãopara na qual só você po de entr ar. Pedro dis se que há um lugar “ guardado no céu para vós”. A única manei
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ra de eu ser expulso d o céu , é se o p róprio Crist o for forçado a sair est á m e representando, p rotegendo m eus int er ess es.
! Ele
Reino 0 que Cristo tempor direito divino foi comprado para nós por mi sericórdia divina!Nu nca nos tornaremos o que Ele é, mas d esfr utaremde osDeus. o que“EEali não le t em . Ficaremo di deante da maravilha da graça haverá mais noite, se estupefatos não necessitarão lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sem pre” (A p 22 .5). Wil li am C ow per, poeta do século XVII I, perturbado por assaltos de profunda depressão, escreveu: Com o Tu não podes gosta r de mim E seres o D eus que Tu és E d esgraç a para o m eu intel ect o Mas al egri a para o m eu coração . Com freqüência o cristianismo é censurado por causa do seu ensinamen to s obre a depravaç ão do gên ero hum ano, o f ato de não poderm osdef nenhuma azer umoutra únicoreligião ato queinsistir venha aemm nossa absoluta erecer a apr ovação de D eus. Apesar pecaminosidade, nenhuma nos eleva para as mais sublimes alturas da santidade . Cristo nos tir a da lama e n os convida a caminh ar no mármo re-,tiranos da cova e nos insta a entrar no palácio. Nenhuma outra religião nos leva a sítios tão baixos e nos exalta a lugares tão altos. —. Savonarol a obteve fa ma com o preg ador em Florença, I tá li a, predizendo . que u m a inundação d e julgamentos cai ria m sobre a ci dade, se seus morad o essem. Ele atacou os cidadãos las sos e corruptos m edi J res não se arrepend ) ante pregações e censura i nfl amadas. Du rante o c arna val de 149 6, organizou ( “a foguei ra das vai dades", um a ceri m ônia na qual as pess oas tr azi am seus artef atos de jogos, livr os las civo s e arti gos de b eleza para serem qu eim ados. Ele f oi excom un gado p orque recusou parar de pregar contra o papa, sendo , m ais tar de, julgado p or h eresia e execu tado. A pesar das vi ci ss it u
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des pelas qua is passou, e em bora a verdade n ão tenha tri unfado em seus dias, antes de morrer disse: ‘Aquele que acredita que Cristo reina em ci m a, não preci sa ter m edo do q ue acontece em baixo!” Malcolm Muggeridge afirmou: “Todas as notícias são velhas notícias que acontecem a nova s pess oas”. Não há nada acontecendo no m undo que sejam n ovas notí cias para D eus; t ud o são velhas notí cias conhecidas desde antes da fundação do mundo. Cristo reina no céu hoje, inteiram ente no com ando de nosso m undo caído. E ai nda que não vej amos todas as coi sas debaixo d os seus pés, este di a está se aproxim and o. Aquele s que acredi tam que Ele rei na do céu não precisa m ter med o do que acontece na terra. Que o Rei esteja a caminho!
NOTA 1. Bíbli a de A lmeida R evis ta e Atuali zada. (N. do T.)
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UM RETORNO EXTRAORDINÁRIO Qual Deus reina?
t esta alt ura, você deve estar pen sand o: “Se Crist o é sup rem o, A se Ele é S enh or e Rei, po r que Ele não prova?” A Bíbl ia prediz 1 \ _ que chegará o m om ento em qu e El e va i provar de m aneir a cabal e com fi nali dade. A últ ima batalha nesta hist ória com o a co nh ecem os respond erá a pergunta im portante: qua l Deus r ei na? Façamos todo o possí vel para entenderm os com o o plur al is m o de nossos di as pode crescer até se tomai nu m m ovim ento mun dial . Na frent e desta coali zão estará um governante cari smático, que hipno ti zará as nações co m sua inteli gência e engen hosida de. E sse lí der reli gioso/polí tic o en carn ará tud o o qu e nossa era representa, mas no fi m ele será desunid o p or Cris to. A fim de esboçar o retrato deste líder, comecemos na Biblioteca H ofberg, em V ie na, Áustr ia, on de encon tras e um a lança que m uitos acreditam foi a usada para pe rfurar o lado de C ri st o. Ce rto di a, quan do A dolf Hitler ti nha po uco m ais de vint e anos, ouviu um guia de excu rsão d escrever a lança para um grupo de turistas: “Esta lança está envolta em m ist ério; aquele que desven dar s eus segredos dom inará o m un do ”. Mais tarde, Hitler diss e qu e essas pala vras m ud aram toda a su a vi da.
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Hitl er passou quatro anos em Vien a, ganhand o a vi da f azendo esbo ços. Ele passava t od o o tem po li vre na Bibli oteca Hofberg, lendo li vros de história e ocu lti sm o. Torno use perito em reli giões orientais e s abese que ele com prava livr os sobre ta is assuntos em loj as de li vros usados, revendendo os depoi s para com prar outr os. D epois de ouvir o co m entário sobre o m is tér io daquela lança, H it ler fi cou fasci nado. Lia tudo o q ue p odia sobre sua his tór ia, t entand o d eterm inar se real m ente poderia ser rem ontada ao tempo de C ri st o. Conv enceu se de que o art efat o tinha pod eres surpreenden tes para o bem ou para o mal. Rem ontou à época de C onstant ino e acr edit ou qu e o imp erador a t i nha na mão quando conqui st ou Rom a em 3 14 d. C. Em suma, Hitler julgava que quarenta e cinco imperadores ou reis romanos tinham usado a lança. Notou que quando eles a tinham em possessão, venciam; quando ela saía da esfera de propriedade deles, o imp ério r uía, à s vezes, em um ún ico di a. Em bora seja duvidoso q ue esta tivesse sido a lança que perfurou o lado de Cristo, para Hitler foi um ponto de contato para transformação luciférica. De acordo com Ravenscroft, em seu livro The Spear ofDestiny(A Lança do Destino), o jovem Hitler ficou hipnotizado pelo objeto. Ele fi cava horas olhan do fixamen te para a lança, i nvocan do qu e seus pod eres ocultos lhe invadissem a alma. Sentia como se já a tivesse segurado em m ãos em al gum sécul o anteri or. Fi cou encan tado po r seus mist éri os e pod er. Um a test em unh a diss e que quan do Hitl er f i cava petri fic ado di ante da peça, ele era engo li do p or um a “ luz ectoplasm áti ca”. 1 Quando deixou Viena para fixarse em Munique, logo cercouse daqueles que se dedicavam à busca de experiências e fenômenos ocultos. Os m em bros srci nais do P art ido Social is ta Nacional (apeli dado de p artido nazista) eram satanistas ferrenhos, que o introduziram em níveis mais profundos de “percepção espiritual”. O principal mentor de Hitler foi Dietrich Eckart, que, mediante rituai s de m agia negra, capacit ou H it ler a ser t ransforma do num indi víduo totalmente endemoninhado. Eckart afirmou que recebera um anúncio
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satânico e que seu destino era preparar o recipiente do anticristo, o hom em que seri a ins pir ado po r Lúci fe r para c onquist ar o m undo e con duzir a raça ariana à g lória.2 Hitl er as sumiu a l iderança absoluta do partido nazis ta em 19 21 , ano em que celebrou seu trigésimo aniversário. Agora estava pronto para a sua carreira oficial. Um amigo escreveu que Hitler ficava “possuído por forças que lhe era m exteriore s, [.. .] das quais o indivíduo Hitler era só o veícul o tem porário ”. O con trole sat ânico sobre el e era tão com pleto que m uit os vi am seu corpo com o m ero invólucr o para o espíri to que o habi ta va. Seus disc ursos hipnoti zavam dez enas de m il hares de pessoa s e as colocavam intei ram ente com iss ionadas à causa nazis ta. Depois de ter conquistado Viena sem disparar um tiro, entrou em H ofberg e pegou a lança do pai nel de vi dro e em punh oua pela pri m eir a vez. Para ele veio a ser a lança da revelação. Afi rma que “era co m o se eu est iv ess e segurando o m undo int eir o em minhas m ãos”. Para ele era um a de muitas pontes para os poderes ocultos. De acordo com Ravenscroft, esta lança f oi l evada s ob um a pesada guarda para N urem bergue; e p or um inesperado acaso de identificação errônea, caiu nas mãos dos americanos no dia em que H it ler com eteu suic ídi o em seu escon derijo, em B erli m .3 Hitler, em minha opinião, é um protótipo do anticristo. Depois da Primeira G uerra M undial , a Alem anha entrou nu m estado de hiperinfl ação, razão pela qual a m aiori a dos alem ães teve suas po up an ças aniqui ladas em q uestão de di as. Hit ler m ostrouse um gênio p olí ti co que tir ou a nação al em ã do caos eco nôm ico. El e fo i o hom em que ini ci almente deu um senso de orgulho e identidade ao povo alemão, que precisava que sua fé na h um anidade foss e reavi vada. O anticristo, acredito, entrará no palco da história e fará milagres econômicos e políticos. Capturará a imaginação de milhões, ou antes bil hões, que seguirão sua paz e plat aform a de prosperidade. C om palavras aduladoras e garantias razoáveis de boas intenções, engodará um m undo confi ante para o m aior banho de sangue que jamai planeta Terra.
s ocorreu
no
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0 m und o é tão depe nden te que a i nst abi li dade em qualquer s etor s e espalhará e desestabilizará todas as sociedades. Com o mundo em estado d e inquietação, o anticr ist o gan hará pode r. Satanás não sabe quando Cristo está planejando voltar à terra. Ele sabe o que acon tecerá, m as não sabe quando, p or is so precisará sem pre de alguém no lugar apropri ado para represen tar o papel de anti cri st o, caso seja necessário. O au tor Reinhold Kerst an, que test em un ho u a dram áti ca subida de Hitl er ao pod er, afi rma que esta geração está aberta a “um Führer atualizado”. A bata lha f i na l na hist óri a com o a con hecem os será entre dois po deres r eli giosos. De u m lado, estarão t odas as rel igi ões do m un do un idas e dir igi das pelo anticrist o; do o utro lado do con fli to estarão Jesu s de N azaré e seus seg uidores. Aqui , afi nal , a verdade será revelada pa ra qu e tod os vejam. Milhões de pessoas já estão crendo nas mesmas doutrinas que o antic ris to proclam ará. O P arlamen to das Rel igi ões do M undo enfati zou as mesmas doutrinas que eventualmente serão aceitas pela maioria da popu lação mundial .
AS DOUTRINAS DO ANTICRISTO Vamos revis ar as dou tr inas do antic ri sto e depois descrev confrontação religiosa final terminará. Dê uma olhada ao redor e concord ará qu e estas i déias já s ão a m plam ente aceit as.
er com o a
Autotransformação Marilyn Ferguson escreve que uma “mudança irrevogável” está nos dominando. Não se trata de um novo, em seu livro Conspiracy( A Conspiração Aquari ana) , si st em a, mas de um
The Aquarian a nova m en-
talidade. Um movimento base no “aum ento do subterrâneo conceito doestápomudando tencia sociedade al huma comno, [. . . ] um a tr ansf orm ação da con sci ência pessoal”. 4
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Os adep tos da Nova Era ensi nam , e o anti cr is to concordará, q ue p odem os m udar a nós m esmos u sando téc nic as adequadas . A m ente humana tem poderes latentes que, se corretamente treinados, podem ligar s e com os po deres espi ri tua is do univer so. O hom em está num período de transi ção evol uti va tão grande que estamos deixando um a Vel ha Era para entrar num a Nova Era. Há duas m aneir as de p rovocar ta l t ransformação: a m aneir a lent a é atr avés da m edit ação; o cam inho acelerado é por meio de drogas psicodélicas. H it ler preferi u a ro ta m ai s rápida. Já em Vie na, aj udou o n ego ciante de livros usados Ernst Pretzsche, que o apresentou a uma droga que provocava visões clarividentes e percepções espirituais realçadas. Esta droga con ti nha m escal ina e ti nha o po der d e levar Hitl er a um a “experiência frutífera de percepção transcendente”. Deste modo, ele ficava capacitado para realizar feitos que, segundo cria, foram decretados pelo destino. Rau schning escreveu: “O ód io é com o vinho para ele, i ntoxicao. [.. .] Ele t eri a hom ens co ntra quem ali m ent ava rancor , que foram tor turados até a morte e dos modos mais horríveis. Ele tinha os instintos de um sádico que encontra excitação sexual ao torturar os outros”.5 Ass i m H it ler foi com pletame nte m udado em ferr am enta de Sataná s. O anticristo da Bíblia experimentará uma transformação comparável. Dan ie l predisse que ele seria um rei especial izado n a intr iga: “E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder; [...] e destruirá os fort es e o po vo san to” ( Dn 8.24 ). Em A pocal ips e lemos rep eti dam ente que sua autoridade e poder não lhe eram naturais, mas antes foramlhe dados (Ap 13.7). Sat anás evi dentem ente habit ará nesse hom em , tendo tot al dom íni o de cada palavra e movimento. Esta transformação de consciência é o engano mais deslumbrante de Satanás. Ele quer não apenas que o todos oscorrespon seres humanosdentenham manticristo, ento demmas que oníaco”, te ao um ensi“novonamnasciento de Cri st o: “ N ecessár io vos é nascer de no vo”. Pense no p razer que ele sente quand o as
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pess oas t êm um encontro com com o D eus v i vo!
el e, e pensam
que é um a experi ênci a
A Deidade do Gênero Humano 0 apó stolo Paul o cham a o anticr ist o de fil ho da perdição, “o qual s e op õe e se levant a contra t udo o que se cham a Deus ou se ado ra; de sort e que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4). Todos nos lembramos de Shirley MacLaine gritando: “Eu sou Deus! Eu sou D eus!, enqua nto co rria pela praia na minis séri e de televi são que fez há vári os ano s (Ch arl es Co lson diss e: “ Você não se alegra em saber que ela está er rada” ). Tão irr aci onal quanto pareça, o gêne ro hu m ano est á pron to para acredit ar que som os deu ses, a ba se de n ossa própria consciência. D esde o m om ento e m que Sataná s dis se a Eva que se ela acei tas se sua sugestão ela seri a “ com o D eus, sabend o o b em e o m al”, a i déia da div i ndade do hom em sem pre gozou de populari dade nos ensinamen tos ocult ist as. Est a descarada n oção é a t entati va do ho m em de imitar o de sejo r ebelde de Satanás, de ser com o o Altí ssi mo. Este disparate sem pre foi am plamente crido no o ri ente, mas hoje também está ganhan do acei tação no m undo oci dental . Pela ép oca em que o antic ri sto se m anif est ar, o mu ndo estará pron to para divi niza r um lí der se este pare cer ter o qu e é n ecessário para un ir o m und o e tr azer a nova era de paz. Mas os míss ei s da guerra estarão voando p or tr ás das pom bas de paz. 0 m undo confi ará de bom grado nest e novo Césa r. No com eço do período da Tribulação, ele fará um concerto com Israel, evidentemente garantindo a existência pacíf ic a daqu ele peq uen o, m as imp ortante paí s. D epois de três anos e m eio, terá a confiança o sufic ient e para i r a Jeru salém e quebrar o tratado. Vai entrar no Templo, que naquela época terá si do con st ruído, e o profanar á, declar andose a si m esm o D eus. Em bora
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ta l pronun ciamen to possa ser repree nsível aos j udeus, o m und o em gera l dará as boas vi ndas à oportunidade de adorar um hom em . Se t odos som os pequ enos deuses, por que o an ti cri st o não p ode ser a i ncorpo ração de D eus? Ele ser á acei to com o o M es si as do m und o. Sat anás não se contentará em h abit ar num hom em que afir m ará ser Deus. O m est re do engano tentar á duplic ar os t rês mem bros da Tri ndade! Estas t rês personalidades farão o possível para confun dir o m un do, fi ngindo ser o Deu s vi vo e verdade iro. Vamos dar um a olhada n est a trí ade p rof ana:
1. Satanás correspon de a Deus Pai Ele é m encionado em Ap ocal ips e com o o dragão que dá o s à besta, que é o anticristo (Ap 13.4).
eu pod er
2. O anticristo, que r ecebe po de r do dragão, corresponde a Jesus Cristo Ele f ará o que p ud er para real izar m il agres e duplicar al go sem elhante à ressurreição de C ris to. Falando desta besta, Joã o escreve: “E v i um a de cabeças fer ida orte, e(a Ap sua1chaga todasuas a terra s com e m aravi o lhou ap deósm a besta” 3.3).m ortal foi curad a; e O mundo acreditará que o anticristo sobreviveu à ferida, que teria si to m ort al para qualquer outra pessoa. O cético se conven cerá de qu e est e é o hom em a ser seguido e adorado. Finalm ente haverá unidad e rel igi osa. O dragão e a besta receb erão a adoração do m und o inte ir o. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe pode r para continu ar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los: e deu-se-lhe poder sobre
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toda tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.4-8).
Todos os que habitam na face da terra o adorarão! Exceção notável serão os eleitos cujos nomes foram escritos no Livro da Vida antes da fundação do mundo. À parte os relativamente poucos que terão coragem de se op or a ess e dit ador , el e capturará os c orações do m und o todo. D urante o ápice da carr eir a de H it le r na Alemanha, m uit os m udaram a Oração Dominical para: “Nosso Pai Adolfo, que estás na terra, santificado seja o teu nom e, venha o terceiro R eich.. .” O an ti cri sto recebe rá ta l adoração.
j. 0 terceiro membro d a trindade profan a é chamado, em Apocalipse 13.11-18, de a segunda besta Da mesma maneira que o Espírito Santo chama a atenção para Cristo, assim a tarefa deste homem mau é conseguir a adoração do mundo para o anticristo: “E faz que a terra e os que nela habitam adorem a pri m eir a besta , cuja chaga m ortal for a curad a” ( Ap 1 3.12). Para ganhar a confiança das pessoas de todo o mundo, ele realiza tr em end os m il agres , f azendo até d escer f ogo d o céu à terr a. Ele t am bém dá espírito a uma imagem, dando a aparência de ser capaz de criar vida. Co m o o anticr ist o ganh ará ta l pod er rel igi oso? El e fará a lgum as coisas que as pessoas pensam que só Deus pode fazer. Falando sobre o anticristo, Paulo diz que ele será “segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da inj ust iç a para os que p erecem , porque não receberam o am or da ver dade p ara se salvar em ” ( 2 Ts 2.9,10 ). As três pal avras emp regadas aqui '‘p o der, sinaise prodígios", são usadas para aludir aos milagres de Crist o. O poder do anticristo de duplicar as obras de Cristo é tão notável que m ulti dões vão acredit ar!
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M uit os dos m il agres reali zados p ela tr íade profan a estão esp ecif icados: fogo de scerá do céu , um a i m agem vai fal ar ( fei to possivel m ente po r m eio de algum art if íc io, vis to que é im provável que Satanás t enh a o p ode r de criar vida) e a feri da fat al será curad a (Ap 1 3). Um m undo educado no pensam ento da Nova Era ac redi t ará nes sa s coisas.
Um Compromisso com a Globalização O anti cri st o estará f ir m em ente com prom eti do com a global iz ação, a crença de que os vol um osos problemas do m und o só podem ser resol vidos quan do todas as nações esti verem sob a m esma band ei ra. Por m eio de reformas e conôm ica, pol ít ic a e rel igi osa, podem os d ar um fi m à fome e à guerra. No Parlamento das Rel i gi ões do M undo foi adotado um docu m ento denom inado “ Um a Éti ca Global ”, que ressal tou a necessi dade de co op eração en tr e as r eli giões do m und o para acabar com a fome, a guerra e a inj ust iç a. Grande parte do conteúd o do docum ento p oderia ser apoi ado po r cri stãos, e, não o bstante, é estr identem ente an ti cri stão em essência. Em primeiro lugar, como dito anteriormente, a palavra Deusnão aparece no texto em respeito aos budistas , vi st o que m uitos deles não acreditam n a exist ência de qu alquer Deus ou deuses. Em vez diss o, a pal avra terra é capit ali zada ao longo do texto, reflet indo a ênfase panteísta da conferência. Em segundo lugar, o documento é comissionado com a noção de que podemos experimentar uma autotransformação e, assim, o m undo todo pode ser mudado. Em harmon ia c om est a gl obal i zaç ão, os p arágrafos fi nai s con têm estas pal avras : Em conclusão, fazemos um apelo a todos os habitantes deste planeta. A Terra não pode melhorar, a menos que a consciên cia dos indivíduos mude. Empenhamo-nos em trabalhar em favor de otaldespertar transformação na consciência individual coleti va, para de nossos poderes espirituais. [...]e Juntos podemos mover montanhas!6
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As religiões tradicionais devem ser vistas como trampolins para o en con tro da espi rit uali dade oculta, que está den tro de cada um de nós. Enquanto as antigas religiões separavam as pessoas em campos nitidamente divididos, a nova religião as une sob uma bandeira comum. A teologia di vid e, a espiri tual idade d a au totr ansform ação une. Ne sta nova sí ntese, a rel igi ão e a ciência são com binadas. D eus é definido com o “energi a” ou “a força” que os h om ens po dem ut i l iz ai ' para ocasionai ' a utopi a. A tecnologia dos com putad ores avançados, do laser e dos m ecanism os de controle psicol ógicos est arão à disposiç ão do futur o d it ador m undial . A rel igi ão será definida com o a d outrina d a unidade espir it ual do g ên ero hum ano, e todos serão forçados a aceit á la ou ser tort urados até a m orte. O a nticri sto ti rará prov eito do atual incl usivi sm o do utrinário e efeti vará um a unidade rel ig ios a que ab arcar á o globo. Cit ando n ovam ente o apó stolo Joã o: “E adoraram na t od os os que h abit am sob re a t erra, ess es cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi m orto desde a fundação do m un do” ( Ap 13.8).
Um Compromisso com a Utopia J á r e s s a l t a m o s q u e a p r e s s a e m u n i r t o d a s a s r e l i g iõ e s d o m u n d o é impel ida pel a crença de que tal unidade resolver á os problem as do m undo. Pel o desenvolvi m ento de nosso p otenci al huma no, entrarem os em um a Nova Era de paz e pros peri dade. A Bíbl ia predi z q ue o antic ris to subirá ao p od er co m o pacif ic ador. “E, pelo seu ent endim ento, t am bém far á prosperar o engano na sua m ão; e, no seu co ração , se engrand ecerá, e, por causa da tr anqüili dade, destruirá mu it os, e se l evantará contra o príncipe dos príncipes, m as, sem m ão, será quebrado” ( Dn 8 .25). A frase: “ E, po r causa da tranqü il idade [paz], destruirá m uitos”, si gnifi ca que o anti cri sto ti rará proveito do m ovim ento da p az. Ela será a sua plataf orm a e s ua is ca. O m und o estará m il it arm ente em repo uso , e haverá um sentimento mundial de que, finalmente, as nações da terra po-
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dem destruir s uas armas. Mas es ta fal sa sensação de segu rança som ente prova rá ser vantajosa para o fu turo príncipe. Con sider ando que o Oriente Médio ai nda é um barr il de p ólvor a, o anticr ist o fará um con certo com Isr ael para garantir a sobrevivência desta minúscula nação. Com muita fanfarra mundial, o acordo será assinado e o m un do respirará mais a li viado. A paz está ao al cance. Planos para erradicar a f om e e o d esprop orcionado equil íbr io econ ôm ic o do m und o serão at iv ados rapi dam ente . O cuidado com a saúde e a edu cação estará em alta na agenda d e trabal ho d e lí deres mundiais , impulsionados pela convicç ão persist ente de que é ho ra de aproveitar a opo rtunidade nessa atmosfera de euforia desenfreada. O homem, segundo nos dir ão, est á em processo d e m ud ança evolut iv a, e o futuro é agora. Mas enquanto publicamente os líderes falam de paz, nos bastidores os prepa rati vos p ara a gu erra estarão cad a vez mais afi nados. A ci ência dará ao m und o novas e horrorosas armas quí micas e novos m étodos de tort ura com o nu nca antes vi st o.
Uma Intolerância ao Acordo Hoje, um docum ento com o “Um a Éti ca Gl obal ” não tem pod er; ni nguém precisa assinar um acordo no qual o signatário esteja inclinado a agir conform e o p rogram a de trabalho global . A m eta deverá ser i nclus i va o bastante pa ra receb er apo io de tod as as r eli giões. Mas se alguns não subir em a bordo, com o a unidade ser á conseqü entem ente for çada? Inic ialmen te, os i ndivíduos que n ão assinarem serão esti gm atizados com o fom entadores de guerra, que não est ão inter essados nos prob lem as do m un do. Eles são preconce ituosos, egoíst as e opiniosos. Mas qu ando o anticr ist o subir ao po der, ele se ser virá de represál ias econô m icas contra aqueles que não seguem o seu programa. Os que cooperarem receberão um a m arc a na te st a ou n a m ão, e t erão a per m is são de com prar e vender; os que se recusarem serão torturados. Primariamente, dois grupos serão sep arados p ara persegu ição: os cris tãos e os judeus.
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A li ter atura da Nova Era fa z refer ência a um a purgação que tem de aco nte cer para que a Nova Era não sej a r etardada. Ist o envolverá matan ça e sofr ime nto, de m od o qu e a energia emo cional negati va sej a diss ipada. Alguns escri tores f alam abe rtam ente qu e os cris tãos são o tecido canceroso que deve ser extirpado para a cura do planeta Terra. A autora Moira Timms prega que as pragas do Apocalipse estão reservadas para aqueles que f i cam no caminh o da nova ordem vindoura : [...] As pragas do Apocalipse são um pacote especial de karma imposto sobre os obstinados para que se despertem de suas atitudes erradas. [...] Os animais que não se adaptam, são extintos. A sobrevivência hoje significa entender e responder à mudança dentro do contexto da “revolução interior”.7
A tecnologia m odern a dará ao anti cr ist o con trol e sobre a m aior ia das pessoas do m und o. Haverá o uso d o laser e com pu tadores para vi gi lân ci a e, possi velmente, novos biochi ps qu e po derão ser ins eri dos no cérebro hu m ano para faz er com que a p essoa acredit e em qualquer doutrina f al s a. A marca na mão ou na t est a pode ser um chi p de com putador que int roduzir á um a nova era da sociedade, na qual o uso d o d inheir o se tornará desnecessário. Scanners em lojas, fábricas e bancos serão usados para todas as transações comerciais. Talvez o número dado a cada indi víduo nem m esm o venha a ser c onh ecido pelo usuário, a ss im ninguém jamais pod eria obter o seu NI P (N úm ero de Identif icaç ão Pessoal) , m esmo sob a mira de um a ar ma. Erwin Char gaf f, o “pai da bioeng enh aria”, escreveu q ue ele está percebendo que há um novo barbar is m o em nosso f utur o: Prevejo o início de um novo barbarismo, [...] o qual amanhã será chamado de “nova cultura”. [...] O nazismo foi uma ex pressão primitiva, brutal e absurda disso. Mas foi um primei ro esboço da moralidade supostamente científica ou pré-científica, que nos está sendo preparada para o futuro radiante.8
Só i m agi ne a adm ir ação e adoração que seri am outorgadas a um mem, se este surgisse no palco da história declarando ser a reencarna
ho-
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ção de W inst on Ch urc hil l ou J oh n K ennedy! Com al guns espetacular es m il agres para provar o qu e diz , el e seri a entusiasti cam ente aceito com o o salva dor do M undo. Depois de alguns anos de bemsucedidas manobras econômicas e militares, ele irá ao Templo de Deus, em Jerusalém, para reivindicar o seu tít ulo ofi ci al de d eidade. Q ueb rará o acordo que fez com Isr ael e profanará o Templo. Depois, dará início ao mais cruel reino de terror conhecido p el a hum ani dade. Em bora eu acre dite que o s cri st ãos que hoje vi vem serão arrebatados antes da G rande Tribulação, o fato é que a p erseguição so bre a qu al f ale i po de com eçar a qualquer mo m ento. Mesm o em n ossos di as , a li berdade de exp ressão é re st ri ta, se não está de acord o com o program a de trabalho liberal. Reconhecidamente, tudo isto terá um fim dramático e permanente.
A BATALHA DO ARMAGEDOM J u s t a m e n t e q u a n d o o a n t i c r i s t o s e a p o d e r a d o c o n t r o l e f in a l , s e u r e i no nocommundo; eça a sepordesman tel ar.européia Por umdolado, Deus passa ar jul gam entos outro, a coalizão anticristo começaa envi a rui r. Alguns paí ses saem em bu sca da próp ri a indep endência. Por conseqüência quatro confederações de nações se reúnem no Oriente Médio para a batalha do Armagedom. Finalmente, a verdade está prestes a triunfar. Estas são algum as das características deste con fli to vindouro.
A Batalha Será Realizada em Israel Esta batalha não estará li m it ada à planíci e de M egido, ao no rte de Israel . Sabem os que vai com eçar lá , porque e stá escr it o: “E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (Ap 16.16). No fim, toda a terra de Israel será engolfada n a guerra, e o sang ue salpicará t ão alto qu anto os fre ios dos caval os a um a dist ânci a de 32 0 quilôm etr os (A p 14.20).
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Será o Pior Conflito da História Cristo disse acerca desses dias: “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tam pou co haverá j amais” (Mt 24.21). Pela sua pura m agnit ude e crueldade, esta guerra será p or si só de classe única. A deprava ção total do co ração hu m ano alcançará s ua mais com pleta ex pressão.
Culmina com a Volta de Cristo À med ida que o cam po d e batal ha vai aum entado, dois exérc it os po derosos competem pelo governo do mundo. Esta batalha sangrenta é int err om pida por um event o dram áti co que captura a at enção do m undo tod o. Jesu s Crist o volt a ao m on te das Olive ir as com os santos. Esta é a descrição d e Zacarias : E o SENHOR sairá e pelejará contra estas nações, como pele jou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito gran de; e metade do monte se apartará metade dele, para o sul (Zc 14.3,4). para o norte, e a outra
Os geólogos n os dizem qu e há u m a fr atur a no m onte das O li vei ra s que se estende até ao m ar M ort o. Qu ando os pés de Cris to pi sar em no monte, ele será dividido de leste a oeste. A topografia da área sofrerá mudança notável. Assi m qu e Crist o vol ta, os exércitos em gu erra decidem parar de lutar uns con tra os outros para j untos uniremse con tra o que con sideram um a causa m ais i m portante, ou sej a, j un tos contra Crist o. A hostil idade deles contra o Filho de Deus, alimentada por outros supostos deuses e inspirado po r Satanás , fer verá em fúr ia. Esta é a últ ima op ortun idad e de derrubar o Soberano da terr a e lançar s ua coroa na l ama. Em bora a d escr ição do retorn o d e C ri st o seja bas tant e longa, m erece ser citada:
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E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava as sentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vesti do de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, bran co e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com varra de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Ap 19.11-16).
Q uem são aqueles que o acom pan ham “vest idos de l inho fi no, branco e p uro” Não são anjos , mas os santos que há po uco p art ici param das Bo das do C ordeiro ( Ap 19 .7,8). Vis to qu e há evi dências de qu e os crentes na terra já terão sido arrebatados a ntes que o anticri sto ass um a con trole c om pleto, estes são os crentes que aceit aram Crist o com o Salvador nesta presente era. Tome fôlego enquanto lê isto: nós seguiremos Cristo para subjugar as nações da terra na batalha final, antes do Reino milenar. Todos nós estaremos com Ele no monte das Oliveiras e então marcharemos com Ele para a vitória!
Todos os Falsos Deuses Serão Destruídos Os futuros rivais de Cristo terão um fim humilhante e vergonhoso. Finalmente serlhesá revelado que eles foram bonecos do deus deste sécul o. Deus provará que nen hum ídol o ou grup o de ídolos que se opôs a Ele j amais pode rá le var c rédit o p or sequ er um a única solução a u m único problema. Os dias finais do anticristo serão a prova de que só Deus pode dar ordem ao caos; só Deus pode ser justo; só Deus pode prop orcionar rec oncili ação e p erdão. E só o verdadeir o Filho de D eus pod e tr azer paz ao mun do!
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Todos terão de passar a eternidade com o deus que escolheram. Leia com cuidado estas duas exposições contrastantes da eternidade. Com eço com a descr iç ão daqueles que adoraram a besta e rec eberam sua marca. Lemos: Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome (Ap 14.10,11).
D epois da volt a glori osa de C ri sto à terra, haverá um pe ríodo d e paz que d urará mil anos. Crist o reinará de Jerusalém , cum prind o as profecias do Antigo Testamento. Durante este período Satanás estará preso, m as depois será solt o po r pou co temp o. A horrenda descriç ão continua: E 0 diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e en xofre, onde está a besta e 0 falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo 0 sempre (Ap 20.10).
Note que tod os os tr ês m em bros da tri ndad e profana est ão no la go de fogo.Abest a (0 anticr ist o) juntos com 0 f als o profeta ( correspo nd en do ao Espírit o S anto) já est avam lá por m il anos. Mas agora 0 dragão (Satanás) é forçado a unir se com eles . Eles , j un to com todos os qu e os seguiram, dem ônios e hom ens, sã o lançados no la go de fogo e para sem pre serão torturados. Ass im os milhões que receb eram a m arca do anticr ist o e os m il hões que seguiram o utros deuses ao longo dos séculos segui rão Satanás, a besta e a0 fal so pro feta para 0 l ago de f ogo. 0 grande engan dor não terá a satisfação que teve ao levar tantos com ele, pois 0 se u torm ento será t anto m ai or. Todo ato de rebeli ão será eterna e justamen te punido. Um contrast e surpreend ente é ret rat ado po r outro ti po de eternidade:
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E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam jun to ao mar de vidro e tinham harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Gran des e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todopoderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se prostrarão manifestos (Ap 15.2-4).diante de ti, porque os teus juízos são
Escolha o seu Deus com cuidado.Você terá de passar a eternidade com ele (ou el a, se preferi r). N ão é sua sinceri dade que será levada em conta, mas a quem você adora que terá imp ort ância na et ernidade.
A Verdade e a Justiça Triunfarão por Toda a Eternidade H á a hist ória do m enino que estava l end o u m l ivr o na sala de est ar. Sua mãe o cham ou, pedindol he que a aj udass e com os pratos: “ Mãe, agora não p osso. 0 vi l ão derrubou o herói e está a pon to de m atá lo. . . Q uero ver com o a his tór ia t erm ina! ” M as com o faz a m aiori a das mãe s, el a persi st iu. En tão, sabend o qu e tinha de ir, ele leu a última página do livro. Lá descobriu que o herói viver a e que o vi lão t inha si do m orto. Naq uela t arde, quan do o m enino entrou na cozinha, foi dizendo: ‘Aquele vilão malvado... ele estava se dando bem no capít ulo 5, mas ele nun ca sabe a sur presa que lhe espera quando chega à últi m a página!” Est am os m agoados, m as não desanimados p elo f at o de o Parl am ento das Religiões do Mundo ter insultado Cristo ao negligenciálo, descrevê lo engan osam ente e cl assi fi cá lo com o um dos deu ses. Este é o período duran te o qual a r ebelião tem a perm issão de fl orescer; o erro ap arenta triunfar, o Rei parece que está fora do trono. Mas já lemos o último capít ulo. Crist o tri unfará po r toda a e ternidade. E é hora, que realm ente conta.
a
eternidade, não a
1 9 2 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
Q ue estas c oisas vão aco ntece r é certo, mas a rados aquele s que for em achados esperando.
hora não. Bem
avent u
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora (Mt 25.13).
NOTAS 1. Trev or Ra venscroft, The Spear ofDestiny(York Beach, Maine: W e is e r , 1 9 8 2 ) , p . 6 4 . 2. Ibid., p. 92 . 3. Ibid. , pp . 33 55 2. 4. M ari lyn Ferg uson , TheAquarian Conspiracy (LosAngeles: Jerem y P. Tarcher, 1980), p. 23. 5. Ravenscroft, The Spear, p . 1 7 6 . 6. ‘A Global Ethic”, Parlam ento das Reli giõe s do M undo : 19 93 , p. 9. 7. “ Proph ecies and Predict ions: Eve ryon e’s Guide t o the Cor ning Changes”, pp. 5758. 8. Citado em Tex e M arr s, Mega Forces (Austin, Texas: Living Faith, 1988), p. 24.
11
UM A PE DRA D E TRO PE ÇO EXTRAORDINÁRIA Estão todos perdidos?
' ocê n ão p ode estar fal ando séri o! A pessoa qu e diss e estas palavr as não e st ava tentand o ser rud e; estava apenas expressando surpresa diante de minha audácia em dize r que Cris to era o único cam inho para chegarm os a Deus. Em pal avr as m ai s br andas, er a do m eu con hecim ento que o teor de m inha declaração estava fora do com passo d e nossa cultura. Mas minh a intenção era ajudá la a entend er que tem os de jogar de acordo co m as regras de D eus, quer gostemo s, quer não. Todos ficamos aflitos com as implicações do fato de que Cristo permanece único entre os líderes religiosos do mundo. Desejaríam os que o cam inho para o céu fosse mai s la rgo, de forma qu e pu déssemos dar uma resposta mais aceitável aos que ridicularizam a fé cri stã, pois segun do o m od o de p en sar deles, o cri sti anism o nã o le va em conta os adorado res si nceros de outras r eli giões . Com o respo ndem os àqu eles que nos acusam de m ental idade estrei ta e i nsens íve l?
V
Ou osdoquequed o iz emnossqueo?o “Deus” rante
deles é reconhecidam
ente m ai s tole-
1 9 4 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
Neste ponto d
o li vr o, posso ouvir
um coro com pleto de ob
jeç ões:
E aqueles que, não por culpa própria, nunca ouviram falar de Cristo? Estão excluídos da graça de Deus? É justo que Deus envie quem quer que seja para o inferno, especialmente os que nun ca tiveram a chance de crer na men sagem? É possível para os crentes sinceros de outras religiões serem salvos por Cristo, embora não venham a conhecê-lo até que cheguem ao céu?
Ess as sã o boas perguntas que m erecem respos tas , m esm o qu e as res postas não sej am o que a m aiori a de n ós gostari a de ouvi r. Os missi onári os nos fal am q ue qu and o as pessoas vêm a C ri st o, el as fr eqü entem ente perguntam : E os n ossos ant epass ados? E à m edida que os Estados Unidos fica m m ais di vers if ic ados, à m edida q ue p essoalm ente nos fam il iar izam os com ess as outras reli giões , a questão da salva ção de cren tes sinceros de outras crenças nunca permanece longe de nossas mentes. De fat o, no m om ento em que defendem os a si ngular idade de Cri st o, pensamos naqueles que nunca ouviram, ou nos que ouviram falar dEle, porém, não obstante, seguem sinceramente outra fé. À proporção que a pressão do pluralismo aumenta, alguns evangélicos (aqu eles de n ós que sustentam q ue a sal vação é som ente p or Crist o) estão repen sand o tai s questões. M uit os não estão m ais sat is fei tos em dar um a resposta si m pli st a, mas insi ste m que a perdição dos o utros deve ser reconsiderada. Talvez a resposta tradicional não seja a certa. Então, co m o considerarem os as outras rel igi ões ? São ex pressões primit ivas da verdadeir a reli gi ão, ou são dem oníacas, tot almen te opo stas à verdade? E a sincer idade do s seus devotos não vale algo no dia do julgamento?
O PONTO DE VISTA DA MISERICÓRDIA MAIS AMPLA Alguns encaram outras religiões como competidoras amigáveis que m uit o têm em comu m com o cr is ti ani smo e a obra do logos(Cristo), que
UMA PEDRA DE TROPEÇO E XTRAORDINÁRIA 1 9 5
ilumina todo ser humano que entra no mundo. As religiões são vistas com o tendo vari ados graus de escl areci m ento, e quand o as pessoas vêm a Cristo, recebem mais luz (a verdadeira luz), a qual não é senão uma extensão da bruxuleante c ham a que têm seguido. Clark Pinnock , em seu livr o A Wideness in God’sMercy (Um a Ampl iação na M is eri córdia de Deu s), e Joh n Sanders, emT Vo OtherName (Ne nhum Outro Nome), insis tem q ue C ri sto é a única base de salvação, mas que não é necessário ter fé direta nEle para nos beneficiarmos de sua obra na cruz. Prossegue o argumento: “Deus sabe que Cristo é o único meio de salvação, mas aqueles que não ouviram o Evangelho não sabem, A p rópr i a . reli giãod e cada um p od e func ionar com o ‘ profess or^ que, sem qu erer os conduz a Cris to” . Pinnock e Sander s concordariam com Raym ond Pani kkar que declarou qu e o “hi ndu bo m e de bo a f é é s al vo por C ri st o e não p elo hi nduísmo, mas é mediante os sacramentos do hinduísmo, mediante a mensagem de m orali dade e da vida boa, m ediante o m ist ério que lhe é t ransm it ido pelo hinduísmo, que Cristo normalmente salva os hindus”.1 As pessoas podem ser salvas por Cristo mediante o canal de outras religiões. Várias sugestões têm sido feitas para explicar como Deus salva os seguidores sinceros de outras religiões. Primeiro, há a(interpretação lífz'/ /t a r d i a . A lg u n s i n t e r p r e t a m 1 P e d r o 3 1 8 , 1 9 ( q u e d iz q u e C r i s t o “f o i e A preg ou a os espír it os em p risão” ), queren do d izer que C ri st o foi e pre ^ gou o Evangel ho aos que est avam n o H ades. Os que defendem est a po / í si ção concluem que as pessoas t erão um a oportunidade p ara acei tar ou ^ rejeitar Crist o d epo is da m orte. N a Igreja Pri miti va, Jrin eu e Te rtul iano $ ensinaram que Jesus apenas libertou os crentes do Antigo Testamento do H ad es;[ ciem ente de A l exandri a e Atan ás i ci doutr inaram que Jesus li bertou os judeus e o s gentios do H ades, e que esta form a de evangeli s m o ainda conti nua hoje em di a. M as há o ente bjeções nterpretação. E que Cm p rimeiro absolutam certosérias que Ped a estaroi t enh a ensinado ri st olugar f oi ao H, não ades. é Uma interpretação mais de acordo com o contexto é que Noé em seus
1 9 6 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
dias, pelo Espírito Santo, pregou aos espíritos que então estavam e m prisão. Portanto, m esm o que Crist o ti vess e pregado n o Had es, Ele pode ter apenas anu nciado a vi tóri a aos hab it antes, vi st o qu e n ão h á evidência algum a de que foram libert os do seu d om icí li o. Finalmen te, é esticar o texto at é o p on tó de ruptura presum ir que C ri st o est á fa zendo o m esm o hoje. Indepe nden te da inter pretação que conco rdem os, o texto ref ere se a umHá uma evento passadosugestão sem no quea mais l eve sugest ão depodeque con ti nua hoje. segunda diz respeito a como Deus sal var aque les que n un ca ouviram fal ar de Crist o. Dizem qu e D eus sal vará os outros baseado em sua presci ência. Vi st o que Ele não ap enas sabe o que aconteceu, mas o que teria acon tecido sob circunstâncias di ferentes, Ele sabe se alguém que não ouviu o Evangelho em, digamos, Sri Lanka, têloia aceitado se tivesse nascido no Canadá. Com este fundam ento, continua o argum erjí efEle os acei ta. Mas m esm o qu e a eleiç ão esti vess e basead a na presciência (inter pre tação que não aceito), a i déia de que D eus sal va al guns p or causa d o qu e teria acontecido sob circunstâncias diferentes é completamente conjectural. Cristo disse que se os milagres feitos por Ele tivessem sido realizados em Tiro e Sidom, “há muito que se teriam arrependido com pano de saco gross eir o e com ci nzas” ( Mt 1 1.21). Co ntudo Ele não deu qualqu er indicação de qu e iss o signi fi ca que Tiro e Sidom serão sa lv as no julgamento futuro. Todos podemos pensar em circunstâncias nas quai s, pel o m enos em nossa opinião, prati cam ente qu alquer pessoa acei tar ia a Crist o. Mas a Bíbli a ensina q ue D eus leva em con ta o que acon te ceu^em vez do que poderia ter acontecido. Em tercei ro luga r, a lg uns crêem que Deus faz um a exceção e escolhe aceitar o sacr if íc io de Crist o em favor dos indiví duos sinceros d e ou tras religiões. Em outras palavras, o pecado deles é creditado na conta de Cristo, embora eles não saibam deste fato (ainda que venham a saber). Deus ap arentem ente fez t ai s exceções p ara Enoqu e, Jó, M el quisedeque, J e t r o e o u t r a s f i g u r a s d o A n ti g o T e s t a m e n t o . O h i n d u o u b u d i s t a s i n c e r o
UMA PEDRA DE TROPEÇO E XTRAORDINÁRIA 1 9 7
também é acei to por um Salv ador que só ir á conh ecer após a mo rt e. Da mesma maneira que as crianças são salvas sem fé pessoal em Cristo, assim outros de religiões diversas são salvos, ainda que explicitamente não tenham cr ido nEle. Esse ar gum ento não é convincente, poi s há um a boa razão para cre r mos que os indivíduos do Antigo Testamento (referidos acima) podem ter r ealmen te r espond ido à revelaç ão especi al. E cert o q ue n ão há n enhu m a evi dênci a de que eram seguidor es de alg um outro deus. No que toca à analogia relativa a crianças, por sua índole ou consciência elas não têm a capacidade de resp on de r à revelação geral . Se el as vão para o céu, com o acredit am os, é porque D eus gr aci osam ente cr edita os pecados delas na conta de Cristo. Mas há uma diferença entre aqueles que não podem ouvir e aqueles que poderiam ouvir se lhes fosse dada a oportunidade. Cornéli o fr eqü entem ente é usado com o exem plo de al guém que f oi conve rti do sem ter f é direta em Crist o. Trat ava se de p essoa dev ota que, com todos os de su a cas a, t em ia a Deu s. Você recordará qu e Pedro teve uma visão que correspondeu com a visão tida por Cornélio. Quando ele s se encontraram e Pedro p ercebeu que D eus queria sal var ess e h omem, disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agra dável aquele que, em q ualquer nação, o tem e e fa z o que é justo” ( At 10 .34,35 ). De vem os i nterpretar est e texto, com o fazem al guns, que aqueles que temem a Deus, pouco imp ortando a qual re li giã o pertençam , é acei to po r Ele ? Sanders escreve: “Cornélio j á era cren te sal vo antesda chegada de P edro, m as não era crente crist ão”.2 A partir di st o con clui que algumas pessoas são salv as ai nda que não sejam cri stã s. N ovam ente esta interpretação p arece fa lha . Em p rimeiro l ugar, com o m ostra Gary Phil li ps n um art igo intit ulado Evangelical Pluralism:A Sin Evangélico:ento UmacrProblema Singular), te- e do sacr if ígular m entes aoProblem D eus do(Pluralismo Novo Testam editavam n a osverdad
1 9 8 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
cio propiciat ório e Co rnéli o já t inha respond ido à revelação especial ( At 10.36).3 Em segundo lugar, o texto diz que ele não foi salvo até que Pedro lhe pregou a Palavra (At 11.14). Finalmente, e mais importante, temos d e int erpret ar a obser vação de Pedro levando em conta o con texto: el e ti nha acabado d e ter um a vi são que o con venceu de que os genti os tamb ém estão incl uídos no plano de salvaç ão. Qu and o Pedro fal a que Deus não mostra parcialidade, mas aceita outros tementes a Deus, ele não está dizendo que eles são salvos independente do Evangelho. Está declarand o o que p ara ele era um a idéi a r adical , qual s eja, que q ualquer indivíduo, mesmo um gentio, pode ser salvo se atender ao Evangelho. Alguns discordariam de Pinnock em certos aspectos e concordariam em ou tros. Mas el e e Sand ers usam dois pri ncípi os de interpretação que quase cert am ente asseguram o result ado qu e procuram . O p ri m eir o é que po ssa i déia de j usti ça deveri a em grand e parte con trolar o que acre ditamos em relação ao destino dos que não conhecem a Cristo como Salvador. É lamentável, penso, qu e Sand ers di ri a que D eus temde fazer al gum arranjo especial para os não evangelizados, poi s, caso con trári o, Ele seri a men os digno de adoração, m enos just o e am oroso do que os ser es humanos.4 Obviamente que por este padrão de julgamento Deus não deveria permiti r t errem otos, fom e e gue rras, vis to que qualqu er ser hum ano sensível ir ia prev enir t ais atrocidad es, se el as esti vessem de ntro do seu poder. Isto é mau arrazoamento e má teologia. É perigoso usar nossa com preensão de just i ça para controlar o resul tado d e nossas interpretações bíbl ic as. Gary Phi l li ps tem razão quan do comenta: Assim que a justiça é usada como critério (e exceções inevitavel mente tendem a proliferar), outras injustiças além da ignorância competem por nossa atenção: alguns podem ter ouvido o Evan gelho de um pai que os abusou, ou de um pastor que depois cometeu adultério. Outros podem ter ficado sabendo sobre Cris to de alguém cujas habilidades intelectuais não recomendaram
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o cristianismo como crença para pessoas ponderadas. Ainda outros são desgraçad os o bastant e para terem riqueza ? um tre mendo impedimento à salvação. [...] Tudo isso, por culpa algu ma das pessoas, seria usado contra o Evangel ho.5
0 pon to est á cl aro: t odo ser hu m ano p ode dar al gum a r azão para t er rejeit ado o Evan gelho, porq ue algo ou alguém foi “i njusto”. Todos gostarí am os de rescrev er o q ue a Bíbli a di z sobre D eus para tornálo justo. Todos pensam os sobre o q ue far ía m os se f ôssemos D eus para m ini m iza r o sofri m ento dos seres hum ano s nesta vida e na qu e há de vi r . O prob lem a, obviamen te, é que não som os Deus. Clar k Pinnock é um exem plo do que a contece qu ando a Bí bli a é i nter pretada com o fim de tornála consistente com a “justiça”. Anos atrás ele aband onou o cal vimsm o (que enfat iz a a esc olha soberana de D eus na sal vação, posição considerada inj ust a po r Pinnock) a favor do arminianismo, com sua ênfase no livrearbítrio. Depois ele se afastou do arminianismo tradicional e optou por uma crença nunvDçus finito; um Deus que nem mesmo sabe o futuro! Argumentou que se Deus sabe quem será salvo e quem será perdido, então em certo sentido o futuro está fixo. Assim o Deus Pinnocksa não elege as pessoas baseáem nem dem esmo be quem ser á sacomlv o e qu em ser perdi algum do. a coi sa, pois El e Pinnock pensa que Deus se arriscou quando criou o mundo e deu aos hom ens o l ivr e arbí tr io, pois Deus n ão con hece com antecedên cia a s decisões dos hom ens li vr es . Escr eve q ue “novidade genuína p ode aparecer na histór ia, a qual nem m esm o foi predita po r Deu s”. 6 Esta ignorân cia da parte de D eus, Pinnock acredita, dá ao Ev angelho a apa rência de ser mais acreditável, mais “justa”. Pinnock ainda não acabou. Assim que se aceita a premissa de que Deus teve de ser “justo”, Pinnock adotou a perspectiva de que aqueles que são sinceros em outras religiões podem ser salvos sem ter fé em Crist o. E, se não são sal vos nesta vida , pod em ped ir m iseri córdia na ou tr a. Todo aquele que com parecer diant e de D eus em julgam ento e l he clam ar por m iseri córdia, será atendido. Som os informad os que os li vros
20 0CRISTO ENTRE OUTROS deuses
de D eus nu nca estão fechados. E se ainda r esta al gum ímpio que n aproveitou de todas estas oportunidades, a justiça requer que ele seja aniqui l ado, em vez de con sci entem ente sofrer para sem pre.7 Com i ss o em m ente não deverí amos nos surpreender quando escr
ão se
eve:
Quando nos aproximamos de alguém pertencente a crença diferente da nossa, o faremos na expectativa de descobrir o que Deus lhe tem falado e qual nova compreensão da graça e do amor de Deus podemos obter desse encontro. Nossa pri meira tarefa ao abordarmos outra pessoa, outra cultura, ou tra religião é tirar os sapatos, pois o lugar em que estamos pisando é santo. Caso contrário estaremos destruindo os so nhos das pessoas. E o que é mais sério: podemos esquecer que Deus estava aqui antes de chegarmos.8
Pinnock vê outras reli giões com o em estado de transição, e assi mo s cri stãos t êm a opo rtunidade de ajudá las a procu rar a verdad e pelo diá l ogo. “0 Deus Logos t em mais em andam ento pela vi a da reden ção do que o que aconteceu na Palestina do século I”.9 Inacreditavelmente, Pinnock parece depreciar a encarnação a favor do logos universal que está em ação em todas as religiões. (Seria este o Cristo cósmico que habit a em todo o m undo?) Nossa idéi a de just iç a está baseada nu m a com preensão li mitada dos propósitos de D eus. Deus p ode ter um program a de trabal ho difer ente. Is aí as colocou esta decl aração assi m: “ Porque os m eus pen sam entos não são os vossos pensam entos, nem o s voss os caminhos, os m eus caminhos, diz o SENH OR. Porqu e, ass im com o os céu s são mais al tos do que a terra, ass im são os m eus cam inhos mais al tos do que os voss os cam inhos, e os m eus pensam entos, mais al tos do que os vossos pensam entos” ( Is 55.8,9). Segundo, para Pinnock e Sanders, uma interpretação possível d e um text o é considerada com o a inter pretação provável, se ela se ajusta ao com pro m isso deles com a “ justiç a”. C om o diz Gary Phi ll ips: “E freqüente que as especulações sejam repentinamente ensinadas como certezas; uma interpretação remota de um text o é tomad a com o a i nterpretação real".10
UMA PEDRA DE TROPEÇO EXTRAORDINÁRIA 2 0 1
Não temos direito algum de ser mais tolerantes do que Deus. Para cit ar G ary Phi ll i ps m ais um a vez, “pref erir íam os an tes errar n o lado da segu rança d o qu e arris car na indulgência especulat iva”. 11 Não po dem os ir além do que Deus nos revelou. Se Ele tem um plano para salvar as pessoas de o utras rel igi ões, El e não a chou adeq uad o revelá lo para nós.
0 PONTO DE VIS TA DA FÉ EM CRISTO Creio que as Escr it uras exigem qu e vejamos outras regi ões co m o tentat iv as f rac assada s do hom em alcançar Deus pelo esforç o e insighthumanos. Paulo declara duas coisas sobre o paganismo. Primeiramente, afirma que aqueles que adoram ídolos estão na verdade adorando demônios: Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrifi cam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais par ticipantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Se nhor e o cálice dos demônios: não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (1 Co 10.20,21).
Ele não está di zendo q ue os gentios (os pagãos), à sua própria maneira, estão na verdad e ad oran do a D eus. Toda rel igi ão é culto ao verdad eiro De us ou é idol atr ia. Lei a est as passagens d o Anti go Testamen to e pergu nt es e se dev em os com reverênci a descal çai os sapatos na prese nça d o culto pagã o. “E derrub areis os seus altar es, e quebrareis as suas est átuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagarei s o seu nom e daquele lugar” ( Dt 1 2.3). E novam ente: “Porque todos os deuses dos povos são coisas vãs [ídolos]; mas o SENH OR fez os céu s” ( SI 96 .5). Eli as, na pre sen ça dos profetas de Baal, com certeza não p ensou que esti vess e pisando em solo sagr ado. Em segun do lugar, Paulo ensinou qu e as reli giões evoluí ram p orqu e os homens não honraram o Deus verdadeiro. Por causa da rebelião, “ m udaram a gl óri a do D eus i ncorrupt ível em sem elhança da i m agem de hom em corruptí vel, e de aves , e de quadrúp edes, e de r ép teis” (Rm 1 .23). Satanás orquestrou falsas religiões, oferecendo ampla diversidade de opções, mas todas estão contra o Evangelho de Cristo.
202 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
No primeiro capítulo, mencionei os cegos de Indostão que, depois de exam inarem um el efant e, cada um chegou a uma con cl usão difer ente de co m o seria o animal. A posição sustentada po r al guns é q ue as rel igi ões difer entes são simples aspectos diferentes da m esm a reali dade. Agora percebemos que as religiões diferentes nem mesmo descrevem o mesmo elefante (ou seja, o mesmo Deus). Não admira nenhum pouco que proponham atributos contraditórios de quaisquer deuses ou deusas que existam. Mesmo aqueles que buscam o Deus verdadeiro (e há alguns que o buscam) não podem obter qualquer conhecimento da salvação do Todo po deroso sem a luz da revel ação. Na colina de M art e, Paul o diss e qu e D eus determinou para as nações da terra os tempos já antes ordenados e os seus limites, “para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pude ssem acha r, ai nda que n ão está longe de cada um de nó s” ( At 17.27). A s eguir , prossegu e exo rtando os a acredit ar no D eus que ressuscitou Cristo dos mortos. Sem a luz da revelação, o que o melhor homem poderia fa zer é procurar no escuro por entendimento, emp enhandos e po r um a sugest ão d e esperan ça e um m eio de pe rdão. No N ovo Tes t amento , ouvi r vem de crer: verdade, queme ouve minhaantes palavra e crê“Nanaquele quenameverdade enviou vos temdigo a vidaqueeterna não a entrará em conden ação, m as pas sou da m orte para a vi da (Jo 5.24). Paulo esc lareceu a s eqü ência quando escreveu : “ Co m o, poi s, invocarão aquel e em quem não crer am ? E com o crerão naquele de quem não ouvir am? E com o ouvirão, se não há quem pregue? De so rt e que a f é é pelo ouvi r, e o ouvir pela pal avra de D eus” ( Rm 10 .14,1 7). Os apóstol os dest acaram qu e é som ente pelo nom e de Jesus que esta sal vação vem : “ E em nenhu m outro há sal vação , porque tam bém debaixo do céu nenhum outr o n om e há, dado ent re os hom ens, pelo qu al devam os ser s alvos” ( At 4.1 2). C ri st o, no que é co nh ecido com o a G rande C om is são, i m pli ca que as pessoas têm de ouvir o Evan gelho antes de ser salvas. Não temos sequer um exemplo claro de salvação à parte de um conh ecimen to de Cri st o.
UMA PEDRA DE TRO PEÇO EX TRAORDINÁRIA 2 0 3
Não n ego qu e haja al gum ensinamen to éti co bom em outras r el i gi ões. 0 budismo em part ic ular ress alt a um a for m a de devoção abnegada que parece ter algo em comum com o cristianismo. Devíamos esperar is to, conside rand o que todas as pessoas são cr iadas à imag em de D eus e têm um a consciência m oral. Mas todas estas r eli giões fr acassam n o seu pon to mais c entr al, is to é, na quest ão de com o os pecado res pod em ser reconcil iados com Deus. No fi m, se el es não ado ram a bsolutam ente nada, estão adorando o utro deus. Independente do quanto desejamos ver os nãocristãos sendo salvos, deve m os ser cautel osos para não serm os mais indulgentes do que o ensino bíblico. Temos de cultuar Deus como Ele é, e não o Deus que nós, dada n ossa com pree nsão fi ni ta , gostarí am os que fosse.
A BASE DEDEUS PARA 0 JULGAMENTO Nossos sentimentos devem ser postos de lado quando entram em confl it o com a revel ação de Deus. 0 Tod opoderoso deu nos infor m ação o b astant e p ara sati sfaz er nossas m entes, m as não o sufici ente pa ra sati sfaz er nossos corações. Co nsiderando que n ão estamos a par de todos os seus propó sit os ocu lt os, não p ode m os dar resposta i nclus iva a esta questão da perdiç ão de ho m ens e m ulheres . Mas na ver dade tem os alguma revelação que nos orientará.
1. Todos serão julg ados com b ase no con hecimento que têm Parti cular m ente quan do o nãoconverti do est iver diant e d e D eus, todo detal he oculto será trazi do à luz para averiguação exata do que foi fei to com o q ue era conhecido. “Por que todos os q ue sem le i pec aram sem l ei também perece rão; e todos os que sob a lei pecaram pela le i ser ão jul gados. Porque, quan do os gen ti os, que não têm le i, fazem n atural m ente as c oisas que são da le i, nã o tend o eles le i, para si mesm os são lei , os quais m ostram a obra d a l ei escr it a no seu cora ção, test if ica ndo juntam ente a sua consciência e o pensamentos, quer acusandoos, quer defendendoos” (Rm 2.12,14,15).
s seus
2 0 4 CRISTO ENTRE OUTROS deuses
Os j ud eus serão julgados co m base na Lei r evelada no Sin ai e os gen ti os serão julgados pela consciência, a le i de Deus e scri ta em seus coraçõ es. Como disse F. F. Bruce, serão “julgados pela luz que têm e não pela luz que não têm”. Mas claro que temos de nos apressar em acrescentar que nenh um judeu j amais vi veu de acordo co m a j£ i de M oi sés , e nenhum gentio j amais vi veu de acord o co m a l uz da consciênci a. 0 veredict o de D eus é claro: todospecaram e destituídos estão da glória de Deus. É bastante possível (e com freqüência os missionários informam) que aqu ele s que têm avidamente bu scado m ai s l uz, a receberam . Se ta l f at o oco rre, é porqu e D eus está t rabalhando n os coraçõ es d el es. Quando a mensagem do Evangelho chega, dizem: “Era isso que eu est ava esperan do ”. Porém, duvido que tenha m os informação o suf i ciente para afirmar que, em cada instância, veio mais luz mesmo quando as pessoas buscaram o Deus verdadeiro. As histórias missionárias são ilustradoras, mas não fornecem base para posição teológica final sobre a questão. Há algumas (talvez muitas) coisas que simplesmente não sabemos.
2. A revelação gera l e base pa ra o julgamento, mas nã o base para a salvação Se você precisa de mil reais para a faculdade e eu lhe dou apenas cem , m eu presente n ão é o bast ante para você en tr ar na fac uldade, mas é o sufici ente para jul gar sua reação. C om estes cem reai s po sso afir mar se você m e am a ou me rej eit a. E o m odo com o você reage pode determ inar se receberá ou não toda a quant i a. Crist o, qu ando fal ava um a paráb ola sobre a necessidade d e fide li dade, dis se: “ E o servo que soube a von tade do seu sen hor e não se ap rontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, a ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lc 12.47,48). Podemos estar certos de que (1) haverá graus de castigo
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proporcionais ao conhecime nto e (2) que cada i te m d e infor m ação sobre a ci rcunstância e a resposta interi or do cora ção será levado em con ta . 0 conh ecimen to de D eus ser á detal hado, equil ibr ado e com pleto. Nossas obras não nos salvam, mas para os nãosalvos as obras são a base de julgam ento, “e os m ortos foram julgados pel as cois as que e st avam escritas nos li vros, seg un do as suas obras” (Ap 2 0 .12 ). Aq ueles que fizeram boas obras, mas não confiaram em Cristo estão perdidos, pois Deus, em sua pres ença, não po de acei tar pecadores sem um pagam ento pelos pecados deles. Contudo o julgamento que terão será menos severo do que aqueles que d esafi aram a con sciência e rebelaramse con tra a l uz exterior da natureza e a luz interior da consciência. Mas o julgamento será justo; não haverá acusações falsas; nenhum fato pertinente será negligenciado. As pessoas que hoje falam loquazmente sobre a bondade inata do gêne ro hu m ano e sobre n ossa capaci dade de inst aurar a utopia, vio lam a luz da natureza (que revela um Deu s de pod er) e a próp ria consciência (que revela seu pe cado e grande n ecessidade de ajuda di vina) . Qu alquer pessoa, em momento de honestidade reflexiva, terá de admitir que é impo tent e para li dar c om a al ienaç ão e o pecado que exist em den tr o de todo coração. Comparecendo diante de Deus, todos terão de admitir que sabi am de m ai s cois as. Creio q ue a just iça será dis tr ibuí da co m tanta precisão, co m tal e quil íbri o sut i l , que ao longo d e toda a eter nidade can tar em os: “Grandes e m aravilhosas são as tuas obras” (Ap 15.3b). Creio que mesmo os que estão perd idos— até o próp rio diab o— terão de c onfes sai po r t oda a eter nidade que o qu e D eus fe z f oi justo e certo. Deus n un ca com ete injus ti ça.
3. Deus não tem obrigação alguma de salvar aque les que nunca ouviram fa la r de Cristo Deu s é jus to? 0 terrem oto na Calif órni a que ma ta sessenta pessoas ou o da índi a que m ata quarent a m i l parecem evidentemente inj ust os. Mas al guém n egará que f oi Deus quem predeterminou o acon teci m ento
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destas calamidades? Afinal de contas, foi Ele o Criador da crosta terrestr e, quem determinou ond e esta ri am os pon tos f racos e onde est ari am os pon tos f ort es. M esmo que (com o Pinnock e outr os arminianos argum entari am ) D eus só o permiti sse, por que nã o escolheu não permit ir ? Se estivesse dentro de nosso poder, seguramente você e eu teríamos evitado esta tragédia. Qu ando Paul o com enta que Deus chega a usar s eu pod er para endurecer alguns corações e am olecer outros, o apóstolo est á int eir am ente cônscio de que seus leitores (inclusive nós) considerarão as ações do To dopod eroso inj usta s. Assi m, faz a pergun ta que está na me nte de todos: “Dirmeás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resi ste à s ua vontade?” (Rm 9 .19). Claro que esperamos que ele saia em defesa de Deus; antevemos razões para que a idéia de justiça de Deus esteja, em última análise, próxim a da nossa. M as el e rejeit a t ai s argum entos e afirmações: Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus réplicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste as sim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma mas sa fazer um vaso para hon ra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, pre parados para per dição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou (Rm 9.20-23).
Paul o revel a dois pontos. Pri m ei ro, que não há pad rão indepen dente de D eus pelo qual o T odopoderoso deva ser j ulgado. Deus n ão tem de conformar se ao nosso p adrão de just iç a, em bora tenha d e ser just o de acordo com a sua natur eza e objet ivo s de longo alc ance. D entro dest es parâm etros, El e é li vre para fazer com o lhe agrada. Se dissermos, co m o alguns, que seri a inj usto para D eus exigir c asti go eterno po r pecados com eti dos no d ecorrer de um período de anos rel ati vam ente curt o, não p odem os respon der m elhor do que cit ar as palavra s de Jonathan Edw ards :
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Nossa obrigação de amar, honrar e obedecer todo ser humano está em proporção à amabilidade, honorabilidade e autorida de de Deus. [...] Mas Deus é um ser infinitamente amoroso, porque tem excelência e beleza infinitas. [...] Assim, um peca do contra Deus, sendo uma violação das obrigações infinitas, tem de ser um crime infinitamente hediondo e, portanto, me recedor de castigo infinito. [...] A eternidade de punição dos descrentes torna-o infinito [...] e, por conseguinte, torna-o não mais que proporcional à hediondez de que são culpados.12
J o h n P ip e r r e s s a l t a q u e o s h o r r o r e s in f i n it o s d o i n f e r n o s ã o d e m o n s t r a ção viv ida do v alor i nfini to da glóri a de D eus, a qual os peca do res de preciaram . Castigo inf ini to j az sobre aqu eles que são infinit am ente culpad os. 0 que seria se a grandeza do pecado fosse determinada pela grandeza do Deus con tra quem o p ecado fo i cometido?1 3 Paulo pergu ntou: “Q ue d ir em os, poi s? Que h á inj ust iç a da parte de D eus? De m aneira nenh um a!” ( Rm 9.14 ). Sim, me sm o q ue esti véssemos perdidos, Deus seria just o. Segundo, Paulo argum enta que D eus m ostr a sua j usti ça e ir a em seu procedim ento com os descrentes , m as sua miseri córdi a e graça sã o dadas àquel es que acredi tam. Ele não é obrigado a tr atar todo o m und o de mo contexto aneira i gualé o .diQua doandjul o Paulo a da imparciali de D eusserá(Rm 2 .11), gam entofal quand o o m unddadeo nãocrente jul gado pelo m esm o pad rão, qua l se ja , c onh ecimen to e ação. Nesta vi da Deus não tr ata t od o o m und o de m aneira ig ual . Ele não apareceu a H am urábi com o ap areceu a Abraão ; Cri st o ap areceu a Paul o na est rada para Dam asco, m as não apareceu da m esm a forma a Pi la to s. Tem os um universo de pessoas com habili dades v ari ávei s, op ortunid ade var iáve l e p eríodo de vida vari ável . Para alguns D eus m ostra sua m iser icórdi a, para outros, sua j ust iç a. Est e é o m odo que D eus escol heu para governar o m und o q ue criou. El e p ode faz er i ss o e ser jus to. Não é perigoso, ou p ossivel m ente até presun çoso, ins ist ir que D eus te m de se confor m ar ao noss o pen samen to, ou então reter em os nossa ado ração franc a? W il li am C ow per escreveu a respeito daqu eles que revi sariam o plano providencial de Deus:
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Eles tiram das mãos de Deus a equanimidade e a punição Eles rejulgam sua justiça e tornam-se juizes de Deus.
AS OU TRA S RELI GIÕES E 0
AMOR DE DEUS
0 fat o de que D eus não deve sal vação a todo m undo (de f at o, El e não a deve a ninguém) ai nda nos abo rrece e por is so perguntam os: “Um Deus amoroso não teria organizado o mundo de maneira tal que mais pessoas pud essem ter t ir ado p roveit o d a suprem a obra d e C ri st o?” 0 am or, al guém pensaria, t eria sup erado qualque r barrei ra para sal var t odas as pessoas. Contudo, Deus tem um plano maior do que podemos ver. Seu propó sit o eterno o levou a escolher est e m un do e suas disposições. Se perguntássemos por que Ele não salva mais do que tem salvado, teríamos de responder que Ele tem um plano que não podemos ver. Seu plano almeja aumentar a sua glória. Existimos para Ele; Ele não existe para nós. A jra do h om em é fei ta para agradálo. J. L. M onsabre escreveu : “S e Deus m e desse sua onipotênci a por 2 4 ho ras, você veri a quanta s m udan r ças eu faria no mundo. Mas se Ele também me desse sua sabedoria, eu^ deixaria as coisas como estão”. 0 teól ogo W ar fi el d destac a que o am or de D eus deve necess ari am ente est ar sob o con trole de sua reti dão e d e seus prop ósitos eternos. Em resposta àquel es que pergu ntam o m oti vo de Deus não sal var mais pessoas, Warfi el d dá a velha resposta que ainda é a m elhor: “Deus, em seu am or, s al va t antos da culpada raça hum ana quan tos est a pod e o bter o con sentim ento de toda a sua na tureza pa ra salvar”. 14 Seus objeti vos eternos devem ser l evados em conta. Se Deus t em um plano para s al var hom ens e m ulheres que não têm fé pessoal em Cri st o, Ele não ach ou adequ ado revel á lo a nós. Temos de resi st ir à tentação de fazer com que as Es cri tur as digam o que pensam os que devem . Nosso pape l é di vul gar o Evangelho com a f ir me co nvicção de q ue a f é vem pelo ouvir e que as pess oas não p ode m crer no que n ão sabem.
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Mas com o p ode m os crer nesta doutri na “a qual é tão contrári a a t udo que no ssa cult ura crê” e não serm os rot ulados de arrogantes ? Com o cum pri rmos a Grande C omiss ão leva ndo em conta a urgênci a da m ensa gem? Agora voltaremo s nossa aten ção p ara a responsabili dade e o privi légi o que D eus comp art il hou cono sco. Fa 2em os part e do seu grande plano para o m undo.
NOTAS I. Raymond Panikkar, The Unknown Christ ofHinduism(City: D art on, Longm an & Tod d, 196 5), p. 54. 2. Joh n Sanders , No OtherName(Grand Rapi ds : Eerdman s, 19 92), p. 208. 3. W . G ary Phil li ps, “Evang elical Plurali sm : A Singu lar Pro blem ”, Bibliotheca Sacra,AbrilJunho de 1994, p. 11. 4. Sanders, No OtherName,xvii, pp. 3, 6. 5. Phillips, “Plur alism ”, p. 12 . 6. “Clark Pinn ock ’s R esp on se”, in: Predestination and Free Will, editores David Basinger e Randall Basinger (Downer?s Grove, Illinois: InterVarsity, 1986), p. 150. 7. “Clark Pinnock , A Wideness in God?sMercy. The Finality of Jesus Christ in a World ofReligions (Grand Rapi ds: Zond ervan, 1 992 ), pp . 98, 11 1,158,172 76. 8. Ibid. , p. 14 1. 9. Ibid , p. 77. 10 . Phill ips, “ Plura lism”, p. 11. II. Ibid, p. 15. 12. Citado emLettheNationsBe Glad, p o r J o h n P ip e r ( G r a n d R a p i d s : Baker, 1993), p. 128. 13. Ibid , p. 127. 14. Frank M ead, editor, Baker, 1989), p. 179
(Grand Rapids: 12,000 Religious Quotations
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UM A RESPONSABILIDADE EXTRAORDINÁRIA Como podemos representar melhor a Jesus ? ' um a parede p erto da entrada pri nci pal do Ál amo, em Santo Antônio , Texa s, encontr ase pendu rado um retr ato com est a inscrição:
N
Jdoames Butler Bonham retrato dele. Este retrato seu sobrinho, maior ?Janão m esexiste Bonham. de saudosa memó ria,é que muito se assemelha com seu tio. Foi colocado aqui por sua família para que as pessoas ficassem conhecendo a apa rência do homem que morreu pela liberdade.
Da m esm a for m a, não exist e retr ato de Cri st o, mas sua sem elhança deve ser vi st a na vi da dos que o seguem . Som os cham ados a representá lo durante este período, no qual Ele está “esperando até que os seus ini migos sej am postos p or escabelo de seus pés”. Todos os cren tes são seus represen tantes, qu er s ejam fi éi s, qu er não; corajosos ou covardes. N osso desa fi o é represent ál o d a m elhor m aneira que pudermos com nossa vida e nossos lábios. Como escreveu Pedro: “Mas tamb ém , s e pade cerdes p or am or da just iç a, s ois bem aventurados. E nã o tem ais com m ed o deles, nem vos turbeis ; antes, s anti fi cai a Crist o,
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como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para respon der com m ansidão e t em or a qualquer que vos pedir a r azão da esperança que há em vó s” ( 1 Pe 3.14 ,15). Com o po dem os ser t est em unhas at i va s de Cri st o num a era em que a tol erância reina sem precedentes? Num a época em que con verter al guém para o utra convicção rel igi osa é rotulado de fanat is mo e precon ceit o? Se a tol erância realmen te é um ícone nacional , o que fazer para test em unh ar sem o estigma do farisaísmo e uma propensão para excessivas minúcias doutr inár ias ? Co m o represen tar a ex cl usi vidade de Cris to em tem pos o nde a próp ria i déia de exclusi vidade faz com qu e as pessoas se afast em? Para com eçai; t enh o de recordai qu e (co m o tentei m ostrar no capít ulo 2) não h á con exão necessária entre excl usivi smo e int oler ância . Ai nda que tenh am os d e n os m anter intrans igent es aos p onto s essenci ais de n ossa fé bí bl ic a, devem os ser m odelos de tol erânci a graci osa e com preensão humild e. Em seu excelente li vro Dissonant Voices(Vozes dissonan tes) , H arold N etl and oferece prov eit osa exp li cação dos três ti pos d e tolerância. A prim eira, a tolerância legal,é a aceitação b ási ca do direit o de todos a qualquer re li giã o (ou a nenhum a) que escolherem . Em m uit as dem ocraci as ocidentais, tal tolerância está especificamente escrita na Constituição. Os am eri canos e st ão bem fami li ari zados com as pal avr as :” 0 Con gresso não fará nenhum a l ei concern ente ao est abeleci m ento da rel ig ião nem à proibição d o seu liv re exercício”. Tal tolerância é um reconhecimento dos direitos humanos básicos que cad a cidadão tem de p rat ic ar sua tr adição rel igi osa (ou nenh um a). Temos de estar em oposição à união medieval da igreja e do estado, quand o h ereges fora m queimados viv os na foguei ra, m ortos à espada ou afogados. Infeli zm ente, a igrej a da E uro pa m edieval foi infl uenciada p ela Rom a pagã, que confundiu patr iot is m o polít ic o com com prom iss o rel igioso. A idéia de que os seguidores de Cristo seriam como ovelhas no msopolí eio de lobos ti co desta épo ava ca. grande
m ente perd ida nas l utas pelo p od er re li gio
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H oje, a liberdad e reli giosa (tolerân cia r eligi osa, se preferir) é ne gad a nos países mu çulm anos, on de é il egal tentar persuadir as pessoas a aceitar ou tra cr en ça. Com freqüência os converti dos ao cri sti anismo são en carcerados, torturados ou até mortos. As religiões do Extremo Oriente m uita s veze s dão u m a aura de tolerância dir igi da partic ularm ente às audiências ocidentais. Contudo, aqueles que moram em países onde o hinduísmo ou o budismo predomina relatam histórias de repressão, perseguição e ost raci sm o àquele s que aband onam um a deter m inada reli giã o e op tam po r outra fé . Co m o cristãos tem os de lu tar pela tolerân cia l egal, qu er diz er, a li berdade de os indi ví duos acr editar em no q ue quiser em . Ninguém p ode ser coagido a crer em Cristo; ninguém deve ser rejeitado por pertence à outra reli gião. A verdadeira Igr eja sem pre foi minoria den tro da sociedade — p olit icam ente fraca, mas espirit ualm ente fort e. tolerância social. Isto si gnifi ca que tratam os as ou tras Segundo, há a pessoas com respeito, i nd epen den te de suas convicções rel igi osas. Crem os que todas a s pessoas são c ri adas à imag em de D eus, po rtanto, t êm dignidade e valo r. Este t ipo de toler ância é um a dem on stração do am or cr is tão , um a propen são a am ar os outr os, mesm o aqueles que jul gamos estar errados. intelectual,ou sej a, a questão de se O terceiro tipo de tolerância é a estar ou não incl inado a tr ansigi r s uas convicções fund am entais . Co m o é intenção que este livro demonstre, o cristão dedicado não pode tolerar outras perspecti vas, se po r tolerância entendese a aceitação das cren ças de outras religiões. Aqueles que dialogam com outras religiões com a intenção d e integrar t ais crenças com o cris ti anismo estão redefinindo a verdade e debili ta ndo a m ensagem do E vangel ho. Não fiquemos intimidados pela opinião politicamente correta de que ninguém jamais deve esperar ouvir algo de que discorde! Sem dúvida devemos estar dispostos a ouvir as pessoas de outras religiões para m elhor entendêlas e à s ua f é. Outross im, não d evem os nos ofen-
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der se elas procurarem nos converter para os seus pontos de vista. D iál ogo para ob ter entendim ento é n ecessári o e cris tão; diá logo para sintetizar crenças, não. Nem a tol erância tem o senti do de q ue nu nca devem os dizer qualquer coisa negativa sobre a outra religião ou crença. Toda pessoa de qualquer reli gião deve ter o direit o d e julgar e aval iar crit icam ente o utras cren ças. A hora, lugar e at it ude q ue ad otam os é m uito importante, mas fal ar de nossa fé e contrastá la com outras deve ser parte norm al de nossa expe riência. A prolifer ação de outras rel igiões nos Estados Un idos fornecenos op ortun idad e sem p recede ntes. Tozer disse: “O semicon vertido pod e afast ar se assustado do fanatismo e intolerância que teme existirem numa devoção exclus iva ao cri sti anismo, m as o inteiram ente con vertido n ão terá tai s apreensões. [...] Para ele não há outro nome debaixo do céu dado entre os hom ens p elo qual devamos ser sal vos ”. Evangelismo não é proselitismo, que por definição é coercitivo e manipulador. O evangelismo comunica uma mensagem e procura persuadir as pessoas a acreditarem nela, mas n un ca deve viol ar a digni dade dos ouvintes ou tornarse man ipuladora. A verdad e sem pre d eve ser f alada com am or. Pod em os ser incl usivo s em n ossas amizades, m as exclusi vos em nosso com prom iss o com a verdade. Para esclarecer: Tem os de dist inguir entre respei tai um a pes soa e aceitar s eu sistema de cren ças. Pod em os m ode lar a t olerância l egal e a soc ial e ainda procurar persuadir outros a crerem em Cristo. Citando Netland: ‘/Tolerar as pesso as de d iferentes tr adiçõ es religi osas, não exig e aceitar com o jerdadeiras suas crenças bás ic as, ou m esm o a recusa de fazer qualquer ti po de julgamen to sobre o conteú do de suas crenças bási cas” . 1 Até o m und o em geral con corda qu e a “t oler ância ac rí ti ca” nem sem pre é uma virtude. Netland assevera que o homem que fica assistindo pas si vamente enquanto vá ri os m emb ros da gangue est upram um a m ulhernca indefesa, serádeelogiado Semelhantemente, nu discor não dar ninguémpor sua, tolerância. em bora acredi temo s que essa pessoa t
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nha aceitado doutrinas que a levarão para o inferno, não pode ser cham ado d e vir tude. 2 Nossa atitude é a chave. Tem os de apren der a apresentar nossas crenças religiosas com convicção e, ao mesmo tempo, tratar os outros com cortes ia, am or e respeito. Pedro fa la que devem os com partil har no ssa f é “c om m ansi dão e tem or”. A hum il dade de Cri st o é n osso exem plo. Suponha que você não fosse crente, mas soubesse de alguém que conh ece o d est ino daqueles que m orrem sem ter f é pessoal em Cris to, o qu ão interessado você go star ia que a ou tra pessoa est ivess e ao lhe ap resentar o Evangelho? A que raias você qu ereria que os ou tros foss em para trazer a ún ica men sagem que p od e sal vá lo? Lem bres e de qu e as pe ssoas com quem estamos preocupados são tão preciosas quanto nós mesm os. Ponhase no lugar delas e pergun te: “ O q ue devo a el as? ” Contudo, com o m ost ra John Pi pe r, nem m esmo a perdiç ão do ho m em deve ser n ossa m oti vação op ressora ao evangel is mo. E le escr eve: “Fazer missões não é a meta final da igreja. Cultuai' é. As missões existem porque o culto não exis te. Cultuar é o al vo suprem o, fazer missões , não, p orque Deus é o alvo suprem o, o ho m em , não?” 3 Nossa ardente paixão deve ser que mais pessoas cult uem o C ri sto a quem adoram os. Temos de olhar nossos amigos não como “almas a serem salvas”, mas como pessoas que potencialmente po dem ser redi m idas e insc ri tas na gal eri a dos adoradores d e D eus. En tão com o com partil ham os o Evangelho, l iv re de far is aís m o e intoler ância r epuls iva do pior ti po? Podem os com eçar contand o nosso testem unh o e expli cando o m oti vo de crermos em Cris to e po r que pessoal mente aceitamos a fé em sua credibilidade. Nunca devemos dar a impressão d e que som os isentos de fa lha s e dif ic uldades; quanto m ais hu manos formos, mais eficaz será nosso testemunho. Devemos responder da melhor forma as objeções à fé cristã. Mas repetidas vezes temos de apontar a Cristo e suas qualificações como a fonte do que cremos. Não pod em os cham ar a at enção para nós m esmos, a fim de que não sejamos como a pessoa que lamentou uma
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descontinuação na comunicação, dizendo: “Eu apontei para a lua, mas tudo o q ue você vi u fo i meu ded o”. Medite no quanto Cristo adaptou seu testemunho de acordo com sua audiência, sem, con tudo , nu nca infr ingi r os l imit es do resp eito. Fomos chamados para representálo: somos seus embaixadores, ordenado s a viver e falar a seu favor. Ao Pai, Ele disse: ‘ Assim com o tu m e envi ast e ao mu ndo, tamb ém eu os envi ei ao m un do” (Jo 17 .18).
LEVANTANDO-SE NO LUGAR DE CRISTO Com o sucedeu com nosso Sa lv ador , s om os envi ados a o m und o. Não há lugar para m ostei ros na fé do N ovo Test amento. Sem pre que o Evangelho deixou sua m arc a, f oi porqu e ab andono u o cl austr o e entrou no m eio do p ovo. O b rado d a Reforma era o b rado p ara voltar à vi va fé de pess oas comu ns no m undo. Fal ar em nom e da rai nha ou do presidente de nosso paí s é um a hon ra e um a res ponsabilidade desejada. Fal ar em nom e de C ri st o é a m aior vis ão que j amais pen etrou no espí ri to hum ano. Nu nca r etom arem os o imp act o da fé cr is tã at é que tenham os um avi vamento do corpo lai co da Ig rej a, um fi rme com prom iss o de que toda vocação é sagr ada e que todo crente está a ser viço do Rei . Cristo, como aprendemos, é completamente diferente de nós em sua deidade ;nãoobstant e,El eécom on ósem suahumanidadeeem suamis são . Ele f oi enviado, nós som os enviados. Há similar idades no pro cesso d e envio.
Somos Enviados com Propósito Som os envi ados a est e m und o com o propósito es pecí fi co de com unicar uma mensagem. O cristianismo tem de competir no mercado de idéi as. Prec isamos e nvolver nossa cultura na disc ussão e deba te. Dialogar inf ormalmente, respond er perguntas etc. , são procedim entos que faz em p art e do p rocesso. Com o tamb ém fa zem parte a generosi dade, a comp aix ão e um comp romiss o com a a miza de. Como pod em os es perar
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que nossos amigos aceitem a Cristo, se de nossa parte não há a boa vontade de ouvir suas opiniões, considerar suas objeções e entender suas diferenças pessoais com nossa mensagem? Na coli na d e M art e, Paulo apon tou p ara a insc ri ção ‘ Ao D eus d esconh ecido”, e en tão declarou qu e era esse Deus que ele est ava procl am and o aos filósofos que se reuniram para ouvilo. Ele sabia que mesmo aqueles que foram en charcados com o paganism o eram cr iat uras f ei ta s à i m agem de D eus, e buscavam a verdad e rel igi osa para preen cher o vazio de suas almas. Ainda que o Deus a quem Paulo proclamou não tivesse área de concordâ ncia com os deuses dos ateni enses, os mé todos de com un icação que Paulo prat ica va t inham área de con cordância com seus ouvint es. Mai s pess oas estão prontas a ouvir a m ensagem de C ri st o d o qu e nos dam os conta. Est am os aqui com a f ina li dade de leva r a mensagem àqueles que estão p rontos para ouvir .
Somos Enviados com Dependência Em bo ra Cri sto foss e Deus, Ele não u sou seus atribut os, mas colocou os de lado para vi ver com o ser hum ano. Su ponh a que você foss e m il ioná ri o, mas esc olhess eviv eretr abal harcom o maispobre dospob res. Aqualquerm om ento você poderia preen cher um cheque e deixar o gueto, mas você não quer dep end er dos seus r ecursos considerávei s. D a mesm a for m a Cris to, que tinha todo o direito de se isentar das limitações da humanidade, recusou utilizar seus recursos divi nos, m as depe nd ia do Pai para ob tenção d e forç as. Ist o explica por qu e Crist o, possuind o tod os os atri butos da d eidade, passou noites i nteir as em oração. O Pai da val he o p od er para viver e as palavras para falar. Ele nunca se sentia abandonado, mesmo quando os resul tados do seu tra balho pareci am po ucos o u qu ando as pessoas com quem se preocupava fic avam ira das com Ele . A perspectiva de testem un har a seu vizinho o ass usta ? Você fi ca int imconsiderado idado comesqui o pensamsi to? ento de queachan qu ão saberá que diz erdo, ou Ou você e o n ão oconverti é tãoqueemserá pedernido que, sej a com o for , nun ca acreditará em Cri st o?
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Não estamos sozinhos no n egócio de ganh ar al mas. Qu ando Cris t o quis ensinar Pedro a pescar homens, ordenou que os peixes ficassem longe das redes que Pedro lançava durante a noite, período do dia norm almente propício à pesca. Depois m ando u qu e os pei xes (contrári o ao seu costume habitual) nadassem para a rede de Pedro pela manhã. O m oti vo: Cri st o queria provar que quando pescam os hom ens não est am os sós! Por trás de nossas tentativas de testemunhar estão o propósito, o po der e a obra providenci al de Deus. Lembrese de que não é nossa responsabilidade converter a quem quer que seja. Fazemos o que é possível, ou seja, plantar a semente do Evangelho no coração h um ano. Deus f az o impossível,ou seja, plantar fé e vi da no coração h um ano.
Somos Enviados com Alegria A carrei ra de C ri sto era de sofrime nto ou de alegr ia? Claro qu e era de am bos, poi s sofr imen to e ale gri a não são op ostos. Em H ebreus lemos: “O qual , pelo gozo qu e l he estava prop osto, sup ortou a cruz” (Hb 1 2.2). Esta alegr ia envol via dizer não às i nclinações hu m anas n aturai s para evit ar a do r e optar po r um a vi da de tranqüilidade. Vist o sob certo ân gulo, a Crist o m uito agradava vir nos redimir. Co ntud o, de ou tro po nto de vis ta , sabem os pelas Escri turas que até C ri sto não se agrad ou a si m esmo. Preste bem atenção nisso: Cristo teve de pôr de lado seu desejo de agradar se a s i m esm o, a fi m de q ue pu desse agradar ao Pai (Jo 8.29 ). Alegr ia e tri steza não são op ostos. Elas coexisti ram na vida de Crist o e coexist em na nossa t am bém . Samu el Zw emer, f am oso por seu tr abalho m is si onári o entre os m uçulm anos, não te ve m uit os converti dos d urante os anos em que trabal hou no Golf o Pérsi co. Era f reqüente as t em peraturas elevaremse a 41,6 graus centígrados, e em 1904 suas duas filhas morreram no espaço de poucos dias uma da outra. Não obstante, cinqüen ta anos depo is , reme m orand o seus esforç os, el e escreveu: ‘ alegri a de tud o isso vol ta. Com alegri a eu fari a tudo o utra vez”.
A pura
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Re presen tar Crist o, com todas as difi culdades ineren tes no proce é realm ente um a ale gri a.
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Somos Enviados em União Cris to orou pelos “ hom ens que do m und o m e dest e”(Jo 17.6). Depois que Ele subiu ao céu, os discí pulos se r eun iram n o cen áculo para receb er o E spír ito Santo para quetest fossememunh m em m Um esm odos corpo. Esta unidade era o segredo do p oderoso o quebros ti donham. propósit os do corp o de Cris to , a congregação loc al , é fornecer o encorajamento e tr einam ento necessár ios pararepresentarCr is tocom efi cá ci aem nossom undo.Arazãodeo screntesda Igreja Primitiva terem causado tamanho impacto global no mundo antigo, é que esta vam em “com um acordo” no test em unho qu e deram. Som os f ort ale ci dos por hom ens e m ulher es que conhecem o m esmo Cr is t o.
Somos Enviados com Triunfo A missão de Cristo foi cumprida? Inicialmente pareceria que não. Relati vam ente falando, po uco s creram nEle. A inst it uição reli giosa ofi cial crucif icou Crist o. Entretanto, C ris to pod eria diz er que tinha consu m ado a obra qu e o Pai lhe dera p ara f aze r. As sem entes haviam sido plantadas, a Igr eja f ora estabelecida e aq ueles a qu em o Pai dera a C ris to ti nham vi ndo a Ele , exat am ente com o prom eti do. Vasculhe pelas páginas da h ist ória ecles iásti ca e de scobrirá q ue a igrej a passou p or m uitos períodos d e declí nio e expansão. Sofre u p erseguição, inumeráveis heresias, e divisão e fracasso. Contudo, sob todos o ângulos da qu estão e apesar do fra cass o hu m ano, a vontade divi na f oi c um prida. D ados a p roli feração de fals as rel igi ões, as distorções do Evan gelho e o declínio m oral e espi rit ual no ocid ente, é fác i l con cluir que o p rop ósito de Deus está fracassando no mundo. Mas isto seria entender totalmente mal a doutrina bíblica da providência divina. Nada está acontecend o que D eus não esperass e que acon tecess e, ou m el hor, nada est acontecen do no m und o que não seja parte do plano di vi no.
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Crist o predisse q ue o fir a desta era seri a caracterizado p ela anarquia e pelo engano. Haveria guerras, fome e terremotos. Por causa do seu nom e, seu povo seri a odiado p or todas as nações. Haveri a em bustes e m aldades ini gualá vei s. Est as coisas têm de acontecer. Onde está o triunfo? “Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao SENHOR; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua f ace. Porque o reino é do SENHO R, e ele dom ina entre as naçõe s” ( SI 22 .27,2 8). Esta predição será cump ri da n o M il êni o, mas é n ossa garant ia de que os prop ósit os de D eus nun ca vão f al har . E verdade, o con hecim ento do Sen hor ai nda cobrirá a terr a com o as águas cobrem o m ar . Aquele s a quem Cris to com prou serão redi m idos: “ Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue com praste para Deus hom ens de tod a tr ibo, e l íng ua, e povo, e nação” (Ap 5.9). Os propósitos de Deus estão em curso, e somos chamados a tomar parte no seu p rogram a mu ndial . 0 sucesso fi nal e eterno é inevi tá vel.
AS ORDENS DE MARCHAR Q uan do Crist o estava prestes a s ubir ao céu, d eu instruçõ es fi nai s: “ Em e dado todo o p od er no céu e na terr a. Portant o, ide , ensi nai todas as nações, batizandoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinandoas a guardai todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou conv osco todos os dia s, até à consu m ação do s sécul os” ( Mt 28.18 20). Vam os considerai qu atro declaraçõ es universai s que Crist o n os d á aqui.
Cristo Tem Todo o Poder Acreditar que Cristo tem todo o poder no céu não é difícil, obviamente. Já aprendemos que sua presença ali mudou para sempre as características do todo céu. oEmpoder certonasentido, também não éacima difícildaacreditar que Cristo tem terra. Cristo governa rebelião corren te, “ espe rand o até que os seus ini m igos sejam postos po
r esc abe lo
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de seus p és”. O q ue é m ais dif íc il para alguns aceitarem é qu e o p od er de Cris to s e estende até à vontade h um ana. Ele tem o p ode r de fazer com que corações en durecidos recebam a c apacidade de crer nEl e. Sim, claro que E le tem tal pod er. Ao Pai, Ele orou : “Assim com o lhe de ste pod er sobre toda car ne, para que dê a vida etem a a todos q uantos l he deste” (Jo 12.2). Em ou tro lug ar , El e nos assegura que “t udo o qu e o Pai m e dá vi rá a mim, e o qu e vem a m im de m aneir a nenhu m a o lanç arei for a” (Jo 6.37). Isto deveria servir de estímulo àqueles que testemunham, mesmo em país es que são hosti s em sua op osição à fé cri stã . Is to deveri a n os d ar coragem para test em unhai’ aos viz inhos e amigos, que p arecem desinter essados ou im pregnados com um a f orma de rel ig iã o que cega a m ente e end urece o coração. Não devem os supo r que haja al gum a pessoa que est eja for a do âmb it o d a poss ibi li dade de conversão, pela si m ples r azão d e qu e o coração hu m ano est á, em ú lt ima análi se, nas mão s de D eus. O Espír it o Santo é b em habili doso para superai a oposição à m ensagem do Evangelho. Não exist ea m eno r chance de q ue o prop ósito f in al de D eus venha a fr aca ss ar. Você e eu n ão tem os o d ir eit o de julgar a quem Deu s escol he p ara sal var ou não. N inguém exist e fora do alcance da autoridad e de C ri sto. Ele pode dar a hom ens e m ulher es o dom do arrependimento, que resul ta no d om da v ida eter na. “ Eme d ado tod o o p od er”.
Nossa Responsabilidade Inclui Todas as Nações Esta é tarefa hercúlea que abrange todas as nações geograficamente. Se Cristo é apresentado como o único Salvador qualificado para todos os povos da Terr a, El e não é o S alvador do ociden te, enqu anto há ou tro Salvador para o oriente. Lam entavel m ente pod em os li m it ar em extremo nossa vi sã o. Ta l ve z nos alegremos de que o Evangelho seja para nossas famílias, nossos am igos e parentes. Possivel m ente nosso fardo e stendese até às fronteiras em que i na nteres sadocom n um seus a nação de 30do 0 paí m ils hões, não vivemos. est aráMast am bémse Deus interestáessado í ndia 700 m il hões e n a China com seu bil hão?
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Tem os de nos to m ar cris tãos mund iai s, quer di zer , crentes que tenham um coraçã o q ue atravess e nossas li m it ações geográfic as imediatas . Por que u m a parte da terra deveri a receber toda nossa atenção? Certam ente que n ão tem os m aior valor int rí nseco do que as pes soas de ou tros países e as de outras religiões. Bemaventurado é aquele com um coração par a o m undo. Isto também significa “todas as nações” do ponto de vista religioso. Q ue porcentagem da popu lação do m und o é cr is t ã? Cl aro, qualquer número pode ser apenas uma estimativa, não apenas porque não estamos quali fi cados para contar todas as con greg açõe s indi vidualmente, mas tam bém porque não podem os jul gar corações hum anos. Ai nda que cerca da m etade da popu lação mundial possa (a gross o m odo) ser c ham ada cr is tã , perto de nove por cento ade rem a algum ti po de entendim ento doutri nári o do Evangelho. Mas no fi m, t al vez s ó um ou dois por cento d a população do m und o tenha “cri do p ara a s alvaç ão”. A maior porcentagem sem pre foi encon trada nos Estados Unidos e Canadá, mas hoje este quadro está mu dando . As i gre ja s em ergentes nas Am éri ca Lat ina no E xtrem o Oriente (po r exem plo, a Coréia) est ão m udand o a m assa crí ti ca da Igr ej a. Não devemos nos intimidar com o crescimento de outras religiões em nosso paí s. Na cong regação fi nal dos redimidos h averá r epresentantes de tod os os p aíses e anti gos segu idores de todas as vári as rel igi ões. O tri unfo de Crist o é certo, e m esm o nesta era pod em os partic ipar da vi tór ia de Cris to.
Devemos Ensinar Todas as Coisas Evangelizar é apen as o prim eiro passo pa ra f azer di scí pulos. Crescim ento e desenvol vimento exigem tem po e treinamento. Cri st o nos m ostrou com o fazer dis cí pulos , f úndindo um grup o de hom ens nu m p equ eno e xército es pir it ual que subseqü entem ente espal hou o Evangelho po r t odo o m undo . O desafio é aprolúndar nossa compreensão da verdade e nosso comprom iss o com el a. Con si derando que som ente al cançamo s pessoas à m edida que formos crescendo, é importante que cresçamos em nosso
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discipulado para que atinjamos as pessoas, ensinando “todas as coisas” que Crist o ordeno u.
Cristo Está Conosco Todos os Dias Crist o não é som ente o Salvador universa l, m as t em prese nça un iver sal . Ond e qu er que possam os i r, pode m os estar cert os de q ue Ele est á l á, àpois nossa rent e,Elepreparando ti nuan do sua ob ra dequef sairmos. está conosco emnossa nossaschegada vitóriase econao nosso lado em nossas derrotas. Sempre que alguém o aceita como Salvador, sabem os que El e est á em a ção, r eal iza ndo um m il agre no coração hum ano. E quando apresentamos o Evangelho e não vemos nenhu m a evi dência de fé sal vadora, t em os de no s lemb rar de que Ele t am bém está at uan do. Q uando os crentes de Rom a f ic aram desanimados porqu e os judeus não aceit aram a Cris to com o Salvador , Paul o confron tou a perg un ta di retam ente. D eus fr acassou? El e escreve: “Não qu e a pal avra de D eus haja fal tado” ( Rm 9 .6). E prossegu e asseguran do aos crentes que os prop ósitos de Deus estão em direção ao al vo. Nada, “ nem m esm o os corações end urecidos d os incrédu los”, enco ntrase fora dos li m it es da providên ci a di vi na. No fim, Deus sem pre ven ce. Em sua inf ânci a, Jam es Steph ens freqüentava a Escola Dom ini cal , mas qua nd o foi para a faculdade torno use budista. Disseramlhe que ele po dia m udarse a s i mesm o m ediante a disc ipl ina e a i nstrução. Ele con ta que a r ecit ação m onó tona nas reuniões t inha o som de anj os no céu. Por 14 anos seu zel o foi tão extr em o q ue ganho u 54 con vert idos para o budism o. Pra t ic ava a negação de si m esm o com o m eio para i luminaçã o e seguia, da melhor forma possível, o caminho de oito níveis. Voltou sua recitação monótona para um documento chamado “O Gohonzon”, o qual era o objeto de sua adoração. Posteriorm ente, desen cantou se com sua rel igi ão. Primeiro, fic ou d esiludi do po r causa do não cum primen to das prom essas “ a t al m uda nça do coração ” não o correu. D e fat o, af ir m ou: “ Vinh a notando qu e m eu co ração
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est ava fi cando tão depravado, a p onto de m al poder ident if ic ar um a con sciência pura”. Chegou a admitir que estava vivendo uma mentira. Em vez de paz, achou o vazi o. Qu and o busco u respostas, foi lhe dit o simp lesmen te qu e de veria fazer mais atos re ligi osos. C ada vez m ais f icava i nsatis feit o. Segun do, um am igo lhe deu alguns li vros cr ist ãos e u m a Bíbl ia . D epois de l er o Evangelho de João , declarou q ue era “t otalm ente diferente do Crist o qu e os líder es budist as nos falavam”. Acabou desco brindo que Crist o era um M est re viv o, aquEle que não fora reencarn ado , mas ressusci tado. Es te Deus não era um a forç a com o os seus outros deuses davam a entende r que era, mas a Pessoa que o cr iou e o am ou. Após ter l ido as palavras : “ Eu so u o pão da vi da; aquele qu e vem a m im não ter á f om e; e quem crê em m im nun ca t erá s ede” (Jo 6.35 ), el e diz: “Convencido dos meus pecados contra um Deus santo, pus meu fardo aos pés do Salvador e lhe dei minha vida. Naquela mesma noite m inha esposa, Nichi ren Shoshu, budist a por 16 a nos, t am bém creu e fo i sa lv a. Q ue m aravi lhosa graça”! E no fi m, esta é a diferença entre C ri st o e o s ou tros deuses. S ua graça é dada em m eio à nossa desgraça. Ele é o Sal vador que n ão apenas a pon ta o cam inho, m as que nos leva para o nd e precisam os i r. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém! (Ap 1.5b,6).
Amém!
NOTAS 1. H arold N etland, 1991), p. 309. 2. Ibid., p. 305.
Dissonant Voices(Grand Rapids: Eerdmans,
3. Joh n Piper , LetTheNationsBe Glad ( Grand R api ds: Baker , 1 99 3), p. 11.