S é r ie i e E s t ud u d o s B í bl b l i c o s Jo Jo h n M a c A r t h u r
LUCAS Jesus - 0*Salvador"d6imundo
€ John MacArthur
I.iic I.iicij ijss - Estudos híhlicos John MacArlIuir© 2011, Hditora C’ultiira Cristã. Originalmente publicado Jo htii M ac A r th u r B ib le St ud ies. ie s. Copyright © 2006, John K MacArthur, em inglês com o título Luke - Joht
jr. Todos Todo s os direit dir eitos os reservad rese rvados. os. Nenh Ne nhum umaa parte part e deste livro livr o pode pod e ser reprodu repr oduzid zida, a, armaze arm azenad nadaa em sistema sistema de recuperação ou transmitida em qualquer forma ou por qualquer meio - eletrônic o, mec â nico, fotográfico, gravado gravado ou por qualquer qualqu er outro - exceto por citaç ões breves eni criticas critica s impressas, impressas, sem a prévia permissão do editor. Publicado por Nelson hnpact, uma divisão da Thomas Nelson, hic., P.O. Rox 141000, Nashville, Tennessee, 37214. 1“ edição - 3.00 0 e.xenip e.xeniplar lares es Conselho Editorial Ageu (]irilo de Magalhães )r. Cláudio Marra {Presidente) Fabiano de Almeida Oliveira Francisco Solano Portela Neto Heber Carlos de de Camp os Jún ior Mauro Fernando Meister Tarcízio José de Freitas Carvalho Valdeci da Si Iva San tos
Produção Editoria Editoriall Tradução-
Marcelo Ma rcelo Smeets Revisão:
(Jaud ete Agua Agua Sandra ('outo VVilton I.ima Editoração:
Spress Diagramação & Design Capa:
I.ela Design
M llò lg
MacAr MacArth thur ur,, John John I.ucas — Estudos Bíblicos John MacArthur / John MacA Ma cArth rthur; ur; traduzido tradu zido por Marcel Mar celoo Smeets. Sme ets. _ São Paulo: Cultura Cri.stã, 2011 96 p.: 16x23cm Tradução Luke — John MacArthur Bible Studies ISBN ISBN 978-85-762 2-401-3 1. Estudos bíblicos 2. Vida cristã I. Título Títu lo (TX) 248
€ eoiTORn cuLTURn c r i s t A R. Miguel Ilies Jr., Jr., 394 - Cam buci - SP - 15 040 -040 - C^aixa Posta Postall 15.136 Ixme 0800-0141963/ 0800-0141963/ (0 11) 32 07-70 99 - J ax (011) (011) 3 209-125 5 ww v.editoracuJturacrista. v.editoracuJturacrista.com com .br -
[email protected] Superintendente: Flaveraldo J^erreira Vargas Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
:í : v
I.iic I.iicij ijss - Estudos híhlicos John MacArlIuir© 2011, Hditora C’ultiira Cristã. Originalmente publicado Jo htii M ac A r th u r B ib le St ud ies. ie s. Copyright © 2006, John K MacArthur, em inglês com o título Luke - Joht
jr. Todos Todo s os direit dir eitos os reservad rese rvados. os. Nenh Ne nhum umaa parte part e deste livro livr o pode pod e ser reprodu repr oduzid zida, a, armaze arm azenad nadaa em sistema sistema de recuperação ou transmitida em qualquer forma ou por qualquer meio - eletrônic o, mec â nico, fotográfico, gravado gravado ou por qualquer qualqu er outro - exceto por citaç ões breves eni criticas critica s impressas, impressas, sem a prévia permissão do editor. Publicado por Nelson hnpact, uma divisão da Thomas Nelson, hic., P.O. Rox 141000, Nashville, Tennessee, 37214. 1“ edição - 3.00 0 e.xenip e.xeniplar lares es Conselho Editorial Ageu (]irilo de Magalhães )r. Cláudio Marra {Presidente) Fabiano de Almeida Oliveira Francisco Solano Portela Neto Heber Carlos de de Camp os Jún ior Mauro Fernando Meister Tarcízio José de Freitas Carvalho Valdeci da Si Iva San tos
Produção Editoria Editoriall Tradução-
Marcelo Ma rcelo Smeets Revisão:
(Jaud ete Agua Agua Sandra ('outo VVilton I.ima Editoração:
Spress Diagramação & Design Capa:
I.ela Design
M llò lg
MacAr MacArth thur ur,, John John I.ucas — Estudos Bíblicos John MacArthur / John MacA Ma cArth rthur; ur; traduzido tradu zido por Marcel Mar celoo Smeets. Sme ets. _ São Paulo: Cultura Cri.stã, 2011 96 p.: 16x23cm Tradução Luke — John MacArthur Bible Studies ISBN ISBN 978-85-762 2-401-3 1. Estudos bíblicos 2. Vida cristã I. Título Títu lo (TX) 248
€ eoiTORn cuLTURn c r i s t A R. Miguel Ilies Jr., Jr., 394 - Cam buci - SP - 15 040 -040 - C^aixa Posta Postall 15.136 Ixme 0800-0141963/ 0800-0141963/ (0 11) 32 07-70 99 - J ax (011) (011) 3 209-125 5 ww v.editoracuJturacrista. v.editoracuJturacrista.com com .br -
[email protected] Superintendente: Flaveraldo J^erreira Vargas Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
:í : v
. . : í : .v .
Su m á r i o Introdução a Lucas .....................................................................................................................05
1
O n as ci m en to e a infân inf ância cia de C r i s t o .... ..............................................................................................................
09
Lucas 1.1-2.52
2
Tem Te m iníc in ício io o mi mini ni stér st ério io de C r i s t o .... ........................................................................................................................ Lucas 3 . 1-4.44
17
3
O s disc di scíp ípul ulos os de C r i s t o ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... .......
23
Lucas Lucas 5.1-6.1 6
4
A mensagem, o ministério e os milagres milagres de Cristo .............................
29
Lucas Lucas 6.17-9 .50
5
O pú blic bl icoo de O i s t o ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... .....
37
Lucas Lucas 9.51 -10.42
6
Lemb Le mbre rete tess eter et erno no s de C r i s t o ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... .....
43
Lucas 11.1-13.35
7
...................................................... ... Lições Lições e parábolas parábolas de Cristo - Parte Parte 1 ...................................................
51
Lucas 14.1-16.31 8
...................................................... ... Lições e parábolas de Cristo - Parte Parte 2 ...................................................
59
Lucas 17.1-18.34
9
P r ó x i m o a C r i s t o ........... ................ ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... .....
65
Lucas 18.35-19.48 10
O s ini in i m ig o s de C r i s t o ........... ................. ........... ........... ............ ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... .......... ....
71
Lucas Lucas 20 .1-22 .6
11
A paix pa ixão ão de C r i s t o ........... ................. ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... .........
77
Lucas Lucas 22.7 -23 .56 12
C ris ri s to r e s s u s c it o u !................ !...................... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... ......... Lucas 24.1-53
83
In t r o d u ç ã o a L u c a s Assim como os outros três Evangelhos, o título deriva do nome do autor. De acordo com a tradição, Lucas era um gentio. O apóstolo Paulo parece confirmar isso quando distingue Lucas daqueles que eram “da circuncisão” (Cl 4. II, 14). Isso faria de Lucas o único gentio que escreveu livros da Escritura. Ele é respon sável por uma porção significativa do Novo Testamento, tendo escrito tanto o Evangelho quanto o livro de Atos. Muito pouco se sabe sobre Lucas. Ele quase nunca fornece detalhes pessoais sobre si mesmo, e nada de exato se sabe sobre sua vida e sua conversão. Tiinto Eusébio quanto Jerônimo o identificam como natural da Antioquia (o que pode explicar por que muit o do livro de Atos é centrado em Antioqu ia - veja At 11.1927; 13.1-3; 14.26; 15.22-23,30-35; 18.22-23). Lucas foi uma companhia constan te do apóstolo Paulo, ao menos no tempo entre a visão sobre a Macedônia que Paulo teve (At 16.9-10) até a época do martírio do apóstolo (2Tm 4.11). O apóstolo Paulo se refere a Lucas como médico (Cl 4.14). O interesse de Lucas por questões médicas é evidente pelo grande destaque que ele dá ao mi nistério de curas de Jesus (p. ex., 4.38-40; 5.15-25; 6.17-19; 7.11-15; 8.43-47, 49-56; 9.2,6, II; 13.11-13; 14.2-4; 17.12-14; 22.50-51). Nos tempos de Lucas, os médicos não tinham um vocabulário próprio ou uma terminologia médica; então, quando Lucas trata de curas e outros temas da área médica, sua lingua gem não é marcantemente diferente da dos outros autores dos Evangelhos.
A u t o r
e
d a t a
o Evangelho de Lucas e o livro de Atos foram cer tam ent e escritos pelo mes mo autor (veja 1. 1-4; At 1.1). Em bor a ele nunca se identifique pelo no me , fica claro, considerando o uso de “nós” em várias seções de Atos, que se tratava de alguém prcwimo do apóstolo Paulo (At 16.10-17; 20.5-15; 21.1-18; 27.1-28.16). Lucas é a única pessoa, entre seus companheiros, que Paulo menciona em suas epís tolas (Cl 4.14; 2Tm 4.11; Fm 24) que se encaixa no perfil do autor desses livros. Isso está perfeitamente de acordo com a tradição mais antiga da igreja, que atribui unanimemente esse Evangelho a Lucas. Lucas e Atos parecem ter sido escritos ao me sm o tem po - Lucas prim eiro e depois Atos. Com bina dos, eles forma m uma obra de dois volumes endereçada a “léófilo” ( 1.3; At 1.1 ), propiciando uma ampla visão da fundação do Cristia nismo, desde o nascimento de Cristo até a prisão domiciliar de Paulo em Roma (At 28.30-31). O livro de Atos termina com Paulo ainda em Roma, o que leva a concluir que Lucas escreveu esses livros em Roma, durante a prisão de Paulo lá ( c. 60-62
d.c.). Lucas registra a profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (19.42-44; 21.20-24), mas não menciona o cumprimento dessa profecia, seja no Evangelho ou cm Atos. Lucas tem como característica registrar esses cumprimentos de profecia (veja At 11.28), portanto é extremamente imprová vel que ele tenha escrito esses livros depois da invasão romana de Jerusalém. Atos também não inclui nenhuma menção à grande perseguição que começou sob Nero em 64 d.C. Além disso, muitos estudiosos estabelecem a data do mar tírio de Tiago em 62 d.C., e se isso tivesse acontecido antes de Lucas completar sua história, ele certamente teria mencionado o acontecimento. Portanto, a data mais provável para esse Evangelho é 60 ou 61 d.C.
A ntecedentes e contexto Lucas dedicou suas obras ao “excelentíssimo Teófilo” (cujo nome significa lite ralmen te “que ama a Deu s” - 1.3; veja At 1.1). Essa designação, que pode ser um apelido ou um pseudônimo, é acompanhada por um tratamento formal (“ex celentíssimo” ) - possivelmente significando que “Teófilo” fosse um renom ado dignitário romano, talvez um dos que haviam se voltado para Cristo “da casa de César” (í"p 4.22). É quase certo, entretanto, que Lucas previu um público muito mais amplo para sua obra do que esse único homem. As dedicatórias no começo de Lucas e de Atos são como as dedicatórias formais dos livros de hoje. Não são como as formas de tratamento de uma epístola. Lucas claramente estabelece que seu conhecimento dos acontecimentos re gistrados em seu Evangelho provém dos relatos daqueles que foram testemu nhas (1.1 -2) - implicando for temen te que ele não era uma testemunha. Fica claro por seu prólogo que ele tinha o objetivo de fornecer uma exposição em ordem dos acontecimentos da vida de Jesus, mas isso não significa que ele se guiu uma estrita ordem cronológica em todos os casos. Ao reconhecer que compilou seu relato de várias fontes, Lucas não estava negando a inspiração divina de sua obra. O processo de inspiração nunca igno ra ou anula a personalidade, o vocabulário e o estilo dos autores humanos das Escrituras. Os traços únicos dos autores humanos estão sempre indelevelmente impressos em todos os livros das Escrituras. A pesquisa de Lucas não é exceção a essa regra. A própria pesquisa foi orquestrada pela providência divina. E em seu escrito Lucas foi movido pelo Espírito de Deus (2Pe 1.21). Portanto, seu relato é infalivelmente verdadeiro.
T e m a s históricos e teológicos estilo de Lucas é o de um estudioso, de um autor versado. Ele escreveu como um meticuloso historiador, com frequência dando detalhes que ajudam a iden-
o
6
tificar o contexto histórico dos acon tecim entos que descreveu (1.5; 2. 1-2; 3.1-2; 13.1-4). Um tema contínuo do Evangelho de Lucas é a compaixão de Jesus pelos gentios, samaritanos, mulheres, crianças, coletores de impostos, pecadores, e outro s geralmen te consid erados pr oscritos em Israel. Toda vez que seu Evange lho menci ona um coletor de impostos, o faz de modo positivo ( 3.12; 5.27; 7.29; 15.1; 18.10-13; 19.2). Contudo, Lucas não ignora a salvação dos que eram ricos e respeitáveis - por exemplo, 23.5 0-5 3. Do início do ministério público de Jesus (4.18) até as palavras finais do Senhor na cruz (23.40-43), Lucas dá ênfase ao ministério de Cristo aos rejeitados pela sociedade. Repetidas vezes ele mostra como o Grande Médico ministrou àqueles mais cônscios de sua necessidade (veja 5.31-32; 15.4-7; 31-32; 19.10). A grande atenção que Lucas dá às mulheres é particularmente significativa. Do relato da natividade, em que Maria, Isabel e Ana recebem preeminência (caps. 1 - 2 ), aos acontecimentos da manhã da ressurreição, nos quais mais uma vez as mulheres são personagens de destaque (24.1, 10), Lucas enfatiza o papel central das mulheres na vida e no ministério de nosso Senhor (7.12-15, 37-50; 8.2-3, 43-48; 10.38-42; 13.11 -13; 21.2-4; 23.27-29, 49, 55-56). Vários outros temas recorrentes formam fios que perpassam o Evangelho de Lucas. Exemplos deles são o temor humano na presença de Deus; o perdão (3.3; 5.20-25; 6.37; 7.41-50; 11.4; 12.10; 17.3-4; 23.34; 24.47); a alegria; a admi ração pelos mistérios da verdade divina; o papel do Espírito Santo (1.15, 35,41, 67; 2.25 -27; 3.1 6,2 2; 4. 1,1 4, 18; 10.21; 1L1 3; 12.10, 12); o templo em Jerusalém (1.9-22; 2.27-3 8,46 -49 ; 4.9-13; 18.10-14; 19.45-48; 20.1-21 .6; 21.37-38; 24.53); e as orações de Jesus. Começando em 9.51, Lucas dedica dez capítulos de sua narrativa à descri ção da viagem final de Jesus para Jerusalém. Muito do material nessa seção é exclusivo de Lucas. Esse é o coração do Evangelho de Lucas, e caracteriza um tema que ele destaca ao longo de todo o seu Evangelho: a inflexível progressão de Jesus para a cruz. Esse é o verdadeiro propósito para o qual Cristo veio à terra (veja 9.22-23; 17.25; 18.31-33; 24.25-26, 46), e ele não seria impedido. A salvação dos pecadores era o cerne de sua missão (19.10).
D esafios para interpretação Lucas, assim como Marcos, e em contraste com Mateus, parece ter como alvo os leitores gentios. Ele identifica locais que deveriam ser familiares a todos os judeus (4.31; 23.51; 24.13), su gerindo que seu públi co ia além dos que já ti nham um conhecimento da geografia palestiniana. Ele geralmente preferiu terminologia grega em vez de hebraísmos (p. ex., “Calvário” em vez de “Gólgota”, em 23.33). Todos os outros evangelhos usam ocasionalmente termos semíticos como “Aba” (Mc 14.36), “Mestre (Rabi)” (Mt 23.7-8; jo 1.38, 49) e
“Hosana” (Mt 21.9; Mc 11.9-10; Jo 12.13), mas Lucas os omite ou usa ec]uivalentes gregos. Lucas citou o Antigo Testamento bem menos do que Mateus, e quando cita passagens do Antigo Testamento, quase sempre faz uso da Septuaginta, uma tradução grega das Escrituras hebraicas. Além disso, muitas das citações de Lu cas do Antigo Testamento são alusões em vez de citações diretas, e muitas delas aparecem nas palavras de Jesus em vez de na narrativa de Lucas (2 .2 3- 24 ; 3 .4-6 ; 4.4,8, 10-12, 18-19; 7.27; 10.27; 18.20; 19.46; 20.17-18, 37, 42-43; 22.37). Lucas, mais do que qualqu er outro dos evangelistas, destacou o âmb ito un i versal do convite do evangelho. Ele retratou Jesus como Filho do Homem, re je ita do por Israel, e e ntão oferecido ao mundo. C om o anteriormente obse rv ado (veja Temas históricos e teológicos, p. 6 ), Lucas repetidamente conta relatos de gentios, samaritanos e outros proscritos que encontraram graça aos olhos de Jesus. Essa ênfase é pre cisamente o que devemos esperar de um companheiro do “apóstolo dos gentios” (Rm 11.13). No entanto, alguns críticos têm argumentado ver uma grande diferença entre a teologia de Lucas e a de Paulo. É verdade que o Evangelho de Lucas é praticamente destituído da terminologia que é exclusivamente paulina. Lucas escreveu em seu próprio estilo. No entanto, a teologia essencial está em perfeita harmonia com a do apóstolo. A peça central da doutrina de Paulo é a justifica ção pela fé. Lucas também exalta e ilustra a justificação pela fé em muitas cir cunstân cias e parábolas que ele relata, prin cipa lme nte na passagem do fariseu e o publicano ( 18.9-14), na conhecida história do filho pródigo (15.11-32), no incidente na casa de Simão (7.36-50) e na salvação de Zaqueu (19.1-10).
J |
:^ í
O NASCIMENTO E A ÍN F % C IÍ DE C r i s t o
L u c a s 1 .1 - 2.52
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Bebês nascem todos os dias, mas o nascimento de Jesus foi único. De que maneira especial você e sua família celebram o nascimento de Jesus?
Jesus ti nha 12 anos de idade quando visitou o Templo. Volte no te mpo e pense em quando você tinha 12 anos de idade. Como você era? Quais eram os seus interesses? Você estava envolvido com as coisas da igreja ou era in teressado pelas questões espirituais?
C ontexto Embora acompanhado por um grandioso toque de trombetas celestial, o nasci mento de Jesus gerou pouca notícia ciu interesse entre os homens. Somente algunias testemunhas obscuras celebraram a abençoada chegada do Salvador em nosso mundo marcado pelo pecado. Somente Lucas relata as circunstâncias notáveis do nascimento de João Batista, a anunciação a Maria, a aparição dos anjos aos pastores e a reação de Simeão e Ana orientada pelo Espírito quando Jesus foi apresenta do no Templo. Dos evangelistas, somente Lucas fornece al guma informação sobre a infância de Cristo (2.40-52). Mas mesmo esses deta lhes são apenas esboçados, na maior parte limitados à conhecida história do encontro de Jesus com os mestres no Templo, quando ele tinha 12 anos de ida de. En qua nto você lê o início da história de Lucas, tente ima ginar o qu e deve ter acontecido quando Jesus veio ao mundo. 9
C have para o t e x t o o propósito de Lucas: escrevendo primariamente ao homem chamado Teófilo e para um pübHco gentio, Lucas quis elaborar um cuidadoso e abrangente relato da vida de Cristo. Seu objetivo era mostrar que Jesus não era somente o tão aguardado Messias dos judeus, mas também o Salvador dos não judeus. Histo riador meticuloso, Lucas começa pelo princípio. Seu relato da natividade é o mais completo dos registrados pelos Evangelhos e o mais refinado em seu esti lo literário. Jesus: um nome derivado da palavra grega lesous, equivalente ao nom e hebraico Yeshua (Josué), que literalmente significa “O Sfnhor salvará”. Nos tempos do
Antigo Testamento, o no me Jesus era um n om e judai co com um . En tretanto, o significado desse nome expressa a exclusiva obra redentora de Jesus na terra. O anjo enviado a José afirmou a importância do nome de Jesus; “porque ele sal vará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21 ).
D esdobrando o texto Leia lAicas 1. 1- 2. 52 , prestand o a tenção às palavras e trecho s em destaque. muitos (v. 1) - em bora Lucas tenha e scrito a
revelação divina inspirado pelo Espírito Santo, ele também reconheceu o trabalho de outros. Além disso, ele mesmo se informou com mui tas testemunhas de primeira mão dos aconte cimentos da vida de Cristo. depois de acurada investigação (v. 3) - lite ralmente “tendo investigado cuidadosamen te”; o Evangelho de Lucas foi o resultado de esmerada investigação. excelentíssimo (v. 3) - esse era um titu lo usa do para se dirigir a governantes (At 23 .26 ; 24.3 ; 26.25). Esse tipo de linguagem era reservado para os altos dignitários, sugerindo que Teófilo tenha sido uma pessoa assim. ple na cert ez a (v. 4) - observe a reivindicação implícita de autoridade. Embora Lucas tenha escrito a partir de outras fontes (v. 3), ele con siderou a fidedignidade e a autoridade de seu evangelho superiores a fontes não inspiradas. Am bos er am ju st os dia nte de D eu s (v. 6) eles eram crentes, justificados aos olhos de Deus. Há um eco claro da teologia paulina nessa expressão. pa ra q u eim a r o ince nso (v. 9) - por causa do lü
grande número de sacerdotes, muitos pode riam nunca ser escolhidos para essa tarefa; Zacarias não tinha dúvidas em co nsiderar esse o momento supremo na vida de serviço sacer dotal. temor (v. 12) - a resposta norm al - e apro priada - quand o alguém é confron tado pela visitação divina ou por uma obra poderosa de Deus. p ra zer e ale gri a (v. 14) - am bos são marcas do reino messiânico. no espírito epoder de Elias {v. 17) - Elias era conhecido por sua corajosa e determinada de fesa da Palavra de Deus - me smo d iante de um monarca desumano. Gabriel (v. 19) - literalmente “homem forte de Deus”; um dos somente dois nomes de an jo s cujos nomes são dados na Escritu ra (o ou tro é Miguel). meu opróbrio (v. 25) - não ter filhos carreg a va um estigma social numa cultura em que as bênção s estavam ligadas ã prim ogen itura e ge nealogia; a esterilidade eventualm ente poderia ser vista como um sinal de desfavor divino. t4ma virgem (v. 27) - uma visão correta da
encarnação cie Cristo (isto é, sua divindade e impecabilidade) depende da verdade de que lesus nasceu de uma virgem. muito favorecida (v. 28) - literalmente “cheia de graça” - esse term o é usado para todos os crentes em Efésios 1.6, em que é traduzido por “concedeu”. Maria foi uma beneficiária, não uma dispensadora da graça divina. Filh o do Altís sim o (v. 32) - o anjo estava di zendo a Maria que seu filho seria igual ao grandioso Deus. não tenho relação com hom em algum ( v. 34) - isto é, conjugalmente. Maria com preendeu que o anjo estava falando de uma concepção imediata, e ela e )osé ainda estavam no m eio de lun longo período de noivado. a criança estremeceu de alegria dentro de m im ( v. 44 ) - o infante , co m o sua mãe, estava
cheio do Espírito. no oitavo dia (v. 59) - de acordo com o m an damento de Deus (I.v 12.1 -3), tornou-se comum dar nome a uma criança na sua circuncisão. poder osa salvação (v. 69) - no original, “‘chifre’ da salvação”, uma expressão comum do Antigo Testamento simbolizando força. o sol nascente (v. 78) - uma referência mes siânica (veja Is 9.2; 60.1-3; Ml 4.2; 2Fe I.I9; Ap 22.16). Nazaré ... Belé m (2.4) - tanto José quanto Maria (que estava prestes a dar à luz) eram descendentes de Davi e, portanto, foram para a capital da sua tribo para serem reg istrados uma viagem dificil de mais de 112 quilômetros através de um terreno montanhoso. prim ogênit o (v. 7) - Ma ria teve ou tros filhos depois desse. manjedoura (v. 7) - um coch o para alim en tação de animais. o Salvador (v. I I ) - esse versículo e João 4.42 são os dois únicos textos nos Evangelhos cm que é feita referência a Cristo como “Salvador”. Sen hor {v. 1 1) - a palavra grega pode signifi car Mestre - mas aqui (e na maioria das oco r
rências no Antigo Testamento), ela é usada como um título de deidade. multidão (v. 13) - um term o usado para des crever um acampamento militar ou um exér cito celestial. a consolação de Israel (v. 25) - um título messiânico, evidentemente derivado de versí culos como Isaías 25.9; 40.1-2; 66.1-11. todos os povos (V. 31) - ou seja, todas as na ções, línguas e tribos (veja Ap 7.9) - tanto Israel quanto os gentios (v. 32). tanto para ruína como para levantamento de m uitos em Israel (v. 34) - para aqueles que o
rejeitam, ele é uma pedra de tropeço ( IFe 2 .8); aqueles que o recebem são levantados (Ef 2.6). uma profetisa (v. 36) - isso se refere a uma mulher que falava a Palavra de Deus; alguém que ensinava o Antigo Testamento, não uma fonte de revelação. quando ele atingiu os doze anos (v. 42) - o bar mitzvah (quando um m enino judeu se tor na um “filho do mandamento”) acontecia aos 13 anos de idade, de modo que muitos garotos judeus celebrav am sua prim eira festa qu an do completavam 12 anos, cm preparação para es.se rito de passagem para a idade adulta. ouvindo-os e interrogando-os (v. 46 ) - Jesus era comp letam ente respeitoso em seu papel de estudante; mas mesmo sendo tão jovem, suas perguntas demonstravam uma .sabedoria que envergonhou os mestres. m e cum pria estar na casa de m eu Pai (v. 49) - Jesus não estava sendo insole nte, mas ficou surpreso por seus pais não saberem onde pro curar por ele. Mesmo em tão tenra idade, ele tinha uma consciência clara de sua identidade e missão. E cres cia Jesu s (v. 52) - Jesus não deixou de ser Deus ou privou a si mesmo dos atributos divinos para se tornar homem; em sua huma nidade, ele foi sujeito ao processo normal do crescimento humano, intelectual, físico, espiri tual e social.
11
1. Lucas descreve o nascimento de João Batista em grandes detalhes. Por quê?
2. O que Lucas 1 revela sobre Zacarias, o pai de João? Co m o você descreve ria esse homem em suas próprias palavras?
3. Ao receber a notícia de que ela seria a “mãe do Messias de Israel”, Maria rompeu em louvor. Resuma o conteúdo de seu cântico inspirado.
4. Logo depois do nascimento de João, Zacarias ficou cheio do Espírito San to e começou a profetizar. Que descrições e detalhes específicos são revela dos sobre a importância do papel que o filho de Zacarias deveria desempe nhar para a vinda do reino de Deus?
5. Que acontecimentos inesperados transpiraram quando José e Maria fo ram apresentar Jesus ao Senhor no Templo?
12
6.
O que sabemos sobre a infância de Cristo? O que Lucas revela?
7. Lucas registra o anú nci o do anjo Gabriel a Maria e sua submissa resposta repleta de fé: “que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (v. 38). O que isso ensina a você sobre se render à soberania de Deus?
C onhecendo a fundo Leia Mateus 1.18-2.3, 9-11, o outro relato primário entre os Evangelhos da vinda de Cristo ao mundo.
A nalisando o significado 8.
Que novos fatos e discernimentos o Evangelho de Mateus dá sobre o nascimento de Jesus que não encontramos no de Lucas?
9. Por que é significativo que Maria se refira a “Deus, meu Salvador” em Lucas, no versículo 47?
10. Por que você acha que há tantas referências a pessoas admirada s, m ar a vilhadas e rompendo em louvor nesses capítulos?
13
11. Alguns sugerem que o incidente de Jesus sendo deixado (ou permane cendo) no Templo revela uma travessura infantil de sua parte, ou que sua resposta a Maria tenha sido um pouco desrespeitosa. Como você responde a esses ataques?
V erdade para hoje Muitas pessoas duvidam que Jesus tenha realmente existido, mas muitos histo riadores escreveram sobre Jesus Cristo. Por volta de 114 d.C., o historiador ro mano '1 atico escreveu que “o fundador da religião cristã, Jesus Cristo, foi morto por Pôncio Pilatos no reinado do imperador romano TiJ')ério”. Plínio, o jovem, escreveu uma carta ao imperador Trajano sobre Cristo e os cristãos. Em 90 d.C., o historiador Josefo redigiu uma breve nota biográfica sobre Jesus: “Hou ve por esse tempo Jesus, um homem sábio, se e legítimo chamá-lo homem, pois ele foi o executor de obras maravilhosas, um mestre de homens que receberam a verdade com prazer. Ele atraiu para si muitos dos judeus e dos gentios. Ela era o Cristo”. O Talmude se refere a Jesus de Nazaré. Jesus foi um homem na Histó ria. E suas reivindicações eram verdadeiras.
R efletindo sobre o texto 12. Cristo veio ao mundo, quanto a isso não há dúvida. A mais importante pergunta é: ele veio ao nosso coração? O que você pensa sobre Jesus?
13. Quais são seus personagens favoritos nesses dois capítulos de al)ertura de Lucas? Do que você gosta neles?
14
14. Lucas 2.52 tala do crcscimento intelectual, físico, espiritual e social de lesus. O que você pode fazer hoje para promover seu crescimento pessoal em cada uma dessas áreas?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
N otas
16
»?eRiîK)œ0R«e?e!î'3®œi®®a^^ H
2
p
;H
I j
T e M início o MINISTÉRIO’ DE C r ISTO . L ucas 3.1-4.44
A p r o x i m a n d o -SE d o t e x t o Quando Jesus começou seu ministério, encontrou barreiras e oposição es piritual. Pense sobre um projeto de longo prazo que você empreendeu (p. ex., uma reforma na casa, uma dieta, exercícios para emagrecer, obter outra graduação, etc.). Que dificuldades você encontrou?
Que qualidades de caráter são necessárias para não apenas começar uma tarefa, mas também para ir até o final?
C ontexto Lucas anuncia o princípio da operação do reinado de jesus apresentando joão Batista, o precursor de Cristo. Naqueles dias, monarcas viaja ndo pelas re giões desertas deveriam ter grupos de trabalhadore s ind o ã frente deles para ter certeza de que a estrada estaria livre de entulhos, obstáculos, armadilhas e ou tros riscos que pudessem dificultar a viagem. Num sentido espiritual, João pa vimentou o caminho de Cristo, chamando o povo de Israel a preparar seus corações para a chegada do Messias. Após Cristo encontrar real oposição em seus quarenta dias de tentação, lemos sobre a inauguração de seu ministério. Observe quanto de seu ministério é dirigido aos gentios (a viúva de Sarepta e Naamã, o sírio). Essas duas pessoas viveram durante tempos de descrença disseminada em Israel. O que Jesus quis dem ons trar é que Deus havia ignora do todas as viúvas e leprosos de Israel e, no entanto, demonstrado graça a dois gentios. O tema da preocupação de Deus por judeus e gentios percorre todo o Evangelho de Lucas. 17
C have para o t e x t o Batismo: essa palavra vem do grego baptizo, que significa “me rgu lha r” ou “ime r
gir”. As pessoas iam até João Batista para serem batizadas por ele no rio Jordão. O batism o dos gentios com o prosélitos ao judaísmo era com um para os judeus, mas esse tipo de batismo para judeus era novo e estranho para eles. João os chamou para serem batizados como uma renúncia pública ao seu antigo modo de vida. O batismo deles também simbolizava ter o coração preparado para a vinda do Messias. Paulo ligou o batismo com a identificação dos crentes com Cristo. Assim como um tecido molhado em tintura absorve a cor da tinta, tam bém uma pessoa imersa em Cristo deve ter a natureza de Cristo. A genealo gia de Cristo: Lucas traça a linhagem de Cristo numa genealogia que se move para trás, de Jesus até Adão. (Contraste essa com a genealogia do Evan gelho de Mateus, que se move para adiante, de Abraão a José.) Os dois registros dos ancestrais são facilmente conciliados se Lucas for visto como a genealogia de Maria, e a versão de Mateus representa a de José. Sendo assim, a linhagem real passa pelo pai legal de Jesus, e sua descendência física de Davi é estabeleci da pela linhagem de Maria.
D esdobrando o texto Leia Lucas 3.1-4.44, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. para remissão de peca dos (v. 3) - ou seja,
para simbolizar e testificar o perdão já recebi do pelo arrependimento. endireitai as suas veredas (v. 4) - citação de Isaías 40.3-.^. toda carne (v. 6) - tanto gen tios c]uanto ju deus. Iodos os quatro Evangelhos citam Isaías 40.3 (Mt 3.3; Mc 1.3; )o 1.23). Somente Lucas acrescenta os versículos 5-6, usando assim uma passagem conhecida de Lsaías para dar ênfase a seu tema do escopo universal do evangelho. filh os a A bra ão (v. 8) - filhos verdadeiros de Abraão não são meramente descendentes físi cos, mas aqueles que seguem sua fé, crendo na Palavra de Deus da maneira como ele creu (Rm 4.11-16; 9.8; Cl 3.7). duas túnicas (v. 1 1 ) - um tipo de roupa pa recida com uma camisa. For causa da iminên cia da vinda do juízo, não era o m om ento para acum ular sobras. soldados (v. 14) - isso se refere aos mem bros 18
do exército de ocupação romano, odiados pelo povo de Israel por sua brutalidade e paganis mo. O fato de que tais pessoas responderam ã pregação de João revela a poderosa influência que seu ministé rio teve - especialmen te entre os rejeitados pela sociedade. correias das sandálias (v. 16) - desatar as correias das sandálias era a mais b aixa tarefa de um escravo, preliminar ã lavagem dos pés. lançar João no cárcere (v. 20) - esse aconte cimento na verdade ocorreu mais tarde duran te o ministério de Jesus, mas Lucas organizou seu material sobre João Batista de maneira tó pica, em vez de cronológ ica. estando ele a ora r {v. 21 ) - a oraç ão é um dos temas dom inantes de Lucas. como pomb a (v. 22) - imagem de bondade. cerca de trinta anos (v. 23) - uma idade co mum para com eçar a exercer o oficio de profe ta (Ez 1.1), sacerdote (Nm 4.3, 35, 39, 43, 47) ou rei (Cn 41.46; 2Sm 5.4).
durante quarenta dias, sendo tentado (4.2)
se encheram de ira (v. 28) - a primeira m en
- evidentemente a tentação de Cristo com pre endeu os quarenta dias de seu jejum. até momento oportuno (v. 13) - para Cristo, as tentações de Satanás não terminam aqui, mas persistiram por todo o seu ministério (veja Hb 4.15), culminando no (íetsêmani (Lc 22.39-46). In do para Nazaré (v. 16) - o versículo 23 in dica c|ue Cristo havia ministrado previamente em Catarnaum, outro exemplo da maneira de I.ucas organizar as coisas logicamente em vez de cronologicamente. o ano aceitável do Senhor (v. 19) - a passa gem que Cristo leu foi Isaías 61.1-2. Hle parou no meio do versículo 2 .0 restante do versículo profetiza julgamento no dia da vingança do Senhor, [á que essa parte do versículo pertence ao segundo advento, Cristo não o leu. se cumpriu a Escritura (v. 21) - Jesus (]risto fez uma reivindicação ambígua de que ele era o Messias que havia cumprido a profecia. Eles compreenderam corretamente seu significado, mas não poderiam aceitar uma reivindicação tão grandiosa daquele que eles conheciam tão bem como o filho do carpinteiro (v. 22).
ção de I.ucas ã oposição hostil ao ministério de Cristo, despertada pela sugestão de O is to de que a graça divina deveria ser recusada a eles e ainda estendida aos gentios. pa ssand o p o r entre e/es (v. 30) - a implicação é que e.ssa foi um a fuga mirac ulosa - o prim eiro de vários incidentes semelhantes nos quais ele escapou de uma morte prematura nas mãos da multidão (veja Jo 7.30; 8.59; 10.39). Santo de Deus (v. 34) - os tiemôn ios sempre reconheceram Cristo imediatamente. a sogra de Simão (v. 38) - Pedro era casado (veja ICo 9.5), embora não seja dado nenhum detalhe em qu alquer parte da Escritura. com febre muito alta (v. 38) - Mateus 8.1415 e Marcos 1.30-31 também registram esse milagre. Mas somente Lucas, o médico, co menta que a febre era alta e faz observações sobre o modo como lesus a curou (v. 39). Ao p ô r do sol (v. 40 ) - isso significa o fim do sábado. Tão logo estivessem livres para viajar, as multidões vinham. reino de Deus (v. 43) - termo preeminente por todo o restante do Evangelho de Lucas, in troduzido aqui pela primeira vez.
I. Descreva o mini stério de João I^atista - ele mesm o co m o mensageiro, o conteúdo de sua mensagem, seu estilo.
2. Que tipos de pessoa iam ouvir João Batista pregar? Qual era a resposta delas a ele?
19
3. Faça um resumo do que aconteceu quando Jesus foi l^atizado.
4.
O que Lucas 4.1 diz a respeito do papel do Espírito na tentação de Cristo?
5 . 0 que aconteceu quan do Jesus apresentou a si mesm o com o o Messias de Israel em sua cidade natal, Nazaré (4.16-29)?
6.
Qual foi o consenso dos demônios a respeito da identidade de Cristo (4.34,41)?
C onhecendo a fundo Leia João 1.19-3 4 para maior compr eensão do ministério e da conduta de João l^atista.
A nalisando o significado 7. O que o relato do apóstolo João sobre João Batista acrescenta ao seu en tendimento a respeito do seu propósito como precursor do Messias?
20
8.
O modalismo é uma heresia teológica que sugere que Deus se manifesta em três modos distintos, um em cada momento. Como o registro de Lucas do batismo de Jesus refuta o erro do modalismo?
9. No relato da tentação, Jesus citou Deuteronômio 8.3 (4.4), e depois Deuteronômio 6.13 (v. 8 ). Após Satanás citar o Salmo 91.11-12 (vs. 10-11), Cristo citou Deuteronômio 6.16. Que princípios você encontra aqui sobre tentação, o diabo e conhecimento da Escritura?
10. Se tivesse sido uma testemunha ocular desses acontecimentos, a que con clusões você chegaria sobre a identidade de Jesus, sua mensagem e missão?
V erdade para hoje Como você pode desenvolver sua compaixão pelos perdidos? Primeiro, estude o grande amor de Cristo, sua compaixão e terna misericórdia. Você pode estu dar grandes homen s e mulheres da história da igreja, mas princip almente c o m preender o coração de Jesus. Como IJoão 2.6 diz: “aquele que diz que perma nece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. Segundo, estude o pecado: sua culpa, seu poder e seu castigo. Isso o deixará alerta sobre como todos nós nos tornamos vítimas das sutilezas do mundo. Romanos 12.2 diz: “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”. Que isso o lembre de não ficar preocupado com as coisas do mundo, mas com a evangelização dos perdidos. Terceiro, estude os pecadores. Tente cultivar amor e simpatia por eles, não amargor. Observe que os evangelistas mais zelosos geralmente são os novos convertidos. 21
Quarto, estude a Escritura. Veja o que ela diz sobre o inferno, a morte, o julgamento e a salvação. E, finalmente, ore pedindo a Deus que lhe dê paixão pelo evangelismo.
R efletindo sobre o texto 11. Cristo estava claramente “numa missão”. Em seu desejo de ver Deus glorificado, Jesus demon strou comp aixão pela humanidad e perdida cur an do, ensinando e proclam ando as boas-novas. Nu ma escala de 1 a 10, que nota você daria ao seu desejo de alcançar outros?
12. A tentação é um fato da vida num mundo caído. Com Cristo como seu exemplo perfeito, o que você pode e fará hoje para resistir aos esquem as de Satanás?
13. Muitos ciescrentes têm uma visão desfavorável de Cristo. Que “fatos fa voráveis” sobre Jesus você vê nesses dois capítulos do Evangelho de Lucas?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que qu eira levan tar ou uma oração.
22
3
Os DISCÍPULOS DE L u c a s 5 .1 - 6.16
A p r o x i m a n d o -SE d o t e x t o Que líder (pastor, político, mestre, treinador, etc.) impactou sua vida de ma neira duradoura? O c]ue fez vocc “seguir” essa pessoa ou estar próximo dela?
C ontexto Escrevendo para fazer uma “narração coordenada” da extraordinária vida de Jesus Cr isto, Lucas continua sua desc rição do ministé rio do Fi lho do Hom em na Galileia. Fundamentalmente, esses capítulos registram o chamado de Cristo aos doze home ns que for am inicialmente identificados com o discípulos e mais tarde como apóstolos. É incrível que esse punhado de seguidores pouco pro missores tenha se tornado os líderes humanos da entidade mundial conhecida como igreja. Nessa parte do Evangelho de Lucas, o Filho do Homem não de monstra autoridade somente sobre os homens, mas também soberana autori dade sobre a natureza, as doença s e a corr upçã o, o pecado e suas conse quências , e sobre a tradição religiosa.
C have para o t e x t o Apóstolos: essa palavra signitk'a “mensageiros, enviados”, e vem da palavra grega apostoloi. Lucas reserva esse termo quase exclusivamente para os doze
discípulos que foram especificamente chamados para o ofício único de auto ridade em Cristo. O papel de um apóstolo envolvia uma posição de liderança e exclusiva au toridade de ensino na igreja primitiva. Os escritos do Novo Tes tamento foram todos de autoria dos apóstolos ou de pessoas próximas a eles. E antes de o Novo Testamento ser escrito, o ensino dos apóstolos era a regra na igreja que se iniciava. 23
D esdobrando o texto Leia Lucas 5.1-6.16, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. lago de Genesaré (v. 1) - ou seja, o m ar da
Os sãos (v. 31) - ou seja, aqueles que pensam
Galileia, na verdade um lago de água doce, a cerca de 210 metros abaixo do nível do mar, e principal fonte de água e comércio para a re gião da Galileia. lanç ai as vossas rede s {v. 4) - normalmente o peixe que era pescado em águas rasas à noite podia migrar durante o dia para águas profu n das demais para ser alcançado facilmente com redes, por isso Pedro pescava à noite. retira-te de mim (v. 8) - essa pescaria no tá vel foi claramente um milagre, e Pedro com preendeu que estava diante do Santo. coberto de lepra (v. 12) - um caso extrem a mente sério. mostra-te ao sacerdote (v. 14) - de acordo com a lei que tratava da lepra (Lv 13.1-46). subin do ao eirado, o desceram no leito (v. 19) - aparentem ente a casa de uma pessoa rica, construída em estilo greco-romano, com telhas que, quando removidas, tornou possível baixar o homem por entre as vigas do telhado. conhecendo-lhes (v. 22) - ou seja, por meio de sua onisciência (veja Mt 9.4; )o 5.24-25. p a ra q u e sa ib ais (v. 24) - a habilidade de Cristo para curar qualquer pessoa de acordo com sua vontade - total e imedia tam ente (v. 25) - era prova indiscutível de sua divinda de. C'omo Deus, ele tinha toda a autoridade para perdoar pecados. Esse foi um momento decisivo e poderia ter terminado de uma vez com toda a oposição dos fariseus. Em vez disso, eles começaram a tentar desacreditálo, acusando-o de violar suas regras de guar da do sábado. pro díg io s (v. 26) - a resposta dos homens é curiosamente descompromissada - não caren te de assombro e surpresa, mas completamen te vazia de fé verdadeira.
estar sadios não buscam a cura. freq u en tem en tejeju a m (v. 33) - Jesus jejuou privadamente pelo menos em uma ocasião (Mt 4.2); a Lei prescrevia um jejum no Dia da Expiação (I.V 16.29-31 ; 23.27) - todos os ou tros jejuns eram voluntários, e por razões es pecíficas como penitência e oração fervorosa. O fato de os fariseus levantarem essa questão mostra que eles pensavam no jejum como um exercício público para que a pessoa exibisse sua espiritualidade. O velho é exce lent e (v. 39) - todos os que ad quiriram predileção pelas cerimônias da anti ga aliança e tradições farisaicas eram relutan tes em desistir delas pelo novo vinho do ensino de Jesus. se ele faria um a cura no sábado (6.7) - os es cribas e os fariseus divisaram o homem com a mão mirrada (v. 6) e, com Cristo presente, eles imediatamente entenderam que essa poderia ser uma ocasião para a cura do homem. Em to tal contraste com os assim chamados curandei ros, Cristo não era seletivo. Ele curava todos os que iam até ele (v. 19; veja 4.40; Mt 8.16). fa z e r o bem (v. 9) - as leis relativas ao sábado proibiam o trabalho para obter rendimento, diversões frívolas e coisas estranhas à adora ção, mas boas obras eram ap ropriadas ao sába do - particularmen te atos de caridade, miseri córdia, adoração e preservação da vida. Corromper o sábado para proibir essas obras era uma perversão do desígnio de Deus. cha m ou a si os seus discípulos { v. 1 3 )- Cristo tinha muitos discípulos; em certa ocasião, en viou setenta em pares para proclam ar o evange lho (10.1), mas nessa ocasião, ele escolheu doze e especificamente os comissionou como após tolos, isto é, “enviados”, com uma autoridade especial para transmitir sua mensagem.
24
1. Descreva o que aconteceu quando Cristo chamou Simão (Pedro), André, Tiago e João. O que Jesus pediu que Pedro fizesse e qual foi a resposta dele?
2. Cristo, quando confron tado com o hom em paralítico, respondeu de modo inesperado. O que as palavras e ações dele dizem sobre sua identidade?
3. Por que os acontecimentos de Lucas 5.27, 32 fizeram que os líderes reli giosos ficassem perplexos e agitados?
4. Faça um resumo da troca de palavras entre Jesus e os líderes judaicos em Lucas 5.33-39. O que cada parte diz ou sugere?
5. Lucas 6.1-11 focaliza alguns incidentes que ocorreram no sábado judaico. O que Jesus fez nesse caso e qual foi a resposta dos líderes religiosos?
25
6. Faça uma lista dos homens que Jesus escolheu para serem seus seguido res. Compare a lista de Lucas com Marcos 3.13-19. Alguns dos doze são chamados por outros nomes?
C onhecendo a fundo Leia Mateus 9.9-13 para ver outro relato do chamado de Mateus.
A nalisando o significado 7. Quando se encontrou com Cristo, qual foi a resposta imediata de Levi (Mateus)?
8. Por que as ações de Jesus criaram tanto escândalo entre a elite religiosa? Qual era a maneira típica de os rabinos verem e tratarem os “publicanos e pecadores”?
9. O que Cristo estava dizendo ou revelando sobre si mesmo na cura do paralítico (5.17-26)?
26
, 'PA '.' o- „
■>j^'vy>-
10. Quando Jesus curou o homem com a mão mirrada, os escribas e fari seus se “encheram de furor” (6.11). Essa é uma reação curiosa diante de um tão glorioso milagre. O que estava por trás da fúria cega deles?
11. Antes de escolher seus doze discípulos, Lucas 6.12 diz que Jesus “passou a noite orando a Deus”. Por que isso é tão significativo? O que isso diz a você sobre Jesus?
V erdade para hoje Pense sobre as ramificações desse fato. De nossa perspectiva humana, a propaga ção do evangelho e a fundação da igreja apoiam-se completamente nos doze homens cuja característica mais marcante era a de serem comuns. Eles foram escolhidos por Cristo e treinados por um tempo que é mais bem mensurado em meses do que em anos. Ele ensinou a eles as Escrituras e teologia. Ele os discipulou de mod o a viver piedosam ente (en sina ndo -os e mos trand o a eles co m o orar, co mo perdoar e com o servir um ao outro c om humildad e). Ele deu a eles instru ção moral. Ele falou a eles das coisas do futuro. Ele os empregou como seus instrumentos para curar os doentes, expulsar os demônios e fazer outras obras miraculosas. Tendo recebido poder do Espirito San to no Pentecostes, eles brava mente se ocuparam com a tarefa para a qual Jesus os havia chamado. A obra que eles subsequentemente começaram continua hoje, dois mil anos depois. Eles são a prova viva de que o poder de Deus e aperfeiçoado na fraqueza.
R efletindo sobre o texto 12. Como você é pessoalmente encorajado pela verdade de que os doze se guidores originais de Jesus - que eram cheios de man eirismos, inconsiste n tes e lentos para compr eende r as implicações do evangelho - tornara m-se homens que mudaram o mundo?
27
13. Que novos discernimentos você obtém, nesses capítulos, sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo?
14. A despeito de sua natureza santa, obvi am ent e Cristo foi bem recebido pelos “pecadores”. Eles não o evitaram. Ao contrário, eles o buscaram. Por que é tão raro na atualidade os pecadores serem atraídos pelos seguidores de Cristo? O que você pode fazer para ser uma testemunha mais cativante?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou u ma oração.
28
h “4
A MENSAGEM, o M IN Is Íé r(o EÍ|)S MILAGRES DE CrISTí L ucas 6.17-9.50
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o O ministério de Jesus foi ref>leto de ensinos e milagres maravilhosos. Seu ministério prossegue ho je em nossa vida tam bém . Pense sobre sua jornad a espiritual mais recente. Então descreva um tempo em que; ^
Você estava prof und am ente con victo de uma verdade da Palavra de Deus.
Você participou de um ministério muito importante e sentiu que Deus o usou.
Você experimentou o toque sobrenatural de Deus (p. ex., uma experiên cia de cura, ou saborear a vitória sobre um pecado habitual, ou receber iluminação atentando para uma verdade capaz de mudar a vida, etc.).
C ontexto Estes capítulos seguintes de Lucas relatam a pregação, as curas e o ensino de Cristo. Começando em 6.17, encontramos o chamado sermão do planalto. A semelhança com o sermão do monte (Mt 5.1-7.29) é notável. É possível, claro, que Jesus tenha pregado o mesmo sermão em mais de uma ocasião. Parece mais provável, entretanto, que esses sejam relatos diferentes do mesmo aconteci29
»A
mento. A versão de Lucas é uni p ouco abreviada, porqu e - escrevendo a um público gentio - ele omitiu seções do sermã o que são exclusivamente judaicas. O capítulo 7 focaliza a misericórdia e a bondade de Cristo. Ele realiza dois milagres; a cura do servo do centurião e a ressurreição do filho de uma viúva. No capítulo 8, Cristo começa a falar às massas por parábolas. Seu velamento da verdade para os descrentes foi tanto um ato de julgamento quanto de miseri córdia. O capítulo 8 documenta o treinamento que Cristo fez dos doze, a trans figuração e algumas palavras severas sobre o discipulado.
C have para o t e x t o Evangelho: essa palavra literalm ente significa “boas -no vas ” ou “boa men sage m”, da palavra grega enangelion. Os mensageiros que levavam as notícias de vitória
em batalhas originalmente usavam esse termo grego. No Novo Testamento, ela aponta para a boa-nova de salvação, que é: Jesus Cristo veio à terra para abolir o poder do pecado na vida de seu povo, oferecendo a si mesmo como um sacri fício perfeito na cruz. Cristo ordena a seus discípulos que compartilhem esse evangelho com o restante do mundo. Essas boas-novas são a mensagem doadora de vida de Cristo a um mundo agonizante.
D esdobrando o texto I.eia Lucas 6.17-9.50, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. espíritos imundos (v. 18) - outro nom e para
demônios, usado dez vezes nos Evangelhos. vós, os pobres (v. 20) - a preocupação de Cristo pelos pobres e rejeitados é um dos te mas favoritos de I.ucas; a pobreza tratada aqui se retere principalmente à compreensão que alguém pode ter do próprio empobrecimento espiritual. vós, os qu e agora tendes fo m e (v. 21) - não simplesmente um anseio por alimento, mas uma fome espiritual e sede de justiça. p o r causa do Filho do H om em (v. 22) - a per seguição por si mesma não é algo para ser bus cado, mas quando o mal é falado contra um cristão falsamente e por causa de Cristo, essa perseguição carrega consigo a bênção de Deus. filh os do Altíssimo (v. 35) - os filhos de Deus deveriam carregar a indelével marca do caráter moral dele - amor, graça e generosidade - até mesmo para aqueles que são seus inimigos. N ão ju lgu eis (v. 37) - esse mandamen to 30
proíbe a hipocrisia e o espírito condenatório que surgem da autojustiça; ele não condena o discernimento verdadeiro. argueiro... trave (v. 41) - o hum or trans mitido pela imagem, sem dúvida, é intencio nal; Cristo freciuentemente faz uso de hipér boles para formar imagens cômicas (veja 18.25; Mt 23.24). m e chamais Senhor, Senho r (v. 46) - não é su ficiente servir ao senh orio do Senh or somen te da boca para fora. A fé genuína produz obediência. L'ma árvore é conhec ida por seus frutos (v. 44). servo de um centurião (7.2) - um dos três centuriões apresentados no Novo Testamento, que dão evidências de fé genuína. Naim (v. 1 1 ) - uma pequena cidade a sudo este de Nazaré. tocou o esquife (v. 14) - um ato imp uro cerimonialmente, de modo geral, mas Jesus vividamente ilustra quão imune ele era a tais impurezas.
rejeitaram... o desígnio de Deu s (v. 30) - o cha
vendo, não vejam (v. 10) - essa citação de
mado de João ao arrependimento era uma ex pressão da vontade de Deus. Ao recusar esse arre pendimento, eles rejeita\'am o próprio Deus. semelhantes a meninos (v. 32) - ao repreen der os fariseus. Cristo insinua que eles estavam se comportando de maneira infantil; estavam determinados a não ficar satisfeitos, quer fos sem convidados a “dançar” (uma referência ao estilo alegre do ministério de Oisto, “comendo e bebe nd o” com pecadores - v. 34) ou induz i dos a “chorar” (uma referencia ao chamado de João Batista ao arrepen dim en to, e à sua m an ei ra mais austera de ministr ar - v. 33).
Isaías 6.9 descreve a ação de Deus de judicial mente cegar os descrentes. creem apenas po r algum tempo (v. 13) - isto é, uma fé nominal e não salvadora. debaixo de uma cama (v. 16) - o fato de Cristo ter ensinado mistérios por parábolas não sugere que sua mensagem fosse dirigida somente à elite de discípulos ou que devesse ser mantida em segredo; contudo, somente aqueles que têm olhos para ver verão. veio por trás dele e lhe tocou (v. 44) - por causa de seu problema, ela poderia tornar im pura qualquer pessoa que a tocasse. O efeito nesse caso foi exatamente o oposto. crê somente (v. 50) - em bora nem todas as curas de Jesus requeressem fé (veja Lc 22.51), algumas vezes ele a exigia. Betsaida (v. 10) - essa cidade ficava ao no r te da costa da Galileia, onde o rio Jordão che gava ao lago. Pedro, Filipe e André cresceram lá (jo 1.44). cerca d e cinco mil hom ens (v. 1 4 )- contando também mulheres e crianças, a quantidade de pessoas da multidão poderia chegar perto de vinte mil. quem p erd er a vida po r minha causa (v. 24) - com exceç ão da ordem “siga- m e”, esse dito é repetido nos Evangelhos mais do que em qual quer outro de Jesus (17.33; Mt 10.39; 16.25; Mc 8.35; Jo 12.25). depois de proferidas estas palavras (v. 28) essa expressão liga a promessa de ver o reino (v. 27) aos acontecimentos que se seguem. resplandeceram (v. 29) - literalmen te, “em i tiram luz”, essa palavra aparece somente aqui no Novo Testamento; ela sugere um flasli de luz brilhante, sem elhante ao relâmpago. um espírito se apo dera dele (v. 39) - não um simples caso de epilepsia; mas certam ente uma possessão demoníaca. o m eno r de todos, esse é que é gran de (v. 48) - o único m odo de ser preeminente no reino de Cristo é pelo sacrifício e autonegação.
a sabedo ria é justificada p o r todos os seus filh os (v. 35) - em ou tras palavras, a verdadeira
sabedoria é demonstrada por suas consequên cias - o que ela produz (veja Tg 2 .14 -17 ). um vaso de alabastro (v. 37) - isso foi seme lhante à unção que Maria, irmã de Marta e Lázaro, realizou em Betánia, durante a semana da Paixão (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9; Jo 12.2-8), mas claramente um acontecimento diferente. Esse se passou na Galileia e envolveu uma “mulher... pecadora” - ou seja, uma prostituta. Não há razão para identificar essa mulher com Maria Madalena, como alguns fazem. qual é a m ulher (v. 39) - os f^u iseus n ão d e monstravam nada além de desprezo pelos pe cadores. não m e deste água para os pés (v. 44) - esse óbvio equívoco era equivalente a um insulto. Lavar os pés de um convidado era uma forma lidade essencial. tua fé te salvou (v. 50) - nem todos os que Jesus cu rou foram salvos, mas todos que de monstraram fé verdadeira o foram. algumas m ulheres (8.2) - geralmente os ra binos não tinham mulheres como discípulas. sobre a pedra (v. 6) - ou seja, um solo m uito raso com uma camada de pedra logo abaixo da superficie; talvez uma referência à turba in constante que seguia lesus somente por causa dos milagres que ele fazia.
31
1. Lucas 6.17-38 retrata o ensino de Jesus. Faça uma lista de pelo menos cinco verdades ou princípios sobre o reino presentes nesses versículos.
2. Qual é a mensagem da parábola dos dois fundamentos (6.46-49)?
3. Lucas 7.17-30 contém uma conversa interessante entre lesus e os discípu los de João Batista. O que levou João a perguntar: “És tu aquele que estava para vir?”
4. Qual é a mensagem da parábola da candeia que Cristo contou (Lc 8.1618)? Qual o significado do versículo 18?
5. Como Jesus define ou descreve o verdadeiro custo do discipulado em 9.23-26?
32
L- ' *V- • V W
*'*‘"t'í'V‘''lP ly í‘íiOjtyÂíi.'^Â y■?.Q^
:0 "'1 P
a/
C onhecendo a fundo Em Lucas 9, Jesus alimentou cinco mil p^essoas. Leia Marcos 6.35-44 para ver outro relato do mesmo milagre.
A nalisando o significado 6. Qu e detalhes adicionais Ma rcos revela sobre esse milagre - o único, com exceção da ressurreição de Jesus, que aparece em todos os outros quatro Evangelhos?
7. Algumas pessoas atacam a fé cristã, rotulando-a como sexista e degra dante para as mulheres. Como Lucas 8.1-3 (e a maneira como Jesus trata as mulheres em todas as outras passagens) serve para refutar essas acusações?
8. O que a transfiguração (9.27-36) revela sobre Cristo? Qual é o significado das palavras de Pedro?
9. O que as palavras de Jesus em 9.49-50 indicam sobre a ideia de ser espi ritualmente “neutro”? É possível ser meio ou moderadamente comprome tido com Cristo? Por que sim ou por que não?
33
V erdade para hoje Um discípulo é alguém que confessa Cristo como Senhor e Salvador, crê que Deus o ressuscitou e declara sua fé publicamente por meio do batismo. Ele não é algum tipo de cristão superior. Você não tem de esperar para se tornar um discí pulo em algum tempo futuro de sua vida cristã, quando tiver alcançado certo nível de maturidade. De acordo com Mateus 28 .19 -20 , alguém se torna um discí pulo no m om en to de sua salvação. Alguns alegam que há mui tos cristãos que n ão são discípulos. Mas não é possível separar discipulado de conversão. Quando al guém é salvo, ele recebe um espírito de submissão que se manifesta pela disposi ção de fazer uma coníissão pública e obedecer a Cristo em tudo.
R efletindo sobre o texto 10. Com base na definição dada acima, você é um discípulo?
11. Neste estudo, você examinou muitas das palavras e obras de Cristo. O que impactou você de modo mais profundo? Que novos entendimentos você adquiriu sobre a pessoa de Jesus Cristo?
12. Tiago 1.22 é o conhecido versículo que nos admoesta a ser “praticantes da palavra”. O que você fará hoje especificamente com a verdade a que foi exposto?
34
-V
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
35
N otas
36
í?@5®íKs)í5e?e;í^^ j(^- 5
o PÚBLICO DE CHISID A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Quem você pode dizer que é o cristão mais devoto que você coniiece? Des creva essa pessoa. Com quais práticas ou disciplinas espirituais ele ou ela está fielm ente envolvido?
Pense sobre sua própria experiência espiritual. Quando você pode dizer que foi mais zeloso pelas coisas de Deus? Por quê?
C ontexto Terminando seu tempo na Galileia, Jesus começou a olhar para Jerusalém. O re lato de Lucas se torna uma narrativa de viagem da longa caminhada até a cruz. Esse foi um ponto crucial no ministério de Cristo. Desse ponto em diante, a Ga lileia não era mais sua base de operação. Comparando os Evangelhos, sabemos que, durante esse período do seu ministério. Cristo fez breves visitas a Jerusalém para celebrar festas. No entanto, essas curtas visitas foram somente interlúdios nesse período do ministéri o que culm inaria na jornada final para Jerusalém. Lucas dramati camente enfatiza esse ponto crucial most rando a determ inação de Cristo em completar sua missão de ir para a cruz. Lucas 10 inclui o envio dos setenta e a amada parábola do bom samaritano. E conclui com o delicioso relato da visita de Jesus à casa de iMaria, Ma rta e o irmão delas. Lázaro.
C have para o t e x t o o Espírito: vem da palavra grega pneum u e significa “exalar” ou “soprar”. Algu mas vezes essa palavra é usada para se re ferir ao vento e algumas vezes à própria vida (veja Jo 3. 8). Pode aludir à vida dos anjos, dos de mô nio s e dos seres hu ma 37
sss nos. No entanto, essa palavra é também usada para o Espírito de Deus (veja Lc 10.21), que é o Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, aquele que habita nos crentes. Esse mesmo Espírito c chamado o “Espírito de Jesus Cristo” (Ep 1.19). Esse título dá ênfase à unidade de ação entre Jesus e o Espírito que per meia o Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos. Dur ant e os dias do min istério terreno de Jesus, os discípulos foram dirigidos pelo próprio Jesus. Após sua ressurreição e ascensão, eles foram conduzidos pelo Espírito de Jesus.
D esdobrando o texto Leia Lucas 9.51-10.42, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. samaritanos (v. 52) - desccnden tcs de casa
mentos mistos de judeus nos dias do cativeiro; eles inventaram sua própria adoração, uma forma hibricia de judaísmo e paganismo, com um templo próprio no monte Gerizim; eram considerados impuros pelos judeus. Tiago e João (v. 34) - lesus apelidou esses dois irmãos de “Boan erges” - filhos do trovão (Mc 3 .1 7 )- um título aparentemente adequado. os repreendeu (v. 35) - os samaritanos eram intolerantes, e a adoração deles era pagã em seu ãmago; no entanto, o Senhor não revidou com força contra eles. olhíi para irás (v. 62) - um hom em com a mão no arado que olha para trás faz um sulco torto. dois em dois (10.1) - assim com o os Doze haviam sido enviados (Mc 6.7). cordeiros para o meio de lobos (v. 3) - lesus os adverte de que enfrentarão hostilidade e pe rigo espiritual. a ninguém saudeis (v. 4) - um cump rimento naquela cultura era uma cerimônia elaborada, que envolvia muitas formalidades, talvez até mesmo com uma refeição, despendendo um longo tempo; tudo nas instruções de Jesus fala da brevidade do tempo e da grande urgência da tarefa. Reg re ss ara m ... po ssuídos de ale gri a (v. 17) - quan to tempo a missão durou não é registra do; talvez algumas semanas. Eu via Sata nás ca in do do cé u (v. 18) - nesse contexto, parece que o que Jesus queria dizer era: “Não fiquem surpresos pelo fato de os de mônios se submeterem a vocês. Eu vejo o co 38
ma ndante deles ser expulso dos céus, portanto não é de admirar que seus subordinados sejam expulsos da terra”. alegrai-vos, não porque os espíritos (v. 20) - em vez de ficar tão encantado com ma nifes tações extraordinárias, como o poder sobre os dem ônios e habilidade de operar milagres, eles deveriam compreender que o mais maravilho so de tudo é a realidade da salvação. intérprete da Lei (v. 23) - um escriba que su postamente era um especialista na l.ei de Deus. fa ze isto e viverás (v. 28) - Levítico 18.3; e Ezequiel 20.11. “Faça e viva” é a promessa da Lei. Mas como não há pecador que possa obe decer perfeitamente, a exigência impossível da Lei tenciona nos levar a buscar a misericórdia divina (G1 3.10-13, 22-23). Esse homem deve ria responder com a confissão de sua culpa, em vez de se autojustificar (v. 29). descia de Jerusalém para Jericó (v. 30) - no tório por ser lugar de assaltos, roubos e perigos, esse trecho de estrada era uma descida rochosa, sinuosa e traiçoeira de cerca de mil metros em mais de 27 quilômetros de extensão. óleo e vinho (v. 34) - levados pelos viajantes em pequenas porções, como uma espécie de kit de primeiros socorros, o vinho era antisséptico, e o óleo servia para aliviar a dor e com o curativo. o p róxim o do hom em (v. 36) - Jesus reverteu a pergunta do intérprete da Lei (v. 29). O in térprete entendeu que o correto era os outros provarem ser próximos dele; lesus respondeu deixando claro que todos têm a responsabili
dade de ser o próxim o de alguém - especial men te dos necessitados. num povoado (v. 38) - Betánia, mais de 3 quilômetros a oeste de Jerusalém, na parte oriental do Monte das Oliveiras; o lar de Ma ria, Marta e Lázaro (veja Io 11.1). agitava-se (v. 40) - literalme nte “arrastando
tudo ao redor”, Marta estava numa correria, inquietando-se com detalhes que eram desne cessários. escolheu a boa part e (v. 42) - a boa parte ne cessária foi exemplificada por Maria - uma ati tude de adoração e meditação, ouvindo com a mente e o coração abertos as palavras de Jesus.
1. O que o interessante pedido feito por Tiago e João revela sobre eles (9.54)?
2. Em Lucas 9.57-62, três possíveis seguidores de Jesus se aproximaram dele. Descreva cada uma dessas conversas.
3. Em Lucas 10.1-24, encontramos o relato de uma missão evangelística envolvendo setenta outros discípulos de Jesus. Qual foi o resultado desse esforço ministerial?
4. Como Jesus respondeu quando um intérprete da Lei perguntou a ele: “que farei para herdar a vida eterna?” ( 10.25-37)? Essa resposta surpreende você? Por quê?
39
5. Como Jesus reagiu às diferenças entre Maria e Marta (10.38-42)?
C onhecendo a fundo Jesus lembrou a Marta de que o te mpo com ele era a “bo a parte”. Para saber mais sobre habitar em Cristo leia João 15.1-11.
A nalisando o significado 6. Pondere sobre as palavras de Jesus quanto a “permanecer nele”, à luz de sua conversa com Marta (Lc 10.38-42). Qual é a “grande ideia” nessas duas passagens? Por que algumas vezes é mais fácil para os cristãos “fazer coisas” para Cristo em vez de passar tempo com ele?
7. O qu e você pensa que está por trás da ira e da ind ignação de Tiago e João em Lucas 9.54? O que levaria a esse tipo de resposta?
8. O que Jesus quis dizer em Lucas 10.19-20? O que significa o nome de alguém estar “escrito nos céus”?
40
9. Em Lucas 10.41-42, quando Jesus confrontou Marta sobre sua atitude, ele estava condenando sua eficiência e desejo de trabalhar duro para servir e ser produtiva? Como você sabe?
V erdade para hoje Não há como você pagar para obter a salvação; porém, viver para Cristo é uma importante questão do discipulado. Ser um cristão significa confiar no poder de Cristo em vez de no seu próp rio e estar disposto a renun ciar ao seu cam inh o pelo dele. Ser um cristão pode significar perseguição, ser ridicularizado e passar por tribulações. Jesus advertiu seus discípulos: “Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros” (Jo 15.20). Mas com seu alerta sobre o custo do discipulado, o Senhor prometeu que seu coração se alegraria “e a vossa ale gria ninguém poderá tirar” (Jo 16.22). Ele também disse a seus seguidores: “tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Você não pode escapar das dificuldades do discipulado, mas Jesus o capacitará a lidar com elas.
R efletindo sobre o texto 10. Qual foi a experiência mais difícil que você teve de enfrentar desde que se tornou um seguidor de Cristo?
11. Todas as passagens do Evangelho de Lucas, e certamente a que você es tudou nesta lição, indicam que Jesus deseja que todos os seus seguidores estejam emp enhad os no ministério do reino. O que precisa mudar - sejam atitudes ou ações - em seu próprio envolvimento com o ministério?
41
12. Como, especificamente, você pode evitar a “síndrome de Marta” hoje? Qual é seu seu plano para cessar toda atividade som ent e para estar na presença de Cristo Cristo - ado rand o-o e desfrutando da da presença del dele? e?
R esposta pessoal Registre Registre suas suas reflexões, reflexões, as questões qu e queira levantar ou uma oração.
42
6
^
L embretes eternos A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Escolha cinco palavras para descrcver sua vida de oração. Quais seriam elas?
Você tem um tempo especial para um momento de comunhão com Deus - um enco ntro diário com ele? ele? Por que sim ou por que não? não?
C ontexto Tendo concluído seu ministério na Galilei Galileia, a, o destino do do Filho do H om em ago ra é Jerusalém, onde ele morrerá pelos pecados do mundo. Aqui está um relato do breve ministério em Betânia e na Judeia. O capítulo 11 começa com Cristo ensinando a orar e depois adverte quanto à impossibilidade de neutralidade espiritual. O capítulo conclui com um pronunciamento de condenações contra os corações duros e teimo sos dos fariseus e dos dos mestres da Lei, Lei, que rejeita ram a realeza de Cristo. À luz dessa rejeição, Cristo emite uma série de advertências, misturadas co m parábolas. Ele denu ncia a hipocrisia, a cobi ça e a tola recusa recusa de de muitos em “discernir “discernir esse temp o”. o”. De ntr o disso. Cristo acon selha seus seguido res a temer a Deus e resistir ao ímpeto de ficar temeroso e amedrontado.
C have para o t e x t o Arr A rrep ep en d im en to: to : a mensagem de Jesus era de arrependimento, pois o reino de
Deus estava próximo. Arrepender-se significa se desviar do pecado, mudar sua própria orientação, para dar a volta e buscar um novo caminho. M e ta n o ia , a pa lavra grega, significa literalmente “uma mudança de percepção”, uma mudança no modo como vemos algo. Arrepender-se, portanto, é mudar o modo como uma pessoa enxerga o pecado e a maneira como ela vê a justiça. Isso envolve mu 43
dança de opinião, de direção da própria vida. Arrepender-se é ter uma mudança radica radicall do coração e da vontade vontade - e, conseque ntemente , de com port ame nto. O arrependimento era e é a primeira exigência do evangelho, a primeira exigência da salvação e o primeiro elemento da obra salvadora do Espírito na alma. Líderes religiosos religiosos judeus: esse esse grupo era fo rma do por fariseus, fariseus, saduceus, saduceus, escribas
e mestres da Lei. Eles se sentiam ameaçados pela popularidade de Jesus e con f a r is e u s e r a m uma pequena seita legalis sequentemente buscavam matá-lo. Os fa ta de judeus conhecidos pela rígida fidelidade aos menores pontos da lei ceri monial. Jesus os repreendeu por usar a tradição humana para anular a Escritura e por franca hipocrisia. Os escribas eram primariamente fariseus e autoridades na lei judaica. Algumas vezes eles eram chamados de “doutores da lei”. Os sadu ceus negavam a ressurreição dos mortos e a existência de anjos e aceitavam so mente o Pentateuco como texto com autoridade. Nos dias de Herodes, essa seita controlava o templo.
D esdobrando o texto Leia I.ucas 11.1-13.35, prestando atenção às palavras e trechos em destaque.
Senhor, ensina-nos a orar (v. 1) - os rabinos rabinos
geralmente elaboravam orações para que seus discípulos as recitassem. teu nom e {v. {v. 2) - o nom e de Deus Deus representa representa todo o seu caráter e seus atributos. importunação (v. (v. 8) - a palavr palavraa pode até me s mo significar “descaramento”. Ela transmite a ideia de urgên cia, audácia, gravidade, corag em e inilexibilidade inilexibilidade - com o o pedido persistente persistente de de um pedinte desesperado. (v. 13) - ou seja, por natureza. sois maus (v. Belzebu (v. 15) - originalm ente essa essa palav palavra ra se referia a Baal-Zebul (“Baal, o príncipe”), deus principal da cidade de Fxrom, na Filístia; os israelitas desdenhosamente o chamavam de Baal-Zebub (“Senhor das moscas”). (v. 16) - ou seja, uma obra mi um sinal do céu (v. raculosa raculosa de proporções cosmológ icas, algo algo com o um rearranjam ento da constelação, constelação, ou algo algo maior ainda do que a expulsão de um demônio, demô nio, que eles haviam acabado de testemunhar. p o r q u e m os expulsam vossos filh fi lh o s? (v. 19 ) - havia havia judeus exorcistas exorcistas que declaravam declaravam ter poder para expulsar demônios (At 19.13-15). O qu e Jesus queria dizer era era que se tais tais exo rcis 44
mos podem ser feitos por um poder satânico, os exorcistas fariseus também deveriam estar sob suspeita. 0 espirito imundo sai (v. (v. 24) - Cristo estava estava caracterizando o trabalho dos impo stores exor cistas judeus; o que parecia ser um exorcismo autêntico era somente um intervalo temporá rio, depois do qual o demô nio v oltaria com sete outros (v. 26). (v. 29 ) - Jesus sem pre se negava a Ped P ed e sin si n al (v. dar sinais a pedido; evidências não eram os meios pelos quais ele atraía os descrentes. a lâmpada do teu corpo (v. (v. 34) - aqui o olho é a “lâmpada” - ou seja, a fonte de luz - para o corpo; o problema com os fariseus era a per cepção deles, não a falta de luz. Eles não preci savam de um sinal; precisavam de coração para crer na grande demonstração do poder divino que já tinham visto. (v. 38) - uma questão não se lavara lavara prim eiro (v. cerimonial, não de higiene. In sens se ns at o s! (v. (v. 40 ) - isso se se referia a pessoas com falta de entendimento. Essa era a verdade e não a do tipo de chamamento vulgar, proibi da por Jesus em Mateus 5.22.
sepultí4ras invisíveis (v. 44) - fontes esco n
didas de corrupção , que eram cuida dosam ente ocultas. Cl cha ve da c iênc ia (v. 52) - eles tran cara m a verdade das Escrituras e jogaram a chave ao impor suas interpretações errôneas da Palavra de Deus, bem como as tradições humanas so bre ela. nenhum deles está em esquecimento diante de Deus (12.6 ) - a providência divina governa
até mesmo os detalhes mais irrelevantes da criação de Deus. o que me negar diante dos homens (v. 9) isso descreve uma negação de Cristo que con dena a alma - não a do tipo tem porariam ente vacilante da qual Pedro foi culpado (2 2.5 6-6 2) , mas a do pecado daqueles que por medo, ver gonha, negligência, protelação ou amor pelo mundo rejeitam toda evidência e revelação e se negam a confessar a Cristo como Salvador e rei até que seja tarde demais. blasfemar contra o Espírito Santo (v. 10) não um pecado de ignorância, mas uma deli berada, obstinada e estabelecida hostilidade con tra Cristo - exemplificada pelos fariseus, quando em Mateus 12 atribuíram a Satanás a obra de Cristo. quem m e constituiu juiz (v. 14) - uma das principais funções de Cristo é a de Juiz de toda a terra (Jo 5.22), mas ele não veio para ser ár bitro de disputas terrenas banais. Vendei os vossos bens e dai esmola (v. 33) todos os que acumulam bens terrenos por er roneamente pensar que sua segurança reside em recursos materiais (vs. 1 6-20 ), precisam, em vez disso, acumular tesouros nos céus. aí estará também o vosso coração (v. 34) onde alguém coloca seu dinheiro revela as prioridades de seu coração. vigilantes (v. 37) - a chave aqui é estar pronto em qualquer tempo para o retorno de Cristo. Bem-aventurado aquele servo (v. 43) - o des penseiro fiel retrata o crente verdadeiro, que gerencia bem as riquezas espirituais que Deus colocou a seus cuidados para o benefício de ou tros e recebe honra e recompensa (v. 44). castigá-lo-á (v. 46) - no original, “o cortará em dois”, ou seja, o destruirá completamente, refere-se à severidade do julgamento final para com os descrentes.
um batismo (v. 50) - um batismo de sofri
mento, aludindo à morte de Cristo. galile us cu jo sangu e Pilatos m istu ra ra co m os sacrifícios qu e os mesm os realizavam (13.1)
- evidentem ente, alguns adoradores da Ga li leia eram cond enad os por Roma - talvez por que fossem zelotes rebeldes - e foram b us ca dos e mortos no templo por autoridades romanas quando ofereciam sacrifícios. Siloé (v. 4) - essa era um a área ao sul da par te baixa da cidade de Jerusalém, onde havia um poço bastante conhecido. Fica claro que uma das torres que serviam para vigiar o aque duto ruiu, matando algumas pessoas. Isso, na mente das pessoas, demonstrava uma ligação entre calamidade e iniquidade. Jesus respon deu dizendo que uma calamidade não é uma maneira que Deus usa para levar um grupo especialmente mau à morte, mas sim um mo do de advertir todos os pecadores. um espírito de enferm idade (v. 1 1) - Cristo não teve de confrontar e expulsar o demônio, mas simp lesm ente a declarou livre (v. 12) - de modo c]uc esse caso é um pouco diferente de outros casos de possessões demon íacas que ele geralmente encontrava. chefe (v. 14) - um leigo eminente cujas respon sabilidades incluíam conduzir reuniões, cuidar do edifício e supervisionar o e nsino na sinagoga. a quem Satanás trazia presa (v. 1 6 )- essa mu lher aparentemente sofria não por causíi de al gum mal que tivesse praticado, mas para que a glória de Deus pudesse se manifestar por meio dela (veja Jo 9.3). Es forçai-v os (v. 24) - isso significa uma grande luta contra a resistência; a salvação é unicamente pela graça e não por obras (Ef 2.8-9), mas entrar pelo portão estreito, entre tanto, é difícil por causa de seu custo em ter mos do orgulho humano, por causa do amor natural do pecador pelo pecado, e por causa da oposição do mundo e de Satanás à verdade. M uitos virão (v. 29) - incluindo pessoas dos quatro cantos da terra; Jesus deixa claro que até mesmo os gentios poderiam ser convida dos para a mesa do banquete celestial; isso era contrário ao ensino rabínico predominante, mas perfeitamente consistente com as Escritu ras do Antigo Testamento. a essa raposa (v. 32) - alguns sugerem que o uso que Jesus faz dessa expre.ssão é difícil con 45
ciliar com Êxodo 22.28, Eclcsiaslcs 10.20 c Atos 23.5. Entretanto, esses versículos são apli cados à conversa do dia a dia. Profetas, falando como boca de Deus e com autoridade divina, foram muitas vezes comissionados a repreen der líderes publicamente (Is 1.23; Ez 22.27; Os 7.3-7; S f 3.3).
Je ru salé m , Jeru salé m (v. 34) - há grande ter
nura nessas palavras, como visto na imagem de uma galinha com seus pintinhos. Esse jor rar da compaixão divina prenuncia seu choro sobre a cidade quando se aproximou dela pela última vez (19.41). Obviamente essas são emo ções sinceras e profundas.
1. Quais são os pontos principais das duas parábolas, a do amigo insistente e a do bom pai (Lc 1L5-13)?
2. Como os líderes religiosos judeus explicaram o poder de Jesus para rea lizar milagres e como Jesus respondeu a eles (11.15-28)?
3. Jesus dirigiu palavras duras aos escribas e fariseus (veja 11.37-54). Qual foi sua principal crítica?
4. R esuma as advertências e as palavras de con for to de Jesus a seus seguid o res em Lucas 12.1-12.
46
5. Que aspecto do arrependimento Jesus ensinou aqui (13.5-9)?
C onhecendo a fundo Para saber mais sobre o tema arrependimento, leia 2Pedro 3.1-9.
A nalisando o significado 6. Considerando essa passagem com as palavras de Jesus em Lucas 13.3435, o que você aprende sobre o coração de Deus? E sobre o coração de algu mas pessoas?
7. Em Lucas 13.15, Cristo chama o líder da sinagoga de “hipócrita”. No ver sículo 32 ele se refere a Herodes c om o aqu ela “raposa” Por que essas ma ne i ras de “xingar” não são pecaminosas?
8. Por que as palavras de Cristo sobre dinheir o em Lucas 12.13 -21 são apr o priadas para a nossa geração atual? O qu e Jesus quer dizer quand o diz “por que, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (v. 34)?
47
9. Em João 14-17, Jesus ora por unidade e harmonia. Mas em Lucas 12.4953, ele falou s obre vir à terra para trazer “divisão”. Co m o pod em os c on ciliar essas passagens?
V erdade para hoje Quando fala de salvação genuína, Jesus faz uma hábil comparação com as ca racterísticas de crianças pequenas. Para ser salvo, você precisa ir a Cristo com uma atitude dependente e parecer uma criancinha: simples, impotente, con fiante, não influenciado, despretensioso e sem ambição. Não significa que as crianças não tenham pecado, mas que elas são ingênuas e singelas, dependentes dos outros e livres de ideias de autoengrandecimento. Elas se submetem aos cuidados de seus pais e de outras pessoas queridas, confian do neles para su prir todas as suas necessidades. Esse é o tipo de atitude humilde e dependente que toda pessoa deve ter se busca entrar no reino de Jesus Cristo.
R efletindo sobre o texto 1 0.
Sua fé é como a dos fariseus? Ou é como a de uma criança? Explique.
11. Suas orações seguem (mesmo que de maneira imprecisa) o esboço que Cristo deu em Lucas 11.1-4? Quais são seus maiores obstáculos para ser mais fiel e efetivo na área da oração?
48
,r
12. Jesus desafiou seus discípulos em Lucas 12.31 a buscar o reino de Deus. De que modo prático podemos viver isso hoje? Dê respostas específicas.
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
49
N otas
50
H 7
^ -1
L iç õ e s e p a r á b o la s Í)E (Jri^' P a rte i * L u c a s 14 .1 - 16.31
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Qual foi a última vez que você tkou estimulado ao ver alguém indo à fé em Cristo? Por que isso fez você feliz?
O que signitlca para você ter Deus como Pai?
C ontexto Enquanto Jesus continua seu ministério itinerante, ele cura um homem no sá bado, proporcionando outra oportunidade para desafiar o formalismo religio so vazio dos líderes de Israel. Sabendo que ele seguia para o embate final com esses falsos pastores, que terminaria com sua própria crucificação. Cristo ins trui seus seguidores a respeito de vários assuntos importantes, incluindo algu mas palavras severas a respeito do discipulado. Aqui o mestre em contar histórias usa várias parábolas para ensinar verda des poderosas sobre o reino, principalmente a de que nossa salvação causa grande alegria no céu. Essa seção termina com a parábola do administrador infiel, direcionada aos discípulos de Cristo, e com a história do homem rico e Lázaro, contada para o benefício dos fariseus. A ideia de Cristo ao contar esse terrível relato sobre o céu e o inferno é mostrar que a descrença, em seu cerne, é um problema moral, não intelectual.
C have para o t e x t o Parábolas: a parábola é uma longa analogia, geralmente contada na forma de
uma história. Essas histórias eram uma maneira comum de ensinar no judaís mo. Depois desse momento em seu ministério, Jesus fez uso de muitas analo gias vividas, mas o significado delas era muito claro dentro do contexto de seu 51
ensino. Parábolas requerem mais explicação, e Jesus as usou para obscurecer a verdade dos descrentes enquanto as tornava claras para seus discípulos. Pelo restante de seu ministério na Galileia, ele não falou às multidões a não ser por parábolas. O ocultamento que Jesus fez da verdade para os descrentes desse modo foi tanto um ato de julgamento quanto de misericórdia. Foi de “julga mento” por mantê-los na escuridão que eles amavam (veja Jo 3.19), mas foi de “misericórdia” porque eles já haviam rejeitado a luz, de modo que qualquer exposição a mais verdade somente aumentaria a condenação deles. A parábola do filho pródigo é a mais conhecida e amada de todas as pará bolas de Jesus. Diferente da maioria das parábolas, ela tem mais de uma lição. O pródigo é um exemplo de profundo arrependimento. O irmão mais velho ilustra a iniquidade da autojustificação, do preconceito e da indiferença dos fariseus com relação aos pecadores arrependidos. E o pai retrata Deus, pronto a perdoar e ansioso pelo retorno do pecador. A principal característica, entre tanto, como nas outras duas parábolas nesse capítulo, é a alegria de Deus e as celebrações que enchem o céu quando um pecador se arrepende.
D esdobrando o texto Leia Lucas 14.1-16.31, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. sábado (v. 1) - Cristo parec e ter preferido o
sábado como um dia para realizar atos de mi sericórdia. hidrópico (v. 2) - uma c on diçã o na c]ual o líquido é retido na pele e nas cavidades do cor po - geralmen te causada por doenças nos rins ou n o fígado, incluindo câncer. 0 filho ou 0 bo i (v. 5) - hum anitarismo co mum (para não mencionar necessidade eco nômica) ensinou a eles que era correto de monstrar misericórdia mesmo aos animais no sábado; o mesmo princípio de demonstrar mi sericórdia não deveria ser aplicado a pessoas em sofrimento? não convides os teus amigos, nem teus ir mãos (v. 12) - essa linguagem h iperb ólica é
comum no discurso semítico e é usada para dar ênfase. Nesse caso, a questão é que convi dar um amigo ou um parente não pode ser classificado como um ato espiritual de verda deira caridade. aos convidados (v. 17) - aos convidados para um casamento, que poderia durar uma semana, era feito um convite preliminar in 52
formando mais ou menos a época em que ele aconteceria. Quando todos os preparativos estavam finalmente prontos, os convidados previamente eram informados de que a festa iria começar. Nesse caso, as pessoas que ha viam sido convidadas retratam o povo de Is rael, que foi informado pelo Antigo Testa mento que deveria estar preparado para a chegada do Messias. escusar-se (v. 18) - todas as desculpas foram insinceras. Nenhuma dessas circunstâncias de veria impedir as pessoas de comparecer ao banquete. os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos (v. 2 1 ) - ou seja, pessoas que os fariseus costuma vam classificar como impuras e indignas. ainda há lugar (v. 22) - Deus está mais dese jo so de salvar pecad ores do qu e os pecado res estão em ser salvos. Grandes multidões (v. 25) - o objetivo de Cristo não era reunir multidões que o reco nhecessem, mas fazer verdadeiros discípulos. aborrece (v. 26) - a palavra “aborre ce” nes se caso significa na verdade um amor menor.
Jesus estava cJiaman do seus discípulos a cu lti var uma devoção tal a ele que sua ligação com qualquer outra coisa, incluindo suas próprias vidas, deveria, por comp aração, causar a borre cimento. renuncia a tudo (v. 33) - som ente aqueles que deseiam criteriosamente assimiir o custo (vs. 28-32) e investir tudo o que tém no reino de Deus são dignos de entrar; é uma rendição absoluta e incondicional. os publicanos epeca do res ( 1 5 .1 )- os rejeita dos pela .sociedade eram atraídos para Cristo, enquanto os líderes religiosos ficavam mais e mais determinados a matá-lo. vai em busca da qu e se perd eu (v. 4) - os ra binos ensinavam que Deus poderia receber pecadores que buscassem seu perdão sincera men te, mas nesse caso Deus é aquele que busca o pecador. jú b il o no cé u (v. 7) - essa e uma referência ã alegria do próprio Deus. Há lamentação na terra entre os fariseus (v. 2), mas há grande alegria com Deus e entre os anjos (v. 10). dá-me a parte dos bens que me cabe (v. 12) - o filho faz um pedido repugnante, equiva lente a dizer que go staria que seu pai m orresse. Ele não teria direito a nenhuma herança en quanto seu pai estivesse vivo. vivendo dissolutamente (v. 13) - ele não so mente exibiu uma extravagância pródiga, mas também uma imoralidade devassa (v. 30). A palavra grega para “dissoluto” carrega a ideia de um estilo de vida completamente devasso. caindo em si (v. 17) - ele voltou ao seu juízo. Quando seu pecado incessante o deixou total mente falido e faminto, ele pôde pen.sar mais claramente; nessa condição, era um candidato à salvação. seu pai o avistou (v. 20) - obviam ente o pai estava aguardando o retorno de seu filho e an sioso por isso. o novilho cevado (v. 23) - reservado so mente para a mais especial das ocasiões, um sacrifício ou uma festa para uma grande cele bração, sim bólico da liberalidade das bênçãos da salvação. o filh o mais velho (v. 25) - ele simboliza o fariseu, o hipócrita religioso, que está junto à casa do pai (o Templo), mas não tem noção do pecado, nem amor verdadeiro pelo Pai (sufi
ciente para participar de sua alegria), como também não tem interesse pelos pecadores ar rependidos. esse teu filho (v. 30) - o filho m ais velho usa uma expressão de profundo desprezo (veja “como este publicano” em 18.11). Ele não po dia se permitir chamá-lo de “meu irmão”. tudo o que é meu é teu (v. 3 1 ) - os fariseus e escribas tinham facil acesso a todas as riquezas da verdade de Deus; eles passavam a vida intei ra lidando com as Escrituras e com a adoração püblica, mas nunca realmente tomaram posse de nenhum dos tesouros desfrutados pelo pe cador arrependido. administrador (16.1) - um administrador era um servo confiável, chefe do gerenciamen to e distribuição das provisões da casa; ele agia como um agente de seu patrão, com plena au toridade para reaHzar negócios em nome dele. mais hábeis (v. 8) - mu itos descrentes são mais sábios nos caminhos do mundo do que muitos crentes são nas coisas de Deus. verdadeira riqueza (v. 11) - o uso fiel de uma riqueza terrena é repetidamente associa do ao acúmulo de tesouro no céu. Não podeis serv ir a D eu s e às ri quez as (v. 13) - mu itos fariseus ensinavam que a devo ção a Deus e ao dinheiro era perfeitamente compatível; conquanto não condenando a ri queza em si mesma. Cristo denunciou tanto o amor à riqueza quanto a devoção ao dinheiro. todo homem se esforça por entrar nele (v. 16) - enq uan to os fariseus estavam ocup ados se opondo a Cristo, os pecadores estavam en trando no reino às multidões, com zelo. do que cair um til sequer da Lei (v. 17) - os grandes princípios morais da Lei, as verdades eternas contidas nos tipos e símbolos da Lei, e as promessas registradas pelos profetas per manecem todos em vigor e não foram anula dos pela mensagem do reino. seio de Abraão (v. 22) - a mesma expressão (encontrada somente aqui na Escritura) foi usada no Talmude como uma figura do céu. estou atormentado (v. 24) - Cristo retratou o Hades como um lugar onde o tormento ine narrável do inferno já havia come çado. tampouco se deixarão persuadir (v. 31) isso fala poderosamente da singular suficiência da Escritura para sobrepujar a descrença. 53
r- ■
1. Faça uma lista dos temas dominantes encontrados em Lucas 14. Que ideias e verdades Cristo parece enfatizar aqui?
2. Resuma o ensino de Jesus sobre discipulado em Lucas 14.25-34.
3. Lucas 15 contém uma das mais queridas histórias que Cristo contou - a parábola do filho pródigo. Tome alguns minutos para descrever cuidadosa mente cada um dos personagens principais. ^ O filho mais novo
O pai
O filho mais velho
4. Em Lucas 16, encontramos a parábola de Jesus sobre o administrador infiel. O que Jesus quis dizer ao contá-la?
54
d- i-
5. Para quem é contada a história do homem rico e de Lázaro? Qual é a mensagem?
C onhecendo a fundo Jesus teve m uito a dizer sobre nossa postura quanto ao din heiro e às riquezas. Para compreender melhor o assunto, leia 1Timóteo 6.7-10, 17-19.
A nalisando o significado 6 . C om bina nd o
as palavras de Paulo a Tim óteo com as advertências de Jesus em Lucas 16.9-15, a que conclusões você pode chegar a respeito da riqueza mundana?
7. Mu itos falsos deuses em religiões não cristãs são indiferentes ou até m es mo hostis aos seres humanos. Contraste isso com a atitude do pai (que re presenta Deus o Pai) para com o filho pródigo. O que essa história indica sobre a atitude de Deus para com os pecadores arrependidos?
8 . Lucas
14.25 fala de grandes mu ltidões seguind o Jesus. Por que, então, Cristo usaria palavras duras que poderiam fazer muitos irem embora (v. 26-34)?
55
9. De que m aneira os fariseus e os escribas dos dias de Jesus eram sem elha n tes ao filho mais velho na parábola do filho pródigo?
V erdade para hoje A salvação não vem pela confirm ação, com un hão , batismo , me m bresia de igre ja , frequência à igreja, te nta r guard ar os Dez M andam ento s ou viver o serm ão do monte. Ela também não vem de fazer doações ou mesmo crer que há um I^eus. Ela não acontece por simplesmente sermos morais e respeitáveis. A salva ção também não ocorre afirmarmos por ser cristãos. A salvação só acontece quando recebemos pela fé o dom da graça de Deus. O inferno estará cheio de pessoas que tentaram alcançar a verdade de algum outro modo. O Dr. Donald Grey Barnhouse disse: “O amor que nos eleva é a adoração; o amor visível é a afeição; o amor que nos dobra é a graça”. Deus nos dobrou para nos conceder graça. Você a recebeu?
R efletindo sobre o texto 10. De que m ane iras o “espírito fa risaico ” ainda vive nas igrejas de hoje. Por que a graça é tão ofensiva para tantas pessoas?
11. A vida que C risto propôs a seus seguidores nu nca envolveu “con ven iên cia” ou “co nf or to”. Leia nova m ente Lucas 14. Co m pare sua vida com o cha mado resoluto de Cristo. Você pode dizer que está seguindo a Cristo de todo o coração?
56
12. Faça uma lista de coisas que, com a ajuda de Deus, você começará a mudar hoje.
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
57
N otas
58
L i ç õ e s e p a r á b o l a s iI)e GI d r is Pa r t e 2 L ucas 17.1-18.34
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Como vocc definiria “fé” para uma criança?
Como você definiria “fé” para um adulto?
C ontexto Os líderes de Israel, ameaçados pela popularidade e autoridade de Cristo, opu nham-se violentamente ao ensino dele. Enquanto isso, as massas, enamoradas do poder sobrenatural de Jesus, contentavam-se em desfrutar de suas bênçãos, sem se comprometer com seus padrões de discipulado. Ainda ministrando na região da Pereia, Lucas 17 e 18 revelam uma série final de lições e parábolas para todos os que têm ouvidos para ouvir. Jesus ensinou sobre perdão, fidelida de, gratidão e pron tidão. O cap ítulo 18 com eça co m duas parábolas: a da viúva persistente e a do fariseu e o publicano. O capítulo termina com três lições in tensas sobre ser semelhante às crianças, com pro m etim ento e o plano da reden ção. Enquanto você contempla essas maravilhosas lições, “ouça-as” com um coração humilde.
C have para o t e x t o Reitio de Deus: Jesus deixou claro que ele estava trazendo um tipo comple
tamente diferente de reino, que era manifesto por meio do domínio de Deus no coração dos homens pela fé no Salvador (Lc 17.20-21). Esse reinõ não estava restrito a uma localização geográfica particular e nem era visível aos olhos hu manos. Ele viria silenciosamente, de modo invisível e sem a pompa e o esplen dor n orm ais associados à chegada de um rei. O reino é de serviço, não de poder. Jesus não estava indicando qu e as promessas do Antigo Testamento de um reino 59
terreno estavam desse modo anuladas. Em vez disso, essa manifestação terrena e visível do reino ainda estava por vir. Fé. essa palavra vem do grego pistis, que significa “co níian ça ” ou “cren ça”. Ter fé
é abandonar a confiança em si mesmo e transferi-la para alguém ou algo. Nas Epístolas, a palavra p; 5//5 algumas vezes se refere ao conteúdo da fé ou das cren ças de alguém - a revelação de Deus na Escritura . Fé verdadeira, pela definição de Cristo, sempre envolve se render à vontade de Deus. O que ele estava ensi nando aqui não é algo semelhante à psicologia do pensamento positivo. Ele estava dizendo que tanto a fonte quan to o objeto de toda fé genuína - mesm o a mais fraca, do tipo “sem ente de m ostarda” - vêm de Deus. E “para Deus não haverá impossíveis” (Lc 1.37).
D esdobrando o texto Leia Lucas 17.1-18.34, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. peq uenin os (v. 2) - crentes; filhos de Deus
que estão sob seus cuidados. repreende-o (v. 3) - é um dever cristão lidar de maneira direta e franca com um irmão ou irmã em pecado. sete vezes no dia (v. 4) - ou seja, não importa quantas vezes ele peque e se arrependa. A um en ta -n os a f é (v. 5) - literalmente “nos dê mais fé”. Eles se sentiam inadequados diante do alto padrão estabelecido por Jesus para eles. servos inúteis (v. 10) - ou seja, não dign o de alguma honra especial. mostrai-vos aos sacerdotes (v. 14) - para ser declarado limpo (l.v 13.2-3; 14.2-32). dentro de vós (v. 21) - no coração das pes soas. O pronome dificilmente se refere aos fa riseus cm geral. ele padeça (v. 25) - porque foi o soberano plano de Deus que ele morresse como substi tuto dos pecadores (veja 9.22; 18.31-33; 24.2526; Mt 16.21; Mc 8.31). eirado (v. 31) - uma casa típica tinha um te lhado com uma escada externa que dava aces so a ele. O perigo era tão grande que os que estivessem no telhado fugiriam sem entrar na casa para buscar qualquer coisa. nunca esmorecer (18.1) - ã luz das aflições e
60
severidades da vida, e da evidência de que o julg amen to se ap roxima. molestar-me (v. 5) - literalmente, “ferir-me sob o olho”. O que o juiz não faria por compai xão pela viúva ou reverência por Deu s, ele faria pela absoluta frustração com seu pedido insis tente. achará, porven tura, fé na terra? (v. 8) - isso sugere que qua ndo ele retornar, a fé verdadeira será compa rativam ente rara - com o nos dias de Noé (17.26), quando somente oito almas foram salvas. O período anterior ã sua volta será marcado por perseguição, apostasia e des crença (Mt 24.9-13, 24). Je Juo duas vezes p o r sem ana (v. 12) - isso é mais do que o requerido por qualquer padrão bíblico. Exaltando suas próprias obras, o fari seu revela que toda a sua esperança estava de positada em não ser tão mau quanto outra pessoa. ju st ific ado (v. 14) - isto é, reconhecido c om o ju sto diante de Deus po r m eio de um a justiça imputada. não percebiam (v. 34) - a totalidade da ques tão da morte e da ressurreição de Oisto não ha via sido compreendida pelos Doze; eles estavam fascinados por outras ideias sobre o Messias e sobre como seu reino terreno iria funcionar.
1. Faça um resumo do ensino de lesus sobre o perdão em Lucas 17.1-4.
2. Como Jesus respondeu ao pedido dos discípulos para que tivessem a té aumentada (17.5)?
3. Resuma o que aconteceu na parábola que Jesus contou em Lucas 17.7-10. Qual é o ponto central?
4. Descreva os personagens da parábola do juiz injusto (18.2).
5. Para que público Jesus dirige a parábola do fariseu e do publicano? Por quê?
C onhecendo a fundo Com frequência, Jesus tez alusões ao Antigo Testamento em seu ensino. Para saber mais sobre Ló, leia Gênesis 19.1-26. 61
(V
;.r.>y.0íí>í5'..
A nalisando o significado 6.
Tendo lido o relato do Antigo Testamento sobre Ló, como você interpreta a concisa advertência de Cristo: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32)? Qual o significado dessa exortação à luz da segunda vinda de Cristo?
7. O c]ue Jesus quer dizer quando afirma que o reino de Deus está “dentro’ de seus seguidores (17.21)?
8.
Qual e o significado da parábola do juiz injusto? O que você diria a uma pessoa que argumenta que o juiz da história provavelmente representa Deus?
9. O que a parábola de Cristo sobre o fariseu e o publican o ( 18 .9-1 4) ensina sobre: ^ Orgulho/humildade?
Ser justo aos olhos de Deus?
62
V erdade para hoje Quando o jovem rico se aproximou de Jesus para se informar a respeito da salvação, nosso Senhor imediatamente testou sua disposição em negar tudo e segui-lo: “vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (18.22). Quando o jovem rico não atendeu as palavras de Cristo, ele revelou uma relutância para se submeter ao senhorio de Cristo. Toda pessoa que venha a ser salva deve entregar o controle de sua vida ao Salvador. Isso significa tanto estar disposto a desistir de tudo para segui-lo, quanto estar contente com tudo o que ele lhe tem dado, com a com preensão de que ele pode soberanamente conceder mais a você quando você o serve. Salva ção é a troca de tudo o que você é por tudo o que Cristo é. A fé salvadora, por tanto, não é somente uma ação mental, mas leva em conta o custo e humilde m ente clama a Deus, com o fez o pu blicano em Lucas 18.13: “ó Deus, sê propício a mim, pecador!”
R efletindo sobre o texto 10. No espírito da história do jovem rico, você está meramente refletindo sobre o custo hoje e todos os dias? A sua vida foi toda entregue a Cristo? Co m o você sabe?
11. Faça com que essa passagem sirva como uma espécie de “cartão de re gistro espiritual”. Que nota você daria a si mesmo nas seguintes áreas: ^ Dem onstração de fé Gratidão Vigilância (viver à luz do iminente retorno do Senhor) ^ Persistência na oração ^ Humildade Disposição para colocar Cristo acima de todas as coisas
63
V
12. Jesus declarou esta verdade: “Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (18 .27 ). Q ue situação “impossível”, relacionam ento ou o bstácu lo você confiará a Deus hoje? Peça ao Senhor que aumente sua fé.
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
64
9
^
P r ó x i m o a C ri s i L u c a s 18 .35 - 19.48
A p r o x i m a n d o -SE d o t e x t o Escreva uma frase que expresse sua resposta a cada um destes nomes de Cristo. Quai deles significa mais para você neste momento? ^ O grande médico
O bom pastor
O Salvador do mundo
O amigo dos pecadores
C ontexto Nessa passagem, encontramos Jesus, o amigo dos pecadores. Após ele ter cura do o cego Bartimeu, lemos a amada história de Cristo demonstrando benigni dade e misericórdia a Zaqueu. Isso salienta o tema do Evangelho de Lucas: “o Filho do Ho m em veio bu scar e salvar o perdido ” (1 9 .10 ). A seguir, vem os Jesus, o Juiz de toda a terra, por meio da parábola das dez minas. E então encontra65
mos Cristo, o Rei dos reis. Ele entra em Jerusalém m ontad o n um jum en tinh o e é aclamado pela multidão. Dali leva seu ministério para o Templo, purificando -o dos mercadores e cambistas. Ele então cam inha para o próprio coração do território inimigo, e os líderes que se opõem pretendem destruí-lo.
C have para o t e x t o Escribas e principa is sacerdotes: a palavra grega para escriba é gram m ateus, lite
ralmente: “escritor”. Originalmente os escribas tinham a função de transcrever a Lei e ler as Escrituras. Mais tarde, eles passaram a atuar como intérpretes e estudiosos religiosos, interpretando a lei civil e a religiosa. A palavra grega para prin cipais sa ce rd ote s é traduzida como “sacerdotes guias”. Esse grupo incluía o sumo sacerdote e outros sacerdotes que eram especialistas nas Escrituras. Iro nicamente, esses sacerdotes não compreendiam que, ao zombar de Jesus, eles estavam cumprindo a profecia de Isaías a respeito do Messias: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é pade cer” (Is 53.3).
D esdobrando o texto Leia Lucas 18.35-19.48, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. Filho de Dav i (v. 38) - uma afirmação que
reconhecia Jesus como Messias e rei. maioral dos puhlicanos (19.2) - Zaqueu provavelmente supervisionava um grande dis trito para coletar impostos e tinha outros co le tores de impostos trabalhando para ele. sicòmoro (v. 4) - essa deveria ser uma árvore robusta, com muitos galhos espalhados e bai xos. Uma pessoa baixa poderia alcançar um galho e ficar sobre a estrada; essa era uma po sição indigna para alguém do nível de Zaqueu, mas ele estava desesperado para ver Cristo. com alegria (v. 6) - um pec ador desprezível como um publicano ficaria angustiado com a perspectiva da visita do Filho de Deus perfeito e sem pecado, mas o coração de Zaqueu estava preparado. restituo quatro vezes mais (v. 8) - a disp osi ção de Zaqueu em fazer a restituição é uma prova de que teve uma conversão genuína. Foi o fruto, não a condição de sua salvação. buscar e salvar o perdido (v. 10) - o tema 66
principal do Evangelho de Lucas (veja 5.31-32; 15.4-7,32). minas (v. 13) - uma medida grega de valor, referente a um pouco mais de trés meses de sa lário. Quando ele voltou (v. 15) - isso retrata o re torno de Cristo à terra. A manifestação plena de seu reino na terra aguarda esse momento. tive medo de ti (v. 2]) - o servo demonstra um temor covarde, não um temor nascido do amor ou da reverência, mas maculado com desprezo pelo mestre. Se ele tivesse algum res peito verdadeiro pelo m estre, um “tem or” co r reto causaria diligência em vez de indolência. subindo para Jerusalém (v. 28) - estrada de Jericó para Jerusalém era um aclive ac en tu ado de cerca de mais de 1.200 metros de altura em 32 quilômetros. ju m en tin h o (v. 30) - o Evangelho de Mateus diz jumento, filho de jumenta (veja Zc 9.9) e revela que a jum enta tamb ém foi trazida. Bendito é o rei (v. 38) - citando o Salmo 118.26, eles aclamaram Jesus com o Messias.
as próprias pedras clamarão (v. 40) - essa
e te arrasarão (v. 44) - isso foi realizado com
foi uma forte argumentação da divindade e talvez uma referência às palavras de Habacuque 2.11. A Escritura freque ntem ente diz que a n a tureza inanimada louva a Deus.
pletamente; os romanos demoliram totalmen te a cidade, o Templo, as residências e as pessoas; homen s, mulheres e crianças foram bru talme n te massacrados às dezenas de milhares.
1.
O que aconteceu quando Jesus se aproximou de Jericó?
2. Quem foi Zaqueu? Qual é sua história?
3. Como Zaqueu reagiu ao seu encontro com Jesus?
4. Resuma a parábola das minas contada por Jesus (19.11-27). ^ Cenário:
^ Personagens:
^ Enredo/história:
^ Tema:
67
5. Descreva as ações de lesiis quando ele entrou em lerusalem.
C onhecendo a fundo
Para conhecer uma parábola semelhante a respeito de mordomia, leia Mateus 25.14-30.
A n a l i s a n d o o s ig n if ic a d o
6 . Quais
são as semelhan ças entre a parábola dos talentos de M ateus (2 5.1 430) e a das minas em Lucas ( 19.11-27)? Quais são as diferenças?
/. Quais são as lições da parábola das minas? O que esse ensinamento nos fala sobre a obra de Cristo e seu reino?
8.
De que modo a história de Zaqueu em Lucas é um perfeito microcosmo de todo o seu Evangelho, e até mesmo de todo o ministério de Cristo na terra?
68
9. Cristo entrou em Jerusalém com grande exaltação e comoção, e Lucas registra que ele então começou a chorar ( 19.41 ). Por quê?
V erdade para hoje A essência de seu caráter - suas m otivações interiores, convicç ões, lealdade e am bições - será, no final das contas, m ostrada pelo que você diz e faz. Boas obras não salvam você, mas todo crente é salvo para as boas o bras. “Pois som os feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Para o crente, frutos verdadei ros surgem com o auxílio de Cristo. Por outro lado, os descrentes (incluindo aqueles que de modo fidso confessam a Cristo) irão no final demonstrar o mau fruto que suas vidas não regeneradas inevitavelmente produzirão. Se você está produzindo fruto, crescerá na fé, virtude, conh ecim ento, au tocontrole, perseve rança, bondade, fraternidade e am or (veja 2Pe 1.5-9).
R efletindo sobre o texto 10. Zaqueu demonstrou algumas mudanças radicais após seu encontro com Cristo. Que frutos você vê em sua vida? Como Cristo mudou você?
11. Pense em tudo o que D eus tem dado a você - habilidades, vigor, exp eri ências de vida, instrução/conhecimento, oportuniciades, bens materiais/ recursos, etc. De que maneiras, especificamente, você pode se tornar um melhor administrador desses recursos e bênçãos?
69
12 .
Lucas 19.48 diz que o povo “ao ouvi-lo, ficava dominado por ele”. Como você pode buscar ouvir mais a Cristo e obedecer a sua orientação hoje?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
70
^
10
^
Os in im ig o s d e ( ] r i ^ o y(ÍiJ^\íi5)'ClWiíiSWl2W\>W^
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Alguns cristãos parecem pensar que crer em Cristo deveria protegê-los do mal e de problemas. Eles se mostram surpresos quando surgem provações ou tempos difíceis. De onde você pensa que vem essa maneira de pensar?
Você já foi perseguido por causa de sua fé? Se sim, o que aconteceu?
C ontexto Cristo encontrou oposição crescente da parte dos líderes de Israel. Na última semana de sua vida terrena, o Filho do Homem enfrentou a total hostilidade da parte deles. Lucas 20 e 21 registram os acontecimentos que tiveram lugar na terça-feira da “Semana da Paixão” de Cristo. Jesus se chocou com o ódio dos líderes religiosos que questionaram sua autoridade. Então ele ensinou as mul tidões que faziam a peregrinação a Jerusalém (e ao Templo) para celebrar a Páscoa. O ensino de Cristo incluía uma parábola pungente sobre lavradores niaus, uma óbvia acusação aos governantes judeus. Seu ensino também incluiu um diálogo brilhante com vários líderes religiosos que estavam tentando apa nhá-lo com várias questões teológicas e políticas. No Templo, Cristo observou a doação sacrificial de uma pobre mulher. Em seguida, ele profetizou a destrui ção de Jerusalém e ensinou sobre o fim dos tempos. Quando essa passagem termina, vemos Judas, um dos doze apóstolos de Cristo, unindo-se à terrível conspiração dos líderes judeus.
C have para o t e x t o Cristo: muitos falam de Jesus Cristo sem compreender que o título Cristo é na verdade uma confissão de fé. Da palavra grega Christos, cujo significado literal
é “o Ungido”. O termo Messias {Messiah), o equivalente hebraico para Cristo, foi usado no Antigo Testamento para se referir a profetas, sacerdotes e reis, no sentido de que todos eles eram ungidos com óleo. A unção sim boliza um a co n sagração para o m inistério p or Deus. Jesus Cristo, com o o U ngido, seria o m aior de todos como Profeta, Sacerdote e Rei (Is 61.1; Jo 3.34). Com sua dramática confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16), Pedro declarou sua fé em Jesus como o Messias prometido.
D esdobrando o texto Leia Lucas 20.1-22.6, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. pri nci pais sacerdotes... escribas... an cião s (v.
1) - cada um desses grupos desempen hou um papel ún ico nos vários ataques que segu iram, os quais aconteceram no Sinédrio, o concilio ju daico, o que dá a entender que ele havia se reu nido para orquestrar o ataque co ntra Jesus. P o rq u e não ac redi ta st es nele? (v. 5) - se João foi um profeta cujas palavras eram verdadei ras, eles deveriam crer em seu testemunho so bre Cristo; por outro lado, teria sido uma in sensatez política para os fariseus atacar a legitimidade de João ISatista ou negar sua au toridade como profeta de Deus. João foi muito popular entre o povo e se tornou um mártir nas mãos do desprezado Herodes. filh o am ado (v. 13) - o filho na parábola é uma ilustração de Cristo. Todo o qu e cair... aqu ele sobre quem ela cair
(v. 18) - uma citação de Isaías 8.13 -15 , que fala de Yahweh; nesse caso aplicado a Cristo. D e quem é a efígie (v. 24) - a imagem de C é sar no denário era uma das muitas razões que mais irritavam os judeus na coletoria de im postos; já que ele pretendia estar na posição de uma deidade, o pagamento de impostos era uma adoração ilegal - e na mente de muitos, equivalente a uma idolatria grosseira. Dai , po is, a C és ar (v. 25) - Cristo, desse modo, reconheceu que todos os cidadãos ti nham deveres para com o Estado secular, as sim com o obrigações para com Deus - e ele fez uma distinção legítima en tre os dois. iguais aos anjos (v. 36) - semelhantes no sentido de que eles não podem procriar. não ousaram mais interrogá-lo (v. 40) 72
quan to m ais perguntas ele respondia, mais cla ro ficava que seu conhecimento e autoridade eram vastamente superiores aos dos escribas e fariseus. nogazofilácio (2 1 .1 )- treze caixas com aber turas em forma de funil ficavam no pátio das mulheres; cada uma delas era classificada para um uso específico, sendo que cada doação era colocada na caixa correspondente. viúva pob re (v. 2) - a expressão grega signifi ca pobreza extrema. Essa mulher era desespe radam ente pob re, e seria m ais bem qu alificada como beneficiária de caridade do que como doadora. moedas (v. 2) - as men ores moedas em cobre usadas na Palestina, do valor de cerca de um oitavo de centavo, mas representando tudo o que aquela mulher tinha para viver. daquilo que lhes sobrava (v. 4) - não havia nada de sacrificial na doação deles. um só fio d e cabelo (v. 18) - essa não era uma promessa de preservação da vida física deles, mas uma garantia de que eles não sofreriam a morte eterna. 05 tempos dos gentios (v. 24) - a era do cati veiro bab ilónico de Israel (c. 586 a.C.; veja 2Rs 25) até sua restauração no reino (Ap 20.1-6) tem sido um tempo em que, de acordo com os propósitos de Deus, os gentios têm dominado ou ameaçado Jerusalém. Essa era também tem sido marcada por vastos privilégios espirituais conced idos às nações gentias. H aver á sina is (v. 25) - os sinais celestiais e maravilhas descritas aqui precedem imediata mente o retorno de Cristo.
aquele dia (v. 34) - o dia de seu retorno . po rq u e te m ia m o pov o (22 .2) - eles estavam,
portanto, conspirando secretamente, esperando eliminá-lo após o período da Páscoa, t]uando lerusalem não estaria tão cheia de pessoas; mas
esses acontecimentos tiveram lugar de acordo com o tempo de Deus e não com o deles. comhimiram em lhe dar dinheiro (v. 5) Mateus 26.15 diz trinta peças de prata, o preço de um escravo (Êx 21.32).
1.
Como os líderes religiosos judeus sao descritos em Lucas 20? Que adjeti vos e frases você encontra?
2. Como você descreveria o tom e a maneira de Jesus nesse capítulo? Qual é a atmosfera predom inante aqui?
3. Dê uma olhada na parábola do dono da vinha (20.9-16). Qual é o ensino de Jesus?
4. Faça um resumo do ensino de Jesus nesses capítulos sobre os seguintes assuntos: ^ Pagamento de impostos ^ Doações ^ Viver no fim dos temp os
73
5. AJgum dos atos ou afirmações de Cristo em Lucas 20 .1 -2 2 .6 parece espe cialmente provocativo ou surpreende você? Qual deles? Por quê?
C onhecendo a fundo Jesus não teve medo de falar contra os escribas e fariseus. Para sa ber mais sobre as advertências de Jesus a eles, leia Mateus 23.1-28.
A nalisando o significado 6.
Por que Cristo foi tão severo e estava tão irado com os líderes religiosos judeus?
7. Qua is eram os “assu ntos” dos líderes jude us com Jesus? Por que eles esta vam tão enfurecidos e comprometidos em destruí-lo?
8.
74
Por que a oferta da viúva pobre agradou a Deus?
9. Co m o você sabe que o que Jesus afirmo u em Lucas 2L 3 2 não poderia se referir à geração dos discípulos?
V erdade para hoje Ninguém pode viver para a glória de Deus e estar completamente confortável neste m und o. Você não deve se torn ar od ioso ou ser um desajustado, mas se sua vida é como a de Cristo, então você sofrerá algumas das reprovações que ele sofreu. Vivemos dias em que muitos querem fazer do cristianismo algo fácil, mas a Bíblia diz que é difícil. Mu itos desejam que os cristãos sejam aceitos, mas Deus disse que eles seriam perseguidos. O cristianismo deve confrontar o siste ma sendo distinto dele. Deve expor o pecado antes de revelar o remédio. Esteja certo de que sua vida reflete seu compromisso com Cristo. Isso é o que o fará distinto do mundo.
R efletindo sobre o texto 10. Aqueles que vivem para Cristo enfrentarão o mesmo tipo de oposição que ele enfrentou. “Nenhum servo está acima de seu senhor.” Como você se prepara para a reprovação que certamente surgirá em seu caminho em al gum momento?
11.
Cristo po deria ter evitado um “com bate fina l” com os líderes judeu s de várias maneiras: permanecendo longe de Jerusalém, sendo “uma pessoa le gal” ou procurando por um “terreno comum” com eles. Em vez disso, ele corajosamente os confrontou com a verdade de Deus. Que lição você pode tirar para hoje desse exemplo de Cristo?
75
12. O que você aprendeu com a história da viúva pobre e sua oferta sacrificial?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
76
II ^
A PAIXÃO DE CRÍrSTO)
í
A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o a
vida, como a coniiecemos, é constituída de bons e maus momentos. Quais foram os três piores dias de sua vida, e por quê?
Pense sobre o que você sabe sobre os últimos dias de Jesus na terra. O que significa para você pessoalmente o fato de Cristo ter sofrido tanto por você?
C ontexto Lucas relata dr modo intenso os acontecimentos dos últimos dias da Semana da Paixão de Cristo. Na quinta-feira, o Filho do Homem e seus seguidores cele braram a Páscoa. Lá, num “cenáculo” alugado, Cristo instituiu uma refeição simples, chamada Ceia do Senhor, tencionando celebrar “a nova aliança no meu sangu e”. Segu indo a previsão de Jesus de sua traição e da neg ação de Pedro, ele e os que o acompanhavam seguiram para o Jardim do Getsêmani. Lá, no fim da noite de quinta-feira. Cristo agonizou em oração antes de ser preso. Então o triste e trágico fim chegou. O desamparado Filho do Homem foi zombado e barbaramente o^redido, e então arrastado diante do Sinédrio assas sino. Sem a autoridade necessária para pron unciar u ma sentença de m orte co n tra Jesus, o concílio judaico o levou ao governador romano, Pilatos, para um ju lg am ento civil. Lucas 23 erm in a com o relato da crucific ação e do sepultamento de Jesus.
C have para o t e x t o Festa da Páscoa: a Páscoa era um dia de festa muito especial no calendário reli
gioso de Israel e estava inextricavelmente ligado ao que ocorreu no êxodo (Êx
12-13). Isso ficou fortemente marcado na tradição de Israel e sempre pontuou o dia da redenção do Egito. A Páscoa começava com o sacrifício do cordeiro pascal, que deveria ser sem defeito. A sexta-feira da Páscoa havia começado no pôr do sol da quinta-feira. De acordo com Josefo, era costume sacrificar o cor deiro nesse dia às três horas da tarde. Essa foi a hora em que Cristo, o Cordeiro da Páscoa cristã, morreu (ICo 5.7; Lc 23.44-46). Paraíso: vem da palavra grega paradeis os, literalmente “jardim” ou “parque”, e é
usada para se referir ao jardim do Éden. Mais tarde, o paraíso foi descrito com o o lugar dos justos mortos, no Seol (Lc 16.19-31). Quando Jesus falou ao ladrão na cruz, ele assegurou que estaria com ele naquele dia no paraíso (23.42). Isso parece indicar que essa palavra se refere a um lugar aprazível para os justos entre os mortos. Apocalipse 2.7 fala do paraíso como restauração do paraíso edênico, um lar eterno para os crentes (compare Gn 2 com Ap 22).
D esdobrando o texto Leia Lucas 22.7-23.56, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. dia d a Festa dos Pães Asmos (v. 7) - esse era o
primeiro dia da temporada de festas. As pessoas da Cialileia celebravam a Páscoa na noite de quinta-feira, então os cordeiros eram mortos na tarde desse dia. Os discípulos e jesus fizeram a ceia pascal dessa noite, após o pôr do sol. Ide pre parar- nos (v. 8) - essa não era um a tarefa muito facil; o cordeiro pascal tinha de ser sacrificado e ser preparada uma refeição para treze pessoas. um ho mem com um cântaro de água (v. 10) - norm alme nte carregar água era trabalho de mulher, então um homem carregando um cântaro se destacaria. um espaçoso cenáculo mobilado (v. 12) uma das muitas salas para alugar em Jerusa lém que eram mantidas para o expresso pro pósito de fornecer lugar para os peregrinos celebrarem as festas. Tenho desejado ansiosamente (v. 15) - ele queria prepará-los para o que viria. E, to m ando um cá lice (v. 17) - a ceia pascal envolvia o compartilhamento de quatro cáli ces de vinh o tin to d iluído; esse cáHce era o pr i meiro dos quatro (o cálice da ação de graças) e foi anterior à instituição da Ceia do Senhor. Isto é 0 meu corpo (v. 19) - o pão represen 78
tou seu corpo; essa linguagem metafórica é tí pica do hebraísmo. em m emória de mim (v. 19) - a Páscoa apon tava para o sacrifício de Cristo; ele transfor mou a ceia numa cerimônia completamente diferente, que olha para trás, em lembrança de sua morte expiatória. a mão do traidor está comigo (v. 21) - as pa lavras de Lucas aqui parecem implicar que Judas particip ou desse aco nte cim ento . Sua presença à mesa torna sua hipocrisia e crime ainda mais desprezíveis. mas ai (v. 22) - o fato de a traiçã o de Judas fazer parte do plano de Deus não o livra da culpa de um crime que ele cometeu proposita damente. A soberania de Deus nunca é uma desculpa legítima para a culpa do homem. minhas tentações (v. 28) - toda a vida e o ministério inteiro de Cristo foram repletos de tentações (4.1-13), privações (9.58), tristezas (19 .41 ) e agonias (v. 44) - isso sem m encion ar os sofrimentos da cruz, que ele sabia que esta vam por vir. um reino, eu vo-lo confio (v. 29) - aqui Cristo confirma a expectativa dos discípulos de um reino terreno p or vir, mas ele não viria no te m po ou da maneira que eles esperavam.
Satanás vos reclamou (v. 31) - embora d iri
gido especificamente a Pedro, essa advertência também envolve os outros discípulos. No texto grego, o pronome vo$é plural. que a tua fé não desfaleça (v. 32) - o próprio Pedro havia falhado miseravelmente, mas sua fé nunca foi destruída (veja Jo 21.18-19). duas espadas { v. 38) - curtas como uma ada ga, mais semelhantes a facas do c]ue espadas. Eram costumeiramente carregadas nessa cul tura por causa de sua praticidade. cerca de um tiro de ped ra ( v. 41) - ou seja, ao alcance da voz - sua oração foi, em p arte, para o beneficio deles (veja Jo 11.41-42). como gotas de sangue (v. 44 ) - isso indica uma condição perigosa conhecida como heviatiilrosis, a efusào de sangue pela transpira ção, causada por extrema angústia ou esforço físico. As capilaridades subcutâneas se dilatam e expelem uma mistura de suor e sangue. uma multidão (v. 47) - representantes do Sinédrio fortemente armados. tocando-lhe a orelha, o curou (v. 51) - esse é o único caso em toda a Escritura em que Cristo curou um ferimento recente. É de se destacar que um im pressionante m ilagre com o esse não teve efeito algum sobre o coraçã o daqueles h o mens. uma criada (v. 56) - parece que ela era a porteira da casa de Anás. também é galileu (v. 59) - eles souberam disso por causa de seu sotaque (Mt 26.73). voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro
(v. 61) - som ente Lucas registra que Jesus fez contato visual com Pedro; o verbo usado suge re um olhar fixo e intencional. Logo qu e am anh eceu (v. 66) - julgamentos de crim inoso s não eram co nsiderados legais se feitos ã noite, de modo que o Sinédrio esperou até o aman hecer para dar o veredito, que já h a via sido decidido, de qualquer modo (veja Mt 26.66; Mc 14.64). toda a assembleia (23 .1) - todo o Sinédrio, cerca de setenta homens reunidos. Pelo me nos um membro do concilio, José de Arimateia, discordou da decisão de c ond ena r C]risto (vs. 50-52). vedando pagar tributo a César (v. 2) - essa era uma mentira deliberada (veja 20.20-25). H er odes ... lho re m et eu (v. 7) - Herodes tinha
ido a lerusalém para as festas, e Pilatos viu a oportu nidad e de se livrar de um dilema p olíti co enviando Jesus a seu rival. nada lhe respondia (v. 9) - é significativo que dos vários interrogatórios pelos quais Jesus passou, Eíerodes foi a única pessoa com quem ele se recusou a falar. Herodes rejeitou a verda de sumariamente quando a ouviu de João Ba tista, portanto seria fora de propósito Jesus responder a ele. após castigá-lo (v. 16) - em bora Pilatos te nha visto Jesus como inocente de qualquer mal, ele estava pronto para açoitá-lo simples mente para acalmar os judeus. Crucifica-o (v. 21) - a crucificaçã o era a mais dolorosa e infame forma de execução empre gada pelos romanos. chorai, antes, por vós mesmas (v. 28) - a ré plica de Cristo a elas era uma advertência profótica. Somente laicas registra esse incidente. Calvá rio {v. 33) - essa é a palavra latina eq ui valente a Gólgota. não sabem o que fazem (v. 34) - eles não es tavam cientes do total escopo de sua perversi dade; estavam cegos ã luz da verdade divina. Um dos malfeitores (v. 39) - Mateus 27.44 e Marcos 15.32 relatam que os dois criminosos estavam zom bando de Cristo jun tame nte com a multidão; ã medida que as horas passavam, no entanto, a consciência desse criminoso foi cativada e ele se arrependeu. lembra-te de mim (v. 42) - o ladrão peniten te expressou sua fé de que a alma vive após a morte, que Cristo tem o direito de governar sobre um reino das almas dos homens, e que ele poderia entrar nesse reino a despeito de sua mo rte imin ente. Seu peditio para ser lembrado é um apelo por misericórdia, o que também revela que o ladrão tinha compreendido que ele não tinha esperança a não ser pela graça divina e que a dispensação dessa graça estava sob o poder de Jesus. trevas (v. 44) - não podem ter sido causadas por um eclipse, porque os judeus usavam um calendário lunar, e a Páscoa sempre acontecia na lua cheia, deixando fora de questão um eclipse solar. Foram trevas sobrenaturais. as mulh eres... desde a G alileia (v. 49) - M a ria M adalena; Maria, mãe de Tiago (o M enor) e José; Salomé, mãe de Tiago e João; e muitas 79
outras. As mesmas mulheres estiveram pre sentes em seu sepultamento e em sua ressur reição. túmulo aberto em rocha (v. 53) - José, um
1.
homem rico, sem dúvicia havia construído o túmulo para sua família. Ele ainda não havia sido usado. O sepultamento de Cristo foi um maravilhoso cumprimento de Isaías 53.9.
Que luz Êxodo 12.1-28 lança sobre os acontecimentos de Lucas 22.7-18?
2. O que aconteceu de surpreendente imediatamente após a primeira Ceia do Senhor?
3. Descreva a cena no Getsêmani (22.39-46). Que detalhes sobressaem?
4. Que detalhes dolorosos sobre a negação de Pedro Lucas inclui que os outros evangelistas deixaram de fora (veja Mt 26.57-58, 69-75; Mc 14.5354, 66-72; e jo 18.15-18,25-27)?
5. No relato da cruc ificação, em Lucas ( 2 3 .2 6 -4 6 ), o que Jesus diz e faz? Faça uma lista das ações dele.
80
C onhecendo a fundo Para ver o ensino do apóstolo Paulo sobre a Ceia do Senhor, leia ICoríntios 11.20-32.
A nalisando o significado 6.
Que questões preocuparam o apóstolo Paulo quanto à prática da obser vação da Ceia do Senhor da igreja de Corinto?
7. O que tornou a experiência de Cristo no Getsêmani algo tão excruciante?
8.
Que evidências da divindade e senhorio de Cristo você vê nesses capítulos?
V erdade para hoje Jesus Cristo evoca muitas im agens na mente das pessoas. Alguns o retratam como um bebê na manjedoura - o Cristo do Natal. Outros com o um a criança, talvez vivendo na casa de um carpinteiro ou confundindo os líderes religiosos de Jerusalém. Outros ainda o im aginam com o um cu ra ndeiro compassivo e pode roso que restaura os doentes e ressuscita os mortos. Outros como um pregador corajoso e inflamado transmitindo a Palavra de Deus a grandes multidões. E há aqueles que o veem com o um hom em perfeito - um modelo de bondade, amabi lidade, simpatia, interesse, cuidado, ternura, perdão, sabedoria e entendimento. Mas a única imagem de Cristo que se sobrepõe a todas as outras é a de Jesus Cristo na cruz. Conhecer a Cristo crucificado é conhecê-lo como o autor e consum ador de nossa fé - o mais autêntico retrato de sua pessoa e obra. É aqui que sua divindade, humanidade, obra e sofrimento são mais claramente vistos. 81
R efletindo sobre o texto 9. Reflita sobre o fato de Cristo ter m orrid o por você na cruz. Con sider and o o relato de Lucas, o que mais o toca, comove e motiva a querer viver para ele hoje?
10 .
O que você extrairá deste estudo para a sua próxima participação na Ceia do Senhor?
11. Lucas 22.7-23.56 é uma passagem dura e amarga. Mas o que se destaca nela? Há ações que são notáveis e que vale a pena imitar?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
82
C r i s t o EESSüsd A p r o x i m a n d o - se d o t e x t o Qual foi a melhor celebraçÈío de Páscoa de que você já participou? O que havia de especial nela?
O que surpreende você na ressurreição de Jesus? Quais, se houver, dúvidas você ainda tem sobre isso?
C ontexto Vimos o miraculoso nascimento de Jesus, sua maravilhosa vida e seus ensinos, e sua morte sacrificial. Mas a história não acabou. O capítulo final do Evange lho de Lucas docu m enta a vitória de Cristo so bre a sepultura. Nessa seção final, tam bém vem os a comissão de Jesus a seus seguidores de levar as boas-no vas até aos confins da terra. Também há muitas ideias que ecoam na abertura do livro de Atos (também escrito por Lucas), incluindo o sofrimento e a ressurreição de Cristo, a mensagem de arrependimento e perdão dos pecados, e o envio dos discípulos com o suas testemunh as.
C have para o t e x t o Ressurreição: uma doutrina central da fé cristã. Paulo lembrou aos cristãos de
Corinto que eles já criam na ressurreição de Cristo, do contrário não pode riam ser cristãos. Porque Cristo ressuscitou, a ressurreição dos mortos obvia mente é possível; e, por outro lado, que a menos que os homens em geral pudessem ser ressuscitados, Cristo não o poderia. As duas ressurreições per manecem ou caem juntas; não pode haver uma sem a outra. Além disso, se não há ressurreição, o evangelho é sem significado e sem valor. Em Adão nós herdamos um corpo natural; por meio de Cristo herdaremos um corpo espi 83
ritual na ressurreição. A ressurreição de Cristo foi o protótipo de toda ressur reição subsequente. Pregar. Jesus disse que as boas-novas da salvação deveriam ser pregadas a todas as nações. Da palavra grega keriisso, que significa “proclamar” ou “publicar”;
isto é, publicar uma mensagem conhecida. Pregação é a proclamação de certe zas; não se trata de sugestões ou possibilidades. O pregador fiel e mestre procla mará a verdade incontestável de Deus, com autoridad e delegada po r D eus e sob a divina comissão de Deus.
D esdobrando o texto Leia Lucas 24.1-53, prestando atenção às palavras e trechos em destaque. levando os aromas (v. 1) - as mu lheres não
esperavam en con trar lesus ressurgido da mo r te; seu único plano era terminar a unção de seu corpo. a pedra removida (v. 2) - Mateus 28.2-4 re lata que um terremoto aconteceu e que um anjo rolou a pedra; os guardas roma nos de sfa leceram de medo. dois varões (v. 4) - esses eram an jos. M ari a M adale na (v. 10) - ela foi a prim eira a ver Jesus vivo. um como delírio (v. 1 1 ) - algo sem sentido. dois deles (v. 13) - evide ntem en te esses não eram nenhum dos onze discípulos; de acordo com o versículo 18, um deles se cha mava Cleopas. seus olhos... impedidos (v. 16) - eles foram impedidos por Deus de o reconhecer. nós esperávamos (v. 21 ) - eles buscavam um reino terreno imediato; com Jesus crucificado, eles provavelmente estavam lutando com as dú vidas sobre ser Jesus o Messias que iria reinar. em todas as Escrituras (v. 27) - na inescrutá vel sabedoria da divina providência, a substân cia da exposição de Cristo das profecias m essiâ nicas do Antigo Testamento não foi registrada; mas o ponto principal do que ele expôs, sem dúvida, incluiu uma explicação do sistema sa crificial do Antigo Testamento, que estava re pleto de tipos e símbolos que falavam de seu sofrimento e morte. Ele também deve ter indi
84
cado a eles as principais passagens proféticas sobre o Messias. se lhes abriram os olhos (v. 31) - eles foram soberanamente impedidos de reconhecer Jesus até esse momento (veja o v. 16). Seu corpo ressurreto estava glorificado e alterado em rela ção à sua aparência anterior (veja a descrição de João em Ap 1.13-16), e isso certamente ex plica por que nem mesmo Maria o reconheceu num primeiro momento (veja Jo 20.14-16). Mas nesse caso, Deus interveio ativamente para que eles não o reconhecessem até que fos se o momento de ele partir. Je su s apare ceu no m eio deles (v. 36) - as portas estavam fechadas e trancadas. Vede as minhas mãos e os meus pés (v. 39) - ele estava lhes m ostran do as feridas cau sa das pelos pregos para provar que realmente era ele. lhes abriu o entendimento (v. 45) - isso pa rece transmitir a ideia de uma abertura sobre natural da mente deles para receber as verda des que ele havia revelado. Considerando que o entendimento deles havia sido obtuso (9.45), finalmente eles viam com clareza. sendo elevado para o céu (v. 51) - antes, quando o Cristo ressurreto os deixou, ele sim plesmente desapareceu (v. 31); dessa vez eles o viram ascender. no templo (v. 53) - esse se tornou o primeiro lugar de reunião da igreja (At 2.46; 5.21, 42).
1.
Quais foram os primeiros visitantes ao túmulo de Cristo? (veja os outros Evangelhos para m ais detalhes).
2. Qual era o cenário da sepultura? Que acontecimentos se desenrolaram quando eles chegaram?
3. Faça um resumo do relato de Lucas sobre o que aconteceu no caminho de Emaús (vs. 13-32).
4. Que evidências Lucas dá nesse capítulo de que Cristo voltou da sepultura com um corpo físico e não simplesmente como um espírito?
5. Que instruções lesus deu a seus discípulos antes de voltar para os céus?
C onhecendo a fundo apóstolo Paulo ensinou sobre a importância da ressurreição. Leia ICoríntios 15.3-22.
o
85
A nalisando o significado 6. De acordo com Paulo, por que a ressurreição do corpo de Cristo é tão central para a fé cristã?
7. O que é significativo na afirmação de Lucas em 24.52 de que eles o acioraram?
8. O corpo ressurreto de Cristo, embora real e tangível, estava, entretanto, alterado de um modo misterioso. Lucas 24.31 diz que Cristo desapareceu da presença deles. Seu corpo podia passar por objetos sólidos (Jo 20.19, 26). A que conclusões você pode chegar a respeito do corpo glorificado de Jesus?
9. A que poder Jesus se refere quando ordena a seus discípulos que esperem na cidade até que seja dado a eles o poder prometido do alto?
V erdade para hoje A ressurreição de Jesus Cristo é o maior de todos os acontecimentos na história do mundo. É tão fundamental para o Cristianismo que ninguém pode negá-la e ser um cristão verdadeiro. Sem ressurreição não há fé cristã, nem sal vação nem esperança. O fundamento de toda a nossa esperança é expresso nas palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Que m crê em m im , ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). 86
R efletindo sobre o texto 10. o Senh or Jesus deu a seus seguidore s a missão de levar o evangelho até aos confins da terra. O que você está fazendo para ver esse objetivo cu m pr i do? Que porcentagem de suas orações, doações, conversas, tempo e energia é dedicada a proclamar as boas-novas do Salvador ressurreto?
11. Chegamos ao fim de nosso estudo do Evangelho de Lucas. Gaste algum tempo pensando sobre estas doze lições. ^
Qu e novos con ceitos você obteve sobre a pessoa de Cristo? C om o o seu entendimento a respeito dele mudou? Que acontecimento ou ensino exerceu maior impacto sobre você?
^
Q uan to o seu am or por Cristo se aprofundou?
^
De que novas maneiras especificamen te você foi motivado a viver para ele?
R esposta pessoal Registre suas reflexões, as questões que queira levantar ou uma oração.
87
N otas
88
N otas
89
N otas
90
N otas
91
N otas
92
N otas
93
/
N otas
94
N otas
95