Centro de Formação Profissional de Setúbal Instalação Instalaç ão e Manutenção Manutenção de Sistemas Sistemas Informáticos Informáticos – 003 CLC5 – Cultura, Língua e Comunicação Isabel Moraes Moraes
Jorge Manuel Alves Carrilho Coelho Coelho 21-06-2012 21-06-2012
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CLC5 - Meios de Comunicação – “Mass Media”
Proposta de Trabalho Texto A – Meios de Comunicação Social "Mass Media" "Mass media" é uma palavra inglesa que significa intermediário ou suporte de massas. "Os "mass media" são ao mesmo tempo canais de difusão e meios de expressão que se dirigem não a um indivíduo personalizado mas a um "público-alvo" definido por características sócio-económicas e culturais, em que todos os receptores são anónimos." (A. Moles, La Communication et les mass media , Gérard-Marabout, 1971.) O telefone não entra na categoria dos "mass media", o cinema, a rádio, a televisão, a imprensa, o livro (com algumas reservas), a publicidade mural são "mass media". O teatro, na sua forma social corrente, é-o sob fortes reservas: não existe nele um carácter de amplificação devido ao medium em si, nem ao anonimato do público-alvo. Marc Angenot, Glossário da crítica contemporânea
PARA UMA LEITURA DO TEXTO COMPREENSÃO DA MENSAGEM 1. Por palavras tuas, define mass media. Mass Media é o conjunto de meios de comunicação massiva (televisão, rádio, imprensa escrita, cinema, publicidade), que informam uma população-alvo abrangente, através de mensagens políticas, recreativas, culturais e comerciais, cujos destinatários são anónimos.
2. Identifica e caracterize os receptores dos meios de comunicação social. Os recetores dos Mass Media são uma população-alvo massiva e anónima.
3. Enumera os meios de comunicação social. São considerados meios de comunicação social a televisão, rádio, jornais, revistas, cinemas e publicidade mural. Jorge Manuel Alves Carrilho Coelho - IMSI – 003
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4. Que meio de comunicação actual não é mencionado neste texto? A Internet, é um meio de comunicação social a que o texto não faz referência.
Texto B – Comunicação Social – Arma Secreta A comunicação social enche as nossas casas, impede-nos o caminho, ocupa-nos o tempo de lazer ou serve-nos de companhia ao longo da viagem. Já não somos capazes de viver sem os “mass media”! Já não conseguimos passar sem o noticiário, as imagens
da televisão ou os comentários jornalísticos! A imprensa escrita, a radiodifusão, a televisão e o cinema tornaram-se indispensáveis à vida do homem. Com a invenção dos satélites de telecomunicações e com a expansão da informática, os “media” transformaram -se em forças poderosas que não se limitam ao campo
meramente informativo, mas tendem a modificar a mentalidade, a cultura e o comportamento do homem. Chegam de todo o lado, invadem o espaço e impõem as suas ideologias e os seus modelos culturais. Por vezes, cortam ou relegam para segundo plano o diálogo entre as pessoas. Como diz F. Nietzsche, “quando se conhece o leitor, já nada se faz pelo leitor…”. E o perigo dos “media” reside no facto de conhecer o leitor apenas como ser facilmente
influenciável, a quem se deve oferecer tudo o que ele deseja sem qualquer preocupação. Inventam-se novos valores, despertam-se novos interesses, criam-se imagens de bem-estar. Por isso, a comunicação social começa a levantar problemas ao homem e às próprias instituições. Pelo seu enorme poder e a sua capacidade persuasiva começa a transformar-se na arma secreta de todos aqueles que conseguem ter nas mãos os principais meios de comunicação escrita ou audiovisual. Compreender o mundo que nos é oferecido pelos meios de comunicação social é extremamente importante para que continuemos a ser homens individuais, criadores e dotados de uma personalidade própria.
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PARA UMA LEITURA DO TEXTO COMPREENSÃO DA MENSAGEM 1. A mensagem obedece a uma determinada estrutura das ideias. 1.1. Divide o texto nos seus momentos principais.
1º Momento: “ A comunicação social … indispensáveis à vida do homem.” ;
2º Momento: ”Com a invenção dos satélites … escrita ou audiovisual.” ;
3º Momento: “Compreender o mundo … personalidade própria.” .
1.2. Identifica a ideia de cada um desses momentos. O primeiro parágrafo diz-nos que a comunicação social está omnipresente nas nossas vidas e já não conseguimos viver sem eles. O segundo e terceiro parágrafo alerta para o poder manipulativo de mentalidades e comportamentos, impondo-nos ideologias e modelos culturais, relegando para um plano secundário o diálogo entre as pessoas, e a sua expressão. Menosprezando o receptor, influenciando e persuadindo a favor dos interesses de quem controla os meios de comunicação, criando um “discurso oficial” .
O quarto parágrafo diz-nos que perceber o poder da comunicação social é fundamental para que possamos continuar a ser pessoas autónomas com opinião e vontade próprias.
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2. "Já não somos capazes de viver sem os mass media." 2.1. Mostra a importância dos meios de comunicação social na vida dos homens. São fundamentais para que não fiquemos isolados do resto do mundo. São eles que trazem até nós informações sobre tudo o que se passa exterior à nossa realidade pessoal e local. São eles que nos informam dos avanços da medicina e tecnologia, actualidade política, económica, desportiva e outras, sejam
nacionais
ou
internacionais;
fazendo
com
que
estejamos
permanentemente em contacto com informação actualizada sobre tudo e todos. São instrumentos perigosíssimos, pois podem facilmente manipular a opinião colectiva. Mas sem eles viveríamos nas trevas. Daí que seja importante não nos focarmos numa única fonte de informação, mas sim em várias, que através do nosso próprio raciocínio e lógica saibamos formar a nossa própria opinião sobre os assuntos. 2.2. Distingue os benefícios e malefícios da dependência da comunicação social. Benefícios:
Tem o papel de informar, educar e entreter;
Ajuda-nos a intervir, regular acções, articular iniciativas e a desenvolver comportamentos adequados;
Informação rápida, diversificada, abrangente e actualizada.
Malefícios:
Domínio dos poderes económicos e políticos;
Manipulação de factos e opiniões;
Condiciona a pluralidade de ideias.
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3. Justifica a expressão de que a comunicação social "começa a transformar-se na
arma secreta" . Os meios de comunicação, ou 3º Poder, como alguns preferem chamar-lhe, estão nas mãos dos poderes políticos e económicos que condicionam a discussão e pluralidade de ideias, apenas circula a temática que lhes interessa. Precisam de dar lucros, publicam a informação que vende, dependem do investimento em publicidade, acabam por ter um papel persuasivo, criando novos hábitos e necessidades de consumo. O poder político exerce uma influência de censura e ocultação de informação, fazendo circular apenas a informação que lhe convém. Uma excelente arma que está cada vez mais a tornar-se numa droga de alienação, onde se pretende diluir a individualidade dos cidadãos, condicionando a agenda e temáticas das notícias, influenciando a forma como pensamos sobre os assuntos, enfraquecendo o debate público, base da formação da Opinião Pública. Deixou de existir o contributo dos media para a formação de uma consciência crítica, democrática e participativa dos cidadãos. Pretende-se que sejamos pessoas melhor informadas acerca de uma pluralidade de assuntos (política, economia, tecnologia, ambiente, etc,) e conhecedoras dos seus direitos e deveres. Aptos a participar activamente na sociedade de forma autónoma e consciente.
4. Diz algumas medidas que devem ser tomadas para que a comunicação social seja sempre positiva para o homem. Existe uma Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a quem compete a supervisão da comunicação social, assegurando o respeito pelos direitos e deveres constitucional e legalmente consagrados, entre outros, a liberdade de imprensa, o direito à informação, a independência face aos poderes político e económico e o confronto das diversas correntes de opinião. A ERC é , em teoria, um dos garantes do respeito e protecção do público (em particular o mais jovem e vulnerável), dos direitos, liberdades e garantias pessoais e do rigor, isenção e
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transparência na área da comunicação social. Isto seria suficiente para garantir que a comunicação social tivesse sempre uma influência positiva para o homem. Apostar numa informação séria e independente, incentivar o debate plural de ideias, fornecendo informação fundamental que contribua para a tomada de decisões, que viabilize a participação activa em políticas e campanhas ambientais. Que mude mentalidades e comportamentos por forma a tornarmo-nos pessoas mais despertas pelo que nos rodeia, e a agir em conformidade com um ideal de bem colectivo. Que forme cidadãos activos que participem de forma interessada e responsável na vida em sociedade contribuindo para a comunidade. Mas sinceramente, a única arma disponível que nos permite obter informação, por enquanto, de forma livre, e lutar contra o domínio manipulador dos meios de comunicação tradicionais é a internet. Um meio de comunicação global, onde pudemos obter qualquer tipo de informação junto da própria fonte, sem intermediários e participar numa discussão directa, cruzando informações e desta forma ficarmos realmente informados sobre os assuntos.
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Actividade Individual Tendo em conta a tua própria experiência como consumidor de televisão comenta a seguinte afirmação:
"Tem magia, a televisão. É o mundo em nossa casa." Fernando Namora Uma caixa mágica, que a qualquer hora, nos permite viajar pelo mundo, fazer uma breve recolha das principais temáticas da actualidade. Permite-nos relaxar vendo todo o tipo de filmes; aprender um pouco mais sobre os mais diversos assuntos, acompanhando aventuras e descobertas, avanços tecnológicos, história e apreender uma multiplicidade de conhecimentos em canais temáticos; programar a gravação dos programas favoritos quando ausentes de casa, e mais tarde visiona-los. Transporta-nos virtualmente para qualquer lugar, faz-nos pensar, diverte-nos, provoca-nos risos e lágrimas, faz-nos sonhar, e é, tantas vezes, a única companhia em momentos de solidão, que nos conforta numa noite de inverno chuvosa, enroscados no sofá, ou nos faz agarrar num calção e dar uma caminhada ou um mergulho na praia. Interpela-nos ao ouvir alguém que nos alerta para algo que até já sabíamos e preferimos ignorar. Faz-nos sentir responsáveis e informados nas nossas opiniões. Consegue agregar no mundo inteiro milhões de espectadores frente aos televisores para assistir a eventos desportivos, culturais, políticos, fazendo sentir emoções fortes numa partilha massiva à escala global. Todos ao mesmo tempo, em lugares distintos, vivem o mesmo momento de emoção como se estivessem todos presentes no mesmo lugar.
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