Compreensão da Visão Saúde Integral - panorâmica histórica do século XX

Visão histórica e sistêmica: base para o paradigma integrativo i ntegrativo em Saúde

Marcelo L. Pelizzoli1 (Ver Pelizzoli, M.L. Ética M.L. Ética e Meio Ambiente – Ambiente – RJ: Ed. Vozes, 2013) Parte Parte I - Brev Brevee reto retomad mada a da crise crise conte contempo mporâ rânea nea e a abert abertura ura de novos novos paradigmas

Para entender as mdan!as "e a ideia de doen!a e sa#de $asso e $assa, %em como a crise "e a&eta 'oe nossa sa#de mental, social e %iol*ica (e em "e dire!+o s$er-la),  $reciso /oltar  ao $erodo cltral da $assa*em do sclo  $ara o sclo  e o "e se se*e. este tem$o, come!am a cristalizarem-se teorias e ideias "e %scam s$erar a /is+o mecanicista, materialista, redcionista, $ositi/ista, todas antecedidas $ela Re/ol!+o 4ient&ica (sc. V) - em "e sr*e o &am &amoso  paradigma cartesiano2. 5 m $er $erod odoo em "e "e recr recrd des esce ce e se &ort &ortal alec ecee o a/an a/an!o !o tecnol*ico e as /is6es objetificadoras3 anteriores, e ' m clima 'istrico-cltral de emer*7ncia de no/os $aradi*mas, "e se re&lete nma ruptura epistêmica *eral epistêmica *eral em /rias reas conntamente, nm  Zeitgeist, m no/o 8es$rito do tem$o9 "e amadrece. Emer*em /is6es tanto reacionrias "anto ino/adoras, nma lta s%liminar entre $ostras com$ortamentais e co*niti/as di&erentes, t$ico de m $erodo de re/ol!+o tanto cltral "anto cient&ica, como mostra . ;'n em  A estrutura das revoluções científicas 5 im$ortante entender a d$la o com$les crises econ?micas e do ca$italismo, doen!as, mais ainda de/ido >  e  @erras mndiais. J no tem$o da  @erra, 'a/ia o esta%elecimento das %ases $ara o crescimento %lico /erti*inoso, econ?mico e tecnol*ico a/assaladores. A *rande 'istoriador E. Bo%s%aCn se$ara o sc.  em tr7s &ases: Era da 4atstro&e (de/ido %asicamente ao "e citei acima)= Era de Aro (economia do  $s-*erra e cren!a a/assaladora no modelo tcnico-indstrial e ca$italista)= e nos anos D0 /em a 1 P'. Pro&essor Pro&essor do Mestrado Mestrado em Fa#de 4oleti/a 4oleti/a e Mestrado Mestrado em ireitos ireitos Bmanos Bmanos da GHPE. CCC.crad CCC.cradores ores.com.% .com.%r  r  2 5 m modelo e$istemol e$istemol*ico, *ico, m modo de conce%e conce%err a ci7ncia, mais do "e a &iloso&ia &iloso&ia de escartes escartes.. 4&. Pelizzoli, Pelizzoli, 200D, 2010, 2011e 2013. 3 Obeti!icador  ma $ala/ra mito im$ortante a"i e $ara @adamer. Re&ere-se n+o tanto ao &ato de se $rodzir o%etos sem &im, mas tornar o ol'ar, a /is+o, e assim o modo de rela!+o com a /ida (clla, cor$o, am%iente, $essoa etc) al*o se$arati/o, isolado, sem conse"7ncias e
Era da 4rise. E  neste #ltimo $erodo "e come!amos a /er mais claramente o im$acto da Fociedade ndstrial de 4onsmo (F4) na sa#de, na crise de /alores, em es$ecial no am%iente, o "e incli o cor$o e as rela!6es 'manas. I r$tra sist7mica annciada (mdan!a de $aradi*mas), coloca em s tradi!6es de 'i*iene, dietas, e o romantismo, s+o rec'a!ados e come!am a ser ainda mais e<$lsos da /alida!+o cient&ica o%eti&icadora. I"ele en"adramento metdico "e come!o com escartes e @alile, Kacon e  eCton,  le/ado ao e
as $essoas no dia a dia. I /iol7ncia "e /emos em mitos n/eis est li*ada diretamente, no &ndo, > di&icldade de com$reender o otro, esctar, dialo*ar, res$eitar o di&erente, inclir socialmente o "e e %sca e*oica da identidade (ter-ser-em-se-$oder). o cam$o da sa#de, $ro&issionais a$renderam "e n+o est+o lidando com $essoas 8alteridade9, conte lz, > cr/atra antes da linearidade, ao mo/imento. Iltera s%stancialmente a /is+o de tem$o linear e estan"e "e tn'amos, o tem$o cronol*ico, criado arti&icialmente $ela raz+oNcltra 'mana. sto est em acordo com a teoria da Relati/idade @eral, "e traz im$lica!6es ainda insitadas, "ando $or  e
"e a*ora n+o $ode ser entendida sen+o em conn!+o com a ener*ia o como ener*ia, ideias "e /ieram inicialmente com Einstein. Is im$lica!6es de tdo isto ainda n+o s+o %em com$reendidas e incor$oradas na sa#de.  I teoria dos Sistemas   sr*e neste conte tona as no/as /is6es $atadas na interdisciplinaridade  o mesmo na transdisciplinaridade  (termo criado $or Pia*et), $ala/ras $ara

desi*nar atomaticamente os limites e condicionamentos das /is6es disci$linares, em "e cada coisa entra nma cai
tdo isto, trata-se de ma "est+o de "al l!gica est l!gica est sendo adotada, e "e /ai *erar conse"7ncias  $iores o mel'ores, l#cidas o nilaterais= se temos ma l*ica com$lementar, com$lementar, inte*radora, mltiinter inter-tr -trans ansdis disci$ ci$lin linar ar (M), (M), temos temos maiore maioress c'ance c'ancess de entend entender er e resol/ resol/er er os $ro%le $ro%lema mass –  am%ientais e de sa#de em es$ecial. este as$ecto, /ale ler o  Manifesto da %ransdisciplinaridade %ransdisciplinaridade,, de K. icolesc.  I teoria da auto-organi,a%ão auto-organi,a%ão da Vida, e a 8ena!+o9 de Matrana e Varela s+o /is6es na mesma dire!+o, com$le
4a%e, ao lado de Hred, citar os otros dois &amosos estres da Suspeita , .iet,sche e ar+. ietzsc'e  m &ilso&o $ara alm de se tem$o, $recrsor de mitos atores

contem$orneos, contem$orneos, &az ma o$era!+o semel'ante a Hred, /isando o cora!+o e o deseo e a som%ra do seito "e se mani&esta nas institi!6es e no social, a$ontando o &racasso latente da racionalidade ocidental, desmascarando reli*i+o, ci7ncia e &iloso&ia do sclo , $ara a$ontar $ara m no/o 'omem, 'omem, $or meio do remdio remdio da esttica esttica e da arte. Mar< esta/a mais $reoc$ado $reoc$ado com a materializa!+o do modelo ca$italista, o "e sas insti!as cometem so%re os seitos em sa natreza social e do tra%al'o. 4omo s$erar a aliena!+o material de consci7ncia, como en&rentar a s$erestrtra e a in&raestrtra na l*ica do ca$italismo e
 $a$el da consci7ncia na constiti!+o do sentido do "e c'amamos de real, c'amado $or eles de 8$ossi%ilidades de ser9, de$endente da intencionalidade da consci7ncia. *almente, o $a$el da inter$reta!+o e dos 'orizontes dentro dos "ais colocamos todas as coisas, e as "ais $odem /ariar  mito. Io mesmo tem$o, tem$o, como nosso ol'ar  limitado, n+o a$enas $or"e a /ida  mito m#lti$la e *rande, mas $or"e /emos con&orme os nossos instrmentos, sentimentos, condicionamentos, em sma, /emos con&orme nosso ser-no-mndo &oi estrtradoNen"adrado. estrtradoNen"adrado.  I "rte contemporânea   m ca$tlo todo a $arte, mas "e mostra cltralmente e /isceralmente a r$tra de $aradi*mas e o nascimento do no/o $or meio de &ormas &or mas as mais di/ersas de criati/idade. Fe $or m lado a Irte contem$ornea $arece $erder-se no 8tdo /ale e nada tem /alor9 – conceito "e so $ara $arte da $s-modernidade $s-modernidade – $or otro lado e<$6e nas di/ersas artes a "e%ra de $adr6es racionalistas, cartesianos, identitrios. Em F. ali, o tem$o escorre $elo "adro, tanto "anto o en"adramento= n+o se trata de o*ar o irracional contra o racional= mas mais  $ro&ndamente, o*ar $ara o "e est alm das l*icas da mostra!+o e do domnio, o  surreal , acima de real-irreal, e "e e
@randes literatos como literatos como ;a&Sa, com sa  Metamorfose,  Metamorfose, coloca no $a$el "ase "e de modo es$ontneo e intiti/o sim$les o a%srdo do tem$o, o (astelo  (astelo  em "e nos enredamos, a trans&orma!+o "e ocorre no tem$o e em nossas s%eti/idades, o  rocesso "e  rocesso "e nos condena sem "e sai%amos de onde nem o $or"7. I atalidade e criati/idade crtica de m Farama*o  not/el, mas ' %ril'os $r$rios em cada nome, como J. L. Kor*es, H. Pessoa, A. Paz, J. 4ortazar, 4. 4a/a&is, M. Worcenar, E. Fa%ato, o o insitado M. Prost= o *7nio @oet'e (sc. ), V. B*o, . Mann, Jo+o 4a%ral. JacS 7erouac JacS  7erouac (ator  (ator de +n t/e road ) &oi o $ai do mo/imento Keat, mas tam%m m mstico-mndano li%ertrio, e<tico $ara se tem$o. 5 o mesmo $erodo em "e sr*em nm cenrio $otico e de li%erdade, de sensi%ilidade e criati/idade, atores como @i%ran, B. Besse, I. B
 a Era da crise, de meados $ara o &im & im do sclo ,  tam%m onde se a&irmam a&ir mam grandes ideias1 ideais e movimentos , &ilos&icos, estticos, li%ertrios, em %sca de m mndo mel'or, mais

 sto, com a /olta >s >s cltras $rimiti/as, ori*inais, ori*inais, tradicionais, com o res*ate dos direitos direitos 'manos. 5 neste conte
a$enas $ara citar al*mas tra*dias. Ent+o sr*e com &or!a entidades como &reenpeace, &reenpeace,  4art/  irst , Imi*os da erra, entre otros= em 1UD2 a $rimeira 4on&er7ncia Mndial do Meio Im%iente em Estocolmo, alertando,  com o c'amado 4l%e de Roma (1UOY), $ara os rmos deletrios "e o &ami*erado  progresso  progresso   esta/a tomando. It clminar na *rande es$eran!a com a Rio-U2, com a  $artici$a!+o da maior $arte dos dos $ases e ses c'e&es c'e&es de estado do Planeta. Planeta. A "e se es$era/a com as ltas ecol*icas, $olticas, sociais e li%ertrias  "e 'o/esse ma retomada do e"il%rio ecol*ico e da /ida &amiliar sim$les e das comnidades. E "e se conse*isse colocar m &reio ra$idamente no modelo de crescimento econ?mico danoso e insstent/el. A cam$o das ltas da sa#de de al*m modo ser tocado $or este clima, em con&ronto com as $olticas de sa#de im$ostas  $elos *o/ernos *o/ernos em consonncia consonncia com o $roeto ca$italista. @randes to$ias &oram desen/ol/idas, nm mo/imento c'amado de *ontracu#tura , "e se es$al'o $rinci$almente nos EGI, Ero$a e no mndo. Pensadores crticos como a Escola de HranS&rt - Ba%ermas, Idorno, Idorno, Kenamin, BorS'eimer, Hromm, Marcse (maior intelectal da es"erda dos anos O0 e D0) - "estionando a 8Raz+o nstrmental9, o 8$ensamento da dentidade9 (do mesmo) e a 8coloniza!+o do mndo da Vida9 totalizadora e o$ressora do 'mano e da natreza. @randes $ensadores e ati/istas como Fartre, Irendt, Hocalt, errida, eleze, dis$ensam a$resenta!+o, &izeram ses nomes na 'istria da de&esa do 'mano. Li%ertrios na edca!+o, como R. Fteiner (criador da medicina antro$os&ica), 4. Ro*ers, I. eil (escola li%ertria Fmmer'ill), Montessori, Pia*et, V*otsS, Kordie, e o maior deles, Palo Hreire. a rea da es$iritalidade li%ertadora, nomes como Malcon , Lt'er ;in*, @and'i, 4'ardin, om Belder 4mara, esmond t, Hrei Keto, om 4asaldli*a, Leonardo Ko&& (eolo*ia da Li%erta!+o), Li%erta!+o), &izeram 'istria em de&esa da /ida, dos direitos, das comnidades e do amor concreto. o seio da 4ontracltra, a$arece m dos mo/imentos cltrais mais im$ortantes como rea!+o ao modelo deletrio e conser/ador, e %scando ma /olta > natreza: o mo/imento  ippie J  ippie J de modo mais $olitizado e or*a or*ani niza zado do ati/ ati/am amen ente te,, &lore &loresc sce e $ela $ela Imr Imric icaa Lati Latina na e $elo $elo mnd mndoo $e" $e"en enas as e *ran *rande dess Re/ol!6es socialistas, como em 4%a, 4'ile, icar*a, Venezela etc., em %sca de m mndo mais sto.  a $arte  socioambiental  desta   desta contracltra "e %sca sal/ar o mndo da atodestri!+o, com no/os /alores e $ro$ostas sstent/eis, atores como E. H. Fc'mac'er na economia, com se  small is beautiful , e mais ainda @eor*esc-Roe*en, alertando $ela necessidade de m decrescimento deste decrescimento deste modelo de $ro*resso e m desen/ol/imento, $ara e/itar a entro$ia. En"anto isto no Krasil, J. Ltzem%er*er escre/ia se Mani&esto Ecol*ico Krasileiro no incio dos anos D0, alertando contra a atodestri!+o e a$ontando camin'os ecolo*icamente e"ili%rados. e i*al

modo, E. @aleano, H. Hernandes, Hernandes, o  Enri"e ssel, maior &ilso&o latino-americano, da Hiloso&ia da Li%erta!+o. os EGI atores como Ildo Leo$old e/ocam ma 5tica da erra, erra, nos idos dos anos 0-0. e$ois a$arecem Bans Jonas, o Relatrio Krndtland, Irne aess, Mic'el Ferres, 4a$ra (ator do &amoso li/ro e &ilme + ponto de mutaç"o), mutaç"o ), e ma *ama de atores, ati/istas (mitos deles aca%am sendo mrtires, como 4'ico Mendes e irm+ orot')= A@s "e crescem, na medida em "e recrdesce a Fom%ra terri&icante terri& icante so%re a erra e ses seres: 8onde sr*e mitos doentes, sr*em tam%m no/os mdicos9. I%rindo I%rindo %em os nossos ol'os: como &icar indi&erente aos acontecimentos, aos $ro&etas, mestres e *7nios e > dor de nosso tem$o Z A "e no &ndo todos estes atores $erce%em  o "e Ma< e%er a$onta como o desencantamento  do mndo (natreza e comnidades), a $erda da dimens+o da li%erdade 'mana

e a amea!a de ma /ida o%eti&icada, ro%otizada, o$rimida e escra/a do ca$ital e do tra%al'o "e n+o realiza a /ida. Estes mo/imentos est+o na es&era do "e Hred c'amo de 8retorno do re$rimido9, o sea, res*atam dimens6es &ndamentais do ser 'mano em sa rela!+o com a /ida, natreza, comnidades, as "ais &oram sendo dani&icadas na 'istria e cltra ocidental. Perce%em a errncia e locra e*oica im$erante no Acidente, sa Fom%ra ma"ia/lica. Is ci7ncias, *rande arato do Fa%er no ocidente, se $or m lado ada mito na com$reens+o destas dimens6es e da odisseia dos seres 'manos errantes diante do 8real9, e c'e*a a $es"isas sr$reendentes nto >s r$tras e$ist7micas citadas, $or otro lado cai nm $rocesso de o%eti&ica!+o da /ida em *eral, como $ode ser /isto na $ers$ecti/a cartesiana isoladora, des/italizante, mecanicista, &ra*mentria, materialista. Boe, n+o ' "ase 4i7ncia e Hiloso&ia no sentido do amor > /erdade, mas antes, ma tecnoci7ncia coo$tada $elas cor$ora!6es e $elo Mercado. A "e es$erar ent+o do  setor 'a8de, 'a8de, coo$tado $or este a$arato 'oeZ I"ilo "e de/eria $rodzir sa#de, aca%a re$rodzindo ma @rande Patolo*ia. . . Reic' &ala/a de ma Peste Emocional reinante contra a Vida= nto a ela temos ma Peste Irti&icial e otalitria, "e o$rime a Vida de /rias &ormas, &or!ando-nos > inrcia, ao consmo insstent/el e ao con&ormismo. I esta crise e tentati/a de sal/ar a %ar%rie do ocidente, $or meio da cltra, acom$an'a m ti$o ti$o de de novo 2enasci 2enasciment mento o, em "e ad/7m &ormas de sa%edoria Ariental Inti*a e tradicional (ind*enas, etc.) no Acidente, estrtradas em /rias $rticas: es$iritais, &ilos&icas, $sicol*icas, mdicas, ener*ticas...). ener*ticas...). A Wo*a Wo*a e as Irtes Marciais, %em como as &ormas de Medita!+o oriental s+o  $artes &ndamentais de $rticas sad/eis sad/eis e de e"il%rio mental, o e"il%rio mais $recioso 'oe. A ad/ento das medicinas orientais no ocidente  tal/ez o maior acontecimento (ainda n+o %em com$reendido) na rea de sa#de do sclo . A dilo*o entre racionalidades e tera$7ticas di&erentes, considerando ma /is+o sist7mica e inte*rati/a da sa#de  o *rande desa&io 'oe $ara "em "er crar de &ato. As Keatles se tornam 'indstas. os EGI Ilan atts, atts, e as escolas

 %distas tomam mita &or!a no $s-*erra= *randes mestres "e &izeram escola como Iro%indo, Wo*ananda, As'o, Ma'aris'i, @rdie&&, Pranam$ad, o sr$reendente 4. rn*$a da (ra*9 :isdom, :isdom, . KlaSe o *rande mstico, o o/em l#cido E. olle, d+o ensinamentos insitados e e ce*eira dos tem$os, ce*eira %ranca e do e
(onjunções sociais de Movimentos para os novos paradigmas Princi$almente neste $erodo da 8Era da crise9 (Bo%s%aCn, 200Y), a$arece, de m modo em  $arte es$ontneo em $arte concomitante, ao lado dos acontecimentos descritos acima, m connto de $ensamentos e $rticas /isando sanar o caos em "e nos metemos. F+o eles: umanos e mo/imentos de 6ireitos   6ireitos umanos e de  6ireitos em  em *eral= ireitos di&sos e do consmidor. Homos > La e criamos a internet  mas  mas temos $ro%lemas srios de *arantir direitos 'manos, o "e  a maior e tene%rosa contradi!+o da cltra e e*o ocidental. A ireito Li%eral &oi esta%elecido como  $rote!+o da $ro$riedade $ri/ada e de classes dominantes= a*ora, &ala-se em ireito Ilternati/o, em Jsti!a Restarati/a e das 4omnidades= estamos a camin'o de ma mdan!a de $erce$!+o re*eneradora. I dentro, ocorre o nascimento da 4ltra de PIX, PIX, $rinci$almente com o $s-*erra $s-*erra e a AG, a necessidade $remente de e/itar ($ela edca!+o em es$ecial) a /iol7ncia de toda ordem= a de&esa da di/ersidade, do res$eito, tolerncia racial e reli*iosa, se<alidades di/ersas, cltras e minorias. 4col!gicos N Edca!+o Im%iental. Re$resentam ma re/ira/olta na /ontade   Movimentos 4col!gicos N de domina!+o e*oica e consmista "e o 'omem ocidental %r*7s em$reende contra a atreza. 4'e*amos a ma sensi%ilidade de %scar a $rote!+o dos animais e ecossistemas, o "e e  1anco social p8blico> moedas sociais> economia de comun/"o> uso partil/ado de instrumentos>  feiras ecol!gicas e org$nicos> associativismo= associativismo= mo/imentos como  slo: foods, foods, veganismo e vegetarianismo. vegetarianismo.

 I  1io)tica,  1io)tica, n+o a$enas como ma tica mdica e 'os$italar, mas como m $aradi*ma *lo%al sist7mico, $rotetor e ino/ador, no conte
mel'ores com$reens6es em reas da  sa8de,  sa8de, como em "al"er otra rea do Fa%er e de $rticas sociais, s+o &eitas com %ase em /is6es o $adr6es transdisci$linares, mlticltrais, %iodi/ersos, coo$erati/os, natralistas, li%ertrios, entre otros. Parte II 9 " crise do mode#o biom4dico e o surgimento de novas pr$ticas em Saúde

4itaremos $ontalmente os elementos $rinci$ais "e descortinam a *rande crise $ela "al  $assa o Modelo Kiomdico, $ara de$ois re&erir isto ao modelo e$istemol*ico (cient&ico) /i*ente, desmisti&icar al*mas cren!as, e ent+o a$ontar sinteticamente $ara no/os ol'ares em Fa#de. 1 - I Medicina con/encional em /o*a n+o tem e/itado ($elo contrrio, tem at $er$etado indiretamente) o crescimento de doenças crnicas. crnicas. 2 - oen!as de*enerati/as como o 4ncer, t$ica doen!a am%iental, &rto de condi!6es de ntri!+o e estilo de /ida, amentaram a incid7ncia nos EGI ($as de re&er7ncia no american :a9 of  life) life) de 1 $ara 3Y em 1 $ara O $essoas (soma %rta) em a$enas 0 anos (menos de das *era!6es) [ rata-se de ma e$idemia n+o &alada. Il*ns tentam at des/iar a%srdamente - e contra os dados  $ara ma casalidade casalidade *entica. *entica. 3 - Imento de oen!as de*enerati/as em *eral (1 $essoa $ara 3 nos EGI), ma e$idemia real. Acorre na mesma $ro$or!+o *eomtrica da de*enera!+oNarti&icializa!+o de*enera!+oNarti&icializa!+o alimentar e de "alidade de /ida das $essoas.  - 4ontamina!+o cor$oral e am%iental em n/eis inima*in/eis. esde metais $esados at  $e"enas intera!6es ne*ati/as com aditi/os "micos, dro*as, $oli!+o de toda ordem, &ritras, tintas, inseticidas, com%st/eis, corantes, $rodtos 'i*i7nicos, $lsticos, doces, *a contaminada "imicamente. Gm mar de contamina!6es e intera!6es "micas com$le
de

so&rimentos,

medicamentos

e

de$end7ncia

ao

modelo

de

inter/en!+o

mdicaNmedicalizante. D - 8ranstornos9 mentaisNemocionais crescentes. ado o amento de 200\ em 20 anos do so de medicamentos $sicotr$icos e assemel'ados de ordem $s"ica, $ode-se &alar at de ma e$idemia de tais transtornos. Y – Polticas de Fa#de $recrias e em /ias de no/a $ri/atiza!+o. A in/estimento em 8sa#de9 tem alto csto $ois re/erte no modelo &racassado da doença, doença, sintomtico, in/asi/o, medicamentoso e mito caro.

U - mensos e&eitos colaterais, iatro*enia, e&eitos com$le raiz do $ro%lema o $romo/er sa#de. As e&eitos deletrios s+o $or /ezes e $rod!+o de doentes cr?nicos e de$end7ncia ao modelo medicalizador. medicalizador. Obst$cu#os epistemo#ógicos pontuais do paradigma Biom4dico

4om tdo isto, $erce%e-se nitidamente "e o Paradi*ma dominante no Modelo Kiomdico est coo$tado no molde do  procedimento epistemol!gico condicionado pelo (artesianismo  Mecanicista e pelo Mercantilismo das (orporações (orporações.. Este modelo, tem al*mas características $ro%lemticas características $ro%lemticas marcantes: marcantes: 1 - A 4or$o  m o%eto ME4]4A TG^M4A EPERMEIL , EPERMEIL ,   sem (orporeidade (mente-cor$o interacional, /i/o, am%iental, or*nico, ener*tico, m/el, mt/el). 2 - Acorre, neste reducionismo, reducionismo, a AKJEH4I_`A da Vida-or*anismo-$ Vida-or*anismo-$rocesso-am%iente rocesso-am%iente,, de modo "e se cai no  Mecanicismo e na ecni&i ecni&ica!+ ca!+o: o: da ma medicina medicina como 8media!+o 8media!+o ma"inria a%solta9= 8en*en'aria de r*+os9 10. 3 - Acorre ma /erti*inosa HRI@MEI_`A, HRI@MEI_`A, $ela es$ecializa!+o e $arcialidade das a%orda*ens= com cada $ro&issional entendo ma $arte da $arte e de modo nilateral. 10 Ver (ontra a desumani*aç"o da medicina, de Palo Benri"e Martins.

 – Acorre a red!+o do ol'arN$es"isa ao acesso H^F4A-TG^M4A TGII TGIIVA e > demonstra!+o no estilo matemtico-"antitati/o, de modo e dimens+o $oltica-institcional e tica) dominante $or trs da mesma. 3m )ue princ(pios epistemo#ógicos pode pautar-se a Saúde 

integrativas, as "ais lentamente  os no/os $aradi*mas, $aradi*mas, a*ltinados a*ltinados so% o nome de pr=ticas de  pr=ticas integrativas, t7m %scado adotar modelos de E$istemolo*iaN4i7nciaNMetodolo*ia E$istemolo*iaN4i7nciaNMetodolo*ia de %ase, $odemos encontrar os se*intes conceitos-c'a/es: conceitos-c'a/es: Interdependência1 comp#e+idade1 ho#(stica1 sint4tica1 intuitiva1 sistêmica1 integrativa

($s-dalismo $sico&sico) 1 transdiscip#inar1 aberta1 dia#4tica-dia#oga#1 pós-materia#ista1 sustent$ve#1 bio4tica (alteridade)1 )ua#i!icadora1 o#har do campo1 intercu#tura#-histórica

(tradi!6es, 'ermen7tica) 1 simbó#ica1 5bio6energ4tica8

A desa&io $ara o $ro&issional  com$or ma /is+o inte*rati/a am$la ao mesmo tem$o "e  $ro&nda, mesmo "e "e ele se es$ecialize es$ecialize mais em ma das $rticas $rticas em sa#de. A desa&io  i*almente conse*ir scesso scesso no tri$ da mdan!a: 1 –  Desafio Epistemológico  (tomar consci7ncia do "e estamos mostrando a"i em termos de discss+o cient&ica crtica e de &ndamentos). 2 –  Desafio  Político-institucional   (a a%ertra e o em%ate "e ' dentro da institi!+o &ormati/a o de

atendimen atendimento to em sa#de sa#de do $ro&ission $ro&issional). al). 3 –  Ético/Sensiilidade  (a sensi%ilidade e a ca$acidadeN/ontade e nimo e & na /ida "e o $ro&issional tem o n+o $ara cidar de &ato e tornarse mel'or, e n+o a$enas m re$rodtor do Fistema da oen!a e do Mercado) 11.  As perguntas perguntas 0ue devem surgir para abrir o camin/o crítico#epistemol!gico s"o as  seguintes< Te ti$o de edca!+o em sa#de e "e ti$o de atonomia do 8$aciente9 temos 'oeZ Tal o l*ar $ara as rela!6es sim%licas-cltrais na cra 'oeZ Tal o l*ar $ara os sa%eres tradicionais sstent/eis na medicina, $or e
Precisamos a*ora desmisti&icar al*mas cren!as "e s+o $assadas tanto dentro de 'os$itais, o $or mitos mdicos, o diretamente $ela ind#stria &armac7tica e de e"i$amentos, em rela!+o ao $rocesso sa#de-doen!a. sa#de-doen!a. 4ren!a 1 – I Medicina %radicional   o Modelo Modelo Kiomdico Kiomdico /i*ente= e ' as medicinas medicinas  Alternativas.  Alternativas. a /erdade , convencional> ' sim as /erdade , o  o modelo %iomdico n+o  tradicional, mas sim convencional> ' Medicinas radicionais, como diz a AMF, "e incli ind*enas, das comnidades tradicionais, sa%eres $o$lares etc. +o se de/e colocar o $eso na lta entre as das, mas sim na reentrada das radicionais radicionais no Fistema. 4ren!a 2 – I Medicina con/encional con/encional  tcnica e $atada na ci7ncia c i7ncia e as otras n+o. a /erdade, nem ma coisa nem otra necessariamente o isoladamente. Mitas /ezes a $rtica da 11 Fo%re Fo%re isto isto tdo tdo /ea /ea !elioli #$$% e #$&&.

medicina e dos a$aratos de sa#de n+o se*em a %oa ci7ncia e as no/as desco%ertas, nem s+o a%ertas >s $es"isas &ora do "e  est esta%elecido. o mesmo modo, mitas das $rticas alternati/as o com$lementares s+o  /eri&icadas cienti&icamente como /lidas. Precisa-se /er cada caso. 4ren!a 3 – I lta em sa#de inte*ral  %asicamente ma lta da Bmaniza!+o  a ecnoci7ncia. a /erdade, esta /is+o so&re do mesmo $ro%lema descrito na cren!a 2, e limita a mdan!a a tentar introdzir 8mais tica e 'maniza!+o na medicina9, n+o /endo $ro%lemas de %ase e$istemol*ica, institcional e de $oder. $oder. 4ren!a  – emos m Fistema de 8Fa#de9. a /erdade temos m 8Fistema da oen!a9, com $ocas instncias e $olticas /oltadas $ara a Fa#de= tal sistema  /oltado $ara as$ectos $arciais da a%orda*em das doen!as (redcionismo, como citado). 4ren!a  – A Modelo Kiomdico 8cra9 e os modelos nte*rati/os 8cidam9. a /erdade, esta cren!a so&re do mesmo erro das cren!as 3 e 2. 4ren!a O – Gsar o Modelo nte*rati/o corres$onde a sar alguma coisa  coisa  alternati/a (e<.: 'omeo$atia, o ac$ntra, o c's...). a /erdade, isto con&nde e torna nilateral a /is+o da sa#de inte*ral, $ois dei ideia de e&iccia e e/id7ncia. 4ren!a 10 - 8oen!a  al*o "e /em de 8&ora9, eNo a*ente $ato*7nico9. 4ren!a atomizada e nilateral, $ela "al se /endem $llas aos %il'6es, dei raiz do $rocesso sa#de-

doen!a e $odem crar de modo mais e&icaz e drador. 4ren!a 12 - 8Mdicos em *eral acom$an'am a ci7ncia mdica9. a /erdade, a maioria n+o se $ro$6e a $es"isar, n+o l7 &ora do "e  sa%e, e menos ainda %sca no/os $aradi*mas, a n+o ser  "e isto re$resente al*m &il+o de mercado no/o. 4ren!a 13 - I Medicina con/encional  se*ra. I 8alternati/a9 8alternati/a9  inse*ra, tem %ai
Modelos com$lementares e natralistas 'oe $odem ser encontrado em *rande "antidade. 4ontdo, elencamos al*mas $rticas consa*radas "e eminentemente merecem ser estdadas e /i/enciadas:  IGRAP  IGRAPI II12 (conceito am$lo, onde $ode entrar a omeopatia a  omeopatia $or  $or e
Gm *rande n#mero de cidadores, mdicos o n+o, criaram, testaram e $raticaram teorias e  $rticas na rea da sa#de "e s+o mito im$ortantes, a maioria deles n+o  con'ecido do *rande  $#%lico, e $or /ezes at $or $ro&issionais de sa#de, de/ido a toda dimens+o de o%stclos cient&ico cient&icos, s, redcioni redcionismo smo e de in&l7ncias in&l7ncias $oltico-e $oltico-econ? con?mica micass relatadas relatadas antes. antes. 4itemos 4itemos al*ns al*ns destes *randes nomes: ;nei$$ ('idrotera$ia e dietas crati/as), . Kic'at (/italismo), @. A'saCa ($ai da Macro%itica), K. Lst, V. Priessnitz, L. ;'ne, Padre adeo, I. E'ret, J. FSoda, M. Lazaeta Ic'aran, K. Jensen ($ai da iridolo*ia) I. i*more, F. Ba'nemann ($ai da Bomeo$atia)= M. @erson (tera$ia de @erson). a rea cor$oral . . Reic', I. LoCen, M. HeldenSrais. Italmente Italmente temos Fer/an-Fc'rei%er, Fer/an-Fc'rei%er, L. Palin*, 4aldCell Esselstn, Joel H'rman, Jo'n Mco*all, eal Karnard. E no Krasil: Won* F. Wm, Peri%anez @onzales, M. Kontem$o, I. Kotsaris, 4. 4arriconde. os EGI, o maior es$ecialista inte*rati/o em cncer e tal/ez o "e mais den#ncias &ez contra a arti&icializa!+o da alimenta!+o e dos cosmticos  Famel E$stein. a n*laterra, V. 4oleman /ende "ase m mil'+o de e
"e "ando m mdico &oca sa $rescri!+o em al*m medicamento alo$tico, est atando no n/el  %io"mico conectado %asicamente ao meta%olismo= as dro*as em *eral n+o atam como ntrac7tico, mas como s%stncia e<*ena ao sistema, /isando a altera!+o de al*m $rocesso  %io"mico, o com%ate a al*m a*ente $ato*7nico o assemel'ado assemel'ado (o anti%itico  o mel'or  e %ase natral, /i/a (tri!+o)= o atendimento  'manizado e de/e estimlar o seito (Mente)= $ro$6e-se al*m e Fa#de, $aralela ao 8viver 8 viver conforme a nature*a Fp/9sisG9 Fp/9sisG9 'i$ocrtico. As cradores (mdicos) s+o a sa sa#de  %em ntida: 8&a!a do te alimento o te remdio9, 8cra-te a ti mesmo9 (Bi$crates). En&im, sa#de no sentido maior, le/a > medida, ao e"il%rio e, assim, ao Kem e > contem$la!+o do Kelo, em meio ao  at/os (so&rer,  at/os (so&rer, sentir,  $ai<+o...). sto li*a-se diretamente ao modo e estilo de /ida da $essoa. 8I /irtde  dis$osi!+o natral o di=st/esis ?at= p/9sin, p/9sin, dis$osi!+o e"ili%rada, re*lar o 'arm?nica ( /omologoum)ne), /omologoum)ne), en"anto o /cio  ma dis$osi!+o antinatral ( par= ( par= p/9sin)9 p/9sin)913. Mais tarde, os mdicos latinos 13 ipcrates, na interpretação de Gracia, #.

criaram m dizer %asilar $ara a cra: vis medicatri5 naturae, naturae, a &or!a /ital medicadora da $r$ria natreza, "e nos 'a%ita. Fem$re se so%e disso= trata-se a*ora de rea$render a encontrar a $r$ria /omeostase (e"il%rio...). /omeostase (e"il%rio...). 3sta inspira%ão 41 unto < dimensão de #uta po#(tico-instituciona# e do despertar da sensibi#idade 4tica do cuidado neste caminhar histórico apresentado antes1 a base ine+or$ve# para os novos paradigmas integrativos em sa!de.

Bib#iogra!ia

PELXXAL, Marcelo L. Ética L. Ética e meio ambiente. ambiente. Petr$olis: Vozes, 2013.  . A  . A emergência do paradigma ecol!gico. ecol!gico. Petr$olis: Petr$oli s: Vozes, 1UUU.  . omo  . omo ecologicus 4a