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CARACTERISTICAS DOS ESTI~..,
b-..,t;;~PR~O--'F-ll-AL--:-:.f~RE~"DO GALVao"
CLAIEBA
LA DE BELf:S ARTES
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T'-lUlo original: CARACTERISTIQUE DES STYLES Copyrighl © Flammarion, Paris, 1988 ( 'o{Jyright © Livraria Martins Fontes Editora Uda., 1991, para a presente edi~ao J." edi,iio brasileira: julho de 1992
'/i'odu,iio: Maria Ermantina Galvao Gomes Pereira Revisiio da tradu,iio: Marina Appenzeller Nevisiio tecnica: Antonio Gil da Silva Andrade Revisiio tipogrdjica: Luis Paulo de Andrade Viana Cecilia Vannucchi Produ,iio grdjica: Geraldo Alves /)('scnhos: Claudine Caruette e Pierre Lepetit Composi,iio:Alexandre Augusto Nunes ('(Jpa -
Projeto: Alexandre Martins Fontes
Ihllins I"ternlleionais de Calaloga~iio na Publiea~iio (CIP) (C,1mara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Robert Carancristicas dos estilos / Robert Ducher ; [tradu,;;o Mari" Frmantina Galvao Gomes Pereira]. - Sao Paulo: Marli"s Fontes, 1992.
I )llcl!n.
I~ihli()eraria. 1~;IlN
CDD-709
I, '\"11' : !'.slilus : J lisl6ria l 1',,,11,,, : Anc : Ilisl6ria 11111'1/ 0
Nl'IIsil n·.w'rvados
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Introduc;ao
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Arte egipcia
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Arte grega
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Arte romana
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Arte greco-romana
.
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Arte bizantina
.
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Arte romanica
.
Arte gotica
.
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Renascimento italiano
.
10 .\ ,.1
Renascimento frances
.
Renascimento f1amengo
.
Renascimento alemao
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Renascimento ingles Arte barroca
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Estilo Luis XIII
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Estilo Luis XlV
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Estilo regencia
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Estilo Luis XV
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Estilo rococo _. _
Estilo Adam
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11,1, 11,7 1'1,11 I' ,,'l
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Estilos segundo imperio ]':stil(,)
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Estilo diretorio
Estilo art nouveau
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Estilos restaurac;ao e Luis Filipe
709 709
1.I\'llAI(lA MAIHINS FONTES ImlTOHA LTllA. 1111'.
.
Estilo imperio
1,"lk('s para "allllol(o sistematico:
din'ito,\'
Apresentac;ao
Estilo Luis XVI
85-336-0091-7
I, A,I,· - Ili'I6ria 2. Artes decorativas I. Boisset, JeanI,',alll',)is, II. Tilulo.
I'",fm' liS
SUMA.RIO
_
_
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APRESENTA<;AO Consciente do amplo sucesso obtido pOl' Caracteristicas dos estilos d,',I,f,sua publicariio ha cerca de quarenta (mos, de modo algum procuramos, 11(( /"" sente reediriio, modificar seus prindpios de redarclo e de apresen{((<'(f(), Segundo a habit formula escolhida outrora pOI' Robert Ducher, u .illsIII/111 sir;iio sistematica da i/ustrar;iio e de um texto conciso permitird (/0 Il:il(l( 111111/ identificariio clara e rapida dasformas e, de capz'tulo em cap/tu/o, dos .1'111'/",',1 vos estilos praticados na Franr;a assim como das grandes tendencias ('lIrU/I,'III" Cada estilo e objeto de um exame quadruplo: do ponto de vista dos ,.It'IIII'III,'" decorativos, da arquitetura, da decorar;ao interior e do mobi/idrio, Fillll/III"11 te, para esclarecer ainda mais a sua genese, uma ou duas breves il/i'lII',""'" "" Oriente, na arte bizantina e na arte egz'pcia introduzem, como I/O /1(/,\,111, /", " vocabuldria que sera adaptado ou retamado muito mais tarde 1/(( I'III'U/',' /', '(II arte romfinica ou pelo esti/o imperio. Preciso e ao mesmo tempo vocabuldria de iniciar;iio a hiSfciri(( du', ,",III", este volume, deste ponto de vista, nao teve em nada alteradu SCII 1'(fI'II/, 'I ,/1,1,,/1 ca. No maximo quisemas atualizar certas formulas ou modi/lea,. 1111"1" '(/1, tas enfases a luz dos recentes trabalhos de Historia da Ar{,., Mas, como tal, este resumo, que passa em revista as pri//Cilllll,l' 1,11,/, I, II ticas dos esti/os, tinha de ser completo. Ora, a edirao on{aior d,'IIIIII,' '" 1//1 estilo imperio, talvez devido as prescriroes do "bom go.l'{o" 1'111 II'"" 11,/ ,'/'f Nista, correspondia apenas incompletamente aa pretenso I'slll'rilu ,/" U/II ,; ,I, estabelecer um quadro recapitulativo das principais tendellcius dl','",/IIIl'II', ,1/1 qualquer restririio, Assim, decidimos acrescentar a obra de Rober{ Duelll'" 11"1(11" ""1'"" ", p/tu/os que tem po,. objeto fonnas amplamente emprf!,~adlls l/(f ,', ",'" ,/,' 1'1111,' an os. Do esti/o restaurarQ.o e Luz's Filipe aos esti/os se,l!,ll/u/o illl/', 'l'lu, " '/I! " {I /0 art nouveau do inz'cio do secu/o ao esti/o art dcco do,l' III/OS 'ii, ,",I,' "'1111'/1 mento, atualizando a obra, conseguird, esperamos, ('o/)rir 0 (',1'.1', '111'1,,/ rI,,', 1'1,111 des formulas decorativas que faltavam na edil,:lio llll{erio,., i /
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INTRODU(:AO Muito ja se escreveu sobre os estilos, Ha, sobre a materia, manuais (;Ollt' sos que tendem a utilidade pratica e trabalhos extensos que escrutam as 01 ir'·II'. e as razoes das formas. A obra que apresentamos aqui possui originalidadl' Ill' pria. 0 autor nao expoe qualquer filosofia, qualquer est6tica, qualqul'r I,', )11;1, nao e este 0 seu proposito. Limita-se a anotar os fenomenos forma is
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CAR CTERISTICAS DOS ESTILOS
1111 I./i NIIP t :1 l'Ior de lotus, nem a flor do papiro que 0 egipcio das primeiras H"!Ioll, "I Ipia com seus pinceis ou talha no capitel de suas colunas: e uma inI 'I'I " I ';10 tldas. 0 homem das origens busca definir em trac,;os decisivos e geH" ,dlj('lo clija noc;;ao quer transmitir. E classico pOl' objetividade. Alguns 11,11 II', \.", 'Jl 'iais que significam 0 relevo, 0 volume e 0 movimento the bastaI I I I 1lllli!o Ilwis tarde, no decorrer da evolU<;:ao das sociedades, que notara ,I, 1,11111"" N\:ssc momento, 0 artista, 0 virtuose, tomara 0 lugar do informador. I" 1I,lll !('I':" () objetivo de comunicar a outros homens conhecimentos adquiri,I, \', ·,,,hl ' ()S seres e as eoisas, e sim 0 de manifestar sua habilidade. Logo apeII I' II I'Hid"do do verbalismo, do grafismo ou do cromatismo sonoro sera a lei ,I.I ,III ': i;i n;\o se tratara de dizer coisas necessarias, e sim de obter para si uma IP,lllI'lm mi ~inal de dizer sem considerar com Vauvenargues que "dizemos Ill! 1I,'i1 ' I:oj ,sas solidas quando proeurarmos dizer coisas extraordinarias". () :llllor da presente obra eonsagra eonsideraveis explanac,;6es a arte ehaIIl.ld;1 )'.I'llica, embora os godos nada tenham a vel' com sua eriac;;ao. Ha um du10111 IllIcr 'sse em observar-lhe as sueessivas revo1uc;;6es porque e urn estilo dire1,1111 'III'.. oriundo de nossa sensibilidade, e sua longa evoluc,;ao, escalonada em 'I", !II \l s0culos, reflete exatamente a da inteligencia ocidental. Na origem, e ob1,'ltV;t, ,s('lhria e concisa. Co pia a natureza, mas resumindo-lhe as formas. No 'w,' Ii1() XTV, senhora de seus meios, segura de seu pensamento, sabendo em que IH1111:11 a reproduc;;ao da realidade, a traduz com autoridade. Escolhe, aperfei1till, d 'plira. Logo, no inicio do seeulo XV, 0 estilista derrubara as barreiras 'I'll' ,'l'IIS anlecessores haviam respeitado, Seu instrumento agudo, patetico, do1"1'1',1), hllscara as expressoes intensas, veementes, os comoventes contrastes entre I- • ',I'llros e os claros. 0 ritmo denso dos entrelac,;amentos e lac,;arias povoados •I, 11",;'1 'cas e de fenestragens lanceoladas traduz 0 tormento das almas e 0 apeIIjt II iii nilo dos espiritos. A caracteristica dos estilos, de fato, nao consiste num I I 11\.'1 III rio de elementos ornamentais que, alias, nao pertencem em particular "', di krcntcs epocas da arte: muitos deles reaparecem varias vezes atraves das 'l!lll';IS; t' real mente muito mais a maneira de interpretar a forma e 0 som proIII II t:lllllaJos POl' essas interpretac,;oes que caracteriza os estilos. Urn mascarao ill. II LlltOIl rcito em 1710 e totalmente diferente de um mascarao de Versailles, '1'1(' tI:II:1 d' loRO. E a mesma figura de ninfa ou de s
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totalmente diferente se manifesta entio na arte que se elabora. 0 fOrlll:i1i:.I1111 hier
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CARACTERlSTICAS DOS ESTILOS
[lela sua interpretac;;ao, mas pela presenc;;a dos elementos que 0 ('lIll1priria fixar no tratado cujo programa ideal esboc;;amos aqui 0 , ',11.1'1 \Civil d\: cada motivo desde a sua entrada no vocabulario decorativo ate ,I ',11.1 ," 1'lll.Sao pOl' esgotamento ou saciedade. Esse levantamento consideravel, '1"\ 'oIllllll'ia 11111 trabalho imenso de fichas e uma execuc;;ao das mais dificeis , III I ,11,11l do carateI' impreciso das datac;;6es que de infcio se julgaria serem as II!.III. ," I:I~;, scra um dia iniciado par uma falange de eruditos? I) 1I1:lIll1al que aqui apresentamos 0 prenuncia numa certa medida. De qual'1'1t') 1111 Hlo prop6e seu resumo util e positivo. Quem 0 folhear vera desfilar diante Ii"" ,,1I"ls loda a invenc;;ao decorativa do mundo, eo valor de informac;;ao de 11111 I Ilhra :Issim e acompanhado de urn valar filos6fico. 0 especialista nde apren.I, 'III'" 'rllllic;;ao puramente livresca nao faz com que ele compreenda nem .. 11I1;,lc'rio da arte, nem os segredos do estilo. Em contrapartida, 0 empfrico .I, '" '111>, ' ;1 I'ragilidade de uma pnitica que nao esclarece urn certo conhecimen1,' .1'1'111 . I'oi a vida do passado. Mas nele se faz outra descoberta: constata-se II V)II~I pohrcza de nossa imaginac;;ao. Os homens, desde que existem e dese1111.1111, S(') 'licolllraram urn numero reduzido de motivos decorativos; a partir .I, ',',L 1'IIIldo comum, vivem os milhares de artistas que criam e comp6em em \111111\' tlo 1I11111do. Chegamos ao ponto de dissuadir os quimericos de tentar en11'111""" 10 Oil rCllova-lo, de tao pobres que faram as invenc;;6es novas e severa ,I ,It'oll,itl:1 qlle Ihes roi dada: prova disso e a ardem francesa reivindicada por I ',0111('11, 1:,110 cnl:anl:O, ate nosso tempo, elabararam-se estilos originais cujo , 11'111'1 l'llcrClllL: c 16gico e impossivel contestar. Teria sido 0 mundo moderno "lllJdtlo p 'Ia cstcrilidade? Sera preciso acreditar, com Barres, que nosso temI'" ,H:<:lr~, IlluilOS nomes e muito poucas obras? Ou entao, com Emile Galle , Illllologil.::lIllenle 0 ultimo dos decoradores geniais - , que descobrimos a I I, IIdn dt' lIl1J eSlilo novo quando ele ja se relaciona com a hist6ria e ja ceI, li 111)'.111 ;'''I'I'1e qllc 0 substituini? 11,,) ,i1 11,111 Sl)
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Guillaume Janneau
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CARACTERISTICAS DOS ESTILOS
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EGIPCIA: ELEMENTOS DE DECORA(:AO
, 1[11111110.', os inicios da historia egipcia por volta de 2850 antes de Cristo. 11';111 d:l cscrila coincide com 0 reinado dos primeiros faraos sobre a toI Illd,ld!' .I" I·,!',illl. Da proto-historia conservaram-se objetos (facas, paletas de ". 111,11,(1) '1l1C 11Illstram os trabalhos em marfim, em aura e em pedra vitrifi, f,I,1 Ikllil" ;IS principais divis6es dos cerca de tres mil anos de historia egip, I I ,11',1111/'11,' S,' IJrimeiramente 0 Antigo Imperio ou epoca menfita (cerca de '( 11 1'11)), 1liISIrado pelo sitio de Sakkarah. Este e sucedido por urn periodo ''III [(111',[1111 I') (2190-2000) e depois pelo Media Imperio, que representa a fase , I I '1111 liil I1II ' cgipcia, seguida por urn segundo periodo intermediario marca,I 11"1.\1, lIIV:ISUCS dos hicsos. Em 1580, inicia-se 0 Novo Imperio: dessa epoca III, ,I .11' " I"", IIlro dc TUlancamon. Com a Baixa Epoca, entra-se, por volta de III '.'1111'1 11,'1 f,)(Jo agitado ate a invasao do pais por Alexandre em 332. Suce,j, ii, II" "', I;i)',idas, depois os romanos a morte de Cleopatra em 30 antes de
ARTE EGIPCIA: ELEMENTOS DE DECORA(:AO
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A. Coroa vermelha do Norte U. Coroa branca do Sui
C. "schent: as coroas do Alto e do Baixo Egito sao reunidas
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.1111\';, I':gito se constitui em dois reinos: 0 Baixo Egito (delta do "/\11,) l~giIO. )5 atributos fara6nicos sao numerosos. Distinguem-se I ' ill ,,,, ""11111'111;1 do Norte (A), a coroa branca do Sui (B) e 0 Pschent (C), 'I'H .1', III:d,1 ;1 I'Clllli;IO dos dois reinos. I"
Escaravelho ou Khepri
Uraeus
11,11'11:, ( ) :;Ii ',10, senhor do ceu, cujos olhos simbolizam a Lua e 0 Sol, 11111,1,,,, ,1',1)(' 'los dc 1<[> (0 Sol), representado por urn disco vermelho. Globo alado ladeado por dois urac\lS
'I II ftlllil III
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IIl~rus.
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()IIIJ() :I,speclo de Re, a serpente pode destruir como 0 Sol pode ,', III 'd 1111 ir.
I", ,\I'J\VI1 Illl. - () c,scaravelho (ou Khepri) empurra diante de si 0 dis11 lill '.l'U CIII.'O JiUrrlll. E simbolo de renascimento e de vida.
II!
11 II II'. 1lt'IIS;1 .1:1 llll'\sica, do amor e da alegria, aparece sob 0 aspec1111101 \',11';1 [)11,01)!) ;ISPC '10 de uma Figura human a com chifres e orelhas. I 111' ,,,tll.ld I "'1111 ~I·\I.'; ;I!rihillos na5 colunas hatoricas.
I" II,
1\ I "',1'1 I 1\' 1 ,s, ;\s p;Hcdcs cia maioria dos edificios sao cobertas de 111(,,111"1'111,,', I .IL' 1';lhns Ickv()s, I'r'qiknlcmente talhados em depressao.
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ARTE EGipCIA: ARQUITETURA
ARTE EGIPCIA: ARQUITETURA Capiteis
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Colunas
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() 1':}',iIO C \1111 dos mais antigos nucleos de arquitetura. Predominam as liitlill', hOliwlllais c os telhados sao sempre em terra~o. Vigor e estabilidade sao I I ,II ~H'llTisf icas principais dessa arquitetura monumental. As tumbas reais, .11. .II Ii, ,tllns I'll Ilciomirios e os templos solares ou divinos sao os edificios essen, I II', 'I11l' 'hcgaram ate nos. ~II :,1'1\1\1\. Jll ,11,1 'lIl 'III
Na arquitetura funeniria, eo tipo de tumba mais antigo. De 0 aspecto exterior de urn maci~o oblongo com paredes
Ill: tijolo, tern
!llhllk. Aparece sob 0 Antigo Imperio: e entao em degraus. Mais d' Gucops, de Quefren e de Miquerinos terao paredes lisas.
l'II'I\MI11!:. -
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protodorico
palmiforme
lotiforme
papiriforlOl'
Outro tipo de tumba subterrfmea escavada nas falesias, co.I,) v: tit: do Nilo ou as do vale dos Reis, a oeste de Tebas, no Novo Imperio.
1111'111;1'11. -
1111,
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I'll IIi'll'.', - A entrada dos templos e flanqueada por dois maci~os trapeItI,I.II,': ,h:lI11a(\os "pilones". Chega-se a eles por uma aleia de esfinges (dro111/1',) I-:.';~I:1 'Ill rada e precedida por dois obeliscos e estatuas de reis. As superfi, " " 111111111:1 sao ornadas de baixos-relevos e de mastros com longas bandeirolas. Pcnetra-se primeiramente num patio rodeado de colunas (Ed'L',l1ida vinha a sala hipostila (H), que dava acesso por diferentes d,I.', ,Ill nalllll:'trio ondc se encontrava a estatua do deus. A altura das salas ia dllllllllllildo, l'ri:llldo uma obscuridade crescente. l'i'r"II'i (1, -
II,
I '), 11111 S
A ordcm protodorica marca sob 0 Antigo Imperio a tranptlar 'a coluna. A colunapalmijorme e inspirada na palmeira. II.I 1111111111 /IJIUr.IrlIlf.', 0 ('uste reproduz varios caules atados por urn la~o en'I" 1111" II l':lpil 'I r 'pi' 'scnta urn ramo de lotus com corolas fechadas. as caulf, ,,1"', IIIICII':t1:'dos 'Ill r' os caules sao botoes nascentes. a fuste da colunapapiiI/"I/I/(' (dll P:lllil(») l: igl.lalmentc fasciculado, desta vez em arestas vivas. Quando "', 111111" 11:1 ",'i1illl al> 'rlas, () capitel e chamado de campanijorme.
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ARTE GREGA: ORnEM nOR CA
ARTE GREGA: ORDEM DORICA Tclhas de (crracota
Colonata interior com andar
AerOlfrio de cumccinl
Front"o Anolrlill
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1\ ill Ie 'rega conhece 0 auge de seu desenvolvimento entre os seculos VI
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111', "'IIIIIJrl:L'll(li;lI11 () "pronaos", 0 "naos" (morada do deus) e 0 "opisI,,, I. JIll' I •• (1"'1'111111),
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Vcslibllio (Pronaos) Templo de Alena Afaia em Egina (cerca (k 4'JU)
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(J', 1','IIICII',\I,,; II'MI'I ()S ()()!{ICI)S eslao na Grecia: 0 templo de Tescu C 0 1',1111 """, "111 /\It'II:I.·;, os ('mplos d\: ( limpia, de Egina, de Bassai, de Eleusis, ,I, ) III,,:. N.I ;:11' 11:11' 11:.1 11,'t1i:l. ('slao us de Pcslo, de Sclinonlc, de Agrigento, II.
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ARTE GREGA
ARTE GREGA
Templo de Teseu em Atenas (465 antes de Cristo) "l'~
':11;\" {; a rela<;:ao das propor<;:oes entre as partes e 0 todo. Il'i; 1\;;'1 0 C estabelecida de acordo com uma medida de referencia cha'" 1,1" "llil/1dlllo", que e 0 diametro (ou 0 raio medio) da coluna. ( "ol~'II, ;\ cssa L1nidade componente, os gregos (e os romanos) obtiveram 111'111 .Ie lilli, ;'1 v 'I harmonia ritmada, Nt'lll Iqdll,s os templos tern as mesmas proporyoes, eo numero de diameI" j , d,lde 1',:Is '1lllinaS varia conforme as epocas. Certos estilos tern qLlatro dia!II! 11l1l,. 11'1 do apogcLl da arte grega, no seculo V, como 0 templo de Teseu, rl 1'111'11011 I' os I'ropileus, tern cinco diametros e meio. Ill, Illpll) d 'TeseLl e urn templo "periptero hexastilo", isso porque as co11111.1' ',,' II! (l!l11l!',;\1l1 lalcralmente (periptero) e ha seis colunas na fachada (he,',lei.,) I) illll'I'l'oh'lIlio, ou seja, a distancia entre as colunas, era submetido , , I 11.1', 1/'1, ; " illl ',"valo de dois diametros e urn quarto era considerado pelos I! " ,', " 1I1:li,~ hl.'l() ' 0 mais s6lido. I
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ARTE GREGA: 0
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,1I1~Il:ridade da ordem dorica sucede a gra<;a da ordem janica. As colu"Ill Ilillis 'sbeltas e tern sempre uma base. 111,1 " :I !JI/se dfica (Erecteion), ora e a base j6nica (Vitoria Aptera). A base III, -I 1 I(l11l1;ltla de dois toros separados por uma esc6cia devido a sombra prot 1.11101 Will 1111'0 superior. 0 capite/ e urn exemplo da expressao da func;:ao de , ,,1.1 1111'111 hi Il t1a arquitetura, uma das qualidades do genio dos gregos. De fa1". ,111111 ':111 ell: suslenta<;ao ou de suporte exprime-se aqui pela curvatura que 11',1 I', tllI,I', ollilas; essa curvatura da a impressao de uma mol a que se f1exio1101 "Ii ,. I""O III entablamento. 0 capitel do Erecteion, com seu "colarinho", I, I'll' p\'l;1 I iqul:za e pelo born gosto da ornamenta<;ao, I ) 1'lIl.lhlilllll'll(O compreende uma arquitrave dividida em tres faixas forI" 11101" '.. tlil'lIl'i;l, lllll friso decorado com baixos-relevos e uma cornija com la11111I.11,' ,'IIII.i1I1:1 cI 'l:orada. Observar-se-a a riqueza do entablamento jonieo que ''11111',1,1''1'"1;1 rohusla simplicidade do entablamento d6rico, Na tribuna das 111,11111.", tI'l 1:1("1 "jon, 0 friso desaparece e repousa diretamente na arquitraI , " 1',11,11111" ~I' IIL'Sla pOl' uma fileira de dentfculos, Encontra-se uma disposiII' ,III tllIl' I III):, Il'I1Ipills da Asia Menor, mas 0 friso e mantido, As cane/ufas ,II" III ,I,', ,1,1:, l"lllIlIas, (lO inves de serem separadas POl' uma aresta viva como 11.1 "1011'111 tI"1I il':I, sail s\.'paradas POl' uma fina tira lisa.
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ARTE GREGA: ORDEM
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'lOS. - 0 Erecteion em Atenas, os templos de Atena Nike II 'lI)j~ 110 I~feso e de Apolo, perto de Mileto,
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AnTE GREGA: DECORAc;AO
ARTE GREGA: DECORA{:AO
I] 0 telhado dos templos consistia em grandes telhas chatas. de cad a fileira, fixava-se uma telha com a forma de uma estela palmetas: e a antefixa.
, t II 1"/\. III 1lllll;llk:
I' ".III ~k
Na cumeeira e nas extremidades do frontao dos templos, ornamento chamado acroterio que apresentava formas muito t1~ll~, vitorias, etc.
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Para ornamental' as goteiras que recebiam as aguas de chuse cabe\:as de leao que lan<;:avam a agua pela boca.
II
I, til ,1111111,:1111
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Nenhuma porta chegou ate nos, com exce<;:ao da do Erecteion: lintel com cornija assentado sobre duas mfsulas eujo perfil Os qllatro batentes sao ornados de rosetas.
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Antefixa
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Encontra-se, acima e abaixo da roseta, 0 motivo que de eontas separadas POI' dois discos bojudos chamados
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I',ss;! sequencia de ornatos com a forma de um ovo e separatI:lltill UII pm uma flecha e das mais difundidas.
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Encontra-se com muita freqiiencia uma alternan-
'11,1, II,dllli·I.I', I!<- dll;!S especies diferentes ou de ramos de lotus e de palmetas. (I
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I,. - Sao designadas pOl' esse nome flores aquMicas de lkchas.
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N"s V:I~;IIS pilltados, os frisos de animais sao estilizados com
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rUrmClS alongadas se amoldam as formas arrede palm 'las e de ramos de lotus desenhados com ccrliS I'rislls dos rnosaicos.
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A variedade dessas combina<;:6es de Iinhas re-
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1\ 11.1 'I~! \ 11111 \ (Sill,: IVII I) 1)( 11(,0\(;1 ' ]\.1). - (': desil!,l1ado par esse nome 0 COil ,1,1', III,oIoIlIl:I', 1'\1:1,', ,';:\() (', II ':lv:tS, ~sL:()L:ias, OLI eOl\vexas, toros, (Ill ,\() I I;' Ie 11I1"' 11I11'/' I:; " ,',IIII':IV:IS, l'(11l1~1 lIa pula lTV 'rsa, NUllca I) ornalo al I I I'll" ,I tI" 1"'11 tI d:1 1111I1"111;1 \' Silll :lIi:1 S' all perril LJlI' 'k ae '11111:1.
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Porta do Palmetas
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Erech~ion
ARTEROMANA:ARQUlTETURA
ARTE ROMANA: ARQUITETU A
I', I'LATIBANDAS. A arquitetura dos gregos, os romanos associam liin sentido bem-sucedido da arquitetura utilitaria. Se OS roman os por "I''', \'opiaram dos gregos a constru~ao com blocos de pedras, na maioria das l'II'I, Il' 'lliTcram a concre~ao de argamassa. As vezes recobriram esse concreto 111111 pl;1 ';\S de marmore ou de estuque. /\I\()
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( ll\ilI\NS, - Dos gregos, os romanos copiam as ordens dorica e jonica, mas 1111", III ;1111 COl11 freqiiencia 0 carMer construtivo para torna-las apenas um adorlI~l' "t '"lis 'II cos arcos de triunfo sao exemplos disso, As ordens sao freqiienI 1111'1111.' sllhrcpostas (Coliseu). No dorico romano, as colunas tem uma base, I .11 \Illill\lVl' fica a prumo da coluna em vez de ser saliente. 0 friso e muitas ,'I"" IIrll;IU() de "bucranios", que sao cranios de bois com chifres enguirland,ld,)'" (1 ji'>lIico romano tem um capitel cujas volutas sao menores; 0 entabla11/1'1111) ('. 11I;lis rico, a base e a base Mica. 0 corintio e a ordem romana por exceI 'lIll,I' 0 I'apitc..:l, de aspecto metalico, e composto de fileiras de folhas de acanIII 1/1111,'. l'llia cxtremidade e ligeiramente arredondada. 0 abaco e concavo e \ ,ld,1 ;/111\1110 r 'nousa em duas folhas reunidas, 0 entablamento ede uma rique,I nil ('lila: ;1 c:omija e enriquecida de modilhoes de caixot5es esculpidos. i\ III
D6rico (Roma, lealro de Marcellus)
Cori,nlio (Nimes J II
Jonico (Roma, lemplo da Forluna viri/)
"I'lN! 11',\1.' I(I)IFICIOS. - Os temp/os ja nao sao rodeados de degraus, co11111 /'11111' II~ )',1\') os; s6 subsistem no portico de entrada. Lateralmente ja nao 11,1 11111.1 11)111I1;1!;1, 11I;IS colunas adossadas nas paredes (Nimes, Maison Carre'). ]I,IIIIIIIIIIII('I:I.';;lS (e,.,l/as e os anjitealros, com dimensoes imponentes. Os ar, ,", rll' III/I/(/i) 'l'igiclos ;IOS illlperaclores e aos generais vitoriosos consistiam num 11111'" 111'1) 1111 '111;10111111\ grande area no meio e dois outros menores (arco de 1111I,1,llIlil1l1, 'III R\lI)),I). I)ccorados de baixos-relevos e de estMuas, eram re111,11,,,1,,', I"" 11111 ;'lIi '0 cOlIsiueravel que sustentava as vezes uma quadriga, As .011111.1:, \',,, 1111 ias pilI' vczcs cram scparadas assim de seu entablamento. ,\', lItis/ii, 'tiS \'J',1I11 hols:!s ele comercio e palacios de Justi~a, Finalmente, 111\ 1"IIII.II·II',IIt' SI' a Iliais ;llIlig;1 clipliia monumental herdada da Antiguidade: .. 1',1111/ III. 11'1'IlII.S\rtddl) soh Adriallo (s0culo [ d,C.). i
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MliisUIl
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ARTE ROMANA
ARTE ROMA A
o Coliseu em
Roma (an.!iteatro Flaviano 70 a 82 d. C.) J
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1111'011111.1.
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mais belo exemplo da assoeia<;:ao do area com a
1\ IrtS ordens sobrepostas (d6riea, joniea, corintia) sao adossadas
~'lllrc as areadas: tern seu entablamento eompleto. Essas tres or,1'lili apellas LIma ornamenta<;:ao. lId. 'III arqllilclLlra, LIma "beleza inutil". Com efeito, aqui, seria possi, I III III ',IIIV 'l1i 'nte para a estabilidade, suprimir essas tres ordens; mas, enI III II I'll' I '~I(lri(l dessa adminivel composir;:ao? / 1IIIlillll'IIIra come<;:a com 0 revestimento da estrutLlra,
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RTE ROMANA: D CORA<;AO
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il'liilde, ao gosto discreto da decorac;:ao grega, os roman os preferi-
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que, depois de Augusto, torna-se excesso. As pedras angulares dos arcos de triunfo sao muitas vezes
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111111'11111:IlI:l~ dl.: "Vit6rias" aladas cujos pes repousam num globo. No estilo "
IllIpcrio na Franc;:a, encontraremos esse motivo, assim como, alias, i os rOll1anos.
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As rosetas ornamentam freqilentemente
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centro dos
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badas; consistem em folhagens ao redor de um botao. As co-
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dc belo lavrado, tem 0 aspecto pesado; na maioria das vezes, parte inferior que se desenvolvem de cada lado, .
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Com freqilencia apresentadas de frente, as aguias romanas tern :lbaixadas e a cabec;:a de perfil.
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Esses enrolamentos de folhas de acanto ao t:orne<;am em geral num torso de Amor alado cuja parte iluma base de folhagem,
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11111:1 lOS 'I a ',,' 1',\)11111)',:1
11111:1 das raras portas que chegaram ate n6s e'a do Panteao I~ d' IJroll/.l' (outrora dourado); de cada lado ha uma pilastra e "1"11111 "I',r:lLkada.
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IIIH " \NII I.',. S:lO cham ados assim os crfmios de boi de cujos chifres penII, '" • II " ,11.1.', til' 1'I1II1:1,'I:I1S. Ornamentam as metopas dos frisos de ordem d6riI 11 •. 111" til' M:II C
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perul bastante pesadas, ligam as figuras de Amores candelabros; sao encontradas frequentemente 01'I)rdem jonica (templo Fortuna Virile).
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ARTE GRECO-ROMANA: AHU:SCOS, ESTUQUES, MOBILIARIO
('ollllcct.:lllOS a arle decorativa greco-ramana sobretudo gra<;:as aos vestiI,jos LIt.: I kreulano e de Pompeia, E mais grega do que romana, especialmente Ilas pinl uras decorativas. Alias, os romanos empregaram artistas gregos. AI'RLSC:OS.- Num grande numera de afrescos pompeanos, distinguem-se gralldes paineis que tem, no centro, urn pequeno motivo aleg6rico; ha frequen1l:I1It.:llle uma especie de arquitetura fingida, com colunas de uma leveza irrealilav 'I, e 0 conjunto e muito confuso e de aspecto fragil. Os pequenos motivos ,·x ' 'lIlaclos apressadamente sao tratados com espirito. As cores dominantes sao n n 'IT, 0 preto e 0 vermelho-acastanhado. I ';STlI()LJES. - Um certo numero de estuques pertencentes a arte romana "!I
Ilaixo-rclcvo d,' ,'s!lIlI1'" \ 1I"'l"')
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illIlllill:1 ';10, cram utilizados lustres, candeeiros, candelabras. Os ,II>1t","IlI:tV:tlll mllitas VC1,es a forma de uma ta<;:a com multiplos bicos. , ,1I1t1I'I.t1l1 ns rc..:plllISaVllrl'l t.:m lres pes em garras e recebiam um candeeiro ",11,1 ,I
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ARTE BIZANTINA
ARTE BIZA TINA
s~· l> I')lo principal da arte bizantina foi originalmente Bizancio (Constan11\1.1). ~l'lI lerrit6rio compreende a Asia Menor, a Siria, a Halia, a Grecia, 11,1 k:l~ (' :I Russia. A denominac;ao "arte crista do Oriente" seria mais exata. 11·.iI dl.:.'envolvimento inicia-se com a conversao do imperador Constantino , .\ 1111 dllll:n,:ao, em 325, do cristianismo como religiao de Estado; seu pleno ti, "" f1lvirllllllo estende-se do seculo VI ao seculo XV. I II
I'
I'
'\1'( IIIITII'IIRA. - A igreja Santa Sofia em Constantinopla e 0 edificio pa111'1\: bizantina. Foi construida a partir de um plano central; uma gran,I, ' 1111111.\ c.: 'III red e sustentada POI' duas semicupulas; dai resulta uma vasta naI eI, II inl ~I I.: \1111 metros de diametro. Mais tarde, na Italia, 0 principio do platill II 1111:11 (; :Iplicado a Sao Vitale de Ravena, mas com a ado<;ao da forma oc-
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III.
L', II'rim, a grande cupula central, com uma forma encurvada, nao apre11111 L,r~if() bem-sucedido. POI' isso, mais tarde, procurou-se dar leveza a • II 11111. i, IIllL' t: 'olocada sobre um tambor poligonal bastante elevado, como na t I, [111'11;1 M 'I n')polc de Atenas. A planta em cruz grega esteve muito em Yoga: , , IIIIf III, IHlssllia arenas uma unica cupula; mas logo foram adotadas as cinco '111'111.1'. 11111:1 da" quais fica no centro e as outras nos quatro brac;os da cruz. '10' 1:1I1'IIS tJI' VCIll'7.a e 0 seu exemplo mais conhecido. ,\ 1.1,1111:1 hasilical, herdada dos edificios civis dos f6runs antigos, e uma ,llllL 1111'11' 1('I;lIl1~lIl"r dividida POI' duas fileiras de colunas em tres naves de alIill ( I' IlIlIHlIl:lfl 'ia desiguais, cobertas com teto de madeira, e terminada POI' 11111 I ,i1I',id ' ,,'Illi ·rrcular. Observar-se-a nas colunas dessa nave 0 "coxim" inI 11111.1<111 'IIII" d 1,;:II)ilel eo arco. Explica-se essa disposic;ao pela utilizac;ao de , tI'"I,I'1 11IPVL'lli('illl'S de l'ufnas roman as, colunas essas curtas demais para se\. 111'1111" ":(d:l' ,('III e,sc coxim. No seculo IVem Roma, no seculo VI em Ra'1,1, ",III II'ill :1111,(' 1l11litas basilicas, dedicadas ao culto de santos e martires. NIl
Iil,l
I). llilla clas caracteristicas da escultura ornamental e uma 'I'" II Ii' 'I;IVIII:I -:111 Ii 'c1ra que lembra 0 bordado; muitos capiteis sao esculI' Ii,,', ,11' ,1"lld,) 'Olllll,.','S' rroccsso. 0 mosaico (reuniao de pequenos cubos es111111.1,111',) 111 '111';1 I) III!',:JJ' III
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Constanlinopla, Santa Sofia: pl:mta e corte
Alenas, a peQuclla
ESl'U II II m·hllnf!ulu
\'eneza, Sao Marcos
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Rn: ROMANlCA: ELEMENTOS DE ARQUITETURA ARTE ROMANICA: EJ.JEMENTOS DE ARQUITETU RA
:Illv t'Oll1anica e contemporanea do desenvolvimento da sociedade feuI', 'II tkns moncisticas na ldade Media. Grandes construtoras, essas ultiIII I dl'~llllpcl1haram urn papel ativo na elabora<;ao da arquitetura romanica. I I"II.JI, 110 final do seculo X e desaparece com 0 desabrochar da arte g6tica 1"11 Vlill t dl,' 1140-1150 na Ile-de-France, nos outros lugares, no inicio do secudd .d
I,
Ber"o com arcos !ransversais
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II I II ',I i111',IH':I1l-Se do is perfodos na arte romanica: a primeira arte romanica
111 1,
X ao segundo ten;o do seculo Xl) representa a sua genese, a I'omanica, a maturidade.
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,II/II/d" 1/1'/1'
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A planta basilical (cL arte bizantina) predomina, mas tern fl!'l.'la(les. Desenvolve-se com a adjun<;ao de naves laterais, com 0 \1 I, '., 11111) it' IIIIl Iransepto no qual vem-se enxertar absidfolas (capel as secun1.1 1,1 d 1J11,ll'ihllCm-se tambem absidfolas ao redor do cora: isso confere vastas 101 "1 1"1 1.1)1".;1 m!J('ceira (chevet). As vezes e escavada uma cripta sob a parte IlJ II III Ii i111 t,;c1irkio. N I A<;. -
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v A. Absidiolns
CT. Cruzeiro de Irnnseplo
C. Contrarortes D. Oe:lrnbuI:W>rio P. PiJares T. Trrlnscpl<)
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V. V.iios
AA. Abi.bad.a de :lreslas All. Ab6bada de ber~o ai, Areo IranS\'crs:l1
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\ 111>1 UN:. Flas sao de berc,;o de volta inteira, mais raramente de ber" 'Iii, 111 IIln, I :i1)('lhaLia de berc,;o contfnuo, prefere-se a ab6bada de ben;o com I I II 11:llli,V 'I~ais. I:,sscs arcos transversais destinam-se a reforc,;ar a ab6bada, I III II 1111111111 fl:1I'!l:, a hist6ria da arte romanica se resume a vontade de estenI , ,J 111,,1,.111;1:1 l()d,) 0 edilkio pela redu<;ao ou pelo equilibrio de seus empuxos. , IIrill\I'.\ III "I'.S'IA, - E constituida pela penetrac,;ao de duas ab6badas II 1".'.:1 11'111,;1 rti(,:ao se traduz por arestas salientes e distribui melhor 0 11'1' I 01 .1,1', ;I1'I'l!>;1<..l:\S,
ii, I, ,
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(111'111 \'1 () CI'II/.(:iro do transepto pode ser encimado por uma cupu11 1 1.1 1",,11' 'il'l sohl '/I'OIiI/Ja.l' au sabre pendentes: elementos que permitem , II I ,11'('111.11 \ 111:111<) qll
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Ilt'"11l.I:,
I J!"II;1I'll ddllllila(fll por !l:llIentos vcrticais nas paredes, As colu1,1""'.. 1,1.1"'111 :Is piI:H;II:IS, qlH' rv(; 'helll a base dos areas transversais, deter"'"11111 II', ,Ill'," IIi'rllll ;1 IIh,'lI,;\(1:1 ails SllP<.ll"It's, 1111111 1 (Iii' II'; M;lI'i 'm s;I1i 'lilt's d' ;t1v(,lI;tria qll' dfio apoio ~I parc,I \ 1'111.1.1 11111 i1. 1111,"1""1'1 'I l'IIIJIII~(l .1:1:; ;i11111'nd;I:;.
II
Planta padrao de uma igreja romanica Cupula soh ...· tJ'lllllltll~
ARrE ROMA.NICA: ELEMENTOS DE DE ORAf;AO
ARTE ROMANICA: ELEMENTOS DE DECORAf;AO
1\li'llI dc urn repert6rio oriundo da Antiguidade greco-romana (folhagens , IJ
I
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I
II
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111:,Lia", gregas), cumpre salientar a importancia das contribuic;oes orien1'\)1' ill[crmedio de Bizzmcio e do Isla iberico e tambem a persistencia de
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(elIas.
Cornjja com mocli'lh."...
1'1 I IVII '\ ()')(OEOMETRICOS. - Sao numerosos: entrelac;amentos, gregas, "fi1,1 I"" 'II ';ILla", "ziguezagues" (chevrons), "besantes", "xadrez", etc.
Zi~IIC·/.3g11CS
Capilel geminado da Daurade (Toulollse)
Enlrela~amenlos
l@J@[4I[ilJ1 X:.drez
Gregas Palmela
j()U,OO llt'sanlcs
1\1111 II I I II )I·S. ';1,"
II', ,III ,:illi'
-
C
Capilel cubico
Capilel deri\'ado ,10 .....
Fila pregueada
SaO pequenos consolos muitas vezes esculpidos com roIIlOllslros e colocados sob uma cornija.
, \1'111'1. S 'II ccslO contem uma ornamentac;ao geometrica (entrelac;aII" 111,1'" ,'v:i1q'l, vq clal (palmelas, folhagens), animalista (grifos, leoes defronI Ii I" ,) "" 111'1 III i:lda (cellas clo Antigo e do Novo Testamento), Ele pode deri,II II" ,1[111 'j ('(II'inti) da !\ntiguidade: a folha de acanto aparece entao nas ,,1,,1.1', ",' :1I1!'liI,). as Cilcontramos diferentes especies de talhas: 0 capite! ,111'/1 II, !I., III il'.'11i hi~oS 1;ldos, os p·'s-dirl.:ilOs acolhem lima ornamentac;ao 111',1'"1.1,1.1,1\ IIIIJllil'll":II,':I\) lias ;II(;:lllIl';.IS Ila arqllivoltCl apal'ccc sobret:udo"nas I., I, ,.1,1', I '11" I")! l,tI 11:1" '1111'1"'11:1 lillli\:II11), ,'Ill 1':lrlii,;IJlar IIi> Oes[e I'ranc'~s, '''III'' ' " I 11"'1' I 1.11 I IC' 1:1 ! ;1:111"" II<- 1'"ili"I,'.
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PRlMElRA ARTE ROMA-NlCA
PRIMEIRA ARTE ROMANICA
Denies de engrenagem
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I'b "urge pOl' volta do ana 1000 na 1talia do Norte. Estende-se do Sui da a Catalunha e a Espanha, depois torna a subir 0 vale do R6dano.
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11 III<;U :11(;
Predomina entao a planta basilical sem transepto, oriunda dos 111111111111 'Illo~ paleocristaos de Ravena: uma nave unica terminada por uma abId~' ·.'·llli ·in,;ular. Nos edificios importantes, a igreja comporta naves laterais: III'~'II' l',ISO, it, tres naves correspondem tres absides orientadas . 1'1 AN( l. -
Capilel clibico
A principio ela e experimentada nas criptas e depois na nada igreja. Distinguem-se diferentes tipos de ab6badas: ab6badas ,I I'l" 'I' d volta inteira continua, logo sustentadas por arcos transversais, ab61",1.1" cll' ;m;slas. De pouca pressao, essas ab6badas nascem em pilares quadl ,11I\'ul:1I .~ Oll cruciformes. As igrejas providas de urn transepto comportam 1111111.1'. 11'/, 'S lima torre de cruzeiro com cupula sobre trompas. • III >11;\1)1\. -
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111111<'IJl;d
Ab6boda de ber~o continuo assenlada sobre colunas monolilicas (SaintMarlin-du-Canigou)
A constru<;ao e em pequeno aparelho rustico. A orlimita as faixas lombardas introduzidas pelos pedreiros da 1ta11.1 till NI 111l'. S;'jo faixas verticais, pouco salientes, reunidas entre si no apice /"'1 II'IIIIII;IS 'l' 'as. A esse sistema ornamental simples associam-sejrisos de ",I/,f"1 ,II' l'II,I:r('/wge!l1 e, na cabeceira, nichos que dao vida a superficie da pal)1.'NM,IPN1,;\(:/\O. -
11.1111<'11/;1
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Aparece no mobiliario liturgico (mesas de altar, paineis de Ilrqllilelura, nas lajes esculpidas que vern integrar-se a fachada , • 11,111I1."llil\111~', I}() capite\. Este ultimo pode ser originario do corintio ou com 111'101, '. c'IIIIL' n',hi(o. Pratica-se uma escultura em relevo escavado e a talha em
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II
:;. . !.;~'~~~~~~~~ .... , 't \:;;;.-.,':...
Campanllrio e cabeceira de Taiill (Calalunha)
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Planta de urn,] igreja com absides oricnlad,,,
SEGU DA ARTE ROMANICA: ARQUITETURA
SECUNDA ARTE ROMANJCA: ARQUTTETURA
\c!~lIllda arte romanica inicia-se no ultimo ten;:o do seculo XI e se desenII 'L' ('111 IOlin a Europa ocidental. Marca a consuma<;:ii.o das buscas anteriores. I I" I" I ':1 das grandes realiza<;:6es arquiteturais as quais se associaram as vastas , 11111f ,,,~i,;o 'S da ornamenta<;:ii.o esculpida e pintada.
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\NI AS. Dois tipos de plantas progridem em especial: a planta bene"1111 capelas orientadas e escalonadas e a planta com deambulatorio e Ir/I/I'/I/ ' mtliuis. Esta ultima, particularmente favoravel a circula<;:ao dos fieis I 1,'11, I' do cora, foi adotada por inumeras igrejas de peregrina(:ao, como SainteII' ' d,' ('Oll(jLlCS, e pelo Auvergne. Na cabeceira, esse tipo de planta resulta numa ,11/11( Ih)~i\f;IO harmoniosa de volumes, desde as absidiolas ate 0 campanario.
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As naves laterais que escoram a nave podem ser encimadas I" or 11111 ;llldal' de tribunas: galerias que se abrem para a nave, destinadas a aco111, I {I', Ii "is. As tribunas conferem estabilidade ao edificio opondo-se aos em1111 "',, I I ;1I)('lhacla central. No Auvergne, obtem-se assim uma eleva<;:ao de dois '111,1.11":: 1'.I'illlcks arcadas e depois tribunas abobadadas de meio-ber<;:o. A nave 1'1 I III 1'111;\0
IIlIllIill:l\':,II 01 .dl .11' IWV('
Planta com capelas orientadas e escalonadas
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II II (lI·: II I. - E Lima passagem que, acima das grandes arcadas, se abre so1'1' ,I 11.1 'I'm Ilina serie de aberturas. 0 trif6rio substitui 0 andar de tribuna II,) r1,"I1I;llIilia.
Planta com deambulalorio e capelas radiais
A. B. C. D. E. F.
TranseplO Cabeceira Torre de cruzeiro Abside do coro Deambulalorio Capela radial em absidiola
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Igreja de Auveq~lIc,
1),\.'. - Dominam-se perfeitamente os diversos processos de cons'11111111 iI., ;1[1l)lladas. Na Borgonha e na Normandia, a ab6bada de aresta e a ill. I"lth .I,' 11~'I\ll ogival sobre a nave principal, reduzindo os empuxos, autori,111111111.1 I'I,'V;I\';I() inlerior de tres andares (grandes arcadas, trif6rio, clerest611") 1"111;11110 1I1Iia ilumina<;:ao direta da nave. Na Aquitania, a nave unica, 1111111(11.111':1 . 11I1llinosa, e associada a cobertura com filas de cupulas sobre pen-
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Slia forma se torna mais complexa: pilar cruciforme com :;111"'1' II':" 1'11.,',/1,1:, 1111:11 "llill 'oilinas apoiaoo sobre pi lastra, pilar quadrilobado parti, ttl II ,I" I'll i 1111I ,
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ClL'('IIIHI. /\ csclilllIr<-l l"ol11fmica ocupa pontos essenciais do edificio para salientar ',11.1', 11111i;1~ 'Sllit csll·utura. Dessas limitac;:6es, assim como das leis que fixou !"II,I '01, \'LI Iil";1 a Illonumentalidade e a forc;:a,
Aulun, Eva
0 escultor romanico utiliza esquemas geomePoll;1 Ir
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III '>III\I~IO. - 0 besti,hio romanico e fantastico. Muitos sao os le6es biI 1,II1h, as qllil11cras, as sereias aladas e os monstros antropomorfos, Em geI tI, I' illl;lgill~'lrio prevalece sobre a imitac;:ao da natureza.
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Claus(ro dr Sainl-T""I.h lilt' ,I"
I 111'/\11'/1\(,',\0. - Essa escultura aparece nos capiteis (em serie, em torno i1" I kllllllllilal('ll"io ou das galerias de um claustro) enos portais. Essas localiza111[", '"Ill 1';lvllr;'lvcis ao desenvolvimento de programas iconograficos compleI)', N,':,s(' ;ISPI.:L'IO, a in fluencia da ordem de Cluny foi preponderante, PIli, I ,\II;. - () Languedoc aprimora a formula do grande portal esculpi,Iii Nil Ifillpallo de Moissac afirmam-se os trac;:os caracteristicos da escultura 1011\ 'lll'lilll'lalla: dinamismo e alongamento das figuras com pernas cruzadas, viI 111.1111' ,I 'l..'lIlllada pelo panejamento das roupas. Na Borgonha, a escultura 11.11,11 Illl' I 'l11as e nas composic;6es. Em Autun, suas qualidades inventivas ,I, 'III ',1'1 IlIlll a lima vivacidade natural quanta a um sentido de harmonia exII 1I,liI .Ill" !I[()lklos anligos. No Auvergne, predomina um realismo narrativo III II', I.tI"'11I1',(). Fin Saillte-Foy-de-Conques, as figuras atarracadas do "Juizo [111111" .. 'lIp;(I11 dil'crcnles pIanos, dentre os quais os do lintel de dUGS dguas \' ,.111 IIl1pl.l ill 'lillil\',IO), cOl11um no centro da Franc;:a. A Proven9a conserva a I Illllt""~':1 <1:1 Illiguidadc romana, Essa inspirac;:ao aparece com os front6es, " , III'" ", ,I' pll;l~;ll'a, , as co[unas caneladas, assim como atraves de um vocabut II I., ,h: )' Ie)' IS, de ('lValos, de folhas de acanto e de folhagens espiraladas. Souillac,
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profeta Isaias
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ARTE ROMANICA
Notre-Dame-la-Grande Poitiers Nil' I t:j.'ioes do Oeste frances (Poitou, Charente, Angouleme), os edificios dl.lIIl'IU.'lll-~C
pela ausencia de timpano no portal. Em compensai;ao, a fronta111I 'iramcnte ornamentada ate 0 espigao. Em Notre-Dame-la-Grande, a "'11.1111 'III ; u,:<1 0 e escalonada em pianos de personagens sob arcadas e de modilIllII'. ,';" 'Idlliuos. Acima do portal, a faixa de urn [riso, ilustrando as cenas do ill' IIltl III i.'inal e da Redeni;ao, tenta inserir-se nas superficies triangulares das III tll,I', :111~'lIlarcs. Da mesma forma, as arquivoltas do portal sao inteiramente I ,I 11I1'ld:I~,
III
ARTE ROM A ICA
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", 10.' IH': '0 STI~UCAO
ARTE
G6TICA~ ELEMENTOS
DE CONST UCAO
Illiciddo em meados do seculo XII, a desenvolvimento da arte g6tica corase cl{tssiea no decorrer do seeulo XIII com as grandes eatedrais.
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AI{(( S O(;IV;\IS. Formados par dois segmentos de cireuJo tra<;:ados de dois cellI ros Ji I'crentes, sao mais ou menas agudos conforme 0 afastamento dos centros,
ABOBADA SOBRE CRUZEIRO DE OGIVAS. - E uma ab6bada refor<;:ada por nervuras ou ogivas. as empuxos se exereem sobre as quatro pontos de nascimento da ab6bada, dai sua leveza. Ja experimentadas na epoca romanica, as primeiras ab6badas ogivais g6ticas sao abauladas. Muito depressa, eonsegue-se quebrar as ogivas a fim de abaixar 0 niveJ dos empuxos das ab6badas. Distinguem-se duas espeeies de ab6badas sobre cruzeiro de ogivas: a ab6bada sexpartida e a ab6bada quadriv(II"t;da. No primeiro caso, 0 cruzeiro de ogivas e completado por uma ogiva imermediaria. Suas nervuras determinam portanto seis eompartimentos eompreendidos entre areas de enquadramento: areas transversais e formeiros (eatedrais de Noyon, Paris, Laon). Essa ab6bada abrange dais vaos. As eargas sao repartidas desiguaJmente: os peg6es fortes reeebem as bases das ogivas e dos arcos transversais, enquanto os peg6es fracos reeebem apenas a base da ogiva intermediaria. Em eompensa<;:ao, esses ineonvenientes desaparecern com a ado<;:ao da ab6bada quadripartida de tra<;:ado oblongo (catedrais de Amiens, de Reims). 0 VaG da nave corresponde entao ao das naves laterais. Tudos os peg6es reeebem portanto urn empuxo identico e a alternaneia dos pe',nt'S ja nao tern razao de ser.
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0 tipo de pilar mais difundido e urn nueleo central guarneeik- qll:1tro colunas adossadas (Amiens), mas pode adquirir urn desenho rnais
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Urn edifieio g6tieo e urn admiravel sistema de equios empuxos obliquos sao sustentados pelo areobotante. 0 empuxo da ,1.,\,' 1:tlcral que se exeree sabre 0 capitel (C) da coluna e rebatido pela earga \,,11';11 do pilar (P). I,:
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AR E GO ICA: EVOLUC;AO DA ESTRUTURA
ARTE GOTICA: EVOLUC;AO DA ESTRUTURA
I )isl inguem-se quatro gran des perfodos na arte g6tica. Inicialmente, uma 1'11111 'ira :lrLe g6tica, nascida na Ile-de-France, no seculo XII; depois urn g6tico , 1'1"',1\'0, enLre 0 fim do seculo XII e meados do seculo XIII, desabrocha na II,' d' I,'rance e na Champagne com as grandes catedrais. Em seguida, atraves d,l .III' irradiante (rayonnant) e ap6s a arte flamejante (flamboyant), desenvol,,' ',\, ;" " () infcio do seculo XVI 0 perfodo do g6tico tardio. Ao lange de toda ,11'1 11 ) ':1 !'ll[ica, assiste-se a urn esfor<;:o constante para tomar a construc;:ao mais I,' , A isso acrescentam-se a busca da altura e a de uma iluminac;:ao melhor 'I"~':IS :'1 el1vasadura progressiva das paredes. NOYON. - Durante a arte g6tica primitiva, a ab6bada sexpartida ainda d',lIl1mb. E escorada por contrafortes e ainda nao por arcobotantes cujo uso ',,' ',('lllT.lli/ani apenas no seculo XIII, A ab6bada sexpartida tern como conse'111'11\'1:1 ;1 adocao de peg6es fortes (que recebem as ogivas diagonais) e de pe'd\", II :I('OS (que suportam a base da ogiva mediana). A elevac;:ao da nave e de '111.111(1 ;Indarcs: arcadas, tribunas, trif6rio e clerest6rio, como em Paris e em I
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A tribuna desaparece. Essa supressao permite 0 aumento d,l', 1,1I1l'1:ls, ;\ clevacao das arcadas da nave. A volta a ab6bada quadripartida , 1I"llIlp;ll1l1ada de urn encurtamento do vao. Os pilares sao formados por urn 111 ',Ill redol1do cercado de quatro colunas adossadas: feixe ininterrupto que une "II 1'"llol1ga de maneira alongada as nervuras da ab6bada. Todas essas dispo''','''', 1;l1ll!l"nl sao cncontradas em Reims, porem mais leves. ( "'/\I{'I'RI'S, -
Noyon (1150)
Ch a rUes (1200)
Amiens (1250)
1((lIII'II, ' '\, "I
11,1 III
'\MII'N.'. A nave da uma impressao de impulso. Nela, a luz e mais in1"11',.1, I:IVlli "ida pdo alargamento dos vitrais da nave e pela pratica de abertu1,1" 11.1 IHlit'd' do l'undo do trif6rio (clarab6ia) ao redor do coro. 0 uso da cla1.lh,II.1 1111 filiI do seculo XIII, em todo 0 ediffcio, inunda a nave de luz.
No scculo XV, 0 trif6rio tende a desaparecer. Confunde-se com do ,,"allem os mesmos maineis verticais. Toda a largura do vao 11111 IIlll'IlM) vilra!. HI 1111
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1'1 ,\N 1/\;;. A plant a dessas catedrais e marcada pela amplidao do tranpi" ,. I'l'ill d"S"11 volvi IllenLo do coro, com frequencia com deambulat6rio du1'1", I'" Io-;Id,) r()1 Illll" 'oroa de capelas.
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ARTE COTlCA: ARCOBOTANTES
ARTE GOTICA: ARC BOTANTE
()rgao essencia1 do sistema de equilibrio g6tico, a funlfao do arcobotante "cher 0 empuxo da ab6bada da nave acima das naves laterais. Ete possibiliIIlIl il'vantar a ab6bada a uma altura muito grande e acrescentar cada vez rnais jI.\I ed'S, que ja nao sao uma sustenta~ao e sim uma cercadura. , I
Bem no inicio muito simples e com um unico arco, em pouco como em Amiens, e de dois andares, de modo a sustentar 0 empuxo e abaixo do ponto onde este se exerce.
I\MIF,NS. I ~'IIIPll, ,II 1111:1
Para aumentar a resistencia desses arcobotantes duplos, os tiveram a ideia, como em Chartres, de tornar interdependentes esses mediante uma especie de escora que tern aqui a forma de pequenas
('IIi\RTRES. -
,1I1~" I \lImes IlIl" 11I\'1lS I ll,lll;l~.
HI/\IJVAIS, -
No caso de Beauvais, cujo cora possui nave lateral dupla,
I'll I 'i,,) II nrcobotante com lan<;:o duplo com um botareu intermediario, de equi1111I III :llluacioso,
;'tg\l(lS pluviais escoam par uma calha para chegar as gargulas (G), que 'Ila para longe das paredes.
IIIII~':\III :t ;'1
Para evitar que a pegao ou 0 botareu se desequilibre por causa ab6badas, 0 botareu e reforlfado por uma edicula chamada "pi11,1 'Itlll": llS Lie Reims sao celebres pel a elegancia. Vazados em sua parte supe11111. I" es pin{lculos abrigam anjos com asas abertas. I{I'I '1,', -
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(Chari res)
No seculo XV, os arcobotantes sao vazados. Recorre-se a
'111 's;IO em sentido inverso ao empuxo das ab6badas. Encontramos ate
a acumula<;:ao de detalhes esculpidos e as curvas e contracurpcla decora<;:ao flamejante da epoca.
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Arcobolanles com do is andares (Amicns)
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ARTE GOTICA: JANELAS E ROS.ACEAS
TE GOTICA: JANELAS E ROS.ACEAS
/\ janela g6tica e urn caixilho de pedra independente do arcaboU<;o do ediII, II ': " 0 rendilhado "verdadeiro" denominado remois porque apareceu pela 1'lllllcira vez nas capelas radiais de Notre-Dame de Reims por volta de 1210-1220. () "Isl 'Ilia remois sucede pois a janela "furada" na parede portante, que sub'11',1" l:11I Chartres . .I1\NI'IJ\S COM OCULOS. 0 tipo mais difundido de janela g6tiea e consti1111<1,) iiI.: dois arcos lanceolados (arcos de tres pontos alteados) e de uma peque11,1 11l~,(11.: 'a: 6culos na parte superior. mnamenta<;ao dos 6culos e variada: na mais bela janela da nave de CharIII '" '>IID dignos de nota os quadrif6lios da bordadura; em Reims sao fest6es II ,III1IH"11I chamados "redentes") que eircundam 0 centro. A tipica janela com 1\ IIdilli;IUO reline urn 6culo ressaltado por urn toro, acima de dois areos lan,I 1I1~"fll", ror sua vez ressaltados por urn toro e colunetas. I'II,,;\II'AS. A fun<;ao das rosaeeas e a ilumina<;ao da ab6bada da nave ,1" I!';IIISCplo. Suas dimens6es as vezes sao consideraveis, podendo atingir dez 111,'11' I~ Lit; dillmctro. Para resistir a pressao exercida pelo vento, procuraram-se <111'1'1.',11" (,olllbinac;:6es: a mais freqiiente e uma espeeie de roda, cujos raios sao , ,dill 11'1 liS e l'ujo centro e vazado. Sao assim as rosaeeas de Chartres (transepto) I
I III \I',. 'omposi<;ao de vidros tingidos na massa, real<;ados de grisa111.111111.1", pm ehumbos que cercam as figuras, 0 vitral e urn ornamento Ii 111',1 ",ld,) (; colorido. Ao alargamento das janelas corresponde uma gama de 'i 'I ,", ,.,,111 WI mais intensas. Ap6s 1260, os tons se tornam rna is daros: recor',I ",llI:1 VI'!. nlais ao amarelo-prata e a grisalha. Os mais belos conjuntos con,,', ,,,111\ ~e ellcOlJlram nas catedrais de Chartres e de Mans.
III
I
Janelas com 6culos (Chartres e Reims)
Chartres (transepto)
ARTE GOTICA: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
ARTE GOTICA: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
o seculo XIII e, como se sabe, a mais bela epoca da arte g6tica. Enquanto no seculo XIV houve urn abuso dos motivos geometricos, com uma predominancia da coloca~ao de molduras na ornamenta~ao, e, no seculo XV, urn abuso de ornamenta~ao, no seculo XIII verifica-se a uniao intima entre a arquitetura e a escultura. PORTAL. - Cada urn dos arcos concentricos, as "arquivoltas" (A), cujo conjunto tambem e chamado arquivolta, nasce em seu "pe-direito" (P), que, aqui, e uma coluneta. Acima da arquivolta, ergue-se uma grande empena chamada "gablete" (G), separada de dois outros "gabletes" por urn pinaculo (PI). o espa~o compreendido entre 0 lintel (L) e a arquivolta e 0 timpano (T). FECHO DE ABOBADA. -
Da-se esse nome, assim como chave de ab6bada, na intersec~ao dos arcos. Observar-se-a aqui a maravilhosa disposi~ao da folhagem deste fecho proveniente de Saint-Martin-des-Champs em Paris, datado do seculo XIII.
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a pedra esculpida que se encontra no apice da ab6bada,
FLORA. - No seculo XIII, os escultores reproduzem fielmente a flora natural. No seculo XV, preferem as plantas que tern contornos tortuosos como o cardo, a alcachofra e 0 repolho crespo. CAPITErs. - 0 ponto de partida eo capitel corintio cujas volutas sao, no seculo XIII, brotos de plantas chamados "cogulhos" ou "colchetes". Despertam a ideia de brotos intumescidos de seiva; enrolam-se como uma ponta recurvada de samambaia. Ha em geral duas fileiras de "cogulhos". No seculo XIV, a folhagem afina com 0 capitel.
PorIa (NoIre-Dame de Paris)
FLOROES. - Extremamente freqiiente, esse ornamento e uma especie de buque terminal composto de uma haste prismitica, guarnecido de quatro cogulhos em duas carreiras e de urn broto central. No final do seculo XIII e no seculo XIV, os brotos tornam-se folhas aquiticas ou algas agrupadas e recortadas. No seculo XV, a folhagem tern grande desenvolvimento. Painel becnlo XV).
PrNAcuLOS. - Encontramos durante a epoca g6tica essas pequenas ediculas de base prismatica termi'nadas por uma esguia piramide ornada de cogulhos. No seculo XV, como se po de ver aqui, a base e ornamentada com dois pequenos arcos contracurvados cuja jun~ao esta no eixo.
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ARTE GOTICA
Nave da catedral de Amiens (1220-1269) restemunha do pleno desenvolvimento da arte gotica, Amiens se notabilipcla amplidao de seu plano, com um vasto transepto de 70 metros de comprilllcnto, e pelas ousadas propor~5es de sua nave, com 133,50 metros de comjll'illlcnto e 42,30 metros de altura, as mais extensas da arquitetura gotica na l'I:llll,;a. Na nave, a eleva~ao dos volumes deve muito as propor~6es dos pilar \'~, 'crcados de quatro colunas adossadas, e a sua ascensao nervosa ate as aboIlildas. Acima das arcadas, 0 triforio eo imenso clerestorio vazam considerawlilll.:llle as pared~s A diminuic;ao progressiva do peso da alvenaria, pela bus,'.\ du vazado, triunfa no coro e no transepto, cujo triforio possui uma parede ,'\I"llla i yualmente vazada: as galerias ja se transformam em aberturas. Com ,I "Iilllinac,:ao das superficies cheias, para captar melhor a luz, 0 edificio aos 1'"II1'OS vni se reduzindo a um arcabouc;o constituido de arcos e de suportes re111I ~':Id()s pclos arcobotantes: estrutura cuja leveza aerea nao vai cessar de se
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ARTE GOTICA
ARTE GOTICA: ESTll,O IRRADIANTE
ARTE COTICA: ESTILO JRRADIANTE
Entre a segunda metade do seculo XIII e a decada de 1370, acentua-se a tendencia ao vazamento das paredes. A igreja tende a assemelhar-se a uma vasta gaiola de vidro. 0 termo "irradiante" (rayonnant) atribuido a esse estilo procede da rosacea dos santuarios cujos recortes evocam os raios de uma roda. As simples janelas perfuradas sao substituidas por imensas janelas que tomam o lugar das paredes. Ao tipo "chartrense" com tres and ares sucedera as vezes uma eleva<;:ao de dois andares, quando os construtores ja nao se contentarao em i1uminar 0 trif6rio por uma clarab6ia. Essa corrente, surgida em parte do trif6rio envidrac;;ado com gablete do cora de Reims, inaugura uma arte refinada que corresponde a epoca de Sao Luis. SAINTE-CHAPELLE. - 0 desaparecimento do inv61ucro mural em proveito das grandes janelas reduz 0 edificio a urn arcabouc;;o, a urn sistema de arcos e de suportes. 0 aumento do espac;;o livre e a envasadura das paredes parecem desafiar aqui as leis da gravidade. De fato, apenas vigorosos contrafortes, acumulados no exterior, autorizam a leveza dessa concepC;;ao aerea. Por sua vez, o peso de cada gablete acima da arquivolta das janelas permite a esta ultima resistir aos empuxos e ao mesmo tempo diminuir 0 peso dos lados do arco. Obra-prima estereot6mica, a Sainte-Chapelle triunfa tambem pela audacia refinada desse sistema, assim como pelo abobadamento da capela baixa concebida a maneira de urn embasamento. RosAcEAS DO TRANSEPTO DE NOTRE-DAME. - A necessidade ou 0 desejo de iluminar ainda mais amplamente as naves acarreta uma utilizac;;ao em vasta escala das rasaceas sobre os transeptos que perdem, por sua vez, as paredes de alvenaria. Os vazios triunfam entao sobre os cheios. Ao redor dos 6culos desmedidamente aumentados, os cantos, por sua vez, sao rendilhados. Com as janelas de rosacea passando pelo trif6rio, os vitrais ocupam todo 0 espac;;o compreendido entre os peg6es. ARCOBOTANTE. - Tambem ele afetado por esse aumento de !eveza geral, o arcobotante tern suas bases intermediarias, entre 0 extradorso e 0 intradorso, rendilhadas com trevos, com rosetas.
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ARTE GOTICA: ESTILO FLA
ARTE GOnCA: ESTILO FLAMEJANTE
I NI" t\S" I\t\LAUSTRADA. - 0 estilo flamejante (do final do seculo XIV 1111 III do sl:culo XVI) tira seu nome do tra~ado do rendilhado das janelas; 1',111111,," ,'llIlosas desse rendilhado evocam a imagem das chamas agitadas pel.. \ 1'111 tI. hs . Ira<;:ado compreende dois elementos: 0 "fole" (F), que e urn qua,1111,,1,.1 nlollr ado , e a "espevitadeira" (E), que e uma especie de fuso ondula,1.1 '11:,111 . 'ido de redentes. I"
Arco conlracurvado
Formado POl' duas curvas e duas contracurnl(O 11I1Iitas vezes ladeado de do is pimiculos e urn dos elementos ca'.III'u,' do l'stilo f/amejante do seculo XV.
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I~I". - Urn tipo muito difundido, especialmente no Leste da Franr'dondo sem capitel e que recebe em seu fuste as nervuras sem 1llIlll:no 1I~111 intermediario. "II
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Fspecie de teto de caixot6es, a abobada recebe novas neros lerciaroes. 0 tra~ado tern desde entao a forma de estrela. t:halas recebem uma rica ornamenta~ao e fechos pendentes.
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V,\,,::. 0 seculo XV e a culmina~ao logica da evolu~ao da arte g6tica 11',11 II'" '1' S(IJI!lI'l': maior ascensao, maior leveza, maior luminosidade; a " . I ,Ii-: 'tllill Mil 'Iou em Rouen e tipica desse estilo e sua obra-prima: sem int'"I1I' III. islo C, SCllll'apileis, os pilares se elevam ate as ab6badas; 0 trif6rio I 1II'"II11Il:ltll):tO d 'r~sl6rio eo conjunto forma uma imensa claraboia. Em ',,11111 ( ;"IIII:dll I' Allxcrrois, como em todas as igrejas parisienses, 0 vao livre I " ,III' d 1IIlis IIlvl'is: grandes arcadas seguidas de janelas superiores.
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Nas I'achadas, os gabletes aumentam as divis6es verticais dos 1"011,11', tI" :lIl';1I1:1 Il'Iplicc com urn ritmo intermediario entre os contrafortes. 1,,,"1,1 ,1ItI:ltln tld's il1v:tdl.: muilas vezes 0 trif6rio e as rosaceas, acentuando .1,1111.11111,'.1 .IS '('l1siol1:1! das lorres, dos pinaculos e das flechas. Dentre os edifi, I"'. I 1.III\1'I,IIIIL'S, l'VI) ·:tn'mos cm Rauen a nave de Saint-Ouen e a igreja Saint1.111,,11 .. 1 1'llIlIll" ,'111 Vel1uomc; Saint-Jacques, em Dieppe; Notre-Dame de 1'llllI' . 11.1 I III '11:1, Sail11 Nil'holas-du-Port; Saint-Wulfran de Abbeville. )',": 11\1':.
Viio (Rouen, Saint·Maclou)
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Pilar
E: espeviladeira F: role
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AbObada de eslrela
UahuI/II.tuh.
ARTE GOTICA: IlIFUSAO E
Nascido na IIe-de-France e na Champagne, vincias e peJo exterior com variantes originais.
vARIEDADES
0
ARTE GOTICA: nIFUSAO E VARIEDADES
gatico se propaga pelas pro-
ANJOU. - Uma corrente que compreende 0 Anjou (catedral e Saint-Serge em Angers), 0 Poitou (catedral de Poitiers) e 0 Maine e caracterizada pelo emprego de uma ab6bada muito abaulada com numerosas nervuras que nao passam de ornamentos. Os suportes sao pi lares de notavel elegancia. BORGONHA. - Continua fiel as suas tradic,;oes pela persistencia das ababadas sexpartidas (Notre-Dame de Dijon) e de seu estilo monumental, oposto ao estilo chartrense. A catedral de Chalon e depois a de Nevers demonstram bern a concepc,;ao desse estilo borguinhao. SUL DA FRAN<;:A. - Tanto no Languedoc como na Provenc,;a, 0 gatico e adaptado a uma nave linica contendo freqiientemente contrafortes salientes no interior e, as vezes, a igrejas fortificadas como Sainte-Cecile em Albi. Em compensac,;ao, Bayonne, Clermont, Limoges reproduzem 0 estilo frances.
Arco Tudor
Abobada de feque (catedral de Peterborough)
ESPANHA. - Toledo, Burgos e sobretudo Leao retrac,;am fieimente as concepc,;6es sucessivas do gatico frances. INGLATERRA. - Embora ligado originalmente a Normandia, 0 g6tico ingles, mesmo aderindo aos arcos agudos, as galerias de circulac,;ao, ao clerestario, respeita menos a lagica da estrutura e da ordenac,;ao. Com 0 estilo omado ou curvilfneo oriundo do estilo irradiante frances, aparecem os arcos contracurvados. Urn movimento ininterrupto agita as nervuras ou reline-as em tramas reticuladas e ondulatarias (catedral de Ely). As ababadas inglesas complicam-se com novas nervuras: liernes e terciaroes com trac,;ado de estrela. 0 trac,;ado da fenestragem, antes da Franc,;a, e flamejante. No seculo XV e 0 estilo perpendicular, assim denominado em virtude dos longos maineis da fenestragem com lin has verticais e horizontais. Emprega-se urn arco de quatro centros chamado "arco Tudor" e urn arco obtuso em geral enquadrado de molduras. As ab6badas assumem com muita freqiiencia (Westminster em Londres e capela de Windsor) urn aspecto extremamente complexo com seus pesados fechos pendentes e 0 desenho em leque de suas nervuras (Peterborough). ITALIA. - Freado pelas tradic,;oes bizantinas, 0 gatico deve sua penetrac,;ao as ordens monasticas (Assis). Por sua vez, a Toscana 0 submete de maneira original ao seu espirito de medida e de equilibrio (catedral de Florenc,;a).
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Iff'll: GOTJCA: ARQUITETURA CIVIL E MOBJLJARIO
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ARTE GOTJCA: ARQUITETURA CIVIL E MOBILIARIO
Encontramos um tipo ja eonhecido na epoca romanica: a "jaad::t" com uma coluneta no eixo e uma pequena abertura abaixo do I" II Ii' \ ·:tr~ilo. No seculo XV, ora 0 lintel e ornamentado com um pequeno 11f" '\1111 ra 'urvado, ora, como no pa<;o municipal de Compiegne, e a jane!a 111 (':11 'tJhos dividida por maineis de pedra. Um areo contracurvado de grand, \ IIIIII['II.\OC); a encima. Este arco pode ser de contracurvas quebradas. 1,1 !\S. -
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As do seeulo XV sao as mais ricas; anunciam as do Renasr suas formas. Uma especie de clarab6ia de arcaturas ou de pequeII ('(lhu/antes une 0 frontao aos dois pinacu[os que 0 flanqueiam. 0 hotel 11"qllL'\ ('oeur em Bourges e 0 solar mais magnifico do secu[o XV. III \IWM;. -
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Os mais belos exemplos encontram-se em Flandres 1"'II~II"', I)()uui, Arras, Saint-Quentin). Como em Compiegne, a torre de atar l!.llill II)f II: 'ctllral e a parte mais nouivel com sua flecha e seus pequenos torfl 111'1 .i1i 'Ill 'S como guaritas. I ," MUNICIPAlS. -
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,,<,\s. - Ate 0 seculo XIV, a regra e a coifa c6nica; os montantes k c lunetas e a faixa, no inieio sem ornamentos, e muito deeora-
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As ponas sao feitas de paineis as vezes ligados por "ferral'usa tiras de ferro assentadas em gonzos.
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Lucama (Rouen, seculo XV)
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1\111"1 I',. A cseultura ornamental dos paineis eonsiste em uma represen,I, I ('II .q I'a 'ell1 J'lall1ejante au ainda no ornato chamado "guardanapo" au I" f ".'1111111111 I1lcgu ado". Os principais m6veis sao a arca e a buf(~, que em I I 1111111 111:11 iL' ~\lpcrjor' disposta fora do prumo. A "e
Lareira (castelo de Chinon, seculo XIV)
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ARTE GOTICA: ARQUITETURA MILITAR
ARTE GOTICA: ARQUTTETURA MlLlTAR
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" II 0 sistema defensivo dos castelos compreendia urn patio forI i11l':ldo e uma ou duas muralhas, de acordo com a sua importfmcia. A torre .If' IIIl.:ilagem (danjan) era uma torre situada de inicio no centro da muralha '. IIl:lis tarde, num dos lados dessa muralha; podia garantir sozinha a propria
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II )11 ('S.
Essa disposi~ao defensiva consiste em recortes: por pequenas paredes, "merl6es".
Pi\IC\I'i'.l'J'O DE AMEIAS. -
.\llkl:IS s~paradas
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I' Castelo do Louvre no seculo XV (segundo Viollet-Ie-Duc)
s. - Tambem chamadas "frecheiras", as seteiras sao ranhuras cortinas e nas torres. A partir do seculo XVI, deram-lhes a forma P:II:1 (l liro com besta em todas as dire~6es.
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Formando saliencia no silhar da parede, os balestreiros sfio urna especie de parapeito ameado assentados em cachorros. I', II' .Ill :llll'IIO entre esses cachorros, estabelecia-seo tiro de cima para baixo. 1" L'III'llilll:IlJOS no topo das cortinas e das torres.
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Sao geralmente confundidos. Os "baileus" (B) sao 'adas (Jill cima das portas ou dos pontos fracos, enquanto as "guaI) S:11l p('qucnos pavilh6es que ocupam os angulos.
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n,ENASClMENTO ITALIANO: ELEMENTOS DE DECORACAO
) Rcnascimento italiano estende-se pelo seculo xv (Quattrocerito) e peJo XVI (Cinquecento). No primeiro sentido do termo, 0 Renascimento carli jl\lld\.' ~l redescobena da Antiguidade. Gra~as it heran<;a greco-romana, a II.ilill, vir,ll1do as costas ao mundo medieval, soube desde essa epoca recolocar " 1IIIIIIL'!ll no centro das artes como escala principal e referencia absoluta. Afir11I,111L!lJ :-1 dimensiio terrestre do homem atraves de sua representac,;ao nas artes, 'lIl1lllhllill amplamente para a nova profissao de fe na razao e no espirito que, "111 " !l1l1l1al1ismo, abria ao mesmo tempo caminho aos Tempos Modern as. 111"1 illH:iro Renascimento itaiiano (seculo XV) (em origem em Floren<;:a, entao l'IIII,'IP:iI l'Cntro criador. JI
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II II/\(:Ij 'S ESPIRALADAS. -
Folhagens espiraladas (Roma, Sanla Maria del Po polo)
1'OIlCI<.
Seus enrolamentos de acanto contrariados e
'11I:,d, s sao tra ados de maneira rna is leve do que os modelos antigos.
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RENASClMENTO ITALIANO: ELEMENTOS DE DECORAc;AO
Com 0 renascimento da figura humana com dimensoes rcais, 'opia igualmente da Antiguidade 0 tipo leve e sensual dos putti:...mis;1I1jillhos com figuras de ArJlOLdemadas de Cupido. II, -
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t Nf.>l iAllRAMENTOS ARQUITETURAIS. 1111111 VIl .,
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Derivam tambem da Antiguidade os
d ' 'l:rcuclura de arcos, de fromoes, de ab6badas com caixotoes assen-
pilastras. Acentuam a ordenac,;ao arquitetural quando janelas au aos nichos. Mas podem tam bern reforc,;ar os ,111111'. til' ;Ihel'lliru e de perspectiva em pintura, em alto-relevo e em relevo, com It 1.'1,111 :It) olljl:lo rcpresentado no centro. A pala (reuibulo) recebe com freI I" 11,'f.1 u~,~\..' sisl '111<1 de cercadura. 1,1.1.1'..
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lllcdalhao circular (tonda), em geral model ado em terracota atLiic dos Della Robbia, e um motive de composi<;:ao muito [1cltlnsula. ()
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I "()llINA-CANDELABRO. No Norte, 0 emaranhado de folha:li1l's(,()s, dos vaso.', e das medalh6es recobre com uma desordem 01'11.111,,"1,11 as 1';, "q planas das pilastras e as co!unas esculpidas em forma de can,1, 1.1111l1, li\Sl.' "'slilo lcmlhardo" domina em Milao, em Pavia, em Brescia, em II' •
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UENASCIMENTO TTAUA 0 (SECULO XV): AUQUITETlJRA
RENASCIMENTO ITALIANO (SECULO XV): ARQUITETURA
'AI'leLA PAZZI. - Iniciador, 0 florentino Brunelleschi tira da arquitetura os elementos de uma articulayao_lQgi£,a e racional: coluna, lintel, e.illaIlI,lllll'llI l, frontao, Fixa-lhes as proporyoes d-e marlelra ngorosamerne mateI "tll,'lI sl;gundo 0 modulo basico herdado do tratado romano de Vitruvio. Com I It, I hllsca da claridade e a coesao vao se impor ao Renascimento, 11111
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1'/\ I A( '10 MEDICI-RICCARDI. - De aspecto cubico e severamente compaconde contrastam as pesadas cornijas e as bossagens enormes, I'ill;" 'io narentino se abre no interior para urn patio com arcadas (cortile).
I" lin ',~Icrior, 'I
Floren~a,
capela Pazzi (1420)
J '!\ I /ic '10 RUCELLAI. - Essa massa, 0 florentino Alberti logo deixou mais I VI' Illnliante uma articulayao mais harmoniosa e mais logica entre as horizonI II', I' II:, v '1'1 icais, grayas ao emprego das or dens sobrepostas e ao calculo_mCl.J~ III 111,'lI tillS propon;oes. Esse respeito crescente pela gramcitica antiga acarreta , .'I'.IIl' 'illlcnio oe ordenayoes regulares. "
PAVIA. - A essa mascula afirmayao das estruturas, 0 estilo I, ,"d'.11 do OPI'lC cfeitos de superffcie e uma arte de revestimento cuja exuberi'mI '.1 tin" I I'll Iiva Icnde a dissolver sob sua profusao as formas arquitetonicas ins1011.1< 1;1:; II 'Ia I\nliguidade. 0 que subsiste da fisionomia classicista dessa aberII" ,".' ,I, :1 d 'sordem de figuras esculpidas em relevo ou em alto-relevo, sob os ,II ',,'1 1IIIIIllS .las colunas tratadas como candelabros? Esse estilo decorativo triun1.1 plll vlIll;1 do final do seculo na fachada da cartuxa de Pavia. ( " "I
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Dr
VI'NIlRAMIN-CALERGI. - Tendo permanecido por muito tempo .11" ,1,1 ,I', iltl'!tIQllcias bizantinas e goticas, Veneza conservara uma arquitetura 111.11 ,ilL, IlI'la ;Issimetria, pela policromia e pelos arcos ogivais, como no ( I'd' )11), pill' c.'(cmplo. Depois 0 estilo lombardo penetra na cidade e une-se 1111 11111 .III 10(1\:1.110 ~IS formulas toscanas. Deste ultimo periodo, 0 palacio I 1101,.1111111 ( 'lIl 'I'g.i e caracteristico pela adaptayaO das ordenayoes de Alberti "" ·1I·.11I III ';11 p;lra as superficies coloridas, 0 arejamento das fachadas, com I !l"I',I:,lt'l\('ill cia loggia central e os jogos de luz. 1,\(11)
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Florell\'a,
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Floren~a,
palacio de Rucellai (1446-1451)
Vellcza, palacio Velldrarnin-Call'll:i (IoIH I 1',11'11
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RENASCIMENTO ITALIANO (SECULO XVI): ARQUITETURA
RENASClME. TO ITALIANO (SECULO XVI): ARQUITETURA
J'I ':M 1'1 ",no. - No inicio do seeulo XVI, a primazia de Roma se exeree priIlll'ir:1I1lente gra<;as ao estilo monumental inaugurado por Bramante. Com ele, ,I ,'I II P 1"1'; go correto das ordens copiadas da Antiguidade e assimilado a urn con1,'\111 !'eral de ordena ao da fachada e ao dominio dos volumes, Suas earacte1 1,1 i 'as, que vao se impor a escola romana= a monumentalidade, a ordem ,I, \1 inl, 0 plano centrado em cruz grega -, se eneontram em seus projetos da II IS/II ';1 de Sao Pedro, euja reconstrU<;:ao ele empreende em 1506, numa escala '1 ';1111 'sea e ja barroquizante.
I 1\/ A< '10 FARNESE, - De Bramante, Sangallo, 0 lovern, herda 0 gosto da das cstruturas organicas. Assim, ele fixa num espirito monumental 0 I fill 'II! 1'~lI1de palacio romano,'q-ue se distingue pela limpidez dos volumes e das 1'1,1< 'lIoll;U 'S, pela nova amplidao atribuida as alas laterais, pela introdU<;:ao de ',III;I~, 'S ';Idarias. A isso acrescenta-se a disposi<;;ao grandiosa e eenica do vesti1,"111, ,'llfn; a rachada e 0 patio, com a largura de tres vaos, ritmados por eoluILL', de d,';IS que sustentam ab6badas guarnecidas de caixot6es. Na fachada, a "III,L'III'I:1 elL' (miens sobrcpostas e a repcJi<;;ao das janelas com tabernaculo deIi~ ",'III 11111 IllIldclo de futuro, " ' "- 11.11 L'/a
VCllcza, Biblioh'l'a SI .. MIIIl.' f I II"
Roma, Tempictto (1502)
h\I~NI~'INi\, - Peruzzi fixa 0 modele da villa suburbana, implantada no 1111 III d,' 1:ll'dins, Abre-a amplamente para sua mol dura de verde atraves das .\III'I,dn. c d:ls lIrcadas centrais, A articula<;;ao classica definida por vaos com 1,,1.1'>1 I ii, d")l'i,':IS c com simples janelas provem de Bramante, mas com uma le1/,' ,'III IIIL:d h:ll'llIOl1ia com 0 espirito do programa,
I 111111111'1'/\ SAO M/\RCOS. - Em Veneza, com Sansovino, 0 rigor monu111 111.11 (- lI~~IIl'i;I<.I(1 all gosto local pela anima<;ao das fach~das>--p-'el05-jogos_de 111., 11('1.1'. (lplIsi~'IlCS cl1tre cheio e vazado.
Roma, Farncsill3 (IS09-ISII)
/'11/\11\ III I (',\I'ITOI 10, - Indiferente as regras, Michelangelo ergue uma "I d"111 "Ill, 1,',,:11 ~;llhI'C dois anc\ares, interrompe os front6es para aeentuar e dar 1111,1 :,11.1 1'llIlI'('IH::lO 11I0l1Umcntal. Na porta Pia, ele embute os front6es, emI 'I ',' III 11: lips 1111':1 de's ';I 1<1, No pa lacio Farnese, in troduz uma loggia central ,," 1111.1.1,1 I" ":'IIIIII:lS L'I1()J'IIH':S C raz sobl'essair uma grande cornija,
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MANEffiISMO TTALlA 0 (SECULO XVI) E CONTRA-REFORMA
MANElRlSMO ITAIJANO (SECULO XVI) E CONTRA-REFORMA
Sob a influencia da arte expressiva e atormentada de Michelangelo e da crise politica introduzida pelo saque de Roma em 1527, 0 ideal de c1areza e de equilibrio do Renascimento cessa bruscamente. E substituido pelo maneirismo: periodo de desequilibrio marcado pela imita<;ao exagerada e artificial das grandes f6rmulas estilisticas e pela exacerba<;ao do "eu" dos criadores. PALAcIO DO TE. - Principal iniciador do maneirismo, Giulio Romano opta por uma arte de tensao e de contrastes mediante 0 alongamento excessivo das fachadas e a oposi<;ao violenta entre materiais brutos (bossagens chatas e rusticas) e materiais trabalhados (pilastras d6ricas). Em cima do portal, a moldura em "rustica" em sua parte superior recobre a faixa que delimita 0 atico. o efeito geral de tensao deve-se a oposi<;ao entre os elementos portantes (pi lastras) e os elementos pesados (bossagens) e a diferen<;a de seus materiais.
Vicenza, a Rotonda de Palladio
VILLA ROTONDA. - No Veneto, a partir do meio do seculo, Andrea Palladio distingue-se por urn emprego exato da gramatica antiga que ele associ a a limpidez dos volumes e a defini<;ao harmoniosa das massas em suas viI/as em forma de templo. A villa Rotonda deve sua harmonia a estereotomia perfeita de seus volumes geometricos e a concordancia sutil do edificio com sua ambiencia natural. Em outras obras, Palladio volta a urn estilo mais expressivo e mais pitoresco, pr6ximo do maneirismo, no palacio Val marana ou na loggia del Capitaniato em Vicenza. Adapta com sucesso a janeia triplice em serliana: janela central de volta inteira, f1anqueada de duas janelas cobertas de padieira. IGREJA DE GEsLJ. - Sob a influencia do concilio de Trento (1545-1563), Roma retorna ao primeiro lugar na segunda parte do seculo, gra<;as ao espirito da Contra-Reforma: rea<;ao religiosa e artistica a ascensao do protestantismo. Com Vignola, 0 meio romano volta a uma interpreta<;ao mais exata da gramatica antiga. Vignola adapta a planta de cruz latina as exigencias litlhgicas da Contra-Reforma na igreja jesuitica de Gesu. Com seus dois niveis reunidos por aletas, a fachada, feita por Della Porta, conhecera urn sucesso universal.
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Mantua, palacio do n de Giulio Romano (1526-1534)
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RENASCIMENTO ITALIA.."JO: DECORA~AO E MOBlLlARIO
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(:Ao. - Os patios dos palacios eram rodeados de arcadas que as rll11 rcvestidas de pinturas decorativas como no Palazzio Vecchio de FloII II t "Ill Rama, nas loggias do Vaticano, na villa Madama, Rafael recorreu Ill. 'Ii Iltfll~:S coloridos: essas decorac;6es sao formadas de um grande nLtmero d, I' 'If II 'IH)S motivos: camafeus, quimeras, amores, medalh6es, reunidos por Iii 111",1 lIS. SilO chamados "grutescos" (grotteschi), isto e, pinturas de grutas, Illll'jtll' I pralll inspirados por pinturas descobertas pelas escavac;6es dos monu,
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IIl1igos.
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(pintura mural sobre emboc;o fresco executada enquanto se da
en muito empregado no seculo XV, mesmo em interiores profa-
Villa Mudama
,11l1l \,· .. Clliplo, no palacio ducal de Mantua por Mantegna. No seculo XVI,
II 111111 JI'; 11';'1 1\;\ grande omamentar;ao, estendida aos vastos ciclos aleg6ricos, I ,11011.'1 lias Stanze do Vaticano (apartamento pontifical), na ab6bada da
"1111
'1 ',1 il];l, obra de Michelangelo, no palacio do Te em Mantua, executado illllill ROl1lano, etc, Em Parma, Correggio lanC;ara os primeiros escon;os ,I III' III :I~, plillwdoras, colocadas em perspectiva aerea, na cupula da catedraf. 11111I1.llldll till ceu fictkio, antecipou a arte cenografica da era barroca, 1)1i1:11I!l:;\ primeira metade do seculo XV, scrao conservadas as lareiras 1111 I I if l,j <1;1 rdade Media; essa coifa era sustentada por con solos assentados I III ",[IIIIt'I,I.. ;\ verga era omada de urn friso de folhagem espiralada. Mas I"!II I II l'UJl';I, OLl 0 pano das lareiras, foi dissimulada por uma decoraC;ao em 1'" 1111' Ii,: , ljll
II:
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Um dos tipos de poltrona mais difundidos era a poltrona Consistia em quatro montantes que se I' sustentava os dois bra<;os e a parte infeI 111 11111111',,1\:11'111 dllas traves. 0 espaldar era retilineo ou cncurvado, Frequenl'il l , II. 1,1,:1 !1llllr(lIW tinha oito montantes em X em vez de quatro, 1',11;1 I" 'dl ')" .\ uJl1lofada, havia ora um tampa de madeira, ora uma tira " ' " I'" INJ\, . -
,11111 "1)(l!lrolw com tenalhas". Ii ,11/;1111 ,Il)j,~:\
, III
Iii
patio do Palazzo Vecchio
Arca com incrusla~ao
I .(,. ,'11111'0.
\1'1 ,\',
l' 'lido lTluitas vezes a forma de urn sarc6fago, a area repousa
soco. Sua decora<;ao consiste em esculturas, em scparadas por balaustres. Por sua vez, a marl, 1.11 1.1 (1II1I/1'I'ill) " I'orlclllcnl.c influenciada pelas pesquisas pict6ricas sobre a I. 1'1" I II . I III' ,"~'('IJ1() V.
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I 11\>1'11' .• 111 "iiltl;1
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Cadeiras em X (Museu de florcn~a) , 1\
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RENASCIMENTO ITALfANO: SECULO XVI ENASCIMENTO ITALfANO: SECULO XVI
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A EscoLa de Atenas Afresco da Stanza della Segnatura Apartamento de Julio II no Vaticano (1509-1511) por Rafael Os anos 1500-1530, periodo do "Renascimento classico", representam a sintese triunfante das pesquisas iniciadas pelo seculo XV em arquitetura, em escultura e em pintura. Em nenhum lugar esse dominio pleno dos meios de expressao transparece melhor do que nos gran des ciclos de pintura decorativa com que Rafael Sa r >7ic « 483-1520) ornamentou 0 apartamento pontifical de ] ulio II no Vaticano, com a ajuda de seu atelie. A ciencia da perspectiva, 0 feliz balanceamento das massas arquiteturais, cuja fisionomia restitui as ricas ordena<;:6es da Antiguidade com clareza e precisao, 0 sentido do agrupamento harmonioso das personagens: todas as qualidades do oficio tendem a expressao nobre e serena de urn unico e mesmo objetivo. Tema principal do Renascimento classico, este consiste numa aIian<;:a bemsucedida entre a cultura classica e os imperativos do dogma cristao, na reconciIia<;:ao, em nome da mesma finalidade, do espirito pagao com 0 espirito religioso, da Roma imperial com a Roma do papado. Por seus temas alegoricos, a Estancia (Stanze) da Assinatura reagrupa 0 mundo da Religiao (Disputa do Santo Sacramento), da Poesia (0 Parnasso), das Artes e das Ciencias (A Escota de A tenas) numa sintese universal da Cristandade e do Humanismo, do Ceu e da Terra.
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PRIMEIRO RENASCIMENTO FRANCES: ELEMENTOS DE DECORAc;XO
IMI I I I'~NAS 'IMI';NTO Io'nANCES: IC'.I
Il,
~'III!"itlOIIO s6culo
XVI, 0 Renascimento frances abrange dois grandes peprilllciro, gcraclo pelas expedic;:6es militares de Carlos VIn, de Luis II ", dl'l)ois, d' Francisco I na IUllia, corresponde ao aprendizado progressi,) till 1< 'Ilascimellto italiano, trazido primeiro ao Loire (1495-1525) e depois ,Ilk d' FI:llll" (1527-1540), onde os mestres italianos criarao, quando da vol1,1 tI ' 1,'r:lllcisco I do cativeiro, um centro decorativo de repercussao internacio11,11: :1 ('s~'ola de Fontainebleau. 0 segundo grande periodo, que se estende dos .1110, 1540 ao fim c10s Valois (1589), corresponde a naturalizac;:ao do Renasci111\'1110. 1\ partir de Henrique n, os artistas franceses tomam 0 lugar de seus I l k ',:"; ifalianos e desenvolvem uma arte talentosa e original, cada vez mais illllhll'iosa. IllItI,) . ()
AI:/\HI·SCOS. -"A imroduc;:ao do repert6rio italianizante corresponde ini, 1.11111 '1I1e ;'\ adoc;:ao e ao tratamenro particular do arabesco, A tecnica rebusca,I.I d:1 ;111' ,I',lllica, caracterizada por sua talha em aresta aguda e por seus fortes 1'lIllllisfl:s 1'1lIrc sombra e luz, acrescema-se e depois a substitui um modelado ,11t'1111:ltlo qll . produz mais efeitos cambiantes na superficie. 0 sucesso do araIII':,L"I VOII fere ~IS composic;:6es ornamemais um gosto mais sensivel da simetria.
Folhagl'ns espiraladas (Musell
Balalislrl' Coluna-candelabro
Uni'I'\l1I1 «('
- Recebem putti, cartulas, conchas, mascar6es, c1efrontando-se ao gosto amigo.
1"'1111/\( il:,NS I~SI'IRi\Li\J)AS.
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p~lssaros
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Apresentam uma forma dita "de dupla pera".
('i\ND1;I.i\HIWS. -
As afinidades entre a arte flamejante e a arte
,1.1 II:lli:1 do Norl..: fii'.eram 0 sucesso do estilo lombardo, 0 de Milao, da cartu.1
df' 1',ivi:l, II1llilO admirado POI' sua desordem ornamental pelos franceses quan-
ti" tI,· ';'liI,'; n;pcdil,:lH':S. I\ssim, eneontra-se rapidameme no Loire a forma can-
d,·I.i11111 (v:lsn,s so()rcposloS
a maneira
de um castic;:al),
I'll ,\;:TI:/\S. I\s llIesmas inCluencias explicam 0 emaranhamento de fo111,,,"'11:, ,'spi,:i1ad'\s, d' arahl'scos c de vasos nas pilastras. Seu fustechato orna-se l'lI,i1II1"111t' til' Illolivos eirculares c e!ll losango.
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(\1' TOlll~>Il.~I')
1\ III >;\1 II' lI',', 1':1111'1.; olllrns 11101 ivos ar 'ai:wnles, cncontram-sc medalh6es (1.Id,,;, ,It' li}'.l1ra~ de il1lP 'J'~ldorl's e de !Juslos salil'l1lcS.
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I)IUMEIRO RENASCIMENTO FUANCES:
ELEMENTOS DE ARQUITETURA
PRIMEIRO RENASCIMENTO FRA efts: ELEMENTOS DE ARQUITETURA
Como os elementos decorativos, os elementos arquiteturais sao livremente inspirados pelo Renascimento italiano. _ ABOBADAS COM LAJOTAS. - Os tetos e as ab6badas sao frequentemente "com caixotoes". Aqui, as caixotoes sao lajotas esculpidas colocadas sabre uma trama de nervuras de pedra. Os pontos de jun<;ao (A) sao ornados de rosetas e as vezes de fechos pendentes. CAPITErs. - Somente no segundo Renascimento (segunda metade do seculo XVI) as capiteis serao capias au inspira<;oes diretas dos capiteis grecoromanos; na epoca de Francisco I, domina-se menos as modelos antigos e nao sc hesita em introduzir elementos decorativos novas. Aqui, a roseta classica que ornamenta a centro do abaca torna-se um bus10 au uma cabe<;a, e as voluta dos capiteis j6nicos e corintios se tornam figuras L'illcrgentes de vagens de sementes au de cornucopias.
Ab6bada com lajotas esculpidas (castelo de Cbamborcl)
f7L:CHO PENDURAL. - Em frances chamado cuf-de-fampe (fundo-de-IampHd:,), esse motivo saliente que recebe a base dos arcos lembra a formaafunililtl:1
II",
)J'NU/\ ('OM CONCHAS. - Muito frequentes na epoca de Francisco I, const:ric de pequenos nichos sob arcaturas de volta inteira cujo fundo ,111111'111 1IIIIa concha. A cornija com conchas e muitas vezes acompanhada de \W'IIW\IIIS 'ol1snlas ou modilhoes ora invertidos, ora direitos e que sao colocail,,·. ,'III ('il.II:I. Oil cmbaixo dos nichos com conchas. ('1
.1'.111111 1111111;\
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Iii 111 Capitel (castelo de Chambord)
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PRIMEIRO RENASClMENTO FRANCES: ARQUITETURA
PRIMElRO RENASCIMENTO FRANCES: ARQUITETURA
1II't\RNAS. - Reconhece-se a tradic;:ao nacional pelo verticalismo das fapc/a altura dos telhados guarnecidos de lucarnas: partes altas onde em " I," Iliunfa a decorac;:ao esculpida. E af que dominam os motivos italianizanIt', A i:ulc\a das lucarnas e emoldurada por pilastras e capiteis. Em cima, 0 """ IVI) L:lll tabermiculo, provido de nicho e de frontao, reune conchas, putti, 11,11 I\' '1'llS ou folhagens espiraladas e corucheus em forma de candelabro,
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/ Y I,I\.. RIDEAU, Ate 1527, 0 primeiro Renascimento estabelece-se prin, '11,1I111t'III ' ~IS margens do Loire, entao residencia favorita da corte. 0 apareIlliI 1h'J' 'ilsivo dos castelos, embora inutil, e conservado como elemento deco1111 f I I, ~;siJn, as guaritas, aqui, sao transformadas em torreoes de angulo em IIIII.II'~'(). Mas, urn progresso sensfvel na ordenac;:ao: a fachada e dividida num '11111.11 I\'ltindo mais equilibrado pelo jogo das faixas horizontais e das pilastras ,,1'1 "!\(Io;I:\s que enquadram as janelas.
Loggia de Blois (1515-1524) Lucarllu
Aqui as pilastras estao em intervalos rezulaI~S_~-a orden-;>\\ .. . na superficie, porem de modo algum nas estruturas, que se \ I .\ IIII'III:IIU :'Is de um castelo muito medieval com suas torres redondas. A or) Ij,IIWIII:II::lo 'xuberante u~e-se aos telhados eric;:ados de chamines de lareiras, d, 111.01111:1., d ' loneOes. E guarneeida de losangos ou de discos de ard6sia, de l III 'III "'''liS I' de rechos pendurais tratados com 0 gosto da Italia do Norte. / 11\11'1<.1 Ilk' ~'l)lIsistc mais na simetria do plano inteljgL..Q!jo centro e ocupado / 1'1 I I 1","lldlll i:1 t.:111 caraeol em dupla esp\i-al. --i '\ \I\iVIIIOIW, -
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r 'i~'oa
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I ' J ( ,1.1 \ Ill, BI,()IS, - Sob Francisco I, aparece no castelo, ja enriquecido 1"" I II', 11,:1 [lliIlH;ira tentativa de ordenac;:ao em vaos rftmicos, mas associa,I, I 11111 ',I~II'III;\ d 'janelas escavadas em loggias. Essa alternancia de arcadas . ,II' II ,'lim ~'lIlIlI:,c1rados de pilastras e canhestramente copiada dos modelos
d ' 1\1 :1I11:11l1 " Inacabada, essa fachada nao po de receber uma decora11.111.1111/,1111<' 'oillparavcl a da ala Francisco I, que da para 0 patio. Mas, , I" ,II '1'"1t'1 '1\ :1, :llllh:1S 1l1:m;am urn progresso na imita<;ao dos modelos antigos "" "1.1111":1 ~oIlllslillli<;:I(l das arcstas agudas da modi natura g6tica pelos perfis I It, 101', " 1l111
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Castelo de Chambord (1519-15311)
RENASCIMENTO FRANCES: ESCOLA DE FONTAINEBLEAU
RENASCJMENTO FRANCES ESCOLA DE FONTAINEBLEAU
l\ partir de 1530, sob a influencia dos italianos Rosso e Primaticcio, atrai-
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Fran<;a por Francisco I, a escola de Fontainebleau lan<;a as grandes forurn estilo decorativo que vai se impor a Europa. E assim que a grande III 11:1111 'l1[a<;30 recebe na Fran<;a sua primeira formula<;ao de conjunto gra<;as ,I di:III.,:;1 do estuque e do afresco com os lambris e os. trabalhos de madeira dll}, ;l~~ualhos e dos tetos. ;'1
IIlld:l\ ell.;
Cartulas e cercadurlls (Fullt"
Nesses vastos conjuntos decorativos instalam-se ciclos ale'1111l'O,~ ou decorativos, ou ate simples composi~oes pintadas, como nas larei1,1', ,III ';Jslc!o de Bcouen, que poem a Figura em primeiro plano. Mas, tam bern , 1.1 l'llll\:~bida como urn elemento decorativo, esta ultima curva-se a formula" 111 (i<' \.:ul1junto e as exigencias da composi<;ao, da mesma maneira que as guirI.llId,1 UI1 as cartulas. Sua escala, seu canone seguirao portanto os imperativos till ('kil 0 ell; conjunto. De urn modo geral, ela deve ao maneirismo Italiano inI, ,j(llI/i 10 . rcnovado por Rosso e Primaticcio um aspecto f1uido e alongado, 'III 1'111 Ii 'IdaI' no caso do nu feminino, animado pela "linha serpentina". l\
"""II'llli I
FI(iIJRA. -
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Figuras i (Fontainebleau, \ quarto da I duquesa I d'Etampcs)
Gra<;as a Rosso, a escola de Fondl'senvolve as capacidades decorativas da cartula associando-a aos , III' >I 1IIIl'II10s e aos recortes f1exiveis da cercadura lavrada. Essa formula co1I11i"'L'I,\ 11111 SIH.:esso universal. ( 'J\ 1'111 I\S" CERCADURAS LAVRADAS. -
I 11111'1>1(';111
II' 1\<'; I)), ESTUQUE. - A introdu<;ao do estuque permite enriquecer os l11eclalh6es de bordacluras com muito relevo. Esse sistema de enIfll.llll.llIll'lllo, criado, ao que parece, por Rosso, anima-se com figuras, com 1"1111, "1111 ,I'uirlalillas de frutos, com bucranios, com satiros, com mascaroes, , III 111.lill :, (lIldula\'i\o cias cercaduras lavradas e das aberturas dos nichos, Em " II ' '1111, 11111 \, ll~ doze paineis retangulares de afrescos da galeria Francisco I '(II 'IIIII.IIII('hiL:all r 'cc;beram essa rica decora<;ao plastica. Encontram-se con1"111'1', dCl'IIl111 ivos k espiri to sel11elhante nos castelos de Roiron e de Bcouen, 111.1'. 1i,'I!':. lI,~ \.'olllj)o"i<;ocs ern esluque jii sao executadas em trompe-l'oeil. Mpi III
/111"'/1', 1', III I ,IS
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SEGUNDO RENASCIMENTO FRANCES: ELEMENTOS DE DECORA(:AO
SEGUNDO RENASCIMENTO FRANCES: ELEMENTOS DE DECORA(:AO
( :.;cgllndo Renascimento assinala 0 amadurecimento do estilo surgido no tlo scelllo, assim como a sua naturaliza~ao. A partir de 1540, uma nova I,I':;I() de artistas franceses opera uma sintese original entre a li~ao antiga, I ,I,) I\cll;lseimento italiano, e as tradi~6es nacionais. Philibert De L'Orme, Pierre I "',llll, .lean Bullant e 0 escultor Jean Goujon definem entao uma arquitetura , 11111;\ l)rIlamenta~ao engenhosas. I'iil
III 'I
f\ ; OIWINS. "I'
kll~
-
0 respeito pela gram
tI' aeordo com a destina~ao do edificio e a l6gica. Para sobrep6-las,
! 1,111 C ,: • ciliao do mais maci~o ao mais leve, erguendo-se primeiro a d6rica, de1'111',;1 iUlliea e enfim a corintia. Cada ordem recebe urn tratamento aut6nomo '1'1\ ',(' 'sl elide a fisionomia e as propor~6es da base, do capitel e do entabla1I1llllll, ;1,~ill1 como da coluna. Elemento regulador e fator de simetria, a or,j, III tic.: 'idl.: CL:':) ,:, ordena~ao da fachada. Aos tipos classicos, De L'Orme, ]ill ""11I1;ldo em disfar~ar as juntas entre os tambores, acrescenta 0 d6rico e 0 I(IIII'" 11';llIe 'scs: colunas ou pilastras cujas caneluras, ao longo do fuste, sao 1Ii1,'II'III!jlitias por aneis omados ou incrustados com faixas de marmore.
111111 11.1
I',\Ivl/\S. - Inumeras nas pedras angulares e em tomo dos 6culos, inspiIII) r\reo dc Constantino. Seguram muitas vezes palmas ou uma coroa
II',
'os. - Subsistem em grande numero nas composi~6es de folhade scitiros, de grifos, de panejamentos e de guirlandas.
l'II:IIIIC(:itl~ls
II
1
I;~II 1:-' JI ('!\I(IATIDES. -
Sao encontradas sobretudo a partir de meados 'Ill l1arlicular na regiao de Toulouse, mas tambem na Borgonha e 1111 I 11111,'11 ( 'ullclado.
Ordem jonica I'rllnceslI
1,I'liI"
IVI'IN< II ;I{,A,~'I."S, - 0 erescente e 0 D duplo formam 0 monograma de DiaII, 1'llil i,"', ;11) IIlIal sc assoeia a inicial de Henrique II, de quem ela era aman-
Termos e cari:Hide
«'I1III1Ii. 111111 11!!rj.
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II 'rdadas da eseola de Fontainebleau, as cartulas e seus enllil II'cuCll;S illsrirados nas eercaduras lavradas subsistem em gran-
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SEGUNDO
EN ASCIM NTO F ARQUITETURA
A NCY-LE-FRANC. - Serlio adapta a arquitetura "modular" da Italia ~9.li- (ldhados altos e lucarnas) e as traoil;oes locais (verticalismo dos va()s). Aqui ''1WII:l~ as levesffblffoescom enrolamento das jane prTmetfo' andar lem111 ;1111 0 primeiro Renascimento. Quanto ao resto, nada vern dis trail' a orden a.111 IIIIil'orme e as aberturas em arcadas ou em janelas separadas pOI' urn vao 1'IIIIII:lclrado POI' pilastras gemeas encerrando urn nicho e dispostas num alto i",1 i11'lila! o. Essa alternancia de uma abertura principal e de uma abertura seI IIlld:'II'ia (aqui aparente, pois representada POI' urn nicho) enquadrada por pi101'" I:1', rcpresenta urn dos primeiros exemplos de V3.0 ritmico tratadg. comJanta 1IIIIpid ''I. e tanto rigor. . 111:1
SEGUNDO RE AS IMENTO FRANCES: ARQUITETURA
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P 1\ I'() 1)0 LOUVRE. - Essa exigencia de clareza prossegue no Louvre com I,II'II:I
Castelo de Ancy-Ie-Franc (1538-154()
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'I ) Ill: 1~t'OUEN. - As pesquisas sobre 0 emprego exato das ordens \'llIll~'I((O de ordenal;3.0 da eleval;3.0 levam Jean Bullant a se inspirar na III ,',,1, )~~:t1 do Pante3.o romano para seu portico da ala meridional do casl'll!; I It
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As quatro colunas ocupam os dois pavimentos ate a base dos
1,111,,0111;. l.'ss;1 'scolha c\ctcrmina as propon;:oes do entaDlamento, de sua deco1,11,.111
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arquitrave, de trofeus a guisa de friso sob uma cornija
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REN SC MENTO FRANCES: MOBILIA. 10
RENASCIMENTO FRANCES: MOBILIARIO
l ',1\1 )i:IRAS. Inicialmente pesados e volumosos no come~o do seculo POl' 1','IIII;lItL:n;rem fieis as formas da Idade Media, os assentos resumem-se aos ban, ,I', " :'I~ dtLedras, as vezes sobre estrado, com espaldar alto e ja esculpido de 111111 Ivnx i(alianizantes. Depois a estrutura torna-se mais leve: a caredra se me1,11111 1I'l'llxeia em cadeira de brac;os (caquetoire), muitas vezes semicirculares, ou I111 1,1 I 'ira scm brac;o.
1\11 I 'AS. - Constituida de inicio de urn simples tampa solto colocado so1'1" ":Ivaktex, a mesa torna-se pouco a pouco um movel construido com tampo II ,101, I ,~(I\)f'(; suportes extremos, muitas vezes reunidos pOl' uma travessa em II ~ ,lIl1r:1 Oil com motivos vazados. E a mesa "em leque", ricamente esculpida, 11111111 1111 11:1Iia, de volutas ou de figuras de monstros em seus suportes e de ,. ',dll~ 1\:\ cinta,
T('ICl
IDJp)lilM
I'AI'I'II:IRA, - A partir do reinado de Henrique II, aparecem incrusta~6es "" 11I:II!L'ira c.: dc marmore, ao passo que a escultura conquista importancia na 111I11'lIl1l1a 'I1Cl regiao de Lyon. Vinda da Italia, a papeleira, com seus dois corI"" " '111:1 mel '11'1(,:ao arquitetural de colunas, de consolos e de front6es, recebe \1111,1 IIII1:lllll:lllac;ao de pouco relevo na lle-de-France e incrustac;6es de marmot, , 1'1111 '\ OlllllS. I \
LamlJris, (1lIarlCl ,It' IIt'mit,,,,· II II "",., •
No inicio do Renascimento, os lambris "de pequenas almoI 1'1 II a III a Lradic;ao medieval e suas divis6es em varias fileiras de pai", I'. ',III II "pOSI os, Mais tarde, as artistas vao se limitar a submeter esses paineis 111111.1 :I\II'llIiilll'ia dc pilastras ou de pes-direitos, como no quarto de Henrique II 1111 I I'll re, para dotar os lambris de uma ordena~ao tao arcaizante como I 11 ,'I" '1111111:'" io de f rol'eus, de cascatas de frutos, de centauros e de cavalos-maIlldlll', ';"h,· as I nrlas c os lambris encontram-se igualmente motivos inspira,101', 1'1'111" 1'~,ltlll'l 'x d' h>nlainebleau: mascar6es, hermas, putti e sobretudo os , 11I1I1.11I1\'1I11)~" :I~ I'aixax de cercaduras recortadas, como nas portas da pia baIl 111I.tI 01 I i/',Il'j:1 S:til1l-Maclou cm Rouen, obra de Goujon. 1111\1.'. -
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I \1' 11(1\,':. 1\ 'nil'a salienLe reccbc farta decora~ao esculpida. A partir ",' I' '111,,,111 II<- I 1<-" riqUl: II, algumas xc xu bmetem a uma ordenac;ao arquitetuI.d "1- "'1'1111' t'i:'lssivll.
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Mesa e cadeira dita "caquetoire" (Louvre)
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RENASCIMENTO FRANCES
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Tumulo de Francisco I Basz7ica de Saint-Denis sob a direpio de Philibert De L'Orme de Pierre Bontemps (cerca de 1547-1561)
A illl'l1l0ncia da Antiguidade confere urn aspecto monumental as edfculas IIIIII'! ~II ia.~. I\ssim, De L'Orme adapta a forma do arco de triunfo antigo ao 111111111\, de J;rancisco I, baseando-se no modelo do Arco de Setimo Severo, subs1,11I111l1() Jlorcm a ordem corintia pela ordem jonica. Imperativos de espal;:O ,dlll.I'1I111 110 inlalmente a situar os arcos laterais em recuo: disposie;ao que acen111.1 ,I pi uf'lIl1didade do edificio (cujo embasamento e cuja ab6bada de bere;o 101 I ,"'u!ll'rios de baixos-relevos) e dii grande majestade as personagens ajoe111,1,1,1,'. 11;1 plaluf'orma superior. 0 entablamento muito rico copia da Antiguid.\I it' 1I1ll1illla suas molduras guarnecidas de folhas de 6valos, de contas, seus I'll" ", ,1,- pl:1 'as de pedra branca e preta. Esse esplendor ornamental e tempera.I" p..l:1 kv '/.;1 dt)s fustes de colunas e pela delicadeza das figuras de Famas nas I" ,I I ,I~, 11111'lIla res. No interior da edicula, estatuas jacentes de nudez her6ica ·,III''.llllIi':1l11 os "Iransidos" da epoca medieval.
-I,.
RENASCIMENTO FRANCES
RENASCIMENTO FLAMENGO
11:'t!ia no seculo XV, 0 movimento estende-se a Fran~a, aos a lnglaterra, a Espanha, 1\ " . II [';I~':II) pelo,,; cspanh6is da Be1gica, de 1506 a 1712, e da Holanda, ill 111111, 1I,Ill dcixoll vestigios muito sensiveis, 0 Renascimento italiano afeta 1"" III I" I :1 'I! 11:1 I 11enl a<:Jo, sem tocar nas estruturas gra<;:as a ornamentistas collil \'," 1"111:111 d' Vries ou Floris. l'lflllld(
1'1",",1111
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:1 /\1 'manha,
0 Renascimento penetra relativamente tard;" c!atado de 1597, este edificio prende-se a tradi<;:ao local 1'111 ',,, I' ('111111'11:1,'; il\len.<;
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MUNICIPAL. -
1[,d,IIIIlli. I:Jllhoru
PM,'O MUNICIPAL: -
Mescla de tradi<;:6es flamengas (empe-
III (l~ 1,'1 iJ:IIJW;; 'om I ucarnas) e'de contribui~oes italianas (bossagens nisti-
/'11'
vo ",Ilul;\rio arcaizante), esse ediffcio tambem logra harmonizar com as inumeras divis6es verticais, Pode-se fazer 0 mesII" "1<1 '111 :111, :II'qllit 'los das casas de Gand da mesma epoca, das quais as mais I I, 1II c", !,:1I1 :1 "":\S~I dos Barqueiros" e ados "medidores de graos". A grande "1I11l1l I .I,] p:I<,'() 1Illlllicirai da cidade de Antuerpia (1561-1565), obra de CorII 1, ,I" Vli"lldl, dilo ,,'loris, forma, por si s6, uma bela composi<;:ao; repousa 1111111 Iljl'" '11I1lI I'0lleo avall<;:ado, cujo embasamento com bossagens forma um , ','I ,,',tI I" ,tI\,sf:1I 1>:lra as cillco ordena<;;oes sobrepostas. Alem dos dois edifi'I" ,1"111:1, ,':111\; cil:lr 0 helo ralacio dos Principes Arcebispos (atualmente Pal" '01 .1,1 111.111;:1). em Liege, 0 antigo "Arquivo Publico" de Bruges (1536) e 11111.1 <1,1', III:IIS L'IIV:1111:ltlO!'llS composi<;:oes do Renascimento na Belgica, 0 Pa<;:o IIIIII! 'I' rI 1i:1 ('id;,t1 ' de IIaia (1565). , l'. I
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'1 .. 111 "III :IIIJ:II'l',';
( '" 1'1 ,\N 1'1 N, Tnc!os que visitaram a Belgica conhecem este encanta','11.11 Ii<: AIIIII"rpia qlle chcgou ate n6s em perfeito estado, Na decora<;:ao I l l i l 11111, """I ~i('IIS :lIlo,s !:II11hris, encontramos alguns elementos do primeiro Re'I I" 1I11"liI" 1:Ii,s ('(linn lIS I'ulhagcns espiraladas, mas as cariatides sobre as pea,tiLl', <1,1 IUI,'il:1 l' r1:1 pml:! indieam nitidamente 0 segundo Renascimento.
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ItENASCIMENTO ALEMAO (SECULOS XVI E XVII)
RENASCIMENTO ALEMAO (SECULOS XVI E XVU)
(1S paises germanicos, a penetrac;ao do Renascimento colide com 0 espi,1111 1\:1 I{el'orma, muito sensivel na Alemanha do Norte. Grac;as a burguc, ia
, 11111"II'iilllle, a Alemanha do Sui abre-se muito mais depressa as formas italia\II ,IIII\" 'Ill centros culturais como Nuremberg, Augsburgo ou Basill~ia. E apeII ,11 11:11'1 ir da segunda metade do seculo XVI que se distingue um estilo de I I II 1',.'1111 '1110 nordico. Tanto a Alemanha como a Suic;a Iimitam-se a urn rneioI 111111 ('Illre a contribuic;ao do Renascirnento e as tradic;oes gOticas. Urn revestiIII III.' d ' elt:mentos decorativos do prirneiro Renascimento (de estilo 10m bar,II' .1I1 V('IIC/iane) se sobrepoe entao as janelas de sacada e as empenas lradicioII II', 11.1 vasa:, patricias. Urn ornamentista como Dietterlin lanc;a urn estilo de '111,,'1.1":1111 'Illos nutridos de elementos arcaizantes e de elementos fantastico" It 111I,i1 do ~~culo, 0 Norte se abre as formas novas grac;as as influencias flaItl c ll".I'" "111110 comprova a ala 6ton Henrique do castelo de Heildelberg, '; II M I< :111'1.r)1", MUNIQUE. Cidade caf6lica, Munique acelhc, em mea- '. ,lal d'i "t'-"Iilo. 0 espirito da Contra-Reforma com os jesuitas. Mas aqui a inII tit I II 1.1 <1:1 I'acllada da igreja de Gesu de Vignola e comQ!!Jada com 0 sistem.aII Idll 11111:" Ii" l'll1l1cna alemiL
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PI JII R. 'm Nuremberg, Flotner introduziu relativamente cedo I dec-oral ivo do estilo lombardo. Aqui tal excesso desaparece em proI lid ,1.1,,1.'1 Ii 'a robusla das bossagens. A ordenaC;ao regular das envasaduras, Ih, 111.111.1 11 'Ills pilasfras, e porem associada a empena de tres andares, Essas 1'111,1, '.1'1"'1 j'lIl', ;lprcscntam uma ornamentac;ao de frontoes e de aletas cujo , Ilflllil ,11,':111:11111' S' OP()C do mesmo modo a manutenc;ao dos pimiculos,
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RENASCIMENTO INGLES
Sob Henrique VIII subsistem ainda os tetos em "leque": ultima realizadas ab6badas com lierne e terciarao (capela Henrique VII, Westminster). o Renascimento traduz-se primeiramente apenas pelos revestimentos das estruturas g6ticas tradicionais com elementos decorativos italianizantes. Estes ultimos sao em parte importados pOI intermedio de Flandres, em especial no tocante ao gosto do strap work: ornatos em forma de coneias de couro com enrolamentos e muitos recortes. Sob Henrique VIII, edificam-se Hampton Court, o colegio Christ Church, 0 da Trinity em Cambridge, todos eles edificios ainda g6ticos. 0 Renascimento arquitetural s6 se inicia realmente na epoca elisa betana (1558-1603). ~ao
Greenwich, Queen's House (1616-1636) de Inigo
/LONGLEAT HOUSE.: - Neste edificio, os elementos de proveniencia italiana, francesa ou flamenga sao subordinados a tradic;ao do estilo perpendicular. Como em Hardwick Hall, uma simetria rig'orosa preSl e a ordenac;aocrarachada, definida pelo quadriculado regu ar as janelas comuns e das janelas de sacadas (bow-windows), pouco avan~adas. Nesse reticula do uniforme, as pilastras e os medalh6es introduzem uma discreta nota ciassicista, sem alterar o efeito das superficies planas. A horizontalidade e acentuada pelas banas e, no topo, pelas balaustradas, assim como pelo emprego as tres oraenSllOSues andares de janelas de sacadas. '-QUEEN'S HOUSE. "- A epoca de Jaime I (1603-1625) e marcada pelo aparecimento de urn da'-ssicismo original grac;as ao arquiteto~Inigo Jon~s:::', Do Renascimento italiano, este ultimo conserva os volumes puros e harmoniosos das villas de Palladio. A simetria elisabetana e aqui assimilada a uma definic;ao do edificio concebido como urn todo. A nitidez dos volumes, marcada pelo desaparecimento das janelas desacada e do;; tdhados movimerttados, emedidape10 telhado em tenac;o, pela pouca saliencia da !oggia:umco"destaque, com os refendimentos do teneo, destas fachadas privadas de qualquer ornamenta~ao. o refinamento totalmente italiano das colunas, as proporc;6es estudadas das janelas confirmam 0 advento da arquitetura classica do seculo XVII.
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JOIU'S
I~'I'I< HAItROCA (SECULOS XVJl E XVIII):
EI.EMENTOS DE DECO A«;AO
Nascida em Roma no primeiro terc;:o do seculo XVII, 0 barroco correspOlldc ~I segunda fase da Contra-Reforma, periodo de triunfalismo que sucede ;1 )(;;11,:,10 severa e academizante do final do seculo anterior. Em oposic;:ao a arte Illlllldana, satisfaz sobretudo a uma preocupa<;:ao de expressao mais popular, ,Ie ;Il.:ordo com os objetivos da Igreja conquistadora. A preocllpac;:ao de consel'llir a aclesao da maioria aos valores espirituais multiplica os efeitos de surpre\,1 ~' os apelos a sensibilidade, ao maravilhamento. Assim nasce, entre 1630 e 1<>70, lima retorica do contraste, do movimento, do trompe-l'oeil e do exageI' " c.:uracterfsticas que tornam 0 barroco mais uma tendencia do que urn estilo. I lili Illlla arle declamatoria, rica de ostentac;:ao e de artificios cenicos, cujos ger111\:•., ,s' propagam pela Italia do Norte, pela Espanha, pOI' Portugal e pela EuI lIP;! 'cnt ral para se difundir na Austria, depois na Alemanha do Sui ate mead,,;.,
t;1 ()I{I/\, - A busca do efeito teatral sup6e a colaborac;:ao de todas as arII;IS il~rc.ias, a uniao do celeste com 0 sobrenatural para exaltar 0 triunfo ,1,1 II'li"jill), Os raios da gloria sao iluminados pela cupula celeste. Pintado soIII' 1,'111,0 Ill;lrlirio do santo conquista toda a sua dimensao com 0 surgimento II1I ,'\'/i(/\'lIlIl'I///i/e/ural dos anjinhos de estuque que, debruc;:ados sobre a molII/ill ,i/'//iitri//or(' do quadro, encorajam 0 ap6stolo com 0 olhar e 0 gesto. Urn 111(',11111 ill'lH:l0 asccl1sional une toda a composic;:ao, k',
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1111,,\, - A pi nll.lra em trompe-l'oeil, substitufda pelos estuques ilPIIITll1L'S, pCl'Illitc ,siml.llar nos tetos arqlliletl.lras Oll cel.ls povoados III 111'111 :IS plilll;IIIIL'S L' circlIl1dados par consolos e balaustradas: ciencia da persI \ 11\',1 ;1\''I"\'iI cll;lIl1ada ({//adrol/{ra. Nas arqllcaduras, atlantes em Irompe-I'oeil ",111" 11(;1111" :Iqlli jJ cLlrllija. II
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III} ,\',I,j'IWNI()j:, (()({ I',\I)()~;. - Hxprcss;lo do ~OSI() geral pel as ,salicn1"'1,,:, II'L'IIII,S L' p'l" iIlsisl 'llI:i;t pl;',sli ";1, atestarll grande liherdadc de cx-
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ARTE BARROCA (SECULOS XVII E XVIH): ELEMENTOS DE DECORA«;AO
ARTE BARROCA: ARQUITETURA
ARTEBARROCA:ARQUITETURA
h\C1-IADA DE SAO PEDRO. - Maderno anuncia ja no inicio do seculo uma caracteristicas do barroco: a busca dos efeitos de contraste aqui obtidos 1)\'1:1 Ilirtura de propon;ao, por um lado, entre a [achada desmedidamente alon':Ida c 0 domo, e, por outro, entre a ordem colossal e 0 atico esmagado pela 111:1<;<;;\ gigantesca do p6rtico. Assim se afirma a independencia da fachada, desde '111110 acrescentada sem vinculo l6gico com as estruturas internas da igreja.
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( 'O!.UNATA DE SAO PEDRO. Vasta ornamentac;:ao arquitetural, concebi1:1 I ;lr:\ compensar a largura excessiva da igreja, a colunata de Bernini teste1IIIIIIIIa iI um 056 tempo 0 tratamento barroco do espac;:o e da perspectiva. Cau',:II111r
Roma, colunala de Sao Pedro
I' \1/\( 'II) 13,\RI3ERINf. - 0 palacio reproduz das villas do fim do seculo an1'11111 :IS al;\s CI\I angulo avanc;:ado. Em comperisac;:ao, ele se abre amplamente 1111 1"11' '<) ,'()11l as arcadas vazadas de sua galeria inferior. Embora harmoniosa, I 1.1,'11;111;1 II"ill corresponde a ordenac;:ao interior da habitac;:ao. VII I~/I'IINIII:IU(;FN. - Apreciada pelos barrocos, a planta oval autoriza 1,"1.1'. ;I.~ l'Olllhill
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ARTE BARROCA: DECORA<;AO INTERIOR
ARTE BARROCA: DECORA<;AO INTERJOlt
BALDAQUINO DE SAO PEDRO. - Erguido no centro da cupula, representa o triunfo do ideal religioso dirigido para 0 esplendor da liturgia. Permanece como urn manifesto barroco por suas exigencias contradit6rias: por urn lado, o gigantismo das propor<;6es, por outro, a transparencia e a leveza, Iigadas a preocupa<;ao da visibilidade do culto, as quais explicam a escolha das colunas e dos motivos espiralados. Acrescentam-se a isso 0 rico esplendor da ornamenta<;ao de bronze, de marmore e de ouro e a anima<;ao das asas e dos panejamentos introduzida pelas figuras de anjos. CATEDRA DE SAo PEDRO. - Obra de Bernini, a catedra de Sao Pedro na mesma basilica reline as sugestoes cenicas mais ousadas do barroco romano. E principalmente - objetivo dessa "religiao sensivel" pregada pela ContraReforma - a uniao do mundo terrestre com 0 mundo espiritual, representada aqui por dois pIanos distintos: embaixo, os Padres da Igreja latina e da Igreja grega; em cima, a visao do ceu evocado pela pomba do Espirito Santo circundada por uma gl6ria. Na jun<;ao dos dois pianos, acima do relicario, anjinhos, figuras de intercessores apresentam no meio das nuvens as chaves e a tiara pontifical. A cada plano corresponde uma escolha simbolica dos materiais: 0 bronze e os marmores pesados na parte inferior, 0 estuque e 0 DurO aereos na parte superior. Mas, como sempre em Bernini, a composi<;ao nao deixa de ser sinonimo de movimento e de leveza. Os Padres da Igreja mais acompanham do que sustentam a pesada cadeira relicario rodeada pelo esplendor teatral e ilusionista da gloria e de seu fantastico turbilhao de anjinhos.
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SAo NICOLAU DE MALA STRANA. - Caracteristica da segunda fase do barroco na Europa central, essa igreja de Praga enfatiza menos as superficies e a riqueza pesada do colorido e dos materia is do que a iluminac;:ao e a transparencia. Na nave, a luz provem das capelas e das tribunas. Simples tela cenica, a alvenaria se dissolve e se volatiza sob as vibra<;6es luminosas criadas pelos balaustres encurvados e pela posic;:ao enviesada das pilastras em rela<;ao a nave. Efeito de 6ptica coroado pela confusao deliberada nas partes altas entre arquitetura real e arquitetura fingida.
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ARTEBARROCA
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,Ior(flcoriio do reinado de Urbano VIII por Pietro da Cortona (1596-1669) NOl/7a, {elo do grande saltio do palacio Barberini (1633-1639) eorresponde ao triunfo das ornamentar;6es pintadas de arI"ill,ida (quadratura). Tal arte consiste em prolongar a arquitetura aci111.1 I:l~ (.;l)1"I1ijas pel a representar;ao de urn espar;o ficticio no teto segundo as lei>, .1:1 P\:l'spccliva aerea. Ate entao, os artistas, como Michelangelo na capela ':1',1111:1 (1I1 us Carraeci na galeria Farnese (ver p. 105), nao haviam praticado ,I IlI",,;p('l:liva lInifieada. Contentavam-se em dividir a ab6bada com urn quadill ,1lll1lil",lllrall'illgido (de compartimentos ou de arqueaduras sustentados por 111.1111 t'~ tI(, e:-.lllljUC ou imitar;ao de estuque) e em introduzir ai figuras nos qua""1'I{'0l'11I1; (Cllll1posi<;6es fora de perspectiva apresentadas em falsos quadros). r I 111 II:, (k 'orl Olla, os barrocos vao romper essa fragmentar;ao para unificar ,I ,t!'('IIIII';llIo cell I"icticio e eriar urn espar;o aereo continuo povoado de figuras pl.lll.llllc,,; :lvi,l:luas de urn ponto de vista unico. Na periferia, subsiste uma rica 111111.11\1:1 ill'qililclllral, real e fingida, sobrecarregada de figuras e de ornatos de " II II I'll' pi III ados ou dourados. Pietro da Cortona executou outros tetos no paI.ld" "illi ('III 1,'lorcl1l;a, campletados por rieas guarnir;6es de estuque. Em San,,, 111\\'1'1,0 padrc Alldrea Pozzo (1642-1709) pintou em afresco entre 1691 e 110' I" 11'111 ,'lllll:llI(l, provavelmenle 0 mais ambieioso da arte cenografiea dos .'\ "'1';1 11,IIToca
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. MENTOS DE DECORA<;AU ESTlLO LUIS XIII: ELE
Apesar da evoluyao frequentemente sensivel das formas, geralmente a node "cslilo Luis XIII" e ampliada na epoca Henrique IV. Na origem da d 'cora<,;ao, encontram-se as mais diversas influencias: as do barroco italiano I: do barroco vindo de Flandres e a da escola de Fontainebleau, que passa por 11111 kcundo renascimento sob Henrique IV. Dai 0 aspecto dispar e fortementc 'olltr~lstaclo cia arte decorativa, caracterizado pelo rigor da modinatura e pela 1,,'\llilCrancia das formas. ~~IO
CARTlJLAS. Como em Fontainebleau, elas se amoldam as curvas, aos Iril's, its chanfraduras e as perfurayoes de suas cercacluras lavradas. Sob a 1lll!ll'llcia do barroco, suas modinaturas, logo espessas e gordas, multiplicam ,I" ilillllll\:scencias e as saliencias. Deste ultimo tipo, destaca-se a cartula cha111:1<1:\ "auricular", porque sua fisionomia mole e cartilaginosa evoca 0 lobulo <1.\ III' ·Ikl. I '\'\
de tambores
FlmNTOliS. - Ao barroco e ao maneirismo tardio (oriundo de Fontaine1"",111),,0 c"lilo Luis XIII deve, alem da redundancia das formas, 0 desrespeito ,I.'IiIH'I:1l10 ils rCi2,ras antigas. Assim, encontramos frontoes com volutas, fron,","'I;
III I' "1\1 ;I:NS. - As mesmas correntes, por sua ruptura com a gram
C 1111' 1\' \:" () 'Iilpn;..'() l'olllbinado do tijolo e da pedra, materiais utiI, ,,1,\ \ ,111"III.I.I:111I1'lllc ,'Olll() Iiloldllra C mainel, suscita efeitos de aparelhamenIII Jill -"I1I\'llln111 ;IS divi"pl'.'\ \cllicais d~l fachada. 'ssas faixas, ehamadas 0111,",. //'(', 11,,1/'11.1111 SI' III' 1I1:lIlL'ira r"..'lilal (lll "elll iJarpa" (em dentes de serra). I 1\11\",' 1)'111'111 );C "dc' ;1110 ;\ h;li~\()", 1I1lilldo InelLis as jalldas da base ao IeII. 101..
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ESTILO Luis XIll: ARQUITETURA
CASTELO DE BALLEROY. - Ao largo das influencias estrangeiras, a tradi<;ao nacional, comum a epoca Henrique IV e Luis XIII, se traduz pelo emprego do tijolo e da pedra e pelo verticalismo das composi<;oes, acentuado pela altura e pela fragmenta<;ao das coberturas, imputaveis ao sistema de estrutura de telhados retos e de telhados sobrelevados. So podendo cobrir uma superficie limitada, esses estreitos telhados reduzem a planta a uma justaposic;ao de corpos centrais e de pavilhoes pouco profundos dotados de telhados independentes. Dai 0 perfil recortado dos solares da epoca.
ESTILO
Luis XlII: ARQUlTETURA
Castelo de Balleroy
HOTEL DE SULLY. - Essas combinac;oes lineares nao excluem que as vezes se introduza uma ornamentac;ao redundante nos edificios do tipo ornado. No hotel de Su[Jy, a exuberancia da ornamenta~ao das volutas e dos panejamentos sobre as lucarnas e as janelas, os jogos de luz introduzidos pelos frontoes e pelos nichos copiam ao mesmo tempo 0 maneirismo tardio e 0 barroco flamengo. CASTELO DE CHEVERNY. - Uma rea~ao classicista, no meio do reinado, substitui essa inspirac;ao pitoresca por uma articula~ao mais compassada, mais harmoniosa entre as verticais e as horizontais. Esse movimento opta ao mesmo tempo pela unifica~ao das massas e pela simplificac;ao das linhas e da ornamenta<;ao, sem por isso romper com 0 gosto plastico dos contrastes. CAPELA DA SORBONNE. - A tradi<;ao do verticalismo se associara aos modelos romanos da Contra-Reforma, de maneira sobria na igreja Saint-Gervais, de maneira ostentatoria na de Saint-Paul-Saint-Louis. Partidario da nova escola, Lemercier lhes opoe na Sorbonne uma interpretac;ao da fachada de II Gesu esvaziada desses efeitos de superficies, governada apenas por uma articula<;ao compass ada entre os dois niveis reunidos por aletas e pOI' uma cornija classica. Urn ritmo regular e severo ordena a distribui<;ao das pilastras, das aberturas e dos nichos guarnecidos de estatuas. ALA GASTON DE ORLEANS. -
Com
Fran~ois Mansart,
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('""Idll "l' ('hC"CfIlY
outro iniciador da
·volt~.a arquitetura classicist a, passa-se para uma articulac;ao harmoniosa da
fachada, baseada no equilibrio entre os cheios e os vazados e na unidade pl'lstica das formas e dos volumes, dentre os quais os telhados. Esse cquilihri() nao exclui nem 0 estro decorativo, nem 0 movimento, aqui scmicircular, uas <":0111 natas.
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ESTILO Luis X
: DECORA€;AO INTE lOR
ESTILO Luis XIII: DECORA€;AO ]NTERI()I~
Do Renascimento, a decoral;ao Luis XIII conserva, nos solares mais ricos, os tetos com vigas e caibros aparentes, decorados de monogramas, de emblemas, de cartulas, etc.
Lareira e port as COlli 1.,,1,,0'1 segundo Lemuel (1'''''1 "" ,"",
LAREIRAS "p. FRANCESA". - Grande paralelepipedo com fortes saliencias, elas veem sua coifa retangular receber uma ampla decoral;ao arquitetural e ornamental que, no entanto, deixa 0 lugar central para uma tela pintada, um relevo, um busto. No final do reinado, elas se adelga<;:am, 0 tamanho adapta-se mais a escala da decora<;:ao do aposento, enquanto a coifa, menos enfeitada, acusa divisoes arquiteturais mais compassadas.
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PORTAS COM PAINEL. - As folhas duplas facilitam a obten<;:ao do efeito de enfiada (enfilade). 0 nome "painel" vem da larga moldura encimada por uma composi<;:ao decorativa: frontao, cartula ou medalhao, guarnecidos de relevos ou de uma pintura. LAMBRI "p. FRANCESA". - Oriundo do Renascimento, consiste numa ensambladura de paineis retangulares de madeira cujas cartulas ou moldura geometrica abrigam figuras, paisagens ou flores pintadas em tonalidades de uma unica cor (en camai"eu) ou ao natural. Nos lambris de apoio, a parte superior da parede e reservada quer a tapel;arias, quer a um conjunto de quadros. 0 lambri de altura s6 difere do primeiro pela supressao da cornija baixa: entao sucedem-se sem interrup<;:ao ate 0 teto tres pianos de paineis sobrepostos, 0 ultimo cornu mente mais vasto e vertical. TETOS. - Logo mais adiante, 0 teto tem suas vigas e caibros divididos em compartimentos que os pintores-decoradores guarnecem de telas e de paineis encastrados cujas molduras sao enriquecidas pelos escultores. A ensambladura desses caixot6es pode variar, por volta do fim do reinado, entre um simples quadriculado regular e uma cercadura mais complexa articulada a volta de urn compartimento central de maior tamanho, como no quarto do rei do castelo de Oiron. Dentre os conjuntos de lambris mais bem conservados, assinalaremos, em Paris, 0 gabinete e 0 quarto da marechala de La Meilleraye no Arsenal.
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ESTILO Luis XID: MOBILIARIO
PAPELETRAS. - 0 vocabulario arquitetural predomina na ornamenta~ao das papeleiras enriquecidas de colunas, de front6es, de pilastras, de balaLlstres e de nichos. A yoga das papeleiras, vinda dos Paises Baixos e da Italia, introduz 0 usa do folheado de ebano. Essa madeira recebe uma ornamenta~ao esculpida e gravada de grande refinamento. ARMARIOS. - Outra movel de cancep~ao arquitetural, 0 armaria se distingue por suas cornijas com saliencias enormes no topo e na base. Caracteristicas do gosto pela geometria do mobiliaria Luis XIII, suas almofadas, quadradas OLl retangulares, sao muitas vezes guarnecidas de pontas de diamante: decora<;:ao rica de jogos luminosos e plasticos. ESAS. - A epoca aos poucos vai passando da "marcenaria movel" (mesas com cavaletes, "cadeiras dobraveis", cadeiras "em tenazes") para tipos de moveis fixos. Dentre eles, a mesa, quadrada ou retangular, mas de tamanho pequeno, passui uma travessa em H ornada em seu centro com um vaso, um piaa ou uma pinha. Quanto ao mais, suas caracteristicas a assimilam as cadeiras, pois seus suportes sao de madeira torneada. Rico de efeitos de volumes, a tarneado de estilo Luis X II tira do cubo e do cilindro fustes lisos, com aneis (de se<;ao quadrada e depois redonda), de contas, em espiral. ASSENTOS. -
A madeira torneada adota a forma dos mantantes, dos pes,
das suportes dos bra<;os e das travessas em forma de H sob Luis XIII. Nas pol-
tronas e nas cadeiras, uma outra travessa de entrepernas vem as vezes consolidar os pes dianteiros. As poltronas, de espaldar alto, e "as cadeiras de bra<;o" apresentam uma guarni<;:ao de couro ou de tecido. Os bra<;os das poltranas se arqueiam e adotam a extremidade recurvada bern no final do reinado.
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ESTILO Luis XIII
ESTILO Luis xnl
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Igreja Saint-Paul-Saint-Louis (Paris, 1627-1641) Bom exemplo da mescla das influencias artfsticas que ocorrem na Fran<;a do primeiro ter<;o do seculo XVII, esta igreja se in spira na fachada romana de dois nfveis, 0 segundo mais estreito ligado a0 primeiro por aletas. Esse modele foi fixado em II Gesu (1575), igreja-mae dos jesuftas em Roma, e pelos tratados de arquitetura de Vignola e de Serlio. Mas tais exemplares aqui estao associados ao verticalismo da composi<;ao herdada do Renascimento. Acrescentase a isso a exuberancia ornamental e os jogos plasticos imputaveis ao mesmo tempo ao barroco romano e ao barroco flamengo. Ao primeiro deve-se a orquestra<;ao cenica das ordens de colunas, das superficies planas, dos front6es quebrados, dos nichos guarnecidos de estatuas e de balaustradas. Ao segundo, as pesadas guirlandas, os espessos drapeados e a insistencia na desordem ornamental de cartulas, de panos, de volutas e de cascatas de frutos que not amos no ultimo andar. Imitada de II Gesu pelos auto res da igreja, 0 irmao Martellange e 0 padre Derand, a planta de nave unica, flanqueada de capelas e encimada de tribunas, ajusta-se igualmente a uma composi<;ao grandiosa. A nave larga, ritmada por grandes pilastras corfntias, e coberta no cruzeiro por uma aipula: principal importa<;ao romana, que devia trazer seu coroamento a sensibilidade barroca da epoca.
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ESTILO Luis XIV: ELEMENTOS DE DECORA«;Ao
ESTILO Luis XIV: ELEME TOS DE DECORA(
Elmo e ramos de carvalho
o reinado de Luis XIV divide-se em tres periodos. Primeiro a menoridade do rei (1643-1660), durante a regencia de Ana da Austria: epoca estilistica de matura~ao, marcada pela persistencia das formas Luis XIII e por uma forte penetra<;ao do barroco italiano, mas que se distingue tambem pel a arte classicista de urn Fran<;ois Mansart no castelo de Maisons, por exemplo. 0 pril11eiro estifo LUIS Xl II, em seguida (1660-1690), corresponde ao periodo triunfante do reinado pessoal, ao qual corresponde uma arte de corte brilhante e ostentatoria: a que Le Brun desenvolve nas salas do castelo de Versalhes, construido sucessivamente por Le Vau e Hardouin-Mansart. Um segundo estifo Leu's XIV (1690-1715), chamado estilo de tramit;;ao, aparece nos ultimos anos de seu reinado, sob a influencia do arquiteto Hardouin-Mansart e de decoradores como Berain. A nova leveza das formas, a fantasia das linhas anunciam entao 0 principio do estilo Luis XV.
Carra.s r ml11;a de annas (Versalhes, I}:frque do aSleloj
TROFEUS DE ARMAS. - Traduzem a amplidao das formas do primeiro estilo Luis XIV e 0 triunfalismo do repertorio. Elmos guerreiros, ramos de carvalho simbolizando a vito ria, car(;ases e ma<;as de armas, realizadas em bronze dourado ou esculpidas na madeira, destacam-se em forte relevo no meio dos marmores. MASCARA RADIADA. - No final desse periodo, as mascaras, as cabec;:as de deuses radiadas (encimadas de uma palmeta irradiante), que se assimilam a cabe~a do Apo10 real, juntam-se aos numerosos atributos do monarca: a aguia de Jtlpiter, 0 leao, 0 galo, a mascara de Apolo, sem falar dos monogramas coroadas e bast6es reais cruzados. CONCHA. - Sin6nimo de flexibilidade e de fantasia, a concha e caracteristica do segundo estilo Luis XIV, marcado pelo desenvolvimento dos lambris de madeira e pelo desaparecimento dos ornamentos de marmore. A cercadura da concha conhece suas primeiras sinuosidades e seus primeiros recortes. GRUTESCOS. - Sob a influencia de Berain e de Audran, as modinatura~ espessas desaparecem em proveito da libera<;ao das linhas, de motivos mais Ieyes e flexiveis. Ao lado da concha, os arabescos desenvolvem 0 gosto das I'an tasias lineares e do exotismo.
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o ESTILO LUIS XIV:
ARQUITETURA CIVIL
ESTlLO LUIS XIV: ARQUlTETURA CIVIL.
C;\STELO DE VAUX. - Situado entre a menoridade do rei e 0 principio do )'t:illado pessoal, esse castelo se prende a arte vigorosa e c1assicista da gera~iio de Franr;:ois Mansart. A defini~iio dos ritmos por grandes massas e reconhecida pelo emprego da ordem colossal. Ao mesmo tempo, os recuos no patio e () grande avanr;:o semicircular do saliio sobre 0 jardim traduzem urn gosto muiI () forte pela anima~ao das superficies e pelo tratamento livre dos volumes que aqui e coroado pelo recurso ao domo introduzido pelo barroco italiano.
Castelo de Vaux-II"";"'''"''' por L. Lc Vau (II>. Xl
COLUNATA DO LOUVRE. - Uma rea~iio academizante, inimiga dos efeitos barrocos e dos contrastes pitorescos da gerar;:ao de Mansart e de Le Vau, opta por uma volta a razao e ao respeito das regras antigas. A preocupar;:ao de c1areza e de conten~iio explica aqui as grandes horizontais e a ordenar;:iio do embasamento e do longo peristilo ladeado de s6brios macir;:os. CASTELO DE VERSALHES. - Segundo arquiteto do palacio depois de Le Vau, Hardouin-Mansart rejeita os avan~os e os reCllOS deste ultimo e opta por vastas ordenar;:6es com ritmos uniformes e majestosos. Norteado por espirito semelhante, ele dota a prar;:a Vend6me de uma ordena~iio de arcadas, encimadas de uma ordem colossal que se impora no seculo XVIII. Em Versalhes, a amplidao de suas perspectivas, aliadas a urn dominio perfeito dos volumes e do espar;:o, enriquece 0 castelo com grandes conjuntos formados pela Orangerie (estufa de laranjeiras) e pelas Ecuries (estrebarias), entre outros. GRAND TRIANON. - Hardouin-Mansart lan~a ao mesmo tempo as bases da casa de recreio terrea, caracterizada pela simplicidade de sua eleva~ao e pela comodidade de suas disposi~6es interiores, de que 0 seculo XVIII tanto gostad .. No Grand Trianon, ele associa ainda mais esse tipo de solar a sua moldura natural mediante 0 jogo dos peristilos. Mas a afirma~iio das horizontais, a flexibilidade das Iinhas e a ornamenta~ao delicada dos capiteis, dos fechos e sobretudo das conchas (ala de Trianon-sous-bois) fazem tam bern do Trianon a obra-prima do segundo estilo arquitetural do reinado, em preludio ao estilo Luis XV.
Caslelo de Versalhes de J.-H.
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ESTILO L is XI : ARQlJITETURA RELIGIOSA
S lLO Luis Xl
AL.-DE-GRACE, - Obra sucessivamente de Mansart, Lemercier, Le Muet dCilOis de Leduc, a capela do hospital do Val-de-Grace pertence ao estilo da III 'iloridade do rei por suas formas livres e vigorosas que associ am a um s6 I 'lllpO 0 gosto do movimento e do pitoresco herdado do barroco italiano, 0 iiI lllfnio dos volumes e a preocupar;:ao da unidade de conjunto, A fachada triI ,Irlida "a italiana" acrescenta-se 0 forte jogo plastico do peristilo de colunas 1'sf a 'adas, Com suas nervuras, seus londi, suas estatuas empoleiradas sobre 111111 r,i1'orLcs sobrecarregados de volutas, a cupula de Leduc e um dos testemullhm lllais italianizantes da epoca. l'
I VAl IDES. - A nave da igreja dos Invalides e obra de Bruand, 0 domo i' dt' Ilardouin-Mansart. A primeira, com suas ab6badas com penetrar;6es e suas I!II;I.~I ras jonicas, e bern caracteristica da arquitetura religiosa sob Luis Xl V. !'v1:1, (l .. 'stilo real" triunfa no domo combinado com uma planta em cruz gre1''' h)i assim que Hardouin associou com grande rigor as ordens sobrepostas "i1l'llilIll: dcpois ao cilindro do duplo tambor de seu domo numa forte compo,I ',Ill :Is,' 'ilsional. 0 esplendof e a majestade sao apreciados igualmente na rica IIlll.11llVllf
I':lris, V:lI-dc-Grace (1645-1667)
ARQUI ETURA RELIGIO,'
PRIMElRO ESTILO LUIS IV: DECORACAO INTERIOR
PRIMEIRO E TILO Luis XIV; DECORACAO INTERIO
S I,iio DE VENUS. - As caracteristicas essenciais do primeiro estilo Luis IV ...ao a riqueza dos materiais e a busca do efeito monumental. Tal aspecto "" .. 'Sf ilo real" deve-se, ate os anos 1680, ao emprego de adornos de marmore ,'JIll i(l~os policromos deste ultimo com os ouros, os bronzes, as pinturas e 11 ... Il'l'kxos de espelhos, Ao esplendor pesado dos materiais, inseridos nas orde11.11 () '" arquiteturais de colunas, de pilastras e de nichos, acrescenta-se a espes',111,1 lias 1110dinaturas, Finalmente, acima das pesadas cornijas, figuras e ar1I1111"lmas I'ingidas ordenam-se dentro de molduras enriquecidas de estuques ill'lll'" pil1l:eis dos pintores-decoradores, dirigidos pelo mestre-de-obras dos apar1,IIIIL'IIIllS reais: Charles Le Bam. ('<)1{ IA'i, Chamadas "com painel" por causa de suas molduras salien1\ " ('II ki Iadas de consolos, de cornijas e encimadas de baixos-relevos, de medalllll\"" lil: I'rontoes, tiram tam bern seu efeito monumental da ornamenta~ao es, I t1ll1t1a de suas folhas duplas. Nesses compartimentos sao esculpidos atribuIll'" III ,,"'LIS, 11l0nogramas cercados de bordaduras espessas. Simetricas duas a 11'1.1',11:1 salas, cssas grandes portas multiplicam os efeitos de enfiada (enfilade).
I 1\ I{ I "~i\S, - A enorme saliencia das coifas Luis XIII desaparece, substi11IICLI III i1l1 'il'() por lima composi~ao piramidal e depois por uma caixa retanguhll, ''',Pi', 'il: de IlIaci~o de marl1lore que sustenta uma ou duas prateleiras guarII' 'Ill:t til' vasos, Em cima, 0 trel1lo recebe uma montagem de pequenos espe111.1', .111 IJlII;1 pinillra cllquadrada normalmente por uma espessa bordadura mo11111111111,11. !',\Iirlalldas de rolhagens ou de flores, como aqui,
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SEGUNDO ESTTLO Luis XIV: DECORA<;AO INTERIOR
SEGUNDO ESTILO Luis XIV: DECORA<;AO INTERIOR
Sob a influencia de Hardouin-Mansart e de decoradores como Pierre Lellilllll'l', I'ilho de Jean, e como Berain e Audran, a escala da ornamentar;;ao se I' 'II 111., (j relevo se adelgar;;a. 0 mannore desaparece, substituido pelos lambris Lit' 111;ldcira pintados de cores claras, nos quais contrasta 0 ouro das modinatur 11'.. 1I1i pclos lambris de madeira natural, encerada ou envernizada, chamados ·'I.'lIlhris a capuchinha". 1.i\I{I':IRAS E LAMBRIS. 0 tamanho das lareiras continua a se reduzir em '.\1,1 1l;lrll: inferior em proveito do trema que cada vez mais e ocupado por urn '1.11ICk 'spclho retangular desde que urn processo de moldagem permite obter \",1' 'Ilills ue grande porte. Na parte superior, a moldura dos espelhos tende a 1(' 1')1 H Ii I/.i r a ordenar;;ao dos lambris do aposento quando estes ultimos dese1I1i.1111 11I11a scqiiencia de arcadas. Seu coroamento em curva ou em volta inteira ·t', dill' Il1n ll1otivo decorativo de vasos, de flores, de putti. '1'1 lOS. Libertos da ornamentar;;ao pintada e das pesadas molduras de ,'0111'1"', ,)S lelos, a partir de entao brancos, se arejam. No centro, e colocada 11111.1 I,) ('1;1 I.:lljas modinaturas se f1exibilizam, logo conquistadas pelos enrola111""'11:,
Alem dos putti e das mascaras sorridentes, 0 rejuvenesciII iln 11·llIa." L: rcconhecido pela yoga dos grutescos reutilizados por Berain , \,,111.111 IJIII III 'scla c1escnhos com macacos (singeries) e temas exaticos a lel', "'lIilllll;I~·()t.:S ai'qllilclurais governadas apenas pela fantasia e pe!C's jogos I", .111·· .. () lillii'll lir;1 do arabcsco uma enxurrada ornamental de enrolamentos .111[111'.11:, l' 11111:1 ;11'11: ck "renda" que ja anunciam 0 estilo regencia. ( ," II I I·;,r'os. -
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ESTILO Luis XIV: MOBILIA-RIO
ESTILO LUIS XIV: MOBILlARIO
Ao primeiro estilo Luis XIV corresponde urn mobiliario macic,;o com ornamentac,;ao opulenta. A arte da corte desenvolve 0 uso de m6veis e de cadeiras esculpidos e dourados. POLTRONAS. - Pes "em soco", isto e, quadrangulares e afinados embaixo, ou "em balaustre" complicam-se enti:io com 6valos, caneluras, folhagens. A travessa em H, herdada do estilo Luis XIII, evolui aos poucos para uma forma em X. Os brac,;os, em geral arqueados, term in am em ponta recurvada ou em voluta. A etiqueta favorece 0 aparecimento de inumeros "ployants" (cadeiras dobraveis) e "placets" (tamboretes), as vezes tambem enriquecidos de esculturas. Comoda de Boulle (Versalhes)
MESAS. - Apresentam os mesmos pes e montantes em soco ou em balaustre. A travessa em X pode terminar em volutas ou em consolos invertidos. A cinta recebe uma rica ornamentac,;ao esculpida. A MARCHETARIA BOULLE. - Desde os anos 1675-1680, Andre-Charles Boulle aperfeic,;oa a marchetaria de cobre e de tartaruga a qual enriquece com estanho, com chifre ou madreperola. Suas obras, geralmente folheadas de ebano, apresentam dois tipos de composic,;ao: a marchetaria em primeira parte, na qual a ornamentac,;ao de cobre contrasta com urn fundo de tartaruga, e a marchetaria em contrapartida, na qual a ornamentac,;ao de tartaruga contrasta com urn fundo de cobre. Seus motivos marchetados distinguem-se primeiro pelas folhagens espiraladas, encaracoladas e bastas, e depois, na segunda parte do reinado, cedem a fantasia e ao exotismo do estilo Berain. Boulle adapta igualmente a seus m6veis ricas guarnic,;6es de bronze cinzelado e dourado: relevos ornamentais ou historiados que enriquecem as dobradi<;as, os puxadores, os espelhos de fechadura ou decoram os angulos e os paineis.
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POLTRONAS. - A ornamentac,;ao mais leve e linhas mais flexiveis caracterizam 0 mobiliario do segundo estilo Luis XIV. Ja mais numerosos do que os pes em soco, os pes em console tern os perfis acentuados e depois se transformam em pata de corc,;a terminada ou nao por urn casco. A posi<;ao deles e obliqua. M6VEL DE DOIS CORPOS. - Tambem mais flexiveis, as almofadas se curyam na parte inferior ou nas duas extremidades e complicam-se com ressaltos, como aqui, ou com chanfraduras nos angulos.
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ESTlLO Luis XIV
ESTJLO Luis XIV
A galeria dos Espelhos do castelo de Versalhes (1678-1684) Orquestra<;ao triunfante do estilo versalhes de Le Bmn, a galeria dos Espelhos reune todos as sedw;;6es da "arte real". 0 esplendor e a riqueza dos materiais com os marmores, os ouros, os bronzes, que se refletem nos espelhos. A monumentalidade da ordena<;;ao arquitetural com a concep<;;ao ritmica das arcadas, das pilastras, dos nichos e dos consolos reunidos em pares. A isso acrescentam-se os atributos dedicados a gl6ria do monarca: mascaras de Apo10 em meio a fest6es de loureiros, despojos do leao de Nemeia, trofeus de elmos e de coura<;as. A esses atributos corresponde a distribui<;;ao simb6lica da planta: em cada extremidade, 0 salao da Guerra e 0 salao da Paz enquadrarn esta longa nave cuja ab6bada, com seus estuques e suas pinturas, enaltece e traduz ao mesmo tempo a cr6nica do reinado. A unidade e a amplidao da concep<;ao decorativa e aleg6rica, a opulencia e a coesao do menor detalhe com o conjunto: sao estas as qualidades do estilo de Le Brun que originam a harmonia grandiosa.
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ESTILO REGENCIA (1715-1730)
ESTILO REGENCIA (1715-1730)
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( l'sl i10 regencia confunde-se com 0 estilo do final do reinado de Luis XIV, 1\11:11 ;1 presenta as mesmas caracteristicas. Alias, certos artistas, como 0 ar'\I 11\'1 \l Robert de Cotte (1656-1735), viveram e trabalharam sob Luis XIV e "til 11 Il',\ 'lI(;ia. Esse estilo conserva a majestade do estilo Luis XIV, mas com 1111.1 Ilhn
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Esta decora~ao e obra do arquiteto Boffrand. Da
I Ids. '1 V, subsistem 0 fundo quadriculado das pilastras e a cornija; os
I, 1I1"III'lS 1I0VOS sao as cartulas "em forma de violino" no alto das pilastras, ,1,111'11:1 til,; lillilas sinuosas, os angulos rebaixados dos paineis.
III) 11·1 Ill' TOULOUSE, A "galeria dourada" deste solar situado nos edi1\11'11111 11:11\(1'1' de France e obra de Robert de Cotte, Em cima da porta, ain,1.111.1 11111 I'll lido Liuadriculado, mas as ordens sao tratadas com extrema liber(,III, 1'.\',la ;IS, ill;IIar a forma afunilada dada aos estil6batos, bem como as roI I', \ "1111 :lis,
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Paris, hotel d' Argenson
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1".1' \1 ,N'II 1,'1' liS. - D{l-se esse nome a pequenos bustos de mulheres com ',11 '.11111111.1 ' "1111 plumas na cabe~a; sao encontrados em toda parte, nos canI", ,III', ,,,,pl'lllilS COIIiO aqui, nos cantos dos pes dos m6veis, etc. I' \ I ~ II I \:,. ('ada 16bulo ou folha e separado, as bordas sao nervuras, " 1111 11 " 11I1I:ldo dc pn,lllLIlOS rloraes de perolas. Devem ser observados os I " ,,,1,,,, 1\'II,do.::1 los do paillcl COI1l 0 broto recurvo de folhagem.
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PRIMEJRO ESTlLO Luis xv: ELEMENTOS DE DECORAt;AO
PRlMEffiO ESTILO Luis XV: ELEMENIOS DE DECORA(~AO
o estilo Luis XV corresponde inicialmente ao desabrochar da "rocaille", l)rll
primeiro estilo Luis XV e reconhecido pelo emprego de !inhas curvas racurvas, pelas sinuosidades e pelas ondula<;:6es da linha, bern como pela IClldcncia de suprimir as ordens c\assicas. , ")111
ROCAILLE. -
A pa\avra designa as formas derivadas dos elementos de con-
Rocaille e bordas onduladas
,'\i;I~, de caramujos, de concre<;:6es. Eo traramento estilizado da espiral da con~'!J;I quc vai dar origem ao "estilo rocaille" e, no estrangeiro, ao "estilo rocoell". Sinonimo de ondulac;ao e de recones sinuosos, a rocaille invade entao todil:" ~IS anes decorativas. Seus caprichos multiplicam os enrolamentos em C em111liidos ou entrelac;ados, depois os enrolamentos em S, propicios a todos os ",'Iravasamentos da linha.
Em toda a sua durac;ao, 0 estilo Luis XV apresenta duas 'Ilcias: uma e 0 exagero no emprego das linhas tortuosas e nas composi,,'Ill-'S ilssimetricas como 0 consolo de Nancy; a outra tendencia e uma fantasia ,"lllll.:did;l e uma simetria bern rigorosa, como 0 consolo proveniente de urn anIi!.',o solar de Paris. <. 'ONSOLOS. -
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Ao inves das bordas onduladas, empregam-se I'reqLientemente bordas com a forma de pequenas chamas, como se I" Ill,' vcr aqui ao redor da concha encimada de urn pequeno florao formado (Ii.' Irl's lobulos de palmetas. !l()R J)AS FLAMEJADAS. -
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PAl MI:TA I~M CONCHA. Esses dois elementos, 0 estilo Luis XV associa-os p:lr:1 I'orrnar um unico motivo. 0 exemplo apresentado provem de um trabalho WI: Illadcira do hOle! Soubise, em Paris. E de notar com que finura, com quc I 'VCt;} l'lcxivel, com que delicadeza e espirito esse fragmento decorativo e composl o.
Rssc motivo enconlra-sc em (oda parte: no alto dos trcl1"\l)s, nas cornijas, cl c.
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SEGUNDO ESTILO Luis XV: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
no 1·;SIILO Luis XV:
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\ 1',11 Ii I tim :lIIOS 1750, em rea~ao aos exageros da rocaille, elabora-se urn 'II lid .. \",1 iIt, I illS :'\ V, prill1ciro marcado por uma circunspeq:ao da ornamen"II'" pl'ill \,\111;1 :IS lIobrcs ordcna~6es da epoca Luis XIV e depois por uma 111111 I ,I" "III\;( IIL'I Illais rrecisa da Antiguidade, que iria desembocar no "neol Ill" 11\ 1',11111'· t
11'111 I II', III ,\I{[vIAS. - 0 gosto no-Luis XIV ressuscita 0 repertorio guer1.11 \ tI" 1'1:1I1ll<' rcillado, seus trofeus de armas inscritos em paineis com divi.., • '1I1,IlIIIIII)',III~lr 'S. IS~I( l.
Nesses paineis com molduras retilineas instalam-se igualIlisloriados ou ornamentais de espirito naturalista, cujos reI, III', , .. I.. 11:1111 I'ls COllI vigor plastico, provavelmente tambem herdado do seIII" ,1111,'1 illl . N
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Banheiro de Luis X V elll Versalhcs
descoberta do dorico grego de Pesto influencia 1'1 11•• 1,1 1111I1\'1l IlS orIl;lI11cnlistas. Dentre eles, Dc Neufforge e Delafosse lan, III' II', 1111111 VIII, ";', )'1' ','
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Lambri provenienfe de LOllveciennes (1771)
11,,'1 li\NI/\. 1'1 orllildo em arquitetura, na qual suscita a imita~ao ,II ",Ii ',IS, I) cllilo da /\nliguidade metamorfoseia igualmente 0 reI" I 1111 III • k l l l i ;ill\'(), I\S m(,lIi//es c as chinoiseries sucedem frisos ou baixos"I. II', ,1,11111 ',I, "IIIlIPIlSi~'(lL'S qllc l1lisluram figuras de ninfas aos vasos, as fo1111 \1" ''',I'll t1,ld:l~, :1'), trip"s anti os e as cornucopias, Ao mesmo tempo, nos 11111111"" ,11111'" 11I,)(lill:lIIIl:lS <.: rdcvos lornalll-se mais magros c mais rigidos. ,
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ESTILO Luis XV: ARQUITETURA
ESTILO Luis XV: ARQUITETlJRA
CASA SIMONET. - Sob Luis XV, 0 emprego das ordens de colunas tende a desaparecer. A simplicidade das fachadas, simples mente ritmadas pela abertura regular das janelas, opoe-se a exuberfmcia da ornamenta<;:ao interior. 0 andar tt~rreo das casas que da para a rua comporta muitas vezes grandes arcadas que contem em seus arcos as janelas do entressolho. 0 ornamento limita-se aos fechos das arcadas, aos remates das aberturas, aos jogos de ombreiras e de refendimentos, as ferragens e as folhas dos portais, assim como aos frontoes e aos consolos dos bakoes, por sua vez guarnecidos de ferros forjados de desenho sinuoso e de forma bojuda chamada em "cesto", GRADES E BALCOES. - Em ornamento de chapa de metal martelada ou de metal fundido, a rocaille, a folha aquatica de bordas onduladas e a treli<;:a com envasados invadem os trabalhos de ferro. A despeito do dinamismo das curvas, a estrutura arquitet6nica das grades permanece clara e s6lida. Em Nancy, Jean Lamour soube imaginar urn conjunto impressionante para a prap Stanislas, a qual Here dera uma ordenac;;ao monumental.
Nancy, grade
Paris, casa Simonel
PLACE DE LA CONCORDE. - Obra de Gabriel (1757-1763), seus edificios marcam, atraves do renascimento das colunatas e da sobriedade das formas, a volta ao academismo de Hardouin-Mansart, com 0 qual se inicia 0 segundo estilo Luis XV. PETIT TRIANON. - Segunda etapa do estilo Luis XV final, a tendencia ao despojamento das form as se acentua em beneficio da clareza dos volumes e da Iludez das superficies sob a influencia da Antiguidade. No Petit Trianon, Gabriel extrai ainda dessa vontade de rigor uma f6rmula de estereotomia eleganI '. Mas a jovem geraC;;ao ja opta pela afirmac;;ao dos volumes elementares em ~11;t adaptac;;ao dos pequenos pavilhoes a antiga precedidos de urn p6rtico. As,illl procede Ledoux no pavilhao de Louveciennes (1771). 0 peristilo dot ado LIt' 1111\" ordem colossal e aplicado as igrejas por Chalgrin em Saint-Philippetill I~()ldc (1765-1777), por Souff]ot em Sainte-Genevieve, isso limitando-nos .1 ":l\lil:lI. 0 novo lratamento dos volumes e das massas rompe definitivamenle '"111 :1 11:l\li ';io e
I)uris, Place de la Concorde de .I.-A. (;:Ihrld (17111 17701
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LUIS XV: DECORAC;AO INTERIOR
ESTILO Luis XV: DECORAC;AO INTERIOR
DE SOUB1SE. - E principalmente por sua adapta~ao das formas ro-
'lrnamenta~ao interior que 0 primeiro estilo Luis XV se mostra mais
11I\l'lllivo. Nos lambris, a escultura ornamental atinge entao uma notavel quaItd,l.I' d' execU<;:ao, gra<;:as a decoradores como Verbeckt, no quarto de Luis \111 110 gabinete da Pendula em Versalhes. Emolduradas de finas cercadu111\ (,dllllll'adas alongadas igualmente esculpidas), as almofadas arqueadas, com 1\ ',',:III os ou chanfradas, veem suas extremidades e por vezes seu centro, guar1II'\'\l11l de tim medalhao, receberem 0 essencial da ornamenta~ao, Inimiga da 111111111 ,,' Ilcia barroca, esta ultima se restringe a uma arte de superficie, mais II I 11:1.1:1 il ondula<;:ao geral das linhas, ao jogo delicado e movimentado do reI, II ill I (j lie ao excesso plastico. Sob a progressao dos enrolamentos e dos reII \I 1'1<111,', os cantos do aposento se arqueiam, as cornijas se aprofundam e avan'.1111, ":\1I10S de palmeira ou juncos entran<;ados de fitas sobem ao lange das 111111.111111.' tillS cspelhos. Mas, na Fran~a, esse movimento ornamental nao cede ,I ,,, • .IIIIl'tria. lnvertendo-se, as curvas e as contracurvas se anulam e mantem , I I 1I;lillrio da composi~ao. 11() 11,1 Ill' ROl IAN. - A pintura decorativa explora 0 exotismo das singeII,", "
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V: MOBlLlAIIO
ASSENTOS. - Leveza, conforto e harmonia das linhas caracterizam os assentos Luis XV. A travessa de entreperna desaparece; pes em S, de perfis curvos. as bra<;os ja nao sao em linha reta com os pes, e sim colocados em recuo; com frequencia se abrem, conseqiiencia dos vestidos de anquinhas. J;i nao se distinguem, como antes, duas partes: 0 assento propriamente dito e 0 espaldar; agora ambos formam uma linha continua acentuada pelas modinaturas. A ornamenta<;ao esculpida compreende florzinhas, palmetas, conchas, cartulas e folhagens espiraladas. Finalmente, os espaldares tem a "forma de violino", ou seja, sao mais estreitos na altura dos bra<;os. Assinalemos as "bergeres", poltronas com as partes entre os bra<;os e 0 assento estofadas, as bergeres "de confessionario", providas de encostos laterais estofados, as "marquesas", bergeres de espaldar baixo e bra<;os curtos, de do is lugares.
PRIMEIRO ES ILO Luis XV: MOBILIARJ()
ApliQue (Fontainebleau)
CONSOLO. - Em geral, 0 elemento "rocaille" e sobretudo empregado nos consolos com urn exagero das linhas arredondadas. COMODA. - Seu aparecimento data do final do reinado de Luis XIV. E urn movel com gavetas assentado em pes em S. Acolhe guarni<;6es de bronze dourado de estilo rocaille, mas tambem os efeitos de superficie marchetada. Encontramos primeiro uma marchetaria de madeiras coloridas importadas com jogos de fundos geometricos: xadrezes, estrelas, losangos, e depois motivos de flores. as moveis laqueados "ao modo da China" com 0 "verniz Martin", do nome do marceneiro inventor, 0 "frisado", que consiste em opor as folhas de revestimento, produzem urn efeito cintilante, com 0 veio da madeira se unindo no eixo dos paineis. as moveis folheados eram feitos de madeiras comuns, revestidas de uma folha muito fina de madeira preciosa. Aqui a c6moda e laqueada com temas copiados da arte chinesa; 0 desenho dos bronzes isolados e dourados salienta a forma geral do move!. A diversidade dos moveis e imensa: "camiseira" com cinco gavetas, papcleira "com tampo angular" ou "abaulado" com uma escrivaninha com tampo de abrir, "Iavatorio" tambem chamado "toucador" ou "penteadeira", cspecie de secretaria plana com tres paineis articulados, 0 do meio com cspcliJo no reverso, "mesa-de-cabeceira" baixa com porta de cortina, etc.
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APLIQUE. - As formas tortuosas prestam-se muito lX~11l ;10 I ral>:llho do bronze, especial mente nos apliques, cujos hra<;os c hocais COlll !"olh;I,!',t:II.'; L'III T gem de uma grande folha ou de uma pc" nh;l. t't )Ill ;1., Ollt II d;((:t )('~; (' a" 1\ 'I 11111 a, da rocaille.
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SEGUNDO ESTILO Luis XV: MOBILIA.RlO
SEGUNDO ESTlLO L is XV: MOBILIA.RIO
A partir dos anos 1755-1760, uma moderac;ao progress iva invade tanto 0 111t111ili:lrio como a decorac;ilo interior. As formas rocailfe permanecem, porem Iii' 111OClo mais discreto, mais contido. Depois, segunda reac;ilo: 0 culw crescenI,' 1i;1 Allliguidade introduz novos temas na decorac;ilo do mobiliario, nao sem III \l \)\:ar uma retificayao sensivel das linhas, Esses fatores, que anunciam dire1 1"I~'lllc 0 estilo Luis XVI, fizeram esse periodo artistico do reinado de Luis M':I batizado de "estilo transic;ao", Jll11 mONA. - Todas as caracteristicas do meio do reinado subsistem, perIl', l'III'VOS <.las formas, ornamentac;ao esculpida de conchas e de florzinhas, mas '1IIII'\~'lIladas com uma modi natura mais estatica. 0 espirito "transic;ao" e re'IIIIi~'licin pela presenc;a de pesadas guirlandas "it antiga", cujo ritmo repetitiII "t.: 11JlOt.: ao movimento sinuoso da cinta.
I
l't1~'IC)nl\, A transic;ao para 0 estilo Luis XVI esta aqui muito mais pa1('1111', 1:1111,) na ornamentac;ao como no perfil do move!. A retificac;ao das li,dill', l' ;1\,;t1i;lda pela afirmac;ao das superficies planas, que 0 efeito do ressalto '1'1111;11 :,C 'Iillla, c pela reduC;ao dos suportes, outrora de perfis curvos, a pes I" ,", " ,II Ii II 'ados. Nos angulos, perfis arredondados, em outras partes de canI II', I,ll ,,'I :ltlOS, vcm porem compensar a rigidez das superficies. De espirito niti01,11111'111' 111'1l\:I;'lssico, as guarnic;6es de bronze viraram definitivamente as cos1,1',1',11'11 :1 J'(Jmille, dado 0 carater arcaizante dela. Friso de entrelayamentos ('" II I' )',VI iI\, ['ilclc,s de cercadura com desenho geometrico, fundos enriqueci.jd', tI" I\III'!;,llda,,, dc !'(lllJas de carvalho e motivos de panejamentos e de ser1"'111 ",11:1 l,'illl:\ Sl,; :ldianl<.l111 ao repertorio greco-romano do estilo Luis XVI.
Pollrona (Paris, Museu (I<' A.." .., 11",'11, ,I \ jI I Arquivo de Dubois, cere..
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1\lll 1111 Vll. 0 cr 'sccnlc culto da Antiguidade deu origem, no final do rei11.1t11', ,I 11I,,1!;1 "il grc'a", apaixonada [)or formas pesadas e, na ornamenta1 )", I" II 1'l,'s;ld:l.s 'voca~;oc,s arllucol6 ricas, mCSI110 quando a inspirac;ao arcai1111,' 1"'1111:1111"'" aililia !'all("l.sisla. Ao,s !'riso,s, as cabe<;:as de leal's, aos trorclls .I. ,II 111.\', ,1"II'S('('IlI:llll-S(, aQlli IIlIl rcperl6rio arquitctural insistentc de candu1,1'" d( 'ItI:,',;Jf, Vllltll:1S illvl.'rtidas ;', !,"isa de consolo l,' 0 pedes!al elll rOI'lU
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ESTILO Luis xv
ESTILO Luis xv
Sa/iio oval do hotel de Soubise em Paris (Arquivos Nacionais) pelo arquiteto Boffrand 'l;'l\sico em sua concep<;:ao de conjunto, pela combina<;:ao de arcadas e de '.11,1\ ,1I11'lilar'es encurvadas, esse saHio mostra bastame bem como na Franca • 1.1111:I\i~(., rocai!le nunca conseguiram, ou pelo menos muito raramente, desII 1111 ,I l'( lI.:.',~io arquitet6nica da ornamentacao interior. 0 contraponto vigoro'11 ( I< I 111l.:Slll0 tempo gracioso das superficies coloridas dos quadros de NatoiII (' '111 l'~ /)/11/ i em alto-relevo aninhados no alto dos paineis nada tem porem ill ,",1.'11 i '0. Colabora ate muito para a orquestra<;:ao ritmica que reune as carIlill', .1:1 'mllija 'lOS entrelacamentos irradiantes da ab6bada, e isso ate a rosa, , ,I ,('1111:11 dl:sl'llvolvida em rendilhado. A unidade e 0 movimento ininterrupIll, I, ',;,:1 111:1111:1 ornamental escapam entretanto a qualquer dissimetria, a quaI'I' II 1 "I',':' 'III Ii Iihritl. (")111 ,) S:r!:IO <..io principe no terreo, 0 salao da princes a, no hotel de Soubi" , ,",I.I ('III, '(IS cOlljuntos mais sugestivos da arte decorativa do estilo Luis XV "", ".. 1.111", prill 'ipl:scos. I'
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ESTILO ROCOCO
ESTILO ROCOCO
() barroco representou uma tendencia muiw geral. Dentro dessa tenden"1,1 dl's 'llvolveu-se, na primeira metade do seculo XVIII, urn estilo decorativo II (', 'iso: 0 "rococo". Tradw;:ao europeia, e principalmente germanica, do gosIII I }('Ili//e surgido na Franc;:a com 0 estilo Luis XV, 0 estilo rococ6 atingiu tamIl, Ill, Ilia,S em menor escala, a It,1";1() de Klauber.
C;\rfulu (n":lI'I,, ,II' II, ,li,lI
Cartula de formas arredondadas e assimetricas, bordaduras 111111/1' I 'LorlaLlas, rendilhadas: tudo concorre para as ondulac;;6es e para as vic I" I' 'It"S 1/"' farnam 0 rococo uma escrita leve e uma arte de superffcie votada 1 "III:IIII\/III:I<,:"io interior. ('/\1(1"'1.1\ . •
Ill,. AMAUENBURG. - A influencia da arte versalhesa, ja sensivel 11,1 f 1,'111:1,11,<1, os arqllitetos franceses, como La Guepiere ou Cuvillies, acres"111,1111 "'.1:\, Ill
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:: \1 \ III II,SI/\S ()O SClIRI',ITZLER HAUS. - No interior desses edificios, em ,01"'1'1'11'1:11,:111, () ',Iilo I'OCOCO germanico se distingue pela explosao das formas. 111'101111.11111:1'. :I!',il
AlI~shlJrgo,
sala das Festas do Schrcilzlcr HailS
ESTILO ROCOCO
Igreja de peregrinariio da Wies (1745-1754) Obra de Dominikus Zimmermann, esta igreja permanece urn exemplo caracteristico da arte decorativa do rococ6 germanico. 0 santuario tira de sua planta oval, que urn deambulat6rio de forma identica ilumina, urn efeito surpreendente de luminosidade. A claridade do colorido de conjunto acrescenta-se o contraponto delicado dos pi lares brancos da nave e das colunas em estuque azul e rosa do coro. A profusao leve da ornamenta<;ao, os recortes sinuosos dos 6culos e das bases das ab6badas sobre os pilares criam urn espac;:o continuo e ondulat6rio ate 0 altar. Nas paredes, 0 principio dinamico da orquestra<;:ao ornamental tira todo 0 peso das formas em proveito da vibrac;:ao das superficies. Ao ondeado das linhas e das modinaturas correspondem num mesmo impeto 0 v60 dos anjinhos e aroda das figuras planantes pintadas em trompel'oeil. Ao pesado brilho dos materiais apreciado pelo barroco, a paleta rococ6 op6e uma atmosfera luminosa de cores suaves, branco, ocre, cinza, azul-ceu. Na decora<;:ao das igrejas, a Alemanha conhece uma irradia<;:ao original gra<;:as a uma brilhante escola de estucadores e de pintores de afrescos, tais como os irmaos Asam ou os irmaos Zimmermann. As voltas com naves ovais e movimentadas, eles animam suas paredes com uma decora<;:ao alegre e graciosa, completada pel a gesticula<;:ao das figuras de estuque e pelas arquiteturas fingidas das ab6badas.
ESTILO ROCOCO
ESTILO T~uis XVI: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
ESTILO Luis XVI: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
o desenvolvimento do estilo Luis XVI corresponde ao triunfo do neoclassicismo, que surgiu nos anos 1770: movimento europeu que tern origem numa vasta redescoberta da Antiguidade. Iniciado no final do reinado de Luis XV, o estilo Luis XVI e uma volta a arte antiga, mas vista sob uma nova luz: descobrem-se as ruinas de Herculano e de Pompeia, a arte grega e revel ada depois de uma viagem de esmdos realizada por urn grupo de artistas pela Grecia e pela Asia Menor. A imitac;:ao da Antiguidade, atraves do "gosto pompeano" e depois do "gosto etrusco", vai ficar cada vez mais precisa. PAINEL. - 0 motivo composto por urn vasa ou por uma cac;:oula fumegante de onde pendem lateralmente folhagens enfeitadas de fitas e muito frequente. Observaremos aqui as asas que sao em forma de "gregas" e os cantos rebaixados para deixar lugar a uma roseta.
Consolo (Paris)
Baixo-relcvo
BAIXO-RELEVO. - Em forma de friso retangular, 0 baixo-relevo de bronze a antiga domina nos m6veis, de estuque moldado, de marmore, de terracota ou em trompe-l'oeil em cima das portas, das sebes, dos Micos, inscrito entao em placas escavadas. CONSOLOS. - De espirito monumental, 0 vocabulario neoclassico copia da gramatica antiga suas formas rigid as e severas, nao sem introduzir variantes. Ao triglifo grego com seus canais e suas gotas, acrescenta-se aqui a guirlanda em forma de "corda de poc;:o", pesada como uma citac;:ao.
(;uirlandas, o\'alos, contas
GUIRLANDAS. - Folhas de carvalho, de loureiro ou de oliveira se encontram amiude reunidas em guirlandas. ENTRECRUZAMENTOS E ENTRELAC;;AMENTOS. - De cada lado dos espelhos ou das portas, sobem os feixes de junco; fitas entrecruzadas sao os liames. E nos paineis estreitos da decorac;:ao interior que se entrelac;:am os ramos de 10Llreiro ou de oliveira.
Ellfrda\·lullt·l1lu .....
t'lIfll'I'IIl!LllIIl
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TROFEUS. - Ha de dois tipos: os do amor, carcases, coroas de rosas, 10· chas inflamadas, etc., e os atributos rusticos, instrumentos arat6rios, cest () de vime, colmeias, etc. ARABESCOS. - Sell sucesso deve-se ao prestigio das pintLlras de l'olllpci;1 e dos grutescos da Antiguidade e do Renascimento.
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ESTILO Luis XVI: ARQUITETURA
ESTILO Luis XVI: ARQUITETURA
111'1 VI.;DERE. - 0 gosto arcaizante da epoca Luis XVI apresenta muitas 1,1 ','I:IS, i\ssim, encontramos urn neoclassicismo moderado, em particular no ,iI lilil '(0 da rainha, Richard Mique, que, mesmo empregando uma ornament 1\,111 de espirito greco-romano, nao deixa de ser fiel ao estilo cl
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1\,\" 11'11.1'. - Uma segunda tendencia, herdada de Palladio, opt a pelos (dIII11", illlpl's c e!egantes da casa isolada em suas quatro faces, De plano 111111',1 'I II. (;S,'CS edi ficios prendem-se a urn formalismo refinado que associ a I' I, '11'1111 i Illelll n", as arcadas, as aberturas em serliana e os nichos as saliencias (111111I,'liI;III" (' £1 ilumina<;:ao zen ita! dos saloes cobertos em rotunda. A partir Ii, ,,' IllIId<'l1l da i\nliguidade, tais edificios podem aproximar-se mais da casal' "11,1'1,1'1 'I.'c lida de lim peristilo com colunas restrito ao antecorpo ou esten01101 .. " IIHII1 ;1 I';\ehada, 1
II i\ 11(1 I 1)( , 1l1·()N, - Inspi rado nas termas roman as e nas concepr;oes ra, 1',",111',1,1', eli! cpoca. lUll m:oclassicismo severo opta, por sua vez, por uma ar'I 11·1111.1 '1.dlrirt l' 11I;ICi 'a, Suas tcndencias se afirmam na nudez das superfi'I' II I 1'11111111;1\';1\1 <1;1 IJI"I1alllCIlICl<;:ao, na cscolha do d6rico grego arcaico c na 11/.11 I, ,III 11I1I1;t1 l'11111' OS ('hl'ios e os vazados, entre a sombra e a luz, I I !I" 'I Ii\ ' '11 !NII II ',1\ I , Essa conccp',:ao rmiscula e severa po de descllII., \ II 1111111,1 ;lllllIil('(1I1:1 III 'ga!t")IIJaua de espirilo prc-rolllantico em cerlos vi "'11 III I" \lllill ('1:111<1' Nil'lll.:\S I.<,doux, i\ co III hi 1I:l<,:iio lias volull1e~ rullilll 'II '", "111 .IJI,II 'lh()~ 11'1~li 'l)~, d' 1)()ss;\~CIlS dcscnliHlca elltao elll l'ol'lllas d' :IS 1\
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ESTILO LUIS XVI: DECORA{:AO INTERIOR
ESTILO LUIS XVI: DECORA(:AO INTERIOR
SALA DE JANTAR. Remontada no hotel de La Tour d'Auvergne, em Paris, a sala de jantar do duque D' Aumont traduz bern 0 estilo monumental que permanece sob Luis XVI como uma subsistencia do grande gosto Luis XIV dos ultimos anos do reinado de Luis XV. Urn gosto muito Le Pautre pelos avanC;:OS, pelos recuos, pelas grandes cornijas, pelo jogo vigoroso dos frontoes cortados, pel os consolos e nichos, pelos relevos vigorosos dos vasos, sendo 0 todo tratado com uma amplidao decorativa muito "seculo XVII". A isso acrescenta-se as vezes a ordenac;:ao majestosa da ordem colossal como, por exemplo, na sala de jantar do castelo de Maisons, executada por Belanger para 0 conde D'Artois. GABINETE DA SESTA. Nos lambris dos pequenos aposentos, 0 relevo, fie achatado, reduz-se nas bordaduras das almofadas a uma especie de cercadllfa leve que contrasta discretamente em relevo dourado com fundos palidos, Ilrallcos ou verde-agua. 0 vocabulario ornamental de inicio conserva da Anti!'Ilidade apenas motivos leves e delicados: frisos de cordao e de gregas, 6valos, li:ldas de perolas e motivos cordiformes, palmetas, rosetas, folhagens espiralad;I~, t'uirlandas de loureiro. Acrescentam-se a isso temas sentimentais e galan1('\: 'oroas, fitas, carcases, tochas, corac;:6es ou caules de canas transpassados Ii" I'Iccilas, instrumentos arat6rios as vezes tratados com realismo picante. 110
hs III () l'OiVIPEANO. - A influencia dos arabescos de Pompeia e do Renasttlll'lllel 1i;'1 orjocm ao estilo pompeano. Esse estilo reconhecido de urn lado 111'111 )'1 :lli\1I10 do contorno e pela magreza do relevo e, de outro, pelos motivos , III 1III('II1c :,,'c:ii/antes de esfinges, de grifos, de cornucopias, de vasos sobre 11 1111 "" .Iv Il:II"os·rclevos em frisos, em medalhoes ao natural ou a Wedgwood 1111 ,lit. flI' "(1111 l' ,Ii',uis) e em duas tonalidades da mesma cor (em camai'eu), re1'1' ',('111.1.1(1 'III csluque e em pintura dentro de cercaduras de arabescos e de I, 111t,1}'('IIS ,'spir:lIadas. Por volta do fim do reinado, essa decorac;:ao pompeana, ',111.1 '/ 1I1:lis ri.'icla, integra-se nas divisoes geometricas de circulos, de oct6'1111'\', " tI,- IOS;IIIi'OS, que prenunciam 0 eSlilo direl6rio.
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ESTlLO Luis XVI: MOVEIS
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t\ lliarclietal"ja "em mosaico" e com "contrastes de fundo" do estilo Luis ,\y ,~llh,~istc. Os bronzes dourados e cinzelados, sobretudo do cinzelador Gou-
IIIi '1\', s{io aumir<\veis; inventa-se a douradura "a fosco". )'i II 'I'IWNt\. Ct\MA. -
As poltronas Luis XVI sao as mesmas que as Luis
V: !Jer,!~l'l'(', marquesa, etc., mudando-se apenas as formas. Os pes sao retos, I I III II' 'qi'IL'llcia canelados; unem-se cinta POl' urn pequeno cuba com roseta. J\., .III.1,S pIillCirais formas de poltronas sao as "de medalhao", cujo espaldar
a
11111 1I11'u;lIliiio e a "de chapeu", cujo espaldar ligeiramente arqueado junta-se liois IllOllianles por duas curvaturas; esses montantes sao encimados pOl' 11111 j!1'II:lclit1 ou uma pinha. Mencionemos as cadeiras de palha ou de palhinha , 1'1111,",1 ,tld:lr '1IIalhado. Os assent os sao revestidos de tape~aria, de tecidos esI 11 III 1,11111, nil de vd udos; 0 brocado de seda e encontrado sobretudo nas polII '"1.1', til,' 111 D. \ 1.1111.\ Ii' '1::IIIro, chamada "cama a duquesa", como a cama de Maria III 11111I'1.i do f' 'I il TIianon que apresentamos aqui, tern sua parte anterior "em 1.11,ll'll'" " dll.s,,"i,~ d' l'alllos facetados ou circulares. Ill",
Consolo (palacio d,' Cum'll (:llmll
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"\',11'"
dllQllesa"
I '"ro.l,'I '.\ (\)1110 intuilo de evitar uma rigidez muito grande de linhas, 111'1"' I'll Il' dos 1I1('lVt:i,~ lem cantos facetados; estes, na maioria das vezes, ii, IIlll.ld,,·, d"I>I'\fIl,'~ 'i1l7'lados. Em geral, as comodas tern pes retos mais III"" "11111.11\" ,III '''~'1I1 pi;\o", como esta repJ'oduzida aqui, que e conservada '\11 I 'III' Iii'''. 11.1 "01 '1;;\0 Walla 'c; mas as pes arqueados terminados em garras ,1",,1,1111',11111'1111' 1'\L''iIlI'lllcs. Fa/.cm-se lambem comodas em meia-Iua, isto e, 'Ill', 1111' 11"11111. ·\.'I\fll()"as-llllr~,S" com c1uas gavetas e duas prateleiras, "como,Iii \l1.II.I.lII1\·S·' ,ill 'I ';IS Ii 0,: II';S buos.
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1'.'11· ... " ", t1~.;, !l'nll() d 'si!"lI;\ por um lado um "consolo-aparador" sem IlIlIil .. ""1111111,1111110.::1 ,I':IV 'Ia L' 1I111a prakkira e, POl' outro, urn "consolo de I'"' d, ,j,' III,III<-il II 1'~"llIpi(1:i ('()IIIO aCllli. Ohscrvc-sc que os pes dianteiros sao 1111" 'I', '1.1',"1111,", ""III 1·()II,~olo".
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""II rolla de 'nll',lalh""
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1'1 1"111 '" N:I III:lilli Pill'l\: d~ls v,'/es '( 11lpn':(lIdc um il10ntantc central 11)1 11<1111 I .I" 1'1 ,1Ii11;1 I'll 111 :I<;I)~; ~k lilt, S:II) lig:tc!os a (sse 11lolllallk por curvas • I'" II 1.111.1, I', 1)11111'" "', ,'"1111', 1I1l"V"IS, :11\"111 d;Is (tlll,lvdas, dCVl'IlHlS 'ilar 0 "!Jol1!7eul' ,1/1 /"",' '1111' I 11111.1 111,".,1 ,k Ill'"s ;IIIII~, 1'0111 IIll1a p\,\lIlell;I I'Slallll' l'lIl rCCllil, I ." llIIIIIi.I' 11111,'11111<11\''', a ",'L'I'n'l:bL, eilill lallilHI de :lIl)'il",;1 "lIlcsi 1111
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ESTILO Luis XVI
ESTILO LUIS XVI
Hotel de Salm (paldcio da Legiao de honra) Paris (1783) por Pierre Rousseau (1751-1810) ';II",lCleristica da epoca Luis XVI pela simplicidade e pureza de seus voluhotel de Salm oferece um resumo estill',11 ' I 10 neoclassicismo en tao praticado na Fran<;a, Um neoclassicismo ainda 111\ " L';lIa !lumana, adaptado habilmente na estereotomia perfeita dos volumes, 1101 "!L'v;ly;IO reduzida, na abundancia das aberturas e na ilumina<;ao zenital da IJl1It1;1 ;1 lima habita<;ao de recreio, Nada desse lado permite adivinhar a escala 1'1 ,llldil).'~1 do paJilcio que se desenvolve no patio. Como um Richard Mique ou 11111 Vll'llll" Louis, Rousseau pratica aqui um neoclassicismo ornamentado. Uma .. "kill I'lll'fillia bem avantajada suporta 0 entablamento da rotunda, ele pr61'111' ('IIl'illl;,do de estatuas, Bustos de imperadores inscritos em nichos circulaII'. \,','11111;1111 COIl1 seu contraponto luminoso 0 ritmo das janelas, tambem elas , ill 1'IIII'rida" de I'roll toes assentados em consolos. Relevos arcaizantes alojados II ,,1.,":1', :ll'lIlIcladas acrescentam uma pontua<;:ao suplementar ao antecorpo 1 1111 II "111:11', rvl;t" l(lela essa ornamenta<;ao est a instalada de maneira harmo111'.· .. 11'111 I'Illll11l 'S darns c depurados, 0 paralelepipedo, 0 cilindro e a esfera, '1111 111'111111111 1"'0111;\0, nenhum telhado aparente torna mais pesados, que ne111111111.1 ell 1~,:111 'olilraria, Um simples entablamento terminado em mureta e 0 I'" I' 1111111lilli ' dos I"C I'cml imentos relll1em em urn todo refinado os elementos III,"',
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I' '\lll1(~t"ricos, a fachada posterior do
11.IIIJI\J',i ':!O,
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II.
ESTILO ADAM (1760-1800)
ESTILO ADAM (1760-1800
tirayas a arquitetos como James Wood (cidade de Bath), Ware ou ChamIwl' .
Frontiio
IANI'I.A. Proveniente do conjunto de Adelphi Terrace (hoje demolido) Iii Ill';,do pclos irmaos Adam em pessoa, este elemento e caracteristico do ecleII'lI1111 d 'iL'.- pela alian<;:a da abertura triplice em serliana, herdada de Palladio, " 1111 Illlli ivo "em leque", frequente em seus trabalhos. Um de seus conjuntos lli'L III ;11 iv(),'i que nos chegou intacto e 0 palacete de Home, em Portman Square , III I Ilillil 'S.
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Mcdlllhlln
Janela 1;1 (WI/\(). -
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Suas guirlandas traduzem bern a leveza do estilo Adam, que
(Londres, casa no Adelphi)
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I \I:I'''~I\, - 1\ alian~a dos motivos pompeanos e greco-romanos, visiveis ", 1111 11,1', diviso 'S ovais dos montantes, no emprego de figuras de esfinge alada, 01,' ",1',"', ' I' L':lbL'l,:
Os Illodclos tie m6veis dos irmaos Adam, publicados a cui('Illpr '!'
,1.111" dl,It,~, 1.111,1
1'"lIrnnll
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11,'1 IN/\.
I illhas aloll'atlas atc a magreza, pes esbeltos e fuselados,
, "I',dtllll'''' '\'111 L'II:llll'"'' COlli l'lllltio na maioria das veLes rccortado com entaIII, ~ 1111 !'II,III1I'I'idp dl' IllOlivos l'l:ndilhaL!os: cslas suo as caraclerlsricas do 11"10-
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I l'plli,\ do par"'n/csc da Revolu<;:ao, a arquitetura reata com 0 ,11/,1111" ddi ':ldll ' Ikxivel, ja praticado sob Luis XVI, mas eujo neo, I I "1',1 11' I 1111" I 'I':ldl) SC l:llriquccc de acentos palladianos. Loggias em arcada, I J'I I" II', I'll I Ill', ':1\, UJ'J I
rd,l ",
\Ill II, 1\ (iL'cma<,.',io dirct6rio e muito inspirada pela arte porn pea"1'"1.1'. I'ullIll"ln,s klll!Jralll a arquitetura fingida de Pompei a e de Hercu1.111(' II', ,i"
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Paris, casa e toucador de Belanger
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I', 'I II"'N \ ,.\ 1:1\"1 10 ",I'OSIl) 'trll,sco" (illlila<;ao das pinturas de va" '1' pol'.), II 1111''''';:11 1'),1'111 SII;I illlil:J<;;Hl (I:J 1\I1ligllidade, inspira-se cstreita"" 111,11"',, ,ld"II.I', "II'III.S, "11111 Pl'SC Ir:IV 'ssas 'Ill X, . 'Ill c1cl11cnlosarquilelo1\11.
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EST1LO IMPERIO: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
()S cstilos Luis XIV e Luis XVI souberam extrair do antigo Llma arte origiII ii, I'mmas e composi<;oes de que a arte greco-romana era apenas um ponto Iit' 11:111 ida, 0 estilo imperio (I 799-1815) e um neoclassicismo em que a arqueo1"1',1:1 domina, em que 0 ornato, govern ado por composi<;;oes geometricas, se 1'1111:1 rl'petitivo e entra em composi<;oes rigorosamente simetricas. Uma com11I1~i ':10 monumental e uniforme domina na decora<;ao do hotel Beauharnais, 'III ";Iris, cujo teto reproduzimos. 0 encanto refinado do estilo Luis XVI desaI' II'C' '1I; mas emana um brilho incontestavel desta composi<;:ao. () 'st ilo imperio tem grande unidade; esta se deve a influencia dos dois ,II (I'lill:lus de Napoleao: Percier e Fontaine, que publicaram coletaneas de mod .)t)~, p;lra decora<;;ao, m6veis, ourivesaria, etc, A illspira<;;ao da natureza e muito pouca e muito rara nos elementos decoI, III VI IS ell) L:stilo imperio, que, na maioria das vezes, sao extraidos da arte greco111111;111;1 'do cstilo pompeano. 1):1 ;lrlc grcco-romana sao copiados, alem das gregas, dos 6valos, dos mo111'",\, ,', Ir
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",lIl1P:lllh:\ do Egito introduz as esfinges, as cariarides de cabe<;a coberta
01" 1'.1.1111 I '1)(1\1 I'rcqiicntemente os pes descal<;:os, os capiteis e as bases decora-
d,' 1,"1 liS, lIS hi T6>lifos figurados, f 1:11111:1 {- r 'Im,;scl1l ada pelos cisnes, pelas aguias, pelas cabe<;:as de leOes. 1'1111111, u:: '1I1hk11lLlS de Napoleao sao as abelhas, 0 N e a aguia,
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ESTILO IMPERIO: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
ESTILO IMPERIO: ARQUlTETURA
ESTILO IMPERIO: ARQUITETURA
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1·.llquanto a arquitetura privada se atem aos modelos anteriores, de voca11111111 ill pulladiano, ou se reduz aos im6veis para renda com fachadas uniforill ..·.. ;I~ vczes sobre arcadas, como os im6veis da Rue de Rivoli, a arquitetura Illil i1k;\ passa por urn novo impulso.
0 dogma da Antiguidade impoe 0 recur so as colunatas da Ro'rial: simbolo permanente do novo regime. Templo periptero, como aqui I I lIob;1 de Brongniart e na Madeleine de Vignon, ou simples p6rtico corintio, \ 1111111110 palacio do Corpo Legislativo de Poyet (Assembleia Nacional), essa 11111111 \'lllra publica se caracteriza pelo gigantismo das propon;:oes, pela nudez , wid !',!.:oJTletria das superficies e pela uniformidade dos ritmos muitas vezes I"II'IIIIV\)S [las fachadas imensas. Na Madeleine, Vignon reproduz a encantad,".! MlIisoll Cam~e de Nimes, mas em escala cicl6pica. Na Etoile, Chalgrin <1'1 ' 111111' liS I:olunas para dar uma base monumental a seu arco de triunfo, des.1 '·I!I.II) ;1~~\(;Illado sobre pi lares macit;:os. IlI)l SA. -
11.1 1I11j)
A esse academismo austero e rigido, os arquiteregime, Percier e Fontaine, opoem porem uma concept;:ao mais III , II \' Illai~ edetica. Neles, a imitat;:ao da Antiguidade e acrescida da imita, III ,1" "vila,s ·jllwnto e dos seculos classicos, como se vera na decorat;:ao inteI I'" NIl IS~'l1 ;lrC(l do Carrousel, eles nao hesitam em introduzir urn senso da 1,,>1, 11111\1:\ I' III1l ~()SIO pitoresco no tratamento do detalhe, que fazem deste , I Ii /1"1' I. d' 'selia voluntariamente miuda, uma pet;:a de real elegancia. I I{'('
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Paris, arco do Carrousel ell' I·.,...·,.·,· ...... 11I1 .. 11" I illii I
Paris. chafariz de C1Hltdl" de Bralle (eslado IHimilivo)
I'll \1 "II. - Oul ro p610 da obra de municipalidade do imperio, a arquii, 1111.1 1111I11:/lri.!:1 ',lITc{a a multiplicat;:ao dos chafarizes com temas aleg6ricos, I
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ESTiLO IMPERIO: DECORAc;XO INTEIUOR
ESTILO IMPEIUO: DECORAc;AO 1 TERJOR
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Si\LAO. - A persistencia das proporc;6es alongadas e da policromia de gospllll1[)eanO se faz sentiI' sob 0 consulado. Da epoca anterior, este perfodo I 11 'I'va as esbeltas colunetas, os arabescos e 0 grafismo do ornamento tao ,11:I'lcristicos nas primeiras publicac;6es de Percier e Fontaine.
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S \I ,,"0 DAS ESTAc;:OES. - Mas 0 arabesco ja se torna menos arejado, melil1ear. 0 ornato ganha em relevo e em peso, submete-se a ordenac;ao e a '01111 'I ri:1 gerais. A regularidade das formas, seu desenvolvimento repetitivo, que 1I11111:IS vezes se submete as leis de composic;ao geometrica (ramos retilineos em ,,,,pillh
Sarao executado em Paris POI' Percier e Fontaine
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I 1\1~I'IRi\. - 0 estilo de Percier e Fontaine, em sua maturidade, traduz um il1lciramente voltado para a procura do Fausto e dos efeitos grandiohS
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II, J, I. - Em outras obras, grac;as a eles, 0 estilo oficial incorpora a amIdld,llI dl' 'nraliva do "grande seculo XVII", suas pesadas almofadas quadranqd,III'~ d,' porlas, seus tetos de compartimentos e de caixot6es ricamente traI.. dll.ldll~, ~l'''S entablamentos excessivamente ornamentados e suas largas ar'pi '.1"11I':1.. 1~1l1 Compiegne, a ab6bada de compartimentos reaparece na sala ,I, 11",I.I~, :1~S(l 'iada a ordenac;ao roman a da grande nave basilical; no Louvre, I', .lIllpl;l\ pl'r~pcclivas de arcos e de colunatas. Em sua busca de efeito, 0 ecle1",11111 dll I'~fil() ol'icial dota muitas vezes a ornamentac;ao interior de propor~ l ) Il ~'" "'; ti:-t .
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ESTILO IMPERIO: MOBILIARIO
De urn modo geral, os moveis do Primeiro Imperio sao impessoais e dao a impressao de uma copia fiel e fria dos modelos fornecidos em sua maior parle pOl' Percier e Fontaine. A escultura ornamental e rara; existem entretanto :d,~uns moveis de gala esculpidos e dourados. Inovado sob 0 imperio, 0 psiche e urn espelho movel numa arfixa; isto quer dizer que e possivel inc\imi-lo a vontade. Em geral de 1'11111:1 quaclrada, por vezes tern a forma oval, como 0 de Maria LUIsa, consert1L!n 110 palacio de Compiegne, executado por Odiot e Thomire a partir dos
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I', II mONA, - Os pes traseiros das poltronas sao arqueados; os dianteirelos; aqui, repousam em altos pi6es. Como bra~o, as vezes cisnes, quiIII,"". Muitas veze, os pes sobem de baixo ate 0 bra~o, em vez de se deterem II, I "I 11;1. Os espa ,dares enrolados para tras sao mais raros do que os espaldares 1,'111', r ,I'I,',;H)
('11,,1111),\, A maior parte dos moveis, como as comodas, as secretarias ,';lllIlsl'ir:Is, Il'l11 os angulos retos; aqui, os cantos sao facetados e omados ,II 11111.1 1',lIi;'I!i,k', Os hronzes dourados "a [osco", na falta de marchetarias, , I" \ 111.1 ,I', \111ll'rl'i 'ies; nem sempre sao tao abundantes como nesta comoda 1111,""'111.1111 11111 1Il'lo carMer severo. Notar-se-ao nos bronzes da parte infeI IIi! 'I', ", Ivnln:-> 11I:lrillhos" tao freqi.ientes na decora~ao do Primeiro Imperio. "11{1 ,'dlll.ldll\ ()s II1eSIl10S moveis que durante 0 estilo Luis XVI, mas lhes I 01",1" 11111 ,I',pl"'!() 111;,is :Iuslero; sao a secretaria com tampo de abril', a cami'1,' I' ""',lIlp, 1\\ 1I1\:S:\S em geral sao circulares com urn pilar central ou tres ~ltlllllI 1.1', ,I II I. \' II 11111 Iriililgulo com angulos concavos, Encontramos tambem I, II" .. I', 1I'IIIIIIILis :I\';clllad:ts e11l tres grifos, em tres esfinges ou em tres le6es
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I 11"" IIH" "IS ilill ('I ill s:io cclebres: a caixa de joias de grandes dimens6es, "I" 1.11 1,1' "I, ,111:11111 "deSCIIIH)S de I'rudhon, conservada no palacio de Fon11111' Id, ,III, II l'l'I,"1 dl) r ,j d' I{nlll:t, dos rnCSIllOS artislas, tambem conservado I III I ,"1.11111'1 d"1111 I, lilli', 1,('1,1.'. 1lll,vl'is illl!ll"ri() S:ll) assill:l
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ESTILO IMPERIO
ESTILO IMPERIO
Hotel de Beauharnais Salao das Estar;6es Paris A maior rigidez das linhas, a simetria rigorosa da ordenac;;ao, a unificac;;ao tI;I distribuic;;ao da ornamentac;;ao em temas entao invariavelmente repetitivos:
, all l:stas as caracteristicas do estilo imperio, tanto na decorac;;ao interior como lias outras areas. Este confere ao delicado neoclassicismo da epoca Luis XVI 11111<1 cscala compassada e monumental. A regularidade das formas ornamenIIIIS, ,seu desenvolvimento repetitivo submetem 0 repertorio a uma estilizac;;ao 1':ll'i Imente reconhecivel. Folhagens espiraladas, palmetas, guirlandas, figuras til' Vil6rias ou de Famas, aguias iniciam uma carreira fecunda nas cornijas, nas pilllslr
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ESTlLOS RESTAURA(:AO E Luis FILlPE: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
ESTILOS RESTAURA<;Ao E Luis FILIPE: ELEMENT S DE ECORA(:AO
Liberto da pompa e da severidade praticadas sob 0 imperio, 0 estilo resI 1IIIdl,:iio abre-se largamente a preocupa~ao de conforto e de bem-estar sob 0 'I ,jill la anglomania e sobretlldo do acesso da classe burguesa ao poder com I Illullarquia de Julho. Formas mais redondas, rna is abertas, urn ornato mais 1'1, 1,'j()~O, mnis consistente sucedem a rigidez imperial. Ao mesmo tempo, a epoca V,II !Il),~ poucos substituindo 0 culto exclusivo da Antiguidade por outros moIl I()~, <,;0 III 0 a Idade Media e depois 0 Renascimento, apreciados pelos romanIll" () rcinado de Carlos X, e principal mente 0 de Luis Filipe, radicalizam ·,,'''I~ ,(')pi,IS dos seculos passados num amalgama que desemboca no ecletismo. 1\ IIFI~;\N<;A NEOCLAsSICA. - Ela subsiste atraves da manuten~ao do reper1,11111 I n: 'I)-romano, que entretanto se modera e se livra da rigidez imperial. 1,111'1111
Mo(ivos flora is (Louvre de Carlos Xl
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Fsse gosto delicado, que natural mente traz de volta a Yoga
,I" II, >I d,' Ii,. LIZ 0 sucesso da flora, tanto das flores como das folhagens reu111.1.", nil 11IIlili ,em 'uirlanda, ou associadas ao arabesco, as folhagens espiral,id,I'" :1 lOS 'la, 110S rnc'>veis, nos bibel6s. \ "lIN \MI N 11\(."\0 A CATFDRAL.. - la sensivel sob 0 imperio, com 0 "esId,' IIIIV,ldlll", ;, IlllHla do gMico triunfa a partir de 1820 com a "decoral;:ao I , ,j II ,Ii ,i1". I' ()S;'ll' "IS, ogi vas, arcaturas flamejantes, dentilh6es e finos pinaI IIlu', 1"111;1111 1'11111'\ 1:1l1;IO cia ornamentnl;:ao e pOl' vezes das formas das cadeiI 1 • .1,1', 1ll'lldld:I~, dos rr~lsc< ,\. 11::~III,
I '1'1111; (ksordl:lwdarnenle os candelabras, as folhagens ',dos ou os rechos pl:ndurais do RcnascimenlO, os pes I, I,." 1,1"" " W, ilp~sll '('liS <1<1 cpnca luis . J I[ C l) cst ilo l30ulle ou a ornamcnla11'1 I 1h'1:IlII,11l lvill:ldtl dl' I Iii,s ,'IV. TallllisllIra l'SIClica \: acol11palllJada (k 11111 I' II" ,," II<- ,1I11:IIIIl'II!;I\'IIP 1 I'll' :lIlllll:lllal';1. I j
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ESTILOS RESTAURA«;Ao E Luis FILIPE: ARQUITETURA
ESTILOS RESTAURA«;AO E Luis FILIPE: ARQUITETURA
l(iRlJA DE BERCY. - 0 neocIassicismo man tern 0 sucesso da fachada-tempi,) l' do peristilo comuns as igrejas, aos payos municipais, aos hospitais, aos p.d:kios de Justiya. A is so acrescenta-se nos santuarios 0 emprego freqiiente d.1 planla basilica!. A nave central e as laterais sao entao separadas pOI' fileiras .I . I',llllnas encimadas por urn entablamento reto e por uma parede contendo 1111 lIill) janelas, sendo 0 todo coberto pOI' urn teto de compartimentos ou pOI' IJII\il ilh(lbada de beryo guarnecida de caixot6es.
II< In. DE MADEMOISELLE DUCHESNOIS. - A escola de Percier e FontaiII' 1;IVI)J'ccc ainda uma moderada imitayao da Antiguidade, ampliada por haI WI'. '(')pias do Renascimento. 0 gosto das loggias, realizadas com arcadas ou , Illli ~illlpics verga, as aberturas de volta inteira e os nichos guarnecidos de esI I111.1~. (uJlrcrem urn carMer delicado e arejado as habita<;:6es.
Igreja de Bercy de Chatillon (1823)
Iillli 10TI'CA SAINTE GENEVIEVE. A renova<;:ao da escola cIassica assu"llliIO doi,'i aspectos: de urn lado, uma imitayao mais aprofundada e mais 1111111 i Iii da Antiguidade; do outro, urn pensamento racionalista que prega a ,1.1"1(11:1\.';10 das I"ormas a destinayao do edificio e a submissao da ornamenta<;:ao I', I' .llllllIr;ls. () ideal austero do racionalismo, inimigo de qualquer efeito gra1111111.1':.1:'1 liJ',ado a lcgibilidade lagica da distribuiyao interna na fachada. Esses loj lilt i'IP, II i 1111 ram ncsta biblioteea, edificio que se apresenta ao mesmo temlli' LIIIIIIl 111I1 dos pril1lciros manifestos funcionalistas atraves do usa das novas I" 111i'.IS, Pnlhora ainda dissimulados no exterior, areos metalicos e colunas de I, 11'1 IlIlIdid.) ddilllitall1 inteiramente 0 espa<;:o da grande sala de leitura. 1111'
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I) NI'O 1{I\Ni\SCIMI\NTO. -
A moda
do gatico, a monarquia de Ju-
Iltll .11 1<".,','llIil il dos RCIl<1scimentos italiano e frances. Este imavellhes eopia
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11'11'111 ilSil dt.: . 'slo, os pilares tratados como candelabro, as colunas torI I, ,I', 1111 illvlls 1'111 (ol/do ou em losango, os nichos, os medalh6es guarnecidos I ,'.I!IIII.I'. Oil d' 11iiSlos,
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C I I , I I Iii' 'ii I, I) 'pois a "poca cecIe ~I mistura dos estilos antigos, COIll II '" .I,' 1·.·.1) 'jill, ,'01110 Ilil 'illedral de Marsdha, domos hi/,antinos, f6r1ll1l11'. 1"lll.llIli,·OI:. " Plllll'l'Olida da :11'1' ,'ii 'neilS',
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ESTlLOS RESTAURA(:AO E Luis FILIPE: DECORA(:AO INTERIOR
ESTILOS RESTAURA(:AO E Luis FILIPE: DECORA(:AO INTERIOR
() MUS 'U DO LOUVRE DE CARLOS X. - 0 estilo oficial, tal como e mantiMercier e Fontaine, mescla sempre as ordens antigas, aos trofeus, as 111'111 as Ilas pedras angulares os artiffcios cenicos copiados do Renascimento ,1,111:11111 c cJa idade classica (Louvre, escadaria sui da Colunata). Mas 0 Louvre k ('01II,)s X ve seus tetos com gargantas e compartimentos, suas cornijas, seus 'I ,1111l<.:~ rif mos de colunas e de pilastras, de gosto Luis XIV, se tornarem mais Ill''>:!lkls. Ncssas grandes massas, sobrecarregadas pelo farto usa dos marmoII",. '1\ IIlol ivos tratados com estuque, rosetas, coroas, guirlandas, monogra!HoI:,. n:-:cbcm uma modinatura cada vez mais espessa. A grande ornamenta<;ao ) 111', IV illspira tambem, nos edificios publicos, 0 renascimento das vastas , II' tllli 'lIda,s de pinturas. Hemiciclos, cupulas, pendentes, ab6badas esfericas '" ")IJi'i:ldas aos melhores pintores (biblioteca do Senado).
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f\ I'll! 1('IWMlA. - Longe de estar desaparecida desde 0 diret6rio, a ornal'0ll1pcana continua a figural' com seus arabescos no estilo de Per, "" " 1'1111:,lirlc. Mas no castelo de Dampierre, Duban the da, sob Luis Filipe, '11"" 'lldil';I~':IO mais arqueol6gica ao the restituir toda a policromia. As folhaI" II~ "''1)11 ;i1:ldas, os arabescos, as molduras geometricas do repert6rio pompeano II II I'll ~'III i,I',II:i1l1lcntc at raves da yoga das estancias do Vaticano de Rafael: verI" I', 11;1 'illlt.:lllo dos arabescos e dos grutescos dos quais se apoderam igual1111 Ilk II', '1!'II:II11cntistas do seculo XIX. 11i"1I1,I",III
Galcrill IIcul!.brira l'>'·'~lIIHln •
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II \1 I 1>1 NI()L;(lrrC!\. - 0 estilo g6tico reina sobretudo na ornamenta<;ao II'll ,I Ii II I Ii r de I H20. J\ partir dos modelos dos decoradores, correspondem , 111,1" ,I', ,,/, I IIj Ii' IIS
II' I 1 II"~II), Soh I ,uIs Filipe, os motivos medievais se complicam de II ,1\, 'I'" ,I" l'iI;1SI, ,IS, dc c:mel 'Jabros C,' dc mecJalhoes Renascimento, aos quais I ' 'I I' ''I J,,, Id,', III I 1111 II Iii i(1 rio, 0 "es1 ilo Ilcnrique I [". Em outras obras, apar\'I 111,1"111<'111",; dl' ilispir:Il;:lo s'''lilo XVII c; dcp()i~ Sl~Clll() XVIII. Ao ml'SIiIO II flll'll Il c!II:\i\'1 )"'1;11 d:1 111'11:1111 'lila(il0, l:(lIn a aSCl:ns,lo ela hllrglll~sia, cc;dc I" "",1111111"'["'11"" :l\lai)(()l1adl) pOl' ';IJ)illlll~S, S:lIll'l'as c cortinas Iransp:lrellil's, I
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ESTILOS RESTAURA<;AO E LUIS FILIPE: MOBILIA-RIO
ESTILOS
I\inda muito arcaizante em sua concep<;ao arquitetural, 0 mobiliario per111;lllece fiel aos suportes em pilastras, em colunas, em consolos, assim como ;p, <.'orllijas e aos socos. Mas, progressivamente, ele se abre as formas arredonlIild:!s, aos volumes ligeiramente bojudos. A modinatura reaparece de maneira tli~
Motivos de marchetaria e de
'rda,
IVIi\RCI-IETARIA E INCRUSTM;Ao. A volta geral as majeiras claras priviI''I'!;I a,'; lonalidades alouradas e os efeitos de nos da madeira. Nessas superfl('Il', Itllilinosas, incrusta<;oes de madeiras escuras (entrela<;amentos, folhagens ">,pil :i1"da5, volutas, palmetas, folhas aquMicas) substituem as guarni<;oes de Il1dll/.e imperio, cujo emprego se torna mais raro, 0 sucesso dessas marchetaI I, I.', 'd('ssas incrustavoes de estilo floral se generaliza. Mas no final do reinado II,' ( '"rlo,'; X, e sobretudo sob Luis Filipe, a yoga do mobiliario eseuro inverte " III i IIl'ipio de:>:>," a,namentavao, Os motivos inerustados de tonalidades claras (',Il'I'IIIOn>, azevinho, limoeiro) destacam-se desta vez nas madeiras escuras (aeaIII, 1:il':II'cllllJ(,). Estas ultimas espeeies, menos leves, partieipam do processo ge1,i1 '1111' I'lrll,l eniao mais pesado 0 mobiliario burgues, de carMer opulento e '''IIII'II;\v'l. ('/\III'II~/\S, - Seu espaldar, de inicio plano, eneurva-se, quer ligeiramenII' ,'pllI ()" hr;I\:05 de extremidade reeurvada, quer de maneira envolvente com ,1,,1111111:1., ,1tIJnr/o/a. Rcndilhados, pod em eopiar as arcaturas gotieas, as rosa{I ,I', I' 11 pill;" 'Idos do esti/o iT catedra/. Os bravos das poltronas terminam em \,.1111(1'" "III II',S 'O(,:OS de cisnes ou em cabe<;as de grifos. Os pes de inicio con',"I \ ,1111;1. IllIllIas em ruso c em balallstre mas, de sevao quadrada, acabam POl' .1,1'1111111 'lllllllnJO <.',';' arredondar em coxa de ro. A preocupa<;ao burguesa de , "I II, 1I1", ,I \\I'0(':! dcv\' CIS c/uu(lfeuses inteiramente capitones e, sob Lu is Fi IiI" ,11'11:1\':1,) d" /)o/troIlIJ Voltaire: asscnto baixo, com bra<;os guarnecidos til' ',I'd"tlll, 11I11vid:! de 11111 ,,110 cspaldar e arqueada na altura dos rins,
1\11 "'\'" 1\ 11IIl:llllellla<,;;111 de nwn:helaria lriunfa no,'; tampos redolldo,'; "II tI" ,',IIII,'~, 1;1''I'I;III<>s d;\.5 IIl(',silllt,IS celli ,Slla raixa. Sell sucesso 0 acolll\):!lllt;1 ,I" 111'1.1 \Ill ';1 dil,', 1'1.'1111('1105 1111')\1 'i,'; (.'(lIlll'lclllelllar 's: Illl'SaS de Irallalhll,'; 111;1 1111 II', '"I 11.- ",,~'II'V"I, 1IIt'SaS dl' CIl,';IIII":I (11'(/\111;//('11.1'1'.1') l'0111 lalliI'll dl' abril', j:11 ,1111111,1".11"111":1<1"1';1" ,'0111 "~;I'dhll 1l'.';II, IIloIHa";I,'; ('III pl','; ('Ill rorlll;1 de lil:l, ,I. : ,It-, "":"""~" II\' !Wqlll'II(I'., 1,;11:1 \'I.S I1'1", Il\1 Ill' \1:11111111.
ESTAURA<;AO E LUIS FILIPE: MOBILIA-RIO
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ESTILOS RESTA URAt;AO E LUIS FILIPE
A capefa expiat6ria Paris~ Square Luis XVI (1816-1826) par Pierre Fran (:0 is Fontaine (1762-1853) (nllslruido a imagem de uma necr6pole greco-romana par um dos princi~ 1,,11',', 'I vi Imcs da arte oficial sob 0 imperio, este edificio permanece fiel ao neo, 1.I"',ll'i~lll(1 clLlslero e pomposo do regime anterior. Awis do peristi!o d6rico ,1,1 1,11'11;lda, a capel a estende sua planta de cruz grega com tres bra90s termina,Iii', I" ,I' IIllla abside com semi-ab6bada esferica perfurada por um oculo, No , , 1111 C\. I '!'!',\Il:-sc uma cupula assentada sobre pendentes e decorada como as semi111101'1"1:,, L:SI'l'ricas de caixot6es, 0 rigor dos volumes e das superficies nas pa1 1 ,1,", I l')':l~, silllplesmente escavadas de nichos, a simplicidade arcaica da plan1.1 IJlI'II\klll 1'1' ao pure neoclassicismo. Mas a epoca Restaura9ao e reconheci, I 1Il'IIl "'rl'~SaIl1Cnto das modinaturas no friso, enriquecido de flores-de-lis , ,I, I III/V, I, IIlalla nas metopas, nos relevos mais pesados das pedras angula" ., 1,,,III.'llldo nas gordas e pesadas rosetas inscritas nos caixot6es.
ESTILOS RESTAURA~AO E Luis FILIPE
II:, 'TILOS SEGUNDO IMPERIO: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
ESTILOS SEGUNDO IMPERIO: ELEMENTOS DE DECOR
() ,"CLETISMO. A imitar;ao dos estilos antigos, 0 gosto do aparato e do "1111 I'm I0, a redundancia decorativa caracterizam a ornamentar;ao sob 0 segundrl i III perio. Ao gosto da variedade acrescenta-se urn ecletismo que copia todos ,,., Illodelos e mistura uma profusao de motivos imitados servilmente ou agru1l~lIlos de maneira arbitraria. De urn lado, os classicos, fieis ao espirito arqueoI" 'il'o, respeitam a destinar;ao exata do ornamento. Do outro, os ecIeticos, inI'! S;IIIlC'nte, 0 empregam sem respeitar sua funr;ao nem a natureza do material, 111)':111'1 scm moderar;ao com a policromia e com tecnicas de substituir;ao: dou111.1111';1 LI galvanoplastia, falsa tartaruga, molduras de cartao-pedra, aplicar;6es 01(' /ilil.:o dourado, etc, Uns pretendem a logica da distribuir;ao, outros proce,11'111 por acumular;ao.
A Idade Media (castelo de Pierrefonds de Viollet-Ie-Duc)
( ) I;()STO NEOCLASSICO, - Em favor entre os classicos, esse estilo deriva ,1:\ '111I;IIIIClltat;:aO pompeana ja em yoga sob Luis XVI, diretorio e imperio, mas '" ,it'di 'a a uma imitac;ao mais rigorosa e mais exata dos modelos antigos, Dai 1111101 I\:i~il,:ao muito clara das modinaturas grossas, apreciadas pelos ecleticos, , III 1'1 I IV 'il I) de magras folhagens espiraladas, de relevos delicados de grutescos 11I .... IIII)S t:111 medalh6es, dos losangos e das ovais a imitar;ao das pinturas de I " J111111~' i;I.
o eclelismo (capitel da
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Opera)
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!\ II )1\1 )1' MI'DIA. - A arquitetura e 0 mobilia rio da igreja, mas tam bern "III.IIIII'l1la,';\O profana e os objetos de mobiliario sao tratados com gosto go111'1 I \ III fI;lIllejallte.
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() I~I Ni\:,CIMI'NTO, - Ele ganha da Idade Media pela variedade de suas , "111I11l~,i\:o '~; mnamenlais: folhagens espiraladas, arabescos, flor6es, medalh6es, , ,II lilli", V ('1'1" 'adliras rccortadas. l ) I ',III () NI;() I Ills XVI. - Corresponde ao gosto ostentatorio da corte e Ilovos·ricos. Seus marmores policromos, seus grandes entabla111'"11111:;, Silas I)rel 'IlS dt: eolunas e suas cornijas salientes se aliam as pesadas 111.111'1,,'1:11 i;"j de t:slilo BOl1l1e, aos pes quadrangulares afunilados ricamente es-
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ESTlLOS SEGUNDO IMPERIO: ARQUITETU A
ESTILOS SEGUNDO IMPERIO: ARQUITETURA
() 1;C1ETfSMO. - A atrar;:ao pelas formas antigas beira a redundancia no ,It'llIlllilo e mistura dos estilos, 0 acabamento do Louvre pOI' Lefuel serve de 1111'11' '10 a um excesso ornamental, em geral gratuito, Os novos pavilhoes, co111'11 u, Ie domos facetados imitados do seculo XVII, se complicam com consoI"" IIIVl'l'lidos, bossagens vermiculadas, colunas com aneis, frontoes interromI'll IllS l: c\latuas copiadas do primeiro e do segundo Renascimento. A Opera tI" C'Ii:ll'ics Garnier excede-se nessa exuberancia ornamental jogando com a po11"IIJllli,\ dus marmores, dos bronzes ou dos cobres da cupula e usando todos Ii', Illil'icios cenicos do Renascimento de Palladio e do barroco. Mas nela se ,1111111;1 ;10 mesmo tempo uma l6gica monumental que confere ao ediffcio base , l'll"mo,
Paris, a Opera de Garnier (1862-1875)
() 1\1 'I( )NAUSMO. - Contrarios ao amalgama gratuito, os racionalistas 111' 1<111 ;1111 dcfinir a forma com relar;:ao a destinar;:ao do ediffcio e a natureza ,I" 111,11"1 i;i1. ,t\ alianr;:a da pedra com 0 ferro corresponde sobretudo a esse prin1 '1>1<1 11;1 \'slal,:<1o do Norte em Paris (de Hittorff), na igreja Saint-Augustin (de 1\ "1,11<1): ohras onde a pedra ainda impoe urn involucro plastica e estilistica1110 III<' 1!:I
I1I1 VAl ISIYI\). - A atrac;ao peJa Idade Media e encontrada tanto nos ,'111110 IIOS racionalistas. Mas, dentre estes tiltimos, Viollet-le-Duc, res11111.111"1, ('IlI!'L' oiliras ohras, de Notre-Dame, distinguiu-se pelo radicalismo, 1',11,1'1.-, 1IIIrll:\IIlI'III;.I'ao tkvc l1ao so se submeter aos imperativos da constru, ,'" I' .lil 11IlII\'lpio lk k!~ibilidadc do cdificio, mas tambem retornar a autentici,l.ld •. ,Ill 11;lIl1r,i1i,':IIIO. III 'dialltc urn rcclIrso excillsivo a flora e ~I fauna. A esses 1"111\ '!'Ill:, I' :1,'II'SI'I'ltI
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FS n LOS SEGU DO IMPERJO: DECORA(:AO INTERIOR
ESTILOS SEGUNDO IMPERIO: DECORA(:AO
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() ,ICI'll11ulo, a profusao da ornamenta~ao nao deixam espa~o algum ao vaII ,11l1Ontoamento dos motivos corresponde uma policromia brilhante e 1',il',:I, . . ervida por uma variedade de materiais que mistura os marmores aos II )11 iru . . , ao (mix, aos mosaicos, ao bronze, aos dourados, a prata, aos cristais, ,III', \1111;1 i,,,,, 80S lambris incrustados de madeiras raras ou escurecidas como ebaill,. ,1 1l()J"(;c]anas pintadas e as lacas. til'
I J() 11'1 PAIVA. - 0 gosto neo-Renascimento conhece uma nova voga desE nesse estilo que " 111111111 'Ill Manguin constr6i e ornamenta esse solar, com a colabora~ao de .1""'11 01 dn I"(:S c escultores como Albert Carrier-Belle use (1824-1887), autor des1,1 iii IL'II :1. Nesta obra, a riqueza dos materiais policromos (bronze prateado, 1'0111 H' " tit' Illalaquita verde, ladrilhos de faian~a) se alia as gra~as amaneiradas .1,1', <111,1 ';lri;'llides remotamente inspiradas pela arte de Fontainebleau e pela .I .. 11111 IC':1I1 ioujon. ii, " I(',I a ma<;8.o do castelo de Fontainebleau nos anos 1840.
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,I,\N'I AR. - 0 gosto Henrique II triunfa com seus tetos e lambris realc;:ados de cartulas, de monogram as e de arabescos,
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1IIIIII'rias
Akova de Verdcllel
II aCI'lllIUlo dos motivos acrescenta-se 0 pcso dos capitones, pl',;,"as lape<;arias, sobrccarregaclas de borlas, de rranjas, de "II I' ,111.'11:1', () 1':q1iIOIl', Irillnl',1 lIa lIarnic;:ao lias alcovas, dos m6vcis e ale ,,, 11111'11111 d,I!. ,I',;IV\.'I;IS.
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1111 III I I \!" I lil' 'rl'lIkllll'lIlC das s,lIas de jalilar, d' COlTS escmas, a or.. 111,II,Itl 1";1111'11 (' 11111'11, 1'1';II<,:,ld;1 de IrCillc'ls pinl;tdo..... C reservad; aos lOll '11,1"1' , I ,III', ',;litH"" ":111 ~L:II,... :lP:ll'I;lIl1l'IlI()~ II:IS TIIIIlCl'i:l~, :l illlpn:llrii' Ira/. d, 111\\".11111111.1 1III1I',',1i11l I ,Iii ... \VI IIll1illl 1l111:lIllellllido. 1'1111'
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ESTlLOS SEGUNDO IMPERIO: MOBlLJARIO
ESTILOS SEGUNDO IMPERIO: MOBlLIARIO
(' 1>10,[ RA E BUFf HENRIQUE II. - Desde Luis Filipe, a yoga do Renasci11i<'IJfn acarreta urn recrudescimento do interesse pela nogueira, pelo carvalho, 1'1'1.1 I:Iia ou pela pereira escurecidos como ebano, Essas cores escuras convem I', 1,1I1;1~ de jantar que se guarnecem de veilldos carmesins ou de m6veis esculpifl. p, II 111()(Ja Henrique II. Encontramos vast os bufes, ou credencias, ornados I, ['"I II lias (rabalhadas, de front6es cortados, de potiches, de cartulas recorta,1.1 ', C1'liI'ciraclas de mascar6es, de putti e de quimeras, As cadeiras de espaldar I j' ill" \.' clIrlo sao guarnecidas de couro lavrado, estampado ou de panos imi1111111" ,'puro,
I' [)I':[Ri\. - Exceto nos m6veis Renascimento, a madeira e reduzida a urn 1',tl,[1 d' ,SIIj'lOrte de fundo para a policromia e a riqueza da ornamentar;ao e .1,1'. '11:lll1i<,:oes. A marchetaria de estanho ou de cobre, de estilo Boulle, ou a III 1llI,IIIl,'an de madreperola sobre urn fundo de verniz preto obtem grande suI' ','11', t\ issp acrescentam-se as tecnicas de imitar;ao como, aqui, 0 cartao-pedra, [1.11, 1 II~, r::ldci ras portateis com espaldares muitas vezes entalhados.
Toucallor (MilS
111111,'\1 )(II\. - A madreperola, as marchetarias de cobre e de estanho e ", I",I";I~ Ill; j'lorcclana se acrescentam 0 bronze dourado, os jaspes, os lapis1,IIId,',," l'"I:IIT,S de perolas: todas elas tecnicas empregadas nesta penteadeira .I, ,"II d.) I:II)nriosamente Luis XVI. Apesar da perda do espelho, reconhece-se II ,'Il'l i~lnu pda urnamentar;ao confusa da travessa que associa ao desenho IWoIl,l"IIIt' 11:1 i',llil'1;llIda ll111 cal ice de folhas de acanto, urn lambrequim Luis XIV , 11111, 11111\ lit: illspira\:Clo rocaille. A qualidade da cinzeladura nao disfarr;a nem " 01"1,1" I. I \'111111 )(')sil p dos c
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ESTTLOS SEGUNDO IMPERIO
ESTILOS SEGU NDO IMPERIO
A Grande Escadaria da Opera de Paris (1862-1875)
de Charles Garnier (1825-1858) ( ) \,,\(;-:sso decorativo, a desordem ornamental se agarram aos capiteis jaI;I~ \;olunas acopladas, as bordaduras das cartulas flanqueadas de cabe"I', II.I~ l1l'dras angulares, as arquitraves imerrompidas por consolos, as bases .1,1, ,llIlllivollas sobrecarregadas de cartulas e de grossas guirlandas. Uma conI I" .1\1 ~l'llldhante a do teatro de Louis em Bordeaux presidiu a disposi~ao da 1"'11,1 dl' pri Illei 1'0 patamar cercada de cariatides bern como a ordena~ao das '1,111.1", :1 r '
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':STILO ART
OUVEAU: ELEMENTOS DE DECORACAO
lovimento europeu, 0 estilo "art nouveau", ao contnirio do ecletismo, j \I, H\:dc mais pOI' fusao ou por sintese do que por adi~ao ou pOI' acumula~ao. '/'/1 I' ,\ erial' uma rela~ao organica entre 0 ornamento e a fun~ao do objeto. ·I.I~ ~l'll desenvolvimento muito curto, entre 1895 e 1914, assumiu, conforme 'I', Il:d,s,'", aspectos muito variados. IINltA "CHTCOTADA". - A Fran~a, como a Belgica, assiste ao triunfo ",simetrica e de seus jogos contrastados. Esse dinamismo se exprime 111.11',11<) rilmo enos contra-ritmos graficos ou phisticos da linha "chicotada" i1" 'III' 'Ill outros pontos. Expressao do movimento e da vida, ao inverso da i1.', 111:\ ';In cstatica do ecletismo, 0 ornamento art nouveau vai se inspirar esII' 1.1I11l'1I1c 110 naturalismo, pregado outrora POI' Viollet-Ie-Duc, mas tam bern '" ,iI ilillal' ~omo simbolo da estrutura.
ESTILO ART NOUVEAU: ELEMENTOS DE DECORA<,'!\(
Linha "ehieotada" (ornalo de movel de Majorelle)
.1.1 Illi11:1
MOlivos de umhdn
Composi-;ao de f10res de Barberis
()i{/\, A primeira tendencia, de inicio explorada pela escola de 1'!H'lllJlra no repert6rio vegetal e em seus recursos lineares 0 penhor de 11111.1 1\'1:1 ':10 i nl imista com a natureza. Desta conserva-se sobretudo 0 seu prin, 'It/" d,' vid;lC dc fecundidade, os bot6es de f10res par exemplo, com uma in",1"1",1 llar1iClliar no estado organico da materia. Ondula~6es, entrecruzamenI, ", .I.' ,t,lllks, crcilos de superffcie espinhosos, nodosos ou mosqueados se as," i,II11 ,I "vo ';'~';'I(), cm geral simplificada, da papoula, do cardo, da parreira, 0111 ,'1'1'1)'11 dl' Illilho, da umbela, do ]frio, da ipomeia, da orquidea e do crisante11111 \llltll) <1;1 lIrIl' japoncsa.
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!\os mol ivos f10rais c animais, associa-se a mulher: outro 11l'ln se,\\l 'pcla ondula<;ao de suas linhas como pela cabeleira, l'lvllll'IlI:lr de vida.
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ESlllO ART NOUVEAU: ARQUI ETURA
ESTILO ART NOUVEAU: ARQUTTETURA
HUOT EM NANCY. - Em Nancy, como nas artes aplicadas, a omafloral predomina e desabrocha nas fachadas. A arquitetura art noui' '(III I :Issa entao pela afirmac;:ao do program a da villa. A acentuac;:ao da legibiIlil.l.I,' do plano acarreta uma variac;:ao e uma ruptura de ritmos crescentes das ( '/\SA
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LrONNOIS EM NANCY. -
Sempre em virtude do racionalismo,
.( II" 111:11;:,10 do espac;:o interne na fachada repercute nao s6 na distribuic;:ao e II I 11I,"lla das aberturas, mas tambem nos volumes enos telhados, As reminis"II '01:, I ,',ficas introduzem ao mesmo tempo os recuos dos vaos de janelas re-
pm empenas, dos espig6es de lucamas em geral fora de escala, as onIIloles dos maineis e dos arcos ogivais e pOI' vezes a presenc;:a de tor1\ 's,,'S jogos pitorescos acrescentam-se as saliencias das janelas de sacada,
111>11.1(1'1':
Ild,II;'1I'\ " 1,\",
I3(;RANGER. - Com Guimard, 0 imperativo de combinac;:ao entre mnamentac;:ao desemboca no dinamismo das linhas e na assimeI, ',I I' ',h;1 1.'()III,;mcEincia se recusa a c6pias diretas da natureza. Do repert6rio I 't I.d pIll!': '(k'1l1 apenas efeitos de movimento e de ondulac;:ao com trac;:ado III" I I " ,dlSI 1',1' o. !\ predominancia das qualidades organicas da ornamentac;:ao I' i1",' ,,,ItI.S tjll:liidades figurativas passa pelo tratamento natural do material: ,I 1".11,1 1':111' 'I.: Illoldada e nao talhada, 0 ferro, liberto do grilhao da simetria , ,I" '1,1\ Itlil l'il',lIrativo. ( '\'.1'1'1
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Nancy, casa da Rue Lionnois de Weissenburgucr
Paris, ('11,""4'1 B."I till 1'1 ,!l' (;1111I,,"11111,1,1 III'JIl)
1',\', \ III' ( I'I(,\MIS!',\ COfLLlOT, - A eJevac;:ao marca aqui uma ruptura em ,,1.1' .Il) :1:> tI,vistl\'s lradicionais, mas em nome da Iimpida exposic;:ao dos ele111111111', til nll'lIlllr:\. !\ envasadura da parte superior, 0 apoio direto da estru1111,) ',11111(' II ('lIlh;\sall1l:nlo, a ondulac;:ao das aberturas manifestam vigorosa"" III,' 'I tlill:lllli~;II\()
l,'lIsao perreita da forma, da ornamentac;:ao com L'lllladas rcali/am lima harmonia eSlreita entre a expressao .11111,,,11,.1 " II npn.:SS:l11 pr:'tli .;, da I'lIl1y;10. 'ssa alianya feliz passa POl' lIll1 vidro 11IIIlla vcia dillJmica, natllral, III I', '1.111 111',111 nllv:\. "/111,/\1 ),\:, I)() t\lI'!'R(i. -
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ESTILO ART NOUVEAU: DECORA{:AO INTERIOR
ESTILO ART NOUVEAU: DECORACAO INTERIO
SALAS DE JANTAR. - Na decora~ao interior, utiliza-se muito a madeira: , (ililijas, molduras de lareiras, tetos, tremos e lambris recebem as vezes amplas IIICldiilaluras no novo estilo. Depois de uma fase retilinea, 0 escultor Alexan,Ii' '''"rpentier se distingue por uma inven~ao ritmica e urn senso plastico de ['kilo lIluito monumental. Em Nancy, Eugene Vallin opta por formas mais pe"Id;!.~, 1l1ais sobrecarregadas, caracterizadas pela modinatura grossa e insistenI,' ~,Ji,rc 0 tema vegetal e pelo maciyo dos pes. A escultura aqui se une ao teto, '1111'1 POl' grandes nervuras, quer por urn fino relevo de frutos e de f10res nos 1.lllllll"is. l'IW.lI'TO DE SALAO. - Mais refinado, Georges de Feure opta por form as II I,d;!." (,; POI' linhas que se inspiram essencialmente no estilo Luis XVI. Apesar ,1.1', 1I11111<';I"OSaS nervuras e do alongamento sobretudo grafico dos compartimen1"", "11;t~ nrdena~6es interiores permanecem fieis as concepc;:6es tradicionais . .' 1'"ll;1 Tl'SCenta-se urn gosto acentuado pelo mobiliario ourado e pelas lacas. , '''III d ' ';cure, a estilizac;:ao prevalece sobre 0 naturalismo, Ele submete as 011.II;1.I~·II'~ v '..'(;(ais a estados bizarros, para nao dizer morbidos, Seus estranhos , II' ,,',1,'\ d' l'Hnape em as as de borboleta se libertam quase insidiosamente dos ~ I II
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I( II I'l. I
\ " II,: I~ IMI\() D),: c:.SCADA. 0 principio de unidade formal pregado pela art /11 ill 1','tllI ;1 ';IITela a explorac;:ao de todos os materiais, dentre os quais 0 ferro '''I Iii 1'1. rVlajorcl1c submete genialmente este ultimo ao repertorio floral e as (11i1l,1', ',[IIIIIIS;IS CII[aO 113 moda.
Castel Beranger de Guirnard
Cnrdmau
"II I BI'I{/\N( ;I',R. - Para Guimard, a defini~ao de conjunto dos obje1"1:1<;:(1) ;11) ('s)la(,:o e a base de toda a decora~ao interior. Esse imperativo ,I 1I11111.IclI' IOIIII
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ESTILO ART NOUVEAU: MOBILlARJO
(' I)I'IRA E MESA. -
ESTILO ART NOlJVEAU: MOBaIARlo
A escola de Nancy, sob a influencia de seu fundador,
I 11111' (iallc, mescla 0 naturalismo floral ao japonesismo e as reminiscencias I"" I\"\:i, !\ i nspira<;ao floral tende a simplifica<;ao e a estilizac;;ao nas j un<;oes
'spuldares: pes de mesa "libelula" ou "vara de parreira"; espaldares la<:111 "umbelas" - seu motive preferido, Com Galle, 0 naturalismo triun1.1 II I~ :Iplica<;oes de bronze e nas superficies planas, tratadas com marchetaria 111 \ 1\111 illcrusta<;ao de madeira, 0 japonesismo suscita 0 gosto do vazado, das \".1 1IIIIIr
II.ld,,~
MI':;I IIA, - Esse excesso ornamental e mais discrete em Majorelle, ouII" I 1IIII,Illi cia escola de Nancy, cujos moveis conservam uma pureza de linhas . ,I,' 1'1 \llllll\'Ot.:S em conformidade com a marcenaria antiga. Os acentos neoI III', II '1'Ill
(':ull'ira "til' "lIlhl'la" de (;alll\
Mesinha de Majorelle (I'aris, Museu de ArIes Dccoralivas)
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(Paris,
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II "INA Ill, 111111',1 (). - Um ritmo rege a concepc;;ao de conjunto do move I , " I" ." 01:11> lillll"I."', lVIaleabilidade, dinamismo, senso plastico e sobriedade da "'11.1111,'111 ,I";IQ; ,;Ill csl as as qualidades de Gaillard, racionalista apaixonado por 11111 ',111I1 ' llli"'IIO 'slrillural que 0 aparenta as vezes a Guimard. 1, 1\'1 I III ",\Ni'(), (Aln:IRA F MESA. - Uma verdadeira inven<;ao plastica ,,[,1''':,,11 11m Ill''>V 'is de Ciuimard, A unidade da forma deve-se a urn senti do 1111111'" Ipll' :.• \' 1','( '11lk a I
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ESTILO ART NOUVEAU
Villa Flora /22, rue Mozart, Paris (1909-1912), de Hector Guimard (1867-1942) 1',11,1',11:1 pl'l')pria casa, construida numa area restrita, 0 arquiteto Guimard "1"'1111"11 1IIIIa f<'lIs;"io nrganica menor. 0 jogo das curvas, dos panejamentos, ,I, ", 11I11:IIIIL'lllo~ caJll'l,1dos c a variedade das aberturas compensam a assime111.1 111111111111 ida pclo peso dos andares superiores e dos telhados em compara, I" 1'"\1,1\ Pili 1 'S haixas, Os contrastes de materiais se reduzem a jun<;:6es sutis , lilli' " IIIPh) " :1 Pl.:uJ'(\ ao redor das aberturas. As oposi<;:6es de volume se res11111 '\'111 .111 101 .• :" 1 I guido fora do corpo do edificio e coberto pOl' urn telhado Ii ,I, I" 1It1"II1i', ,"!',III1
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ESTILO ART DECO: ELEMENTOS DE DECORA<;AO
1\ CiEOMETRIZA<;::Ao. - 0 advento do estilo art deco, consagrado em Pap 'Ia exposir;:ao internacional de Artes decorativas de 1925, corresponde a 1111\ ~ 'llsivel recuo do repert6rio vegetal. As ondula<;6es linea res inspiradas pela 11111:1 sao substituidas POl' combinar;:6es de formas geometricas. Tal escolha de j'L'1l111 'Irizar;:ao deve-se a incidencia do cubismo sobre as artes decorativas: moi 1111'111 () pict6rico e depois escultural Iigado a uma busca analitica e objetiva .1,1 J'orma. Mas, de urn modo geral, a influencia do cubismo consistira apenas 1111111:1 gl::ometrizar;:ao superficial da ornamentar;:ao tradicional, com a excer;:ao .I' ,tI)'.llllS decoradores e arquitetos de vanguarda em cujas obras predominarao n<, Illlbricar;:6es de angulos e 0 grafismo geometrico. Em alguns, 0 despojamenIII tlils superficies sera acompanhado da predile<;ao pelo angulo reto, pelas coIl", jlJ'illlcirias e pelas formas elementares, cfrculo, retangulo, triangulo, de acordo ""III ilS pl::squisas pict6ricas do neoplasticismo e do construtivismo. Outro mo11111'1110 :lrlistico, ofuturismo, exaltar;:ao da velocidade e da maquina, acentua .1 ',lllIllliJ'ica<,:ilo das formas e as pesquisas sobre 0 movimento.
ESTILO ART DECO: ELEMENTOS DE DECOI A~An
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Frasco de perfume segundo Chevalier
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Ligado ao aparecimento do cubismo, 0 sucesso das artes til "'nll:ls silscita 0 emprego das linhas quebradas, das espirais, das formas toI. III, till ('il,lIlo l:: das lacas escuras. i\ I(
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Embora fortemente estilizados e trans!'.oslo cubista, as rosas e os frutos subsistem em grande numero, rea1'1 III 1.11 IllS 1'111 hllques, em guirlandas, em cestos ou reunidos pOI' urn pano. Sua 1'111' ,1\::111 :Ijlrovcita tambemalibera<;aodacorintroduzidapeiofauvisme.mo1'11111'11111 jlicl(')ril,,:o apaixonado pelos tons puros e POI' grandes camadas de tinta
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iliA. - Tema favorito, tern ampla participar;:ao com as palplumas nas composi<;6es de estilo "Mil e uma noites", inIClllas e cenarios dos bales russos.
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Sllbsiste com suas figuras mitol6gicas, suas liteiras, J'orma de animais defrontados, mas tambem atraves i1rqllitcllirais cujo sucesso aumentara nos anos 1930.
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ESTILO ART DECO: ARQUITETURA
PALACETE DE DiY! COLECIONADOR. - Este pavilhao da exposi<;;ao de 1925 "caracteristico do gosto neocl
ESTILO ART DECO: ARQUITETURA
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PAVILHAO POMONE. - 0 encaixe gratuito de volumes elementares, sem li!',at,:ao com as necessidades do plano, a virtuosi dade plastica e a ornamenta'11,1 Icrinada das superficies planas traduzem aqui uma vulgariza<;;ao do "estilo l'll!lisla" para a busca exclusiva do efeito, Em arquitetura, a exposi<;;ao de 1925 ~~' :llcvc sobretudo a esse estilo decorativo geometrizante, VII LA MARTEL. - A obra de Mallet-Stevens (em particular em Auteuil) "pi ,'scilia a expressao consumada das concep<;;6es monumentais do estilo 1925. I oil tjllilclura cllbica encontra ai uma concep<;;ao total em sua massa e em suas I "IIH;' \l'S harmoniosas entre a forma exterior e os imperativos de pIanos e de l"'I',I~"'S irliCliores livres. 0 desaparecimento da ornamenta<;;ao, a imbrica<;;ao 1'"lltl"II\(II\ dos volumes elementares e das superficies governadas pelas hori1l1\lni~ c' vcrticais devem-se a uma grande mestria. Ao mesmo tempo, 0 jogo tI.". "III':lix 'S c dos recuos, submetido a complexidade do plano, suscita urn di11.I11I1~1I\() t: 11111 sentido das propor<;;oes que, em seu refinamento plastico, assi'1111.1111 :1 alqllilclura a escultura.
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Pavilhao
Paris, villa Martel de Mallet-Stevens (1925-1926)
I' WII 11,\0 1)1\ i\RT NOUVEAU. - Opositores do cubismo, que julgam ain01.1 1'''1 tI 'llI:tis dccorativo, Le Corbusier, Jeanneret e Ozenfant pregam 0 inte"",..,' .... I..'lil·1) da iIH.luslrializa<;ao atraves do "elemento padronizado". Segun.I., .·1,··.. I) IIH'ldl110 {: rator de unidade e nao de uniformidade. Essas concep<;;6es ,11.111"111111 :1 "llilil.at,:,lo sistematica das tecnicas novas, como 0 concreto arma01", '1 Ii: I ,":11111111':1 :tlllori/,a grande Ii berdade de plano e 0 uso do telhado-terra<;;o. (1/'1111'" 1:1I1t1H"llI opta pda intcgra<;ao da natureza a vida urbana e domestica.
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ESTILO ART DECO: DECORACAO INTERIOR
ESTILO ART DECO: DECORACAO INTERJOR
Si\LA DE JANTAR. - Opulentas, refinadas, repletas dos artificios da laca, Ccrro forjado e dos revestimentos de madeiras preciosas, as decorar,:oes de I~ 111 1Illlann conservam as caracteristicas de seus maveis. Como estes ultimos, "Iil~ sc resumem numa habil transposic;:ao ou adaptac;:ao ao gosto 1925 do con111110 e da estetica da epoca Luis XVI, de carMer muitas vezes monumental. (1lllllJriria citar muitos outros decoradores que permaneceram fieis as concep1,'<) ", Iradicionais, como Paul Iribe, Andre Groult, ou Sue e Mare, fundadores 1:1 ('olllpanhia das Artes Francesa. dt)
()II RTO DE JEANNE LANVIN. - Esta decorac;:ao permanece uma rica expi t' S:lll do ecletismo de Rateau, que mescla os motivos 1925 (arcos, palmas, 11\:II)',clridas estilizadas) as urnas e aos faisoes de bronze patinado da Antiguid,llk OIl do Oriente. I'lil UI"I () 01', VESTiBUlO. A tom ada de consciencia, no pas-guerra, da , \' dlll:llll dos mod os de vida, especialmente da exiguidade do espa«o no habiI,ll III [)illlll, ,suscita novas concepc;:6es de conjunto baseadas nos principios de .11' 1:1111<'lllp, de espar,:os livres e de simplificar,:ao. A isso acrescenta-se 0 recurso .1', IIIlV:IS 1os,sibilidades tecnicas: paredes corredir,:as, iluminac;:ao do exterior por 11111'rlll~'dil) dc uma fachada de tijolos de vidro, na casa do Dr. Dalsace (19281'1 \ Il, l'lll'lid;'\rio de uma mobilia incorporada na arquitetura, Francis Jourd 1I1I 111l1:1 pllr lima reduc;:ao da ornamentar,:ao e do mobilia rio ao estritamente 111'1 ''',',;'11 IOI'IIl uorne de um equilibria perfeito entre os diversos elementos, conI "I lId,,', Pill it screlll execulados de maneira industrial. Sob a egicle cia Uniao dos \ I II ',I ,I', rVltldl'rtlOS, funclacla em 1930 por Mallet-Stevens, Raymond Temple, I 1,11111', 111IIr(\;liu e outros artistas, esse meio deixara a mostra 0 processo de l,rI'II",I',:;I\) C 1\ UitlllrC7,a especifica do material em interiores cada vez mais con'11I1',l.ld", 1l<'lIIS !'Ol'lllas geomelricas da arquiletura,
Sala de jantar d,· Rllhimilllll
Quarto de dormir de Jeanne Lanvin de Rateau (Paris, Museu de Artes Deeorativas)
Projeto de vestibulo de F, JOllrcluill
I',\ VII 11.'\1) I)() I'SI'il\lI'O NOVO. - Fiel ao principio de paclronizac;:ao, Le Cor1'11',11'1 :,111" illl\.: os ull'lveis que acrescentam formas suplementares a arquitetu1,1 ,II" filili 0,' pOl' cslitllics mct{tlicas que "se fornam arquitelura" ao mesmo I' "11'" '(Ill' slIhslillf('1I1 0 Illobili,'trio Iradicional clc guardar objelos (area, apa1,,1111. ,111I\ill 1(1), ('ad 'iras t.: pollrllll:ts sao cOlll;ehidas de acordo C0l11111l1
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ESTILO ART DECO: MOBILIA-RIO
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Adaptayao flexivel ao gosto do momenta
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1I11l:t cOllcep<;:ao artesana[ pelo seu acabamento e lu-
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p '/a l'k'Lll1cia refinada das linhas, dos pes afunilados de
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';1I1clados que prolongam a curva dos montantes e pelo
I" '11111 ! L' ("JIIi;1 do ma(erial: madeiras de cores quentes, filetes de marIII Ii ", ,II ''', 1111 l'lIl lil.'allt'o, pcle de raia e de tubarao tratada (galuchat) , 1111 I'
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f.:s(cira de Ruhlmann, Groult, Iribe, Leleu transp6em 0 ,I ii" I III', I pal;1 cri:Ii,:ck's redondas e alegres, Por sua vez, Sue e Mare reco" 1111 I 111111'111;1 :1' 1'1lrJlI:\., l,uis-Filipe aU'aves da amplidao e da s6lida coesao ,II \'1111111\,,111 dl'il' . N;I
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Bergere gondola de Groult (1925, Paris, Museu de Artes Decorativas)
.\1~ ~ IJ\1\1{) J>1e ISTII.() NEGRO, -
Em bora adepto da geometriza'Illar 'S, [,egrain nao subscreve as tendencias arquitetuI II" \,1 ,III" 11.11 tI;l. Sl'\IS III1)v..:is "cubistas" , pelo luxo do material e pelo aspecI" ,I. ' Iii '"I 1I111"i\ " , volLIII} :Is costas ao credo da arte industrial e da adaptaI III III' Ilpll 'Ill (Jltjllill'(lIr:t1, ('om Marcel Coard ou Guevrekian, antes opera ' " " I 1111 1,1') "1111" I) "lliJislllO 'a voga das artes africanas com seu gosto pelas I ",, , I I' 11.111' 1.1:, j'S\'IIIO~', IIclas llwdeiras de palmeira, pelas guarni<;:6es de per, 1111111ltll, 1'1'1.1:, 11111111\." illspirmlas nos tambores de cerim6nia e pela escultura, (
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'hendo 0 move! como construtor e arquiteto e, porIl1l1i'. 111,",11"11,1 lip,a ';111 COlli "lla fun<;:ao e com seu contexto, Chareau opta II, I t .I"·llIJ·.,,:r,,) tI" VlllillllCS puros cujo material cuidado exclui 0 ornato, Inova .111I1 II I 1"'''IIV,IIIIIJ1I;I~; iIlClill;JlL!S laleralll1ente, com 0 recuo da estante de porI I • '\1 If til' .J>, " II I,,"SPllj:llllelllo clas l'orll1Js, "I
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Arm:\rin tI., 1'~liIn 111'1\'" ,•• I ,I "It (Paris. MusI'u Ih' Arj." II. .\ II,
Cadeira de estilo negro de Legrain (Paris, Museu de Artes Decorativas)
Tllllllt~'1I1 ~sln:il;\lllcn(e
dcpcndente, para Mallet-Stevens, de illicrior, 0 ll1ohili;'lrio sc amolda as formas geometricas oIltJllllt'llll:l. ,'II:Il.':\~Cul,::io em Illcl<:\1 pilltado ou em tubo de ayO niIJIl'llj'III,I;t l'llplllr" \II1C "os aliOs (rinta" operarao com 0 estilo art
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Camiseira de Ruhlmann
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ESTILO ART DECO
ESTILO ART DECO
Escritorio-biblioteca Projeto de Pierre Charreau (1883-1950) I I,",
'ullccbido para
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pavilhao da Embaixada francesa da exposi<;ao das Ar-
ill' 'pralivas de 1925, este escrit6rio-biblioteca resume bern as tendencias es-
':IS cia epoca art deco, Primeiro, a fidelidade do mobiliario as formas do 1111.11 du scculo XVIII, com esta pol trona em forma de gondola como uma ber0;,'1,' I 11r., XVI, porem simplificada, rejuvenescida, em suma, adaptada ao gos1,( .Ill /l11)IllCnto, Depois, e sempre no mobiliario, uma exigencia racionalista, d"',I:, I ' / 11:1 origem da renova<;ao das formas e dos materiais, com a secretaria , 11111 ,'\ 'J'ivaninhas l'lterais dispostas em pianos inclinados para evitar qualquer III 1\ :IIIC:II11cnro Lie papeis, com puxadores de a<;o polido, com armarios late1,111, '"lIil'lll 'S abrindo-se no lado, Inova<;6es prciticas que absolutamente nao ex,111"111 II 111.~o do acabamento e dos materiais: a secretaria e de acaju e carvalho I, .1'(1',111:1 ill' jacaranda, 0 classificador de cartas dissimulado por portas coned, ,I', "'1 '('111m c revestido de couro de porco, Finalmente, em sua estrutura, " ,dllilli' I'in:lliar do aposento se presta a uma notavel flexibilidade de combi11.1' '11", 1\, P:I[' 'des da biblioteca desaparecem quando se quer sob paineis corI' ,III:' II, .II' Ill:ldcira de palmeira, Dois pilares sustentam uma cupula que pode II I 1,11':ldii. IIIlS lllOlTlCntos de intimidade, por um teto de finas laminas igualIII 1111' (lil1nli';Hs. dis[)ostas segundo uma composi<;ao radial, que funcionaconI'"II,III'-llll' "11111 1I11Ja parte dos lambris, A exigencia funcionalista aqui se une , ,l I 11111 II II
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'REDI'f S FOTOGRAFICOS ) (1"'1,111:1 ,il' rosIO): 1'010 Gir~udon - p. 21: foto Roger-Viollel - p. 29: foto Lauros-Giralldon II. fl.ln I\R(). I'OTO., Paris/SPADEM - p. 59: Foto B. Balestrini - p. 83: Foto AndersonV",II"I I' "n: I'llin ARQ. f;OT., Paris/SPADEM - p. lll: foto Arquivos Edi~6es Anhalld - p. j 21: 11111111'1 p. 135: 1'010 Laul'Os-GiraLldon-p.151: fotoArquivosEcli~6esArthalld-p.155: 1'0,,, "11I1I'n, hli,'o<:, Anhalld - p, 165: foto Hirmer - p. 179: foto Lamos-Giraudon - p. l89: foto 1111 1111'1 p. I Il'): 1'010 Ci<:done-Bulloz - p. 209: foto ARQ. FaT., Paris/SPADEM - p. 219: foto SullyI."d,,"··o, ~11I'C\l <1<: Aries Decoralivas. I'
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