Boris Eikhenbaum: Eikhenbaum: COMO É FEITO O CAPOTE DE DE GOGOL (p. 227 Formalistas Russos )
I A omposi!"o #a no$e%a depende muito da par&iipa!"o #o &om pessoa% #o au&or em sua estrutura. Este tom pode ser 1. um princ princípi ípioo organi organizad zador or,, criand criandoo uma narra!"o #ire&a. Mas pode ser apenas 2. uma ligaçã ligaçãoo formal formal entre entre os aconte acontecime cimentos ntos (papel (papel auxil auxiliar) iar).. A noela primitia (romance de aenturas) n"o necessita da narração direta por!ue o interesse e moimento são determinados pela sucessão r"pida e inesperada de acontecimentos. # princípio organizador da noela primitia $ uma ombina!"o #e mo&i$os e de suas motiaç%es, motiaç%es, assim como o da noela c&mica $ uma anedota fundamental fundamental . A omposi!"o #a no$e%a torna'se diferente se a trama (cominação de motios e motiaç%es) perde seu papel organizador, organizador, i.e., se o narra#or destaca'se destaca'se,, serindo's serindo'see da trama trama apenas apenas para ligar os procedime procedimentos ntos estilísticos particulares particulares 1. *ransfe *ransfere'se re'se o centro centro de grai graidade dade da trama trama para os proe#imen&os proe#imen&os #e narra!"o #ire&a+ 2. adapta adapta'se 'se o efeito efeito c&mi c&mico co prin princip cipal al aos aos &roa#i%hos. #s efeitos c&micos dependem da maneira de conduzir a narração direta. #s pe!uenos nadas-tornam'se essenciais no estudo deste gnero. /" duas esp$cies de narração direta c&mica 1. o narratio narratio (limita' (limita'se se a piadas, trocat trocatil0os il0os,, etc). eixa eixa a impressão impressão de um discurso discurso uniforme. uniforme. 2. o repres represent entati atio o (intro (introduz duz proced procedime imento ntoss mínimo mínimos, s, gestos gestos,, trocas trocas de palar palaras, as, dispo disposiç siç%es %es sint"t sint"tica icass izarras, etc.). etc.). eixa'nos entreer entreer um ator !ue o pronuncia. Assi Assim m, a narra!"o #ire&a torn torna' a'se se um ogo ogo on onde de a ombina!"o de piadas piadas não mais determi determina na a composição, mas o sis&ema de diferentes treeitos e moimentos articulat3rios singulares. Encontramos material fecundo para o estudo da narração direta- nas no$e%as #e Go'o%. A composição $ apenas apenas definida definida pelo enre#o pore, pore, inexiste inexistente. nte. 4ogol 4ogol parte parte de uma si&ua!"o mia !ual!uer !ue sere de pretexto para noa acumulação de procedimentos c&micos. Ex O Nariz se se desenole a partir de uma anedota+ O Casamento, O Revisor , de uma situação est"tica+ Almas Mortas $ uma ustaposição de cenas diersas ligadas pelas iagens de *c0i5o. 4ogol sempre intimidou'se pela necessidade de dar &rama 6s suas oras 7ara !ue uma noela ou o conto ten0a sucesso, $ suficiente !ue o autor descrea um !uarto ou uma rua !ue l0e sea familiar-. 'me algum assunto sea ele diertido ou não... e eu l0e farei em 8 tempos uma com$dia em 9 atos-. 4ogol procura anedotas com fre!:ncia. 7or outro lado, 4ogol se destaca por saer %er suas pr3prias oras. istinguimos nele 2 es&i%os #e %ei&ura: 1. a decla declama mação ção pat$ti pat$tica ca e melodi melodiosa osa e 2. a maneira maneira particular particular de apresent apresentação ação (imitaç (imitação ão mímica mímica !ue não se transforma transforma em simples simples leitura leitura teatral de pap$is). ;aemos !ue 4ogol espantou uma asseml$ia ao passar sem transição da conersa 6 representação, de sorte !ue seus lamentos e frases não foram compreendidos como parte desta. 7ríncipe #. 4ogol passou a ser o mestre da arte de ler... ler...
stico tornam 'se significatios, significatios, independentemente do sentido l3gico e concreto. Ex 4 gosta de sustantios, nomes, apelidos, etc.(campo para ogo articulat3rio). articulat3rio). 7or outro lado, seu discurso $ acompan0ado acompan0ado de 'es&os e toma a forma de uma imitação sensíel sensíel at$ em sua forma escrita. *estemun0o dos contempor?neos #olens5i 4ogol interpretando as reclamaç@es de um sen0or. ;mirnoa a import?ncia dos nomes em 4ogol (colorido típico). ;ua engen0osidade neste domínio. 4ogol sempre
soue inentar nomes risíeis ac0matc05ine (as0mac5B sapato) em # CapoteD tornou'se pretexto para trocadil0o. ' As ezes, escol0e com premeditação nomes " existentes A5a5 A5a5ieitc0 ' #utras ezes, utiliza nomes para fazer trocadil0os (MoliFre, Gaelais, etc). 7ortanto, em 4ogol, a trama tem apenas import?ncia marginal, $ est"tica. ' A din?mica erdadeira e a composição de suas oras estão compreendidas na construção narrativa, no jogo do estilo.
';eus personagens são apenas a proeção imoilizada de uma atitude. # artista (int$rprete e 0er3i erdadeiro), domina'os pela alegria e gosto pelo ogo. A partir destas posi!-es 'erais sobre a omposi!"o , tentaremos esclarecer a ase da composição fundamental de # Capote. Esta noela $ particularmente interessante para este gnero de an"lise, por!ue ' a narra!"o puramen&e mia (!ue se comp%e de todos os procedimentos do ogo estilístico pr3prios a 4ogol) , incula'se 6 #e%ama!"o pa&/&ia (!ue constitui uma segunda ase de composição). #s críticos tomaram esta 2 a. ase como fundo e todo o lairinto de unç%es-complexo era reduzido a uma certa id$ia, !ue os estudos atuais sore 4ogol ainda repetem. Hls en saent plus long !ue moi-. II p. 202 Consideraremos I . os proe#imen&os prinipais #a narra!"o #o Capote e II . seus sis&ema #e ombina!-es. I 1roe#imen&os prinipais . Troa#i%hos desempen0am papel importante, no início. Estão construídos ' ou por analogia f&nica ' ou por um ogo de palaras etimol3gicas ' ou por um asurdo suentendido.
' o princípio da sem?ntica f&nica e não conforme ' o princípio de designação de traços característicos. A $is"o in&erna nem $ aflorada a frase no deixa a impressão de uma sucessão f&nica terminando por uma palara !uase destituída de sentido l3gico mas poderosa em expressiidade articulat3ria 0emorroidais-. 4ogol colocaa por ezes uma palara sonora unicamente para oter certa 0armonia- Essas palaras são apenas perceptíeis como unidades l3gicas, designando noç%es+ decompostas e recompostas conforme o princípio do discurso f&nico.D esse $ um dos efeitos marcantes da linguagem de 4ogol. Algumas de suas frases criam um releo f&nico a articulação e ac>stica são promoidas ao primeiro plano. # autor apresenta a palara de tal maneira !ue a ;ão l3gica ou concreta desaparece+ a sem?ntica f&nica $ despoada e a simples designação toma a aparncia de alcun0a. Exs. 7.289 4ogol não usa o discurso neutro ((noç%es concretas em proposiç%es corretas). # discurso f&nico ( articulação e mímica) $ alternado com uma entoação tensa !ue sustenta os períodos. ;uas oras são construídas a partir desta altern?ncia. Ex p. N Capote período declamat3rio e pat$tico 0" uma 0ora...A5a5 A não procuraa nen0uma distração-. 7eríodo enorme, !ue at$ o fim conduz a entoação a um ponto de tensão extrema, termina num esfec0o de simpliciade inesperada. ;entimos desac&rdo c&mico entre ' a tensão da entoação sint"tica e ' sua consistncia sem?ntica. (escol0a de palaras, anedota) . Esta contradição age sore as proprias palaras, !ue se tornam estran0as, ins3litas, soam de maneira inesperada e ferem o ouido como se inentadas pela primeira ez. Ex p. 9 Capote outro período declamat3rio sentimental e melodram"tico, !ue se integra no estilo dos trocadil0os. O a passagem 0umanista-, ista pela crítica russa como a essncia da noela, em ez de conserar sua função de proe#imen&o ar&)s&io seun#4rio eixem'me... e o oem coria então o rosto...- Esta passagem pertence 6 segunda ase (alterna o estilo aned3tico dos primeiros esoços com os elementos de uma declamação pat$tica) . Em O capote, 4ogol deixa seus persona'ens falarem muito pouco seu discurso $ formado de modo particular, de modo !ue as r$plicas são sempre estilizadas e o discurso não d" a imipressão de uma linguagem familiar. As palaras de A5a5 entram no sistema geral do discurso f&nico e da articulação mímica de 4ogol, sempre elaoradas e acompan0adas de coment"rios A articulação fragment"ria de A5a5 (O preciso explicar !ue A5a5 se exprimia por ad$rios, preposiç%es ou partículas sem sentido...-p.P) $ contraposta 6 linguagem de 7etroitc0 concisa, rigorosa e fec0ada, sem nuança de linguagem familiar, suas palaras são tam$m recuscacas d conencionais com as de A5a5. Como sempre em 4ogol, estas frases estão fora do tempo, do momento, imut"eis e definitias $ uma linguagem de marionetes.As palaras pr3prias de 4ogol, sua narração, são reuscadas. ' Esta narração imita um palar3rio negligenciado e primitio. #s detal0es sup$rfuluos aparecem como inolunt"rios. 7.Q os padrin0os de A5a5. ' #u então sua narração toma o car"ter de um eralismo familiar p.R -seria mais coneniente... não nos estendermos sore esse alfaiate...-.Ap3s esta declaração caracteriza 7etroitc0, indicando !ue ee em cada festaD essncia do procedimento comico. Hgual ocorre com sua esposa. 7. R. e uma ez !ue fizemos alusão a essa pessoa....-. Este estilo de narração apresenta'se de maneira incisia em p. 1Q'9 sentimos muito não poder dizer onde mora o funcion"rio...-. Acrescentando a esta frase os !ual!uer-, não me recordo mais-, etc, tem'se uma imagem do proe#imen&o #a narra!"o #ire&a, !ue d" a toda noela a aparncia de uma 0ist3ria, mas na !ual nem todos os detal0es são con0ecidos do narra#or. Ele se afasta oluntariamente da anedota principal e aí insere anedotas digressias Sconta'se !ue...-, etc. A id$ia da noela eio a 4ogol a partir de uma anedota de c0ancelaria-, acerca de um funcion"rio !ue perdeu o ruzia para o !ual economizara durante muito tempo. Hnicialmente tin0a como título a 0ist3ria de um funcion"rio !ue roua um capote-. 4ogol atenuou o procedimento, inseriu trocadil0os e anedotas e tam$m a declamação, tornando complexa a a. base omposiiona%. Gesulta assim um e,ei&o 'ro&eso , no !ual ' a dissimulação do rir alterna'se com a do ' sofrimento e uma e outra tomam sentido de um 5o'o, em !ue se sucedem gestos e entoaç%es. III p. 206 Examinaremos agora esta altern?ncia (ogo), a fim de apreender o &ipo #e ombina!"o #os proe#imen&os par&iu%ares. Estas cominaç%es são opç%es da narra&i$a #ire&a (de car"ter mímico e declamat3rio
e não de acontecimentos sucessios) não $ um narrador, $ um Go'o% in&/rpre&eome#ian&e !ue transparece no texto. Tual a &rama (es!uema) desta representaçãoU Trama A noela inicia por um on,%i&oVinterrupçãoVrusco mudar de tom. A introdução r"pida (no Ministério) p"ra suitamente e a entoação $pica do narrador d" lugar a um &om sar4s&io . A composição primeira $ sustituída pelas "rias #i'ress-es , das !uais resulta um efeito de improisação. do sentimental e primitio deste texto exprime'se pela auda de uma en&oa!"o de intensidade crescente e car"ter solene, pat$tico (os e introdut3rios 0aia !ual!uer coisa de estran0o nestas palaras... e por muito tempo... e mais uma ez.... Este procedimento relemra o proe#imen&o 3nio no !ual o ator sai de seu papel e dirige'se direamente aos espectadores (e !ue zomaU e ocs mesmos). Estamos 0aituados a compreender literalmente esta passagem o proe#imen&o ar&)s&io !ue ' transforma a noela c&mica numa farsa grotesca e ' prepara a conclusão fant"stica$ tomado (Laramzine) por uma interenção sincera e autntica do autor. Esta interpretação destr3i a estrutura de O Capote e seu esoço est$tico. Jma ez adotada a proposição fundamental W nem uma s3 frase da ora lit. pode ser em si uma expressão- direta dos sentimentos do autor, mas $ sempre construção e ogo W não podemos e não devemos er em semel0ante texto senão um certo procedimento artístico. # traal0o 0aitual (identificar um ulgamento particular na ora com um sentimento suposto do autor) conduz a cincia a um impasse. # ar&is&a não pode nem dee ser recriado a partir de sua criação. 8 obra #e ar&e $ um oeto acaado ao !ual se deu forma (e se inentou), !ue não $ s3 artística, mas artifical+ por!ue não é, nem pode ser , uma proeção da experincia psicol3gica. # car"ter artístico e artificial deste procedimento de 4ogol no Capote $ reelado pela cadncia desta frase melodram"tica utilizada pelo aturo para acentuar o grotesco o in"ortunado jovem co&ria então o rosto, e mais uma vez,... !averia de estremecer... naueles ue o mundo considera pessoas !onestas e de &em...(p.9). # epis*#io me%o#ram4&io $ utilizado para contraste com a narra!"o mia .Tuanto mais os trocadil0os são 0ailidosos, mais o procedimento !ue rompe o ogo c&mico dee ser pat$tico e estilizado (sentimentalismo ingnuo). Jma s$ria reflexão não teria resultado ' nem contrastando ' nem conferindo um cara"ter grotesco 6 composição. 7or isto, logo ap3s este epis3dio, 4ogol retorna ao estilo precedente, impessoal, folgazão e tagarela, entrecordado de trocadil0os )oi s% então ue ele se deu conta de ue não estava no meio da p#gina, mas sim no meio da rua. Ap3s ter explicado como A5a5 come e deixa de comer, 4ogol retoma a declamação, mas em tom dierso mesmo nas 0oras em !ue... 7ara oter o mesmo e,ei&o 'ro&eso , introduz'se uma entoação surda, enigm"tica, !ue cresce ao longo de um longo período, de simplicidade inesperada o e!uilírio esperado entre a energia sem?ntica do longo crescento (!uando... !uando... !uandop.N) e a cadncia, n"o $ realizado, assim como o anuncia a pr3pria escol0a das palaras assim decorria tranuila a es*ist'ncia deste !omem ue... p.I).
Este desen0o esoçado na primeira parte e !ue entrecruza a narração puramente aned3tica com a declamação melodram"tica e solene, !ualifica toda a composição do Capote como 'ro&esa. # estilo do 'ro&eso exige ' !ue a situação ou acontecimento descrito estea enfeixado num mundo artificial, reduzido a dimens%eslilliputianas e isolado da realidade, de uma ida interior erdadeira+ ' !ue se aandone todo oetio did"tico ou satírico, ' !ue se proceda para tornar possíel um jogo com a realidade, de modo a decompor e deslocar esses elementos, com a finalidade de !ue as conex%es e ínculos 0aituais reelem'se neste mundo reconstitu+do como ireais e !ue todo detal0e possa tomar dimens%es gigantescas. aseado num estilo semel0ante, o menor islumre de sentimento erdadeiro toma uma cor supreendente. cias e ' destruir as proporç%es 0aituais do mundo. O aseado neste princípio !ue $ feito o es9uema do Capote. <ão se trata ' da nulidade-de A5a5, nem ' do sermão do 0umanismo-para com o irmão infeliz, mas da possiilidade !ue 4ogol ot$m de unir o desunido, de exagerar o insignificante e reduzir o importante, tendo antes isolado o mundo da noela da rea%i#a#e.
(p.9). Este mundo tem suas pr3prias leis e proporç%es. ;egundo a lei deste mundo, a ac!uisição de um capote noo torna'se um acontecimento colossal e 4ogol nos d" a ,*rmu%a 'ro&esa como son!asse todo o tempo com seu "uturo capote, servia-l!e esse son!o de alimento su"icente, em&ora imaterial... como se uma compan!eira gentil !ousse consentido.... a&ela pelica nova, com "orro acolc!oado... #s pe!uenos detal0es eleam'se a função de 1. plano. Ex a un!a de etrovitc! (ria e grossa), sua ta&aueira (ornada com retrato de um general).( 7rocedimento
grotesco acentuar os detal0es e deixar de lado os importantes). Esta 0iperolização grotesca se desenole como anteriormente sore o fundo de uma narração c&mica, entrecortada de trocadil0os, palaras e expres%es engraçadas, anedotas, etc.Ex o personagem importante p. 1R+ um certo consel0eirotitular, p. 1R. Ao mesmo tempo, o autor toma-por ezes a palara num tom negligente adotado desde o início e !ue parece dissimular um treeito pode-se dar tam&ém ue ele não ten!a pensado em nada semel!ante não é poss+vel escrutar a alma !umana (trocadil0o) e desco&rir tudo o ue ela pensa (oga com a anedota como se fizesse parte da realidade). 7. U A morte de A5a5 $ narrada num estilo tão 'ro&eso como o de seu nascimento, em !ue se alternam detal0es tr"gicos e c&micos, interrompidos suitamente e en"im o po&re A/a/0 entregou sua alma. (trocadil0o at$ a!ui), de onde se passa imediatamente para min>ciasenumeração da !erança (pacote de penas de ganso...), !ue termina por uma conclusão no estilo 0aitual uem se apoderou de tudo isso1 2eus o sa&e3 2evo con"essar ue o autor desta narrativa não se precupou a&solutamente em sa&'-lo. (p.21) Ap3s tudo isto em noa declamação melodram"tica, !ue podíamos preer ap3s a descrição de uma cena tão triste (!ue nos remete 6 passagem 0umanista-) e eters&urgo "icou sem A/a/0 . 2espareceu para sempre... microsc%pio.(p.445. # fim do Capote $ ma ipressionante apoteose do grotesco, como no G evisor. #s s"ios ingnuos !ue criam
er toda a noela na passagem 0umanista-, ficaram perplexos diante da introdução inesperada do romantismo- no realismo-. # pr3prio 4ogol l0es sugere entretanto, A/a/0 ainda não dissera sualtima palavra... nossa narrativa vai ter ue se encerrar com uma nota "ant#stica e inesperada(p.p.445
Com efeito, a conclusão não $ nem mais fant"stica nem mais rom?ntica- !ue a noela inteira. 7elo contr"rio, nesta ( O Revisor ) 0aia um erdadeiro grotesco fant"stico apresentado como ogo com a realidade+ na!uela (O Capote), a noela passa a participar de um mundo de imagens e fatos mais 0aituais, mas o todo continua seu ogo com o fant"stico. O uma noela fingida-, um procedimento do 'ro&eso re$erso 6ogo o espectro parou, voltando-se.... trevas da noite.(p.29) A anedota desenolida no final nos distancia da pore 0ist3ria-e de seus epis3dios melodram"ticos. O m retorno 6 narratia puramente c&mica do início e a todos seus processos. Com o fantasma de igodes, todo o grotesco desaparece na somra e se dissole no riso. 1P1R.