Aula 7: tráfco – História do Brasil I
'= $tapa: co2o unciona/a u2a co2pan1ia
Herb rber ertt S. Klei Klein. n. “A orga organi niza zaçã ção o Texto: He europeia do tráfco” e “A organização aricana tráfco co de escr escrav avos os no do Tráfc ráfco o”. In: O tráf Ribeir irão ão ret reto: o: !"# !"#$% $% $dit $ditor ora& a& Atlântico. Ribe '((). *The Atlantic Slave Trade& +,,,-
%o2pan1ia co2ercial& doi0 a cinco co2erciante0 903cio 903cio00 ligado ligado00 por parent parente0c e0co o ou a2izad a2izade;. e;. < empresa – Caioria de00a0 associa8es en/ol/ia260e co2 outro0 neg3cio0 ta2b52. 9J';
Klei Klein: n: H pela ela "ni "ni/er0 /er0iidad dade de %1ica 1icag go& proe proe00or 00or de %ol %olu2b u2bia& ia& e0c e0cre/ re/eu eu 2ai0 2ai0 de dua0 dua0 deze dezena na00 de li/r li/ro0 o0.. !az u2a u2a 1i0t 1i0t3r 3ria ia 0oci 0ocial al&& econ42ica e de2ográfca do tráfco.
arceria0 arceria0 < 0ociedade0 0ociedade0 an4ni2a0 < >ue oerecia2 ap3lice0 ou açIe0 na0 /iagen0 < “Cini6cco2pan1ia para u2a epedição” < dono do na/io < ARMADOR – /endia /endia parte parte da epedi epedição ção para para in/e0tidore0 eterno0. * 2e0e0 para preparar a epedição- 9JL;
Argumento Argumento 1: Tráfco de e0cra/o0 oi u2 do0 e2pree e2preendi ndi2en 2ento0 to0 econ42 econ42ico ico00 2ai0 2ai0 complexos no 2undo pr56indu0trial. !oi o 2aior 2o/i2ento de trabal1adore0 para a0 A25rica0 ante0 do 787. 9); ágina ágina ): ergunta0 ergunta0 eita0 0obre o tráfco < %8TAR. %8TAR.
“A organiza!o europeia do tráfco" += etapa: >ue2 az #o in?cio& #stado te/e te/e pape papell und unda2 a2en ental tal.. $2bor $2bora a aconte acontece0 ce00e 0e de0de de0de 1$$% 9co2erciante0 europeu0 >ue le/a/a2 e0cra/o0& ouro e 2arf2;& ele le/ou centenas de anos para se desen&ol&er. @: #stado < 0ub0?dio0& taação& controle de Buo& contrato0 de 2onop3lio. !ez tráfco uncionar para a A25ri 5rica. Cuito0 ano0 para 2ontar u2a e0trutura& u2a rede de unciona2ento. 2ant nti/ i/era era2 2 u2 2ono 2onop3 p3li lio o at5 at5 'ortugueses: 2a 05culo 7D8& 2a0 Eá no fnal de00 e00e 05cu 5culo co2eça co2eçara2 ra2 a 0ore 0orerr concor concorrFn rFncia cia:: 1oland 1olande0e0 e0e0&& rance rance0e0& 0e0& 8ngle0 8ngle0e0. e0. 9@; 9@; Holandeses os 1os a desafar desafar o monopólio( monopólio( ina2ar>ue0e0 e 0ueco0 aparece2 no tráfco 9;
)onopólio*+ompan,ias: 2antida no in?cio e por algu2a algu2a00 co2pan co2pan1ia 1ia00 de co25r co25rcio cio at5 o 05c 05culo ulo 7D88& 88& 2a0 n!o n!o -oi -oi o .u .ue e -oi -oi pred predom omin inan ante te. %u0to0 2uito alto0 do e2preendi2ento& 0urge2 co2pan1ia0 9,; < %o2pan1ia da0 ?ndia0 ocidentai0 2ai0 be2 0ucedida 9,;. e/ido a grande grande A/0)#2T3: +om4rcio li&re: e/ido co2petição europeia e o con,ecimento a-ricano a-ricano desta competi!o competi!o& arica aricano0 no0 pouco pouco acei ceitara tara2 2 u2 co2 co25rc 5rcio 2onop onopol oliizad zado por >ual>uer nação europeia. %o25rcio criou zona0 de inBuencia& 2a0 nen1u2a região oi eclu0i/a. 9;
+32+563: Gá no 05culo 05 culo 7D888& o “li/re co25rcio en/ol/endo e0cra/o0 1a/ia c1egado 2aioria da0 naçIe0”. Ca0 e0trutura 1a/ia 0ido 2ontada pela0 co2pan1ia0& rota0 be2 e0tabelecida0. 9J(;.
L= etapa: >ue2 az
+apit!o do na&io < >ue2 2ai0 lucra/a depoi0 do ar2ador ar2ador.. Caior re0pon0á/el re0pon0á/el pela e2barcação e2barcação e pela negociação de e0cra/o0 na co0ta aricana. 9JL; < +(M do total da carga. )4dicos9 marin,eiros9 suofciais9 na/io0 negrei negreiro ro00 era2 carpin carpinteir teiro9 o9 tanoei tanoeiro: ro: na/io0 2enore0 >ue outra0 e2barcaçIe0 co2erciai0& 2a0 2ai0 populo0o0: tripulação 2aior do >ue >ual>uer outro tipo de barco co2ercial. 9J)6J@; '4ss '4ssim ima a cond condi i!o !o dos dos mari marin, n,ei eiro ros9 s9 n!o n!o pagamento: /irou u2 do0 2ote0 da ca2pan1a contra tráfco na 8nglaterra 9+J(;. nu2ero ro de e0c e0cra ra/o /o00 #scra&os #scra&os na tripula!o tripula!o: nu2e a2ericano0 >ue or2a/a2 tripulação do0 barco0& e0pecial2ente no0 barco0 bra0ileiro0 9regi0tro0 de nor2a0& li0ta0 co2erc erciai0; < LL a @(M da tripulação. 9J; )= etapa: o /alor da0 epediçIe0 N >ue era 2ai0 caro: o &alor das mercadorias >ue 0eria2 u0ada0 para pagar e0cra/o0 na Orica 9@@ 9@@ a @M @M do0 do0 /alo /alore re00 tota totai0 i0;. ;. Cai0 Cai0 caro caro >ue >ue tripulação. ;ema ;emand nda a a-ric -rica ana por por ens ens importados importados sofsticados sofsticados – de2anda azia co2 >ue portugue0e0& rance0e0 e ingle0e0 tin1a2 >ue i2portar i2portar ben0 para azer co25rcio 9J;. < grande grande de2anda por tecido. Tecido0& álcool& ar2a0 de ogo& barra0 'rodutos: Tecido0& de err erro& o& taba tabaco co&& entr entre e outr outro0 o0 prod produt uto0 o0 >ue >ue 2ercado con0u2idor aricano eigia. 9JJ;. nen1u2 u2a a área área ari arica cana na e0 e0ta ta/a /a +onstata!o: nen1 ec1ad ec1ada a a >ual>u >ual>uer er co2er co2ercia ciante nte europe europeu u 9i00o 9i00o contra a 1i0toriografa co2u2;. 9J,;.
+om4rcio en&ol&eu muita gente : co2erciante0 li/re0& >ue a0 /eze0 0e a/entura/a2 por apena0 u2a ou dua0 epediçIe0.
+om4rcio -eito na +osta: concentra260e regiIe0 co2erciai0 para ad>uirir e0cra/o0 na %o0ta aricana. $0cra/o0 /in1a2 do interior& 2a0 ne2 0e2pre de 2uito longe.
= etapa: A lucrati/idade do tráfco =ual -oi a lucrati&idade para europeus e a-ricanos>
@= etapa: co2o era eito
•
ouca ati/idade dentro do continente. !orte0 litorPneo0.
•
#atureza co2plea& de longo prazo& 2uito in/e0ti2ento.
•
#ão 1a/ia concentração de e0cra/o0 no0 orte0 9“ar2azenado0”;& 2a0 c1ega/a2 e2 pe.uenas le&as( #a e02agadora 2aioria& era2 o0 aricano0 >ue controla/a2 tráfco at5 o 2o2ento da /enda para capitão do na/io negreiro. 9,(; •
olF2ica na 1i0toriografa: $ric illia20 e outro0: acu2ulação pri2iti/a para re/olução indu0trial. 5iteratura exagera&a nos lucros para europeus e a-ricanos receendo pouca remunera!o. 9,,;
•
$RU"#TAS #A ,,: %8TAR Klein deende: .ue n!o -oram extraordinários pelo0 padrIe0 europeu0 < +(M era con0iderada u2a taa de lucro 2uito boa na 5poca. 9,,; •
Regra era ad>uirir e0cra/o0 e2 lote0 pe>ueno0. $pediçIe0 de2ora/a2 meses at4 -ec,ar o montante total da e2barcação. 9,+; ara 2ontar carga: na/egação de cabotage2& negociação& onde a-ricanos controla&am o preo. •
$0cra/o0 >ue fca/a2 ali era2 u0ado0 ta2b52 para tran0portar 2ercadoria0 92arf2& por ee2plo;. •
Cortalidade: ega ee2plo de na/io0 1olande0e0 9@J;& entre +L(6+J(L: pa00a/a2 2e0e0 no litoral aricano e perdia2 lá @M ante0 de e2barcare2. 9,'6,L; •
Cercado local aricano: oerecia 2ercadoria0 para con0u2o da tripulação e do0 e0cra/o0. Ogua tin1a2 >ue bu0car lá e e2 outro0 lugare0 9il1a0;. Ali2entação /ariada& dependendo da região de onde era2 o0 e0cra/o0 9,);. Algu2a0 eigFncia0: porção de carne& /egetai0 re0co0& água e peie& tabaco e at5 ru2. Qi2peza bucal co2 0uco de li2ão 9e0corbuto;& 9,@;. •
Cortalidade era ele/ada& de/eria 0e to2ar 2edida0 para e/itar. $erc?cio ?0ico& li2peza& regi0tro0 de 0ade. 9,6,;. •
'A0A)#2T3: '@M na 1ora& ne2 0e2pre e2 din1eiro. N re0tante era pago e2 cr5dito0& >uitado0 ao longo de +J a ') 2e0e0. %apitão paga/a a tripulação& 2a0 ia recebendo ao0 pouco0& lucro total de2ora/a a 0e concluir. $2pre0a0 de cr5dito0& co2plea rede para tráfco uncionar. 9,6,J; •
)ito do com4rcio triangular: +ITA/ <7 < /iage2 entre A25rica e $uropa era a 2eno0 i2portante. A0 /eze0 tripulação /olta/a por contra pr3pria. Apena0 +L do0 barco0 c1ega/a2 $uropa co2 2ercadoria0.
Ca0& por outro lado& 2obilizou 2uita gente& co25rcio li/re& /enda0 a cr5dito 9não era2 eclu0i/a0 do tráfco;& 2a0 colabora2 no i2pul0o de u2a econo2ia “2oderna”. Ca0 de0taca: 3 'A'#5 ;A ?@/I+A +3)3 )#/+A;3 +326)I;3/ ;# B#26 )A2@AT/A;36 ;A #/3'A < papel /ital par cre0ci2ento de algu2a0 ind0tria0 europeia0. 9+((6+(+;. •
Qiteratura tradicional: baio preço do0 e0cra/o0& pa00i/idade do0 aricano0 e etraordinária lucrati/idade < >ue0tão >ue 0ão de0afada0 pela documenta!o dispon&el. $0cra/o0 não era2 barato0: preço 2anuatura0 e produto0 i2portado0. 9+(+;
e2
Qiteratura enatiza/a po0ição dependente do0 2ercadore0 aricano0. $>u?/oco. reço0 /ariá/ei0 9co2pleo0;Aricano0 ora2 a0tuto0 e per0i0tente0 para re0i0tir e i2pedir açIe0 2onopoli0ta0. 9+(';.
A organiza!o A@/I+A2A do tráfco de escra&os Ha/ia u2 2ercado de e0cra/o0V
Argumento: todo0 o0 e0cra/o0 aricano0 ora2 ad>uirido0 de proprietário0 aricano0 locai0. $uropeu0 dependente0 do0 /endedore0 aricano0. 9+(L; Trazido0 e2 pe>ueno n2ero& /indo0 do interior& rede co2plea de relaçIe0 entre naçIe0 e reino0 aricano0. 9+(L; <
Apenas um com4rcio pacfco 92antendo e00a0 1ierar>uia0 e relaçIe0; era po00?/el. 9+(L; A>uele0 >ue não 0e adapta/a2 dinP2ica& era eclu?do0 do co25rcio.
Taa0 /ariada0 e i2po0ta0 para realização do tráfco 9+();& preço padrão por na/io e não por nação. #xistncia de na8es poderosas .ue garantiam relacionamento e regras comerciais( 9+(@; e2anda por 2ercadoria0 aricana0 ta2b52 na rede do tráfco: produto0 do norte para interior& etc. < 0al& peie deu2ado& noz de cola e tecido0. Impulso a um mercado a-ricano de outros produtos tam4m e0en/ol/i2ento do co2ercio de cabotage2. Tran0porte inclu0i/e de ben0 co2erciai0 aricano0. r30pera econo2ia de 2ercado& co2 especializa!o de tare-as. C1%DE Gá ei0tia ante0 u2 eten0o co25rcio de e0cra/o0& e0cra/idão do250tica 9+(;.
Aprisionamento: /ariada0 or2a0 e não 03 pri0ioneiro0 de guerra. DiolFncia con0tante e e0trutural. 'reo do escra&o: “preço pri2ário” < produto eigido para /enda& /alor de00e0 ben0 na co0ta aricana /in1a dobrado ao 0er /endido para aricano0. Dariação enor2e de tipo0 de paga2ento0: produto0& 2oeda0& cauris – citar +( 9conc1a0 u0ada0 co2o 2oeda na O0ia;. reço0 do0 e0cra/o0 podia /ariar ao longo do te2po& 2a0 ora2 fcando 2ai0 e 2ai0 caro0 conor2e a/ança/a 05culo 7D888 e 787 e cre0cia a demanda da Am4rica( C1%FE( # 11%(
'rodutos de consumo e troca: ta2b52 /ariara2 de preço& >ualidade. #e2 o0 produto0 de0eEado0 pelo0 aricano0 0e2pre ora2 o0 2e02o0. 9+(J;. 5ugares onde tráfco n!o deu certo : a oerta de ben0 de con0u2o não intere00a/a ao0 aricano0 9de0intere00e pelo0 produto0 oerecido0 pelo0 europeu0; 9+(,;. )udanas de demandas: 11$( +32+563 < %itar +++. Aricano0 não fca/a2 0i2ple02ente 0eduzido0 por 2ercadoria0 de pouco /alor < 2udança na0 de2anda0 9++@;.
;ifculdades para saer a origem dos escra&os: ignorPncia do0 trafcante0 europeu0 < li0ta0 eita0 no0 porto0 de de0e2bar>ue& na 1ora da /enda para A25rica. Nrige2 5tnica ainda 5 u2 proble2a.
$0cra/o0 /in1a2 de regiIe0 pr3i2a0 %o0ta. Dário0 o0 2oti/o0 para guerra0 e conBito0 locai0: religião& 2ercado0 di0putado0& ação do0 reino0 2ai0 orte0. Trafco eigia en/ol/i2ento de 2uita0 naçIe0 e co2unidade. %u0to0 alto0 9+'+;