EDUARDO DA SILVA SCUDELER LICENCIATURA EM MATEMÁTICA R.A. 8006426
ATIVIDADE PORTFÓLIO 3o CICLO. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA. TÍTULO: A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ATUAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. PROFESSOR: Wagner Montanhini.
SOROCABA/SP 2016
A educação básica no Brasil atual: desafios e perspectivas. O documentário apresenta diferenças e dificuldades em um pais com grandes dimensões e mesmo com avanços ainda estamos aquém do proposto ao Brasil, devido as grandes diferenças existentes quanto ao ensino oferecido a população. Através da legislação a CF/88 em seus artigos 205 a 214 descreve o direito que todos têm a uma educação de qualidade, mas para sair do papel exige-se além de bons professores, escolas em condições de abrigar os alunos, estruturas que ofereçam um conforto psicológico e acolhedor faz-se necessário uma vontade política para que isso aconteça. O caminho para mudar essa realidade necessita de uma correta aplicação dos recursos para a educação, pois como no exemplo da população de Manari PE, escolas sem estrutura básica de saneamento, salas de aulas precárias, transporte desumano para a cidade de Inajá PE. Após uma viagem de 31 km com um ônibus sem condições ainda alguns alunos conseguem força para se dedicar, realmente são lutadores natos. Apesar das dificuldades ainda assim mostra que a família dos envolvidos mostra apoio e incentivo ao estudo dentro das limitações ali apresentadas, um contraste com outros exemplos citados mais a frente onde nem a estrutura da família existe para motivar continuar o estudo. Diante de tantas adversidades o exemplo de Valeria que apresenta um talento para poesias, mas devido à falta de preparo dos professores (não os culpo, apenas relato), não conseguem reconhecer e tão pouco acreditar na capacidade do ser humano que vive com tantas dificuldades de criar e escrever com qualidade. A falta de compromisso dos alunos desencadeia professores desestimulados e assim mesmo após um deslocamento complicado alunos não permanecem em sala de aula. A comparação entre as escolas, considerando suas particularidades, ou seja, desde a mais pobre passando nas instituições de regiões onde a violência e a marginalidade estão lado a lado até colégios onde apenas a alta sociedade está apta para manter alunos. Monstra claramente a grande distância entre o direito descrito na Constituição Federal 1988 e a realidade. Os sonhos os anseios pertinentes a idade dos estudantes fica praticamente proibidos para a população nas regiões mais carentes. A preocupação dos adolescentes fica voltada a sobrevivência sem vislumbrar um futuro ou pensar sobre sua existência e criação. Muitas vezes o conselho de classe acaba sendo forçado a empurrar um aluno “problema”, para não contaminar outros alunos. Esse aluno chega ao próximo ano sem o
conhecimento necessário ficando desestimulado e muitas vezes desistindo. Nesses casos o núcleo de cultura inserindo alunos em atividades como uma banda ou outras atividades artísticas podem servir de incentivo para motivar o aluno e estimular o conhecimento.
Quanto mais próxima a grandes centros urbanos, a qualidade estrutural das escolas é melhor desde que não fiquem nas periferias muito distantes, que acabam caindo no descaso dos governantes. Nessas escolas outro problema é a falta da presença dos professores, pois a legislação facilita as faltas e nem sempre existem professores substitutos, com isso fazendo com que várias vezes na semana os alunos sejam enviados de volta para a casa. A escola precisa ser atrativa para a comunidade sendo um local de uso comum, onde a comunidade valorize através de ações culturais e locais de convívio social assim proporcionando que a família esteja presente e incentive a permanecia dos alunos na escola.
Uma reflexão com base no ponto de vista da legislação. Ao analisar o documentário do ponto de vista da legislação podemos concluir que no Brasil não se cumpre o que está determinado na CF/88, quanto ao direito a educação de me sma qualidade a todos os brasileiros. Devido as dificuldades inerentes a cada região os princípios e fins da educação voltados ao estimular e desenvolver o prazer em estudar, o desenvolvimento da veia artística de um promissor escritor fica prejudicado. O próprio professor não é estimulado a desenvolver seus alunos devido as condições de trabalho e falta de interesses dos mesmos. Escolas em condições precárias são bastante comuns quanto o mais longe das capitais e ou quando ficam em periferias desfavorecidas pela posição geográfica. Todo esse conjunto de situação mostra grandes diferenças entre escolas em regiões mais pobres pois, não oferecem o mesmo currículo escolar em instituições com melhor estrutura proporcionando respaldo psicológico e social aos alunos envolvidos.
O ENSINO EM NÚMEROS Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º ao 5º ano) •
117,9 mil escolas oferecem os anos iniciais nas redes pública e privada;
•
15,5 milhões de alunos estão matriculados nos anos iniciais do Ensino
Fundamental; 10,5 milhões (68,1%) estão matriculados em escolas municipais. Esse total representa 82,5% das matrículas na rede pública; •
Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano) •
62,4 mil escolas oferecem os anos finais nas redes pública e privada;
•
12,4 milhões de alunos estão matriculados nos anos finais do Ensino
Fundamental; •
41,7% deles estão na rede municipal;
•
43,6% deles estão na rede estadual;
Ao analisar também a taxa de natalidade no Brasil podemos constatar uma redução de 17,58 % considerando 2007 (Taxa de natalidade 17,18/mil habitantes) para 2015 (Taxa de natalidade 14,16/mil habitantes), proporcionalmente poderá existir uma maior redução de matriculados com o passar dos anos e também o decréscimo observado no quantitativo de matrículas da educação básica (Tabela 1), no valor de 1% e equivalente a 502.602 matrículas ao comparar 2012 vs 2013, decorre, principalmente, da acomodação do sistema educacional, em especial na modalidade regular do ensino fundamental, com histórico de retenção e, consequentemente, altos índices de distorção idade-série Outro aspecto que tem impacto na distribuição e no contingente de alunos na educação básica é o comportamento dos indicadores de rendimento escolar. Com mais alunos sendo aprovados e promovidos às séries subsequentes, aumenta o número de habilitados a ingressar nas próximas etapas de escolarização. Os especialistas chamam esse movimento de fluxo escolar.
IDEB - Resultados e Metas O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e a Prova Brasil. O resultado dos anos iniciais do ensino fundamental vem crescendo conforme esperado projetando o atingimento das metas estipuladas. O mesmo desempenho não acontece com os
anos finais do ensino Fundamental que apesar de apresentar um crescimento comparando 2013 (4.2) com 2015 (4.5) não atinge a meta esperada e o ensino médio manter o resultado de 3.7 em 2013 e 2015, acendendo um alerta quanto a necessidade de rever a didática e conteúdo exposto a esses níveis de alunos. Anos Inic iais do Ensi no Fundamental
IDEB Observado
Metas
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015 2021 Total
3.8
4.2
4.6
5.0
5.2
5.5
3.9
4.2
4.6
4.9
5.2
6.0
Dependência Administrativa Estadual
3.9
4.3
4.9
5.1
5.4
5.8
4.0
4.3
4.7
5.0
5.3
6.1
Municipal
3.4
4.0
4.4
4.7
4.9
5.3
3.5
3.8
4.2
4.5
4.8
5.7
Privada
5.9
6.0
6.4
6.5
6.7
6.8
6.0
6.3
6.6
6.8
7.0
7.5
Pública
3.6
4.0
4.4
4.7
4.9
5.3
3.6
4.0
4.4
4.7
5.0
5.8
Anos Finais do Ensi no Fundamental
IDEB Observado
Metas
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015 2021 Total
3.5
3.8
4.0
4.1
4.2
4.5
3.5
3.7
3.9
4.4
4.7
5.5
Dependência Administrativa Estadual
3.3
3.6
3.8
3.9
4.0
4.2
3.3
3.5
3.8
4.2
4.5
5.3
Municipal
3.1
3.4
3.6
3.8
3.8
4.1
3.1
3.3
3.5
3.9
4.3
5.1
Privada
5.8
5.8
5.9
6.0
5.9
6.1
5.8
6.0
6.2
6.5
6.8
7.3
Pública
3.2
3.5
3.7
3.9
4.0
4.2
3.3
3.4
3.7
4.1
4.5
5.2
Os resultados marcados em verde referem-se ao Ideb que atingiu a m eta. Fonte: Saeb e Censo Escolar.
Rendimento Escolar
Pode-se observar uma evolução em todos os índices do rendimento escolar, ao comparar os anos 2014 vs 2015. No item de reprovação e abandono de um ano para outro existe uma redução dos índices os quais se contrapõe positivamente com o aumento da aprovação. Ainda não são os índices ideais mas apresentam evoluções progressivas de um ano para outro. Ao final de um ano letivo, alunos matriculados em escolas públicas brasileiras podem ser aprovados, reprovados ou abandonar os estudos. A soma da quantidade de alunos que se
encontram em cada uma destas situações constitui a Taxas de Rendimento: Aprovação + Reprovação + Abandono = 100%
Ano: 2015. Rede: Públicas e privadas. Localização, Urbanas e rurais Etapa Escolar
Reprovação
Abandono
Aprovação
Anos Iniciais
5,8%
1,0%
93,2%
902.890 reprovações
153.221 abandonos
14.506.294 aprovações
Anos Finais
Ensino Médio
11,1%
3,2%
85,7%
1.376.686 reprovações
393.448 abandonos
10.598.674 aprovações
11,6% 922.910
6,8% 545.949
81,6%6.514.218
reprovações
abandonos
aprovações
Ano: 2014 Rede: Públicas e privadas Localização: Urbanas e rurais
Etapa Reprovação Escolar
Abandono
Aprovação
Anos Iniciais
6,2%
1,1%
92,7%
969.540 reprovações
170.440 abandonos
14.559.505 aprovações
Anos Finais
11,7%
3,5%
84,8%
1.489.598 reprovações
450.317 abandonos
10.820.271 aprovações
Ensino
12,2%
7,6%
80,2%
Médio
1.000.710 reprovações
620.194 abandonos
6.573.345 aprovações
Referências Bibliográficas. LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de; TOSCHI, M. S . Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2007. JARDIM, JOÃO. Documentário Pro dia nascer feliz. Ano: 2007. Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2016. Qedu: Taxas de Rendimentos 2015. Disponível em: http://www.qedu.org.br/brasil/taxasrendimento. Acesso em 08 out. 2016.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20/12/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 09 de out. 2015. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Disponível em: http://portal.inep.gov.br/resumos-tecnicos>. Acesso em: 09 out. 2016.