II Época I Año XXXI I N° 204 I Junio 2016 I www.astronomia-mag.com
Planificación con Cartes du Ciel (II) Segundo de los artículos con los detalles para planificar los objetos celestes a observar Álvaro Miguel González Herrera
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astrofotografía l rtPredicci í l óndel h t f t r f ínúmerode r manchassolares t l i enelciclo24, ri t i u rdatosdeenerode , u u l i t rr 2013.(Hathaway/ , l NASA/MSFC) i r . l ti t i t r i u h r ,r r j ti ti j . u i t u r ri i r r r tu tu r l tr r i i ht.
Un par de imágenes del Sol y el resto de objetos de cielo profundo conforman los contenidos de la sección en esta revista de abril que inaugura nuevo diseño. Esperamos que la nueva presentación sea del agrado del mayor número posible de lectores. COORDINADOPORÁNGELGÓMEZROLDAN
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78 | nº165 | abril 2013
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E
n1843 elfarmacéutico enamboscasos el valormáximo alemánSchwabe,al refue parecido, del orden54-58 en54-58 uni visarsus observaciones dades. Enel hemisferio Norte predelasmanchassolas soladominó ligeramenteenla primeresenbuscadeunpla- ra partedel ciclo mientrasque de netaintramercurial,descubriólo una manera másclara el Sur diriquehoyconocemoscomoelciclo gió la bajada dela actividad. EnesundecenaldelSol.Dich n aldelSol.Dichocicloes teprincipio de ciclo se haninverelmásconocidodelaactividadde d de tido lastornasy quienclaramente nuestraestrellay debesunombre a ha dominado hasta ahora esel heladuraciónmedia delmismo: once misferio Norte. años.Duranteestos, laactividadsoEnel momento deescribir estas líneas(enero 2013, ver Figura 1) larmediaaumenta desdeunmínimoasumáximoen3,5-4años.Se empezamosel quinto año del ciclo mantieneeneste nivel1,5-2 años y estamos, o debiéramosestar ya, yde maneramáspausadavuelve a enépoca demáximo. Sinembargo descenderhastaalcanzar losregislaactividadhoy d hoyesun 40%másbatrosmínimos5-6 añosdespués. ja queenel ci clo anterior. Además Carrington, a mediados del siglo deenel número deWolf, la poca XIX, estableció la actual numeraactividadde estemáximo sepuede ción de los ciclos solares. Tomó contrastar enla falta deregiones como primer ciclo al que tuvo su activascomplejas, que semanifiesmáximo en 1761, aunque a posteta enla casi ausencia degruposF o riori hemos podido reconstruir de delas fulguracionesmásenergétimanera menos precisa otros cincas(X o últimasclasesdel tipo M) o losgruposvisiblesa simple visco ciclos anteriores. Desde entonces han transcurrido ya 23 y estata. Sinembargo, enlasnoticias no mos de camino hacia el máximo 22hacenmás quesalir impresionandel ciclo 24. testormentassolares y epetirnos erpetirnos
constantemente lo peligroso que esel Sol, enmi opiniónde manera muy catastrófica y sensacionalista. No lesvana quedar titularescuando se animedeverdad… Enlos últimosmeses la actividadenel Sur seha incrementado notablemente hasta estancarseen unas28 unidadesmientrasque en el Norteestá descendiendo, trasalcanzar unprimer máximo enseptiembre de2011 conunvalor de 38,1y parece ser quela actividad conjunta ha alcanzado ya unprimer máximo conunvalor bastante bajo d esolo esolo 61,8unidades en febrero de2012 (frentea lasalgo másde 110unidadesenel ciclo pasado). Parececlaro, por tanto, que esteciclo presentará también undoblepic o enel máximo; ahora bien, ¿el máximo del ciclo lo habremosalcanzado ya o habrá que esperar al segundo pico? PRIMERASPREDICCIONES PARAEL CICLO 24 Enoctubre de 2006se constituyó el Panel para la Prediccióndel Ciclo Solar 24. Organizado y gestionado por la NOAAy la NASAamericanasse trataba de reunir a los principalesexpertosa nivel mundial, para enunmomento cerca-
SITUACIÓNACTUAL El actual ciclo comenzó oficialmentea finalesde 2008, concretamentelas mediasmensuales suavizadasdenoviembre y diciembrede eseaño llegarona sumínimo con unvalor de1,6unidades. Si nosfi jamospor hemisferiosel mínimo enel hemisferio Nortese adelantó unosmesesdescendiendo hasta las0,4unidadesentre diciembre de2007y marzo de2008. Por suparteen el hemisferio Sur el mínimo llegóendiciembre de2008 y enero de2009a las 0,6unidades. Como sevefueun mínimo muyse vero y prolongado enel tiempo lo que alargó la duracióndel ciclo 23 hasta losdoce añosy medio. El ciclo 23, el anterior, presentó undoble pico enel máximo de acuerdo a la actividadenel hemisferio Sur, ya que la actividadenel al(valoressuavizadoshastaabrilde2012)totalysepaal(valoressuavizadoshast FIGURA1 Actividadmensu radaporhemisferios.(Cortesíadelautor) .(Cortesíadelautor) Nortefue máshomogénea aunque
Actividad solar Esta magnífica imagendel Sol está hecha conuntelescopio OriónEON 72mm, un filtro Halfa LuntLS50F y una cámara ra DMK41AU02.AS. Son900frames apiladoscon RegiStaxy procesados conPhotoshopCS2. Realizada por Manuel Javier Carrillo Soria, de Torrejónde Ardoz (Madrid).
¿Hemos alcanzado ya el máximo del actual ciclo solar número 24? l
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Nubes y redes Revista colaboradora de
Sociedad Española de Astronomía
Consejo asesor Presidente de Honor S. M. Felipe VI
Alberto González Fairén Centro de Astrobiología, CSIC/INTA
Mariano Moles Villamate
Director del Centro de Estudios de Física del Cosmos de Aragón
Teodoro Roca Cortés
E
scribo estas líneas al atardecer del día 9 de mayo, justo después de terminar el tránsito de Mercurio por delante del disco solar. Una jornada muy complicada meteorológicamente hablando, pues en la gran mayoría del país el cielo estaba muy nuboso y con lluvias. Ello no arredró a multitud de aficionados que a lo largo y ancho de nuestra geografía instalaron sus telescopios para tratar de ver y disfrutar este fenómeno. Por suerte, gracias a que la duración del tránsito era de varias horas, hubo tiempo para que las nubes fueran benevolentes y entre claros muchos pudimos vislumbrar en algunos momentos el diminuto y recortado disco negro de Mercurio cruzando lentamente el Sol. Pensando que este planeta tiene casi cinco mil kilómetros de diámetro, la comparación de su tamaño con el inmenso Sol nos daba una sensación de escala como no solemos tener ocasión de percibir. Y eso que Mercurio estaba a 88 millones de kilómetros de distancia, 62 millones más cerca de nosotros que el Sol, por lo que parecía mucho más grande de lo que debería si se hallase a la distancia de nuestra estrella. No obstante, y a pesar de las nubes, la maravilla de los tiempos en los que nos ha tocado vivir es que tenemos a nuestro alcance la posibilidad de olvidarnos del mal tiempo, conectarnos a las redes y poder vivir con todo lujo de detalles y en directo un fenómeno como este tránsito de Mercurio. Por ello, y durante las largas horas en las que las nubes y la lluvia impedían ver directamente el fenómeno, las retransmisiones online hechas por instituciones, observatorios y grupos de aficionados, en varias longitudes de onda y desde tierra e incluso el espacio, nos dieron la oportunidad de ver como nunca el lento paso de Mercurio. Habrá que esperar hasta el 11 de noviembre de 2019 para el siguiente. Por ahora, disfrutemos de lo vivido, en nuestra memoria y en el archivo de las redes. ( )
Instituto de Astrofísica de Canarias Universidad de La Laguna
Fe de errores: En el titular de la noticia dedicada a las IV Jornadas de Astrofísica (revista
Rosa María Ros Ferré
de mayo 2016, página 12), se anuncia que se realizarán en Rota, cuando en su lugar debería decir que serán en El Puerto de Santa María (Cádiz). Nuestras disculpas por el error.
Universidad Politécnica de Cataluña
Agustín Sánchez Lavega
Catedrático de Física Aplicada Universidad del País Vasco
Silvia Torres Peimbert
Presidenta de la Unión Astronómica Internacional
Blanca Troughton Luque
Presidenta de la Federación de Asociaciones Astronómicas de España
Montserrat Villar Martín Centro de Astrobiología, CSIC/INTA
Ángel Gómez Roldán Director twitter.com/agomezroldan
Contenidos
EN PORTADA
22
Astronomía en 3D
El abanico de materiales que pueden ser impresos en 3D no deja de aumentar, y por supuesto, la astronomía y las ciencias del espacio están abrazando la impresión 3D y todas las posibilidades que ofrece. ¿Cuáles son? AMELIA ORTIZ
ARTÍCULOS
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Planificación con Cartes du Ciel (II)
Segundo de los artículos con los detalles para planificar los objetos celestes a observar. ÁLVARO MIGUEL GONZÁLEZ HERRERA
74
La escurridiza variable eclipsante b Persei
Un ejemplo de colaboración entre profesionales y aficionados con equipos modestos. FRANCISCO CAMPOS
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Banco de Pruebas
Comparativa de dos modelos de oculares zoom: Pentax 8-24 y Baader Hyperion 8-24. JON TEUS
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ÍNDICE
22
5 8 18 20 21 22 32 40 47 58 62 64 68 70 72 74 78 84 90 92 97 98
Editorial Últimas Noticias En el Foco La Tribuna Terminología Astronómica Astronomía en 3D Zodíaco X: Ofiuco Rastrear Estrellas XII Agenda Cuerpos Menores Polvo de Estrellas Naranja y Negro El Pequeño Astrónomo Astrobiología Musica Universalis B Perseo Banco de Pruebas Astrofotografía Delta-V Cuenta Atrás Paradojas Próximo Número
74 LA IMAGEN DE PORTADA II Época - Año XXXI Junio 2016 (nº 204) En la Estación Espacial Internacional existe una impresora 3D con la que se han fabricado piezas en ingravidez. (NASA)
últimas noticias
Ilustración de un mundo que flota libremente en el espacio, probablemente una enana marrón. (N ASA /JPL-Caltech)
Identificando un astro solitario
U
n equipo de científicos ha identificado un objeto de masa planetaria que flota libremente en el interior de una joven familia de estrellas denominada asociación TW Hydrae. Se cree que WISEA 1147, como se denomina, tendrá entre cinco y diez veces la masa de Júpiter. Se cree que su origen, como 8 | nº204 | junio 2016 |
otros descubiertos previamente, podría haber sido como una enana marrón y no como un planeta., basándose en una edad calculada en solo 10 millones de años, insuficiente para haber formado un planeta. Este objeto puede tener la clave para conocer mejor estos mundos solitarios que, desde 2011 se cree que
podrían ser más abundantes que las estrellas de nuestra Galaxia. Precisamente por la naturaleza solitaria de estos objetos, será complicado precisar qué fracción de ellos pertenece a las enanas marrones y cual a los planetas. Pero puede convertirse en un campo de investigación candente.
Explorando la energía oscura
U
na investigación en unos trescientos cúmulos de galaxias ha permitido saber más sobre la energía oscura, «sustancia» desconocida que parece acelerar la velocidad de expansión del Universo y, por tanto, modifica las distancias de los objetos lejanos. El telescopio espacial Chandra ha analizado la emisión de rayos X de estos cúmulos en un rango de distancias que va desde los 760 millones a los 8700 millones de años luz. Se ha observado que estos cúmulos muestran semejanzas en sus
perfiles y cantidades de emisión de rayos X; los más masivos son simplemente versiones a escala de los menos masivos, como muñecas rusas unas dentro de otras. Los resultados indican que la cantidad de energía oscura no ha cambiado en los últimos miles de millones de años. También fortalecen la idea de que la energía oscura se explica mejor por la «constante cosmológica», propuesta en primer lugar por Albert Einstein y equivalente a la energía del espacio vacío.
Galaxia ZWCL 3146, en una combinación de datos de rayos X en púrpura, y en el visible procedente del Telescopio Espacial Hubble y del Sloan Digital Sky Survey . (Rayos X: NASA/CXC/Univ. de Alabama/A. Morandi et al. Visible: SDSS, NASA/STScI)
Láseres desde Paranal
L
os sistemas de óptica adaptativa avanzan tecnológicamente, permitiendo la creación de estrellas artificiales para compensar la turbulencia que provoca la atmósfera, modificando la orientación de los múltiples espejos que forman los sistemas ópticos de los grandes telescopios. El nuevo hito ha sido la puesta en servicio de un sistema de cuatro láseres potentes en el Observatorio de Cerro Paranal d el ESO el mes de abril pasado. Estos láseres de 22 W de potencia excitan los átomos de sodio de la Fotografía del VLT durante la puesta en marcha del instrumento de óptica adaptativa formado por cuatro potentes láseres, recién inaugurado. atmósfera superior haciendo (ESO/F. Kamphues) que brillen. Este equipamiento, denominado 4LGSF por las iniciales plo de cómo el ESO facilita que bra usado en 4LGSF es también de Four Laser Guide Star Facili- la industria europea lidere pro- una de las transferencias más exitosas de tecnología del ESO ty (instalación de guiado estelar yectos complejos de investigade cuatro láseres), es un ejemción y desarrollo. El láser de fia la industria. | junio 2016 | nº204 | 9
últimas noticias
Planeta enano con luna
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n los arrabales del Sistema Solar el Telescopio Espacial Hubble ha localizado un satélite natural alrededor de Makemake, el segundo planeta enano más brillante (después de Plutón) del Cinturón de Kuiper. Designada de forma provisional como S/2015 (136472) 1, y apodada MK 2, es 1300 veces más tenue que su planeta. Se le estima un diámetro de 160 kilómetros orbitando a 21 000 kilómetros de distancia del propio Makemake, que tiene 1400 kilómetros de diá-
Imagen artística del lejano planeta enano Makemake y su luna recién descubierta, denominada MK2. (NASA, ESA y A. Parker –Southwest Research Institute–)
metro y que se descubrió hace once años, recibiendo su nombre por el dios de la creación para los
habitantes de la Isla de Pascua. El hallazgo se ha realizado con la misma técnica que permitió descubrir los satélites pequeños de Plutón en los años 2005, 2011 y 2012. Este descubrimiento puede aportar información valiosa sobre el sistema, permitiendo calcular la masa del conjunto y conseguir información sobre su evolución.
Resto espacial primigenio
E
n la nube de Oort se ha localizado un objeto único que parece estar formado del material primigenio que dio lugar a los planetas interiores. Es el primero descubierto con una órbita cometaria de largo periodo y puede aportar pistas sobre la formación de nuestro Sistema Solar. El C/2014 S3 (PanSTARRS) puede haberse formado al mismo tiempo que la propia Tierra, siendo expulsado hacia el exterior en una época temprana, por lo que ha preservado congelado en su interior el material primigenio. Descubierto por el telescopio PanSTARRS1, con un periodo orbital de unos 860 años, desde el primer momento se observó un comportamiento extraño, como la falta de la cola característica de este tipo de cometas cuando se 10 | nº204 | junio 2016 |
Imagen artística de C/2014 S3 (PanSTARRS), con las características de un asteroide del interior del Sistema Solar pero con el comportamiento de un cometa de largo periodo. (ESO/M. Kornmesser)
acercan al Sol. El espectro obtenido por el telescopio VLT del ESO apunta a su pertenencia a los aste-
roides de tipo S, normalmente encontrados en la parte interna del cinturón principal de asteroides.
Sección coordinada por X. Dositeo Veiga con la colaboración de Ángel Gómez Roldán. Para contactar:
[email protected]
Tres exoplanetas potencialmente habitables
U
n equipo de astrónomos se ha valido del telescopio belga TRAPPIST (situado en el Observatorio de La Silla del ESO en Chile) para observar la estrella 2MASS J23062928-0502285 o, de forma más sencilla, TRAPPIST-1. Alrededor de esta estrella enana ultrafría descubrieron tres planetas de tamaños similares a la Tierra, al examinar las pequeñas atenuaciones en el brillo estelar. Estas estrellas, más frías y rojizas que el Sol y poco más grandes que Júpiter, son muy comunes en nuestra Galaxia y tienen una vida muy larga. Además, es la primera vez que se detectan planetas en este tipo de estrellas lo que de repente abre un nuevo campo. Dos de estos planetas tienen un periodo orbital de 1,5 y 2,4 días respectivamente. Para el tercero solo se ha podido estimar un periodo comprendido entre 4,5 y 73 días.
Impresión artística que muestra la superficie de uno de los tres planetas descubiertos alrededor de la estrella TRAPPIST 1, a solo 40 años luz de distancia. (ESO/M. Kornmesser)
Un enorme agujero negro fuera de sitio
D
escubrir un agujero negro supermasivo no es algo sorprendente, aunque se trate de uno de los mayores conocidos, con una masa equivalente a 17 000 millones de soles. Pero encontrarlo en el centro de una galaxia situada en un lugar muy tranquilo del universo era algo no esperado en absoluto, lo que indica que estos enormes objetos pueden ser mucho más comunes de lo pensado. La galaxia que lo alberga, NGC 1600, es una elípti-
ca que no pertenece a ningún cúmulo galáctico sino a un pequeño grupo de veinte galaxias a 200 millones de años luz de distancia, en la constelación de Eridanus. Los modelos teóricos parecían predecir una correlación entre la masa del agujero negro y la del bulbo central de estrellas de la galaxia: a mayor bulbo, más masa en el agujero negro. Con esta correlación el agujero negro tendría que tener diez veces menos masa de la observada.
Galaxia NGC 1600, que a pesar de su tamaño limitado alberga en su interior un agujero negro supermasivo. (NASA, ESA, Digital Sky Survey 2)
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Hace 25 años… Tribuna de Astronomía ,
nº 67, junio 1991
«El lanzamiento del ERS-1 (Satélite Europeo de Teledetección), Teledetección), previsto para finales de mayo pasado, supondrá un salto de gigante en el estudio de nuestro planeta. Por primera vez, se dispondrá de un sistema que analizará globalmente las interacciones entre la atmósfera, océanos y tierras.»
NOTICIAS BREVES La presidenta de la Junta de Andalucía, Susana Díaz, visitó recientemente el observatorio de Calar Alto con motivo de la pre-
sentación del proyecto CARMENES, que busca planetas en torno a estrellas donde las condiciones permitan la existencia de agua líquida. Durante el ac-
to, la presidenta ha comprometido el apoyo del Gobierno andaluz, en el ámbito de sus competencias, para la continuidad del centro astronómico hispano-alemán de Calar Alto, cuyo socio germano se desvincula del proyecto en diciembre de 2018.
El Observatorio de Calar Alto. (CAHA)
En la imagen adjunta de la misión Cassini se puede apreciar cómo el tirón gravitatorio del
planeta Saturno afecta al volumen de la difusión de los chorros de agua que emite su luna Encélado. El satélite muestra una mayor difusión de sus chorros cuando se encuentra en el punto más lejano de su órbita en torno a Saturno (recuadro izquierdo en la imagen), y justo al contrario en su punto más cercano. 12 | nº204 | junio 2016 |
Saturno influye en los chorros de su luna Encélado. (NASA/JPL-Caltech/ University of Arizona/Cornell/SSI)
ASTRONOMÍA LOCAL
El cielo austral desde Hacienda los Andes
E
l astroturismo en Chile es uno de los más activos del mundo, incentivado por las excelentes condiciones de cielo del país andino y la concentración de observatorios internaci internacioonales. La Hacienda Los Andes, ubicada en la IV Región, cerca de los observatorios profesionale profesionaless Gemini Sur, SOAR, LSST y Cerro Tololo, es un buen ejemplo. Además de su servicio hotelero, con siete habitaciones y restaurante propio, lo que la distingue es su observatorio, dirigido a los astrofotógrafos dedicados, compuesto de cuatro telescopios de alta calidad con sus respectivas cámaras CCD de primera línea, cada uno de ellos en su cúpula individual y aislada. Adicional Adicionalmente mente ofrecen cinco plataformas con ener-
Zona de observación de la Hacienda Los Andes. (Cortesía Daniel Verschatse)
gía eléctrica para los huéspedes que prefieren traer sus propios equipos. Una de esas plataformas tiene una montura permanente que se puede adaptar al telescopio del visitante. En cada Luna Nueva, Hacienda los Andes orga-
niza tours visuales para sus huéspedes, visitando los objetos emblemáticos del cielo nocturno austral, además de alquilar telescopios tipo Dobson y binoculares. Más información en hacienda- losandes.com .
Llega la primera edición del Splashdown Festival
S
Splashdown Festival . El festival festiv al del i el pasado siglo fue el de Cosmos en Asturias , entre el 21 los inicios de la era espacial, este siglo XXI resulta- y el 24 de d e julio de 2016. Se ha rá el del salto cuantitativo en el dividido el evento en tres parconocimiento del cosmos y la ex- tes: las conferencias, los talleres ploración del espacio. Los vuelos prácticos (astronomía, astrofomás allá de la estratosfera terres- tografía y taller de cohetes) y la tre serán una realidad cada vez exposición. En cuatro jornadas más habitual, probablemente se intensas, dos de ellas de mañana, hallará vida en nuestro Sistema tarde y noche, contaremos con Solar,, quizá lleguemos a Marte o la participación de un plantel Solar nos asentaremos de forma perde profesionales de primera límanente en la Luna. nea: Daniel Marín (Eureka), ÁnInspirados por su pasión por gel Gómez (Astronomía), Raúl la astronomía y la astronáutica, Torres (PLD Space), Eulalia la Asociación Laniakea organiza Pérez (CSIC) o Ricardo Amils en el Centro de La Laboral de (Centro de Astrobiología), enGijón la primera edición del tre otros. El aforo está limitado
a 150 plazas. Información e inscripciones: www.laboralciudad- delacultura.com, www.splashdown- festival.es festival. es
(Cortesía Splashdown Festival)
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ACTUALIDAD DESDE EL CENTRO DE ASTROBIOLOGÍA _ Luis Cuesta Crespo
Marte, próximo paso
A
ntes de llegar a Marte con una misión tripulada tendremos que decidir qué queremos hacer en el planeta rojo y cómo aprovechar al máximo el tiempo que estemos allí. Para resol ver est estaa cues cuestió tión, n, dur durant antee las las dos últimas semanas de abril se ha estado realizando una campaña de simulacioness del proyecto europeo mulacione MOONWALK (www.projectmoon- walk.net ). ). El lugar elegido para las simulaciones ha sido Río Tinto por su clara analogía, tanto paisajística como ambiental, con Marte. Durante dos semanas, un grupo de ocho científicos del proyecto se han convertido en astronautas y se han introducido en Gandolfi 2, el traje espacial diseñado para la oca-
Astronauta y robot colaborando durante una de las simulaciones en Río Tinto. (MOONWALK Consortium/LIQUIFER)
sión, y se han paseado junto a YEtrado con casi los mismos obstácuMO, un robot diseñado para cola- los que puede haber en Marte. La borar con el astronauta, por esta campaña ha sido un éxito y los in«maqueta» de Marte para realizar genieros y científicos se vuelven de diversas actividades extravehicula- Río Tinto con la cartera llena de res propias de una misión de exexperiencias y de medidas compaploración planetaria: entrada y sa- rativas a lo largo de los diferentes lida del módulo de habitabilidad, itinerarios planteados (terreno roexploración exploraci ón del terreno, de día y coso, dunas, cuevas). Y todo ello en la oscuridad, recogida y análicon el objetivo de evaluar las ventasis de muestras, mapeo y toma de jas y los los inc inconv onveni enient entes es de la col colaaimágenes o búsqueda de recursos. boración entre astronauta y robot Allí, Al lí, en Río Ti Tinto nto,, se han enc encononen estas misiones.
NOVEDADES DEL INSTITUTO DE ASTROFÍSICA DE CANARIAS _ Carmen del Puerto
Un albedo estable
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l albedo terrestre es un parámetro atmosférico que influye en el balance energético de la Tierra: interviene en el proceso por el cual el planeta equilibra la radiación solar que penetra en la atmósfera con la que se emite al espacio en forma de calor. De ahí que, durante las dos últimas décadas, se han llevado a cabo experimentos de monitorizado de esta variable climática con el propósito de determinar su evolución, tanto desde el espacio, con instrumentos como ERBE y CERES, como desde tierra, especialmente desde el Big Bear Solar Observatory , en California, y con el telescopio Earth- 14 | nº204 | junio 2016 |
registro del albedo terrestre entre 1998 y 2014. Las mediciones de este parámetro, obtenidas mediante telescopios en tierra, coinciden con las medidas desde satélites y reflejan un periodo de estabilidad. El resultado muestra que, aplicando criterios estrictos de calidad a las mediciones de la luz cenicienta y tras la recalibración recalibrac ión de las medidas toComposición de la luz cenicienta y gráfico que representa las variaciones madas desde el instrumento CERES en el espacio, las mediciones medias mensuales del albedo entre 1998 y 2014. (Daniel López/IAC) del albedo durante estos dieciseis años, aunque varían mensual shine del del Observatorio del Teide y anualmente, anualmente, no lo hacen hacen a larlar(Tenerife). Un reciente estudio, go plazo y coinciden con una esen el que participa el Instituto de tabilizaci tabilización ón de la temperatura Astrofísica de Canarias, Canarias, ha actua- promedio del planeta. Más inforlizado los últimos datos conocimación: www.iac.es/divulgacion. php?op1=16&id=1057 &id=1057 dos desde 2007 y ofrece un nuevo php?op1=16
AVANCES DEL PROYECTO CARMENES_ José Antonio Caballero
CARMENES 16
(Cortesía CARMENES)
C
laro que el logo te resulta familiar. Ya lo he escrito antes, pero es el de «Turismo español» de Joan Miró rehecho por un arquitecto alemán de la Staatliches Bauhaus (19191933). Arte español, modernismo alemán. En realidad, el logo de CARMENES solmirobauhaus , lo hizo Gabriel Pérez, el diseñador gráfico del IAC, siguiendo fuente Bauhaus de Herbert Baal pie de la letra mis instruccio- yer ¡no confundir con la Baunes (las proporciones de los cír- haus 93 de Microsoft!). Yo veo culos, los tres colores puros, la un pequeño planeta negro alre-
dedor de una estrella roja. ¿Y el arco amarillo? El amanecer de una nueva Tierra. Más información en carmenes.caha.es
#ASTRONOMIZA2.0 _ Antonio Pérez Verde @aperezverde @
Apostando por el Tercer Planeta
L
e gusta la fotografía, juega al tenis, de joven corría maratones, y en aquella época fue una apuesta lo que le hizo meterse en el mundo de la astronomía: él pensaba que la estrella Polar era la más brillante. Perdió, decidió aprenderse todas las constelaciones y cuando se quiso dar cuenta había entrado en un mundo del que no ha querido salir. Os hablo de Esteban Esteban Peñalba, matemático y di vulgador, que actualmente es el responsable del Aula de Astronomía de Durango (Bizkaia), vicepreside ApEA, es miembro de la Agrupación Astronómica Vizcaína y durante muchos años fue profesor de matemáticas y astronomía. Esteban tiene un blog llamado «Desde el Tercer Plane-
TWEETS
@PLANETARIOMAD: Avicena
fue testigo de la mayor supernova registrada por el ser humano. @TOKAIDIN: Un error de ingenie-
ría básica condenó al telescopio Hitomi .
@APUNTESCIENCIA: El planeta
enano Makemake tiene una luna. @CRCIENCIA: Impresionante imagen de 360° enviada por el Curiosity desde Marte.
@GIZMODOES: SpaceX quiere enviar su primera nave Dragon a
Marte en el año 2018. @RAULPARRACASTRO: La NASA
y Microsoft te llevarán a «caminar» en Marte: el programa usa las imágenes del Curiosity .
ta» (www.tercerplaneta.net ) que comenzó a editarlo en el verano de 2015 gracias a sus amigos, que lo animaron a plasmar todo lo que les contaba del cosmos. El blog está repleto de temas curiosos abordados desde un punto de vista altamente didáctico que motivan al lector aunque no esté iniciado en el mundo de la astro-
nomía. Observaciones sencillas del cielo, aspectos poco conocidos del Sistema Solar, medida del tiempo… son sus temas fa voritos y los podemos encontrar habitualmente en su bitácora. ¿Queréis conocer las intimidades del cosmos? Os recomiendo via jar al Tercer Planeta. Más información en astrometrico.es . | junio 2016 | nº204 | 15
DESDE EL OBSERVATORIO EUROPEO AUSTRAL
Parte central del cúmulo galáctico de Fórnax mostrado en gran detalle en esta nueva imagen del Telescopio de Sondeos VST. (ESO. Agradecimientos: Aniello Grado y Luca Limatola)
Un entorno ardiente
E
l cúmulo de Fórnax muestra una concentración espectacular de galaxias en esa constelación meridional, unidas entre sí por la atracción gra vitatoria. Este cúmulo alberga una variada pléyade de galaxias de todo tipo de formas y tamaños, algunas con secretos ocultos. En su interior se han contabilizado casi sesenta galaxias grandes y un número parecido de pequeñas galaxias enanas. 16 | nº204 | junio 2016 |
Se estima que su centro está a 64 millones de años luz de distancia. En el medio de tres manchas borrosas y brillantes a la izquierda de la imagen se encuentra una galaxia de tipo cD; un caníbal galáctico. Las galaxias de este tipo, como esta denominada NGC 1399, parecen elípticas pero son más grandes y tienen envolturas tenues. Se debe a que han crecido de vorando galaxias más pequeñas
que son conducidas por la gra vedad hacia el centro del cúmulo, un proceso que aún se está produciendo. En la parte inferior derecha se encuentra la espiral barrada NGC 1365. Además de la espectacular barra central de la que salen los brazos espirales, se clasifica como galaxia Seyfert porque alberga un núcleo galáctico brillante y activo, con un agujero negro supermasivo en su centro.
UNA VENTANA PARA EL TELESCOPIO ESPACIAL
Foto del 26º aniversario
E
l Telescopio Espacial Hubble ha celebrado sus 26 años de vida publicando la imagen de una gigantesca pompa de jabón cósmica, con una claridad excepcional. Conocida como nebulosa de la Burbuja, se trata en realidad de una nube de gas y polvo que está iluminada por una estrella brillante de su interior. Desde su lanzamiento el 24 de abril de 1990 a bordo del trans-
bordador espacial Discovery , el Se observa una simetría casi perHubble gasta cada año una pefecta, una forma resultante del queña porción de su tiempo de potente flujo de gas (viento estrabajo en captar una imagen es- telar) procedente de la estrella pectacular de un objeto astronó- brillante visible a la izquierda del mico escogido para la ocasión. centro de la imagen. La estreEsta nebulosa se encuentra a lla, SAO 20575, tiene entre diez 8000 años luz de distancia en y veinte veces la masa del Sol. La la constelación de Casiopea. Su esfera tiene ya diez años luz de enorme tamaño ha necesitado diámetro y el viento estelar que combinar cuatro imágenes pala impulsa viaja a más de 100 000 ra lograr el mosaico publicado. kilómetros por hora. ( )
La nebulosa de la Burbuja, también conocida como NGC 7635, observada por el Telescopio Espacial Hubble. (NASA, ESA, Hubble Heritage Team)
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en el foco
La cara oculta de la Luna
E
n realidad, no tan oculta… gracias a los mapas realizados por las sondas que han orbitado y orbitan la Luna, en la actualidad conocemos con un grado de detalle enorme el paisaje de este hemisferio de nuestro satélite que nunca podemos observar desde la Tierra. Como ejemplo, mostramos una espectacular vista de parte del fondo y el flanco oriental del cráter Antoniadi, tomada por la sonda Lunar Reconnaissance Orbi- ter (LRO) de la NASA desde una altura de solo 41 km. La sonda espacial rotó unos 75° en la dirección de su movimiento orbital para tomar esta inusual perspectiva oblicua, muy distinta a las habituales fotografías de la LRO que son perpendiculares al terreno. La altura de las paredes de Antoniadi supera los cuatro mil metros, mientras que el fondo del 18 | nº204 | junio 2016 |
cráter del centro de la imagen con forma de tazón, se halla nada menos que a más de nueve mil metros por debajo del radio medio lunar (el equivalente del nivel del mar en la Tierra). Así, ese cráter anónimo de unos 12 km de diámetro es el punto más profundo de toda la Luna. El propio cráter Antoniadi, de unos 140 km de diámetro, se encuentra a casi 70° de latitud sur en medio de la cara oculta lunar, y recibe su nombre en honor al astrónomo francés de origen griego Eugène Antoniadi (18701944), especialista en planetaria y bien conocido por los observadores aficionados gracias a la invención de su escala de medición del seeing, llamada escala de Antoniadi. ( )
Sugerencias :
[email protected]
Parte más oriental del cráter lunar Antoniadi. La imagen cubre unos 40 km de ancho. (NASA / GSFC/Arizona State University) | junio 2016 | nº204 | 19
la tribuna
KALY, LA BUSCADORA DE METEORITOS
E
ste proyecto fue creado por el autor, instructor de unidades caninas, con el apoyo de la policía local de Rubí y la Universidad Politécnica de Cataluña (UPC). Se contactó con esta universidad para poder dotar de una unidad canina a un equipo de científicos especializados en meteoritos y crear así por primera vez un perro detector de meteoritos. Los meteoritos son un material muy preciado, ya que su estudio ha dado información muy relevante sobre el origen y formación del Sistema Solar. Anualmente unos quinientos meteoritos de diverso tamaño chocan con la superficie terrestre cada año y de ellos solamente se recuperan cinco o seis. Esto puede ser debido a que la mayoría de los meteoritos llegan a la superficie a una velocidad relativamente baja (velocidad terminal) al contrario de lo que la mayoría nos imaginamos y no ocasionan cráter de impacto, tan solo pequeños hoyos o incluso ni siquiera eso si su tamaño es pequeño. La búsqueda de meteoritos es muy complicada por equipos humanos, peinando extensiones de terreno sin lograr ningún resultado. El autor implantó en el perro de trabajo (Kaly, una hembra de la raza pastor australiano) una estructura de búsqueda con el objetivo de aumentar exponencialmente el área de exploración, batiendo una amplia superficie con menos personal y 20 | nº204 | junio 2016 |
cos y formas de meteoritos, llegando a trabajar con polvo de meteorito. Todo este adiestramiento especifico se puso a prueba el 15 de mayo de 2015 organizando un operativo en la zona de caída del meteorito de 2004 en Villalbeto de la Peña con la representación de Jordi Llorca, catedrático de la UPC y colaborador de este proyecto. También participaron José Vicente Casado, experto caza meteoritos y docente, y Josep Maria Bosch, investigaLa perra Kaly. (Cortesía del autor) dor sobre asteroides. La parte técnica estaba dirigida por Daaccediendo a ubicaciones de di- niel Pastor y la parte operativa fícil acceso. Otro objetivo clave por el autor. Los resultados del es descartar zonas y poder conoperativo superaron las expectacentrarse en otras de las que se tivas de todos los presentes condisponga de información. siguiendo un resultado excelenSe creó un adiestramiento es- te y creando la primera unidad pecífico conjuntamente con el canina en búsqueda de meteoriagente de la policía local de Ru- tos. Con los resultados conseguibí Daniel Pastor Marín y el Dr. dos y con el éxito en implantar Mario Rosillo, comisario de la una unidad canina a un equipo policía nacional argentina y res- de científicos especializado en ponsable de la unidad canina meteoritos, se está preparando de odolorogía forense para esotro operativo para el perro deta especialidad, ya que no había tector de meteoritos en una caíprecedentes en esta materia. Se da reciente. ( ) descompusieron en listados químicos los meteoritos cedidos por la UPC para saber qué sustancias con más valor se agreDaniel García Bernal es instructor de unidades caninas. gaban a la memoria olfativa del perro y trabajar con ello para Para colaborar, enviad vuestros textos la asociación del olor, y así pocon un límite de unas 500 palabras a der grabar códigos olfatorios en
[email protected] . La revista no se identifica ni con la opila memoria olfativa del perro nión ni los contenidos de los artículos detector. Por ello en todo esfirmados, y se reserva el derecho a su te proceso se asociaron al perro publicación. detector distintos valores quími-
terminología astronómica
COMISIÓN DE TERMINOLOGÍA DE LA SOCIEDAD ESPAÑOLA DE ASTRONOMÍA
Una aurora boreal sobre el fiordo de Lyngen en Noruega, marzo de 2 012. (Simo Räsänen, Wikimedia Commons) AURORAS POLARES
E
l campo magnético terrestre encauza las partículas cargadas procedentes del Sol hasta que impactan contra las capas altas de la atmósfera en las cercanías de los polos. Desde las latitudes medias, y de noche, se ve entonces un resplandor tenue hacia el horizonte del norte o del sur, un brillo que puede recordar al fulgor de la aurora, de ahí que estos meteoros se llamen así, auro- ras polares , como si el Sol quisiera salir antes de tiempo y por el lugar equivocado. Hablamos de auroras boreales cuando se producen en el norte, o de auroras australes cuando lo hacen en el sur. En inglés han calcado los
Las auroras polares (boreales o australes) deben denominarse con su nombre completo, porque las auroras, a secas, no son más que el resplandor rosado de los amaneceres normales.
términos latinos, aurora borealis o aurora australis , aunque también disponen de northern (o southern ) lights . Para quienes hablan inglés, aurora solo puede referirse a las auroras polares, de ahí que suelan omitir el adjetivo. Pero en castellano y en otras lenguas latinas la aurora es «la luz sonrosada que precede inmediatamente a la salida del Sol». No tiene sentido viajar a Laponia para contemplar auroras, porque se ven igual de bien, si no mejor, desde Antequera. Ahora bien, si lo que queremos es presenciar el despliegue multicolor de una aurora polar, entonces quizá sí valga la pena un largo viaje. EMPAQUETADO DE PÍXELES (BINNING ) La tecnología de los detectores ha consolidado píxel para referirse a cada elemento de las imágenes digitales (del inglés pictu- re element ). No parece viable, ni necesario, desterrar este vocablo consagrado y que admite un
La lectura conjunta de píxeles, llamada pixel binning en inglés, se puede denominar en castellano empaquetado de píxeles. plural corriente, píxeles . Los sensores, sobre todo los que se emplean en astronomía, permiten extraer la imagen latente leyendo los píxeles del detector no de uno en uno, sino en paquetes rectangulares. Este modo de lectura se llama en inglés binning , y es habitual aplicarlo en grupos cuadrados de 2 × 2 píxeles, 3 × 3, o más. Nada impide que el vocablo binning siga el destino de sus compatriotas meeting o catering , que hoy llevan discretas vidas de conversos como mitin y cáterin . Mientras comprobamos si se propaga o no el posible binin , pensemos que esta adopción no parece del todo necesaria, y que están ya en uso alternativas viables y quizá más prácticas, como el humilde empaquetado, cuya raíz hemos empleado en este mismo artículo con tanta naturalidad. ( )
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La Casa de Hielo de Marte, diseñada por Team Space Exploration Architecture y Clouds Architecture Office, ganó el concurso de hábitats espaciales impresos en 3D convocado por la NASA en 2015. (NASA)
ASTRONOMÍA EN 3D ¿A QUIÉN NO LE GUSTARÍA TENER UN REPLICADOR EN CASA, COMO LOS DE LAS PELÍCULAS DE CIENCIA FICCIÓN? «COMPUTADORA: UN HELADO DE CHOCOLATE», PEDÍA LA CONSEJERA TROI EN LA NAVE ESPACIAL ENTERPRISE . LA BUENA NOTICIA ES QUE NO PASARÁN MUCHOS AÑOS ANTES DE QUE ALGO MUY PARECIDO SALGA DEL MUNDO DEL CINE Y ENTRE EN LA REALIDAD DE NUESTRA VIDA COTIDIANA. DE HECHO, LA INVASIÓN YA HA EMPEZADO. AMELIA ORTIZ GIL
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La manufacturación aditiva, también llamada prototipado rápido o más familiarmente impresión 3D, ha irrumpido con fuerza en nuestra sociedad y ciertamente ha llegado para quedarse. Esta tecnología revolucionará nuestro modo de vivir, de aprender y de trabajar. El abanico de materiales que pueden ser impresos en 3D (de momento con impresoras específicas) no deja de aumentar, creciendo sin cesar sus campos de aplicación. Y por supuesto, la astronomía no es ajena a todo ello sino que está abrazando la impresión 3D y todas las posibilidades que ofrece. ¿Cuáles son?
LA INVESTIGACIÓN ASTRONÓMICA CON MODELOS 3D La representación tridimensional ayuda a visualizar y comprender las imágenes y datos que obtenemos con telescopios y complicadas simulaciones numéricas multidimensionales de fenómenos astrofísicos. Un ejemplo de ello es su aplicación por Thomas Madura y sus colaboradores en el estudio de la nebulosa bipolar llamada del Homúnculo que se encuentra en Eta Carinae. Este es un famoso sistema binario formado por dos estrellas masivas que emiten vientos intensos. Estos vientos chocan violentamente con el gas que hay alrededor de la pareja, produciéndose la emisión y absorción de radiación en muchas longitudes de onda. La creación de modelos numéricos de esta región es difícil porque exige un tratamiento tridimensional que depende del tiempo ya que el movimiento orbital de las estrellas cambia la geometría y la dinámica de la región. Y para poder interpretar los resultados de los modelos es necesario representarlos con visualizaciones e impresiones en 3D. En este caso, esas representaciones 3D revelaron estructuras con forma de dedos, anteriormente no observadas, en fases orbitales correspondientes a poco después del periastro, que salen radialmente hacia afuera de la región espiral donde chocan los vientos. Los investigadores piensan que estas estructuras se han formado debido a inestabilidades físicas en el gas caliente del sistema. El nuevo modelo también confirma varias estructuras identificadas en estudios previos, inclu yendo unos agujeros pronunciados en los extremos de cada lóbulo.
TOCAR Y MANIPULAR: MATERIALES PARA LA DIVULGACIÓN Y LA ACCESIBILIDAD La impresión 3D no solo facilita la comprensión de los conjuntos multidimensionales de datos a los investigadores sino también al público general, nada habituado a enfrentarse con gráficas científicas. En el caso de los niños (y también de los mayores) a menudo la posibilidad de tocar y manipular modelos físicos es mucho más satisfactoria y eficaz que las imágenes, aunque estas sean representaciones tridimensionales que ellos mismos pueden girar y mover en la pantalla del ordenador. Es también un modo único de hacer que la astronomía sea accesible a personas con discapacidad visual. Desde la exploración espacial a conceptos astronómicos, el uso de modelos 3D está extendiéndose paulatinamente como medio de divulgación de esta ciencia entre este tipo de público. Por ejemplo, la NASA dispone de un repositorio desde donde se pueden descargar ficheros, listos para imprimir, de objetos relacionados con la astronomía como maquetas de naves espaciales, robots y cuerpos celestes. También existen modelos que han sido diseñados específicamente para personas ciegas, como una semiesfera celeste (ver AstronomíA nº 151) o una Luna (ver AstronomíA nº 160). En realidad, este tipo de materiales resulta atracti vo para todo tipo de público ya que añaden un sentido más (el del tacto) al proceso de comunicación y aprendizaje, permitiendo que el usuario se acerque e interaccione de forma activa con el objeto. INSTRUMENTACIÓN ESPACIAL Y ASTRONÓMICA: BUENA, BONITA, BARATA ¡Y RÁPIDA! La manufacturación aditiva es un proceso extremadamente útil tanto en la construcción de instrumentación simulada para su uso en pruebas como de instrumentos reales, con plazos más cortos de tiempo de fabricación y a costes mucho menores que los tradicionales. Se está avanzando rápidamente en la utilización de distintos metales y aleaciones, lo que permite pensar ya en imprimir partes enteras de cohetes y herramientas de alta precisión y resistencia. En Europa el proyecto AMAZE, en el que participa la ESA, tiene como objetivo la producción de componentes metálicos de hasta dos metros de tamaño, sin defectos y sin apenas desechos, para su uso en los campos de la astronáutica, el espacio o la fusión nuclear. Sus responsables han estimado | junio 2016 | nº204 | 23
artículo | Astronomía en 3D
Construir una base lunar será mucho más sencillo utilizando una impresora 3D que emplee materiales locales, como el pegajoso regolito. La cúpula catenaria con muros hechos a base de celdillas protegerá a los astronautas de los micrometeoritos y la radiación espacial. (ESA/Foster + Partners)
Tres momentos consecutivos de la construcción de una antena, un ejemplo de las aplicaciones propuestas por el proyecto Archinaut para imprimir grandes estructuras en el espacio. (NASA)
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que con la impresión 3D se conseguirán incremen- RATS de la NASA. El rover, con capacidad para tar los niveles globales de calidad, la precisión en transportar personas, dispone de una cabina prelas dimensiones de las herramientas aumentará un surizada que incluye varias piezas impresas en 3D, 25%, los ritmos de construcción mejorarán en un como conductos y escudos resistentes al fuego, factor 10 y la basura industrial disminuirá a menos monturas de cámaras, las puertas de la cabina, un de un 5 %. parachoques frontal y muchos otros elementos. En EE.UU., en 2014, los ingenieros de la comEn este caso la NASA utiliza el plástico ABS (acripañía de prototipado rápido RedEye construyeron lonitrilo butadieno estireno) y el policarbonato dos tanques de combustible para Lockheed Martin PCABS (policarbonato acrilonitrilo butadieno estiSpace Systems. El objetivo final era diseñar un sareno) como materiales para la impresión. télite en el que se hiciera un uso más eficiente del Y para poder llegar donde nadie ha llegado jaespacio disponible para poder aumentar la capaci- más, la NASA está experimentando también con dad de carga. Con tal fin fue necesario probar mu- drones capaces de navegar por las profundidades chas configuraciones diferentes del montaje, entre del espacio. Los prototipos emplean componentes ellas distintos modos de poner juntos los dos tan ya existentes y partes impresas en 3D. El objetivo ques. La impresión 3D permitió tenerlos listos con es superar los límites que tienen rovers como Cu- rapidez y manteniendo un coste bajo. riosity utilizando los llamados Voladores de Acceso En abril de 2015 se anunció que Lockheed Mar- Extremo (o Extreme Access Flyers , EAF) que pueden volar sobre terrenos abruptos y tomar muestras. tin planea construir los tanques de combustible Su sistema de propulsión se basa en chorros de gas reales también con impresión 3D utilizando titanio, un proceso que puede conseguir que su fabri- frío, como oxígeno o vapor de agua. Pero quizás el material más «exótico» usado hascación sea hasta un 80 % más rápida de lo habitual ta ahora en impresión 3D sean los metales proce y por la mitad de precio. dentes de asteroides. La compañía minera de asteSiguiendo en esta línea, la NASA está compleroides Planetary Resources, en colaboración con tando la construcción en 3D del motor de un cohete, habiendo probado ya con éxito la turbobom- 3D Systems, presentó en enero de 2016 el primer prototipo en miniatura de una nave espacial imba, una de las piezas más complicadas del motor. presa directamente a partir de metales de un asteLas pruebas además proporcionaron informaroide de hierro, cobalto y níquel que fue pulverización para imprimir otras partes metálicas, en esdo y luego procesado en la nueva impresora ProX te caso concreto un componente de un generaDMP 320 de 3D Systems. dor. Este generador es responsable del suministro de electricidad a la bomba que tiene que mandar suficiente combustible al motor para que consiga LA VIDA EN EL ESPACIO, un empuje tal que le permita superar la atracción MEJOR CON UNA IMPRESORA 3D gravitatoria de la Tierra. Con el nuevo sistema este Las ventajas de la fabricación aditiva en relación componente se construyó en solo diez días, cuancon los vuelos espaciales son muy diversas. La más do el proceso normal lleva de seis a nueve meses y importante es la de ahorrar espacio de carga en demostró ser mucho más resistente que los comlas naves, puesto que no sería necesario llevar aliponentes tradicionales cuando es sometido a conmentos ya preparados o componentes de repuesdiciones extremas. to, permitiendo disponer de más espacio para los Pero las naves tienen también partes no metáliequipos científicos y los experimentos. cas. Así, en el caso de los componentes cerámicos, Los materiales básicos empleados en la imprela cerámica impresa en 3D tiene mayor resistencia sora para fabricar alimentos se pueden combinar a las temperaturas altas y es más sólida que la tradi- para, por ejemplo, obtener una mayor variedad cional. Este tipo de material se utiliza en motores de platos y conseguir una dieta más equilibrada y de iones o en sistemas de protección térmica. adaptada a los gustos individuales de cada miemUna vez los astronautas alcancen su destino con bro de la tripulación. Y si a la capacidad de tener una nave parcial o totalmente impresa en 3D, llemenús «gourmet» variados añadimos que los astrogará la hora de la exploración. Y para ello disponnautas puedan usar la impresión 3D para construir drán, por ejemplo, del rover del proyecto Desertpiezas de repuesto, los vuelos y misiones espacia| junio 2016 | nº204 | 25
artículo | Astronomía en 3D
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FIGURA 1. Izquierda: Los astronautas de la Estación Espacial Internacional celebran la llegada de alimentos frescos al laboratorio. (NASA) Derecha: Una maceta «inteligente» (impresa en 3D) controla todos los factores (como la temperatura y la humedad) para el cultivo de verduras en el espacio. (AstroGro)
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FIGURA 2. El Asteroid Prospect Flyer es un dron diseñado por la NASA que recogería muestras cuando fuera lanzado en un asteroide. (NASA/ Swamp Works)
FIGURA 3. El proyecto Research and Technology Studies (RATS) de la NASA está diseñando un rover con capacidad para transportar astronautas en el que algunos de sus componentes han sido impresos en 3D. La fotografía corresponde a una misión simulada en Arizona. (NASA)
FIGURA 4. Izquierda: imagen tomada por el observatorio espacial Chandra en rayos X de la nebulosa Eta Carinae. Derecha: modelos impresos en 3D de la simulación por ordenador de Eta Carinae mostrando el sistema en diferentes momentos. En primer plano, el modelo correspondiente a tres meses después de la máxima aproximación entre las estrellas, cuando aparecen estructuras como dedos en la región de interacción. (Imagen en rayos X: NASA /CXC/GSFC/K. Hamaguchi et al. Modelos 3D: GSFC-NASA)
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les podrían durar mucho más, puesto que podrían autorrepararse casi infinitamente, abriendo así las puertas a los viajes tripulados interplanetarios y las estancias de larga duración en órbita o sobre la superficie de otros planetas.
¿QUÉ DESEA COMER HOY? En las misiones de larga duración a asteroides o a Marte es necesario tener alimentos suficientes y variados para toda la tripulación, pero las provisiones espaciales actuales son comidas empaquetadas procesadas con tecnologías que degradan los micronutrientes de los alimentos. Así que la NASA decidió desarrollar, en colaboración con la compañía Systems and Materials Research Consultancy de Austin, Texas, un sistema basado en la manufacturación aditiva para fabricar comida en el espacio. La idea básica es disponer de los carbohidratos, proteínas, aceites y nutrientes en polvo, con fechas de caducidad que pueden llegar hasta los treinta años. Los cartuchos llenos de polvos y de aceites podrán combinarse de modo que la impresora 3D los transforme en alimentos equilibrados y nutriti vos. En principio, esta alternativa no parece excesivamente atractiva y quizás no se conseguirán platos de muy alta cocina, pero hacia el final de un viaje de cinco meses a Marte, una pizza impresa seguramente será una opción mucho más apetecible que la comida deshidratada. En la Tierra ya existen impresoras que fabrican tortitas, galletas, piruletas, chicle, gominolas, y hasta se ha celebrado el primer congreso de impresión 3D de alimentos. Estas impresoras funcionan extruyendo pasta comestible con un cabezal de impresión similar a una jeringuilla. Mi favorito: el Cho Creator 2.0 Plus, la primera impresora 3D comercial de chocolate (por solo 3064 euros). ¡Artículo de primera necesidad para mantener alta la moral de la tripulación en un largo viaje interplanetario! Pero también será necesario cultivar vegetales y frutas en la propia nave. En este sentido un grupo de estudiantes de Caltech ha ganado un premio de la NASA con el proyecto AstroGro: la fabricación en 3D de biocampanas reciclables para cultivar plantas pequeñas, que crean un ambiente artificial pero completo para el desarrollo de las plantas, utilizando un sistema de sensores y actuadores para optimizar el crecimiento de la planta y controlar variables como la temperatura, la hidratación
LA REPRESENTACIÓN TRIDIMENSIONAL AYUDA A VISUALIZAR Y COMPRENDER LAS IMÁGENES Y DATOS QUE OBTENEMOS CON TELESCOPIOS o la iluminación. Aunque no serían prácticas para alimentar a una tripulación entera, sí pueden ser útiles como suplementos de la dieta, mejorar la calidad del aire y subir la moral recordándoles su hogar (¡además del chocolate!).
UNA CASITA 3D EN LAS MONTAÑAS ¡DE MARTE! Pensando precisamente en las estancias de larga duración en planetas, lunas o incluso asteroides, la NASA organizó en 2015 una competición consistente en el diseño de un hábitat espacial que pudiera ser impreso en 3D. Las propuestas debían de ser sostenibles, utilizando solo materias primas locales. El primer premio del concurso, fallado en octubre de 2015, fue para un equipo de Nueva York constituido por Team Space Exploration Architecture y Clouds Architecture Office. Su propuesta es una casa marciana de hielo, una especie de pirámide traslúcida de bordes suaves de aspecto muy futurista. La pirámide sería construida con hielo marciano, aprovechando las características físicas del agua y de su transición de fase. El edificio actuaría como escudo protegiendo el hábitat y los jardines de su interior frente a la radiación solar nociva. Pero si uno no quiere exiliarse tan lejos, un poco más cerca de casa la ESA contempla la posibilidad de construir una base en la Luna con tecnología de impresión 3D utilizando el regolito lunar como materia prima. Para ello la agencia europea está colaborando, entre otros, con los arquitectos británicos Foster + Partners que han diseñado una cúpula catenaria con paredes formadas por celdillas que sirven de protección frente a los micrometeoritos y la radiación espacial. Una estructura hinchable en el interior de la cúpula albergará a los astronautas. El diseño se basa en las propiedades del suelo lunar «simulado» mezclado con óxido de magnesio e impreso en 3D. Pero imprimir en la Luna no es lo mismo que hacerlo en la Tierra. El problema de trabajar en | junio 2016 | nº204 | 27
artículo | Astronomía en 3D condiciones de vacío ha sido estudiado por la compañía italiana Alta SpA junto con la escuela superior Santa Ana de ingeniería de la Universidad de Pisa. La solución que han encontrado es introducir el cabezal de la impresora debajo de la capa de regolito. La impresión 3D se basa en el uso de material líquido pero este se evapora en el vacío. Bajo el regolito, las gotas de 2 mm de diámetro permanecen atrapadas por las fuerzas capilares del suelo y es posible el proceso proceso de impresión. Hagamos un breve inciso, ¿y dónde se consigue tanto «regolito lunar» en la Tierra para realizar estas pruebas? ¡El equipo italiano descubrió que la roca basáltica de un volcán de Italia se parece en un 99,8 % al suelo lunar! Estos avances, como muchos otros obtenidos en el campo de la astronomía, tienen aplicación en la Tierra, ya que permiten construir hábitats baratos en lugares remotos de nuestro planeta, empleando materias primas locales y sostenibles.
¿Y SI NO HAY GRAVEDAD, QUÉ? Una cuestión diferente es la impresión 3D en el ambiente espacial, por ejemplo en un laboratorio orbital o durante un viaje interplanetario. La primera impresora 3D que funciona en «gravedad cero» fue lanzada al espacio el 21 de septiembre de 2014. En diciembre del mismo año, la NASA completó la primera fase de demostración tecnológica en viando un fichero desde desde tierra para ser impreso en la ISS: un trinquete. El objetivo es que, en el futuro, los astronautas puedan fabricar sus propias herramientas en el espacio y no sea necesario en viarlas desde tierra. Sin Sin embargo, las que que se han fabricado hasta ahora no se han utilizado sino que han sido traídas a la Tierra para su análisis y comprobación. Y es que, al igual que que ocurre con otros experiexperimentos de la ISS, la NASA está explorando los beneficios y efectos de la microgravedad en la construcción de objetos. Por ello, anteriormente los modelos habían sido impresos en tierra con la misma impresora que luego fue enviada a la ISS, de modo que ahora los ingenieros pueden comprobar las diferencias entre los manufacturados en el planeta y en el espacio. Un paso (o incluso dos) más allá será el desarrollo de una fábrica entera en órbita, proyecto emprendido por NASA en colaboración con Tethers Unlimited (TUI), que empleará la impresión 3D 28 | nº204 | junio 2016 |
para construir estructuras gigantes como paneles solares y antenas de hasta 1000 metros de longitud. Un conjunto de tecnologías revolucionarias revolucionarias llamadas «SpiderFab» permitirá la construcción en órbita de componentes grandes de naves espaciales, con la ventaja de que el material de construcción puede lanzarse de forma compacta en vehículos más pequeños y baratos que los empleados en la actualidad. En noviembre de 2015, la NASA anunció la financiación del proyecto Archinaut en colaboración con la empresa Made in Space Inc., también con el objetivo de diseñar las tecnologías necesarias para permitir la impresión y ensamblaje de grandes estructuras complejas en el espacio sin la participación de astronautas que realicen tareas extravehiculares de montaje.
CONCLUSIÓN El futuro de la humanidad, no solo el de la exploración espacial y la astronomía, seguramente reside en la manufacturación aditiva, un proceso de fabricación de casi cualquier cosa mucho más preciso, rápido, económico y sostenible que los métodos tradicionales. ¿Qué más se puede pedir? Ciencia ficción que empieza a ser realidad. Para el teletranspo teletr ansporte rte habrá habrá que esperar esperar algo algo más. más. ( )
Bibliografía:
* Madura, T. I; Clementel, N.; Gull, T. R.; Kruip, C. J. H. y Paardekooper, J.-P. (2015), MNRAS , vol. 449, 4, 3780. (mnras.oxfordjournals.org/content/449/4/3780 ) * Modelos 3D de Eta Carinae: svs.gsfc.nasa.gov/cgi-bin/ details.cgi?aid=11725 * Repositorio de modelos 3D de NAS NASA: A: nasa3d.arc.nasa. gov/visualizations * Comida en el espacio: www.nasa.gov/directorates/ spacetech/home/feature_3d_food_prt.htm * El desafío de hábitats impresos en 3D de la NASA: www.nasa.gov/directorates/spacetech/centennial_ challenges/3DPHab/2015winners.html * Base lunar de la ESA: www.esa.int/Our_Activities/Space_Engineering_ Technology/Building_a_lunar_base_with_3D_printing
Amelia Ortiz Gil es astrónoma en el Observatorio Astronómico de la Universidad de Valencia.
LAS CONSTELACIONES DEL ZODÍACO X
FIGURA 1. Dibujo de las
constelaciones de Ofiuco (Ophiuchus) y la Serpiente con su figura y los objetos más sobresalientes visibles con pequeños instrumentos. (Dibujo: Pedro Arranz)
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OPHIUCHUS
LA DENOMINACIÓN OFICIAL DE LA CONSTELACIÓN DE OFIUCO O EL SERPENTARIO ES OPHIUCHUS Y SE ABREVIA OPH PEDRO ARRANZ Y MARCELINO LEO
LAS CONSTELACIONES DEL ZODÍACO X
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Nombre latino: Abreviatura: Traducción:
OPHIUCHUS Oph
Estrella
Nombre
α (Alfa) β (Beta) δ (Delta) ε (Épsilon) λ (Lambda) η (Eta)
Rasalhague
OFIUCO (SERPENTARIO)
Cebalrai Yed Prior Yed Posterior Marfik Sabik
FIGURA 2. Estrellas de Ophiuchus
que poseen nombre propio y su letra griega. (Dibujo: Pedro Arranz) FIGURA 3. Los cúmulos globulares
M 10 y M12 podemos verlos incluso a través de unos prismáticos. A primera vista nos pueden parecer muy similares, pero si probamos a verlos con distintos aumentos, comprobaremos que existen sutiles diferencias entre ambos. (Fotografías: Ramón Delgado)
tro solar se encuentra entre el 22 y 29 de noviembre, mientras que en Sagitario lo hace desde el 15 de diciembre hasta el 19 de enero. Entre ambas constelaciones está Ofiuco por cuyo territorio desfila el Sol los días que comprende el periodo del 29 de noviembre al 15 de diciembre. Por tanto, Ofiuco también es una constelación zodiacal, aunque no esté incluida en los signos del Zodíaco. Pero la constelación tiene otra peculiaridad ya que la región del do porque, en realidad, la eclípSerpentario aparece entrelazaPUNTES tica atraviesa la parte sur de esta da por la constelación de la SerASTRONÓMICOS Algunos lectores seconstelación, en concreto la repiente (Serpens) a la que divide guramente se extragión existente entre Scorpius y Sa- en dos partes: al oeste, Serpens ñarán al encontrar la gittarius. Así pues, por Ophiuchus Caput (cabeza de la serpiente ) y, al constelación de Ophiuchus en es- pasan el Sol, la Luna y los planeeste, Serpens Cauda (cola de la ta serie de artículos que trata sotas. Como ya indicamos en el pri- serpiente ), circunstancia que conbre el Zodíaco, ya que esta no apa- mer capítulo de esta serie ( Astro- vierte a esta constelación en un rece en la lista clásica de las doce nomíA 195, septiembre 2015), el caso especial al ser la única que constelaciones zodiacales, cuyos Sol no está en las constelaciones está dividida. nombres prácticamente todos sa- del Zodíaco el mismo número de Ofiuco o el Serpentario es la ben. Nosotros la hemos incluidías. Así, en el Escorpión el astercera más extensa de todas las
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A
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del Zodíaco y la encontraremos encima de la del Escorpión mirando al horizonte sur, pudiéndose observar en buenas condiciones desde primeros de junio hasta primeros de septiembre. Se trata de una región de cielo ancha y alargada en sentido norte-sur y en cierto modo recuerda una casa alta con un tejado en forma triangular. Una figura que es más fácil de visualizar en el cielo que no una silueta humana donde uno de los brazos sujeta a la cola de una serpiente. Por la zona noroccidental y suroccidental de la constelación, discurre una parte de la Vía Láctea, por lo que conviene repasar pausadamente esas regiones con unos prismáticos. Su segunda estrella más brillante es beta (β) o Cebalrai y casi pegado a ella tenemos el Gran Cúmulo de Ofiuco o IC 4665. Al ser una extensa aglomeración estelar, su mejor imagen nos será ofrecida mirando a través de unos prismáticos o con cualquier telescopio pero a muy bajo aumento. Y si nos fijamos bien, en el extremo opuesto del campo de visión de los prismáticos, aparecerá también un nuevo cúmulo, denominado Collinder 350, que es más pequeño y se halla justo debajo de la brillante estrella gamma (γ). El racimo estelar conocido con el nombre de NGC 6633 se encuentra más a la izquierda del anterior y es visible con cualquier
prismático. Si la noche es muy oscura, puede verse incluso a simple vista. Lo más interesante de este amplio ramillete es el color de sus estrellas y la disposición de las mismas. Aproximadamente en el centro de la constelación podemos ver, incluso con prismáticos
o el buscador del telescopio, un par de brillantes y concentrados globulares: M 10 , situado ligeramente a la derecha de una estrella tenue aunque visible a simple vista, y M 12 , que está como a 3° al noroeste del anterior. Ambos aparecen en el mismo campo cuando utili-
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FIGURA 4. Imagen del interesante
globular M 107. (Fotografía: Ramón Delgado) FIGURA 5. El racimo globular M 5, en
la Serpiente, se localiza fácilmente con prismáticos. El telescopio mostrará una preciosa imagen. (Fotografía: Ramón Delgado)
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LAS CONSTELACIONES DEL ZODÍACO X FIGURA 6. Asclepio contempla a
la serpiente que va a reanimar a su compañera muerta. (Dibujo: Marcelino Leo)
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FIGURA 7. El Serpentario sostenien-
do una serpiente que se le enrosca en ambas manos, algo más en la izquierda que está más en lo alto, como lo describía Arato. Aunque Ophichus y Serpens son constelaciones diferentes solo cobran sentido si se representan juntas. (Dibujo: Marcelino Leo)
zamos, por ejemplo, unos prismáticos de 7 x 50 y se vislumbran como diminutas bolitas algodonosas. Con el telescopio conviene ir saltando de uno a otro para percibir lo que les hace diferentes. A medida que vayamos forzando el aumento las diferencias se harán algo más notorias. Algo menos de 3° al sur de la estrella zeta (ζ) entre esta y la fi (ϕ) nos encontramos con M 107, un globular peculiar debido a que posee un núcleo muy poco concentrado. Sin embargo, la masa periférica se aprecia luminosa y regular. Podíamos decir que es uno de cúmulos globulares más curiosos de Ofiuco. En la parte de abajo de la constelación, no muy lejos de la anaranjada estrella Antares (del Escorpión), hay otro par de racimos globulares visibles también con prismáticos. Uno es M 62, situado justo entre la inconfundible Antares y las estrellas que marcan el final de la cola del Escorpión, que tiene un núcleo central brillante. El otro es M 19, ubicado 4° al norte del anterior. Al igual que sucedía con M 10 y M 12, estos también son visibles a la vez en unos prismáticos. Naturalmente, todos ellos son mucho más vistosos cuando se observan con un telescopio. 36 | nº204 | junio 2016 |
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Como decíamos al principio, la constelación de Ofiuco «separa» a la de la Serpiente en dos mitades. En la parte correspondiente a la cabeza, su estrella más brillante es la alfa (α), y unos 6° al suroeste de ella, junto a una estrella débil pero perceptible a simple vista, se ubica M 5, un destacado cúmulo globular que es visible también con prismáticos y que en cualquier telescopio sobresale su brillante y densa parte
central rodeada por un halo difuminado. Aunque todos los globulares que hemos citado son bonitos, seguramente será este el que más guste. Por la cola de la serpiente, como se halla inmersa en la densa banda de la Vía Láctea, merece la pena dar un repaso con prismáticos a los campos estelares de esa zona situada al este del Serpentario. Por allí, a la izquierda del cúmulo NGC 6633 que nombramos
unas líneas atrás, existe otra bonita y brillante aglomeración bautizada como IC 4756 y que llamará nuestra atención. Y algo más al este podemos ver la estrella theta ( θ) de la Serpiente. Se trata de una hermosa estrella doble compuesta por dos astros blancos de igual brillo que cualquier telescopio es capaz de separar. Por último, recordar que cerca de Antares, pero ya dentro de la constelación de Ofiuco, en su parte meridional, tenemos este mes (y lo que es mejor aún, durante todo el verano), al siempre espectacular planeta Saturno.
mamento, también la mitología de ambas constelaciones veremos que está estrechamente relacionada. En la versión mitológica más conocida, el personaje que aparece representado en la constelación es Asclepio (Esculapio para los romanos), héroe y dios griego de la medicina. Asclepio era hijo de Apolo (a su vez hijo de Zeus) y de una princesa de Tesalia llamada Corónide que, estando embarazada tras su unión con el dios, le fue infiel al enamorarse de un mortal. Un cuervo se encargó de comunicar esta infidelidad al dios Apolo quien, enfurecido al saberlo, maldijo al cuervo por haberAPUNTES MITOLÓGICOS Haciendo honor a su nombre, le transmitido la mala noticia y a Ophiuchus «el portador de la transformó su plumaje blanco en serpiente» o bien el «Serpentanegro, circunstancia que afectó rio» se le representa sujetando en adelante a toda la especie para una serpiente. Y al igual que sus siempre, asociándosele a ser porfiguras aparecen unidas en el fir- tador de malas noticias. Corónide
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fue condenada a morir pero en el momento de ser incinerada en una pira, Apolo sacó de su seno a su hijo Asclepio. La educación del niño fue encomendada al célebre y sabio centauro Quirón, con quien fue aprendiendo el arte de la curación, la cirugía y la medicina. La capacidad que adquirió Asclepio en este campo fue tal que no solo conseguía curar a los vivos, como correspondería a la función de un médico, sino que incluso llegó a resucitar a algún muerto. Su abuelo Zeus, irritado por esta alteración de la natural condición de mortales propia de los hombres, y también presionado por su hermano Hades, dios del inframundo, que se vería perjudicado si esta práctica se generalizase, fulminó a Asclepio con un rayo. Llegado este punto comenzaron las desavenencias familiares. Indignado, Apolo se vengó ma-
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FIGURA 8. Estatua de Asclepio
(Ofiuco) en los jardines del palacio de Schönbrunn de Viena. (Fotografía: Pedro Arranz)
tando a los Cíclopes que habían fabricado el rayo mortífero para su padre Zeus. Como castigo, Zeus quiso arrojarle al Tártaro, el abismo más profundo de la Tierra, pero ante las súplicas de la madre de Apolo, solo fue desterrado por un año del Olimpo y condenado a servir a un mortal. Sin embargo, después Zeus devol vió la vida a Asclepio, con lo cual, tras su muerte, volvería de nue vo a vivir y a convertirse en dios. Además le situó entre las estrellas tanto por deferencia a Apolo como por consideración al talento del dios de la Medicina. Pero, como decíamos al principio, la constelación también es conocida como el Serpentario por representarse sosteniendo una serpiente entre sus manos. La razón mitológica nos la da Higinio. Glauco era uno de los hijos de Minos, rey de Creta. En cierta ocasión, Glauco, cuando era niño aún, persiguiendo a un ratón ca yó en un gran recipiente de miel 38 | nº204 | junio 2016 |
y se ahogó. Entonces Minos, recurrió a Asceplio porque sabía que era el único que podría devolverle la vida y lo dejó a solas con el cadáver de su hijo. Asclepio tenía en la mano una vara o bastón y pensaba perple jo qué debía hacer cuando, de repente, entró una serpiente que reptó por la vara. Asustado la mató, pero al poco tiempo entró otra serpiente que al ver a su compañera muerta se fue, vol vió con una hierba en la boca y se la puso en la cabeza a la primera. Al instante la serpiente se reanimó y las dos juntas emprendieron la huída. Asombrado, Asclepio cogió la planta y la utilizó para resucitar a Glauco. Por esa razón la serpiente fue puesta entre los astros bajo su protección, y se empezó a creer en el poder curativo de este animal. Además, la serpiente se consideraba símbolo de renovación porque cambia de piel cada año. Precisamente, uno de los distintivos o atributos de Asclepio, eran serpientes enrolladas en un bastón. Este también fue el símbolo de la Medicina (que se conoce como «vara o bastón de Esculapio») que aún se mantiene en la actualidad. De hecho, forma parte del anagrama o bandera de la Organización Mundial de la Salud (OMS) desde su constitución en 1948. Los descendientes de Asclepio también tuvieron una estrecha relación con la medicina. Dos de ellos, Podalirio y Macaón, fueron excelentes médicos griegos que estuvieron atendiendo a los soldados heridos durante el sitio de Troya y que ya son citados por Homero (Ilíada II, 732). Entre las hijas se encuentran, entre otras, Yaso (la «Curadora»), Higía (personificación de la Salud)
y Panacea (diosa que simboliza la curación universal debida a las plantas). SOBRE LOS NOMBRES DE LAS ESTRELLAS
Rasalhague (α Oph ) procede del árabe y significa «la cabeza del Serpentario». Cebalrai (β Oph ) es un nombre aplicado en época reciente y significa «el perro del pastor» recogiendo una tradición árabe en la que la estrella α Oph sería «el pastor», imágenes que difieren de la figura grecolatina. Tanto Yed Prior (δ Oph ) como Yed Posterior (ε Oph ) son nombres que se componen de una parte árabe (al-yad , «la mano») añadiéndose las partículas latinas Prior y Posterior (anterior y posterior), siguiendo la descripción que hizo Ptolomeo en el Alma- gesto para estas estrellas («la más avanzada de la mano izquierda» y «la más retrasada de ellas»). También Marfik (λ Oph ) que procede del árabe al-marfiq y que significa «el codo», responde a la definición establecida por Ptolomeo que la describió como «la estrella en el codo izquierdo». Por su parte, Sabik (η Oph ) significa «el predecesor», pero su sentido y su significado son imprecisos. ( )
Marcelino Leo es miembro de la Agru-
pación Astronómica Madrid Sur (AAMS). Pedro Arranz , observador experi-
mentado, es miembro honorífico de la Asociación Astronómica del Bierzo.
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1 FIGURA 1. Formulario para la creación de una lista de observación. (Todas las imágenes son cortesía del autor)
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iguiendo la línea de los artículos anteriores haremos un ejemplo práctico usando el software Cartes du Ciel (CdC). Como hemos dicho, aunque este programa no está especializado como otros en realizar planificaciones, tiene una herramienta exclusiva para ello que sin duda le será de gran utilidad: las listas de observa- ción . Pero más que mostrar cómo usar CdC, que no deja de ser una herramienta más, nuestra intención es dar a entender los conceptos astronómicos involucrados en el ejemplo.
observación para el próximo sáso podría ser, por ejemplo: Ob- bado 2 de julio de 2016 desde el jetivos_2016_02_07.txt . Es concentro de la península ibérica. veniente seleccionar la opción CdC le facilita la elaboración de Marcar objetos sobre la carta , para listas de objetivos para la obserque así se resalten en la carta en vación. Para crear una lista hacolor verde los objetos de la lisga Archivo → Lista de observación , ta. Pulse el botón de Guardar y ya o directamente pulse en el icono tiene la lista creada y preparada correspondiente de la barra de para irla rellenando con aquellos menú (Figura 1), y le saldrá el objetos celestes que desee obserformulario mostrado. var esa noche. Sustituya el Título por el nomPuede crear tantas listas de bre que le quiera dar a la lista, observación como quiera usanpara el ejemplo que estamos ha- do distintos ficheros, pero sociendo un título podría ser Obje- lo estará activa una de ellas. Para cargar una lista a partir de su tivos 2 jul 2016 . Indique el nombre de un fifichero, o también para conochero físico en donde la lista secer qué lista de observación esrá guardada, este nombre no tá activa, repita Archivo → Lista de observación , de esta manera la CREE UNA LISTA DE OBSERVACIÓN tiene porqué guardar relación Supongamos que, a modo de con el título de la lista, aunque aplicación le vuelve a mostrar el ejemplo, desea planificar una es conveniente. En nuestro caformulario. | junio 2016 | nº204 | 41
Serie | El arte de rastrear las estrellas XII FIGURA 2. Listado de objetivos.
ta , según va insertando los objeti vos en la lista de observación, sus nombres sobre la carta van tornándose a verde. Sin embargo, esto no se aplica cuando el objeto es una estrella. Este es un punto, en mi opinión, en el que se podría mejorar el programa. Es posible consultar los objetos añadidos a la lista de observación mediante, nuevamente, Ar- chivo → Lista de observación . Esta opción le abrirá un formulario como el mostrado en la Figura 2 con el que conseguirá, también, manipular su lista. Puede añadirle a la columna Descripción un texto libre, y ha y la doble-doble de Lira; la nebu- cer que la carta se centre en un INSERTE OBJETIVOS EN objeto de la lista haciendo doble losa del anillo M 57 en esta misLA LISTA DE OBSERVACIÓN click sobre el número de fila. Una vez guardada inicialmente la ma constelación; el que nunca lista, está preparada para ir relledecepciona, Saturno; y el curioso nándola de posibles objetivos paasterismo de la Cascada de Kem- ORDENE LA LISTA ra la sesión de observación. En la ble con su NGC 1502. La lista de objetivos se puede orcarta mostrada en la pantalla prinPuede añadir a la lista todos los denar pulsando en la cabecera de cipal puede hacer zoom con la objetos que le apetezca observar cualquier columna. Por ejemplo, rueda central del ratón para mane- esa noche. Pero tenga en cuenta podría ordenarlo por ascensión jarla de forma más cómoda o, alque no se trata de agobiarse durecta (AR) o declinación (Dec). ternativamente, usar los campos rante la observación, sino de todo Los valores en las columnas predeterminados de la barra de lo contrario: de disfrutar. Tampo- Inicio y Final determinan una zoom de la derecha. Posiciónese co se trata que se plantee ver to ventana temporal en la que el sobre un objetivo en pantalla (esdos y cada uno de los objetos que objeto cumple con unos detrella, nebulosa, galaxia…) y añálleve en la lista, sino de llevar una terminados criterios, que puedalo a la lista con el botón derecho lo suficientemente amplia para, den ser de dos tipos: «criterio del ratón: Lista de observación → si por alguna circunstancia (léapor tránsito» y «criterio por mase nubes) no es posible ver algusa de aire», a continuación vereAñadir a la lista de observación . Por ejemplo, para la fecha danos de los objetos, tener más opmos qué significan. Es importanda podríamos incluir al rey de ciones. Como dice J. L. Comellas: te hacer notar que dichas horas los cúmulos globulares, M 13, o «Cuatro o cinco objetos por noson referidas a horas oficiales balos grandes cúmulos abiertos de che, bien observados, anotados sadas en la posición real del obOfiuco, IC 4665 y NGC 6633; el en nuestra libretita con todas las servador (es decir, la que le marcúmulo de la mariposa más al particularidades y medidas que ca su reloj). sur, M 6, o a M 23; los globulares hayamos podido realizar, signifiM 9, M 10, M 12, M 14, M 56, can más que docenas de observa- CRITERIO POR TRÁNSITO M 80, M 92, M 107 y para prisciones a tontas y a locas.» DEL MERIDIANO máticos M 4; dos dobles para Note que, si tiene activada la Con el «criterio por tránsito» loprismáticos, Kuma en el Dragón opción Mostrar objetos sobre la car- gra que CdC le muestre en las
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FIGURA 3. Ejemplo de criterio por tránsito: M 13 una hora antes y después de cruzar el meridiano.
serve en la Figura 2, sin embargo, que el programa nos informa que el tránsito por el meridiano de la Cascada de Kemble será a las 11:29 de la mañana. Obviamente se está refiriendo al tránsito inferior, hemos de sumarle mentalmente, por tanto, 12 horas para obtener su culminación, 23:29. Este sería, de nuevo en mi opinión, otro aspecto mejorable del programa.
CRITERIO POR MASA DE AIRE La razón por la que siempre hay que intentar observar un astro lo más cerca posible del meridiacolumnas Inicio y Final las horas la columna Inicio que si obserno es porque la trayectoria de a las que el objeto de la lista al vamos M 13 a las 23:14 lo estasu luz a través de la atmósfera es canza una determinada posición remos observando una hora anmenor. En la Figura 4 se muescon respecto al meridiano. Retes del cruce con el meridiano. tra cómo se puede cuantificar escordemos que el meridiano es la También nos dice (columna Fi- te efecto cuando el ángulo de selínea en la esfera celeste que va paración de la vertical no es muy nal ) que, lógicamente, a la 1:14 desde el punto N al S pasando hará una hora que dicho cúmugrande (α cercano a los 90º). Sin justo por encima de su cabeza. lo abierto habrá cruzado el meembargo, si el astro se encuenRecordemos, también, que se lla- ridiano. tra cerca del horizonte, las ecuama culminación al momento en Puede hacer que la lista de la ciones de la Figura 4 dejan de el que un astro cruza el meridia- columna Inicio indique la hoser válidas porque habría que teno y es justo cuando se dan las ra justa en la que el astro cruner en cuenta la curvatura de la mejores condiciones para su ob- za el meridiano, para ello señale Tierra (y de la atmósfera). Aún servación. la opción Lado oeste . O a la inver- con esa limitación, la Figura 4 Si selecciona Cruce por meridia- sa, si señala la opción Lado este , la nos hace ver la importancia del columna Final será la que le inángulo de elevación en la obserno la columna Inicio marcará la hora en la que al objeto tan sodique la hora de culminación de vación de cualquier astro. El haz lo le falte un determinado tiemlos astros de la lista. de luz proveniente de un objepo para cruzar el meridiano, es to celeste que, por ejemplo, esté decir para alcanzar su culminacon una elevación de 30° sobre CUIDADO CON LOS OBJETOS ción. Este tiempo lo puede fijar el horizonte tiene que recorrer CIRCUMPOLARES con el parámetro Límite (Figura Recordemos que los objetos cirel doble de camino a través de 2). Igualmente, la columna Final cumpolares tienen dos tránsitos la atmósfera que si se encontrainforma de cuándo el objeto ha por el meridiano: el inferior y el ra justo en nuestra vertical (a 90° superado este límite. Aclarémos- superior. Desde el punto de vissobre el horizonte), por lo que lo con un ejemplo: ta de la observación solo nos inse verá, también, doblemente En la Figura 3 se ha impuesteresa este último, que es cuandistorsionado y atenuado. to como límite una hora, por lo do el objeto alcanza la mayor Usted puede indicarle a CdC que el programa nos informa en elevación sobre el horizonte. Ob- que muestre en la lista de obje| junio 2016 | nº204 | 43
Serie | El arte de rastrear las estrellas XII FIGURA 4. Influencia de la atmósfera debida a la elevación del astro sobre el horizonte.
tivos la hora inicial y final entre las que se cumple que el recorrido (segmento «x» en la Figura 4) a través de la atmósfera sea menor que cierta longitud y, por tanto, se está en una situación ideal para su observación. La longitud se expresa como un múltiplo del mínimo camino posible a través de la atmósfera. Este sería el que tendría que recorrer el haz de luz proveniente de un astro situado en el cenit (segmento «a»). CdC le dará, como información adicional, el ángulo sobre el horizonte (α en la fipasen justamente por su cenit. gura) calculado para la longitud Dependiendo del brillo del objemáxima que usted le impone. to, un valor aceptable en la práctica podría ser el comprendido Así por ejemplo, si selecciona desde 1,5 a 2. un límite de 1,5, indicará a CdC que le informe a partir de qué hora y hasta qué hora, cada asSIMPLIFIQUE LA LISTA tro de la lista está en una posiComo habrá deducido, el criteción tal que su luz recorre en la rio por «masa de aire» al ser biatmósfera una distancia menor dimensional es más completo, y, de una vez y media la distancia por tanto, más restrictivo, que el mínima. Seleccione Masa de ai- de «tránsito por el meridiano», re y pulse sobre la cabecera de la que es unidimensional. columna Inicio para que CdC le Si la lista que estamos complepresente la lista ordenada según tando en este ejemplo la muestra van alcanzando esa condición por masa de aire y le impone un óptima de observación. Condilímite de 2 horas verá que, para ción que puede usted restrinla longitud geográfica del obsergir a cualquier valor entre 1 y 15. vador del ejemplo, Saturno, M 4, Cualquier valor mayor de quince M 6 y M 80 no serían capaces de el programa lo considerará con cumplirlo. Esto es indicado por el valor «Horizonte». el programa con el valor «nunPoner como límite de masa de ca» para el Inicio y el Final como aire «Horizonte» equivale a no puede ver en la Figura 5. imponer ninguna condición, y es Insisto que esto no significa útil para ver sobre la misma lista que no pueda ver tales objetos, las horas de salida (orto) y pues- tan solo que para la latitud del ta (ocaso) de cada astro. Por el observador no se elevarán a más contrario, poner un límite de va- de 30° sobre el horizonte y que lor 1 es ser muy restrictivo, y solo por ello no alcanzarán condiciolo cumplirían aquellos astros que nes óptimas para su observación 44 | nº204 | junio 2016 |
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durante toda la noche. Si desea eliminar a alguno de ellos de la lista pulse el botón secundario del ratón sobre el número de línea a la izquierda y elija la opción Eliminar .
ALTERE EL ORDEN DE LA LISTA Una vez decididos los objetos que intentará ver, le resultará muy útil ponerlos en orden. Para empezar haga que CdC le muestre cuáles de ellos son los más «urgentes» de intentar ver, pues se nos «escaparán» por el oeste. Para ello vuelva activar el criterio de «tránsito por el meridiano», ponga un límite de, por ejemplo, una hora, y vea qué objetos serán los primeros en traspasar ese límite haciendo que se ordenen por la hora Final . A veces le interesará alterar este orden propuesto. Por ejemplo en este caso, tras observar a M 10, CdC nos propone ver a M 92, M 9 y Kuma antes que a M 14. Pero si observa las declinaciones de M 10 y M 14 verá que solo difieren en, aproximadamente, un grado. Esto queda patente si or-
Serie | El arte de rastrear las estrellas XII FIGURA 5. Ni Saturno, M 6, M 80 o M 4 cumplen con el criterio de elevarse 30° por encima del horizonte.
FIGURA 6. Plan de observación.
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dena la lista por declinación; vería que tras M 10 va M 14. Si usa un ocular de búsqueda que, acoplado a su telescopio proporcione un FOV de 1° o más, y además dispone de una montura ecuatorial que previamente ha puesto en estación, podrá saltar fácilmente de M 10 a M 14 pi votando únicamente el telescopio en el eje de AR hacia el este. Estos saltos de orden en la lista se representan en la Figura 6 en la columna «Sig.» que nos indican el próximo objeto sugerido, o bien gráficamente en el margen izquierdo mediante flechas que enlazan el objeto actual con el siguiente. Por supuesto, si su montura está dotada de un dispositivo GOTO esta alteración del orden propuesto carece de sentido. Y hasta aquí la ayuda de CdC, que ya habíamos advertido que 46 | nº204 | junio 2016 |
no es un programa especializado en elaborar una planificación automática. La diferencia entre la información que ve en la Figura 2 y el aspecto que se muestra en el listado de la Figura 6 se la ha de trabajar usted. En esta última figura se muestra el resultado de la planificación de la observación, y algo parecido sería recomendable que llevase a sus observaciones junto a las cartas estelares para la localización de los objetos. Lamentablemente, CdC no dispone de ningún botón para generar automáticamente un listado similar al de la Figura 6, este ha sido elaborado «a mano», eso sí, tomando como base el listado de la Figura 2. Observe que, además de tener el orden óptimo de observación y de la hora de cruce con el meridiano, se ha añadido cier-
ta información que seguro le será útil: el tipo de objeto y constelación (AT CAM = Asterismo en Camelopardalis, NP LYR = Nebulosa Planetaria en Lyra, etc.); las coordenadas ecuatoriales (AR y Dec) redondeadas a una precisión adecuada a los discos graduados de la montura; en el caso de estrellas dobles las magnitudes de sus componentes (MagA y MagB), su separación (SEP) y ángulos relativos de posición (PA); en el caso de planetas datos posicionales de los satélites, etc. Además de esta información sugerida puede, por supuesto, añadir todo lo que a usted se le ocurra que pueda resultarle de interés cuando esté observando a un determinado objeto: tipo espectral de las parejas de dobles, en caso de Júpiter tránsitos, ocultaciones, eclipses y tránsitos de sombras de los satélites galileanos... El planificarse la sesión de observación hará, sin duda, que esta le resulte más fructífera y lo agradecerá, créame, en el momento real de la observación. Precisamente a ese «momento» es al que le dedicaremos el próximo artículo. ( )
Álvaro Miguel González Herrera, es miembro de la Agrupación Astronómica Complutense de Alcalá de Henares.
EN JUNIO EN LA SECCIÓN DE CÉNIT RECORDAMOS LAS DIFICULTADES QUE TUVO GALILEO PARA OBSERVAR LAS CUATRO LUNAS MAYORES DE JÚPITER; A CONTINUACIÓN LAS HABITUALES EFEMÉRIDES PLANETARIAS, SOLARES, LUNARES Y EL PLANISFERIO DEL CIELO BOREAL DE JUNIO DE 2016; SEGUIMOS CON LA GALERÍA DE IMÁGENES Y DATOS DE HELIOFÍSICA CORRESPONDIENTES A FEBRERO DE ESTE AÑO; AVANZAMOS EN LA SECCIÓN DE CREPÚSCULO CÓMO LOCALIZAR A DOS ASTEROIDES IMPORTANTES, IRIS Y FLORA; Y ACABAMOS CON LA CARTA DEL CIELO AUSTRAL DE ESTE MES.
agenda
48 CENIT | 50 CARTA NORTE | 52 PLANETAS | 54 ASTRONOMÍA DIURNA 56 CREPÚSCULO | 57 CARTA SUR
agenda
CENIT Este mes despedimos hasta el año próximo la observación de Júpiter en el Observatorio Fabra. Le decimos adiós recordando las dificultades del descubrimiento de sus cuatro satélites mayores.
H
ace tres meses empezamos la temporada de observación del planeta Júpiter con el público que visita el Observatorio Fabra de Barcelona. El 7 de abril, todavía de día, cuando me encontraba preparando los equipos, subió a la cúpula uno de los empleados y yo lo invité a que le diera un vistazo al planeta que ya se veía contra la luz cobriza del crepúsculo. «Veo perfectamente tres de los satélites», me dijo. Fue un engaño para la vista porque Ío y Ganímedes se encontraban tan cerca uno de otro, que su ojo mal entrenado no pudo diferenciarlos y pensó que eran uno solo. Dos días después, el 9, iniciamos la observación con los visitantes a las 21 horas y solo vimos tres de los satélites porque Ío estaba oculto detrás del planeta; al día siguiente, también a las 21 horas, vimos apenas dos: Ío y Calisto; el 11 vimos tres: Ío, Europa y Calisto. Por fin, el 12 pudimos ver las cuatro lunas, dos a un lado y dos al otro. Esta serie de observaciones me trajo a la memoria el descubrimiento de esos satélites en enero de 1610, cuando Galileo estuvo varios días engañado pensando que eran tres porque se resistían a permitir que el sabio pisano observara los cuatro. Este mes de junio, como despedida al planeta Júpi48 | nº204 | junio 2016 |
ter que ya no observaremos más neadas al oeste de Júpiter. Esta hasta el año próximo, recorde- vez también se engañó porque mos los detalles de ese descubri- se veían las cuatro, pero Calismiento de hace cuatro siglos. to estaba tan alejada hacia el esEn su libro Mensajero Sideral , te, que Galileo no la relacionó publicado en marzo de 1610, con el planeta, a pesar de su aliGalileo escribe: El séptimo día de neamiento con los otros tres saenero del presente año… percibí que télites. El 9 de enero hubo mal a Júpiter lo acompañaban tres estre- tiempo y no pudo observar, y el llitas… que me produjeron admira- 10 vio apenas dos satélites. Conción puesto que se encontraban dis- vencido de que eran tres, supu puestas en una línea recta paralela so que el tercero se escondía dea la eclíptica . Si hacemos una sitrás del planeta, y tuvo razón, mulación en un programa plapero había un cuarto, de nuevo netario como Cartes du Ciel o Calisto que, como el día 8, estaStellarium , veremos que el día y ba tan alejado hacia el este, que hora indicados por Galileo se no fue relacionado con Júpiter. veían los cuatro satélites, pero El 11, Júpiter confundió de dos de ellos, Ío y Europa estanuevo al meticuloso observador ban tan juntos, que con la baja porque dos de los satélites, Ío y resolución del pequeño telesco- Europa se encontraban transipio con que los observó no se tando por el frente del planeta podían diferenciar. Fue el mis- y no se podían ver. Este día, Gamo efecto que engañó al emlileo demuestra que es un excepleado del Observatorio Fabra a lente observador al diferenciar principios de abril, solo que en las luminosidades de los dos sael caso de Galileo no fue debido télites que percibe: vi solo dos es- a la luminosidad del crepúsculo trellas al oriente, de las cuales la ni a la falta de pericia, sino a la más oriental era casi el doble ma- imperfección de su instrumen- yor que la otra, a pesar de que la no- to que no tenía capacidad pache anterior parecían casi iguales . ra mostrar separados dos punEn efecto, la más oriental era tos tan cercanos. En la primera Ganímedes que es más grande figura de este escrito se muestra que Calisto y tiene una reflectilo que Galileo vio en esta obser- vidad (albedo) que es casi el do vación y en días sucesivos hasble que la de este último, por lo ta el 13. que se ve más brillante. Hay que Al día siguiente, 8 de eneanotar que muy pocos observaro, Galileo observó de nuevo el dores de Júpiter notan las difeplaneta y vio tres estrellas alirencias de brillo entre los satéli-
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FIGURA 1. Descubrimiento
tes, a pesar de que son bastante evidentes. El 12 de enero hubo engaño de nuevo porque se veían nada más tres satélites. A estas alturas, Galileo, aunque no lo dice, debió estar confundido porque podía diferenciar los tres satélites según sus brillos, pero no podía encontrar un patrón para las posiciones. ¡Cómo iba a encontrarlo sin conocer la existencia del cuarto satélite! Pero esta situación cambió drásticamente el día 13 cuando vio por primera vez los cuatro. En su libro no expresa el asombro que debió sentir con el hallazgo, porque fue escrito días después, cuando ya sabía que eran cuatro, cuya existencia anticipa al lector cuando describe lo que vio el día 11: determiné y estable- cí fuera de toda duda que en el cie- lo había tres estrellas errantes en tor- no a Júpiter, a la manera de Venus y Mercurio en torno al Sol. Y no so- lo tres sino ciertamente cuatro son los astros errantes que realizan sus
revoluciones en torno a Júpiter… de cuyos movimientos informaré a con- tinuación.
En los días siguientes Galileo observó los satélites siempre que el cielo se lo permitió, anotando con minuciosidad de calígrafo todos los detalles de sus posiciones y brillos. En el Mensa- jero Sideral publica más de sesenta observaciones hechas hasta el 2 de marzo, fecha que sorprende porque el libro salió de la imprenta solo diez días más tarde. No hay que olvidar que en ese entonces los libros se maquetaban poniendo las letras una a una en cajas de madera. Quizás por las premuras de la publicación, Galileo no intentó hacer una curva de seguimiento de los nuevos astros como la que presentamos en la figura que acompaña este escrito. En ella se puede ver cómo el sabio fue ganando precisión y confianza en sus observaciones que al final fueron de más exactitud que en los primeros días.
de los cuatro grandes satélites de Júpiter entre el 7 y el 13 de enero de 1610. A la izquierda las observaciones de Galileo y a la derecha la posición real de los satélites. (Todas las imágenes son cortesía del autor) FIGURA 2. Observaciones
de Galileo de los satélites de Júpiter entre el 13 y el 27 de enero de 1610. Las curvas punteadas representan los movimientos reales de Ganímedes y Calisto. La representación de los satélites con asteriscos es copiada a escala del libro Sidereus Nuncius.
Por ejemplo, los días 16 y 17 se quedó corta la posición de Calisto, mientras que después del 23 la coincidencia es excelente. Esa es precisamente la forma de aprender que tienen los genios: constancia en las observaciones y capitalización de los errores del pasado para construir el presente. ( )
Antonio Bernal González
Ingeniero y divulgador, exdirector del Planetario de Medellín, Colombia.
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agenda
Los planetas en junio 2016
Salida, puesta y posición en el cielo del Sol, la Luna, los planetas, las estrellas más brillantes y las principales constelaciones. Para los planetas Mercurio, Venus y Marte
se muestran las posiciones los días primero y último del mes; la posición del disco de color es para el día 15. Para el Sol y los demás planetas se muestra la posición el día 15. La línea
Planeta
Fecha
A. R. - Dec.
1 jun.
3h 05m
13° 27’
12:25
15 jun.
4h 05m
18° 19’
12:31
29 jun.
5h 50m
23° 35’
13:24
1 jun.
4h 30m
21° 35’
13:52
15 jun.
5h 44m
23° 42’
14:11
29 jun.
7h 00m
23° 33’
14:31
1 jun.
15h 44m
-21° 25’
1:04
15 jun.
15h 27m
-21° 03’
23:47
29 jun.
15h 20m
-21° 02’
22:46
Júpiter
15 jun.
11h 07m
6° 59’
19:30
Saturno
15 jun.
16h 44m
-20° 29’
1:09
Urano
15 jun.
1h 29m
8° 39’
9:53
Neptuno
15 jun.
22h 55m
-7° 49’
7:19
Mercurio
Venus
Marte
10 seg.
punteada color rosa es la trayectoria de la Luna durante el mes, y las fases se muestran en la parte inferior para las diferentes fechas. Las ascensiones rectas son líneas verticales (no
Tránsito
En la tabla se leen las p osiciones y las condiciones de visibilidad de los planetas. En las figuras, los planetas se ven a la misma escala relativa en la que se verían con un telescopio.
Antonio Bernal González Ingeniero y divulgador, exdirector del Planetario de Medellín, Colombia.
Latitud 40° Norte
mostradas) y las declinaciones son horizontales. La hora civil de salida y puesta de los cuerpos celestes puede leerse para el 15 del mes por medio de las líneas diagonales.
Mag.
Diám.
Fase
Elong.
1,0
9,04’’
0,29
23,6° O
-0,2
6,70’’
0,58
21,7° O
-1,4
5,33’’
0,92
9,8° O
-3,9
9,62’’
1
1,6° O
-3,9
9,62’’
1
2,2° E
-3,9
9,69’’
0,99
6,1° E
-2,0
18,60’’
0,99
167,5° E
-1,8
17,95’’
0,97
150,3° E
-1,5
16,57’’
0,94
135,4° E
-2,0
35,75’’
0,99
80,9° E
0,1
18,45’’
1
167,9° E
5,9
3,43’’
1
60,6° O
7,9
2,25’’
1
102,2° O
La elongación va de 0 a 180° Este u Oeste. Los planetas exteriores se mueven muy lentamente por lo que sus posiciones pueden extenderse hasta el mes siguiente.
Cada línea horizontal corresponde a las 0 horas T.U. del día señalado. La banda central representa el diámetro del planeta a escala. Los satélites de Saturno no se ocultan detrás del planeta sino que tienen la perspec tiva que aparece en la figura inferior. El este se encuentra a la derecha.
TABLA DE SALIDA DE PUESTA DEL SOL Y DE LOS CREPÚSCULOS Matutino
Vespertino
Fecha
C. Astronómico C. Civil Salida Puesta C. Civil C. Astronómico
1 jun.
4:34
6:01
6:33
21:23
21:55
23:23
15 jun. 4:27
5:58
6:30
21:31
22:04
23:34
29 jun. 4:31
6:01
6:34
21:33
22:06
23:36
Las horas est án en tiempo civil y han sido calculadas par a una latitud de 40° y longitud 0º en el hemisferio Norte. C. Astronómico y C. Civil son los crepúsculos astronómico y civil.
agenda
FAUSTINO GARCÍA DE LA CUESTA Y JAVIER RUÍZ FERNÁNDEZ
EL MISTERIO DEL CICLO PERDIDO (II)
Promedios mensuales del número de grupos durante los ciclos 4 y 5. (sidc. be/silso/home)
E
n 1870, el matemático Elías Loomis, analizando obser vaciones de auroras y comparándolas con el número de manchas y la variación en la declinación magnética, sugirió que el ciclo nº 4 estaba constituido en realidad por dos ciclos cortos de unos 9 y 7 años. En aquel momento, la idea no fue aceptada y quedó aletargada durante más de un siglo. En 2001, los investigadores Usoskin, Mursula y Kovaltsov la reavivaron con la experiencia acumulada en todo ese tiempo. Es más fácil determinar el número de grupos que el número de Wolf, por lo que puede resultar más adecuado para reconstruir la actividad a partir de observaciones antiguas. En la gráfica hemos representado el número de grupos durante los ciclos 4 y 5. Los datos
entre finales de 1791 y mediados de 1793 son observaciones aisladas que seguramente no representan el promedio de grupos. Si prescindimos de ellas, la gráfica sugiere la existencia de un pequeño ciclo entre 1793 y 1800. A partir de dibujos de Staudacher y James Archibald Hamilton realizados durante aquellos años, se han podido medir las latitudes aproximadas de los grupos registrados. Sabemos que al comienzo de un ciclo las manchas aparecen en latitudes medias y se van aproximando al ecuador a medida que el ciclo avanza. Lo que muestran las
posiciones de Staudacher y Hamilton en los años 1793-1796 no es la actividad típica del declive de un ciclo, sino por el contrario, los grupos aparecen en latitudes en torno a 20°, lejos del ecuador y más propias de los comienzos de un ciclo. No obstante, también hay opiniones discrepantes. Los hemisferios norte y sur raramente van sincronizados durante el desarrollo de un ciclo. En 2007, Zolotova y Ponyavin sugirieron que la duración del ciclo 4 fue debida a un desfase excepcionalmente alto entre la actividad de ambos hemisferios. ( )
ACTIVIDAD SOLAR | FEBRERO 2016 En la gráfica de la izquierda se representa el número de Wolf, obtenido multiplicando por diez los grupos de manchas y sumando el número de manchas y poros. A la derecha se representa el área total cubierta por las manchas, expresada en millonésimas de disco solar. El área se puede usar como índice de actividad complementario al número de Wolf. (Datos de www.parhelio.com)
54 | nº204 | junio 2016 |
Joanma Bullón
Observador solar, dirige el Observatorio de La Cambra, Valencia.
GALERÍA FOTOGRÁFICA DE HELIOFÍSICA JOANMA BULLÓN (
[email protected])
1 JOSÉ MUÑOZ 2 Y 3 ALBERT SÁNCHEZ Y PEPE MANTECA
Febrero continúa con la actividad moderada de esta parte del ciclo solar 24 y de transición hacia su mínimo undecenal. Ha sido un mes de protuberancias interesantes, como la eruptiva que se observó el día 2 en las imágenes 1 y 2. En la tercera se aprecia en detalle la actividad de una región activa de la cromosfera.
1, 2 Y 3 JAVIER RUIZ FERNÁNDEZ
En estas tres imágenes tomadas los días 4, 7 y 8 de febrero en la fotosfera podemos observar la evolución del grupo NOAA 2494 con una clara estructura bipolar, desarrollando desde el día 4 unas penumbras que se transformarían en complejas hasta alcanzar su paroxismo el día 8.
1, 2 Y 3 JOSÉ MUÑOZ REALES
En la segunda mitad del mes no tenemos manchas interesantes, aunque volvemos a la formación de protuberancias, como las de los días 8, 17 y 20. En la primera imagen se observa además el grupo NOA A 2494, así como algún filamento. La segunda es una protuberancia quiescente con base eruptiva exp ulsando plasma al ex terior. En la tercera aparece una protuberancia «flot ando» literalmente.
| junio 2016 | nº204 | 55
agenda
ANTONIO BERNAL GONZÁLEZ
CREPÚSCULO El asteroide 7 Iris, descubierto por John Russell Hind desde Londres en 1847, lleva el nombre de la mensajera de los dioses que personificaba al arco iris en la mitología griega. Es el cuarto asteroide más grande del cinturón principal, con un diámetro medio cercano a los 200 km. Su gran excentricidad hace que en ocasiones se acerque lo suficiente a la Tierra para que su magnitud sea menor de 7,0, fácilmente alcanzable con prismáticos pequeños. La próxima vez que esto ocurrirá será en 2017. Durante este mes de junio, la magnitud crecerá desde 9,3 los primeros días, hasta 9,9 a fin de mes. Es un objeto fácil para pequeños telescopios, aunque por estar en la constelación de Scorpius, desde la península ibérica se verá más bien bajo, junto al horizonte del sur. A mediados de junio cruza el meridiano a las 0h 51m para un observador ubicado en las latitudes medias de la península. (Todas las imágenes son cortesía del autor)
El asteroide 8 Flora fue también descubierto por John Russell Hind, dos meses después de haber encontrado a 7 Iris. Lleva el nombre de la diosa romana de las flores y los jardines. Es uno de los grandes asteroides, con un diámetro medio de 128 km, y parece tener las características de una pila de escombros, resultante de un gran impacto en el pasado que dio lugar a un grupo de pequeños cuerpos llamados «familia de Flora». Durante este mes estará en la constelación de Ofiuco, con una magnitud que alcanzará a mediados de junio la 9,4, para disminuir luego a 9,6 que es el mismo valor que tenía en los primeros días del mes. El día 15 cruzará el meridiano a la 1:58 para un observador en el centro de la península y en ese momento la altura sobre el horizonte será ligeramente superior a los 30°. Es un buen objetivo para telescopios pequeños y un reto para la observación con prismáticos.
56 | nº204 | junio 2016 |
agenda
Latitud 30º Sur
Planisferio
CALCULADO PARA JUNIO
ANTONIO BERNAL GONZÁLEZ Y ÁNGELA MARÍA TAMAYO
Día 1 (22:00 h) Día 15 (21:00 h) Día 30 (20:00 h)
Galaxia
Nebulosa difusa
Magnitudes estelares
Cúmulo abierto
Nebulosa planetaria
‹1,5
Cúmulo globular
Estrella doble
Ecuador Celeste Eclíptica
1,5-3
3-4
Cenit para diferentes latitudes
›4
40º 30º
El planisferio representa el cielo que se ve desde una latitud de 30º sur en las fechas y horas indicadas arriba, pero puede ser usado para otras latitudes. Para utilizarlo, mire hacia el punto cardinal en el que desea encontrar los cuerpos celestes de su elección, luego gire el planisferio has ta que la palabra correspondiente a ese punto cardinal quede al derecho. Su cenit estará marcado por la escala amarilla del centro del mapa, de acuerdo con la latitud. Para latitudes más altas de 30º algunas estrellas no mostradas aparecerán por el norte y otras des aparecerán por el sur. Los colores son solo indicativos aproximados del color real de las estrellas. Los números sin letras representan los objetos NGC.
cuerpos menores
COMETAS Y METEOROS EN JUNIO El cometa C/2013 X1 (PanSTARRS) llega por fin a su máxima aproximación a la Tierra y puede, si tenemos mucha suerte, rozar la visibilidad a simple vista, aunque estará mucho mejor posicionado desde el hemisferio sur que para los observadores más boreales: de momento el cometa es prometedor, pero no más. En cambio, los meteoros no apuntan mucho en junio. METEOROS EN JUNIO
N
o hay ninguna lluvia sobresaliente este mes, pero sí una actividad cada vez mayor de muchos puntos del cielo. El resultado es que en las noches cortas y cálidas (o, al menos, no tan heladas) de junio hay una actividad relati vamente elevada, aunque sin ningún punto focal destacado. El no vilunio se produce el día 5 y el plenilunio el día 20. En esta ocasión la Luna poco afectará a la visibilidad de las lluvias del mes. Durante junio la mayor parte de la actividad se encuentra en el cielo diurno. Hay seis lluvias de día importantes en mayo y junio cuyos radiantes se encuentran tan cerca del Sol en el cielo que no pueden observarse visualmente. De esos, el más famoso, sin duda, son las Beta Táuridas. Esta lluvia es la contrapartida de las Táuridas de octubre y noviembre, pero es
más activa y tiene una particularidad interesante. Hay bastante evidencia de la presencia de objetos grandes dentro del enjambre, como por ejemplo el objeto de Tunguska, el cual se ha sugerido por su trayectoria que podría haber sido una Beta Táurida de tamaño descomunal. También tenemos la prueba de los sismómetros lunares de los Apollo , que registraban más impactos en la Luna durante el mes de junio que en otras épocas, lo cual también se ha presentado como demostración de la presencia de grandes bólidos en el enjambre de las Beta Táuridas. Otra de las lluvias interesantes son las Ariétidas de día a principios de junio. Si esa lluvia estuviera más separada del Sol en el cielo sería una de las más importantes del año. Esta lluvia roza las condiciones de ser visible a simple vista ya que está a 30 grados del Sol y, desde la latitud de Canarias o de Venezuela, don-
de la eclíptica hace mayor ángulo con el horizonte, sale casi dos horas antes que el Sol. Esto permite que se puedan observar algunos miembros de la lluvia saliendo del crepúsculo, aunque
FIGURA 1. El paso del cometa 252P/
LINEAR por las nubes estelares del Escorpión y Ofiuco ha dado lugar a muchas oportunidades fotográficas. En esta ocasión, Rolando Ligustri captó robóticamente desde Nuevo México. EE. UU., el día 4 de abril la aproximación del cometa a un cúmulo abierto anónimo de Ofiuco. El tono azul-verdoso del cometa con su gran aureola de emisión débil contrasta con el tono rojizo del cúmulo y el azul intenso de la estrella al lado del cúmulo. FIGURA 2. Con el cometa 252P/LI-
NEAR ya desplazándose hacia el norte y saliendo de la Vía Láctea, Carlos Labordena lo captó desde Culla, Castellón, empezando a menguar bastante el 10 de abril, pero aún con un color verdoso muy intenso debido a la emisión de C 2. Telescopio de 150 mm a f /5, diez exposiciones de 180 segundos a 1600 ISO con cámara Canon 600d.
LLUVIAS DE METEOROS EN JUNIO
4
Lluvia
Fecha máximo
Fechas límites
THZ máxima
Notas
Ariétidas de Día
7 junio
2-18 junio
50
Curva de actividad muy incierta. Muy activa, pero solo puede observarse desde cerca del ecuador y muy cerca del amanecer.
Líridas de junio
15 junio
14-18 junio
0-5
Lluvia interesante que requiere más observaciones. Meteoros débiles. Malas condiciones de Luna.
Dracónidas de junio
23 y 27 junio
¿26 junio - 2 julio?
¿Muy baja?
Probablemente poca o ninguna actividad. Seriamente afectada por el plenilunio.
58 | nº204 | junio 2016 |
1
2
| junio 2016 | nº204 | 59
cuerpos menores
3
siempre con el radiante muy bacuatro días antes que cualquie jo en el cielo. Los meteoros son ra de los cuatro estallidos anteriode velocidad media y tendentes a res. En cambio, en 2010, cuando mostrar menos meteoros brillan- se esperaba una nueva actividad, tes que la mayoría de las lluvias. se observó muy poco. El 7P/PonsLa recomendación es observar Winnecke pasó por el perihelio contabilizando los meteoros en por última vez a finales de eneintervalos muy cortos –no más ro de 2015. No obstante, sabemos de 20 minutos– ya que las condi- que la actividad que vemos ahociones de observación irán camra es de meteoroides emitidos por biando deprisa aunque ello sigel núcleo hace aproximadamente nifique que pueda que no haya un siglo, cuando la órbita del cometeoros en muchos de los inmeta aún interceptaba la terrestervalos, ya que la tasa observada tre, ya que el cometa 7P/Ponsserá muy baja. Winnecke tiene una órbita que, a Otra lluvia potencialmente incausa de las perturbaciones, en la teresante, aunque de observación actualidad no se encuentra con la igual de dudosa, son las DracóTierra. nidas de junio. Esta lluvia, proEl caso es similar al 1P/Halley, ducida por el cometa 7P/Ponsel cual tiene una órbita 0,1 UA ex Winnecke, la cual solo se había terior a la Tierra, aunque para el manifestado en tres ocasiones (en 7P/Pons-Winnecke, la órbita ya 1916, 1921 y 1927), parecía haber está a 0,28 UA por el exterior de desaparecido en la década de los la Tierra. Por consiguiente, es im20 del siglo pasado, pero volvió posible que la Tierra se encuena aparecer inesperadamente en tre con los meteoroides expulsa1998. Se esperaba una posible ac- dos del núcleo recientemente. En tividad de 2004 que no surgió en cambio, los meteoroides expulsala fecha prevista, pero después se dos en el pasado pueden, al igual puso de manifiesto que se había que en el caso del Halley, tener registrado un pequeño estallido una órbita bien distinta al cometa. de actividad (de menos de 50 me- Los estallidos de 1998 y 2004 pateoros por hora) el 23 de junio, recen haberse debido a los trazos 60 | nº204 | junio 2016 |
FIGURA 3. Aunque visualmente
el cometa C/2013 US10 (Catalina) estaba por debajo de magnitud 10 a principios de abril, aún mostraba una cola de casi medio grado y una coma claramente verdosa como muestra esta imagen realizada por José Chambó el 9 de abril desde Hoya Redonda. El campo es de 1,7 x 1,1 grados con el norte arriba y el oeste a la izquierda.
de material dejados tras el cometa en el siglo XIX. Se ha calculado que a las 00:08 TU del 23 de junio la Tierra cruzará el trazo de material que el cometa dejó en su órbita en 1921. La mala noticia es que los meteoroides seguramente serán muy pequeños y, por lo tanto, muy débiles, y que la Luna gibosa menguante influirá mucho en la observación. Los meteoros de las Dracónidas de junio son extraordinariamente lentos. Su velocidad media es de tan solo 18 km/s, la más lenta de las lluvias importantes. Esto hace que las tasas de actividad obser vadas sean muy engañosas, siendo efectivamente más de cien veces más elevadas que la actividad aparente. O sea, si los meteoros fuesen tan rápidos como las Perseidas se vería varios cientos de veces el nivel de actividad que detectamos visualmente. Entre las restantes lluvias hay que destacar la actividad del radiante del antihelio, ya que su posición en el cielo es casi exactamente opuesta a la posición del Sol. COMETAS EN JUNIO
Tras el paso espectacular del cometa 252P/LINEAR ya terminado, seguido de la máxima aproximación del C/2013 X1 (PanSTARRS) que disfrutaremos en junio – aunque ambos lamentablemen-
una magnitud total visual de 8,2 mientras que en la madrugada del Delta r Elong. Fase m1 1 de mayo le calculó 7,8. Juan José «J. J.» González le dio 7,4, aunque ambos tenían que usar teles1,0597 1,4269 87,0 45,2 6,3 copios relativamente grandes de 0,9585 1,4507 94,6 44,2 6,2 20 cm de abertura para las esti0,8634 1,4764 103,4 42,0 6,0 maciones, lo cual puede signifi0,7784 1,5038 113,3 38,3 5,9 car que el cometa realmente era 0,7086 1,5328 124,5 33,1 5,8 un poco más brillante. Sus estima0,6607 1,5632 136,6 26,5 5,7 ciones son consistentes con las de 0,6405 1,5949 147,7 19,9 5,8 otros observadores y sugieren que 0,6518 1,6278 154,1 15,8 5,9 el cometa es tal vez media magni0,6935 1,6618 152,2 16,6 6,1 tud más débil que lo previsto pahacia el sur del cielo. De hecho, ra estas fechas, aunque eso puede su trayectoria durante junio es a ser debido al hecho que no podía lo largo de todo un catálogo de observarse alto en un cielo oscuro constelaciones australes poco faal estar aún cerca del Sol en el ciemiliares. Tras empezar el mes en lo del amanecer. el sur de Aquarius, el cometa paDurante mayo y junio el cometa sará por Piscis Austrinus, cruzanse separará rápidamente del Sol, do a Microscopium y la esquina estando en oposición en las femás austral de Sagittarius, antes chas de su máxima aproximación de meterse en Telescopium y tera la Tierra. Eso significa que aunminar el mes en Ara. que empezará el mes de junio con Puesto que el cometa estará una presentación relativamenalejándose del Sol cada vez más te lateral, esta pasará ser bastanrápidamente durante el mes de te frontal cuando esté más brillan junio, la magnitud dependerá te. A partir de mediados del mes críticamente de cómo se comserá cada vez más difícil de obserporte al alejarse del astro rey. varlo, muy bajo en el sur, y en los Muchas veces, un cometa diúltimos diez días de junio incluso námicamente nuevo como el será un reto complicado desde la C/2013 X1 (PanSTARRS), que latitud de Canarias, con una altutiene una de las órbitas más hira máxima inferior a los 15 grados perbólicas que se han observado, por encima del horizonte. se debilita mucho más rápidaDesde luego, las mejores fechas mente al alejarse del Sol que el para observarlo serán en torno al ritmo de su incremento en brillo novilunio de principios del mes, al acercarse a nuestra estrella. cuando debería encontrarse en Los primeros indicios del comtorno a magnitud 6 y aún en una portamiento del cometa tras el altura que permitirá observarlo perihelio del 20 de abril son que sin muchas trabas. ( ) el PanSTARRS está un poco más débil que lo previsto, aunque eso puede tener que ver también con las condiciones no muy favorables Mark Kidger Astrofísico, investigador en el Centro de observación, bajo en el cielo Europeo de Astronomía matutino a finales de abril. El 23 Espacial (ESAC). de abril Carlos Labordena estimó
EFEMÉRIDES COMETA C/2013 X1 (PANSTARRS) Fecha
A.R.(2000) Dec.
28 may. 2016
22 56 04,5 -13 54 11
1 jun. 2016
22 44 29,8 -17 20 25
5 jun. 2016
22 28 51,2 -21 34 18
9 jun. 2016
22 07 18,2 -26 43 04
13 jun. 2016
21 37 08,5 -32 44 05
17 jun. 2016
20 54 53,9 -39 09 50
21 jun. 2016
19 58 00,3 -44 53 28
25 jun. 2016
18 49 27,8 -48 26 27
29 jun. 2016
17 40 42,7 -49 06 00
te demasiado australes para ser observados en sus máximas aproximaciones– vendrá una sequía de cometas interesantes durante unos meses. Las mejores fechas para observar al PanSTARRS serán en torno al novilunio del día 5. 252P/LINEAR
A principios de mayo este cometa seguía siendo relativamente brillante y visible con prismáticos. Carlos Labordena y Juan José «J. J.» González estimaron ambos magnitudes en torno a 7 en la madrugada del 1 de mayo. No obstante, la previsión es que el cometa estará por debajo de magnitud 11 a principios de junio, aunque su comportamiento fotométrico en las próximas semanas es bastante incierto y no es imposible que desaparezca de vista rápidamente pese a encontrarse bien posicionado para observarse. C/2013 X1 (PANSTARRS)
Este cometa finalmente empezó a asomar en el cielo matutino el pasado mes de abril. El cometa tendrá su máxima aproximación a la Tierra el 21 de junio, exactamente dos meses después de su paso por el perihelio. Desafortunadamente, ya estará exterior a la órbita del planeta Marte y bastante
| junio 2016 | nº204 | 61
polvo de estrellas
CAMPAÑA DE OBSERVACIÓN DEL CUÁSAR OJ 287 Este mes tenemos la suerte de contar con la colaboración de un observador bien conocido por todos los aficionados españoles: Ramón Naves. Como firma invitada de lujo de esta sección nos comentará los resultados conseguidos hasta la fecha por el activo grupo de observadores que se han sumado a la campaña observacional del cuásar OJ 287. FIGURA 1. Características orbitales del
cuásar OJ 287. (Gráfico de Juan-Luis Glez. Carballo)
1
O
J 287 es un objeto del tiRealmente estamos ante un sispo BL Lac que produce tema doble formado por un aguestallidos visibles de for- jero negro supermasivo central ma casi periódica. Fue que tiene 18 000 millones de vedescubierto en 1968 gracias a su ces la masa solar y que está situainusual comportamiento; al podo solo a 3500 millones de años co tiempo, en 1972, se produjo luz de la Tierra, muy cercano pasu mayor estallido registrado. Re- ra un objeto de este tipo. A este visando placas antiguas se le enagujero negro supermasivo lo orcontró en algunas realizadas en bita con un periodo de 9,5 años 1891, gracias a las cuales se pudo otro mucho más normal, de soconfeccionar una curva de luz lo 100 millones de masas solaque mostraba su extraordinario res (periodo que, debido a la dicomportamiento, así como que latación relativista del tiempo, sus estallidos eran regulares. actualmente es de 11/12 años). 62 | nº204 | junio 2016 |
Los picos máximos en la curva de luz se producen cada vez que el agujero negro secundario cruza el disco de acreción del supermasivo (Figura 1). Al tratarse de un objeto excepcional en varios sentidos (tamaño, brillo y cercanía), son muchos los diferentes grupos de observadores que se coordinan para observarlo. Nuestro grupo, Observadores de Supernovas (ObSN), es uno de los que sigue con especial interés la evolución de este cuásar, obteniendo datos fotométricos en las bandas BVRcIc, aunque prestando especial atención a R y V. Gracias al número de observadores implicados, el seguimiento ha sido prácticamente diario desde finales del año pasado (Figura 2). Para obtener unos resultados más precisos y homologables, los observadores nos pusimos de acuerdo, coordinados por el doctor Mark Kidger (Agencia Espacial Europea), intercambiando y debatiendo las mejores estrategias a la hora de trabajar. Fruto de este interesante debate todos elegimos, por ejemplo, la misma
2
FIGURA 2. Curva de luz del cuásar OJ 287 que recoge las obser vaciones realizadas por los miembros de Observadores de
Supernovas desde finales de noviembre de 2015 hasta finales de abril de 2016. Las bandas mejor cubiertas han sido la V y, especialmente, la R. Obsérvese que a finales del mes de abril se volvía a producir otro pequeño estallido. (Cortesía de M. Kidger)
estrella de calibración e, inclute cuásar, el máximo del día lo profesional aparecido en The so, la misma estrella de control 5 de diciembre fue de magniAstrophysical Journal Letters junto (una para cada filtro), lo cual tud 12,9R siendo el más brillana otros observadores de todo el ha permitido a los analistas verite desde 1984. Si ha sido una ful- mundo. ficar posteriormente la bondad guración sincrotrón del chorro Desde aquí quiero agradecer a de la fotometría de cada obserrelativista, y todo parece inditodos los observadores implica vador (así como la calidad de ca- car que lo es, se trata de una con dos su esfuerzo en observar, casi da noche). Cabe recordar que la una amplitud bastante destacaa diario, este interesante cuásar estrella de control es simplemen- da. Tales fulguraciones suelen te- (F. Campos, J. Carrillo, A. Escarte una estrella no variable que ner amplitudes del orden de 0,5 tín, J. M.ª Fernández, F. García, sirve para chequear los resultaa 1 magnitudes y la subida suele F. Gómez, F. Limón, J. Lozano, dos de los diversos observadores. durar entre 5 y 7 días. C. Perelló, J. L. Salto, F. Soldán, Como decíamos, la mayoría de Se estima que la vida de los L. Tremosa, J. Valero y M. J. del ellos ha usado los filtros fotomé- agujeros negros que conforman Valle) y, por supuesto, al Dr. Kidtricos V o Rc, aunque también se OJ 287 será de unos 10 000 años ger por su trabajo de análisis y han aceptado observaciones sin ya que terminarán fusionándocoordinación. ( ) dichos filtros, todas debidamense, siempre que aceptemos como te identificadas. El Dr. Kidger se correctos los últimos datos puha encargado de verificar las diblicados sobre sus masas; si estas Ramón Naves es un activo observador ferencias de fotometría entre los fueran menores podrían durar especializado en la fotometría de cuerpos distintos observadores. mucho más. menores, exoplanetas, Tal y como describe el Dr. KidEste interesante trabajo en estrellas variables y ger en su análisis inicial del com- grupo ya ha tenido su recompen- supernovas. portamiento fotométrico de essa en la publicación de un artícu| junio 2016 | nº204 | 63
naranja y negro
M 22, UN DIAMANTE EN LA TAPA DE LA TETERA Fue el alemán Abraham Ihle quien lo descubrió en 1665 cuando observaba Saturno, lo que lo convierte probablemente en el primer cúmulo globular registrado, siendo charles Messier el que lo incluyó en su famoso catálogo en junio de 1764.
A
unque no fue el úniEl objeto que nos ocupa se en- que, debido a su posición en el hemisferio celeste austral, no sube co. Edmund Halley cuentra en una zona muy cermucho por el horizonte, lo que también lo metió en cana al bulbo galáctico, por lo le resta espectacularidad. M 22 se una lista suya de seis que es usado en ocasiones coaleja de nosotros a 149 km/s. objetos publicada en 1715. O mo microlente gravitatoria paEste es uno de los cuatro gloDe Chéseaux, quien lo puso ra estudiar objetos situados cerca bulares conocidos que contienen como entrada nº 17 de su pro- de dicho bulbo. Con este métouna nebulosa planetaria, siendo pio catálogo. También Le Gen- do y usando el Telescopio Espatil o Lacaille lo observaron y cial Hubble, se observaron picos los otros M 15, NGC 6441 y Palomar 6. Esta nebulosa se descuregistraron. erráticos en la luz de los astros brió en 1986 cuando el astrofísiSir William Herschel fue el que componen M 22, lo que inprimero en resolver estrellas dujo a los científicos a pensar en co Fred Gillert, usando el satélite IRAS observó una fuente punsueltas en el cúmulo, siendo la existencia de una población tual que identificó como nebuloademás el primero en sugerir de planetas errantes que no orque semejante concentración bitan estrellas y cuyas masas pue- sa planetaria tres años más tarde. estelar con una condensación den llegar a ser hasta ochenta ve- La estrella central de la nebulosa es de marcado color azul y se esmayor en su centro se tendría ces la de Júpiter. tima que la planetaria tiene tan que deber a la atracción graEs uno de los cúmulos globulasolo 6000 años. vitatoria mutua entre los comres más próximos, a unos 10 000 M 22 tiene objetos aún más ponentes en vez de tratarse de años luz de distancia al Sistema exóticos, como dos agujeros neuna alineación casual de astros Solar. Aún así su luz se ve afectano ligados entre sí. Y Sir John da por la absorción debida al pol- gros descubiertos con el VLA de Nuevo México en ondas de radio Herschel propuso este objeto vo interestelar situado entre no y confirmados posteriormente para medir la «potencia» de los sotros y M 22. Con magnitud 5,5 por el telescopio espacial Chantelescopios. es el globular más brillante visidra de rayos X. Más tarde, en 1930 fue cuidable desde latitudes europeas y el dosamente estudiado por Harlow cuarto más brillante de todo el firShapley, quien le descubrió unas mamento, si bien M 13 o M 5 paOBSERVACIÓN EN LA CIUDAD recen ser más espectaculares por70 000 estrellas individuales. Observación con
prismáticos (10 x 50) Ascensión Recta Declinación Tipo de globular Magnitud aparente Distancia Edad Dimensiones Tamaño aparente Otras designaciones:
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18h 36m 24s -23° 54’ 17” VII +5,1 10 600 años luz 12 000 millones de años 106 años luz 32’ NGC 6656, GCL 99
M 22 se ve a mitad de camino entre un triángulo de estrellas al este del pico de la tapa de la tetera y una estrella, como una bola neblinosa algo ovalada casi en sentido norte-sur. Se nota que el centro es más denso y algo más brillante que la periferia diluida.
Observación con telescopio (D = 80 mm) Este cúmulo globular es perfectamente visible con tan solo 25x, incluso desde ciudades con mucha contaminación lumínica y Luna llena. Se distingue, próximo a un triángulo de estrellas de similar brillo, una mancha redonda que presenta una concentración mayor en su centro. Los bordes son muy poco definidos y no se consiguen diferenciar estrellas sueltas. A poco más de 50x el cúmulo se percibe algo peor, pues si bien los aumentos se comen la luminosidad de fondo, también lo hacen con la del objeto, en este caso más que el entorno. Se perfila más el mayor brillo en la parte central, pero todo el conjunto queda más deslucido que a pocos aumentos.
OBSERVACIÓN EN EL CAMPO
› Cómo encontrarlo Para localizar a este espectacular cúmulo globular es mejor identificar primero a la estrella que forma la tapa de la tetera de Sagitario, Lambda Sagitarii o Kaus Borealis, para desde ella partir hacia el este y un poco al norte. En seguida se distinguirá esta mancha redonda y brillante en la zona.
Observación con prismáticos (11 x 80) Su núcleo es tan grande en tamaño como en brillo, convirtiéndolo en un muy digno rival de M 13 por la corona del mejor cúmulo globular obser vable desde el hemisferio norte. Una visión desviada permite descubrir el extenso halo que duplica, incluso triplica, el núcleo.
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FIGURA 1. Imagen del cúmulo globular M 22. (Foto Juan Manuel Rivero)
Este halo no es regular y definido, sino algo ovalado. Todo el racimo muestra un ligero hormigueo casi imperceptible. Este objeto sin duda merece un largo tiempo pegado a los prismáticos para disfrutarlo.
OTROS OBJETOS CERCANOS
NGC 6624 (coordenadas: 18h 23m 41s; -30° 21’ 39”)
Racimo globular bien visible entre las miríadas de astros de los ricos campos estelares de Sagitario. A 100x el cúmulo engaña no dejando resolver estrellas individuales, por lo que parece un disObservación con telescopio (D = 200 mm) co redondo nebuloso. Un enga Junto a Omega ño que se repite a 275x, si bien Centauri, 47 Tucanae y M 13, a estos aumentos sí se vislumM 22 es uno de esos cúmulos bra un hormigueo. El núcleo es globulares que hacen soñar al grande y brillante aunque no aficionado a la astronomía. Al muy compacto y ocupa la mitad contrario que los anteriormente del cúmulo, mientras que la perimencionados, M 22 es un objeto feria es muy homogénea y tiene un tanto caótico, pues no un borde bastante definido hacia presenta la estructura típicamen- el cúmulo y el final de este. te esférica de los demás, sino que está algo achatado. También su M 69 (coordenadas: distribución estelar es confusa. 18h 31m 23s; -32° 20’ 53”) El núcleo ocupa la mitad del Cúmulo globular de tamaño mecúmulo y en él se distinguen dio situado en las inmediaciones estrellas individuales y otras no de una estrella brillante. Su esresolubles. A su alrededor hay tructura no es exactamente circumuchas estrellas sueltas, distanlar sino que el núcleo se muestra ciadas entre sí, más brillantes a algo achatado, poco compacto y un lado que a otro. Parecen un ocupando las dos terceras partes anillo ficticio. Bonito objeto que del total. A 278x se distingue en no nos debemos perder. el núcleo una estructura más bri-
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naranja y negro
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FIGURA 2. Posición de M 22 en el cielo. (Álex Mendiolagoitia sobre Stellarium) FIGURA 3. Mapa con la ubicación de los otros objetos mencionados en el texto. (Álex Mendiolagoitia sobre Stellarium)
centro. A su alrededor se curva un halo, también brillante pero más tenue, que se extiende de uno a dos diámetros del núcleo. Este es disperso y su gradiente es regular. El cúmulo parece estar escalonado en tres fases: en la primera, el núcleo y la periferia inmediatamente alrededor; en la segunda, el halo de gradiente regular del que a 100x se distingue un hormigueo y hasta se resuelven estrellas muy débiles; y una tercera que solo se vislumbra como un resplandor con visión lateral. A 250x se sigue sin distinguir nada y no se resuelven estrellas tan fácilmente, aunque sí hay un hormigueo. El núcleo ocupa la mitad del total y parece estar un tanto desplazado del centro. También da la sensación de que hay tres estrías de estrellas de aspecto fantasmal y de las que no se resuelven estrellas.
llante en forma de bumerán, roM 70 (COORDENADAS: deada del resto circular del nú18H 43M 13S; -32° 17’ 31”) cleo más débil. Esta estructura Cúmulo globular muy cercano brillante parece estirarse hacia un a M 69. Aunque algo mayor que extremo, como si quisiera alcaneste es completamente distinto zar a una destacada componen ya que su núcleo es compacto y te anaranjada de las muchas que ocupa un tercio del total. El núse resuelven en la periferia a estos cleo esta separado del resto muy aumentos. No hay una transición bruscamente, como si hubiera progresiva del núcleo a la homoun escalón entre ambos. En el génea periferia, y casi parece un centro del núcleo hay una zona gradiente constante. puntual más brillante que el res- M 55 (COORDENADAS: to del mismo. La periferia tiene 19H 39M 59S; -30° 57’ 43”) algo de gradiente, pero llegado Racimo globular muy grande NGC 6652 (coordenadas: un límite se acaba la población y brillante. En tamaño iguala a 18h 35m 46s; -32° 59’ 23”) Cúmulo globular achatado por estelar de golpe. M 13 y en luminosidad se queefecto de una alineación estelar da un par de puntos por debasolo visible con 278x. Su visión jo del racimo de Hércules. El M 54 (COORDENADAS: con 100x es la de un globular de 18H 55M 3S; -30° 28’ 42”) cúmulo en sí es destacadamentamaño medio y núcleo grande Cúmulo globular muy interesan- te brillante, aunque su luminoque quiere enseñar más. A 278x te ya que es pequeño pero sorsidad es muy difuminada. Tanse resuelven muchas estrellas de prendentemente luminoso. Soto con visión lateral como con la periferia y algunas del mismo bre todo en su compactísimo observación directa se distingue núcleo. Destaca una alineación centro, lo bastante grande como un claro hormigueo, pero es el estelar que cruza el objeto desde para parecer un disco cuya lumi- primer método el que resuelsus extremos. nosidad es mucho mayor en el ve algunas estrellas, que solo se
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revelarán al observador paciente. Se ven varios astros distribuidos caóticamente sobre todo en el centro y algunos sorprendentemente alejados. Ante todo destaca un arco de estrellas un poco más brillantes que parece una mini corona boreal superpuesta al racimo. Este objeto está muy olvidado por los otros tesoros de Sagitario y, sin duda alguna, se le debería prestar más atención. ( )
Alex Mendiolagoitia es miembro de la Agrupación Astronómica de Madrid. Para contactar:
[email protected]
el pequeño astrónomo
Un caballero se avergüenza de que sus palabras sean mejores que sus hechos.
Miguel de Cervantes Saavedra (1547 - 1616). Escritor universal y autor de la magistral obra literaria El Quijote .
MI NOMBRE EN UNA ESTRELLA La Unión Astronómica Internacional constituye el órgano oficial de decisión a nivel mundial para nombrar todo lo referente a la astronomía. -¿Qué tal ayer tu cumple con la familia? -Bueno… como en Navidad me re- galaron la consola, pues un poco jus- titos los regalos de mis progenitores, pero en cambio mi tío sí que me sor- prendió, me regaló un pergamino donde certifica que una estrella del cielo lleva mi nombre. -¿Una estrella en el cielo…? ¡Joo! pues le costaría un pastón, ¿dónde venden eso, en la NASA? -No, su logotipo no aparecía por ningún sitio, pero mi tío me dijo que él había escogido una de las más brillantes y que era la que vendían más cara…
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ncreíble pero cierto, hay empresas que se dedican a vender títulos sin ninguna validez real donde personalizan las estrellas con tu nombre y cuantos más extras inclu yas (estrella doble, del zodiaco, supernova…) más cara te la cobran. Por ejemplo, una de estas empresas te da la opción de comprar además un colgante de plata, donde aparece grabada la constelación donde está tu estrella y sus coordenadas… y hasta un mapa estelar y un CD para que la encuentres. Pero todo eso no es más que un mero divertimento sin valor. Las estrellas más brillantes ya tienen nombre desde hace ca-
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si 2000 años. El primer catálogo estelar conocido como Al- magesto lo realizó el astrónomo griego Claudio Ptolomeo (100– 170 d.C.). Enumeró con nombre y posición en el cielo 1028 estrellas. En la actualidad, si miramos al cielo en una buena noche estrellada de Luna nueva,
podemos ver cerca de 5000 estrellas, pensad que unas 200 tienen nombre propio de modo internacional, y no precisamente el vuestro. Algunos nombres son de origen árabe, como la famosa Aldebarán en la constelación de Taurus (es su ojo), que traducida significa «el seguidor»
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por seguir a las Pléyades. Mucho después, en el siglo XVII, el astrónomo alemán Johann Bayer se inventó una nomenclatura utilizando letras griegas que rezaba así; la primera letra del alfabeto griego, alfa (α) se le daba a la estrella más brillante de cada constelación, a la segunda más brillante se le daba la letra beta (β), etc. Pero claro, con 24 letras se acababa pronto el catálogo, por eso en el siglo XVIII el astrónomo inglés John Flamsteed elaboró el Historia Coelestis Britannica (1725), donde las estrellas se catalogaban por números contándolas en orden de oeste a este. Por ejemplo, dependiendo del sistema de catalogación, la estrella Arturo o Arcturus es alfa Boötis y también 16 Boötis. Así, diferentes catálogos dan nombres distintos a una misma estrella: la estrella Polar se la conoce con el nombre de Polaris, pero también como HIP 11767, TYC1628-237-1, alfa UMi y 1 UMi. En la actualidad la Unión Astronómica Internacional (UAI) que agrupa a las diferentes sociedades astronómicas nacionales, constituye el órgano oficial de decisión a nivel mundial para nombrar todo lo referente a la astronomía. Se creó en 1919 y uno de sus objetivos desde entonces ha sido coordinar la elaboración de reglas de nomenclatura de los cuerpos celestes. A fecha
FIGURA 1. Los
nombres de algunas de las estrellas más importantes de las constelaciones de invierno en el hemisferio norte. La mano aparece como referencia de la escala. (Gráfico Ángel Gómez) FIGURA 2. Impresión
artística de la estrella Cervantes y sus cuatro planetas. (David Cabezas Jimeno/SEA) FIGURA 3. La
constelación de Orión, dibujada en el atlas Uranometria de Johann Bayer, en 1661. (Cortesía USNO)
de 2016 la UAI tiene unos 12 500 socios individuales, principalmente profesionales de la astronomía con el grado académico de doctor de setenta y cuatro países asociados. La presidenta actual es la mexicana Silvia Torres Peimbert, que la dirigirá hasta el año 2018, aunque solo el 16 % de sus miembros es femenino. Buscando planetas extrasolares, el año pasado la UAI decidió, tras votación de miles de personas, renombrar a las estrellas donde se habían encontrado estos planetas. El Planetario de Pamplona y la Sociedad Española de Astronomía optaron por solicitar que una de esas estrellas (mu Arae o HD 160691) en la constelación de Ara (visible desde el hemisferio sur, a 49,8 años luz de distancia y con magnitud 5,12) llevara el nombre de un insigne español, el escritor Miguel de Cervantes Saavedra y que sus planetas se nombraran como los
3 personajes de su libro más ejemplar, El Quijote . Con más de 38 000 votos, España fue el tercer país que más votos emitió, solo por detrás de la India y Estados Unidos, consiguiendo así que hoy en el cielo haya una estrella que se llama Cervantes y cuyos planetas Quijote, Sancho, Dulcinea y Rocinante inmortalizan la obra de nuestro escritor. Ya veis que no es tan fácil dar el nombre a una estrella y que esta, además, sea reconocida mundialmente. ( )
Mª Ángela del Castillo Alarcos es directora de la Escuela de Ciencias COSMOFÍSICA. Para contactar: cosmofí
[email protected]. web: www.escuelacosmofisica.com
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astrobiología
EL DECLIVE DE LOS DINOSAURIOS ANTES DE CHICXULUB El impacto que excavó el gran cráter situado en la península del Yucatán, en México, que toma su nombre de la cercana villa de Chicxulub, se ha asociado con la extinción de los dinosaurios. Pero, ¿estaban los dinosaurios realmente en su apogeo antes del impacto?
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a visión clásica de la pa y el oeste de India). En octubre leontología sobre el final del año pasado, el grupo de Paul de los dinosaurios, y soRenne, de Berkeley, sugirió que bre todo la que ha perambos fenómenos podrían estar meado el conocimiento popular, relacionados, y que fue el impacsostiene que fue un evento cato en Chicxulub el que provocó tastrófico el que borró de la Tie- un incremento sustancial en las rra a los grandes saurios. Se han tasas de vulcanismo en el Decpropuesto diversas teorías para can, al concentrarse los efectos explicar el abrupto cambio que sísmicos del impacto en las antísufrió la biosfera terrestre al fipodas del punto de colisión del nal del periodo Cretácico, y enasteroide. tre ellas las que cuentan con maLa consecuencia de estos even yor aceptación son el impacto de tos catastróficos y coincidenun bólido de unos 10 kilómetros tes en el tiempo fue la acumulade diámetro cerca de lo que hoy ción de polvo en la atmósfera, es la ciudad de Chicxulub (en la el bloqueo parcial de la luz sopenínsula de Yucatán, México, lar, el enfriamiento del planeta Figura 1), y la sucesión de epidurante meses y la pérdida masisodios de vulcanismo masivo en va de vegetación. Los grandes diel área de Deccan (en el centro nosaurios herbívoros no pudie-
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FIGURA 1. Capa
de iridio en Colorado, EE.UU. El iridio es un elemento muy pesado, y durante la formación planetaria se hunde en el núcleo: por eso es tan raro en la corteza terrestre. Sin embargo, se ha identificado en numerosos lugares alrededor de la Tierra una fina capa de sedimentos rica en iridio, que separa en todos los casos los depósitos cretácicos de los terciarios. Los asteroides son ricos en iridio, y por esta razón Luis y Walter Álvarez propusieron en 1980 que fue el impacto de un gigantesco meteorito el que marcó el final del Mesozoico. En 1990 se identificó el cráter de Chicxulub, que tenía el tamaño y la edad precisos para ser el responsable de la formación de la capa de iridio planetaria. (Mark Ryan)
ron adaptarse y murieron, y con ellos perecieron también sus predadores. Al mismo tiempo, el incremento del dióxido de carbono provocó una acidificación de las aguas oceánicas, alterando los ecosistemas donde habitaban los dinosaurios marinos. Sin embargo, una nueva investigación liderada por Manabu Sakamoto, de la Universidad de Reading, en Reino Unido, y publicada el pasado mes de abril, sugiere que los dinosaurios se encontraban ya en un pronunciado estado de declive al menos 50 millones de años antes del final de la era Mesozoica. El decrecimiento en el número de especies se observa en todos los grupos de dinosaurios, aunque
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los patrones de decadencia difieren. Por ejemplo, los grandes saurópodos, herbívoros de cuellos largos como el Diplodocus o el Argentinosaurio, experimentaban unas tasas de extinción más acusadas. Por el contrario, los terópodos, grupo al que pertenecían los Alosaurios y los Tiranosaurios, experimentaban un debilitamiento más gradual. La causa de esta disminución en la diversidad de los dinosaurios parece encontrarse en una pérdida de su habilidad para generar especies nuevas con la suficiente rapidez, a medida que los cambios ambientales producían la desaparición de especies existentes. Como resultado, comenzaron a ser incapaces de adaptar-
FIGURA 2. Plataforma
de perforación operativa. (E. Gillespie/ECORD)
plemente fueron incapaces de adaptarse con la rapidez necesaria y desaparecieron. La naturaleza última de esta gran crisis global al final del Cretácico sigue en discusión. Para intentar obtener más datos que puedan confirmar la importancia del gran impacto del final del Mesozoico, en marzo de este año comenzó la primera exploración detallada del cráter de Chicxulub. El cráter se encuentra sumergido bajo las aguas del golfo de México, y tiene 180 kilómetros de diámetro. Un proyecto de la Universidad de Texas ha financiado la construcción de una plataforma de perforación similar a las usadas para extraer petróleo, situada a 30 kilómetros de la costa y en aguas de 17 metros de profundidad (Figura 2). El primer paso de la perforación ha sido atravesar los 500 metros de sedimentos marinos que se han depositado encima del cráter desde el Cretácico. En el momento de la publicación de este texto, se están extrayendo muestras del fondo marino de hasta 1500 metros de profundidad, y que pertenecen a los sedimentos excavados y modificados por el impacto. El análisis de estas muestras proporcionará nue vas pistas acerca de las causas se a las sucesivas crisis ecológicas, que hicieron desaparecer a los producidas fundamentalmente grandes dinosaurios de la superpor la deriva continental y el inficie de la Tierra. ( ) cremento de la actividad volcánica durante la segunda mitad del Cretácico. Cuando se produjo Alberto González Fairén una crisis global de grandes pro- Centro de Astrobiología, CSIC/INTA. porciones (el impacto de Chicxulub y el vulcanismo masivo en Para contactar:
[email protected] el Deccan), los dinosaurios sim-
Cuando se produjo una crisis global, los dinosaurios simplemente fueron incapaces de adaptarse
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musica universalis
FLUIDO ROSA And if the cloud bursts, thunder in your ear You shout and no one seems to hear. And if the band you’re in starts playing different tunes I’ll see you on the dark side of the moon.
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uando estoy en Alemaun «show musical de los gigantes nia, los sábados por la del rock psicodélico y espacial». tarde los suelo pasar enEn el planetario de Hamburfrente de mi ordenador go cuidaban aún más la astroen el Landessternwarte de Heimúsica: mientras en la cúpula se delberg. Sin embargo, el 12 de proyectaban estrellas, imágenes marzo tuve una cita que llevaba y, a veces, láseres, programaban mucho tiempo esperando… conciertos en directo de piano En 2011, como parte de mis (Fumiko Shiraga), pop (Michy tareas en el consorcio CARMEReincke), swing & soul (Joe CurNES, hice el Tour of Germany , por tis Williams), música espacial el que visité en una semana va(John Serrie), after-work lounrios institutos de astrofísica en ge (Marcel Lichter) y chill-out Göttingen, Hamburgo, Tauten(Raphaël Marionneau). Adeburg, cerca de Jena, y el propio más, entre sus programas grabaHeidelberg. En todas las ciudados, tenían especiales de Jean des grandes a donde voy intenMichel Jarre, Blüchel & von to enterarme del programa de Deylen (con su álbum Mare Ste- su planetario. El de Jena, uno de llaris ) y Pink Floyd: The Wall y Dark Side of the Moon . los mejores del mundo por ser la ciudad la sede de Zeiss (la emLa astromúsica en planetarios presa que hace los mejores proen Alemania ha debido de ser yectores de planetarios del mun- un éxito en el último quinquedo, aparte del telescopio de 3,5m nio, porque en 2016 el planetade Calar Alto) ofrecía, además rio de Berlín ofrece programas de los programas clásicos, como con música de Led Zeppelin, Kosmische Evolution , Unser Weltall Phil Collins, Muse (¡esta noche (Nuestro Universo) o Der kleine los veo en concierto!), Carmina Prinz (El Principito, para niños), Burana de Carl Orff (O fortuna, velut luna ) o La flauta mágica de otros programas astromusicales: Star Rock Universe , con música de W. A. Mozart (¿os podéis imagi Amy Winehouse, David Bowie o nar el primer aria de La Reina de Supertramp, Unendlich und Eins la Noche en una cúpula? Todavía (Infinito y Uno, un «musical estáis a tiempo de ir a Berlín: familiar»), Queen Heaven–The 25 de junio a las 20:00). Mannheim se ve a lo lejos Original! , con Bohemian Rhapsody , desde Königstuhl, el monte de Radio Gaga , Who wants to live Heidelberg donde está el Lan forever y otros éxitos de la banda británica, y Pink Floyd–Reloaded , dessternwarte. Por supuesto, co72 | nº204 | junio 2016 |
«Planetarium Mannheim». Mannheim, la ciudad de los cuadrados en la confluencia del Rin y del Neckar, es la 11ª ciudad más ingeniosa del mundo. Allí Karl Drais inventó la bicicleta y Karl Benz patentó el primer automóvil. El planetario de Mannheim, inaugurado en 1927, fue uno de los primeros del mundo; el actual es de 1984. (Planetarium Mannheim/Alfred Gerold/Zeiss)
mo toda gran ciudad alemana, tiene un planetario con programas astromusicales: Space Jazz Nights (seis diferentes conciertos en directo durante este semestre), Queen–Heaven y Pink Floyd: The Wall , Dark Side of the Moon , Wish you were here y, solo para fans, los tres seguidos en la noche de Walpurgis (3,5 h)… El 12 de marzo acudí a la esperada cita (pista: fondo negro, prisma, luz blanca, arcoiris). ( )
José Antonio Caballero.
LSW Heidelberg. Web: exoterrae.eu
FRANCISCO CAMPOS
LA ESCURRIDIZA VARIABLE ECLIPSANTE B PER
UN EJEMPLO DE COLABORACIÓN ENTRE PROFESIONALES Y AFICIONADOS CON EQUIPOS MODESTOS
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i salimos una noche oscura de otoño-in vierno a observar a simple vista, y centramos nuestra mirada a una zona situada a medio camino entre Capella y Mirfak (también conocida como Algenib), es posible que veamos una poco llamativa estrella de magnitud 4,6 catalogada como SAO 24531, HD 26961 o simplemente, b Per (no confundir con beta Per). Al ser una zona próxima a la Vía Láctea y, por tanto, con alta densidad de estrellas, lo más probable es que nos pase completamente desapercibida como una insignificante estrella. Estaríamos muy equivocados si pensamos así, porque nos en-
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contramos ante una muy interesante estrella variable aún poco conocida que el invierno de 2015 fue objeto de una campaña de observación entre astrónomos profesionales y aficionados. Campaña que ha resultado ser todo un éxito. De entrada, b Per es una binaria espectroscópica, es decir, una estrella que sabemos que es doble solo por su espectro, pues las dos estrellas orbitan una alrededor de la otra a tan corta distancia, que ni con el más potente de los telescopios es posible separarlas. Es más, la proximidad de ambas estrellas, unido a las fuerzas gravitatorias, hace que los dos globos gaseosos estén casi en contacto.
Como consecuencia de esto, las estrellas aparecen deformadas y presentan un aspecto elipsoidal. Es muy posible también que haya fuga de material desde la más masiva hasta la secundaria a través del punto de Lagrange L1, donde las fotosferas estelares prácticamente se rozan una con la otra. No se eclipsan porque el plano de sus órbitas no coincide con el de nuestra línea de visión, pero eso no impide que el sistema sea una estrella variable, producto de todos estos efectos, sin olvidar además que un hemisferio de cada componente estará más caliente que el que no es visible desde la otra compañera. Por eso, b Per está catalogada como variable elipsoidal que osci-
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la entre las magnitudes 4,52 y 4,68 Se postuló que el siguiente en la banda V de Johnson, en un eclipse debería tener lugar enperiodo de poco más de día y me- tre el 9 y el 13 de enero de 2015, dio. Variaciones que son casi incon una incertidumbre de un detectables en visual pero que se día. De esta manera, se planteó detectan fácilmente si se es capaz una campaña de observación de obtener buena fotometría (+/- que duraría, para mayor cober0,01 mag.), algo que está al alcan- tura, unas dos semanas. Un proce de muchos equipos amateur. yecto de vigilancia ideal para los A raíz de un programa de bús- astrónomos aficionados al ser queda de estrellas emisoras de una estrella brillante que habría ondas de radio, se detectó la po- que vigilar todo el tiempo que sibilidad de que este sistema tufuese posible. viese una tercera compañera orNo es fácil observar un evento bitando la variable elipsoidal en así, sobre todo porque el eclipun periodo de unos 700 días, y se dura varios días y no se sabía que podría eclipsarlo. Había incon exactitud cuándo iba a prodicios que en 2013 ya se había ducirse, pues había un margen detectado dicho eclipse, pero de error de unos pocos días. Esera necesario confirmarlo y afite proyecto requería la colaboranar las efemérides. ción de un grupo de fotometris-
FIGURA 1. Campo de Perseo. Nuestra
protagonista se halla a medio camino entre Mirfak (Ð Per) y Capella. (Adaptado de A. Fujii)
tas bien distribuidos por varias longitudes del planeta, algo que por desgracia es muy difícil de conseguir, pues la mayoría de los observadores potenciales se encuentran en Estados Unidos y en Europa, quedando el continente asiático y la zona del océano Pacífico sin cubrir. A pesar de estas limitaciones, un total de seis «policías celestes» han sido capaces de detectar y cubrir buena parte del fenómeno. Las observaciones comenzaron el 4 de enero y se intensificaron a partir del día 7. De hecho, el
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artículo | La escurridiza variable eclipsante b Per
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FIGURA 2. Ejemplo de variable elipsoidal y su curva de luz.
Las estrellas no se eclipsan, pero están tan deformadas que su curva de luz no es constante y pone en evidencia así su naturaleza binaria. (Excepto donde se indique, todas las imágenes son cortesía del autor)
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FIGURA 3. Mapa de localización de b Persei.
(IAU/Sky & Telescope CC BY 3.0)
FIGURA 4. Mapa de observación de b Persei, con las estre-
llas de comparación sugeridas. SAO 39457 tiene magnitud 5,492 en V, y SAO 24498 tiene magnitud 7,624 en V. El campo de la imagen mide 1,8 x 3 grados. (AAVSO) FIGURA 5. Curva de luz final de b Per, según las observa-
ciones remitidas a la AAVSO en las que contribuyeron un total de seis observadores.
FIGURA 6. Una animación del eclipse observado puede ver-
se en estos gráficos. La variable elipsoidal está representada por las dos estrellas centrales (azul y verde oscuro) girando mutuamente en sentido antihorario, mientras que la tercera componente (verde claro) va pasando por delante de ambas, eclipsando a una u otra componente según van orbitando en torno a su centro de masas común.
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El autor ha observado el fenómeno con un sencillo buscador de 9 x 50 mm eclipse empezó durante la noche del 10 al 11 de enero. El autor de este artículo estuvo observando durante esa noche, pero justo cuando finalizaba la ventana de observación, b Per empezó a descender rápidamente de brillo. El eclipse comenzaba y otro observador, Paul Benni, pudo registrar la casi totalidad del descenso. El eclipse duró dos días. Durante la noche del 11 al 12 de enero el autor detectó la estrella en el mínimo y volvió a observarla en la noche del 12 al 13. Justamente esa noche finalizó el eclipse pero por desgracia, unas inoportunas nubes privaron de cubrir el ascenso final. Gracias a estas observaciones se ha podido construir un primer modelo del eclipse. Como mejor se visualiza es con una animación de la cual podemos observar los puntos culminantes en la Figura 6. Obsérvese que en la penúltima imagen se produjo un nuevo eclipse que no fue registrado. El método de observación empleado por los observadores consistió en obtener series temporales durante el mayor periodo posible, es decir, obtener el máximo número posible de tomas tratando de conseguir una alta relación señal/ruido, pero sin saturar las estrellas implicadas en la observación. La climatología respetó bastante las ventanas de observación (algo realmente atípico) y permitió cubrir las horas previas al inicio del
eclipse y el inicio del remonte final, además de observar la noche «central» del eclipse. Alguien se preguntará si estos proyectos no son más que para gente con grandes recursos instrumentales o con cielos alejados de la contaminación lumínica. Nada más lejos de la realidad. El autor ha observado el fenómeno con un sencillo buscador de 9 x 50 mm, de los que se usan para autoguiado, y una cámara Atik 314L+ con filtro Johnson-V. Todo el conjunto sobre un viejo Newton 150 f /5 que hacía úniFIGURA 7. El telescopio empleado por camente de soporte, y una no el autor para observar el eclipse. menos vieja montura ecuatorial EQ5 sin autoguiado, ni GoTo, ni PEC, ni nada. Solo los dos moto- persión de +/-0,005 mag. No esres para mover la montura y mu- tá mal, ¿no? cha ilusión. ¡Ah!, y observando a Quien piense que para con20 km de Barcelona con los hotribuir con datos científicamenrribles cielos que disfrutamos te válidos es necesario un gran por estos andurriales. equipo, espero que tras leer estas La gran dificultad con la que líneas haya reflexionado y se anime encontré (y todos los obserme a participar en futuras cam vadores CCD) era que, al trapañas de observación. La Asociatarse de un objeto tan brillante, ción Americana de Observadores es muy difícil encontrar al mede Estrellas Variables, AAVSO, nos una estrella de comparación realiza peticiones de observacioque entre en el reducido camnes («Alert Campaigns») con po de las CCD y además es nerelativa regularidad y es aquí cesario desenfocar mucho padonde la colaboración profera no saturar la señal, pero esto sional-aficionado es más efectiúltimo no es un problema (más va que nunca. Si os apetece parbien al contrario). Por eso el reticipar, estad atentos a la web de fractor acromático baratito de 50 la AAVSO, porque vendrán más mm de objetivo y 162 mm de fo- campañas tan o más interesancal ha sido extremadamente útil tes. No lo dudéis. ( ) a pesar de la horrenda calidad de imagen que proporciona, con una aberración de curvatura exa- Más información: * www.aavso.org/campaigngerada que pondría los pelos de highlight-b-persei punta a cualquier astrofotógra* inside.warren-wilson.edu/ ~dcollins/bPersei fo. Sin embargo, en fotometría eso no importa. Con una CCD barata como la Atik 314L+ y una Francisco Campos, químico y observador de estrellas variables. montura mala, el autor ha obtePara contactar:
[email protected]. nido una fotometría con una dis-
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banco de pruebas
COMPARATIVA OCULARES ZOOM: PENTAX 8-24 VS BAADER HYPERION 8-24 Lo reconozco, es la primera vez que voy a probar un ocular zoom. Siempre he pensado que un sistema zoom en un ocular astronómico tendría ciertos problemas para conseguir la misma calidad que uno «no zoom». Bueno, veamos qué pasa.
E
n cuanto tienes en tus rá un ligero viñeteo en la focal no es así, con el prisma inclinamanos el Pentax te das de 8 mm. do, el peso del ocular conseguirá cuenta de que han puesPor cierto, los dos son oculares hacerlo girar. Es decir, hay que to mucho mimo en su muy anchos y apenas hay espacio apretar bien el prisma al telescoelaboración. Japón… claro. Se para poder apretar bien los dimi- pio. Y seguimos con los aprietes. nota. El giro del anillo zoom es nutos tornillos «aprieta-ocular» Los anillos zoom de los dos ocuencantadoramente preciso así que montan la mayoría de los lares son algo duros (sobre todo como su capucha retráctil acaba- portaoculares. Un sistema Click- el del Pentax), así que si no esda en goma. Tiene grabadas las tán bien fijados al portaocular… Lock será perfecto para evitar esfocales de 8, 12 y 24 mm (aunta incomodidad. harás que todo el ocular gire en que sin «clicks» de posición fofalso. Como vemos, hay también cal) así como los aumentos que que apretar adecuadamente los DEFINICIÓN PUNTUAL obtienes con el telescopio Pen Vamos a probarlos con un telestornillos del portaocular para fitax PF-80ED. copio Sky-Watcher ED80. Lo jar bien el ocular zoom. Una vez El Baader Hyperion Markprimero que notas es que amrevisado el apriete, pude desplaIII es menos elegante a los ojos bos oculares son pesados, por lo zar el anillo zoom sin problemas. que el Pentax. Posee además un que te pedirán que el prisma esDespués de hacer pasear escasquillo extra de 2" que evitaté bien sujeto al telescopio. Si trellas por todo el campo de vi78 | nº204 | junio 2016 |
Dos oculares zoom frente a frente. El japonés Pentax frente al alemán Baader. (Todas las imágenes son cortesía del autor)
FICHA TÉCNICA
Pentax
Rango de focales
8-24 mm
Casquillo
1,25”
Campo aparente
38° - 60°
Relieve ocular
20 mm
Resistencia al agua
Sí
Peso
450 gr
Precio aprox. IVA incl.
453 €
sión con los dos oculares y con este refractor ED80 a f /7,5, pude comprobar que en la focal de 24 mm ambos comenzaban a perder la puntualidad a aproximadamente medio radio de distancia desde el centro. Una pérdida moderada que en ningún caso me molestó en exceso. Con
no, tanto con el Pentax como con el Hyperion comprobé ca8-24 mm si lo mismo que con el refractor 1,25” y 2” ED80. La calidad de la definición 50°- 68° puntual mejora conforme baja12-15 mm mos la distancia focal del ocular. No Francamente, pensé que iban a 350 gr rendir peor con este Newton f /5 250 € pero su rendimiento fue de nue12 mm de focal el Pentax mejo- vo muy bueno para unos oculares ra un poco la definición puntual zoom. La pérdida en zonas muy del Hyperion. Conforme bajaalejadas era lógicamente mayor mos la focal, las pérdidas en deque con el refractor pero de nuefinición puntual de ambos ocu vo, ambos oculares rindieron eslares disminuyen. Con 8 mm, tupendamente bien. Insisto, muambos calcan casi los resultados. cho mejor de lo que esperaba. Le toca el turno al un telescoOye, quién me lo iba a decir… espio Newton de 200 mm f /5. Bue- tos zoom me están gustando. Hyperion
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banco de pruebas
FIGURA 1. Ambos oculares tienen
ojeras extensibles. La posición más cómoda para ver el 100 % del campo fue con ellas plegadas a tope o casi. Ambos resultaron algo incómodos con gafas. Las focales del Baader tienen «clicks» de posición que fijan cada una de ellas. El Pentax tiene un anillo zoom de giro continuo.
1
FIGURA 2. También estuvo como
invitado el Orion zoom 7-21 mm. Sencilla y llanamente… está en otra liga. No llega ni de lejos a la calidad que ofrecen el Baader y el Pentax. Campo aparente pequeño, elevados cromatismos y clara peor definición puntual.
Por cierto, ambos oculares (aunque se diga lo contrario) varían el foco al cambiar su distancia focal. También cambia su campo aparente, lamentablemente mayor en la focal de 8 mm que en la de 24 mm en ambos oculares. Hubiera preferido que fuese al revés pero supongo que existen limitaciones en el diseño óptico. Por cierto, el Hyperion tiene un campo aparente mayor en todo el rango de focales. Podemos resumir diciendo que ambos oculares tienen una definición puntual muy satisfactoria pero el Pentax la muestra algo mejor en la focal de 12 mm. Además, las pérdidas de definición puntual no son grandes en ningún caso y algo importante, desplazando ligeramente el ojo (sacándolo un poco del eje óptico) hacemos que mejore claramente. OBSERVACIÓN PLANETARIA
Vamos a ver Júpiter con el ED80. Comencé por el Baader en la focal de 8 mm con una Barlow 2X para tener ya unos decentes 150X. La imagen es buena. El recorte es estupendo y no hay cromatismos. Aprecié claramente las dos bandas ecuatoriales, incluso una fina banda 80 | nº204 | junio 2016 |
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PRESENTACIÓN DE LA EMPRESA AMERICANA PRECISEPARTS Seguro que no soy el único que ha encargado más de una vez una pieza adaptadora a un tornero. Acoplar cámaras CCD, ruedas portafiltros, enfocadores, etc., resulta a veces una misión compleja. Además, sabemos que hay roscas de distintos tipos y que la distancia entre el sensor y el telescopio debe ser exacta. La empresa PreciseParts está especializada en elaborar este tipo de piezas adaptadoras. Este es su único objetivo (también pueden hacer tapas para telescopios, CCD, etc.). Trabajan normalmente en aluminio pero pueden fabricar piezas en materiales sintéticos si el cliente lo desea. Hablan perfectamente español y son una gente muy amable cuyo único objetivo es que tengas la pieza adecuada a un precio razonable. Por cierto, su web está totalmente operativa en castellano, algo que se agradece muchísimo. Pero lo que me gustó mucho fue su sistema de selección de la pieza necesaria. No es
fácil andar explicando por teléfono o correo electrónico qué tipo de pieza quieres. El sistema que PreciseParts ha desarrollado es excelente. Entras en su web (www.preciseparts. com) y desde el menú de inicio te aparece el sistema de selección. Solo tienes que indicar marca y modelo de tu telescopio y qué cámara o sistema visual quieres usar. Clicas en «seguir» y ahora debes ya ser más concreto seleccionando el tipo de telescopio y salida de foco que tiene e indicar el grosor que deseas tenga la pieza adaptadora (si pones cero te saldrá con la distancia más corta posible) y elegir el modelo de cámara concreto. Clicas en «construir» y ya está. Tienes un plano con la pieza pero también un modelo de visualización 3D estupendo en donde puedes ver, girar y examinar a conciencia cómo quedará la pieza adaptadora que estás encargando. Para ver este visualizador 3D solo debes clicar en la pieza que está moviéndose, justo debajo del plano de la misma. Me parece un sistema original, práctico y, sobre todo, con toda la
más y la estupenda mancha rodiaciones… nada, este Júpiter de ja. Incluso pude apreciar la ca150X es calcado al mostrado por racterística bahía blanquecina y el Baader Hyperion. arremolinada que esta tormen Ya que tengo al lado un Newta crea siempre a su alrededor ton de 400 mm y 1800 mm de en el interior de la banda ecuadistancia focal, vamos a «saltorial sur. También pude ver dos sear» un poco. Me pongo en la condensaciones muy interesansituación de un observador que tes en la banda ecuatorial norte. quiere graduar la amplificación Oye, esta imagen está más cermáxima adecuada con el sistema ca de un ortoscópico de lo que zoom. Así que coloqué una pensaba, desde luego. FrancaBarlow 3X y hala, a darle caña. mente, en el área planetaria (la Con esta configuración tenemos más exigente para cualquier óp- ya unos buenos 225X con solo tica) el Júpiter que tengo delan- la focal de 24 mm. Lo divertido te es estupendo. (y tremendamente práctico) fue Vamos con el Pentax. Pensair subiendo de aumentos con el mos que algo mejor se verá ya anillo zoom, lentamente, hasta que se trata de un ocular de aldar con la focal adecuada. Franta gama. Pues chico, incapaz de camente, muy interesante el hedetectar diferencias. Las busqué cho de que con un solo ocular en la mancha roja y en sus inme- tengamos, en este caso concre-
información que el cliente puede desear. Me mandaron una pieza para que pudiera ver su aspecto y pude comprobar que está perfectamente trabajada y anodizada en negro mate. Si no encuentras tu telescopio o cámara en su base de datos no hay problema, ya que puedes mandarles un correo electrónico con los detalles de manera que los añadan a su base de datos para que sea posible solicitar el adaptador online. PreciseParts abre una ventana al diseño de piezas adaptadoras únicas, realizadas totalmente a medida del cliente.
Preparando la maquinaria para fabricar un adaptador. (Cortesía PreciseParts)
to, desde los 225X con 24 mm hasta los 675X con la focal de 8 mm. Al final todo dependerá (como siempre…) de la calidad del seeing para saber dónde pararnos. En mi caso, esa noche tenía una imagen grande y con buen foco a unos 15 mm de focal zoom, es decir, con aproximadamente 360X. Aunque por debajo de las posibilidades de su abertura, la imagen con esta amplificación fue preciosa con el Newton de 16”. Francamente, me esperaba una calidad peor en planetaria. Lo que sí me queda claro es que en términos de calidad, ambos oculares rindieron igual en planetaria. Es decir, en área central, ambos ofrecen la misma buena imagen. | junio 2016 | nº204 | 81
banco de pruebas
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FIGURA 3. Los dos zoom son anchos lo que hacen algo incómodo el fijarlos a portaoculares con tornillos de apriete.
Un sistema Click-Lock es el ideal para fijarlos adecuadamente. FIGURA 4. Una prueba interesante. No me esperaba el altísimo rendimiento que me ofrecier on estos dos zoom.
Sin duda, me gustaron y son totalmente recomendables.
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OBSERVACIÓN LUNAR
cales comprobé una ausencia casi total de cromatismos, un foco en áreas centrales excelente en todas ellas y una nitidez en zonas alejadas del centro a un buen ni vel con focales altas y estupenda en 8 mm.
Tenía ganas de comprobar cromatismos o reflejos con las altas luces y elevados contrastes que tienen las imágenes lunares. Para observar la Luna utilicé un Newton de 200 mm f /6. Ambos oculares trabajaron bien con la Luna. En la focal de 24 mm los CONCLUSIÓN dos mostraron una Luna entera Toda una sorpresa, francamenpreciosa con un foco excelente y te. Quizás no sean los oculares sin cromatismos. Sin embargo en ideales para un observador expeel Pentax, cuando introducía la rimentado ya que un zoom te liLuna en el campo de visión, nomita la elección precisa de cada té como dispersaba parte de la ocular para cada área de obserluz lunar creando un velo grisá- vación. Pero para observadores ceo en el campo. Una vez tenías «relajados», que estén empezanla Luna centrada, este efecto do y no quieran invertir en tres desaparecía. Por cierto, esta diso más oculares, estos dos zoom persión no la generó el Baader. dan la talla de forma ejemplar. Por lo demás, en el resto de foNo muestran cromatismos y en
planetaria (donde más me sorprendieron) están prácticamente a la altura de oculares que teóricamente son mucho mejores. Por último, ambos trabajaron estupendamente con lentes de Barlow tanto 2X como 3X y fue tremendamente divertido y cómodo usarlos. Para observaciones terrestres, sin duda, no habrá mejor opción que uno de estos oculares zoom. ( )
Jon Teus trabaja
en el Centro Astronómico de Tiedra.
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astrofotografía Con la llegada del verano en el hemisferio norte este mes se da la paradoja de que tenemos más tiempo y usualmente mejor meteorología, pero a la vez las noches son cortas, aunque crecen a medida que transcurra la estación. Esperamos que podáis aprovecharlas y sacar las cámaras al cielo, esta sección se encuentra a vuestra disposición. COORDINADO POR ÁNGEL GÓMEZ ROLDÁN
Puedes enviar tus astrofotografías a:
[email protected]. La imagen seleccionada del mes recibirá una suscripción anual gratuita a la revista Astronomía en su edición en pdf.
Imagen del mes
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Messier 7, el cúmulo de Ptolomeo
El cúmulo abierto M 7 destaca sobre la densidad estelar de la Vía Láctea. Imagen obtenida el pasado mes de junio de 2015 por Eric Recurt y Roberto Colombari (Cosmos Tenerife), desde el Observatorio del Teide, a 2400 m de altura. Once tomas de 300 segundos en L, y cinco de 300 segundos en cada uno de los filtros RGB. Astrógrafo de 350 mm a f /3,3 y cámara CCD FLI PL 16803, todo sobre montura ASA DDM 85.
Galaxia M 101
Alfonso Espinosa Antón, de Guadalajara, nos escribe: «Hace un par de años que he comenzado a practicar la astrofotografía junto con mi colega Julián García. Es un tema que nos apasiona, y no pensába-
mos que con unos medios tan humildes se pudieran conseguir estos resultados tan interesantes.» Galaxia M 101 desde Las Inviernas (Guadalajara). Veintinueve tomas de 600 segundos y veintiocho de 60 segundos, más los correspondientes bias, dark y flat. Telescopio Sky-Watcher ED80 de segunda mano sobre montura CG5. Cámara Canon 450D modificada y refrigerada por XAP. Sistema de autoguiado Lunático. Procesadas con PixInsight. | junio 2016 | nº204 | 85
El cometa y el globular
Imagen del cometa 252P/LINEAR el pasado 5 de abril de 2016 cerca de M 14, un cúmulo globular en la constelación de Ofiuco. Tomada por José J. Chambó, de Valencia (cometografia.es) con un telescopio Takahashi FSQ ED de 106 mm a f /5 y cámara CCD SBIG STL-11000M remotamente desde Mayhill, New Mexico (EE.UU.). Cuatro exposiciones de 240 segundos en L a binning 1 x 1, y una de 60 segundos en cada uno de los filtros RGB a binning 2 x 2. 86 | nº204 | junio 2016 |
Nebulosa de Orión
Nuestro lector Mikel Castander, de la Sociedad de Ciencias Aranzadi, nos envía esta nebulosa de Orión realizada desde Berastegi, Guipúzcoa. Quince tomas de 600 segundos a ISO 1600 con un telescopio Sky-Watcher Esprit 80 ED y cámara Canon 550 modificada y refrigerada, todo sobre montura NEQ6 Pro.
Omega Centauri
Omega Centauri, el cúmulo más grande de nuestra Galaxia, fotografiado desde Las Cañadas del Teide, en Tenerife, por Christian Grabenbauer del Grup d'Astronomia de Tiana, Barcelona. Telescopio Lacerta Newton de 10", cámara CCD QHY9. 16 tomas de luminancia y 8 en cada uno de los filtros RGB, todas de 45 segundos. Procesado en Fitswork, retoques finales con Photoshop. | junio 2016 | nº204 | 87
El faro y la Vía Láctea
Panorámica formada por dos imágenes de 12 segundos de exposición a ISO 6400 con objetivo de 35 mm y cámara Sony A7s, tomada el pasado mes de abril desde el sur de la isla de La Palma, en la zona de Fuencaliente, por Sergi Luque, de Espai Astronòmic (www.espaiastronomic.com) . En la foto se observa la zona central de la Vía Láctea y justo encima de la estrella Antares los planetas Marte y Saturno. 88 | nº204 | junio 2016 |
LA ASTRONOMÍA MÁS FÁCIL
Presenta La primera rueda de oculares automática. DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO PARA ESPAÑA Y LATINOAMÉRICA:
La tienda de astronomía y microscopía de Barcelona Un portal web y dos tiendas on-line especializadas
Celestron Sky-Watcher Meade Levenhuk Omegon TS Optics Bresser Astronomik Baader LensPen Lunático Carton Bushnell Vanguard
BMS Euromex Labomed Optika Zuzi Levenhuk Celestron Bresser Dino-Lite Nahita LabBox EndoGlassware Merck
Exposición: Av.Josep Tarradellas 50 Entlo 6ª - 93 321 33 77 -
[email protected]
delta-V
| Delta-V: historias de la astronáutica |
LAS MISIONES DEL BURÁN QUE NUNCA FUERON (PRIMERA PARTE) El 15 de noviembre de 1988 el transbordador soviético Burán («tormenta de nieve» en ruso) realizó su primera y última misión espacial. ¿Pero qué habría pasado si el programa no hubiese sido cancelado a raíz de la caída de la URSS? ¿Qué misiones habría realizado?
E
l programa Burán nació como una respuesta a las misiones militares del transbordador espacial estadounidense, así que no es de extrañar que las misiones originales del Burán tuvieran todas ellas un perfil belicoso. En principio, la principal aplicación del sistema Burán sería lanzar estaciones de combate Skif y Kaskad en su bodega de carga. Las primeras eran estaciones espaciales armadas con láseres mientras que las segundas incorporaban interceptores cinéticos. Su objeti vo no era destruir los misiles balísticos estadounidenses, una misión que los analistas soviéticos consideraban imposible, sino las instalaciones equivalentes enemigas situadas en órbita dentro del marco del programa Star Wars iniciado por la administración Reagan. Cuando el proyecto de las estaciones de combate láser Skif-D aumentó de tamaño y se tomó la decisión de lanzarlas con el cohete gigante Energía, se sugirió que el Burán podría servir para rellenar los tanques de gases de los láseres después de su funcionamiento. Pero quizás la aplicación militar más estrambótica fue el uso de la lanzadera soviética para po90 | nº204 | junio 2016 |
ner en órbita hasta diez vehículos de reentrada BOR-4 con cabezas nucleares. Aprovechando la capacidad de maniobra de los cuerpos sustentadores en la alta atmósfera, los BOR-4 podrían esquivar cualquier sistema de intercepción en caso de guerra. Otra aplicación más realista sugería el trados, se plantearía un vuelo triempleo del Burán para reparar pulado en la tercera. los satélites espías del Proyecto En septiembre de 1988, poco Sapfir. Incluso se planeó lanzar mediante el Burán satélites espías antes de la primera misión del BuSapfir con un espejo primario de rán, la fecha de lanzamiento de la tres metros de diámetro. segunda misión no tripulada estaSalvo por los intentos de vinba prevista para finales de 1989. cular el Burán con los prograLa primera misión tripulada tenmas Sapfir y Skif-D, lo cierto es dría lugar un año más tarde, al térque el resto de propuestas nunmino de 1990. En 1991 y 1992 se ca tuvieron muchas posibilidarealizarían una y dos misiones trides de salir adelante. Ya en los puladas respectivamente. Las cuaorígenes del programa se intentro primeras misiones tripuladas tó buscar una utilidad en las pri- estarían pilotadas por dos cosmomeras misiones del Burán dennautas solamente debido a motitro del programa de la estación vos de seguridad (solo había asienespacial Mir, una alternativa cier- tos eyectables disponibles para dos tamente más lógica. De acuerdo tripulantes). A partir de 1992 encon el programa original plantrarían en servicio las lanzaderas teado en los años 80, se debían 3K, 4K y 5K progresivamente. Duhaber llevado a cabo diez misio- rante las diez misiones de prueba nes de prueba con las lanzaderas los dos transbordadores 1K y 2K 1K (Burán) y 2K antes de consillevarían en su bodega módulos derar operativo el sistema Ener37KB de la oficina Khrúnichev cogía-Burán. Las dos primeras demo el que transportó el Burán en bían ser sin tripulación y, en su vuelo y cuyo diseño era similar función de los problemas encon- al del módulo Kvant de la Mir.
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FIGURA 1. Configuración de una lanzadera del programa Burán para misiones a la Mir. Se aprecian los dos brazos robot, la antena del sistema Luch, la esclusa con el sistema APAS y el módulo 37KB. (Vadim Lukashevich/ www.buran.ru)
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FIGURA 2. La lanzadera 1K Burán en la rampa de lanzamiento en Baikonur. (Cortesía del autor)
Al igual que en la misión inaugural, durante los primeros vuelos de prueba los módulos transportarían instrumentos para medir los parámetros de vuelo y baterías para complementar las células de combustible. Posteriormente, dos de los módulos 37KB serían transformados en módulos científicos 37KBI para ser acoplados a la estación Mir. A principios de 1989 los planes habían cambiado ligeramente y ahora los cuatro primeros vuelos serían sin tripulación. A finales de 1991 estaba previsto que despegase la lanzadera 2K (los rumores dicen que podría haberse llamado Burya, «tormenta») en su primera misión, denominada 2K1 (las misiones de las lanzaderas soviéticas recibieron un código formado por la denominación de cada transbordador y un número que indicaba el orden de la misión). Durante dos días Burya habría orbitado la Tierra con un módulo 37KB en su bodega, probando el funcionamiento de las células de combustible y los radiadores. En la primera mitad de 1992 la 2K despegaría en su segunda misión, la 2K2. En esta ocasión permanecería durante siete u ocho días en el espacio y se acoplaría automáticamente a la estación Mir antes de regresar a la Tierra. En 1993 tendría lugar la cuarta misión del programa y la
segunda del Burán, la 1K2. Durante quince-veinte días el Burán permanecería en órbita probando todos los sistemas de la nave. La primera misión tripulada sería la 3K1 en 1994, la primera de la lanzadera 3K. Para el acoplamiento con la Mir se usaría un nuevo sistema de acoplamiento andrógino denominado APAS-89. El módulo Kristall de la Mir había sido lanzado con dos puertos de atraque dotados de este sistema. En las misiones a la Mir, las lanzaderas soviéticas estarían dotadas de un sistema APAS situado en un túnel extensible sobre una esclusa que se hallaba en la bodega de carga. Cuan-
do los norteamericanos adaptaron el sistema APAS ruso para las misiones del shuttle a la Mir y a la ISS no incluyeron un túnel extensible sobre la esclusa, pero los ingenieros soviéticos optaron por este método para reducir el riesgo de colisión con la estación. (Continuará). ( )
Daniel Marín Arcones
es astrofísico, y uno de los mayores expertos en astronáutica de nuestro país. Popularmente conocido por su blog Eureka. Blog del autor (danielmarin.naukas.com)
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cuenta atrás
«No tenga vuestra merced pena, señor mío, ni haga caso de lo que este loco ha dicho, que si él es Júpiter y no quisiere llover, yo, que soy Neptuno, el padre y el dios de las aguas, lloveré todas las veces que se me antojare y fuere menester.» Miguel de Cervantes, El Quijote , 2ª parte, cap. 1º
EGNOS: POR UNA NAVEGACIÓN SEGURA
E
l sistema de ambulancias aéreas de Dinamarca está gestionado por un centro noruego –la sinergia de los países escandinavos– que utiliza la ayuda a la navegación proporcionada por los satélites de EGNOS, precursor del futuro sistema de posicionamiento global netamente civil europeo Galileo. Las condiciones climáticas en las penínsulas nórdicas suelen ser poco amigas de cualquier tipo de navegación, sea aérea, marítima o terrestre. El año pasado, solo en Dinamarca, se tuvieron que cancelar el 10 % de las operaciones con ambulancias aéreas (unas trescientas en total). Pero ahora la cosa ha cambiado; el uso de la señal de satélite ha hecho mucho más seguro volar en condiciones de poca visibilidad: «Si no tuviéramos una señal de satélite, no podríamos trasladar al paciente al hospital y, por tanto, obtener el tratamiento específico que necesita. Para un enfermo que necesite su traslado urgente, es una cuestión de vida o muerte», afirmaba Johannes Traberg Christiansen, Jefe de Proyectos en el centro noruego de ambulancias en Dinamarca. El servicio de satélite EGNOS 92 | nº203 | mayo 2016 |
altitud en días de mucha nubosiproporciona un posicionamiendad», explica Lars. to preciso, tanto vertical como Los datos de posicionamienhorizontal, que hace que el piloto de EGNOS son gratuitos para to dependa menos de su capacidad visual y más de la tecnología cualquiera que disponga del readecuada. Esto reduce el proble- ceptor. Los pilotos solo necesitan los procedimientos de aproximama en los días grises por niebla ción para varios puntos de aterrio nubes. «Con el nuevo sistema EGNOS, de mayor precisión que zaje, que son proporcionados por el sistema GPS normal, podemos las autoridades de tráfico aéreo y almacenados en los ordenadores descender a la pista y aterrizar, de a bordo. Los aviones de pasaincluso cuando las nubes están jeros pueden aprovechar la venbajas y hay menor visibilidad», taja de este sistema de satélites asegura Lars Korgaard Kvols, Jefe de Pilotos del Servicio de Am- para un aterrizaje seguro en los aeropuertos que no dispongan bulancias Noruego. del sistema instrumental ILS de EGNOS no es en sí mismo un aterrizaje, que requiere un costosistema de posicionamiento gloso equipo de radio en tierra. Al bal (lo que sí será Galileo); se bafinal, menos retrasos y cancelasa en satélites geoestacionarios y ciones, más puntualidad y menouna red de estaciones terrestres res costes al no tener que desviar que corrigen constantemente las señales de GPS, que por sí mis vuelos a otros aeropuertos. mas pueden perder la posición del usuario en hasta 5 metros. Las «¡HACIA LOS CONFINES DEL UNIcorrecciones se retransmiten en VERSO Y MÁS ALLÁ!» tiempo real a los receptores de El 12 de abril pasado se celebró EGNOS en helicópteros, aviones, el 55 aniversario del viaje de Yuri mar o tierra. «Lo que tenemos Gagarin al espacio. Coincidienaquí es un instrumento GPS capaz do con ese entrañable evento, de recibir el canal de EGNOS. De dos multimillonarios y un genio esta manera podemos cargar un presentaron a los medios una procedimiento para un hospital iniciativa tan alocada como deespecífico. Una vez programado y bió parecer la idea de mandar confirmado, pulsamos el aterriza- un hombre, embutido en una je con piloto automático y eso nos pequeña cabina de metal, fuera permite la posibilidad de dirigir de la atmósfera terrestre allá por el vuelo hasta la pista desde gran 1961. La iniciativa se denomina
Cabina de un avión Airbus 350 XWB equipada con el nuevo sistema de navegación EGNOS. (GSA)
Breakthrough Starshot, y es fruto del interés del magnate ruso Yuri Milner por encontrar vida extraterrestre, incluso fuera del propio Sistema Solar. El creador de Facebook, Mark Zuckerberg, ha decidido apoyar la idea, que cuenta con el aval científico del tan genial como peculiar Stephen Hawking. El señor Milner no es un multimillonario al uso. La mayor parte de su fortuna la consiguió mediante acertadas operaciones bursátiles, y gran parte de su patrimonio lo reinvierte en ciencia y tecnología. Ya colaboró con Zuckerberg y con Sergey Brin (fundador de Google) para establecer en 2013 el Breakthrough Prize, un premio dotado con tres millones de dólares para hallazgos significativos en los campos de la Física Fundamental, la Biología y las Matemáticas. Otra
de sus grandes apuestas es la Genómica, el conjunto de ciencias basadas en el estudio de los genomas y aplicadas a la medicina. También en 2014 estuvo detrás de Illumina Accelerator, considerada la primera incubadora de empresas relacionadas con esta rama de la industria biotecnológica. En su presentación del pasado abril, Milner propuso lo que podría considerarse una de las ideas más ambiciosas de la aventura espacial: mandar naves automáticas miniaturizadas al grupo más cercano de estrellas, el trío formado por Alfa, Beta y Próxima Centauri. A los que hemos bebido de la ciencia-ficción desde pequeños, pensar en naves que se desplazan entre las estrellas hace que un ángel nos acaricie la nuca y un escalofrío nos recorra la espina dorsal.
En la idea hay una realidad algo decepcionante: este grupo de tres soles es nuestro siguiente puerto de abrigo tras dejar el Sistema Solar. No hay nada –insisto, nada– entre nosotros y ellos. Por un lado, a escala galáctica, apenas si supondría moverse del lugar que ocupamos en esta región de la Vía Láctea; pero por otro, con nuestra tecnología actual tardaríamos más de 30 000 años en llegar (!) Trescientos siglos de navegación para apenas sí movernos del sitio. Si a los marineros de Colón se les hicieron pesados los dos meses largos de travesía atlántica... Por lo mismo, no tiene sentido plantear semejante viaje si no se cuenta con una tecnología revolucionaria y mucho más avanzada. En este tema, Milner y sus adláteres tienen claras algunas ideas que no lo son tanto pa| mayo 2016 | nº203 | 93
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El magnate Yuri Milner sostiene un chip durante la presentación de la iniciativa Breakthrough Starshot junto con el físico Stephen Hawking. (© AP Photo/ Lucas Jackson)
ra un grupo muy grande de escépticos. Con la bendición del magín de Stephen Hawking, se construirían nanonaves de solo algunos gramos de peso que se verían arrastradas por velas espaciales, de varios metros cuadrados de extensión pero de unos pocos átomos de grosor. Unos haces láser enviados desde la Tierra actuarían como suerte de céfiros que imprimirían a las naves una velocidad cercana al 20 % de la velocidad de la luz (215 millones de km/h). El viaje podría completarse en veinte años. Como se destacaba en algunos comentarios de la Red a la noticia, las grandes aventuras descubridoras se han realizado a pesar del escepticismo general. No obs94 | nº203 | mayo 2016 |
tante, los promotores de la idea deberían aclarar las dudas legítimas que se nos plantean a algunos. Por ejemplo, vale que podremos miniaturizar sistemas de cámaras y sensores científicos para el estudio de los planetas que se hallaren –es cuestión de tiempo conseguirlo–; pero, ¿cómo nos harán llegar sus descubrimientos hasta nosotros? ¿Seremos capaces en varias décadas de desarrollar una tecnología tan exquisita como para detectar las señales electromagnéticas que unas máquinas liliputienses nos envían desde tamaña distancia? Y antes hay que llegar allí. La prospectiva sobre el uso del láser, ¿incluye la capacidad que se necesita como impulsor? Y si así fuere,
tendríamos que aceptar una visita muy rápida al conjunto de Alfa Centauri, porque de acuerdo que podemos darles el empujón; pero, ¿cómo frenarán ya cerca de su destino? Demasiados peros y todavía no es tiempo de cosecha. Ojalá que me equivoque, aunque creo sinceramente que no seré testigo de la hazaña. Y comparto el pensamiento de Hawking sobre que «la Tierra es un lugar maravilloso, pero puede que no dure para siempre. Tarde o temprano debemos mirar a las estrellas.» Si bien me gusta más cómo lo expresó el gran visionario Konstantin Tsiolkovsky: «La Tierra es la cuna de la Humanidad. Pero nadie permanece para siempre en la cuna.»
BREVES
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La NASA ha seleccionado la cluyendo la parte robótica de la jo que se realiza en virtud de es veterana compañía de moMisión de Redirección de Asteroi- te contrato será dirigido por un tores cohete Aerojet Rodes de la NASA (ARM) y su viaequipo de ingenieros de la NAcketdyne, Inc. de Redmond (esta- je a Marte. Respecto a la eficienSA en el Glenn Research Center do de Washington), para diseñar cia, se multiplicará por diez la que de Cleveland, Ohio, precisamente y desarrollar un sistema de prose consigue en la actualidad con donde se desarrollo esta novedopulsión eléctrica avanzada –la colos combustibles químicos. Aesa idea de propulsión espacial allá nocida como propulsión iónica– rojet Rocketdyne supervisará el por los años cincuenta. La primeque mejorará hasta en dos veces desarrollo y entrega de un sistera prueba con un cohete apto palas capacidades actuales de esta ma integrado de propulsión ióra el vuelo tuvo lugar el 20 de juforma económica y discreta de na- nica que consistirá en un propullio de 1964. El equipo del Glenn vegar por el espacio; además, per- sor, una unidad de procesamiento contará con el apoyo técnico adimitirá encarar con más seguridad de energía, un controlador de flu- cional de los ingenieros del Labode éxito las misiones de explo jo de xenón de baja presión, y el ratorio de Propulsión a Chorro de ración del espacio profundo, inequipamiento eléctrico. El trabaPasadena, California.
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Todo a bordo de la nave ExoMars funciona correctamente. No así el calendario para la segunda parte de la misión. Como sabéis, ExoMars es una misión doble que implicaba el lanzamiento de otra sonda en 2018. Hace meses, los responsables tanto de la ESA como de la agencia rusa Roskosmos advirtieron que se producirían retrasos en el proceso industrial para tener a punto el gran ró ver explorador que viajaría en segundo lugar. No ha quedado otro remedio y el lanzamiento se pospone hasta la siguiente ventana de oportunidad en 2020. Mientras, los técnicos de la ExoMars-1 –por aclararnos un poco– han ido encendiendo uno a uno los distintos instrumentos, tanto del orbitador como del aterrizador Schia parelli . Incluso probaron la cámara principal sobre un fondo de estrellas muy débiles cercano al polo sur celeste. «Aunque no fue diseñada para estrellas
Impresión artística de ExoMars en órbita de Marte. (ESA/D. Ducros)
tenues, estas primeras imágenes son muy tranquilizadoras. Todo apunta a que podremos obtener datos de gran calidad en Marte», afirmaba Nicholas Thomas, de la Universidad de Berna, Investigador Principal del instrumento óptico. Por su parte, el Jefe de Operaciones de la nave en la ESA, Peter Schmitz, declaraba: «Todos los sistemas han sido activados y comprobados, incluidos los de energía,
comunicaciones, sensores estelares, orientación y navegación, todas las cargas útiles y Schiapa- relli . Por otro lado, el equipo de control de vuelo ha logrado sentirse más cómodo operando con esta nueva y sofisticada nave.» En el mes próximo tendrá lugar la maniobra más importante durante la navegación, una corrección de rumbo que asegurará la llegada al planeta rojo en octubre. Bon voyage! | mayo 2016 | nº203 | 95
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Dos de dos. El 25 de abril concreto, una franja de 600 kilódespegaba desde Kourou metros de ancho en la región del (Guayana Francesa) un co- Mar de Barens, donde aparece hete Soyuz con el satélite Senti- parte del archipiélago noruego nel-1B a bordo. Veinticuatro mide Svalbard. La pareja de satélinutos después, separado ya de tes describe una órbita circular, la etapa superior Fregat , comencasi polar y heliosincrónica a 693 zaba el cuidadoso despliegue sikilómetros de altura. La separamultáneo de los dos paneles soción entre ambas máquinas es de lares de 10 metros de largo y de 180°; con esta disposición orbital la antena del radar principal, de «se optimizan la cobertura y en12 metros; esta operación consu- trega de datos para los servicios mió diez horas por la complejicontratados, lo que está dando dad y delicadeza del instrumenun giro radical a la manera de to. Tras el éxito del lanzamiento gestionar nuestro entorno» (Jan de su gemelo 1A hace ahora dos Woener, Director General de la años, el segundo miembro del ESA). Se espera que el flujo de binomio se ha demostrado tan datos de la constelación de satélicapaz como su predecesor. A las tes llegue a los 10 Tb por día. Estres días de su entrada en órbita es la cuarta misión del prograta ya tomaba sus primeras imáge- ma «Copernicus» de la Agencia nes, apenas dos horas tras la acti- Europea para la supervisión del vación de su poderoso radar; en medio ambiente terrestre. ( )
Lanzamiento del Sentinel-1B. (ESA)
José Luis Hellín Maqueda Profesor
de secundaria, especialista en astronáutica y exploración espacial.
paradojas
DISPAROS A LAS ESTRELLAS
E
l mes pasado les planteaba un dilema sobre si la exploración espacial debe hacerse con naves tripuladas por humanos o, simplemente, con sistemas robotizados. Esa es una duda tal vez posible en las «pequeñas» distancias, como la de plantearse ir a la Luna o a Marte. Pero la exploración espacial también puede abandonar el Sistema Solar y, me temo, en este caso hay ya poco dilema posible. A menos de usar métodos «de ciencia ficción», resulta claro que el estudio y la exploración espacial más allá de nuestro sistema planetario debe hacerse con técnicas robotizadas ya que difícilmente los humanos se prestarán a viajes de tanta duración. Hacia mayo/junio de 2013 se dijo que la sonda Pioneer 10 , lanzada el 2 de marzo de 1972, salía por fin del Sistema Solar. Es difícil fijar ese momento ya que hay diversas maneras de interpretar esa momento, aunque suele tomarse como referencia la salida de la heliosfera (la región espacial que se encuentra bajo la influencia del viento solar y de su campo magnético). Se creía que la heliosfera era más pequeña y terminaría incluso antes de la órbita de Neptuno, aunque la misma Pioneer 10 con sus datos ha respaldado la veracidad de los modelos que defendían una heliosfera mayor. Sea como sea, hubo acuerdo en decir que la Pioneer 10 salía en 2013 del Sistema Solar. Resumamos lo ocurrido diciendo que
han hecho falta más de cuarenta años para, simplemente, abandonar el Sistema Solar. Y eso sin tripulación humana. Por eso tienen sentido proyectos como el Breakthrough StarShot avalado por el omnipresente y mediático Stephen Hawking (y otras autoridades científicas), pero financiado, al menos en sus La estrella Próxima Centauri. primeros 100 millones de dóla(ESA/Hubble) res, por el millonario ruso Yuri Milner (fundador de la empresa DST Global) o incluso el famoso tas starshot : Alpha Centauri está a Marc Zuckerberg (de Facebook). unos 4,37 años luz del Sol, sienLa idea no es complicada: usar do, como es, la estrella más cernaves espaciales diminutas y ulcana a nuestro astro rey…). trarrápidas con diversos nanoroParece una locura (y posiblebots que se dirigirán a la estrella mente lo sea), pero seguramente más cercana a la Tierra. Imagitambién fue una locura la de Conen, como en la más pura cienlón al dirigirse hacia el oeste a la cia ficción, un ejército de minús- busca de las Indias para enconculas naves que serían lanzadas trar un Nuevo Mundo. En cualhacia el sistema estelar Alpha quier caso, el viaje de Colón solo Centauri a la búsqueda de pladuró unos meses. Como puenetas que, como el nuestro, pue- de verse, estamos claramente en dan albergar vida. Pese a su otro orden de magnitudes cuanreducidísimo tamaño, esas nano- do hablamos de los viajes de exnaves espaciales podrían albergar ploración espacial. los sensores, cámaras y compoComo las locuras suelen tener nentes necesarios para hacer su padre, les diré que el conceptrabajo y enviar la información to de las starshot procede, segude vuelta a la Tierra. ramente, de las starwisp ideadas El hecho de usar naves ultra en 1985 por el doctor en física pequeñas sin tripulación huma- y brillante autor de ciencia ficna permitiría tal vez llegar a ese ción Robert L. Forward (autor destino en veinte o treinta años. de una novela inolvidable: Huevo Se trata, evidentemente, de un del Dragón ). ( ) proyecto intergeneracional ya que difícilmente quienes lo inicien podrán ver sus frutos (hay Miquel Barceló Ing. aeronáutico y Dr. que contar, además, con los caen informática, especiasi cinco años que tardarían los lista en ciencia-ficción. mensajes de retorno desde es| junio 2016 | nº204 | 97
próximo número
Climatología del inframundo Se cumple un año de la llegada de la sonda espacial New Horizons a Plutón, y mientras siguen llegando sus datos se ha puesto de manifiesto que es un mundo sorprendente, dinámico y singular. Julio Solís
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