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APOSTILA HISTÓRIA DA ARTE PROFESSORA: MEIRE DE FALCO 1
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História da Arte
Linha do Tempo
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Pré-História Arte Pré-histórica o Idade Antiga Arte Egípcia Arte Grega Arte Romana Arte Paleocristã Arte Bizantina Arte Islâmica o Idade Média Arte Românica Arte Gótica o Idade Moderna Renascimento Maneirismo Barroco Rococó o
Idade Contemporânea Neoclássico Arte Romântica Realista Impressionismo Expressionismo Cubismo Abstracionismo
Fauvismo Construtivismo Surrealismo Dadaísmo Op PopArt Art Instalação Interferência Cobra Futurismo Arte Naif Pintura Metafísica
Arte Brasileira Pré-História Arte Indígena Arte Colonial Arte Holandesa Barroco Missão Francesa
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Arte Acadêmica Semana de 22 Expressionismo Arte Naif
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PRÉ HISTÓRIA A arte nasceu com o homem e deu-lhe a consciência de sua capacidade criadora, a possibilidade de imaginar. É muito importante lembrar que a arte revela o ser, independente de cor, religião, locais geográficos, independente de qualquer coisa. Se a arte não revela o ser ela não será arte. A arte é comunicação. Esse sistema de comunicação é sempre ligado a um processo histórico. A arte pressupõe um público. Mesmo que ela não seja feita para o público sempre haverá um que irá olhar. A arte é emissora e receptora, ela emite e recebe ao mesmo tempo. Na pré-história, o homem se tornou artista há 400 séculos ou 40.000 anos. Esse homem apareceu na fase da Pedra Lascada, em um período chamado PALEOLÍTICO (Paleo=Velho, Litico=Pedra). Esses homens tinham uma sensibilidade criadora incrível, habilidade e inteligência para a arte quase como os homens de hoje. Homens da pedra-lascada, homens primitivos, homens das cavernas tem o mesmo significado. Ha 4 milhões de anos antes dos homens paleolíticos já existia homem na terra quase como macaco. Dessa época não temos nenhum registro. Não sabemos o que eles fizeram, apenas que eles sobreviveram. De arte só sabemos a partir de 400 séculos atrás. Nesses 2 últimos milhões dos 4 milhões de anos agente já sabe que o homem se utilizava de pedras e de paus. O homem, com certeza, desde 4 milhões de anos atrás já usava um instrumento, porque o macaco como exemplo pega uma planta ou uma pedra para jogar em outro macaco. Então tudo isso o homem já devia usar. Só que transformar pedras em utensílios levou séculos. Primeiro ele pensou o que fazia com os seixos (pedras lascadas) ou com gravetos. A partir dai ele vai associar forma à função, criando assim o utensílio. A madeira por não ser resistente não durou para que pudéssemos ter como prova mas, os objetos de pedra permanecem até hoje. Esse objetos pessoais foram se aperfeiçoando. Com o aperfeiçoamento desses objetos iremos entrar no Paleolítico, época da pedra lascada. O mundo era totalmente diferente, os homens viviam em cavernas, a temperatura era baixa, sempre no gelo. Viviam em regiões que correspondem hoje a França, Espanha, Inglaterra, Alpes, Síria, Palestina, Norte da África, em plena Ásia, no Himalaia. Viviam em grupos bem grandes para se protegerem. A caça era abundante nessas regiões. Apesar de se chamarem homens das cavernas, eles pouco habitavam nelas. Ficavam muito mais do lado de fora, por serem sufocantes, malcheirosas, sem luz,e feias. Do lado de fora eles podiam ver a mudança do dia e noite, o que achavam fantástico e completamente inexplicável para eles. As cavernas eram mais usadas como abrigos das intempéries do que como moradas. Esses homens são chamados de primitivos, não por serem mais simples do que nós, porque eles foram os primeiros do local mais próximo de onde começou a humanidade. O processo de pensamento deles era muito complicado, muito complexo. 2
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Existem milhares de pinturas rupestres (como são chamadas as pinturas das cavernas). Mesmo hoje vai ser chamada de “pintura rupestre” aquela pintura feita em tons crus, marrons, ocres. As mais importantes cavernas citadas na História da Arte são: Altamira na Espanha e Lascaux na França. São lotadas de os pinturas rupestres. Antescavernas do homem pintar mamutes, bisontes, ele passava o dedo no pó da caverna e este nas paredes. Séculos depois ele vai pegar um osso e soprar o pó sobre sua mão na parede da caverna deixando a marca do contorno de sua mão nela. Depois começaram a pintar os animais sempre no fundo da caverna, em locais inóspitos, bem escondidos. Pintavam mamutes, bisontes (era como avô do elefante ou do boi). Esses locais eram bem inacessíveis e provavelmente subiam um em cima do outro para alcançarem. Foram descobertos vestígios de luz artificial, tochas recobertas de gordura animal, para poder iluminar o fundo da caverna. A explicação disso tudo é “a magia propiciatória”. O homem era monista, quer dizer, o mundo para eles era uma realidade só e única. Não separavam do invisível. Não sabiamoavisível diferença do mundo material do espiritual. Ele pintava o que via. Não sabia a diferença do real para o irreal. A magia propiciatória era o pintar e o matar o animal através do desenho, como se fosse uma mágica, não distinguindo o real do irreal. Essa pintura vai ser uma “pintura realística e figurativa” porque ele vai pintar tal qual ele vê. É a primeira vez que existe um estilo na história da arte. O homem pré-histórico desenhou muito bem os animais. Ele não desenhou nunca homens porque ele não queria matar outro homem dessa forma, do mesmo jeito que não pintava a flora. Ele precisava do outro homem para preencher aquela imensidão do mundo que estava totalmente vazia. Se ele tivesse um poder sobre outro homem isso iria causar muito medo. Ele precisava do animal para sobreviver e não do homem. Se ele não matasse o animal, ele morria. O animal dava a carne para ele se alimentar, a pele para ele se vestir,e os ossos para ele usar. O domínio técnico dos homens da caverna é surpreendente. Primeiro utilizou o dedo como pincel, depois o pincel bem rudimentar feito de pêlos e penas de animais. As cores empregadas eram ocre, vermelho, sépia. Essas cores eram devido aos materiais orgânicos de que eram feitas como: fibras, sangue, sementes, ossos carbonizados, carvão vegetal (que usamos até hoje). Não existia requinte por não haver intenção de fazer arte, decorar. O padrão de qualidade não difere do nosso hoje. É tão bom quanto os de hoje. O que difere são as idéias. Não iríamos pintar hoje com a finalidade de fazer magia propiciatória. A história da arte não é uma história de progressos de técnicas. É uma história de artistas, de pessoas em mutações, com criações, idéias (conteúdo e formas, mas mais de conteúdo), e não de técnicas. Você pode ter muita técnica mas se não tiver uma concepção artística dificilmente fará alguma coisa. As ferramentas rudimentares que usaram foram feitas com a mão. 3
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A caverna de Lascaux foi descoberta em 1940, há pouco tempo, e é chamada a catedral das cavernas. Tem dezenas de representações de animais como: cavalos, vacas, bisontes, mamutes, touros pintados de tamanho natural e de corpo inteiro. Tem uma ordem entre as figuras que parecem um código de composição. Altamira, na Espanha, tem 2 metros de altura, 18 metros de comprimento e 9 metros de largura. Foidescobre descoberta 1879, quando um com pai fazendo um picnic Ela comcorre sua filha, essa um em buraco queaoa acaso, leva a outras salas muitos desenhos. para avisar o pai e esse chama os peritos para estudar a caverna. Se não fossem os terremotos e os deslocamentos de terra que tamparam essas cavernas, não saberíamos nada sobre esses “museus do mundo”. E, como as tintas foram feitas com materiais orgânicos, elas permaneceram até hoje. Nas cavernas do período paleolítico foram descobertas algumas simbologias inexplicáveis como o “quadrado”, que não existe na natureza. Obs. O auge do abstracionismo é fazer quadrado, porque não existe na natureza. Os cientistas não gostam de que sejam fotografados esses desenhos. Eles acham que podem ser desenhos referentes a extra-terrestres. É um estudo muito sério e não se sabe a realidade. É através do carbono 14 que se constata tudo da época pré-histórica, paleolítica. A arte é realmente a expressão de uma época. O pré-histórico da era paleolítica fez esculturas de figuras femininas em pedra, mulheres de seios enormes, ventre saltado e nádegas enormes, que seria a representação de mulheres grávidas, como “deusas da fertilidade”. É a conquista do pré-histórico de sua capacidade de representar as três dimensões. Outras formas de arte são as gravuras. Eles fazem incisões nas cavernas aproveitando os relevos para dar volume nos desenhos. Os retângulos, triângulos, quadrados, não se sabe como eles tinham conhecimento dessas formas. Nunca ele fizeram representação escultórica de macho, só da fêmea. Deve ser por causa da fertilidade. Começa o período neolítico, na pedra-polida, 8000 anos depois (dos 40.000). A temperatura era mais amena. Os homens abandonaram a vida nômade, porque com a temperatura amena podiam ficar mais tempo no mesmo local. Na época do paleolítico ficavam pouco tempo na caverna, pois esta começava a deteriorar, entrar água, amontoar um monte de ossos, sem deixar espaço para andar. Eles então largavam tudo lá e escolhiam outro lugar. Com o tempo mais estável eles passam a ter uma vida sedentária. O homem neolítico consegue o controle sobre a sua alimentação. Começa a plantar, a cultivar e se organizar socialmente formando aldeias. Nessas aldeias não tinha chefe, nem rei por não haver ainda uma hierarquia. A arte passa a ser feita do lado de fora na entrada das cavernas com o objetivo de serem vistas. Vai surgir as primeiras figuras masculinas. O homem será representado mais forte e mais alto do que a mulher. Não é mais uma magia propiciatória. A arte é feita pela arte. Pintam do lado de fora mostrando os atos da vida coletiva deles, como uma forma de leitura de suas vidas. Eram pinturas sobre a caça, como eles pintavam, etc. Assim vão documentar para as vidas futuras o que a sua comunidade fazia. Eles também começaram a dançar e a cantar. 4
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O cantar era um ajuntamento de sons para cultivar os trabalhos coletivos do plantio e da colheita. Eles percebem que se derem as mãos e saírem cantando a colheita iria ser muito mais interessante. É a primeira mudança de estilo na história da arte. O homem passa de figurativo para a pintura geométrica. geometrizado e certinho. Vai pintar de uma formarealista muito esquematizada e muito piorTudo que oé homem paleolítico. A arte neolítica dá um passo atrás pintando da mesma forma que a criança pinta hoje. As suas preocupações são outras. Passa a ser um ser social. Vai acontecer uma revolução social, artística econômica e política. Uma das coisas muito interessantes do homem pré histórico é quando ele toma consciência da dependência que vivia do bem e do mal. Ele percebe que tem uma coisa que domina e toma conta dele, que é a natureza. Ele percebe que a colheita não depende dele, mas de alguma coisa além dele. Ele pode cultivar e, de repente, não ter essa colheita por causa de uma chuva de granizo ou de uma tempestade. Ele percebe que quem rege o destino do solo é a natureza. Ele tem a concepção um tomar ser, benéfico ouAmaléfico, a coisadesse a maisser quevaié dono tudo isso eque queexiste precisa cuidado. partir daalguma consciência surgirdea necessidade da crença e do culto. Começa então a surgir a religião para protegê-lo, ajudá-lo. Vão surgir também mitos, símbolos sagrados, cerimônias fúnebres, sepultamento. Vai aparecer tudo. Vão aparecer as primeiras esculturas dos “deuses”. Ex.: “deus da colheita” Não tinha ainda a definição de uma mulher para um homem. O sexo era um ato animal, e feito na posição (por trás) como os animais. Eram muito primitivos. Acha-se que a primeira plantação foi feita na região Mesopotâmica indo depois para o resto da Europa. Eles cultivavam trigo, cevada, ervilhas, lentilhas, papoulas, linho, maçãs, uvas, cenouras e nozes. Com certeza esse cultivo começou no oriente médio por causa do clima muito seco. O primeiro animal domesticado pelo homem foi o cão. Ele auxiliava na caça, era fiel, amigo. Depois domesticou o boi, o porco e a cabra que abastecia de carne, leite e fibra para tecido. A última animal a ser domesticado foi o cavalo porque eles se alimentavam dele. O cavalo como besta de carga só vai aparecer na idade do bronze e como montaria só no final da idade do bronze quase na Idade Média. Uma das atividades artísticas mais importantes do neolítico é a cerâmica. A cerâmica era super importante porque utilizavam-na para tudo. Ex.: prato. Vai existir a cerâmica crua e cozida. A cerâmica cozida era feita mais no período neolítico. Eles guardavam as coisas nas cerâmicas porque elas conservam a quentura. Depois da cerâmica é que vai surgir a madeira. Eles faziam para dormir uma grande cama de cerâmica em formato de barco para segurar o calor. Restaram apenas pedaços dessas peças e muitos desenhos desse período neolítico documentando isso tudo. No período neolítico é que o homem podia ter quantas mulheres quisesse e a mulher não. A mulher só poderia ter outro homem quando o dela morria. A mulher fica em casa cozinhando, tecendo e fazendo tarefas domésticas. O 5
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homem sai para o campo para caçar e fazer a plantação. Na hora de colher a colheita a mulher e os filhos participavam. O homem não cozinhava. O único homem que cozinhava era o mágico da tribo para ele fazer rituais. Não vai cozinhar comida. Eles achavam que se o homem cozinhasse a comida seria uma comida envenenada. Durante séculos o homem vai ser proibido de cozinhar. Somente depois na Idade Média é que vai aparecer cozinhando. Os grandes cozinheiros vão ser na época de Luís XIV, onohomem Barroco. Eles passam a cozinhar a carne, não comendo mais carne crua e vão usar sal pela primeira vez. A idade do Bronze também foi descoberta por acaso, quando estavam fazendo uma fogueira em um acampamento quando, de repente, derreteram uma pedra que tinha cobre e estanho. Esses minérios derretidos formaram o bronze que quando esfriava endurecia rapidamente. Essa liga possibilitou modelar uma infinidade de coisas. Os utensílios ficaram bem melhores. No final da idade do bronze já não é mais considerado pré história. É quando eles fazem rodas, carros, etc. Uma grande descoberta sempre leva a outra grande descoberta. E, para finalizar, a Idade do bronze foi muito pobre artisticamente. A preocupação homem do bronze era em cima das descobertas técnicas, e utilitárias para a do época, maisnadoidade que com a beleza. Obs. Vários pintores do século XX vão trabalhar em cima da história da arte primitiva, é o caso de Picasso.
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MESOPOTÂMIA MESOPOTÂMIA: quer dizer em grego região entre os rios Tigre e Eufrates. Situada no Oriente Antigo. Foi tão importante quanto o Egito. Quando as civilizações européias ainda estavam na pedra polida, a Mesopotâmia já era uma civilização. Até a metade do século XIX pouco se sabia da Mesopotâmia. Tudo o que sabíamos sobre a Mesopotâmia era através da Bíblia. Em 1927 os arqueólogos, depois de muita procura, acharam a cidade de “Hur” que começou 5000 A.C..Tinham tesouros soberbos como os dos egípcios. A Mesopotâmia foi uma civilização fantástica como a Egípcia, só que eles não faziam como os egípcios que trabalhavam em pedras, eles trabalhavam com adornos (que são tijolos pequenos de terra). Faziam tijolos pequenos um a um à mão, colocavam para secar e depois construíam palácios, sepulturas, etc. Com o passar do tempo essas construções não resistiram às mudanças e nada restou. Os rios Tigre e Eufrades inundaram toda a Mesopotâmia. Foi o dilúvio que a Bíblia comenta. Era como se tivesse acabado o mundo. Aparece Noé com seu barco e os animais para se salvar do dilúvio. A arte Egípcia teve poucas variações, enquanto a arte da Mesopotâmia teve muitas. Eles eram muitos povos como: caldeus, assírios, babilônios, fenícios, etc. Todos tinham uma forma muito diferenciada de falar, pintar, escrever, etc. O Museu do Louvre está lotado sobre as peças da cultura Mesopotâmica. Os arqueólogos descobriram vários montes chamados tells (téus) e que tinham lá no fundo tinham a civilização. Em 1927 eles escavaram os montes e descobriram as cidades da Mesopotâmia. Entre os muitos povos que faziam parte da Mesopotâmia, os Sumerianos foram os primeiros a dominá-la. As cidades eram independentes umas das outras, somente a força da religião era que unia todas elas. O culto aos deuses era muito forte. A religião era magia, tinha força de lei. Os templos para os sacerdotes era a construção mais bem organizada. Existia uma cidade chamada Uruqui, dos sumerianos, na Mesopotâmia. Nessa cidade tinha um templo fantástico todo branco, lindíssimo. No interior tinha tijolos bem pequenos e coloridos, surgindo aí a técnica dos mosaicos. Isso ocorre 5.000 A.C.. O sumeriano é o protótipo mais antigo das construções de dentro de casa. Durante 3.000 anos, ou seja até 2.000 A.C., todos os povos da Mesopotâmia fizeram as construções assim. Esse templo enorme que era equivalente a um prédio de 20 andares. Foi o local onde todos os povos como sumerianos, fenícios, etc, foram convidados para construir esse templo imenso. Os templos da Mesopotâmia que tinham esse formato chamavam-se Zigurat. Havia, no interior do Zigurat, os mosaicos. Tinha também só uma porta com uma escadaria que conduzia o povo a subir para rezar lá em cima, do lado de fora, onde estaria mais próximo de “deus”. Todos, escravos e não escravos, ajudaram na construção. Cada povo falava uma língua. Foi chamada de “TORRE de BABEL”, ninguém se entendia.
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A invenção da escrita aparece na Mesopotâmia em +/- 3.000 A.C.. Os sinais da escrita ao invés de serem desenhados, foram gravados na argila. Quando a argila estava mole, eles pegavam um estilete em forma de cunha e gravavam na parede. É por isso chamado de cunheiforme. A escrita da Mesopotâmia (3.000 A.C.) vai bater mais ou menos com os hieróglifos egípcios, sendo completamente diferentes um do outro. A fase histórica é praticamente a mesma. É um passo enorme da Humanidade. Obs.: A civilização mexicana aparece bem depois de Cristo. Ex.: os Maias. A Mesopotâmia fica hoje mais ou menos onde estão os países Irã, Iraque. A arte era feita para “deus”, principalmente a escultura. A escultura era super importante, especialmente para os sumerianos. Tinha um curioso detalhe: a desproporção entre a cabeça e o corpo. A cabeça era cuidadosamente elaborada, bem feita, enquanto o corpo eles nem ligavam. Isso acontece porque para o povo sumeriano, principalmente o caráter, a alma das pessoas, estava no rosto e o corpo servia só de suporte. O material usado para fazer as esculturas era muito variado. Eles utilizavam pedras, mármore, gesso, concha marítima, sendo que estes dois últimos não duraram com o tempo. O branco dos olhos era feito de conchas. O azul era feito lápis-lasure. Os olhos eram enormes e bem expressivos, dando expressão de fé e serenidade. Os acarianos vão aparecer em 3.000 a 2.500 A.C.. É um povo interessante, guiados pelo rei Sargão. Dominam toda a Mesopotâmia e toda a Síria. São guerreadores mas não são grandes artistas. Eles copiam a arte sumeriana. Portanto a arte acariana é muito parecida com a arte sumeriana. O que vai ter de diferente são as famosas “estrelas” ou “estelas” que são as pedras desenhadas, gravadas ou esculpidas. Relembrando: Vão construir uma torre na Babilônia, chamada Zigurat para que as pessoas rezassem mais próximas de “deus”. A escrita chamava-se cuneiforme por ser em forma de cunha. A Mesopotâmia não ficou tão famosa porque o material usado nas construções não resistiu ao tempo por serem feitos de adobe (tijolinhos de pedra). Era uma cerâmica muito ruim. Descobriram que por baixo dos “tells” (montes) existia uma civilização fantástica. Era uma civilização tão rica quanto a do Egito. Eram povos unidos só pela religião. Kudurros eram os contratos feitos em pedra e escritos em cuneiforme. Era como os contratos de doações de terras. Os assírios eram tremendamente guerreiros e tinham um exército muito poderoso. Vão acabar com o primeiro Império Babilônico. Eles só não acabam com a cultura babilônica pois vão adquiri-la através da forma deles pintarem, escreverem, cantarem, e falarem. Vão implantar o terror na Babilônia. Assur é uma cidade muito famosa. Assurbanipal era o guerreiro imperador. Os assírios permaneceram Babilônia de 1100 A.C. até 612o A.C. O poder deles chegou até ona Egito. Eles chegaram a dominar Egito e a Fenícia. O que eles produziram de arte era somente ligado às guerras e aos reis. A arquitetura era pomposa, grandiosa, imperial, gigantescas. Para construí-las pegavam cidades inteiras, prendendo as pessoas e fazendo atrocidades com elas. Fizeram desses escravos os construtores das grandes cidades. 8
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O assírio foi o pior povo da antigüidade. A moradia dos monarcas eram obras arquitetônicas fantásticas só que construídas com tijolinhos de barro. Muito do que sabemos vêm de pergaminhos desenhados. Não sobrou um monumento pronto, somente o Zigurat. Os egípcios ao contrário do que se pensa não só tinha os escravos como pessoas do próprio povo que ajudavam nas construções faraônicas. Não fazia o povo de escravo só para construir para eles. Os assírios pegavam a população e testavam a resistência dos velhos e crianças para ver quem conseguiria ficar mais tempo sem comer. Através dos escravos eles sabiam a resistência que eles precisavam ter. Fizeram transplante de córnea, por ex.: pegavam 2 irmãos e arrancavam o olho de um para colocar no olho do outro. Tudo isso para estudarem a ciência. Deixaram tudo por escrito, auxiliando séculos mais tarde com esses conhecimentos. Fizeram imensos tambores de cerâmica cheios de água para testar também a resistência das pessoas sob o sol fortíssimo com a água subindo. Depois testavam a resistência sem dar comida e depois sem dar água também. O rei Sargão da Síria, construiu um palácio com uma muralha. Essa muralha tinha sete portas e era ao redor do palácio medindo 300 hectares, o que seria mais ou menos 10.000 m2. Tudo isso foi erguido em apenas 6 anos por causa do trabalho escravo. Pegavam milhares de escravos até eles resistirem. Quando não resistiam mais substituíam por outros. A muralha tinha a altura de um prédio de 8 andares. Eles utilizavam números cabalísticos como o 7 e o 14. A cabala vai aparecer muito na Mesopotâmia e no Egito. Nesse palácio eles faziam rituais para o demônio. Isso também vai aparecer no Egito. O Rei Sargão cultuava essa coisa do mal. Ajudava os seus sacerdotes a cultuar o mal. O mal era que ajudava e não o bem. Não acreditavam em outra vida. O palácio do Sargão tinha 300 salas. Tem uma maquete no British Museum. Tinha 97 pátios, 10 salas de tronos, 22 salas de recepção, armazéns, celeiros, 77 quartos, 17 dormitórios de empregados e 7 banheiros. Tinha um enorme harém com 37 camas. Essas 37 moças desse harém não eram as preferidas. Tinha o super harém com 7 preferidas. As outras 37 ficavam na expectativa de algum dia serem chamadas. No grande Zigurat eles rezavam para que suas conquistas fossem sempre maiores. Na arte assíria o que mais se destacou foi o relevo. Tem um relevo famoso que é “A leoa ferida”, está no museu do Louvre e era do Palácio do Assurbanípal. Eles quase não pintavam, eles faziam relevo e arquitetura. Nos próprios registros das esculturas é que constatam que eram guerreiros e cruéis. Sempre mostra o horror, mortandade, matança em massa, tortura, cativeiro, trabalho forçado. Eles não escondiam essa crueldade. Somente em Ninive é que Assurbanípal mandou fazer baixos relevos, para seu descanso, onde tudo parecia ser bem tranqüilo. Ele realmente ele vai colocar essa tranqüilidade através dos relevos de árvores frondosas, músicos tocando, pássaros, lagos, mulheres passeando. No museu do Louvre você poderá ver esses relevos. Na síria, principalmente, vai aparecer a primeira propaganda onde o rei sempre aparece vencendo e os povos caindo e morrendo. Eles colocam só os assírios como vencedores, embora 9
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muitas vezes eles fossem os perdedores. O rei é o vencedor e todo o resto da humanidade perdedor. Todos os povos tinham medo deles. Em 612 A.C. os assírios foram destruídos pelos MEDOS (médos). Eles vieram da Ásia e junto com os babilônios que ainda restavam eles destruíram os assírios e reconstruíram a Babilônia que é chamada depois de Néo-Babilônia. Daí a Babilônia vai ser mais uma vez a mais esplêndida cidade do Oriente. Os jardins suspensos da Babilônia vão ser reconstruídos. Os jardins da Babilônia eram feitos de flores de várias cores sendo que, eram distribuídas por vários patamares debaixo para cima, azul, violeta, amarela e branca. Tinha um sistema de irrigação no qual a água passava por todos os patamares. A flores e folhas eram da mesma cor. Ex. No patamar azul, o caule, a folha e flor eram azuis também. Eram sete patamares. Tinha um platô na parte lateral, na época da Néo-Babilônia, onde eles plantaram grama e flores em um lugar completamente árido, inóspito, graças a irrigação.
Mais tarde os judeus foram estudar como eles fizeram essa irrigação para resolver esse problema na terra deles. Quando Siro, rei da Pérsia, bem mais tarde dominou a Babilônia, destruiu tudo com exceção do Zigurat por considera-lo um marco muito forte. Foi o fim do esplendor da Babilônia. A única pintura que foi registrada da Mesopotâmia é a cidade de Ur. Em UR eles gostavam tanto de ouro que faziam muita jóia usando também muito rubi, esmeralda, e ouro vermelho que mandavam buscar no mundo inteiro. Eles obrigavam as mulheres a usar ouro. As solteiras usavam um bracelete no braço, um grande colar e uma pulseira também na perna. Em todos os museus do mundo você vai encontrar essas jóias. Quando essas moças casavam elas passavam a usar somente o bracelete no braço com ouro de 2 tons sem rubis e esmeraldas. Tiravam o colar do pescoço porque elas não estavam mais presas aos pais e sim ao marido. Aí começou o cinto da castidade. Elas colocavam um cinto no quadril, feito também em ouro, quando os maridos saiam de casa para guerrear, ou outro motivo, para indicar que o homem não estava em casa. Não era um cinto como o de castidade ainda, era só apoiado no quadril e não tinham pedras preciosas. As pedras eram usadas só nas solteiras. Após casar o marido é que representava as pedras preciosas, sendo portanto tiradas dos cintos. Só na Idade Média é que surgiu o cinto de castidade do jeito que conhecemos. Quando o homem era solteiro (mas noivo) ele tinha um grande anel no dedo anular. Quando eles casavam passava para o outro dedo anular da mão esquerda. O anel era tão grande que ocupava o dedo todo sem poder dobrá-lo. Depois é que vai surgir mais tarde a aliança. Na Mesopotâmia que vai de aparecer o esmalte vez. ElesEra usavam substância vermelha que elesé tiravam uma árvore que pela hoje primeira não existe mais. uma uma árvore parecida com romã. Era uma substância orgânica que eles maceravam até conseguir o vermelho, misturando também com outras substâncias. Ficava na unha por um ano. Na realidade era uma tinta, pois só hoje é que denominamos esmalte. Todo homem e mulher casada tinham que usar nos pés e nas mãos.
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Quando ficavam viúvos tinham que pintar as unhas de preto. As mulheres viúvas tinham que casar 3 meses depois que o marido morria. Tinha uma fila de homens esperando porque o marido deixava toda a herança para a mulher e não para os filhos. A casta da Mesopotâmia, qualquer um caldeu, assírio, qualquer povo, as viúvas tinham que casar. Ela é que iria decidir se dava ou não a herança para os filhos, dependendo se estes eram bons ou não. Até 18 anos os filhos eram considerados crianças só podendo guerrear, mas não podiam ter nada. A mulher não tinha direito sobre a herança enquanto o marido estava vivo. Essa lei vai vigorar todo o tempo na Mesopotâmia. O homem viúvo não tinha que cumprir essa lei. Todos esses povos de uma forma ou de outra eram guerreiros. Obs.: Na antiga Babilônia é onde se encontra Saddam Hussein hoje.
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EGITO Tudo no Egito é feito para a eternidade. A arte é totalmente feita para a eternidade. O Egito tem sido considerado desde a mais remota antigüidade o berço da civilização. Enquanto a Europa era completamente bárbara, todo mundo se matando, passando do Paleolítico para o Bronze, o Egito já estava totalmente com a civilização feita. Os mestres gregos estudaram no Egito. A arte e civilização Egípcia duraram 40 séculos. Ela começou mesmo como civilização em 5.000 A.C. e chegou ainda como civilização organizada egípcia até 30 A.C. Ela continuou depois, mas como civilização forte até 30 A.C. O Egito é uma espécie de oásis no centro de uma região desértica. É um vale estreito cheio de montanhas nos dois lados. Dos lados tem dois dos maiores desertos do mundo Saara e Núbia. A alma do Egito era o Nilo, “rio deus”, que tornava as terras férteis graças às inundações periódicas. Nessas terras férteis eram cultivados os cereais, especialmente o trigo que fazia daquele país no meio desértico o celeiro da antigüidade. A primeira civilização egípcia no 5o. milênio, anterior às dinastias dos faraós eram divididos em clãs familiares. Não tinha dinastias e nem faraós. As dinastias vão surgir depois desses grandes clãs. Era uma organização social simples. Na arte egípcia sempre vai ser exaltado o sentimento de morte e eternidade. A arte egípcia é toda dirigida para a religião, sendo uma arte simbólica e convencional. A arte egípcia é extremamente regular, simétrica, equilibrada e geométrica. Após se formarem as dinastias, quando surgem os faraós, os aspectos sociais, econômicos, culturais e religiosos eram o seguinte: O comércio, do qual viviam muito da venda do ouro, cereais, era exercido pelos faraós e seus funcionários. A indústria da época como: manufatura de papiros, os moldes belíssimos, as armas, as cerâmicas, os tecidos, as jóias eram todas concentradas no domínio real ou dos templos. Não podia existir nada fora do domínio do faraó ou dos sacerdotes. A arte e a ciência eram muito avançadas para a época. Só os sacerdotes ou amigos dos sacerdotes é podiam exercê-las. Para controlar as águas do Nilo foram erguidas obras hidráulicas de represamento e irrigação. Durante a época das inundações, os trabalhadores interrompiam o trabalho agrícola quando grande parte da população estava disponível para as grandes construções. Não era só trabalho do escravo, mas de todo o povo. O Egito foi dividido em Alto e Baixo. Toda construção do Egito é feita de pedra proveniente das abundantes jazidas que existem no Egito. As Pirâmides e as Mastabas são túmulos onde residem os mortos. Os Templos também são monumentos colossais. São todos monumentos faraônicos e todos de pedra para durarem para a eternidade. Quem vivia nos templos eram os ricos Sacerdotes e Faraós. E nas Pirâmides, os mortos, mas sempre para os faraós ou pessoas da família dele. Os mais pobres eram enterrados em uma vala comum.
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As habitações da classe média eram na periferia, feitas de pedra e o telhado de palha. Depois vinham os trabalhadores do campo que tinham uma casa razoável, e os escravos que moravam em palhoças como se fossem animais. Existe um estilo egípcio tão forte que durante milênios não vai mudar nada. Ficou 5.000 anos sem mudar nada na escultura, pintura, porque não era permitido. A arte egípcia estava tão ligada ao país que, assim que o Egito começa a acabar a sua arte acaba também. Até 30 A.C. o Egito vale a pena enquanto arte e civilização. A partir daí começa a decadência do estilo e arte Egípcia. No estilo egípcio existiam leis muito rigorosas que não podiam nunca ser mudadas. Os artistas tinham que aprender bem cedo o estilo. O artista tinha que aprender que sempre que fosse pintado o homem e a mulher, o homem tinha que ser mais alto que a mulher. Os homens tinham que ter a pele mais escura que a da mulher. O patrão tinha que ser maior que a esposa, os filhos e os criados. Eles tinham paixão por pele clara. Elas tomavam banho de leite de cabra para ficarem bem brancas. Quanto mais branca, mais valiosa ela era. O egípcio tem uma mistura com preto. Toda pintura egípcia tem a lei da frontalidade, o que quer dizer que sempre a figura humana vai ser representada com o rosto de perfil, olho de frente, tronco de frente, os braços e pés de perfil para melhor representar as características da pessoa. É a lei do ver melhor. As mãos eles fazem sempre sobre o joelho, o que significava a força que a pessoa tinha. No Egito existiam escolas de arte cuja função era formar artistas. Só que eles tinham que aprender tudo: anatomia, lidar com tintas, com cores, lei da frontalidade, até fazer hieróglifos. Mas o artista não podia passar disso, não podia criar nada. As regras passavam de geração a geração sem nenhuma renovação. A arte egípcia ficou 3000 anos sem mudar nada. O artista tinha que saber mitologia e ser anônimo. Ninguém podia saber quem tinha feito o trabalho pois o artista não podia assinar. Um texto escrito por um artista, em hieróglifos, sobre uma pedra, foi descoberto mais tarde, sobre o que achava dele próprio como artista do novo império: “Conheço o segredos das palavras divinas, conheço a conduta das festas. Sei toda a magia que pratiquei sem que nada me escapasse. Nada do que se refere à esse assunto de magia me é oculto. Sou chefe de todos os segredos dos rituais cabalísticos. Vejo Ra em suas manifestações. Sou um artista excelente em minha arte. Um homem acima do comum por meus conhecimentos. Conheço a pose da mulher, a postura de quem lança o arpão, o olhar de alguém à seu auxiliar, conheço a flor, conheço o amor, sou um artista!” Ele valorizava. É uma demonstração que o pintor um se mero artista ignorado. Era uma demonstração de estava revolta.insatisfeito. Conhecia tudo, mas era Existiam muitos ofícios no Egito: escultores que faziam esculturas em pedra e madeira; joalheiros que faziam jóias fantásticas, sem exagero, braceletes, anéis e miniaturas de jóias vistas só com lupa. Eles tinham uma espécie de feira, onde seria o Cairo hoje,.onde colocavam os produtos sobre as mesinhas, prateleiras para vender ou trocar por comida, bebida, etc.
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Desde o começo da pré-dinastia a arte egípcia era completamente ligada à morte. Para o egípcio a morte não é um acontecimento triste, é meramente uma transição para uma outra dimensão. Eles acreditavam profundamente na imortalidade da alma. Acreditavam na vida eterna. Eles acreditavam que a alma continuava a viver, só que com as mesmas necessidades terrenas. O corpo do morto não podia ser tocado, surgindo com isso a mumificação. Nas primeiras dinastias, eles sabiam que a pessoa que morria só ficaria contente se tivesse tudo o que tinha em vida e que gostasse junto com ele. Ex: Um faraó que ia ser enterrado e que gostasse de bailarinas, estas iriam ser enterradas vivas junto com ele. Elas iam com vontade pois significava uma honra. Jóias, comidas, etc. também era colocado junto ao morto. É porisso que existia muita riqueza nos túmulos. Com o passar do tempo, nas outras dinastias não era levado ninguém mais vivo para ser enterrado. Nos primeiros 2 milênios iam todos juntos. O faraó era mumificado e em seguida colocado na pirâmide junto com as pessoas que gostava, vivas, para depois fechar a pirâmide. Depois da mumificação não podiam mais tocar no morto pois a sua alma poderia ficar perambulando por milhares de séculos. Dentro da pirâmide o morto iria “ascender” para se encontrar com “deus”. Na mumificação era cortada a cabeça, os membros ( braços, pernas) deixando só o tronco. Eles limpam tudo o que tem dentro do tronco e enchem de bucha, de trapo, algodão. Daí eles costuram tudo novamente. Colocam uma solução de ácidos e sais aromáticos deixando o corpo banhado nisso por (+/-) 6 meses a 1 ano. Só depois é que tiram o corpo dessa solução e não se sabe como secavam esse corpo. Depois eles montam tudo novamente e estará pronto para ser enterrado nas pirâmides. Na realidade ninguém nunca mais conseguiu fazer mumificação. Obs: No Vaticano tem uma múmia egípcia que está parte desenrolada podendo ver até a carne e um pouco do cabelo. A mumificação era feita em toda casta do faraó, até nos ajudantes dele. Os escravos e os trabalhadores não eram mumificados porque era muito caro fazer a mumificação. Os egípcios levavam tudo aquilo que o morto gostava para o túmulo a fim de que a alma continuasse a gozar de tudo o que eles gostavam enquanto vivos. Era uma continuação da vida terrena. Eles tinham uma obsessão pela imortalidade da alma. O faraó era convicto de que se a mulher dele fosse enterrada junto, não daria continuidade a sua dinastia. Elas tinham que continuar casando com o filho, ou o faraó com a filha, ou outro parente. Eles não tinham a mesma concepção moral que nós temos. A parte política e econômica do faraó era também muito importante para que a mulher do faraó desse continuidade. Eles esculpiam corpo, feitoplenitude, em pedra, igual ao do sómúmia. que umSepouco maistambém idealizado, bonito, um maisoutro jovem, na sua que ficava ao faraó, lado da esta fosse violada o faraó teria um outro corpo. Esta escultura sempre vai ter o rosto esculpido idealizado, mas com as características do faraó. A múmia depois de pronta nunca mais poderia ser vista e nem tocada. Ela então, seria colocada na pirâmide e esta bem fechada. Se ela fosse profanada a alma iria ficar sofrendo pelo resto da eternidade. Para evitar que fossem tocadas, roubadas e profanadas é que iriam ser colocadas em monumentos colossais que seriam as
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pirâmides. O túmulo é a pirâmide, e a estátua do morto que era colocada ao lado da múmia é chamada hoje em dia de “o duplo”. A etimologia da palavra pirâmide: É uma palavra de origem grega onde “piro” quer dizer fogo e “amid” quer dizer está no centro, isto é, fogo está no centro. A pirâmide é um tipo de construção que proliferou no Egito muito mais do que se pensa, e em alguns lugares da terra também. Tem pirâmide na China, na América do Sul, Central, Peru, México, etc. Em todo o mundo aparece pirâmides feitas em épocas diferentes. Na terceira dinastia, no Egito, foi construída a primeira pirâmide, que é a primeira pirâmide dos degraus. Foi construída em Sacara. Ela tem 121 metros de base e 60 metros de altura. Dois séculos depois foram construídas as famosas pirâmides de Quéops, Quefrém e Miquerinos, na planície de Gisé, no Egito (que hoje é o Cairo). Não há um consenso de como foram construídas as pirâmides. A pirâmide de Quéops é a maior das 3, tendo 146 metros de altura, a base é do tamanho do “Maracanã”. Na construção foram empregadas 2.600.000 blocos de granito e calcário. Cada bloco pesa de 2 a 20 toneladas. Na região não haviam pedras. Esses blocos eram trazidos de uma região há 1000 km de distância. Esse local onde existiam pedras se chamava Assuã. Onde hoje tem a famosa represa de Assuã. Gisé, local onde foram construídas as pirâmides, é um altiplano rochoso (que não se mexe). Desde 3500 A.C. até hoje não houve nenhum terremoto, construção. Está tudo perfeito até hoje. Eles pensaram muito antes de construírem as pirâmides. Os historiadores acham que a forma mais certa daquelas pedras chegarem seria através de barcos pelo Rio Nilo, onde cada barcaça levaria 2 pedras amarradas embaixo da água para que ficassem mais leves. Só que durante todos esses séculos nenhuma pedra foi encontrada no Rio Nilo. Não existe nenhum elemento de ligação como o cimento ou argamassa para unir ou sustentar essas colunas de pedras nas pirâmides. Os blocos eram sobrepostos somente através de cálculos matemáticos absolutamente precisos. Para esses blocos ficarem sobrepostos perfeitamente encaixados, eles tinham que ser polidos de uma forma manual. Hoje somente o raio lazer conseguiria deixar a superfície tão lisa. Essas pirâmides eram totalmente racionais. “O vértice da grande pirâmide corresponde ao polo e o perímetro do Equador, na escala exata. Cada lado da pirâmide foi projetada para corresponder a curvatura de 1/4 do hemisfério norte.” Algumas pirâmides eram fechadas no topo e outras abertas. Existem muitas portas falsas e corredores falsos que não levam a nada para, só para proteger o faraó. Obs: Há 6 anos atrás saiu na Geográfica Universal, que os franceses fizeram um buraco próximo à base, na lateral, e deixaram cair uma ferramenta, a qual flutuou. Não tinha nenhuma gravidade. Após muitas pesquisas descobriram que em Maio a cada dois anos naquele local não tem gravidade. Quando descobriram a pirâmide de Quéops já não tinha mais nada dentro, pois já tinha sido violada.
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Todas as 3 maiores pirâmides e as outras 70 que tinham no Egito já tinham sido violadas e roubadas. Os historiadores acham que as pirâmides foram construídas através de montes de terra ao lado da construção para apoiar as pedras para serem erguidas. Até hoje as construções são um mistério. As construções civis perto das pirâmides, quase nada restou até hoje. Elas não eram tão importantes quanto os templos. O que ficou de melhor está localizado perto das pirâmides. A pirâmide de Quéops tem uma força, uma energia, que tudo que está localizado próximo num raio de 200 metros não morre, não apodrece, mumifica. Se for colocado água quente sob o sol, esta ficará gelada. As moradias descobertas próximas às pirâmides eram construídas em alvenaria e pedra. Todas tinham terraço com cobertura. Os moradores passavam a noite no terraço tocando música, cantando. Não chovia nunca. Eram todos de classe média. As janelas eram abertas para o pátio interno. Depois das pirâmides o que existe de mais fantástico é Karnak e Luxor, são dois templos ligados entre si localizados na cidade de Tebas. Estando no Cairo pega-se um avião às 5hs. da manhã até Tebas. Uma distância como se fosse de São Paulo à Salvador. É um calor infernal. Esses templos foram construídos através de 3000 anos. O templo é do tamanho de Manhattan. Do outro lado do Nilo está o outro templo da rainha Hasétsud. Foi uma rainha poderosa que conseguiu unir o alto e o baixo Egito. O palácio era fantástico. Ela era uma rainha faraó. Tinha silos de cajal, 150 leitos para os maridos, porque era feito para a eternidade.
Técnica da pintura Egípcia: Tudo o que os egípcios desenhavam, faziam primeiro o esboço em pedras arenosas chamadas de ostrakas (porque a pedra parecia com uma concha). A partir desse esboço eles elaboravam a obra definitiva sobre a parede, muro, madeira. Primeiro eles faziam um reboco grosso sobre a parede, depois passavam uma massa fina de gesso sobre o reboco. Pegavam um pincel fino feito de bambu e desenhavam no gesso ainda úmido. Após secar colocavam a cor. A pintura não tem nenhum efeito de luz e sombra, era chapada, cores planas. A cor vermelha era dada pelo óxido de ferro. Faziam com goma arábica e clara de ovo. O azul era feito com o pó raspado do lápis lázure e misturavam também com goma arábica, clara e um pouco de óleo de amêndoa. A mitologia egípcia lida muito com o demônio. A lua era o demônio para eles. O sol era o divino. Na iluminação da arquitetura egípcia não há quase janela, ela só aparece excepcionalmente. Nos templos egípcios a iluminação é importante porque vai haver uma abertura para passar a luz do sol somente no que for divino, propositadamente, sobre as esculturas dos deuses, que estão dentro da pirâmide e que tem ligação com o sol. Os deuses que tem a ligação com a lua vão ser iluminados pela luz da lua. As esculturas estão sempre fechadas no escuro e só vão ser clareadas naquele momento quando a luz passa por aquela abertura. A luz vai ser feita pela mão do homem, por assim dizer, ele é que vai deixar iluminar o que ele quer. A organização da iluminação inteira dos templos era um verdadeiro “mis en cène”.
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Os gregos foram estudar a iluminação dos teatros com os egípcios. Existia muito pouca madeira, não tinha andaime. Eles faziam buracos nas paredes, sem muita divisão, e com madeira para arrematar. Os buracos seriam as janelas com a função de projetar o canhão de luz ,“o sol”, em cima do que eles quisessem. E durante a noite eles tem outros buracos para passar a luz da lua, para iluminar os outros deuses. Tudo era muito sofisticado. Existia entalhes para o escoamento de águas pluviais. Só que lá não chovia, mas era feito como precaução para o dia que chovesse. Os Obeliscos vão ser importantes no Egito, que vem da palavra grega “obelos” que quer dizer coluna terminada em ponta. Eles erguiam o obelisco quando ganhavam uma guerra como se fosse um troféu. O faraó mandava fazer o obelisco de mandava deixar gravado o nome dele, ou então o nome do deus a quem tinha dedicado o obelisco. Isso é uma característica do antigo império. Geralmente todos os obeliscos vão ser para comemorar algum feito político ou alguma homenagem que o faraó desejava celebrar. Nunca foi compreendido como eles foram construídos. Eles eram altíssimos, feitos de mármore, colocados sobrepostos sem andaime, atingindo equivalente a um prédio de 10 ou 12 andares. Os historiadores acham que construíam rampas de areia ao lado até chegar na altura, ou uma espécie de catapulta para erguê-lo. Quando Napoleão foi ao Egito ele pegou aquele obelisco de Karnak e Luxor e levou até a praça da Concórdia, na França. Também tem um obelisco na praça Navona. Hoje em dia quase em todos os países tem obelisco do Egito. Hoje , no Egito, só tem quatro obeliscos. Todo o resto foi retirado. Alguns foram levados por estrangeiros conquistadores, ou foram destruídos por terremotos, ou afundados em solo. Em Karnak 10 obeliscos foram destruídos. Tem um obelisco muito bonito em Karnak, da rainha HATSEPSUT, que foi feito em sua homenagem medindo 42 metros de altura e nele está escrito tudo sobre a sua vida. Ela era uma faraó muito poderosa que uniu o alto e o baixo Egito. O seu palácio fica no Vale das Rainhas. Era uma rainha que tinha Silos de Cajal, de peruca, 150 leitos para os seus maridos. Tinha câmaras frigoríficas embaixo com mais de 200 animais, bois, cavalos, etc, abatidos congelados em conservação, no meio daquele deserto. A água do Rio Nilo vinha canalizada e quando chegava lá estava gelada conservando assim esses animais para o futuro da vida dela. Tinha mais de 200 pares de sapatos, sandálias. Ela foi sucessora do seu pai. Teve mais de 7 maridos. Viveu até mais ou menos 70 anos. Alguns maridos ela mandou matar e casou também com o filho dela. Obs: O Shampoo apareceu no Egito para a Hatsepsut que tinha um cabelo muito feio (por ser descendente de preto). Descobriram um shampoo e condicionador feito de papiro (que solta um sebo) e adicionaram flores para perfumar. Tinham cremes feitos de leite de cabra. Tomavam banho de leite para clarear a pele e a gordura era acondicionada em potes feitos de lápis lázure, também para onde a pele. Tinhampela sombra azulvez. paraA os olhosrealmente e cajal para contorno. Tingiam o cabelo de Rena, aparece primeira mulher eraomuito bem conceituada na vida privada. Os maridos dividiam as tarefas, mesmo sendo faraó. O rei e a rainha apareciam abraçados. Muitas vezes aparece a rainha abraçando o faraó como se estivesse protegendo-o.
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Tinha ourives que só faziam jóias para as mulheres. Muito metal, ouro, prata. Faziam muita coisa para o cabelo e usavam muito pente. Faziam muita coisa com formato de gato porque era um animal muito forte, misterioso, esperto, bonito, cheiroso para eles. O homem egípcio usava brinco de argola na orelha. No Metropolitan tem uma escultura de um homem egípcio com uma argola na orelha e pendurado nela um gatinho. Vai aparecer o FARAÓ AMENOFIS IV no novo Império que vai mudar completamente a religião e a arte. Ele briga com os sacerdotes porque estes estavam ganhando dinheiro vendendo fórmulas, inscrições para a vida eterna, livros dos mortos. Era uma indulgência daquela época. A religião estava virando um comércio. Então Amenofis IV disse que para ele só um deus era supremo o “ATON”, deus do sol. Ele disse que deus tem que ser só um. É a primeira tentativa do monoteísmo. Então ele vai mudar o seu nome para AQUENATON (onde sufixo aton é “deus do sol”) . Vai mudar também a arte não querendo que sigam mais a lei da frontalidade. E ele vai querer que o pintem sem idealizá-lo. Ele tinha uma cabeça bem comprida. O rei, a corte e a rainha foram esculpidos de forma realista, sem “endeusar” ou idealizar. A mulher dele era belíssima e se chamava NEFERTITE. Vai querer que suas filhas, ele e sua esposa ficassem bem natural nas esculturas, no colo, se abraçando. Antigamente isso jamais seria feito. Mostra a sua fragilidade humana, sendo pintado com bengala para se apoiar. São cenas domésticas. Vai ser a única vez que poderá ser visto isso no Egito, somente no Novo Império. Essas cenas em outros impérios eram consideradas um desrespeito com a família real e, para ele, o respeito era mostrar a realidade como ela era. Ele não vai ser reverenciado como um deus, mas como um homem. Esta arte vai ser de cunho realístico que vai durar por todo o reinado dele. A NEFERTITE, considerada “A BELA”, vai ter seu rosto muitas vezes esculpido. Vai ter um refinamento de etiquetas de como se portar socialmente, uma nova maneira de ser. Ele vai ser um revolucionário inovador que muita gente não vai gostar. Assim que ele morre tudo volta a ser como era. TUTANKAMON, sucessor de AMINOFIS, foi ser rei aos 9 anos de idade. Aminofis teve quase todas as filhas doentes, de cabeça comprida e eram bem magras. Os filhos não tinham condições físicas de serem faraós. Eles casavam muito entre parentes. O parente mais próximo vai ser Tutankamon com 9 anos e que irá morrer aos 18 anos. Não vai ser um faraó muito rico por ter sido faraó por pouco tempo. Esse túmulo dele no Vale dos Reis foi a maior descoberta arqueológica do Egito. Em 1922 Haward Carter chegou perto do Cairo e descobriu um sepulcro. Como ele era inglês, teve que escrever para a Inglaterra para saber se podia abri-lo ou não. Chegou lá, era uma porta lacrada e ficou esperando naquela época por mais ou menos 18 meses por uma resposta em carta porta.vinda de navio pois não havia avião naquela época. Ele conseguiu a permissão e abriu a Obs.: Tem um filme que conta essa história “A maldição da múmia”(?). Quando ele entrou na ante-sala com mais 3 britânicos e uns 20 egípcios, descobriram o maior sepulcro do século, até então nunca visto. Até ele chegar na última sala levou 6 anos cavando e descobrindo só maravilhas e riquezas. Só na antecâmara encontrou 700 peças, inclusive um rico trono de ouro. Tinha 2 estátuas de 2 metros de altura de ouro maciço, carruagens de ouro e prata. Vasos de
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1,5m de alabastro. Muita coisa de coral, turquesa. Arcas repletas de roupas do tamanho de um container. A múmia real Tutankamon era protegido por 3 sarcófagos, sendo a última de ouro maciço. Está no museu do Cairo. Era uma época de esplendor da civilização egípcia. Quase todos os túmulos, 90 % foram violados, porque todos sabiam que tinha uma grande riqueza. Haward Carter ficou muito rico e muita coisa foi para a Inglaterra. O sarcófago, a múmia e algumas coisas ficaram no Egito. Muita gente começou a morrer de maneira estranha, outros de doença que mais tarde foi constatado fungo (manchas na pele que degenerava o tecido) por ter ficado 5000 anos fechado. Todos da expedição morreram. Ele foi o último a morrer. RAMSÉS II, sucessor de Tutankamon, é um grande faraó que vai ter uma grande autoridade imperial. Ele é um grande arquiteto e tudo o que construía era o mais alto. Estátuas de proporções gigantescas. Ele é da época do Novo império e depois Baixa Época. Ele vai fazer uma avenida como uma via expressa, perto da represa de Assuã, e 86 esculturas de aproximadamente 2 metros de altura cada ladeando a represa com um espaço entre elas de 1,2 metros. Teria mais ou menos 12 km. São esculturas todas em pedra, onde ele após morto passearia até o seu túmulo. Karnak e Luxor tem vários templos, os mais importantes foram construídos por Ramsés e Amenofis. Os dois templos mais importantes de Karnak e Luxor eram destinados aos deuses Amon e Rá e ligados entre si por uma monumental avenida. A pintura de Karnak e Luxor é o auge da pintura Egípcia. Karnak e Luxor são ricas em obeliscos. Levaram séculos para serem construídos e passava de faraó para faraó. As colunas mais importantes do Egito são as de Karnak e Luxor. É aqui que vai aparecer pela primeira vez no mundo as colunas. Os gregos vão até o Egito para aprender sobre as construções. Ao lado de Karnak e Luxor tinha um grande lago. Só quem podia entrar no templo de Karnak e Luxor eram os iniciados. Na primeira sala entrava o povo todo, na segunda sala o povo ficava do lado de fora e entravam só os iniciados e na terceira sala entravam os iniciados, o faraó, a faraó, os sacerdotes e a família toda. Lá eles ficavam trancados sempre (com números de final 7) como 17 semanas, ou 27 semanas, dependendo do que fossem fazer. Começavam as pesquisas de sexo, magia, como uma busca ou necessidade de se saber tudo. Os valores morais eram outros. Não são bacanais, como ocorria na Grécia, mas uma pesquisa séria. Faziam testes de mistura de sangue, sexo de todas as formas. Na busca de uma coisa que fosse melhor para eles. Depois de acabar toda essa reunião, após ficarem também um tempo em jejum, eles saíam e iam se limpar nesse lago, na lua cheia, onde todos estavam trajados de branco. Após tomar banho no lago eles deixavam a roupa suja lá e vestiam outra roupa branca, voltando novamente para o templo para dormir e noiam diapara seguinte sairem de lá. Eles entravam no templo como uma procissão. Muitas vezes eles Karnak e Luxor através do Nilo como se fosse uma imensa apoteose. O estudo dos deuses do bem e do mau era feito em Karnak e Luxor. Eles faziam até oferenda de crianças e de seus próprios filhos.
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Depois da morte de Ramsés II começa a chamada Baixa Época, quando o Egito vai ser dominado pelos persas, assírios e aí nunca mais durante toda a antigüidade o Egito voltará a ser uma nação tão importante e independente como era. Depois dos persas chegam os gregos chefiados por Alexandre Magno, vindo da Macedônia. É o primeiro grego que chega a reinar o trono Egípcio. Aí vai aparecer o Marco Antônio, a Cleópatra. Ele vai fundar, à beira do Mediterrâneo, a cidade de Alexandria. Alexandria vai ser o encontro das culturas ocidentais e orientais, que são a grega e a egípcia. É a tentativa de uma coexistência entre o estilo egípcio que é próprio, único, e o grego com aquele escândalo artístico, com toda a sua beleza. Surge então esculturas híbridas com rosto grego e corpo egípcio. Aos poucos as formas artísticas passam a conviver cada uma com seu mundo próprio. A escultura grega vai ser independente da escultura egípcia. Entre 332 A.C. até 30 A.C., os gregos permanecem no Egito. Cleópatra em 30 A.C., última dos Ptolomeus suicida-se depois de ser derrotada pelos romanos. Estes brigam com os gregos e com os egípcios. Vão lutar com Cleópatra e ela vendo que vai perder pega uma cobra venenosa deixando-a picar e morre. A ruptura final da tradição egípcia cultural, como essas pinturas, esculturas que estamos costumadas a ver, o fim do Egito como civilização, vai ocorrer no IV século da nossa era quando o Cristianismo está no auge. Quando o Cristianismo chega para valer no IV século, vão acabar todos os templos egípcios, vão quebrar quase tudo o que existia aí e na Grécia. Eles não vão aceitar nenhum outro deus, pois “Cristo” é um só deus. No século XIX, Champollion, sábio francês, consegue decifrar os hieróglifos e com isso ele vai permitir que a arqueologia dê um salto fantástico no século XIX. Numa visão retrospectiva da história de civilização e da cultura que esse povo alcançou, mostra o legado para o mundo futuro, tanto nas artes e nas ciências, como na organização política e social. O Egito foi a primeira nação a centralizar os poderes do Estado em uma só pessoa, o faraó. Eles desenvolveram a matemática, a astronomia, a química, fizeram um calendário solar, um mapa dos céus. Na medicina, os médicos egípcios especializaram em realizar um trabalho de grande valor na descoberta de droga para dor e nas doenças. Tinham uma espécie de antibiótico que era quase que a penicilina nossa. Não deixaram a fórmula. No setor cirúrgico as maiores conquistas deles foram fantásticas, como por exemplo a mumificação que foram se aperfeiçoando durante milênios. Hoje só ruínas restaram, porém para “Mali”, elas parecem que possuem vida. Elas nos falam da glória de uma nação de um povo que não queria morrer, mas que infelizmente morreu. Tudo o que eles fizeram foi para a eternidade.
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ARTE GREGA O termo “clássico” surgiu na Grécia. Vamos usar o termo “estilo clássico” quando se quer dizer de beleza, excelência. E, quando se fala em “antigüidade clássica” , estamos nos referindo a Grécia e Roma e nunca ao Egito. Os antigos gregos,seja pelo idioma grego que falavam, pelos costumes ou pela religião deles, se sentiam diferentes dos outros povos. Os gregos dividiram a humanidade em duas partes: os “Helenos” que eram os habitantes da Grécia e os outros eram chamados de “Bárbaros”. A essência do Helenismo era, na realidade, social e cultural. O grego, entre todos os povos do mundo antigo, é o que realmente vai refletir o espírito do homem ocidental. O “homem” de hoje é o Grego. Nenhuma outra Nação no mundo teve tão forte devoção pela liberdade e uma crença tão firme nas realizações humanas. O grego dava muito valor ao Homem. Os gregos glorificavam o homem como a mais importante criatura do universo. Eles recusavam a se ajoelhar diante de deus porque o homem era considerado mais importante. O homem é o centro de todas as coisas e do universo. No Egito acontecia exatamente o oposto. Os gregos exaltavam a razão de uma forma tal que eles conseguiam superar a fé. E é por causa disso que existem tantos deuses. Os deuses tinham que ter a forma humana. “Nada em excesso”, é o lema do grego que quer ver tudo claramente, simplesmente e sem adornos. Por conseqüência, tanto a escultura quanto a arquitetura encarnavam os ideais de harmonia, ordem, moderação e proporção, significando “nada em excesso”. Os gregos não procuravam nem o paraíso e nem o inferno. Os deuses gregos tinham feições humanas porque a beleza estava na forma do ser humano. Foi civilização que surgiu OMERO, ARISTÓTELES, SÓCRATES, PLATÃO (quenessa escreveu “A República”), PITÁGORAS (dizem que ele deu oFIDIAS, nomeICTINOS, de “filosofia” à filosofia), PÉRICLES e muitos outros para quem o homem era a medida para todas as coisas. A partir do homem você constrói tudo. A arquitetura grega é a mais familiar de todas para nós do que qualquer outra arquitetura de qualquer época no mundo. As casas não tinham a menor pretensão de serem muito suntuosas. Os Templos eram fantásticos e super importantes. As casas não eram importantes porque eles não tinham reis e nem governantes. Fizeram magníficos prédios, chamados “templos”, para protegerem as estátuas dos deuses. Esses templos famosos eram como se fossem esculturas para eles. Tudo muito bem organizado, bem feito, proporcional, e sempre construídos em locais elevados acima das cidades, nas Acrópoles (que quer dizer acima das cidades). Platão falou o seguinte sobre os templos: “O templo deverá ser um ponto visto à distância e em aberto. É uma verdadeira elevação à virtude, ao amor e ao prazer de ver”.
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O Grego tinha que se maravilhar com tudo, que era o caminho da virtude. Ele tinha que ver só beleza. A estética vai aparecer aqui, na Grécia. Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem como características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e a democracia. ARQUITETURA As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia. - Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência - Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher. - Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação. Os principais monumentos da arquitetura grega: a) Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária. b) Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no
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séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. c) Ginásios, edifícios destinados à cultura física. d) Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia. PINTURA A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados: - Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas; - Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar; - Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. A pintura grega se divide em três grupos: 1) figuras negras sobre o fundo vermelho 2) figuras vermelhas sobre o fundo negro 3) figuras vermelhas sobre o fundo branco
ESCULTURA A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
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No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Os principais mestres da escultura clássica grega são: - Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino. - Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabeça. - Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e frisos. - Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças. - Miron, autor do Discóbolo - homem arremessando o disco. Para seu conhecimento: Mitologia: Zeus: senhor dos céus; Atenéia: deusa da guerra; Afrodite: deusa do amor; Apolo: deus das artes e da beleza; Posseidon: deus das águas; entre outros. Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo. Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles. Música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional.
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ARTE ROMANA A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza. Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. ARQUITETURA As características gerais da arquitetura romana são: * busca do útil imediato, senso de realismo; * grandeza material, realçando a idéia de força; * energia e sentimento; * predomínio do caráter sobre a beleza; * originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas. As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções: 1) Religião: Templos Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto. 2) Comércio e civismo: Basílica A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto. 3) Higiene: Termas Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes. 4) Divertimentos: a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos:
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jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus". b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis. c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé. 5) Monumentos decorativos a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém. b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos. 6) Moradia: Casa Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
PINTURA O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral. A maior parte pinturas romanas que conhecemos hoje em provém dasOscidades de Pompéia e Herculano, quedas foram soterradas pela erupção do Vesúvio 79 a.C. estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
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Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
ESCULTURA
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos. Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no séc. V precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu vasto território do Ocidente para os invasores germânicos. MOSAICO Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecar sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs.
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ARTE PALEOCRISTÃ Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva. Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios. Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica. Para entender melhor a simbologia: Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador". Outra forma de simboliza-lo é o desenho do pastor com ovelhas "Jesus Cristo é o Bom Pastor" e também, o cordeiro "Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus". Passagens da Bíblia também eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de Noé; Jonas engolido pelo peixe e Daniel na cova dos leões. Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de Roma. Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C. o imperador Constantino legaliza o cristianismo, dando início à 2a fase da arte paleocristã : a fase basilical. Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado "Basílica" (origem do nome: Basileu = Juíz) , lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais. Eram edifícios com grandes dimensões: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. Com o fim usar da perseguição romanos cederam algumas basílicas para eles pudessem como local aos paracristãos, as suas os celebrações. O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do Antigo e do Novo Testamento. Esse tratamento artístico também foi dado aos mausoléus e os sarcófagos feitos para os fiéis mais ricos eram decorados com relevos usando imagens de passagens bíblicas.
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Na cidade de Ravena pode-se apreciar o Mausoléu de Gala Placídia e a igreja de Santo Apolinário, o Novo e a de São Vital com riquíssimos mosaicos. Em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre seus dois filhos: Honório e Arcádio.Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital , e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com a capital Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul). O império Romano do Ocidente sofreu várias invasões, principalmente de povos bárbaros, até que, em 476 d.C., foi completamente dominado(esta data, 476 d.c., marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média). Já o Império Romano do Oriente (onde se desenvolveu a arte bizantina), apesar das dificuldades financeiras, dos ataques bárbaros e das pestes, conseguiu se manter até 1453, quando a sua capital Constantinopla foi totalmente dominada pelos muçulmanos (esta data, 1453, marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna).
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ARTE BIZANTINA O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era.Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla.A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina. Graças a sua localização(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor. A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos espirituais; o representante de raro Deus,encontrar tanto queum se convencionou representá-lo comeuma auréolaera sobre a cabeça, e, não mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro. A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados. A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta nas paredes, ricamente decorado com mosaicos e o chão pinturas de mármore polido. colunas com capitel Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.
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A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia.Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero. A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina.E essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.
UM POUCO MAIS DE SANTA SOFIA "A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do Império Bizantino, encontra-se no seu vasto interior.Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora.No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula. Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior".
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ARTE ISLÂMICA No ano de 622, o profeta Maomé se exilou (hégira) na cidade de Yatrib e para aquela que desde então se conhece como Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De lá, sob a orientação dos califas, sucessores do profeta, começou a rápida expansão do Islã até a Palestina, Síria, Pérsia, Índia, Ásia Menor, Norte da África e Espanha. De origem nômade, os muçulmanos demoraram certo tempo para estabelecer-se definitivamente e assentar as bases de uma estética própria com a qual se identificassem. Ao fazer isso, inevitavelmente devem ter absorvido traços estilísticos dos povos conquistados, que no entanto souberam adaptar muito bem ao seu modo de pensar e sentir, transformandoos em seus próprios sinais de identidade. Foi assim que as cúpulas bizantinas coroaram suas mesquitas, e os esplêndidos tapetes persas, combinados com os coloridos mosaicos, as decoraram. Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na realidade, desde seu início, conceitual e religiosa. No âmbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato, mais simbólico do que transcendental. A representação figurativa era considerada uma má imitação de uma realidade fugaz e fictícia. Daí o emprego de formas como os arabescos, resultado da combinação de traços ornamentais com caligrafia, que desempenham duas funções: lembrar o verbo divino e alegrar a vista. As letras lavradas na parede lembram o neófito, que contempla uma obra feita para deus. Na complexidade de sua análise, a arte islâmica se mostra, no início, como exclusividade das classes altas e dos príncipes mecenas, que eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, mausoléus e mosteiros. No entanto, na função de governantes e guardiães do povo e conscientes da importância da religião como base para a organização política e social, eles realizavam suas obras para a comunidade de acordo com os preceitos muçulmanos: oração, esmola, jejum e peregrinação.
ARQUITETURA As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas de tronco de palmeira. A área de oração era coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa de Maomé era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres. Essas funções foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos. No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a
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preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização. A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais mantiveram a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas na forma. A construção de palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte. As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento mais importante era o diwan ou sala do trono. Outra das construções mais originais e representativas do Islã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. A Giralda, em Sevilha, era o antigo minarete da cidade. Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.
TAPETES Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em contato com a terra. Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma. Os fabricados antes do XVI chamam-se arcaicos e possuem dedecímetro 80 000 nós por metro quadrado. Osséculo mais valiosos são de origem persa e têm 40uma 000trama nós por quadrado. As oficinas mais importantes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente. Entre os desenhos mais clássicos estão os de utensílios, de motivos florais, de caça, com animais e plantas, e os geométricos, de decoração.
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PINTURA E GRÁFICA As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucas chegaram até nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente usadas para decorar paredes de palácios ou de edifícios públicos e representavam cenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelhante ao da pintura helênica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e inclusive chinesa. A miniatura não foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas publicações de divulgação científica, para tornar mais claro o texto, e nas literárias, para acompanhar a narração. O estilo era um tanto estático, esquematizado, muito parecido com o das miniaturas bizantinas, com fundo dourado e ausência de perspectiva. O Corão era decorado com figuras geométricas muito precisas, a fim de marcar a organização do texto, por exemplo, separando um capítulo de outro. Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio e da Pérsia antiga, tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decoração de mesquitas e palácios, junto com a cerâmica. No início, as representações eram completamente figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, até se transformarem em folhas e flores misturadas com letras desenhadas artisticamente, o que é conhecido como arabesco. Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numérica islâmica, cobriam as paredes internas e externas dos edifícios, combinando com a decoração de gesso das cúpulas. Caligrafias de incrível preciosidade e formas geométricas multiplicadas até o infinito criaram superfícies de verdadeiro horror ao espaço vazio. A mesma função desempenhava a cerâmica, mais utilizada a partir do século XII e que atingiu o esplendor na Espanha, onde foram criadas peças de uso cotidiano.
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ARTE ROMÂNICA Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano, com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados. ARQUITETURA No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja a estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos. As características mais significativas da arquitetura românica são: * abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; * pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas; * aberturas raras e estreitas usadas como janelas; * torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e * arcos que são formados por 180 graus. A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade. A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu. Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.
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PINTURA E ESCULTURA Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura. A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida. Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza. Na porta, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais. MOSAICO A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho, conheceu seu auge na época do românico. Usado desde a Antigüidade, é originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e dourado, para representar o próprio céu.
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ARTE GÓTICA O termo Gótico vem da palavra GODOS que vem de Bárbaros. O Renascimento classifica de “bárbaros” os Góticos. A idade Média é a época do Gótico. Vai surgir uma coisa fantástica na Idade Média que são as Catedrais Góticas. A arte Gótica vai nascer com as cidades. Ao ser construída a Catedral Gótica, que leva de 200 a 300 anos, as cidades começam a nascer ao seu redor devido ao número grande de pessoas que trabalham na construção. A cidade de Chartres nasceu com as pessoas que foram chegando e morando ao redor da catedral. As Catedrais Góticas vão ser verticais, enquanto que os templos gregos horizontais. Tanto a Catedral Gótica quanto o Templo Grego tem uma arquitetura fantástica. O templo grego é só para ser visto. A Catedral Gótica é para o homem rezar dentro. A Catedral vai ser vertical que é para “levar” você para o céu. Obs.: A Basílica da Catedral é renascentista. O Gótico Francês é bem diferente do Gótico Italiano, Espanhol, Inglês, Português. Ele são muito diferentes entre si. O gótico, em seu esplendor, é como uma gaiola de vidro e de pedras. O peso das paredes cedem o lugar aos vitrais, dando leveza à construção. A catedral Gótica é muito grande e não dá para abrangê-la com um só olhar. A forma de vê-la é fragmentada. É quase que uma visão cubista. Em 1840 ao redor da Catedral de Notre Dame existia muitas casas medievais que foram retiradas ao seu redor para que ela fosse vista melhor de longe. Para ver a Catedral de Notre Dame devemos começar a vê-la de frente, indo depois para o lado esquerdo, até o fundo, para o lado direito e por último atravessar o rio Sena pela ponte para vêla do outro lado No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana. No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios. CARACTERÍSTICAS DO ESTILO ROMÂNICO: As paredes são grossas Na frente da Catedral românica tem rosáceas (foi quando começou a surgir as rosáceas) Tem vitrais Não tem frontão
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CARACTERÍSTICAS DO ESTILO GÓTICO: Tem que ter rosácea Contraforte (é o que segura a Catedral) Arcobotante Gárgulas Janelas vitrais (muitos vitrais) O vitral é fundamental pois vai surgir quando eles descobrem uma técnica de colocar o vidro no meio da parede de pedra não prejudicando a sustentação do prédio. O Gótico que é do ano de 1100 DC, não vai existir na América, somente na Europa. Nessa época as Américas não tinham sido descobertas.
ARQUITETURA A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais. A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas. A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV. Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja. As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres. ESCULTURA As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada, exercendo a função de ilustrar os ensinamentos propostos pela igreja.. ILUMINURA Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos (a gravura não fora ainda inventada, ou então é um privilégio da quase mítica China). O desenvolvimento de tal genero está ligado à difusão dos livros ilustrados patrimônio quase exclusivo dos mosteiros: no clima de fervor cultural que caracteriza a arte gótica, os manuscritos também eram encomendados por
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particulares, aristocratas e burgueses. É precisamente por esta razão que os grandes livros litúrgicos (a Bíblia e os Evangelhos) eram ilustrados pelos iluministas góticos em formatos manejáveis. Durante o século XII e até o século XV, a arte ganhou forma de expressão também nos objetos preciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos sobre as páginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaços para que os artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos, os títulos ou as letras maiúsculas com que se iniciava um texto.. Da observação dos manuscritos ilustrados podemos tirar duas conclusões: a primeira é a compreensão do caráter individualista que a arte da ilustração ganhava, pois destinava-se aos poucos possuidores das obras copiadas, a segunda é que os artistas ilustradores do período gótico tornaram-se tão habilidosos na representação do espaço tridimensional e na compreensão analítica de uma cena, que seus trabalhos acabaram influenciando outros pintores. PINTURA A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura o realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas, quase sempre tratando de temas religiosos, apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em direção ao plano celeste. Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento (Duocento): * Giotto - a característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento. Obras destacadas: Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e Retiro de São Joaquim entre os Pastores. * Jan Van Eyck - procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens. Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.
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RENASCIMENTO “OUSO TUDO QUE UM HOMEM PODE OUSAR, QUEM OUSAR MAIS DO QUE ISSO NÃO O É” Lord Macbeth - Shakespeare. Shakespeare - pai do renascimento. A frase acima significa que tudo tem limites. É o começo do renascimento quando o homem descobre que tem de ser ousado, mas respeitando os limites. Renascimento é expansão, expressão e emancipação. Expressão: É a invenção da imprensa por Gutemberg. Expressão implica consciência daquilo que é expresso. Expressão é uma coisa impressa, através da imprensa que Gutemberg criou e que permite mandar a informação para o mundo inteiro. Anteriormente as coisas eram mais faladas do que escritas, já que era muito complicado escrever. Tinham que escrever muitas cópias para fazerem uma divulgação. Era muito trabalhoso. Com o advindo da imprensa, a máquina vai fazer milhares de cópias, facilitando a divulgação e o trabalho. Emancipação: O trabalhador passa pela primeira vez a ser assalariado. Vai sair do regime feudal da Idade Média. Passa a ter mais consciência da importância de seu trabalho, que passa a ser muito mais valorizado. No regime feudal existia a troca de serviços e mercadorias. Expansão: É quando o homem descobre a América. Quando todo mundo tinha uma civilização super organizada na Europa e o homem descobre outro mundo com pessoas primitivas, sem roupa, com a linguagem muito diferente, praticamente sem organização social, nada a ver com civilização. É lógico que a visão do mundo e da arte foi modificada. Teria o mesmo significado da descoberta da existência de um planeta habitado. O Renascimento ocorre entre 1400 e 1600 D.C. APOGEU ----------------------------------------------------------------------------------------------------------40.000 A.C. Auge da Pré-história 3500 a 2500 A.C.
Auge do Egito (esfinge, pirâmide)
350 A.C.
Grécia Clássica ou de Péricles -Construção do Parthenon na Acrópoles
40 D.C.
Roma
1 A.C. a 1100 D.C.
Gótico
1400 a 1600 D.C.
Renascimento
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Renascimento é um renovar, recomeçar, renascer. Surge da Idade Média onde o homem não tinha nenhum valor. O “homem” renasce, renova-se e religa-se. O homem passa a ser o centro de todas as coisas e não mais “deus”, da mesma forma que os gregos faziam. É um renascer em cima da Grécia Antiga, da antigüidade. É no Renascimento, período muito forte, que surge a arte de todos os pintores do mundo. A escultura e pintura nós conhecemos desde a Grécia, mas as pinturas dos pintores famosos que encontramos nos museus começaremos a conhecer a partir daqui. O renascimento vai criar uma “nova concepção do homem”, que perdura até hoje. É neste momento que surge o conceito do individualismo, do homem possuidor de direitos inalienáveis. O mundo passa a ser encarado criação de “Deus”. Mas, nada impede que essa criação de Deus seja feita à serviço da humanidade. Não impede que Deus sirva à humanidade. Durante a Idade Média “Deus” era poderoso e distante. No Renascimento, “Deus” existe, é único, mas posso conversar com ele. No Renascimento a ciência liga-se às técnicas e às artes. Vão aparecer os “Humanistas”, homens que conhecem tudo profundamente e que jamais serão especialistas. A BAUHAUSS, que surgirá no futuro, será uma escola que fará o trabalho em cima do Renascimento (1929, na Alemanha). O homem tem que entender de literatura, anatomia, várias línguas, etc. O “especialista” é o homem do século XX. Platão vai ser muito importante para eles, porque estão baseados na cultura Grega. Renascimento é o resultado de um impulso universal, de uma disposição de espírito, da vontade de mudar a humanidade. É uma necessidade de uma mudança de ver e sentir. A Idade Média estava muito parada, estagnada. Não inventavam e não criavam nada. Viviam muito em função da Igreja. Quando construíam uma Catedral Gótica ficavam 200 anos ao redor daquela Catedral para a sua construção. Todas as invenções e criações eram feitas em função daquela Igreja. As construções eram demoradas porque não tinham uma tecnologia desenvolvida. Tudo isso pode assistido no filme “O nome da Rosa”. O Renascimento começou em Florença, na Itália. Depois se alastrou por toda Europa Ocidental dominando o mundo completamente entre 1400 a 1600 D.C.. Vai mudar muito a relação do homem com a natureza. Vai procurar saber sobre a natureza, como ela reage. Essa busca do éconhecimento leispela da natureza, é parana melhor necessidades do homem. Não o saber pelo das saber essência como antigaaproveitá-la Grécia, é oàssaber para poder usufruí-la melhor. A ciência liga-se à técnica e à arte. A medida que a natureza se transforma em uma coisa digna de ser usada, ela passa a ser valorizada. Até agora a natureza não era valorizada. O homem tinha horror à natureza pois viviam muito mal. As cidades pegavam fogo, pois as casas eram feitas de madeira. As pessoas morriam de frio e dormiam mal com as casas de madeira.
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Em locais muito ensolarados as pessoas morriam de calor. A natureza era uma coisa muito nefasta. De repente, no Renascimento, eles percebem que a natureza pode ajudar muito. Vão estudar o vento dando o surgimento dos moinhos de vento. Vão estudar a água, aparecendo as represas. E vão estudar uma série de coisas que até agora não tinham estudado. Passam a pintar a natureza nos quadros porque vão valorizá-la e adequar-se à ela. Eles não vão imitar os antigos, mas complementá-los. Vão se basear nas melhores idéias dos antigos, o que existia de melhor. É um renovar em cima da Antigüidade, sem imitá-la. Para Mali, o quadro “Adão” que está na Capela Sixtina, pintado por Michelangelo, é o símbolo do Renascimento. Esta obra é o momento em que Deus aponta para o homem que está deitado no chão, o qual se ergue perante Deus, sem nenhuma vergonha do seu corpo nu e Deus está apontando com o dedo quase à sua imagem e semelhança. Essa pintura não podia existir na Idade Média. Homens importantes do Renascimento: Giotto Michelangelo Leonardo da Vinci Raphael Ticciano Tintoretto Dante Alighieri Botticelli Colombo Gutemberg Vasco da Gama Bosch William Shakespeare (por volta de 1600, no final) A arte passa a ser naturalista, mas o estilo é renascentista. Em Estética da Arte: a arte pode ser idealizada ou verdadeira (em meados séc. XX). A arte idealizada é aquela que nós vimos na Grécia, onde ela deixa de ser natural ao copiar o corpo humano e aperfeiçoá-lo. A arte verdadeira, quando vão desenhar o corpo realmente como ele é, vai surgir por volta do século XX, apresentando depois uma queda e voltando a aparecer em finais do século XX. Até o Renascimento as pessoas não pintavam nada naturalista. As pessoas posavam. As esculturas igrejas eram um protótipo doexistia que seriam os “santos”. santos eram duros, sem movimentodas e vestidos completamente. Não o natural por que Os a Igreja não permitia. Era uma arte totalmente sacra. Ninguém fazia quadro para ser pendurado em casa. As pessoas não sabiam ler. A arte era feita de uma forma que a leitura fosse muito acessível. As figuras dos santos eram postas uma do lado da outra para que o povo, ao chegar à Igreja, pudesse reconhecê-los facilmente. Era uma história montada.
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Começaram a perceber que o homem podia pintar a natureza tal qual ela se apresenta, um pouquinho idealizada. No Museu Metropolitam, é importante comparar as pinturas Pré-renascentistas, da Idade Média e Renascentistas. Começa aí a pintura acadêmica que nos referimos. Leonardo da Vinci e outros, são grandes acadêmicos que fazem a arte exatamente igual a natureza. O aspecto mais importante era o pintor conseguisse pintar fielmente a figura real. Ninguém fazia isso, até então (entre 1400 e 1500). Ao redor de 1394 a peste negra acabou com quase toda a população Toscana (Florença é na região de Toscana). Florença era uma cidade muito rica e, com essa peste, a crise financeira foi muito forte. A peste matou quase todos os banqueiros. Um dos banqueiros mais importantes era o “Bardi”, que ao ir a bancarrota, as massas em pouquíssimo tempo controlaram o poder em Florença. Em 1400 o poder voltou de novo aos banqueiros e desta vez, os “Médicis” eram os mais importantes. Pouco a pouco tornaram-se “senhores de Florença”. Eram homens ricos que gostavam de beleza e vão investir em arte. As condições para o aprimoramento na arte já estavam criadas. Pré Renascimento: A pintura, dentre todas as artes do ocidente, foi a que mais demorou para se afastar dos moldes antigos (bizantinos) da Idade Média. Os arquitetos, os escultores já tinham criado um novo estilo depois do gótico, mas a pintura não. A pintura ainda era bizantina. As soluções da pintura foram amadurecendo aos poucos. As cidades onde as primeiras pinturas “acadêmicas” vão aparecer serão Siena e Florença. O estilo que chamamos de Sienês (de Siena) chegou até o século VX (1400) e custou muito a aceitar o estilo renascentista. No século XV Florença lançou as bases da pintura Européia dos cinco séculos seguintes. Até hoje pintamos baseados no Renascimento. Um desses importantes pintores é GIOTTO, que pintou muito À FRESCO em busca de um realismo. A cidade de Pádua é a que oferece as melhores obras de Giotto para serem vistas. Giotto consegue pintar expressando os sentimentos através dos gestos, do olhar, que até então não faziam. Para nós hoje, ainda poderá parecer uma pintura dura, mas comparada com o que existia anteriormente na Idade Média era muito mais expressiva e solta. Giotto foi o primeiro artista dentro da História da Arte que aparece sendo chamado como “PINTOR”. Os pintores até então eram considerados como alfaiates, marceneiros. Giotto é que vai receber pela primeira vez na História da Arte o nome “Pintor”. É uma profissão que sobe de nível na hierarquia social. Ele conseguiu iniciar um novo capítulo na História da Arte se impondo na profissão de pintor e sendo respeitado por isso. Em “off”: Dizem que ele era “super pão-duro”. Quando dava uma festa ele pedia que o convidado levasse uma ave, pão, vinho ou fruta. Giotto foi contemporâneo do grande poeta Dante Alighieri que escreveu “A Divina Comédia”. Dante Alighieri se refere ao Giotto na “Divina Comédia” como o “meu amigo pintor Giotto”.
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Os irmãos VAN EYKES pertencem à pintura FLAMENGA (de Flandres que é hoje a Bélgica). Eles estão enterrados em Brujes. Eles romperam com tudo, porque foram os inventores da pintura à óleo. Até então se pintava à fresco, encáustica, etc. Pintavam em paredes ou em madeiras para poderem transportar. Quase todos os dicionários falam que eles foram os inventores da pintura à óleo, mas na verdade eles descobriram que um padre italiano tinha descoberto a fórmula da tinta mas que estava faltando um aglutinante. Os irmãos VAN EYKES vão descobrir esse aglutinante que era “o óleo de amêndoas”. Na realidade eles só aprimoraram a fórmula. A pintura com tinta a óleo era fantástica por permitir ao pintor que pudesse corrigir os erros. Eles pintavam admiravelmente bem. É bom lembrar que junto com o Renascimento, na Itália, a pintura Flamenga Renascentista foi muito importante. Os irmãos Van EYKES descobrem que a luz também é muito importante. Eles pintavam o ar, a luz “condicionados ao momento”. Os italianos vão copiar a fórmula. A pintura flamenga vai reinar em Florença. A arquitetura Renascentista: BRUNELESCHI, um dos maiores arquitetos de todos os tempos. Ele era ambicioso e queria ser muito conhecido. Foi o iniciador da arquitetura da renascença que vai permanecer por mais 500 anos. Quando ele aparece, a Cúpula da Catedral de Florença não tinha sido construída. Até 1900 vai ser usada essa Cúpula. Essa Cúpula é anterior ao ano de 1500. Ele foi para Roma estudar estudar o Pantheon antigo, o belíssimo “Domus”, quando bolou a grande Cúpula da Catedral de Florença que vai ficar para o resto da vida. Obs. : Raphael está enterrado no Pantheon, em Roma. Michelângelo vai se basear na Cúpula de Brunelleschi para fazer a Basílica de São Pedro. O resto do mundo vai copiar essa Cúpula de Brunelleschi. A cúpula do Pantheon tinha muita sustentação, era quase Gótica e Brunelleschi vai simplificar essa estrutura criando um novo eixo. Volta para Florença onde vai ficar muito rico. RAPHAEL DE SANTI nasceu em 1483 e morreu em 1520. Nasceu na cidade de Urbino, Itália. Uma região com paz e prosperidade. O pai de Raphael era um medíocre pintor, mas que vendia bem. Por ser pintor estimulou o filho a ser pintor também. O Médicis compraram muita obra do pai de Raphael, que se chamava Giovani de Santi, e suas obras podem ser vistas hoje nos Museus. Giovani de Santi que era muito amigo do grande pintor Perugino, muito badalado na época, vai apresentá-lo a seu filho. Raphael vai ser aprendiz do Perugino. Escola Renascentista funcionava assim: Todo grande pintor, escultor, arquiteto, abria um grande atelier.
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Quando uma pessoa ia estudar com o grande pintor ou escultor, começava-se primeiro como se fosse um “office boy”. O aprendiz comprava as tintas, comida, como se fosse um empregado. Depois passava por um estágio de uns 3 meses onde ele aprendia a montar as telas. Fazia o chassis. Depois disso iria aprender a desenhar. Quando chegava a fazer os desenhos com perfeição, podia optar pela escultura ou pintura. Os aprendizes pintavam quase toda a obra, com exceção dos rostos que era sempre “Mestre” que terminava. Rubens tinha 150 ajudantes. Os grandes artistas podiam aprender uma técnica nova, mas já tinham o seu próprio estilo. Raphael vai saber descobrir seu estilo. Os outros alunos de Perugino só vão conseguir copiá-lo. Essa técnica de ensino vai ser retomada na BAUHAUSS mais tarde. Raphael com 10 anos perdeu sua mãe e o pai vai morrer quando ele tinha 14 anos, tendo que morar com seus tios maternos. Como o pai era um homem muito querido, ele vai receber muita ajuda dos amigos do pai e de Perugino. Vai ser muito rodeado por artistas. Aos 18 anos vai para Florença e começa a receber fama por pintar muito bem e rápido. Era muito rápido, criativo e responsável. Aos 21 anos já estava famoso. Raphael chegou em Florença na época em que Leonardo da Vinci e Michelângelo estavam na cidade, pois tinham recebido uma encomenda para pintar a “Câmara dos Vereadores”, a qual nunca foi feita, em 1504. Raphael disse que iria aprender com esses pintores, apesar de já ser um grande pintor. Ele era um homem muito bonito, cordial, meigo, simpático, carinhoso, carismático, tornando-se muito popular rapidamente. Começou a pintar as “madonas” que são muito especiais. “A Virgem Maria” vai ser adotada por muitos anos depois, até hoje. Ela vai ser um clássico de Raphael. Ela passa uma certa sensualidade. As “madonas” são belezas idealizadas em cima da Grécia, apesar de serem humanas e meio sensuais. Não são míticas. Com isso ele ficou famoso por pintar pela primeira vez “madonas” tão lindas. Em 1509 Raphael foi de Florença para Roma. Entre 1508 e 1509 era a época em que Michelângelo estava pintando a Capela Sixtina. Quando Raphael chegou lá, ele vai pintar os quartos, salas que são chamadas de “STANZI”, a pedido do Papa Júlio II, na Capela Sixtina. Eram chamados também de lojas. Vai pintar com mais de 50 ajudantes. Quando você entra na Capela Sixtina você vai passar por vários quartos, quase todos pintados por Raphael. O Papa Júlio II é o mesmo que encomendou para Michelângelo, a Capela Sixtina. Raphael vai ser muito querido, rico, famoso, badalado, bissexual (não se sabe ao certo). Raphael foi perfeito no desenho e na composição. Ele tinha o quadro mais perfeito em composição de todo o Renascimento. Morreu jovem aos 37 anos, no dia de seu aniversário, em uma sexta-feira Santa. Viveu como um príncipe. Dizem que o papa fez dele um Cardeal, após sua morte.
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Raphael está enterrado no Pantheon , em Roma. Existe em seu túmulo uma frase muito bonita em latim: “Aqui jaz Raphael: quando vivia a natureza temia por ele ser vencida. Agora que está morto, ela própria teme morrer.” LEONARDO DA VINCI nasceu em 1452 e morreu em 1519 , aos 67 anos. Era do signo de Áries. Ele era arquiteto, mecânico, urbanista, engenheiro, químico, escultor, botânico, físico, geólogo, matemático, precursor da aviação, da balística, da hidráulica, inventor do escafandro, pára-quedas, isqueiro, lâmina de barbear (ele tinha uma barba muito cerrada), ponte-pêncil, brinquedos com corda, porcas e pintor. Quando Leonardo da Vinci nasceu, a Itália não era essa Itália de hoje. Era uma Itália calma e tinha acabado o Império Bizantino. Os turcos tinham conquistado Constantinopla. As rotas da Europa para o Oriente foram fechadas. Tudo o que existia do Oriente na Grécia passa a não existir mais por muito tempo. Com isso termina a Idade Média. Quando ele tinha 16 anos, Leonardo da Vinci, já desenhava e pintava muito bem. O seu pai disse que já que ele tinha nascido com esse dom ele deveria estudar mais. Leonardo da Vinci vai estudar com Verocchio, na cidade de Florença. Verocchio foi um grande pintor. Obs: Leonardo da Vinci foi modelo de “David” para o Verocchio. Além do talento, Leonardo da Vinci, tinha 1,90 m de altura e era provavelmente bissexual. O grande escritor George Vassari, escreveu muito sobre Leonardo: “Seu encanto, sua generosidade e seu espírito brilhante não eram inferiores à beleza de sua pessoa. Ele era o árbitro em todas as questões que diziam respeito a elegância, e em particular, em tudo o que se referia também ao espetáculo. Cantava admiravelmente bem, fazendo ele próprio o acompanhamento na lira que ele havia inventado e com isso deliciava a corte inteira.” Obs.: No Epcot Center, tem o “Leonardo da Vinci” que está pintando a Monalisa enquanto ela balança o pé, cansada de esperar ele pintar. Vai pintar por 5 anos a Monalisa, que era esposa de um comerciante amigo dele. Vassari vai ser o Historiador dos Pintores. Leonardo cantava e também escrevia muito bem poesias. Quando ele morreu foi uma aflição para todos os seus amigos. Tem um outro grande escritor que se chama GARDIANO e que escreveu o seguinte sobre Leonardo: “Ele era tão excepcional e tão ricamente dotado que a natureza parecia ter logrado um milagre em sua dotes pessoa. Não apenas de suaobeleza que era enorme, mas com também entre outros numerosos de por quecausa a natureza havia física, provido e que ele se valia a perfeita maestria. “ Segundo Gardiano, Leonardo da Vinci era considerado em seu tempo uma obra prima da natureza, uma perfeita obra de arte. Era um homem muito vaidoso. Dizem que sua beleza abriu muito as portas para ele, mas também serviu de obstáculo. Leonardo tinha muitas vantagens ao ser tão bem dotado, despertando muita inveja das pessoas.
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Vassari fala o seguinte: Leonardo tinha um ar tão imponente que só de vê-lo a tristeza desaparecia. Muitas pessoas o elogiavam por ser filósofo, artista, cientista, outros apreciavam a sua presença. Com Verocchio ele aprendeu tudo na pintura, escultura, mas era muito pouco para Leonardo. Ele queria saber mais e saber por que as coisas existiam. Tinha uma mente extremamente cientista, do século XX. Com sua cultura universal, Leonardo elaborou projetos que levaram séculos para serem aprovados como a asa delta, o helicóptero, o escafandro, etc. O ideal de Leonardo da Vinci era atingir a verdade por experiências objetivas. Ele fez um projeto urbanista fantástico para a cidade de Milão, com calçadões, vias elevadas, quiosques. Não foi feito porque cobrava muito caro o que ele fazia. Tudo o que ele fazia e criava, era desenhado. Leonardo da Vinci consegue ser o Mestre da pintura com apenas 8 telas. Apenas essas 8 obras foram cientificamente comprovadas em sua autenticidade. As outras pinturas existentes não possuem essa certeza. As duas grandes pinturas que ficaram mais conhecidas foram a “Monalisa” (Gioconda) e a mais reproduzida no mundo todo que é a “Última Ceia”. Leonardo da Vinci pintava com requinte, fazia muitos esboços, desenhava tudo dentro das regras do renascimento, tudo perfeito. Só que muitas vezes ele não terminava a obra porque tinha muitos outros projetos na cabeça. Ele começava a fazer uma coisa e depois parava para fazer outra, deixando muitas obras inacabadas. A “Adoração dos Reis Magos “, que está no Vaticano, está inacabada. As pessoas posavam para ele e ele também tinha muitos auxiliares. Leonardo dissecou mais de 30 cadáveres. Quase foi preso por causa disso. Ele queria estudar anatomia para poder pintar melhor. Ele queria saber por exemplo quantos tons de vermelho ele podia fazer. Obs.: A conceito de “tom” só aparece no Renascimento após a invenção da tinta à óleo pelos irmãos Van Eykes. Antes do Renascimento não se falava em “tons”, mas em cores. Leonardo da Vinci era também um músico. Inventou um órgão movido à água, que pode ser visto ainda no Museu do Vaticano. Pintou a Monalisa, segundo os historiadores, enquanto tocava esse órgão. Muita informação do que se sabe são relatos de seus alunos que o adoravam e escreviam tudo sobre ele. Ele era canhoto e escrevia direita paraacham a esquerda. Os seus só poderiam serpouco lidos através de um espelho. Os da historiadores que, por suas escritos descobertas serem um avançadas para a época, ele tinha um pouco de medo de escrever de forma muito legível. Em todos os escritos aparece sempre um dizer “o sol não se move”. O que significava uma antecipação da teoria de Copérnico que diz que “a Terra é que gira ao redor do Sol”. Se a inquisição soubesse disso, eles o matariam.
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Uma de suas obras muito importante é “A Virgem dos Rochedos”, onde ele vai usar muito claro-escuro. Ela tem um sorriso muito enigmático. Existem duas obras da “Virgem do Rochedo”, uma se encontra no Louvre e outra na National Galery de Londres. As duas são de Leonardo da Vinci. Durante séculos as pessoas ficaram se questionando qual era a verdadeira. Descobriram que a obra que está no Louvre, Leonardo da Vinci pintou sozinho. A obra que se encontra em Londres, Leonardo começou a pintar quando foi chamado para ir à Milão e teve que interrompê-la. Ele pediu que o seu auxiliar a terminasse. Leonardo falava que tudo para ele tinha alma. Dentro de suas pesquisas tudo é baseado no animismo. Anima é alma. Na obra “Virgem dos Rochedos”, ele falava que os rochedos tinham alma. Tudo que é natureza tem alma, como o metal, os vegetais, etc. . Freud estudou muito sobre Leonardo da Vinci. Ele é ainda muito pesquisado pois estava muito à frente de sua época. A obra “Última Ceia” tem 9 metros de largura por 4,20 m. de altura. Levou 3 anos para ser feita. Tem uma intenção muito dramática. A cena é sobre Jesus que estava falando: “Um entre vós me trairás”. Cada um dos apóstolos tem uma expressão muito forte, de dúvida, indignação, de pergunta, onde a única pessoa que está calma é Jesus. “Jesus” vai estar no centro do quadro, por ser Renascentista. Antes de pintar essa obra, Leonardo da Vinci estudou muito como os surdos e mudos se comunicam através dos gestos. Esse estudo era para ele saber passar aquele “espanto” e todas as expressões somente através dos gestos. A OBRA GIOCONDA: A Monalisa é como se fosse um ser vivo. Ela parece mudar toda vez que você a olha, parecendo sobrenatural. Uma hora ela parece sorrir, outra hora parece estar triste. Leonardo da Vinci descobre a técnica do “SFUMATO”, isto é, ele não vai terminar nem os olhos e nem a boca, você é que vai terminar a obra. Os cantos dos olhos e da boca são esfumaçados, sem contorno definido. O que é Sfumato? É coisa indistinta, não terminada, portanto uma obra em aberto. Se for bem observada a obra, a linha de fundo da direita está em diferente altura da linha da esquerda, o que é proposital para dar o movimento aos ombros. O fundo do quadro é completamente impressionista, já em 1500 D.C.. O horizonte do lado esquerdo parece estar mais baixo que o direito. Quando você olha o lado esquerdo, o ombro parece estar mais alto, mais ereto do que o ombro do lado direito, que parece estar mais solto. No final de sua vida, ele estava doente e com dificuldade de articulação nas mãos (quase todos os pintores tem problemas articulação). Começou a pintar cadaFazia vez menos. Saía no temporal para verdecomo aconteciam os relâmpagos. também muitas outras experiências. O rei francês Francisco I admirava muito Leonardo da Vinci. Não está muito claro porque Leonardo da Vinci foi viver os últimos anos de sua vida no Castelo na cidade de Amboise, em Clos Lucé. O rei Francisco I vai sempre visitá-lo. Leonardo leva consigo quase todas as suas obras, inclusive a Monalisa.
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Ele fala que não quer receber visita de ninguém, nem dos seus alunos. Quer ficar isolado. Ele tem um discípulo chamado Francisco Melzi que herdou de Leonardo quase todos os desenhos, estudos e anotações de Leonardo da Vinci. Dizem que ele tinha caso com Leonardo da Vinci. Ele ficou com 1200 desenhos e que isso era a terça parte da produção de Leonardo. Entre esses desenhos que ele deixou para Francisco Melzi tem o “Código de Urbino”, “Código de Atlantis”, vários desenhos de como ele fazia a geometria (explicando tudo o que aprendeu de geometria através de suas pesquisas), sobre a transformação de sólidos, sobre a formulação de teorias sobre o centro de gravidade dos sólidos, e assim enunciou 2 teoremas fantásticos sobre a geometria. Inventou o compasso de proporção. No campo da física ele trabalhou muito sobre a dinâmica e baseou seus estudos na leitura de Aristóteles. Estudou, na física, os efeitos do atrito e sobre as condições de equilíbrio num campo inclinado, sendo usado depois para elaborar a obra “Monalisa”. A partir do vôo dos pássaros, determinou os princípios para a construção de um aparelho mais pesado que o ar e capaz de voar aproveitando a força do vento: asa-delta, planador, helicóptero e pára-quedas. Ele foi um grande projetista militar. Ganhou muito dinheiro com desenho de canhões, metralhadoras, carros de combate, barcos para a guerra. Estudava qual a melhor forma de abordar um barco grande através de um pequeno. Inventou máquinas hidráulicas para limpeza e drenagem de rios e canais. Inventou máquinas de afiar, perfuratrizes, etc. No dia 2 de Maio o Rei Francisco I vai visitá-lo ao saber que ele não estava passando bem. Deitado na cama, com várias pessoas ao seu redor, Leonardo recebe o rei (jovem) que ao se aproximar dele e sustentando a sua cabeça em seus braços, Leonardo vai dizer-lhe que não reconhecia honra maior do que morrer nos braços de um rei. Fechou os olhos e morreu. Eles eram muito amigos. Obras autênticas de Leonardo da Vinci: Monalisa, no Louvre Madona Benois, está no Museu de Hermitage, Leningrado ( ex-Rússia). São Jerônimo, está no Museu de Vaticano, inacabado. Adoração dos Magos, National Gallery de Washington. Virgem dos Rochedos, Louvre (Paris) e National Gallery de Londres. São João Batista, no Louvre. Sant’Ana, Maria e o Menino Jesus, no Louvre (ao lado da Monalisa) Anunciação, no Louvre em Paris Esboço de “Sant’Ana e a Virgem” que é um desenho que está no National Gallery, Londres. (deve 1.80 mde (+/-) A Últimaem Ceia, está em um ter refeitório uma Igreja em Milão. Esta está muito ruim pois Leonardo da Vinci não se preocupou com o tipo de tinta que usou. É um afresco que está muito deteriorado. Já fizeram até galinheiro nesse refeitório. Obs.: Muitos desenhos de Leonardo da Vinci podem ser encontrados no Castelo de Windsor, na Inglaterra.
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HYERONYMUS BOSCH Nasceu entre 1450 ou 1516, ninguém sabe ao certo. Se Bosch nasceu em 1450 ele deve ter morrido em 1516, mas se ele nasceu em 1516 ele morreu em 1566. Só se sabe que ele nasceu onde seria hoje a Holanda (a cidade tinha o nome Bosch) e viveu 66 anos. A sua pintura era muito diferenciada e misteriosa, pois foge completamente do estilo da arte Renascentista. Ele nasceu na época do Renascimento, mas é considerado um grande Surrealista. Era filho e neto de pintores. Casou-se com uma órfã muito rica, feia e religiosa. Muitas de suas obras foram destruídas pelos protestantes em 1629. As obras que escaparam foram para a Espanha, levadas pelo Rei Felipe II. Uma dessas obras é a famosa “Os Sete Pecados Capitais”, toda feita com incrustação em pedra, sobre uma mesa redonda, onde vai representar todos os pecados capitais: vaidade, ira, gula, avareza, inveja, luxúria, preguiça. Outra obra importante é a pintura do “Jardim das Delícias”. É uma pintura sobre “o céu e o inferno”, muito surrealista e muito simbolista. Bosch cria a SEITA ADAMITA : “os irmãos dos espíritos livres”. Essa seita dizia que o homem tinha que fazer todos os pecados na Terra para ganhar o Céu. Com isso todo mundo queria se afiliar à Seita Adamita. A inquisição não o impediu porque os Reis o protegeram. As suas obras só vão ser destruídas pelos protestantes por volta de 1600 D.C.. Dalí dizia que o grande “Papa” do surrealismo era Bosch. Ele estava a 400 anos adiantados para sua época. MICHELÂNGELO Nasceu em 1475 e morreu no dia 6 de março, em 1564, aos 89 anos. Ele era 23 anos mais jovem que Leonardo da Vinci e viveu mais 45 anos após a sua morte. Michelângelo era neurastênico, masoquista, hipocondríaco, homossexual, incrível como escultor, um dos maiores pintores e desenhistas de todos os tempos, enfim, um gênio. Tinha uma inesgotável capacidade criadora. Foi escultor insuperável. Vai revolucionar no campo da pintura com a obra que faz para a “Capela Sixtina”. Era também um grande poeta. O seu trabalho na pintura, escultura e poesia é considerado do mesmo nível dos trabalhos de Leonardo da Vinci e Raphael. Os três são considerados os maiores artistas do Renascimento. Ele foi estudar com o grande mestre “Domênico Ghirlandaio”, grande pintor da época, da mesma forma como todos os pintores faziam na escola renascentista. Vai aprender todas as técnicas do ofício em desenho, pintura, escultura. Ele não ficou muito satisfeito com o que aprendeu, pois não gostava arte renascentista (toda centralizada, certinha). Ele tinha uma idéia bem diferente de arte. da Resolve estudar as esculturas gregas da antigüidade dajácoleção dos Médicis (os mecenas). Quando ele começa a estudá-las, descobre ter uma afinidade muito grande com a Grécia e que ele era escultor da “figura humana”. Resolve, não tanto como Leonardo da Vinci que dissecou 33 cadáveres, dissecar também para conhecer melhor e se aprofundar mais na figura humana.
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De repente a figura humana não tinha mais segredo para ele. Vai pintar e esculpir com perfeição. Michelângelo era um homem feio, baixo, narigudo e muito triste. Vai ser um grande mestre da figura humana, conseguindo recriá-la. Ele era tão bom ou talvez melhor do que os escultores gregos como Fídias (que fez o Parthenon) e Praxiteles, que foram grandes escultores do classicismo. Era um homem passional (brigava, reclamava e ia a fundo com tudo) e solitário. Essa paixão, esse traço violento, vão ser muito fortes em sua pintura. No fundo, ele era um romântico. Não conseguiu se relacionar com ninguém por não se aceitar como era. Teve um pai bastante violento. Sua uma família era aristocrática, na região de Florença, e o pai não admitia que o filho fosse artista. Michelângelo insistiu tanto que conseguiu estudar arte. Ao estudar com os Médicis, fica muito amigo da família, participando muito dos “Saraus Culturais” onde conversava sobre filosofia, estética, etc. Estudou muito sobre Platão, Sócrates, Sófocles, filósofos e dramaturgos gregos e também sobre os grandes mestres. Tinha um temperamento muito irrequieto, temperamental e dizia que não tinha paciência com a mediocridade alheia. Michelângelo tinha um amigo chamado Torrigliani, que estudava junto com ele, na casa dos Médicis. Ao se envolver em uma briga com esse seu amigo, Michelângelo recebe um soco no nariz, que vai ficar quebrado e torto para o resto de sua vida. Foi um estigma muito grande para um homem que gostava muito de beleza, ter um nariz torto e ficando muito feio. Com isso vai fazer esculturas e pinturas belíssimas de seres humanos para compensar a sua feiura. Aos 30 anos já era conhecido como um dos grandes mestres da escultura. Foi aí que a cidade de Florença convidou Michelângelo e Leonardo da Vinci para pintarem o grande painel na Câmara dos Vereadores. Infelizmente a obra nunca foi executada porque Leonardo da Vinci foi chamado em Milão fazer o projeto ‘’urbanístico” que não deu certo e Michelângelo foi chamado pelo Papa Júlio II em Roma para trabalhar lá. Existe uma cópia em Florença feita por Michelângelo, da pintura que ele ia executar com Leonardo da Vinci. Leonardo da Vinci também fez uma descrição comentando sobre esse episódio. De outra forma, não saberíamos o que eles iriam fazer. Quando Michelângelo chegou em Roma, o Papa Júlio II pede à ele que fizesse o maior túmulo do mundo para quando ele morresse. Sugestão: Assistir ao filme “Michelângelo” que tem nas locadoras de vídeo. Michelângelo pediu para ir Vai atéficar a cidade de Carrara mármores) porque (estudando iria fazer o túmulo todo em mármore. em Carrara para (cidade escolherdos as peças de mármore os veios) por mais ou menos 11 meses. Ao voltar o “Papa” fala que não vai mais querer que faça o túmulo. Michelângelo fica muito desgostoso e decide não voltar mais à Roma. O pai de Michelângelo vai intervir pedindo ao “Papa” que fizesse alguma coisa para ajudar o seu filho que estava muito desmotivado. O “Papa” vai chamá-lo novamente em Roma e pede à Michelângelo que pinte uma Capela para
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ele. Michelângelo respondeu: ”Mas eu sou escultor e não pintor”. Essa Capela tinha sido mandada fazer pelo papa “Sixto IV”, que em sua homenagem recebeu o nome “Capela Sixtina”. A Capela Sixtina já era decorada, dos dois lados, nas paredes laterais, pelos grandes pintores Boticelli, Guirlandaio e Perugino. O papa pede que ele pinte o teto e o fundo da Capela. Era o que tinha sobrado de parede sem pintura. Michelângelo aceita pintar somente o teto. Teve muitos ajudantes, mas que durante o trabalho vai brigar com todos eles ficando sozinho para continuar. Fazia o desenho no chão e depois subia nos andaimes para desenhar tudo novamente lá em cima e pintar. Michelângelo brigava muito com o “Papa” e seu pai vai pedir à ele que tivesse muita paciência com o seu filho. Vai pintar no teto da Capela Sixtina, os “doze apóstolos”, em nicho, como se fosse a própria arquitetura, deixando o observador na dúvida. É como se fosse “tromp’oleil”. O esforço físico para ele fazer a obra era incrível. Ele deitava e passava dias assim. Vai colocar imagens de profetas, baseados no Antigo Testamento, alternando isso com Sibilas (são as moças muito bonitas que ele faz). Pintou todas essas figuras de homens e mulheres como se fossem pessoas comuns e não “santos”, em diversas atitudes, conversando, discutindo, escrevendo, lendo, etc. São episódios que vão desde a criação do homem, o dilúvio e a embriaguez de Noé. Tentaram saber se era alegoria o que ele pintava porque ele fugia muito da história que existia na Bíblia. Chegaram à conclusão que criava muita coisa apenas para preencher o espaço vazio que existia. É praticamente impossível um ser humano fazer o que ele fez em apenas 4 anos. Ele pintava as moças com corpo de homem, com músculos desenvolvidos e cabeça de mulher. Ele não conhecia muito bem o corpo feminino. Essa obra foi iniciada em 1508 e terminada em 1512. Ao terminá-la, o Papa vai pedir de novo para ele fazer o túmulo. Michelângelo vai então à Carrara, volta com o mármore e começa a fazer a figura de Moisés. Quando ele termina Moisés o Papa Júlio II morre e o túmulo não fica terminado. Essa obra vai ficar incompleta. Ele fez muitas outras obras incompletas porque, pelo grande artista que era, tinha pena de estragar o mármore da obra que estava esculpindo quando encontrava um veio bonito. E, não tendo coragem de eliminá-lo, vai parar a obra para não estragar a natureza. Pegava outro bloco e começava outra obra. Vai ser encontrada muita obra incompleta dele nos Museus do Louvre, Galeria Ufizi (em Florença), etc. Trinta anos após terminar o teto da Capela Sixtina, ele volta para pintar o fundo da Capela com a obra “O Juízo Final”. O “Juízo Final” é uma visão terrível do fim do mundo. Michelângelo vai pintá-la já de uma forma bem diferente da pintura que fez no teto da Capela. É uma forma quase expressionista de pintar. Você vai observar “Cristo” irado e “Nossa Senhora” se escondendo atrás Dele.
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O teto da Capela é feito em estilo mais acadêmico e o fundo dela de um estilo mais expressionista, distorcendo um pouco as formas. O final de sua vida ele vai ser muito expressionista. A primeira escultura “Pietà”, vai fazer com menos de 25 anos. As outras “Pietà”, são completamente expressionistas. Entre 1555 e 1559 no Pontificado de Paulo IV, que era um Papa muito chato, as figuras da pintura de Michelângelo na Capela Sixtina foram todas vestidas a pedido dele. Depois em 1559, pediram para tirar as roupas novamente. Sua grande obra, que ocupou toda a sua velhice, vai ser a grande Cúpula na Basílica de São Pedro. Somente a Cúpula será de estilo Renascentista, o resto da Basílica é de estilo Barroco. Ele desenhou e projetou a Cúpula, e esta foi executada por outros. A “Pietà” se encontra embaixo dessa Cúpula (onde tem uma clarabóia). Obs.: Todas as esculturas do lado de fora da Basílica foram feitas pelo Bernini, na época do Barroco. Michelângelo era muito religioso e apesar dele cobrar muito caro o seu trabalho vai fazer esse projeto sem cobrar um tostão. Disse que essa obra ele a fez “À Serviço de Deus porque era um presente dele para Deus e de Deus para ele”. Era considerado, em vida, já um grande mestre. Chamavam-no de “Divino”. Ele só fez a pintura da Capela Sixtina, algumas esculturas, e uma obra que está na Galeria de Ufizi em Florença.
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MANEIRISMO Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos. Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento. Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo. Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias. ARQUITETURA A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração. Principais características: Nas igrejas: · Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade. · Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.
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Nos ricos palácios e casas de campo: · Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento. · A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação. Principais Artistas: BARTOLOMEO AMMANATI , (1511-1592), Autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa na Porta del Popolo. a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens. GIORGIO VASARI, (1511-1574), Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As Vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados. Sob a proteção de Aretino, conseguiu realizar uma de suas únicas obras significativas: os afrescos do palácio Cornaro. Vasari também trabalhou em colaboração com Michelangelo em Roma, na década de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucesso que se seguiram várias edições. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura. PALLADIO, (1508-1580), O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria se dedicar à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco.
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PINTURA É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte. Principais características : · Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente. · Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorsões absolutamente impróprias para os seres humanos. · Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes. · A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis. · Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva, · mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.
Principal Artista: EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras. Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana. Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da corte.
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BARROCO O Barroco é um estilo muito ligado a acontecimentos históricos, religiosos, econômicos e sociais. O Barroco surgiu para combater a reforma religiosa. Começou em Roma e espalhou-se por toda a Europa indo depois para a América, ficando muito bem na América do Sul, Central. É um movimento muito forte. Como estilo ele é ambíguo. Ele é movimento, ansioso, novidade, uma audaciosa mistura de estilos. Surgiu bem no auge do Renascimento que era muito racional, bem comportado. O Barroco apela muito para sensações, emoções, fantasias, enfim, para os sentidos. A luz é fundamental (contrastes da luz). Vamos ver muitos efeitos luminosos como os de: Rubens, Velásquez, Caravaggio. No Barroco a escada é muito importante porque elas dão movimento. As Igrejas Barrocas tem sempre escadarias. A composição Barroca tem sempre linhas inclinadas. É muito movimentada e dinâmica. A cenografia é muito forte. A pintura Barroca é muito teatral. Vai ser o estilo do Barroco. Barroco fazer a arte dos jardins. Jardins à francesa. O jardim é fundamental. Versailles é o protótipoédo jardim à francesa. A arquitetura pintada vai ser muito usada. Em todos os países as igrejas vão ter salões pintados com cenas arquitetônicas que levam ao infinito, ou melhor, dão a impressão de levar ao infinito. Essa pintura é chamada de TROMP'OLEIL (engana olho). Você olha e pensa que está vendo uma coisa que na realidade não existe. Ex. pintura de uma cortina na parede que não existe. No Barroco vai haver uma fusão de diferentes estilos da arte. Vão pegar um pouco do renascimento, do homem primitivo, etc. Ex. A Piazza Navona, na Itália. Ela tem esculturas Barrocas e, no centro, um obelisco egípcio. Tem também muita água e muita luz. O dourado e o espelho também vão ser muito importantes no Barroco. Estilos da época do Barroco: Igreja - catedral Palácio da cidade Palácio do campo Vai surgir nessa época a preocupação com o urbanismo. Procuram fazer as ruas de forma a irem todas de encontro com a Igreja. Não era assim no Renascimento. O Barroco é mais que um estilo de arquitetura, mais que uma pintura, é gosto também. É uma atitude de encarar a vida, encarar a arte. Temos a música e o teatro Barroco. Vai mostrar o espírito da contra reforma e reforma que vai acontecer na igreja católica. Os católicos tinham uma preocupação maior com o esplendor mundano, mais do que com a fé religiosa. A arte Barroca não pode ser chamada de arte do absolutismo porque ela não é só do absolutismo. O Barroco atingiu o auge com Luís XIV na França, o "Rei Sol", "Eu sou o Poder". Ela é também descentralizada. Vai aparecer no mundo todo.
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O Barroco não é clássico, fez parte do classicismo, mas é muito ambíguo. O nome Barroco vem do nome Barrueco, que significa pérola torta. Artistas mais importantes do Barroco: Caravaggio Rubens (tinha 150 ajudantes em sua oficina de arte) Rembrandt Velásquez Cannaletto Jeorges de La Tour (pintor francês que usava muito a vela como recurso do claro-escuro) Jean Vermeer (holandês) Van Dick Vateaux Reinolds (inglês) Thomás Garburn (inglês) Goya (teve uma fase Barrôca)- começa acadêmico, barroco e depois expressionista Tiepolo No pontificado do Leão X (tem seu retrato pintado por Rafael), um grupo de homens piedosos (católicos) fundaram a congregação do oratório que iam purificar a igreja. Esse movimento desenvolveu-se rapidamente e esses homens resolveram que era muito importante criar um novo estilo de pintura para trazer de volta os fiéis que tinham abandonado a igreja. Isso acontece em Roma. Esses homens é que vão se converter mais tarde e fazer a inquisição. Vai começar aparecer esse nome em Roma, pois inquisição já existia. Vai aparecer também a ordem dos jesuítas em 1540 (Ignácio de Loyola). Eles seguem uma disciplina muito rígida, muito militar. Os jesuítas se tornaram uma arma eficaz para a igreja católica conseguindo trazer muitos fiéis de volta. Tinham muita disciplina e conseguiram trazer os hereges de volta. Os jesuítas irão depois para a América do Sul e levarão o Barroco para lá. A igreja e o estilo Barroco vem junto para as Américas: do Norte, Central e Sul. A igreja tinha que se renovar, que mostrar sua supremacia, sua obridade e autoridade apelarando para um caráter afetivo e grandioso no estilo. A arte Barroca é afetiva e grandiosa. Uma obra Barroca é fantástica com seus contrastes de luz (claro, escuro), escadas (subidas e descidas), com suas fontes, o dourado. Ela é afetiva e puxa você para ela. Não é fria e nunca deixa você distante. Sendo assim, ela iria trazer de volta os fiéis. Quando se entra em uma igreja Barroca você sente aquela sensação intimista, ela tem muito coisa próxima a você. Igreja Gótica, como Notre Dame de Paris, muito grandiosa, podendo fazer parte do seu ser, Amas nunca poderia serasua. É tão grandiosa queépertence a humanidade. A igreja Barroca de Ouro Preto já faz parte do dia-a-dia da sua vida. O Mosteiro de São Bento em Olinda onde você vê as palmeiras é aconchegante e lembra cenas de casa. A escultura Barroca é dinâmica e a Gótica estática. O Barroco é afetuoso, grandioso e envolvente. No Brasil só existe o estilo Barroco. Nunca poderíamos ter uma catedral gótica porque em 1100 o Brasil não tinha nem sido descoberto. Renascentista também não, porque aconteceu em 1400.
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Temos uma ligação muito forte com o Barroco de Lisboa. Aleijadinho é o maior artista barroco mineiro. É em Minas Gerais que ocorre o Barroco mais forte no Brasil. O Barroco é a busca da fé pela emoção dos sentidos. A Igreja foi o primeiro cliente dos arquitetos, escultores e pintores do século XVIII. O objetivo essencial da arte é provocar o fervor das multidões. A arte vai então tender para o espetáculo. Como eles não tinham distração procuravam fazer espetáculos através do estilo barroco. Fazem pintura na abóbada da igreja como se ela fosse aberta para o céu (Tromp’Oleil). Veneza também foi um grande local de arte Barroca. Um dos principais pintores Barrocos de Veneza foi Canaletto que nasceu em 1697 e morreu em 1768. Vai ser muito fiel à sociedade de sua época pintando os carnavais, os espetáculos, etc. Ele se torna um pouco cansativo por pintar muito os canais de Veneza, tanto que seu nome ficou conhecido como Canaletto. Vai pintar o Palácio dos Dodges, o grande canal e toda a panorâmica de Veneza. Ficou muito conhecido pelos turistas que queriam levar retratos de Veneza. BARROCO NA FRANÇA O Barroco foi um movimento muito forte na época de Luís XIV. Barroco na França está muito ligado a ARISTOCRACIA, e na Itália está ligado a IGREJA. Existia uma concentração de poder muito grande com Luís XIV. Em 1599 Henrique II teve 3 filhos, os quais foram incapazes de manter a unidade do país (França). Daí com a chegada de Henrique IV, ele terminou com as lutas, reorganizou a França e deixou as Bases do Poder Absolutista para Luís XIV. Na época do Henrique IV, a arquitetura francesa era muito pobre. A arquitetura era feita de tijolos e pedras. As casas são só de tijolinhos, bem quadradinhas com o telhado em forma de ponta. O século XVII vai conhecer o seu apogeu com o Luís XIV. Ele subiu ao trono em 1643 bem criança e só começou a reinar em 1660, morrendo em 1715. Ele modelou a civilização francesa à sua imagem. A época clássica da arte francesa é a época de Luís XIV, embora ela seja Barroca. O termo "clássico" é usado para obras que suportam a passagem do tempo, ou para obras influenciadas pela antigüidade, ou ainda , sobriedade e reserva. Sóbria é uma obra clássica. Ao se aplicar o termo "clássico" ao estilo Luís XIV, vai ter todos esses significados e mais a emoção do Barroco. A época de Luís XIV é fantástica onde aparecerão apenas 2 grandes pintores: Nicolas Poussin Claude Lorrain Nessa a vida era totalmente ao fausto e ae majestade dele.do Mandou um palácio.época Chamou o arquiteto Bernini,subordinada de Roma, para ir a Paris fazer o projeto paláciofazer que não deu certo. Outro projeto que também não deu certo foi o do Louvre e suas modificações. Luís XIV ficou conhecido no mundo inteiro até hoje através de Versailles. Escolheu um lugar, jardim pavilhão de caça, para depois trazer a capital da França de Paris para Versailles. Ele sempre dizia "o poder sou eu". Ele era totalmente absolutista. Ele era muito forte "O estado sou Eu, o Deus sou Eu".
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A planta inteira de Versailles se concentra no quarto dele. Foram morar em Versailles com 11.000 pessoas. Todos tinham que acordar e deitar quando ele queria. Só se comia o que ele gostava, e ditava o menu para a semana toda. A aristocracia, os que estavam próximos à ele, tinham que aceitar o que ele determinava. menu. Existia uma escala onde as pessoas tomavam banho de 6 em 6 meses. Não tinha banheiro. Os escravos passavam uma esponja úmida no corpo deles à noite. Eles usavam pó de arroz por todo o corpo para ficar bem brancos. E à noite isso era retirado com esponja úmida. O Filme "Ligações perigosas" mostra esses rituais. Vão aparecer festas de “Petit Comittee” em Versailles. Vai surgir o servir à francesa. A peruca surge na Ópera em Paris. Como na ópera as perucas eram prateadas, brancas e douradas, eles passam também a usá-las em Versailles. Antes do Barroco, as pessoas comiam com as mãos, não tinha faca. No Barroco vai aparecer a lavanda, o guardanapo, as rendas nas roupas. A mulher vai ser muito importante e muito fútil. A arte vai se desenvolver na arquitetura, no imobiliário, na tapeçaria. Não vai ter grandes pintores. A comida era muito importante e feita como se fosse uma arte. Surge a langerie da mulher, calças, espartilhos. Foi feito um desfile de espartilho na corte, o que foi considerado um escândalo na época. Foi um acontecimento muito para frente, de vanguarda. Luís XIV deixou que o desfile acontecesse, fingindo não tomar conhecimento. Começam os desfiles de moda na França. Depois os desfiles de perucas (vindos de Paris), sapatos. Versailles começa a ditar a moda, todos queriam ter um “Versailles”. Todos queriam espelhos pela casa como os de Versailles. Os decotes eram generosos e a lingerie levantava o busto, como se o seio fosse pular para fora do decote. Surge também o perfume, sendo importante por causa do problema do banho. Eles trocavam muito de roupa. No grande salão, vão receber os grandes convidados de Luís XIV. Resolve depois receber só para os almoços aos domingos. Queria que todos esperassem ele passar quando fosse para a igreja com a família. Os desfiles passam a ser importantes. O "se mostrar", os espelhos são importantes nessa época sendo usados nas casas no mundo inteiro. As estátuas do lado de fora do palácio são imitações da antigüidade. Não surge nenhum grande escultor. Tudo é imitação de Roma e Grécia. Não tem nenhuma criatividade. A galeria dos espelhos e os belíssimos jardins assumem grande importância. Como não havia banheiro, o rei e a rainha iam para o mato e se limpavam com toalhinhas que eram vendidas para a corte. Os nobres desfilavam com essas toalhas ostentadas sobre os ombros. Quanto mais suja a toalha mais cara era. Obs. Um pouco antes na época de Henrique IV, houve uma peste onde morreu muita gente. Eles acharam que foi devido a água resultando um medo grande até hoje e consequentemente ao banho também. A mulher na época do Rei Luís XIV e Luís XV vai ser muito delicada e requintada.
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Tinham liberdade muito grande. Isso refletiu na arte onde irão pintar muito o “nu”. Vão acontecer muitos espetáculos com máscaras, peças de teatro de amadores (em Versailles). Vão fazer muito "quadro vivo". Ex.: Colocavam uma música de fundo e pessoas imitando um quadro de Velásquez ou Rembrandt. Foi uma época licenciosa, nunca ordinária. Até a libertinagem deles era galante, nunca vulgar. Muito requinte. Era violenta a troca de marido, namorado (eles não tinham o que fazer). Fizeram muitas tapeçarias lindíssimas. Todo mundo aprendia a bordar. Vão pintar muita porcelana, que vai ser também muito importante nessa época. Vão usar incrustações de todas as espécies nos móveis de madeira como laca, madrepérolas, e até porcelanas para enfeitar os móveis. Tanto os móveis como a tapeçaria são assimétricas, nunca simétricas (uma forma de identificar o estilo Barroco). São extravagantes. Tem que ter emoção e sensação. As mulheres tinham um hábito de se pintar que era quase uma paixão. Ninguém aparecia sem pintar os lábios, e o rosto branco (o carmim que era o rouge). Não apareciam nunca para ninguém sem estarem pintados, vestidos e sem peruca. E para isso precisavam de lacaios para ajudar (de 6 a 8). Ter um quadro nu em casa também era muito importante para ser contemplado. O nu passou a ser visto também no gobelain, nas porcelanas e antecamas. Sempre homens e mulheres com seios descobertos, braços e pernas enroscados. O ideal de beleza da época era moça gorda a partir dos 25 anos. Antes dessa idade elas tinham que ser muito magras. A mulher com 25 anos já era considerada madura. Ela tinha que ter muito leite. O homem queria sentir a "carne" da mulher. Quando ela encontrava um pretendente, fazia um regime de engorda. Era como se fosse um "Spa" para engordar. O ideal de peso para a mulher era 75 quilos. A Arte Clássica que é anterior ao Renascimento, usava formas lineares, rígidas e bem definidas, com a figura centralizada. Tinha conteúdo espiritual. O pensamento na época era científico e objetivo, conforme estudo feito em “Estética da Arte”. Na Arte Barroca existe muita liberdade com muitas curvas e diagonais. O sujeito é subjetivo. O pensamento ou conteúdo é poético. É uma arte que engloba outra série de estilos. BAROS= vem do grego e significa pesado, denso. BARRUECO= vem do espanhol que significa uma pérola com reentrâncias, irregular. O Barroco vai desde o século XVI, no auge do Renascimento, e chega ao seu apogeu no século XVII finalizando no século XVIII com o nome de Rococó. Rococó é o excesso do Barroco. O Rococó na Europa é o Barroco no Brasil. Com a revolta de Lutero, na reforma protestante, a igreja católica teve que rever suas atitudes com o Conselho de Trento. Para organizar o poder realizou-se a contra-reforma, a ordem dos Jesuítas em 1534 com Ignácio de Loyola. Foi na Espanha a época em que conquistaram quase o mundo todo. Os espanhóis depois perderam muito, inclusive a Holanda. Houve um naufrágio daquela invencível armada. Por sua vez a Holanda cresceu tanto que as perspectivas econômicas eram grandes. Foi tornando-se extremamente
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burguesa. A França, Áustria e Alemanha vão se tornar totalmente absolutistas. A ostentação toma conta da Europa. A França será o auge da ostentação com Luís XIV (rei-sol). Essa época vai ser marcada por sua dramaticidade e tragédia. A Igreja Católica irá dividir tudo entre o céu e o inferno. Nessa época vai haver muito medo do inferno. Eles chamam o homem para o igreja (o lado bom, o céu) através da arte espetaculosa, trágica, da emoção, sensação. Como naquela época não existia a mídia, essa era a sua forma de divulgação, o seu recurso. A própria arte trará de volta os hereges. Na Holanda, Bélgica e Espanha o Barroco vai atender muito bem os interesses da burguesia. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO BARROCO: 1.
Predomínio sempre do emocional sobre o racional.
2. Liberdade completa de criação no conteúdo, mais do que na forma. O artista se emancipa de qualquer regra ou padrão. 3.
A inspiração é muitas vezes popular. Ex.: a representação da sagrada família é feita como se fosse uma família comum. É o oposto do renascimento onde a representação da santa é diferenciada, com raras exceções. 4.
Dinamismo muito grande na composição com diagonal.
5. A linha vertical vai dominar a linha horizontal. Vai haver muito mais linhas do que horizontais, além da diagonal. 6.
verticais
Existe uma fuga do geométrico. Nada é muito concentrado. Vai haver um
entrelaçamento da arte, da escultura e arquitetura. Na Igreja barroca vai ter muita escultura na parte externa. No renascimento as Igrejas quase não apresentarão esculturas externas. 7.
Valorização do entalhe na pedra e na madeira.
8.
As construções de altares e retábulos vão ser luxuosamente decorados com aplicações em ouro e muita policromia (muitas cores). Retábulo - é o que fica na frente do altar, feito de madeira toda trabalhada. É o que divide o altar do resto da igreja. Tripo-retábulo, abre e fecha para ser transportado. Como para os escravos não podiam freqüentar a igreja, eles construíam Éopara seusrezar. retábulos rezar, transportando-o facilmente para suas casas. Os retábulos existem desde a época do bronze, com características diferentes.
9.
Volutas (origem grega). Quase todas as igrejas Barrocas tem volutas. .
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A igreja Santa Maria Maggiore em Veneza tem 8 cúpulas ligadas a 8 grandes
volutas.
10.
Frontão. Existe também sempre um grande frontão ladeado por 2 torres.
11.
A pintura tem violentos contrastes de claro-escuro. Inovaram o espaço pictórico através do claro-escuro. Nunca ninguém fez isso em arte
antes. 12. Faziam tentativas de sugerir o infinito através de Tromp'Oleil (engana olho), com perspectiva e profundidade ilusórios. Tinha a função de aumentar ilusoriamente os espaços e conseguir o infinito. Os palácios pareciam imensos e redondos. Eles faziam pinturas nas quinas das paredes para dar a impressão de serem arredondadas. 13.
Usavam muitas escadas, jogos de luz e muitas fontes. Tinham gosto pelo teatral. Era como se fosse um cenário.
O Barroco tem muito exagero, muito fausto, muita riqueza. Libera muita emoção na gente. O Barroco abraçou tantas ramificações artísticas que somente 200 anos atrás é que os historiadores chamaram esse acontecimento, no seu conjunto, de arte Barroca. Era uma mistura tão grande de estilo renascentista, egípcio, grego, etc, que ficou difícil definir na época o estilo Barroco. Temos os Barroco da Corte, das comunidades católicas e protestantes. O Barroco foi uma reforma na contra-reforma. Os países protestantes também a incorporaram por ter sido um movimento muito forte e bonito. O Barroco surgiu após a teoria de Copérnico que vai mudar para sempre o lugar do Homem no universo. A Terra, segundo Copérnico, é que se move ao redor do sol, não é mais o centro do universo. O Homem não é mais o único propósito da criação. O Barroco vai surgir nessa época com essa nova concepção, com novo sentimento de autorespeito, de orgulho. Isso tudo refletirá na arte ao saber que o Homem fazia parte de um mundo infinito, mostrando assim essas idéias através de luzes exageradas, impetuosas, em diagonal, como se realmente estivessem exprimindo o infinito. A História da arte mostra sempre o contexto do momento em que se está vivenciando. Ela abrange o científico, econômico A campo época Barroca foihistórico, a de maior liberação edosocial. ver, do sentir e da intuição. A arte Barroca é a arte que passa a reconhecer que “A regra é apenas uma norma, jamais uma lei". Picasso séculos mais tarde disse: "Na arte não existe regra de beleza. Beleza é o que o instinto e o cérebro vai reconhecer como belo".
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Fatos importantes que marcaram na época do Barroco A Inglaterra faz tratado de defesa com a Holanda em 1608 Em 1609- A Espanha reconhece a independência da Holanda. (A Espanha perde a Holanda). Em 1650- A Inglaterra importa chá da Índia, quebrando uma série de monopólios. Em 1656- começa a fabricação de meias (bem trabalhadas) em Paris. A Europa passa comprar meias só em Paris.
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Em 1626 a 1648- Acontece a guerra dos 30 anos que vai mudar muito a Europa. Em 1694- Estabelecimento do banco mais importante da Europa, o Banco da Inglaterra. Em 1675- surge o observatório de Greenwitch. Em 1678- vai ser reconhecido na França a profissão de cozinheiro-mor (tão importante como advogado). Depois cai a lei e retorna só em 1900. O cozinheiromor e confeiteiro-mor trabalham para o rei. Em 1679, na Inglaterra é criada a lei "ABIAS CORPUS" . BARROCO EM FLANDRES (Bélgica e Antuérpia) Pintura Flamenga é uma pintura de Flandres, jamais Espanhola. Na Bélgica se fala flamengo e francês. A pintura de Flandres vai ser muito importante no início do século XVII. O sul dos países baixos (Bélgica) continuava sobre o domínio Espanhol. É por esse fato que se usou o nome Flamengo, devido ao domínio espanhol que existia lá. Era o território mais rico dos espanhóis e que por ser espanhol continuava no seio da igreja católica. A pintura vai ser sobre a religião católica. A Aristocracia e a Igreja patrocinaram muito as artes e contribuíram muito para o surgimento do estilo Flamengo. Flandres recebeu muito bem o Barroco na pintura, menos na arquitetura. Os Flamengos viam no Barroco um pretexto para os ornamentos. Sendo assim, os edifícios na praça principal de Bruxelas é gótica na arquitetura, estrutura. Os ornamentos e a decoração externa é
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Barroca. Para não demolir a estrutura, eles a deixavam por trás e enfeitavam com dourados e volutas na frente. As casas da Holanda também tem estrutura gótica e barroco nos ornamentos da frente. A arquitetura belga e holandesa é gótica e a decoração tanto externa como interna Barroca. BARROCO NA HOLANDA As províncias do norte dos países Baixos (Holanda), também tinham pintura Flamenga. Eram os países pobres da escola Flamenga. No século XVII os Holandeses eram protestantes quase não vai aparecendo pintura religiosa. É uma enorme mudança que ocorre na História da Arte. Rembrandt, por exemplo, sempre teve sua inspiração nas escrituras. Só que os temas que escolhia eram baseados no que ele via. Ele tinha que colocar o contexto das escrituras mas sempre no que ele via. O tema vai ter liberdade total. Vai pintar sobre as pessoas que convive no dia a dia. Caravaggio vai usar o "santo" enquanto que Rembrandt vai usar o homem do povo. Os Holandeses guerrearam contra a Espanha para não aceitar o catolicismo. Eles venceram e permaneceram protestantes. Eles tanto lutaram que ilustraram mais sobre essas guerras, combates do que a fé protestante. O tema da pintura Holandesa portanto será sobre essa guerra que participaram. Vermeer pintou muito também sobre a realidade do cotidiano. Jamais veremos uma pintura Holandesa com cenas mitológicas, cenas históricas ou abstratas (liberdade, fé). As pinturas de Rubens sobre a religião católica, idéias abstratas sobre a fé e liberdade, só foram feitas sob encomenda. O Holandês não vai pintar nada mitológico. Pintavam retratos das pessoas e tudo o que fazia parte da vida daquela pessoa na obra. Os burgueses viviam em casas confortáveis mas bem menores que as nossas. Não gostavam de viver em palácios. É por isso que não se encontra muitos palácios na Holanda. Não eram faustosos e a obra de arte tinha que ser pequena para caber nas casas em que viviam. Eram portanto pinturas pequenas que retratavam o cotidiano da época. A Holanda era um país próspero, o povo era muito trabalhador e tinha uma imensa indústria leiteira que abastecia toda a Europa. Sabiam construir muito bem barcos os quais eram vendidos e utilizados para navegar por todo o mundo. Tinham também monopólio do comércio das especiarias. Essas especiarias é que conservavam os gêneros alimentícios. Era Quando os naviosfino faziam longas carne era conservada através desses condimentos. considerado ter um boi viagens em casaa conservado por condimentos. Rembrandt tem uma obra que mostra uma moça abrindo a porta e olhando para o boi pendurado. RESUMO: . Barroco na França - faustoso . Barroco na Itália - ligado ao catolicismo
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. A primeira igreja católica barroca foi construída em Roma e recebeu o nome "Il Gesú". PRINCIPAIS OBRAS ARQUITETÔNICAS DO ESTILO BARROCO NA EUROPA E NA AMÉRICA: Itália Roma - Igreja "Il Gesú" construída entre 1568 até 1577. Praça de São Pedro e colunatas em frente a Basílica - Construídos entre 1656 a 1665. Igreja de Santo André do Quirinau em Roma - construída por Bernini. É cenográfica com sua ampla escadaria na frente. Igreja de São Carlos das 4 pontes - planta de Borromini em 1667 - Roma. Obs.: A parte central da fachada nas Igrejas barrocas são sempre mais ricas que as laterais. Vão ter colunas, arcos, frisos, volutas, frontão grego. Obs.: A catedral de Milão é gótica e não barroca e a catedral de São Pedro é da época do renascimento. Igreja de Santo Inácio - Em 1645, Roma. Palácio de Brera, em Milão. Antigo colégio dos Jesuítas. Igreja de São Lourenço em Turim, na Itália. Igreja de Santa Maria da Saúde em Veneza, é de 1630. Holanda A grande praça em Bruxelas tem estrutura gótica e a decoração barroca. na fachada tem frontões, colunas, volutas. Amsterdã também é igual. Brujes- na Bélgica (chamada de Veneza do Norte), na praça do Mercado as casas tem frontões pontiagudos, portais ricamente esculpidos no estilo barroco. Igreja de São Carlos Borromeu em Viena, Áustria. É barroco mais tardio, sua construção começou em 1717 e terminou em 1737. Palácio principal de Viena. Monastério de Melk, à beira do Danúbio, próximo de Viena. Igreja de 4 andares, repleta de ouro. França Versailles, construído em 1668, com suas fontes, árvores em diagonal, escadarias, lagos. A galeria dos espelhos e o imenso pátio com esculturas que não eram famosas. Petit Trianon. Obs.: A arte Barroca Francesa é muito inspirada no classicismo, na arte de Fídeas, escultor e arquiteto grego da época clássica. Capela dos inválidos em Paris - de 1680. Espanha Palácio Real de Madrid é interno e externamente barroco, inclusive a decoração é quase Rococó. A Praça Maior em Salamanca, na Espanha. Parece dourada. Tem reentrâncias e muita forma côncavo-convexo.
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Portugal Santuário de Bom Jesus de Monte Braga. México
Catedral do México City. Igreja de São Domingos no México. Igreja da Companhia de Jesus em Cusco.
BRASIL: Igreja de São Francisco de Salvador Ordem Terceira de Salvador Catedral de Belém Igreja do Rosário, em Vitória Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Recife Igreja Nossa Senhora das Neves, em Olinda Convento e Igreja de Santo Antônio, em João Pessoa Igreja e Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro
MICHELÂNGELO DE CARAVAGGIO Nasceu em Milão no ano de 1573 e morreu em 1610. Não soube quem era seu pai. Tinha um temperamento muito impetuoso e mulherengo. Queria pintar a realidade tal como ele a via. Não tinha o menor respeito pela beleza idealizada pois ela tinha que ser verdadeira. É hoje considerado pela "estética da arte" como pintor naturalista, apesar do seu estilo barroco, porque pintava o natural e não o idealizado. É chamado pintor naturalista do estilo barroco. Estudou muito sobre a Bíblia. Pintou muitas encomendas religiosas de uma forma nada convencional para a época. Ex.: os apóstolos eram representados como trabalhadores comuns (o que eles realmente eram), trabalhadores braçais. Era como se os eventos sagrados acontecessem naquele momento. Era pintado de forma muito real. No século XVIII Caravaggio "saiu de moda". Após seu falecimento, achavam que sua pintura era estranha e a sua fama só voltou no século XIX quando foi considerado um dos maiores pintores Barrocos. Caravaggio foi muito briguento. cobrava quadros muito e gastava fácil dinheiro com presentes, mulheres e bebidas. Ele Brigou comseus padres e bispos se caro indispondo com a oigreja católica. Ficou muito pobre e muito doente, com sífilis. Caravaggio praticamente fechou o ciclo dos pintores italianos não aparecendo depois nenhum outro pintor importante.
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PETER PAUL RUBENS (1577/1640). Nasceu na Antuérpia, Bélgica. Classe média bem situada. Aprendeu logo a pintar e aos 23 anos em 1600 foi para Roma (paraíso dos pintores) onde ficou estudando por 8 anos. Volta à Antuérpia com 30 anos. Tinha muita facilidade com cores e com isso vai pintar muito bem o "nu". Era especialista em fazer o tom de pele (carnação) que parecia verdadeira. Tudo o que pintava era com perfeição, roupagem, jóias, etc. Foi o protótipo do pintor barroco. Pintava o que era faustoso. Sua pintura era bem vigorosa, sensual, decorativa e teatral. Tinha mais encomenda do que podia dar conta. Era um homem interessante e se relacionava muito bem com os católicos e com os protestantes. Era como se fosse um cônsul belga. Fazia amizade com todos. Abriu uma oficina de arte com 200 auxiliares. Cada um era encarregado de uma especialidade na pintura como, roupas, jóias, cabelos, etc. Ele fazia o desenho e depois terminava o quadro pintando o rosto e as mãos dando uma unidade geral da obra. Com isso ele teve milhões de obras. No Louvre ele tem uma sala só com seus quadros. Rubens pintava os palácios e as igrejas. Ganhou muito dinheiro. Era uma arte que estimulava a pompa e o esplendor dos palácios barrocos. Teve fama em vida como nenhum pintor já tivera. O rei da Inglaterra deu a ele o grau de cavalheiro "SIR", ainda em vida. Foi quase um diplomata. Era muito intelectual e mantinha correspondência em latim com todos os intelectuais da Europa. Era arqueólogo, mas não tinha tempo para se dedicar, porisso ficava atualizado com as descobertas através das correspondências. Rubens casou-se 2 vezes. No primeiro casamento sua esposa morreu quando ele tinha 52 anos. No segundo casamento sua esposa tinha somente 16 anos e foi uma paixão que durou até a sua morte. Todos os quadros que ele pintou retratando os dois, ele se pintava como se tivesse somente 30 anos. As suas telas são cheias de vitalidade e reais, não tendo nada de misticismo. Era muito mais sensual do que místico. Fazia as mulheres bem arredondadas, muito bonitas e cheias de vitalidade, saúde e força. Não fez nenhuma mulher magra, maltratada. Foi um homem muito feliz deixando também feliz todos os que viviam ao seu redor. Era um homem iluminado, com uma alegria muito grande de viver, e passava isso para sua pintura. Morreu rico. REMBRANDT VAN RIJN (1606-1669) Nasceu na cidade de Leyden (cidade das tulipas e da porcelana azul e branca), na Holanda. Foi considerado o maior pintor holandês. É um dos maiores pintores da história da arte. Sofreu influência noanotações começo decomo sua carreira do da pintor de Caravaggio, como ele mesmo dizia. Ele não fazia Leonardo VinciMichelângelo e nem era diplomata como Rubens. Durante sua vida artística sempre retratou a si mesmo por diversas vezes em várias épocas de sua vida. Começou a pintar, não muito cedo, na universidade de Leyden, onde só formava pintores. Foi morar em Amsterdã. Casou-se com uma jovem muito rica e feia, recebendo um belo dote. Comprou uma belíssima casa. Pintou muito e prosperou bastante. Chegou a colecionar obras de arte e até antigüidades.
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Em 1642 morre sua esposa e fica viúvo com muito dinheiro. Foi um péssimo administrador e acabou logo com sua fortuna. Sua popularidade como pintor cai após a sua obra "Ronda da Noite". Perdendo o mercado e ficando pobre, começa a namorar uma moça mais pobre ainda. Deixa de pintar para vender pincéis, tintas, etc. Fica tão pobre e doente que vai parar em um asilo. Pintou cenas de batalhas e voluntários da guerra. Existe muito Rembrandt falsificado como o do MASP e o do Metropolitan. Naquela época ele tinha muitos ajudantes para pintar suas obras, além dos seus alunos que pintavam como ele, o que causa muita polêmica hoje em dia em seus quadros. Rembrandt pintou muito retrato de grupo de pessoas. Os personagens tinham importância de acordo com a luz. Ele fazia o desenho antes e marcava onde ia ter os pontos de luz. Não importava em saber quais os personagens que iriam ficar no escuro. Ele pinta seus auto-retratos como se fosse um ser humano bem real. Ele retrata a essência da pessoa, o calor humano, o sofrimento, a dor. Não vai idealizar. Vai pintar os olhos penetrantes e fundos e utiliza muito os tons de sépia. Rembrandt tinha muitos alunos talentosos. Os seus alunos pintavam igual à ele. As vezes ele assinava o quadro de seus alunos para que fosse vendido mais facilmente. É por isso que encontramos hoje muitos quadros que não são realmente de Rembrandt. Naquela época todos pintavam igual ao mestre e hoje o objetivo é cada um ter que encontrar seu caminho na pintura. Obs.: Ticciano e Raphael também assinavam as obras de seus alunos. Foi descoberto 15 anos atrás que muitas obras de Ticciano e Raphael eram de seus alunos. É estabelecer o conjunto de obras autênticas dos artistas. Apareceram 600 obras de Rembrandt. Na realidade seria muita obra pelo seu tempo de vida. Vermeer teve pouquíssimas obras e não se sabe nada sobre sua vida. Em 1982 foi publicado o primeiro volume sobre as obras de Rembrandt e se refere as obras do período de 1625 a 1631. Já tem o volumes 2. O projeto de pesquisa Rembrandt chama-se PPR. Sistema de pintura de Rembrandt: Colocava primeiro todos os ocres, depois os marrons, os amarelos. Cada aluno só pintava com uma cor, por exemplo o ocre ou o marrom. Isso determinava aquela luminosidade. No final do trabalho ele integrava as cores e as pinceladas. A tinta à óleo utilizada era bem mais oleosa do que a de hoje. Lembrete: Barroco Católico: A pinturapara torna-se instrumento a Igreja.no É um meio de propagação e ação. É uma história de persuasão “ganhar o paraísopara ou padecer inferno”. Barroco Protestante: Poussin, tem o Vermeer na Holanda um companheiro. Buscou a ordem no interior, muito limpo e arrumado, no rigor de suas linhas retas. Todos esses artistas constituíram no Barroco uma tendência construtiva, mais condizente com o puritanismo protestante ou com a mentalidade burguesa.
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A existência de tal grupo de artistas levou a reconsideração de toda uma linha interpretativa no Barroco, com efeito, no tocante, ao genes social do estilo. Passou-se a considerar a existência de um barroco protestante e em seu aspecto genérico formal, de um classicismo dentro do próprio barroco. Esse sim, traria seu sentido, não de tensão nos contrastes, mas de harmonia nos contrastes. O barroco protestante é bem mais contido, bem mais sensual (como o de Vermeer) e bem mais contemplado. Barroco no Campo: Vai ter outras expressões, que não as religiosas. Descobre o retrato dos camponeses e de suas vidas íntimas. Vão retratar cozinhas, tavernas, lojas, quartos. Entre esses artistas, destaca-se Vermeer, gênio da musicalidade da luz. Vão retratar a arquitetura do campo. Barroco Clássico: É quando o Barroco mistura as artes da Grécia, Roma, Egito. Ele vai surgir no auge do Renascimento, na Itália (Florença). Os historiadores achavam que o Renascimento por ser organizado, sem excessos e perfeito, era melhor que o Barroco. O BARROCO, na França, é chamado pelos historiadores de "BARROCO CLÁSSICO", porque vai ter muita ligação com Roma e Grécia. Vai ter uma conotação muito forte principalmente na arquitetura que vai ser muito clássica. Depois ele vai chegar ao excesso sendo chamado de "ROCOCÓ". Obs.: O Museu do Louvre é em parte barroco com suas colunas gregas. É assim chamado de barroco clássico. Barroco no Sul do Brasil: Com o ouro e a prata, o povoamento se concentrou em Curitiba (Paranaguá). Gente sedentária de pouca iniciativa. O mesmo se dava em São Paulo. O nomadismo, incentivado pelo espirito bandeirístico, não proporcionou possibilidades de atividades artísticas. OBRAS BARROCAS BRASILEIRAS: Algumas ruínas na igreja de São Miguel, século XVIII. (As missões) dos Jesuítas. Na arquitetura predominava o maneirismo. Matriz de Santana do Parnaíba, em São Paulo. Capela de Iporanga, em São Paulo. Matriz de São Miguel, em São Paulo. Capela da Fazenda de Santo Antônio, em São Roque (séc. XVII). Nossa Senhora do Rosário, em Embú.
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Município de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul. Ruínas da igreja "Missiones". (Ler o livro "O tempo e o vento" de Érico Veríssimo, que vai relatar sobre as Missiones). Igreja de São Francisco, em São Paulo. Pátio do Colégio, em São Paulo. Parati é toda barroca. Galpões das fazendas também são do estilo barroco. Igreja de Nossa Senhora, em Itanhaém. Igreja de São Vicente, de 1554. Foi mal restaurada. Igreja de Embú, em São Paulo. Obs.: Colonial e Barroco é a mesma coisa. Estilo colonial significa que vem das colônias portuguesas. O móvel colonial aveludado, é uma versão muito mal interpretada do estilo barroco. Barroco Flamejante: O auge do Flamejante é no Gótico. Só vai acontecer em Roma. Eles queriam enfeitar mais ainda as igrejas (as últimas que foram construídas) se inspirando muito no gótico. Toda igreja gótica tem contraforte e arco botante. O arco botante e contra forte utilizados nas igrejas barrocas não são para dar auxílio a arquitetura, mas sim para decorar. O Flamejante surge no final do barroco em Roma, um pouco antes do Rococó. Na Áustria e na Alemanha não chegou a ter o barroco clássico. O ROCOCÓ só vai ocorrer na França, em adornos, na arte decorativa dos mobiliários e tapeçarias. Não existe a pintura Rococó porque este estilo só vai aparecer na decoração e no interior das casas. Versailles é de estilo Rococó por dentro e tem por fora uma arquitetura clássica barroca, porque é limpo, “clean”. Áustria e Alemanha vão estilo Rococó naeparte das casas. Roma não vai ter Rococó nem em igrejas neminterna em lugares públicos. Países Baixos não usam Rococó, com raras exceções. São burgueses e muito práticos. Moram em casas pequenas.
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DOIS ARQUITETOS MUITO IMPORTANTES DA ITÁLIA: BERNINI (1598-1680) Foi o maior arquiteto e escultor do seu tempo. Trabalhou muito na Basílica de São Pedro, em Roma, que é renascentista e barroca. Tem arcabouço e cúpula renascentistas. A decoração é barroca. Quem trabalhou na cúpula foi Michelângelo. Como essa igreja demorou muito para ser construída ela passou por diversos artistas em diferentes épocas. Bernini fez o Tabernáculo que se encontra no fundo da Basílica de São Pedro. São 4 colunas Salomônicas de Bronze. Nos quatro cantos tem muita escultura de anjos e atrás tem um vitral iluminado. Embaixo do tabernáculo se encontra o Túmulo de São Pedro. É plasticamente perfeito. Não interfere com o resto. Bernini também fez a escultura de David sem o “Golias” de forma tão perfeita que você percebe a falta dele. É uma obra em aberto. É muito diferente do David de Michelângelo, sozinho, impávido, o rei dos reis. Já o David de Bernini é humano. O barroco deixa a obra em aberto para que você a conclua. No renascimento não existe essa abertura, pois a obra é perfeita e não tem o que terminar. Obra prima de Bernini: Capela Carnaro onde está o "Êxtase de Santa Teresa", na Igreja de Santa Maria de La Vitória. “Santa Teresa” foi uma grande santa na época da contra-reforma. Bernini era um homem simpático, mulherengo, charmoso, bonitão, falante e conquistava a todos. BORROMINI Era o oposto de Bernini. Quieto, fechado, mal-humorado, muito reservado. Emocionalmente instável o que o levou ao suicídio. Bernini e Borromini são o auge da escultura e arquitetura barroca em Roma. Todas as construções em Roma eram feitas eles. Grande projeto de Borromini: Igreja de São Carlos (com 4 fontes), em Roma. O telhado dessa igreja é côncava e convexa, como se fosse de borracha. É uma arquitetura fantástica e difícil para ser executada com a tecnologia da época. Borromini e Bernini eram amigos e confidentes. Não tinham ciúmes um do outro. Borromini depressivo foi distanciando-se de Bernini. Borromini fica tão deprimido que acaba suicidando-se. Outra Navonapraça com se uma fonte amaravilhosa. Tem no centro umdeobelisco egípcio e muitasobra: luzes. Piazza Nesta mesma encontra Embaixada Brasileira, também estilo barroco.
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PINTORES BARROCOS JAN VERMEER VAN DELT (1632 a 1675) Nasceu no Delta. Morreu cedo aos 43 anos. Não pintou muitos quadros, mas o que pintou foi considerado obra-prima. Pintou figuras bem simples com tarefas singelas como: limpar, tocar, varrer, olhar. Mulheres em seus afazeres domésticos e sempre no interior das casas holandesas. Consegue o milagre de transformar essas cenas através de texturas, cores e formas, como se fossem velhos retratos. Ele suaviza os contornos, dá muita luz e serenidade nas suas obras. Dá muito Recollection. Pinta o que ele vê. Não se sabe sobre a vida do Vermeer os livros não chegaram à um consenso. Usavam óleo e têmpera no Barroco. DIEGO RODRIGUES DA SILVA Y VELÁSQUEZ Sofreu grande influência do Caravaggio. Quando ele tinha 20 anos pintou sua famosa tela "O Aguadeiro de Sevilla". Perceberam daí que ele era um gênio por ser tão jovem e pintar tão bem. Fica muito amigo de Rubens que percebe o seu talento sugere a ele então que vá estudar em Roma. Visitou os museus de pintura em Roma para estudar os grandes mestres. Foi ver o que Michelângelo e Raphael tinham feito. Descobre que não tem muito o que aprender lá. Em 1630 passou 1 ano em Roma e voltou logo à Madri. Em Madri é nomeado pintor da Corte de Felipe IV. Vai ficar em Madri até o fim de sua vida. Sua tarefa era pintar os membros da corte de Felipe IV cuja família era muito feia e se vestiam muito mal. Eram considerados "cafonas". Ele transforma esses retratos em pinturas fascinantes, captando até a personalidade das pessoas retratadas. Vai empregar muita luz em seus quadros. Sua pintura tem um realismo visual muito diferente da pintura do Renascimento. Realismo visual é a impressão geral de um objeto e não só de um detalhe. Ex.: Com uma só pincelada dava a impressão dos pelos de um cão. Vai ser o gurú dos impressionistas mais tarde. Sua pintura tem pinceladas bem largas e soltas. Seu quadro mais famoso é "As Meninas", o qual se encontra no Museu do Prado. Ele consegue retratar o momento real do tempo muito antes de inventarem a máquina fotográfica. Essa obra “As Meninas” será muito ambígua. Você não sabe se Velásquez está pintando o Rei e a Rainha ou se está pintando as meninas. Ele deixa essa dúvida de propósito. O termo "As Meninas" era usado para se referir as damas de honra na época. Esse título foi dado pelos historiadores. Após sua morte foi pintado, no peito de seu retrato, uma condecoração em sua homenagem. JORGES DE LA TOUR (1593-1652) É um pintor francês. Mestre dos efeitos luminosos. Sua pintura é muito original. Vai usar muito claro-escuro utilizando-se do efeito da vela, pintando muito rápido. Vai passar a narrativa suave do caráter transitório. Muita ternura e intimidade. Muito recollection.
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FRANCISCO GOYA (1746-1828) Nasceu em Saragosa, na Espanha Um dos grandes pintores de todos os tempos. Obs.: A Espanha é riquíssima por pintores famosos: Ex.: Velásquez, Murilo, Goya, Dali, Picasso, Miró. Aos 13 anos foi estudar com um pintor que se chamava Don Lusar. Ele não gostava de pintar, desenhar ou fazer tintas. Decidiu participar mais das touradas não deixando a pintura. Mais tarde tentou entrar na Academia de Artes em Madri não passando nos exames. O pai fica arrasado. Tenta novamente três anos mais tarde e novamente fracassa. Arrasado e frustrado, resolve ser toureiro. Recebeu uma chifrada no joelho ficando manco por muito tempo o que impedia essa atividade. Resolveu ser pintor na Itália. Lá, passeando num campo, em frente a um convento, vai conhecer 2 freiras e se apaixona por uma delas. Vão se corresponder por carta até que resolve raptá-la. A freira amarrou um monte de lençóis e jogou por cima do muro para que ele pudesse subir. Como ele estava manco e bateu com o joelho no muro, Goya cai ao chão machucando muito a cabeça. Depois dessa tragédia toda o romance acaba por aí. Vai para a cidade de Parma, na Itália, conseguindo entrar na Academia Real da Itália. Começa a pintar já com uma certa idade. Vende muito bem as suas obras. Escreve para seu pai comunicando que estava pintando muito e ganhando dinheiro. O pai pede que ele retorne a Saragosa. Lá em Saragosa vai ter muitas encomendas como pintor. Vai à Madri onde receberá uma encomenda muito grande de pintar uma série de canvas (cartões desenhados para que as pessoas pudessem depois bordar). Era quase que industrializado, Vai pintar o povo, os jovens que eram chamados de najas (ricos da época) e que mudariam muito o comportamento social da época. Esses najas vão ditar muito a moda na época. Em 1780 ele foi eleito por unanimidade Membro da Academia de Arte de Madri (que o havia rejeitado 2 vezes). Casa-se com Josefa e começa a ter uma vida de luxo e de riqueza. Compra um cabriolé (seria um carro conversível hoje) para sua esposa desfilar. Vai comprar também muitas jóias e ações para o futuro. Tem um filho chamado Francisco Xavier Pedro. Vai ser nomeado mais tarde Pintor da Corte do Rei (título máximo). O rei da época era Carlos IV. Goya vai ter uma doença infecciosa ficando à beira da morte. Nessa época não existia a penicilina. Consegue sobreviver mas fica surdo para o resto de sua vida. Essa surdez torna-o visualmente mais agudo. Vai pintar também a Corte Espanhola. Será uma releitura de Velásquez, pintando sem compaixão toda a família do rei. A rainha parecia um abutre, as condecorações dos condecorados eram como se fossem teias de aranhas. Toda a Corte tinha olhos lacrimejantes e boca murcha. Mesmo assim eles vão adorarEles porque vaiimportavam ter muito luxo naso roupas, muita esmeralda, muito veludo, enfim, muita suntuosidade. só se com luxo. Góya acaba recebendo muitas encomendas e ganhando muito dinheiro.
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MÚSICA BARROCA: Apareceram muitos instrumentos novos na época do barroco o que fez com que a música ficasse muito mais rica. Apareceram os conjuntos de Câmara e a Ópera que conhecemos hoje. O conjunto de Câmara tinha a mesma função que um aparelho de som tem nos dias de hoje. O instrumento mais importante que vai surgir é o violino e é com ele que vai se enriquecer a partitura. Antônio VIVALDI teve um gênero inovador, além de ter sido excelente compositor e muito habilidoso para tocar. Suas obras mais conhecidas são: Ex.: As quatro estações de Vivaldi Concerto La Stravaganzza Muitas cantatas Foi considerado, pelos críticos no século XX, o “Caravaggio” da música Barroca. É praticamente o primeiro grande compositor que surge e que vai influenciar muito os compositores posteriores de sua época. Joan Sebastian Bach, protestante, tinha paixão pelas igrejas góticas católicas e seus detalhes. É onde vai buscar inspiração para compor nesse estilo gótico (como as rosáceas, vitrais e sobre as minúcias). Foi mestre de capela, que era tão importante quanto pintor da corte. É o homem que vai reger, o maestro, o diretor. Deixou cantatas, missas, corais, "Paixão Segundo São Mateus", "A Grande Missa", "Cravo Bem Temperado", os "Concertos Braudenburguer", as "Fugas". As fugas tem um conteúdo psicológico, não significando uma fuga dos problemas, mas sim uma fuga da perda de um sentimento, uma emoção, com inteligência, com consciência. Uma fuga dos empecilhos emocionais. É a consciência livre, solta, uma fuga sem perdas, "deixando tudo para trás numa boa". Haendel, alemão, é o próprio compositor barroco. A sua obra é monumental, forte. Fez a obra "Doze Concertos de Gross". Hayden, compositor refinadíssimo que compôs sonatas, quartetos, sinfonias. Começou a tocar em Conjunto de Câmaras nas casas dos nobres, como mero tocador. Fez a "Sinfonia de Londres" e o "Quarteto do Imperador" que foi utilizado, em parte, no Hino Nacional da Alemanha.
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Mozart, gênio que apareceu no Rococó (final do barroco). Era Austríaco e tocava desde os 5 anos. Criou tudo o que foi possível em música. Tem gênero melancólico. Obras: Sinfonias, "Requiém" que é muito lindo e triste, a "Ópera Don Giovanni", "Concerto em Ré Menor", "Concerto em Dó Menor". A música de Mozart foi elaborada numa época de despedida, porque Rococó é o final do barroco. Nessa época o mundo perde as coisas fortes como o prazer, a doçura de viver, para depois começar a corrida no século XX pelas máquinas, indústrias. É o final de Versailles, o prazer de viver. Sua composição começa a sugerir um mundo que começa e uma outra forma de viver. "Em busca do tempo perdido"- de Prússel (?) vai ser descrito sobre os séculos XVII, XVIII, XIX, XX e XXI. É uma busca do tempo perdido onde cada 50 anos vai valer 500. Naquela época onde existia tempo para pintar a Capela Sixtina em 5 anos ou Velásquez 4 anos para pintar "As meninas".
BARROCO BRASILEIRO O Barroco no Brasil atingiu seu apogeu em 1763, quando houve a mudança da capital do Brasil para o Rio de Janeiro. Em 1822, com a independência do Brasil, o barroco que estava no auge já estava sendo abandonado e estavam começando o neoclassicismo, volta ao passado. Vai ser uma busca para novos estilos. Os missionários aqui no Brasil traziam artistas da Europa ou treinavam a mão de obra escrava, dos próprios índios, para igrejas, serem artistas também. negros vão construir esculturas, etc. A mão de obra vai ser brasileira, porque os índios e os Dois grandes escultores Brasileiros do século XVII são: Frei Agostinho da Piedade (1620-1661), trabalhou muito com barro. Frei Agostinho de Jesus (1600-1661) O museu de Arte Sacra de São Paulo tem suas obras. Frei Agostinho de Jesus nasceu na Bahia e foi educado em Portugal. Nessa época os portugueses esculpiam em madeira, enquanto os brasileiros em barro. O que existia em madeira vinha de Portugal. As esculturas de barro eram cozidas em forno de pão. Frei Agostinho de Jesus circulou muito no Rio de Janeiro e São Paulo. Fez muita escultura em madeira que aprendeu em Portugal. A Igreja da Bahia, depois que os Holandeses foram expulsos do nordeste (Pernambuco) e as igrejas destruídas pela invasão, foram muitas delas restauradas pelos brasileiros.
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Ex.: A igreja de Olinda foi restaurada na época (+/-) 400 anos atrás. Outras levaram quase 50 anos para ficarem prontas por falta de mão de obra qualificada. Nosso estilo forte é o feito em barro, principalmente o mineiro. Quase todos os materiais de construção eram importados. Às vezes traziam uma igreja quase inteira, de navio, que era montada aqui. Com isso o barroco nordestino vai ter uma influência muito grande de Portugal. A Igreja de São Francisco, em Salvador é toda barroca (de Lisboa). O exterior é simples e o interior é riquíssimo, com muitos entalhes. É dramática, cheia de movimento como todo estilo barroco. Às 6 hs. da tarde tem um coral cantando, com muitas luzes. Tudo é bem pensado para que você sinta emoção. Barroco no Rio de Janeiro: no princípio o Rio de Janeiro era quase um vilarejo e quando abriram a estrada do caminho novo que ligou Minas Gerais ao Porto do Rio de Janeiro, começou a escoar todo o ouro pelo porto, mudando completamente a vila. Entre os anos 1600 a 1800, as igrejas barrocas começaram a serem construídas de forma diferente do barroco mineiro. Artistas plásticos, arquitetos, músicos e intelectuais começaram a chegar no porto do Rio de Janeiro. A cidade vai se tornar o centro cultural do país. A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, feita por um arquiteto português chamado Francisco Xavier de Brito, é lindíssima e levou quase 100 anos para ser feita. Quase todas as construções grandes foram feitas no Rio de Janeiro. O Barroco Mineiro é forte, interessante e se diferencia completamente dos outros. As primeiras construções barrocas tinham linhas mais estilizadas devido ao pouco material que conseguiam para a construção. Tinham uma dificuldade muito grande no transporte do material de São Vicente para São Paulo. Ex.: A primeira Igreja do Brasil é a do Pátio do Colégio em São Paulo, do ano de 1554. AS 3 FASES BARROCAS COLONIAIS: A primeira fase ocorre na descoberta do Brasil. Ela começa bem simples e vai se sofisticando a medida que chega material. Livro recomendado: "A Muralha" de Inácio de Queirós. Nesse livro ele explica tudo isso e se refere sobre a mata atlântica como uma “muralha”. Mostra a dificuldade dos bandeirantes no transporte do material. Ao redor do Porto, onde o material chegava de navio, não existia essa dificuldade, resultando em construções mais ricas na região, como pode ser visto na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Santos. O escritor Fernando Sabino (mineiro) escreveu para Carlos Drummond de Andrade um texto sobre o povo mineiro. O mineiro, que é um povo diferente, vai ter no seu trabalho, na sua pintura e arquitetura um estilo diferenciado.
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O auge do barroco mineiro ocorre com a descoberta de pedras preciosas e ouro em uma grande região que vai ser denominada Minas Gerais. Na América Latina coexistem 2 tipos de barroco: O Luso-Brasileiro e o Hispânico-Americano. O nosso barroco é diferente dos das Américas Central e Sul. Por vezes os dois se aproximam, tendo grande influência entre eles, mas nunca se confunde um com o outro. Assim, pode-se dizer, a grosso modo, que o barroco brasileiro mineiro é num todo mais rural, menos monumental, menos rebuscado que o barroco do resto do Brasil. É justamente dessa simplicidade, desse despojamento, desse senso de medida e proporção, dessa sóbria elegância, que o barroco mineiro extrai sua força e originalidade. Outra característica é que ele vai pouco a pouco se transformando num estilo representativo dos anseios do povo. Foi confiada a mão de obra local dos mulatos e negros. O católico mineiro posicionou a igreja como sendo a localização geográfica mais importante do vilarejo. Outro aspecto importante era o realismo das esculturas, das imagens, das pinturas. Era muito importante ter um lugar para ser feito o “sermão”, na igreja mineira. O sermão, por sua vez, era feito em uma linguagem acessível, não rebuscada, para todas as classes sociais. O assunto do sermão abordava os problemas atuais do momento e do local, na tentativa de harmonizar a vida naquele vilarejo. Tinha uma conotação social. A divisão física da igreja mineira também difere do resto das igrejas brasileiras. As classes sociais vão ocupar espaços diferentes na igreja. As ordens religiosas Carmelitas, Franciscanas, Dominicanas, cada uma tinha sua maneira de distribuir os fiéis na igreja. Existia uma hierarquia. Ex.: A Igreja mineira, de um modo geral a irmandade Franciscana, colocava no altar mor a irmandade. Na Nave, os homens ficavam separados das mulheres e os Balcões Laterais eram reservados para as autoridades e seus familiares. Em Minas Gerais o "negro" só entrava na igreja para acender as lamparinas. Por esse motivo o negro vai construir sua própria igreja. As jovens, antes dos 14 anos, eram levadas para a igreja com o véu ou lenço sobre seus rostos. Depois dos 14 anos elas podiam ir sem véu e com o cabelo solto para poder arrumar pretendentes. Moucharabi, significava a influência moura ou árabe, que vai aparecer nas casas de Ouro Preto, Sabará, Mariana. Eram venezianas "quadradinhas" que avançavam um pouco para frente como se fossem "Bay window". Essas janelas vão aparecer até no nordeste. Obs. As jovens dentro de casa podiam ver através dessas janelas, mas não podiam ser vistas. Elas se comunicavam através de bilhetes que passavam pelas frestas da janela. Influência política que ocorre no barroco na construção ou arquitetura: Com o processo revolucionário da Inconfidência Mineira, resultado da cobiça do ouro, ocorre uma vontade de dominação do povo através do ouro. Tudo acontecia em função do ouro. Isso deu
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oportunidade aos artistas de trabalharem com esse material e utilizar o barroco como forma criativa e original para expor seus desejos, sonhos e fantasias. Esses artistas são: Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho) que nasceu no ano de 1774, em Vila Rica. Manuel da Costa Athaíde que nasceu no ano de 1762, em Mariana (cidade vizinha de Ouro Preto) e vai morrer em 1837. Aleijadinho vai trabalhar muito com o tema Inconfidência Mineira. Esculpia em cedro e em pedra sabão. Teve esse apelido aos 50 anos de idade devido a uma doença que atrofiou e deformou os seus dedos. Deve provavelmente ter sido reumatismo deformante. Seus dedos não caíram. Viveu 26 anos em Congonhas do Campo, onde executou a maior parte de suas obras. Era mulato. Seu estilo que é do tipo “expressionista", foi considerado o maior estilo e artista brasileiro da época barroca, porque deformava com apelo à emoção. Nunca estudou e nunca foi a Portugal mas era auto didata e aproveitava tudo o que existia de informações ao seu redor como ex.: a Bíblia Ele esculpia com o instrumento amarrado à sua mão. Quem pintava era Athaíde (grande arquiteto também). Na época usava-se o termo "encarnar" que significava o mesmo que pintar. Os evangelistas que Aleijadinho vai esculpir tinha as feições do mandachuva da cidade. Os anjos vão ser os meninos robustos que trabalhavam nas ladeiras. Satanás será o malfeitor da zona de prostituição. Jeremias tem os pés presos no grilhão, tal qual dos escravos fujões. Os flageladores e perseguidores de Cristo são ridicularizados por pobres e ignorantes. Suas faces são castigadas sem piedade pelo Aleijadinho. São caras bem distorcidas. Duas obras arquitetônicas de Ouro Preto são fundamentais para conhecer a arte de Aleijadinho: São Francisco de Assis: Início em 1776 e término em 1794. A igreja foi desenhada, construída e decorada somente por Aleijadinho. Ele somente não a pintou. Os púlpitos são colocados na entrada da capela-mor. As pilastras são substituídas por colunas nas fachadas. O altar-mor foi feito na época da Inconfidência Mineira. Cristo aparece com as mãos e pés decepados, tem na garganta uma corda e o coração está sangrando. Isso é feito na época em que Tiradentes foi decepado e esquartejado. O teto foi pintado por Manuel da Costa Athaíde que vai fazer uma pintura lindíssima com pássaros. A artea de um povodele) tão jovem tinhasão quemulatos. mostrarAthaíde atrevimento. A pintura da Madona (que é parecida com namorada e os anjos também era mulato e Aleijadinho era filho de escravo com Português. Era um fazer a arte quase que irracional, não premeditado. Era o que eles viam. Tudo era baseado no povo. Era o oposto da Europa.
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A Nossa Senhora é vista por vários ângulos. Ele vai mudar até a perspectiva para que pudesse ser vista por todos, em qualquer ponto da igreja. Muda as linhas de fuga para conseguir esse efeito. Você a vê como uma mulher do povo. A cada canto da abóbada dessa igreja, tem uma grande figura como São Agostinho, São Gregório, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Todos são expressionistas e feitos em madeira pelo Aleijadinho. O rosto da Santa, de Athaíde, é sereno, carnudo, tem doçura na carne, o seio bem modelado e não sensual. É como se fosse uma mãe, com apelo maternal. Nossa Senhora do Carmo é uma Igreja muito importante, toda feita de pedra cantareira, pedrasabão e itacolomi. Essas pedras são todas de tonalidade cinza. Essa igreja foi desenhada por Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho e terminada pelo próprio Aleijadinho. Foi toda pintada por Manuel da Costa Athaíde. É uma igreja que recebeu mais pintura do que as outras e os azulejos foram pintados por Athaíde imitando os de Portugal. Aleijadinho achava que a pintura deveria ser diferente da pintura Portuguesa, sugerindo a Athaíde que mudasse os azulejos. Eles foram portanto refeitos, segundo a sugestão de Aleijadinho. O Arco-cruzeiro que está na frente é atribuído também a Aleijadinho. A pintura é de Athaíde. Matriz Nossa Senhora do Pilar: Situada em Ouro Preto, belíssima. Desenhada pelo pai de Aleijadinho. Quem fez o projeto foi Aleijadinho que somente iria orientar a obra. Chafariz de Ouro Preto: Não se encontra na Europa, tem banco para sentar e namorar. Chafariz do Conto, da Ponte, de Dirceu e Marília (recebe este nome por estar em frente a casa do casal), etc. Congonhas do Campo: Guarda o maior conjunto artístico criado pelo mestre Aleijadinho. São os doze profetas feitos em pedra-sabão, no Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinho. Este trabalho se encontra ao relento, no Adro da igreja (entrada). Existem cupins (que atacam pedras) e estão destruindo tudo. Conjunto de 66 figuras de madeira: São os Passos da Paixão e ficam em capelinhas de madeira também ao relento. São de tamanho natural e "encarnados" (pintados) por Athaíde. Aleijadinho não detalhava os pés e nada da cintura para baixo, por falta de tempo. Não tinha importância, pois era uma arte barroca. Ele também não tinha dinheiro para investir tanto. O expressionismo tradicional no Brasil, em que o artista (sem escola) se improvisava no esforço de alcançar o jeito de exprimir um sentimento, acabava às vezes num caricatural do expressionismo. Este era o modo típico de expressão de Aleijadinho. Ele é o símbolo dessa verdade simples. No plano da arte não existe homens pequenos e grandes, nações fortes e fracas, porque Aleijadinho é no tempo e na história, a afirmação austera e firme do poder da grandeza dos povos humildes e porque ele éCarlos universal na sua arte. Outro mestre mineiro: Drummond de Andrade, que escreveu o Barroco Mineiro: Trecho onde se refere a entrada da Igreja em Congonhas do Campo: "Não entrarei Senhor no Templo Seu Frontispício me basta Vossas flores e querubins Já são matéria de muito amar".
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ROCOCÓ Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores. Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras. O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizadas originariamente na decoração de grutas artificiais. Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI. Características gerais: · Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. · Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante. ARQUITETURA Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo. Principais características: · Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves. · A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade. Principal Artista: Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.
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ESCULTURA Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente. Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas. Principais Artistas: Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.
Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà". PINTURA Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens. Principais Artistas: Antoine Watteau, (1684-1721), as figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX. François Boucher, (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre grande alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas decom interior ("O perfeição pintor emno seudesenho, estúdio"). Jean-Honoré Fragonard , (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.
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NEOCLASSICISMO No final do século XVIII, com a Revolução Francesa, vai surgir o espírito dos tempos modernos. Abandonando o estilo barroco que era trabalhoso, temos como conseqüência a mudança do estilo na arte, depois o gosto geral de se vestir, de comer, por toda Europa e resto do mundo. Tudo isso vem como conseqüência da revolução, onde a burguesia, o povo são os vencedores. Vai cair a "Maria Antonieta" quando diz ao povo, que estava morrendo de fome, que dessem brioches à eles. É o começo dos tempos modernos da história da Arte. Como exemplo vai surgir o Néo-classicismo na Inglaterra com as construções de castelos néo-góticos. Foram descobertas nessa época, através das escavações, as cidades de Pompéia e Herculano. Todos ficam muito ligados a Roma, Grécia. Por esse motivo temos o néo-classicismo, o néo-gótico. Começam a usar as formas gregas e góticas nas construções. Em Paris vão construir a Igreja "La Madeleine", o "Arco do Triunfo" (mandado ser construído por Napoleão). Todos são néo-clássicos. Surge o estilo Império, que vai aparecer no mobiliário, nas roupas, etc. Os pintores imitam as esculturas na suas pinturas. A escultura grega na Itália era feita sem os olhos. Obs.: As esculturas gregas originais quando feitas em mármore tinham os olhos pintados e quando feitas em bronze tinham pedras para decorar os olhos. Com o passar dos tempos os cristãos tiraram as pedras preciosas dos olhos das esculturas que então ficaram sem o olhar. As pinturas que eram "encáusticas", isto é, à base de cera, foi derretendo com o tempo. Na época do néo-classicismo, Napoleão pede para ser pintado com a mão no bolso, como se fosse um grego. O pintor néo-clássico, por sua vez, pintou Napoleão sem os olhos. Os pintores achavam que as esculturas gregas não tinham olhar de propósito e não que fosse devido a uma destruição do tempo. O pintor néo-clássico fica tão ligado ao clássico, que esquecem dos detalhes, levando-o a uma pintura pejorativa, quase que caricaturista. No renascimento existe uma renovação da antigüidade, um recomeçar. O néo-clássico vai copiar o clássico e ao adaptar à sua época, piora um pouco a arte. Pintam fatos históricos, sobre a literatura medieval e sobre a mitologia. Com a revolução francesa eles se achavam a própria encarnação dos heróis gregos e romanos, com suas virtudes. Pintam cenas de arqueologia e cenas heróicas. Principais características: * retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos; * academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes; * arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.
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ARQUITETURA Tanto nas construções civis quanto nas religiosas, a arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura são a igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta do Brandemburgo, em Berlim. PINTURA A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição. Características da pintura: * Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante. * Exatidão nos contornos * Harmonia do colorido Os maiores representantes da pintura neoclássica são, sem dúvida, Jacques-Louis David - foi considerado o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções. Obra destacada: Bonaparte atravessando os Alpes e Morte de Marat; Jean-Auguste-Dominique Ingres (1780-1867), o pintor foi uma espécie de cronista visual da sociedade de seu tempo. Ingres acreditava qua a tarefa primordial da arte era produzir quadros históricos. Ardoroso defensor da pureza das formas, ele afirmava, por exemplo, que desenhar uma linha perfeita era muito mais importante do que colorir. " A pincelada deve ser tão fina como a casca de uma cebola", repetia a seus alunos. Sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. Amante declarado da tradição. Ingres passou a vida brigando contra a vanguarda artística francesa representada pelo pintor romântico Eugène Delacroix, contudo foi Ingres, e não o retórico e inflamado Delacroix, o mais revolucionário dos dois. A modernidade de Ingres está justamente na visão distanciada que tinha de sue retratados, na recusa a produzir qualquer julgamento moral a respeito deles, numa época em que se consumava o processo de aliança entre a nobreza e a burguesia. O detalhismo também é uma das suas marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e jóias. Para conhecimento: Forteseu influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que, no ano de 79 a.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.
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ROMANTISMO A palavra vem de romance. História das aventuras medievais. Vão escrever muito sobre a lenda do Rei Artur. Escreviam não em latim, mas em língua românica. O propósito dos artistas românticos era a volta à natureza sublime, pitoresca, forte. Em nome do romance, eles adoram a liberdade, o poder, o amor, a violência. Tudo é muito romântico e assim lidam com a emoção pela emoção. Amam os gregos também. Pregam a liberdade individual acima de regras e de normas. Mais cor e menos desenho. Mais sentimentos, menos razão. Tem mais liberdade e menos regras que o néo-clássico. O pintor vai ser muito dramático e emotivo. O belo para eles é muito relativo e individual. Pintam muitas paisagens. A essência do romantismo é a glorificação dos instintos, profunda veneração à natureza.O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-deobra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Características gerais: * a valorização dos sentimentos e da imaginação; * o nacionalismo; * a valorização da natureza como princípios da criação artística; e * os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. ARQUITETURA E ESCULTURA A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retomou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico. Obra Destacada: Edifício do Parlamento Inglês PINTURA Características da pintura: * Aproximação das formas barrocas; * Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador; * Valorização das cores e do claro-escuro; e * Dramaticidade
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Temas da pintura: * Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; * Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e * Mitologia Grega Principais artistas: Goya - Nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746. Morreu em Bordeaux,
em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade. Obra destacada: Os Fuzilamentos de 3 de maio de 1808. Turner - representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a
natureza reflete, procurou descrever certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a presença da máquina (locomotiva). Obras destacadas: Chuva, Vapor e Velocidade e O Grande Canal, Veneza. Eugène Delacroix (1798-1863), suas obras apresentam forte comprometimento político e o
valor da pintura é assegurado pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias). Culto, dono de uma língua ferina, rico e namorador. Amigo do compositor Frèderic Chopin, inimigo do romancista Honoré de Balzac, admirado pelo poeta Charles Baudelaire e indiferente às demais celebridades de seu tempo, Delacroix tinha noção da própria grandeza. "A principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos", escreveu na derradeira nota de seus famosos diários, em 1963, menos de dois meses antes de morrer. Nascido num momento crucial da História da França, aquele em que a burguesia revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre a monarquia dos reis Capeto, o pintor viveu a maior parte da vida jovem e adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga ordem natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão Bonaparte, a restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente, a entronização do rei Luís Felipe, em 1830. Seu quadro mais conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado como um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por inspiração do movimento que levou Luís Felipe ao trono da França. Para seu conhecimento:
A palavra romantismo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história.
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Romantismo designa uma tendência geral da vida e da arte; portanto, nomeia um sistema, um
estilo delimitado no tempo.
REALISMO Aparece quando o romantismo está no auge. Não existem temas abstratos para o realista, como a mitologia, etc. Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade. São características gerais: * o cientificismo * a valorização do objeto * o sóbrio e o minucioso * a expressão da realidade e dos aspectos descritivos ARQUITETURA Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia. Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz".
ESCULTURA Auguste Rodin - não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano. Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador. PINTURA Características da pintura: * Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um
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fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava representar o mundo de maneira documental; * Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é; e. * Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade. Temas da pintura: * Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injusta; a arte manifesta um protesto em favor dos oprimidos. * Pintura social denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia. As pessoas das classes menos favorecidas - o povo, em resumo - tornaram-se assunto freqüente da pintura realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos tipos que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica. Principais pintores: Courbet - foi considerado o criador do realismo social na pintura, pois procurou retratar em suas telas temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX. Obra destacada: Moças Peneirando o Trigo. Jean-François Millet, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual o principal elemento é a ligação atávica do homem com a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde, Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, "Angelus". ESCOLA DE BARBIZON Barbizon era um vilarejo nas bordas da floresta de Fontaineblaux, próximo à Paris. Em arte, tem um duplo movimento. Todos os artistas de Barbizon admiram profundamente a arte Holandesa (da época barroca, Vermeer, Rembrandt, etc.) e também gostam muito da burguesia e quase todos os artistas também são burgueses. A escola de Barbizon é muito importante porque vai ser a primeira vez que vão pintar ao ar livre antes do impressionismo. Alguns pintores vão pintar ar científica livre paraa sua ver forma como de caipensar. o granizo, a chuva, o relâmpago, comodo eraromantismo a natureza, sendo quaseaoque Barbizon vai querer empregar a luz pela primeira vez. Pintam muitas paisagens modestas, final de dia. Passam o dia pintando na floresta. Pintam muito o outono com sua luz dourada fantástica. O grande pilar dessa escola é MILLET que vai pintar "Angelus", que são duas pessoas rezando à tarde. Essa obra vai ser reproduzida muitas vezes.
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Millet nasceu camponês e vai pintar semeadores, seivadores. É considerado o pintor mais importante da Escola de Barbizon. COROT: Outro grande pintor da escola. Pinta paisagens, às vezes introduzindo um cachorro ou uma pessoa no meio da paisagem, mas sendo o personagem em segundo plano e a paisagem em primeiro. Vai pintar o rio, como a água corre. DAUMIER: Também pinta camponeses. Esses pintores vão participar de uma exposição universal em 1855, bem próximo ao impressionismo cujo primeiro quadro surgiria em 1874. Vão pintar paisagens e são aceitos na exposição universal em Paris. É a primeira vez que a paisagem é reconhecida como obra de arte. A paisagem barroca era encomendada aqui na escola de Barbizon. A partir de 1855 é que o pintor começa a pintar o que sente, não só por encomenda. O néo-classicismo, romantismo e realismo, ocorreram bem próximos num movimento de 100 anos. A escola de Barbizon é um estilo que significa "ao ar livre".
Para seu conhecimento
Courbet dizia: "Sou democrata, republicano, socialista, realista, amigo da verdade e verdadeiro" A palavra realismo designa uma maneira de agir, de interpretar a realidade. Esse comportamento caracteriza-se pela objetividade, por uma atitude racional das coisas pode ocorrer em qualquer tempo da história. O termo Realismo significa um estilo de época que predominou na segunda metade do século XIX.
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IMPRESSIONISMO O Impressionismo foi um movimento revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte doartístico século que XX. Havia algumasprofundamente considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista. Principais características da pintura: * A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. * As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens. * As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. * Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. * As coresdevem e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paletaÉ do pintor. Pelo contrário, ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica. A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. HISTÓRIA DO IMPRESSIONISMO O Café Guerbois era o local onde os impressionistas se encontravam para bater papo, discutir suas idéias, definir suas metas. Edward Manet, que era o mais tradicionalista, dentre os pintores impressionistas, foi eleito o chefe desse movimento que estava se iniciando. Ele foi o mais atacado pela crítica e pelo público. Fez duas telas: "Olimpiá" (sobre as prostitutas) e cujo tema chocava o público e "O almoço na relva" (onde os homens se encontravam com as mulheres) causando um escândalo na época.
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O aprimoramento técnico em todos os setores do desenvolvimento industrial imperava o desejo do novo, de substituir tudo por coisas novas e industrializadas. Imperava a máquina fotográfica. Vão inventar a máquina fotográfica portátil. Passaram a fotografar tudo ao ar livre. Diante disso o artista teve que repensar seu momento para mudar sua arte. O homem percebe que sua existência é uma luta, uma competição. Ele passa a ter consciência do caráter transitório, mutável das coisas. Os Impressionistas captam esse aspecto transitório da vida e do mundo. Nas suas pinturas vão empregar o caráter inacabado. Os valores mudam completamente. A fotografia vai ser importante nesse momento. Eles começam a pintar mais o que SENTEM do que o que eles VÊEM. Vão lutar 30 anos para serem aceitos, pois provocaram uma verdadeira revolução na Arte. Tentam entrar nos salões e são impedidos. Resolvem fazer um salão só para eles que vai ser denominado de "O salão dos recusados".
PRINCIPAIS CONCEITOS DO IMPRESSIONISMO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
O pintor sai do atelier e vai pintar ao ar livre (acaba o “posar”). Pinceladas bem amplas porque o tempo é escasso. Liberdade para captar, sem qualquer regra, as impressões do momento. Desaparecem os contornos das figuras. Vão fazer poucos detalhes. A forma é dada pela cor. Mistura ótica das cores.
8. 9.
Muita luz e sombra. O efêmero, o fugaz, o reflexo como a luz e a fumaça e as nuvens são usadas constantemente. É retirado o preto da palheta. Uso da temática japonesa. Muita luz e amarelo.
10. 11. 12.
O Impressionismo, com todos esses conceitos, foi a solução que abriu definitivamente novos horizontes para a Arte Moderna. O Impressionismo é definido como tentativaé inédita de pegar a realidade da luz. Eles nunca tiveram a pretensão de descobrir a luz, os barrocos que a descobriram. O maior pintor Impressionista é Claude Monet. Para os impressionistas a natureza não é um material de reflexão, é fonte imediata de sensações. O impressionismo é inovador não só da prática ao ar livre, mas também no seu método de trabalho.
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Eles renunciaram a visão das formas que nós temos e a substituíram por um método em que o imaginário tem sempre um papel a desempenhar, é o "Triunfo do Espírito de Análise". É uma obra em aberto. O imaginário é super importante. O impressionismo não é uma reprodução servil da realidade, ele apenas a sugere. A originalidade impressionista de captar o instante é chamada de "A Impressão Primeira". A paisagem torna-se aquele "pega no ar". O motivo é captado quase que anarquicamente pelo primeiro olhar, aquele olhar que capta tudo. Ele vão fazer a composição com o objetivo de registrar o momento, que é transitório. O tempo é o que importa e o que pela primeira vez foi representado, pelos impressionistas, na história da arte.
JAPONISMO NO IMPRESSIONISMO: A casa de Claude Monet era inteirinha decorada pela pintura japonesa que estava no auge. Os portos do Japão foram abertos e começou a chegar muitos produtos japoneses. (maçãs embaladas em papel, etc.). Foi um modismo da época. Os artistas impressionistas descobriram o Japão por eles próprios, através de uma série de coisas. Achavam que o Japão era um povo diferenciado, uma cultura nova. Em 1862 foram abertos os armazéns do Porto de Desoye, onde os navios começaram a chegar com as mercadorias estrangeiras. Como os impressionistas eram artistas de vanguarda, eles ficavam muito impressionados pelo novo. De um modo geral, eles retiraram todos os conhecimentos dos japoneses. Eles achavam que os japoneses tinham uma arte mais decorativa do que considerada como um estilo, uma técnica nova. Os impressionistas já tinham a técnica inovadora. A arte japonesa era uma arte pitoresca, popular, requintada e lendária (de muitos séculos). Esta arte japonesa vai influenciar pintores como Manet, Monet, Degas e Van Gogh, que foram os que mais sofreram influência japonesa. Para a pintura japonesa o tema não é tão importante. Eles utilizam cores leves, acinzentadas e muita montanha, etc. Os impressionistas vão extrair, por exemplo, a montanha da pintura japonesa e colocar na pintura deles como uma recordação. A forma de perspectiva japonesa “perspectiva em corte de viés” vai ser usada algumas vezes por Van Gogh e Degas. É uma simplificação idealista das perspectivas na superfície do quadro. Manet, em sua pintura, também colocou elementos da pintura japonesa como o biombo japonês com pássaros e flores, um Samurai, etc.
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PRINCIPAIS ARTISTAS ÉDOUARD MANET Édouard Manet nasceu em Paris, em 23 de janeiro de 1832. Já no colégio Rollin, onde fez os primeiros estudos, demonstrou interesse pelo desenho, mas a família rejeitou sua pretensão de tornar-se pintor. Em dezembro de 1848, como aprendiz de piloto, embarcou com destino ao Rio de Janeiro. A breve passagem pela cidade está documentada nas cartas que enviou do Brasil a seus familiares na França, traduzidas e comentadas por Afonso de E. Taunay no livro No Rio de Janeiro de Dom Pedro II (1947). Após regressar à França, em junho de 1849, seus pais finalmente aceitaram sua carreira de pintor. No ano seguinte, ingressou no ateliê de Thomas Couture e, após seis anos, instalou seu próprio ateliê. Em 1859, pintou "O bebedor de absinto" e, em 1862, "Música nas Tulherias", cena ao ar livre que reúne figuras da sociedade parisiense do segundo império. Em 1863, o júri do Salão da Academia Real rejeitou o quadro "Déjeuner sur l'herbe", obra revolucionária para os padrões da época.dos Manet a expôs, então, Salon desintegrariam Refusés (Salão Recusados), onde provocou a admiração jovens pintores queno mais tarde o dos grupo impressionista. Embora inspirado em obras de antigos mestres como Giorgione e Rafael, o quadro provocou violenta reação dos críticos, chocados com a presença de uma mulher nua em meio a homens vestidos. Manet casou-se com Suzanne Leenhoff em 1863. Na época, começou a pintar cenas de hipódromos, entre elas "As corridas de Longchamp". No Salão de 1865, a tela "Olympia" provocou novo escândalo. No ano seguinte, "O pífaro", rejeitado pelo Salão, foi exposto no ateliê de Manet. Émile Zola publicou então um artigo em que o elogiava. No início da guerra franco-prussiana de 1870, Manet se alistou na guarda nacional. Em 1874, tornou-se amigo de Claude Monet e outros pintores impressionistas. Manet morreu em Paris em 30 de abril de 1883. Após a exposição realizada em sua memória, a obra do pintor finalmente obteve reconhecimento. CLAUDE MONET: Nasceu em 1840 e morreu em 1926. A preocupação dele foi sempre reter na tela o sol, o vento, a água, no instante em que isso acontecia e da maneira como o olho percebia. Tinha uma forma de ver e sentir a dinâmica do tempo como nenhum outro pintor impressionista teve. Tinha uma relação muito ativa e dinâmica com a obra de arte, com o momento, com o instante. Jamais teve uma contemplação passiva com a natureza. Nasceu em Paris, filho de um comerciante de especiarias (que hoje seria um empresário). Quando ele tinha 5 anos a família foi morar no porto de Le Havre, onde o mar vai assumir muita importância para ele. Foi aí que aconteceu a segunda guerra mundial. A liberdade, o infinito do mar, o horizonte foi muito importante na sua formação. Aprendeu a vibrar com a paisagem, com a liberdade. Não foi aluno brilhante na escola, preferia ficar na praia. Tinha uma mania de fazer caricaturas em seu caderno desde os 7 anos de idade. Foi então melhorando seu desenho e
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passando a receber encomendas de mais caricaturas. Passa a fazer até caricaturas nos bares. No cais de Le Havre, os marinheiros também se interessaram e pediram então a ele que também fizesse caricaturas. Desta vez Monet passa a cobrar dos marinheiros pois não os conhecia (10 a 20 francos por caricatura). Não cobrava dos amigos. O dinheiro que arrecadava comprava mais material para sua pintura. Com 17 anos decidiu ser pintor. Não quis seguir nenhuma profissão que o pai escolhera para ele. O pai incentiva-o a ir estudar em Paris. Em 1859 Monet leva uma carta de apresentação de uma tia (que pintava mal), para estudar na escola de Belas Artes de Paris. Prestou um exame, conseguiu entrar, mas achou uma escola muito acadêmica. Vai decidir estudar no "Atelier Suíço". O “Atelier Suíço” era uma escola de vanguarda, muito aberta e livre, sem exames e de ensino muito informal. Quando seu pai descobriu cortou sua mesada. Lá ele conheceu Pissarro que foram pintar juntos em Mont Martre (onde os pintores pintavam muito). Conheceu também Coubert (pintor Realista). Foi nessa época interrompido pelo serviço militar tendo que ir para Argélia, onde ficou super depressivo. Voltando da Argélia foi para a casa dos pais para se recuperar e onde decidiu voltar logo à Paris. Em Paris volta a pintar e nessa época vai conhecer Renoir e Sisley. Em 1866 pintou uma moça que achou muito bonita chamada Camille e expôs o quadro obtendo muito sucesso. Os pais voltam a dar ajuda financeira até que Monet (de classe média alta) vai viver com uma modelo de classe social bem modesta. Os pais não gostando dessa situação vai cortar novamente a ajuda financeira. Monet passa por dificuldades financeiras quando nasce nessa época o seu primeiro filho Jean. Monet estava tão pobre a ponto de quase não ter o que comer, não ter dinheiro para pegar uma condução para visitar a esposa no Hospital que tinha dado a luz. Os seus amigos ajudavam dando comida para ele sobreviver. Ele ficou tão desesperado que tentou o suicídio para que a sua família percebesse o seu problema. Como não deram atenção, ele resolve então casar com Camille. Nessa época aconteceu a guerra franco-prussiana. E, como Monet já tinha lutado na guerra anteriormente, vai pegar sua esposa e filho e fugir para Londres, onde vai passar frio e fome. Vai pintar o Parlamento em Londres (Renoir também pintou o parlamento). Vai estudar muito as obras de Constable e Turner. Vai conhecer um comerciante de arte riquíssimo, francês, chamado Paul Duran Ruel, que vai dar apoio substancial aos impressionistas. Ele é banqueiro, crítico, messenas. Vai praticamente sustentar Monet que vai pinta muitos quadros para ele. Monet antes de voltar à Paris passará pela Bélgica, Holanda com o trem Maria-fumaça, onde se empolga muito com o trabalho de Rembrandt. Na Bélgica vai gostar mais do trabalho de Rubens. Na França vai morar as margens do Sena a poucos quilômetros de Paris, em Argenteuil. Começa a construir seu primeiro jardim. Monet passa a convidar gente para ir à casa dele, costume que os franceses não tinham. Todos os domingos os chamados rebeldes como: Pissarro, Renoir, Sisley, Manet se reuniam para pintar na casa de Monet, com exceção de Basile que morreu na guerra da Prússia. Cada um levava uma alimento como: pão, queijo uma plantinha o seu jardim. Criava galinhas, pato, A partir daí eles começaram a etrabalhar “o quepara erafazer impressionismo”. O fundamental paraetc. os impressionistas era usar as cores amarelo, azul e vermelho (cores primárias) e as cores complementares (roxo, laranja e verde). Monet vai pedir para que todos levassem flores, cada uma de uma cor, para o próximo encontro.
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As cores complementares vão ser um dogma para os impressionistas. Vão tirar da paleta o preto e quase todas as terras como: terra-de-siena, etc. Essa obsessão das cores complementares vai acontecer quando vão pintar ao ar livre. Monet percebeu que as sombras não eram simplesmente áreas mais escuras, mas sombras com tonalidades diferentes e não mais só de uma cor. Monet vai deixar de escurecer as sombras, pintando ao contrário, obras bem claras, bem iluminadas. As sombras vão ser obtidas mediante o emprego das cores complementares. Vai ser uma característica muito típica da linguagem impressionista. As cores complementares virão sempre ao lado das cores primárias. Ao ar livre a cor do objeto muda muito em função da atmosfera que filtra a luz e permite o reflexo. A atmosfera muda o tempo todo conforme a hora, o lugar, a temperatura. O que a pouco tinha uma forma volumosa, de repente pode ser uma leve sugestão. Eles vêem a natureza com a mente além dos olhos. O artista vai se ligar muito na atmosfera. Passa a ser muito mais interessante a atmosfera do que a paisagem, ou as pessoas. "Quando o artista Monet toma plena consciência da importância da atmosfera, deixa de viajar ao longo do espaço para viajar ao longo do tempo. Já não interessa tanto percorrer o rio Sena a fim de pintar as diversas situações que aconteciam as suas margens, ele prefere focalizar o mesmo ambiente nas diferentes horas do dia". É a busca do tempo perdido, do momento. Quando vai ao campo, Monet faz uma série de quadros de feno e outra série de pinturas. Kandinski fica muito encantado ao ver os quadros de feno de Monet, em uma exposição na Rússia. Fica muito encantado com aquela pintura que dava a impressão de feno, sendo quase que uma abstração do conteúdo. Kandinski com essa influência do Monet consegue se desenvolver para o abstrato. O que importa para Monet é ver a luminosidade. Percebe que tem que viajar ao longo do tempo. Vai pintar em uma plataforma numa estação de trem para ver o trem sair e chegar, as brumas, e todo aquele envolvimento que o trem faz. A situação pessoal dele tinha altos e baixos. Em 1875 conheceu um milionário chamado Hoscheder que vai ajudá-lo muito, comprando muitas obras durante 3 anos. Ele vai expor 56 telas na galeria do Duran Ruel sendo quando quase um sucesso (pois não vendeu todas as telas). Em 1878 nasce seu segundo filho Michael, quando suas obras são mais alegres, festivas, bonitas e suas composições são melhores. Fica feliz com o nascimento de seu segundo filho e nesta época também está ganhando melhor. Só que 1 ano depois em 1879 morre sua esposa, deixando-o muito deprimido. Vai pintar muito pouco e obras bem tristes. O seu trabalho mais importante dessa época chama-se "Rua da Aldeia", onde é inverno e de uma tristeza profunda, pois vai refletir a tristeza que sentia pela morte de sua esposa. Monet vai sair de Paris e Hoscheder e sua família, que eram amigos da família de Monet, vai a falência. Um dia passando por Rouen encontra uma casinha encantadora em Giverny. Depois de deixar o trem, pega uma charrete e volta para Giverny onde vai compra aquela casa. Começa a viver lá com os que tinha e com a mulher e filhos de Hoscheder, que Vaifilhos melhorando e aumentando a casa. Constrói um jardim detinha estilosumido. normando maravilhoso. Pinta cada vez mais e vai visitar Cezanne em L'Staque e depois Renoir. Todos moravam ali por perto. Resolvem pintar também em outros lugares como na Cote d'Arzur. Monet passa a pintar mais em Giverny e a ganhar mais. Resolve comprar o terreno do outro lado da estrada em frente a casa. Hoje você passa por baixo dessa estrada por um túnel. Constrói um jardim oriental aquático do lado de lá. Durante 30 anos Monet vai morar em Giverny pintando a mesma coisa, as Ninféias. Vai
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pintar a Catedral de Rouen em 20 variantes no verão, outono, inverno. Aluga uma casinha em frente a Catedral para pintá-la em suas variações durante o dia. Em 1896 vai expor essas pinturas na Galeria Duran Ruel, onde faz o maior sucesso. Um político francês fica encantado com seu trabalho e a partir de 1896 Monet é considerado o mais famoso pintor dos impressionistas, aceito publicamente antes de todos os outros pintores. Enquanto Renoir trabalhava por encomenda, Monet pintava o que queria, conseguindo expor e vender. Renoir vai pintar as encomendas da família do banqueiro e as meninas no piano, ganhando muito bem. Monet pintava o que gostava, buscando o impressionismo por toda a sua vida e por esse aspecto vai ser muito mais bem aceito do que o próprio Renoir. Monet era mais aberto e por isso vai ser um pintor quase que contemporâneo. Começou a pintar a série das ninféias no ano de 1899. São inesquecíveis poesias cromáticas. São dezenas de trabalhos em estudos, telas, etc. Mesmo doente, idoso, nada o afasta de seu trabalho. Ele fica muito rico. Teve uma espécie de malária o que não diminuiu o seu trabalho. Morreu em 05 de dezembro em 1926. “Monet buscou sempre a luz em movimento em uma atmosfera mágica”.
AUGUSTE RENOIR De origem humilde, Renoir (1841-1919) começou muito cedo a ganhar a vida como pintor de porcelana, ofício que aprendeu numa escola noturna. Assistindo às aulas no ateliê de Gleyre, além de aperfeiçoar sua técnica, conquistou a amizade de Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre. Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade. Sua obra de maior impacto é O Baile no Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Em 1900 Renoir foi nomeado Cavalheiro da Legião de Honra. Morreu no sul da França, na cidade de Cagnes-sur-Mer.
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EDGAR DEGAS Nascido em uma família rica, Degas (1834-1917), cujo pai era banqueiro, freqüentou os melhores colégios de Paris e concluiu seus estudos de direito sem dificuldade. Depois inscreveuse na Academia de Belas-Artes, onde assistia às aulas de Lamothe, que foi aluno de Ingres. Entre os anos de 1856 e 1857, fez uma viagem à Itália, para estudar a obra dos mestres do cinquecento. Voltando à França entrou em contato com o grupo de impressionistas, embora tivesse continuado a se dedicar aos quadros históricos e de gênero. A partir de 1870, interessado nas teorias de seus amigos do café Guerbois, Monet e Renoir, entre outros, fez uma série de quadros de balé, ópera e corrida de cavalos. Todos esses temas lhe permitiram fazer experiências com a cor e o movimento e, principalmente, com a força descritiva do traço, algo que Degas admirava em Ingres. Nos primeiros quadros, não hesitou em aplicar todas as teorias renascentistas sobre espaço e perspectiva, mas ampliou depois esses critérios, fazendo tentativas com planos e pontos de vista inusitados. O tema principal de suas obras se concentrou nas cenas cotidianas e íntimas do mundo feminino, tendentes à desmitificação da mulher. Isso lhe valeu críticas e o apelido de solteirão misógino. De todos os impressionistas, Degas foi, tecnicamente falando, o que melhor se utilizou da fotografia. Também se interessou vivamente pelos quadros de Ukiyo-e japoneses, fato que se reflete ainda mais em suas últimas obras, quando, quase cegas, só podia pintar com pastel. Suas obras se encontram nos museus mais importantes do mundo. GEOGES SEURAT Georges Pierre Seurat nasceu em 2 de dezembro de 1859 na Rue de Bondy, nº 60, em Paris. O pai, Chrysostome-Antoine Seurat, tinha sido antes oficial de diligências em La Villette. Tinha reunido uma pequena fortuna e levou uma vida solitária como reformado na sua casa de Verão, em Le Raincy, ou numa casa na La Villette. Visitava a família, que morava desde 1862 na Boulevard Magenta, nº 110, apenas uma vez por semana. A mãe, Ernestine Faivre, descendia de uma família abastada da classe média Parisiense. O filho tinha uma relação estreita e afetuosa com ela. Durante o tempo da instrução escolar (1869-1876), Seurat é introduzido na pintura pelo seu tio materno, o comerciante de tecidos Paul Haumonté-Faivre; ele também era um pintor amador. Entre 1875 e 1877 Seurat freqüenta o Curso de Desenho numa escola estatal noturna, que o escultor Justin Lequien dirigia. Então iniciou uma amizade com Edmond Aman-Jean. Em 1876 estudou a Gramática das Artes do Desenho de Charles Blanc. Em fevereiroem de 19 1878, Seurat énaadmitido, com Aman-Jean, na École Beaux-Arts e ingressou, de março, turma dejuntamente pintura de Henri Lehmann, um aluno des de Jean Auguste Dominique Ingres. Ele estuda os antigos mestres no Louvre.
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PÓS-IMPRESSIONISMO O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930. Principais características: * pesquisa no domínio psicológico; * cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas; * dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; * pasta grossa, martelada, áspera; * técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões; * preferência pelo patético, trágico e sombrio OBSERVAÇÃO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam leválos mais longe. Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação.
Principais artistas : PAUL GAUGUIN (1848-1903) Depois de passar a infância no Peru, Gauguin voltou com os pais para a França, mais precisamente para Orléans. Em 1887 entrou para a marinha e mais tarde trabalhou na bolsa de valores. Aos 35 anos tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boemia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como a de seus amigos Van Gogh ou Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Navis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente. No ano de 1891, o pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de
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sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Obra Destacada: Jovens Taitianas com Flores de Manga.
VINCENT VAN GOGH Nasceu em 30 de março em 1853 e morreu em 1890, vivendo só 37 anos. Nasceu em Zundert, na aldeia holandesa de Brabant, próximo a fronteira da Bélgica. Nasceu um ano depois que sua mãe perdeu o primeiro filho, o qual tinha o mesmo nome de Vicent Van Gogh. Essa criança nasceu e morreu logo após o seu nascimento e a mãe o enterrou atrás de sua casa. Van Gogh passou a sua vida toda vendo a lápide atrás de sua casa com seu nome, o que deixou-o muito perturbado. Cresceu sob o estigma do seu irmão morto. Em primeiro de março de 1857 nasceu seu irmão mais moço chamado Théo que vai ser o protetor de Van Gogh por toda sua vida. Os dois sempre vão ser muito leais e amigos um com o outro. Théo o seu irmão, confidente, o seupara outroThéo" “eu”,(para a quem escreveu 650 cartas. Tem um livroé chamado "Asseu cartas de Van Gogh quem quisermais saberdemuito sobre sua vida). Tudo o que se sabe sobre Van Gogh foi obtido através dessas cartas. Vicent Van Gogh foi uma criança muito difícil, problemática, não se dava com ninguém, extremamente solitário. Ele sempre andava vagando sozinho pelos bosques, pensando. A família se preocupava com ele. Queria que ele se desse bem em alguma coisa na vida. A sua vida escolar foi muito fraca. Gostava muito de ler, mas não de escrever. É por isso que foi um grande acontecimento em sua vida, as cartas que escreveu. Era um homem muito culto. Lia muito Platão, filosofia, teologia, etc. Embora tenha estudado muito pouco, sua cultura vem de sua autoinstrução. Van Gogh tinha um tio que era próspero negociante em Haia. Esse tio teve um papel muito importante na sua vida, tinha uma cadeia de lojas de livros de arte, de gravuras e de pinturas. A sede principal era em Haia. Van Gogh foi morar e trabalhar com esse tio. Essa loja chamava-se Galeria Gropil com filiais em Haia, Amsterdã e Paris. Ele vai primeiro para Haia trabalhar como empacotador de livros e despachos também. Van Gogh começa a ver as reproduções dos grandes pintores, apaixonando-se por arte. Achava que tinha condições para se desenvolver como pintor, estudando essas gravuras. Em 1872 Théo (com apenas 15 anos) vai se encontrar com Van Gogh em Haia, ficando alguns dias com ele. Van Gogh começa a falar de arte com o irmão, sobre os problemas da família, e a partir daí eles permanecem ligados para o resto da vida. Van Gogh nessa época tinha 19 anos. Van Gogh vê no Théo sua alma gêmea, em quem podia confiar, e que o entendia plenamente como se fosse o outro "eu" dele. Quando eles se separam começam a se corresponder por sentirem muito a falta um do outro. Em 1873 após esse encontro Van Gogh sai de Haia e vai trabalhar em Londres com o tio. Vai se apaixonar por uma moça loira muito bonita, filha do senhorio da casa onde ele está hospedado, não sendo nada correspondido. A moça dizia para ele que era horroroso, com cabelo espetado. Ele se achava também muito feio. Foi a primeira grande desilusão amorosa de sua vida. Resolve não se apaixonar mais por ninguém, por que não deu certo e fica nervoso. Outra coisa que detesta em
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Londres é a falta de sol, porque nasceu num país que tem somente 3 meses de sol por ano (junho, julho e agosto). Não gostava dos países nórdicos porque era anglo-saxão. Tinha a alma muito parecida com a dos pintores latinos. Vai à Paris em 1875, ver o sol e os impressionistas que estavam acontecendo. Fica muito deslumbrado com a luz de Paris e suas ruas movimentadas. Tudo encanta, tudo o seduz. Chega a passar uma noite em Paris, no Boulevard do Capuccino, só para ver a água da chuva batendo na luz e caindo nas poças. Fica quase com pneumonia e Théo, seu irmão, vai socorrê-lo. Em Paris vai ler muito sobre os grandes escritores da época como "Floubert, Boudelert". Adora Paris e odeia o seu emprego. Em Paris, enquanto trabalhava vendendo gravuras na loja do seu tio, faltava do emprego para ir visitar as outras galerias. Seu tio ficava muito aborrecido por ele ir visitar as galerias concorrentes. Van Gogh falava que apreciava muito as outras galerias por ter outras pinturas bem diferentes e que o tio só tinha pintura acadêmica. Começa então a desavença com o tio. O tio exige que ele freqüente somente a galeria dele ou que então Van Gogh vá embora. Van Gogh resolve ficar na galeria. Só que Van Gogh falava para os fregueses que comprassem as pinturas de outros pintores, que não eram vendidas na galeria de seu tio. Passa a brigar com a clientela querendo impor o que ele achava. Com 22 anos briga com o tio, ficando muito frustado e sem perspectiva para o futuro. Resolve voltar para a casa dos pais, onde é muito mal recebido. Vai pensar o que fazer da vida. O pai fica indignado com Van Gogh, pois o tio era bom e só tentou ajudá-lo. Só Théo o compreende. Em 1876 ele sofre sua primeira grande crise nervosa depressiva. Era maníaco-depressivo, tinha crises fortes de rolar no chão (epilepsia). A partir dessa sua primeira crise, ele vai ficar extremamente místico e fervorosamente religioso. O seu pai era pastor, mas achava que era impossível que ele fosse tão maníaco por religião. Tudo o que ele fazia era extremamente exagerado. Obs. à parte: A obsessão pela religião parecia uma fuga da sociedade, das suas frustrações amorosas, da família. Fica frustado por querer ser pastor e o seu pai não o entender. Resolve voltar para a Inglaterra. Van Gogh era muito inconstante. Resolve ensinar francês e alemão num bairro pobre da metrópole, em uma escola infantil. Só que o seu conhecimento por línguas era deficiente. Incumbido de cobrar taxas da escola, ele tinha que visitar as famílias dos estudantes, levando-o a conhecer as condições miseráveis da zona leste de Londres, onde viviam os operários. A impressão sofrida fortaleceu o desejo de trabalhar com os pobres e os humildes. Tornou-se assistente de um pastor metodista e começou a pregar. Devido a sua crise espiritual, muitas vezes em seus sermões, suas palavras acabavam mais perturbando do que confortando os ouvintes. Em 1878 volta à Holanda, em Etten, perto de Zundert, para passar o Natal com os pais. A família avô. resolve ajudá-lo a estudar teologia em Amsterdã, pois poderia seguir a carreira do pai e do Foi, portanto, reprovado nos exames de admissão. Ao invés de desistir, fez um curso de pastor leigo em Bruxelas. Quer ser pastor de pobre e não de rico. Escreve uma carta para o irmão dizendo que a miséria o atraía. O irmão fica horrorizado, mas não adiantava dizer nada.
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Três meses depois, em novembro de 1878, mudou-se para Borinage na Bélgica, distrito belga de mineração de carvão, onde passou a conviver com os mineiros. Só que a miséria que ele achou na região era muito pior do que ele pensava. Quando ele foi para lá a sua mãe, que o adorava, fez uma mala farta de roupas, agasalhos, meias, etc. Vendo aquela pobreza, os homens que trabalhavam na terra quase só para comer e, como Cristo deu tudo aos pobres, ele começa a dar tudo o que ele tem, as suas roupas para os pobres. Passa dias sem comer porque o que recebia dos pais ele dava aos pobres. Fica praticamente sem roupas, quase não toma banho e muito sujo. Multiplicaram-se nesse período os desenhos com que retratava, em suas cartas, a vida daquela gente. Por 2 anos não tem nada escrito que fale como ele sobreviveu esse tempo. Estava em uma profunda crise mística, mas sabia que seria um grande pintor. Ele sempre sabia que seria e se considerava um grande pintor. Quando ele ficou péssimo, a congregação o despede, porque estava afastando os pobres da Igreja. Seu pai preocupado com as condições que o filho vivia, foi buscá-lo de volta para a casa. Van Gogh, em sua casa, volta a pintar com a mesma paixão que ele teve no misticismo. Vai pintar muito o que tinha visto em Borinage. Viajou a Courrières, distrito mineiro do norte da França. Passou a estudar desenho em Bruxelas com um jovem estudante da Academia, Anthon Von Rappard. Acolhido como amigo, aprendeu, em seu estúdio, perspectiva e anatomia humana. Em abril de 1881 foi visitar Théo em Etten. Em Haia recebe um conselho de um primo artista também, o de desenhar diretamente temas da natureza. Passou a desenhar seus pais, sua irmã e camponeses em seus afazeres. Perto de sua casa tinha uma viúva muito bonita chamada Kee Vos, que era uma prima afastada. Apaixona-se perdidamente por ela, também. Mas a família foi contra o relacionamento porque ela era viúva recente e prima. Ela estava começando a gostar dele. Quando a família ficou em cima, dizendo que iria pegar mal na sociedade, ela pulou fora do relacionamento indo morar com os seus pais em Amsterdã. Mais uma vez não deu certo sua vida amorosa. Resolve voltar para Haia, pobre e seus pais resolvem não ajudá-lo mais. Théo começa a sustentá-lo a partir daí. Ele estava tão pobre que o dinheiro que recebia do irmão era pouco para comprar o material de pintura. Em 1882 vai morar num quarto horrível em uma casa, dividindo o quarto com uma prostituta chamada Christine Sien. Ela tinha um bebê e estava grávida de outro. Vai pintar obras fantásticas dessa prostituta. Ele queria viver e casar com ela. Ela o aceitou, mas estava doente com tuberculose. Théo vai escrever que se ele continuar com essa mulher ele vai parar de mandar dinheiro para sustentá-lo. Um dos quadros mais bonitos que vai pintar sobre ela chama-se "Tristeza". A ligação não durou muito. Depois do parto ela voltou a beber Gogh não teve mais como ajudá-la. Quando ele decidiu mudar-se para o campo, Christine nãoeoVan acompanhou. Em 1883 Van Gogh vai à Holanda ver seu pai que tinha uma nova paróquia e sentindo-se incompreendido foi viver em dois quartos alugados nas proximidades. Um deles era o seu estúdio onde em 1885 vai pintar uma de suas mais famosas obras "Os Comedores de Batatas". Pintou também "Camponesa Varrendo", "Natureza Morta com Cinco Garrafas e Tigela", etc.
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Em 1884, mudou-se novamente para França. O motivo talvez tenha sido a morte do seu pai ou então o desejo de estar perto do irmão que se mudara para Paris. Vai de qualquer modo deixar a Holanda para sempre. Antes de seguir para Paris, porém, ficou em Antuérpia alguns meses. As pinturas de Rubens estavam espalhadas pelas igrejas e museus da cidade. Fica impressionado com essas obras. É aí que vai pintar seu primeiro auto-retrato. Volta a Paris onde passará dois anos frutíferos entre 1886 e 1888. O impressionismo estava no auge. Vai morar com seu irmão, que gerenciava uma galeria em Mont Martre, em um apartamento muito bonito, no bairro dos intelectuais e dos artistas. Fica encantado com a luz do impressionismo e pinta algumas obras totalmente impressionistas. Resolve se matricular em uma Academia de pintura acadêmica. Mas, só serviu para ele fazer desenhos sobre nus. Em seguida fica muito amigo de Pissarro e Paul Gauguim. Vai conhecer Manet, Monet, Renoir, Degas e achava que todos eram antipáticos e metidos. Não chega a ficar íntimo. Continua a pintar como impressionista. Descobre a cor e escreve para o Théo: "A cor expressa algo em si, simplesmente porque ela existe. Deve-se aproveitar sempre isso, pois a cor é bela e o belo é sempre verdadeiro". Vai começar a pintar cada vez mais rápido. Van Gogh destoava dos outros artistas porque os outros eram de família rica, viviam bem, freqüentavam as grandes galerias, os grandes cafés e ele não. Van Gogh e Toulouse Lautrec que também tinha uma vida bem à parte, eram mais boêmios. Van Gogh não conseguia expor o que pintava. Expor para os impressionistas ainda era um obstáculo quase intransponível. Pede a Théo, já que não consegue vender, que dê ajuda financeira à ele. Van Gogh sai de Paris e vai para uma cidade no sul da França chamada Arles, onde fará as pinturas que mais conhecemos hoje. Cidade próxima de Marsseilles. O sul da França para ele tinha uma equivalência com o Japão. Aluga um sobrado amarelo numa praça chamada "La Martine". Lá ele faz amizade com todo mundo. Vai pintar o carteiro, o padeiro, pinta todo mundo. Fica íntimo da família do carteiro. Fica muito amigo do proprietário do café e do tenente do exército. Resolve fazer uma colônia de artistas. Vai convidar todo mundo para viver com ele ali. O primeiro que quis que morasse com ele foi Gauguin. Pelo histórico Van Gogh deve ter sido bissexual devido a tendência de gostar de mulheres e homens. Teve uma paixão por Paul Gauguin onde via a coragem nele, que ele não tinha, de ter abandonado toda a família e tudo para morar em Taiti (?). Nessa época ainda não tinha crise nenhuma e estava pintando muitos quadros impressionistas em Arles. Quando chega o verão, Van Gogh fica apaixonado pelo sol que era tão forte a ponto de perturbar as vistas. O sol do sul da França parecia explodir de tão forte e era o sol que ele chegou a pintar exatamente como era mais tarde. Disse para o seu irmão que aquela era a pátria dele e que gostaria de viver para sempre lá. Não acreditava que300 nãoquadros tivesse vivido lá anteriormente. entra numa fase furiosa de pintar onde vai fazer uns em menos de 4 meses. Van Gogh A luz vai iluminar os girassóis que pinta. Vai escrever: "Eu quero a luz que vem de dentro, eu quero que as cores representem as minhas emoções, quero que as cores representem o meu coração". Pinta a família Rolan. Em outubro chega Paul Gauguin para trabalhar com Van Gogh.
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Gauguin era muito organizado com tudo, com as tintas, os pincéis e muito cheio de vida. Não gostou da cidade achando-a muito parada, monótona, irritando-se muito com Van Gogh. Eles eram completamente diferentes. Van Gogh queria que Gauguin pintasse a mesma figura que ele e ficava discutindo sobre a pintura que saía diferente uma da outra. Eles brigavam o tempo todo. No meio a uma discussão feia, Van Gogh jogou na cara do Gauguin que o Théo estava sustentando ele também. Gauguin ficou muito nervoso e Van Gogh ameaçou ele com uma navalha. Gauguin jogou vinho na cara do Van Gogh e foi embora para morar em um prostíbulo. Van Gogh desesperado declara que gostava muito dele e de todas as formas. Isso perturbou mais Gauguin dizendo que jamais pisaria ali novamente. Gauguin era muito macho. Van Gogh corta o lóbulo da orelha e o embrulha pedindo para entregarem à Gauguin, no prostíbulo. Cria um clima muito negativo para ele, todas as pessoas de Arles passam a detestá-lo por isso. Acham que Van Gogh era louco e pedem para que o prefeito de Arles expulsem-no da cidade. Théo pergunta para o Van Gogh o que achava que deveria fazer. Van Gogh pede ao irmão que o leve para um hospital psiquiátrico (não para completamente loucos) chamado Saint Paul, próximo a Arles onde vai ficar 10 dias internado. Ao sair do hospital, após suas crises, volta para sua casa amarela, ainda em Arles. É nesse momento então que vai pintar, em frente ao espelho, o seu quadro onde aparece com a orelha cortada. O seu olhar era de espanto, de mágoa, tem uma melancolia muito forte. Volta a trabalhar com muita fúria. Em maio de 1889 ele fala para o Théo que não dava para viver assim e que precisava ficar um tempo maior internado para melhorar e tomar remédio. Tinha uma consciência muito grande do que tinha. Vai para um outro hospital chamado Saint Rémy, onde irá pintar o seu quarto, a janela, enfim, todo o hospital. Ele adorava pintar lá. Os médicos deixaram que ele transformasse o seu quanto em um atelier. Vai querer sair para pintar lá fora também. Os médicos consentiram mas com a condição de que fosse vigiado por um guarda. Pintava, ao redor do hospital até ao anoitecer. Vivia intensamente cada momento de sua vida. Nesse momento escreve novamente para Théo: "Na vida de um artista, a morte talvez não seja a coisa mais difícil" (já começa daí a ter idéias sobre a morte). Estando tão bem no hospital em Saint Rémy, passava a pintar muitas paisagens que agrediam pela sua violência. Ele já estava completamente expressionista distorcendo a imagem por vê-la também distorcida. Começou a ter outra vez uma série de crises místicas, achando que era "Deus" e que podia reformar o mundo. Vê anjos e demônios. Cada vez que tinha uma crise e voltava muito fraco e abatido. Van Gogh achava que tinha perdido muito tempo durante sua crise sem pintar que fora dela passava a pintar tudo muito rápido em busca do tempo perdido. Mandava seus quadros para Théo que não conseguia vendêlos. achava um seus grande pintor e por isso não acreditava porque não conseguia vender nada. ThéoEle vaiseacumulando quadros. Um dia um pintor pontilhista chamado Signac vendo um quadro de Van Gogh, na casa de Théo, fica encantado. Vai visitar Van Gogh e faz com que um amigo seu, dono de um jornal da França, publique sua primeira e única crítica, muito elogiosa, do seu trabalho.
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Pensou que essa crítica fosse ajudar a vender algum quadro, mas isso não ocorre. Somente seis meses após essa publicação alguém resolve comprar o quadro "A vinha vermelha". Foi o único quadro de Van Gogh vendido durante toda sua vida. Não se sabe onde se encontra esse quadro. Dr. Gachet, que era muito amigo de Théo, psiquiatra muito famoso na Europa, amigo dos artistas e que tinha uma visão muito moderna da psiquiatria, entrevista Van Gogh, achando-o fantástico, notável e cheio de problemas. Diz a Théo que vai cuidar dele, já que é um grande artista, fazendo um preço especial. Van Gogh vai gostar muito dele. Dr. Gachet fala para o Théo que a situação de Van Gogh era grave e que estava no limite da loucura. Disse que não adiantava prendê-lo. Van Gogh tinha que ter a liberdade de trabalhar ao ar livre e pintar o que quisesse para depois voltar para casa, sem guarda para tomar conta dele. Dr. Gachet toda vez que ia a Paris trazia tintas, pincéis, telas, toda estrutura para que ele pudesse pintar. Nesse período, no final de sua vida, ele pinta os seus famosos quadros: "Os Ciprestes", "O Trigal com Corvos", "Retrato do Dr. Gachet". Todos violentos, retorcidos. Nessa fase Van Gogh consegue uma certa paz interior ao encontrar alguém que o compreende, além do seu irmão. E ele consegue colocar na tela todo aquele desespero interior. Pinta mais de 200 desenhos e mais de 40 quadros a óleo em menos de 2 meses. Vai confiar muito no médico. Um dia, que ele está muito feliz, escreve para Théo. Em outro dia ele entra numa crise horrível, quando começa a ter mania de perseguição. Diz a Théo que o Dr. Gachet estava querendo matá-lo e depois voltando atrás dizendo que não. Falava que gostava do Dr. Gachet e que precisava sair para respirar. Dr.Gachet perguntou para onde gostaria de ir e ele respondeu à “Paris”. O médico achou que ele não devia ir sozinho e resolve acompanhá-lo até Paris onde vai encontrar Toulouse Lautrec. Van Gogh é bem recebido por ele, mas Lautrec conversa com o médico pois o acha muito perturbado. Van Gogh não quer ver o irmão e Théo fica muito magoado. O médico consegue explicar que ele estava passando por uma crise dificílima e que tinha que fazer isso. Toulouse Lautrec, Pissarro, Sisley, fazem uma estrutura para ele pintar um pouco melhor. Acaba então o momento de Paris onde ficou apenas 10 dias e volta com o médico para "Anvers", que era próximo a Saint Rémy, no sul da França, ficando em uma casa bem próxima a do Dr. Gachet. Pinta seus últimos trabalhos e começa a aceitar a sua doença achando que não tinha mais jeito, porque além de ser maníaco-depressivo, descobre que era epiléptico (devido às crises em que rolava no chão) ou esquizofrênico. Hoje em dia, acham que ele deve ter tido uma lesão cerebral ocorrida no parto. Em 27 de julho de 1890, Van Gogh, num domingo ensolarado (detestava domingos onde o tempo parava e ele era muito ativo), vai para um campo de trigo bem próximo a sua casa, sozinho, com um revólver na mão. O sol e os grãos estavam bem dourados, céu incrivelmente azul, pinta seu últimosocorrê-lo. quadro e Ele dá um no na seuhora, peito. O filhomuito do Dr.tranqüilo Gachet houve o tiro e sai correndo, tentando nãotiro morre estando e lúcido. É carregado para a casa do Dr. Gachet onde passa a noite fumando cachimbo esperando por seu irmão Théo. Ele dizia que não poderia morrer enquanto seu irmão não chegasse. No dia 29, dois dias depois, ainda vivo, com Théo segurando sua mão, morre na presença do Dr. Gachet e dizendo ao seu irmão: "A miséria teve fim". Ele tinha 37 anos.
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No sótão da galeria Gropil de Paris, onde Théo tomava conta dessa galeria, existiam 700 quadros de Van Gogh sem comprador. Deve ter pintado mais de 1000 obras, telas pequenas. Técnicas de pinturas utilizadas por Van Gogh: Suas primeiras influências foram os pintores holandeses como Rembrandt, Vermeer, depois os pintores franceses como Delacroix. Gostava demais de Millet. Teve uma fase impressionista bem curta. Pinta a sua realidade e o que vive. Sua pintura é como um diário, uma reflexão profunda do seu ser. Passa para sua pintura toda a sua perturbação e toda a sua tristeza. Escreve para o Théo: "Quando eu começo a pintar, procuro uma técnica simples que não é impressionismo e nem pontilhismo. Eu quero pintar de uma forma que todo mundo que tenha dois olhos possa ver claro. Isso é o que eu chamo de simplicidade técnica". Pinta muita figura humana e fala para o Théo: "Amo mais pintar os olhos dos homens do que as catedrais, por que nos olhos deles há o que não existe em nenhuma catedral e em nenhuma construção. Os olhos dos homens são imponentes e majestosos." Exagerou muito nas cores, pintava com grossas camadas de tintas. Muitas vezes pegava o tubo e colocava a tinta diretamente na tela. As vezes pintava com o dedo, muita espátula, dava uma textura muito grande à sua tela. Essa técnica chama-se "empaste". "Quando se estuda Van Gogh corre-se o risco de se apaixonar. Não se sabe bem se pelo pintor, pelo homem ou se pelo seu trabalho. Corre-se o risco de se fazer dele um herói e de se fazer dele distante. Corre-se o risco de se perder no turbilhão confuso de sua pintura. E corre-se o risco de cada vez mais entender Van Gogh” Van Gogh era um homem de uma riqueza interior genial, homem incomum, embatido pelos sintomas da doença, dominado pela doença, mas que sobreviveu através de sua pintura. É um grande pintor de todos os séculos. É chamado de pintor expressionista. Mas, um expressionista sempre deforma com apelo à emoção e apelo social. Van Gogh não vai deformar com um apelo social em sua fase expressionista. O seu apelo social ocorreu antes dele entrar nessa fase. Ele pintava muito para ele próprio. O seu apelo era para ele mesmo e não para a pessoa que estivesse vendo a sua pintura. Essa distorção era feita para ele e não importava se você entendesse ou não. Ele queria pintar somente o que ele sentia. Não procurou agradar nunca os outros, somente ele. Nunca concordou quando Théo pedia para ele distorcer menos para que suas obras fossem vendáveis.
A HISTÓRIA DE DOIS AMIGOS Van Gogh conheceu Gauguin poucos meses antes, em Paris, e ficará fascinado com a personalidade arrebatadora desse artista aventureiro que acabava de voltar do Panamá e da Martinica com uns quadros cheios de luz e deEntão vida primitiva, como a que ele que reclamava paraa contra balançar "a decadência do Ocidente". pedira a seu irmão Theo o ajudasse convencer Gauguin que fosse à Provença morar com ele. Ali, nessa casa amarela, fundariam uma comunidade de artistas, da qual seriam os pioneiros. Gauguin a dirigiria e novos pintores chegariam para integrar essa confraria ou comuna fraternal, onde tudo seria partilhado, se viveria pela e para a beleza e não existiriam a propriedade privada nem o dinheiro.
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Os dois meses que Van Gogh e Gauguin passaram em Arles, entre outubro e dezembro de 1888, são os mais misteriosos de suas biografias. Véspera de Natal de 1888, uma discussão no Café Estação, enquanto bebiam absinto, termina de modo abrupto: o holandês lança sua taça contra o amigo, que mal se desvia dela. No dia seguinte lhe comunica a intenção de mudar-se para um hotel pois, lhe diz, caso o episódio se repetisse, ele poderia reagir com igual violência e apertarlhe o pescoço. Ao anoitecer, quando está atravessando o Parque Victor Hugo, Gauguin sente passos às suas costas. Volta-se e vê Van Gogh com uma navalha na mão, que, ao se sentir descoberto, foge. Guaguin vai passar a noite num hotelzinho próximo. Às 7 da manhã volta à Casa Amarela, em Arles e a descobre rodeada de vizinhos e policiais. Na véspera, depois do incidente no parque, Van Gogh havia cortado parte da orelha esquerda, levando-a, embrulhada num jornal a Rachel, prostituta com quem Van Gogh saia, no bordel de madame Virginie. Depois havia voltado ao seu quarto e ido dormir em meio a um mar de sangue. Gauguin e os policias o transferem para o Hotel Dieu e Gauguin parte para Paris na mesma noite. Embora nunca voltassem a ver-se, nos meses seguintes, enquanto Van Gogh permanecia um ano inteiro no sanatório de Saint Rémy, os amigos de Arles trocaram algumas cartas, nas quais o episódio da mutilação da orelha e suas experiências em Arles primam pela ausência. 'Quando do suicídio de Van Gogh, um ano e meio depois, com uma bala de revólver no estômago, em Auvers-sur-Oise, Gauguin fará um comentário brevíssimo e ríspido, como se tratasse de alguém muito alheio a ele ("Foi uma sorte para ele, o fim de seus sofrimentos."). E nos anos seguintes evitará falar do holandês, como que assediado por um incômodo permanente. No entanto, é óbvio que não o esqueceu, que essa ausência esteve muito presente nos 15 anos de vida que lhe restavam, talvez de um modo que nem sequer foi sempre consciente. Por que se empenhou em semear girassóis diante de sua cabana em Punaauia, no Taiti, quando todo mundo lhe garantira que essa flor exótica nunca havia conseguido aclimatar-se na Polinésia? Mas o "selvagem peruano", como gostava de se chamar, era teimoso e pediu sementes a seu amigo Daniel de Monfreid, e trabalhou a terra com tal perseverança que afinal seus vizinhos indígenas e os missionários daquele lugar perdido, Punaauia, puderam deleitar-se com aquelas estranhas flores amarelas que acompanhavam a trajetória do Sol.
PAUL CÈZANNE (1839-1906) Sua tendência foi converter os elementos naturais em figuras geométricas - como cilindros, cones e esferas - acentua-se cada vez mais, de tal forma que se torna impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos. Obras Destacadas: Castelo de Médan e Madame Cézanne
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TOULOUSE-LAUTREC (1864-1901) Henry Marie Raymond de Toulouse Lautrec
“A idéia da pintura como obra de arte elevada, executada necessariamente em óleo sobre tela, desagradava a Toulouse-Lautrec. Em 1891 ele criou seu primeiro cartaz de propaganda, "Moulin Rouge -- La Goulue", que foi afixado nos muros de Paris. As prostitutas, dançarinas de cancã dos cabarés e outros personagens da vida noturna parisiense da década de 1890 eram seus modelos prediletos.” Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa nasceu em Albi, França, em 24 de novembro de 1864. De família aristocrática, recebeu educação artística e praticou esportes até os 14 anos, quando sofreu um acidente e quebrou o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, quebrou o direito. Nunca pôde se restabelecer e suas pernas atrofiadas e disformes dificultavam-lhe a locomoção. Dedicou então cada vez mais tempo à pintura. Em 1872, em Paris, ingressou no Liceu Fontanes (posterior Liceu Condorcet) e, em 1881, depois de bacharelar-se, enfrentou a oposição familiar e decidiu tornar-se pintor. Um de seus primeiros mestres profissionais, Léon-Joseph-Florentin Bonnat -- veemente defensor das normas acadêmicas e contrário aos impressionistas --, abominava os desenhos do aluno. Em 1883, Toulouse-Lautrec passou ao estúdio de Fernand Cormon, onde conheceu Van Gogh e Émile Bernard. Apesar do apoio do novo mestre, sentia a estética acadêmica como algo cada vez mais restritivo e insuportável. Montou um estúdio particular em meados da década de 1880 e passou a freqüentar os teatros e cabarés do bairro parisiense de Montmartre, que tornaria célebres em sua obra. Ao contrário dos impressionistas, demonstrou pouco interesse pelas paisagens e dedicou-se aos interiores. São famosos "Moulin Rouge", "Au salon de la rue des Moulins" e inúmeros retratos, gênero a que conferiu incomum aprofundamento psicológico com grande economia de meios. O estilo pessoal de Toulouse-Lautrec, de linhas livres e onduladas, transgride freqüentemente as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da expressividade. As cores intensas, em combinações rítmicas, sugerem movimento. As figuras são situadas na tela de forma a que as pernas não fiquem visíveis. Interpretada como reação à condição física do próprio artista, essa característica elimina a obviedade do movimento, que passa a ser apenas sugerido. A simplificação do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor caracterizam os cartazes, que estão entre suas obras mais significativas. A partir de 1892, Toulouse-Lautrec dedicou-se à litografia. Entre as mais de 300 que produziu, destaca-se a série Elles, sensível panorama da vida nos bordéis. O surgimento da série coincidiu com a deterioração de seu estado físico e mental. Entregouse ao alcoolismo e seus modos irônicos não disfarçavam o sofrimento decorrente de sua deformidade. Em 1899, após grave colapso nervoso, passou alguns meses num sanatório mas, no ano seguinte, voltou a beber.
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Henri de Toulouse-Lautrec morreu no castelo de Malromé, Gironde, França, em 9 de setembro de 1901. Apesar da excepcional popularidade de seus cartazes publicitários, como os que fez para Aristide Bruant, Jane Avril, May Belfort e outros artistas, além das numerosas litografias, só posteriormente reconheceu-se a importância de sua obra, que prefigurou revolucionários movimentos artísticos do Século 20, como o fauvismo, o cubismo e o expressionismo.
AMEDEO MODIGLIANI (1884-1920) Um dos principais integrantes da escola de Paris, Modigliani marcou a pintura da primeira metade do século XX com suas figuras alongadas, que se destacam pelo despojamento e pela estilização. Amedeo Clemente Modigliani nasceu na cidade italiana de Livorno, em 12 de julho de 1884, filho de abastada família judia. Por causa da saúde precária não recebeu educação formal e voltou-se para o estudo da pintura, que iniciou na cidade natal e prosseguiu em Veneza e Florença. Em 1906 mudou-se para Paris e, ao fim de três anos de vida boêmia, executou uma de suas obras mais importantes: "O violoncelista", que expôs no Salão dos Independentes de 1909. O encontro com o escultor Constantin Brancusi marcou a carreira de Modigliani, que por um longo período abandonou a pintura pela escultura. Impressionado pelo cubismo, muito influenciado por Cézanne, Toulouse-Lautrec e Picasso, o artista executou nesse período esculturas nas quais se misturam influências da escola de Siena e da arte da África negra, sobretudo das esculturas do Congo e do Gabão. Também a influência dos kouroi (esculturas gregas que representam jovens atletas desnudos) se faz sentir nesses trabalhos, que Modigliani esculpia sempre diretamente na pedra, na tentativa de preservar a unidade plástica do bloco. Essa fase se prolongou até 1914, quando o artista, sem dispor dos recursos necessários à produção de esculturas, retornou à pintura. Os temas preferidos de Modigliani foram, a partir de então, os retratos e os nus femininos com modelos que, segundo o artista, expressavam "a muda aceitação da vida". Com o raro dom de conseguir uma imediata empatia entre seus retratos e o observador, dotou suas figuras de uma sensualidade que se transmite não pela nudez, mas pelo movimento e pelo alongamento dos traços. Essa breve fase final do artista foi a mais importante de sua obra, caracterizada por um despojamento que alguns críticos creditaram a sua inclinação para a escultura. Modigliani morreu em Paris, em 24 de janeiro de 1920.
KIRCHNER (1880-1938) Foi um dos fundadores do grupo de pintura expressionista Die Brücke. Influenciado pelo cubismo e fauvismo, o pintor alemão deu formas geométricas às cores e despojou-as de sua função decorativa por meio de contrastes agressivos, com o fim de manifestar sua verdadeira
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visão da realidade. Tendo concluído seus estudos de arquitetura na cidade de Dresden, Kirchner continuou sua formação na cidade de Munique. Pouco tempo depois reuniu-se com os pintores Heckel e Schmidt-Rottluf em Berlim, com os quais, motivados pela leitura de Nietzsche, fundou o grupo Die Brücke (A Ponte, numa referência à frase do escritor: “...a ponte que conduz ao super-homem”). Veio então a época em que os pintores se reuniam numa casa de veraneio em Moritzburg e se dedicavam apenas ao que mais lhes interessava: pintar. Dessa época são os quadros mais ousados de paisagens e nus, bem como cenas circenses e de variedades. Em 1914 Kirchner foi convocado para a guerra, e um ano depois tentou o suicídio. Quando suas mãos se recuperaram do ferimento, voltou a pintar ao ar livre, em sua casa ao pé dos Alpes. Quando finalmente sua contribuição para a arte alemã foi reconhecida, foi nomeado membro da academia de Berlim, em 1931, para seis anos mais tarde, durante o nazismo, ver sua obra ser destruída e desprestigiada pelos órgãos de censura. Kirchner tentou mostrar em toda a sua produção pictórica uma realidade de pesadelo e decadência. Sensivelmente influenciado pelos desastres da guerra, seus quadros se transformaram num amontoado neurótico de cores contrastantes e agressivas, produto de uma profunda tristeza.No final de 1938 o pintor pôs fim à própria vida. Suas obras mais importantes estão dispersas pelos museus de arte moderna mais importantes da Alemanha.
PAUL KLEE (1879-1940) Considerado um dos artistas mais originais do movimento expressionista. Convencido de que a realidade artística era totalmente diferente da observada na natureza, este pintor dedicou-se durante a toda sua carreira a buscar o ponto de encontro entre realidade e espírito. A exemplo de Kandinski, Klee estudou com o mestre Von Stuck em Munique. Depois de uma viagem pela Itália, entrou em contato com os pintores da Nova Associação de Artistas e finalmente uniu-se ao grupo de artistas do Der Blaue Reiter. Em 1912 viajou para Paris, onde se encontrou com Delaunay, que seria de vital importância para suas obras posteriores. Klee escreveu: "A cor, como a forma, pode expressar ritmo e movimento". Mas a grande descoberta ocorreria dois anos depois, em sua primeira viagem a Túnis. As formas cúbicas da arquitetura e os graciosos arabescos na terracota deixaram sua marca na obra do pintor. Iniciou uma fase de grande produtividade, com quadros de caráter quase surrealista, criados, segundo o pintor, em cima de "matéria e sonhos". Entre eles merecem ser mencionados Anatomia de Afrodite, Demônios, Flores Noturnas e Villa R. Depois de lutar durante dois anos na Primeira Guerra, Klee juntou-se em 1924 ao grupo Die vier Blauen, mas antes apresentou suas obras Paris, naem primeira exposição surrealistas. Paralelamente, começou a trabalhar comoem professor Dusseldorf e maisdos tarde na escola da Bauhaus em Weimar. Em 1933, Klee emigrou para a Suíça. Sua última exposição em vida aconteceu em Basiléia, em 1940. Além de sua obra pictórica, Klee deixou vários trabalhos escritos que resumem seu pensamento artístico.
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O EXPRESSIONISMO O expressionismo sempre existiu e sempre vai denunciar, registrar a dor humana. O expressionismo nunca vai pintar sobre aquela emoção gostosa que se observa nos quadros impressionistas, a belle epoque. O expressionismo, que sempre existiu, não pode ser chamado de um simples estilo. É uma constante na história da arte. Desde que o homem é homem ele faz expressionismo embora não fosse consciente dessa denominação. O expressionismo vai surgir, como corrente artística, no princípio do século XX. Desde a pré história, quando o homem deformava um bisonte ou abutre, ele já era expressionista deformando por necessidade própria. Goya, no final de sua vida, já era expressionista sem saber. Deformava em uma busca muito forte, um apelo a sua emoção, do que estava acontecendo no seu país. Esse termo vai existir também na música. Ex.: música expressionista. Tanto o abstracionismo quanto o expressionismo estão muito fortes ainda no século XX. O impressionismo continua forte somente na forma e não mais no conteúdo. Ninguém vai pintar mais sobre a “belle epoque” pois, não tem mais sentido de pintar o impressionismo hoje com o conteúdo do século passado. Pode-se usar a mesma técnica hoje, mas com conteúdo atual. O expressionismo vai surgir entre 1904 a 1909, mudando tudo sobre a estética grega que estávamos acostumados a ter como padrão ou ideal de beleza. Existem dois aspectos no expressionismo: o aspecto técnico e o psicológico. O aspecto técnico é aquela acentuação bem forte, bem preta dos contornos ao redor das figuras, ao redor de tudo. É muito forte, muito violento. Pode ser preto, roxo, vermelho, não importa a cor, mas sempre vai ter contrastes violentos no interior da figura. Normalmente usam cores puras. No aspecto psicológico é uma arte quase que de instinto, porque as pinceladas são muito nervosas, muito rápidas, o oposto da pincelada delicada do impressionista. Os primeiros artistas plásticos que foram chamados de expressionistas foram os alemães. Foi publicada pela primeira vez em uma revista alemã chamada de "A tempestade". Essa revista veio a comentar que aqueles artistas expressavam só dor, amargura, etc. Obs.: Quase todas as principais correntes expressionistas são nórdicas. Lá existe uma falta de comunicação muito grande, o tempo é ruim com pouco sol, ficando meses trancados em casa por causa das tempestades de neve. Essa falta de comunicação, solidão interior, de não facilidade para se expandir e falar com o próximo é que faz com que surja o expressionismo. Vem do comportamento introvertido do homem, quando ocorre uma grande catarse que se projetará na pintura, música, fotos, filmes, etc. É muito forte na Alemanha e nos países nórdicos. Artistas alemães do princípio do século: Edward Münch (papa dos expressionistas)
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Kirchiner, Ernest L. Karl Schimt Rotluff Otto Muller Emil Nolde Esses alemães vão fazer um trabalho chamado "A Ponte". Esse grupo é fantástico formado por três artistas citados anteriormente excluindo-se Edward Münch e Emil Nolde. "A Ponte" significa a ligação entre o visível e o invisível. Nesse principio do século XX vai aparecer todos os “ismos” como: cubismo, dadaísmo, expressionismo, abstracionismo, fovismo, etc. É lógico que essas correntes vão ter influências entre si. Todas essa correntes do principio do século vão ter influência da arte selvagem (dos africanos). “Arte selvagem” é a arte da descoberta da existência da África. Como o Picasso, todos os pintores expressionistas vão descobri-la. Portanto, o expressionismo tem a ver com a arte selvagem. "A Ponte" também vai ter alguma coisa de arte selvagem, como todas essas correntes do princípio do século que ficam encantadas com essa arte. Eles vão pensar que o homem é livre. É uma arte muito instintiva, fantástica e onde colocam tudo o que eles sentem e sem muitos parâmetros com a arte acadêmica. Normalmente a Arte Selvagem está muito ligada principalmente à arte da Polinésia Francesa. A arte da Polinésia é muito expressionista. Essa influência "exótica" foi muito forte para os franceses e para os nórdicos. Os impressionistas eram muito “doces” para esse “amargo” nórdico. Os principais enfoques do expressionismo são: No aspecto social, o interesse pelo drama individual (oposto do impressionismo que só retratava o belo). Protesto contra tudo, contra a burguesia (o expressionismo sempre vai ser um protesto). Tudo é exagerado e tudo é distorcido para retratar "aquela emoção, aquela dor". É a própria deformação da figura. Quando o artista deforma a figura ele obedece a um desejo de fazer um apelo à emoção com muito vigor até mesmo na alegria. Expressionista é a emoção e o Impressionista a sensação. Dentro da estética da arte existem 3 formas para representar o mundo: Realismo (Pintura hiper-realista) Idealismo (Pintura clássica grega, acadêmica, renascentista, impressionismo, realista, néo-clássica) Expressionismo (Pintura barroca, cubista, primitiva, abstrata) O realismo é quando o pintor representa o mundo exatamente como é, com perfeição, parecendo uma fotografia. Registra fielmente possível aquilo que os sentidos percebe. O idealismo é a busca da beleza ideal superior a beleza, que se encontra dentro da própria pessoa. É a representação mais usada no mundo todo. Todo o classicismo grego é idealista, como também é no renascimento.
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O expressionismo é praticamente o século XX. Rousseau é um pintor primitivo, ou melhor "Naífe" (porque não nasceu na floresta e sim na França) vai pintar muito sobre a selva. Primitivo é o homem que nasce na selva. Rousseau nunca tinha visto uma floresta na vida, mas pegou um livro de estória de seu filho e de lá tirou a imagem do macaco, do leão, etc. É um pintor de 1885 ou 1886, da época dos impressionistas, só que vai pintar de forma primitiva. “Primitivo” é o homem que nasce na selva. “Naífe” é o homem civilizado que sabe ler, nasceu na cidade e vai pintar de uma forma primitiva. Um assunto expressionista é sempre distorcido, amargo, dolorido. O expressionismo não é belo no sentido da estética. A caricatura também é expressionista, porque distorce para representar algo interessante e tem humor. Uma obra expressionista é um golpe para quem a vê. Mexe com a cabeça, com as emoções. O expressionismo vai expandir fortemente antes da 1a. Guerra Mundial, na Alemanha. Com a guerra, os pintores se dispersaram tanto que quase acabaram com a corrente, ressurgindo novamente mais tarde. A corrente expressionista tem uma forte distorção, mas cada um tem o seu estado mental que pode colocar no seu trabalho. Não existe uma regra ou característica muito unida, como no renascimento, no barroco (com a diagonal e sem uma figura no centro), etc. Só pode ser colocado que se caracteriza pela distorção, uso de cores fortes, mas o estado mental difere de cada um que pinta. Tudo é possível. Existe uma abertura muito maior que no impressionismo. Os pintores expressionistas não eram muito unidos. Existia uma diferença de conteúdo entre os pintores expressionistas nórdicos alemães e os pintores nórdicos franceses. Ex.: Edward Münch pintou muito sobre a morte, pois seu pai era médico e Münch presenciou esse assunto. Rotluff, pintor francês expressionista, é latino e vai pintar muito a igreja católica, os santos, como se fossem vitrais e a Joana D'Arc (que vai fazer um contorno preto na figura da Joana D'Arc como se fosse vitral). Vai pegar uma santa que jamais será tema dos expressionistas nórdicos alemães. O conteúdo é muito de cada um. Portinari é expressionista, nascido no Brasil. O seu conteúdo será sobre os retirantes, que é um assunto brasileiro. Jamais seria um conteúdo dos países nórdicos. Não tem nenhuma aberração, a dor é bonita. O individualismo em um pintor expressionista é muito forte. O impressionista vivia sempre em grupos. O homem do tem século XX écaracterística extremamente individualista, A personalidade pintor expressionista como a necessidade de fragmentado. se isolar para criar uma técnicado própria adequada para os seus fins pessoais expressivos. "A Ponte", que surgira no início do século XX (1905-1906) e queria ligar os 2 mundos, acabou em 1913 por causa da guerra, separando esses pintores. O nome expressionismo surgiu em 1912.
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Surge um outro grupo de expressionismo chamado de "O cavaleiro azul", na Alemanha. Eles eram partidários do abstracionismo. Um pintor chamado Franz Marc pintou um quadro chamado "Cavaleiro Azul". Outros pintores acharam fantástico o seu trabalho e se reuniram ao seu redor formando um grupo chamado Cavaleiro Azul (devido a esse quadro). Esses pintores desse grupo foram: Paul Klee, Kandinsky (grande paixão deles) e Franz Marc. Paul Klee, nasceu em Berna, na Suíça. Em 1921 foi professor de desenho da Bauhauss. Era desenhista supremo. Embora tenha pertencido ao grupo do "Cavaleiro Azul", ele tem que ser separado dos expressionistas por ter uma pintura diferenciada. Entre os artistas modernos ele é o mais individualista. Não segue nenhuma corrente artística. Tinha um mundo próprio por criar leis próprias de perspectiva e de lógica. Criou flores, uma fauna estranha, etc. Alguns críticos acham-no um pouco infantil, às vezes primitivo e louco. Para ele tudo era normal e tinha lógica. Tudo era religioso e mágico. Ele era um homem extremamente intelectual, detalhista e sua arte se desdobra até o infinito. Paul Klee nega a realidade da percepção normal transformando tudo o que você acha que é certo e normal. Paul Klee, que surgiu no expressionismo, acabou deixando de ser para se tornar Paul Klee mesmo. É considerado um dos grandes artistas do século XX. No pós-guerra, os expressionistas ressurgem com grande energia na Alemanha. Hitler, em 1933, vai expulsar todos eles porque achava que pintavam uma arte degenerada, horrível, de gente louca. Exilados, vão ressurgir em várias partes do mundo como no Brasil, Nova York, etc. Os expressionistas usam muita gravura em metal. Expressionistas brasileiros: Mário Gruber Anita Malfati Portinari Grassmann. Expressionistas mexicanos: Diego Rivera Orosco Siqueiros Diego Rivera pintor mexicano, muralista, expressionista, viveu muitos anos na Europamurais e escreveu que teve muita influência de Giotto e Velásquez. Voltou ao México fazendo grandes em edifícios públicos da cidade do México. No Rockfeler Center também se encontra um grande mural dele. Obs.: Jackson Pollock, quando era jovem e foi pintar em Nova York, ficou impressionado pelo mural de Diego Rivera pedindo para que fosse ajudante dele. Pollock acabou ajudando no trabalho de
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Diego Rivera. Esse encontro dos dois não chegou a influenciar na pintura de Pollock. Sua influência se deu mais na “força do homem", na figura do artista, do que na própria técnica. Diego Rivera vai pintar muito o seu folclore, a tradição dos Maias, Astecas, Zapotecas, episódios da mitologia mexicana. Aquela revolução mexicana, muito forte, muito dolorida, gerou uma pintura muito forte. É também muralista. Tem uma linguagem de expressividade muito forte. Vai ter a coragem de pintar numa época muito difícil da realidade mexicana. Ele não pintava a beleza, mas a realidade e por isso sua vida foi difícil por quererem que ele pintasse a beleza. Mas, mesmo assim ele se tornou um pintor de peso. O governo mexicano pedia que ele fizesse sua pintura de determinado forma por precisar do dinheiro americano mas, ele jamais modificou o seu trabalho por causa disso. Ele era um homem de personalidade muito forte.
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FOVISMO Em 1905, em Paris, no Salão de Outono, alguns artistas foram chamados de fauves (em português significa feras), em virtude da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Quem lhes deu este nome foi o crítico Louis Vauxcelles, pois estavam expostas um conjunto de pinturas modernas ao lado de uma estatueta renascentista. Os princípios deste movimento artístico eram: · Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos. · Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias. · A cor pura deve ser exaltada. · As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens. Características da pintura: · Pincelada violente, espontânea e definitiva; · Ausência de ar livre; · Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade; · Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas; · Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
Principais Artistas: MAURICE DE VLAMINCK (1876-1958) Pintor francês, foi o mais autêntico fovista, dizia: "Quero incendiar a Escola de Belas Artes com meus vermelhos e azuis." Adotou mais tarde estilo entre expressionista e realista.
ANDRÉ DERAIN (1880-1954) Pintor francês, dizia: "As cores chegaram a ser para nós cartuchos de dinamite." Por volta de 1900, ligou-se a Maurice de Vlaminck e a Matisse, com os quais se tornou um dos principais pintores fovistas. Nessa fase, pintou figuras e paisagens em brilhantes cores chapadas, recorrendo a traços impulsivos e a pinceladas descontínuas para obter suas composições espontâneas. Após romper com fovismo, 1908,esofreu influências de Cézanne e depois doentonação cubismo. Na década decom 1920,oseus nus, em retratos naturezas-mortas haviam adquirido uma neoclássica, o gradual desaparecimento da gestualidade espontânea das primeiras obras. Seu estilo, desde então, não mudou.
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HENRI MATISSE (1869-1954) Pintor francês, Nas suas pinturas ele não se preocupa como realismo, tanto das figuras como das suas cores. O que interessa é a composição e não as figuras em si, como de pessoas ou de naturezas-mortas. Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma. Dos pintores fovistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Foi, também, escultor, ilustrador e litógrafo.
RAOUL DUFY (1877-1953) Pintor, gravador e decorador francês. Contrastes tonais e a geometrização da forma caracterizaram sua obra. Impressionista a princípio, evoluiu gradativamente para o fovismo, depois de travar contato com Matisse. Morreu um ano depois de receber o prêmio de pintura da bienal de Veneza.
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CUBISMO É o início da idade moderna do mundo, da arte. Em 1900, ano em que Picasso chegou à Paris em sua primeira visita, Freud estava publicando a interpretação dos sonhos. No ano de 1904 Einstein escreve a teoria da relatividade queo vai mudar totalmente conceito do universo. Pode também sersobre notado, no início do século XX, surgimento de muitasodúvidas e interrogações. Dúvidas, por exemplo, sobre o consciente e inconsciente, etc. Na arte também houve uma série de mudanças. Durante cinco séculos, desde o pré-renascimento até hoje, os artistas vão buscar em suas pinturas as aparências externas e o bom pintor será aquele que vai pintar realmente o objeto como ele é. De repente, os pintores, a partir de 1900, vão pintar muito mais o que sentem do que o que vêem. Quando se fala em mudança precisamos falar de um estilo que mudou muito a arte no mundo e provocou uma revolução na estética. Essa mudança foi realizada em 1906, 1907 pelo Picasso quando ele pintou "Le Mademoiseille D'Avignon". Essa revolução foi fantástica. O Cubismo vai ser uma reação contra a afirmação de que o mundo que nos cerca é acadêmico. O cubismo virou 400 anos de arte de pernas para o ar. Os pintores Cubistas como Picasso, Fernando Leger, Braque, Juan Griss, os mais famosos, foram muito apoiados na imprensa pelos escritores que publicavam sobre essa nova arte muito intelectual. A arte Cubista é muito mais conceitual, racional, do que emoçional e de sensação. A arte Cubista é uma arte muito elaborada. O Cubismo se vale muito da memória do fruidor do que dos objetos concretamente vistos pelos olhos. O pintor cubista vai pegar um objeto e quebrá-lo em partes. A minha memória é que vai ter que olhar essas partes e montar novamente o objeto. É por isso que é muito racional. Vai depender muito da minha memória. Emuma umapintura pinturacomo Cubista, o fruidor ter que usar o muito o raciocínio obra. Já em a Barroca ouvai Impressionista fruidor vai usar opara que entender sente paraa entendê-las. O Cubismo procura a essência da visão humana, a particularidade cultural de cada objeto. Para ser um bom pintor cubista na essência certamente será um homem culto. É preciso muito estudo e intelectualidade. É a recuperação da nova visão da arte através de um conceito intelectual, da razão. É extremamente conceitual muito mais que perceptual. Os cubistas vão pintar e representar um objeto através do lado que nós vemos e do lado que nós não vemos desse objeto. Ele vai imaginar, criar fragmentos para representar todos os lados do objeto, segundo o conhecimento intelectual que ele tem dessa representação. O cubismo não aceita nunca o momento estático. Ele é totalmente dinâmico. Vai ser uma nova forma de ver e representar o mundo.
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Os Cubistas não dão valor à perspectiva. Eles constróem espaços pictóricos onde eles determinam as representações. É um espaço pictórico que não tem nada a ver com a representação da realidade. Para que possamos entender Picasso, temos que conhecer o homem e o artista. É muito importante conhecer Picasso porque todas as fases de sua pintura tem muito a ver com a retratação de sua própria vida e da época em que viveu, como exemplo: Durante a segunda guerra mundial quando os alemães bombardeavam Paris e ocorria o black-out, os aliados pediam que colocassem panos escuros roxos nas janelas para que os aviões não avistassem as luzes das casas. Nessa fase toda sua pintura terá panos roxos. Quando morre sua cabra, seu bichinho de estimação, ele vai pintar tudo com cabra, inclusive broches, esculturas, etc. Antes de falar sobre sua vida é preciso deixar registrado a soberba vitalidade de um artista continuamente dedicado à criação até seus últimos momentos de vida. Dono de uma dinâmica constante, Picasso sempre esteve em movimento criando e deixando estilos e frases de forma a garantir uma obra cuja característica básica era a busca de sua individualidade. Ele é extremamente individualista. Foi um homem artista em perene evolução, o que marcou sua obra. “Arte” é uma perene evolução. É busca, é procura. Dificilmente houve alguém que tivesse superado Picasso no sentido do que seria arte do século XX. Sempre numa constante busca e inovação, sua obra é inconfundível. Foi cubista somente 5 anos e depois foi “Picasso”. No museu Gugueheim, em New York, tem 8 obras dele. Essas obras são as melhores de cada fase. Tem muita obra de Picasso em Barcelona, no Museu Moma mas, a do Museu Gugueheim é a melhor. Dizem que foi Matisse que ao olhar o quadro do Picasso com Braque disse: "Você está pintando só cubo! Mas isso é cubismo!" Muitos outros também tiveram a mesma opinião. O movimento cubista se divide em várias fases: FASE CEZANEANA, quando os artistas e principalmente Picasso e Braque se interessam e estudam muito as obras de Cezanne. FASE SINTÉTICA, o artista fragmenta e decompõe, por ex.: o artista vai representar um olho no lugar da testa e o outro na orelha, no próprio rosto, na região a que pertence. Nunca irá colocar o olho no joelho. FASE ANALÍTICA, quando é totalmente fragmentado, por ex.: um olho pode estar localizado no dedo do pé. Você tem que montar a figura toda como em um quebra-cabeça. A sua memória é que vai ter que montar a figura. O objeto nunca vai ser representado como foi visto, mas como foi pensado pelo artista. Na estética da arte, o Cubismo é considerado uma arte bastante intelectualizada. A técnica cubista apresenta várias texturas. Tem aspectos extremamente renovadores para a época, quando começaram a fazer “colagens”.
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Picasso falou o seguinte: "Para que vou pintar um pedaço de madeira, se posso colar a própria madeira na pintura?. O mesmo com o jornal, areia, etc.” Isso vai mudar muito a visão da arte. As letras gráficas vão aparecer com Picasso e Braque. Picasso vai assinar o nome no meio da obra como que fazendo parte dela. O jornal vai ser muito usado na colagem. É o cotidiano. É o novo homem que vai pegar esse hábito de ler jornal, exatamente nessa época que ocorre o cubismo, nesse começo de século. Esse hábito vai ser registrado historicamente nas obras de Picasso. O cubismo sempre vai ser figurativo de um modo geral, mas também pode ser abstrato. Na verdade o abstracionismo tem muito a ver com o cubismo. Quando o cubismo fragmenta tudo chega a ser quase um abstrato. No cubismo analítico, a imagem já é quase um abstrato. Braque e Picasso vão pintar juntos na montanha (onde Cezanne pintava), que parecia um cone, de forma muito parecida e não vão assinar seus nomes, já que era um estudo. Os dois quadros ficaram idênticos. Eles voltaram e surgiram com a idéia da colagem, cada um escolhendo seu pedaço de jornal. Houve muita confusão para que os historiadores identificassem a obra de um e de outro. Teve uma exposição somente com esses trabalhos, na National Gallery de Londres, para que as pessoas soubessem distinguir entre Picasso e Braque. Essa exposição mostrava a diferença entre os dois: Picasso tinha recortes de jornal somente de assuntos alegres sobre touradas, festas, etc. Braque, que era introspectivo, triste, somente recortava assuntos fúnebres, sobre perdas, morte e sempre de circunstâncias do cotidiano como alguém que perdeu uma cadeira, a vida, a mulher, etc. Picasso jamais iria fazer isso. Uma obra cubista tem que ser vista pela razão para depois sentir a emoção. Quanto mais você sabe, mais sentirá essa emoção. Uma obra de arte do século XX, você tem primeiro que saber, entender, para depois sentir a emoção.
PICASSO (1881-1973) Nasceu em 25 de outubro de 1881, Málaga, na Espanha. Seu nome completo é Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remédios Cipriano de La Santíssima Trinidad Ruiz y Picasso. Tinha 2 irmãs e como filho único foi muito mimado. Obs. em "off": Picasso não chorou ao nascer. Um tio chamado Salvador Ruiz, que fumava charuto, entrou no quarto e achou que o nenê não estava respirando. Esse tio sem querer deu uma baforada no rosto da criança que começou a chorar. Por esse fato ele recebeu o nome do tio em
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seu sobrenome. Cada parente que chegava e adorava a criança os pais colocavam o sobrenome no filho, principalmente porque ele era o único menino daquela família que só tinha menina. Essa atitude de se colocar o sobrenome de todos os parentes na criança é muito comum na Espanha. Picasso adorava o pai que sempre o levava às touradas. Numa praça de touros ocorre um espetáculo brilhante com cores vivas, onde os toureiros vão mostrar muita habilidade, muita elegância e também muita crueldade, muito sangue. Essa mescla do brilho, da crueldade, dos odores, da doçura, da beleza, da estética da cor, tudo vai influenciar Picasso para o resto de sua vida. Quando Picasso tinha 14 anos já pintava com perfeição. Foi auto-didata. Com 15 anos o pai já o considerava pintor e resolve alugar um espaço para montar o seu atelier. As pessoas admiravam o fato dele ser tão novo e ter um estúdio montado pelo pai para ele. Nessa época ele vai pintar uma obra chamada "Ciência e Caridade" e o seu pai vai posar como médico para ele. Essa obra vai ser premiada em Madri em uma exposição muito importante, muito requisitada. O pai ao saber que o filho ganhou uma medalha de ouro resolve incentivá-lo a estudar em Madri, no Museu do Prado, onde Picasso fará cópias das obras de El Greco, Goya, Velásquez, etc. Alguns dos grandes pintores da Espanha: Velásquez (barroco) Goya (no final da vida era expressionista) Murillo (barroco) Miró Gaudi (grande arquiteto) Salvador Dali Picasso Em 1900 Picasso vai à Paris em uma grande aventura para visitar a exposição internacional. Fica então enlouquecido com o trabalho de Van Gogh e Toulouse Lautrec. Nessa época Monet também estava vivo (vai viver até 1910). Tanto Van Gogh como Toulouse Lautrec vão influenciar o trabalho de Picasso por pelo menos uns quatro meses. Em "off": Em 1900, quando Picasso saiu da Espanha, um marchand vai se oferecer para cuidar de seus quadros, fazer exposições, mas ele não vai aceitar. Ele disse que não iria querer nunca estar preso a nenhum marchand na sua vida e que queria ser um homem livre. Não queria que ninguém cobrasse ou controlasse a sua vida. O marchand chegou a oferecer até um fixo mensal mesmo se ele fizesse somente uma obra por mês. Ele disse que fazia até dez por mês mas que não queria ficar preso a esse tipo de compromisso. Foipagar morarum emlugar Montmelhor Martrepara quese era maisObarato onde sómorava vivia osparecia intelectuais. Ele não tinha como viver. prédioeem que um barco e era tão feio que o pessoal da região apelidou de "le bateaux larvoir". Picasso era um homem cheio de vida, falante, carismático. O atelier dele, nesse "Bateaux", vai ser o ponto de encontro de artistas, de escritores. Aos 23 anos Picasso começa a ser famoso em um lugar fora de sua pátria. Picasso conseguiu manter sua importância desde jovem até os 92 anos.
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Entre 1901 e 1904 ocorre a sua "Fase Azul", quando ele vai pintar sobre as ruas pobres de Mont Martre, as figuras solitárias e melancólicas, figuras que vivem à margem da sociedade. É chamado de fase azul porque o azul é que predomina em todos os tons. Quando se fala de tristeza, de um modo geral, o azul é o "Bleu", o "triste". O azul tem uma ligação muito grande com o melancólico. Nunca mais no futuro vai retornar a essa fase azul. De repente ele se liberta dessa melancolia ao conhecer uma moça chamada Rose, que apelidou de "Rose Bombom". Começou a freqüentar lugares muito alegres, muito felizes. Conhece Braque, fica amigo de muitos marchands, começa a vender bastante. A sua vida se torna "rosa". Passa a pintar só de "rosa". Em 1906 ele já era o jovem pintor mais conhecido de Paris. Mudou-se para Mont Parnasse, onde até hoje moram os artistas. Vai morar lá durante a sua “fase rosa” e onde começa a refletir sobre o seu trabalho que já estava cansado de fazer. Ele vendia tudo o que pintava. Conhece 2 marchands: os irmãos Léo e Gertrudes Stein, badalados e ricos, que o colocam na alta sociedade onde irão comprar muito suas obras. Obs. Mont Parnasse, lugar onde Picasso vai viver até o começo da 2a.guerra mundial, atraía muito os intelectuais, sendo conhecido como "O centro de arte moderna do mundo". Ao parar de produzir a sua “fase rosa” ele vai falar: "Eu não procuro, eu acho". Nesse momento de pesquisa, vai ter um encontro com a Arte Primitiva Africana. Esse encontro vai ser decisivo para ele. A arte africana vai ser o momento decisivo no entendimento da arte, vista como arte do século XX. Picasso percebe que o artista negro não pinta raciocinando porque ele não conhece os cânones da arte (regras de beleza da arte), não conhece Fídeas, Grécia, Roma. Ele vai pintar o que ele sente. É uma nova visão de compreender a arte. As máscaras que ele mais vai gostar são as máscaras da Polinésia. Obs.: No mercado das pulgas de Paris, você vai encontrar muitas máscaras africanas de várias origens. A partir daí vai começar a “Fase Negra”. Nessa fase ele vai retratar seres cruéis, fascinantes, dançarinas sem olho (irreais), sobrenaturais, inspirando-se na cultura espanhola cheia de superstições, histórias fantasmagóricas e folclores. Ele vai entrar e sair dessa “fase negra”, voltando somente após o Cubismo. As fases “azul” e “rosa” são as únicas que ele não vai voltar nunca mais. fusãoXX deuma doisdas mundos mágicos, que são as histórias e a arte negra, vão fazer surgir no Aséculo tendências mais importantes que éfolclóricas o CUBISMO. Picasso vai pintar entre 1906 e 1907 a famosa obra "Les Mademoiselle D'Avignon". Foi um escândalo tão marcante que Braque ficou sem falar com ele por 6 meses. Ele vai acabar com 30 séculos de arte ocidental. A mudança foi radical. A partir de 1908 Picasso lidera o movimento cubista da Europa. O cubismo para Picasso foi uma paixão exploratória que durou somente 5 anos.
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Em 1915 ele volta à um realismo mais sutil até 1925, período onde sua pintura fica mais calma. Picasso tem muitas fases, mas sua pintura não é difícil de ser reconhecida. Picasso tinha uma personalidade muito forte que vai ser muito importante para sua obra. Ele disse o seguinte: “o retorno periódico à determinadas fases era como uma volta a obra à ordem dele”. Ele precisava voltar para se ordenar novamente interiormente. Ele tinha uma boa organização e um sistema de trabalho. Em 1920 se casou com uma bailarina russa chamada Olga. Casou-se 5 vezes, além dos casos que tinha por fora. Das 5 esposas, 2 se suicidaram porque ele as deixou. Em 1931 essa bailarina foi substituída por Maria Teresa Walker. Ele chegou a pintar as duas no mesmo dia. Teve caso com as duas ao mesmo tempo e permaneceu com elas por algum tempo, trabalhando sem cessar. Não esconde sua obsessão pelo sexo. Vai escrever o seguinte, tendo muito a ver com a arte do século XX: "A arte não é casta. A arte é perigosa, é reveladora. Se é casta ou não se revela, não é arte, é um jogo." Segundo Mali: Tudo o que Picasso pintava era realista e irreal, uno e mutilado, objetivo e subjetivo. Isso é estilo pessoal de um gênio. Só gênio consegue pode pintar uma coisa que é real e irreal, uno e mutilado, objetivo e subjetivo ao mesmo tempo. Vai casar com Dora Maar e pintar muitos retratos dela. Em 1936 ele vai ser nomeado diretor do Museu do Prado, quando acontece a guerra civil espanhola. Nesse período ele não vai querer voltar à Espanha para assumir a direção do Museu do Prado. Nunca mais vai voltar à Espanha até o Franco morrer. Fica o tempo todo morando na França e saudoso de seu país. Vai pintar sua obra prima "Guernica", mostrando que é um pintor consciente e engajado socialmente na luta contra os mais fracos. Levou mais ou menos uns 4 meses para elaborar a obra. A Dora Maar (que era fotógrafa) fotografou todas as etapas. Guernica era uma obra que tinha as cores preto, branco e cinza. Começou a pintar em cores, desistindo depois.
Guernica é um mural bem trágico onde vai mostrar a tragédia humana. Foi pintada com paixão, convicção e com inúmeros desenhos preparatórios. Guernica era um vilarejo Basco na província de Biscaia. No dia 26 de abril de 1937 ninguém falava de guerra, era um dia de feira. A cidade tinha somente 6.000 habitantes. As pessoas saíram da feira e foram fazer a sesta. De repente, à 1 hora da tarde, esquadrilhas de aviões das forças nazistas aliadas à Franco, bombardearam a cidade. Ninguém falava de guerra, não tinha o porquê. Foi então o primeiro bombardeio aéreo da história da humanidade de uma cidade inteiramente civil. Durante 3 horas jogaram bombas matando cerca de 1765 pessoas. Dois dias depois a Europa toda sabia da história. Picasso 24 horas depois do acontecido começa a esboçar Guernica.Ele fez três coisas de imediato: 1o. Fez o cavalo agonizante, traspassado com uma lança nas costas, que representa o povo. 2o. O touro de perfil que personifica a brutalidade. 3o. A mulher sustentando uma lâmpada na mão, que vai ser o símbolo da justiça. Vai buscar a luz.
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Nessa época, aos 55 anos, ele fez 57 esboços gerais diferentes antes da composição final, além de ter muito mais esboços específicos. Picasso sempre pintava sozinho, mas quando fez Guernica deixou que André Morrow (?), Paul Edward entrassem para ver a sua obra. Obs. em “off”: Salvador Dali conseguiu conquistar a mulher de Paul Edward, ficando com ela.
Guernica tem 7,80 m de comprimento e 3,50 de altura. É uma fantástica mistura de processos de composição. Guernica é trágica, ao mesmo tempo que revela o palpitar da vida. Em termos de conteúdo vai mostrar sempre o palpitar da vida e a quietude da morte. É o pior do retrato do sofrimento humano. Fazendo uma análise da forma pode-se notar uma composição de estilo piramidal, baseada nos pintores clássicos. Além de transmitir uma grande emoção, a sua forma é extremamente racional, não usando cores. Esta obra se encontrava no Museu do Prado e agora está no Museu da Rainha Sofia, em Madri. Picasso ao terminar Guernica em 1939, está rico, com muita fama, mulher e filhos. Mas, a sua força criadora não pára. Nessa época vai morar na Cote D'Azur. Estava em Cap D'Antibes, bem na ponta do cabo, em um castelo do século XVII que foi adquirido por ele. Vai morar e pintar muito. Disse: "Quando eu era criança minha mãe me dizia: se fores soldado chegarás a general, se fores frade acabarás a papa. Quis ser pintor e tornei-me Picasso". Picasso recebeu muito apoio dos pais. Ele continuou estrangeiro na França, sem nunca ter se naturalizado. Em "off": Na segunda guerra mundial quando os nazistas entraram na França e acabaram com Paris, tinha a Gestapo e a Resistência. Picasso pertencia a Resistência ajudando muito os espanhóis, que eram judeus, a fugir. De repente a Gestapo surgiu em seu Atelier quando Picasso estava pintando. Ele resolve não esconder nada. Chega o embaixador espanhol nazista que verá uma fotografia bem grande de “Guernica”. O embaixador pergunta a Picasso: "Foi você que pintou isso?" Picasso responde: "Não, foi você quem fez isso!". Então o embaixador sai de seu atelier sem falar nada. Em 1946 Picasso vai casar com a 4a. mulher “François Gilot”, com quem ele vai ter os filhos Claude e Paloma. Nessa época ele já tinha 68 anos e vai trabalhar com cerâmica, gravura, escultura e jóias. Fofoca: Quando a Brigite Bardot foi visitá-lo e ele se encontrava com 60 anos aproximadamente, fez um monte de cerâmica terracota para ela. Eram esculturas parecidas com ela, com animais, etc.para Essasajudar esculturas ajudaram-na quando arrecada um bom dinheiro ao leiloá-las financeiramente a futuramente sua obra de “proteção aos animais”. Picasso disse que tinha repúdio a toda regra e convenções e com isso ele permanece um criador inesgotável. Picasso inventa e cria formas que ele abandona e depois volta a pintar novamente. Por isso seu trabalho é tão polivalente.
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Em 1954 ele vai viver uma paixão muito forte com Jaqueline Roque. Vai então desenvolver uma série de trabalhos nessa época, entre eles a “releitura das meninas de Velásquez”, o mural "Guerra e Paz", o "Pombo" (Paloma) que para ele é o símbolo da paz. Em "Off": Jorge Amado que tinha adoração e muita amizade por Picasso, convidou-o para ser padrinho da filha levando-a para a França. Por isso a filha de Jorge Amado chama-se Paloma Amado.
Picasso compra um castelo na França e uma casa da Idade Média também. Um apartamento duplex em Paris, um duplex no Central Park, que ele nunca foi e onde mora hoje sua filha Paloma. Compra também em Málaga uma fazenda imensa, uma outra fazenda em Marbela, etc. Na Itália, próximo à Capri, vai comprar também uma ilha enorme onde vai construir um castelo como o da Espanha que tinha. Vai adquirir muito mais imóveis também. Foi filmado por Clouseaux, fantástico diretor francês e por Alan Ransmie, outro diretor. Mais de 30 filmes foram feitos sobre sua vida além de mais de 1400 livros em 40 línguas. Para terminar, Mali descreve em seu livro: "Por estranho que pareça esse grande e talvez o maior artista plástico de nosso século, não teve e nem tem seguidores. Eu tento achar influências do mestre, mas ninguém pode querer pintar como Picasso, porque ele foi o único. Pintando o que nunca se viu, o imprevisto, ele mostrou a aventura do olhar, a festa da revelação, do encontro, a ocasião, o mistério e o risco de ousar, essas coisas tão humanas. Morreu aos 92 anos em 09 de abril, dizendo: "Concordo com Dom Quixote: meu repouso é a batalha".”
BRAQUE Georges Braque (1882-1963), pintor francês, seu pai negociava com a pintura e a decoração e, por sua vez, era um consagrado pintor aficionado. Georges introduziu-se na tradição familiar graças a seu próprio pai, convertendo-se, à vez, em aprendiz de decorador: tinha que imitar o mármore, a superfície da madeira e as superfícies douradas; iniciou-se também como rotulista. A aprendizagem técnica lhe fez entrar adulto na escola de Belas Artes do Havre e posteriormente no ateliê do pintor Lécin Bonnat , um bom retratista de personagens famosos. Contudo, a influência decisiva que Paris exerceu sobre ele foi através das salas do Louvre dedicadas à escultura egípcia e grega primitiva; influência à qual temos que acrescentar a de Renoir com sua Moulin da Galette, pintura que admirou e saboreou até saciar-se. Atraído por Matisse e por seu movimento, se uniu ao Fauvismo durante dois anos (1905/7). A posterior admiração e o deslumbramento causado pelo autorpara das aLes demoiselles d' Avigon, com quem por tinhaCézanne estabelecido uma sólida amizade, o conduzem experiência cubista. De 1910 a 1912, realizou as obras que hoje são conhecidas como cubismo analítico. Um exemplo desse estilo é Violino e jarro (1910). Em seguida fez experiências com colagem até 1914, quando começou a I Guerra Mundial.
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A I Guerra Mundial separou a ambos artistas. Mobilizado, Braque recebeu uma séria ferida na cabeça que deixou cego, embora lentamente conseguiu recuperar a vista. Recebeu a Cruz de Guerra e da Legião de Honra. Concluído o conflito, continuou sua amizade com Picasso, mas não seu vínculo artístico. Braque seguiu o seu próprio caminho, que com o passar do tempo o levou a freqüentar Varengeville, uma localidade na Normandia francesa cuja fria luminosidade parecia adaptar-se muito bem a seu próprio temperamento. Desta forma, em suas produções posteriores aparecem paisagens e temas normandos. Morreu no dia 31 de agosto com oitenta e um anos.
TARSILA DO AMARAL Tarsila participou ativamente da renovação da arte brasileira que se processou na década de 1920. Integrou-se ao movimento modernista e ligou-se com especial interesse à questão da brasilidade. Formou, com Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, com quem se casou em 1924, o chamado Grupo dos Cinco. Tarsila do Amaral nasceu em Capivari SP em 1886. Estudou com Pedro Alexandrino, a partir de 1917, e depois com George Fischer Elphons, em São Paulo. Em Paris freqüentou a Académie Julien, sob a orientação de Émile Renard. Entrou em contato com Fernand Léger, cujo estilo a marcou sobremodo, André Lhote e Albert Gleisse, e estruturou sua personalidade artística a partir das influências cubistas. Em 1922 participou em Paris do Salão dos Artistas Franceses. Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari. Em 1926 Tarsila expôs na galeria Percier em Paris. Iniciou-se então sua fase antropofágica, de retorno ao primitivo, da qual o exemplo mais notável é o quadro "Abaporu". Presente na I e II Bienais de São Paulo, foi premiada na primeira. Na Bienal de São Paulo de 1963, sala especial foi dedicada à retrospectiva de sua obra. Foram apresentadas suas diversas fases e deu-se destaque ao quadro "Operários" (1933), da fase social, em que as cores são mais sombrias mas a nitidez anterior é conservada. Outra obra do mesmo período é "Segunda classe". Tarsila representada mostraLatina Arte Moderna no Brasil (1957), na XXXII Venezaesteve (1964)ainda e na mostra Arte dana América desde a Independência (1966). EmBienal 1960 ode Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Entre suas demais telas destacam-se "A negra", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, e "São Paulo", na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tarsila morreu em São Paulo SP em 17 de janeiro de 1973.
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FUTURISMO O primeiro manifesto foi publicado no Le Fígaro de Paris, em 22/02/1909, e nele, o poeta italiano Marinetti, dizendo que "o esplendor do mundo enriqueceu-se com uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de carreira é mais belo que a Vitória de Samotrácia". O segundo manifesto, de 1910, resultou do encontro do poeta com os pintores Carlo Carra, Russolo, Severini, Boccioni e Giacomo Balla. Os futuristas saúdam a era moderna, aderindo entusiasticamente à máquina. Para Balla, "é mais belo um ferro elétrico que uma escultura". Para os futuristas, os objetos não se esgotam no contorno aparente e seus aspectos se interpenetram continuamente a um só tempo, ou vários tempos num só espaço. O grupo pretendia fortalecer a sociedade italiana através de uma pregação patriótica que incluía a aceitação e exaltação da tecnologia. O futurismo é a concretização desta pesquisa no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço. Principais artistas: GIACOMO BALLA , em sua obra o pintor italiano tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração.Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático. A formação acadêmica de Balla restringiu-se a um curso noturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, sua cidade natal. Em 1895 o pintor mudouse para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos Amadores e Cultores das Belas-Artes. Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a Paris, onde entrou em contato com a obra dos impressionistas e neo-impressionistas e participou de várias exposições. Na volta a Roma, conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, juntava-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista. Preocupado, como seus companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento, apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou Cão Atrelado. Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e se voltou para a escultura e a cenografia. Embora em princípio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permitia ao observador captar de uma só vez todas as seqüências do movimento.. CARLO CARRA (1881-1966), junto com Giorgio De Chirico, ele se separaria finalmente do futurismo para se dedicar àquilo que eles próprios dariam o nome de Pintura Metafísica.
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Enquanto ganhava seu sustento como pintor-decorador freqüentava as aulas de pintura na Academia Brera, em Milão. Em 1900 fez sua primeira viagem a Paris, contratado para a decoração da Exposição Mundial. De lá mudouse para Londres. Ao voltar, retomou as aulas na Academia Brera e conheceu Boccioni e o poeta Marinetti. Um ano mais tarde assinou o Primeiro Manifesto Futurista, redigido pelo poeta italiano e publicado no jornal Le Figaro. Nessa época iniciou seus primeiros estudos e esboços de Ritmo dos Objetos e Trens, por definição suas obras mais futuristas. Numa segunda viagem a Paris entrou em contato com Apollinaire, Modigliani e Picasso. A partir desse momento começaram a aparecer as referências cubistas em suas obras. Carrà não deixou de comparecer às exposições futuristas de Paris, Londres e Berlim, mas já em 1915 separou-se definitivamente do grupo. Juntou-se a Giorgio De Chirico e realizou sua primeira pintura metafísica. Em suas últimas obras retornou ao cubismo.Publicou vários trabalhos, entre eles La Pittura Metafísica (1919) e La Mia Vita (1943), pintor italiano. Representante do futurismo e mais tarde da pintura metafísica, influenciou a arte de seu país nas décadas de 1920 e 1930. UMBERTO BOCCIONI (1882-1916), sua obra se manteve sob a influência do cubismo, mas incorporando os conceitos de dinamismo e simultaneidade: formas e espaços que se movem ao mesmo tempo e em direções contrárias. Nascido em Reggio di Calábria, Boccioni mudou-se ainda muito jovem para Roma, onde estudou em diferentes academias. Logo fez amizade com os pintores Balla e Severini. No início, mostrou-se interessado na pintura impressionista, principalmente na obra de Cézanne. Fez então algumas viagens a Paris, São Petersburgo e Milão. Ao voltar, entrou em contato com Carrà e Marinetti e um ano depois se encontrava entre os autores do Manifesto Futurista de Pintura, do qual foi um dos principais teóricos. Foi com a intenção de procurar as bases dessa nova estética que ele viajou a Paris, onde se encontrou com Picasso e Braque. Ao retornar, publicou o Manifesto Técnico da Pintura Futurista, no qual foram registrados os princípios teóricos da arte futurista: condenação do passado, desprezo pela representação naturalista, indiferença em relação aos críticos de arte e rejeição dos conceitos de harmonia e bom gosto aplicados à pintura. Em 1912, participou da primeira exposição futurista. Suas obras ainda deixavam transparecer a preocupação do artista com os conceitos propostos pelo cubismo. Os retratos deformados pelas superposições de planos conseguiam expressar clareza sua concepção teórica. Um ano fazer mais atarde, com suaainda obranão Dinamismo de um Jogadorcom de Futebol, Boccioni conseguiu finalmente representação do movimento por meio de cores e planos desordenados, como num pseudofotograma. Durante a Primeira Guerra Mundial, o pintor se alistou como voluntário e ao voltar publicou o livro Pittura, Scultura Futurista, Dinâmico Plástico (Pintura, Escultura Futurista, Dinamismo Plástico). Morreu dois anos depois, em 1916, na cidade de Verona.
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Fragmento "Fundação e manifesto do futurismo", 1908, publicado em 1909. "Então, com o vulto coberto pela boa lama das fábricas - empaste de escórias metálicas, de suores inúteis, de fuliges celestes -, contundidos e enfaixados os braços, mas impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra: 1. Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da energia e da temeridade. 2. A coragem, a audácia e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia. 3. Até hoje a literatura tem exaltado a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, a velocidade, o salto mortal, a bofetada e o murro. 4. Afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida adornado de grossos tubos semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia. 5. Queremos celebrar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada a toda velocidade no circuito de sua própria órbita. 6. O poeta deve prodigalizar-se com ardor, fausto e munificência, a fim de aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais. 7. Já não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas para obrigá-las a prostrar-se ante o homem. 8. Estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveremos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Vivemos já o absoluto, pois criamos a eterna velocidade onipresente. 9. Queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos anarquistas, as belas idéias pelas quais se morre e o desprezo da mulher. 10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo tipo, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária. 11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos a maré multicor e polifônica das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas: as estações insaciáveis, devoradoras de serpentes fumegantes: as fábricas suspensas das nuvens pelos contorcidos fios de suas fumaças; as pontes semelhantes a ginastas gigantes que transpõem as fumaças, cintilantes ao sol com um fulgor de facas; os navios a vapor aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de amplo peito que se empertigam sobre os trilhos como cavalos de aço refreados pore tubos e o aplaudir vôo deslizante cujas hélicesenormes se agitam ao vento como bandeiras parecem como dos umaaeroplanos, multidão entusiasta. É da Itália que lançamos ao mundo este manifesto de violência arrebatadora e incendiária com o qual fundamos o nosso Futurismo, porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários.
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Há muito tempo a Itália vem sendo um mercado de belchiores. Queremos libertá-la dos incontáveis museus que a cobrem de cemitérios inumeráveis. Museus: cemitérios!... Idênticos, realmente, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos onde se repousa sempre ao lado de seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos dos matadouros dos pintores e escultores que se trucidam ferozmente a golpes de cores e linhas ao longo de suas paredes! Que os visitemos em peregrinação uma vez por ano, como se visita o cemitério no dos dos mortos, tudo bem. Que uma vez por ano se desponta uma coroa de flores diante da Gioconda, vá lá. Mas não admitimos passear diariamente pelos museus nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa mórbida inquietude. Por que devemos nos envenenar? Por que devemos apodrecer? E que se pode ver num velho quadro senão a fatigante contorção do artista que se empenhou em infringir as insuperáveis barreiras erguidas contra o desejo de exprimir inteiramente o seu sonho?... Admirar um quadro antigo equivalente a verter a nossa sensibilidade numa urna funerária, em vez de projetá-la para longe, em violentos arremessos de criação e de ação. Quereis, pois, desperdiçar todas as vossas melhores forças nessa eterna e inútil admiração do passado, da qual saís fatalmente exaustos, diminuídos e espezinhados? Em verdade eu vos digo que a frequentação cotidiana dos museus, das bibliotecas e das academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registros de lances truncados!...) é, para os artistas, tão ruinosa quanto a tutela prolongada dos pais para certos jovens embriagados por seu os prisioneiros, vá lá: o admirável passado é talvez um bálsamo para tantos os seus males, já que para eles o futuro está barrado... Mas nós não queremos saber dele, do passado, nós, jovens e fortes futuristas! Bem-vindos, pois, os alegres incendiários com seus dedos carbonizados! Ei-los!... Aqui!... Ponham fogo nas estantes das bibliotecas!... Desviem o curso dos canais para inundar os museus!... Oh, a alegria de ver flutuar à deriva, rasgadas e descoradas sobre as águas, as velhas telas gloriosas!... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam sem piedade as cidades veneradas! Os mais velhos dentre nós têm 30 anos: resta-nos assim, pelo menos um decênio mais jovens e válidos que nós jogarão no cesto de papéis, como manuscritos inúteis. - Pois é isso que queremos! Nossos sucessores virão de longe contra nós, de toda parte, dançando à cadência alada dos seus primeiros cantos, estendendo os dedos aduncos de predadores e farejando
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caninamente, às portas das academias, o bom cheiro das nossas mentes em putrefação, já prometidas às catacumbas das bibliotecas. Mas nós não estaremos lá... Por fim eles nos encontrarão - uma noite de inverno - em campo aberto, sob um triste galpão tamborilado por monótona chuva, e nos verão agachados junto aos nossos aeroplanos trepidantes, aquecendo as mãos ao fogo mesquinho proporcionado pelos nossos livros de hoje flamejando sob o vôo das nossas imagens. Eles se amotinarão à nossa volta, ofegantes de angústia e despeito, e todos, exasperados pela nossa soberba, inestancável audácia, se precipitarão para matar-nos, impelidos por um ódio tanto mais mais implacável quanto seus corações estiverem ébrios de amor e admiração por nós. A forte e sã Injustiça explodirá radiosa em seus olhos - A arte, de fato, não pode ser senão violência, crueldade e injustiça. Os mais velhos dentre nós têm 30 anos: no entanto, temos já esbanjado tesouros, mil tesouros de força, de amor, de audácia, de astúcia e de vontade rude, precipitadamente, delirantemente, sem calcular, sem jamais hesitar, sem jamais repousar, até perder o fôlego... Olhai para nós! Ainda não estamos exaustos! Nossos corações não sentem nenhuma fadiga, porque estão nutridos de fogo, de ódio e de velocidade!... Estais admirados? É lógico, pois não vos recordais sequer de ter vivido! Eretos sobre o pináculo do mundo, mais uma vez lançamos o nosso desafio às estrelas! Vós nos opondes objeções?... Basta! Basta! Já as conhecemos... Já entendemos!... Nossa bela e mendaz inteligência nos afirma que somos o resultado e o prolongamento dos nossos ancestrais. - Talvez!... Seja!... Mas que importa? Não queremos entender!... Ai de quem nos repetir essas palavras infames!... Cabeça erguida!... Eretos sobre o pináculo do mundo, mais uma vez lançamos o nosso desafio às estrelas." (Teorias da Arte Moderna, H.B.Chipp, Martins Fontes, 1993)
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PINTURA METAFÍSICA A pintura deve criar um impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, em arcadas e arquiteturas puras, idealizadas, muitas vezes com a inclusão de estátuas, manequins, frutas, legumes, numa transfiguração toda especial, em curiosas perspectivas divergentes. A pintura metafísica explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. Tem inspiração na Metafísica, ciência que estuda tudo quanto se manifesta de maneira sobrenatural. Principais Artistas: GIORGIO DE CHIRICO (1888-1978), pintor italiano, nascido na Grécia, principal representante da "pintura metafísica", Giorgio De Chirico constitui um caso singular: poucas vezes um artista alcançou tão rapidamente a fama para em seguida renegar o estilo que o celebrizara e cair em um esquecimento quase absoluto. As suas obras retratam cenários arquitetônicos, solitários, irreais e enigmáticos, onde colocava objetos heterogêneos para revelar um mundo onírico e subconsciente, perpassado de inquietações metafísicas. Também usada nas suas obras manequins, nus ou vestidos à moda clássica, enigmáticos e sem rosto, que pareciam simbolizar a estranheza do ser humano diante do seu meio ambiente. GIORGIO MORANDI (1890-1964), pintor italiano. Notável por suas naturezas-mortas, em que buscava a unidade das coisas do universo. Conferiu imobilidade e transparência de formas, recorte intimista e atmosfera de luz cinza-clara às naturezas-mortas que pintou usando como modelos frascos, garrafas, caixas e lâmpadas velhas.
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DADAÍSMO Formado em 1916 em Zurique por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.
Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil "cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido, assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.
Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente , firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra. Ready-Made significa confeccionado, pronto. Expressão criada em 1913 pelo artista francês Marcel Duchamp para designar qualquer objeto manufaturado de consumo popular, tratado como objeto de arte por opção do artista. O fim do Dada como atividade de grupo ocorreu por volta de 1921. Principais artistas: Marcel Duchamp (1887-1968), pintor e escultor francês, sua arte abriu caminho para movimentos como a pop art e a op art das décadas de 1950 e 1960. Reinterpretou o cubismo a sua maneira, interessando-se pelo movimento das formas. O experimentalismo e a provocação o conduziram a idéias radicais em arte, antes do surgimento do grupo Dada (Zurique, 1916). Criou os ready-mades, objetos escolhidos ao acaso, e que, após leve intervenção e receberem um título, adquiriam a condição de objeto de arte. Em 1917 rejeitado ao enviar uma mostra um urinol de louça que chamou de "Fonte". Depois fezfoiinterferências (pintoua bigodes na Mona Lisa, para demonstrar seu desprezo pela arte tradicional), inventou mecanismos ópticos. François Picabia (1879-1953), pintor e escritor francês. Envolveu-se sucessivamente com os principais movimentos estéticos do início do século XX, como cubismo, surrealismo e dadaísmo. Colaborou com Tristan Tzara na revista Dada.
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Suas primeiras pinturas cubistas, eram mais próximas de Léger do que de Picasso, são exuberantes nas cores e sugerem formas metálicas que se encaixam umas nas outras. Formas e cores tornaram-se a seguir mais discretas, até que por volta de 1916 o artista se concentrou nos engenhos mecânicos do dadaísmo, de índole satírica. Depois de 1927, abandonou a abstração pura que praticara por anos e criou pinturas baseadas na figura humana, com a superposição de formas lineares e transparentes. Max Ernest (1891-1976), pintor alemão, adepto do irracional e do onírico e do inconsciente, esteve envolvido em outros movimentos artísticos, criando técnicas em pintura e escultura. No Dadaímo contribuiu com colagens e fotomontagens, composições que sugerem a múltipla identidade dos objetos por ele escolhidos para tema. Inventou técnicas como a decalcomania e o frottage, que consiste em aplicar uma folha de papel sobre uma superfície rugosa, como a madeira de veios salientes, e esfregar um lápis de cor ou grafita, de modo que o papel adquira o aspecto da superfície posta debaixo dele. Como o artista não tinha controle sobre o quadro que estava criando, o frottage também era considerado um método que dava acesso ao inconsciente. Man Ray (1890-1976), fotógrafo e pintor norte-americano, em 1915 conhece o pintor francês Marcel Duchamp, com quem funda o grupo dadá nova-iorquino. Em 1921 contata com o movimento surrealista na pintura. Trabalha como fotógrafo para financiar a pintura e, com a nova atividade, desenvolve a sua arte, a raiografia, ou fotograma, criando imagens abstratas (obtidas sem o auxílio da câmara) mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico.
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ABSTRACIONISMO O período do abstracionismo começou em mais ou menos 1911. Esse movimento foi muito forte na pintura e na arquitetura. Abstracionismo não se prende a realidade existente. É uma ausência da realidade. O abstracionismo acompanha o homem desde a época pré-histórica, no período da pedra lascada quando o homem fazia desenhos figurativos. Aos poucos, no período da pedra polida, quando o homem vai ter que lutar por aquilo que precisa sem ter que depender tanto de suas magias, passa a ter uma linguagem muito diferente chamada de linguagem geométrica. É uma linguagem completamente abstrata. O grego também foi um povo que usou muito do abstracionismo. Como exemplo temos as "gregas" que foram usadas, mas que ninguém sabe ao certo se foram eles que a criaram. Existem muitas outras formas geométricas que foram usadas por eles e que de forma nenhuma estão inspirados na realidade. Ex. Mandalas. Esses desenhos se desprendem da realidade enquanto formas. São formas criadas pelo homem. Quando você cria um desenho livre pode até ser um trabalho abstrato, mas pode também ser um símbolo além do abstrato. Ele pode ter uma somatória de características além do abstrato. Ex. Abstrato preto-branco, abstrato colorido, abstrato puro ou outras combinações. Nos dias de hoje, essas combinações levaram a surgir outros momentos e não movimentos de pintura. Quando se fala de abstracionismo falamos também de representar formas, cores e texturas, que são criadas por um processo muito interior, sem medidas, e retiradas do mundo externo. Você pode se envolver ou se inspirar em alguma coisa existente mas não vai retratar fielmente aquela figura. O abstracionismo surgiu por vários fatores sendo um deles o cansaço do realismo. Outro motivo seria uma nova visão decorrente do impressionismo (pinceladas soltas que se parecem com manchas abstratas). Próximos da segunda guerra mundial, vivendo em um clima tenso, o homem tentava negar a realidade em que vivia. No aspecto social seria a previsão do início de guerra. Essa época coincide quando Kandinsky vira uma tela de aquarela de ponta cabeça, surgindo uma série de borrões que vão ser admirados. A revolução Russa também influenciou muito no abstracionismo. A Alemanha foi o país que participou mais intensamente desse movimento e uma boa parte da Europa também teve participações mais irregulares.
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Em 1911, quando o abstracionismo começou, foi considerado um marco dentro da chamada arte moderna. Um trabalho abstracionista está dentro de um contexto de arte moderna, mas nem todo trabalho de arte moderna será um trabalho abstrato. O abstrato é um dos tipos de trabalho que faz parte da arte moderna. O abstracionismo, enquanto movimento, é enquadrado na arte moderna, mas ele vem acompanhando o homem desde a pré história e em vários momentos da sua vida. O abstracionismo não é um processo racional, ele pode ser irracional. Uma pintura irracional é colocar as cores e formas simplesmente por acaso, intuitivamente. Outra forma é programar a distribuição de cores e formas sem estar reproduzindo uma realidade, mas produzindo uma distribuição racional dessas cores e formas. Ex. Optar por colocar uma cor quente ou fria em determinado espaço para dar impressão de proximidade, distanciamento ou efeito de volume. Muitas vezes é um porquê racional que pertence só ao artista. O pintor abstracionista sempre tem uma representação muito pessoal que envolve os aspectos de técnicas de sua pintura como também o do contexto onde o artista vive. A arte abstrata é livre de contexto. Temos dois tipos de trabalhos abstracionistas: Abstracionismo gestual e geométrico. O Gestual é o abstracionismo no qual a pintura é muito livre, sem medidas e técnicas precisas, no qual a movimentação da mão vai determinar o trabalho com pinceladas (no caso utilizando-se pincel) mais fortes ou mais suaves. O abstracionismo Geométrico é muito preso a aspectos de simetria, equilíbrio e de formas que estão ligados ao conceito de geometria. As formas geométricas são precisas dentro do trabalho. Todos os dois podem provocar emoções. As formas, tanto no gestual como no geométrico, são criadas pelo artista, não existindo nenhum compromisso com a realidade. No abstracionismo não existe a obrigatoriedade de se combinar cores. Existe uma série de regras que determina cada estilo de arte. No abstracionismo não se respeita nenhuma regra é uma negação completa a qualquer outro momento da arte. Ao fazer negações desse tipo, o abstracionismo dificilmente passa a ser aceito pelo mundo. Em pleno período de conflitos mundiais vão pensar em contestar tudo isso com uma arte que não era fácil de ser entendida. Se você fizer hoje um trabalho impressionista será chamado de néo-impressionista. Um trabalho abstrato não tem essa limitação, pois ele será abstrato em qualquer época. Os artistas abstracionistas, em dia,forma tem buscado estabelecer na pintura através da cor e da forma. hoje Da mesma que você representaplanos uma diferenciados forma real você pode representar uma forma irreal dando volumetria. As cores que mais sofrem destaques normalmente são cores que provocam contrastes entre elas mesmas. Ex.: Preto-vermelho, amarelo-vermelho. Cores contrastantes são comuns aparecerem em trabalhos abstratos, mas não é obrigatório. Um trabalho pode ser completamente abstrato e só ter tons pastéis e sem nenhum contraste.
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Comentário: "A música existe por ela mesma sem ter a letra. Porque um quadro precisa ter forma explícita para agradar?". A falta de intimidade com a arte abstrata é que leva o homem a não apreciá-la. Quando se observa uma obra de arte, principalmente a abstrata, é preciso ver o quanto aquela obra oferece de informações inovadoras, técnicas diferenciadas ou não, etc. As obras podem ser bem diferenciadas umas das outras pela infinidade de possibilidades de representações através de texturas, cores, etc. Não existe essa mesma liberdade na pintura acadêmica. O abstracionismo levou uma série de discussões em cima do que era chamado de simbologia. A simbologia é uma representação criada pelo homem baseada nas formas abstratas. Um trabalho abstrato pode ser rico ou não em simbologias. Quanto mais simbologias ele tiver é mais fácil as pessoas se identificarem com ele, principalmente se for uma simbologia mais evidente, deixando de ter toda essa abstração e ganhando um significado que você tenha descoberto e não necessariamente tenha sido criado pelo artista. A obra abstrata não precisa ter conteúdo, não tem necessidade de passar algum tipo de informação. Algumas obras abstratas passam algum conteúdo, outras não. O lado esquerdo do cérebro é o lado racional, precisa de símbolos que tenha alguma informação já conhecida antes. O lado direito é o lado sensitivo, não dá para estabelecer parâmetros racionais.
Artistas abstratos: Vassily Kandinsky (1866-1944) Nasceu em Moscou e morreu em Paris. É considerado o iniciador da pintura moderna abstrata, não do abstracionismo que aparece desde o período da pedra polida. Kandinsky passou por várias fases da pintura e na sua primeira visita à Paris viu o quadro de Monet, que representava um monte de feno, e vai ficar encantado com as cores e a textura. A partir dai começa a pesquisar e fazer uma série de testes em cima de cor e textura, sem se preocupar com a forma e o conteúdo. Vassily Kandinsky tinha por característica usar cores fortes e apelativas. O fato de utilizarse só da cor demonstra uma negação da realidade. Vassily Kandinsky foi um dos professores, de pintura e desenho, que integrou a BAUHAUS (escola de arte). Essa escola foi criada (+/-) 1919/1920 em Weimar, cidade alemã, passando depois para Dessau. Essa escola tem um destaque muito importante dentro da história da arte e da arquitetura. Eles tinham todo um aspecto filosófico que faziam com que os alunos tivessem que passar por diversos estágios de evolução. Eles buscavam, desafiando-se perante o novo, conhecer novos materiais, evoluir todos os sistemas industriais possíveis que tinham sidos retomados durante a revolução industrial.
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Obs.: A revolução industrial não significa somente invenções industriais, mas sim um aprimoramento das invenções. A Bauhaus é uma escola que vai aprimorar os designs dos objetos de uso do dia a dia, de utensílios e vai se tornar muito conhecida mundialmente. Influenciou realmente o design de peças das mais diversas que encontramos hoje, extremamente desenvolvido e a combinação de materiais. Como por ex.: ferro, plástico, laminado melanínico (que significa fórmica) Obs. : A palavra fórmica é nome de uma marca. Design: significa desenho Designer: significa desenhista Kandinsky se preocupava mais com a evolução do desenho junto a seus alunos. Foi nomeado um tipo de assessor cultural. Adorava criar entidades que pudessem apoiar a arte. Em dois anos ele fundou 22 entidades entre galerias de artes e museus. Kandinsky escreveu um livro neste período chamado "O Espiritual da Arte". Neste livro filosófico vai questionar muito sobre o aspecto de conteúdo da arte, o que é abstracionismo, o que é figurativismo. Chega a provar que a arte acadêmica é que é abstrata. Fala que temos que negar o que é a realidade para representar a realidade. O pintor é abstrato é que é um realista. Vai dizer também que nós temos uma mentalidade muito ligada a dos renascentistas, que se baseavam no belo e no real. Tem uma frase interessante que ele comenta sobre o conteúdo em uma obra de arte: " A presença de uma imagem visual ou a representação da realidade, diminui a beleza que as formas e as cores possuem em si mesmas, independente de qualquer representação, e sendo assim, as linhas e cores adquirem novos valores expressivos e uma nova vida própria despertando no observador emoções e sugestões de acordo com a sua sensibilidade". De um modo geral, os trabalhos de Kandinsky foram se tornando cada vez mais introspectivos. O seu trabalho é informal, no sentido de que ele não é preso ao geometrismo. Ele cria formas livremente que não são definidas pela natureza ou geometria. Em algumas etapas de seu trabalho ele se utiliza propositadamente da geometria de forma intensa. Na sua fase final ele está completamente abstrato, soltando-se por completo. No seu trabalho vai predominar uma idéia de sentimento, ou seja, as cores e as formas acontecem livremente, mas estando sempre associadas a alguma coisa que passa sensações para nós. Vai mexer com nosso emocional proporcionando-nos sensações do tipo exuberante, alegria, tristeza, etc. e que seriam aspectos ligados a parte sensitiva de cada um de nós. Não é aquele tipo de abstracionismo que você comenta sobre se a composição está muito bem equilibrada, distribuída, uma composição que nãotambém interfere o nosso lado sentimental. Bandeira, artista brasileiro, trabalhou em cima do abstracionismo com um caráter sentimental. O abstracionismo está muito ligado em algumas coisas com o expressionismo. Ele inclusive vai pegar você pela emoção do prazer ou não prazer, da negação do prazer ou do êxtase com relação a obra.
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Ex.: A obra "O grito" por pouco não é abstrato pela deformação. Consegue nos convencer da dor que o homem está sentindo e que estava ligado ao aspecto da guerra, ou de alguma coisa própria do artista. É muito comum que os vários artistas que passaram pelo abstracionismo tenham participado do expressionismo, do cubismo, ou de outros momentos que “tem um pé dentro e outro fora realidade”. Trabalhos bem conhecidos de Kandinsky: Série de "Improvisações" "A Tela Amarela" "A Pintura com Três Manchas" Obs.: Quando você encontra uma obra com o símbolo "P.A.", significa prova de artista. Este trabalho não deixa de ser um teste do artista que pode ter ido adiante para um trabalho final ou não. Kandinsky foi considerado um “expert” do abstracionismo informal. Um dos grupos que ele fundou foi chamado de DÉR BLAUE REITER, conhecido como Cavaleiro Branco, e que também, mais provável, pode ser Cavaleiro Azul. Curiosidades: Tachismo (de tache = mancha). Formado por manchas coloridas colocadas lado a lado em um
certo parâmetro ou limite, no mínimo o braço do artista. Também existe um tipo de abstrato informal formado por manchas, porém, elas não possuem parâmetro definido pelo braço do artista como no Tachismo. São manchas criadas impulsivamente com toda a liberdade ou efusão emocional do artista. Grafismo é todo abstracionismo formado por uma grafia não cognificada. Orfismo tem ligação com a música. Principal artista: Sonia Delaunay. Raionismo formado por raios, estanques, deslizes e riscos com luminosidade. Principal artista:
Larionov/Gontcharova Abstracionismo Geométrico ou Formal , as formas e as cores devem ser organizadas de tal
maneira que a composição resultante seja apenas a expressão de uma concepção geométrica. Neoplasticismo, seu criador e princiapl teórico foi Piet Mondrian. Onde as cores e as formas são organizadas de maneira que a composição resulte apenas na expressão de uma concepção
geométrica. Resulta às linhas verticais e horizontais e às cores puras (vermelho, azul e amarelo). O ângulo reto é o símbolo do movimento, sendo rigorosamente aplicado à arquitetura.
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Piet Mondrian (1872-1944 , holandês) Piet Mondrian desenvolveu uma série de pesquisas em cima do abstracionismo. Tinha o objetivo de desenvolver um abstracionismo geométrico onde as formas e as cores eram organizadas de tal maneira que a composição resultante fosse uma expressão de uma concepção geométrica. Quando fazia o seu trabalho já tinha uma preocupação de distribuir tanto as formas como as cores na tela, sempre buscando um equilíbrio. Buscava uma definição, não de contorno, mas de colocação de uma cor ao lado da outra, obtendo formas extremamente definidas e geométricas. Apesar de ele ter uma obra extremamente geométrica, tinha um componente emocional que sempre se inspirava naquilo que ele via. Ele transformava as formas e cores e purificava tudo em uma visão bem geométrica. Teve uma evolução bastante gradual e oposta a de Kandinsky, que foi e voltou e passou por várias fases. Ele teve uma evolução bastante progressiva. Ex.: A obra de abstração da "Árvore". A sua obra mais conhecida chama-se "Boogie Odgie na Broadway". Outro trabalho muito conhecido é "Pier e o Oceano". É um trabalho que lembra uma marina, um de barcos e ode oceano. Suaestacionamento obra deve ser vista de perto, longe, de pé, de ponta cabeça, como quiser. Ele usou, no início de seu trabalho, cores mais fortes e depois foi usando cada vez mais tonalidades pastéis. Curiosidades: Suprematismo, é uma pintura com base nas formas geométricas planas, sem qualquer
preocupação de representação. Os elementos principais são: retângulo, círculo, triângulo e a cruz. O manifesto do Suprematismo, assinado por Malevitch e Maiakovski, poeta russo, foi um dos principais integrantes do movimento futurista em seu país, defendia a supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. Mais racional que as obras abstratas de Kandisky e Paul Klee, reduz as formas, à pureza geométrica do quadrado. Suas características são rígidas e se baseiam nas relações formais e perceptivas entre a forma e a cor. Pesquisa os efeitos perceptivos do quadrado negro sobre o campo branco, nas variações ambíguas de fundo e forma.
Jackson Pollock Pintor americano. A maioria de suas obras estão no Museu "MOMA", em Nova York. Ele é bastante expressivo. Seu trabalho é abstrato, mas pode ser notado um aspecto expressionista nele. Ele é bastante movimentado, informal e o apelo de seu trabalho está num conjunto de tudo, de técnica, cores e formas que obtém. Ele não usa figuras explícitas, mas sempre tem um apelo forte a emoção, que ao olhar o seu trabalho visualizamos às vezes figuras que transferimos para a nossa realidade. Antes de ser um pintor era um conhecedor de arte. A maioria dos americanos não estuda história da arte em seu currículo escolar, já para o europeu a arte faz parte de sua formação acadêmica. Ele influenciou muito os artistas alemães da geração atual.
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Usou muito a técnica de jogar a tinta sobre a tela deixando que ela agisse por conta dela mesma. Essa técnica de pintura chama-se Action Painting que significa “pintura por ação”. Jackson Pollock usava dois processos para jogar a tinta na tela. Ele deixava a tela de pé, no chão, ou inclinada para que a tinta jogada pudesse escorrer. Ele escolhia a posição que ia colocar a tela, lançava a tinta, deixava secar e depois fazia intervenções sobre esse trabalho. Nem sempre trabalhava com esse processo "Action Painting". Jackson Pollock deixava que a tinta agisse por si só, assim como a natureza, que faz o que ela quer. A natureza também é uma arte. Uma de suas obras feitas pelo processo "Action Painting" chama-se "Ritmo Autônomo". Obs.: Lançar a tinta pode ser um processo de jogar a tinta com um balde, balançar o pincel para respingar sobre a tela, etc.
Kasimir Malevich Artista russo. Foi o que mais se desvinculou da idéia de realidade. Ele pintou inúmeros trabalhos só com cor e retângulo. A sua composição é bastante variada, mas sempre utilizando quadrados retângulos na sua maioria, formas extremamente rígidas,são geométricas perfeitas cima de umefundo extremamente chapado. Essas figuras geométricas na maioriae das vezes em chapadas também. Ele não quer passar nenhum sentimentalismo através de sua obra. Teve uma formação acadêmica tradicional que rejeitava, insistindo sempre no geometrismo. Viveu sua vida artística quase que inteira no abstracionismo geométrico. Raríssimas obras não serão geométricas. Tem trabalhos em Amsterdã, na Holanda, Rússia e outros dispersos. Não teve muitas obras. Características da Pintura: · Compreensão da pintura como meio de emoções intensas. · Execução cheia de violenta agressividade, espontaneidade e automatismo. · Destruição dos meios tradicionais de execução - pincéis, trincha, espátulas, etc. · Técnica: pintura direta na parede ou no chão, em telas enormes, utilizando tinta à óleo, pasta espessa de areia, vidro moído. Curiosidades: Action Painting ou pintura de ação gestual, criada por Jackson Pollock nos anos de
1947 a 1950 faz parte da Arte Abstrata Americana. Em 1937, fundou-se nos Estados Unidos, a Sociedade dos Artistas Abstratos. O abstracionismo cresce e se desenvolve nas Américas, chegando à criação de um estilo original.
Paul Klee Nasceu em 1878 e morreu em 1940. Participou do grupo de Kandinsky "Cavaleiro Azul". Teve um processo bastante evolutivo. Passou por diversas fases sem precisar voltar a nenhuma delas. Paul Klee demorou para muito para decidir ser pintor devido as influências recebidas de seus pais que eram músicos. Toda viagem que fazia recebia muita influência. Não existiu nenhum artista que tivesse influenciado Paul Klee diretamente. Ele soube colocar a sua própria expressão.
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Paul Klee também foi um dos professores da Bauhaus. Teve uma variedade muito grande de estilos, traçados e pinceladas em seus trabalhos. Você reconhecerá a sua obra através de sua essência. Assimilou muita coisa do cubismo, expressionismo e primitivismo. Obs.: É conceituado como arte primitivista todo o desenho folclórico, aquele que todos fazem (casinha, florzinha). Paul Klee explorava esse tipo de arte, do mesmo modo que explorou o expressionismo e o cubismo. Segundo Paul Klee: "A arte não restitui o visível, ela torna-o visível". Para Paul Klee "O ilógico coexiste com o lógico, e o irreal com o real" O desenho de "setas" vai aparecer muito em seus trabalhos. Ele tinha uma visão muito espiritual, apesar dos contextos racionais da arte. Ele não se prendeu só a pintura à óleo, usou também aquarela, pastel e outros materiais, às vezes só a título de experiência, como todos os outros abstracionistas.
Willem de Kooning (1904-1997) Nos anos 20 e 30, antes de atacar suas telas, o jovem De Kooning, que abandonou a Holanda aos 22 anos a bordo de um cargueiro, começou a vida como carpinteiro e pintor de paredes. De cultura européia, De Kooning herdaria o apreço ela arte figurativa, tornando-se um admirador da obra de seu conterrâneo Rembrandt e do francês Cèzanne. Ao contrário de seus colegas de vanguarda, que aboliram a representação figurativa de seus quadros. De Konning fez das figuras femininas - a marca da diferença em seu trabalho. "Minha obra vive de incluir as coisas, não de excluí-las", costumava afirmar. Ao final dos anos 40, junto com Jackson Pollock, Arshile Gorky e Mark Rothko, revolucionaria a pintura americana, fundando a vanguarda expressionista abstrata. Com seus borrões e respingos de tinta atirados contra ela a tela, Pollock, o maior de todos, secundado por De Koonning e companhia, deslocou de Paris para Nova York a capital mundial das artes. Diversamente dos expressionistas europeus, que no começo do século converteram sua arte numa forma de panfletagem político-social, a vanguarda expressionista ianque tratou de banir a política de seus quadros, preferindo expremir as misérias da condição humana nos limites da existência individual. Morreu vítima do mal de Alzheimer em sua casa-ateliê em Long Island, perto de Nova York.
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SURREALISMO Em 1924 surge um grupo de pintores que vai se interessar muito pelo subconsciente, onde ocorre aí a falta de lógica. Eles se interessavam demais pelo sonho, pelo fantástico, pelo irreal, pela loucura, tudo que contrariasse a lógica. Loucura Sonho Irreal Ilógico A forma que eles pintavam é muito realística, mas o conteúdo é sem lógica. Freud estava em moda. A arte que é muito lógica, como iria acompanhar o ritmo se este já não é mais lógico? A arte tem que acompanhar a época. Vai haver, portanto, uma série de trabalhos que chamamos de surrealista. É uma arte do inconsciente. O surrealismo não é uma arte só do inconsciente, é também uma arte sem limites de qualquer espécie no conteúdo. O surrealismo vai surgir na pintura, na poesia, na música, no tipo humano (aquela pessoa surreal). O pintor, o poeta e todos os outros artistas procuram dois mundos: um visível e o outro submerso, vago, indeterminado, que é o subconsciente da gente. Vão procurar pintar esse subconsciente que não é fácil. Nós vivemos hoje, segundo Mali, em um mundo com métodos muito lógicos. Isso dificulta o entendimento do mundo surreal. O surreal não tem lógica nenhuma. É o nonsense total. Os fins lógicos não escapam de nós, mas os fins ilógicos sim. Tudo que não tem lógica e que foge do nosso controle, nós não gostamos. O surreal passa a ser a arte pura do sonho e da fantasia. Vão usar muito álcool, excitantes, • • • •
hipnose, símbolos esotéricos, alquimia. Na arte surrealista não vai haver uma lógica discursiva. Ela não vai ter começo, meio e fim. O surrealista vai usar primeiro elementos justapostos, quer dizer, elementos que podem estar no mesmo tempo no mesmo lugar e podem ou não estar mesmo espaço. Ex.: Quando Paul Delvaux vai pintar uma moça nua em uma estação de trem com uma vela na mão como se fosse uma sonâmbula, isso incomoda muita gente, porque não tem lógica. Surrealismo tem muito recollection. É o sonho mal resolvido que agente tem. Paul Delvaux é um pintor surrealista que vai pintar muito estação de trem. Coloca uma mulher da época barroca fazendo justaposição de tempo e de elementos com mulheres mais clássicas no plano de trás. A forma é perfeita como uma fotografia mas a história ou o conteúdo é estranho. Paul Delvaux é belga e morreu em 1994. Em "off": Quando ele era mocinho, tinha paixão por trem, morava em uma casa próximo à uma estação ferroviária. Seu pai resolveu então levá-lo para uma viagem de trem. Quando eles chegaram lá o trem já tinha saído. Isso vai marcar muito pelo resto de sua vida, influenciando sua pintura.
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O "acaso" para os surrealistas é uma coisa muito importante. Vai funcionar como uma "mis en cene" = "fundo" Ex: Dali pegava um papel e colocava ao ar livre por 3, 4 dias. O que acontecesse com aquele papel ele ia aproveitar para fazer em suas obras, como borrões. É o acaso. Na pintura surrealista, a técnica é ligada à criatividade. Vai ter que pintar muito bem a forma para que seja muito fácil de entender. Não pode pintar uma coisa muito complicada porque senão o fruidor não vai conseguir ler a obra. Se a forma não for perfeita e a história complicada, vai ser impossível de entender a obra. Pintores Bélgas importantes: Paul Delvaux, surrealista René Magritte, surrealista Rubens, barroco Para os surrealistas o acaso, a técnica, a decalcmania, fotomontagens, vão ser muito importantes. Vai atingir até a literatura e o cinema. Na literatura brasileira nós temos: João Cabral de Mello Neto Ariano Suassuna Júlio Cortasa Filme Surrealista: Filme inglês "Spell Bound", com Ingrid Bergmann. A cenografia é do Salvador Dali. O diretor é o Hitchcock (??). Surrealismo é um estado de espírito, é um propósito, é uma arte de sonho. Principais pintores surrealistas: Salvador Dali René Magritte Paul Delvaux Marx Hess, tem uma fase pequena surrealista. Foi cubista também.
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SALVADOR FILIPE JACINTO DALI ERA O NOME COMPLETO DE DALÍ. Nasceu em 11 de maio de 1904. Em Figueiras, espanhol da Catalônia. Nasceu de família rica. Já era excêntrico desde que fez escola de Belas Artes. Em 1927 Dalí fez sua primeira visita à Paris. Picasso já tinha feito em 1900. Dalí começou pintando como impressionista. Ficou amigo de Garcia Lorca e Brunuel (diretor de cinema espanhol famoso). Os três eram muito amigos. Dalí vai ter muita influência de Picasso, em uma de suas fases. Ele teve um caso com Garcia Lorca. Brunuel não se conformava pois era muito machista. Dalí vai se tornar um grande surrealista. Em 1929, Dalí conhece Gala, que é Helena, e vai ser sua musa inspiradora e sua paixão até ele morrer. Ela foi uma dançarina russa. Quando Dalí a conheceu ela era esposa de Paul Edward (grande poeta francês). Quando Dalí viu Gala, numa festa na casa de Brunuel, ela estava de costas para o sol e com os ombros de fora. Ele se apaixonou pelo ombro dela e disse que ia casar com aquela mulher. Conseguiu tirá-la de Paul Edward e vão ficar juntos até ela morrer. Fofoca: Dali tinha um problema físico. Tinha o “elemento” pequeno que não funcionava muito. conseguiu essa situação. Ele devia isso a Gala. Foi a primeira mulher realmente que eleGala se resolveu. Eleresolver era bissexual e tinha muitos casos. Nunca mais vai largar Gala na sua vida. Ela teve também muitos casos com marinheiros que Dalí sabia e aceitava numa boa. Dalí é o protótipo do homem surrealista. Ele é escandaloso e só pintou o irreal. É um cabotino (aquele indivíduo de maneira afetada, que procura chamar a atenção, ostentando qualidades reais ou fictícias) e só pensava em dinheiro. Adorava Picasso como artista e como pessoa. Picasso nunca deu bola para Dalí. Eles nunca foram amigos. Picasso não admitia a forma de viver de Dalí, apesar dele também ser extravagante. Dalí vai pintar muitos símbolos fálicos, como os ciprestes pontudos. Vai pintar muito costeletas penduradas em Gala, significando que gosta de “comer” Gala. Ele pinta também muitas muletas. Acha que todo mundo tem muletas. A sua muleta era Gala. Ele representa a muleta como se fosse forquilha (tipo muleta para segurar as oliveiras) A religião para Dalí é um campo de investigação. Ele foi muito místico. Ele fez coisas muito loucas, como a "Apoteose do Dólar". Era um quadro cheio de dólar assinado com um cifrão. Ele ficou muito rico. Quando a Gala morreu em 1982 ele estava sofrendo o mal de Parkinson. Dalí vai viver até o fim de sua vida de forma muito extravagante. Morre em 1986.
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JOAN MIRÓ iniciou sua formação como pintor na escola de La Lonja, em Barcelona. Em 1912 entrou para a escola de arte de Francisco Gali, onde conheceu a obra dos impressionistas e fauvistas franceses. Nessa época, fez amizade com Picabia e pouco depois com Picasso e seus amigos cubistas, em cujo grupo militou durante algum tempo. Em 1920 Miró instalou-se em Paris (embora no verão voltasse para Montroig), onde se formara um grupo de amigos pintores, entre os quais estavam Masson, Leiris, Artaud e Lial. Dois anos depois adquiriu forma La masía, obra fundamental em seu desenvolvimento estilístico posterior e na qual Miró demonstrou uma grande precisão gráfica. A partir daí sua pintura mudou radicalmente. Breton falava dela como o máximo do surrealismo e se permitiu destacar o artista como um dos grandes gênios solitários do século XX e da história da arte. A famosa magia de Miró se manifesta nessas telas de traços nítidos e formas sinceras na aparência, mas difíceis de serem elucidadas, embora se apresentem de forma amistosa ao observador. Miró também se dedicou à cerâmica e à escultura, nas quais extravasou suas inquietações pictóricas.
PAUL DELVAUX (1898-1994) É pintor belga. Tinha obsessão pelo rosto de mulher e estações de trem.
RENÉ MAGRITTE (1898-1967) É também pintor belga. É o pintor surrealista do absurdo. Tudo dele é fantasticamente absurdo. Pinta o irreal, a desconfiança do irreal. Ele vai fazer sobreposições até o infinito. Usa metáfora em todos os quadros. Toda obra que você vê, você se questiona se é ou não real. Ele investe em você o tempo todo. Ele é um campo muito vasto para a nossa imaginação.
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POP-ART Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade. Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos. Principais Artistas: Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados.
Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular. Roy Lichtenstein (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico
começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para
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os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração. Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art,
Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal
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OP-ART A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante. Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia. Principais artistas: Alexander Calder (1898-1976) - Criou os móbiles associando os retângulos coloridos das telas de
Mondrian à idéia movimento. primeiros trabalhos eramasmovidos manualmente observador. Mas,do depois de 1932,Os eleseus verificou que se mantivesse formas suspensas, elaspelo se movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
Victor Vassarely - criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos
fenômenos de percepção ótica. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta".
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GRAFFITI Definido por Norman Mailler como" uma rebelião tribal contra a opressora civilização industrial" e, por outros, como "violação, anarquia social, destruição moral, vandalismo puro e simples", o Grafite saiu do seu gueto - o metrô - e das ruas das galerias e museus de arte, instalando-se em coleções privadas e cobrindo com seus rabiscos e signos os mais variados objetos de consumo. A primeira grande exposição de Grafite foi realizada em 1975 no "Artist's Space", de Nova York, com apresentação de Peter Schjeldahl, mas a consagração veio com a mostra "New York/New Wave" organizada por Diego Cortez, em 1981, no PS 1, um dos principais espaços de vanguarda de Nova York. Características gerais: * S pray art - pixação de signos, palavras ou frases de humor rápido, existe a valorização do desenho. * Stencil art - o grafiteiro utiliza um cartão com formas recortadas que, ao receber o jato de spray, só deixa passar a tinta pelos orifícios determinados, valoriza-se a cor. Principal artista: Jean Michel Basquiat - (1960-1988), nascido no Haiti, iniciou sua carreira grafitando as paredes
e muros de Nova York. Seus grafites mostravam símbolos de variadas culturas, de obras famosas, e principalmente ícones da cultura e consumo americanos, principalmente no contexto político e social. As temáticas do seu trabalho refletem suas preocupações, como o genocídio, a opressão e o racismo. Com 21 anos participou da sua primeira coletiva em Nova York. Foi patrocinado por Andy Warhol (Pop Art), a partir daí virou celebridade. Morreu prematuramente em virtude de depressão e drogas. No Brasil, destacam-se os artistas: Alex Vallauri, Waldemar Zaidler e Carlos Matuck, também se destacam artistas de vanguarda como: Os Gêmeos: Otávio e Gustavo, Boleta, Nunca, Nina, Speto, Tikka e T. Freak .
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INTERFERÊNCIA Como a pintura já não é claramente definível e deixou de ser a única fornecedora de memoráveis imagens visuais. Alguns artistas interferem na paisagem, colocam cortinas, guardasóis, embrulhos em locais públicos. Atualmente, ressaltamos Christo, o único artista que se destaca com suas interferências. Obras Destacadas:: Cortina no Vale, Ponte Neuf (Paris) embrulhada para presente, Guarda-sóis colocados em um vale da Califórnia e mais recentemente o Reichstag ( Parlamento Germânico em 1988 - Berlim), que foi envolvido em tecido sintético com duração de duas semanas.
INSTALAÇÃO São ampliações de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. É utilizada a pintura, juntamente com a escultura e outros materiais, para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa da obra, e não somente à aprecia. Obra Destacada: Homenagem a Chico Mendes do artista Roberto Evangelista.
ARTE NAÏF É a arte da espontaniedade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto. Art naïf (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de modernistas, um tipo de expressão que nãonoseconceito enquadra acadêmicos, nem nas tendências nem tampouco denos artemoldes popular. Esse isolamento situa o art naïf numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas. Assim, o artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural. O artista naïf não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa. Características gerais: · Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa
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· Não existe perspectiva geométrica linear. · Pinceladas contidas com muitas cores. Principal Artista: Henri Rousseau (1844-1910), homem de pouca instrução geral e quase nenhuma formação em pintura. Em sua primeira exposição foi acusado pela crítica de ignorar regras elementares de desenho, composição e perspectiva, e de empregar as cores de modo arbitrário. Estreou com uma original obra-prima, "Um dia de carnaval", no Salão dos Independentes. Criou exóticas paisagens de selva que lembram tramas de sonho e parecem motivadas pelos sentimentos mais puros. Nos primeiros anos do século XX, após despertar a admiração de Alfred Jarry, Guillaume Apollinaire, Pablo Picasso, Robert Delaunay e outros intelectuais e artistas, seu trabalho foi reconhecido em Paris e posteriormente influenciou o surrealismo.
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