ÁREA TECNOLÓGICA: GESTÃO
Identificação do MDI: AUXILIAR FINANCEIRO
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VISÃO
“Consolidar-se como o líder estadual em educação profissional e tecnológica e ser reconhecido como indutor da inovação e da transferência de tecnologias para a indústria brasileira, atuando com padrão internacional de excelência”.
MISSÃO
Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.
VALORES
Transparência Iniciativa Satisfação
ao Cliente
Ética Alta
Performance Valorização das Pessoas Pessoas
POLÍTICA DA QUALIDADE
Satisfazer
as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo mercado. Intensificar ações de aperfeiçoamento e valorização de competências dos empregados. Assegurar o aprimoramento contínuo dos processos e serviços com padrões de qualidade, para o alcance de resultados. �
VISÃO
“Consolidar-se como o líder estadual em educação profissional e tecnológica e ser reconhecido como indutor da inovação e da transferência de tecnologias para a indústria brasileira, atuando com padrão internacional de excelência”.
MISSÃO
Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.
VALORES
Transparência Iniciativa Satisfação
ao Cliente
Ética Alta
Performance Valorização das Pessoas Pessoas
POLÍTICA DA QUALIDADE
Satisfazer
as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo mercado. Intensificar ações de aperfeiçoamento e valorização de competências dos empregados. Assegurar o aprimoramento contínuo dos processos e serviços com padrões de qualidade, para o alcance de resultados. �
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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO – FIEMT Jandir José Milan
Presidente em Exercício
CONSELHO REGIONAL Jandir José Milan
Presidente em Exercício
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Gilberto Gomes de Figueiredo
Diretor Regional do Departamento Departamento Regional de Mato Grosso
Lélia Rocha Abadio Brun
Gerente de Educação e Tecnologia – GETEC
Silvania Maria de Holanda
Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Inicial e Continuada UEDE
Eveline Pasqualin de Souza
Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Desenvolvimento em Educação Técnica e Tecnológica UNETEC
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© 2012 – SENAI/MT – Departamento Regional. Regional. É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento do editor.
EQUIPE TÉCNICA DE ORGANIZAÇÃO Deuzalina Maria de Arruda Assumpção Silva Dolírio Afonso Vilela Sobrinho Luciana Gonzaga Costa
S477c SENAI/MT Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Material Didático da Área de Gestão - Curso: Auxiliar Au xiliar Financeiro. Departamento Regional. Cuiabá - MT, 2012. Qtde de Pág.45.
1 Administração Financeira.I. Título ����������
SENAI - MT Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Av. Historiador Rubens de Mendonça, 4.301 Bairro Bosque da Saúde - CEP 78055-500 – Cuiabá/MT Tel.: (65) 3611-1500 - Fax: (65) 3611-1557 www.senaimt.com.br �
APRESENTAÇÃO
Caro(a) Estudante,
É com prazer que apresentamos este material didático que foi desenvolvido para facilitar seu aprendizado nos cursos de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Mato Grosso.
Este material tem o objetivo de atender as demandas industriais e satisfazer as necessidades de pessoas que buscam atualização e conhecimentos através de cursos profissionalizantes.
Os conteúdos formativos deste material foram concebidos para atender as Áreas Tecnológicas de atuação do SENAI, alinhados aos Perfis Profissionais Nacionais elaborados por Comitês Técnicos Setoriais do SENAI Departamento Nacional e com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO.
Esperamos que este material didático desperte sua criatividade, estimule seu gosto pela pesquisa, aumente suas habilidades e fortaleça suas atitudes. Requisitos fundamentais para alcançar os resultados pretendidos em um determinado contexto profissional.
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INFORMAÇÕES GERAIS
- Objetivo do Material Didático: Fornecer os conhecimentos básicos à formação do estudante, proporcionando o desenvolvimento de atividades de administração financeira como planejar e controlar finanças para a empresa; avaliar investimentos e gastos utilizando conceitos contábeis; tomar decisões estratégicas com base em indicadores financeiros; adotar instrumentos para gerenciar riscos e analisar créditos; aplicar recursos financeiros utilizando as principais operações bancárias; prever e mensurar o retorno de investimento, seguindo procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde.
- Área Tecnológica: Gestão
- Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
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ÍCONES DE ESTUDOS
Durante a leitura deste material você encontrará alguns ícones para chamar sua atenção sobre um assunto destacado. Para contribuir com a eficácia destas reflexões, recomendamos ao aluno que realize seus estudos e registre suas conclusões, possibilitando sua auto-avaliação e reforço do aprendizado. Veja o significado dos ícones:
Proposição de trabalhos de pesquisa ou leitura de outros referenciais sobre o tema.
Traz dicas importantes sobre um assunto
Indicação de site para pesquisa e maior aprofundamento sobre o tema.
Tarefas práticas propostas pelo professor a serem realizadas pelo estudante visando consolidar o aprendizado de um determinado assunto
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SUMÁRIO 1.
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 10
2.
CONCEITO E TERMINOLOGIA .......................................................................... 11
3.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ................................................................... 14 3.1 Subsistema Normativo ...................................................................................... 15 3.2 Subsistema Operativo ou Operacional .............................................................. 15
4.
5.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL ............................................................... 16 4.1
Banco Central do Brasil ................................................................................ 16
4.2
Entidades Privadas....................................................................................... 16
TÍTULO DE CRÉDITO ......................................................................................... 17 5.1
Duplicata ...................................................................................................... 17
5.2
Triplicata....................................................................................................... 17
5.3
Nota promissória .......................................................................................... 17
5.4
Letra de câmbio ............................................................................................ 18
5.5
Cheques ....................................................................................................... 18
6.1
Nota Fiscal e Fatura ..................................................................................... 19
6.2
Nota Fiscal Eletrônica ................................................................................... 20
7.
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA ................................................................................. 20
8.
TESOURARIA ..................................................................................................... 21
9.
8.1
Recibos ........................................................................................................ 22
8.2
Porcentagem ................................................................................................ 22
FINANCIAMENTOS DE CURTO E LONGO PRAZO ........................................... 24 9.1
Juros simples e compostos........................................................................... 24
9.1.1
Juros simples......................................................................................... 24
9.1.2
Juros compostos ................................................................................... 25 �
9.2
Descontos e Taxas ....................................................................................... 26
9.2.1 10.
Desconto ............................................................................................... 26
CÁLCULOS FINANCEIROS............................................................................. 28
10.1 Base de Cálculos.......................................................................................... 28 10.1.1
Administrando o lucro pela estrutura de resultados ............................... 28
10.1.2
Elaborando uma estrutura gerencial de resultados ................................ 29
10.1.3
Encontrando o faturamento ................................................................... 29
10.1.4
Encontrando os custos variáveis ........................................................... 30
10.1.5
Encontrando a margem e o índice da margem de contribuição ............. 30
10.1.6
Encontrando os custos fixos .................................................................. 31
10.1.7
Encontrando o ponto de equilíbrio em quantidade ................................. 31
10.1.8
Encontrando o ponto de equilíbrio em valor monetário .......................... 31
10.1.9
Encontrando o resultado a partir de uma quantidade............................. 32
10.1.10
Encontrando o resultado a partir do faturamento ............................... 33
11. FLUXO DE CAIXA - ADMINISTRANDO AS SOBRAS OU AS FALTAS DE RECURSOS ............................................................................................................... 34 11.1 Elaborando um fluxo de caixa....................................................................... 37 11.2 Diagnosticando a situação financeira de uma empresa ................................ 38 11.3 Recuperando as finanças de uma empresa.................................................. 41 12.
O FINANCIAMENTO ........................................................................................ 41
12.1 Definindo indicadores financeiros ................................................................. 43 12.2 Lucratividade ................................................................................................ 43 12.3 Rentabilidade simples................................................................................... 43 12.4 Prazo de retorno de investimento ................................................................. 44 13.
REFERÊNCIAS................................................................................................ 45
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�. INTRODUÇÃO
A Administração Financeira dos negócios de uma empresa é de suma importância para sua existência, especialmente nos dias atuais, quando toda a eficiência é medida por meio de pequenos índices financeiros que contribuem para o seu resultado. É, portanto, imprescindível que os empresários estejam conscientes da necessidade de conhecer as informações financeiras básicas, para que possam tomar decisões que levem, não só à sobrevivência da empresa, mas ao melhor desempenho desta. Cabe salientar que, em um negócio, não basta vender cada vez mais, mas, sim, obter lucros destas vendas. É comum encontrarmos empresas que aumentam o seu faturamento com descontos, mas aumentam seus custos, por exemplo, com propaganda e acabam obtendo resultado negativo, o qual será refletido nos meses seguintes na sua disponibilidade de Caixa. Nesta situação, não basta ir à busca de empréstimos ou venda de bens para cobrir estes “furos”, mas buscar a correta administração dos aspectos financeiros, evitando, assim, novas situações de falta de recursos. A função financeira corresponde os esforços despendidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de certo grau de liquidez. Na verdade a função financeira dentro de uma empresa está diretamente relacionada com a decisão de se fazer um investimento e à decisão de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funções principais estão interligadas. Além disso, a função financeira abrange numerosos outros aspectos, além do indicado até agora. Se fôssemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o tempo. Na realidade todas as outras funções dentro de uma empresa com fins lucrativos visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento, etc., tudo necessita de certo cálculo financeiro. ��
A questão da gestão financeira nas empresas é de extrema importância, pois muitas questões envolvem esse assunto, inclusive outros assuntos que possuem gerencias separadas. Praticamente tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto financeiro no orçamento sendo então necessária uma avaliação profunda no que diz respeito a novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.
Lembre-se: domine os números e dominará o mundo. Nunca deixe de aperfeiçoar seus conhecimentos. A busca pelo conhecimento deve ser contínua.
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A administração financeira é a parte da organização que cuida das finanças da empresa ou, mais especificamente, da sua saúde financeira. Isso quer dizer que toda e qualquer movimentação ou planejamento que envolva valores é contemplado e está inserido no conceito de administração financeira. Podemos sucintamente dizer que a administração financeira estuda a circulação do dinheiro.
Administração financeira cuida de planejamento, análise de investimentos, política de crescimento, financiamento, contabilidade, etc. (Lima Netto, 1978). Segundo Sanvicente (1987), o objetivo básico implícito nas decisões de administração financeira é a maior rentabilidade possível, sobre o investimento efetuado por indivíduos ou instituições caracterizados como proprietários acionistas ordinários, no caso de uma sociedade anônima. ��
Entretanto, é feita uma ressalva, a rentabilidade máxima, desde que não seja comprometida a liquidez da empresa. Segundo Lima Netto (1978), a análise de investimentos tem os seguintes métodos: Período de Pagamento, Lucro Médio, Valor Presente, Valor Futuro, Taxa de Retorno Interna e Benefício/Custo. Várias são as ferramentas utilizadas na condução da vida financeira das empresas, cujos conceitos básicos observamos a seguir.
Capital
É o valor principal de uma operação financeira, sobre o qual incidem outros aplicativos como juros e descontos. Também pode ser tratado como Valor Atual, Valor presente ou Valor Aplicado. Note que o mais importante não é a maneira como ele é chamado, mas sim o fato de que é sobre ele que incidirão os encargos financeiros, também conhecidos como juros.
Juros
É o produto obtido por meio da aplicação de uma determinada taxa percentual sobre um capital conhecido. Temos duas formas ou dois pontos de vista a considerar sobre os juros. O primeiro é sob o prisma do investidor para o qual significa a remuneração do capital investido ou aplicado. A segunda forma de considerarmos os juros é sob o ponto de vista do tomador, que representa o custo do dinheiro tomado a empréstimo. Os juros representam à remuneração do capital empregado, seja pelo Banco seja pela Empresa. Quando você aplica um capital em algo, está tomando uma decisão de adiar um consumo, certo? Assim, você espera obter de alguma forma um prêmio por ter deixado de consumir e ter poupado. Esse prêmio é representado pelo juro que você recebe, caso aplique em um Banco ou empreste o dinheiro a algum amigo.
Prazo
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É o tempo que o capital fica disponibilizado ou imobilizado em determinada operação financeira. Ou seja, é o tempo delimitado para fazer as transações financeiras (tempo decorrido).
Taxa de Juros É o percentual aplicado em determinado capital ou valor por prazo conhecido contado em 100 unidades. Essa taxa é uma forma de representação do juro em sua forma porcentual. Ex: 4,50% ao mês
Montante
É o produto final de um capital somado ou adicionado aos juros produzidos ao final de um período ou prazo determinado, ou seja, é o capital mais os juros (também conhecido como valor acumulado). Pode também ser chamado de valor futuro (capital empregado mais à soma dos juros no tempo correspondente).
Capitalização É o mecanismo financeiro capaz de produzir um novo montante a cada período com aplicação de uma determinada taxa de juros (Ação financeira para acumular capital).
Amortização
É a injeção de um valor com a finalidade de abater de um montante, um determinado valor visando diminuir uma divida contraída (Ação de eliminar divida gradativamente).
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�. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Trata-se de um conjunto de instituições financeiras e instrumentos responsáveis por toda a intermediação financeira do mercado. É o responsável pela junção dos agentes econômicos, com situação orçamentária superavitária e deficitária.
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Tabela 1 Sistema financeiro nacional
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O sistema financeiro está dividido em dois subsistemas:
3.1 Subsistema Normativo Responsável pelo controle e normatização das instituições que operam no mercado. É composto por: •
Conselho Monetário Nacional
•
Banco Central do Brasil
•
BNDES
•
Comissão de Valores Mobiliários
3.2 Subsistema Operativo ou Operacional Trata-se das instituições que operam diretamente com a ação de intermediação financeira. É composto por: •
Bancos Comerciais;
•
Caixas Econômicas;
•
Bancos de Investimento;
•
Bancos de Desenvolvimento;
•
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (financeiras); Sociedades Corretoras;
•
Sociedades Distribuidoras;
• Sociedades de Arrendamento Mercantil (leasing); Sociedades de Crédito Imobiliário; •
Bancos Múltiplos.
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�. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
É o principal órgão do Sistema Financeiro Nacional, criado pela Lei n° 4.595. Determinada a sua competência quanto a ser órgão disciplinador do Mercado de Capitais pela Lei n°4.728 de 12 de Julho de 1965. O Conselho Monetário Nacional também substitui o Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), e tem como finalidade formular a política da moeda e do crédito.
4.1 Banco Central do Brasil É uma autarquia federal criada com a finalidade de fiscalizar as instituições financeiras. Dentre as muitas atribuições importantes do BACEN, está o de regulador das políticas monetária e creditícia do governo, administrar as reservas internacionais e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional.
4.2 Entidades Privadas Entidades financeiras são entidades públicas ou privadas cuja atividade principal ou acessória é a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira e custódia de valor de propriedade de terceiros, de acordo com a Lei n° 4.595, de 31 de Dezembro de 1964.
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�. TÍTULO DE CRÉDITO
Denominam-se títulos de crédito os papéis representativos de uma obrigação e emitidos de conformidade com a legislação específica de cada tipo ou espécies. A definição mais corrente para título de crédito é: "documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado". Os elementos fundamentais para se configurar o crédito decorrem da noção de confiança e tempo. A confiança é necessária, pois o crédito se assegura numa promessa de pagamento, e o tempo também, pois o sentido do crédito é, justamente, o pagamento futuro combinado, pois se fosse à vista, perderia a ideia de utilização para devolução posterior.
5.1 Duplicata A duplicata mercantil é título de crédito que constitui o instrumento de prova do contrato de compra e venda. É obrigatória nas vendas mercantis a prazo e pode ser protestada por falta de pagamento, quando vencida. A duplicata de prestação de serviços é titulo emitido por profissionais ou por empresas, para cobrança de serviços prestados.
5.2 Triplicata Segunda via ou reprodução de duplicata por motivo de extravio ou por não ser aceita.
5.3 Nota promissória A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a determinada pessoa, de certa quantia em data especifica. A nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente devedor ao promissário-credor. ��
5.4 Letra de câmbio Ordem de Pagamento - à vista e a prazo. Título de crédito formal, consistente numa ordem escrita de pagamento, de um emitente ou sacador, a outrem, chamado aceitante ou sacado, para que pague a um terceiro, denominado tomador, determinada importância em local de data determinados.
5.5 Cheques O cheque é uma “ordem de pagamento à vista” e como tal somente deve ser emitido pela empresa quando ela estiver com suficiente saldo em bancos. O talão de cheques, após recebido pela empresa do banco correspondente em que ela mantenha conta-corrente,é de sua inteira responsabilidade, inclusive pra efeito de controle e guarda física. Existem duas formas de emissão de cheques: ao portador e nominativo. • Cheques ao portador: não é recomendável que uma empresa emita cheques dessa forma porque não identifica o favorecido. Isso quer dizer que, nos dias atuais os cheques ao portador podem ser utilizados como moeda corrente, passando de mão em mão até encontrar alguém disposto a depositar. Essa atitude dificulta inclusive a Conciliação Bancária porque demora a entrar na conta-corrente da empresa no banco. • Cheques nominativos: emitidos pela empresa em que declara o favorecido pelo pagamento da importância neles contida. Essa modalidade melhora os efeitos da movimentação, inclusive facilita a Conciliação Bancária. O cruzamento no cheque é representado por dois traços transversais e após isso, o cheque somente pode ser compensado por meio de depósito e não pode ser sacado pelo favorecido. Há um fator importante com relação a essa modalidade de emissão de cheque ele se transforma ao portador, porém não pode ser descontado ou recebido no caixa do banco, devendo continuar com exigência de ser somente depositado, mas nesse caso, na conta de outra pessoa que não a favorecido. A modalidade mais segura hoje para emissão de cheque é o cruzamento em preto, nome que se dá quando o eminente cruza o cheque com os dois traços transversais com os dizeres: “este cheque somente poderá ser depositado na conta do favorecido”, o que significa que somente poderá depositar o cheque, ficando impedido de ser repassado adiante. Essa modalidade vem ��
definitivamente dar maior clareza à Conciliação Bancária porque a empresa emitente pode rastrear o cheque quando não tiver sido compensado. Há uma medida também utilizada em algumas empresas e que está se firmando na circulação de cheques, que é uma declaração colocada no verso do cheque e assinada pelo emitente que diz “este cheque não poderá receber contraordem”. Isso significa que o emitente do cheque não poderá, por exemplo, sustar o cheque por qualquer motivo. Essa medida é utilizada mais no recebimento de cheques pra pagamento de vendas ou faturamento na empresa.
�. FATURAMENTO
Toda empresa que está no mercado gira seus negócios vendendo seus produtos e/ou serviços. A essa venda damos o nome de faturamento. Tudo o que é vendido em uma empresa econômica e administrativamente correta é faturado, quer à vista ou a prazo. À vista significa que a troca do produto ou bem vendido se dá no mesmo instante por moeda corrente, dinheiro ou cheque, mediante a extração e apresentação imediata da correspondente nota fiscal. A prazo significa que a empresa entrega seu produto, mercadoria ou presta seus serviços com valor acertado mediante a emissão da respectiva nota fiscal e fatura, e para receber no futuro, emite a duplicata. Na empresa o departamento que cuida dessa documentação é chamado de faturamento.
6.1 Nota Fiscal e Fatura É o documento exigido pelo fisco, emitido pela empresa que vende os produtos, mercadorias ou presta serviços. Esse documento acompanha os produtos, mercadorias ou serviços, independente de serem negociados à vista ou a prazo e na maioria das vezes é acompanhado da fatura. É de suma importância aos negócios da empresa, esse documento é a base para a movimentação e geração de ��
tributos dentro da empresa, sendo a origem da fatura e , quando for negociação a prazo, origina uma duplicata.
6.2 Nota Fiscal Eletrônica A nota fiscal eletrônica é o documento de existência digital,emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador. O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica , pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco. A implantação da NF-e constitui grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NFe será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos Notas Fiscais. �. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA
Processo de caráter periódico destinado a constatar as diferenças entre os controles da empresa e os extratos bancários. Cada vez mais o controle financeiro das empresas é a base para tomadas de decisões. Portanto, se não estiver com o saldo correto essa análise não tem valor nenhum. A planilha comparativa, Contabilidade x Extrato Bancário vai auxiliar na montagem de um relatório de pendências para que futuramente seja solucionado pela outra parte que será questionada. É preciso acompanhar a movimentação da conta-corrente de determinado banco por meio de controles de movimento bancários, em que devem ser lançados avisos de débito, crédito, cheques emitidos, etc. ��
Na primeira via desse controle devem ser anexados todos os documentos de débito e crédito para efeito de contabilização. Esse procedimento detecta as diferenças que podem ser, por exemplo:
Cheques lançados no controle da empresa e ainda não compensados pelo banco.
Avisos de débito e crédito lançados pelo banco e ainda não considerados nos controles da empresa.
Observamos que os controles bancários mantidos pela empresa são de caráter instantâneo, ou seja, quando se emite um cheque, por exemplo, nem sempre é compensado no mesmo dia, mas é lançado nos controles. Da mesma forma, o banco pode considerar um aviso de débito, como, por exemplo, o estorno de um cheque de cliente que não é compensado por qualquer motivo. Tudo isso é detectado na conciliação, que tem por objetivo, após o encontro das contas, fazer com que os saldos estejam de acordo os controles da empresa com o apresentado pelo banco. Essa conciliação vai inclusive instruir a contabilidade da empresa que, após devidamente conferidos pelo responsável, efetuará os lançamentos ainda não constantes dos registros contábeis. �. TESOURARIA
Toda empresa movimenta seus recursos financeiros no setor de tesouraria. Tanto recursos em dinheiro como movimento bancário são desenvolvidos pela tesouraria, mesmo que esse departamento ou setor não exista formalmente e seja desenvolvido, dependendo do tamanho da empresa, agregado a outro departamento. A tesouraria cuida então, do “tesouro” da empresa, seus valores representados por moeda. Todos
esses
valores
devem
ser
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movimentados por meios de documentos e cuidadosamente verificados, pois qualquer diferença ou divergência pode causar prejuízos incalculáveis à saúde financeira da empresa.
8.1 Recibos Todos os valores recebidos diariamente passam pela tesouraria para receberem seu destino final de acordo com a política da empresa, como depósito em banco, pagamento de despensas correntes ou mesmo pagamento a fornecedores. O movimento financeiro da empresa deve ser cuidadosamente definido por uma política séria de movimento, como efetuar todo e qualquer pagamento, desembolso por meio de recibos. Isso quer dizer que quem receber qualquer valor externa ou internamente da empresa deve assinar um documento que chamamos de recibo pelo valor recebido. Esse recibo pode ser desde um impresso formal adquirido em papelarias, ou mesmo redigido na própria tesouraria ou departamento financeiro, ou colocado no verso da duplicata quando ela for paga “em carteira”. O importante é que não saia nenhum valor da tesouraria sem o devido comprovante de quem o recebeu.
8.2 Porcentagem Ela está presente em inúmeras situações. Parece que, para entendermos melhor o mundo, precisamos saber porcentagem: como calcular, como interpretar, como usar. Isso não é difícil, os cálculos com porcentagens envolvem operações simples, que muitas vezes podem ser feitas “de cabeça”. Mas, antes dos cálculos, vamos ver o que significa porcentagem: uma porcentagem é uma comparação. São frações de denominador 100. E 100% quanto é? 100% é a totalidade.
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Interprete as porcentagens de acordo com a tabela abaixo e aponte quais os campeões dos bens de consumo:
O que o brasileiro tem em casa O computador é o último colocado entre os bens de consumo das famílias Fogão
94%
Televisão
84%
Geladeira
75,6%
Som
54,8%
Lava-roupa
33%
DVD
40%
Automóvel
26,9%
Telefone
25,5%
Microondas
12,2%
Ar-condicionado
7,1%
Computador
5% Fonte: Folha de S. Paulo 6/9/2009 Tabela 2: Bens de consumo
Formas de Calcular porcentagens: 30% de 500 30/100 x 500 = 150
Ou use a regra de três simples: 30% de 500
500 -------- 100 X ----------- 30
Onde: 100X = 30 . 500 X = 15000 / 100 X = 150
Tabela 3: Cálculos de porcentagens
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�. FINANCIAMENTOS DE CURTO E LONGO PRAZO
Valores liberados, pelo credor para serem aplicados pelo devedor na aquisição de bens móveis (veículos, máquinas, equipamentos) e imóveis (unidades habitacionais, plantas industrias, etc.) Ou seja, sabe-se exatamente o destino do recurso. Existem os financiamentos de curto prazo (até 360 dias) e os de longo prazo (acima de 360 dias).
9.1 Juros simples e compostos 9.1.1 Juros simples Também chamados de linear é o rendimento do capital em um tempo dado a uma taxa fixa aplicada. Por exemplo: um empréstimo de R$ 5.000,00 pelo qual incorrem 3% de juros simples por mês a serem pagos ao final de um mês. Devemos calcular: 3% de R$ 5.000,00 = R$ 5.000,00 . 0,03 = 150,00 Os juros podem ser calculados a partir da seguinte formula: J = C. i. n Abreviaturas: J = juros i = taxa de juros ( produzida em fração, decimal ou porcentagem) c = capital m = montante n = prazo ( ou tempo) a.m = ao mês a.a = ao ano a.d = ao dia
Evidentemente, i e n, ou seja, a taxa e o prazo têm que ser calculados ou considerados nas mesmas unidades. Isso quer dizer que se a taxa for diária, o tempo deverá ser também considerado em dias; se a taxa for mensal, o tempo também deverá ser mensal e assim por diante com ano.
Exemplo: ��
Qual é o juro simples produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicado durante 4 meses a uma taxa de 2,5% a . m.?
J =c .i .n J = R$ 7.000,00 . 0,025 . 4 J = R$ 700,00
E se a esse mesmo capital fosse aplicada a mesma taxa, porém em um prazo de 27 dias? Considerando a observação de que a taxa e o prazo devem ser calculados nas mesmas unidades, teremos:
J =c .i .n J = R$ 7.000,00 . 0,025 . 27 J = R$ 7.000,00 . 0,025 . 0,9 J = R$ 157,50
No primeiro exemplo teremos o montante igual a R$ 7.700,00 que é a soma do capital de R$ 7.000,00 mais os juros produzidos de R$ 700,00, e no segundo exemplo o montante seria de R$ 7.157,50.
9.1.2 Juros compostos Também chamados de capitalizados, consistem na formação de novo capital a cada período a que a taxa se referir até o final do tempo desejado. Nesse caso o produto final será o montante. Para conhecer os juros, basta subtrair deste o capital empregado. Exemplo: suponhamos um capital de R$ 5.000,00 tomado emprestado a juros de 5% a.m. por um prazo de 5 meses capitalizados., A fórmula utilizada seria a seguinte: C(1+i)ᵑ No exemplo teríamos então: R$ 5.000,00 . (1+0,05) ᵑ R$ 5.000,00 . (1,05)ᵑ R$ 5.000,00 . (1,27628 = R$ 6.381,40
Demonstrando período a período, teremos: ��
Períodos Capital R$ 1 5.000,00 2 5.250,00 3 5.512,50 4 5.788,12 5 6.077,52
Juros R$ 250,00 262,50 275,62 289,40 303,88
Montante R$ 5.250,00 5.512,50 5.788,12 6.077,52 6.381,40
Tabela 4: Juros compostos
Assim sendo, teremos o montante de R4 6.381,40 para um capital inicial de R$ 5.000,00, o que significa R$ 1.381,40 de juros produzidos no período pelo sistema capitalizado. A isso chamamos capitalização. Se compararmos o exemplo anterior, calculado sob a forma de juros simples, teremos:
Períodos Capital R$ 1 5.000,00 2 5.000,00 3 5.000,00 4 5.000,00 5 6.000,00
Juros R$ 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00
Montante R$ 5.250,00 5.500,00 5.750,00 6.000,00 6.250,00
Tabela 5: Juros simples
Desta forma fica clara a diferença entre juros simples e compostos pelo exemplo.
9.2 Descontos e Taxas 9.2.1 Desconto É a diferença entre o valor nominal de uma divida na data de seu vencimento e o seu valor atual na data em que esse valor é atualizado. Conhecimento dois tipos de desconto: � �
Racional ou por dentro Comercial ou por fora ��
Desconto racional ou por dentro : é aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor líquido e calculado, tomando-se por base a fórmula:
N.i. n Dr= I+i. n Exemplo: suponhamos um título de R$ 10.000,00 a uma taxa de 4% ao mês pago em 2 meses antes do seu vencimento: 10.000,00 . 0,04 . 2 = R$ 800,00 = Dr= R$ 800,00 1 + 0,04 . 2 1+0,08 1,08
= R$740,74
O desconto neste caso é de R$ 740,74 e o valor líquido após o desconto será de: R$ 10.000,00 - R$ 740,74 = R$ 9.259,26 Esta modalidade de desconto poderia ser representada assim também: N L= I + i . n Sendo L o valor líquido após o desconto e N o valor nominal do título. R$10.000,00 = R$10.000,00 = 1+0,04 .2 1,08
R$9.259,26
Desconto comercial ou por fora, também conhecido como desconto bancário, é aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor nominal.
Utilizando o mesmo exemplo, teremos: D = N . i . n = R$10.000,00 . 0,04 . 2 = R$800,00 ��
Assim sendo, o valor líquido após o desconto será de: R$ 10.000,00 - R$ 800,00 = R$ 9.200,00 Que também poderia ser representado da seguinte forma: L = N(1 - i . n), sendo L= R$ 10.000,00 .(1 - 0,04 . 2) L= R$10.000,00 . 0,92 = R$ 9.200,00
��. CÁLCULOS FINANCEIROS
Faz parte do plano de amortização utilizado no investimento ou financiamento, que retorna ao investidor ou financiador de uma determinada taxa em um certo tempo em pagamentos iguais. Sobre o valor financiado aplica-se a taxa de juros pelo tempo que a operação ficará aberta até o retorno efetivo do capital, cujos juros estão embutidos nas prestações ou parcelas no período do tempo ajustado.
10.1
Base de Cálculos
Toda vez que formos efetuar um calculo é preciso ter uma base, isto é, o que calcularemos sobre o que. Por exemplo, se aplicarmos um determinado capital, vamos precisar de uma base pra calcular esse capital que são: a taxa de juros e o prazo em que esse capital ficará aplicado.
10.1.1 Administrando o lucro pela estrutura de resultados O conhecimento do resultado obtido pela empresa, ou seja, qual é o lucro real e quais são os custos e receitas que possibilitaram este resultado, é de fundamental importância para a administração. A estrutura gerencial de resultados é um dos mais importantes controles gerenciais, pois possibilita, ao empresário, conhecer o resultado obtido, além de identificar as prováveis causas deste resultado.
��
Na verdade, este controle demonstra, de forma clara, o aumento ou a diminuição da riqueza da empresa, resumindo o resultado de todos os esforços do período. É um instrumento que gera inúmeras informações para a administração. Uma de suas mais importantes utilizações é a de permitir o planejamento das ações que irão melhorar o desempenho da empresa. Em uma empresa, o lucro obtido, ou mesmo o prejuízo, pode não estar, necessariamente, refletindo no aumento do dinheiro disponível no Caixa ou no Banco. O lucro pode estar, por exemplo, no aumento dos estoques da empresa, no aumento das Contas a Receber, ou mesmo, refletindo no aumento dos bens que a empresa possui, como, por exemplo, na aquisição de novo veículo para a empresa.
10.1.2 Elaborando uma estrutura gerencial de resultados Vamos elaborar uma estrutura gerencial de resultados de uma barraca de coco, cuja situação é a seguinte: • • • •
Preço de venda de cada coco: R$ 2,00 Custo de compra unitária do coco: R$ 0,50 Custo semanal de locação da barraca: R$ 18,00 Comissão do ajudante: 15% (R$ 0,30 por coco)
Podemos racionar da seguinte maneira: comprando um coco por R$ 0,50, vendendo o destino deste R$ 2,00, paga-se a comissão de R$ 0,30 e ganha-se por coco R$ 1,20. Qual o destino deste R$ 1,20 ganho em cada coco? Pagar o aluguel semanal da barraca e gerar lucro. • • • • •
Quantos cocos devem ser vendidos para não perder dinheiro? Como calcular o lucro por coco vendido? Caso apareça um concorrente, é possível oferecer descontos? Como calcular o lucro total? Afinal, este negócio é viável?
10.1.3 Encontrando o faturamento Faturamento é o produto das quantidades vendidas pelo respectivo preço de venda. •
Qual o preço de venda unitário do coco? ��
• •
Preço de Venda R$ 2,00; Se vendermos apenas um coco, nosso faturamento será de R$ 2,00.
10.1.4 Encontrando os custos variáveis Custos variáveis são aqueles que dependem das quantidades produzidas/vendidas. O custo dos cocos vendidos e a comissão do ajudante, na barraca de coco, são tipicamente, custos variáveis. Quais os custos variáveis unitários? 1 2 3
Custo do Coco R$ 0,50 Comissões R$ 0,30 Custo Variável R$ 0,80 (1+2) Tabela 6: Custos variáveis
10.1.5 Encontrando a margem e o índice da margem de contribuição Margem de Contribuição é a diferença entre preço de venda e a soma dos custos variáveis desta mesma unidade. MC = PV - CV MC = Margem de Contribuição PV = Preço de Venda CV = Custos Variáveis Índice de Margem de Contribuição é a relação percentual entre a margem de contribuição e o preço de venda. Imc = MC/ PV x 100 Imc = Índice da Margem Contribuição MC = Margem de Contribuição PV = Preço de Venda
de
Qual a margem de contribuição unitária e o índice de margem de contribuição na barraca de coco? ��
1 2 3 4
Preço de Venda Custo Variável Margem de Contribuição (1-2) Índice da Margem de Contribuição (3/ 1x100)
R$ 2,00 R$ 0,80 R$ 1,20 60%
Tabela 7: IMC
10.1.6 Encontrando os custos fixos Custos Fixos são aqueles que não dependem das quantidades produzidas ou vendidas. No caso da barraca de coco, a despesa com aluguel da barraca.
Qual o custo fixo semanal? Custo Fixo R$ 18,00
10.1.7 Encontrando o ponto de equilíbrio em quantidade O ponto de equilíbrio em quantidade é o número necessário de vendas de um determinado produto, em que as receitas totais se igualam aos custos totais, calculado por meio da seguinte fórmula: PE(q) = CF/MC onde: PE(q) = Ponto de Equilíbrio em Quantidade (unidades) CF = Custos Fixos MC = Margem de Contribuição
Cálculo do Ponto de Equilíbrio em Quantidade 1 Custos Fixos 2 Margem de Contribuição 3 Ponto de Equilíbrio (1/2)
R$ 18,00 R$ 1,20 15 cocos
Tabela 8: PEQ
10.1.8 Encontrando o ponto de equilíbrio em valor monetário O Ponto de Equilíbrio em Valor Monetário é o nível de vendas necessário para que as receitas da empresa sejam iguais aos custos totais. Isto é, o ponto em que não há lucro nem prejuízo, que é calculado por meio da fórmula: ��
PE = CF/Imc onde: PE = Ponto de Equilíbrio CF = Índice de Margem de Contribuição
Cálculo do Ponto de Equilíbrio em Valor Monetário 1 Custo Fixo 2 Índice de Margem de Contribuição 3 Ponto de Equilíbrio (1/2 x 100)
R$ 18,00 60% R$ 30,00
Tabela 9 PEM
10.1.9 Encontrando o resultado a partir de uma quantidade Quando estimamos uma quantidade vendida, temos condições de prever (projetar) um resultado. O resultado (lucro ou prejuízo) pode ser calculado por meio das fórmulas a seguir.
Primeira Fórmula R = Q x MC - CF onde: R = Resultado (lucro ou prejuízo) Q = Quantidade Vendida MC = Custos Fixos
Qual o resultado vendendo 20 cocos por fim de semana? 1 Quantidade Vendida 2 Margem de Contribuição 3 Quantidade x MC (1 x 2) 4 Custos Fixos 5 Resultado (3 x 4)
20 R$ 1,20 R$24,00 R$ 18,00 R$ 6,00
Tabela 10 Resultado pela quantidade
��
10.1.10
Encontrando o resultado a partir do faturamento
Quando se estima um valor de faturamento, também temos condições de prever o resultado que será alcançado. Segunda Fórmula R = F x Imc - CF onde: R = Resultado (lucro ou prejuízo) F = Faturamento Imc = Índice de Margem de Contribuição CF = Custos Fixos Qual o resultado vendendo um montante de R$ 26,00? 1 2 3 4 5
Venda Índice da Margem de Contribuição Vendas ($) x Imc (1 x 2 / 100) Custos Fixos Resultado (3 - 4)
R$ 26,00 60% R$ 15,60 R$ 18,00 (R$ 2,40)
Tabela 11 Resultado pelo Faturamento
Quantidad e de Cocos 0
Cust Comissã o do o Coco 0,00 0,00
Custo Variáv el 0,00
5
2,50
1,50
4,00
10
5,00
3,00
8,00
15
7,50
4,50
12,00
20
10,0 0 12,5 0 15,0 0
6,00
16,00
7,50
20,00
9,00
24,00
25 30
Cust o Fixos 18,0 0 18,0 0 18,0 0 18,0 0 18,0 0 18,0 0 18,0 0
Cust o Total 18,0 0 22,0 0 26,0 0 30,0 0 34,0 0 38,0 0 42,0 0
Faturament Resultad o o 0,00
-18,00
10,00
-12,00
20,00
-6,00
30,00
0,00
40,00
6,00
50,00
12,00
60,00
18,00
Tabela 12 Custos, Receita e Resultado
��
��. FLUXO DE CAIXA - ADMINISTRANDO AS SOBRAS OU AS FALTAS
DE RECURSOS
O Fluxo de Caixa é o registro das entradas e saídas de dinheiro na empresa e tem uma função maior de planejamento financeiro, ou seja, ele indica quais decisões devem ser tomadas na falta ou na sobra do recurso. Entende-se que é extremamente difícil a administração financeira de uma empresa sem prática de prever as entradas e saídas de recursos. Contudo, sabemos que uma minoria adota o procedimento de planejamento de entrada e saídas pelo fluxo de caixa, administrando estes fluxos de maneira instintiva. Não será esta a razão de tanta dificuldade de provimento de recursos que a pequena empresa enfrenta? Sem dúvida, a experiência mostra-nos que a administração dos recursos da empresa melhora substancialmente quando o fluxo de caixa é utilizado de forma sistemática. Na verdade, é importante saber que a maioria das grandes empresas e das empresas bem organizadas (especialmente multinacionais) utiliza-se do orçamento financeiro para planejar suas atividades. O orçamento financeiro é a projeção das entradas e saídas de recursos em período que varia de um ou três anos. Elaborando este demonstrativo financeiro, estas empresas formalizam suas metas de vendas, seus custos, resultados e investimentos. Efetivamente, as empresas procuram com essa ação, alcançar estas metas e criando ações para alcançá-las.
Como elaborar um Fluxo de Caixa? Podemos classificar as entradas e saídas de Caixa em dois grupos: 1º Regulares: São as entradas e saídas que ocorrem, regularmente, como: pagamento de salários, encargos sociais, impostos, aluguel, energia, telefone, seguros, recebimento de vendas a prazo, etc. 2º Irregulares: São as entradas e saídas que ocorrem de forma inesperada ou inconstante, como compra de uma peça para manutenção, despesa de viagem, vendas à vista, compras à vista, etc. ��
Vamos iniciar a elaboração do Fluxo de Caixa, lançando no mapa, as entradas e saídas regulares. Inicialmente, vamos consultar o controle de Contas a Pagar e o controle de Contas a Receber e lançar as entradas e saídas já assumidas. Com relação às entradas, devemos assumir postura realista, isto é, supor que alguns destes recebimentos não se darão na data prevista. Se no momento da elaboração ainda não tiverem sido previstas, lance ouras despesas como aluguel, honorários contábeis, seguros, que são facilmente projetados, visto que, normalmente, não mudam de um mês para outro. Existem algumas despesas regulares como água, energia, telefone, cujos valores variam de um mês para o outro. Nesse caso, se ainda não tiverem sido lançados no controle de Contas a Pagar, utilize o registro diário do Caixa, ou mesmo, a estrutura gerencial de resultados podendo, assim, projetá-los. Após o lançamento das entradas e saídas regulares, vamos partir para a previsão de outras contas que se dão de forma irregular. Como exemplo, podemos citar as vendas à vista, que, normalmente, são inconstantes. Despesas com ônibus, vale-transporte, fretes, manutenção, material de consumo e expediente também não ocorre regularmente. Neste caso, você efetivamente deverá projetar alguns valores com base no histórico disponível, no registro diário, ou na Estrutura Gerencial de Resultados. Analise, também, as necessidades de compras à vista e lance o valor projetado. Com seu Fluxo de Caixa, com as principais entradas e saídas elaboradas, não pare o trabalho. Analise como ficaram os saldos em cada semana e planeje as ações que você deve realizar antecipadamente, hoje, para evitar que o Caixa fique negativo nas semanas que seguirão. Analise também, onde e como aplicar recursos, caso o caixa fique positivo. Em todos os inícios de semana, com controle de Contas a Pagar, Contas a Receber e Registro de Caixa, atualize as informações para mais uma semana, corrigindo a previsão, utilizando desta metodologia de planejamento. Você não deve esperar que o pior aconteça para tomar medidas corretivas. Não se esqueça do velho ditado popular: “ É melhor Prevenir do que Remediar!”. Lembre-se: as principais causas que levam um Fluxo de Caixa a ficar apertado ��
são: Custos Fixos Altos; Vendas Insuficientes; Prazo das vendas muito alto, demorando para que os recursos entrem no Caixa; Estoque acima do necessário; Vendas que não geram margem suficiente; Altos valores sendo imobilizados, ou mesmo, imobilizações em momentos não apropriados. Dicas para tomada de decisões que são possíveis de serem tomadas na “Sobra” ou na “Falta” de recursos:
Na sobra de recursos:
Aumentar o nível de estoque, desde que se consigam melhores custos na compra de mercadorias; os prazos e condições de vendas Aumentar conseguindo, com isso, aumentar o volume de vendas; Se o volume de recursos disponíveis for suficiente, planejar mais imobilizações, desde que a aplicação destes recursos não venha a ferir a necessidade de Capital de Giro da empresa. Na falta de recursos:
Melhorar a cobrança da empresa, conseguindo, assim, incremento no Controle de Contas a Receber; Buscar melhor desempenho nos estoques, comprando, apenas, o que é extrema necessidade, evitando qualquer compra de baixo giro; Programar as compras para que seus pagamentos ocorram nos dias em que existam recursos disponíveis; Renegociar com credores, buscando fazê-lo com antecedência, conseguindo, assim, alongar o perfil das dívidas da empresa, não ferindo seu crédito; Diminuir os prazos de venda, buscando verificar qual o impacto que uma decisão desta poderá trazer nas vendas a prazo; Se não for possível negociar as dívidas já contraídas com os fornecedores, procurar aumentar o prazo de pagamento das compras futuras; Paralisar os investimentos em imobilizações ou em utensílios que não sejam de extrema necessidade; Buscar negociar, com antecedência, com gerente de Bancos, o aumento do limite bancário; ��
Promover, antes que haja falta de Caixa, as vendas de artigo que estão com baixo giro nos estoques, mesmo que às vezes se trabalhe com taxas que não gerem lucro, visto que a entrada de dinheiro no Caixa evitará prejuízo financeiro maior; Reduzir custos fixos significativos, que realmente representem um ganho de Caixa para a empresa; Vender ou trocar bens ou equipamentos que estejam ociosos.
11.1
Elaborando um fluxo de caixa
No caso de uma barraca de coco, supondo que:
A venda tenha sido de 30 cocos por semana; Que tenha sido concedido, aos clientes, prazo de quinze dias para o pagamento; Que tenha sido feito um empréstimo de R$ 15,00 para compra de cocos, devendo ser pago, na terceira semana, o valor de R$ 18,00, sendo R$ 3,00 de juros.
Vejamos como fica o Fluxo de Caixa: Fluxo de Caixa Semana 1 Saldo inicial
Semana 2 (27,00)
Semana 3 (69,00)
Semana 4 (69,00)
Entradas Vendas Empréstimo 15,00 Total de 15,00 Entradas
60,00
60,00
60,00
60,00
Saídas Fornecedores Aluguel Comissão Empréstimo Total de Saídas EntradaSaídas Saldo Final
15,00 18,00 9,00
15,00 18,00 9,00
42,00
42,00
(27,00)
(42,00)
(27,00)
(69,00)
15,00 18,00 9,00 18,00 60,00
15,00 18,00 9,00 42,00 18,00
(69,00)
(51,00) ��
Nas duas primeiras semanas, percebe-se a falta de R$ 69,00. Esta quantia representa a necessidade de Capital de Giro da empresa. Vendendo 30 cocos o lucro é de R$ 12,00. No caso de serem comprados 30 cocos e vendidos 20, a situação da empresa fica a seguinte:
Entradas Vendas Total de Entradas Saídas Fornecedores Aluguel Provisão Empréstimo Comissão Total de Saídas Entradas - Saídas
Planejando 30 Vendendo 30
Planejando 30 Vendendo 20
60,00 60,00
40,00 40,00
15,00 18,00 6,00 9,00 48,00 12,00
15,00 18,00 6,00 6,00 45,00 5,00
O valor negativo de R$ 5,00 é o custo de 10,00 cocos que permaneceram no estoque e não foram vendidos.
11.2
Diagnosticando a situação financeira de uma empresa
O Senhor Iron resolveu investir a sobra de recursos que tinha, na montagem de uma pastelaria. Após alguns meses de funcionamento do empreendimento, o empresário sentia-se bastante satisfeito por verificar que o seu saldo no Banco estava bastante positivo. Na verdade, o Senhor Iron analisa se sua empresa está indo bem por meio de seu Caixa, verificando se a sobra ou falta dinheiro no saldo bancário. Como seu saldo atual no Banco é de R$ 5.250,00, ele acredita que sua empresa está muito bem. Há alguns dias, conversando com Thiago (amigo) que havia realizado Curso de Administração Financeira no SENAI com professor Denílson Nascimento, ele lhe disse que, às vezes, em uma empresa pode estar faltando dinheiro e esta empresa esta em situação boa e, ao contrário, pode estar com dinheiro de sobra e não estar em boa situação. ��
Intrigado com esta afirmação, o Senhor Iron resolveu certificar-se da situação de sua empresa, levando os seguintes dados: Prazo de Compra Prazo de Venda Saldo de Caixa e Banco Contas a Pagar (fornecedores para 30 dias) Valor dos estoques de produtos para fabricar pastéis Valor mensal das vendas (não há sazonalidade) Custo de materiais para fazer pastéis Percentual dos Impostos Percentual de Comissão para os balconistas Valor mensal dos Custos Fixos Necessidade de Estoques Investimento Inicial
30 dias À vista R$ 5.250,00 R$ 6.750,00 R$ 1.125,00 R$ 9.750,00 R$ 5.662,00 6% 10% R$ 3.413,00 3 dias R$ 8.000,00
Vejamos a situação financeira da pastelaria do Senhor Iron, pelo Fluxo de Caixa:
Fluxo de Caixa Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês Saldo Inicial 5.250,00 3.277,00 2.392,00 1.507,00 622,0 Entradas Saídas
6 mês (263,00) 9.750,00 9.750,00 9.750,00 9.750,00 9.750,00 9.750,00 11.723,0 10.635,0 10.635,0 10.635,0 10.635,0 10.635,0 0 0 0 0 0 0
Fornecedor 6.750,00 5.662,00 5.662,00 5.662,00 5.662,00 5.662,00 es Impostos 585,00 585,00 585,00 585,00 585,00 585,00 Comissões 975,00 975,00 975,00 975,00 975,00 975,00 Custos 3.413,00 3.413,00 3.413,00 3.413,00 3.413,00 3.413,00 Fixos Saldo Final 3.277,00 2.392,00 1.507,00 622,00 (1.148,0 (263,00) 0) Como vemos, a empresa do Senhor Iron, apesar de estar com saldo em Caixa de R$ 5.250,00 no 1º mês, chega no 5º mês com saldo negativo de R$ 263,00.
��
Esta situação é extremamente comum no meio empresarial, pois somos acostumados a verificar como está o nosso saldo de Caixa atual e, por meio dele, analisarmos como está a situação financeira de nossa empresa. Administrar uma empresa apenas pelo saldo de caixa é muito PERIGOSO! O saldo de Caixa atual é basicamente o reflexo da soma de lucros e prejuízos conseguidos em meses passados. Vejamos as justificativas que o Senhor Iron apresenta para a situação da sua empresa mês a mês: No 1º mês, ele explicaria a redução do seu saldo por ter de pagar um valor de fornecedores maior do que um mês normal: isto se deu por ter aproveitado uma promoção. No 2º e 3º meses, buscaria justificar o problema com a explicações como: “a economia vai mal”!, “tem alguém me roubando”, etc. No 5º mês, na verdade, ele não quebraria sua empresa, pois buscaria soluções como: aumentar o prazo com fornecedores, conseguir empréstimo junto a terceiros, vender alguns ativos, etc. Mas, na verdade, estas atitudes não resolvem o seu verdadeiro problema; no máximo, retardam o seu efeito, porém com resultados muito mais desastrosos.
Sendo assim, devemos analisar como está a empresa do Senhor Iron em termos de resultados, ou seja, está ou não conseguindo lucro em sua atividade. Podemos ver na Estrutura de Resultados, no quadro a seguir: Estrutura de Resultados 1 Faturamento 2 Custos Variáveis Material Impostos Comissões 3 Margem de Contribuição 4 Custos Fixos 5 Resultado (Lucro ou Prejuízo)
9.750,00 7.222,00 5.662,00 585,00 975,00 2.528,00 3.413,00 - (885,00)
Como vemos, a empresa do Senhor Iron apesar de vender em média R$ 9.750,00, acaba tendo um prejuízo mensal de R$ 885.00. Sem dúvida, esta é uma demonstração da situação decadente da empresa.
��
Mas, vejamos! Se o Senhor Iron administrar a sua empresa apenas pelo saldo do seu Caixa, ele só perceberá que está com dificuldades no 5º mês, quando, provavelmente, já terá perdido grande volume de recursos. Montando a Estrutura de Resultados, ele perceberá seu problema já no 1º mês, tomando medidas de correção no momento em que estes desvios estão ocorrendo. Conclusão: se o Senhor Iron apenas contrair um financiamento para solucionar mo seu problema de Caixa, na verdade estará aumentando sua defasagem, pois terá de considerar o custo do financiamento na sua Estrutura de Resultados, aumentando, mais ainda, seu Prejuízo. Portanto, é necessário recuperação que contemple (em conjunto) dois grandes aspectos: Contrair financiamento para salvar seu Caixa: Analisar qual a sua real necessidade (déficit de Caixa) e buscar uma linha de crédito que lhe permita o pagamento com um custo baixo e com um prazo compatível com sua empresa. Melhorar o desempenho em termos de resultados, ou seja, passar a obter lucro e projetar a nova Estrutura de Resultados, considerando o custo do financiamento a ser contraído.
11.3
Recuperando as finanças de uma empresa
Senhor Iron decidiu obter um financiamento, para cobrir sua necessidade de Caixa. O empresário verificou, também, que não é possível, apenas com o financiamento, solucionar o problema de sua empresa, necessitando ajustá-la para que ela comece a dar resultados positivos. ��. O FINANCIAMENTO
Valor solicitado Valor liberado Prazo de pagamento Carência Taxa de juros anual Correção Valor da maior prestação
R$ 6.200,00 R$ 5.000,00 24 meses 0 (zero) 5,33% 12% R$ 276,00
Condições necessárias para melhoria no desempenho da empresa: ��
Senhor Iron chegou à seguinte estratégia de Recuperação:
Aumentar as vendas em 15%, montando uma estratégia de marketing que permita atingir esta meta; Reduzir em 10% mos custos fixos; Buscar novos fornecedores com preços 9% mais baixo.
Senhor Iron adquiria seus produtos no Supermercado Paola e, devido ao volume de compras, em um atacadista (Varejão & Comércio Raissa), o custo seria mais baixo. Implementando estas ações, vamos ver como ficará a Estrutura de Resultados: Estrutura de Resultados 1 Faturamento 2 Custos Variáveis Material Impostos Comissões 3 Margem de Contribuição 4 Custos Fixos 5 Resultado (Lucro ou Prejuízo) Prestação do Financiamento 6 Lucro Líquido
11.212,50 7.719,28 5.925,28 672,75 1. 121,25 3.493,22 3.071,70 421,52 276,29 145,23
Como vemos, a empresa do Senhor Iron, implementando as três opções de melhoria do resultado: aumento das vendas, redução do custo de compra junto ao seu fornecedor e redução de seus custos fixos, mesmo com o pagamento de seu empréstimo, conseguirá lucro de R$ 145,23. Este resultado, sem dúvida, levará a empresa à saúde financeira o que lhe possibilitará desenvolver seu negócio. Importante Ao contrairmos financiamento, ou tomarmos qualquer medida visando a corrigir a falta de recursos em uma empresa, não podemos de deixar de corrigir os fatores que realmente levam a empresa a ter dificuldades. Sendo assim, é de suma importância administrar as causas e, não apenas, os efeitos.
��
12.1
Definindo indicadores financeiros
A utilização de indicadores financeiros possibilita comparações com outras ações de investimento, tanto no campo de aplicações financeiras a risco zero (caderneta de poupança, por exemplo), como outras opções de empreendimentos.
12.2
Lucratividade
Determina a parcela percentual das receitas operacionais que representa o lucro do negócio. Lucratividade = Lucro líquido/ Rec. Oper. x 100 A lucratividade do Senhor Iron: Lucratividade = 145,23/ 11.212,50 x 100 Lucratividade = 1,3%
12.3
Rentabilidade simples
Indica o retorno dos recursos totais investidos no empreendimento, servindo para comparar o investimento em nossa empresa com outros investimentos, como, por exemplo, em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) no Mercado Financeiro. Rentabilidade = Lucro líquido/ Inv. Total x 100 Na Pastelaria do Senhor Iron, a rentabilidade é encontrada da seguinte forma: Rentabilidade = 145,23/ 8.000,00 x 100 Rentabilidade = 1,82% ao mês Isto representa que, se multiplicarmos este valor mensal por 12 meses, teremos a rentabilidade anual de 21,78%, a qual deve ser comparada com a rentabilidade de aplicações no Mercado Financeiro ao ano.
��
12.4
Prazo de retorno de investimento
Indica quanto tempo levará para retornar o valor investido na empresa. É o inverso da rentabilidade. P.R.I = Investimento Total/lucro líquido No caso da Pastelaria do Senhor Iron, o prazo de retorno é: P.R.I = 8.000,00/ 145,23 P.R.I = 55,09 meses Logo: 55,09 meses/12 meses = 4 anos e meio
��