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Núcleo de Educação a Distância Créditos e Copyright
SILVA, Rosana L. Introdução à Teoria e Percepção Musical. Unimes Virtual. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2015. 60p. (Material didático. Curso de musica). Modo de acesso: www.unimes.br acesso: www.unimes.br 1. Ensino a distância. 2. Música.
3. Introdução à
Teoria e Percepção Musical. I. Título CDD 781
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. Copyright (c) Unimes Virtual É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
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Núcleo de Educação a Distância UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PLANO DE ENSINO
CURSO: Licenciatura em Música COMPONENTE CURRICULAR: Introdução à Teoria e Percepção Musical SEMESTRE: 1º CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas EMENTA Introdução aos elementos da linguagem musical. Iniciação e desenvolvimento da percepção auditiva, auditiva, leitura e escrita musical musical dos seguintes itens: itens: pulsação, figuras de duração, compasso, fórmula de compasso simples, subdivisão binária e quaternária do tempo, síncopa, ritmo tético, atético e anacrúsico, métrica; notas musicais, leitura relativa, claves, tom e semitom, acidentes, intervalos; intensidade e indicações de dinâmica; dinâmica; andamento. Estudo Estudo de ditados rítmicos em compasso simples; solfejos e ditados melódicos nas claves de sol e fá.
OBJETIVO GERAL Introduzir os conceitos formais da música, desenvolvendo o conhecimento dos fundamentos da estrutura musical. Na Percepção musical, introduzir ritmos, melodias e harmonias para que o aluno desenvolva a escuta internamente, desenvolvendo a capacidade oral e escrita dos aspectos harmônicos, ritmos e estruturais da música.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Introduzir os fundamentos primordiais para leitura e percepção Musical. Apresentar os fundamentos da leitura rítmica e melódica que contribuirão para o desenvolvimento da percepção auditiva e leitura musical.
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Núcleo de Educação a Distância UNIDADE I Introdução à nomenclatura da Música: Esta Unidade tem como objetivo introduzir os fundamentos primordiais para leitura e percepção Musical.
UNIDADE II Nesta Unidade apresentamos fundamentos da leitura rítmica e melódica que contribuirão para o desenvolvimento da percepção auditiva e leitura m usical.
UNIDADE III Nesta Unidade apresentamos fundamentos da leitura rítmica e melódica, como também aspectos da forma musical, que contribuirão para o desenvolvimento da percepção auditiva e leitura musical.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA LACERDA, O. Teoria elementar da música. 13ª Ed. São Paulo: Ricordi, 1967. MED, B. Teoria da música. 4ª Ed. Brasília: Musimed, 1996. MORGENSTERN, Dalilla W. & PEROTI, Alcina A. Teoria musical: Prelúdio e
desenolvimento (livro digital). Curitiba: Gramofone Produtora Cultural BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LIMA, M. R. R.; FIGUEIREDO, S. L. F. Exercícios de teoria musical: uma
abordagem prática. São Paulo: Embraform, 2004. LACERDA, O. Regras de grafia musical. São Paulo: Ricordi, s.d. POZZOLI, E. Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical: partes I e II. São Paulo: Ricordi, s.d. POZZOLI, E. Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical : partes III e IV. Buenos Aires: Ricordi Americana, s.d. WILLEMS, E. Solfejo: curso elementar. São Paulo: Irmãos Vitale, s.d.
METODOLOGIA As aulas serão desenvolvidas por meio de recursos como: vídeoaulas, fóruns, atividades individuais, atividades em grupo. O desenvolvimento do conteúdo
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Núcleo de Educação a Distância programático se dará por leitura de textos, indicação e exploração de sites, atividades individuais, colaborativas e reflexivas entre os alunos e os professores.
AVALIAÇÃO A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações à distância e Presencial, de acordo com a Portaria da Reitoria UNIMES 04/2014.
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Núcleo de Educação a Distância Sumário
Aula 01_Propriedades do som ............................................................................................................... ................................................................................................................. ..8 Aula 02_Pulsação e figuras musicais .................................................................. ...................................................................................................... ....................................13 Aula 03_Notas musicais - ordenação de notas - notas vizinhas ............................................................19 Aula 04_ Pentagrama ....................................................................................................... ............................................................................................................................. ......................23 Aula 05_Claves ....................................................................................................................................... .......................................................................................................................................28 Aula 06_Nomenclatura de notas e transposição de claves ...................................................................31 Aula 07_Compasso e fórmula de compasso - compasso simples ..........................................................34 Aula 08_Fórmula de compasso – exercícios ..........................................................................................42 Aula 09_Leitura rítmica – exercícios ......................................................................................................44 Aula 10_Tom e semitom – sinais de alteração ............................................................. ...................................................................................... .........................48 Aula 11_Tom e semitom - sinais de alteração – 2ª parte ...................................................................... ......................................................................50 Aula12_Intervalos - definição e classificação................................................................... ......................................................................................... ......................52 Aula 13_Temática: Intervalos - qualificação .......................................................................................... ..........................................................................................54 Aula 14_Ritmo tético, anacrúsico e atético (acéfalo) ............................................................................ ............................................................................59 Aula 15_Métrica ..................................................................................................................................... .....................................................................................................................................64 Aula 16_Leitura melódica na pauta dupla - solfejo falado ....................................................................69 Aula 17_Dita 17_Ditado do rítmico rítmico - exercícios exercícios
........... ..... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ....... ..74
Aula 18_Contratempo e síncopa ............................................................. ............................................................................................................ ...............................................80 Aula 19_Temática: Leitura melódica com 5 notas - claves de sol e fá ...................................................86 Aula 20_Ação combinada - solfejo falado e leitura rítmica ................................................................... ...................................................................91 Aula 21_Ditado melódico - exercícios ................................................................ .................................................................................................... ....................................94 Aula 22_Sinais de repetição .......................................................................................... ................................................................................................................. .......................105 Aula 23_ Andamento ...........................................................................................................................109 Aula 24_Intensidade – sinais de dinâmica e acentos............................................................... ........................................................................... ............112 Aula 25_Leitura rítmica - indicações de dinâmica e andamento ......................................................... .........................................................117 Aula 26_Intervalos – exercícios ............................................................................................................ ............................................................................................................121 Aula 27_ Divisão quaternária do tempo – leituras rítmicas.................................................................127 Aula 28_Leitura melódica de subdivisão quaternária .............................................................. .......................................................................... ............128 Aula 29_Escrevendo partituras I .......................................................................................................... ..........................................................................................................130 Aula 30_Escrevendo partituras II ......................................................................................................... .........................................................................................................132
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Núcleo de Educação a Distância Aula 31_Série harmônica ..................................................................................................................... .....................................................................................................................135 Aula 32_Exercícios da Série harmônica ...............................................................................................139
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Núcleo de Educação a Distância Aula 01_Propriedades do som Para iniciar o estudo da teoria e da percepção musical é fundamental refletir sobre o conceito de “Som”. O autor Imogen Holst inicia seu livro chamado ABC da Música dizendo: Som é tudo que ouvimos: o tique-taque de um relógio, uma porta batendo, um cão latindo, um carro mudando de marcha na ladeira, o vento nas árvores, uma voz soando no quarto ao lado e outra voz cantando na casa do outro lado da rua. (Holst, 1987, pág. 3).
A percepção do som acontece pela vibração da membrana do tímpano, no ouvido, provocada por ondas sonoras. As ondas sonoras são emitidas por um objeto em vibração e transmitidas pelo ar.
Pare um momento e preste atenção nos sons que seu ouvido está percebendo. Pense em como você pode classificá-los. Ao analisar os sons enquanto os escutamos podemos perceber diferenças entre eles. Alguns são mais fortes, outros têm pouco volume sonoro. Uns são mais agudos e outros mais graves. Enquanto um som é bem longo outros são bem mais curtos.
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Núcleo de Educação a Distância Para essas classificações damos o nome de “Propriedades do som” e com a ajuda da Acústica, parte da física que estuda os fenômenos sonoros, podemos ver pela representação das ondas sonoras a diferença entre estas propriedades. As principais propriedades do som são quatro, sendo descritas a seguir, segundo definições de Bohumil Med (1996, pág. 11-12):
Altura: determinada pela frequência das vibrações, isto é, da sua velocidade. Quanto maior for a velocidade, mais agudo será o som. Na representação das ondas sonoras abaixo com maior e menor velocidade de frequências:
Duração: extensão de um som; é determinada pelo tempo de emissão das vibrações.
Volume sonoro: É a intensidade medida pela amplitude das vibrações; é determinada pela força ou pelo volume do agente que as produz. É o grau do volume sonoro. Veja a diferença de intensidade pela representação das ondas sonoras, o que, em nossa percepção se traduz como maior ou menor volume sonoro:
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Timbre: combinação de vibrações determinadas pela espécie do agente que as produz. O timbre é a “cor” do som de cada instrumento ou voz, derivado da intensidade dos sons harmônicos que acompanham os sons principais. Sugestão de diferença de timbres pela representação das ondas sonoras:
Todo e qualquer som possui, simultaneamente, as quatro propriedades que variam de forma independente, isto é, um som pode ser agudo e longo ou grave e longo. Curto, agudo e forte ou curto, grave e fraco.
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Núcleo de Educação a Distância Quando percebemos o som, podemos analisá-lo de acordo com cada propriedade descrita acima. Percebemos a altura analisando se o som é grave, médio ou agudo; percebemos a duração se o som é curto ou longo; a intensidade se o som é forte ou fraco e o timbre através da percepção do objeto que está produzindo o som. Para a realização dessa análise da percepção do som e de suas propriedades, é importante que haja uma referência. Por exemplo: você pode dizer se esse som é grave ou agudo?
SOM 1 (clique para ouvir) Agora ou ouça esse som: SOM 2 (clique para ouvir) Só é possível dizer se o som é grave ou agudo quando há uma referência, quando se pode estabelecer uma relação entre dois sons. Isoladamente é possível dizer que o som é em uma região aguda, média ou grave, mas para a determinação precisa da altura do som é necessário que haja uma referência. Isto também acontece na percepção da duração e da intensidade. A percepção do timbre acontece de forma diferente. Para determinar o timbre de um som é preciso tê-lo ouvido anteriormente. A diferenciação pode acontecer pela forma com que o objeto produz o som. Podemos perceber se é um instrumento de cordas, de sopro, de percussão ou uma voz, mas para determinar, por exemplo, se é um
oboé (clique para ouvir) ou um fagote (clique para ouvir) é preciso ter ouvido os sons desses instrumentos anteriormente.
Saiba Mais HENTSCHKE, Liane; KRUGER Susana; BEN, Luciana del; CUNHA, Elisa. A orquestra tintim por tintim. São Paulo: Moderna, 1999. LACERDA, Osvaldo. Teoria Elementar da música. 13ª edição. São Paulo: Ricordi, 1961. WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Referências HOLST, Imogen. ABC da Música. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
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Núcleo de Educação a Distância MED, Bohumil. Teoria da Música. 4ª edição revista e ampliada. Brasília: Musimed, 1996. MENUHIM, Yehudi. CD The instruments of the orchestra, EMI, 2003.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 02_Pulsação e figuras musicais Temática: Pulsação e figuras musicais A pulsação, elemento base da música, é de fácil percepção, mas nem sempre sua definição é tão simples. O compositor Koellreutter faz uma definição muito clara e objetiva do termo: Unidade fundamental de medida, regular ou irregular, perceptível ou não, da velocidade do decurso musical (andamento). Serve como referencial para a organização das relações temporais da partitura. (Koellreutter, 1990, pág. 107).
A melhor forma de sentir/perceber a pulsação de uma música é procurar ouvir ou cantar uma música conhecida de ritmo constante e regular e acompanhar percutindo com a mão numa mesa ou com um dos pés no chão. Tendo então como ponto de partida a pulsação, “a organização das re lações temporais da partitura” de que nos fala Koellreutter se dá através da utilização das
figuras musicais. Figuras Musicais A notação musical como a conhecemos hoje teve suas origens no século IX. Algumas figuras f iguras musicais usadas no início do desenvolvimento da notação musical caíram em desuso, mas podemos ainda encontrá-las em partituras de música antiga. Por esta razão é importante im portante também conhecê-las:
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Núcleo de Educação a Distância Atualmente, as figuras mais utilizadas utilizadas são:
Devemos conhecer a nomenclatura correta das partes que formam uma figura musical:
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Mas a informação mais importante ao estudar as figuras musicais é a relação de proporção que existe entre elas, uma vez que sua duração absoluta só pode ser definida de acordo com a fórmula de compasso (que será estudada na 7 a aula). Podemos compreender essa relação de proporcionalidade através das figuras abaixo:
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Para cada figura musical convencionou-se utilizar um número correspondente. Esses números, conforme se verá mais adiante são utilizados para se estabelecer a fórmula de compasso. Os autores Marisa de Lima e Sérgio de Figueiredo explicam, no livro Exercícios de Teoria Musical, a utilização destes números da seguinte forma:
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Núcleo de Educação a Distância A semibreve é representada com o número 1 na tabela dos números correspondentes . A mínima é representada pelo número dois porque são necessárias 2 mínimas para formar 1 semibreve. A semínima é representada pelo número 4 porque são necessárias 4 semínimas para formar 1 semibreve. E assim por diante. (Lima & Figueiredo, 2004, pág. 13).
Assim, podemos determinar determinar equivalências entre as figuras musicais:
Exercício 1: clique aqui para visualizar a folha de exercícios. Após imprimir e realizar o exercício, confira as respostas aqui.
Referências AROM, Simha. African polyphony and polyrhythm. Cambridge: Cambridge University Press,1994. KOELLREUTTER, HANS J. Terminologia de um nova estética da música. Porto Alegre: Ed. Movimento, 1990. LIMA, Marisa Ramires Rosa e FIGUEIREDO, Sérgio Luiz Ferreira. Exercícios de Teoria musical: uma abordagem prática. 6ª edição. São Paulo: Embraform, 2004.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 03_Notas musicais - ordenação de notas - notas vizinhas A nomenclatura das notas que conhecemos hoje surgiu no século XI, quando o monge beneditino Guido D’Arezzo D’Arezzo (992-1050) atribuiu às alturas entoadas nomes formados pelas primeiras sílabas do hino a São João Batista (clique para ouvir):
Trecho inicial do Hino a São João Batista em notação antiga
Trecho inicial do Hino a São João Batista em notação atual (não "mesurada") Com o uso dessa nomenclatura das notas percebeu-se que a pronúncia da sílaba UT não era adequada ao canto, sendo substituída pela sílaba DÓ, provavelmente
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Núcleo de Educação a Distância retirada da palavra Dominus (Deus em latim). Como o canto gregoriano utiliza escalas de seis notas (hexacorde), a nota SI não aparece no Hino a São João
Batista. Daí o nome desta nota ter aparecido posteriormente utilizando as letras S de Sancte e a letra I , vinda da pronúncia latina da palavra Johannes: Iohannes. Temos assim os nomes das sete notas, utilizados em línguas de origem latina: DÓ – DÓ – RÉ RÉ – – MI MI – – FÁ FÁ – – SOL SOL – – LÁ LÁ – – SI SI Nas línguas de origem anglo-saxônica são utilizadas letras para representar as mesmas 7 notas: C – D – D – – E E – – F F – – G G – – A A – – B B Em alemão a nota SI é representada pela letra H, sendo letra B a que representa a nota si bemol. Essas
sete
notas
se
repetem,
tanto
para
o
agudo
como
para
o
grave:
Nesse momento da preparação para a leitura de partituras é importante que você faça um treinamento memorização da sequência destas notas apresentadas. Isso facilitará a leitura das notas posicionadas no pentagrama (vide aula 4). O primeiro exercício para a memorização da sequência de notas é realizá-la de forma ascendente:
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Em seguida, tente memorizar de forma contrária, isto é, descendente:
Agora tente realizar as sequências (ascendente ou descendente) partindo de qualquer nota.
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E, por fim, você pode “testar” sua memorização fazendo pequenos exercícios como segue: a) Dizer uma nota e a nota vizinha acima: DÓ -> RÉ
SI -> DÓ
b) Dizer uma nota e a nota vizinha abaixo: DÓ -> SI DÓ
MI -> FÁ
SOL -> FÁ
etc. RÉ ->
etc.
c) Dizer uma nota, a vinha ABAIXO e a vizinha ACIMA : DÓ -> SI -> DÓ -> RÉ d) Dizer sequências ascendentes de três notas: DÓ -> RÉ -> MI LÁ
etc.
e) Dizer sequências descendentes de três notas: FÁ -> MI -> RÉ SI
FÁ -> SOL -> RÉ -> DÓ ->
etc.
Além do trabalho mental de memorização das sequências de de notas é importante que você inicie o trabalho auditivo tentando entoar as notas com as quais você estiver praticando.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 04_ Pentagrama Neumas A notação musical da altura se desenvolveu desenvolveu a partir dos neumas: sinais colocados acima do texto dos cantos gregorianos que davam uma ideia aproximada da altura a ser entoada.
A partir do século IX, da necessidade de precisão na grafia dos sons surgiu um novo sistema que passou a utilizar linhas como referência. De início, era utilizada apenas uma linha de cor vermelha, representando r epresentando a nota Fá.
Tetragrama Posteriormente foi adicionada mais uma linha de cor amarela que representava a nota DÓ. O emprego da terceira e quarta linha foi introduzido por Guido D’Arezzo e a pauta de quatro linhas, o tetragrama, aparece na notação do canto gregoriano até hoje.
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Pentagrama A pauta de cinco linhas ou pentagrama aparece no século XVI. O pentagrama é um conjunto de 5 linhas e 4 espaços intermediários, sendo contados sempre de baixo para cima.
Escrevemos as notas nas linhas e espaços do pentagrama:
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Núcleo de Educação a Distância Quanto mais para baixo estiver a nota no pentagrama, mais grave será esta nota e quanto mais para cima, mais aguda. É possível grafar até nove notas no pentagrama:
Linhas suplementares Para escrever notas mais graves ou mais agudas do que as notas apresentadas acima, utilizamos as linhas suplementares – – pequenos traços, um pouco maiores do que a cabeça da figura musical – colocadas – colocadas acima ou abaixo do pentagrama.
Contamos as linhas suplementares a partir do pentagrama, para cima (1ª linha suplementar, 2ª linha suplementar etc.) ou para baixo:
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Núcleo de Educação a Distância Não é necessário grafar as linhas suplementares acima ou abaixo da nota desejada:
Regras de grafia Para definir a direção da haste da figura musical foram definidos os seguintes padrões: a) Se a cabeça da figura musical estiver abaixo da terceira linha, a haste é escrita para cima:
b) Se a cabeça da figura musical estiver acima da terceira linha, a haste é escrita para baixo:
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Núcleo de Educação a Distância c) Se a cabeça da figura musical estiver na terceira linha, a haste pode ser escrita tanto para cima como para baixo.
d) Uma exceção a estas regras acontece na escrita a duas ou mais vozes tocadas ou cantadas ao mesmo tempo:
Johann Sebastian Bach - Coral nº 1 (clique (clique para ouvir)
Saiba mais:
LACERDA, Osvaldo. Regras de grafia musical. São Paulo: Irmãos I rmãos Vitale, 1974.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 05_Claves Para podermos determinar a altura absoluta das notas é necessário indicar a posição de uma nota no pentagrama. Essa é a função da clave, palavra de origem latina que significa chave. O desenvolvimento das claves na história acontece no mesmo período de surgimento das linhas de referência da altura das notas, por volta do século X. Inicialmente, a indicação da nota era feita colocando-se a letra que a representava em uma linha de referência:
Lembrando que na nomenclatura das notas utilizada na maior parte da Europa, onde se desenvolveu a notação musical, elas são representadas por letras do alfabeto DÓ = C, FÁ = F, SOL = G. Com o passar do tempo, a grafia das claves sofreu alterações até chegar aos desenhos que conhecemos hoje:
Clave de SOL, a partir da letra G
Clave de DÓ, a partir da letra C
Clave de FÁ, a partir da letra F
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Núcleo de Educação a Distância As três claves usadas na notação musical moderna, clave de sol, clave de dó e clave de fá, colocadas no início de cada pentagrama, indica a posição de uma nota no pentagrama:
Podemos compreender a relação entre os sons e sua escrita nas diferentes claves assim:
Além de determinar a altura de uma nota no pentagrama, as claves representam regiões de alturas:
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Assim, para representar os sons de instrumentos como, por exemplo, a flauta transversal, o violino, o oboé, a voz feminina, utiliza-se a clave de sol. A clave de dó na quarta linha – conhecida como clave de tenor – é – é utilizada por instrumentos como o violoncelo, o fagote e o trombone tenor e a clave de dó na terceira linha – conhecida – conhecida como clave de contralto – é – é usada para grafar os sons da viola. A clave de fá é empregada na escrita para instrumentos como o fagote, contrabaixo, trombone e vozes graves masculinas.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 06_Nomenclatura de notas e transposição de claves
Compreendendo o conceito das claves é possível identificar a nota em qualquer uma delas, bastando partir da nota de referência dada por cada uma: Clave de SOL na segunda linha ( linha ( Áudio Áudio no Ambiente Virtual): Virtual ):
Clave de DÓ na terceira linha ( linha ( Áudio Áudio no Ambiente Virtual): Virtual ):
Clave de FÁ na quarta linha ( linha ( Áudio Áudio no Ambiente Virtual): Virtual ):
Para grafarmos uma mesma nota, de altura absoluta idêntica, usamos como referência o dó 3, comumente chamado como dó central (é o dó que fica no centro do piano). Por exemplo:
Dó central em 3 claves ( Áudio ( Áudio no Ambiente Virtual) Virtual) Adotando essa referência, referência, podemos realizar a transposição transposição de claves:
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Exercício 2: nome de claves e notas. Etapas de realização do exercício: 1) Identifique a clave; 2) Observe a posição da clave no pentagrama; 3) Leia todos os exercícios falando o nome das notas. Repita várias vezes; 4) Imprima a folha com os mesmos exercícios clicando aqui (Encontra-se no
Ambiente Virtual de Aprendizagem) Aprendizagem) e escreva o nome das notas; 5) Confira aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Aprendizagem) suas respostas.
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Exercício 3: Transposição de claves
Aprendizagem) para visualizar a Clique aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) folha de exercícios. Após imprimir e realizar o exercício, confira as respostas aqui.
(Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 07_Compasso e fórmula de compasso - compasso simples Compasso é a divisão de um trecho musical em grupos regulares de tempos. Para indicar a separação de cada compasso é utilizada uma barra vertical que atravessa as cinco linhas do pentagrama, chamada barra de compasso.
Para indicar o término, usamos a chamada barra final:
Para indicar o encerramento de uma seção da música utilizamos a barra dupla:
(trecho do Capriccio nº 3 (violino solo), de N. Paganini) Usamos a barra de repetição ou ritornello para para indicar a repetição de um trecho musical. Nesse caso deve-se repetir todo o trecho que antecede à barra de repetição:
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(trecho da Sarabande da Suite nº1 (violoncelo solo), de J. S. Bach) E no exemplo seguinte, deve-se repetir o trecho entre as barras de repetição:
(trecho de Las Dos Hermanitas (violão solo), de F. Tárrega) A quantidade de tempos em cada compasso determina a sua duração. Podemos classificá-los de acordo com a quantidade de tempos em cada compasso:
binário: dois tempos em cada compasso;
ternário: três tempos em cada compasso;
quaternário: quatro tempos em casa compasso;
quinário: cinco tempos em cada compasso;
setenário: sete tempos por compasso.
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Núcleo de Educação a Distância Para indicar a duração do compasso em uma partitura utilizamos a fórmula de
compasso, escrita no início da partitura, após a clave e pode ser mudada no decorrer da música.
Veja abaixo um exemplo de alteração para uma fórmula de compasso diferente:
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(trecho de Witches (viola solo), de M. Falloni) (*) Há exceções. Em trechos de métrica livre, não há necessidade de fórmula de compasso, como no trecho inicial do exemplo abaixo:
O compasso simples é aquele em que a unidade de tempo – – a figura que representa um tempo da pulsação – pulsação – é é uma figura simples (não pontuada) e pode ser
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Núcleo de Educação a Distância subdividida em duas figuras iguais. Para observarmos este conceito é importante observar a fórmula de compasso:
É importante memorizar a tabela de números correspondentes para identificar corretamente a unidade de tempo indicada pela fórmula de compasso:
Lembrando, os números correspondentes apresentam a relação da semibreve com as outras figuras:
para uma semibreve, 2 mínimas;
para uma semibreve: 4 semínimas;
para uma semibreve: 8 colcheias;
para uma semibreve: 16 semicolcheias; etc.
Após observar as informações apresentadas pela fórmula de compasso, podemos analisar a unidade de tempo para confirmar sua subdivisão binária. Exemplo:
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Núcleo de Educação a Distância Encontramos duas notações alternativas de fórmula de compassos simples: 1) Compasso quaternário simples, unidade de tempo: semínima.
2) Compasso binário simples, unidade de tempo: mínima. Também conhecido como “alla breve”.
Vejamos alguns exemplos de compassos simples:
Binário
Ternário
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Quaternário
Quinário
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Note que em todos os exemplos acima a quantidade de tempos por compasso é sempre representada pelos números 2, 3, 4, 5 ou 7. Embora não seja uma regra estabelecida é uma constatação prática: sempre que a fórmula de compasso apresentar algum destes números como indicador da quantidade de tempos por compasso ele será um compasso simples.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 08_Fórmula de compasso – exercícios Como já vimos, o compasso é a divisão de uma composição em grupos regulares de tempos e sua duração é determinada pela fórmula de compasso. Outra informação fornecida pela fórmula de compasso é a figura musical que será a unidade de tempo. Para realizar os exercícios abaixo é preciso que você interprete corretamente as informações da fórmula de compasso. A seguir estão os enunciados dos exercícios e os exemplos. Na parte inferior da página você encontrará o link para imprimir as folhas de exercício e também os gabaritos com as respostas. Exercício 3 – 3 – Complete Complete os compassos de forma que a soma dos valores das figuras e/ou pausas não ultrapasse a duração do compasso determinada pela fórmula de compasso. Exemplo:
O exercício 3 apresenta várias soluções possíveis. Vejamos algumas alternativas de solução para o exemplo acima:
Atenção: as respostas do exercício 3 apresentadas no gabarito mostram apenas uma forma de completar os compassos, você deve verificar as durações das figuras e/ou pausas escritas no seu exercício checando se a soma dessas figuras e pausas não ultrapasse o limite estabelecido pela fórmula de compasso. Exercício 4 – Interprete – Interprete as fórmulas de compasso, preenchendo as lacunas com o tipo de compasso e a unidade de tempo, conforme o exemplo:
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Exercício 5 – – Coloque as barras de compasso de acordo com a fórmula de compasso. Exemplo:
Imprima aqui a folha de exercícios.
(Encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
Após a realização dos exercícios imprima aqui o gabarito com as soluções. (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 09_Leitura rítmica – exercícios O entendimento do código musical – a – a escrita tradicional – passa – passa por várias etapas. Uma maneira eficaz de iniciar a leitura musical com consistência é a realização de leituras rítmicas. Para isso é necessário o entendimento completo de elementos da escrita musical que já foram expostos:
Pulsação
Figuras musicais
Proporcionalidade entre os valores das figuras musicais
Compasso
Fórmula de compasso
A realização de leitura musical, tanto rítmica como melódica, é parte importante no desenvolvimento da percepção musical, em dois momentos: produzir som decifrando o código - a leitura em si - e posteriormente, reconhecendo o som e relacionando-o com a grafia, ou seja, a preparação para o ditado musical. Devemos estabelecer alguns procedimentos para a realização das leituras rítmicas. Um deles é realizar as leituras de três formas:
Vocal – Vocal – usando usando sílabas rítmicas precisas como TÁ ou PÁ
Percussão corporal – corporal – batendo batendo palmas ou os pés, estalos de dedos, batendo a palma das mãos sobre as pernas, etc.
Instrumental
Percussão
Percussão
convencional,
de
preferência
instrumentos
diretamente percutidos por baquetas ou pelas mãos. Com instrumentos indiretamente percutidos , que , que produzem som por agitação, como caxixis, ganzás, maracas ou outros tipos de chocalhos, a precisão rítmica exige maior técnica na manipulação do instrumento.
Objetos percutíveis - É possível utilizar outros objetos percutíveis simples, como uma caneta ou palitos chineses sobre uma superfície dura, por exemplo.
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Outros instrumentos – – pode-se realizar leituras rítmicas utilizando outros instrumentos ainda que não haja domínio técnico, por exemplo, tocar uma corda de violão ou uma tecla de um piano ou teclado de acordo com o ritmo escrito.
É interessante (e recomendável) a utilização esporádica de um metrônomo convencional (mecânico), digital ou online (clique aqui) (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem), Aprendizagem) , para adquirir regularidade e precisão na pulsação. Lembre-se de interpretar corretamente as informações i nformações apresentada apresentadass pela fórmula de compasso: a quantidade de tempos por compasso e a figura que representa a unidade de tempo. A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um ícone de ¨alto-falante¨ que ao ser clicado(Encontra-se clicado (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) executa um arquivo de áudio com a realização do exercício. É Aprendizagem) importante que você realize o exercício várias vezes antes de ouvir a realização gravada. Nas gravações há sempre a contagem dos tempos de um compasso pelo metrônomo antes do início da execução da leitura. Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Na realização com percussão corporal, quando possível, realize a contagem em voz alta. Inicialmente escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura rítmica.
Leituras rítmicas – divisão binária do tempo (clique aqui para imprimir) (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Atenção: Os áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual Referências Leituras 1, 2, 4 a 7: STARER, R. Basic Rhythmic Training. Milwaukee: Hal Leonard, 1994.
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Núcleo de Educação a Distância Leituras 3 e 8: POZOLLI, E. Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Ricordi, 1983. Leituras 9 e 10: LIMA, Marisa Ramires Rosa. Exercícios de teoria musical. São Paulo: Embraform, 2004
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Núcleo de Educação a Distância Aula 10_Tom e semitom – semitom – sinais sinais de alteração Podemos medir a distância entre notas através de uma unidade específica: o semitom. O semitom é a menor distância entre duas notas utilizada na música tradicional ocidental. À soma de dois semitons dá-se dá -se o nome de tom. Vejamos como se distribuem os tons e semitons entre as notas naturais (notas sem sinais de alteração):
Podemos modificar essas distâncias entre as notas usando os sinais de alteração.
Sinais de alteração ou acidentes alteram a altura da nota em um semitom ou tom. Os acidentes podem ser representados graficamente de cinco maneiras diferentes:
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Núcleo de Educação a Distância Veja como fica a alteração da altura na nota de acordo com o acidente empregado nos exemplos abaixo:
Imprima a aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) a folha de exercícios, resolva e confira confira aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) as respostas.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 11_Tom e semitom - sinais de alteração – 2ª parte Podemos classificar os semitons como: - naturais: formadas só por notas naturais, notas sem alterações feitas por acidentes.
- diatônicos: formados por notas que têm nomes diferentes
Note que os semitons mi-fá e si-dó, além de serem semitons naturais, também se enquadram na classificação de semitons diatônicos. - cromáticos: formados por notas que têm nomes iguais
Os acidentes podem ser classificados quanto à sua ocorrência como: - ocorrentes: aparecem no decorrer da música. Colocados sempre à esquerda da cabeça da nota, alteram a altura da nota dentro de um compasso. Não alteram as oitavas da nota. Notas ligadas, mesmo que em outro compasso, permanecem alteradas pelo acidente ocorrente sem necessidade de grafá-lo novamente:
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Núcleo de Educação a Distância - fixos: aparecem junto à clave e alteram todas as notas de mesmo nome da alterada pelo acidente. O conjunto de acidentes fixos junto à clave recebe o nome de armadura de clave, e deve ser repetido em cada pentagrama da música:
- precaução: aparecem entre parênteses, à esquerda da cabeça da nota, para evitar erros de leitura de notas que tenham sido alteradas em compassos anteriores próximos.
Imprima Imprima aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) a folha de exercícios, resolva e confira aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) as respostas.
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Núcleo de Educação a Distância Aula12_Intervalos Aula12_Intervalos - definição e classificação Intervalo é a distância ou diferença de altura entre duas notas. Veja os exemplos abaixo:
Podemos classificar os intervalos sob diferentes aspectos. Quanto à direção podem ser:
Ascendentes
Descendentes
Quanto à sucessão ou simultaneidade de notas podem ser:
Harmônicos: as duas notas são tocadas ao mesmo tempo
Melódicos: uma nota é tocada após a outra
Lacerda (1968, p. 86) explica que a classificação dos intervalos quanto à diferença de altura se dá “de acordo com o número de notas existentes entre a nota inferior (inclusive) e a nota superior (inclusive)".
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Núcleo de Educação a Distância Exemplos:
Não há intervalo entre notas de mesma altura, a isso se dá o nome de uníssono. De acordo com o parâmetro da abrangência das notas do intervalo podemos classificar os intervalos como:
Simples: intervalos de 2ª a 8ª
Compostos: a partir do intervalo de 9ª. Essa classificação pode acontecer de duas formas, como podemos observar abaixo:
Imprima aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) a folha de exercícios, resolva e confira aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) as respostas. Referência LACERDA, O. Compêndio de teoria elementar da música, 9ªedição. São Paulo: Ricordi, s.d.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 13_Temática: Intervalos - qualificação Observe o exemplo abaixo:
Podemos classificar todos os intervalos acima como terças. Para podermos diferenciá-los mostrando a distância precisa e real é preciso adicionar uma qualificação. Essa qualificação é feita de acordo com a quantidade de tons e semitons existente entre as notas. Os intervalos de 2ª, 3ª, 6ª e 7ª podem ser qualificados como maiores (M), menores (m), aumentados (A) ou diminutos (d). Os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª podem ser qualificados como justos (J), aumentados (A) ou diminutos (d). Medindo as distâncias entre as notas do intervalo chegamos à seguinte qualificação: - segunda menor (2ªm): um semitom
- segunda maior (2ªM): um tom
- terça menor (3ªm): um tom e um semitom
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Núcleo de Educação a Distância - terça maior (3ªM): dois tons
- quarta justa (4ªJ): dois tons e um semitom
- quarta aumentada (4ªA): três tons (trítono)
- quinta justa (5ªJ): três tons e um semitom
- sexta menor (6ªm): três tons e dois semitons (totalizando quatro tons inteiros)
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Núcleo de Educação a Distância - sexta maior (6ªM): quatro tons e um semitom
- sétima menor (7ªm): quatro tons e dois semitons (totalizando cinco tons inteiros)
- sétima maior (7ªM): cinco tons e um semitom
- oitava justa (8ªJ): cinco tons e dois semitons (totalizando seis tons inteiros)
Os intervalos acima são encontrados entre as notas naturais, mas é possível alterar as distâncias entre as notas usando os acidentes. Assim a qualificação será alterada, e podemos entender como ocorre essa alteração observando a tabela apresentada por Lima (2004, p. 94): Para 2ª, 3ª, 6ª e 7ª:
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Ou seja, uma 2ªM alterada em um semitom acima se torna uma 2ªA:
Para 4ª, 5ª e 8ª:
Uma 5ªJ alterada em um semitom abaixo se torna uma 5ªd:
E assim com todos os intervalos. É interessante observar o intervalo abaixo:
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Núcleo de Educação a Distância Dizemos que não há intervalo entre duas notas de mesma altura e a isso se dá o nome de uníssono, mas no intervalo acima há diferença de altura. Assim, convenciona-se, para a qualificação do intervalo, a denominação de primeira justa para o uníssono, e as alterações de um semitom para cima ou para baixo como aumentada ou diminuta, respectivamente, veja:
Referência LIMA, M. Exercícios de teoria musical: uma abordagem prática. São Paulo: Embraform, 2004.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 14_Ritmo tético, anacrúsico e atético (acéfalo) Baseados no conceito de métrica, podemos classificar o início de uma música, frase musical ou ritmo como:
Tético: se inicia no primeiro tempo do compasso, no tempo forte.
Exemplo 1: Chovendo na Roseira (Tom Jobim)
Anacrúsico: se inicia com uma nota, ou grupo de notas, antes do tempo forte do compasso. Também é chamado de protético ou anacrústico.
Exemplo 2: Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
A contagem de compassos inicia-se a partir do primeiro compasso completo, veja como fica a numeração dos compassos do exemplo acima:
Na ocorrência de ritmo anacrúsico costuma-se, no último compasso, escrever somente os tempos que completam o compasso.
Atético (acéfalo): se inicia com pausa no tempo forte do compasso. Também é chamado de acéfalo ou decapitado.
Exemplo 3: Correnteza (Tom Jobim e Luiz Bonfá)
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Núcleo de Educação a Distância Med (1996, p.144) apresenta uma forma de diferenciar tecnicamente o ritmo atético do anacrúsico: Considera-se ritmo acéfalo quando as primeiras notas abrangem mais da metade de um compasso binário ou quaternário, ou mais de dois terços de um compasso ternário. Neste caso escreve-se um compasso inteiro, iniciando com uma pausa.
Considera-se o ritmo anacrústico quando as primeiras notas abrangem menos da metade de um compasso binário ou quaternário, ou menos de dois terços de um compasso ternário. Neste caso, somente as figuras são escritos sem completar o compasso com pausas.
Realizaremos agora exercícios de leitura rítmica em que há - também - a utilização de ritmos téticos, anacrúsicos e atéticos (acéfalo). Para a realização destes exercícios é necessário que se relembre o conceito de métrica para que o resultado sonoro da leitura corresponda ao ritmo escrito, principalmente a acentuação métrica dos diferentes tipos de compasso. É importante que se realize várias vezes cada exercício para a fixação das células rítmicas, o que posteriormente facilitará o trabalho nos ditados. Lembre-se: as leituras rítmicas devem ser executadas, pelo menos, de duas formas:
Vocal: utilizando sílabas rítmicas e fazendo o gesto de regência do compasso;
Percussiva: batendo o ritmo escrito e contando os tempos em voz alta.
Você também deve realizar as leituras usando o metrônomo, esporadicamente. A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um link para um arquivo de áudio que apresenta a realização do exercício. É importante que você execute o exercício várias vezes antes de ouvir a realização gravada. Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Inicialmente escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura rítmica.
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Núcleo de Educação a Distância Leituras rítmicas (clique aqui para imprimir) (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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(Os Áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Realizando os exercícios acima você percebeu que aparecem ritmos téticos, anacrúsicos e atéticos. Escreva no seu editor de texto - ou mesmo num papel - qual o tipo de ritmo inicial de cada exercício. Confira as respostas aqui. aqui. Referências MED, Bohumil. Teoria da Música. Brasília: Musimed, 1996.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 15_Métrica Segundo Med (1996, p.128) a métrica é “na música, a teoria do compasso e do ritmo; a técnica musical que trata da estruturação do ritmo e da melodia”. O conceito de métrica em música é baseado no conceito de métrica em poesia: a contagem das sílabas poéticas que formam um verso, baseada no som e não na grafia. Assim como a acentuação de um verso poético, a métrica em música determina a acentuação e divisão, a organização da música em compassos com tempos fortes e fracos. A métrica é determinada pela fórmula de compasso. A expressão sonora da métrica é percebida através da divisão dos compassos e da distribuição dos tempos fortes e fracos. Essa acentuação não é escrita na partitura, mas está implícita na fórmula de compasso. A não ser que haja algum sinal que a altere, a acentuação dos compassos fica assim:
Binário
Ouça exemplos de músicas em compasso binário: (Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância Ternário
Ouça exemplos de músicas em compasso ternário: (Áudio no Ambiente Virtual)
Quaternário
Ouça, a seguir exemplos de músicas em compasso quaternário. (Áudio no Ambiente Virtual)
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Med (1996, p. 142) também apresenta a denominação dos tempos do compasso, “o tempo forte é chamado de apoio, tésis (thesis) ou repouso. O tempo fraco é chamado de impulso, impulso , arsis ou lance”. Podemos escrever o mesmo ritmo em diferentes métricas:
sem métrica definida (Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância É importante que se demonstre graficamente - e proporcionalmente - a duração das notas, o que facilita a correta interpretação do ritmo.
Ainda sobre a grafia, é importante que a escrita do ritmo corresponda à estrutura métrica desejada, o que facilitará também a leitura, interpretação e execução. No exemplo abaixo podemos ver como as diferentes escritas de um mesmo ritmo podem interferir na compreensão da estrutura métrica.
A escrita pode também demonstrar uma métrica diferente da usual para aquela fórmula de compasso. Um exemplo clássico é a composição de Dave Brubeck –
Rondo a la turk – turk – cuja fórmula de compasso é
, fórmula que normalmente indica
um compasso ternário composto (como estudaremos futuramente), mas nesse caso a divisão métrica é 2+2+2+3. Veja:
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Clique aqui para ver a partitura completa e ouça aqui (Imagem e Áudio no Ambiente Virtual)
Referência MED, Bohumil. Teoria da Música. Brasília: Musimed, 1996.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 16_Leitura melódica na pauta dupla - solfejo falado A compreensão do conceito de claves permite que se realize a leitura na pauta dupla, ou pauta de onze linhas.
Dó central na pauta de onze linhas Como diz Wilems (1967), “apesar deste tipo de leitura se destinar, em princípio aos pianistas, nos parece vantajoso que qualquer aluno tenha um mínimo de contato prático com o sistema de escrita na pauta dupla, o qual consiste a síntese perfeita as ordenações musicais”. Os exercícios começam utilizando 2 notas, ascendentes e descendentes, até 5 notas em cada pentagrama. Da mesma forma que os exercícios de leitura rítmica é interessante que se realize os gestos de regência durante a leitura vocal. Lembrando que para a correta execução dos exercícios abaixo deve-se adotar os seguintes procedimentos:
interpretação correta da fórmula de compasso e da clave;
precisão na pulsação, para a execução correta das durações;
realizar, como preparação, a leitura do ritmo.
A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um link para um arquivo de áudio que apresenta a realização do exercício. É importante que você realize o exercício várias vezes antes de ouvir a realização gravada.
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Núcleo de Educação a Distância Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Inicialmente escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura. Atenção à ocorrência de dois sinais que não tinham aparecido nos exercícios, até então:
,
a vírgula, indicando a respiração e/ou o final da frase;
a fermata, que indica um prolongamento da nota, de duração determinada pelo intérprete.
Leituras melódicas na pauta de onze linhas: solfejo falado fal ado Para imprimir os exercícios clique aqui (Os áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Aprendizagem)
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Referência WILLEMS, E. Solfejo: curso elementar. São Paulo: Ricordi, 1967
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Núcleo de Educação a Distância Aula 17_Dita itado rít rítm mico - ex exercícios Realize os exercícios com concentração concentra ção e muita e muita atenção, não há limite de tempo ou de tentativas para cada exercício. É recomendável o uso de fones de ouvidos.
Questão_01 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado.
a)
Resposta correta
b)
c)
d)
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Questão_02 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado.
a) Resposta correta
b)
c)
d)
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Núcleo de Educação a Distância e)
Questão_03 Instruções: - Compasso ternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. a)
b)
c)
d)
e) Reposta correta
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Questão_4 Instruções: - Compasso ternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. a)
b)
c) Resposta correta
d)
e)
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Núcleo de Educação a Distância Questão_05 Instruções: - Compasso binário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. a)
b)
c)
d) Resposta correta
e)
Questão_06 Instruções:
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Núcleo de Educação a Distância - Compasso binário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos Clique aqui para ouvir: (Áudio no Ambiente Virtual) Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. a)
b)
c)
Resposta
correta
d)
e)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 18_Contratempo e síncopa De acordo com o conceito de métrica e da acentuação métrica, sabemos que os diferentes tipos de compassos apresentam tempos fortes e fracos. Dentro da divisão métrica do compasso, cada tempo também tem a sua parte forte. Assim, quando há pausas nos tempos fortes ou nas partes fortes do tempo, e notas nos tempos fracos ou partes fracas do tempo, estas notas recebem r ecebem o nome de contratempo.
No exemplo abaixo podemos identificar a ocorrência de compassos iniciados por contratempo.
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Podemos usar a palavra contratempo, também, para indicar acentuação num tempo fraco ao invés do tempo forte. Na síncopa (ou síncope) o som também se inicia no tempo fraco do compasso ou na parte fraca do tempo, como no contratempo, mas se prolonga até o tempo forte, provocando um deslocamento na acentuação métrica do compasso.
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Ouça este tema folclórico na versão para piano de Villa-Lobos (1887-1959): 09--_n.4_Samba_-_Lele.mp3
Leituras rítmicas Conhecendo os conceitos de contratempo e síncopa, podemos realizar as leituras rítmicas apresentadas a seguir com precisão na interpretação. É importante que se realize várias vezes cada exercício para a fixação das células rítmicas, neste caso principalmente a síncopa e percepção das notas em contratempo, o que posteriormente facilitará o trabalho nos ditados. Da mesma forma que os exercícios anteriores, as leituras rítmicas devem ser executadas, pelo menos, de duas formas:
Vocal: utilizando sílabas rítmicas e fazendo o gesto de regência do compasso
Percussiva: batendo o ritmo escrito e contando os tempos em voz alta.
É importante também que as leituras sejam realizadas, esporadicamente, utilizando o metrônomo (clique no ícone para acessar o metrônomo online), como é mostrado nos arquivos de som dos exercícios disponibilizados nas aulas. A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um link para um arquivo de áudio que apresenta a realização do exercício. É importante que você realize o exercício várias vezes antes de ouvir a realização gravada.
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Núcleo de Educação a Distância Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Inicialmente escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura rítmica.
Leituras rítmicas (Os áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Saiba mais:
Leituras 1 a 6: STARER, R. Basic rhythmic training, p.30-34. Milwaukee: Hal Leonard, 1986. Leituras 7 a 10: WILLEMS, E. Solfejo: curso elementar. São Paulo: Fermata do Brasil, 1967.
Referência MED, Bohumil. Teoria da Música. Brasília: Musimed,1996 RUBINSKY. Sonia. CD Villa-Lobos: piano music. Naxos, 2006.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 19_Temática: Leitura melódica com 5 notas - claves de sol e fá Os exercícios de solfejo cantado apresentados até agora consistiam na entonação de três alturas diferentes, escritos em clave de sol. Na série de exercícios desta aula ampliaremos para cinco alturas, escritas em clave de sol e clave de fá. Inicialmente pode-se realizar os exercícios sem entoar as alturas, isto é, realizando solfejo falado, para automatizar a pronúncia do nome das notas, respeitando o ritmo escrito. Uma vez realizado o solfejo falado pode-se partir para o solfejo cantado. Os exercícios apresentam ainda a movimentação de notas, em sua maioria, por graus conjuntos. É importante lembrar que pode ser utilizado um instrumento como apoio para a afinação e correta entoação das notas, mas o objetivo final do solfejo cantado é a entoação sem acompanhamento, partindo apenas de uma nota de referência que pode ser dada por um instrumento ou diapasão. ou diapasão. A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um link para um arquivo de áudio que apresenta a realização do exercício. É importante que você realize o exercício várias vezes antes de ouvir a realização r ealização gravada. Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura. Para conferir sua afinação na realização das leituras, você pode realizar uma gravação da sua leitura executada juntamente com o arquivo de áudio disponibilizado nos links de cada exercício. Como aparecem exercícios em clave de sol e clave de fá, cabe a seguinte observação: vozes femininas devem cantar os exercícios em clave de sol na altura real, já os exercícios em clave de fá devem ser cantados oitava acima das notas escritas. De forma contrária, vozes masculinas devem cantar os exercícios em clave de sol oitava abaixo da altura escrita e os exercícios de clave de fá na altura real. Diapasão online: clique aqui (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Leituras melódicas - solfejo cantado (Os áudios e exercícios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Referência WILLEMS, E. Solfejo: curso elementar, p. 41-45. São Paulo: Fermata do Brasil, 1967.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 20_Ação combinada - solfejo falado e leitura rítmica Como já estudamos na aula 14, ação combinada é a expressão usada por Hindemith (1988) para designar a realização de duas leituras simultâneas: uma vocal e outra percussiva. Todos os exercícios apresentados nesta aula são compostos por leitura melódica na parte vocal – vocal – continuaremos continuaremos realizando a leitura melódica através de solfejo falado – e leitura rítmica na parte percussiva. Atenção à ocorrência de síncopas e contratempos, tanto na parte melódica como na parte rítmica. A princípio podemos realizar realizar as leituras separadamente, até que haja: haja:
fluência na pronúncia do nome das notas e precisão no aspecto rítmico da leitura melódica;
precisão na execução do ritmo na parte percutida.
A seguir você encontra os exercícios a serem praticados e após cada exercício um link para um arquivo de áudio que apresenta a realização do exercício. É importante que você realize o exercício várias vezes antes de ouvir a realização r ealização gravada. Importante: estabeleça a pulsação contando os tempos do compasso antes de iniciar a leitura e mantenha a contagem mentalmente durante a leitura. Inicialmente escolha uma velocidade mais lenta e progressivamente acelere, sem perder a precisão e correção na execução da leitura. Ação combinada (Os áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Referência HINDEMITH, Paul. Treinamento elementar para músicos, p. 14-15. São Paulo: Ricordi, 1988.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 21_Ditado melódico - exercícios Realize os exercícios com concentração e muita atenção, não há limite de tempo ou de tentativas para cada exercício. É recomendável o uso de f ones de ouvidos.
Questão_01 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de sol - nota inicial: dó central Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual) (Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas. a)
b) Resposta correta
c)
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Núcleo de Educação a Distância d)
Questão_02 Instruções: - Compasso binário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 5 compassos - clave de sol
- nota inicial: sol na 2ª linha
Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas.
a) Resposta correta
b)
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Núcleo de Educação a Distância c)
d)
Questão_03 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de fá
- nota inicial: sol no 4º espaço
Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas. a)
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Núcleo de Educação a Distância b)
c)
d) Resposta correta
Questão_04 Instruções: - Compasso ternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de fá - nota inicial: mi no 3º espaço Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas.
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Núcleo de Educação a Distância a) Resposta correta
b)
c)
d)
Questão_05 Instruções: - Compasso ternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de sol - nota inicial: sol na 2ª linha Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas.
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Núcleo de Educação a Distância a) Resposta correta
b)
c)
d)
Questão_06 Instruções: - Compasso binário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de sol - nota inicial: inicial: sol na 2ª linha
Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado.
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Núcleo de Educação a Distância Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas. a)
b)
c)
d) Resposta correta
Questão_07 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de sol - nota inicial: mi na 1ª linha Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas.
a) Resposta correta
b)
c)
d)
Questão_08 Instruções: - Compasso quaternário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de fá - nota inicial: mi no 3º espaço
(Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas. a)
b)
c) Resposta correta
d)
Questão_09 Instruções: - Compasso binário - Unidade de tempo: semínima - Tamanho: 4 compassos - clave de fá - nota inicial: mi no 3º espaço
(Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância
Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas.
a) Resposta correta
b)
c)
d)
Questão_10
Instruções: - Compasso ternário - Unidade de tempo: semínima
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Núcleo de Educação a Distância - Tamanho: 4 compassos - clave de sol - nota inicial: dó central
Áudio completo:
(Áudio no Ambiente Virtual)
(Áudio no Ambiente Virtual)
Você vai ouvir um compasso de pulsação antes do início do ditado. Prepare o papel com pentagrama ou editor de partituras de acordo com as instruções acima e escreva o ditado antes de avaliar as alternativas. a)
b) Resposta correta
c)
d)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 22_Sinais de repetição Dentro do código musical existem alguns sinais específicos para a indicação de repetição de trechos musicais. A repetição é uma prática comum, sendo determinante na estrutura de algumas formas musicais. Na aula 07: compasso, já tivemos contato com a barra de repetição ou ritornello, palavra italiana que significa “pequeno retorno”. Nesta e nas próximas aulas vamos perceber que muitas das indicações e sinais do código musical são palavras em italiano, uma vez que a Itália é o berço da notação musical. O ritornelo indica um retorno simples, para o início da música ou para o compasso que apresenta outra barra de repetição:
Podemos utilizar numa partitura sinais que indiquem caminhos diferentes após a repetição:
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Neste caso devemos tocar o trecho musical até barra de repetição – note – note que acima do compasso em que se encontra barra de repetição temos um número 1, indicando que aquele compasso será tocado na primeira vez, este compasso é chamado, na prática, de “casa 1”– e 1”– e retornar ao início. Quando terminarmos o compasso anterior a casa 1 devemos passar diretamente para a casa 2 e seguir a leitura normalmente. Assista ao video e acompanhe a partitura dos dois exemplos mostrados acima: (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Alguns sinais e/ou palavras, também em italiano, são utilizados para indicar outros caminhos nas repetições: D.C. (Da Capo): sua tradução literal seria “da cabeça”. Como indicação de repetição
indica que deve-se retornar ao começo da música. Aparece nas expressões D.C. al
Fine, D.C. al coda ou D.C. al Fine: fim. Indica o final da música, após possíveis repetições, mesmo que haja
compassos subsequentes. Coda (
): sig signi nific fica a caud cauda, a, aqu aquii no sent sentid ido o de fina finaliliza zaçã ção. o. Ind Indic ica a o iní iníci cio o do trech trecho o
de finalização da música. Segno (
): in indica o lugar de de on onde se de deve co começar
As expressões que utilizam as palavras e sinais sinais acima são: D.C. al Fine: após o compasso onde aparece a expressão deve-se voltar ao começo
da música e prosseguir até encontrar a palavra Fine D.C. al coda ou D.C. al
: após o compasso em que aparece a expressão, deve-
se voltar ao começo da música e prosseguir até encontrar o sinal coda, pulando então para o trecho iniciado com o sinal ou a palavra coda. D.S. al Fine: após o compasso em que aparece a expressão, deve-se voltar ao
compasso indicado pelo D. S. al coda ou Dal
e prosseguir até encontrar a palavra Fine
al
- após o compasso em que aparece a expressão
deve-se voltar ao compasso indicado pelo Segno e prosseguir até encontrar o sinal coda, pulando então para o trecho iniciado com o sinal ou a palavra coda.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 23_ Andamento Andamento é a velocidade em que a música é executada. Escrita no início da música, através de palavras ou expressões, a indicação de andamento também pode ser mostrada pela indicação de velocidade do metrônomo, pratica que surgiu no século XIX. A indicação de metrônomo normalmente apresenta o número de batidas por minuto que corresponde à unidade de tempo do compasso. A correta interpretação do andamento é de extrema importância pois determina, além da velocidade de execução, o caráter da música. Na música tradicional de concerto a maioria das peças apresenta indicações de andamento através de palavras ou expressões em italiano. Podemos conhecer essas palavras na seguinte sequência, do andamento mais lento para o mais rápido: Largo – Larghetto – Adagio – Andante – Moderato – Allegro – Presto – Prestissimo
A indicação de andamento dada pelas palavras acima sofreram variações de velocidade através dos tempo s, fator que deve ser considerado na interpretação da informação, veja: Andamento 1850
1950 1980 2000
grave
44
largo
40
largheto
46
50
50
60
40
lento
52
52
adagio
60
54
70
50
andante
70
66
80
60
moderato
84
80
100 80
allegreto
100
100 110 100
allegro
120
116 120 120
vivace
144
126 160
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Núcleo de Educação a Distância presto
160
144 180 160
prestísimo 184-240 184 200 180 (a tabela acima se baseia em dados estatísticos, sem indicação de fonte ou data . Disponível
em:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.as http://crv.educacao.mg.g ov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO=4 p?id_projeto=27&ID_OBJETO=4 4392&tipo=ob&cp=000000&cb=&n1=&n 4392&tipo=ob&cp= 000000&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3= 2=Biblioteca%20Virtual&n3=Cadernos%20d Cadernos%20d e%20Inform%C3%83%C2%A1tica&n4=&b=s)) e%20Inform%C3%83%C2%A1tica&n4=&b=s Abaixo veremos alguns exemplos de palavras que podem aparecer isolada ou conjuntamente com as palavras indicadoras de andamento, com a finalidade de especificar o caráter e a velocidade:
cantabile: cantando, fluindo;
giocoso: brincando;
leggero: leve;
patetico: com grande emoção; Vivace: vivo e muito rápido.
O andamento de uma música pode sofrer alterações, indicadas pelas seguintes palavras:
Accelerando (accel.): acelerando
Allargando : cada vez mais lento
Calando : mais lento e mais suave
Doppio movimento : dobrar a velocidade
Meno mosso: menos movido
Mosso: movido
Più mosso : mais movido, mais rápido
Precipitando : antecipando, mais rápido
Rallentando (rall.): desacelerando gradualmente
Ritardando (rit. ou ritard.): desacelerando
Ritenuto (rit. ou riten.): desacelerando subitamente
Rubato : alterando levemente a duração das notas, mas sem alterar a métrica
do compasso
Stretto : mais rápido
Stringendo: cada vez mais rápido
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Núcleo de Educação a Distância Na música popular o mais comum é que apareça a indicação de andamento por velocidade do metrônomo e/ou palavras no idioma do compositor ou do país de edição da partitura. Exemplo:
Referência Essential Film Themes, vol. 2. Milwaukee: Hal Leonard, s.d.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 24_Intensidade – sinais de dinâmica e acentos Como já estudamos, a intensidade é uma das quatro propriedades do som e caracteriza-o pela força com que é produzido. A graduação da intensidade do som é chamada de dinâmica. Para escrever as indicações de dinâmica usamos abreviaturas de palavras italianas ou sinais gráficos com significados específicos. Podemos partir de duas indicações básicas:
A partir destas indicações podemos ordenar os sinais de dinâmica. Partindo do mais suave para o mais forte:
Podem ser usadas algumas palavras para qualificar as indicações acima, como por exemplo: P i ù f – mais – mais forte
– repentinamente suave p s u b i t o – repentinamente As indicações de dinâmica apresentadas até agora são escritas, na maioria das vezes, sob o pentagrama e determinam a intensidade de um trecho musical, continuando válidas até o aparecimento de outro sinal:
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Para a alteração gradual da intensidade pode-se utilizar as seguintes indicações: Aumentando (aum.) Crescendo (cresc.)
– reforçando, crescendo subitamente Rinforzando (rinf.) – reforçando, Decrescendo (decresc.) Diminuendo (dim.)
Para trechos muito longos é interessante que se use uma linha pontilhada indicando o trecho a ser gradualmente alterado:
Também podem ser usados sinais, para trechos mais curtos:
Assista ao vídeo abaixo e conheça uma proposta de prática de ensino das indicações de dinâmica para crianças: (Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Além das indicações de dinâmica que têm efeito sobre trechos musicais desde duas ou três notas até trechos formados por vários compassos, existem também os sinais de dinâmica que determinam a intensidade e o ataque com que uma nota deve ser executada: os acentos. Um acento colocado acima ou abaixo da cabeça da nota, dependendo da direção da haste, indica que esta nota deverá ser tocada com maior intensidade. As representações gráficas do som apresentadas por Med (1996, p. 221-222) ilustram com precisão como deve ser a execução de cada nota quando esta recebe um acento. Para efeito de comparação veremos também como é o gráfico da nota sem acentuação:
Nota sem acentuação:
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Núcleo de Educação a Distância Além dos sinais representativos de acentos, algumas abreviações também têm efeito sobre uma nota:
Todas significando um “reforço” na intensidade da nota indicada, mas que deve ser sempre proporcional à dinâmica do trecho. Um s f dentro de um trecho em piano deve ser tocado em m f , por exemplo. A abreviação Forte piano ( ( f p ) pode ser interpretada de duas maneiras, no exemplo abaixo, a primeira nota deve ser forte f orte e as seguintes, suaves:
ou pode indicar que o ataque de uma nota deve ser forte e sua continuação, suave, como no gráfico abaixo (Med, 1996):
Importante: as abreviações são grafadas sempre sob a nota no pentagrama:
com exceção para os casos de escrita a duas vozes ou mais vozes, em que a abreviação deve ser grafada próxima à nota que sofrerá a alteração de intensidade:
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Referências MED, B. Teoria da Música. Brasília: Musimed, 1996.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 25_Leitura rítmica - indicações de dinâmica e andamento Antes de iniciarmos as leituras apresentadas nesta aula é necessário comentar algumas das indicações contidas nos exercícios. Observe que em todos os exercícios aparece a clave de percussão, indicando uma leitura rítmica, escritas em uma única linha de referência, sem variação de altura:
Como vimos na aula. 27_andamento, algumas palavras podem aparecer isolada ou conjuntamente com as indicações de andamento indicando o caráter do techo musical. Neste primeiro exercício aparece a expressão " con espressione", uma indicação isolada de caráter ou expressão, o que dá ao intérprete a liberdade de interpretação na escolha do andamento. Note que nos compassos 10 e 11 do exercício 1 há pontos acima da cabeça das notas, uma indicação de articulação. É o staccato, do italiano, destacado, separado; também chamado de ponto de diminuição, este sinal indica que a nota deve ter sua duração diminuída pela metade.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) No exercício 2 a indicação de andamento é precisa: Allegro. No metrônomo No metrônomo online disponibilizado nas aulas podemos ver a sugestão de velocidade para o Allegro: de 120 a 168 bpm (batidas por minuto) Ou seja: cada batida do metrônomo
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Núcleo de Educação a Distância corresponde a uma semínima, a unidade de tempo determinada pela fórmula de compasso. No exercício 2 podemos perceber a relação de oposição entre o staccato e o tenuto, um promovendo o encurtamento da nota enquanto o outro indica que a nota deve ter sua duração o mais completa possível.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Da mesma forma o exercício 3 apresenta a indicação de andamento: Presto. Sugestão de velocidade: 168 a 200 bpm.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Nos exercícios anteriores a indicação de respiração é representada pela vírgula, determinando as frases musicais. Nos exercícios 4, 6, e 7 a indicação de frases é mostrada pela ligadura de frase. Nestes mesmos exercícios também aparece o portato, uma indicação de articulação semelhante ao staccato, um ponto sobre a
cabeça da nota, só que dentro de uma ligadura de frase. A execução do portato (do italiano: carregado) deve ter o ataque do staccato, mas sem a diminuição do valor da nota.
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Núcleo de Educação a Distância Os exercícios 4 a 7 apresentam indicações de andamento e caráter: Allegro vivace, Andante calmo, Adagio calmo, Adagio espressivo espressivo e Moderato cantabile.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Note a ocorrência do portato nos dois últimos compassos do exercício 6.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Note, mais uma vez, a ocorrência do portato no último compasso.
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(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) O exercício 8 apresenta uma indicação de caráter, como no exercício 1.
(Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Referência CIVIDINO, F. e CHAPUIS, J. Letture Musicali, p. 1 e 2. Majano: Centro Ricerca Divulgazione Musicale, s.d.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 26_Intervalos – exercícios Realize os exercícios com concentração e muita atenção, não há limite de tempo ou de tentativas para cada exercício. É recomendável o uso de f ones de ouvidos.
Questão_01
Assinale a alternativa que que apresenta a classificação classificação correta dos intervalos intervalos abaixo:
a) Harmônico, harmônico, melódico, melódico b) Melódico, melódico, harmônico, harmônico
c) Resposta correta Harmônico, melódico, harmônico, melódico d) Melódico, harmônico, melódico, harmônico
Questão_02
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos intervalos melódicos abaixo quanto a sua direção:
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Núcleo de Educação a Distância a) Resposta correta Ascendente, ascendente, ascendente, descendente, descendente, ascendente b) Ascendente, descendente, descendente, descendente, descendente, descendente c) Descendente, ascendente, descendente, ascendente d) Ascendente, descendente, descendente, descendente, descendente, ascendente
Questão_03 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos intervalos melódicos abaixo quanto a sua extensão:
a) Composto, simples, simples, composto
b) Resposta correta Simples, composto, composto, composto c) Simples, composto, simples, composto d) Simples, composto, composto, simples
Questão_04 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, os intervalos compostos equivalentes aos intervalos de décima terceira, nona, décima primeira e décima:
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Núcleo de Educação a Distância a) Sétima composta, quarta composta, segunda composta, quinta composta
b) Resposta correta Sexta composta, segunda composta, quarta composta, terça composta c) Terça composta, segunda composta, quarta composta, terça composta d) Quinta composta, segunda composta, terça composta, quarta composta
Questão_05 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação dos seguintes intervalos:
a) Segunda menor, quinta justa, sétima maior, sexta menor b) Segunda maior, quinta justa, sétima maior, sexta menor c) Segunda menor, quinta justa, sétima menor, sexta maior
d) Resposta correta Segunda maior, quinta justa, sétima menor, sexta maior
Questão_06 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação dos seguintes intervalos:
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a) Resposta correta Terça menor, oitava justa, segunda menor, quarta justa b) Terça menor, oitava justa, segunda maior, quarta aumentada c) Terça maior, oitava justa, segunda menor, quarta aumentada d) Terça menor, oitava justa, segunda menor, quarta aumentada
Questão_07 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação dos seguintes intervalos de terça:
a) Resposta correta Maior, menor, maior, menor b) Menor, menor, menor, maior c) Maior, maior, menor, menor d) Menor, maior, menor, maior
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Núcleo de Educação a Distância Questão_08
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação dos seguintes intervalos de quinta:
a) Diminuta, justa, justa, aumentada
b) Resposta correta Aumentada, justa, justa, diminuta c) Diminuta, aumentada, aumentada, diminuta d) Aumentada, diminuta, justa, diminuta diminuta
Questão_09
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação dos seguintes intervalos de segunda:
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Núcleo de Educação a Distância a) Diminuta, menor, aumentada, maior
b) Resposta correta Maior, diminuta, aumentada, menor c) Aumentada, maior, menor, diminuta d) Aumentada, menor, maior, maior, diminuta
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Núcleo de Educação a Distância Aula 27_ Divisão quaternária do tempo – leituras rítmicas Nas leituras e ditados realizados até agora foram utilizados compassos binários, ternários e quaternários simples, utilizando apenas a subdivisão binária do tempo, ou seja, em uma batida da pulsação aparecerão duas figuras – notas – notas e/ou pausas correspondentes, cada uma, à metade do valor da figura que corresponde à unidade de tempo.
Realizaremos nesta aula as leituras rítmicas em que aparecem células rítmicas utilizando a subdivisão quaternária do tempo, ou seja, em cada batida da pulsação aparecerão quatro figuras – notas – notas e/ou pausas - correspondentes, cada uma, a um quarto do valor da figura fi gura que corresponde à unidade de tempo.
Ouça atentamente o áudio do exemplo abaixo:
áudio_inteiro_metade_quarto.wma (Encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 28_Leitura melódica de subdivisão quaternária Abaixo de cada um dos trechos melódicos está a sua respectiva transcrição rítmica. Pratique a leitura melódica dos quatro trechos abaixo seguindo os seguintes passos: 1. Faça a leitura rítmica, conforme escrita abaixo de cada trecho melódico 2. Após praticar bastante, ouça o áudio do rítmo para conferir sua leitura 3. Pratique a leitura do trecho melódico 4. Agora ouça o áudio da melodia para conferir sua leitura Exercício 1
(Áudios no Ambiente Virtual) Exercício 2
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Núcleo de Educação a Distância (Áudios no Ambiente Virtual) Exercício 3
Áudios no Ambiente Virtual) ( Áudios
Exercício 4
(Áudios no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância Aula 29_Escrevendo partituras I Vamos colocar em prática o que aprendemos na Vídeoaula 17. Primeiramente vamos exercitar a transcrição em partitura de um trecho rítmico ouvido. Para começar fique atento às indicações do que você vai ouvir. Assim para cada exercício, além de rever as sugestões da Vídeoaula 17 siga os passos seguintes: a)
Anote na sua folha de exercícios os números de compassos indicados no
enunciado de cada exercício. Assim você já tem tudo pronto para iniciar sua escuta. b)
Escute tudo e só depois comece a escrever. Esta é a forma como a maioria
dos concursos de música fazem seus testes. c)
Depois de escrever o trecho que conseguiu perceber, coloque de novo a
gravação do início, acompanhe já conferindo o que escreveu e tente escrever mais um pouco adiante. d)
Repita o processo e procure ouvir no máximo 4 vezes. Se estiver com muita
dificuldade ouça mais uma ou duas vezes para conseguir finalizar. e)
Por fim, compare com a resposta escrita na folha de respostas (link no no fim da
aula).
DITADO 1 (clique no alto-falante) (Áudio no Ambiente Virtual)
- Fórmula de compasso: 2/4
- Número de compassos: 6 Atenção! Você ouvirá ouvirá dois tempos de contagem contagem antes do início!
DITADO 2 (clique no alto-falante) - Fórmula de compasso: 4/4
(Áudio no Ambiente Virtual)
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Núcleo de Educação a Distância - Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá quatro tempos de contagem antes do início!
DITADO 3 (clique no alto-falante) (Áudio no Ambiente Virtual)
- Fórmula de compasso: 3/4
- Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá três tempos de contagem antes do início!
DITADO 4 (clique no alto-falante) - Fórmula de compasso: 4/4
(Áudio no Ambiente Virtual)
- Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá quatro tempos de contagem antes do início! Clique para abrir a Folha de respostas! (Encontram-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
Saiba mais: Você sabia que existe um site gratuito para praticar ditados musicais? Entre no site www.teoria.com e escolha as figuras para desenvolver seu ouvido musical.
Referências: Leituras 1, 2, 4 a 7: STARER, R. Basic Rhythmic Training. Milwaukee: Hal Leonard, 1994. Leituras 3 e 8: POZOLLI, E. Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Ricordi, 1983. Leituras 9 e 10: LIMA, Marisa Ramires Rosa. Exercícios de teoria musical. São Paulo: Embraform, 2004.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 30_Escrevendo partituras II Continuando nossa prática de escrita musical, agora vamos exercitar nossa percepção melódica. Além de rever as sugestões sugestões da Vídeoaula 17 siga os passos seguintes: a)
Anote na sua folha de exercícios os números de compassos indicados no
enunciado de cada exercício. Assim você já tem tudo pronto para iniciar sua escuta. b)
Clique no alto falante para ouvir somente a nota inicial (estão todos em Dó
maior). c)
Escute toda a linha melódica e só depois comece a escrever. Procure
memorizar um trecho e repita entoando-o. Esta é a forma como a maioria dos concursos de música fazem seus testes. d)
Depois de escrever o trecho que conseguiu perceber, coloque de novo a
gravação do início, acompanhe já conferindo o que escreveu e tente escrever mais um pouco adiante. e)
Repita o processo e procure ouvir no máximo 4 vezes. Se estiver com muita
dificuldade ouça mais uma ou duas vezes para conseguir finalizar. f)
Por fim, compare com a resposta escrita na folha de respostas (link no no fim da
aula).
DITADO 1 (clique no alto-falante)
Nota inicial (Dó4)
(Áudio no Ambiente Virtual)
- Fórmula de compasso: 2/4
- Número de compassos: 5 Atenção! Você ouvirá ouvirá dois tempos de contagem contagem antes do início!
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Núcleo de Educação a Distância DITADO 2 (clique no alto-falante)
Nota inicial (Dó3)
(Áudio no Ambiente Virtual) - Fórmula de compasso: 4/4 - Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá quatro tempos de contagem antes do início!
DITADO 3 (clique no alto-falante)
Nota inicial (Dó3)
(Áudio no Ambiente Virtual)
- Fórmula de compasso: ¾ - Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá três tempos de contagem antes do início!
DITADO 4 (clique no alto-falante)
Nota inicial (Dó4)
(Áudio no Ambiente Virtual) - Fórmula de compasso: 4/4 - Número de compassos: 4 Atenção! Você ouvirá ouvirá quatro tempos de contagem antes do início!
Clique para abrir a Folha de respostas!
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Núcleo de Educação a Distância Saiba mais: Você sabia que existe um site gratuito para praticar ditados musicais? Entre no site www.teoria.com e escolha as figuras para desenvolver seu ouvido musical.
Referências: Leituras 1, 2, 4 a 7: STARER, R. Basic Rhythmic Training. Milwaukee: Hal Leonard, 1994. Leituras 3 e 8: POZOLLI, E. Guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Ricordi, 1983. Leituras 9 e 10: LIMA, Marisa Ramires Rosa. Exercícios de teoria musical. São Paulo: Embraform, 2004.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 31_Série harmônica
Temática: Série harmônica “Para fazer música, as culturas precisam selecionar alguns sons entre outros... N a qual alguns sons são sacrificados..., isto é, jogados para a grande reserva dos ruídos, em favor de outros que despontarão como sons musicais doadores de ordem.” (Wisnik, p. 59) Como se dão estas escolhas? No que um “grupo”, uma cultura se baseia para fazer fa zer determinadas escolhas? Ao fazer esta pergunta, José Miguel Wisnik W isnik questiona sobre porque razão achamos que determinadas combinações de sons são interessantes para nós e outras não. Ao longo de nossa vivência auditiva vamos colecionando uma série de sons pelos quais separamos o que consideramos música e o que consideramos ruído. Na música ocidental mais tradicional, convencionou-se a utilização dos doze sons temperados, definidos pela escala cromática. Continuando com Wisnik: “Para fazer esse recorte, que qu e equivale à decomposição arbitrária do contínuo do arco-íris e consiste na decomposição do contínuo das alturas melódicas numa infinidade de escalas musicais possíveis, as culturas estão fundadas na intuição de um fenômeno acústico decisivo, que é a série harmônica subjacente a cada som.” (Wisnik, 2002) Partindo do princípio do experimento de Pitágoras com um monocórdio, no qual as subdivisões de uma corda produzem alturas diferentes, a série harmônica está presente em cada nota nota produzida com harmônicos harmônicos mais audíveis e outro menos audíveis. Observando a figura abaixo (uma representação do monocórdio) veremos que a cada divisão a corda ficará menor e produzirá um som mais agudo. Assim, se considerarmos que a corda da figura abaixo soará a nota Fá, ao dividirmos no meio, soará uma oitava acima (também Fá); ao dividila por três partes iguais soará um quinta acima (Dó); ao dividi-la por quatro duas oitavas acima (Fá novamente).
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Núcleo de Educação a Distância Monocórdio de Pitágoras (representação)
Esta série na qual vão se multiplicando as divisões se reproduz em cada nota que é produzida. Assim, “um som musical de altura definida, tocado por um instrumentos ou cantado por uma voz, já tem, embutido dentro de si, um espectro intervalar.” E “cada som já é uma formação harmônica implícita, um acorde dentro do outro.” (Wisnik, p. 2002) Veja na figura abaixo os harmônicos que são produzidos no espectro da nota Dó como fundamental:
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Observe que na divisão por 5, encontra-se a terça maior em relação à nota fundamental. Agora vejamos abaixo os harmônicos mais próximo produzidos por uma nota fundamental:
A série continua, mas quanto mais longe da nota fundamental menos perceptível pelo ouvido humano. Dessa forma, não é de se estranhar que intervalos int ervalos como oitava, quinta e terça sejam intervalos que nos pareçam mais familiar e pareçam mais “consonante”. Afinal, são as primeiras notas da série, isto é, as mais próximas da nota fundamental. Finalizando com Wisnik:
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Núcleo de Educação a Distância “Mas teorizado ou não, o parentesco parentes co entre esses intervalos é perceptível pelo nosso sistema audiomental, que reconhece neles propriedades elementares de atração, simplicidade, identidade.” “... o sentimento instintivo das primeiras consonâncias coincide com as relações entre os primeiros números aplicados ao comprimento (ou à tensão) de cordas vibrantes” (Wisnik, 2002).
Referência WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. Editora Schwarz Ltda: São Paulo, 2002.
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Núcleo de Educação a Distância Aula 32_Exercícios da Série harmônica Com base na aula anterior e no exemplo abaixo, escreva a série harmônica correspondente a cada nota inicial (fundamental) dada. Não esqueça de colocar na oitava correta cada harmônico de acordo com a série. Após terminar o exercício confira confira o resultado na Folha de Respostas. Respostas. Exemplo (Nota Fundamental Dó)
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Núcleo de Educação a Distância
Clique aqui para a abrir a FOLHA a FOLHA DE RESPOSTAS. (Encontram-se no Ambiente Virtual
de Aprendizagem)
Referência WISNIK, José Miguel. O som e o sentido. Editora Schwarz Ltda: São Paulo, 2002.
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