A POPULAÇÃO POPULAÇÃO DA EUROPA NOS SÉCULOS SÉC ULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO ECONOMIA E POPULAÇÃO Base: agricultura de subsistência
ECONOMIA PRÉINDUSTRIAL
Técnicas rudimentares Fraca produtividade Maus anos agrícolas
Modelo demográfico muito frágil (A. R.)
Elevada mortalidade infantil Elevada natalidade
Fomes, doenças:
mortes
CRISES DEMOGRÁFICAS (Crises de mortalidade) 1
Século XVII ± XVII ± disparidad disparidades es regiona regionais is frágil equilíbrio populacional FOMES
PESTES
PESTE NEGRA OU BUBÓNICA Arrefecimento do clima (invernos rigorosos e verões húmidos
Destruição de colheitas
DOENÇAS: Difteria, cólera, febre tifóide, varíola, tosse convulsa, escarlatina
GUERRAS
GUERRA DOS 30 ANOS 1618-48 (França, Inglaterra, Espanha«.) Maus anos agrícolas
Fuga da cidade para o campo
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SECULO XVIII Inovações
A partir partir 1730- 40
Início do crescimento demográfico redução da mortalidade
na agricultura Progressos na indústria Progressos nos transportes Evolução da medicina (formação de parteiras, vacinaç vacinação ão - varío varíola la Diminuição das fomes e doenças (desaparece a peste negra, mais higiene, prática da quarentena. Nova mentalidade em relação à criança Boas condições climáticas(boas colheitas adversas à propagação de epidemias)
Rejuvenescimento
da população europeia Aumento da esperança média de vida
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A SOCIEDADE DE ANTIGO REGIME
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ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL E PODER POLÍTICO NAS SOCIEDADES DE ANTIGO REGIME Sociedade
ANTIGO REGIME REGIME-- séc séc.. XVI-XVIII
hierarquizada e estratificada em ordens Critérios: nascimento, funções sociais desempenhadas Fraca mobilidade social Cada ordem distinguia-se pelos seu estatuto jurídico, traje e forma de tratamento. 1º ESTADO: CLERO
1º
Estado da Nação = + digno =+ próximo de Deus = + privilegiado: Isento de pagar impostos à coroa Isento de serviço militar Tem tribunais próprios (foro eclesiástico) e rege-se pelo direito canónico Detém terras e cargos importantes Recebe o ³dizimo´ (1/10 dos rendimentos) Rígida hierarquia
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ALTO CLERO ALTO C LERO (oriundos da nobreza: cardeais, bispos , arcebispos, abades de mosteiros)
Vive rodeado de luxo Ocupa importantes cargos políticos e administrativos Profissões ligadas ao ensino, letras e ciências (Universidade/ produção literária)
BAIXO CLERO (oriundo das populações rurais: padres, monges e monjas das ordens religiosas)
Contacta com o povo e depende dele
2º ESTADO ESTADO : NOBREZA Ordem
de maior prestigio Dá ao clero membros destacados admi nistração e no exército (base de apoio do Ocupa os principais cargos na administração rei) Tem tribunais e justiça próprios di zima à igreja e o serviço militar mili tar ao rei Isenta de pagar impostos (excepto a dizima em caso de guerra)
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CATEGORIAS DA NOBREZA
NOBREZA DE SANGUE OU DE ESPADA
Topo: príncipes, duques: convivem com o rei, rodeados de luxo Base: pequena nobreza nobreza rura rurall - vive dos rendimentos do seu senhorio; é respeitada localmente
NOBREZA DE TOGA
Ocupa-se de cargos administrativos e jurídicos (magistrados)burocracia do Estado; mistura-se com a velha nobreza pelo casamento. casamento.
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O TERCEIRO TER CEIRO ESTADO ESTADO muito heterogéneo Todos pagam impostos Maioria (80%) : camponeses Topo: Homens de letras (professores nas Universidades Mercadores (ricos) e Mesteirais(boticário, joalheiro, chapeleiro«) ligados mais ao comércio Lavradores (com ou sem terra própria) Artesãos (³ofícios mecânicos´) Assalariados Os que não trabalham : mendigos, vagabundos, indigentes (marginalizados)
A MOBILIDADE SOCIAL Cada
grupo tem insígnias e tratamentos sociais diferentes, inclusive na justiça Burguesia sia nobilitada nobilitada atrav através és Mobilidade reduzida - Burgue do casamento, estudo ou da ocupação de altos cargos do Estado Nobreza em decadência
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ABSOLUTISMO RÉGIO REI
Poder
supremo vindo de Deus Todos os poderes Toda a responsabilidade do Estado provém de Deus e é exercido em seu SAGRADO: provém
Características (segundo Bossuet)
nome Atentar contra o rei é sacrilégio públ ico O rei deve usar o poder para o bem público
PAT ERN AL: Rei = ³Pai do Povo´- deve satisfazer as ERN AL: necessidades do povo e proteger os fracos
STÁ SUBME T TID D O À E STÁ I R AZÃO AZÃO : qualidades que asseguram o bom governo do Rei: bondade, firmeza, força de carácter, carácter, prudência, capacidade de previsão
: independente, não deve prestar ABSOLUTO :
contas a ninguém; Assegura o respeito pelas leis e pela justiça para evitar a anarquia e instala a lei do mais forte.
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Absolutismo Régio: Régio: Rei concentra em si toda a autoridade do Estado ± legis legisla, la, execu executa ta e julg julga a ( L´et L´etat at c´es c´estt moi´moi´- Luis Luis XIV Garante da ordem social estabelecida, recebe o poder de Deus que tem de respeitar
Luís XIV: XIV: modelo de rei absoluto
Versalhes: modelo da corte real ( espelho do poder) feito à imagem do REI-SOL Centro do poder administrativo e da corte faustosa ± sociedade da corte
Encenação do poder e da grandeza do Rei através de:
Opulência
dos banquetes e bailes Riqueza do vestuário Cerimonial complexo de todos os actos 10
SOCIEDADE E PODER EM PORTUGAL Preponderância da Nobreza fundiária e mercantilizada
A
D. Jaime de Melo - duque duque de Cadaval
partir partir de 1640: Nobreza recupera prestigio presti gio político Recebe e cargo cargoss ligad ligados os à admi adminis nistr traçã ação o ultra ultrama mari rina na Receb Usufrui dos bens da coroa e das ordens militares Aumenta a sua riqueza fundiária Acumula a exploração das terras com o comércio e cargos administrativos (rendimentos do comércio com o Oriente Oriente e Índia ± Nobreza Nobreza mercantili mercantilizada zada ± investia investia a riqueza na compra de mais terras e bens de luxo e ostentação. burgues ia Não se investiu no desenvolvimento de uma burguesia activa e no progresso progresso económico económico do do país país - só com o Marquês de Pombal isso virá a acontecer. 11
Criação do aparelho burocrático do Estado Absoluto Absoluto Redefinição
do aparelho do estado e das funções dos seus órgãos - D. João IV: Criação
de Secretarias : Defesa, finanças e justiça justi ça Criação de várias Mesas, Conselhos e Juntas Reforço do poder poder do Estado Estado ± Rei - redução redução do papel papel das Reforço cortes - D. Pedro II D. João V (1706-1750)
1697:
última reunião de cortes convocou cortes - poder absoluto absoluto D. João V: nunca convocou (reforma das Secretarias, nomeação de Secretários directamente ligados ao rei) inefic az máquina burocrática. Pesada, lenta e ineficaz Governa num período de paz e riqueza (ouro brasileiro)
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Reforço
D. JOÃO V: centro das atenções e do poder
Baseado no modelo francês de Luís XIV
da autoridade do rei: Controlo directo sobre toda a administração pública Deixa de reunir as cortes Estreito controlo sobre a nobreza Aument Aumento o do prestigio externo: Neutralidade em relação aos conflitos europeus Apoio ao Papa contra os turcos recebendo o título de fidelíssimo Fausto da sua corte: Imitação de Luís XIV no luxo, ostentação e etiqueta ( imitação da moda francesa, teatro, ópera, fogo de artificio, protocolo da corte, audiências, beija-mão, missas, procissões, banquetes, bailes« diplomáticas com o envio de ricas Representações diplomáticas embaixadas a Viena, Paris, Roma, Madrid, China« Apoio às artes, letras e ciências: Financiamento de bibliotecas - ex: Universidade de Coimbra Apoio à música, teatro e ciência (fundação da Real Academia de História, impressão de obras) Impulso à arte barroca Política de grandes construções construções:: PalácioPalácio- Convento Convento de de Mafra, aqueduto das Águas livres«atraindo à corte muitos artistas nacionais e estrangeiros .
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A EUROPA DOS PARLAMENTOS: SOCIEDADE E PODER POLÍTICO 1568:: 1568
Revolta contra a Espanha guerra independência das Províncias Unidas, Unidas , chefiada pela Holanda comercial e marítima marítima no Holanda torna-se a principal potência comercial
PROVINCIAS UNIDAS
século XVII. Defensora da liberdade dos mares( teoria do ³Mare Liberum´ contra a teoria teoria do ³Mare Clausum´ Clausum´ ± base do Direito Internacional. Internacional. afirmação política da burguesia
A RECUSA DO ABSOLUTISMO NA SOCIEDADE INGLESA 1628:Carlos I
assinou a Petição dos Direitos tensões sociais e guerra civil ± 1642 1649: Cromwell Cromwell leva o parlamento a condenar o rei à morte, encerra o parlamento e torna-se repressor e ditador; abeas Corpus) 1658: Carlos II restaura a monarquia e reforça as liberdades individuais (ex: H abeas 1688: REVOLUÇÃO GLORIOSA- : Guilherme de Orange, protestante desembarca triunfante em Inglaterra, levando levando à fuga de Jaime II (irmão de Carlos II, católico e autoritário) Orange - juram a Declaração dos Direitos (defende 1689: coroação de Maria e Guilherme de Orange
a liberdade individual e a não interferência do rei nas decisões do parlamento) 1695: abolição da censura e direito de livre reunião REI: funções executivas PARLAMENTO: funções legislativas e órgão central do poder governativo.
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LOCKE E A JUSTIFICAÇÃO DO PARLAMENTARISMO
1690:
Locke (de origem burguesa) publica a obra, que influencia influenci a o pensamento político do século século XVII XVIIII- ³2º Trat Tratado ado do Governo Governo Civil´ Civil´ ³Os homens nascem livres, iguais e autónomos´ e só devem obedecer por seu es e consentimento - contrato entr e g ov ov ernant es g ov ov ernados O poder depende da vontade dos governados que se podem insurgir contra os príncipes como com o na Revolução de 1688, em que o rei é deposto pelos seus súbditos.
EUROPA SÉC. XVIII
Dominada por monarquias absolutas, excepto a Inglaterra, onde se consolida o regime parlamentar 15