ANÁLISE CRÍTICA DO FILME O SORRISO DE MONALISA ANÁLISE CRÍTICA DO FILME “O SORRISO DE MONALISA”[1] MONALISA”[1] Alverbênia Maria Alves Alves de Lima[2] Francisca Danielly Rabelo Lima [3] Fernando Elan Viana Martins2 Josileide Maria Albuquerque Albuquerque Aguiar 2
Sinopse do Filme: “O Sorriso de Monalisa” foi lançado, em 2003, nos Estados Unidos, e narra a situação socioeconômica da muler durante o final da !rimeira metade do s"culo ##$ O filme se desen%ol%e entre os anos de &'(3 e &'()$ * !rota+onista da istria, -aterine .atson /ulia 1oerts, " uma muler rec"m formada 4ue, muitas %e5es, " considerada !ro+ressista, ou at" su%ersi%a, isso !or4ue ela não aceita a ideia de 4ue a muler de%eria ser sumissa ao omem$ Die!"o: Mi6e 7e8ell * trama do filme “O Sorriso de Monalisa” se desenrola em um !er9odo a!s a Se+unda :uerra Mundial; um tem!o de escasse5, isso !or4ue 4uase todos os omens foram !ara a +uerra e, com isso, a força de traal traalo o se e
ric f>ricas as se es%a5i es%a5iara aram, m, +eran +erando do um cola!s cola!soo nas econom economias ias dos !a9se !a9sess en%ol%idos$ ?om isso, muitas muleres ti%eram 4ue lar+ar seus afa5eres dom"sticos !ara irem traalar$ @uando a +uerra acaou, muitos omens deseAaram retornar aos seus !ostos de ser%iço, com isso, se inicia a luta da muler !ara continuar se reafirmando na sociedade$ ?om esse emate entre masculino e feminino, !erceeBse o deseAo de omens e muleres de oterem cada %e5 mais es!aço e res!eito na sociedade e, !ara tanto, sur+em os camados mo%imentos feministas, a saer; açCes isoladas eDou coleti%as diri+idas contra a o!ressão das muleres 4ue !odem ser %istas em %>rios momentos da istria no Ocidente$ Uma dessas mo%imentaçCes feministas aconteceu no in9cio do s"culo ## e foi camado de sufra+ismo, caracteri5ado !or ouro como; mo%ime mo%imento nto %oltado %oltado !ara !ara estend estender er o direit direitoo de %oto %oto Fs muler muleres$ es$ [$$$] o sufra+ismo !assou a ser reconecido, !osteriormente, como a “!rimeira onda” do feminismo$ Seus oAeti%os mais imediatos /e%entualmente acrescidos de rei%indicaçCes li+adas F or+ani5ação da fam9lia, o!ortunidade de estudo e acesso a determinadas !rofissCes esta%am, sem dG%ida, li+ados ao interesse das muleres rancas de classe m"dia, e o alcance dessas metas /emora circunscrito a al+uns !a9ses foi se+uido de uma certa acomodação no mo%imento /OU1O, &''H; &($ Em suma, !odeBse di5er 4ue o sufra+ismo foi a !rimeira manifestação feminista do s"culo ##$ Ior meio dele, as muleres usca%am, dentre %>rios oAeti%os, o direito ao %oto e F educação$ Essa “re%olta feminina”, a!esar de ter sido elitista, foi muito im!ortante !ara a "!oca, !ois foi a !artir da9 4ue as muleres !erceeram 4ue !oderiam, sim, rei%indicar melores condiçCes no seio familiar, no traalo e na sociedade, isto ", elas notaram 4ue !oderiam ser autônomas, dei
-aterine era uma !rofessora rec"mBformada !ela lieral Uni%ersidade de Ler6ele, na ?alifnia$ Ne!ois de muito esforço, ela conse+ue, como traalo, ministrar a disci!lina “istria da *rte” no tradicional .ellesle ?olle+e 4ue era uma %erdadeira f>rica de muleres “!erfeitas” !ara os !adrCes da "!oca, ou seAa, essa Uni%ersidade forma%a muleres sumissas aos omens e não meninas inde!endentes$ ?om o !assar do tem!o, .atson !ercee 4ue .ellesle " uma uni%ersidade astante tradicional, 4ue tem como oAeti%o !rinci!al !re!arar as moças da "!oca intelectual e moralmente !ara assumirem seus !a!"is de es!osas e donas de casa e muito a direção dessa instituição de ensino !ois, se+undo o nGcleo +estor, era !reciso e%itar tudo 4ue fu+isse aos costumes eDou fosse su%ersi%o$ Mesmo assim, -aterine não desistiu$ utar contra o mundo tradicionalista e conser%ador com o 4ual se de!arou .atson, em .ellesle, não seria tarefa f>cil, at" !or causa das condiçCes sociais a 4ue esta%am sumetidas as muleres da4uela "!oca /a!enas )0P das muleres traala%am em tem!o inte+ral a!s a formatura, sem falar 4ue os traalos oferecidos Fs moças eram limitados ao of9cio de enfermeiras, de datil+rafas, de telefonistas, de !rofessoras infantis ou de secret>rias e a remuneração ainda era em inferior ao sal>rio ofertado aos omens$ Ior essas ra5Ces, ins!irar as estudantes a com!reenderem 4ue era !oss9%el uma muler ter uma %ida de reali5açCes !essoais e !rofissionais conciliada com um casamento e4uilirado ser> o +rande desafio de -aterine .atson no filme$ Iara alcançar seu oAeti%o, a !rofessora uscar> mostrar a suas alunas, !or meio do estudo de oras de arte de !intores como Iicasso, Na Qinci, :o+ e Iolloc, 4ue era !reciso enrio olar !ara al"m das arreiras eDou re+ras 4ue eram im!ostas Fs muleres da4uele !er9odo$ Rsto ", era im!ortante 4ue cada muler a+uçasse o seu olar e elaorasse sua !r!ria %isão cr9tica a res!eito dessa sociedade !atriarcal castradora$ ?om isso, começaram a florescer, nas meninas de .ellesle, no%as conce!çCes sore suas %idas, seus %alores e sua sociedade$ ilme ins!irador, “O Sorriso de Monalisa” " um om efico onde ficção e istria se misturam$
REFER#NCIAS: OU1O, :uacira o!es$ Gênero, Sexualidade e Educação: uma Iers!ecti%a IsBModerna$ 1; Qo5es, 20&0$
[&] *n>lise reali5ada so a orientação da IrofT NrT Edilene 1ieiro Latista /U?$ [2] *QE1L7R* M*1R* *QES NE RM*, E17*7NO E*7 QR*7* M*1VR7S e OSRERNE M*1R* *LU@UE1@UE *:UR*1 são acadWmicosDas do curso de etras da Uni%ersidade ederal do ?ear> K U? e inte+rantes do +ru!o de estudoD!es4uisa “Outras Qo5es; :Wnero e iteratura” B ano 20&&$ [3] 1*7?RS?* N*7REX 1*LEO RM* " +raduada em etras e inte+rante do +ru!o de estudoD!es4uisa “Outras Qo5es; :Wnero e iteratura” B ano 20&&$