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MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÂO COMPORTAMENTO HUMANO ISLEIDE ARRUDA FONTENELLE MARINA ROMEU/PAULO MARCOS RIBEIRO/LEANDRO LOIOLA/ FABIANO TOMITA
Análise sobre o Filme: O que você Faria? O filme mostra o questionamento do capitalismo e globalização sobre diversas óticas. Do lado de fora da empresa, há protestos com relação ao posicionamento do FMI, do mundo dito “Globalizado”, em que há a verdadeira e legítima liberdade de expressão. Enquanto isso, do
lado de dentro da empresa Dekia, simbolizando as várias empresas do mundo, há rigoroso processo seletivo para uma posição de executivo, em busca do melhor capital humano, ou seja, mais do que a busca por profissionais com relevante experiência profissional, buscam àquele mais adaptável adaptável e resiliente ao meio.
A empresa, segundo Milgron, não expõe o
“Briefing” da Vaga e nem a expectativa com relação ao candidato, visando obter o resultado
mais isento possível. No entanto, vale nossa nossa 1ª ressalva de que conforme observado observado no filme, na empresa Dekia não podia ser questionado as regras, os critérios e nem mesmo protestar, sob pena de exclusão do processo seletivo. Ou seja, é a 1ª contradição da empresa capitalista. No conceito de capitalismo, há a liberdade de expressão, de questionamento de valores; no entanto, essa tal liberdade é cada vez mais reduzida nessas mesmas empresas que formam o “tal” do capitalismo. Ou seja, a Dekia, busca o profissional mais aderente do ponto de vista de querer o capital mais “humano”, mais bem preparado, com um histórico acadêmico profissional dito brilhante. “Economia em Cambridge e pós em Columbia, além de atuar em
posição de liderança no Start-Up de empresa britânica na Espanha ”. Ao mesmo tempo, espera-se que o profissional, embora ocupe uma posição de grande executivo, no sentido de executor, apenas cumpra as regras impostas, como o profissional da época moderna, relatado em tempos Modernos. Para tal “seleção“, utilizou-se o método Gronholm, que visa evidenciar as deficiências de cada candidato, colocando-os em constantes situações de desconforto. Notamos que cada candidato caiu em seu respectivo ponto fraco. Júlio, devido à priorização de seus valores, se comparado aos da empresa, que, inclusive são bastante dúbios. Se por um lado, busca a coerência ética, visando proteger uma população de um desastre ambiental, denunciando a empresa, por outro lado, muda para a empresa concorrente, tempos depois. Ana, embora muito segura de si , teve menor “malícia” e poder de persuasão, se comparada aos seus concorrentes mais jovens. No entanto, a crítica por esse excesso da “auto-segurança” é que busca o profissional que seja seguro em defender a Dekia, seja quais forem os valores impostos. Enrique, com seu posicionamento posicionamento político, sem posicionamento firme firme também não é aderente ao cargo, justamente por sua falta de posicionamento. Como que um indivíduo pouco crítico pode ser bom para defender o posicionamento e postura da empresa? Fernando, que além de ter um comportamento desalinhado com uma postura corporativa,
também não tinha conhecimento em línguas estrangeiras, o que simboliza que é um candidato não adaptável às necessidades da Dekia. Ainda, Nieves, que embora tenha demonstrado determinação no decorrer do processo, ”fraquejou”, do ponto de vista da empresa, por se permitir refletir e questionar e priorizar a vida pessoal. Dessa forma, Carlos, priorizando a vaga e, consequentemente à empresa, em qualquer situação e acima de qualquer valor pessoal, é considerado pela metodologia, o mais “resiliente” e adaptável a situações adversas. Vale uma ressalva com relação a metodologia empregada, que, por colocar os candidatos em situação de competição e elevado nível de pressão, possivelmente esses atuariam com um posicionamento ético distinto, se comparado em uma situação sem estímulo de pressão, conforme descrito por Srour, em casos de ética empresarial (2011). Ainda é possível observar que os valores da empresa, não foram explícitos; no entanto, pela postura demonstrada pelos atuais funcionários da empresa (Ricardo e Montisse), observa-se que valores de não transparência e a dissimulação são demonstrados como comportamentos demonstrados pela “equipe” da Dekia. Outra prova clara desses valores, foi a última dinâmica entre Nieves e Carlos, em que “venceu” àquele mais dissimulado.
Esse eterno questionamento entre fazer o que é correto, sob diversos prismas, seja esse pela situação e/ou pela ética envolvida, comparado com o fazer do que é demandado é cada vez mais frequente nesse mundo dito globalizado. Empregados respondem (e são avaliados) por corresponderem às expectativas dos chefes, em todos os níveis hierárquicos. E mesmos os CEO´s são responsáveis por defender os interesses dos donos e acionistas. Ou seja, em nosso dia a dia, temos pouca mobilidade de defender nosso próprio valor, nossa própria ética. Afinal, quantos de nós e em quantas situações já tivemos que elaborar “apresentações ditas executivas”, defendendo e argumentando que o chefe, o modelo e o direcionamento estava
correto, mesmo quando haveriam outras situações ou al ternativas?