Conseqüências econômicas de alterações geométricas nas edificações Juan Luis Mascaró
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Na mai maiori oria a os os ca casos sos,, do do ponto de vista
geométrico, os edifícios são conjuntos de planos horizontais em intersecção com um conjunto de planos verticais.
A intersecção dos conjuntos formam os espaços que arquitetos e projetistas criam; a esses espaços agregados as instalações temos os edifícios completos.
Na mai maiori oria a os os ca casos sos,, do do ponto de vista
geométrico, os edifícios são conjuntos de planos horizontais em intersecção com um conjunto de planos verticais.
A intersecção dos conjuntos formam os espaços que arquitetos e projetistas criam; a esses espaços agregados as instalações temos os edifícios completos.
Eventuais alterações na quantidade de planos e no seu distanciamento criam alterações nos custos dos edifícios; é o que podemos chamar de:
A CADA UM TRAÇO UM CUSTO
Que poucas vezes levamos em consideração. A geometria do projeto e uma das mais importantes orígenes dos custos das edificações
Um exemplo emblemático da arquitetura moderna é o pavilhão de Barcelona de Mies Van der Rohe Nele, com sua magnífica limpeza, estão contidos os mais puros princípios de economia, justamente na geometria do projeto arquitetônico
divisão dos orçamentos
Uma típica divisão de orçamento, como é a tabela do lado ,serve para entender onde estão as maiores fontes de economia no projeto Aprender a dividir os edifícios em suas partes constituintes, desde o ponto de vista econômico, é da maior importância para obter economia nas edificações sim prejudicar a qualidade de vida dos usuários È fácil de fazer
Somando tudo o que é vertical de um lado, tudo o que é vertical de outro e as instalações por separado chegamos a outra tabela:
Nela vemos varias coisas Em primeiro lugar que os planos verticais custam quase a metade de todo o edifício. Em segundo lugar que os planos horizontais custam, apenas, quase a metade dos planos verticais. Em terceiro lugar as instalações o mesmo que os planos horizontais
Surpreende que:
- Planos Horizontais: apenas mais que 25% - Planos Verticais: quase 50% - Instalações: quase 25%
Todos estamos acostumados a estimar tudo em CUB; e ligado diretamente a ele só está ¼ do custo, o resto está dependendo indiretamente dele:
75% do custo
Geometria do projeto
REDUÇAO DO PLANO VERTICAL; PE DIREITO
A ECONOMIA POSSIVEL DE OBTER REDUZINDO A ALTURA DO PE DIREITO É MUITO PEQUENA O plano horizontal fica como está As instalações ficam como estão O custo do plano vertical tem uma redução relativamente pequena ,pois se reduzem só alvenarias, rebocos e pinturas ,o resto que é mais de 50% do seu custo fica como está
Pesquisas realizadas por Jarle na Finlândia e Bowley e Corlet na Inglaterra apontaram uma economia de apenas 0,7 a 0,9 % por cada 10 cm de redução do pé direito Estudos realizados por nós dão um valor algo maior ,entre 0,8 e 1%. Eles concluíram que a redução de custos era demasiado pequena para justificá-la.Eu concordo com eles,existem caminhos melhores,mais lucrativos e menos traumáticos, como veremos a continuação.
Aplicando princípios da arquitetura moderna podem se obter importantes economias
A aplicação de alguns princípios podem trazer importantes economias nas edificações populares sim comprometer sua habitabilidade
O conjunto habitacional da fotografia em anexo construído em Buenos Aires ganhou em preço e prazo de todos os principais sistemas pré-fabricados ,famosos no mundo, que tinham se apresentado à concorrência
Na economia pela geometria do projeto aparecem claramente três leis: – LEI DO TAMANHO – – LEI DA FORMA – -LEI DA ALTURATodos os traços (e os custos) dos projetos estarão regidos pelas três leis LEI DA ALTURA LEI DO TAMANHO
–
ECONOMIA DO PROJETO
–
LEI DA FORMA
LEI DO TAMANHO Faremos um pequeno exercício: Projetamos um banheiro de rua
2
Área: 1m Perímetro: 4m Orçamento: X
O cliente nos diz muito caro Reduzimos a área 10% ou seja a reduzimos para 0,9 m², o orçamento em quanto se reduz???
L =
0,9 = 0,95 m
Área= 0,9 Perímetro = 3,80m Orçamento = ?
Planos Horizontais
4 – 3,80 Planos Verticais 4 Instalações
10% de 25 = 2,5%
X 100 = 5 de 50% = 2,5%
0% TOTAL 5%
A redução de tamanho de 10% levou a uma redução de custos de apenas 5%
LEI DO TAMANHO Redução (ou) aumento da área
METADE
A lei do tamanho se aplica também para locais dentro dos prédios. Sobras nas plantas, que para serem resolvidas se fecham com uma parede e uma porta, se destinam para depósito. Essa área será pelo tamanho a mais cara. O projeto de GUSTAV PIECHL de Viena mostra o caso Estou seguro que se analisarem seus projetos com este critério acharão o caso.
Redução (ou aumento) de custo
Também se aplica a apartamentos completos:
Estudos referentes a diferentes tipos de habitações.desde unidades uni familiares até edifícios com quatro andares com vários
UMA DAS IDEIAS IMPORTANTES QUE NOS SUGIERE A LEI DO TAMANHO É A GEMINIAÇAO DE FUNÇOES POSSIVEIS
Por exemplo - fazer da sala e da cocinha um espaço único -fazer da sala e de um dos dormitórios um espaço só
A ELIMINAÇAO DE DIVISSORIAS INTERNAS, UM EXELENTE CAMINHO PARA REDUÇAO DE CUSTOS SEM PERDA DE ESPAÇO HABITAVEL OS FAVELADOS USAM ESTA ECONOMIA
Perímetro A relação R= Área Está dando a quantidade de paredes para a mesma área, ou seja DENSIDADE DE PAREDES
Aumento na densidade de paredes
Aumento nos custos
LEI DA FORMA
Os gráficos 3.1 e 3.2 mostram a influência nos custos Fig 3.1 quantidade de paredes para envolver uma superfície de 100m
Figura 3.2 – Variação do custo de construção em função da forma do edifício.
Edifícios com formas como a do Arquiteto Hans Sharoum em Stutgart que vemos a continuação
São formas que têm
Alta densidade de paredes externas
Alto custo de construção
Os aumentos seguem curvas 10
5
2 50 20
10
Incrementos de custos PEQUENOS
Incrementos de custos GRANDES
Normalmente não há edifícios com formas tão alongadas Edifícios não
Espaços interiores sim
Por exemplo o edifício projetado por George Heizichs em Berlin é um claro exemplo disso:
É freqüente supor que a área de circulação é grande. Imaginamos que o arquiteto George Heirichs as calcula
Circulação como % do total
Bem freqüente
25%
O arquiteto George fica bastante preocupado. Mais preocupado ainda quando é informado que o alto custo unitário pela forma é: 30% mais que a média 25% x 1,3 = 33%
1/3 do orçamento total só para circulações é inaceitável
Numa ato heróico as circulações que tinham aceitáveis 1,7m de largura, são reduzidas em 30% e passam a inaceitáveis 1,2m
QUANTO SE REDUZ O CUSTO????
O remédio ficou ruim, a área de circulação passou de 30% para 21%. Mais o custo unitário que subiu de 1,3 para 1,4 (a forma piorou). 21% x 1,4 = 29,4% Uma pequena redução de custo
Uma grande redução de qualidade
A solução não é diminuir as larguras das circulações mas encurtá-las. Se necessário, deve-se reformular o projeto.
LEI DA COMPACIDADE As variações de custo com as formas da envolvente do edifício que são importantes estudar são:
Índice de Compacidade Que é:
Ic =
Pc Pp
x 100 =
2 VAp. II Pp
= x 100
Pc = perímetro de um círculo que tenha a mesma área que a do projeto Pp = perímetro do projeto
Os planos verticais são quase 50% do custo O plano externo (fachadas) é quase a metade dos planos verticais
Fachada
20 a 25% do custo
A geometria da fachada tem forte influência nos custos Variação do custo do edifício em função do Índice de Compacidade Ic
Prédios como o Lake Shore Drive de Mies Van der Rohe tem uma altíssima compacidade (85,99% neste caso) pelo que têm o custo minimizado
Planta do edifício Lake Shore Drive de Mies Van
O arquiteto John Shaw de Londres procurou minimizar, no seu projeto, o custo dos elevadores, mas perdeu compacidade (caiu para 25%)
A procurada Economia
Resultou em deseconomia O custo dos elevadores não compensou a perda de compacidade
O arquiteto Emile Allaud de Paris tentou atingir um alto índice de compacidade
Mas formar curvas é anti-econômico ~
Plano curvo = 1.3 a 1,5 Plano reto
A pretendida economia novamente tornou-se deseconomia. custos
Não só com a forma é que devemos nos preocupar, mas com as arestas também. Cada aresta tem que ser paga ao pedreiro, ao azulejista, ao colocador de mármores e granitos Em principio cada aresta implica em algo equivalente a médio metro a mais de perímetro Quantidade Perímetro Perímetro do projeto em + de arestas = econômico do projeto metros 2
MINIMIZAR O PERIMETRO ECONOMICO SEM O QUE INTERESA NESTE CASO É COMPROMETER AS FUNÇOES
Assim o edifício Julieta do conjunto do arquiteto Hans Scharoum terá, por conta das arestas, um índice de compacidade muito baixo.
LEI DA ALTURA
Os custos de construção dos edifícios variam com a altura,medida em quantidade de andares. A figura ao lado mostra a variação:
Prédios muito baixos
Prédios muito altos Custos altos
O gráfico mostra que os custos MENORES estão em alturas intermediárias: Sem elevador: 4 pavimentos,( ou 5 como agora estão fazendo) Com elevador: 9 a 11 pavimentos Com as reduções possíveis a obter nos custos dos elevadores é provável que estes últimos sejam os mais econômicos
A esses custos temos que agregar: CUSTOS FINANCEIROS + CUSTOS DA TERRA + CUSTOS DE CONSTRUÇÃO CUSTO TOTAL
Se os juros são muito altos a curva se inclina para esquerda. Se a terra é muito cara a curva se inclina para direita. Mas o preço de venda também varia com a altura:
Construção é um processo aditivo
Alturas maiores
Tempos maiores de obra
O mais importante para um incorporador: LUCRATIVIDADE =
LUCRO TEMPO
MAX
A figura abaixo indica como evolui a lucratividade
Medição da eficiência econômica do projeto :Iep
C o m a u x i l i o
Com auxilio de uma tabela de áreas equivalentes, pode se fazer d uma avaliação e aproximada da eficiência u m econômica de a um projeto
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