Complexo Educacional FMU Centro de Educação a Distância Presidente da Mantenedora Prof.. Edevaldo Alves da Silva Prof Reitora Drª. Labibi Elias Alves da Silva Vice-Reitor Executivo Prof. Arthur Sperandéo de Macedo Vice-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Arthur Roquete de Macedo Gerente de Marketing Paula Cristina do Carmo Diretor de Infraestrutura Roque Luiz Mollo Diretora de Estratégia & TI Mônica Violim
Centro de Educação a Distância Diretora Profª. Carina Alves Coordenadora de Tecnologia Educacional Profª. Lusana Verissimo Verissimo Coordenador de Mídias Digitais Prof. Marcio Oliverio Coordenadora Acadêmica Profª. Juliana Alves Assessora Acadêmica Fabiana Bana Supervisor de Parcerias Celso Filho Revisão Tággidi Ribeiro Web Designer Sênior Maurício Moraes Web Designer Designer Pleno e Ilustrador Lucas Mendes Martini Web Designer e Videograsmo
Glauco Berti Diagramação Camila Siciliano Diogo Botelho Tiago Trujillo
Complexo Educacional FMU Centro de Educação a Distância Presidente da Mantenedora Prof.. Edevaldo Alves da Silva Prof Reitora Drª. Labibi Elias Alves da Silva Vice-Reitor Executivo Prof. Arthur Sperandéo de Macedo Vice-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Arthur Roquete de Macedo Gerente de Marketing Paula Cristina do Carmo Diretor de Infraestrutura Roque Luiz Mollo Diretora de Estratégia & TI Mônica Violim
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sobre O autor marcelo dos santos
Marcelo dos Santos possui mestrado em Finanças e Organizações pela Universidade Metodista de SP - UMESP (2011), mestrado em Finanças com especialização em Risco pela Universidade de São Paulo - USP (2000), pós-graduação em Administração Financeira (1997), curso de Tecnólogo Mecânico com especialização em Soldagem pela Faculdade de Tecnologi ecnologiaa Prof. Luiz Rosa FATEC-SP FATEC-SP (1994) e especialização especializ ação em Educação Educa ção Matemática pela Universidade Oswaldo Cruz (2005). Atualmente, é professor titular da Universidade Metodista de São Paulo, ministrando os temas ligados a Finanças, Contabilidade, Matemática e Estatística. Também é consultor de empresas nas áreas de finanças e treinamento gerencial. Po Possui ssui experiência de 21 anos na área educacional, trabalhando como docente e coordenador de cursos em diversas universidades e escolas particulares, além de 10 anos em Mercado de Capitais no Brasil, trabalhando com gerenciamento de carteiras de empréstimos, investimentos e tesouraria de instituições financeiras de primeira linha.
A renda do prossional brasileiro é proporcional à quantidade de anos de estudo que ele possui. Portanto, estudar faz com que você tenha um aumento em sua receita e em sua empregabilidade, levando-o a compreender melhor o mundo que o cerca e potencializando sua capacidade empreendedora. Lembre-se de que a Educação a Distância prevê a sua autonomia e dedicação ao autoestudo e conta com a sua disciplina na execução das atividades sugeridas.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
tema 1 Apresentação do conteúdo:
Contabilidade de Custos A contabilidade é apresentada através de diversas expressões, tais como: Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira ou Contabilidade de custos. Você vericará que existem conceitos e abordagens diferentes para a Contabilidade e que uma está intimamente ligada à outra, gerando dados e informações que viabilizam uma melhor gestão das organizações. Pode-se armar que até a época da Revolução Industrial somente existia a contabilidade nanceira ou geral, que tratava de registrar e controlar o patrimônio das empresas comerciais. Portanto, para levantamento de custos, somava-se ao estoque inicial o valor das compras e subtraía-se os estoques nais, chegando ao total dos custos dos produtos vendidos. A partir da Revolução Industrial foram inseridos alguns custos de difícil mensuração, pois a automatização de processos e a produção em grande escala geraram a impossibilidade de medir corretamente alguns custos, como, por exemplo, o quanto de energia foi utilizada para produzir determinado produto ou quanto da manutenção de cada máquina deveria ser imputada a cada produto, denominando estes gastos como “Custos Indiretos de Fabricação”.
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Conteúdo: Neste tema, você estudará: • A introdução à contabilidade. • A contabilidade de custos auxiliando a gestão.
Introdução ao tema: Este tema tem como objetivo apresentar uma introdução ao estudo dos custos e a utilização destas informações tendo em vista maximizar o retorno dos proprietários de capital, visando estrategicamente um equilíbrio a longo prazo e a perpetuação da organização ao longo do tempo. A análise e estudo da Contabilidade de Custos faz com que o gestor tenha ciência da importância do tema dentro da estrutura de rentabilidade da empresa, atuando no sentido de minimizar os custos, maximizando, assim, o lucro da organização.
Leitura Digital: 1. Contabilidade Dentro de uma empresa, o gestor está sempre a frente de algum processo em que deverá tomar uma decisão ou optar por um caminho. A contabilidade é um dos maiores instrumentos para fornecer dados e informações para a administração da organização, auxiliando o gestor na tomada de decisões. Ela sintetiza em relatórios todos os eventos econômicos e nanceiros ocorridos na empresa, dentro de determinado intervalo de tempo, transformando-os em valores monetários. Um bom entendimento dos relatórios da contabilidade e da dinâmica contábil ajuda o gestor a adotar melhores soluções para a empresa. Os principais relatórios contábeis são o Balanço Patrimonial, que trazem os bens e direitos da empresa, bem como as obrigações e deveres da organização, e o Demonstrativo de Resultado do Exercício, em que ca evidenciado o lucro ou prejuízo.
2. O Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é um relatório composto de duas colunas. Na primeira coluna, do lado esquerdo do relatório, tomando como referencial o leitor, há o Ativo e na segunda coluna, ou
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS lado esquerdo do relatório, o Passivo, traduzindo-se, assim, a equação fundamental da contabilidade: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido O Ativo de uma organização engloba os bens e direitos, incluindo: caminhões, imóveis, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios. Também pode-se caracterizar neste item as contas e duplicatas a receber e os clientes da empresa. Entende-se por Passivo as obrigações e deveres, sendo inclusas nessa parte do relatório as contas que indicam dívidas da empresa como, por exemplo, fornecedores, empréstimos e nanciamentos, contas, salários e tributos a pagar. Verica-se na equação fundamental da contabilidade o Patrimônio Líquido, podendo ser incluso neste item do balanço o capital social, ou seja, o dinheiro que os sócios colocaram na empresa para sua abertura e funcionamento e todas as outras chamadas de capital (novas injeções de recursos efetuadas pelos sócios). Neste item, também são lançados os lucros ou prejuízo acumulados. Tanto o lado do Ativo como o lado do Passivo divide-se em dois outros subitens, denominados Circulante e Não circulante. Existe esta divisão em relação ao prazo de realização; o Circulante tem prazo de até um ano e o Não circulante tem prazo superior a um ano. Mas o que é realização em contabilidade? A realização é a transformação em dinheiro para os Ativos e a saída de dinheiro do caixa para os passivos. Quando é recebido o pagamento de um cliente que levou o produto e prometeu pagar em trinta dias, arma-se que ocorreu a realização da Conta Cliente , assim como quando ocorre o pagamento de uma dívida. Salienta-se aqui que, didaticamente, separa-se o circulante e o não circulante em um prazo de um ano, mas, na realidade, a divisão ocorre em relação ao exercício. Contas a receber que ocorrerão dentro do exercício (ano civil) são consideradas circulantes e quando o pagamento ocorrer somente no próximo exercício, são denominados não circulantes. As principais contas do Balanço Patrimonial, dentro do ativo circulante que está dentro do ativo, são: caixa, bancos, conta, movimento e investimento com liquidez imediata, que estão dentro do disponível. Além disso, há também os estoques e contas a receber, que podem ser chamadas de clientes ou duplicatas a receber. No ativo não circulante estão as contas a receber com prazo superior a um ano e, o permanente, que encerra os bens que a empresa não tem interesse em vender,
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como, por exemplo, veículos, máquinas e equipamentos, imóveis e utensílios. Em relação ao passivo, ocorre a mesma divisão entre passivo circulante e passivo não circulante. No passivo circulante, há a Conta de Fornecedores, empréstimos, nanciamentos de curto prazo e contas a pagar, enquanto no passivo não circulante são os empréstimos e nanciamentos com prazos superiores a um ano que se destacam. No lado do passivo também se apresenta o patrimônio líquido, onde estão contidos o capital dos sócios e os lucros ou prejuízos acumulados.
Figura 1 – Balanço Patrimonial Fonte: http://www.aafb.org.br/materias.asp
3. Demonstrativo de Resultado do Exercício Este relatório apresenta o lucro da organização e é composto por uma série de contas, que devem ser somadas e subtraídas para que se chegue ao resultado da organização. O relatório inicia-se pela receita bruta de vendas, que é composto por todas as vendas de bens ou serviços que a empresa efetuou, depois subtrai-se as devoluções, os descontos e os abatimentos. Após essas subtrações, você terá a receita líquida de vendas, de onde será retirado o valor dos impostos sobre vendas (por exemplo, o PIS, COFINS, IPI e ICMS), resultando no Lucro Bruto. O custo da mercadoria vendida, ou custo do serviço prestado, é descontado primeiramente do Lucro Bruto, e é composto por: Custos da mão de obra direta, Custo da matéria-prima e Custos Indiretos de Fabricação. Com a retirada dos custos e após o desconto das despesas (que estão relacionadas com a obtenção de receita e não com a fabricação do produto ou prestação do serviço), é obtido o Lucro Operacional
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS As despesas podem ser classicadas em Operacionais ou Não Operacionais. As operacionais estão relacionadas com atividades de suporte, enquanto as não operacionais não estão ligadas ao objeto ou função da empresa. Existem ainda despesas administrativas ou gerais, despesas de vendas e Despesas Financeiras Líquidas. A classicação em Financeiras Líquidas se deve ao fato de ser contabilizado nesta rubrica os juros recebidos de investimentos nanceiros, bem como as tarifas e juros pagos em nanciamentos e empréstimos. Após as despesas, há o Lucro antes dos Juros e Imposto de Renda, também reconhecido pela sigla LAJIR, e o imposto sobre a renda (IRPJ), pois o lucro é reconhecido como a renda da pessoa jurídica e precisa ser tributado.
Figura 2 – Demonstrativo do Resultado do Exercício Fonte: http://www.aafb.org.br/materias.asp
4. A Contabilidade de Custos Quando o gestor escuta ou lê a palavra “custos” em algum lugar, pensa imediatamente na palavra “corte”, pois esse é o mantra usado nas escolas de negócios e administração. O objetivo de uma empresa é ter lucro, perpetuando-se ao longo do tempo com sustentabilidade, portanto, os custos a serem cortados devem ser examinados com uma lupa potente, para que você não quebre uma das pernas do tripé que faz com que a empresa tenha sucesso em seu ramo. Essas “pernas” são lucro, perpetuação e sustentabilidade. Analisando o termo sustentabilidade, verica-se a existência de três itens essenciais para o posicionamento e boa colocação da empresa perante o mercado. Eles são: a esfera chamada econômica, que indica o resultado nanceiro, a esfera social, que mostra o relacionamento com a sociedade, e a esferaambiental, que trata da utilização consciente dos recursos naturais.
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A história da contabilidade de custos separa-se entre pré e pós Revolução Industrial. Anteriormente à descoberta da máquina a vapor, por James Watt, no século XIX, os custos dos produtos eram facilmente mensurados, pois o artesão trabalhava uma quantidade de horas em seu produto e fazia uso de uma quantidade de matéria-prima. O preço de venda seria determinado pelos insumos colocados em sua fabricação mais uma margem de lucro para rentabilidade do artesão. Todos os itens eram facilmente contabilizados (horas de mão de obra e quantidade de material utilizado no produto) e não havia problemas de mensuração de custos dos produtos. A área da contabilidade de custos começou a ser desenvolvida com a Revolução Industrial e com a mecanização do trabalho, quando foram implantadas diversas máquinas na linha de produção. Dentro de indústrias foram gerados custos indiretos de produção, que são despesas que não podem ser medidas diretamente (por exemplo, o quanto de energia elétrica foi utilizado em cada produto). A partir deste ponto, há uma série de conceitos básicos em contabilidade de custos que você terá que saber para continuar seus estudos na área.
5. Conceitos em Contabilidade de Custos Custos São gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Os custos são gastos ligados à produção. Eles podem ser: mão de obra, matéria-prima e, até mesmo, Custos indiretos de Fabricação. Despesas As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. Podem ser: aluguel, salários e encargos, telefone, propaganda, impostos, comissões de vendedores, entre outros. Gastos Denido como saída nanceira que a organização faz, com o objetivo de obter bens ou serviços. Investimentos São gastos classicados no ativo, em função da utilidade futura de bens ou serviços. Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é utilizado em um futuro (próximo ou não) será um
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS investimento. Exemplo: móveis e utensílios, veículos, imóveis, entre outros. Desembolso É o pagamento do bem ou serviço adquirido. Pode ocorrer antes, durante ou depois da aquisição. Perda É o consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. As perdas decorrentes de fatores externos se transformarão em despesas, e as de fatores decorrentes da atividade produtiva, em custos. Exemplos: incêndio, greves, perda de matériaprima, entre outros. Resumindo:
GASTO
DESEMBOLSO
PERDA
DESPESA
COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA
PAGAMENTO DA COMPRA DA MATÉRIA-PRIMA
MATÉRIAPRIMA REFUGADA
COMISSÃO DE VENDEDORES
CUSTO MATÉRIAPRIMA USADA NO PRODUTO ACABADO
Custos diretos Estão diretamente ligados à produção de um bem ou à prestação de um serviço. São facilmente mensuráveis e podem ser alocados a um produto. Exemplo: matéria-prima. Custos indiretos Estão ligados à produção, mas não são facilmente identicáveis e mensuráveis. Não podem ser alocados de forma direta aos produtos. Exemplo: aluguel da fábrica, energia elétrica.
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Custos Fixos Custos que não variam quando o nível de produção se altera. Exemplo: aluguel da fábrica. Custos variáveis Custos que variam quando o nível de produção se altera. Exemplo: matéria-prima. Despesas Fixas Despesas que não variam quando o nível de vendas se altera. Exemplo: depreciação. Despesas variáveis Despesas que variam quando o nível de vendas se altera. Exemplo: comissão de vendas. Matéria-prima direta Matéria-prima é o nome dado a um material que sirva de entrada para um sistema de produção qualquer. Mão de obra direta Mão de obra é o termo usado para referir-se a um conjunto de pessoas ou a uma população capaz de trabalhar na produção de um bem ou serviço. Portanto, estes são os itens necessários para se fazer a Gestão Estratégica de Custos, podendo a contabilidade ajudar na gestão de uma empresa.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
Leia ao artigo: Análise das relações entre a gestão de custos e a gestão do preço de venda: um estudo das práticas adotadas por empresas industriais conserveiras estabelecidas no RS, de Débora Gomes Machado e Marco Antônio Souza.
Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2013. O artigo tem como objetivo vericar se as práticas de contabilidade gerencial estão sendo adotadas pelas empresas. O estudo foi desenvolvido no contexto da reconhecida limitação das empresas em impor um preço de venda ao mercado, uma decorrência da crescente inuência do mercado comprador em estabelecer o preço, que está disposto a pagar pela aquisição de bens e serviços. Leia ao artigo: Contabilidade de Custos: Uma ferramenta para gestão empresarial, de Alcione Cabaline Gotardo. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2013. O artigo trata da contabilidade de custos como um dos instrumentos que auxilia as organizações, objetivando suprir a gestão empresarial no que tange a um controle interno, capaz de ilustrar a competência operacional no desenvolvimento da atividade fabril.
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Leia o livro: O Segredo de Luísa, de Fernando Dolabela. Usando como exemplo o sonho empreendedor de uma jovem, o autor mostra os desaos que devem ser enfrentados quando se pretende abrir e manter uma empresa de sucesso. Assista ao lme: Cortando Custos, de Michael Moore. Neste lme, o autor expõe irregularidades cometidas por grandes empresas e gananciosos políticos ao redor da América.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Autoavaliação:
Questão 1: O Frigoríco “Boi Babão” está efetuando os levantamentos mensais de seus custos, para efeito de controle. Infelizmente, o gerente trainee encarregado da tarefa não conhece muito da área. Indique, dentre os itens abaixo, o que signica Custo de Fabricação: a) A remuneração de pessoal administrativo. b) A depreciação de móveis e utensílios do gabinete da presidência. c) Os honorários contábeis. d) A mão de obra aplicada na produção. e) O gasto com material de escritório.
Questão 2: Explique as causas históricas que levaram ao desenvolvimento da contabilidade de custos.
Conclusão: O texto aborda o histórico da contabilidade de custos e seus termos técnicos, bem como uma breve apresentação sobre contabilidade. Você viu também que, quando os custos são foco da administração de uma organização, normalmente o corte é maior do que o necessário. Uma análise de custos bem detalhada faz com que perceba-se qual linha de produto é promissora e qual precisa ser cortada, mas somente será possível
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adotar tais procedimentos caso se saiba classicar corretamente custos e despesas, bem como lidar com os relatórios, visando a extração desses dados e transformando-os em informações.
Referências: IUDÍCIBUS, S. de; LOPES, C. C. V de M.; MARION, J. C. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 1998. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003. RIBEIRO, O. M. Contabilidade Geral fácil . São Paulo: Saraiva, 2006.
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tema 2 Apresentação do conteúdo:
Sistemas e Análises de Custos O gestor deve sempre planejar, executar, controlar e implementar correções. Acompanhando estas rotinas, deve-se ter em mente a redução de custos como ferramenta de gestão, tentando equilibrar o movimento de cortes e a perpetuação da empresa ao longo do tempo, mantendo o bom clima organizacional. A adoção de controles através de sistema dedicados diminuem a fase de levantamento de dados para a tomada de decisão, agilizando a gestão das organizações, pois decisões podem ser tomadas mais rapidamente. É preciso, então, assumir sistemas adequados ao perl da organização para que seu modo de operação não seja encarado como um fardo para os gestores intermediários e para os demais colaboradores.
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Conteúdo: Neste tema, você estudará: • Os Sistemas de Custos. • Os Sistemas de custeio. • O rateio de custos indiretos de Fabricação.
Introdução ao tema: Este tema tem como maior objetivo a instrumentalização da fase de levantamento de dados para a tomada de decisão, aliando um sistema de custos adequado à organização, bem como um sistema de custeio adequado ao processo produtivo da empresa. Este tema será dividido em três partes. Na primeira, serão os sistemas de custos e suas peculiaridades. Na segunda parte será a vez dos sistemas de custeio e, por último, os comentários a respeito dos sistemas de rateio dos custos indiretos de fabricação.
Leitura Digital: Trabalhando com Tecnologia da Informação (TI), pode-se obter ótimos sistemas de custos, desde que três linhas básicas de coleta e tratamento de informações sejam seguidas: • Sistema de acumulação de custos. • Sistema de custeio. • Modalidade de custeio. A empresa deverá pensar, primeiramente, em qual sistema de acumulação de custos adotará, pois, como os custos estão ligados à área de produção, é preciso identicar quais sistemas merecem atenção por parte da contabilidade de custos. Há o sistema de produção por encomenda e o sistema de produção contínua. O sistema de produção por encomenda apresenta a fabricação de itens de forma não continuada e não padronizada, enquanto entende-se que o sistema de produção contínua leva a uma produção uniforme e em série. Há, portanto, dois sistemas de acumulação de custos ligados a estes métodos produtivos: o sistema por ordem e o sistema por processo. O mais indicado para cada empresa deverá estar ligado ao método produtivo da organização.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS O primeiro tipo de sistema, o de custo por ordem de produção, deve focar nessa ordem como sendo fator desencadeador de custos. Sem a autorização para produzir, nada pode ser inserido no sistema. Esse método serve principalmente para empresas que limitam sua produção através da encomenda do cliente. O sistema apresenta alguns pontos fracos: • Custo administrativo elevado: não confundir com despesas, pois, dentro da produção há controles meramente administrativos e burocráticos, com minucioso preenchimento de documentos para a ordem de produção. • Controles Permanentes: controle e correção contínua da matéria-prima e mão de obra inseridas no processo de produção daquela encomenda. • Determinação do Custo da mercadoria Vendida: quando existe a liberação de parte do lote que está sendo produzido por encomenda, é preciso que se estime a apropriação dos custos por esta parte do lote, o que pode levar a erros de estimativa, comprometendo o custo da mercadoria vendida.
Sistemas de Custeio Quando a organização escolhe o sistema de acumulação de custos mais adequado para sua produção, é hora da escolha do sistema de custeio. O sistema de custeio depende muito mais das informações gerenciais do que do sistema de produção da empresa. Existem dois tipos de sistema de custeio, o fundamentado em Dados Reais e o com base em Dados Estimados, sendo que o sistema com base em dados reais registra os custos como eles ocorreram e somente são determinados após o nal da produção. Esse método normalmente verica o valor da mão de obra e da matéria-prima, atualizando-os constantemente em seu preço por unidade. O sistema de custeio fundamentado em dados reais apresenta algumas limitações: • Dado a limitação de tempo para obtenção, levantamento e controle dos dados, o sistema torna-se pouco ecaz. • Não fornece um indicador de comparação, para decisão imediata em relação ao resultado. • Algumas partes do custo real podem ser interpretadas como custos acidentais e não normais.
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Há também o sistema de custeio predeterminado, onde pode-se vericar com dada antecedência os valores unitários de custos para as operações da produção. Aqui contabilizase valores com base em quantidades e preços previstos. Nestas operações, você poderá observar valores reais diferentes dos predeterminados, portanto, existe a necessidade de criação de um cálculo para contabilizar as diferenças entre o predeterminado e o real ocorrido. Esses valores predeterminados, quando apoiados em um detalhado trabalho entre a área nanceira e a área de produção, também podem ser chamados de custos padronizados ou custo padrão. Esse sistema apresenta algumas vantagens e desvantagens que serão listadas a seguir: • O gestor centra esforços em diferenças signicativas entre o real e o predeterminado. • Os colaboradores contam com um padrão de medida para o seu desempenho e o desempenho da empresa. • O estabelecimento dos preços dos produtos ocorre de maneira mais clara e objetiva. • O gestor consegue mensurar com maior clareza a eciência e ineciência das operações. • Gasta-se muito tempo na elaboração de padrões e na manutenção de sistemas, para que as quantidades e valores estejam sempre atualizados.
Modalidades de custeio Há duas principais modalidades de custeio: o Custeio por Absorção, ou Integral, e o Custeio Variável ou Direto. Também existem outras modalidades com suas próprias peculiaridades que serão citadas ao longo do estudo. No Custeio por Absorção, além de ser apropriado a cada produto o seu custo variável (matériaprima, mão de obra e custos indiretos de fabricação), também serão atribuídos os gastos xos. O custeio por absorção apropria ao custo dos produtos os custos xos, variáveis, diretos e indiretos na área de fabricação. Quando se apropria os gastos xos ao produto, tem que se fazer um rateio, ou divisão através de um critério, e, por mais objetivo que seja, esse critério tende a levar a alguns erros. Existe uma distorção sobre o que seria a normalidade dentro da apuração de custos, para alguns critérios de rateio que não são devidamente tratados dentro da modalidade de custeio por absorção. Esta modalidade é obrigatória na apuração do imposto de renda de pessoa jurídica, para efeito de scalização e utilização da contabilidade com ns tributários, portanto, não se pode
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS deixar de utilizar este sistema, embora ele não apresente as melhores informações gerenciais. Na modalidade de Custeio Variável ou Direto, há o lado antagônico ao Custeio por Absorção, pois faz-se necessário a utilização apenas dos custos e gastos variáveis, então não é preciso se preocupar com o rateio dos gastos xos. Como você pode perceber, o método de Custeio Variável ou Direto, às vezes também chamado de marginal, fornece melhores informações gerenciais (embora não seja aceito pelo sco para efeito de imposto de renda de pessoa jurídica), levando a empresa a ter dois sistemas de controle distintos e complementares. Os sistemas de custeio indicam como os custos são registrados e signica a base da contabilidade, pois decide como os custos devem ser apurados em cada produto. O método de custeio é uma ferramenta para extrair informações, medir custos e decidir a respeito de preço de vendas, bem como a continuidade de uma linha de produtos ou serviços. A obtenção de receita pela empresa está intimamente ligada ao preço do produto, que somente poderá ser mensurado corretamente com o devido processo de apropriação de custos em cada produto. É possível citar diversos outros métodos de custeio que, gerencialmente, podem auxiliar na precicação correta do produto, mas não são aceitos pelo sco. • Custeio Padrão: Custo elaborado com base cientíca, normalmente calculado por engenheiros de produção, colaboradores ligados à contabilidade e nanças dentro da organização ou até mesmo consultores externos. Os custos Indiretos de Fabricação são apropriados aos produtos com base em índices predeterminados. • Custeio Marginal: Esse método é idêntico ao do custeio direto e auxilia na indicação, praticamente de forma instantânea, da margem de contribuição de cada produto (o quanto cada produto contribui no lucro da organização). • Custeio com base em Atividades: Conhecido como custeio ABC ( Activity Base Costing), é um sistema que aloca os custos do produto a cada atividade que ele é submetido (solda, pintura, polimento, serralheria, tornearia, colagem, entre outros). Essa ferramenta é muito utilizada para a tomada de decisões, além de auxiliar na mensuração das atividades e na busca da melhoria contínua, através de Benchmarking, com os concorrentes. Como o Custeio RKW, aloca todos os custos, independentemente de sua natureza. • Custeio RKW: É o precursor do Custeio ABC. Utiliza o rateio de todos os custos da empresa, inclusive as despesas nanceiras, e apropria ao produto todos os
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custos incorridos, independente de sua natureza.
Sistema Básico da Contabilidade de Custos Uma empresa fabrica os produtos A, B e C e apresenta os valores discriminados a seguir, conforme levantamentos efetuados: Comissões vendedores:
80.000
Salário da fábrica:
120.000
Matéria-prima consumida:
350.000
Energia elétrica da fábrica:
85.000
Honorário da diretoria:
40.000
O primeiro passo é separar o que é custo do que é despesa: Custos Salário da fábrica:
120.000
Matéria-prima consumida:
350.000
Energia elétrica da fábrica:
85.000
Despesas: Honorário da diretoria: 40.000 Comissões vendedores: 80.000 O segundo passo é a apropriação de custos diretos: Matéria-prima consumida:
350.000
PRODUTO A (21,43%)
75.000
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS PRODUTO B (31,57%)
135.000
PRODUTO C (40%)
140.000
Os percentuais de matéria-prima são hipotéticos e deveriam ser levantados na linha de produção, na hipótese de se ter o percentual de 21,43% inserido no produto A, de 31,57% no produto B e 40% no produto C. Continuando com o segundo passo, é hora de fazer a apropriação de custos diretos: Salário da fábrica:
120.000
Mão de obra indireta:
30.000 (25%)
PRODUTO A
22.000 (18,3%)
PRODUTO B
47.000 (39,2%)
PRODUTO C
21.000 (17,5%)
Hipoteticamente, repartem-se os valores de mão de obra, apurados na linha de produção da empresa. Descobriu-se que a mão de obra indireta (está na fábrica, mas não está diretamente ligada à produção, por exemplo, salário do supervisor de produção) tem um total de 25%, enquanto que o produto A tem 18,3 % do total, o produto B está com 39,2% e o C engloba 17,5% do total. Dando continuidade ao processo de levantamento e apropriação de custos diretos: Energia elétrica da fábrica:
85.000
Energia elétrica indireta:
40.000 (47,1%)
PRODUTO A
18.000 (21,2%)
PRODUTO B
20.000 (23,5%)
PRODUTO C
7.000 (8,2%)
Conforme levantamento, pode-se constatar os percentuais de 47,1% para energia elétrica indireta (que não é possível de ser mensurada ou alocada facilmente a cada produto), enquanto o produto A encerra 21,2% do total de custos diretos com energia elétrica, o produto B 23,5% e o produto C 8,2% do total.
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Quadro Resumo
MATERIA PRIMA MÃO DE OBRA ENERGIA ELÉTRICA TOTAL
PROD A 75.000 22.000
PROD B 135.000 47.000
PROD C 140.000 21.000
18.000 115.000
20.000 202.000
7.000 168.000
INDIRETOS 0 30.000
TOTAL 350.000 120.000
40.000 70.000
85.000 555.000
O terceiro passo é a apropriação de custos indiretos. Há um total de custos diretos no valor de R$ 485.000, um dos critérios de rateio utilizados pode ser o de alocar os custos indiretos através do percentual de custos diretos. Efetua-se o cálculo do percentual equivalente de custos diretos em relação ao total dos custos diretos, aplicando uma simples regra de três para encontrar o percentual (lembrando: se 485.000 é igual a 100%, 115.000 equivale a qual percentual), resultando no quadro apresentado a seguir: Percentual Equivalente de Custos Diretos Inseridos em Cada Produto PROD A PROD B PROD C TOTAL
115.000/485.000 202.000/485.000 168.000/485.000 485.000
0,24 0,42 0,35
24% 42% 35%
Agora, aplicando esse critério de rateio, utiliza-se para os custos indiretos os percentuais dos custos diretos em equivalência para o produto A, produto B e produto C, resultando no quadro a seguir, para a mão de obra indireta.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Quadro resumo de Alocação de Mão de Obra Indireta
PROD A PROD B PROD C TOTAL
115.000 202.000 168.000 485.000
MO INDIRETA TOTAL 24% 30.000*24% 7.113 42% 30.000*42% 12.495 35% 30.000*35% 10.392 100% 30.000
Efetuando o mesmo procedimento para a energia elétrica indireta, chega-se ao quadro descrito a seguir. Quadro resumo de rateio de energia elétrica Indireta
PROD A PROD B PROD C TOTAL
115.000 202.000 168.000 485.000
ENER. ELET. TOTAL 24% 40.000*24% 9.485 42% 40.000*42% 16.660 35% 40.000*35% 13.855 100% 40.000
Para melhor visualização dos totais de custos indiretos de fabricação, é elaborado um novo quadro, contendo somente essas informações e totalizando-as para cada produto. Quadro totalizador dos custos Indiretos de Fabricação
PROD A PROD B PROD C TOTAL
MO IND 7.113 12.495 10.392 30.000
ENERG 9.485 16.660 13.855 40.000
CUSTO INDIRETO 16.598 29.155 24.247 70.000
Para nalizar o processo de levantamento de custos, falta apenas a vericação
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do total de custos para cada produto. Com os levantamentos prontos, deve-se somente demonstrar os totalizadores em um quadro. Totalizador de Custos por Produtos
PROD A PROD B PROD C TOTAL
CUSTO DIRETO 115.000 202.000 168.000 485.000
CUSTO INDIRETO 16.598 29.155 24.247 70.000
TOTAL 131.598 231.155 192.247 555.000
Como pode-se perceber, o rateio de custos indiretos, que são aqueles de difícil alocação em cada produto (tal como o salário do supervisor da produção, pois é impossível vericar quanto do salário deste colaborador foi utilizado em cada produto, bem como a energia elétrica da fábrica, que é consumida com iluminação, produção e nas demais dependências da linha de produção), nem sempre utilizam critérios justos para sua divisão, pois, existe um grau de subjetividade na escolha desses critérios. Sendo assim, você pôde perceber como funcionam os sistemas de custos e como são feitos os rateios de custos indiretos de fabricação.
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Leia o artigo: Teoria e prática na implementação do método de custeio ABC na produção: um estudo de caso em uma grande empresa metalúrgica de Minas Gerais, de Márcio Augusto Gonçalves, Paulo Vinícius de Carvalho e Bruna Mendes Rezende. Disponível em: . Acesso em: 2 maio 2013. O artigo trata da contabilidade de custos como um dos instrumentos que auxiliam a gestão das organizações, em especíco o custeio ABC (Activity Base Costing). Leia o artigo: Custos como determinante para a competitividade do setor avícola: um estudo no município de São Bento do Una-PE, de Reginaldo José Carlini Junior e Alexandre Barros Fonseca. Disponível em: . Acesso em: 2 maio 2013. Esse estudo tem por objetivo investigar a existência da utilização da contabilidade de custos no setor Avícola.
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Leia o livro: Contabilidade de Custos, de Eliseu Martins. Este livro aborda o assunto contabilidade de maneira completa, auxiliando o aluno no momento em que ele se deparar com alguma diculdade em entender os conceitos aqui apresentados. Assista ao lme: Tempos Modernos, de Charles Chaplin. O longa metragem mostra as diculdades de um trabalhador na época da transição entre a produção artesanal e a produção industrial.
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Questão 1: Classique os eventos abaixo, seguindo a terminologia contábil, e assinale a alternativa que mostra a ordem correta: Relativos a uma indústria de manufatura, como investimentos (I). Custo (C). Despesa (D) Perda (P) ( ) Compra de matéria-prima e consumo na fábrica. ( ) Consumo de energia elétrica da fábrica. ( ) Utilização de mão-de-obra na fábrica. ( ) Consumo de combustível da fábrica. ( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário). a) C-C-C-C-D. b) C-D-C-C-D. c) C-C-I-C-D. d) C-P-D-C-D. e) C-D-P-I-D.
Questão 2: Quais as linhas básicas de coleta e tratamento de informações nos sistemas de custos?
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Conclusão: O controle de custos na linha de produção proporciona uma melhor precicação, portanto, a escolha do sistema de acumulação de custos e o método de custeio mais apropriado faz com que a organização adicione vantagem competitiva ao seu negócio. O problema do rateio dos custos indiretos de fabricação deve ser enfrentado, visando restringir métodos sem critérios lógicos e tentando fazer com que os critérios de rateio quem mais objetivos, utilizando métodos matemáticos e cientícos para a alocação destes custos ao produto.
Referências: IUDÍCIBUS, S. de; LOPES, C. C. V de M.; MARION, J. C. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 1998. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003. RIBEIRO, O. M. Contabilidade Geral fácil . São Paulo: Saraiva, 2006.
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tema 3 Apresentação do conteúdo:
Formação de preço A correta formatação do preço de um produto leva ao sucesso ou fracasso do item vendido, ou, muitas vezes, até mesmo, ao sucesso ou fracasso da empresa. A formação de preço envolve as mais diversas áreas da organização, como, por exemplo, a produção para quanticar materiais, horas homem e gastos indiretos de fabricação, o pessoal da contabilidade para formação do custo corretamente, o pessoal do marketing para vericar a adequação do preço ao mercado e aos 4Ps (Preço, Praça, Promoção e Produto), os colaboradores do departamento nanceiro para vericar a lucratividade e disponibilidade dos recursos empregados na confecção e venda do produto e os vendedores que colocaram os produtos fabricados no mercado. Como é possível perceber, sempre há divergências entre estas áreas quanto aos recursos empregados, pois a produção quer sempre ter matéria-prima disponível para entregar os pedidos no prazo, a contabilidade quer ter o menor custo e, por este motivo, não concorda em manter estoques de matéria-prima elevados, o marketing quer empregar o máximo de recursos possíveis para a promoção do produto, o pessoal de nanças quer empregar o mínimo recurso nanceiro possível com promoções para não prejudicar a lucratividade e os vendedores querem vender tudo com um prazo a perder de vista e reclamam quando o nanceiro não libera o pedido e quando a produção não entrega um pedido grande demais no prazo. Em seus estudos, você abordará o processo de formação de preços como um todo, passando pelos métodos de precicação existentes no mercado.
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Conteúdo: Neste tema, você estudará: • Signicado do preço e seus componentes. • Processo de Estabelecimento de Preços. • Estratégia de preços. • Inuência da Demanda na formação de Preço. • Mark-up.
• Métodos de custeio.
Introdução ao tema: A empresa está sistematicamente ligada ao preço de seus produtos ou serviços. Seus subsídios para continuar existindo são oriundos de suas vendas e, uma grande parte das empresas trabalha com produtos sensíveis ao preço. Portanto, é estratégico para a empresa um bom processo de precicação de seus produtos. Serão adotados cinco tópicos especiais no processo de formação estratégica de preços e, os seguintes itens serão apresentados: Signicado do preço e seus componentes, Processo de Estabelecimento de Preços, Estratégia de preços, Inuência da Demanda na formação de Preço e Mark-up.
Leitura digital: O mercado consumidor está aprendendo a brigar por seus direitos. Aliado a este fato, há ainda a concorrência agressiva, tanto internamente no país quanto internacionalmente. Na era da informação, o consumidor tem em suas mãos um poderoso aliado, que lhe fornece diversas opções de compras, com uma grande oferta de canais e meios de atendimento. A precicação deve levar em consideração o maior número de variáveis possíveis, embora o modelo não possa ser demasiadamente longo, e, para evitar a perda de agilidade da corporação, não deve se fundamentar somente na obtenção de um preço base para outras negociações. Um erro comum ao se precicar um produto é não levar em consideração o valor do dinheiro no tempo, os preços devem ser dinâmicos, tanto para cima como para baixo, e devem valer por um período. Quando se coloca o preço em um produto por um ano, estão sendo feitas previsões para este período, sem que sejam descapitalizados os valores levantados e previstos
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS mês a mês. Dentro da formação de preço, ou precicação de produtos e serviços, deve-se levar em consideração o planejamento estratégico e operacional da organização, pois a correta adoção desses planejamentos inuenciará a adoção de um maior ou menor preço, de acordo com o posicionamento mercadológico e estratégico da companhia.
Significado do preço e seus componentes O marketing aborda o preço como a relação entre alguém que oferta algo e alguém que demanda algo, e, neste cabo de guerra, a empresa pretende entregar o melhor produto possível, recebendo o máximo de dinheiro que conseguir, enquanto o consumidor deseja receber o melhor produto pagando o mínimo possível. Com a transformação do homem ao longo do tempo, ele passou de nômade a sedentário e, com isso, começou a produzir alguns itens acima de sua capacidade de consumo, possibilitando as trocas, mais conhecidas como escambo, enquanto não havia ainda o papel moeda. Entretanto, quantas galinhas valiam um sapato? Com a idade média, veio a evolução da produção artesanal e o excesso possibilitou a troca por ouro (moeda) ou outros produtos. Na Revolução Industrial surgiu a oportunidade de fabricar para o consumidor e não mais para o próprio consumo, surgindo as primeiras diculdades na área de levantamentos de custos. O preço é um elemento essencial para a rentabilidade das organizações, uma vez que sua receita é resultado da multiplicação do preço pela quantidade e a rentabilidade depende também dos custos a que a empresa está sujeita. Esse termo “preço” pode ser associado à quantidade monetária que o consumidor está disposto a pagar para ter um produto ou serviço. Alinhado a esse conceito, também pode-se considerar que o preço é um elemento de combinação entre a satisfação do consumidor e a maximização de rentabilidade da organização. No conceito dos 4Ps do marketing, aprende-se que a inserção do empreendimento no mercado deve ser pautado no ponto de venda, na promoção e no produto, sendo assim, a precicação correta trará rentabilidade e a perpetuação da empresa ao longo do tempo. A precicação incorreta pode causar sérios problemas para a empresa (incluindo falência), enquanto uma precicação correta potencializa as vendas e transmite um resultado positivo a todos os stackholders (colaboradores, consumidores, acionistas e fornecedores).
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A política de preço consiste em regras gerais que a empresa deve estabelecer para facilitar as decisões de seus gestores intermediários. Uma boa política de preços faz com que a empresa reponha os gastos, tenha um bom posicionamento do mercado e uma boa rentabilidade, além de estar alinhada com os objetivos da empresa para curto e longo prazo.
Processo de Estabelecimento de Preços Algumas situações requerem maior atenção com estabelecimento de preços, como, por exemplo, o caso do lançamento de produto, em que o gestor desse projeto observa qual deverá ser o preço, no contexto mais amplo possível, vericando qual o posicionamento da empresa no mercado, quais são os seus objetivos e quais serão os custos incorridos. Na hipótese de mudança do preço da matéria-prima, da mão de obra, energia elétrica e outros, para fabricação de um produto, esses momentos são ímpares no histórico da empresa, para uma reavaliação de preço, acerto do norteamento da companhia e alinhamento com seu planejamento estratégico. Quando ocorrem alterações nos processos, dentro ou fora da companhia (por exemplo, terceirização de mão de obra, automatização da linha de produção, operador logístico próprio ou terceirizado, inclusão de mais métodos para distribuição de produtos - Comércio Eletrônico), deve-se recalcular a planilha de custos e estabelecer novos preços, para baixo ou para cima. Nesse caso especíco, a movimentação do preço para baixo dependerá da empresa não optar por recomposição de margem de lucro. No momento em que a empresa resolve adotar um reposicionamento estratégico quanto ao mercado, isso envolverá sempre o atendimento a uma nova classe de clientes, que terá reexo no preço do produto. Caso a empresa atenda aos públicos da classe C e resolva atender ao público da classe A, envolverá melhores embalagens, produtos de melhor qualidade, de acordo com a exigência de seus novos clientes e isto elevará os insumos colocados no produto, fazendo com que o preço varie para cima. Em relação a alterações de preço no curto prazo, pode-se armar que ocorrem em momentos em que a empresa precisa renovar a linha de produtos, renovar os estoques ou até mesmo fazer caixa para aumentar sua liquidez, recorrendo ao artifício de liquidações, promoções ou outra forma que envolva a redução do preço para aumento na quantidade vendida. Empresas que estão envolvidas em processos de produção sob encomenda tendem a avaliar os custos e preço a cada nova encomenda, a não ser que o cliente solicite mais de um produto daquele tipo. Não entram nesse caso as lojas e fábricas de móveis planejados, pois cada produto é diferente, mas os módulos são padronizados e precicados como produtos em uma linha de montagem. O processo de precicação ocorre de maneira diferente em cada organização, mas após
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS estudos de autores que lidam com o tema, observou-se algumas etapas comuns entre os processos de estabelecimento de preços: • Seleção do Objetivo e Estratégias. • Determinação da Demanda. • Estimativa de Custos. • Análise dos Custos. • Seleção do Método. A seleção do Objetivo e Estratégias deve buscar, junto ao planejamento estratégico (missão, visão e valores) e planejamento operacional (dia a dia da organização), um alinhamento com essas metas e objetivos, ou seja, os resultados esperados com o produto não podem estar destoando do Planejamento Estratégico e Operacional e devem se alinhar a essas ações com a posição do produto dentro do mercadoalvo. Quanto à avaliação de demanda, há modelos matemáticos e econométricos para esse dimensionamento, mas também vale a experiência acumulada ao longo do tempo em atuar em determinado setor. Os modelos levam em consideração o tamanho do mercado, os concorrentes, o market share da empresa e dos concorrentes, estimando o potencial do produto no mercado e o potencial da empresa. A organização também pode solicitar avaliações mais sosticadas, como elasticidade da demanda e inuência psicológica. É chegado o momento de levantamento de custos, para se dar início ao trabalho com um preço base, que será lapidado ao longo do processo de precicação. A comparação entre o preço que o mercado aceita pagar pelo produto e os custos incorridos na produção é um momento crucial do processo, pois, custos acima do preço de mercado do produto levam a uma reanálise mais rigorosa de todos os pontos obtidos até o momento. Deve-se também analisar o preço base e seu posicionamento frente aos seus principais concorrentes. As pesquisas de percepção e satisfação do cliente devem ser aplicadas neste momento, vericando a reação dos clientes, de acordo com o produto, e extraindo dados para checagem de políticas a serem implementadas, como prazos e promoções. A seleção do método de determinação de preço inclui algumas opções: • Método com base nos custos: Custo Pleno, Custo Marginal, Custo por Atividade,
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Custo por Transformação, Custo Estimado e utiliza como estrutura a técnica do Mark-up ou Payback . • Método com base na decisão dos concorrentes: Preço Concorrente, Imitação de Preço,
Preços Agressivos e Preços Promocionais. • Método com base nas características do mercado: efetua uma análise complexa e
detalhada dos consumidores e tenta mensurar quanto de valor está sendo percebido para o cliente, junto com a sua satisfação. • Método Misto: mistura alguns métodos como análise dos custos envolvidos, decisões dos
concorrentes, capacidade do mercado e valor que o cliente percebe.
Estratégia de preços Preços seletivos: Preços elevados, garantindo a margem de lucratividade. Normalmente são oferecidos a segmentos que não possuem sensibilidade ao preço. Exemplo: Diamantes. ALTA QUALIDADE X PREÇO ELEVADO Preços de penetração: Preços baixos para atrair muitos consumidores. A estratégia é vinculada a um grande volume de vendas. Essa estratégia afasta concorrentes (margens pequenas por produto). Preços neutros: Estratégia utilizada para produtos ou empresas que não dependem de preço para manter ou aumentar o seu market share. EDLP - Every Day Low Price (Preço Baixo Todo Dia): Estabilidade de preços baixos, com descontos. Praticado pelos grandes varejistas, pois, há homogeneidade nos bens de consumo. Preços altos e baixos: Preços um pouco acima dos praticados pela estratégia EDLP, mas com promoções e descontos
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS em algumas linhas de produtos (preços isca).
Mark-up:
O cálculo do preço de venda ideal é feito da seguinte forma: PV = Custo Direto variável Mark-up divisor Mas o que é Mark-up divisor? Mark-up divisor é um fator para formação do preço de venda. O cálculo se dá da
seguinte forma: 100% - % despesas variáveis – % despesas xas - % lucro líquido. Exemplo: Custo Direto Variável: R$ 20,00 Despesas Variáveis: 7% Despesas Fixas: 30% Lucro Líquido: 8% PV =R$ 20,00 /(100% - 7% - 30% - 8%) PV = R$ 20,00 / 55% PV = R$ 36,36. Demonstrativo do Resultado: Preço de Venda: R$ 36,36 (100%) Custo Dir. Variável: R$ 20,00 (55%) Despesas Variáveis: R$ 2,54 (7%) Despesas Fixas: R$ 10,91 (30%) Lucro Líquido: R$ 2,91 (8%)
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Métodos de Custeio Há vários Métodos de Custeio (métodos de cálculo do preço de produtos) como: Custeio Integral (Absorção), Custeio Marginal (Variável) e Custeio por Atividade (ABC). Lembrando que o Método de Custeio Direto (absorção) é o único aceito pela legislação comercial e pela legislação scal. Custeio Integral: O nome do método é característico, pois a integralidade do nome faz referência à apropriação de todos os custos ao produto, custo direto, indireto, xo e variável. A facilidade desse método é levar em consideração todos os custos e, a partir deste valor, adiciona-se um resultado que a empresa deseja, chegando ao preço do produto. Custo total + Resultado = Preço Lembrando que: CT = CD + CI ou CT= CF + CV CT = Custo Total; CD = Custo Direto; CI = Custo Indireto; CF = Custo Fixo; CV = Custo Variável. CUSTEIO INTEGRAL : ESTRUTURA DOS CUSTO E PREÇO DE VENDA A MATERIAIS DIRETOS CVADIR B CUSTOS OPERACIONAL CDIRF,CDIRVA,CIF,CIVA C DESPESAS ADM E GERAIS DDIRF,DIF D=A+B+C E DESPESA FINANCEIRA - % PV DDIRVA F DESPESA TRIBUTÁRIA DIRETA - %PV DDIRVA G DESPESA DIRETA COM VENDAS - %PV DDIRVA H=D+E+F+G CUSTO TOTAL I RESULTADO ($ OU %PV) J=H+I PREÇO DE VENDA
CVADIR = CUSTO VARIÁVEL DIRETO (MATERIAIS); CDIRF = CUSTO DIRETO FIXO (PESSOAL E MÁQ.); CDIRVA = CUSTO DIRETO VARIÁVEL (PESSOAL E MÁQ.); CIF = CUSTO INDIRETO FIXO (PESSOAL E MÁQ); CIVA = CUSTO INDIRETO VARIÁVEL (PESSOAL E MÁQ.); DDIRF = DESPESA DIRETA FIXA (ADM. E COM.); DIF = DESPESA INDIRETA FIXA (ADM. E COM.); DDIRVA = DESP. DIRETA VARIÁVEL (TRIBUT. E VENDAS).
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Cálculo do Preço: Com índice de resultado (%) PV = CIP + IDF + IDTV + IDDV + IRDV + IDO + IDA PV = CIP * {1 / [ 1 - (IDF + IDTV + IDDV + IRDV + IDO + IDA)]} PV = PREÇO DE VENDA; CIP = CUSTO INDEPENDENTE DO PREÇO ($); IDF = ÍNDICE DE DESPESA FINANCEIRA S/ PV; IDTV = ÍNDICE DE DESPESA TRIBUTÁRIA S/ PV; IDDV = ÍNDICE DAS DESPESAS DIRETAS S/ PV; IRDV = ÍNDICE DE RESULTADO DESEJADO S/ PV; IDO = ÍNDICE DE DESPESA OPERACIONAL S/ PV; IDA = ÍNDICE DE DESPESA ADMINISTRATIVA S/ PV Com resultado estabelecido ($): PV = CIP + RD + IDF*PV + IDTV*PV + IDDV*PV PV = (CIP + RD ) * { 1 / [ 1 - (IDF + IDTV + IDDV + IDO + IDA )]} PV = PREÇO DE VENDA; CIP = CUSTO INDEPENDENTE DO PREÇO ($); IDF = ÍNDICE DE DESPESA FINANCEIRA S/ PV; IDTV = ÍNDICE DE DESPESA TRIBUTÁRIA S/ PV; IDDV = ÍNDICE DAS DESPESAS DIRETAS S/ PV; IDO = ÍNDICE DESPESA OPERACIONAL; IDA = ÍNDICE DESPESA ADMINISTRATIVA; RD = RESULTADO DESEJADO ($). CÁLCULOS: ÍNDICE DE DESPESA FINANCEIRA ÍNDICE DE DESPESA TRIBUTÁRIA ÍNDICE DE DESP. DIR. DE VENDAS ÍNDICE DE RENTABILIDADE ÍNDICE DESPESA ADMINISTRAT. ÍNDICE DESPESA OPERACIONAL
0,03
IDF
0,0365
IDTV
0,07
IDDV
0,05 0,06
IRDV IDA
0,10
IDO
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VALOR COMPRA COM ICMS IPI (8%) FRETE (2%)
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$100,00 $8,00 $2,00
PV = CIP * { 1 / [1 - (IDF + IDTV + IDDV + IRDV + IDO + IDA)]} PV = CIP * { 1 / [ 1 - (IDF + IDTV + IDDV + IRDV + IDO + IDA)]} PV = 110 * { 1 / [1 - (0,03 + 0,0365 + 0,07 + 0,05 + 0,10 + 0,06)]} PV = 110 * { 1 / [ 1 - (0,03 + 0,0365 + 0,07 + 0,05 + 0,10 + 0,06)]} PV = 110 * { 1 / [1 - 0,03465]} PV = 110 * { 1 / 0,6535} PV = 110 * 1,530221882 PV = 168,32 COMPROVAÇÃO: PREÇO DE VENDA ( - ) DESPESA DIRETA VENDAS (7%) ( - ) DESPESA TRIB DIRETA (3,65%) ( - ) DESPESA FINANCEIRA (3%) ( - ) DESPESA ADMINISTRATIVA (6%) ( - ) DESPESA OPERACIONAL (10%) ( - ) CUSTO DE AQUISIÇÃO(7%) ( = ) RESULTADO (5%)
$168,32 ($11,78) ($6,14) ($5,04) ($10,10) ($16,83) ($110,00) $8,43
Custeio Marginal: o custeio marginal apresenta o conceito de que se o produto não existir, não existe custo variável e despesa variável. Apropria-se ao produto os custos e despesas variáveis e os custos e despesas xas são divididos com toda a produção de um período. Apresenta, também, o conceito de margem de contribuição. Mas o que é mesmo margem de contribuição?
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Margem de contribuição é o valor que cada produto contribui para o pagamento dos custos xos, despesas xas e resultado líquido. O custeio marginal atribui o preço a mais variáveis de mercado do que variáveis de custo. Esquema geral do custeio marginal: ( + ) Preço de Venda (PV) ( - ) Custos e Despesas Variáveis (CDV) ( = ) Margem de Contribuição Individual (MCI) Margem de Contribuição Total (MCT) MCT = MCI x Volume A não utilização em grande parte das empresas persiste devido à visão unitária de custo do produto e não uma visão de resultado global para a organização. CUSTEIO MARGINAL : ESTRUTURA DOS CUSTO E PREÇO DE VENDA A MATERIAIS DIRETOS CVADIR B CUSTOS OPERACIONAL CVADIR,CVAL C A+B = CUSTO INDEPENDENTE VARIÁVEL C=A+B DESPESAS ADM E GERAIS DDIRF,DIF D DESPESA FINANCEIRA - % PV DDIRVA E DESPESA TRIBUTÁRIA DIRETA - %PV DDIRVA F DESPESA DIRETA COM VENDAS - %PV DDIRVA G = C+D+E+F CUSTO VARIÁVEL CV H=I-G MARGEM CONTRIBUIÇÃO MCI I PREÇO DE VENDA PV
CÁLCULOS: ÍNDICE DE DESPESA FINANCEIRA ÍNDICE DE DESPESA TRIBUTÁRIA ÍNDICE DE DESP. DIR. DE VENDAS ÍNDICE DE RENTABILIDADE ÍNDICE DESPESA ADMINISTRAT. ÍNDICE DESPESA OPERACIONAL ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
0,03 0,0365 0,07 0,05 0,06 0,10 0,20
IDF IDTV IDDV IRDV IDA IDO IMC
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VALOR COMPRA COM ICMS IPI (8%) FRETE (2%) CIVP
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$100,00 $8,00 $2,00 $110,00
PV = CIVP * { 1 / [ 1 - (IDF + IDTV + IDDV + IMC)]} PV = 110 * { 1 / [ 1 - (0,03 + 0,0365 + 0,07 + 0,20)]} PV = 110 * { 1 / [ 1 - (0,3365)]} PV = 110 * { 1 / [1 - 0,03365]} PV = 110 * { 1 / 0,6635} PV = 110 * 1,507159005 PV = 165,79 COMPROVAÇÃO: PREÇO DE VENDA ( - ) DESPESA DIRETA VENDAS (7%) ( - ) DESPESA TRIB DIRETA (3,65%) ( - ) DESPESA FINANCEIRA (3%) ( - ) CUSTO DE AQUISIÇÃO(7%) ( = ) MARG. DE CONTRIBUIÇÃO(20%)
$165,79 ($11,61) ($6,05) ($4,97) ($110,00) $33,43
Custeio ABC: Esse tipo de método de custeio apropria ao produto todos os custos xos e variáveis, bem como as despesas xas e variáveis. Também é chamado de custeio por atividade, pois a apropriação ao preço se dá através dos centros de custos das atividades que os produtos ou serviços são submetidos. Pretende-se com esse método uma maior precisão e menor nível de rateio por critérios xos.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS CUSTEIO ABC (ATIVIDADES) A MATERIAIS DIRETOS B CUSTOS OPERACIONAL C DESPESAS ADMINISTRAT. DIRECIONAD. C DESPESAS ADM E GERAIS D = A+B+C CUSTO INDEP. DIRETO E DESPESA FINANCEIRA - %PV F DESPESA TRIBUTÁRIA DIRETA - %PV G DESPESA DIRETA COM VENDAS - %PV H = D+E+F+G CUSTO DIRETO I=J+H CONTRIBUIÇÃO OPERACIONAL J PREÇO DE VENDA
CVADIR CDIR,CFDIR DDIRF,DIF DDIRF,DIF DDIRVA DDIRVA DDIRVA CD CO PV
É necessário que se encontre um direcionador para os custos e despesas. Nesse exemplo, há despesas operacionais e administrativas que seguem o direcionamento: POR UNIDADE PROPAG. PROM.
VALOR $1,20
ASSITÊNCIA E SERV. CRÉDITO E COBR.
$0,80
TOTAL
$3,00
$1,00
DIRECIONADOR N. UNID. VENDIDAS N. VISITAS DE SERV. N. NOTAS FISCAIS
CÁLCULOS: ÍNDICE DE DESPESA FINANCEIRA ÍNDICE DE DESPESA TRIBUTÁRIA ÍNDICE DE DESP. DIR. DE VENDAS ÍNDICE DE RENTABILIDADE ÍNDICE DESPESA ADMINISTRAT. ÍNDICE DESPESA OPERACIONAL ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
0,03 0,0365 0,07 0,05 0,06 0,10 0,20
IDF IDTV IDDV IRDV IDA IDO IMC
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VALOR COMPRA COM ICMS IPI (8%) FRETE (2%) CIVP
$100,00 $8,00 $2,00 $110,00
PV = (CIVP + DOPAD ) * { 1 / [ 1 - (IDF + IDTV + IDDV + IMC)]} PV = (110 + 3) * { 1 / [ 1 - (0,03 + 0,0365 + 0,07 + 0,20)]} PV = 113 * { 1 / [ 1 - (0,3365)]} PV = 113 * { 1 / [1 - 0,03365]} PV = 113 * { 1 / 0,6635} PV = 113 * 1,507159005 PV = 170,31 COMPROVAÇÃO: PREÇO DE VENDA ( - ) DESPESA DIRETA VENDAS (7%) ( - ) DESPESA TRIB DIRETA (3,65%) ( - ) DESPESA FINANCEIRA (3%) ( - ) CUSTO DE AQUISIÇÃO(7%) ( = ) MARG. DE CONTRIBUIÇÃO (20%)
$170,31 ($11,92) ($6,22) ($5,11) ($113,00) $34,06
Comparação da precicação entre os métodos de custeio: MÉTODO CUSTEIO ABC CUSTEIO INTEGRAL CUSTEIO MARGINAL
PREÇO DE VENDA $170,31 $168,32 $165,79
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GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Sendo assim, você pôde ver neste tema como funciona o processo de estabelecimento de preços, bem como a estratégia de preços e como funcionam os métodos de custeio. Continue aprofundando seus conhecimentos sobre a área.
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Leia o artigo: Sistemas de Custeio, de Francis Haime Giacomelli Ferreira. Disponível em: . Acesso em: 3 maio 2013. Este estudo objetiva identicar os sistemas de custeio e informar a respeito de métodos de contabilização de custos comuns às empresas brasileiras. Leia o artigo: Uso do Custeio por Absorção e do Sistema RKW para gerar informações gerenciais: Um estudo de caso em hospital, de Ilse Maria Beuren e Nair Fernandes Schlindwein. Disponível em: . Acesso em: 3 maio 2013. O objetivo deste estudo é demonstrar o uso do custeio por absorção, aliado ao sistema RKW, para gerar informações gerenciais em uma organização hospitalar, dispensando, assim, um sistema paralelo de custeio e os custos a ele relacionados, para atendimento dos preceitos legais.
Leitura do livro: Formação Estratégica de Precifcação : Como Maximizar o Resultado das Empresas, de Fabiano Simões Coelho. De acordo com o tema estudado, esse livro auxiliará o aluno a entender melhor como funciona o processo de precicação e como fazê-lo da melhor forma, além de ajudá-lo com possíveis dúvidas.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Assista ao vídeo: Disponível em: (parte 1); (parte 2) ; (parte 3); (parte 4). Acesso em: 23 mar. 2013. Formação
de
Preços.
Esse vídeo mostra, na prática, as principais características da formação de preço do micro e pequeno empreendedor.
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Autoavaliação:
Questão 1: Edmilson Borges é gerente de Marketing da empresa N’GOL, fábrica de bolas de futebol de couro, e estava organizando o setor de produção devido à transferência do gerente de produção para a lial de Maceió quando depara-se com uma fatura do aluguel da fábrica que foi recebida e não foi encaminhada para o setor competente. Liga para o setor de contabilidade e Marcia Santos contadora da empresa explica que esta fatura caria a cargo da fábrica, pois é custo de produção. Classique corretamente o aluguel da fábrica para o correto encaminhamento para pagamento. a) Custo indireto. b) Despesa variável. c) Despesa xa. d) Custo direto. e) Custo Variável.
Questão 2: Conceitue o que é o processo de formação de preço e sua utilidade dentro das organizações.
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GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
Conclusão: O preço constitui um componente muito importante no composto de mercado, sua correta formação (precicação) e gerenciamento deve visualizar uma união entre as áreas de marketing e nanças. São muitos os momentos em que as organizações se preocupam com o preço dos produtos. A precicação correta segue sempre um caminho lógico, com análise aprofundada de todos os componentes que levam ao preço. O método de precicação dos produtos deve ser encarado como estratégico dentro das organizações e torna-se cada vez mais importante manter um bom plano de preços para cada situação, dependendo do ambiente externo e interno a companhia.
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Referências: IUDÍCIBUS, S. de; LOPES, C. C. V. de M; MARION, J. C. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 1998. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003. RIBEIRO, O. M. Contabilidade Geral fácil . São Paulo: Saraiva, 2006. BEULKE, R. Precifcação. São Paulo: Saraiva, 2009.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS GABARITO tema1 Contabilidade de Custos
Questão 1 Alternativa: d) A mão de obra aplicada na produção.
Questão 2 Antes da Revolução Industrial os custos eram facilmente mensuráveis, pois os artesãos utilizavam matéria-prima e mão de obra para geração do produto, enquanto que após a Revolução Industrial, com a mecanização da produção, houve o surgimento dos custos indiretos de fabricação, que são difíceis de mensurar (por exemplo, a energia elétrica - máquina + iluminação - para produzir um produto).
tema2 Sistemas e Análises de Custos
Questão 1 Alternativa: a) C-C-C-C-D.
Questão 2 Trabalhando com tecnologia da informação (TI) é possível haver ótimos sistemas de custos, desde que sejam seguidas três linhas básicas de coleta e tratamento de informações: • Sistema de acumulação de custos. • Sistema de custeio. • Modalidade de custeio.
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tema3 Formação de preço
Questão 1 Alternativa: a) Custo indireto.
Questão 2 Segundo Las Casas (2002), a formação do preço de serviços é uma variável controlável decisiva para a estratégia da empresa. Assim como em um produto, também em serviços, os preços são determinados para cobrir custos operacionais e também proporcionar. Para Assef (1997), a correta formação de preços de venda é questão fundamental para a sobrevivência e o crescimento autossustentável das empresas, independente de seu tamanho ou área de atuação. Já para Bertó e Beulke (2005), a formação do preço de venda de produtos e serviços é um elemento essencial da gestão econômico-nanceira e mercadológica das empresas e envolve vários fatores em sua composição, entre eles, destacam-se a estrutura de custo, demanda (mercado), ação da concorrência, governo e objetivos pretendidos com o produto/mercadoria/serviço.
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