A IMPORTÂNCIA DO ATO DE ESTUDAR 3 tipos de estudos: - para funções sociais gerais: logo é abandonado (como o alfabeto) - outras funções sociais: de tempos em tempos precisa ser revisitado e ampliado (aprender alguma profissão) - pesquisa intelectual e filosófica: movido por uma pergunta e curiosidade individual Os dois primeiros tipos de estudos são muito comuns no Brasil. São meramente preparatórios. A escola é um instrumento para se passar a outra coisa. O que falta no Brasil é o terceiro tipo de estudo: pessoas que estudam para responder alguma questão muito particular, perguntas fundamentais. Essa é a vocação intelectual. Pessoas que estudam visando se tornar melhores seres humanos. “Metade do que somos é definido pelas perguntas que nos temos”. As perguntas e questões que colocamos para nós mesmos definem 50% da nossa biografia. Essa vocação, a do estudo, é muito mais frequente fora do Brasil e ao longo da história mundial em todas as civilizações, mas aqui sua representação é ínfima. Essas pessoas são o “esteio da democracia”. Não existe democracia sem essas pessoas. Na nossa nação, o número de pessoas capazes de debater de igual por igual com os políticos é mínimo, de forma que a quantia de pessoas que mais reclamam do que fazem é desproporcional, ou seja, são pessoas vistas como crianças pelos políticos, pois elas apenas reclamam e clamam por alguma solução proveniente de fora, dos outros. E qual seria a parcela da população capaz de fazer esses debates? Justamente aquelas que optaram pela vida intelectual. Problema da cultura do povo e a suas fontes de estudo e informação: 90% do povo brasileiro se valem da TV, Jornais, Revistas e rádio, meios que NÃO estão preocupados em responder as questões vitais da vida do ser humano, em formar humanos melhores, mais virtuosos. “Uma democracia total só seria possível se todas as pessoas fossem exemplares das virtudes aristocráticas e nobres”. O que é aristocracia? O império do melhor. Dedicar-se ao que há de melhor em nós mesmos. Só trabalhar e descansar é uma vida vulgar, que só se preocupa pelas necessidades corpóreas e sensitivas. É preciso dalgum sacrifício, se dedicar a algo de superior, de nobre, de virtuoso. Diferença entre opinião e conhecimento: a primeira é pessoal e subjetiva, o segundo é impessoal e objetivo. Com Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolveram os conceitos de doxa (opinião) e episteme (conhecimento). A ciência vem da episteme, o saber bem cultivado. “Existem estudos que são feitos só porque a VIDA É IMPORTANTE”. * CULTURA: é ser capaz de dar respostas às questões cruciais da vida humana; é o produto deliberado da tentativa de responder essas questões cruciais. “Deus cuida de nós, mas Ele nos deu a inteligência como primeiro instrumento para cuidar de nós mesmos, e se você a sacrifica por bens menos valiosos, como substitui-la? Não dá”.
É preciso contrapor fatos com PROJETOS alternativos melhores. É preciso pôr algo melhor no lugar.