MAURICE BLANCHOT
A ESCRITURA DO DESASTRE
O desastre arruína tudo deixando tudo no estado. Não atinge esse ou aue!e" # eu$ não estou so% sua a&ea'a. ( na &edida e& ue" )ou)ado" deixado de !ado" o desastre &e a&ea'a ue e!e a&ea'a e& &i& o ue est* +ora de &i&" u& outro ue não eu ue de,-& )assi,a&ente outro. Não * a!/an/e do desastre. 0ora de a!/an/e est* aue!e ue o desastre a&ea'a" não se sa%eria di1er se - de )erto ou de !onge 2 o in+inito da a&ea'a de u&a /erta &aneira ro&)eu todo !i&ite. Esta&os 3 %eira do desastre se& ue )ossa&os situ*4!o no )or,ir5 e!e -" antes" se&)re 6* )assado" e" no entanto" entanto" esta&os esta&os 3 %eira ou so% a a&ea'a" a&ea'a" todas as +or&u!a'7 +or&u!a'7es es ue i&)!i/ar i&)!i/aria& ia& o )or,ir se o desastre não +osse o ue não ,e&" o ue i&)ediu toda ,inda. 8ensar o desastre 9se - )ossí,e!" e não - )ossí,e! na &edida e& ue )ressenti&os ue o desastre - o )ensa&ento: - não ter &ais )or,ir )ara o )ensar. O desastre - se)arado" aui!o ue * de &ais se)arado. ;uando o desastre so%re,-&" e!e não ,e&. O desastre - sua i&in
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Ele não crê no desastre, não se pode se pode crer no desastre, que se viva se viva ou que se morra. morra. Nenhuma Nenhuma fé que esteja esteja à sua medida, medida, e ao mesmo tempo tempo uma espécie espécie de desinteresse, desinteresse, desinteressad desinteressadoo do desastre. desastre. Noite, noite branca - assim o desastre, essa noite à qual a obscuridade falta, sem que a luz a clareie. ♦
O /ír/u!o" desenro!ado so%re u&a reta rigorosa&ente )ro!ongada" re+or&a u& /ír/u!o eterna&ente )ri,ado de /entro.
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A # +a!sa$ unidade" o si&u!a/ro de unidade a /o&)ro&ete& &ais ue sua /o!o/a'ão e& /ausa direta ue no resto não - )ossí,e!.
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Es/r Es/re, e,er er seri seria" a" no !i,r !i,ro" o" de,i de,irr !egí !egí,e ,e!! )ara )ara /ada /ada u&" u&" e" )ara )ara si &es& &es&o" o" inde/i+r*,e!> 9?a%@s não nos disse uase isso>:
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Se o desastre signi+i/a estar se)arado da estre!a 9o de/!ínio ue &ar/a o extra,io uando se interro&)eu a re!a'ão /o& o a/aso de /i&a:" e!e indi/a a ueda so% a ne/essidade desastrosa. A !ei seria o desastre" a !ei su)re&a ou extre&a" o ex/essi,o da !ei não /odi+i/*,e!5 aui!o a ue so&os destinados se& ser /on/ernidos> O desastre não te& o!os )ara ns" e!e - o i!i&itado se& o!ar" o ue não )ode se &edir e& ter&o de +ra/asso ne& /o&o a )erda )ura e si&)!es. Nada - su+i/iente ao desastre= o ue uer di1er ue" da &es&a &aneira ue a destrui'ão e& sua )ure1a de ruína não !e /on,-&" da &es&a &aneira a id-ia de ♦
N. t. Usare&os Usare&os e& it*!i/o it*!i/o o se toda ,e1 ue e!e ti,er a +un'ão de )rono&e a)assi,ador a)assi,ador ou índi/e de indeter&ina'ão do su6eito" a +i& de di+eren/i*4!o de sua +un'ão de )rono&e re+!exi,o.
tota!idade não sa%eria &ar/ar seus !i&ites5 todas as /oisas atingidas e destruídas" os deuses e os o&ens re/ondu1idos 3 aus
desastre toma cuidado com tudo. tudo .
O desastre5 não o )ensa&ento de,indo !ou/o" ne& ta!,e1 &es&o o )ensa&ento enuanto )orta se&)re sua !ou/ura.
♦
O desastre" tirando4nos esse re+gio ue - o )ensa&ento da &orte" dissuadindo4 nos do /atastr+i/o ou do tr*gi/o" desinteressando4nos de todo uerer /o&o de todo &o,i&ento interior" não nos )er&ite &uito &enos 6ogar /o& essa uestão5 o ue tu +i1este )ara o /one/i&ento do desastre>
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O desastre est* do !ado do esue/i&ento= o esue/i&ento se& &e&ria" a retra'ão i&,e! do ue não +oi tra'ado 2 o i&e&oria! ta!,e1= !e&%rar4se )or esue/i&ento" o +ora no,a&ente. ♦
# Ser* Ser* u uee tu so+r so+res este te )ara )ara o /on /one/ e/i& i&en ento to>> $ Isso Isso no noss - )erg )ergun unta tado do )o )orr Niet1s/e" /o& a /ondi'ão de ue não nos eui,oue&os so%re a )a!a,ra so+ri&ento5 o su%&eti&ento" o # )asso $ do tota!&ente )assi,o e& retra'ão e& re!a'ão a toda ,isão" todo /one/er. A &enos ue o /one/i&ento não nos )orte" não nos de)orte" sendo /one/i&ento não do desastre" &as /o&o desastre e )or desastre" go!)eados )or esse /one/i&ento" entretanto não to/ados" +a/e a +a/e /o& a ignorFn/ia do des/one/ido" assi& esue/endo se& /essar. ♦
O desa desast stre re"" )reo )reo/u /u)a )a'ã 'ãoo do ín+i ín+i&o &o"" so%er so%eran ania ia do a/id a/iden enta ta!. !. Isso Isso no noss +a1 +a1 re/one/er ue o esue/i&ento não - negati,o ou ue o negati,o não ,e& a)s a a+ir&a'ão 9a+ir&a'ão negada:" &as est* e& )ro)or'ão /o& o ue * de &ais antigo" o ue ,iria do +undo das idades se& 6a&ais ter sido dado. ♦
( ,erdade ue" e& re!a'ão ao desastre" se &orre se &orre de&asiado tarde. Mas isso não nos dissuade de &orrer= isso nos /on,ida" es/a)ando ao te&)o e& ue - se&)re de&asiado tarde" a su)ortar a &orte ino)ortuna" se& re!a'ão /o& nada senão o desastre /o&o retorno. ♦
?a&ais de/e)/ionado" não )or +a!ta de de/e)'ão" &as a de/e)'ão sendo se&)re insu+i/iente. ♦
Não direi ue o desastre - a%so!uto= ao /ontr*rio" e!e desorienta o a%so!uto" ,ai e ,e&" des/or/erto nG&ade" no entanto /o& a su%itidade insensí,e! &as intensa do +ora" /o&o u&a reso!u'ão irresistí,e! ou i&)re,ista 4 ue nos ,iria do a!-& da de/isão. ♦
Ler" es/re,er" /o&o se ,i,e so% a so%re,igi!Fn/ia do desastre5 ex)osto 3 )assi,idade +ora da )aixão. A exa!ta'ão do esue/i&ento. Não -s tu ue +a!ar*s= deixa o desastre +a!ar e& ti" ue se6a )or esue/i&ento ou )or si!
O desastre 6* u!tra)assou o )erigo" &es&o uando esta&os so% a a&ea'a de 4. O tra'o do desastre - ue não se est* ne!e 6a&ais senão so% sua a&ea'a e" /o&o ta!" u!tra)assage& ao )erigo. ♦
8ensar seria no&ear 9/a&ar: o desastre /o&o )ensa&ento dissi&u!ado. Não sei /o&o /eguei a este )onto" &as )ode ser ue ne!e /ego ao )ensa&ento ue /ondu1 a se &anter 3 distFn/ia do )ensa&ento= )ois e!e d* isso5 a distFn/ia. Mas ir 3 )onta do )ensa&ento 9so% a es)-/ie desse )ensa&ento da )onta" da %eira:" não )ossí,e! so&ente &udando de )ensa&ento> Daí essa in6un'ão5 não &udes de )ensa&ento= re)ete4o" se o )uderes. ♦
O desastre - o do&" e!e d* o desastre5 - /o&o se e!e )assasse a!-& do ser e do não4ser. E!e não - ad,ento 9o )r)rio do ue /ega: 2 isso não /ega , de sorte ue eu" ne& )or isso" /ego &es&o a esse )ensa&ento" ex/eto se& sa%er" se& a a)ro)ria'ão de u& sa%er. Ou então" e!e - ad,ento do ue não /ega" do ue ,iria se& /egada" +ora do ser" e /o&o ue )or deri,a> O desastre )stu&o> ♦
Não )ensar5 isso" se& reten'ão" /o& ex/esso" na +uga )Fni/a do )ensa&ento.
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Ele dizia para si mesmo! tu não te matar"s, teu suic#dio te precede. u então! ele morre inapto a morrer. ♦
O es)a'o se& !i&ite de u& so! ue teste&unaria não )ara o dia" &as )ara a noite !i%erada de estre!as" noite &!ti)!a. ♦
Es gi%t.
#Cone/e ua! rit&o &ant-& os o&ens$ 9Arui!uio:. Rit&o ou !inguage&. 8ro&eteu5 # Neste ritmo, sou tomado$. Con+igura'ão /a&%iante. O ue resu!ta do rit&o> O )erigo do enig&a do rit&o. ♦
A &enos ue não exista no es)írito de ue& uer ue tena sonado os u&anos" at- a si" nada senão u& /G&)uto exato de )uros &oti,os rít&i/os do ser" ue de!e são os re/one/í,eis signos> $ 9Ma!!ar&-.: ♦
O desastre não - so&%rio= e!e !i%eraria de tudo se )udesse ter re!a'ão /o& a!gu-&" ir4 se4ia /one/<4!o e& ter&o de !inguage& e ao ter&o de u&a !inguage& )or u& gaio sa%er. Mas o desastre - des/one/ido" o no&e des/one/ido )ara aui!o ue no )ensa&ento &es&o nos dissuade de ser )ensado" distan/iando4nos )e!a )roxi&idade. S )ara se ex)or ao )ensa&ento do desastre ue des+a1 a so!idão e des%orda toda es)-/ie de )ensa&ento" /o&o a a+ir&a'ão intensa" si!en/iosa e desastrosa do +ora. ♦
U&a re)eti'ão não re!igiosa" se& !a&ento ne& nosta!gia" retorno não dese6ado= o desastre não seria então re)eti'ão" a+ir&a'ão da singu!aridade do extre&o> O desastre ou o in,eri+i/*,e!" o i&)r)rio. ♦
Não * so!idão se esta não des+a1 a so!idão )ara ex)or o s ao +ora &!ti)!o.
♦
O esue/i&ento i&,e! 9&e&ria do i&e&or*,e!:5 nisso se des4/re,e o desastre se& deso!a'ão" na )assi,idade de u& deixar4ir ue não renun/ia" não anun/ia" senão o i&)r)rio retorno. O desastre" ns o /one/e&os ta!,e1 so% outros no&es ta!,e1 6o/osos" de/!inando todas as )a!a,ras" /o&o se )udesse a,er )ara as )a!a,ras u& todo. ♦
$ calma, a queimadura do holocausto, a nadifica%ão de meio-dia - a calma do desastre. ♦
E!e não est* ex/!uído" &as /o&o a!gu-& ue não entraria &ais e& nenu&a )arte. ♦
8enetrado )e!a )assi,a do'ura" assi& e!e te& /o&o ue u& )ressenti&ento 2 !e&%ran'a do desastre ue seria a &ais do/e i&)re,isão. Não so&os /onte&)orFneos do desastre5 est* aí a sua di+eren'a" e essa di+eren'a - a sua a&ea'a +raterna. O desastre seria de &ais" e& de&asia" ex/esso ue não se &ar/a senão e& i&)ura )erda. ♦
Na &edida e& ue o desastre - )ensa&ento" e!e - )ensa&ento não desastroso" )ensa&ento do +ora. Não te&os a/esso ao +ora" &as o +ora se&)re 6* nos to/ou na /a%e'a" sendo o ue se )re/i)ita. O desastre" o ue se desestende" a desestendida se& a o%riga'ão rigorosa de u&a destrui'ão" o desastre re,-&" e!e seria se&)re o desastre de de)ois do desastre" retorno si!en/ioso" não asso!ador" )or onde e!e se dissi&u!a. A dissi&u!a'ão" e+eito de desastre. ♦
# &as não h", aos meus olhos, 'randeza senão na do%ura$ 9S.J.: Direi antes5 nada de extre&o senão )e!a do'ura. A !ou/ura )or ex/esso de do'ura" a !ou/ura do/e. 8ensar" a)agar4se5 o desastre da do'ura. ♦
# $ (nica e)plosão é um livro$ 9Ma!!ar&-:.
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O desastre inex)eri&entado" aui!o ue se su%trai a toda )ossi%i!idade de ex)eri
* o desastre obscuro que porta a luz.
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O orror 2 o onor 4 do no&e ue arris/a se&)re a de,ir so%re4no&e" reto&ado de &aneira ,ã )e!o &o,i&ento do anGni&o5 o +ato de ser identi+i/ado" uni+i/ado" +ixado" )arado nu& )resente. O /o&entador 4 /ríti/a" e!ogio 4 di15 - isso ue tu -s" ue tu )ensas= o )ensa&ento de es/ritura" se&)re dissuadido" es)erado )e!o desastre" eis ue e!e - tornado ,isí,e! no no&e" so%reno&eado" e /o&o ue sa!,o" no entanto" entregue ao e!ogio ou ou 3 /ríti/a 9- o &es&o:" uer di1er" )ro&etido a u&a so%re,ida. As /o,as dos no&es" as /a%e'as 6a&ais ,a1ias. ♦
O +rag&ent*rio" &ais ue a insta%i!idade 9a não4+ixa'ão:" )ro&ete a des/or/erto" o desarran6o. ♦
S/!eie&a/er5 )rodu1indo u&a o%ra" renun/io a &e )rodu1ir e a &e +or&u!ar a &i& &es&o" /u&)rindo4&e e& a!gu&a /oisa exterior e ins/re,endo4&e na /ontinuidade anGni&a da u&anidade 2 donde a re!a'ão o%ra de arte e en/ontro /o& a &orte5 nos dois /asos" ns nos a)roxi&a&os de u& !i&iar )erigoso" de u& )onto /ru/ia! onde ns so&os %rus/a&ente revirados. Da &es&a &aneira" 0riedri/ S/!ege!5 as)ira'ão a se disso!,er na &orte5 #O u&ano - )or toda )arte o &ais a!to" e &es&o &ais a!to ue o di,ino$. 8assage& ao !i&ite. Resta )ossí,e! ue" desde ue es/re,e&os e )or tão )ou/o ue es/re,a&os 2 o )ou/o - so&ente e& de&asia 4" ns ♦
J
Si&one ei!.
sai%a&os ue nos a)roxi&a&os do !i&ite 2 o !i&iar )erigoso 4 onde a re,ira,o!ta est* e& 6ogo. 8ara No,a!is" o es)írito não - agita'ão" inuietude" &as re)ouso 9o )onto neutro se& /ontradi'ão:" +or'a da gra,idade" densidade" Deus sendo #de u& &eta! in+inita&ente /o&)a/to" o &ais denso e o &ais /or)reo de todos os seres$. #O artista e& i&orta!idade$ de,e tra%a!ar )ara o /u&)ri&ento do 1ero onde a!&a e /or)o de,<& &utua&ente insensí,eis. A a)atia" di1ia Sade. A !assidão diante das )a!a,ras - ta&%-& o dese6o das )a!a,ras es)a'adas" ro&)idas e& seu )oder ue - sentido" e e& sua /o&)osi'ão ue - sintaxe ou /ontinuidade do siste&a 9/o& a /ondi'ão de ue o siste&a tena sido e& a!gu&a sorte )re,ia&ente a/a%ado" e o )resente" /u&)rido:. A !ou/ura ue não - 6a&ais de agora" &as o )ra1o da não4ra1ão" o #e!e ser* !ou/o a&anã$" !ou/ura da ua! não se sa%e se ser,ir )ara au&entar" adensar ou a!i,iar seu )ensa&ento. ♦
A )rosa tagare!a5 o %a!%u/io da /rian'a" e" no entanto" o o&e& ue %a%a" o idiota" o o&e& das !*gri&as" ue não se ret-& &ais" ue se re!axa" se& )a!a,ras e!e ta&%-&" desnudado de )oder" &as &es&o assi& &ais )rxi&o da )a!a,ra ue /orre e es/orre" do ue da es/ritura ue se ret-&" &es&o ue +osse )ara a!-& da &aestria. Nesse sentido" não * si!
8oder K /e+e de gru)o" e!e deri,a do do&inador. &acht - o &eio" a &*uina" o +un/iona&ento do )ossí,e!. A &*uina de!irante e dese6ante ensaia e& ,ão +a1er +un/ionar o não4+un/iona&ento= o não4)oder não de!ira" e!e te& se&)re 6* saído do su!/o" da su!/age&" )erten/endo ao +ora. Não - su+i/iente di1er 9)ara di1er o não4 )oder:5 te&4 se o )oder" /o& a /ondi'ão de não +a1er uso de!e" )ois essa - a de+ini'ão da di,indade= a a%sten'ão" o distan/ia&ento da &anuten'ão" não - su+i/iente" se e!a não )ressente ue -" de ante&ão" sina! do desastre. S o desastre &ant-& 3 distFn/ia a &aestria. Anelo 9)or exe&)!o: u& )si/ana!ista a ue& o desastre +aria sina!. 8oder so%re o i&agin*rio" /o& a /ondi'ão de entender o i&agin*rio /o&o o ue se esui,a ao )oder. A re)eti'ão /o&o não4)oder. ♦
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Te&os /onstante&ente necessidade de di1er 9de )ensar:5 /egou4&e aí a!gu&a /oisa 9de &uito i&)ortante:" o ue uer di1er ao &es&o te&)o" isso não sa%eria ser da orde& do ue /ega" ne& da orde& do ue i&)orta" &as" antes" ex)orta e de)orta. A re)eti'ão. ♦
Entre /ertos # se!,agens $ 9so/iedade se& estado:" o /e+e de,e )ro,ar sua do&ina'ão so%re as )a!a,ras5 nenhum silêncio. Ao &es&o te&)o" a )a!a,ra do ♦
N. t. 8a!a,ra a!e&ã ue signi+i/a )oder na ex)ressão niet1s/iniana i!! der Ma/t 9ontade de )oder:. Eti&o!ogi/a&ente" &acht deri,a do ,er%o &a/en 9+a1er:.
/e+e não - dita )ara ser es/utada 2 ningu-& )resta aten'ão 3 )a!a,ra do /e+e" ou antes" +inge4 se a desaten'ão= e o /e+e" e+eti,a&ente" não di1 nada" re)etindo /o&o ue a /e!e%ra'ão das nor&as de ,ida tradi/ionais. A ua! de&anda da so/iedade )ri&iti,a res)onde essa )a!a,ra ,a1ia ue e&ana do !ugar a)arente do )oder> a1io" o dis/urso do /e+e o - 6usta&ente )orue - se)arado do )oder 2 - a so/iedade e!a &es&a ue - o !ugar do )oder. O /e+e de,e se &o,er no e!e&ento da )a!a,ra" uer di1er" no o)osto da ,io!
Aue!e ue /riti/a ou re)e!e o 6ogo" 6* entrou no 6ogo.
♦
Co&o se )ode )retender5 # O ue tu não sa%es de &aneira a!gu&a" de &aneira a!gu&a sa%eria te ator&entar> $ Não sou o /entro daui!o ue ignoro" e o tor&ento te& seu sa%er )r)rio ue re/o%re &ina ignorFn/ia. ♦
O dese6o5 +a'a /o& ue tudo se6a &ais ue tudo e )er&ane'a o tudo.
♦
Es/re,er )ode ter ao &enos esse sentido5 usar os erros. 0a!ar os )ro)aga" os disse&ina +a1endo /rer nu&a ,erdade. Ler5 não es/re,er= es/re,er na interdi'ão de !er. Es/re,er5 re/usar es/re,er 4 es/re,er )or re/usa" de sorte ue se6a su+i/iente ue se !e )e'a a!gu&as )a!a,ras )ara ue u&a es)-/ie de ex/!usão se )ronun/ie" /o&o se se o o%rigasse a so%re,i,er" a se )restar 3 ,ida )ara /ontinuar a &orrer. Es/re,er )or aus
So!idão se& /onso!a'ão. O desastre i&,e! ue" no entanto" se a)roxi&a.
♦
Co&o )oderia a,er u& dever de ,i,er> A uestão &ais s-ria5 o dese6o de &orrer seria de&asiado +orte )ara se satis+a1er /o& minha &orte /o&o /o& aui!o ue o esgotaria" e e!e signi+i/a )aradoxa!&ente5 ue os outros ,i,a& se& ue a ,ida !es se6a u&a o%riga'ão. O dese6o de &orrer !i%era do de,er de ,i,er" uer di1er" te& esse e+eito de ue se ,i,e se& o%riga'ão 9&as não se& res)onsa%i!idade" a res)onsa%i!idade estando a!-& da ,ida:. ♦
A angstia de !er5 - ue todo texto" )or tão i&)ortante" tão agrad*,e! e tão interessante ue se6a 9e uanto &ais e!e d* a i&)ressão de s<4!o:" - ,a1io 2 não existe no +undo= - )re/iso trans)or u& a%is&o" e se não se sa!ta" não se /o&)reende. ♦
O # &isti/is&o$ de ittgenstein" no +ora de sua /on+ian'a na unidade" ,iria do +ato de ue e!e /r< ue se )ode mostrar !* onde não se )oderia +a!ar. Mas" se& !inguage&" nada se &ostra. E /a!ar4se - ainda +a!ar. O si!
Não es/re,er 2 ue !ongo /a&ino antes de /egar a ta! )onto" e isso não - 6a&ais seguro" não - ne& u&a re/o&)ensa ne& u& /astigo" - )re/iso so&ente es/re,er na in/erte1a e na ne/essidade. Não es/re,er" e+eito de es/ritura= /o&o u&a &ar/a da )assi,idade" u& re/urso da desgra'a. ;uantos es+or'os )ara não es/re,er" )ara ue" es/re,endo" eu não es/re,a" a)esar de tudo 4 e +ina!&ente eu /esse de es/re,er" no &o&ento !ti&o da /on/essão= não no deses)ero" &as /o&o o ines)erado5 o +a,or do desastre. O dese6o não satis+eito e se& satis+a'ão e" entretanto" se& negati,o. Nada de negati,o e& # não es/re,er $" a intensidade se& &aestria" se& so%erania" a o%sessão do tota!&ente )assi,o. ♦
Des+a!e/er se& +a!ta5 &ar/a da )assi,idade.
♦
;uerer es/re,er" ue a%surdo5 es/re,er - a de/ad
Não es/re,er5 a neg!ig
O não4&ani+esto da angstia. Angustiado" tu não o serias.
♦
O desastre - aui!o ue não se )ode a/o!er" sa!,o /o&o a i&in
;ue as )a!a,ras /esse& de ser ar&as" &eios de a'ão" )ossi%i!idades de sa!,a'ão. Re)ortar4se ao des/on/erto. ;uando es/re,er" não es/re,er" - se& i&)ortFn/ia" então a es/ritura &uda 2 ue e!a tena !ugar ou não" - a es/ritura do desastre. ♦
Não /on+ie&os no +ra/asso5 seria ter a nosta!gia do
♦
8ara a!-& da seriedade" * o 6ogo" &as )ara a!-& do 6ogo" )ro/urando aui!o ue engana o ad,ers*rio5 o gratuito" ao ua! não se )ode se esui,ar" o /asua! so% o ua! to&%o" se&)re 6* to&%ado. E!e )assa dias e noites no si!
Desta/ado de tudo" in/!usi,e de seu desta/a&ento.
♦
U& engodo do eu moi5 sa/ri+i/ar o eu moi e&)íri/o )ara )reser,ar u& eu Je trans/endenta! ou +or&a!" nadi+i/ar4se )ara sa!,ar sua a!&a 9ou o sa%er" estando /o&)reendido nisso o não4sa%er:. ♦
Não es/re,er não de,eria reen,iar a u& #não uerer es/re,er$" ne& ta&%-&" e&%ora isso se6a &ais a&%íguo" a u& #Eu não )osso es/re,er$ ue na ,erdade &ar/a ainda" de u&a &aneira nost*!gi/a" a re!a'ão de u& # eu je]$ /o& a )ot
Onde * o &enos de )oder> Na )a!a,ra" na es/ritura> ;uando eu ,i,o" uando eu &orro> Ou então" uando &orrer não &e deixa &orrer. ♦
( u&a )reo/u)a'ão -ti/a o ue te distan/ia do )oder> O )oder !iga" o não4)oder des!iga. s ,e1es o não4)oder - )ortado )e!a intensidade do indese6*,e!. ♦
Se& /erte1a" e!e não du,ida= e!e não te& o a)oio da du,ida.
♦
O )ensa&ento do desastre" se não extingue o )ensa&ento" nos torna des)reo/u)ados a res)eito das seu
Retira&ento e não desen,o!,i&ento. Ta! seria a arte" 3 &aneira do Deus de Isaa/ Luria ue não /ria senão se ex/!uindo. ♦
Es/re,er - e,idente&ente se& i&)ortFn/ia" não i&)orta es/re,er. ( a )artir daí ue a re!a'ão /o& a es/ritura se de/ide. ♦
A uestão ue re)ousa so%re o desastre 6* !e )erten/e5 e!a não - interroga'ão" )ris&a" de&anda" /a&ada de so/orro= o desastre /a&a )e!o desastre )ara ue a id-ia de sa!,a'ão" de reden'ão" não se a+ir&e ainda" /ausando )a,ores destro'antes" &antendo o &edo. O desastre5 /ontrate&)o. ♦
( o outro ue &e ex)7e 3 #unidade$" +a1endo4&e /rer nu&a singu!aridade insu%stituí,e!" /o&o se eu não de,esse +a!tar a e!a" se&)re &e retirando daui!o ue &e tornaria ni/o5 não sou indis)ens*,e!" não i&)orta ue& se6a" e& &i&" /a&ado )e!o outro /o&o aue!e ue !e de,e so/orro 2 o não4ni/o" o se&)re su%stituído. O outro -" e!e ta&%-&" se&)re outro" entretanto se )restando a u&" outro ue não ne& este ne& aue!e e" toda,ia" a /ada ,e1" o s" a ue& de,o tudo" in/!usi,e a )erda de &i& moi. A res)onsa%i!idade da ua! sou en/arregado não - a &ina e +a1 ue eu não se6a &ais #eu$ moi. ♦
# S< )a/iente $. 8a!a,ra si&)!es. E!a exigia &uito. A )a/i Ningu-& ue )ossa di1<4!o e ningu-& ue )ossa entend<4!o. A )a/i
8e!a )a/i
Desde ue o si!
Se * re!a'ão entre es/ritura e )assi,idade" - ue u&a e a outra su)7e& o a)aga&ento" a extenua'ão do su6eito5 su)7e& u&a &udan'a de te&)o5 su)7e& ue entre ser e não ser a!gu&a /oisa ue não se /u&)re" /ega" entretanto" /o&o tendo desde se&)re 6* so%re,indo 4 o deso%ra&ento do neutro" a ru)tura si!en/iosa do +rag&ent*rio. ♦
A )assi,idade5 não )ode&os e,o/*4!a senão )or u&a !inguage& ue se su%,erta a si &es&a. Outrora" eu /a&a,a )e!o so+ri&ento5 so+ri&ento ta! /o&o eu não )odia so+r<4!o" de sorte ue" nesse não4)oder" o eu moi ex/!uído da &aestria e de seu estatuto de su6eito e& )ri&eira )essoa" destituído" dessituado e at- &es&o deso%rigado" )udesse se )erder /o&o eu moi /a)a1 de so+rer= * so+ri&ento" a,eria so+ri&ento" não * &ais # eu je $ so+rente" e o so+ri&ento não se a)resenta" não - )ortado 9&enos ainda ,i,ido: no )resente" - se& )resente" /o&o - se& /o&e'o ne& +i&5 o te&)o radi/a!&ente &udou de sentido. O te&)o se& )resente" o eu moi se& eu moi" nada do ua! se )ossa di1er ue a ex)eri
H* a )assi,idade ue - uietude )assi,a 9+igurada ta!,e1 )or aui!o ue sa%e&os do as/etis&o:= ta&%-& a )assi,idade ue est* a!-& da inuietude" se&)re retendo aui!o ue * de )assi,o no &o,i&ento +er,oroso" desigua!4igua!" se& )arada" do erro se& &eta" se& +i&" se& ini/iati,a. ♦
O dis/urso so%re a )assi,idade a trai ne/essaria&ente" &as )ode reto&ar a!guns dos tra'os )e!os uais e!e - in+ie!5 não so&ente o dis/urso - ati,o" e!e se )ro6eta" se desen,o!,e segundo as regras ue !e assegura& u&a /erta /oer
assina!ando ou se indi/ando e" assi&" )e!a dis)ersão e )e!a de+e/'ão" /aindo se&)re de%aixo daui!o ue se )ode anun/iar de!a" &es&o ue se6a a títu!o )ro,isrio. De onde resu!ta ue" se nos senti&os i&)e!idos a di1er a!gu&a /oisa da )assi,idade" - na &edida e& ue isso i&)orta ao o&e& se& +a1<4!o )assar do !ado do i&)ortante" na &edida ta&%-& e& ue a )assi,idade" es/a)ando ao nosso )oder de +a!ar de!a %e& /o&o ao nosso )oder de +a1er4!e a )ro,a 9de )ro,*4!a:" se )7e ou se de)7e /o&o aui!o ue interro&)eria nossa ra1ão" nossa )a!a,ra" nossa ex)eri
A re/usa" di14 se" - o )ri&eiro grau da )assi,idade 4 &as se e!a - de!i%erada e ,o!unt*ria" se ex)ri&e u&a de/isão" &es&o ue negati,a" e!a não )er&ite ainda /ontrastar /o& o )oder de /ons/i
A )assi,idade - se& &edida5 - ue e!a des%orda o ser" o ser na ponta de ser 4 a )assi,idade de u& )assado 6* es/orrido ue 6a&ais +oi5 o desastre entendido" su%entendido não /o&o u& e,ento do )assado" &as /o&o o )assado i&e&oria! 9 e r/s-0aut : ue re,-& dis)ersando )e!o retorno o te&)o )resente e& ue e!e seria ,i,ido /o&o re,indo. ♦
•
A )assi,idade5 )ode&os e,o/ar situa'7es de )assi,idade" a desgra'a" o es&aga&ento +ina! do estado /on/entra/ion*rio" a ser,idão do es/ra,o se& &estre" ♦
N. t. Re+er
/aído a%aixo da ne/essidade" o &orrer /o&o a desaten'ão 3 saída &orta!. E& todos esses /asos" re/one/e&os" &es&o ue se6a de u& sa%er +a!si+i/ante" a)roxi&ati,o" tra'os /o&uns5 o anoni&ato" a )erda de si" a )erda de toda so%erania" &as ta&%-& de toda su%ordina'ão" a )erda da resid
Na )a/i
Se" na )a/i Mas o +rag&ent*rio do ua! não * ex)eri
A &orte do Outro5 u&a &orte du)!a" )ois o Outro - 6* a &orte e )esa so%re &i& /o&o a o%sessão da &orte. ♦
Na re!a'ão de &i& moi a Outre&" Outre& - aui!o ue eu não )osso atingir" o Se)arado" o A!tíssi&o" aui!o ue es/a)a a &eu )oder e assi& o se&4)oder" o estrangeiro e o des&unido. Mas" na re!a'ão de utrem a mim 1 moi 2" tudo )are/e se ♦
re,irar5 o !ongínuo de,-& o )rxi&o" essa )roxi&idade de,-& a o%sessão ue &e !esa" )esa so%re &i& moi" &e se)ara de &i& moi" /o&o se a se)ara'ão 9ue &ensura,a a trans/end Dito de outro &odo" a )ersegui'ão ue &e a%re 3 &ais !onga )a/i
+raue1a se esui,a a toda ,io!
;ue outre& não tena outro sentido ue o re/urso in+inito ue eu !e de,o" ue e!e se6a o a)e!o )or so/orro se& ter&o ao ua! nenu& outro ue eu moi sa%eria res)onder" não &e torna insu%stituí,e!" &enos ainda o ni/o" &as &e +a1 desa)are/er no &o,i&ento in+inito de ser,i'o onde não sou senão u& singu!ar te&)or*rio" u& si&u!a/ro de unidade5 não )osso tirar nenu&a 6usti+i/a'ão 9ne& )ara ,a!er ne& )ara ser: de u&a exig
A interru)'ão do in/essante - o )r)rio da es/ritura +rag&ent*ria5 a interru)'ão tendo e& a!gu&a &aneira o &es&o sentido ue aui!o ue não /essa" a&%os e+eito da )assi,idade= !* onde não reina o )oder" ne& a ini/iati,a" ne& o ini/ia! de u&a de/isão" o &orrer - o ,i,er" a )assi,idade da ,ida" es/a)ada a si &es&a" /on+undida /o& o desastre de u& te&)o se& )resente e ue ns su)orta&os es)erando" es)era de u&a desgra'a não )or ,ir" &as se&)re 6* so%re,inda e ue não )ode se a)resentar5 nesse sentido" +uturo" )assado são ,otados 3 indi+eren'a" 6* ue u& e outro se& )resente. Daí ue os o&ens destruídos 9destruídos se& destrui/ão: se6a& /o&o ue se& a)ar
( /o&o se e!e dissesse5 #;ue )ossa a +e!i/idade ,ir )ara todos" /o& a /ondi'ão de ue" )or esse ane!o" eu se6a ex/!uído de!a$. ♦
Se Outre& não - &eu ini&igo 9/o&o e!e o - 3s ,e1es e& Hege! 4 &as u& ini&igo %ene,o!ente 2 e" so%retudo" e& Sartre e& sua )ri&eira +i!oso+ia:" /o&o e!e )ode de,ir aue!e ue &e arran/a 3 &ina identidade e /u6a )ressão e& ua!uer es)-/ie de )osi'ão 2 aue!a do )rxi&o 4 &e +ere" &e +atiga" &e )ersegue &e ator&entando de ta! sorte ue eu moi se& &i& moi de,ena res)ons*,e! desse tor&ento" dessa !assidão ue &e destitui" a res)onsa%i!idade sendo o extre&o do su%&eti&ento5 ♦
aui!o )e!o ua! - )re/iso ue eu res)onda" enuanto estou se& res)osta e estou se& &i& moi" sa!,o )or e&)r-sti&o e )or si&u!a/ro ou )e!o # !ugar4tenente$ do &es&o5 o !ugar4tenente /anGni/o. A res)onsa%i!idade seria a /u!)a%i!idade ino/ente" o go!)e desde se&)re re/e%ido ue &e torna tanto &ais sensí,e! a todos os go!)es. ( o trau&atis&o da /ria'ão ou do nas/i&ento. Se a /riatura - #aue!e ue de,e sua situa'ão ao +a,or do outro$" eu sou /riado res)ons*,e!" de u&a res)onsa%i!idade anterior ao &eu nas/i&ento" assi& /o&o e!a - exterior ao &eu /onsenti&ento" 3 &ina !i%erdade" nas/ido" )or u& +a,or ue se a/a ser u&a )redestina'ão" 3 desgra'a de outre&" ue - a desgra'a de todos. Outre&" di1 Le,inas" /onstrangedor" &as não - de no,o a )ers)e/ti,a sartriana5 a n*usea ue nos d*" não a +a!ta de ser" &as o de&asiado de ser" u& ex/edente do ua! eu gostaria de &e desin,estir" &as do ua! eu não sa%eria &e desinteressar" )ois" at- no desinteresse" ainda o outro ue &e ,ota a o/u)ar seu !ugar" a não ser &ais do ue seu !ugar4 tenente> Eis aui ta!,e1 u&a res)osta. Se Outre& &e )7e e& uestão at- &e desnudar de &i&" - )orue e!e &es&o - o a%so!uto desnuda&ento" a su)!i/a'ão ue des/on+essa o eu moi e& &i& moi] at- o su)!í/io. ♦
O não4/on/ernente 9nesse sentido de ue u& moi e o outro não )ode& o/u)ar 6untos o &es&o es)a'o" ne& se reunir nu& &es&o te&)o5 ser /onte&)orFneos:" de saída outre& )ara &i& moi" de)ois ta&%-& eu moi /o&o outro do ue eu moi" isso ue e& &i& moi não /oin/ide /o&igo moi" &ina eterna aus
Outre&" não )osso a/o!<4!o" &es&o ue +osse )or u&a a/eita'ão in+inita. Ta! - o tra'o no,o e di+í/i! da intriga. Outre&" /o&o )rxi&o" - a re!a'ão ue eu não )osso suster e /u6a a)roxi&a'ão - a &orte &es&a" a ,i1inan'a &orta! 9ue& ,< Deus &orre5 - ue #&orrer$ - u&a &aneira de ,er o in,isí,e!" u&a &aneira de di1er o indi1í,e! 2 a indis/ri'ão e& ue Deus" de,indo e& a!gu&a &aneira e ne/essaria&ente deus se& ,erdade" se renderia 3 )assi,idade:. ♦
Se não )osso a/o!er o Outro na inti&a'ão ue exer'o at- &e extenuar" - então )e!a s fraqueza desa6eitada 9o #a)esar de tudo$ in+e!i1" &ina )arte de derrisão e de !ou/ura: ue sou /a&ada a entrar nessa re!a'ão outra" /o& &eu eu &oi gangrenado e roído" a!ienado de u&a )arte 3 outra 9assi&" - )or entre os !e)rosos e os &endigos so% as +orta!e1as de Ro&a ue os 6udeus dos )ri&eiros s-/u!os )ensa,a& des/o%rir o Messias:. ♦
Enuanto o outre& +or o !ongínuo 9o rosto ue ,e& do a%so!uta&ente !ongínuo e de!e )orta o rastro" rastro de eternidade" de i&e&oria! )assado:" s a re!a'ão ao ua! &e ordena o outre& do rosto" no rastro do ausente" - para-além do ser 2 aui!o que não - então o si &es&o ou a i)seidade 9Le,inas es/re,e5 # )ara a!-& do ser" est* u&a Ter/eira )essoa ue não se de+ine )e!o si &es&o$:. Mas uando outre& não - &ais o !ongínuo" &as o )rxi&o ue )esa so%re &i& moi at- &e a%rir 3 radi/a! )assi,idade do si" a su%6eti,idade enuanto ex)osi'ão +erida" a/usada e )erseguida" enuanto sensi%i!idade a%andonada 3 di+eren'a" to&%a )or seu turno )ara +ora do ser" signi+i/a o )ara4a!-& do ser" no do& &es&o 4 a doa'ão de signo 4 ue seu sa/ri+í/io des&edido entrega a outre&5 e!a -" ao &es&o títu!o ue outre& e ue o rosto" o enig&a ue desarran6a a orde& e /ontrasta /o& o ser5 a ex/e'ão do extraordin*rio" a /o!o/a'ão )ara +ora do +enG&eno" )ara +ora da ex)eri
A )assi,idade e a uestão5 a )assi,idade ta!,e1 este6a na )onta da uestão" &as e!a !e )erten/e ainda> O desastre )ode ser interrogado> Onde en/ontrar a !inguage& e& ue res)osta" uestão" a+ir&a'ão" nega'ão" inter,<& ta!,e1" &as são se& e+eito> Onde est* o di1er ue es/a)a a toda &ar/a" aue!a da )redi'ão" assi& /o&o aue!a da interdi'ão> ♦
;uando Le,inas de+ine a !inguage& /o&o /ontato" e!e a de+ine /o&o i&ediatidade" e isso - denso de /onseQ
Res)onsa%i!idade5 essa )a!a,ra %ana!" essa no'ão /u6a &ora! &ais +*/i! 9a &ora! )o!íti/a: nos +a1 u& de,er" - )re/iso tentar entender /o&o Le,inas a reno,ou" a a%riu at- +a1<4!a signi+i/ar 9)ara a!-& de todo sentido: a res)onsa%i!idade de u&a ♦
+i!oso+ia outra 9ue )er&ane/e" entretanto" e& &uitos as)e/tos" a +i!oso+ia eterna :. Res)ons*,e!5 isso ua!i+i/a" e& gera!" )rosai/a e %urguesa&ente" u& o&e& &aduro" !/ido e /ons/iente" ue age /o& &edida" d*4se /onta de todos os e!e&entos da situa'ão" /a!/u!a e de/ide" o o&e& de a'ão e de Se a res)onsa%i!idade - ta! ue e!a retira o eu moi do eu moi" o singu!ar do indi,idua!" o su%6eti,o do su6eito" a não4/ons/i
)r*ti/a" ua!uer ue se6a 4 sa!,o aue!a de u& /ontra4,i,er" uer di1er" de u&a não4 )r*ti/a" uer di1er 9ta!,e1: de u&a )a!a,ra de es/ritura. Resta ue" /ontrastando /o& a nossa ra1ão e se&" toda,ia" nos entregar 3s +a/i!idades de u& irra/iona!" essa )a!a,ra res)onsa%i!idade ,e& /o&o ue de u&a !inguage& des/one/ida ue ns não +a!a&os senão a /ontragosto" a /ontra4,ida e nu&a in6usti+i/a'ão se&e!ante 3ue!a e& ue esta&os e& re!a'ão a toda &orte" a &orte do Outro /o&o a nossa se&)re i&)r)ria. Seria" )ois" )re/iso 6usta&ente se ,irar e& dire'ão a u&a !íngua 6a&ais es/rita" &as se&)re a )res/re,er" )ara ue essa )a!a,ra in/o&)reensí,e! se6a entendida e& sa densidade desastrosa e nos /on,idando a nos ,irar e& dire'ão ao desastre se& /o&)reend<4!o" ne& su)ort*4!o. Daí ue e!a se6a e!a &es&a desastrosa" a res)onsa%i!idade ue 6a&ais a!i,ia Outre& 9ne& &e a!i,ia de!e:" e nos torna &udos da )a!a,ra ue ns !e de,e&os. Resta ainda ue a )roxi&idade do &ais !ongínuo" a )ressão do &ais !e,e" o /onta/to daui!o ue não atinge" - )e!a amizade ue )osso res)onder a e!es" u&a a&i1ade se& )arti!a" %e& /o&o se& re/i)ro/idade" a&i1ade )ara aui!o ue )assou se& deixar rastros" res)osta da )assi,idade 3 não4)resen'a do des/one/ido. A )assi,idade - u&a tare+a 4 isso na !inguage& outra" aue!a da exig
O uso da )a!a,ra su%6eti,idade - tão enig&*ti/o uanto o uso da )a!a,ra res)onsa%i!idade 4 e &ais /ontest*,e!" )ois - u&a designa'ão ue - /o&o ue es/o!ida )ara sa!,ar nossa )arte de es)iritua!idade. 8or ue su%6eti,idade" senão a +i& de des/er ao +undo do su6eito" se& )erder o )ri,i!-gio ue este en/arna" essa )resen'a )ri,ada ue o /or)o" &eu /or)o sensí,e!" &e +a1 ,i,er /o&o &ina> Mas se a )retensa #su%6eti,idade$ - o outro no lu'ar de &i& moi" e!a não - &ais su%6eti,a ue o%6eti,a" o outro - se& interioridade" o anGni&o - seu no&e" o +ora seu )ensa&ento" o não4/on/ernente seu a!/an/e e o retorno seu te&)o" do &es&o &odo ue a neutra!idade e a )assi,idade de &orrer seria& sua ,ida" se esta - o ue ♦
ne/ess*rio a/o!er )e!o do& do extre&o" do& daui!o ue 9no /or)o e )e!o /or)o: o não4)erten/i&ento. 8assi,idade não - si&)!es re/e)'ão" não &ais do ue e!a não seria a in+or&e e a inerte &at-ria pronta )ara toda +or&a 4 )assi,as" as i&)e!idas de &orrer 9o &orrer" si!en/iosa intensidade= aui!o ue não se deixa a/o!er" aui!o ue se ins/re,e se& )a!a,ra" o /or)o no )assado" /or)o de ningu-&" o /or)o do inter,a!o5 sus)ensão do ser" sín/o)e /o&o re/orte do te&)o e ue não )ode&os e,o/ar senão /o&o a istria se!,age&" inenarr*,e!" não tendo sentido )resente:. 8assi,o5 o não4re!ato" aui!o ue es/a)a 3 /ita'ão e ue a !e&%ran'a não re!e&%raria 2 o esue/i&ento /o&o )ensa&ento" uer di1er" aui!o ue não sa%eria ser esue/ido )orue se&)re 6* to&%ado )ara +ora da &e&ria. ♦
Ca&o de desastre o ue não te& o !ti&o )or !i&ite5 aui!o ue arrasta o !ti&o no desastre. ♦
O desastre não &e )7e e& uestão" &as !e,anta a uestão" a +a1 desa)are/er" /o&o se /o& e!a # eu$ je] desa)are/esse no desastre se& a)ar
;uando o outro se re!a/iona a &i& moi de ta! &odo ue o des/one/ido e& &i& moi !e res)onda e& &eu !ugar" essa res)osta - a a&i1ade i&e&oria! ue não se deixa es/o!er" não se deixa ,i,er no atua!5 a )arte o+ere/ida da )assi,idade se& su6eito" o &orrer +ora de si" o /or)o ue não )erten/e a ningu-&" no so+ri&ento" no go1o não nar/ísi/os. ♦
A a&i1ade não - u& do&" u&a )ro&essa" a generosidade gen-ri/a. Re!a'ão in/o&ensur*,e! de u& /o& o outro" e!a - o +ora re!igado e& sua ru)tura e e& sua ina/essi%i!idade. O dese6o" )uro dese6o i&)uro" - a /a&ada a trans)or a distFn/ia" /a&ada a &orrer e& /o&u& )e!a se)ara'ão. A &orte" nu& s go!)e" i&)otente" se a a&i1ade - a res)osta ue não se )ode entender e +a1er entender senão &orrendo in/essante&ente. ♦
uardar o si!
Co&o ter re!a'ão /o& o )assado )assi,o" re!a'ão ue" e!a &es&a" não sa%eria se a)resentar na !u1 de u&a /ons/i ♦
O renun/ia&ento ao eu4su6eito moi-sujet não - u& renun/ia&ento ,o!unt*rio" )ortanto não &ais u&a a%di/a'ão in,o!unt*ria= uando o su6eito se +a1 aus
A +raue1a não sa%eria ser u&ana &es&o se - no o&e& a )arte inu&ana" a gra,idade do não4)oder" a !e,e1a des)reo/u)ada da a&i1ade ue não )esa" não )ensa 4 o não4)ensa&ento )ensante" essa reser,a do )ensa&ento ue não se deixa )ensar. A )assi,idade não /onsente" não re/usa5 ne& si& ne& não" se& grado" s !e /on,iria o i!i&itado do neutro" a )a/i
Le,inas +a!a da su%6eti,idade do su6eito= se se uer &anter essa )a!a,ra 2 )or u<> Mas )or ue não> 4" seria )re/iso ta!,e1 +a!ar de u&a subjetividade sem sujeito" o !o/a! +erido" o &a/u/ad o do /or)o &orrendo 6* &orto do ua! ningu-& sa%eria ser )ro)riet*rio ou di1er5 eu moi" &eu /or)o" isso que ani&a o s dese6o &orta!5 dese6o de &orrer" dese6o ue )assa )e!o &orrer i&)r)rio se& ne!e )assar a!-& de si &es&o. A so!idão ou a não4interioridade" a ex)osi'ão ao +ora" a dis)ersão +ora de en/erra&ento" a i&)ossi%i!idade de se &anter +ir&e" +e/ado 2 o o&e& )ri,ado de g
Res)onder5 * a res)osta 3 uestão 4" a res)osta ue torna a uestão )ossí,e! 4" aue!a ue a redo%ra" a +a1 durar e não a a)a1igua" ao /ontr*rio !e /on/ede u& no,o es)!endor" !e assegura um corte 4" * a res)osta interrogati,a= en+i&" 3 distFn/ia do a%so!uto" a,eria essa res)osta se& interroga'ão 3 ua! nenu&a uestão /on,ir*" res)osta da ua! não sa%e&os ue +a1er" se s )ode re/e%<4!a a a&i1ade ue a d*. ♦
O enig&a 9o segredo: - )re/isa&ente a ausência de uestão 4 !* onde não * &es&o o !ugar )ara introdu1ir u&a uestão" se& ue" entretanto" essa aus
Não res)onder ou não re/e%er res)osta - a regra5 isso não - su+i/iente )ara deter as uest7es. Mas" uando a res)osta - aus
4onaventura5 # E& ,*rias o/asi7es" ex)u!sara&4&e das igre6as )orue !* eu ria" e dos !u)anares )orue eu ueria re1ar !*$. O sui/ídio5 # Não deixo nada )ara tr*s de &i&" e - /eio de desa+ios ue )arto a teu en/ontro" Deus 4 ou Nada$. # A ida não - senão a /a&isa xadre1 ue o Nada usa... Tudo - nada... 8or essa )arada do Te&)o" os !ou/os entende& a eternidade" &as e& ,erdade - o Nada )er+eito" e a &orte a%so!uta" 6* ue" ao /ontr*rio" a ,ida não nas/e senão de u&a &orte ininterro&)ida 9se ns reso!,
A )a/i
Bona,entura5 # Eu &e ,i s /o&igo &es&o no Nada... Co& o Te&)o" toda di,ersidade desa)are/era" e não reina,a &ais nada senão u& i&enso e a)a,orante t-dio" ,a1io )ara todo se&)re. 0ora de &i&" tentei &e tornar Nada" &as eu )er&ane/ia" e &e sentia i&orta!$. ♦
A a+ir&a'ão" +reuente&ente &a! /itada ou +a/i!&ente tradu1ida" de No,a!is5 o ,erdadeiro ato +i!oso+i/o - o !e,ar 3 &orte de si &es&o 9o &orrer de si" si /o&o &orrer" 5elbstt6tun' e não 5elbstmord " o &o,i&ento &orta! do &es&o ao outro:. O sui/ídio /o&o &o,i&ento &orta! do &es&o não )ode 6a&ais ser )ro6etado" )orue o e,ento do sui/ídio se /u&)re no interior de u& /ír/u!o no inter,a!o de todo )ro6eto" ta!,e1 de todo )ensa&ento ou de toda ,erdade 2 assi& e!e - sentido /o&o in,eri+i/*,e!" at- &es&o in/ognos/í,e!" e toda ra1ão ue se d* de!e" )or tão 6usta ue e!a se6a" )are/e se& /on,eni
Do )ensa&ento" - )re/iso di1er de saída ue e!e - a i&)ossi%i!idade de se deter e& nada de de+inido" )ortanto" de )ensar nada de deter&inado e ue assi& e!e - a neutra!i1a'ão )er&anente de todo )ensa&ento )resente" ao &es&o te&)o ue a re)udia'ão de toda aus
A )a/i
♦
Não )ensa&ento )assi,o" &as eu /a&aria )or u& )assi,o de )ensa&ento" )or u& se&)re 6* )assado do )ensa&ento" aui!o ue" no )ensa&ento" não sa%eria se tornar )resente" entrar e& )resen'a" ainda &enos se deixar re)resentar ou se /onstituir e& +undo )ara u&a re)resenta'ão. 8assi,o do ua! nada de outro )ode ser dito" senão ue e!e interdita toda )resen'a de )ensa&ento" todo )oder de /ondu1ir o )ensa&ento at- 3 )resen'a 9at- ao ser:" se&" entretanto" /on+inar o )ensa&ento e& u&a reser,a" u&a retra'ão )ara +ora da )resen'a" &as deixando4a e& )roxi&idade 4 )roxi&idade de distan/ia&ento 2 /o& o outro" o )ensa&ento do outro" o outro /o&o )ensa&ento. ♦
7uando tudo est" dito, o que resta para dizer é o desastre, ru#na de palavra, desfalecimento pela escritura, rumor que murmura... o que resta sem resto 9o +rag&ent*rio:. ♦
O )assi,o não te& ue ter !ugar" &as" i&)!i/ado na ,irada ue" a+astando4se da ,o!ta" se +a1 )or &eio de!a rodeio" e!e - o tor&ento do te&)o ue" tendo se&)re 6* )assado" ,e& /o&o retorno se& )resente" ,indo se& ad,ir na )a/i
8ra'mento5 além de toda fratura, de todo estilha%o, a paciência de pura impaciência, o pouco a pouco do subitamente. ♦
O outro não est* e& re!a'ão senão /o& o outro5 e!e se re)ete se& ue essa re)eti'ão se6a re)eti'ão de u& &es&o" redo%rando4se desdo%rando4se ao in+inito" a+ir&ando" +ora de todo +uturo" )resente" )assado 9e )or aí o negando:" u& te&)o ue se&)re 6* +e1 seu te&)o. O Outro não sa%eria a/eitar se a+ir&ar /o&o Todo Outro" )ois ue a a!teridade não o deixa e& re)ouso" tra%a!ando4o de u&a &aneira i&)roduti,a" des!o/ando4o de u& nada" de u& todo" +ora de toda &edida" de ta! sorte ue" es/a)ando ao re/one/i&ento da !ei /o&o a u&a ua!uer no&ina'ão" no&ina'ão" dese6o se& dese6ante ne& dese6ado" e!e &ar/a o segredo 4 a se)ara'ão 4 do &orrer e& 6ogo e& todo ,i,ente /o&o aui!o ue o a+asta 9se& /essar" )ou/o a )ou/o e /ada ,e1 nu& s go!)e: de si /o&o id
O ue so%re 8!atão nos ensina 8!atão no &ito da /a,erna" - ue os o&ens e& gera! são )ri,ados do )oder ou do direito de ,irar ou de se re,irar. ♦
Tro/ar ideias não so&ente seria se des,iar de di1er aui!o ue é )e!a )a!a,ra 4 o )resente de u&a )resen'a 4" &as -" &antendo a )a!a,ra +ora de toda unidade" &es&o ue se6a a unidade daui!o ue -" des,i*4!a de!a &es&a deixando4a di+erir" res)ondendo )or &eio de u& se&)re 6* a u& 6a&ais ainda. ♦
Na /a,erna de 8!atão" nenu&a )a!a,ra )ara signi+i/ar a &orte" nenu& sono ou nenu&a i&age& )ara +a1er )ressentir a in+igura%i!idade da &orte. Na /a,erna a &orte est* e& ex/esso" e& esue/i&ento" so%re,indo do +ora na %o/a do +i!so+o /o&o o ue o redu1 )re,ia&ente ao si!
re,<& e re,e!a&" desarran6ando a orde&" )ertur%ando a tranui!idade do a%rigo" assi& desa%rigando. A &orte - o ato de &atar. E o +i!so+o - aue!e ue so+re a ,io!
Do sono não sa%ería&os nos !e&%rar= se e!e ,e& a ns 4 &as de ua! ,inda> Atra,-s de ua! noite> 2 não - senão )e!o esue/i&ento" u& esue/i&ento ue não so&ente de /ensura ou de re/a!ue. Sonando se& &e&ria" de u&a &aneira ta! ue todo sono te&)or*rio seria u& +rag&ento de res)osta a u& &orrer i&e&oria! ris/ado )e!a re)eti'ão do dese6o. Não * /essa'ão" não * interru)'ão entre sono e des)ertar. Nesse sentido" )ossí,e! di1er5 6a&ais" sonador" tu )odes te des)ertar 9ne&" ao resto" te deixar assi& /a&ar" inter)e!ar:. ♦
sonho é sem fim, a vi'#lia sem come%o, nem um nem a outra voltam a se unir. 59 a palavra dialética os p:e em rela%ão em vista de uma verdade. ♦
8ensando de +or&a outra do ue e!e )ensa" de ta! sorte ue o Outro ,ena ao )ensa&ento /o&o a%ordage& e res)osta. ♦
♦
escritor, sua bio'rafia! morreu, viveu e morreu.
Se o !i,ro )udesse )or u&a )ri&eira ,e1 ,erdadeira&ente estrear" e!e teria )or u&a derradeira ,e1 desde &uito te&)o aduirido o +i&. ♦
O ue nos +a1 re/ear e dese6ar o no,o" - ue o no,o /o&%ate /ontra a ,erdade 9esta%e!e/ida:" /o&%ate dos &ais antigos e& ue se&)re )ode se de/idir a!gu&a /oisa de &ais 6usto. ♦
$ntes que ele esteja l", nin'uém o espera! quando est" l", nin'uém o reconhece! é que ele não est" l", o desastre que j" desviou a palavra estar, cumprindo-se enquanto ele não come%ou! rosa desabrochada em botão. ♦
;uando tudo se o%s/ure/eu" reina o a/!ara&ento se& !u1 ue /ertas )a!a,ras anun/ia&. ♦
Lou,ando a ,ida se& a ua! não seria dado ,i,er segundo o &o,i&ento de &orrer. ♦
O tra'o do desastre5 o triun+o" a g!ria não !e são o)ostos" &uito &enos !e )erten/e&" a)esar do !ugar /o&u& ue )re,< no auge 6* o de/!ínio= e!e não te& /ontrario e não - o Si&)!es. 9Daí ue nada !e se6a &ais estrangeiro do ue a dia!-ti/a" &es&o ue e!a +osse redu1ida a seu &o&ento destruidor:. ♦
Ele nos interro'a! o que fazemos, como vivemos, quais são nossos ami'os. Ele é discreto, como se suas quest:es não questionassem. E quando, por nossa vez, lhe per'untamos o que ele faz, ele sorri, se levanta, e é como se ele jamais tivesse estado presente. $s coisas se'uem seu curso. Ele não nos desarranja. ♦
A inex)eri
O inusitado" o no,o" )orue e!e não )ode to&ar !ugar na istria" - ta&%-& aui!o ue * de &ais antigo" a!gu&a /oisa de não istri/o ao ua! so&os /a&ados a res)onder /o&o se +osse o i&)ossí,e!" o in,isí,e!" aui!o ue desde se&)re te& desa)are/ido so% os es/o&%ros. ♦
Co&o sa%ería&os ue so&os )re/ursores" se a &ensage& ue de,eria +a1er de ns &ensageiros" nos )re/ede e& u&a eternidade" nos ,otando a ser eternos retardat*rios> So&os )re/ursores" /orrendo )ara +ora de ns" adiante de ns= uando /ega&os" nosso te&)o - 6* )assado" o /urso" interro&)ido. ♦
Se a /ita'ão" e& sua +or'a &orse!ar" destri de ante&ão o texto ao ua! e!a não so&ente arran/ada" &as ue e!a exa!ta at- não ser senão arran/a&ento5 o +rag&ento se& texto ne& /ontexto - radi/a!&ente in/it*,e!. ♦
;or que todas as des'ra%as, finitas, infinitas, pessoais, impessoais, de a'ora, de sempre, tinham por subentendido, relembrando-a sem cessar, a des'ra%a historicamente datada, no entanto sem data, de um pa#s j" tão reduzido que parecia quase apa'ado do mapa e cuja hist9ria, entretanto, desbordava a hist9ria do mundo< ;or quê< ♦
Ele escreve = ele escreve< - não porque os livros dos outros o dei)ariam insatisfeito +ao contr"rio, todos eles lhe a'radam, mas porque são livros e que no escrever não se encontra seu contento. ♦
Es/re,er )ara ue o negati,o e o neutro" e& sua di+eren'a se&)re re/o%erta" na &ais )erigosa das )roxi&idades" se re!e&%re& u& ao outro sua es)e/i+i/idade" u& tra%a!ando" o outro deso%rando. ♦
O o6e - )o%re= essa )o%re1a ue !e seria essen/ia!" se e!a não esti,esse nesse ta! )onto extre&o ue e!a est* tão desnudada de ess
Es/re,e )ara não so&ente destruir" )ara não so&ente /onser,ar" )ara não trans&itir" es/re,e so% a atra'ão do i&)ossí,e! rea!" essa )arte de desastre onde so'o%ra" sa!,a e inta/ta" toda rea!idade. ♦
Con+ian'a na !inguage&5 e!a se situa na !inguage& 4 des+ian'a da !inguage&5 ainda a !inguage& ue se des+iaria de si &es&a" en/ontrando e& seu es)a'o os )rin/í)ios ina%a!*,eis de u&a /ríti/a. De onde o re/urso 3 eti&o!ogia 9ou sua re/usa'ão:= de onde o a)e!o aos di,erti&entos anagra&*ti/os" 3s trans)osi'7es a/ro%*ti/as destinados a &u!ti)!i/ar as )a!a,ras ao in+inito so% )retexto de /orro&)<4!as" &as e& ,ão 4 tudo isso 6usti+i/ado /o& a /ondi'ão de us*4!os 9re/ursos e re/usa'ão: 3 ,e1" no &es&o te&)o" se& ne!es /rer e se& )arada. O des/one/ido da !inguage& )er&ane/e des/one/ido. A /on+ian'a4des+ian'a na !inguage& - 6* +eti/is&o" es/o!endo ta! )a!a,ra )ara /o& e!a 6ogar no go1o e no &a!4estar da )er,ersão ue su)7e se&)re" dissi&u!ado" u& %o& uso. Es/re,er" des,io ue a+astaria o direito a u&a !inguage&" &es&a ue +osse e!a )er,ertida" anagra&ati1ada 4 des,io da es/ritura" ue se&)re des4/re,e" a&i1ade )ara o des/one/ido &a! ,indo" # rea! $ es/a)ando a toda &onstra'ão" a toda )ossí,e! )a!a,ra. Es/ritor a)esar de si &es&o5 não se trata de es/re,er a)esar de ou /ontra si nu&a re!a'ão de /ontradi'ão" at- de in/o&)ati%i!idade a si" ou 3 ,ida" ou 3 es/ritura 9isso a %iogra+ia da anedota:" &as nu&a outra re!a'ão da ua! o outro se a+astou e se&)re nos a+astou at- no &o,i&ento de atra'ão 4 donde os no&es ,ãos de rea!" de g!ria ou de desastre )e!os uais aui!o ue se se)ara da !inguage& se /onsagra a e!es ou to&%a" ta!,e1 )or )erda de )a/i
A !u1 !a&)e6a 4 !a&)e6o" o ue" na /!aridade" se /!a&a e não /!areia 9a dis)ersão ue ressoa ou ,i%ra at- o des!u&%ra&ento:. La&)e6o" a retu&%Fn/ia destro'ante de u&a !inguage& se& entendi&ento. ♦
Morrer se& &eta5 )or aí 9esse &o,i&ento de i&o%i!idade:" o )ensa&ento to&%aria )ara +ora de toda te!eo!ogia e ta!,e1 )ara +ora de seu sítio. 8ensar se& &eta assi& /o&o se &orre" - o ue )are/e ue i&)7e" e& ter&os não de gratuidade" &as ♦
de res)onsa%i!idade" a )a/i
# ?* $ ou # se&)re 6* $ - a &ar/a do desastre" o +ora da istria istri/a5 o ue ns 4 ue& não - ns> 2 so+rere&os antes de t<4!o so+rido" o transe /o&o o )assi,o do passo pas] a!-&. O desastre - a i&)ro)riedade de seu no&e" e a desa)ari'ão do no&e )r)rio 9Derrida:" ne& no&e 9ne& ,er%o" &as u& resto ue ris/aria de in,isi%i!idade e de i!egi%i!idade tudo o ue se &ostra e tudo o ue se di15 u& resto se& resu!tado ne& r-!iuo 4 a )a/i
O desastre - esse te&)o e& ue não se )ode &ais )Gr e& 6ogo" )or dese6o" ast/ia ou ,io!
Eles não pensam na morte, não tendo rela%ão senão com ela.
♦
U&a !eitura daui!o ue +oi es/rito5 aquele que amestra a morte +a vida-finita, desencadeia o infinito do morrer . ♦
A )assi,idade da !inguage&5 /aso se se sir,a" +a!seando4a u& )ou/o" da !inguage& ege!iana" )ode4 se a+ir&ar ue o /on/eito - a &orte" o +i& da ,ida natura! e es)iritua!" e ue &orrer - o o%s/uro da ,ida" esse a!-& da ,ida" se& agir" se& +a1er" se& ser" a ,ida se& &orte ue - então o )ere/í,e! &es&o" o eterna&ente )ere/í,e! ue nos transe" enuanto" inter&ina,e!&ente" +inda&os de +a!ar" +a!ando /o&o de)ois do ter&o" es/utando se& +a!ar o e/o daui!o ue se&)re 6* )assou" )assando entretanto5 a )assage&. ♦
outro é sempre outrem, e outrem é sempre seu outro, liberado de toda propriedade, de todo sentido pr9prio, assim além de toda marca de verdade e de todo sinal de luz. ♦
Morrer -" +a!ando a%so!uta&ente" a i&in
O so+ri&ento so+re )or ser ino/ente 4 assi& e!e %us/a de,ir /u!)ado )ara se a!i,iar. Mas a )assi,idade ne!e se esui,a a toda +a!ta5 )assi,o +ora de +a!a" so+ri&ento sa!,o do )ensa&ento da sa!,a'ão. ♦
Não * desastre senão )orue o desastre in/essante&ente +a!ta a si &es&o. 0i& da nature1a" +i& da /u!tura. ♦
;eri'o de que o desastre tome sentido em lu'ar de tomar corpo.
♦
Es/re,er" #+or&ar$ no in+or&a! u& sentido ausente. Sentido ausente 9não aus
Dese6o da es/ritura" es/ritura do dese6o. Dese6o do sa%er" sa%er do dese6o. Não a/redite&os ue tena&os dito a!gu&a /oisa )or essas re,ers7es. Dese6o" es/ritura não )er&ane/e& no !ugar" )assa& u& a/i&a do outro5 esses não são 6ogos de )a!a,ras" )ois o dese6o - se&)re dese6o de &orrer" não u& ane!o. Entretanto" e& re!a'ão /o& >unsch" ta&%-& não4dese6o" )ot
i&)a/i
♦
Con+ir&a4se 2 na e )e!a in/erte1a 4 ue todo +rag&ento não est* e& re!a'ão /o& o +rag&ent*rio. O +rag&ent*rio" #)ot
O sa%er não se a+ina ne& se a!i,ia senão nos /on+ins" uando a ,erdade não /onstitui &ais a instFn/ia 3 ua! seria )re/iso ue e!e se su%&etesse +ina!&ente. O não4,erdadeiro ue não - o +a!so" atrai o sa%er )ara +ora do siste&a" no es)a'o de u&a deri,a e& ue as )a!a,ras4/a,e não do&ina& &ais" e& ue a re)eti'ão não u& o)erador de sentidos 9&as o des&orona&ento do extre&o:" e& ue o sa%er" se& )assar ao não4sa%er" não de)ende &ais de!e &es&o" não resu!ta ne& )rodu1 u& resu!tado" &as &uda i&)er/e)ti,e!&ente" a)agando4se5 não &ais sa%er" &as e+eito de sa%er. No sa%er ue se&)re de,e se !i%erar do sa%er" não * sa%er anterior" e!e não se su/ede a si &es&o" não *" )ois" &uito &enos u&a )resen'a de sa%er. Não a)!iues u& sa%er" não o re)itas. 0i& da teoria ue det-& e organi1a o sa%er. Es)a'o a%erto 3 # teoria +i/tí/ia $" !* onde a teoria" )e!a +i/'ão" entra e& )erigo de &orte. o/
;uando a+a deixa entender a u& a&igo ue e!e es/re,e )orue" de outra +or&a" e!e de,iria !ou/o" e!e sa%e ue es/re,er - 6* !ou/ura" - a sua !ou/ura" es)-/ie de ,igí!ia +ora de /ons/i
a&estra u&a a%andonando4se a e!a= a outra !e /ausa &edo" - o seu &edo" )assa atra,-s de!e" o di!a/era" o exa!ta" /o&o se +osse )re/iso ue e!e se su%&etesse a toda a )ot U&a ,io! Bus/o u& #- )re/iso il faut$ )assi,o" usado )e!a )a/i
&as al'uma coisa me for%a a essa aventura anti'a, infinita e fora de sentido, enquanto que, no cora%ão do desastre, eu continuo a procur"-lo como aquilo que não vem, a esper"-lo, ao passo que ele é a paciência de minha espera. ♦
Cada u&" su)ona&o4!o" teria sua !ou/ura )ri,ada. O sa%er se& ,erdade seria o tra%a!o ou a es/uta de u&a singu!aridade intensa" an*!ogo a essa !ou/ura # )ri,ada $" tudo o ue - )ri,ado sendo !ou/ura )e!o &enos na &edida e& ue ns %us/a&os" )or e!a" /o&uni/ar. ♦
Se o di!e&a -5 de!irar ou &orrer= a res)osta não +a!tar* e o de!írio ser* &orta!.
♦
Em seu sonho, nada, nada senão o desejo de sonhar .
♦
;uando digo" na seu
E!e )ode !er u& !i,ro" u& es/rito" u& texto 2 passo se&)re" não pas] se&)re " e e!e o )ode> 2 )orue e!e guarda" )erdendo4a" u&a /erta re!a'ão /o& es/re,er. O ue não uer di1er ue e!e !< o &ais )ra1erosa&ente )ossí,e! aui!o ue !e daria ,ontade de es/re,er 4 es/re,er se& dese6o )erten/e 3 )a/i
•
?a&ais tentar tornar a es/ritura i&)eg*,e! [imprenable] 5 ex)osta a todos os ,entos de u& /o&ent*rio redutor" se&)re 6* )ega e retida" ou re6eitada. ♦
V
O I! neutro.
N. t. Neste tre/o B!an/ot 6oga /o& dois sentidos de )as e& +ran/
O desígnio da !ei5 ue os )risioneiros /onstrua& e!es &es&os sua )risão. ( o &o&ento do /on/eito" a &ar/a do siste&a. ♦
No siste&a ege!iano 9uer di1er" e& todo siste&a:" a &orte est* /onstante&ente 3 o%ra" e nada &orre ne!e" não )ode &orrer ne!e. O ue resta a)s o siste&a" r-!iuo se& resto5 o i&)u!so de &orrer e& sua no,idade re)etiti,a. ♦
A )a!a,ra #/or)o$" seu )erigo" uão +a/i!&ente d* a i!usão de ue se se &ant-& 6* +ora do sentido se& /onta&ina'ão /o& /ons/i
Di1er5 eu a&o Sade" - não ter re!a'ão a!gu&a /o& Sade. Sade não )ode ser a&ado ne& su)ortado= aui!o ue e!e es/re,e nos des,iando a%so!uta&ente nos atraindo a%so!uta&ente5 atra'ão do des,io. Ns o destruí&os" !i%era&os a estre!a 2 se& raio daui e& diante5 e!e roda o%s/uro" o astro do desastre" desa)are/ido" /o&o e!e o ane!a,a" na tu&%a se& no&e do seu reno&e. Mas - %e& ,erdadeiro ue * u&a ironia de Sade 9)oder de disso!u'ão:= aue!e ue não a )ressente" !< u& autor ua!uer e& siste&a= nada ue nisso )ossa ser dito s-rio" ou seu s-rio - a derrisão do s-rio /o&o a pai)ão nele passa )e!o &o&ento de +rie1a" de segredo" de neutra!idade" a a)atia" a )assi,idade in+inita. ( a grande ironia 2 não so/r*ti/a5 a ignorFn/ia +ingida 4" &as a satura'ão da in/on,eni
?a&ais ou então ou então" !gi/a si&)!es" ne& todos os dois 6untos ue a/a%a& se&)re )or se a+ir&ar dia!eti/a&ente ou /on,u!si,a&ente 9/ontrariedade se& ris/o:= toda dua!idade" todo %inaris&o 9o)osi'ão ou /o&)ossi%i!idade" &es&o ue +osse /o& in4/o&)ossí,e!: atrae& o )ensa&ento na /o&odidade das tro/as5 as /ontas se +arão. Eros Tanatos5 duas )ot
Re,eno so%re o +rag&ento5 não sendo 6a&ais ni/o" e!e não te&" entretanto" !i&ite externo 4 o +ora e& dire'ão ao ua! e!e to&%a não - seu !í&en" e ao &es&o te&)o nenu&a !i&ita'ão interna 9não - o ouri'o" +e/ado so%re si:= no entanto" a!gu&a /oisa de estrito" não )or /ausa de sua %re,idade 9e!e )ode se )ro!ongar /o&o a agonia:" &as )e!o a)erta&ento" o estrangu!a&ento at- a ru)tura5 &a!as se&)re sa!tara& 9e!as não +a!ta&:. Nenu& rastro pas de )!enitude" nenu& rastro pas de ,a1io. ♦
A es/ritura - 6* 9ainda: ,io!
So'o%rar" dese6o da ueda" dese6o ue - o i&)u!so e a atra'ão da ueda" e se /ai se&)re ,*rios" ueda &!ti)!a" /ada u& se ret-& a u& outro ue - si e - a disso!u'ão 4 a dis)ersão 4 de si" e essa reten'ão - a )r)ria )re/i)ita'ão" a +uga )Fni/a" a &orte )ara +ora da &orte. ♦
Não se sa%eria #!er$ Hege!" sa!,o a não !<4!o. L<4!o" não !<4!o" /o&)reend<4!o" des/one/<4 !o" re/us*4!o" isso /ai so% a de/isão de Hege! ou isso não te& !ugar. S a intensidade desse não4!ugar" na i&)ossi%i!idade de ue a6a u&a" nos dis)7e )ara u&a &orte 4 &orte de !eitura" &orte de es/ritura 4 ue deixa Hege! ,i,ente" na i&)ostura do Sentido a/a%ado. 9Hege! - o i&)ostor" - aui!o ue o torna in,en/í,e!" !ou/o )or sua seriedade" +a!s*rio de erdade5 #es/ondendo o 6ogo$ at- de,ir" se& sa%er" &estre da ironia 4 SP!,iane Aga/insi.: ♦
O ue - ue /!audi/a no siste&a" o ue - ue &an/a> A uestão - i&edita&ente &an/ante e não +a1 uestão. O ue des%orda o siste&a" - a i&)ossi%i!idade de seu +ra/asso" %e& /o&o a i&)ossi%i!idade do
O Sa%er no re)ouso= ua!uer ue se6a a in/on,eni
nome desconhecido, fora de nomina%ão! holocausto, evento a%so!uto da hist9ria, historicamente datado, essa queima-total onde toda a hist9ria se abrasou, onde o movimento do 5entido se abismou, onde o dom, sem perdão, sem consentimento, se arruinou sem dar lu'ar a nada que possa se afirmar, se ne'ar, dom da passividade mesma, dom daquilo que não pode se doar. ?omo 'uard"-lo, mesmo que seja no pensamento, como fazer do pensamento aquilo que 'uardaria o holocausto onde tudo se perdeu, inclusive o pensamento 'uardião< Na intensidade mortal, o silêncio fu'indo do 'rito inumer"vel . ♦
Ha,eria na &orte a!gu&a /oisa &ais +orte do ue a &orte5 - o &orrer &es&o 2 a intensidade do &orrer" o i&)u!so do i&)ossí,e! indese6*,e! at- no dese6ado. A &orte - )oder e &es&o )ot
O desa)onta&ento do desastre5 não res)ondendo a es)era" não deixando se +a1er o )onto" a )onta de a/ordo" +ora de toda orienta'ão" &es&o ue se6a /o&o desorienta'ão ou si&)!es extra,io. ♦
O dese6o )er&ane/e e& re!a'ão /o& o !ongínuo do astro" )edindo ao /-u" a)e!ando ao uni,erso. Nesse sentido" o desastre des,iaria do dese6o so% a atra'ão intensa do i&)ossí,e! indese6*,e!. ♦
Lu/ide1" raio da estre!a" res)osta ao dia ue uestiona" sono uando a noite ,e&. # &as quem se esconder" diante daquilo que jamais se deita< $ A ,igí!ia - se& /o&e'o ne& +i&. 0a1er a ,igí!ia est* no neutro. # Eu Je $ não +a'o ,igí!ia5 ,e!a4se" a noite ,e!a" se&)re e in/essante&ente" es/a,ando a noite at- a outra noite e& ue não )oderia ser uestão de dor&ir. Não se ,e!a senão a noite. A noite - estrangeira 3 ,igi!Fn/ia ue se exer/e" se /u&)re e )orta a ra1ão !/ida e& dire'ão 3ui!o ue e!a de,e &anter e& re+!exão" uer di1er" na guarda da identidade. A ,igí!ia - estrane1a= e!a não se des,e!a" /o&o se e!a saísse de u& sono ue a )re/ederia" sendo ao &es&o te&)o des)ertar , retorno /onstante e instante 3 i&o%i!idade da ,igí!ia. Isso ela5 se& es)reitar ne& es)iar. O desastre ela. ;uando * i!"lia" !* onde a /ons/i 8re/isa&ente" a uestão - a+astada -/art-e )e!a neutra!idade da i!"lia5 ningu-& ela. #elar não - o )oder de elar e& )ri&eira )essoa" não - u& )oder" &as o a!/an/e do in+inito se& )oder" a ex)osi'ão ao outra da noite" !* onde o )ensa&ento renun/ia ao ,igor da ,igi!Fn/ia" 3 /!ari,id
A de/e)'ão tra%a!aria no interior do desastre se este não se &ar/asse ta&%-& /o&o o transe do +ora onde ueda e +uga são i&o%i!idade 4 i&o%i!idade de u&a &o,
ex/e'ão es/a)a" a de/e)'ão esui,a. A /ons/i
Doar não - doar a!gu&a /oisa" ne& &es&o se doar" )ois então doar seria guardar e sa!,aguardar" se aui!o ue se do* te& )or tra'o ue ningu-& )ode to&*4!o de ,o/
A!egria" dor" tenta s guardar de!as a intensidade" a &ais %aixa ou a &ais a!ta 2 não i&)orta 4" se& inten'ão5 então tu não ,i,es e& ti ne& +ora de ti ne& )erto das /oisas" &as o ,i,o da ,ida )assa e te +a1 )assar para fora do espa%o sideral " no te&)o se& )resen'a e& ue - e& ,ão ue tu te )ro/urarias. ♦
Dese6o" ainda re!a'ão ao astro 4 o grande dese6o sidera!" re!igioso e nost*!gi/o" )Fni/o ou /s&i/o= daí ue não )ossa a,er dese6o do desastre. e!ar - se& dese6o de ,igí!ia" a intensidade noturna indese6*,e! 9o +ora dese6*,e!:. 8e!a o%sessão da )reo/u)a'ão" não so&os /a&ados )ara +ora de ns &es&os" &as retidos no es)a'o da seguran'a" &es&o /a&inando )ara o a%andono. O desastre= signo de sua a%ordage& se& a)roxi&a'ão5 a+asta&4se as )reo/u)a'7es )ara +a1er !ugar 3 so!i/itude. 3ie sor'lose Nacht " a noite se& )reo/u)a'ão" enuanto ,e!a aui!o ue não sa%eria des,e!ar. Mas a noite" a )ri&eira noite" se apressa ainda" noite ue não ro&)e /o& o diurno" e& ue &es&o se não se dor&e" ex)osto ao sono" se )er&ane/e e& re!a'ão /o& o ser-no-mundo" na )osi'ão so&ente +rustrada do re)ouso. Se eu digo5 o desastre ,e!a" não - )ara dar u& su6eito 3 ,igí!ia" - )ara di1er5 a ,igí!ia não se )assa so% u& /-u sidera!. ♦
A ex)eri
daui!o ue se )assa" se&)re u!tra)assado:" ex/esso de!a &es&a onde" )or &ais a+ir&ati,a ue se6a" e!a não te& !ugar" in/a)a1 de se )ousar e re)ousar no instante 9&es&o ue e!e +osse &%i!: ou de se dar e& a!gu& )onto de in/andes/
7ue não seja questão de Nada, jamais, para Nin'uém.
O ,i,o da ,ida seria o a,i,a&ento ue não se /ontenta da )resen'a ,i,ente" ue /onsu&e aui!o ue - )resente at- na isen'ão" a exe&)!aridade se& exe&)!o da não4 )resen'a ou da não4,ida" a aus
O si!
No tra%a!o do !uto" não - a dor ue tra%a!a5 e!a ,e!a.
♦
Dor" ta!ando" des)eda'ando" )ondo a ,i,o aui!o ue não sa%eria &ais ser ,i,ido" &es&o nu&a !e&%ran'a. ♦
O desastre não +a1 desa)are/er o )ensa&ento &as si& a!go do )ensa&ento" uest7es e )ro%!e&as" a+ir&a'ão e nega'ão" si!
A )a!a,ra" uase )ri,ada de sentido" - ruidosa. O sentido - si!
Se * u& )rin/í)io de )erse,eran'a" u& i&)erati,o de o%stina'ão e& re!a'ão ao ua! a &orte +aria &ist-rio" des,iados do astro" desarran6ados na /erte1a in/erta da orde& /s&i/a" não tendo &ais situa'ão ao o!ar do uni,erso" se& /onsenti&ento ne& auies/
;ue aui!o ue se es/re,e ressoe no si!
$bstém-te de viver sob a salva'uarda do princ#pio de perseveran%a = o ser como persevera%ão = de onde a morte mantém seu mistério. ♦
A es/ritura" se& se /o!o/ar )or /i&a da arte" su)7e ue não se )re+ere a arte" a)aga a arte /o&o e!a" a es/ritura" se a)aga. ♦
Não )erdoes. O )erdão a/usa antes de )erdoar= a/usando" a+ir&ando a /u!)a" e!e a torna irre&issí,e!" )orta o go!)e at- a /u!)a%i!idade= assi&" tudo de,-& irre)ar*,e!" do& e )erdão /essando de ser )ossí,eis. Não )erdoes senão 3 ino/
A desaten'ão5 * a desaten'ão ue - a insensi%i!idade &enos)re1ante= ta&%-& * a desaten'ão &ais )assi,a ue" )ara a!-& do interesse e do /*!/u!o" deixa outre& ♦
outro" deixando +ora da ,io!
8ara 8!atão" segundo a dia!-ti/a ue !e - )r)ria e nu&a des/o%erta então atordoante 9a!i*s )erigosa" )ois não se& resto:" o outro do outro - Mes&o= &as /o&o não entender no redo%ra&ento o re)etiti,o ue des/o%re" es,a1ia" desidenti+i/a" retirando a a!teridade 9o )oder a!ienante: ao outro" se& /essar de deix*4!o outro" se&)re &ais outro 9não &a6orado" &as ex/edido:" )e!a /onsagra'ão do des,io e do retorno> ♦
Desaten'ão5 a intensidade da desaten'ão" o !ongínuo ue ,e!a" o a!-& da aten'ão )ara ue esta não se !i&ite tornando so&ente atentos a!gu&a /oisa" at- &es&o a!gu-&" at- &es&o tudo" desaten'ão ne& negati,a ne& )ositi,a" &as e)cessiva" uer di1er" se& inten/iona!idade" sans ani&ad,ersão" se& o
5e a ruptura com o astro pudesse se cumprir à maneira de um evento, se pudéssemos, mesmo que fosse pela violência de nosso espa%o assassinado, sair da ordem c9smica +o mundo onde, qualquer que seja a desordem vis#vel, o arranjo a arrasta sempre, o pensamento do desastre, em sua iminência adiada, se ofereceria ainda à descoberta de uma e)periência pela qual não ter#amos mais que nos dei)ar retomar, no lu'ar de ser e)postos àquilo que se esquiva numa fu'a im9vel, no intervalo do vivente e do morrente@ fora de e)periência, fora de fenAmeno. ♦
S o regi&e &-dio se deixa a+ir&ar ou negar= &as não * &ais !ugar )ara a+ir&a'ão" nega'ão" uando a tensão &ais a!ta" a de)ressão &ais %aixa 9aui!o ue ,o!ati!i1a e& in/andes/
#Intensidade$" essa )a!a,ra di+erente 3 ua! !ossoWsi nos /ondu1iu )ara ue a )a!a,ra nos des/on+esse" guardando4se 6usta&ente de +a1er de!a u&a )a!a,ra4/a,e ou )a!a,ra4re/!a&e ue %astaria si&)!es&ente in,o/ar )ara ue se6a a%erta a %re/a )or onde es/orreria" se se/aria o sentido" nos )er&itindo u&a ,e1 )or todas es/a)ar a sua restri'ão 90. S/!ege!5 #o in+inito de intensidade$:. ♦
No +ora si!en/ioso 4 o si!
Esses no&es" !ugares da des!o/a'ão" os uatro ,entos da aus
5empre de retorno pelos caminhos do tempo, não avan%aremos nem retardaremos! tarde é cedo, pr9)imo lon'e. ♦
Os +rag&entos se es/re,e& /o&o se)ara'7es não /u&)ridas= aui!o ue e!es t<& de in/o&)!eto" de insu+i/iente" tra%a!o da de/e)'ão" - sua deri,a" o índi/e de ue" ne& uni+i/*,eis" ne& /onsistentes" e!es deixa& se es)a'are& &ar/as /o& as uais o )ensa&ento" ao de/!inar e se de/!inando" +igura /on6untos +urti,os ue +i/ti/ia&ente a%re& e +e/a& a aus
)ensa&ento se detena ne!es" se&)re re,e1ado )e!a ,igí!ia ue não se interro&)e. Daí ue não se )ossa di1er ue a6a inter,a!o" 6* os +rag&entos" destinados e& )arte ao %ran/o ue os se)ara" en/ontra& nesse inter,a!o a%is&a! não aui!o ue os ter&ina" &as aui!o ue os )ro!onga" ou os )7e e& es)era daui!o ue os )ro!ongar*" 6* os )ro!ongou" +a1endo4os )ersistir atra,-s de seu ina/a%a&ento" se&)re )rontos então a se deixar tra%a!ar )e!a ra1ão in+atig*,e!" no !ugar de )er&ane/er sendo a )a!a,ra de/aída" )osta 3 )arte" o segredo se& segredo ue nenu&a e!a%ora'ão sa%eria )reen/er. Lendo essas +rases antigas5 #A ins)ira'ão" essa )a!a,ra errante ue não )ode to&ar +i&" - a lon'a noite da insAnia" e - )ara se de+ender de!a" des,iando4se de!a" ue o es/ritor ,e& a es/re,er ,erdadeira&ente" ati,idade ue o de,o!,e ao &undo onde e!e )ode dor&ir$. E &ais esta5 #L* onde eu sono" isso ,e!a" ,igi!Fn/ia ue - a sur)resa do sono e onde ,e!a de +ato" nu& )resente se& dura'ão" u&a )resen'a se& )essoa" a não4)resen'a onde não ad,-& 6a&ais nenu& ser e /u6a +r&u!a gra&ati/a! seria #E!e ' (l )eutro...$ 8or ue esse !e&%rete> 8or ue" a)esar do ue e!as di1e& so%re a ,igí!ia ininterru)ta ue )ersiste )or tr*s do sono" e so%re a noite ins)iradora da insGnia" essas )a!a,ras )are/e& ter ne/essidade de ser reto&adas" re)etidas" )ara es/a)ar ao sentido ue as ani&a e a +i& de ser des,iadas de si &es&as" do dis/urso ue as uti!i1a> Mas" reto&adas" e!as reintrodu1e& u&a seguran'a 3 ua! se /reria ter /essado de )erten/er" e!as t<& u& ar de ,erdade" di1e& a!gu&a /oisa" )retende& a u&a /oer
8a!a,ra de es)era" si!en/iosa ta!,e1" &as ue não deixa 3 )arte si!
A es/ritura +rag&ent*ria seria o )r)rio ris/o. E!a não reen,ia a u&a teoria" não d* !ugar a u&a )r*ti/a ue seria de+inida )e!a interrup%ão. Interro&)ida" e!a se )rossegue. Interrogando4se" e!a não se arroga a uestão" &as a sus)ende 9se& &ant<4!a: e& não4res)osta. Se e!a )retende não ter seu te&)o senão uando o todo 4 ao &enos idea!&ente 2 ti,esse se /u&)rido" -" )ortanto" )orue esse te&)o não nun/a seguro" aus
Se" )or entre todas as )a!a,ras" * u&a )a!a,ra inaut
A exig
A +rag&enta'ão" &ar/a de u&a /oer
O +rag&ento" enuanto +rag&ento" tende a disso!,er a tota!idade ue e!e su)7e e ue e!e /arrega e& dire'ão 3 disso!u'ão de onde e!e não se +or&a 9)ro)ria&ente +a!ando:" 3 ua! e!e se ex)7e )ara" desa)are/endo" e" /onsigo" toda identidade" se &anter /o&o energia de desa)are/er" energia re)etiti,a" !i&ite do in+inito &orta! 4 ou o%ra da aus
A exig
/o&o ex)eri
O ue S/!ege! di1 da +i!oso+ia ,a!e )ara a es/ritura5 não se )ode de,ir es/ritor se& s<4!o 6a&ais= desde ue se - es/ritor" não se o - &ais. ♦
Toda %e!e1a - de deta!e" di1ia e& ter&os )are/idos a!-rP. Mas isso seria ,erdadeiro se ou,esse u&a arte dos deta!es ue não teria &ais )or ori1onte a arte de /on6unto. ♦
O in/on,eniente 9ou a ,antage&: de todo /eti/is&o ne/ess*rio - e!e,ar /ada ,e1 &ais a!to a %arra da /erte1a ou da ,erdade ou da /ren'a. Não se /r< e& nada )or ne/essidade de de&asiado /rer e )orue se /r< ainda de&asiado uando não se /r< e& nada. ♦
O uanto seria a%surda essa uestão endere'ada ao es/ritor5 tu -s de )arte e& )arte es/ritor" uer di1er" e& tudo ue tu -s" -s tu &es&o es/ritura ,i,ente e agente> Seria i&ediata&ente /onden*4!o 3 &orte ou +a1er ingenua&ente seu e!ogio +ne%re. ♦
A exig
A a+ir&a'ão )assa se& )ro,a" /o& a /ondi'ão de não )retender )ro,ar nada.
♦
Bus/o aue!e ue diria não. 8ois di1er não - dizer /o& o !a&)e6o ue o # não$ est* destinado a )reser,ar. ♦
O ue /ega atra,-s da es/ritura não - da orde& daui!o ue /ega. Mas então ue& te )er&ite )retender ue 6a&ais /egaria a!gu&a /oisa /o&o a es/ritura> Ou então" a es/ritura não seria ta! ue e!a não teria 6a&ais ne/essidade de ad,ir> ♦
A!gu-& 9C!a,e!: es/re,eu de S/rates ue todos ns o &ata&os. Eis o ue não de &odo a!gu& so/r*ti/o. S/rates não teria gostado de nos tornar /u!)ados de nada" ne& &es&o res)ons*,eis de u& e,ento ue sua ironia tina de ante&ão tornado insigni+i/ante" at- &es&o %en-+i/o" nos su)!i/ando a não to&*4!o a s-rio. Mas" /o& /erte1a" S/rates não esue/e senão u&a /oisa. ( ue &ais ningu-& de)ois de!e )odia ser S/rates" e ue sua &orte &atou a ironia. E 3 ironia ue seus 6uí1es en ♦
tinham todos dessa &orte= - 3 ironia ue ns outros" seus 6ustos /oradores"
/ontinua&os todos a ter de!a. O não4sa%er não - nada sa%er" ne& &es&o o sa%er do # não $" &as o ue dissi&u!a toda /i
U&a #des/o%erta$ ue se reitera on ressasse] de,-& a des/o%erta da reitera&*o [ressassement]. ♦
R. C . - e& ta! )onto )oeta ue a )artir de!e a )oesia %ri!a /o&o u& +eito" &as ue a )artir desse +eito da )oesia todos os +eitos de,<& uestão e &es&o uestão )o-ti/a. ♦
•
O +er,or )e!o )rogresso in+inito não - ,*!ido senão /o&o +er,or" )ois ue o in+inito - o +i& &es&o de todo )rogresso. ♦
Hege! - /erta&ente o ini&igo &orta! do /ristianis&o" &as na &edida e& ue e!e - /ristão" se" !onge de se /ontentar /o& u&a s Media'ão 9o Cristo:" e!e +a1 &edia'ão de tudo. S o 6udaís&o - o )ensa&ento ue não &ediati1a. E eis )or ue Hege!" Marx são anti6udai/os" )ara não di1er antisse&itas. ♦
O +i!so+o ue es/re,eria /o&o )oeta ,isaria sua )r)ria destrui'ão. E &es&o ,isando4a" e!e não )ode atingi4!a. A )oesia - uestão )ara a +i!oso+ia ue )retende !e dar u&a res)osta" e assi& /o&)reend<4!a 9sa%<4!a:. A +i!oso+ia ue )7e tudo e& uestão" tro)e'a na )oesia ue - a uestão ue !e es/a)a. ♦
;ue& es/re,e est* e& exí!io da es/ritura5 !* - sua )*tria onde e!e não - )ro+eta.
♦
Aue!e ue não se interessa )or si &es&o não -" no entanto" )or isso" desinteressado. E!e não /o&e'aria a s<4!o senão se ne!e o desinteresse )or e!e não o ti,esse se&)re 6* a%erto a outre& ue )assa todo interesse. ♦
Es/re,er sua auto%iogra+ia" se6a )ara se /on+essar" se6a )ara se ana!isar" se6a )ara se ex)or aos o!os de todos" 3 &aneira de u&a o%ra de arte" - ta!,e1 )ro/urar so%re,i,er" &as )or u& sui/ídio )er)-tuo 4 &orte tota! enuanto +rag&ent*ria. Es/re,er4se - deixar de ser )ara se /on+iar a u& os)edeiro 4 outre&" !eitor 4 ue não ter* dora,ante )or de,er e )or ,ida senão a inexist
N. t. Ren- Car.
Nu& sentido" o #eu moi$ não se )erde )orue e!e não se )erten/e. Não existe" )ois" eu moi senão /o&o não4)erten/ente a si" e" )ortanto" /o&o se&)re 6* )erdido. ♦
O sa!to &orta! &orta! do es/ritor es/ritor se& o ua! e!e não es/re,eria" es/re,eria" - ne/essari ne/essaria&ent a&entee u&a i!usão na &edida e& ue" )ara se /u&)rir rea!&ente" - )re/iso ue e!e não tena !ugar. ♦
A su)or ue se ue se )ossa )ossa es/o!ar&ente di1er5 o Deus de Lei%ni1 - )orue - )ossí,e!" /o&)reender4 se4* se4* ue se ue se )ode )ode di1er ao /ontr*rio5 o rea! - rea! enuanto ex/!uindo a )ossi%i!idade" uer di1er" sendo i&)ossí,e!" do &es&o &odo a &orte" do &es&o &odo" e nu& títu!o &ais a!to" a es/ritura do desastre. ♦
S u& eu moi +inito 9tendo )or s destino a +initude: de,e )or isso ,ir a se re/one/er" no outro" res)ons*,e! do in+inito.
♦
Não - senão enuanto in+inito ue eu sou !i&itado.
♦
Se" /o&o o a+ir&a eti&o!ogi/a&ente Le,inas" a re!igião - aui!o ue !iga" &ant-& 6unto" então o ue a/onte/e /o& o não4!a'o ue desune )ara a!-& da unidade" o ue a/onte/e /o& aui!o ue es/a)a 3 sin/ronia do #se &anter 6unto$ se&" entretanto" ro&)er toda re!a'ão ou se& /essar" nessa ru)tura ou nessa aus ( )re/iso ser não4re!igioso )ara isso>
♦
In+inito4!i&itado" isto -s tu>
♦
Se tu es/utas #a -)o/a$" tu a)render*s ue e!a te di1 e& ,o1 %aixa" não )ara +a!ar e& no&e de!a" &as )ara te /a!ar e& no&e de!a.
♦
Certa&ente S/rates não es/re,e" &as" so% a ,o1" - )e!a es/ritura" entretanto" ue e!e se d* aos outros /o&o o su6eito )er)-tuo e )er)etua&ente destinado a &orrer. E!e não +a!a" +a!a" e!e e!e ue uesti stiona ona.. ;ue ;uesti stiona onando ndo"" e!e e!e interr interro&) o&)ee e se interr interro&) o&)ee se& /essar" dando +or&a ironi/a&ente ao +rag&ent*rio e ,otando )or sua &orte a )a!a,ra 3 o%sessão da es/ritura" do &es&o &odo ue esta 3 s es/ritura testa&ent*ria 9se& assinatura" toda,ia:. ♦
Entre as duas )ro)osi'7es +a!sa&ente interrogati,as5 )or ue *" antes" a!gu&a /oisa ao in,-s de nada> E )or ue *" antes" o &a! ao in,-s do %e&>" eu não re/one'o essa di+eren'a ue se )retende se )retende ne!as dis/ernir" 6* ue a&%as são s ão )ortadas )or u& #*$ ue não - ne& ser ne& nada" ne& %e& ne& &a! e se& o ua! tudo isso des&orona ou 6* )ortanto des&oronou. So%retudo o h"" h"" enuanto neutro" dri%!a a uestão ue re/ai so%re e!e5 interrogado" e!e a%sor,e ironi/a&ente a interroga'ão ♦
ue não sa%eria so%re)u6*4!o. Mes&o se e!e se deixa ,en/er" - )orue a derrota - a sua /on,eni
Se& a )risão" sa%ería&os ue esta&os todos 6* na )risão.
♦
A &ort &ortee i&)o i&)oss ssí, í,e! e! ne/e ne/ess ss*r *ria ia55 )o )orr u uee esta estass )a!a )a!a,r ,ras as 4 e a ex)e ex)eri ri 8or ue este /on+ronto" esta re/usa> 8or ue a)ag*4!as +a1endo de!as u&a +i/'ão )r)ria a u& autor> ( %e& natura!. O )ensa&ento não )ode a/o!er aui!o ue e!e )orta e& si e ue o )orta" ex/eto se e!e o esue/e. Eu +a!arei disso so%ria&ente" uti!i1ando 9ta!,e1 as +a!si+i/ando: o%ser,a'7es +ortes de Serge Le/!aire. Con+or&e este" não se ,i,e e
♦
não se +a!a senão senão &atando &atando o infans e& infans e& si 9e& outre& ta&%-&:" &as o ue - o infans> infans> E,idente&ente" aui!o ue ainda não /o&e'ou a +a!ar e 6a&ais +a!ar*" &as" &ais ainda" a /rian'a &ara,i!osa 9terri+i/ante: ue +o&os nos sonos e nos dese6os daue!es ue nos +i1era& e nos ,ira& nas/er 9)ais" toda a so/iedade:. Esta /rian'a" onde e!a est*> Segundo o ,o/a%u!*rio )si/ana!íti/o 9do ua!" /reio" s )ode& uti!i1ar aue!es ue exer/e& a )si/an*!ise" uer di1er" )ara ue& e!a - ris/o" )erigo extre&o" uestiona&ento /otidiano 2 se não e!a - s a !inguage& /G&oda de u&a /u!tura esta%e!e/ida:" a,eria !ugar )ara identi+i/*4!a na #re)resenta'ão nar/ísi/a )ri&*ria$" o ue uer di1er ue e!a te& estatuto de re)resentante )ara se&)re in/ons/iente" e" )or /onseguinte" )ara se&)re inde!-,e!. De onde a di+i/u!dade )ro)ria&ente +a!ando #!ou/a$5 )ara não )er&ane/er nos !i&%os do in+ans e do au-& do dese6o" trata4se de destruir o indestrutí,e! e &es&o de )Gr +i& 9não de u& s go!)e" &as /onstante&ente: 3ui!o a ue não se te&" 6a&ais se te,e" ne& se ter* a/esso 2 ou se6a" a &orte i&)ossí,e! ne/ess*ria. E" de no,o" ns não ,i,e&os e não +a!a&os 9&as /o& ue es)-/ie de )a!a,ra>: senão )orue a &orte 6* te,e !ugar" e,ento insituado" insitu*,e! ue" )ara não se tornar &udo )or isso no +a!ar &es&o" ns /on /on+ia +ia&o &oss ao tra%a! tra%a!o o do /on /on/ei /eito to 9a neg negati ati,id ,idade ade:: ou ainda ainda ao tra%a! tra%a!o o )si/ana!íti/o ao ua! não - )ossí,e! senão s enão ue e!e não tena !e,antado a /on+usão ordin*ria entre esta )ri&eira &orte ue seria o /u&)ri&ento in/essante e a segunda &orte /a&ada" )or u&a si&)!i+i/a'ão +*/i!" #orgFni/a$ 9/o&o se a )ri&eira não o +osse:. Mas aui ns interroga&os o en/a&ina&ento de Hege! e nos re!e&%ra&os de!e5 a /on+usão 2 aui!o ue ,o/ Si&" re!e&%re&o4nos do se /a&a sua )ri&eira todo )ri&eiro Hege!. E!e ta&%-&" antes &es&o daui!o ue se /a&a +i!oso+ia" )ensou ue as duas &ortes não era& disso/i*,eis e ue s o +ato de a+rontar a &orte" não so&ente de !e +a1er +rente ou de se ex)or a seu )erigo 9o ue - o tra'o da /orage& eri/a:" &as de entrar e& seu es)a'o" de so+r<4!a /o&o &orte in+ini in+inita ta e" ta&%-& ta&%-&"" &orte &orte %e& si&)!e si&)!es&e s&ent nte" e" #&ort #&ortee natura natura!$" !$" )od )odia ia +undar +undar a so%erania e a &aestria5 o es)írito e& suas )rerrogati,as. Resu!ta,a disso ta!,e1 a%su a%surd rda& a&en ente te u uee aui aui!o !o u uee )u )un naa e& a%a! a%a!oo a dia! dia!-t -ti/ i/a" a" a ex)e ex)eri ri
se a!/an'a u&a ,ida e u&a )a!a,ra senão /essando de en,i*4!a 3 &orte" não seria )re/isa&ente a /rian'a de inni/ott" aue!a ue" antes de ,i,er" so'o%rou no &orrer" a /rian'a &orta ue nenu& sa%er" nenu&a ex)eri Tão g!oriosa" terri+i/ante" tirFni/a )orue" e& nosso des/one/i&ento 9&es&o e" so%retudo" uando ns +a1e&os semblant de sa%<4!o e de di1<4!o" /o&o aui:" se&)re 6* &orta. Aui!o ue ns nos es+or'are&os )ara &atar" -" 6usta&ente" a /rian'a &orta" não so&ente aue!a ue teria )or +un'ão /arregar a &orte na ,ida e se &anter ne!a" &as aue!a )ara ue& a #/on+usão$ das duas &ortes não )ode não se )rodu1ir e ue" )or aí" não nos autori1a nun/a a #ergu<4!a$" go!)eando de inanidade o $ufhebun' e tornando ,ã toda re+uta'ão do sui/ídio. Ressa!to ue Serge Le/!aire e inni/ott se es+or'a&" uase da &es&a &aneira" e& nos des,iar do sui/ídio &ostrando ue este não - u&a so!u'ão. Nada de &ais 6usto. Se a &orte - a )a/i ( ue a )ri&eira" se /on+iando 3 dia!-ti/a 9tota!&ente +undada so%re a possibilidade da &orte" so%re o uso da &orte /o&o )oder: - o or*/u!o o%s/uro ue ns não de/i+ra&os" gra'as ao ua!" entretanto" )ressenti&os" esue/endo se& /essar" ue aue!e ue +oi at- o extre&o do dese6o de &orte" in,o/ando seu direito 3 &orte e exer/endo so%re si &es&o u& )oder de &orte 4 a%rindo" assi& /o&o o disse
Heidegger" a possibilidade da impossibilidade 4 ou ainda" /rendo se tornar &estre da não4&aestria" se deixa )render nu&a es)-/ie de ar&adi!a e se sus)ende eterna&ente 4 u& instante" e,idente&ente 2 aí onde" /essando de ser u& su6eito" )erdendo sua !i%erdade o%stinada" e!e se /o/a" outro do ue e!e &es&o" /o& a &orte /o&o /o& aui!o ue não /ega ou /o&o /o& aui!o ue se retorna 9des&entindo" 3 &aneira de u&a de&
assassínio" este /o&)aneiro de ningu-& ue )ro/ura&os )arti/u!ari1ar nu&a +a!ta" ,i,endo então de sua re/usa" dese6ante deste não4dese6o e +a!ante )or e /ontra sua não4)a!a,ra" não * nada 9sa%er ou não4sa%er: ue )ossa nos ad,ertir de!a" &es&o se e& )ou/as )a!a,ras a &ais si&)!es das +rases )are/e di,u!g*4!o 9&ata4 se u&a /rian'a:" &as +rase i&ediata&ente arran/ada de toda !inguage&" u&a ,e1 ue - )ara +ora de /ons/i: Docês que vivem mais tarde, pr9)imos de um cora%ão que não bate mais, suponham, suponham-no! a crian%a = ela teria sete anos, oito anos talvez< = de pé, afastando a cortina e, através da vidra%a, olhando. que ela vê! o jardim, as "rvores de inverno, o muro de uma casa! enquanto ela vê, sem d(vida à luz de uma crian%a, seu espa%o de jo'o, ela se cansa e lentamente olha para o alto em dire%ão ao céu ordin"rio, com as nuvens, a luz cinza, o dia opaco e sem distncia. que se passa em se'uida! o céu, o mesmo céu, repentinamente aberto, ne'ro absolutamente e vazio absolutamente, revelando +como que pela vidra%a quebrada uma tal ausência que tudo nela desde sempre e para sempre se perdeu, a ponto que nela se afirme e se dissipe o saber verti'inoso de que nada é aquilo que h", e de sa#da nada para-alémF. inesperado dessa cena +seu tra%o intermin"vel é o sentimento de felicidade que imediatamente submer'e a crian%a, a ale'ria devastadora da qual ela não poder" testemunhar senão pelas l"'rimas, um escoamento sem fim de l"'rimas. ?rê-se numa tristeza de crian%a, procura-se consol"-la. $ crian%a não diz nada. Ela viver" doravante no se'redo. Não chorar" mais. ♦
A!gu&a /oisa /!audi/a na dia!-ti/a" &as s o )ro/esso dia!-ti/o" e& sua exig
8odería&os i&aginar ue 6* esta&os !*5 de onde a )reo/u)a'ão e a )r*ti/a4teri/a da !inguage& )or re!a'ão ao ue )are/e ue não a6a Sa%er ue não de,a se /on6e/turar. Co&o se a in,ersão ue Marx )ro)una a res)eito de Hege!5 #)assar da !inguage& 3 ,ida$" se in,ertesse )or seu turno" a ,ida a/a%ada" uer di1er /u&)rida" de,o!,endo a u&a !inguage& se& re+er Não )ersistiria ne!e ao &es&o te&)o se &odi+i/ando at- dar !ugar 3ui!o ue não se )oderia /a&ar u&a exig Ou &e!or" aui!o ue /!audi/a na dia!-ti/a e no entanto a +a1 +un/ionar )oderia se se)arar de!a e so% uais /ondi'7es" a ue )re'o> ;ue isso de,a /ustar /aro" &uito /aro 2 se& d,ida a ra1ão" e& +or&a de !ogos" &as * u&a outra ra1ão> 4" - aui!o ue se deixa )ressentir e" outro )ressenti&ento" se * !i&ites ao /a&)o dia!-ti/o" estes se des!o/ando se& /essar" - )re/iso )erder a ingenuidade de /rer ue se )ossa" u&a ,e1 )or todas" ex/eder estes !i&ites" designar 1onas de sa%er e de es/ritura ue ne!es )er&ane/eria& de/idida&ente estrangeiras" &as de no,o ainda" )e!a re/usa ue a a/o&)ana e a a!tera e a /onso!ida" )ergunte&o4nos se não - +a1endo o%stinada&ente seu 6ogo ue nos a/onte/eria de dri%!*4!a ou de )G4!a e& +a!ta no +ato de ue e!a não sa%eria des+a!e/er. No !ugar da re/usa 2 ue - se& !ugar 2 in,o/ada )or Eri/ ei!" ta!,e1 seria )re/iso" +ora de todo &isti/is&o" entender aui!o ue não entende&os5 a exig
Assi& a )a/i O desastre" ru)tura /o& o astro" ru)tura /o& toda +or&a de tota!idade" se&" entretanto" denegar a ne/essidade dia!-ti/a de u& /u&)ri&ento" )ro+e/ia ue não anun/ia nada a!-& do ue a re/usa do )ro+-ti/o /o& si&)!es e,ento )or ,ir" a%rindo" toda,ia" des/o%rindo a )a/i # Doz de nin'uém, de novo$. O teri/o - ne/ess*rio 9)or exe&)!o" as teorias da !inguage&:" ne/ess*rio e inti!. A ra1ão tra%a!a )ara se usar a si &es&a" organi1ando4se e& siste&a" 3 )ro/ura de u& sa%er )ositi,o e& ue e!a se )ouse e se re)ouse e ao &es&o te&)o se )orta a u&a extre&idade ue +or&a )arada e en/erra&ento. De,e&os )assar )or esse sa%er e esue/<4!o. Mas o esue/i&ento não - se/und*rio" o des+a!e/i&ento i&)ro,isado daui!o ue se /onstituiu e& !e&%ran'a. O esue/i&ento - u&a )r*ti/a" a )r*ti/a de u&a es/ritura ue )ro+eti1a )orue e!a se /u&)re renun/iando a tudo5 anun/iar ta!,e1 se6a renun/iar. O /o&%ate teri/o" &es&o ue se6a /ontra u&a +or&a de ,io! Le,inas se )ergunta isso. Sa%ia disso Hege!" ue +e1 do /eti/is&o u& &o&ento )ri,i!egiado do siste&a. Era so&ente +a1<4!o ser,ir. A es/ritura" &es&o se e!a )are/e de&asaido ex)osta )ara ser dita /-ti/a" su)7e ta&%-& ue o /eti/is&o deixa )re,ia&ente e se&)re de no,o o !ugar !i&)o" o ue não )ode ainda /egar senão )e!a es/ritura. ♦
O /eti/is&o" no&e ue rasurou sua eti&o!ogia e toda eti&o!ogia" não - a d,ida indu%it*,e!" não - a si&)!es nega'ão nii!ista5 antes5 a ironia. O /eti/is&o est* e& re!a'ão /o& a re+uta'ão do /eti/is&o. Re+uta4 se o /eti/is&o" &es&o ue se6a s ,i,endo" &as a &orte não o /on+ir&a. O /eti/is&o - o retorno &es&o do re+utado" aui!o ue +a1 anarui/a&ente irru)'ão" /a)ri/osa e irregu!ar&ente" /ada ,e1 9e ao &es&o te&)o não /ada ,e1: ue a autoridade" a so%erania da ra1ão" at- &es&o da desra1ão" nos i&)7e& sua orde& ou se organi1a& de+initi,a&ente e& siste&a. O /eti/is&o não destri o siste&a" e!e não destri nada" - u&a es)-/ie de a!egria se& riso" e& todo /aso se& 1o&%aria" ue de u& go!)e s nos desinteressa da a+ir&a'ão" da nega'ão5 assi& neutro /o&o toda !inguage&. O desastre seria" ta&%-&" esta )arte de a!egria /-ti/a" se&)re indis)oní,e!" e ue +a1 )assar o s-rio 9da &orte" )or exe&)!o: )ara a!-& de todo s-rio" do &es&o &odo ue e!a a!i,ia o teri/o não nos deixando /on+iar ne!e. Ca&o no,a&ente )or Le,inas5 # $ lin'ua'em é j" ceticismo$. ♦
As tens7es ue se uni+i/a& não )ode& &uito &enos dar !ugar a u&a a+ir&a'ão= não se )ode então di1er" /o&o se" )or aí" se se !i%erasse de toda dia!-ti/a5 a+ir&a'ão das tens7es" &as" antes" )a/i 8or ue este tor&ento &ontono ue se es/ande na es/ritura +rag&ent*ria e ue assi& /a&a )e!a )a/i 8a/i
O )resente" se e!e se exa!ta e& instantes 9a)are/endo" desa)are/endo:" esue/e ue e!e não sa%eria ser /onte&)orFneo de si &es&o. Essa não4/onte&)oraneidade )assage& se&)re u!tra)assada" o )assi,o ue" +ora do te&)o" o desarran6a /o&o +or&a )ura e ,a1ia onde tudo se ordenaria" se distri%uiria se6a igua!&ente" se6a desigua!&ente. O Te&)o desarran6ado" saído de seus gon1os" se deixa ainda atrair" ♦
&es&o ue se6a atra,-s da ex)eri
A /ríti/a - uase se&)re i&)ortante" &es&o ue e!a +osse )ar/ia!" tra,estidora. Entretanto" uando e!a de,-& i&ediata&ente guerreira" - )orue a i&)a/i
Natura!&ente" a se)ara'ão" ue )are/e to/ar u& e outro e di,idi4!os in+inita&ente" )ode )or seu turno dar !ugar a u&a dia!-ti/a" se& ue" entretanto" a exig
E ainda u&a )a!a,ra5 não - )re/iso dar +i& ao teri/o na &edida e& ue este seria aui!o ue não d* +i&" na &edida ta&%-& e& ue todas as teorias" )or &ais di+erentes ue se6a&" se inter/a&%ia& se& /essar" distintas so&ente )e!a es/ritura ue as )orta e es/a)a então 3s teorias ue )retende& de/idi4!a> ♦
Ad&ito 9a títu!o de ideia: ue a idade de ouro seria a idade des)ti/a e& ue a +e!i/idade natura!" o te&)o natura!" a nature1a então" são )er/e%idos no esue/i&ento da So%erania do Rei su)re&o ue" ni/o seul detentor de erdade4 ?usti'a" se&)re )Gs boa ordem e& tudo aui!o ue -" /oisas" ,i,os" u&anos" de &odo ue esta orde& 3 ua!" ue e!es ,i,a&" ue e!es &orra&" todos são su%&etidos +e!i1es" - aui!o ue * de &ais natura!" 6* ue a o%edi
O so+ri&ento de nosso te&)o5 BGm homem descarnado, a cabe%a pendida, os ombros curvados, sem pensamento, sem olharC. BNossos olhares estavam virados para o soloC. ♦
Ca&)os de /on/entra'ão" /a&)os de nadi+i/a'ão" +iguras onde o in,isí,e! )ara se&)re se tornou ,isí,e!. Todos os tra'os de u&a /i,i!i1a'ão re,e!ados ou )ostos a nu 9#O tra%a!o !i%erta $" # rea%i!ita'ão )e!o tra%a!o$:. O tra%a!o" nas so/iedades e& ue e!e - )re/isa&ente exa!tado /o&o o &o,i&ento &ateria!ista )e!o ua! o tra%a!ador to&a o )oder" de,-& o extre&o /astigo e& ue não se trata &ais de ex)!ora'ão ne& de &ais4,a!ia" &as o !i&ite e& ue todo ,a!or se des+e1 e o #)rodutor$" !onge de re)rodu1ir ao &enos sua +or'a de tra%a!o" não - &es&o &ais o re)rodutor de sua ,ida" o tra%a!o /essando de ser sua &aneira de ,i,er e de,indo ♦
•
N. t. Ins/ri'7es e& /a&)os na1istas.
seu &odo de &orrer. Tra%a!o" &orte5 eui,a!entes. E o tra%a!o est* e& todo !ugar" e& todo &o&ento. ;uando a o)ressão - a%so!uta" não * &ais !a1er" #te&)o !i,re$. O sono est* so% ,igi!Fn/ia. O sentido do tra%a!o -" )ortanto" a destrui'ão do tra%a!o no e )e!o tra%a!o. Mas se" /o&o a/onte/eu e& /ertos o&&andos" tra%a!ar /onsiste e& /arregar e& )asso de /orrida )edras at- ta! !ugar" e&)i!*4!as" de)ois !e,*4!as no,a&ente se&)re /orrendo ao )onto de )artida 9Lang%ein e& Aus/Wit1= o &es&o e)isdio no u!ag" So!6enitsPne:> Então" o tra%a!o não )ode &ais se destruir )or ua!uer sa%otage&" se e!e - 6* destinado a se anu!ar a si &es&o. No entanto" e!e guarda u& sentido5 não so&ente destruir o tra%a!ador" &as" &ais i&ediata&ente" o/u)*4!o" +ix*4!o" /ontro!*4!o e" ao &es&o te&)o" ta!,e1 !e dar /ons/i 2 no !ti&o instante" dis)ensara&4no do /ontato /o& os /ad*,eres" &as uando os SS +u1i!a,a&" e!e de,ia &anter a /a%e'a da ,íti&a )ara ue se )udesse a!o6ar &ais +a/i!&ente u&a %a!a na nu/a:. A ue& !e )ergunta,a /o&o e!e )udera su)ortar isso" e!e teria res)ondido ue e!e #o%ser,a,a o /o&)orta&ento dos o&ens diante da &orte$. Não a/reditarei ne!e. Assi& /o&o nos es/re,eu LeWenta! de ue& se en/ontrou as notas enterradas )rxi&as a u& /re&atrio5 #A ,erdade +oi se&)re &ais atro1" &ais tr*gi/a ue aui!o ue se dir* de!a$. Sa!,o no !ti&o instante" - no !ti&o instante ue o 6o,e& o&e& de ue& +a!o era /ada ,e1 o%rigado a ,i,er e a re,i,er" /ada ,e1 +rustrado de sua &orte" tro/ando4a )e!a &orte de todos. Sua res)osta 9#eu o%ser,a,a o /o&)orta&ento dos o&ens...$: não +oi u&a res)osta" e!e não )odia res)onder. O ue resta" - ue" +or'ado )or u&a uestão i&)ossí,e!" e!e não )Gde en/ontrar o *!i%i ue" na %us/a do sa%er" na )retensa dignidade do sa%er5 esta /on,eni Le&os os !i,ros so%re Aus/Wit1. O ,oto de todos" !*" o !ti&o ,oto5 sai%a& o ue se )assou" não esue'a&" e ao &es&o te&)o 6a&ais ,o/
8ode4 se di1er5 o orror do&ina e& Aus/Wit1" o não4sentido" no u!ag> O orror )orue a exter&ina'ão so% todas as +or&as - o ori1onte i&ediato" &ortos4,i,os" )*rias" &u'u!&anos5 ta! - a ,erdade da ,ida. Entretanto" u& /erto n&ero resiste= a )a!a,ra )o!íti/a guarda u& sentido= - )re/iso so%re,i,er )ara teste&unar" ta!,e1 ♦
)ara ,en/er. No u!ag" at- 3 &orte de Sta!in e 3 ex/e'ão aos o)onentes )o!íti/os dos uais os &e&oria!istas +a!a& )ou/o 2 de&asiado )ou/o 4 9ex/eto ?ose) Berger:" não * )o!íti/os5 ningu-& sa%e )or ue est* !* = resistir não te& sentido" ex/eto )ara si &es&o ou )ara a a&i1ade" o ue - raro= s os re!igiosos te& /on,i/'7es +ir&es /a)a1es de dar signi+i/a'ão 3 ,ida" 3 &orte= a resist: so%re isto5 no /a&)o" se a ne/essidade" /o&o o disse ,i,endo4a Ro%ert Ante!&e" )orta tudo" &antendo u&a re!a'ão in+inita /o& a ,ida" &es&o ue se6a da &aneira &ais a%6eta 9&as não se trata &ais aui de a!to ne& %aixo:" /onsagrando4a )or u& egoís&o se& ego" * ta&%-& este !i&ite e& ue a ne/essidade não a6uda &ais a ,i,er" &as - agressão /ontra toda a )essoa" su)!í/io ue desnuda" o%sessão de todo o ser !* onde todo o ser se des+e1. Os o!os +os/os" a)agados" %ri!a& i&ediata&ente nu& /!arão se!,age& )or u& )eda'o de )ão" #&es&o se su%siste a /ons/i
!a dese6*,e!" a ne/essidade 2 tra%a!osa 2 &orre ta&%-& /o&o si&)!es ne/essidade e exa!ta" se g!ori+i/a" +a1endo de!a a!gu&a /oisa de inu&ano 9retirada de toda satis+a'ão:" a ne/essidade de )ão tornada u& a%so!uto ,a1io onde daue!e &o&ento e& diante não )ode&os senão nos )erder a todos. Mas o )erigo 9aui: das )a!a,ras e& sua insigni+i/Fn/ia teri/a ta!,e1 se6a )retender e,o/ar a nadi+i/a'ão onde tudo so'o%ra se&)re" se& ou,ir #/a!e&4se$ dirigido 3ue!es ue não /one/era& senão de !onge ou )ar/ia!&ente a interru)'ão da istria. Entretanto" ,e!ar so%re a aus
Ns su)o&os ue o esue/i&ento tra%a!a 3 &aneira do negati,o )ara se restaurar e& &e&ria e &e&ria ,i,ente e re,i+i/ada. ( assi&. 8ode ser de outro &odo. Mas &es&o" se se)ara&os ousada&ente o esue/i&ento da !e&%ran'a" ns )ro/ura&os ainda u& e+eito de esue/i&ento 9e+eito do ua! o esue/i&ento não - a /ausa:" u&a es)-/ie de e!a%ora'ão es/ondida e do es/ondido ue se &anteria no inter,a!o do &ani+esto e ue" se identi+i/ando /o& este inter,a!o &es&o 9a não4identidade: e se &antendo /o&o não4&ani+esto" não ser,iria a nada a!-& da &ani+esta'ão= do &es&o &odo ue o lethé ter&ina triste&ente" g!oriosa&ente" e& alethéia. O esue/i&ento ino)erante" )ara se&)re deso%rado" ue não - nada e não +a1 nada 9e ue &es&o o &orrer não a!/an'aria no,a&ente:" eis aui!o ue" se esui,ando ao /one/i&ento /o&o ao des/one/i&ento" não nos deixa tranui!os" não nos inuietando" 6* ue ns o re/o%ri&os /o& a in/ons/i
O &ito seria a radi/a!i1a'ão de u&a i)tese" a i)tese )e!a ua!" )assando ao !i&ite" o )ensa&ento se&)re en,o!,eu aui!o ue o dessi&)!i+i/a" o desagrega" o des+a1" destruindo e& /eio a )ossi%i!idade de se &anter" &es&o ue +osse )e!o ♦
re!ato +a%u!oso 9retorno ao di1er &es&o:. Mas resta ue a )a!a,ra &ito )rotege" na &edida e& ue" se& rasurar a )a!a,ra ,erdade" e!a se d* /o&o não4,erdadeira" o inatua! ue não agir*" ao &enos )ara aue!es 9ns todos: ue ,i,endo )are/e& não re/one/er senão o )oder ati,o do )resente. Do &es&o &odo" a radi/a!i1a'ão e& ue o 6ogo eti&o!gi/o )are/e nos )ro&eter a seguran'a do enraí1a&ento" dissi&u!a o arran/a&ento ue a exig
Do #/Fn/er$ &íti/o ou i)er%!i/o5 )or ue e!e nos a)a,ora )or seu no&e" /o&o se )or aí o ino&in*,e! se designasse> E!e )retende )Gr e& xeue o siste&a de /digo so% a autoridade do ua!" ,i,endo e a/eitando ,i,er" esta&os na seguran'a de u&a exist
As )a!a,ras a a+astar )or /ausa de sua so%re/arga teri/a5 signi+i/ante" si&%!i/o" texto" textua!" de)ois ser" de)ois +ina!&ente todas as )a!a,ras" o ue não seria su+i/iente" )ois" as )a!a,ras não )odendo ser /onstituídas e& tota!idade" o in+inito ue as atra,essa não sa%eria se deixar sur)reender )or u&a o)era'ão de retra'ão 4 irredutí,e! )e!a redu'ão. ♦
Dando ,o1 3ui!o ue - /o&u&" não segundo o ser" &as atra,-s do outro ue o ser" ue se anun/ia desordenado" não es/o!ido" não a/o!ido" a i&)ot
♦
?alma, sempre mais calma, a calma indesej"vel .
Co&u&5 ns )arti!a&os as /argas" /argas insu)ort*,eis" +ora de &edida e +ora de )arte. A /o&unidade não se i&uni1a" se&)re )assou a!-& da tro/a &tua de onde e!a )are/e ,ir" ,ida do irre/i)ro/o" do intro/*,e!" daui!o ue arruína a tro/a 9a tro/a te& se&)re )or !ei o est*,e!:. Mudar su)7e" )or /ontraste" a não4&udan'a. Mas &udar a )artir do +ora ue ex/!ui o &ut*,e! e o i&ut*,e! e a re!a'ão ue se introdu1 su%re)ti/ia&ente a )artir de u& e do outro. ♦
Iesta o inominado em nome de que n9s nos calamos.
♦
O do&" a )rodiga!idade" o /onsu&a'ão não des!o/a& senão &o&entanea&ente o siste&a gera! ue a !ei do&ina e ue +a1 )ou/as di+eren'as entre ti! e inti!5 a /onsu&a'ão de,-& o /onsu&o= ao do& res)onde o /ontrado&= o des)erdí/io )erten/e ao rigor da gestão de /oisas ue não +un/iona senão gra'as a u& /erto 6ogo" ue não - o signo de u& +ra/asso" &as u&a +or&a de gasto onde a usura se )reser,a +a1endo u&a )arte 3ui!o ue a)arente&ente não ser,e. Não se )ode então +a!ar da )erda #)ura e si&)!es$" ou antes" não se )ode senão +a!ar de!a at- o &o&ento e& ue a )erda" se&)re ina)ro)riada e i&)ura" retu&%a na !inguage& /o&o aui!o ue não se deixa 6a&ais di1er" &as ressoa ao in+inito se )erdendo ne!e e tornando4o atento 3 exig
a &orte da &orte" +ie! ao a%so!uto de u&a +- ue não ousa se re/one/er ,a1ia e ue se satis+a1 /o& u&a trans/end O do& de so%erania não - ainda senão títu!o de so%erania" enriue/i&ento de g!ria e de )restígio" &es&o ue se6a no do& eri/o da ,ida. O do& -" antes" retra'ão" su%tra'ão" arran/a&ento e" antes de &ais nada" sus)ensão de si. O do& seria a )aixão )assi,a ue não deixa o )oder de doar" &as" &e de)ondo de &i& &es&o" &e o%riga &e deso%rigando !* onde não teno &ais" não sou &ais" /o&o se doar &ar/asse e& sua )roxi&idade a in+inita ru)tura" a distFn/ia in/o&ensur*,e! da ua! o outro - &enos o ter&o do ue a inassina!*,e! estrane1a. ( )orue doar não - doar a!gu&a /oisa" &es&o dis)endiosa&ente" ne& dis)ensar ne& se des)ender" - antes doar aui!o ue se&)re to&ado" uer di1er" ta!,e1 o te&)o" &eu te&)o enuanto e!e não +or 6a&ais &eu" do ua! eu não dis)ono" os te&)os )ara a!-& de &i& e de &ina )arti/u!aridade de ,ida" o !a)so de te&)o" o ,i,er e o &orrer não na &ina ora" &as na ora de outrem" +igura in+igur*,e! de u& te&)o se& )resente e se&)re re,indo. ♦
O do& do te&)o seria desa/ordo /o& aui!o ue se a/orda" )erda 9no te&)o e )e!o te&)o: da /onte&)oraneidade" da sin/ronia" da #/o&unidade$" isso ue agru)a e reagru)a5 ad,ento 4 ue não ad,-& 4 da irregu!aridade e da insta%i!idade> Enuanto tudo ,ai" nada ,ai 6unto. ♦
A energia se di!a)ida /o&o destrui'ão das /oisas ou /o!o/a'ão +ora da /oisa. Ad&ita&o4!o. Toda,ia" essa di!a)ida'ão" enuanto o desa)are/i&ento da /oisa" at&es&o da orde& das /oisas" %us/a )or seu turno entrar e& !ina de /onta" se6a rein,estindo4se /o&o outra /oisa" se6a deixando4se di1er= )or aí" )or esse di1er ue a te&ati1a" e!a de,-& /onsider*,e!" reentra na orde& e se #/onsagra$. S a orde& ganou e& sua )erda. ♦
# $ soberania não é N$3$$ 9. B.:
♦
Entre o o&e& de +- e o o&e& de sa%er" )ou/as di+eren'as5 os dois se des,ia& do alea destruidor" re/onstitue& instFn/ias de orde&" a)e!a& a u& in,ariante ue e!es )rega& ou teori1a& 2 todos os dois" o&ens de arran6o e de unidade )ara ue& o outro e o &es&o se /on6uga&" +a!ando" es/re,endo" /a!/u!ando" eternos ♦
/onser,adores" /onser,adores de eternidade se&)re e& %us/a de a!gu&a /onstFn/ia e )ronun/iando a )a!a,ra onto!gi/a /o& u& +er,or assegurado. # $ poesia, senhoras e senhores! uma palavra de infinito, palavra da morte vã e do s9 Nada$ 9Ce!an:. Se a &orte - ,ã" a )a!a,ra da &orte ta&%-& o -" in/!usi,e aue!a ue /r< di1<4!o e de/e)/iona ao di1<4!o. Não /onte& /o& a &orte" a de ,o/ Ressa!to ue e!e )7e e& re!a'ão" )or u&a re!a'ão de enig&*ti/a 6usta)osi'ão" a )a!a,ra o in+inito" a )a!a,ra a &orte ,ã" esta redo%rada )e!o Nada /o&o ter&ina'ão de/isi,a5 o nada +ina! ue" no entanto" est* so%re a &es&a !ina 9se& )re/essão ne& su/essão: do ue a )a!a,ra ue ,e& do in+inito" onde o in+inito se d*" retine in+inita&ente. 8a!a,ra de in+inito" )a!a,ra de nada5 isso ,ai 6unto> ?unto &as se& a/ordo" se& a/ordo &as se& dis/ordFn/ia" )ois * )a!a,ra de u& e de outro" aui!o ue deixaria )ensar ue não a,eria )a!a,ra )o-ti/a se o entendi&ento in+inito não se desse a ou,ir /o&o o retinir estrita&ente de!i&itado da &orte e& seu ,a1io" )roxi&idade de aus Esta )a!a,ra" e& seu desígnio de ex/!usão" +a!ta 3 )o%re1a ue não sa%eria se de+ender" e de,e )or seu turno se extinguir:. ♦
8ode4 se du,idar de u&a !inguage& e de u& )ensa&ento ue de,e& re/orrer" so% +or&as ,ariadas" a deter&inantes de nega'ão )ara introdu1ir uest7es at- então ♦
reser,adas. Ns interroga&os o não4)oder" &as não - a )artir da )ot do i&)ossí,e! &as /o&o o extre&o ou o 6ogo do )ossí,e!> Ns nos )resta&os ao in/ons/iente se& /onseguir se)ar*4!o da /ons/i
)o)u!ares ou !iter*rias 4 eti&o!ogias de a+inidade e não &ais so&ente de +i!ia'ão5 u& sa%er estatisti/a&ente )ro,*,e!" não so&ente de)endente de )esuisas +ono!gi/as se&)re a /o&)!etar" &as de)endente dos tro)os da !inguage& ue" e& /ertas -)o/as" se i&)7e& i&)!i/ita&ente 9o6e" &etoní&ia" &et*+ora= tudo gira e& torno dessas duas ni/as +iguras5 #/ães de +aien'a insu%stituí,eis$" di1 -rard -nette /o& u&a ti! ironia:. 8or ue a +i!ia'ão nos i&)ressiona> O sentido &ais antigo de u&a )a!a,ra na &es&a !íngua ou e& !ínguas di+erentes )are/e restaurar ou rea,i,ar a signi+i/a'ão ue a !inguage& /orrente uti!i1a usada ou e& ra1ão da usura. Co& esse )ensa&ento4 sorrateiro [arri+re-pensée] de ue o &ais antigo est* &ais )rxi&o da )ura ,erdade ou re&ete e& &e&ria aui!o ue se )erdeu. I!usão +e/unda ou não" &as i!usão. ?ean 8au!an &ostrou ue a eti&o!ogia não sa%eria /onstituir )ro,a. Co&o Ben,eniste e /o& e!e" 8au!an &ostrou ue ns não re&onta&os ne/essaria&ente )e!a eti&o!ogia a u& sentido &ais /on/reto" at- &es&o &ais #)o-ti/o$" 6* ue nu&erosos exe&)!os )ro,a& ou )ro,aria& ue #o a%strato$ se i&)7e de saída" do &es&o &odo ue não se ,ai da &oti,a'ão 3 i&oti,a'ão. 8ara" assi&" re,ir 3 eti&o!ogia de alethéia 3 ua! Heidegger se /on+ia /o& u&a )erse,eran'a ad&ir*,e!" resta a sa%er )or ue" re,e!ando o )ensa&ento grego" e!a 2 a eti&o!ogia de a!et-ia 2 )are/e ignorada )e!os gregos 4 e )or ue 8!atão" ta!,e1 )or 6ogo" &as ue seriedade no 6ogo" tena !ido ale-théia" des/o%rindo u& sentido ue se )ode tradu1ir )or5 errncia divina 4 o ue não - ta&%-& de )ou/a i&)ortFn/ia. A ,erdade 9aui!o ue se no&ear* /o&u&ente ,erdade: uereria di1er segundo essa eti&o!ogia5 /orrida errante" extra,io dos deuses= de onde segue ue - a )a!a,ra #di,ino$ 4 théia 4 ue ressoa de saída e& alethéia e ue o a )ri,ati,o não +un/iona então de u&a &aneira )ri,i!egiada" &es&o se se du,ida ue a )a!a,ra tão antiga" ape#ron" tena )odido não se de/o&)or de &odo outro do ue )ondo e& ,a!or a nega'ão. Resta ue Heidegger" uando re/one/e a !íngua )ri,i!egiada na !íngua grega /a)a1 da )a!a,ra alethéia" eti&o!ogi/a&ente de u&a signi+i/Fn/ia tão de/isi,a" se /ondu1" a&%os tão )ou/o ing
N. T5 E& +ran/
&o,i&ento tota!&ente outro de )ensa&ento" u&a dire'ão tota!&ente outra do ue aue!a ue a tradu'ão &ais +reuente 9o # n*o-elado$" o #não4es/ondido$" o #des,e!a&ento$: nos )ro)7e. O #desa%rigo$ )ode se /on/!uir desse +ato de ue a )a!a,ra a!e&ã Gnverbor'enheit reen,ia a ber'en5 es/onder" )Gr e& seguran'a" /on+iar ao !ugar )rotetor" a%rigar. A alethéia /o&o desa%rigo re/ondu1 3 errFn/ia" sentido ue tina )re,isto 8!atão 9no ?r"tilo:. De onde a )re/au'ão de não insistir so%re a +rase de&asiado /one/ida5 #!inguage&" /asa do ser$. Mes&o e& 8!atão" o &ito da /a,erna - ta&%-& o &ito do a%rigo5 arran/ar4se 3ui!o ue a%riga" des,iar4 se de!e" desa%rigar4se" eis aui u&a das )eri)-/ias &aiores ue não - so&ente aue!a do /one/i&ento" &as 6usta&ente antes /ondi'ão de u&a #re,ira,o!ta de todo o ser $" /o&o o di1 ainda 8!atão 2 retorno %rus/o ue nos )7e e& +a/e 3 exig:. Resta ainda ue a eti&o!ogia" sa%er /erto ou in/erto" +ixa a aten'ão so%re a palavra /o&o /-!u!a se&ina! da !inguage&" nos reen,iando ao antigo )re/on/eito de ue a !inguage& seria essen/ia!&ente +eita de no&es" seria no&en/!atura. 9a!-rP di1ia 63 ue u& dos erros da +i!oso+ia - de se ater 3s palavras neg!igen/iando as frases. #Y" +i!so+os" o ue - )re/iso e!u/idar" não são as )a!a,rasZ são as frases$:. Mas &uito &enos nada est* de/idido )or aí. O )ri,i!-gio /on/edido ao ,er%o ue redu1 o no&e a u&a a'ão so&ente /onge!ada" +ixada" &es&o se e!e /onstrange a o)'ão /rati!iana" &es&o se e!e torna &ais di+í/i! a /ria'ão eti&o!gi/a" nos +a1 reen/ontrar os &es&os )ro%!e&as uase não &odi+i/ados5 +rases" seu
eti&o!gi/a re/onstituindo e& u&a es)-/ie de natureza istri/a o de,ir !inguageiro. O outro )erigo da eti&o!ogia não - so&ente sua re!a'ão i&)!í/ita /o& u&a orige&" o &ara,i!a&ento de re/ursos i&)ro,*,eis ue e!e nos des/o%re de u&a &aneira sedutora" - ue e!a nos i&)7e se& )oder 6usti+i/*4!a ne& &es&o assi& se ex)!i/ar /o& isso u&a /erta /on/e)'ão de istria 2 ua!> Est* !onge de estar /!aro5 ne/essidade de u&a )ro,eni
Ad&ita&os ue a )a!a,ra ei'en" ta! /o&o a en/o%re &isteriosa&ente Erei'nis" não indiue nada ue anun/iaria #)ro)riedade$ e #a)ro)ria'ão$" ue e!a - i!i&itada" na &edida e& ue #ser$ não - &ais sua /on,eni: Ao in,-s de ♦
#i&)r)rio$> 8or ue esta )a!a,ra> 8or ue #)resen'a$ e& sua a+ir&a'ão tei&osa 9)a/iente:" ue nos entrega ao re)dio da #aus
O do& de es/re,er - )re/isa&ente aui!o ue a es/ritura re/usa. Aue!e ue não sa%e &ais es/re,er" ue renun/ia ao do& ue re/e%eu" /u6a !inguage& não se deixa re/one/er" est* &ais )rxi&o da inex)eri
#59 alcan%ou o fundo de si mesmo e reconheceu toda a profundidade da vida aquele que um dia abandonou tudo e foi abandonado por tudo, para quem tudo so%obrou e que se viu s9 com o infinito! é um 'rande passo que ;latão comparou com a morte$ 9S/e!!ing" /itado )or Heidegger:. ♦
8or ue &ais u& !i,ro ainda" !* onde o a%a!o da ru)tura 4 u&a das +or&as do desastre 4 o de,asta> ( ue a orde& do !i,ro - ne/ess*ria 3ui!o ue !e +a!ta" 3 aus
ressoa ainda no i&)r)rio5 /o&o a aus
E!e es/re,ia" uer isso +osse )ossí,e! ou não" &as não +a!a,a. Ta! - o si!
#Es/re,er - in/essante" e" no entanto" o texto não a,an'a senão deixando )ara tr*s de si !a/unas" %ura/os" rasgos e outras so!u'7es de /ontinuidade" &as as ru)turas e!as &es&as são ra)ida&ente reins/ritas" )e!o &enos )or &uito te&)o ue...$ 9Roger La)orte: 2 #Es/re,er... )oderia /onstituir %e& &ais do ue u& g$... #Não /o&)reendo &ais /o&o )ude )or tanto te&)o &e identi+i/ar /o& o )ro6eto est-ti/o de /riar u& g
#... sa!,ar u& texto de sua desgra'a de !i,ro$ 9Le,inas:.
♦
O ue /egou não /egou 4 assi& +a!a,a a )a/i
#Eu$ &orro antes de ter nas/ido.
♦
Materia!is&o5 o #&eu$ seria ta!,e1 &edío/re" sendo a)ro)ria'ão ou egoís&o= &as o &ateria!is&o de outre& 4 sua +o&e" sua sede" seu dese6o 4 - a ,erdade" a i&)ortFn/ia do &ateria!is&o. ♦
H* u&a !eitura ati,a" )roduti,a 4 )rodu1indo texto e !eitor" e!a nos trans)orta. De)ois a !eitura )assi,a ue trai o texto" )are/endo se su%&eter a e!e" dando a i!usão ♦
de ue o texto existe o%6eti,a&ente" )!ena&ente" so%erana&ente5 unitaria&ente. En+i&" a !eitura não &ais )assi,a" &as de )assi,idade" se& )ra1er" se& go1o" es/a)aria tanto 3 /o&)reensão uanto ao dese6o5 - /o&o a ,e!adura noturna" a insGnia #ins)iradora$ e& ue se ou,iria o #Di1er$ )ara a!-& do tudo est* dito e e& ue se )ronun/iaria o teste&uno da !ti&a teste&una. ]!ti&a teste&una" +i& da istria" -)o/a" ,irada" /rise 2 ou então" +i& da +i!oso+ia 9&eta+ísi/a:. Mes&o e& Heidegger" ao !ongo de u& se&in*rio ue )are/e autori1ar /o& sua )resen'a" a uestão da entrada no ad,ento 9 Erei'nis" /o& tudo o ue esta )a!a,ra a)orta: i&)!i/a +a!ar do #+i& da istria do ser$" nuan'ando4a /o& estas )re/au'7es5 # H* ue se &editar se ainda - )ossí,e! +a!ar de ser e ta&%-& de istria do ser a)s a entrada no ad,ento" se - ,erdade ao &enos ue a istria do ser - /o&)reendida /o&o a istria de doa'7es nas uais o ad,ento 9 Erei'nis: se &ant-& e& retra'ão$. Mas - du,idoso ue Heidegger se tena re/one/ido nu&a ta! )ro)osi'ão /u6o &-rito - a te&eridade e /u6o sentido - so&ente de&asiado /!aro5 as doa'7es ue são as &aneiras )e!as uais o ser se d* ao se retirar 9)ara se ater aos regos5 lo'os e& Her*/!ito" Gno e& 8ar& Ns não o sa%e&os" a não ser ue e!e reen,ia a Erei'nis" da &es&a &aneira ue Erei'nis o #en/erra$" ao &es&o te&)o ue o &ostra )or u&a an*!ise ,er%a! ne/essaria&ente grosseira. De no,o" nada - dito uando tudo dito )e!o &ais )rudente dos )ensadores5 ex/eto ue se /o!o/a a uestão" /o& Heidegger ue não a /o!o/a direta&ente" do +i& da istria do ser 2 assi& /o&o Hege! deixa a outros a +or&u!a'ão a%ru)ta5 #+i& da istria$. 8or ue es/re,er" entendido /o&o &udan'a de -)o/a" entendido /o&o a ex)eri ;ue e!e re,oga" &es&o se aui!o ue ne!e se anun/ia" se anun/ia /o&o u& no,o ue se&)re 6* te,e !ugar" mudan%a radical da ua! todo )resente se ex/!ui. ;uanto 3 a+ir&a'ão da istria" /a&)o de u&a dia!-ti/a ue seria outra ue a dia!-ti/a ege!iana" dia!-ti/a dita in+inita" dia!-ti/a do aui4agora" istria se& )rogresso ne& regresso 9não /ir/u!ar:" e!a não )ode &uito &enos renun/iar a exig
da /o&)!a/ Entregue ao re)etiti,o se& retorno" e!e não se /o/a /o& o siste&a ege!iano" 3 &aneira de u& desastre> O ue !e,a a sugerir ue o in+inito se deixaria de/idir /o&o aui!o ue - dado /o&o )ri&eiro" dando !ugar e& seguida ao +inito" este in+inito i&ediato desarran6aria todo o siste&a" &as segundo a &aneira ue Hege! se&)re )re,ia&ente re)e!iu" ironi1ando so%re o in+inito noturno. En+i&" o a)e!o a u& #in+inito atua! dado$" ns não )ode&os tir*4!o" &es&o ue se6a ingenua&ente" do trans+inito de Cantor. Resta ue esta&os insidiosa&ente 9ine,ita,e!&ente: su%&etidos a indi/a'7es eti&o!gi/as ue /onsidera&os )or )ro,as e das uais tira&os de/is7es +i!os+i/as ue nos tra%a!a& e& segredo. Ta! - o )erigo" at- &es&o o a%uso ue )7e e& /ausa &uito &ais do ue o re/urso 3 eti&o!ogia. ♦
Ser* ue os gregos )ensa,a& alethéia a )artir de lethé> ( du,idoso. E ue ns )ossa&os su%stituí4!os )or ns" di1endo ue e!es era&" entretanto" regidos )or esse i&4)ensado" - u& direito +i!os+i/o /ontra o ua! não a,eria nada a di1er" se ns não o i&)us-sse&os )or u& sa%er +i!o!gi/o ue /o!o/a a +i!oso+ia so% a de)end
u& #+unda&ento$ ue não !e )erten/e e ue o )ensa&ento est* destinado a !e dar retirando4o de!e 9)ostas 3 )arte as &ate&*ti/as" di1e& /ertos +i!so+os &ate&*ti/os:. Erei'nis" )a!a,ra #!ti&a$ do )ensa&ento" ta!,e1 não )ona e& 6ogo senão o 6ogo do idio&a do dese6o. ♦
Niet1s/e5 #?omo se minha sobrevida fosse al'o de necess"rio $. Niet1s/e ,isa a i&orta!idade re!igiosa )essoa!" du,idando ue se6a 6usto e i&)ortante dese6ar a eternidade. Seria )re/iso ir &ais !onge. Mes&o o dese6o de si /o&o e+<&ero" no instante 6a&ais +inito ou no instante i&ediata&ente desa)are/ido" - ainda de&asiado. A ,ida se& nenu&a +or&a de so%re,ida" na aus
#;ue exista u& esue/i&ento" a )ro,a disso resta a +a1er$ 9Niet1s/e:. 8re/isa&ente" o esue/i&ento se& )ro,a" i&)ro,*,e!" ,igi!Fn/ia ue se&)re des,e!a. ♦
Niet1s/e /ontra o su)er4o&e&5 #5omos definitivamente efêmeros$. # $ humanidade não pode aceder a uma ordem superior $. Considere&os #a urna funer"ria do (ltimo homem$. Essa re/usa de u& o&e& )ara a!-& do o&e& 9e& $ $urora: ,ai de )ar /o& tudo o ue Niet1s/e di1 /ontra o )erigo ue a,eria e& se /on+iar 3 e&%riague1 e ao
A sus)eita sa!utar a res)eito da !inguage& ue Niet1s/e nos +orne/e" a)esar do denun/ia&ento a&%íguo da #gra&*ti/a$" ,isa na &aioria das ,e1es a )arte ex/essi,a" não ,igiada" +eita 3s )a!a,ras iso!ada 5 #E& todo !ugar onde os o&ens ♦
/o!o/a,a& u&a )a!a,ra" e!es a/redita,a& ter +eito u&a des/o%erta... tina& de+!orado u& )ro%!e&a$. Mas isso - 6* &uito> E uando e!e a/usa as #)a!a,ras )etri+i/adas" eterni1adas$" ser* ue e!e uer" assi&" re,ir 3 !inguage& /o&o dia!-ti/a ou ainda a u& &o,i&ento /o&o de arran/a&ento" de desarran6a&ento ou de exter&ina'ão ue est* 3 o%ra na )a!a,ra" aui!o ue 6* Hu&%o!dt e,o/a,a ,agua&ente no&eando de o dina&is&o es)iritua! da !inguage&" sua &edia'ão in+inita. Ho6e" os !inguistas res)onderia& &uito +a/i!&ente a Niet1s/e. E" no entanto" a sus)eita" ao &es&o te&)o ue &uda de +or&a" não - a)a1iguada. Outra a+!i'ão de Niet1s/e" +or&u!ada de u&a &aneira sur)reendente5 #Não tería&os )a!a,ras senão )ara os estados e)tremos$ 4 a!egria" dor 4" +rustrando o dia /in1a , o inex)eri&entado" o a%aixo da ,ida ue - o de,ir do ,i,er. 8ode4 se di1er o /ontr*rio5 ue ns não te&os )a!a,ras )ara o extre&o= ue o o+us/a&ento" a dor +a1e& uei&ar todo ,o/*%u!o e o torna& &udo 9)aradoxo da eti&o!ogia5 se o #o+us/a&ento$ éblouissement est* e& re!a'ão /o& o a!e&ão bl6de ue signi+i/a antes de tudo #+r*gi!$" de)ois # de ,ista +ra/a$" nos ad&ira&os )e!o +ato de ue o ex/esso de !u1" aue!a ue /ega" tena ue se di1er a )artir de u&a &io)ia" de u& d-+i/it do o!o 2 aui!o ue atrai na eti&o!ogia - sua )arte de desra1ão &ais do ue aui!o ue e!a ex)!i/a" a +or&a de enig&a ue e!a )reser,a ou redo%ra de/i+rando:. Mas Niet1s/e não o%ser,a so&ente" /o&o &ais tarde Bergson" ue as )a!a,ras não /on,<& senão a u&a an*!ise grosseira" aue!a do entendi&ento 9#extre&o$ uerendo di1er5 aui!o ue - e,idente" /ara/teri1ado:> L* ainda a sus)eita não sus)eita %astante. a!-rP5 # pensador est" numa jaula e se move indefinidamente entre quatro palavras$. Isso dito )e6orati,a&ente não - )e6orati,o5 a )a/i 2 ,ir* assi& a a+ir&ar de )assage&5 # ;ensar<... ;ensarM é perder o fio$. Co&ent*rio +*/i!5 a sur)resa" o inter,a!o" a des/ontinuidade. ♦
As raí1es" in,en'7es dos gra&*ti/os 9Bo)): 9dito de outro &odo" +i/'ão teri/a" &as a teoria !inguageira não - &ais +i/tí/ia do ue não i&)orta ua! sa%er:. Ou então" di1 S/!ege!" #assim como o nome o e)prime$" # ger&e ,i,ente se&)re 3 o%ra na !inguage&$. $ssim como o nome o e)prime5 9o no&e" aui" #rai1$:" esse a)e!o ao no&e &ostra a )eti'ão de )rin/í)io" a /ir/u!aridade da ua! toda !inguage& tira sua +e/undidade5 a rai1 tendo sido no&eada )or ana!ogia /o& o /res/i&ento ,egeta! e /o& a unidade su)osta de u& )rin/í)io ger&inati,o es/ondido so% a terra" disso se tira a ideia de ue a rai1 - o ger&e +or&ador )e!o ua! as )a!a,ras" e& !ínguas di,ersas" re/e%e& )oder de desen,o!,i&ento" enriue/i&ento /riador. De no,o" não4 /rentes e /rentes5 e!es todos tendo e não tendo ra1ão. O es/ritor ue" /o&o Heidegger" retorna 3 rai1 de /ertas )a!a,ras ditas +unda&entais e de!as re/e%e u&a i&)u!são )ara ,aria'7es de )ensa&entos e de )a!a,ras" torna #,erdadeira$ a /on/e)'ão segundo a ua! * na rai1 u&a )ot
;ue &es&o Hu&%o!dt" tão )rudente" ,* da ana!ogia interna 2 no interior da !íngua 4 9#a autossigni+i/a'ão$: 3 ana!ogia externa 2 a i&ita'ão do &undo" das /oisas" do ser e& gera! 9o rea!: )e!as )a!a,ras e& sua sonoridade ue e!e tina re/usado" no entanto" distinguindo o &o&ento arti/u!atrio do ru&or auditi,o" &ostra a tenta'ão irresistí,e! de #desnaturar$ o )ro/esso de signi+i/a'ão natura!i1ando4o 9/ontraria&ente 3ui!o ue sustenta& /o&entadores /onte&)orFneos" Hu&%o!dt re/one/e na seuind ,ento" o!e nu,ens" irren tur,ar" >unsch ane!o" o re+!exo de #+!utua'7es" tur%u!
O ue uer ue diga -rard -nette /ontraria&ente ta!,e1 3ui!o ue e!e &es&o )ensa" a re/usa as/-ti/a de Her&genes não - est-ri!" 6* ue se !e de,e a )ossi%i!idade de u& sa%er !inguísti/o e ue nenu& es/ritor es/re,e se e!e não o te& e& &ente a +i& de re)e!ir" &es&o se e!e /ede a e!as" todas as +a/i!idades &i&-ti/as e a +i& de" )or aí" ,ir a u&a )r*ti/a tota!&ente di+erente. ♦
8or ue a exig A uestão ,a!e ser )osta se& ue a6a /on,eni
_
E& +ran/
orde&" transgressão" restitui'ão de u&a e/ono&ia &ais gera! ue a gestão de /oisas 9a uti!idade:não do&inaria= &as a )erda i&)ossí,e!" !igada 3 ideia de sa/ri+í/io e 3 ex)eri $ A )a!a,ra # doa'ão $ - doada )e!a +r&u!a a!e&ã do #*$5 Es 'ibt 5 isso doa" isso" o #e!e$" sendo #su6eito$ do Erei'nis" o ad,ento do &ais )r)rio. Se se /ontenta e& di1er5 o ser se doa enuanto o te&)o se retira" ns não di1e&os nada )orue entende&os #ser $ e& &aneira do #ente$ ue doa" se doa e +a,ore/e. No entanto" Heidegger di1 +ir&e&ente5 # 8resen'a 9ser: )erten/e 3 /!areira 2 o a/!ara&ento 2 do se retirar 9te&)o:. C!areira 2 a/!ara&ento 2 do se retirar 9te&)o: tra1 /onsigo a )resen'a 9ser:$. Se& nada /on/!uir" re/e%e&os daí a doa'ão se&)re e& re!a'ão /o& a presen%a 9o ser:. #O ad,ento ad,-& $ 9)resen'a de todas as )resen'as" parusia:" assi& /o&o #a )a!a,ra +a!a$" - do& de )a!a,ra )ronun/iando a riue1a &!ti)!a do &esmo ue não - 6a&ais o id O ue - ue se doa> ;uest7es se& /on,eni
aui!o ue" atra,-s da dia!-ti/a e +ora da dia!-ti/a" se 6usti+i/a e& se deixando di1er" desde ue a6a di1er e )e!o u< * di1er. Não nos deixe&os de&asiada&ente tentar 2 ao &es&o te&)o o a/o!endo 2 )or aui!o ue o sa%er a+ir&a" ta! /o&o aue!e de Leroi4ouran" des/re,endo os )ri&eiros tra'os da es/ritura /o&o s-ries de #)euenos enta!es$ dis)ostos de distFn/ia a distFn/ia 9igua!&ente:= aui!o ue d* a )ensar ue est* 3 o%ra )or aí o i&)u!so re)etiti,o" uer di1er o rit&o. Arte e es/ritura" não distintas. U&a outra a+ir&a'ão5 #Se existe u& )onto so%re o ua! tena&os agora toda /erte1a" - ue o gra+is&o /o&e'a não na re)resenta'ão ing
Exe&)!o das +i/'7es eti&o!gi/as. Rit&o5 a tranui!a e se& d,ida #+a!tosa$ eti&o!ogia nos reen,iaria a sreu e rheA" es/oar= de onde rhuthmos" +!uxo e re+!uxo daui!o ue es/oa 9e rit&a e ri&a :. Mas ningu-& de/idir* então se - a es/ansão re)etiti,a se&)re 6* 3 o%ra ue )er&itiu re/one/er o ,ai4e4,e& dos +!uxos ou se a ex)eri
Co&o se sa%e de agora e& diante e /o&o est* dito e& OEntretien infini A Con,ersa In+inita" segundo Ben,eniste" rit&o não deri,a )ro,a,e!&ente de rheA" &as" )or rhutmos" de rhusmos ue Ben,eniste +ixa na ex)ressão5 #/on+igura'ão /a&%iante" +!uída$.
de astros e designa&" na #/on+igura'ão$ &*gi/a dos )ontos de !u1" esse ritmo nas/ente ue rege 6* toda sua !inguage& e ue e!es +a!a& 9es/re,e&:" antes de no&e*4!o. Re!e&%re&o4nos de H^!der!in. #udo é ritmo$" teria e!e dito a Bettina /on+or&e u& teste&uno" o de Sin/!air" ue e!a i&agina ta!,e1. Co&o entend<4!o> Não - o /s&i/o nu&a tota!idade 6* ordenada da ua! /a%eria ao rit&o &anter o )erten/i&ento. O rit&o não - segundo a nature1a" segundo a !inguage& ou &es&o segundo a #arte$ onde e!e )are/e )redo&inar. O rit&o não - a si&)!es a!ternFn/ia do Si& e do Não" do #se doar4se retirar $" da )resen'a4aus
#s otimistas escrevem mal $ 9a!-rP:. Mas os )essi&istas não es/re,e&.
♦
O ata!o não )er&ite a!/an'ar de &odo &ais direto 9&ais r*)ido: u& !ugar" &as" antes" )erder o /a&ino ue de,eria /ondu1ir at- !*. ♦
Interrogar4nos de&asiado a%erta&ente so%re o rit&o - )Gr e& re!a'ão o rit&o e o a%erto e" de u&a /erta &aneira" so&ente nos a%rir ao rit&o ao nos assu6eitar o%sessi,a&ente a e!e" tornado o Su6eito ni/o ue a%re e es/ande o a%erto segundo u&a /!*usu!a. Rit&o não - Su6eito de outro &odo senão ue )or a%uso. #Tudo rit&o$ não !e,a a di1er 2 o ue seria de&asiado e de&asiado )ou/o di1er 45 o rit&o a tota!idade do todo" entretanto não" antes" u& si&)!es &odo" /o&o se diss-sse&os5 tudo aui!o ue -" - segundo o rit&o 2 a+ir&a'ão ue seria )re/iso" entretanto" atingir" )ois essa re!a'ão do ser /o& o rit&o" re!a'ão ine,it*,e!" nos /on/ederia não )ensar o ser se& )ensar o rit&o ue" e!e &es&o" não - segundo o ser. Outra &aneira de se deixar uestionar )e!a di+eren'a. ♦
Me!,i!!e4Ren- Car5 # infinito desejante repentinamente recua$. Me!,i!!e" )e!as )a!a,ras ing!esas" sugere u& /oue ,io!ento5 a atra'ão ardente in+inita - o )a,or ue re)e!e. O a%so!uto dese6ante 9o in+inito ue seria o in+inito do dese6o" e& re!a'ão /o& o dese6o: não )assa so&ente )e!o #se& dese6o$" &as exige o es)anto" retra'ão des&esurada atra,-s da atra'ão des&esurada. ♦
Ns não re)e!i&os a terra 3 ua! de todas as &aneiras )erten/e&os" &as não +a1e&os de!a u& re+gio" ne& &es&o )ara ne!a +a1er u&a estadia" u&a o%riga'ão %e!a" # pois terr#vel é a terra$. O desastre se&)re retardat*rio" sono estrangu!ado" )oderia nos re!e&%rar u&a !e&%ran'a do i&e&or*,e!" se ou,esse u&a !e&%ran'a do i&e&or*,e!. ♦
Se #a indis/ri'ão e& /onsidera'ão ao indi1í,e!$ 9E. L.: ta!,e1 se6a a tare+a" esta se enun/ia )e!a /o!o/a'ão e& re!a'ão do &es&o )re+ixo re)etido" # in$" /o& a a&%iguidade ue e!e &ant-& do in+inito. O indi1í,e! seria /ir/uns/rito )e!o Di1er e!e,ado ao in+inito5 aui!o ue es/a)a ao di1er" - não so&ente isso ue - )re/iso di1er" &as isso não es/a)a senão so% a &ar/a e na reten'ão do Di1er. Do &es&o &odo" a indis/ri'ão - +a!tar 3 reser,a /o& a a6uda da reser,a" &antendo4se ne!a" +a!tando a e!a. ♦
A #&udan'a radi/a!$" )oder4 se-ia indi/*4!a es)e/i+i/ando4a dessa &aneira5 ue" daui!o ue ad,-&" todo )resente se ex/!ui. A &udan'a radi/a! ad,iria e!a &es&a so%re esse &odo do não4)resente ue e!a +a1 ad,ir se& se /on+iar" no entanto" ao )or,ir 9)re,isí,e! ou não: ou se retirar nu& )assado 9trans&itido ou não:. ♦
9U&a /ena )ri&iti,a>: BPndiscri%ão, indiz#vel, infinito, mudan%a radical, não h" entre aquilo que se chama por estas palavras, senão uma rela%ão, ao menos uma e)i'ência de estranheza que as devolveria turno por turno = ou juntas = aplic"veis àquilo que se nomeou uma /ena< - Erroneamente, j" que, escapando ao fi'ur"vel, como à fic%ão @ simplesmente para não falar delas assim como de um evento tendo tido lu'ar num momento do tempo. = Gma cena! uma sombra, um fraco clarão, um OOquaseOO com os tra%os do OOdemasiadoO,O do e)cessivo em tudo. = se'redo ao qual se fez alusão, é que não h" nada de secreto, e)ceto para aqueles que se recusam à confissão. = Pndiz#vel, entretanto, enquanto narrado, proferido! não o OOproferirOO mallarmeano +ainda que não se possa evitar passar por ele = lembro-me disso ainda! \\eu )ro+iro a )a!a,ra" )ara &ergu!*4!a de no,o e& sua inanidade\\ @ é o OOparaOO, esta finalidade de nada demasiado estabelecida, que não permite se suspender nisso, antes o dito que, sem remeter a um não-dito +como se tornou costume pretendê-lo ou a uma riqueza de palavras ines'ot"vel, reserva o 3izer que parece denunci"-lo, autoriz"-lo, provoc"-lo a um desdito = 3izer! poder de dizer< Psso o altera imediatamente. desfalecimento lhe conviria melhor. = 5e a conveniência não estivesse aqui fora de aposta! o dom do pouco, do pobre, na ausência da perda jamais recebida. = &as quem conta< = relato. = anterelato, QOa circunstncia ful'uranteOO pela qual a crian%a fulminada vê = ela tem o espet"culo disso = o assassinato feliz de si mesma que lhe doa o silêncio da palavra. = $s l"'rimas são de uma crian%a ainda. = "'rimas de toda uma vida, de todas as vidas, a dissolu%ão absoluta que, ale'ria ou tristeza, o rosto pueril reer'ue para nelas brilhar até a emo%ão sem si'nos. = Pmediatamente interpretado de modo ♦
banal. = $ banalidade não tem erro, coment"rio de consola%ão onde a solidão se recusa sem ref('io. = Eu volto a isso! as circunstncias são do mundo! a "rvore, o muro, jardim de inverno, o espa%o do jo'o com o que o tédio@ é, portanto, o tempo e seu discurso, o narr"vel sem epis9dio ou puramente epis9dic @ até mesmo o céu, na dimensão c9smica que ele sup:e desde que se o nomeia = os astros, o universo =, é o aclaramento do dia parcimonioso, mesmo que fosse o OOfiat lu)OO, distanciamento que não distancia. - odavia, o mesmo céu. . . = ;recisamente = é necess"rio que seja o mesmo. = Nada mudou. = 5alvo o abalo de nada - Que rompe, pela quebra de uma vidra%a +por tr"s da qual se se asse'ura com uma transparência prote'ida, o espa%o finito-infinito do cosmos = a ordem ordin"ria = para substituir disso a verti'em s"bia do fora desertado, tal que ne'ro e vazio, respondendo à repentinidade da abertura e se dando absolutos, anunciando a revela%ão pela ausência, a perda e o para o além dissipado. = &as OOo para alémOO, embar'ado pela decisão desta palavra esvaziada OOnadaOO que não é ela mesma nada, é ao contr"rio chamada na cena, desde que o movimento de abertura, desde que a revela%ão, assim como a tensão do nada, do ser e do h" intervêm e provocam o abalo intermin"vel.- Eu o concedo! OOnada é aquilo que h"O Ointerdito de se dei)ar dizer em tranquila e simples ne'a%ão +como se em seu lu'ar o eterno tradutor escrevesse! OONão h" nadaOO . = Nenhuma ne'a%ão, mas termos que pesam, estncias justapostas +sem vizinhan%a, suficiência fechada +fora de si'nifica%ão, cada um im9vel e mudo, e assim usurpando sua rela%ão em frase da qual ser#amos bem embara%ados de desi'nar aquilo que 'ostaria de se dizer nela. = Embara%o é pouco! que tu passes por esta frase aquilo que ela não pode conter senão estilha%ando. = 3e minha parte, ou%o o irrevo'"vel do * que ser e nada, marulho vão, projetando, reprojetando, tra%ando, apa'ando, rolam se'undo o ritmo do anAnimo ru#do. - uvir o sem-eco da voz! estranho entendimento. = entendimento do estranho, mas não vamos mais lon'e. = R" tendo sido demasiado avante, voltando atr"s. = Doltando em dire%ão à interpela%ão inicial que convida à suposi%ão fict#cia sem a qual falar da crian%a que jamais falou, seria fazer passar na hist9ria, na e)periência ou no real ainda, a t#tulo de epis9dio ou novamente de cena im9vel, aquilo que as arruinou +hist9ria, e)periência, real dei)ando-os intactos. = efeito 'eneroso do desastre. = $ senescência do rosto sem ru'as. = insulto maior da poesia e da filosofia indistintasC. B$ questão sempre suspensa! sendo morto deste OOpoder-morrerOO que lhe doa ale'ria e assola%ão, ele sobreviveu, ou antes, que quer dizer então sobreviver, senão viver de uma aquiescência na recusa, no secamento da como%ão, em retra%ão do interessamento por si, des-interessado, e)tenuado até à calma, não esperando nada< = ;or conse'uinte, esperando e fazendo vi'#lia j" que de repente despertado e, sabendo-o de a'ora em diante, jamais bastante despertadoC. Natura!&ente" #desastre$ )ode se entender a )artir da eti&o!ogia. Muitos +rag&entos )orta& aui o rastro de!a. Mas a eti&o!ogia não se &ostra ne!es /o&o u& sa%er )re+eren/ia! ou &ais origina!" assegurando sua &aestria so%re aui!o ue ♦
então não - &ais do ue u&a )a!a,ra. Ao /ontr*rio" - o indeter&inado daui!o ue se es/re,e /o& essa )a!a,ra" ue u!tra)assa a eti&o!ogia e a arrasta no desastre. ;ue não a6a es)era do desastre" - na &edida e& ue se )ensa ue a es)era se&)re es)era de u& es)erado ou de u& ines)erado. Mas a es)era" do &es&o &odo ue e!a não se re)orta &ais a u& )or,ir do ue a u& )assado a/essí,e!" - assi& ta&%-& es)era da es)era" o ue não nos +ixa nu& )resente" )ois #eu$ teno se&)re 6* es)erado aui!o ue es)erarei se&)re5 o não &e&or*,e!" o des/one/ido se& )resente dos uais não )osso &e !e&%rar &ais do ue não )osso sa%er se não esue'o o )or,ir" o )or,ir sendo &ina re!a'ão /o& aui!o ue" naui!o ue /ega" não /ega" e )ortanto não se a)resenta" não se re4)resenta. Eis )orue - )er&itido )e!o &o,i&ento da es/ritura di1er5 &orto" tu o -s 6*. E o ue - o esue/i&ento> Não &ais do ue u&a )ri,a'ão do &e&or*,e! na &e&ria" e!e não se re)orta 3 ignorFn/ia daui!o ue a,eria de )resente no )or,ir. O esue/i&ento designa o a!-& do )ossí,e!" o Outro inesue/í,e! ue" )assado ou +uturo" o esue/i&ento não /ir/uns/re,e5 o )assi,o da )a/i
Não * orige&" se orige& su)7e u&a )resen'a origina!. Se&)re )assado" de ora e 6* )assado" a!go ue se )assou se& ser )resente" eis o i&e&oria! ue o esue/i&ento nos d*" di1endo5 todo /o&e'o - re/o&e'o. ♦
( /erto ue se en+raue/e o )ensa&ento de Heidegger" uando se inter)reta #o ser4)ara4a4&orte$ )e!a %us/a de u&a autenti/idade )e!a &orte. isão de u& u&anis&o )erse,erante. ?* o ter&o #autenti/idade$ não res)onde ao # Ei'entlichSeit $ onde se anun/ia& as a&%iguidades &ais tardias da )a!a,ra ei'en ue det-& o Erei'nis ue não )ode se )ensar e& re!a'ão a #ser$. Entretanto" &es&o se a%andona&os a i!usão da #&orte )r)ria$ de Ri!e" resta ue o &orrer" nessa )ers)e/ti,a" não se se)ara do #)essoa!$" neg!igen/iando aui!o ue * de #i&)essoa!$ na &orte e& re!a'ão a ue - )re/iso di1er não #eu$ &orro" &as se &orre" &orrendo se&)re outro. ♦
S/e!!ing5 #A a!&a - o ,erdadeiro di,ino no o&e&" o i&)essoa!... A a!&a - o não4)essoa!$. Ou ainda5 #na &edida e& ue o es)írito u&ano se re)orta 3 a!&a /o&o a!gu&a /oisa de não4sendo" uer di1er" a a!go do se&4entendi&ento" sua ess
Se - ,erdade ue" )ara u& /erto 0reud" #nosso in/ons/iente não sa%eria re)resentar )ara si nossa )r)ria &orta!idade$" isso signi+i/a a!-& do &ais ue &orrer - irre)resent*,e!" não so&ente )orue &orrer - se& )resente" &as )orue não te& !ugar" &es&o ue se6a no te&)o" na te&)ora!idade do te&)o. Do &es&o ♦
&odo ue" se - )re/iso &editar so%re a inter)reta'ão de 8onta!is5 9o in/ons/iente: #ignora o negati,o )orue e!e é o negati,o" ue se o)7e 3 su)osta )!ena )ositi,idade da ,ida$" - ne/ess*rio se re!e&%rar de ue o #negati,o$ ora est* e& o%ra" +a!ando /o& a )a!a,ra e assi& se re!a/ionando ao #ser$" ora seria o não4tra%a!o do deso%ra&ento" )a/i
♦
Lendo e& R.B. oland 0arthes o ue este não di1 &as sugere" i&agino ue )ara erter o a&or4)aixão não - senão u& des,io )ara &orrer. A)s a !eitura de >erther " não ou,e &ais a&antes" )or-& &ais sui/idas. E oete se desen/arregou so%re erter da tenta'ão de &orrer" não de sua )aixão" es/re,endo não a%so!uta&ente )ara não &orrer" &as )e!o &o,i&ento de u&a &orte ue não !e )erten/ia &ais. # Psso não pode senão terminar mal $. ♦
O eu moi res)ons*,e! de outre&" eu moi se& eu moi" - a +ragi!idade &es&a" ao )onto de ser )osto e& uestão de )arte e& )arte enuanto eu je" se& identidade" res)ons*,e! daue!e a ue e!e não )ode dar res)osta" res)ondente ue não - uestão" uestão ue se re)orta a outre& se& &uito &enos es)erar de!e u&a res)osta. O Outro não res)onde. ♦
8er&ane'o )ersuadido de ue a )aixão da eti&o!ogia este6a !igada a u& /erto natura!is&o" /o&o 3 )ro/ura de u& segredo origina! ue u&a )ri&eira !inguage& )ortaria e /u6a )erda deixaria índi/es de !íngua a !íngua" índi/es ue )er&itiria& de re/onstituí4!o. O ue 6usti+i/a a )ou/os /ustos a exig
re!a'ão in+inita de u& a outro ue a deri,a do sentido dissi&u!a )orue u& )are/e &anter ne!a sua ne/essidade at- na &orte. Mas - ,erdade ue a ideia de ar%itr*rio e& !inguísti/a - ta&%-& /riti/*,e! e te&" so%retudo" u& ,a!or de as/ese" nos a+astando das so!u'7es +*/eis. 9Ta!,e1 o )ensa&ento do ar%itr*rio do signo su)ona 6* a i&age& i&)!í/ita" dissi&u!ada" de u& #&undo$:. O desastre" ex)eri
Natura!&ente" a uestão 6* )osta se )7e de no,o5 se a o%sessão de outre& ,ai at- a )ersegui'ão" o &orrer na ,ida &es&a não seria +a1er )ro,a de u&a es)-/ie de /rue!dade )ara /o& e!e" torn*4!o e& a!gu& &odo /rue!> Mas - esue/er ue não teno ue a/o!er" ue assu&ir aui!o ue nos seria +eito. Atra,-s da )assi,idade da )a/i
O es/ritor" o insone do dia.
♦
Es/re,er" /erta&ente" - renun/iar a se !e,ar )e!a &ão ou a se /a&ar )or no&es )r)rios" e ao &es&o te&)o - não renun/iar" - anun/iar" a/o!endo 2 se& re/one/<4!o 2 o ausente 4 ou" )e!as )a!a,ras e& sua aus
Es/re,er e a )erda= &as a )erda se& do& 9u& do& se& /ontra)artida: arris/a se&)re ser u&a )erda a)a1iguante ue tra1 a seguran'a. Eis )orue não * se& d,ida dis/urso a&oroso" senão do a&or e& sua aus
Se a &orte - o rea!" e se o rea! - o i&)ossí,e!" se se a)roxi&a do )ensa&ento da i&)ossi%i!idade da &orte. ♦
Segundo o dis/í)u!o de Bar!4Se&" o Ra%%i 8inas" ns de,e&os #a&ar &ais$ o /rue! e o odioso )ara /o&)ensar )or nosso a&or a +a!ta de a&or da ua! e!e res)ons*,e!" a ua! )ro,o/a u&a #di!a/era'ão$ das )ot E!es não são tra'os de Outre& ue - )re/isa&ente o desnudado" o a%andonado" o des&unido. Na &edida e& ue se )ode +a!ar de dio e de /rue!dade" -" no entanto" )orue" )or e!es" o &a! atinge ta&%-& ter/eiros" e então a 6usti'a exige a re/usa" a resist
Eu gostaria de &e /ontentar /o& u&a s )a!a,ra" &antida )ura e ,i,a e& sua aus
#A &enor nuan/e de antisse&itis&o &ani+estada )or u& gru)o ou )or u& indi,íduo )ro,a a nature1a rea/ion*ria desse gru)o ou desse indi,íduo$ 9Lenin" /itado )or ui!!e&in:. ♦
♦
Huardar o si!
?o%5 B8alei uma vez... não repetirei@ T duas vezes... não acrescentarei nadaC. ( o ue ta!,e1 signi+iue a re)eti'ão da es/ritura" re)etindo o extre&o ao ua! não * nada a a/res/entar. ♦
O ue di1 )or ,e1es Niet1s/e dos 6udeus> #Da )euena /o&unidade 6udia )ro,-& o )rin/í)io do amor 5 - u&a a!&a &ais apai)onada /u6a %rasa /o/a so% u&i!dade e )o%re1a5 o ue não - ne& grego ne& indu ne& &es&o ger&Fni/o= o ino 3 /aridade ue 8au!o /o&)Gs não te& nada de /ristão" - o 6orrar 6udeu da eterna /a&a" ue - se&ita...$ 4 # Cada so/iedade te& tend
e!es )assara& e& no,as /ondi'7es de exist 9;ue o )ensa&ento de Niet1s/e se6a )erigoso" - ,erdade. E!e nos ensina isso antes de tudo5 se ns )ensa&os" nada de re)ouso:. Niet1s/e5 #No Antigo Testa&ento\ 6udeu" esse !i,ro da 6usti'a de Deus" en/ontra&4se o&ens" e,entos e )a!a,ras de u& esti!o tão grandioso ue a !iteratura grega e a !iteratura indu não o+ere/e& nada de /o&)ar*,e!. 0i/a4 se to&ado de es)anto e de res)eito diante desses )rodigiosos ,estígios do ue o o&e& +oi outrora e se se entregar* a tristes re+!ex7es ao te&a da antiga `sia e de sua )euena )enínsu!a a,an'ada" a Euro)a" ue )retende en/arnar e& +a/e de!a os \\)rogressos do o&e&\\...$ 4 #Ter )osto ao !ado do Antigo esse No,o Testa&ento" esse &onu&ento de u& gosto ro/o/ e& todos os as)e/tos" )ara de!es +a1er 6untos u& s e &es&o !i,ro" a Bí%!ia" o Li,ro )or ex/e! E!e +a!a de esti!o" de gosto" de !iteratura" &as )or aí rea!'a aui!o ue )orta& tais )a!a,ras. E" eu o noto" a /i,i!i1a'ão grega não - nisso &enos atingida do ue a /ristã. A!ures" o /ristianis&o - !ou,ado )or ter sa%ido &anter o res)eito )e!a Bí%!ia" &es&o ue +osse interditando4!e a !eitura direta5 A &aneira )e!a ua! se &ante,e at- os nossos dias" no /on6unto" o res)eito )e!a 4#blia" /onstitui ta!,e1 o &e!or exe&)!o de dis/i)!ina e a+ina&ento dos &odos )e!os uais a Euro)a de,e ao /ristianis&o5 !i,ros dessa )ro+undidade" de)osit*rios de u&a signi+i/a'ão (ltima 9su%!ino:" t<& ne/essidade de ser )rotegidos )e!a tirania de u&a autoridade exterior a +i& de se assegurar essa dura%ão de ,*rios &i!
Não estando e& %us/a ne& do !ugar" ne& da +r&u!a.
♦
# $ (nica e)plosão é um livro$. U& !i,ro5 u& !i,ro e& &eio a outros" ou u& !i,ro reen,iando ao iber ni/o" !ti&o e essen/ia!" ou &ais 6usta&ente" o Li,ro &ais/u!o ue - se&)re não i&)orta ua! !i,ro" 6* se& i&)ortFn/ia ou )ara a!-& do i&)ortante. #Ex)!osão$" u& !i,ro= aui!o ue uer di1er ue o !i,ro não - o ♦
reagru)a&ento !a%orioso de u&a tota!idade en+i& o%tida" &as te& )or ser o esti!a'a&ento ruídoso" si!en/ioso" ue se& e!e não se )rodu1iria 9não se a+ir&aria:" enuanto ue" )erten/endo e!e &es&o ao ser esti!a'ado" ,io!enta&ente des%ordado" )osto )ara +ora de ser" e!e se indi/a /o&o sua )r)ria ,io!: O tra'o do nar/isis&o" entendido ,u!gar&ente ou suti!&ente" - ue" /o&o do a&or4)r)rio de La Ro/e+ou/au!d" - +*/i! denun/iar o e+eito disso e& tudo e e& todo !ugar= %asta !e dar u&a +or&a ad6eti,a5 o ue - ue não seria nar/ísi/o> Todas as )osi'7es do ser e do não4ser. Mes&o uando e!e se renun/ia at- a de,ir negati,o" /o& a )arte de enig&a ue então o o%s/ure/e" e!e não /essa de ser )assi,a&ente ati,o5 a as/ese" a retra'ão a%so!uta e at- ao ,a1io" se deixa& re/one/er /o&o &odos nar/ísi/os" u&a &aneira %astante +ra/a )ara u& su6eito de/e)/ionado" ou in/erto de sua identidade" de se a+ir&ar se anu!ando. Contesta'ão ue não - neg!igen/i*,e!. Ns redes/o%ri&os aí a ,ertige& o/identa! ue re)orta todos os ,a!ores ao Mes&o" e tanto &ais se se trata de u& #&es&o$ &a! /onstituído" e,anes/ente" )erdido ao &es&o te&)o ue a)reendido" uer di1er" te&a de )redi!e'ão )ara a!guns &o,i&entos dia!-ti/os. As &ito!ogias &ostra& %e& ue a ,ersão de O,ídio" )oeta inte!igente" /i,i!i1ado" /u6a /on/e)'ão do nar/isis&o segue todos os &o,i&entos narrati,os" /o&o se estes deti,esse& o sa%er )si/ana!íti/o" &odi+i/a o &ito )ara desen,o!,<4!o tornando4o &ais a/essí,e!. Mas o tra'o do &ito ue O,ídio ter&ina )or esue/er - ue Nar/iso" )endido so%re a +onte" não se re/one/e na i&age& +!uida ue !e reen,ia,a& as *guas. Este" )ortanto" não - e!e" seu #eu$ ta!,e1 inexistente" ue e!e a&a ou dese6a" &es&o ue +osse e& seu des/one/i&ento. E se e!e não se re/one/e" - )orue aui!o ue e!e ,< - u&a i&age&" ue a si&i!itude de u&a i&age& não re&ete a ningu-&" tendo )or /ar*ter não se )are/er /o& nada" &as e!e se #a)aixona$ )or e!a" )orue a i&age& 2 toda i&age& 2 - atraente" atra'ão do ,a1io &es&o e da &orte e& seu engodo. O ensina&ento do &ito ue" /o&o todo &ito ,irando +*%u!a" edu/ati,o" seria ue não - )re/iso se +iar 3 +as/ina'ão das i&agens ue não so&ente ♦
No origina!5 ....
engana& 9de onde os +*/eis /o&ent*rios )!otinianos:" &as torna& todo a&or insensato" )orue - )re/iso u&a distFn/ia )ara ue nas'a o dese6o de não se satis+a1er i&ediata&ente 2 o ue O,ídio" e& seus a/r-s/i&os sutis" %e& tradu1iu +a1endo Nar/iso di1er 9/o&o se Nar/iso )udesse +a!ar" #se$ +a!ar" so!i!o/ar:5 #)ossessão &e +e1 se& )ossessão$. O ue * de &íti/o neste &ito5 a &orte est* ne!e )resente uase se& se no&ear" )e!a *gua" a +onte" o 6ogo +!ora! de u& en/anta&ento !í&)ido ue não a%re so%re o se&4 +undo a)a,orante do su%terrFneo" &as ue o &ira )erigosa&ente 9!ou/a&ente: na i!usão de u&a )roxi&idade de su)er+í/ie. Nar/iso &orre> ;uase= tornado i&age&" e!e se disso!,e na disso!u'ão i&,e! do i&agin*rio onde e!e se di!ui se& sa%er" )erdendo u&a ,ida ue e!e não te&= )ois" se se )ode reter a!gu&a /oisa dos /o&entadores antigos" se&)re )rontos a ra/iona!i1ar" - ue Nar/iso 6a&ais /o&e'ou a ,i,er" /rian'a4deus 9a istria de Nar/iso" não a esue'a&os" - a istria de deuses ou se&i4deuses:" não se deixando to/ar )e!os outros" não +a!ando" não se sa%endo" 6* ue" segundo a orde& ue e!e teria re/e%ido" e!e de,e )er&ane/er des,iado de si 2 assi&" &uito )rxi&o da /rian'a &ara,i!osa" se&)re 6* &orta e entretanto destinada a u& &orrer +r*gi!" do ua! Serge Le/!aire nos +a!ou. Si&" &ito +r*gi!" &ito da +ragi!idade onde no entre4dois tre&ente de u&a /ons/i 4" se e!e )ode se +a1er segundo a i&age&" - &ais /erta&ente ex)osto ao ris/o de se des+a1er" segundo sua i&age&" se a%rindo então 3 i!usão de u&a si&i!itude" ta!,e1 %e!a" ta!,e1 &orta!" &as de u&a &orte e,asi,a ue est* toda na re)eti'ão de u& des/one/i&ento &udo. Certa&ente" o &ito não di1 nada de tão &ani+esto. Os &itos gregos não di1e&" e& gera!" nada" sedutores )or u& sa%er o/u!to de or*/u!o ue /a&a o 6ogo in+inito de adi,inar. O ue ns /a&a&os de sentido" at- &es&o de signo" !es - estrangeiro5 e!es +a1e& signo" se& signi+i/ar" &ostrando" esui,ando" se&)re !í&)idos" di1endo o &ist-rio trans)arente" o &ist-rio da trans)ar
a/ordo re)etiti,o de u&a ,o1 ue !e di1 o &es&o se& ue e!e )ossa atri%uí4!o )ara si e ue - )re/isa&ente nar/ísi/o neste sentido de ue e!e não a a&a" ue e!a não !e doa nada de outro a a&ar. Sina da /rian'a da ua! se /r< ue e!a re)ete as !ti&as )a!a,ras" enuanto e!a )erten/e ao ru&or /res/ente ue - de en/anta&ento e não de !inguage&= e sina ta&%-& de a)aixonados ue se to/a& )e!as )a!a,ras" ue estão e& /ontato /o& )a!a,ras e ue )ode& se re)etir se& +i&" se &ara,i!ar /o& o &ais %ana!" 6usta&ente )orue sua !íngua - !íngua" e não !inguage&" e )orue e!es se &ira& u& no outro" )or u&a redu)!i/a'ão ue ,ai da &irage& 3 ad&ira'ão. O ue to/a neste &ito )ro,a,e!&ente tardio" -" )ortanto" ue ne!e retine no,a&ente a interdi'ão de ,er" tão /onstante na tradi'ão grega ue )er&ane/e" no entanto" o !ugar do ,isí,e!" da )resen'a 6* di,ina no +ato de ue e!a surgia e e& suas &!ti)!as a)ar O &!ti)!o - a&%íguo" de u&a a&%iguidade" antes de tudo" +*/i! de deter&inar" 6* ue * o &!ti)!o" o ,ariado" o /a&%iante ou o di,erso dos uais" )e!as /ondutas /on6untas da ra1ão dia!-ti/a ou )r*ti/a" at- &es&o )e!o a)e!o da re/on/i!ia'ão &íti/a" se +or&a a tota!idade unit*ria ue os )reser,a a!terando4os /o&o &eios ou &o&entos &ediadores ou" &isti/a&ente" !an'ando4os no grande +ogo da /onsu&a'ão ou da /on+usão. Mas" então" &!ti)!o" /oisas ,ariadas ou se)aradas" /aindo so% a +as/ina'ão do Uno" não !e ser,ira& senão de e!o" ou de +iguras sensí,eis" ou de no&es de e&)r-sti&o" a)roxi&a'ão daui!o ue não sa%eria de outro &odo ser )rxi&o5 es)era e re/urso do /u&)ri&ento no uni4,erso a a/a%ar ou ♦
a +ingir. Do uno" su6eito 9&es&o ue +osse su6eito +issurado" se&)re du)!o" e& ,ão dese6ante: ao uno uni,ersa! ou su)re&o" o &!ti)!o" o disso/iado" o di+erente não terão sido senão )assage&5 re+!exos da 8resen'a &ais/u!a ue" &es&o não )ortando no&e" se /onsagra na so%erana a!tura. Mistura ousada de u&a dia!-ti/a e de u& re&onta&ento 9&ísti/o: )e!a es)eran'a de sa!,a'ão. Não - )re/iso de)re/iar tais /ondutas" )orue a a)osta de!as - i&)ortante" ,isada uase 9at- o6e ou onte&: de toda &ora! e de todo sa%er. Resta ue a !ei do Uno e seu )ri&ado g!orioso" inexor*,e!4ina/essí,e!" ex/!ue& o &!ti)!o como &!ti)!o" re/ondu1indo" &es&o ue +osse )or des,ios" o outro e& dire'ão ao &es&o" e su%stituindo a di+eren'a )e!o di+erente" se& deixar esta ,ir e& uestão" tanto - )otente e ne/ess*ria a organi1a'ão da )a!a,ra res)ondendo 3 orde& de u& uni,erso a%it*,e! 9onde nos - dada a )ro&essa de ue tudo ser* 2 - )ortanto 6* 2 )resente" e& )arti/i)a'ão na 8resen'a a)reensí,e!4ina)reensí,e!:. Mas esta so%erania do Mes&o e do Uno" &a6estosa ou si&)!es 9ue e!a este6a )rxi&a ou )or es)erar:" do&inando tudo de ante&ão e reinando so%re todo ser" arrastando e& sua or%e todo a)are/er %e& /o&o todo ess
de es/ritura e de )a!a,ra. 9Entretanto" a estrutura do /o&o 4 &!ti)!o enuanto &!ti)!o" /o&o tal ou e& si 4 tende a reesta%e!e/er a identidade do não4id
# &as não, sempre Num projetar da asa do imposs#vel u te despertas, com um 'rito, 3o lu'ar, que é apenas um sonho...b$ 9c,es Bonne+oP: ♦
U&a +rase iso!ada" a+orísti/a" não +rag&ent*ria" tende a ressoar /o&o u&a )a!a,ra de or*/u!o ue teria a auto4su+i/i De no,o )or &eios de !inguage&" e desde ue se renun/iou 3 es)eran'a do ractatus" -" )ois" de u&a !uta da !inguage& /ontra si &es&a ue seria uestão5 o ue restauraria as ne/essidades da dia!-ti/a" a &enos ue não se este6a 3 )ro/ura de u&a es)-/ie de !inguage& 6usta ou ,erdadeira da ua! u&a ra1ão si&)!es" si!en/iosa" de/idiria" ra1ão idea!" tão !ogo )osta e& a/usa'ão /o&o )ortando u&a ,io!
b
E& +ran/
in+inito da !inguage&" e!e não te& a )ro)riedade de dar a este u&a neutra!idade" sendo ina)reensí,e!" ex/eto ao in+inito" e desde ue se o a)reende" se&)re )ronto /o&o uestão negati,a a /air se6a e& dire'ão ao Uno" se6a e& dire'ão ao Outro ue e!e ret-& re)etiti,a&ente )or u& &o,i&ento de retra'ão5 e& re!a'ão" )ortanto" /o& o in+inito da !inguage& ue nenu&a tota!idade sa%eria en/!ausurar e ue" se e!e se a+ir&a" - +ora da a+ir&a'ão /o&o da nega'ão de ue o sa%er e o uso nos dão a /one/er. De onde a o%riga'ão de não +a!ar sobre a !inguage& se& sa%er ue se se !i&ita então ao !i&itado de u& sa%er" &as a partir da !inguage& ue não )re/isa&ente u& )onto de )artida" a não ser /o&o a exig
Con+iando na !inguage& entendida /o&o o desa+io )ro,o/ante ue nos +oi /on+iado da &es&a &aneira ue ns !e +o&os /on+iados. ♦
uardar o segredo - e,idente&ente di1<4!o /o&o não4segredo" no +ato de ue e!e não - !egí,e!. ♦
A +rase iso!ada" a+orísti/a" atrai )orue e!a a+ir&a de+initi,a&ente" /o&o se &ais nada +a!asse e& torno de!a" no +ora de!a. A +rase a!usi,a" iso!ada ta&%-&" di1endo" não di1endo" a)agando aui!o ue e!a di1 ao &es&o te&)o ue e!a o di1" +a1 da a&%iguidade u& ,a!or. #Su)ona&os ue eu não tena dito nada$. A )ri&eira nor&ati,a. A segunda /r< es/a)ar 3 i!usão do ,erdadeiro" &as se )rende 3 i!usão &es&a /o&o ,erdadeiro" /r< ue aui!o ue +oi es/rito )ode se reter. A exig
A uestão se&)re a uestionar5 #O &!ti)!o se /ondu1 a dois>$ U&a res)osta5 ue& di1 dois não +a1 senão repetir Uno 9ou a unidade dua!:" a &enos ue o ♦
segundo ter&o" enuanto o Outro" não se6a o in+inita&ente &!ti)!o ou ue a re)eti'ão do Uno não o &antena senão )ara dissi)*4!o 9ta!,e1 +i/ti/ia&ente:. Não *" )ortanto" dois dis/ursos5 * o dis/urso e a,eria o dis4/urso do ua! não #sa%e&os$ uase nada" senão ue e!e es/a)a ao siste&a" 3 orde&" 3 )ossi%i!idade" in/!usi,e 3 )ossi%i!idade de )a!a,ra" e ue ta!,e1 a es/ritura o )ona e& 6ogo !* onde a tota!idade se deixou ex/edida. A *gua onde Nar/iso ,< aui!o ue e!e não de,e ,er" não - o es)e!o /a)a1 de u&a i&age& distinta e de+inida. Aui!o ue e!e ,<" - no ,isí,e! o in,isí,e!" na +igura o in+igur*,e!" o des/one/ido inst*,e! de u&a re)resenta'ão se& )resen'a" a re)resenta'ão ue não reen,ia a u& &ode!o5 o anGni&o ue o no&e ue e!e não te& )oderia s &anter 3 distFn/ia. ( a !ou/ura e a &orte 9&as para ns" ns ue no&ea&os Nar/iso" o esta%e!e/e&os /o&o Mes&o desdo%rado" uer di1er" se& ue e!e sai%a 4 e o sa%endo 2 en/o%rindo o Outro no &es&o" a &orte no ,i,ente5 a ess
As )a!a,ras de O,ídio a reter so%re Nar/iso5 # ele perece por seus olhos $ 9,endo4 se /o&o deus 2 o ue re!e&%ra5 ue& ,< Deus &orre: e # des'ra%ado, porque tu não eras o outro, porque tu eras o outro$. 8or ue desgra'ado> A desgra'a reen,ia 3 aus
so!it*ria. Outro se& ser outro. Isso )er&ite os desen,o!,i&entos dia!-ti/os ou" ao /ontr*rio" &ant-& nu& rigor i&,e! de onde a )oesia não - ex/!uída. i,er se& ,i,ente" /o&o &orrer se& &orte5 es/re,er nos reen,ia a essas )ro)osi'7es enig&*ti/as. ♦
( a !inguage& ue seria #/rí)ti/a$" não so&ente e& sua tota!idade ex/edida e não teori1*,e!" &as /o&o en/o%rindo %o!s7es" !ugares /a,ernosos onde as )a!a,ras se +a1e& /oisas" o dentro +ora" nesse sentido inde/ri)t*,e!" na &edida e& ue o de/i+ra&ento - ne/ess*rio )ara &anter o segredo no segredo. O /digo não %asta &ais. A tradu'ão - in+inita. E" no entanto" - )re/iso ue en/ontre&os a )a!a,ra4 /a,e ue a%re e não a%re. Sa!,a4se )or aí a!gu&a /oisa ue !i%era a )erda e !e re/usa o do&. #OOEuOO não salvo um foro interior senão ao pA-lo em OOmimOO " 3 )arte de &i&" fora$ 9Derrida:. 0rase de desen,o!,i&entos i!i&itados. Mas uando o #eu moi$ 4 o outro do Eu Je 2 se a)ro)ria das )a!a,ras4/oisas )ara ne!as enterrar u& segredo e de!e go1ar se& go1o" no re/eio e na es)eran'a de ue e!e se6a /o&uni/ado 9 partilhado /o& a!gu-& outro na +a!ta de u&a parte:" - /o& u&a !inguage& )etri+i/ada ue ns te&os re!a'ão )e!a ua! não )ode &es&o &ais se trans&itir aui!o ue a,eria do intrans&issí,e!. ( ta!,e1 a isso ue tenda #o idio&a do dese6o$" /o& suas &oti,a'7es &i&-ti/as /u6a so&a - i&oti,ada e ue se o+ere/e& ao de/i+ra&ento /o&o o a%so!uto inde/i+r*,e!. Certa&ente" o dese6o de es/re,er ue a es/ritura trans)orta e ue a )orta" não )er&ane/e sendo o dese6o e& gera!" &as se re+rata e& u&a &u!ti)!i/idade de dese6os es/ondidos ou desta/ados arti+i/iosa&ente /u6os e+eitos de não4ar%itr*rio 9anagra&a" rit&o" ri&a interna" 6ogo &*gi/o de !etras: +a1e& da !inguage& &ais #ra1o*,e!$ u& )ro/esso /onta&inado" ri/o daui!o ue e!a não )ode di1er" i&)r)rio 3ui!o ue e!e di1 e enun/iando no segredo 9%e& ou &a! guardado: a i&)ro)riedade ina)reensí,e!. Es/re,er se& o dese6ar e se& o uerer5 o ue - ue se es/onde aí naui!o ue não - o si&)!es retorno do indese6*,e! e do in,o!unt*rio> ( de&asiado +*/i! re/one/er nisso a )a/i
BHuardar um se'redo, na particularidade de uma coisa que não se diz, sup:e que se poderia dizê-lo. Não é nada de e)traordin"rio! uma reten%ão antes desa'rad"vel. - &as se reporta j" à questão do se'redo em 'eral, ao fato +isto não é um fato de se per'untar se o se'redo não est" li'ado ao caso de que haveria ainda al'o a dizer, quando tudo estaria dito! o 3izer +com sua mai(scula 'loriosa sempre em e)cesso sobre o tudo est" dito. - não aparente do todo manifesto, aquilo que se retira, se esquiva na e)i'ência da tirada dos véus! a obscuridade do clarão ou o erro da verdade mesma. - não-saber a)s o saber absoluto que ♦
precisamente não dei)a mais pensar um Bap9sC. = 5alvo sob o Oé preciso + 'il faut OO do retorno que OOdessi'nificaOO todo antes, como todo ap9s, desli'ando-o do presente, tornando-o inadapt"vel. - se'redo escapa, não é jamais limitado, ele se ilimita. $quilo que se esconde nele, é a necessidade de estar escondido. = Não h" nada de secreto, em lu'ar nenhum, eis o que ele diz sempre. = Não o dizendo, j" que, com as palavras OOh"OO e OOnadaOO, o eni'ma continua a re'er, impedindo a instala%ão e o repouso. - estrata'ema do se'redo é ora se mostrar, se tornar tão vis#vel que ele não se vê +portanto é se apa'ar como se'redo, ora dei)ar entender que o se'redo não é se'redo senão l" onde falta todo se'redo ou toda aparência de se'redo. - se'redo não est" li'ado a um UeuV 1OO jeOO2, mas à curvatura do espa%o que não se saberia dizer inter-subjetiva, j" que o eu 1 je 2 sujeito se reporta ao utro na medida em que o utro não é sujeito, na desi'ualdade da diferen%a! sem comunidade@ o não-comum da /o&uni/a'ão. - OOEle viver" doravante no se'redoOO! essa frase constran'edora se elucida por a#< = * como se fosse dito que para ele a morte se cumpriria na vida. = 3ei)emos ao silêncio essa frase que não quer talvez dizer senão o silêncioC. Interrogo essa a+ir&a'ão ue não se )ode neg!igen/iar ne& tratar !ega!&ente5 #A -ti/a da re,o!ta se o)7e a todo dis/urso /!*ssi/o do So%erano Be&" /o&o a toda )retensão &ora! ou i&ora!" no +ato de ue e!a /onstroi" )rotege" ad&inistra" u& !ugar ,a1io" deixando ,ir a ns u&a outra istria$ 9uP Lardreau" Cristian ?a&%et:. U&a )ri&eira o%ser,a'ão5 a re,o!ta" si&" /o&o a exig
+a!ta onde e!a +a!ta a si &es&a5 in/rí,e! )orue e!a est* e& aus
Aue!e ue es)era" )re/isa&ent )re/isa&entee não te es)era. ( assi& ue tu -s" entretanto" es)erado" &as não a títu!o ,o/ati,o5 não /a&ado.
♦
8or ue o Deus Uno> 8or ue Uno est* de a!gu&a &aneira a/i&a de Deus" do Deus ue te& u& no&e )ronun/i*,e!> Uno não - e,idente&ente u& n&ero" #uno$ não se o)7e a #,*rios$= o &onoteís&o" o )o!iteís&o" isso não +a1 a di+eren'a. O 1ero" ta&%-&" não - u& n&ero" não &ais ue u&a aus Antes5 des,iado. A se,eridade do Uno ue não )res/re,e nada" e,o/a o ue * de i&)res/rití,e! na Lei" su)erior a todas as )res/ri'7es" e ue - tão a!ta ue não existe a!tura onde e!a se re,e!a. A Lei" )e!a autoridade a/i&a de toda 6usti+i/a'ão ue se tende a !e re/one/er 9de sorte ue não i&)orta ue e!a se6a !egíti&a ou i!egíti&a:" a%aixa 6* o Uno ue" não sendo ne& a!to ne& %aixo" ne& ni/o" ne& se/und*rio" ad&ite todas as eui,a!
re,er O ue se )assaria se se )udesse se )udesse +a1er o Uno +ra/assar> Co&o +a1er o Uno +ra/assar> Ta!,e1 +a!ando" )or u&a es)-/ie de )a!a,ra. ( se& d,ida o /o&%ate do desastre. 0oi de u&a /erta &aneira o /o&%ate de a+a" /o&%atendo )ara o Uno /ontra o Uno> H^!der!in5 # 3e # 3e onde vem, pois, por entre os homens o desejo doentio de que não haja senão um e que não haja senão al'o de uno< uno<$$ ♦
Co&%ate da )assi,idade , /o&%ate ue se anu!a e& extre&a )a/i ♦
O ue a+a nos d*" do& ue não re/e%e&os" - u&a es)-/ie de /o&%ate )e!a !iteratura )ara a !iteratura" /o&%ate do ua! ao &es&o te&)o a +ina!idade es/a)a e ue - tão di+erente daui!o ue /one/e&os so% esse no&e ou so% outros no&es ue o des/one/ido &es&o não - su+i/iente )ara torn*4!o sensí,e! )ara ns" 6* ue e!e nos - tão +a&i!iar uanto estrangeiro. #Bart!e%P o es/ritor$ )erten/e ao &es&o /o&%ate" naui!o ue não - a si&)!i/idade de u&a re/usa.
♦
# $dmitir a a%ão da literatura sobre os homens = esta talvez seja a (ltima sabedoria do cidente em que o povo da 4#blia se reconhecer"$ reconhecer" $ 9Le,inas:. ♦
( estra estran noo ue ." ." no +i& +i& do ?astelo" ?astelo" tena sido )or /ertos /o&entadores )ro&etido 3 !ou/ura. Desde o /o&e'o" e!e est* +ora do de%ate ra1ão4desra1ão" na &edida e& ue tudo o ue e!e +a1" - se& re!a'ão /o& o ra1o*,e!" entretanto a%so!uta&ente ne/ess*rio" uer di1er" 6usto ou 6usti+i/ado. Do &es&o &odo" não )are/e )ossí,e! ue . &orra 9/ondenado ou sa!,o5 isso - uase se& i&)ortFn/ia:" não so&ente )orue seu /o&%ate não se ins/re,e nos ter&os de ,i,er e de &orrer" &as )orue e!e est* de&asiado /ansado 9seu /ansa'o" ni/o tra'o ue se a/entua /o& a narrati,a: )ara )oder &orrer5 )ara ue o ad,ento de sua &orte não se &ude e& inad,ento inter&in*,e!. ♦
O &essianis&o 6udeu 9e& /ertos /o&entadores: nos deixa )ressentir a re!a'ão do e,ento e do inad,ento. Se o Messias est* 3s )ortas de Ro&a e& &eio aos &endigos e aos !e)rosos" )ode4 se )ode4 se /rer ue seu in/gnito o )rotege ou i&)ede sua ,inda" &as )re/isa&ente e!e - re/one/ido= a!gu-&" )ressionado )ressionado )e!a o%sessão da interroga'ão" interroga'ão" !e )ergunta5 #;uando tu ,ir*s>$ O +ato de estar !* não -" )ois" a ,inda. ?unto ao ♦
Messias ue est* !*" de,e se&)re ressoar o a)e!o5 #e&" e&$. Sua )resen'a não u&a garantia. 0utura ou )assada 9- dito" ao &enos u&a ,e1" ue o Messias 6* ,eio:" sua ,inda não /orres)onde a u&a )resen'a. O a)e!o ta&%-& não %asta= * /ondi'7es 2 o es+or'o dos o&ens" sua &ora!idade" seu arre)ender4se 4 ue são /one/idas= * se&)re outras ue não são /one/idas. E se e!e /ega 3 uestão5 # 8ara uando a tua ,inda>$" o Messias res)onde5 #8ara o6e$" a res)osta /erta&ente - i&)ressionnante5 -" )ois" o6e. ( agora e se&)re agora. Não * ue se es)erar" ainda ue se6a /o&o ue u&a o%riga'ão es)erar. E uando - agora> U& agora ue não )erten/e ao te&)o ordin*rio" ue ne/essaria&ente o a%a!a" não o &ant-&" o desesta%i!i1a" so%retudo se se !e&%ra se !e&%ra ue esse #agora$ +ora de texto" de u& re!ato de se,era +i/'ão" reen,ia a textos ue o +a1e& de no,o de)ender de /ondi'7es rea!i1*,eis 4 irrea!i1*,eis5 #Agora )or )ou/o ue tu &e )restes aten'ão" ou se tu ueres então es/utar &ina ,o1$. En+i& o Messias" /ontraria&ente 3 i)stase /ristã" não te& nada de di,ino5 /onso!ador" o 6usto dos 6ustos" e!e não est* &es&o seguro de ue e!e se6a u&a )essoa" a!gu-& singu!ar. ;uando u& /o&entador di15 esse ta!,e1 se6a eu" e!e não se exa!ta )or aí" /ada u& )ode s<4!o" de,e s<4!o" não o -= )ois seria des!o/ado +a!ar do Messias e& !inguage& ege!iana5 #a inti&idade a%so!uta da exterioridade a%so!uta$" tanto &ais uanto o ad,ento &essiFni/o não signi+i/a ainda o +i& da istria" a su)ressão de u& te&)o &ais +uturo ue nenu&a )ro+e/ia sa%eria anun/iar" assi& /o&o se /o&o se )ode )ode !<4!o nesse texto &isterioso5 #Todos os )ro+etas 2 não * ex/e'ão 2 não )ro+eti1ara& senão )ara o te&)o &essiFni/o a epoShé>. epoShé>. ;uanto ao te&)o +uturo" ua! o!o o ,iu +ora de Ti" Senor" ue agir*s )ara aue!e ue te - +ie! e )er&ane/e e& es)era$ es)era$ 9Le,inas e S/o!e&:. S/o!e&:. 8or ue o /ristianis&o te,e ne/essidade de u& Messias ue se6a Deus> Não %asta di1er5 )or i&)a/i 8or ue a ne/essidade do a/a%a&ento na 6usti'a> 8or ue não su)orta&os" não dese6a&os aui!o ue - se& +i&> A es)eran'a &essiFni/a 4 es)eran'a ue - ta&%-& )a,or 2 se i&)7e" uando a ist istr ria ia não não a)ar a)are/ e/ee )o )o!i !iti ti/a /a&e &ent ntee senã senãoo /o&o /o&o u& tohu-bohu2 ar%itr*ri ar%itr*rio" o" u& )ro/esso )ri,ado de sentido. Mas se a ra1ão )o!íti/a de,-& )or sua ,e1 &essiFni/a" essa essa /on+ /on+us usão ão u uee reti retira ra sua sua seri seried edad adee 3 )ro/ )ro/ur uraa de u&a u&a ist istr ria ia ra1o ra1o*, *,e! e! 9/o& 9/o&)r )ree eens nsí, í,e! e!:: /o&o /o&o 3 exig exig Co&o di1er5 Aus/Wit1 te,e !ugar> ♦
O 6u!ga&ento +ina! segundo a ex)ressão a!e&ã5 o dia &ais 6o,e&" o dia )ara a!-& dos dias= não ue o 6u!ga&ento este6a reser,ado )ara o +i& dos te&)os= ao /ontr*rio" a 6usti'a não es)era" e!a est* a /ada instante )or /u&)rir" render" &editar ta&%-& 9a)render:= /ada ato 6usto 9* isso>: +a1 do dia o !ti&o dia ou 2 /o&o di1 a+a 4 o rea!&ente !ti&o" não se situando &ais na seQ
♦
Nota do tradutor5 de uma palavra hebraica que significa "caos anterior à criação do mundo").
ordin*rio &ais ordin*rio +a1endo o extraordin*rio. Aue!e ue +oi /onte&)orFneo dos /a&)os - )ara se&)re u& so%re,i,ente5 a &orte não o +ar* &orrer. A su%stitui'ão da !ei )e!as regras )are/e" nos te&)os &odernos" u&a tentati,a não so&ente )ara des&isti+i/ar o )oder !igado ao interdito" &as )ara !i%erar o )ensa&ento do Uno )ro)ondo ao /ostu&e a &u!ti)!i/idade das )ossi%i!idades não !igadas da t-/ni/a. Mas se&)re ou,e u&a a&%iguidade so% o no&e de !ei5 sa'rada" so%erana" e!a re/!a&a )ara si a nature1a" exa!ta4se dos )restígios do sangue" e!a não - )oder" &as oni)ot
As !eis 4 o )rosai/o das !eis 2 !i%era& ta!,e1 da Lei su%stituindo a &a6estade in,isí,e! do te&)o )e!a i&)osi'ão &u!ti)!i/ada do es)a'o= do &es&o &odo" o regu!a&entar su)ri&e aui!o ue o )oder e,o/a" se&)re )ri&eiro" )e!o no&e de !ei" assi& /o&o os direitos ue a do%ra&" &as esta%e!e/e o reino da t-/ni/a" a ua!" a+ir&a'ão do )uro sa%er" in,este tudo" /ontro!a tudo" su%&ete todo gesto 3 sua gestão" de sorte ue não * &ais )ossi%i!idade de !i%era'ão" 6* ue não se )ode &ais +a!ar de o)ressão. O )ro/esso de a+a )ode ser inter)retado /o&o u& encabrestamento dos tr
E& 4artlebJ" o enig&a ,e& da #)ura$ es/ritura ue não )ode ser senão /)ia 9re4 es/ritura:" da )assi,idade na ua! essa ati,idade desa)are/e e ue passa insensí,e! e re)entina&ente da )assi,idade ordin*ria 9a re4)rodu'ão: ao a!-& de todo )assi,o5 ,ida tão )assi,a" tendo a de/