A apaixona apaixonante nte
busca de uma
mulher Criando uma vida positiva e com propósito
KAROL LADD Auto Autora ra d e A m u l h er qu q u e p r eci ec i s o s er e A m o r i n f alív al ível el
Sumário
Introdução ntrodução — Busca Buscando ndo felicidade elicidade e encontrando ncontrando alegria alegria
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1. Uma Uma bela espera esperança nça para começos começos feios (A t 16.6 16.6-- 40)
15
2. D esculpe esculpe o transtorno. transtorno. Estamos stamos em obras obras (Fp 1.11.1- 11)
27
3. D iama iamantes formados ormados nas nas dificulda dificuldades des (Fp (Fp 1.121.12- 19)
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4. Vivendo ivendo com paixã paixão o e propósito (Fp 1.20-30) 1.20- 30)
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5. O sabor surpreendentemente delicioso da torta da humildade (Fp 2,1-11) 2,1- 11) 6. Resplande Resplandeça ça como astros stros no mundo mundo (Fp 2.12 2.12-- 18) 18)
75 93
7. Como Como é a verdadeira verdadeira consag consagraçã ração? o? (Fp (Fp 2.19 2.19-- 30) 30)
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8. Livrandoivrando-se se do lixo para para adquirir o que é inestimá inestimável vel (Fp 3.I.I - I I )
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9. Esqueça o passado e prossiga para aquilo que está por vir (Fp 3.12-21) 3.12-21)
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10. 10. Mude Mude sua forma de pensa pensar e transf transfo orme sua sua vida vida (Fp (Fp 4.14.1-9) 9)
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11. 11. O verda verdade deiro iro seg segredo redo do contentame contentamento nto (Fp 4.10 4.10-- 13) 13)
163 163
12. 12. Seja a bênçã bênção em seu seu mundo (Fp (Fp 4.14 4.14-- 23) 23)
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Conclusã Conclusão o — A vida apaixo paixona nada da
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PositiveWo eWoman Connection — Pergunta Comece uma Po Perguntass para estudo estudo
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Notas
201
INTRODUÇÃO
Ô B ii ò c j x íx A q p z f í c ^ i d a Á e y mxzxxniyuxnxioy cJI qj^/ j^/ láx v
Pa Para queap eaproveis as coisas excelentes, para quese esejais sinceros ese esemescândalo algum atéao atéaoDia de de Cristo Cristo.
Filipenses I.IO “Buscar “Buscar a Deus eus significa significa dese desejar jar felici felicidade dade;; encontrá-lo encontrá-lo é a própri própria a felicidade.” Ago Agostinho
u simplesmente simplesmente não não entendo a primavera em D allas. Em Em um único dia, podemos ter a previsão de que fará muito frio ao anoitecer, e, na tarde seguinte, fazer 26°C grau graus. s. È uma loucura loucura!! Diz Dizem em que se você não não estiv estiver er gostando do clima clima em Texas, exas, bas basta ta ficar ficar fora fora por por algumas algumas hora horas, s, porque porque ele mudará mudará.. Recentemente, em uma manhã de março, saí para pegar o jornal e fui atingida por uma nevasca. Bem, pode não ter sido tão forte assim, mas foi uma daquelas frentes frias de tirar o fôlego e que mais pareciam uma nevasca para esta sulista de sangue fino. Porém, no meio da tarde daquele mesmo dia, eu estava sentada no jardim lendo e desfrutando do bom sol texano. Pessoalmente, adoro ficar ao ar livre e adoro ler; por isso, quando arrumo tempo para fazer as duas coisas, torna-se uma tarde feliz. Naquele específico
In t r o d u ç ã o
dia de primavera, minha agenda pessoal de leitura era a epístola de Filipenses, no Novo Testamento. Escrito pelo apóstolo Paulo enquanto estava preso em Roma, alguém poderia achar que esta carta é deprimente. No entanto, trata-se de uma leitura agradável e encorajadora. De fato, o tema da alegria — vindo desse autor improvável — meio que escorre pelas páginas. Enquanto eu relaxava e tentava imaginar como Paulo poderia ter escrito uma mensagem tão positiva de dentro de uma cela da prisão, desviei meu olhar para ver uma borboleta branca dançando pelo jardim. Eu me entretive observan do essa tremulante criatura tocar uma flor aqui, voar para outra flor ali, passar rapidamente por muitas outras flores, e então, voltar para onde começou. Como se buscasse algo que não conseguia encontrar, a borboleta nunca ficava em um mesmo lugar por muitos segundos. Tão rápido quanto apareceu em meu jardim, tão rápido ela voou para o jardim de flores seguinte. Observar a ilusória dança da borboleta branca levou-me a pensar quão ilu sórios os prazeres da vida podem ser. Assim como é para essa criatura voadora, percebi como também é fácil, para mim, borboletear, agitar-me e voar de uma atividade ou de pessoa para outra, tentando encontrar nisso o doce néctar que satisfará meus anseios por sigmficância e alegria. Acredito que você também já sentiu isso uma ou duas vezes, afinal, a busca pela felicidade é comum a todas nós. A pergunta, no entanto, é: onde essa caçada termina, se é que termina? Enganamo-nos acreditando que há algo lá fora que irá enriquecer nosso ser e saciar a fome de nossa alma?
A caçada peia felicidade Muitas vezes, podemos scr atraídas pela caça à felicidade. Pense no dinheiro, no tempo e na energia que gastamos ao longo da nossa existência buscando os intrigantes “se” da vida. Você sabe a que me refiro: “Se eu..., então, seria feliz”. • • • • •
Se eu namorasse uin cara maravilhoso Se eu estudasse na faculdade certa Sc eu tivesse um emprego melhor Se eu me casasse com o homem perfeito Se eu tivesse me casado com outro homem 10.
UAcarula/ j^e-íxcxcícuic.eyencímt/ iaruiQya£c^/ iiw
• Se meus filhos fossem bem-comportados • Se meus filhos fizessem parte de algum time ou de algum clube especial • Se eu tivesse tempo para relaxar, dinheiro para gastar, uma casa limpa ou uma vida simples. Caramba! Apenas pensar em todas essas possibilidades para ter felicidade já é cansativo, e eu sequer mencionei as perfeições físicas que buscamos. Se eu tivesse... um cabelo bonito coxas mais finas braços tonificados menos rugas menos barriga um nariz diferente Então eu seria feliz! Certo? Parecem borboletas brancas voando de uma flor para outra! Ah, não estou dizendo que essas coisas não nos deixariam felizes. Elas podem muito bem gerar sentimentos de felicidade por um tempo, mas, normalmente, depois que expe rimentamos um “se”, a busca pelo próximo sonho é iniciada. Assim, o ponto principal é: sentimentos de felicidade vêm e vão. Vance Havner escreveu isso da seguinte maneira: “A felicidade [em inglês, happiness] do mundo deveria ser soletrada bappen-ness, pois ela depende do que acontece [em inglês, happensY} Podemos estar felizes porque recebemos um au mento, porque alguém foi legal conosco, ou porque finalmente redecoramos a cozinha; e então, a busca pelo próximo acontecimento feliz começa. A busca por felicidade simplesmente nos leva de uma doce flor para outra.
0 que realmen te importa O que é irônico em meu encontro com a borboleta naquele diz de primavera em Dallas é que eu estava lendo um livro que destaca as qualidades permanen tes que transcendem mudanças de circunstância e sentimentos fugazes. Em sua II
In t r o d u ç ã o
carta aos filipenses, Paulo (sim, da cela de uma prisão) descreveu uma alegria duradoura, uma satisfação consistente e uma paz que excede todo entendimen to. Diferente da borboleta que voava de flor em flor, Paulo ensinou aos cristãos primitivos como experimentar a verdadeira satisfação da alma. Deus chama-nos a buscarmos a felicidade ou Ele e os Seus propósitos para a nossa vida? Na carta aos Filipenses, Paulo cria para nós uma nova perspectiva acerca da vida. Ele desafia-nos a viver e a pensar de maneira diferente do mundo à nossa volta. Se este presidiário pôde escrever sobre como ser “cheio de ale gria”, então, acho que ele tem algo a ensinar-nos sobre um tipo de satisfação significativa e um tipo de deleite mais profundo, que estão além das circunstân cias e das pessoas. Por último, Paulo incentiva-nos a buscar o que é eternamente satisfatório; uma busca que não nos decepcionará. Por isso, convido você a juntar-se a mim em uma empolgante jornada enquanto percorremos juntas a alegre carta de Paulo aos filipenses. Você nunca mais verá os desafios da vida da mesma ma neira, e acredito que encontrará um tipo de satisfação da alma que proporciona satisfação duradoura. A apaixonantebusca deuma mulher é sobre sentir uma alegria que não vai em bora; é sobre encontrar a verdadeira satisfação e um propósito eterno para nossa vida enquanto descobrimos as verdades que Paulo apresentou em sua carta aos seguidores de Cristo em Filipos. Você pode apreender as verdades deste livro de muitas maneiras: ao usá-lo como leitura pessoal, em um clube de leitura com as vizmhas ou em um grande grupo de estudos bíblicos. Além disso, ao final de cada capítulo, há uma seção chamada Busca pessoal. Leia-a para obter mais maneiras de aplicar em sua vida o que você acabou de aprender em cada capítulo. E no final do livro, há um guia de estudo com perguntas para debates a serem usadas em estudos bíblicos ou em grupos de leitura. E com grande alegria que ofereço este livro a você, porque a poderosa mensagem de Filipenses está impregnada em minha vida. Embora eu seja conhe cida como a “Mulher Positiva”, devo ser sincera: não sei se eu seria tão positiva se não fosse a obra transformadora que Deus realizou em minha vida. Não sei se você costuma ser uma pessoa negativa, ou se tende a ser positiva, mas sei que as verdades apresentadas em Filipenses podem proporcionar-lhe alegria, inspi ração e força, que irão ajudá-la em tudo que enfrentar. 12
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Este livro conduzirá você em uma aventura transformadora de vida rumo a um encontro mais íntimo com o Amado da sua alma. Porém, a grande busca não é a nossa por Ele, mas, sim, a dele por nós. Deus vem ao nosso encontro com amor redentor e graça cheia de esperança. Oro para que este livro fortaleça o seu coração enquanto você reconhece que é especialmente amada por Ele. Que você possa experimentar uma alegria sem fim e uma satisfação pacífica, as quais resultam somente de um relacionamento profundo e constante com o Criador. Certamentequea bondadeea misericórdia meseguirão todosos dias da minha vida; ehabitarei na Casa doSENHOR por longos dias2
Davi
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CAPÍTULO 1 ^llm oL / (Le£cv cA p cA an ^a/ px i/ uv cx inva^cL òypzÀ x íA ^
Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha hoca. A minha alma segloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão.
Salmos 34.1,2 “Não existem lições tão proveitosas quanto as aprendidas na escola da aflição.” J. D. Ryle
V*—-''omeços ruins nem sempre determinam como será o final. Tive alguns £ começos difíceis em minha vida, e tenho certeza de que você também já os teve. Tomemos, por exemplo, a única maratona de que participei nos tempos de faculdade, na Baylor University. São 42,16 km para aquelas que não são exata mente entusiastas da corrida. Ao posicionar-me na linha de partida dessa marcante competição, de algu ma forma, não percebi que milhares de pessoas me acompanhariam. Acho que supus que poucas pessoas nesta terra escolheriam correr os 42,16 quilômetros. Bem, permita-me dizer-lhe que havia tanta gente, que eu sequer conseguia ver as bandeiras que marcavam a linha de partida. Comecei a corrida bem, bem, bem
C a pí t u l o i
trás da multidão, e levou, o que pareceu uma hora, só para eu cruzar as bandei ras da linha de partida. E claro que eu nem podia pensar em parar para amarrar o cadarço ou olhar para trás. Um movimento em falso, e eu seria pisoteada por milhares de tênis. Mais tarde, a multidão começou a desbastar-se, mas eu dava passadas lar gas e com bastante confiança, até começar a enfrentar novos desafios — por exemplo, bolhas onde eu nem imaginava que seria capaz de ter e minhas meias que pareciam sacos de areia em volta dos meus pés. Quatro horas e meia depois, atravessei a linha de chegada com um sorriso de vitória e uma sincera sensação de conquista (e de alívio também). Consegui! Não sou capaz de começar a descrever minha empolgação por saber que estabeleci um objeto e cumpri-o. O que quero dizer é que não tive um início glorioso na maratona, mas, com persistência e perseverança, o resultado foi grandioso e doce. A noite, no jantar, celebramos meu triunfo com minha família e meus amigos, e, é claro, caí no sono em cima do purê de batata. Sem dúvida, é fácil para muitas de nós ficarmos desanimadas quando passamos por situações difíceis, principalmente se ocorrem no mício de nossa jornada. Talvez, seu casamento tenha começado com um aspecto negativo, sua carreira profissional tenha seguido por um mau caminho ou sua mfância tenha sido desastrosa. Talvez você simplesmente começou mal o dia e sente-se derro tada, e tudo isso antes mesmo de chegar à porta da rua. A boa notícia, entretanto, é que não importa como começamos a jornada, o início nem sempre determina o resultado final. Há tremendas possibilidades à frente. Deus é um Deus de esperança, e Ele pode redimir até as piores situações. Tome como exemplo os humildes começos da igreja em Filipos. Ao sentir a alegria brilhando nas páginas da carta aos Filipenses, você poderia pensar que essa igreja teve um começo estrelar. No entanto, não foi um bom início para Paulo e Silas. Na verdade, foi extremamente terrível! Porém, Deus usou as dificuldades de Paulo e Silas e dos filipenses para originar uma igreja forte e vibrante. Quando olhamos a situação de Paulo e a história dos primeiros con vertidos em Filipos, não apenas vemos uma imagem de esperança, mas também adquirimos maneiras sábias e prudentes de reagir quando a vida não acontece como o planejado.
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lima. èjzfa eójiesiança pxuxa came^aA.-puxiò.
Uma grande bagunça em meio à vontade de Deus Ao seguir a orientação de Deus para a sua vida, você não tende a pensar que tudo deveria ser fácil? Pessoalmente, muitas vezes, suponho que quando estou seguindo a Deus, Ele me recompensará com circunstâncias boas e agradáveis, e não com estradas esburacadas e acidentadas. Contudo, a vida nem sempre opera como uma pequena equação matemática: Obediência + Boas Obras = VidaTranquila. Paulo e Silas estavam fazendo, de maneira certa, as coisas certas, afinal, buscavam a direção e a orientação de Deus ao longo de sua viagem missionária. Lemos em Atos 16 que Paulo e seus companheiros se mantiveram afastados de certos lugares porque o Espírito de Deus ordenou que não fossem para lá. E logo quando ponderava sobre para onde deveria ir em seguida, Paulo teve um sonho com um homem da Macedôma que suplicava: “Venham à Macedônia ajudar-nos!” Paulo, Silas, Lucas e o restante do grupo imediatamente fizeram as malas e partiram para a Macedônia. Sem dúvida alguma, eles estavam seguindo as instruções de Deus com sinceridade. Ao chegarem às margens da Macedônia, os companheiros de Paulo viaja ram para o interior, até uma grande cidade chamada Filipos. Rio abaixo, eles encontraram algumas mulheres que se reuniram para orar. Isso provavelmente significava que não havia homens judeus suficientes naquela cidade para inicia rem uma sinagoga. Lídia, uma vendedora de caros tecidos púrpura, ouviu a mensagem de Paulo, e Deus abriu seu coração para o evangelho. Ela creu e foi batizada, jun tamente com sua família. Não é lindo perceber que, naquele tempo, quando as mulheres tinham pouco status social, Deus permitiu que a primeira conver são na Europa foi de uma mulher? Ao longo do Novo Testamento, vemos que Deus usou mulheres que desempenharam importantes papéis no crescimento da Igreja primitiva. Lídia abriu sua casa para Paulo e Silas, em um grato gesto de hospitalidade, e tudo parecia correr bem para os missionários. Para mim, é impressionante como as circunstâncias podem rapidamente mudar. Paulo e seus amigos estavam a caminho do local de oração quando encontraram uma jovem endemoninhada. Ela era uma vidente que conseguia bastante dinheiro para os seus senhores. Se ela podia ou não, de fato, prever o futuro, não temos certeza. Muitos teólogos acreditam que os demônios não podem prever o futuro, mas sabemos que eles conseguem enxergar o reino es 17
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piritual c que sua natureza é enganadora, então, obviamente eles davam algum tipo de percepção a essa jovem. Ela seguia o grupo de Paulo, gritando: “Esses homens são servos do Deus altíssimo e vieram anunciar-lhes a salvação”. Isso acontecia dia após outro. Você pode estar tentada a pensar que a proclamação da jovem não era, de todo, ruim, porque ela estava corroborando Paulo e sua mensagem; no entanto, o apóstolo não precisava da confirmação de demônios. Pense em um candidato político que tem o apoio de um eleitorado cujos valores são diferentes do seu. Ele pode não querer um tapinha nas costas desse grupo em particular. Paulo estava irri tando-se com os anúncios gritantes da jovem, e então, ele fez o que parecia bom e agradável: expulsou os demônios que estavam naquela garota. Foi aí que a situação começou a desandar. [Sem os demônios,] os senhores daquela jovem não poderiam mais lucrar com ela, e eles enlouqueceram! Por isso, esses homens prenderam Paulo e Silas, levaram-nos à praça, à presença das auto ridades, e acusaram os apóstolos de causar todo tipo de perturbação. O tumulto formou-se rapidamente, e os oficiais ordenaram que Paulo e Silas fossem açoita dos. Não havia punição leve. Eles foram severamente fustigados, e em seguida, lançados em uma prisão, onde suas pernas foram presas por grilhões. Seu eu fosse Paulo ou Silas, estaria pensando: “O que aconteceu? Como estávamos falando de Jesus e fomos espancados e lançados na masmorra? Deus não nos chamou para este lugar? Não estávamos simplesmente fazendo a coisa certa? E agora?” Você alguma vez já pensou estar seguindo a orientação ou a ordem de Deus c encontrou-se em uma situação realmente confusa? Isso pode fazer com que você tenda a duvidar de Deus e questionar Sua obra em sua vida. “Será que realmente segui a direção do Senhor? Ele realmente se importa com a minha situação? Por que Ele permitiu que isso acontecesse comigo, se estou seguindo a Sua vontade?” Essas perguntas são válidas, mas logo veremos que Deus, muitas vezes, permite dificuldades em nossa vida para um propósito maior. Ele não nos deixará em meio aos nossos problemas. Portanto, é importante aprender a reagir às situações e aos desafios com fé, e não com medo.
Reação de fé Se eu fosse injustamente açoitada e lançada na prisão mais profunda e escura, e com grilhões prendendo meus pés, não sei quão bem eu reagiria a isso. Não 18
«IL„ a
eôpe/Lu(u^u pu/ ía aimc^oí jpi.
reajo bem nem quando meu marido quer saber o que tem para o jantar. E ai dele se me perguntar quando pretendo passar o aspirador de pó novamente! Ah, e tenho certeza de que se eu fosse presa por fazer algo bom, eu iria chorar, res mungar e choramingar, e então, todo mundo saberia da minha condição miserá vel. Eu poderia até entrar em pânico e berrar. È claro que eu gostaria de poder dizer-lhe que eu reagiria com dignidade e esperança em qualquer situação difícil e desesperadora, mas esse não é exatamente meu padrão consistente. E você? Como Paulo e Silas reagiram? Eles oraram e louvaram a Deus! Sim, você leu certo. Eles ficaram lá com seus grilhões, orando e adorando ao Senhor. A Bíblia relata amda que os outros prisioneiros ouviam tudo com atenção. Os en carcerados que os observavam, provavelmente, não tinham muitas outras coisas para ver naquela masmorra escura, mas posso imaginá-los sinceramente surpre sos com a maneira como Paulo e Silas agiram. Essa, com certeza, foi uma reação estranha à tortura cruel e ao tratamento injusto que sofreram. Tenho certeza de que Paulo e Silas chamaram a atenção dos guardas edos demais prisioneiros. Agora, eis aqui uma importante lição a ser aprendida por todas nós — como reagimos a qualquer situação pode ter impacto sobre o resultado. Uma história bobinha que encontrei recentemente ilustra meu argumento: A Sra. Monroe é mãe de oito preciosas crianças. Certo dia, ao voltar do mercadmho, ela ficou encantada ao ver cinco dos seus filhos brincando direitinho, em círculo no chão da sala. Depois de guardar todas as compras, ela deci diu dar uma olhada no círculo, para ver o que estava prendendo a atenção das crianças de uma maneira tão terna. Foi aí que ela percebeu que não se tratava da situação doce que ela havia imaginado, pois viu que cada criança segurava um fofo filhote de cangambá! E claro que a Sra. Monroe reagiu como qualquer mãe com respeito pró prio fana: ela gritou a plenos pulmões: “Corram, crianças, corram!” Os filhos assustaram-se tanto com o grito da mãe, que fugiram imediatamente, mas não sem pegarem seus preciosos filhotes de cangambá e segurá-los com força en quanto cornam! Bem, acho que podemos dizer com segurança que a reação dessa mãe produziu um resultado fedorento.1 Podemos não ser capazes de escolher as circunstâncias, mas certamente escolhemos como reagimos a elas. Como vimos com a Sra. Monroe, a maneira como escolhemos reagir pode surtir um efeito positivo ou negativo no que acontecerá em seguida. Paulo e Silas tinham uma escolha em relação ao modo . 19 .
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como reagiriam àquelas circunstâncias inesperadas e difíceis. Eles poderiam gri tar de raiva por causa das ações ilícitas que lhes ocorreram naquele dia, e, muito provável, os guardas reagiriam açoitando-os até se calarem. Mas Paulo e Silas escolheram reagir com fé. Eles escolheram o oposto do que naturalmente acon teceria. Pense nisso! Eles provavelmente não estavam com vontade de orar e de louvar a Deus, mas, ainda assim, escolheram fazer isso. Eles escolheram reagir com fé em meio a uma situação de medo. Posso imagmar que eles começaram adorando a Deus por Sua soberania e Seu poder. Eles provavelmente louvaram ao Senhor porque Ele poderia e usaria aquela situação para Sua glória, e acredito que agradeceram ao Pai pelo privi légio de compartilhar dos sofrimentos de Cristo. Eles podem ter orado pelos carcereiros e pelos outros prisioneiros. Talvez tenham orado para que Deus os curasse e os ajudasse a atravessar aquela situação pela fé. Independente do con teúdo da oração, sabemos que ela causou impacto nas pessoas ao redor. O exemplo de Paulo serve de inspiração a todas nós, para que oremos mais e murmuremos menos. Quando lidamos com os contratempos do cotidiano — bem menores que os grandes desafios transformadores — , eu ousaria dizer que a maioria de nós tem dificuldade de reagir com fé. Todavia, nossa reação é uma escolha. Muitas vezes, criamos o confortável hábito de reagir ao problema com chateação ou preocupação; contudo, estejamos determinadas a escolher a fé em vez do medo, e a gratidão em vez da murmuração. Isso me lembra da carta de Paulo aos coríntios, na qual vemos sua fé em Deus brilhando, apesar de estar em meio a situações desafiadoras. Eis o que ele disse; Temos, porém, essetesouro em vasos debarro, para quea excelência dopoder seja deDeus enão denós. Emtudo somos atribu lados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos."
Como Paulo e Silas conseguiram? Em meio às circunstâncias desesperadoras, eles imediatamente buscaram a Deus em oração e louvaram ao Senhor, ain da que estivessem no fundo do poço. Aqueles missionários não ignoraram nem disfarçaram a dor que estavam sentindo, mas escolheram encará-la de modo diferente. Eles escolheram olhar para cima, e perceberam que a capacidade para superar as dificuldades vinha de Deus, e não de si mesmos. Nós também pode mos aprender a voltar nossos olhos para o alto e reagir diferente do restante do mundo, no tocante aos desafios da vida. Somos vasos de barro com um grande e poderoso Deus, que é capaz de criar beleza em toda situação. Ele nos dará 20
ÍTLCL L L eAplyrnn^a pü/LCL to m ada j^eiaA*
a força de que precisaremos para persistir e perseverar nos momentos não tão perfeitos de nossa vida.
Resgate dramático Deus respondeu às orações de Paulo e Silas! A meia-noite, houve um grande ter remoto, e os alicerces da prisão foram abalados. Todas as portas foram abertas, e as prisões de todos, soltas. De todos os prisioneiros? Entendo por que Deus libertaria Paulo e Silas, mas Ele realmente queria liberar todos os encarcerados? E o que você acha que todos eles fizeram? Bem, se eu fosse um daqueles ho mens, teria fugido! No entanto, aqui há algo peculiar: nenhum deles escapou. Nenhum! Elmmm, tenho de coçar a cabeça e pensar por que eles não fugiram. Será que eles escutaram Paulo e Silas, e depois de observarem os apósto los orando e louvando ao Senhor, decidiram que queriam saber mais sobre o Deus deles? Talvez, eles viram a dramática resposta às suas orações e pensaram: “Puxa, vou ficar ao lado desses caras. O Deus deles é Deus!” Independente do que tenha passado pela cabeça deles, acho inacreditável o fato de prisioneiros terem ficado lá.' Esse é um humilde lembrete de que estamos sendo observados. Pessoas que não conhecem Cristo estão vendo como reagimos às situações difíceis. Res pondemos diferente dos que não creem em Jesus? Os outros veem que reagimos pela fé —e não por medo —e dizem: “Quero saber mais sobre o Deus dela”? Ouso dizer que, se verdadeiramente vivêssemos como pessoas que creem em Cristo, reagindo às circunstâncias com fé no coração, muitos seriam levados a Ele. Minha amiga Mary é um exemplo de alguém cuja resposta de fé às dificul dades causou impacto sobre outras pessoas. Ela recebeu o tipo de telefonema que nenhuma esposa gostaria de receber: seu querido e amado marido, com quem estava casada há mais de 15 anos, morreu de modo trágico em um aciden te de bicicleta. Mary e seus três filhos sentiram o pesar e choraram a dolorosa perda de seu bondoso marido e pai. Porém, mesmo em meio à dor, a fé e a esperança de minha amiga permaneceram constantes. Ela tinha um sentimento intenso de que Deus estava com ela, sustentando-a e seus filhos em meio ao sofrimento. .2 1
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Os colegas de trabalho de seu marido conheciam a fé dele, e ficaram im pressionados e fascinados com a fé da recém-viúva. Mary, então, começou a alcançar as pessoas da antiga empresa do marido que não conheciam ou que queriam crer em Deus. Ela deu uma Bíblia a um colega de trabalho cujo nome estava gravado nela (portanto, ele não poderia passar para outra pessoa), e cor respondeu-se com ele e com outros ex-colegas para ajudá-los em sua jornada de fé. Sua resposta cheia de fé à morte do marido causou um impacto na vida de todas as pessoas afetadas pela tragédia. Sua reação não mudou o fato de que ele se foi, mas mudou a maneira como ela lida com o sofrimento e o impacto cau sado em outras pessoas. Mary descobriu um senso de alegria ao levar a verdade e o consolo do evangelho às almas sedentas. E claro, ela lamenta e chora, mas também conhece a paz interior e a força que vêm somente quando nos voltamos da nossa mágoa e da nossa dor para o Deus que nos ama. Ela tem visto Deus mamfestar-se de uma maneira como ela nunca imaginou. Mary diz que apren deu a não viver com medo nem a preocupar-se com o que está por vir, mas a en tregar, em oração, suas preocupações a Deus dia após dia. Outras pessoas veem sua fé em ação e são levadas ao seu Salvador. Continue brilhando, Mary! Brilhe!3
A im po rtante questão Deus transforma desespero em esperança. Ele fez isso na vida de Mary, e pode mos vê-lo agindo assim também na vida de Paulo e Silas. Eles estavam na prisão mais profunda e escura, em circunstâncias que pareciam não ter esperança, mas agora, a situação mudou. Paulo e Silas foram libertos, e o carcereiro está deses perado. Ao acordar, o guarda viu as portas da prisão abertas e supôs que todos ha viam fugido. Se os presos escapassem, era costume torturar os carcereiros com a mesma punição que os prisioneiros deveriam receber. Então, o carcereiro achou que a única opção era o suicídio. Porém, Deus sempre proporciona a verdadeira esperança! Paulo rapida mente chamou o carcereiro e confirmou que todos os presos estavam presentes. O guarda ajoelhou-se diante dos apóstolos e fez a pergunta mais importante que alguém nessa terra poderia fazer: Senhores, que é necessário que eujaça para me 22
salvar? Em uma dramática mudança de circunstâncias, o carcereiro questionou
aos presos como ser livre. Percebendo ou não, aquele homem fez a pergunta que todos nós devemos fazer em algum momento da vida: como posso livrar-me da culpa por meu erro? Quando o carcereiro fez essa importante pergunta, Paulo e Silas sequer hesitaram em responder. Eles não mostraram diversas maneiras de ser salvo e deixaram-no escolher qual funcionaria para ele. Não, a resposta deles foi bem clara e incontestavelmente direta. A resposta final àquela importante pergunta foi (e amda é): Crê no SenhorJesus Cristo eserás salvo. A decisão foi clara, e o carcereiro aceitou a Cristo. Mas esse não o fim da história. O guarda acreditou, e sua vida foi transformada. Em Atos 16, lemos que Paulo e Silas compartilharam a verdade acerca de Jesus Cristo com o car cereiro e com todos que moravam em sua casa. Então, ele lavou as feridas dos servos de Cristo. Imagine só! Aquele que estava do lado dos que açoitaram os prisioneiros, agora, cuida das fendas destes e faz-lhes curativos. A Bíblia relata ainda que o carcereiro foi batizado juntamente com todos os seus parentes. En tão, a família convidou Paulo e Silas para o seu lar, alimentou-os e alegrou-se, pois todos criam em Deus. A fé em Cristo fez a diferença na vida dele. Esse não era mais o mesmo carcereiro que lançou os missionários feridos e maltratados na prisão e que colocou grilhões em seus pés. Ele foi transformado em um homem bondoso e alegre, e já não era mais desesperado. Assim, quando uma pessoa deposita sua fé em Cristo, ela não é mais a mesma. Paulo escreveu aos coríntios: Assimque, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhasjá passaram; eis que tudo sefez novo.4
Quando seguimos a Cristo, Deus começa uma nova obra em nós. Seu Espírito habita em nós e dá-nos poder e força para reagirmos de modo diferente do restante do mundo. E você? A fé em Jesus fez a diferença em sua vida? Ou, ainda mais importan te, você já se perguntou: “O que devo fazer para ser salva?” Hoje é o dia da deci são. Não espere até que sua vida esteja desmoronando ou que chegue ao ponto de extremo desespero, como nosso amigo carcereiro. Cristo torna tudo novo! Porém, o que significa crer em Cristo? Significa acreditar que Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu a vida de Seu único Filho, Jesus, como oferta para pagamento sacrifical por nossos pecados na cruz. Significa crer que Jesus ressuscitou dentre os mortos. Assim, todo aquele que crê nele não perecerá, mas terá a vida eterna. .23 .
Ca pí t u l o
i
Aqui começa a alegria. Ironicamente, a alegria é encontrada aos pés da cruz. O que parecia ser o castigo e a morte mais cruéis tornou-se a grande fonte de esperança para toda a humanidade. Não há maior alegria que saber que recebemos Sua graça e Seu amor. Quando depositamos nossa fé em Jesus, tornamo-nos membros de Sua família e coerdeiros de Sua graça. Assim como o carcereiro e sua família regozijaram-se por acreditarem em Cristo, também podemos experimentar essa mais pura forma de alegria: saber que fazemos parte da família de Deus e que nossos pecados estão perdoados.
Possibilidades do tamanho de Deus Todas encontramo-nos em reviravoltas inesperadas ao longo de nossa vida. Pode não ser uma fétida cela de prisão, mas pode ser um casamento azeda do, um emprego insatisfatório, um diagnóstico infeliz ou um filho rebelde. A inesperada visita de Paulo e Silas à prisão não era uma surpresa para Deus. O Senhor esteve com eles durante aquela dolorosa experiência, e quero afirmar-lhe que Ele também estará presente durante os seus momentos de dificuldade. O Salmo 34.18 lembra-nos de que: Perto está o SENHOR dos quetêm o coração quebran tado esalva os contritos deespírito.
Quando comecei a escrever este livro, pensei em intitular este capítulo como: “Não acabou até o carcereiro cantar”. Você não se alegra com o fato de Paulo e Silas não terem desistido e reagido com ira e desespero? Em vez de abaixarem a cabeça em derrota, eles olharam para o alto, para Deus. Aqueles ho mens louvaram ao Senhor porque sabiam que o Pai era maior do que a situação deles, e a sua fé lembrou-lhes de que o Senhor é um Deus redentor. Se Ele pode gerar alegria a partir da terrível crucificação de Seu Filho, e se pode construir as bases da igreja de Filipos a partir de um cárcere extremamente escuro, então, o que Ele não pode fazer em sua vida? Vamos escolher olhar para nossas circunstâncias com expectativa e es perança baseadas em nossa fé no Deus que nos ama. Vamos andar a segunda milha e louvar ao Pai pelo que Ele tem feito e pelo que Ele pode fazer além do que enxergamos. O Senhor pode não resolver nossa situação com um abrupto terremoto, mas não pense que Ele não pode abalar seu mundo e proporcionar-lhe resultados espetaculares. 24
1[mu
eApe/ ian^a- panxx tatn ^oA j^’LoA
A palavra serendipity significa “prazer inesperado”. Vamos buscar momento de serendipity, nos quais Deus surpreende-nos com novas possibilidades em situ ações, aparentemente, sem esperança alguma.
Busca pessoal Leitura complementar: Atos 16 — A narrativa sobre o início da igreja filipense. Verdadebásica: Deus é um Deus redentor. Ele pode pegar uma situação ruim
e usá-la para o bem. Escolhas:
• • • • •
Confie no amor de Deus por você e em Seu propósito para a sua vida. Creia que Deus pode usar situações difíceis e desafiadoras para o bem. Ore a Deus e louve a Ele em meio aos seus desafios. Escolha reagir às circunstâncias inesperadas com fé, e não com medo. Seja smcera quanto à sua dor. Lamente sua perda e permita que Deus console-a. • Lembre-se de que outras pessoas estão observando como você reage às dificuldades. • Creia no Senhor Jesus, e você será salva.
Plano deliberado: Lembre-se de olhar para o alto.
Estimule seu cérebro a desenvolver um novo hábito de oração e de louvor como sua primeira reação às dificuldades em sua vida. Escreva as seguintes per guntas em diversas fichas: 1. Orei a respeito disso? 2. Louvei a Deus? Coloque as fichas em vários locais, nos quais você sabe que as verá durante a sua rotina (perto do espelho do banheiro ou na lavanderia, na cozinha ou no carro), para ajudá-la a lembrar-se continuamente de reagir da mesma maneira de Paulo e Silas na prisão. Você pode acrescentar um versículo bíblico na parte debaixo da ficha. Talvez, o Salmo 62.1,2 seja uma boa passagem para ser usada: 25
Ca pí t u l o
i
A minha alma espera somenteemDeus; delevema minha salvação. Sóeleéa minha rocha e a minha salvação; éa minha defesa; não serei grandementeabalado.
.2 6
CAPITULO 2
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Porquesomosfeitura sua, criados emCristoJesus para as boas obras, as quais Deus preparou para queandássemos nelas.
Efésios 2.10 “No amor, há dois ofícios principais; um é dar, outro é perdoar.” John Boys
ão se pode impedir o progresso. Vá a qualquer metrópole e você provavelmente verá diversos prédios passando por algum tipo de reforma. Você também verá a famosa fita amarela cercando a zona de construção, e uma placa, que informa: “Desculpe o transtorno. Estamos em obras”. È claro que obedece mos às instruções da placa e perdoamos ou desculpamos a inconveniência, por que, em geral, gostamos de um pouco de progresso aqui e ali. Ele é uma coisa boa, mas seu lado ruim é o incômodo que causa (talvez um desvio), e realizar as reformas desejadas gera uma grande bagunça. Se ao menos tivéssemos com as pessoas a mesma graça que temos com prédios em construção! O mundo não seria um lugar adorável se víssemos em cada pessoa uma placa “Desculpe o transtorno. Estou em obras”?Esta nos lem-
Capítulo 2
braria constantemente de que as pessoas estão sempre crescendo e aprendendo, e também, precisando de compreensão. Por outro lado, não gostaríamos, de igual modo, de ter uma plaquinha “Desculpe o transtorno. Estou em obras” em nosso próprio coração quando necessitamos receber bondade, paciência ou incentivo da parte dos outros? A reforma de pessoas pode ser uma bagunça. As vezes, Deus realiza Sua maior obra por meio do nosso quebrantamento, da nossa fraqueza ou das nossas dificuldades. Um dos nossos maiores desafios na vida é viver com misericórdia e graça tanto para com os outros como para conosco mesmos, reconhecendo que, durante nossa jornada aqui na terra, estamos em obras. Cometeremos erros. Tropeçaremos e cairemos, mas sempre podemos aprender, amadurecer e crescer durante o processo. Como cristãs, temos a garantia de que Deus começou uma obra em nós, e Ele a completará até o dia de Cristo Jesus. Ao observar seus preciosos e caros amigos em Filipos, Paulo viu a placa “Desculpe o transtorno. Estamos em obras”. Ele estava com os filipenses quan do o evangelho foi enraizado e começou a crescer em seus corações, e agora, dez anos depois, o apóstolo escreve-lhes uma carta para encorajar a força e a alegria deles no Senhor. Até na vida do próprio Paulo houve reforma desde que ele conheceu seus amigos de Filipos até escrever a carta que agora lemos em nossas Bíblias. Durante aqueles dez anos, Paulo percorreu um terreno extremamente acidentado. Podemos ver um lampejo de como era a sua vida ao ler algumas de suas outras cartas. Aqui está outra porção de sua carta à igreja de Corinto, provavelmente, escrita cerca de cinco anos antes da carta aos filipenses. Quero que você leia essa passagem para sentir como era a vida de Paulo após partir de Filipos. Porquenão queremos, irmãos, queignoreis a tribulação quenos sobreveio na Asia, pois quefomos sobremaneira agravados mais do quepodíamos suportar, demodo tal queatéda vida desesperamos. Masjá em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para quenão confiássemos em nós, mas emDeus, queressuscita os mortos; 0 qual nos livrou detãogrande mortee livrará; emquemesperamos quetambém nos livrará ainda, ajudando-nos tambémvós, comoraçõespor nós, para que, pela mercêquepor muitas pessoas nos foi feita, por muitas tambémsejamdadasgraças a nosso respeito.1 .2 8
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Você leu isso? Ele desesperou-se até de viver! Acho que podemos dizer com segurança que a vida de Paulo não era fácil; pelo contrário, era uma bagun ça, embora a beleza surgisse em meio às dificuldades. Ele disse que seus desafios aconteciam para que ele e seus companheiros confiassem em Deus, e não em si mesmos. Ele depositava sua esperança no Senhor. Paulo acreditava que Deus era capaz de cuidar dele, porque o Senhor já havia livrado o apóstolo anterior mente. Assim, sua fé foi fortalecida por causa dos contratempos desafiadores em sua vida. Ele não parou quando a situação ficou complicada, nem desistiu de Deus ou dos outros. Pelo contrário, ele ficou mais forte, aperfeiçoou-se, e sua fé aumentou. No início de sua carta aos filipenses, vemos que Paulo quer que esses cris tãos reconheçam que também estão em construção e que o Senhor continuará completando a obra que começou na vida deles. A obra de Deus naqueles cris tãos começou com a fé salvadora em Cristo, continua à medida que Ele edifica a fé c a esperança deles, e não estará completa até que vejam Cristo face a face. O mesmo ocorre em nossa vida cristã. Estar em obras nem sempre é algo bonito, mas, à medida que são leitos progressos e reformas, começamos a ter um vislumbre daquilo que o arquiteto está fazendo, e nossa fé cresce nesse processo.
Um belo progresso Henrietta Mears via o melhor das pessoas que Deus colocava na vida dela. Apesar de sua visão física ter começado a deteriorar-se bem cedo, deixando-a, por fim, cega, seu entendimento acerca das Escrituras e seu talento para ver o potencial das pessoas fortaleceram-se ao longo de sua vida. Nascida em 1890, Henrietta amava a Palavra de Deus desde criança. Ela sempre implorava aos seus pais que a deixassem ir à classe de adultos da Escola Dominical de sua igreja, para que pudesse aprender verdades mais profundas sobre a Bíblia, e ministrou sua primeira aula de Escola Dominial aos 11 anos de idade. Quando formou-se no Ensino Médio, seu oftalmologista alertou a jovem a não continuar os estudos, pois isso forçaria o pouco de visão que lhe restara. No entanto, Henrietta não permitiu que as ordens médicas a parassem. Ela estava determinada a usar sua vista até perdê-la completamente, e esforçava29
Capítulo 2
-se ao máximo para ouvir as aulas, a fim de diminuir sua necessidade de ler. Ao formar-se na faculdade, ela prosseguiu dando aulas de química no colégio, mas seu principal amor era o ensmo bíblico na igreja. Suas classes aumentavam de ta manho à medida que ela ensinava a Palavra de Deus com criatividade e precisão. Depois, ela foi convidada para ser diretora de educação cristã em uma igreja presbiteriana em Hollywood, Califórnia. Henrietta aceitou o cargo, e logo começou a escrever um novo currículo para substituir as antigas lições que lhe entregaram. Ela escreveu lições de Escola Dominical para crianças do primeiro ao último ano, o que mais tarde deu início à Gospel Light Publishers. Os universitários também eram seu grande amor, e ela fielmente lecionava para a classe deles todos os anos. Os alunos amavam-na, porque as lições dela eram divertidas, dinâmicas e criativas. Henrietta ajudava-os a sonhar alto e a entender a visão do que Deus poderia fazer na vida deles. Centenas de seus alunos tornaram-se ministros cristãos em tempo integral, inclusive Bill Bright, fundador da Campus Crusade Ministries. Henrietta plantou muitas sementes, as quais Deus regou e cultivou até se tornarem grandes e frutíferas árvores. Ela também fundou um acampamento de jovens na Califórnia, que hoje é conheci do como Forest Home Conference Center. Certo ano, Henrietta convidou um jovem evangelista para pregar no acam pamento Forest Home Camp à juventude. O jovem pregador sentia dificuldades em acreditar na inerrância da Bíblia. Henrietta, então, conversou e orou por ele. Mais importante ainda: ela não desistiu dele, mas reconheceu que Deus estava realizando uma grande obra na vida daquele rapaz e sabia que o Senhor a com pletaria. O pregador fez uma longa caminhada pela floresta até cair de joelhos, declarando ao Senhor que defenderia a Bíblia como a verdade de Deus, ainda que nem tudo fizesse sentido para ele. O jovem Billy voltou naquela noite para pregar uma das mensagens mais poderosas que Henrietta jamais tmha ouvido. Muitos jovens converteram-se a Cristo naquela noite. Billy Graham pregou em sua primeira cruzada logo após essa experiência na Forest Home. Billy Graham disse que Henrietta Mears foi uma das mulheres mais in fluentes cm sua vida depois de sua mãe e sua esposa. Você não fica feliz porque Henrietta via seus alunos como obras em construção? Ela não desistiu deles ou concentrou-se em seus erros, mas, em vez disso, ministrou a eles e nutriu-os no Senhor. Ela lembra Paulo. Henrietta não estava presa por ter sido acorrentada por um guarda, mas por causa de sua cegueira física. No entanto, assim como 30
^eAcuf| ie o. tio/ w io/ mn. ê i tanmô em oJí/ iaA
o apóstolo, ela não permitiu que suas dificuldades impedissem-na de edificar outras pessoas e motivá-las a ser tudo aquilo que Deus queria que fossem. Ela viu o potencial, não os problemas.
Uma atitude de gratidão Tire um momento para pensar na última vez em que você sinceramente enco rajou outra pessoa. Pode ter sido por meio de um telefonema, de um e-mail ou de um abraço. Pode ter sido uma palavra amiga que você deu para alguém du rante uma conversa rápida. Espero que você não precise voltar muito no tempo para lembrar-se de alguma oportunidade em que colocou alguém para cima. É fácil incentivar outra pessoa quando as coisas estão indo bem, mas imagine se sua vida estivesse desmoronando. Você continuaria sendo uma fundação que transborda alegria, força e conforto para os outros? Ouso dizer que a maioria de nós quer receber encorajamento, mas não concedê-lo, durante os momentos de fraqueza. Imagine Paulo acorrentado a dois guardas prisionais, incapaz de ir e vir conforme gostaria. Porém, lá estava ele, escrevendo carta após carta para incen tivar outras pessoas. Sinceramente, fico comovida com a bondade e com a afei ção desse homem acorrentado, as quais fluem às pessoas com quem, de modo tão carinhoso, ele importava-se. Entende-se que existe na vida o princípio geral de que, quando encora jamos outras pessoas, nós mesmos somos encorajados. Paulo, com certeza, demonstrou esse princípio em suas palavras e em suas ações. Ele sinceramente amava os cristãos para quem escrevia, e acredito que suas palavras motivadoras não apenas levaram grande alegria para eles, mas também a Paulo. Antes de lermos o restante da carta de Paulo aos filipenses, vamos, primei ro, dar uma breve olhada em sua atenciosa saudação. Se você é como eu, minha tendência é ignorar essas pequenas frases, mas quero entregar-lhe uma pequena joia, que nos fala da obra que Deus estava realizando nos filipenses. Paulo inicia sua carta com essas palavras: Paulo cTimóteo; servos deJesus Cristo, a todos os santos em CristoJesus queestão emTilipos, comos bispos ediáconos:graça a vós epaz, da partedeDeus, nosso Pai, eda doSenhorJesus Cristo.2 31
Capítulo z
Sei que pode parecer uma coisa pequena, mas acho interessante observar que Paulo estava escrevendo aos cristãos em Filipos, com os bispos ediáconos. Lembre-se, essa igreja teve um começo ínfimo (um carcereiro, sua família e algumas mulheres); no entanto, aqui vemos que havia pessoas suficientes para terem bispos e diáconos. Estima-se que carta de Paulo aos filipenses tenha sido escrita dez anos após sua primeira visita a eles. Então, nesse curto espaço de tempo, as coisas estão desenvolvendo-se, o povo está congregando, e essa igreja está bem organizada! Eles já não são mais só um eclético grupo de cristãos. Quero apenas que você perceba o progresso que eles fizeram desde seu início conturbado. Co ragem! O início deles não foi muito amoroso e pacífico, mas Deus estava apenas começando a obra neles. Em seguida, quero que você veja o quanto os filipenses estavam amorosa e continuamente nos pensamentos e nas orações de Paulo. Olhe como ele enco rajou esses cristãos: Dougraças ao meu Deus todas as vezes quemelembro devós,fazendo, semprecotn alegria, oraçãopor vós emtodas as minhas súplicas, pela vossa cooperação no evange lho desdeoprimeiro dia atéagora. Tendopor certo isto mesmo: queaquelequeemvós começou a boa obra a aperfeiçoará atéao Dia deJesus Cristo,3
Pense no que essas palavras devem ter significado para esses cristãos pri mitivos. Paulo agradecia a Deus por esses irmãos toda vez em que se lembrava deles. E quanto às pessoas em sua vida? Você agradece ao Senhor por elas toda vez em que se lembra delas? Não estou falando apenas de pessoas queridas e fáceis de amar, mas também das mais difíceis. Sejamos honestas. Quando pen samos em certas pessoas, muitas vezes, lembramo-nos do quanto elas magoam-nos ou perturbam-nos, e aí, pensamos no que há de errado com elas e fazemos comparações injustas. Então, agradecer a Deus por elas? Não sei se meu coração e minha mente estão sempre tão cheios de gratidão. E você? E se mudássemos nosso pensamento negativo sobre as pessoas à nossa volta (tanto as amáveis como as complicadas) para viver com o contínuo ato de gratidão por elas? Como nossos relacionamentos mudariam? Se tirarmos os olhos das características negativas e incômodas, e começarmos a procurar (sim, será necessário procurar com mais afinco em algumas pessoas do que em outras) características positivas, poderemos, então, começar a interagir com essas pesso 32.
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as de maneira diferente. Mas, indo um pouco além, podemos agradecer a Deus até mesmo pelas características negativas, pois Ele também usa essas asperezas para realizar uma obra em nossa vida. Quando as pessoas não são tão fáceis de amar, dependemos do Senhor para amá-las por intermédio de nós. As vezes, o Senhor usa as “pessoas-lixas” de nossa vida para aplanar algumas de nossas fraquezas e ajudar-nos a ser menos egocêntricas. Devo admitir que, em minha própria vida, posso olhar atrás e agradecer ao Senhor por algumas pessoas difíceis, pois elas moldaram o meu caráter e ajudaram-me a amar de uma forma mais profunda e enriquecedora. Tudo bem, também tenho de admitir que eu não era grata por elas na época — no caso, em meu primeiro emprego, recém-formada na faculdade, como professora de uma escola em Mesquite, Texas. Fui contratada para lecionar matemática para o sétimo ano e para treinar meninas. Treinei de tudo: vôlei, basquete, corrida [comum e do tipo] cross country. Foi, no mínimo, um ano bem atarefado. O diretor da escola tinha a fama de ser, digamos, um pouco áspero. Ele es tava na escola havia um “zilhão” de anos, e sua personalidade não era acolhedo ra e amigável. Eu, por um lado, era a “Senhorita Raio de Sol”, e ele, o “Senhor Trovoada”. Na época, pensei que tivesse a pior situação educacional do mundo. Eu não agradecia por aquele homem toda vez em que pensava nele. Não mes mo; eu achava que Deus estava castigando-me ao fazer-me trabalhava para ele. Todavia, anos mais tarde, posso olhar atrás e dizer: “Obrigada, Senhor, pelo “Senhor Trovoada”, pois Tu o usaste para ajudar-me a desenvolver sensi bilidade, amadurecimento e reconhecer que nem todas as pessoas são fáceis de lidar. Embora essas pessoas sejam difíceis, há alguém dentro daquele exterior áspero que precisa do Teu amor e do Teu perdão tanto quanto eu preciso”. Creio que eu teria tido um primeiro ano de ensino um pouco mais positivo se tivesse agradecido pelo diretor em meios às minhas dificuldades. Na verdade, no final daquele ano, vi evidências de uma pessoa prudente e cuidadosa dentro daquele exterior cascudo. Ele estava ali o tempo todo, e eu só precisava de tempo para procurar. Quem você precisa ver por uma perspectiva diferente? Um colega de tra balho, um vizinho ou um parente? Pode ser até seu mando. Vamos fazer um esforço intencional de agradecer ao Senhor pelas pessoas à nossa volta toda vez em que elas vierem à nossa mente, inclusive as “não-tão-fáceis-de-amar”. Agra deça ao Pai pela obra que Ele está realizando tanto na vida delas como também . 33 .
Capítulo 2
na sua vida. Isso fará diferença para elas, mas fará principalmente em você. Ao começar a substituir raiva e dor por gratidão e alegria, você será transformada em uma pessoa rica em relacionamentos e cheia de amor. Além disso, devemos reconhecer que muitas vezes pessoas difíceis estão feri das por dentro. Talvez elas sejam chatas, cruéis ou exigentes porque estão lidando com dores e mágoas passadas. Muitas pessoas têm a alma ferida, e por isso, de vemos lembrar-nos de enxergar o que está além das máscaras ou das aparências ásperas, e assim, visualizaremos uma pessoa que precisa do amor de Deus. Assim, ao lidar com uma pessoa difícil, peça ao Senhor que lhe dê Sua perspectiva. Todos nós somos obras em andamento, e precisamos de graça e de amor. Que possamos ser generosas ao derramar-nos para as pessoas que o Senhor coloca em nossa vida.
Uma comunhão mais profunda Trish não pôde acreditar quando seu marido informou-lhe que eles se muda riam outra vez. Ela não achava que duas mudanças em três anos fossem a situ ação perfeita para criar seus filhos, mas, se era para que seu marido crescesse na vida profissional, então, toda a família se mudaria com ele. Trish entristecia-se ao pensar que seus filhos seriam forçados a fazer novos amigos por onde fossem, mas as crianças pareciam adaptar-se bem rápido aos novos ambientes. Na verda de, foi Trish quem sofreu uma dor pessoal com a mudança de relacionamentos. Em cada cidade,Trish mal tinha tempo de conhecer as mães dos outros meninos do time de futebol do bairro, pois já estava na hora de fazer as malas e mudar-se. Ela ansiava por uma profunda conexão com uma amiga com quem pudesse almoçar ou ligar para contar sobre a última liquidação. Ela queria al guém com quem pudesse conversar sobre as questões da vida, algo além do papo superficial, mas ela não sabia onde encontrar esse tipo de amiga, e achava que isso seria impossível com sua vida nômade. Uma velha conhecida recomendou que Trish procurasse algumas igrejas locais em sua nova cidade, o que ela fez. Durante toda a sua vida, Trish ouviu falar de Jesus, mas nunca chegou ao ponto de compreender o que Ele havia feito na cruz. Um dia, enquanto ouvia um sermão, parecia que ela estava ouvindo a mensagem do evangelho pela primeira vez. Então, ela passou a entender tudo, 34
ií)oAxuilpA a t/uuiá-toAjiiii (Pâ.ícunaá. c j t v a xuiaA. como Jesus ofereceu Sua própria vida como pagamos pelos pecados dela e como Ele ressuscitou, dando-lhe a promessa de uma vida eterna. Naquele dia, Trish fez uma oração de fé, crendo no Filho de Deus como seu Salvador. Logo toda a sua família também passou a crer. Trish passou a frequentar um estudo bíblico local para aprender mais so bre o Deus que a ama. Enquanto isso, ela começou a criar um vínculo afetivo com as outras mulheres do estudo. Aquele era o laço mais forte que ela jamais havia experimentado, pois era a verdadeira comunhão que há entre irmãs em Cristo. A Bíblia diz que, quando cremos em Cristo, tornamo-nos parte de Sua família, e o Espírito de Deus passa a habitar em nós.4Trish descobriu que agora tinha irmãs que orariam com ela, a encorajariam e a fortaleceriam, e que ela também poderia fazer o mesmo por elas. Além disso, ela não rinha mais medo da próxima mudança, pois sabia que, aonde quer que fosse, encontraria outras irmãs em Cristo com quem formaria laços. Como cristãos, temos uma conexão em comum por sermos membros da família de Deus e coerdeiros da Sua graça. Fíá uma comunhão muito mais profunda entre nós. Nossa aliança cristã deveria ser muito mais que um nome, pois temos um vínculo de alma e de coração. As comunidades de cristãos devem estar cheias de pessoas amorosas que transbordam graça umas às outras. Porém, infelizmente, a amargura, a mesquinhez ou a fofoca podem, com facilidade, mfiltrar-se em círculos de cristãos e logo destruir a unidade que pode ser des frutada no corpo de Cristo. Paulo, no entanto, oferece o exemplo puro de um amor sincero entre cris tãos. A medida que continuamos lendo a carta de Paulo aos filipenses, sua afei ção começa a transbordar. Com certeza os cristãos de Filipos já haviam sentido que o apóstolo importava-se com eles por causa de suas palavras de gratidão e de sua confiança no progresso deles, mas agora, ele fala do fundo do seu ser. Como tenhopor justo sentir isto devós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vósfostesparticipantes da minhagraça, tanto nas minhasprisões como na minha defesa econfirmação do evangelho. PorqueDeus meé testemunha das saudades quedetodos vós tenho, ementranhável afeição deJesus Cristo.5
Paulo sentia uma verdadeira afinidade por seus irmãos em Cristo, e levava-os em seu coração, porque compartilhavam igualmente da graça de Deus. O apóstolo 35
Capítulo 2
queria estar com os filipenses para encorajá-los, mas as correntes impediam-no. Contudo, não importava a distância. Ele usou palavras de afeto para que soubes sem como ele sentia-se. Paulo tinha saudades deles com afeição deCristo. Oh, como eu gostaria que todas nós sentíssemos isso umas pelas outras como cristãs. Pense na beleza que demonstraríamos ao mundo se amássemos uns aos outros com sinceridade e estimássemos cada um com afeição de Cristo. E se alegremente nos importássemos com as necessidades dos outros? E se não brigássemos nem reclamássemos uns dos outros? E se edificássemos uns aos outros, em vez de destruirmo-nos? Ah, como o Corpo de Cristo seria belo! Isso me lembra das palavras de Jesus aos Seus seguidores: Um novo manda mento vos dou: Que W5ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão quesois meus discípulos, sevos amardes uns aos outros.b
Como mulheres que receberam a graça divina, compartilhamos uma comunhão em comum umas com as outras. Fazemos parte da família de Deus e devemos ter um laço de amor umas com as outras com base no amor do Pai por nós. Quando o mundo olha para os crentes em Cristo, ele deveria ser capaz de ver uma imagem do Seu amor. Todavia, não sei bem o que ele vê atualmente.
Maravilhoso amor A afeição de Cristo é uma afirmação poderosa. Pense por um momento no rico significado do termo afeição deCristo e o que isso representa para cada um de nós: o amor e a paixão do Mestre por nós. Esse amor maravilhoso e gracioso levou Jesus à cruz, na qual Ele ofereceu Sua vida em nosso favor. Como proclama a gloriosa letra do hino escrito por Charles Wesley: “Ma ravilhoso amor! Como pôde meu Deus morrer por mim!”' , você já parou para meditar em como é o verdadeiro amor de Jesus por nós? As vezes, acho que esquecemos o quanto somos amadas como povo de Deus. A afeição dele não se baseia em amar-nos porque merecemos; Ele ama-nos mesmo quando não merecemos. No livro de Romanos, temos uma ideia da afeição de Cristo para com Seu povo. Sendo, pois, justificados pelafé, temospaz comDeus por nosso SenhorJesus Cristo; pelo qual também temos entrada pelafé a esta graça, na qual estamosfirmes; e nos 36
e A c u í jxe* o . V i a n A h ^ u x c u ê . v ix m u j «' m v o iv ta A .
gloriamos na esperança daglória deDeus. E não somenteisto, mas tambémnosglo riamos nas tribulações, sabendoquea tribulaçãoproduz apaciência; ea paciência, a experiência; ea experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor deDeus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo quenosfoi dado. Porque Cristo, estando nós aindafracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porqueapenas algucmmorrerá por umjusto; pois poderá ser quepelo bomalguém ousemorrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco emqueCristo morreu por nós, sendo nós aindapecadores.&
Verdadeiro amor, você diria? Não tínhamos atrativos ou dignidade alguns para que alguém morresse por nós, e amda éramos pecadores, mas Jesus sofreu e entregou Sua vida por nós. Essa é a afeição de Cristo. Trata-se de uma paixão, de um amor e de uma graça imerecidos. Deus demonstrou Seu gracioso amor para conosco, e agora, nós, em retribuição, podemos ser um reflexo desse amor às pessoas ao nosso redor. Ele une-nos como cristãos e brilha forte para alcan çar um mundo sofredor. Jesus mandou-nos amar além do amor fácil, afinal, Ele ordenou que amássemos até os nossos inimigos. Qualquer um pode amar quem o ama, mas é necessário o amor transformador de Cristo para amar nossos ini migos e para fazer o bem aos que nos maltratam. ( í cijk^rtOsdesÇ ji À cSq áX/ poAla/ jxoa&xxíl QJ v imv eyXJimjifoy À j ái ). 0, ScíiJiq/^ OÀAíiaí/ áxv pxixxão/ Aíl Cúatos a truzAíAa que, d&niaj\ aÍaolítlqa < cunasv um. OOA' Qxd/LOÒu Qwís Qytruitubls 'Z&joyQyC^ LLQyàlc^l^lcCL SlQAjdboSV lUTlCL Cj/iXL^O, tão; Aa- jinsotneuD cb>y aoMQy^/uLcÃxLóQ,cunasL maAXL^A&vQ oxáyiatu CLnaxlo. i 1 1 1 m i
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p o / i [íite/um ul lo de- rui&, pcLoa- cpue pa M Jim ttó . taa jiôJa A . -
m í w o 1 1u u u l i ' C i' n i a a | e i ^ ã a c i e O c t à t o.
Uma oração apaixonada Thelma Wells, minha preciosa irmã em Cristo, ora com poderoso fervor. Ela derrama seu coração diante do Senhor de tal maneira, que me leva às lágrimas e enche-me de alegria. Suas orações apaixonadas transbordam de seus sentimen tos por Deus e de amor por Seu povo. Ela tem um coração como o de Paulo para com o povo de Deus, pois dedica seu tempo e seu talento para incentivar, 37
Capítulo 2
por meio de seus livros e de suas pregações, cristãos do mundo todo. Na ver dade, ela até já escreveu um livro intitulado God Is Not Finisbed witk MeYet [Deus ainda não terminou detratar comigo, tradução livre]. Parecem as palavras de Paulo aos filipenses, não é mesmo? Conhecida afetuosamente como “Mama T ”, Thelma já teve sua cota de decepções, frustrações e dificuldades na vida, mas sua fé em Deus é inabalável. O sorriso que há em seu rosto, enquanto ela atinge e toca pessoas com Seu amor, é muito verdadeiro e sincero. Independente de estar falando em um púlpi to para milhares de pessoas ou orando com poucos amigos íntimos, sua paixão por Cristo brilha com tanta intensidade, que você precisa de óculos escuros para olhar para ela! Como ela faz isso? Como ela experimenta tamanha alegria em tempos difíceis eamor sem limite pelos outros?Thelma seria a primeira a dizer que não é ela, mas o Espírito Santo que opera nela. Sua fé eseu amor são fortalecidos enquanto ela busca Deus para suprir suas necessidades. Ela diz: Vencer não tem a ver com genialidade ou inteligência. Tem a ver com humilhar a si mesmo diante da poderosa mão de Deus, confiar nele de toda alma e de todo pensamento, perdoar a nós mesmos e aos outros por tudo que nos fizeram e buscar o perdão por tudo que fizemos a eles. Tem a ver com manter nossa mente cm Jesus, andar em justiça, entender a verdade de Deus, orar com toda sinceridade, estar preparado com a Palavra de Deus em nosso espírito e estar cobertos por uma fé inabalável em Cristo.9 Nossa vida de oração muda nossa maneira de enxergar a vida. Quando oramos com sinceridade, como Thelma mencionou, nossa fé é fortalecida e nossa preocupação é minimizada. E quando oramos pelos outros com since ridade, nosso amor por eles cresce. Sim, é isso mesmo. Quando apresentamos outras pessoas ao nosso amoroso Pai celestial e buscamos o melhor de Deus para elas, torna-se inevitável chegar ao ponto de amá-las e perdoá-las, porque o amor de Cristo espalha-se por nossos corações quando amamos as pessoas por meio da oração. Com que frequência oramos sinceramente pelos outros? Essa é uma boa perguntar para fazermos a nós mesmas. Sim, podemos dizer que oramos pelas 38.
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pessoas o dia inteiro, mas isso é verdade? Estamos sinceramente apresentando-as ao Pai celestial em oração? Paulo orava por seus amigos filipenses com atenção e sinceridade, e não posso deixar de acreditar que, como consequência, seu amor por eles aumentava. O apóstolo diz-lhes exatamente como estava orando por eles. Ao ler essas pala vras, quero que pense nas pessoas em sua vida por quem você pode orar assim: E peço isto: queo vosso amor aumentemais emais emciência ecm todo o conheci mento. Para queaproveis as coisas excelentes, para quesejais sinceros esemescândalo algumatéaoDia deCristo, cheios defrutos dejustiça, quesãoporJesus Cristo, para glória elouvor deDeus.K)
Paulo começou orando para que o amor deles aumentasse mais e mais. Esse é o tipo de oração que Deus gosta de responder! O Senhor deseja que Seu povo cresça em amor não apenas por Ele, mas também uns pelos outros. Com certeza, a maior oração que podemos fazer por alguém é para que cresça no amor. Observe o que está implícito no amor que Paulo menciona em sua oração: ele quer que o amor dos irmãos aumente mais e mais em ciência e em conhecimento. Esse é muito mais que um amor fofinho baseado em sentimen tos. Não, o apóstolo estava orando por um amor mais profundo, baseado em ciência e em conhecimento. Recentemente nos noticiários, um casal de celebridades passou por uma grande e conturbada separação. Que desastre! O marido foi entrevistado em um programa de entretenimento e disse que já não amava mais sua esposa. Em vez disso, apaixonou-se por sua “alma gêmea”. Ele ainda acrescentou: “Você não escolhe por quem se apaixona”. Sério? E como se o amor fosse algo de que você acidentalmente entra e sai, sem poder evitar. Acho que ele pensa que o amor é simplesmente algo que nos prende em alguma estúpida espécie de cativeiro emocional. Por outro lado, o amor verdadeiro baseia-se em conhecer o objeto de nos so amor, e não simplesmente, dependendo do como nos sentimos, flutuar para dentro e para fora do amor. Na Bíblia, somos ordenadas a amar o Senhor nosso Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças. Assim, para crescermos no amor por Deus, 39
Capítulo 2
precisamos conhecê-lo por meio da meditação no que a Bíblia tem a dizer sobre Ele. No entanto, para crescermos no amor pelo próximo, precisamos ter um interesse genuíno nas pessoas. Desse modo, muitas vezes, devemos deliberada mente parar de pensar em nossas próprias coisas para prestarmos atenção às necessidades dos outros. Todas nós lutamos contra tendências egoístas, e por isso, precisamos intencionalmente dar um passo para fora dos nossos próprios interesses para vermos as verdadeiras necessidades das pessoas. Quando tiramos um tempo para conhecer as pessoas que fazem parte da nossa vida, nosso amor alcança um nível mais profundo. Passamos a saber o que é importante para elas. Então, a verdadeira pergunta é: o quanto eu e você conhecemos as pessoas que dizemos amar? Posso ser brutalmente sincera aqui? Muitas vezes, nos relacionamentos, quero que as pessoas conheçam-me e gostem de mim, todavia, tenho vergonha de admitir que, com frequência, não tiro um tempo para aprender mais sobre as pessoas que digo amar. E claro que gosto do alegre sentimento que surge quando uma pessoa me ama. Oh, como meu amor é egocêntrico e superficial! Por causa das palavras de Paulo, tenho certeza de que preciso fazer um esforço para amar as pessoas conhecendo-as, bem como seus interesses, suas paixões e seus anseios. Vejo por que o apóstolo orou para que os filipenses amassem com ciência e conhecimento, pois o amor superficial surge com muita naturalidade. SenJvoA., iijtulu
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Se realmente conhecemos alguém, então, é provável que sejamos capazes de discernir o que é melhor. Isso se aplica, sobretudo, à criação de filhos. Quan do tiramos um tempo para conhecer e compreender nossos filhos, passamos a saber o que os motiva e o que os desencoraja. E esse conhecimento pode ser útil quando se trata de discipliná-los. Muitas vezes vejo mães e pais criarem seus filhos pelo medo, estabelecendo todo tipo de regras exageradas para protege-los de todo mal conhecido pela humanidade. Porém, se eles fizessem o esforço de observar e conhecer seus filhos, saberiam que tipo de regras seria necessário e que tipos de castigo seriam efetivos. Toda criança é diferente de outra. Se você é mãe, ame seu filho conhecendo-o e compreendendo-o, para que, como Paulo disse em sua oração, aproveis as coisas excelentes. .
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Em seu best-sellerAscincolinguagens doamor, o escritor Gary Chapman lembra-nos da importância de conhecer a maneira como as pessoas concedem e rece bem amor. Quanto maior nosso conhecimento sobre as outras pessoas, mais poderemos amá-las e encorajá-las com sinceridade. A fervorosa oração de Paulo serve de modelo para nós quando orarmos por outras pessoas. Portanto, ao orar por seus amados, considere fazer isso de maneira parecida com a ele. £ 2u « A u ia /§
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Que poderosa oração a ser feita por quem amamos, e também por nós mesmas! Todas nós precisamos dessa oração. Que Deus permita que nosso amor por Ele e pelos outros aumente mais e mais em ciência e em todo o co nhecimento. A medida que oramos por outras pessoas e passamos a conhece-las melhor, nosso amor por elas se aprofundará e crescerá. Você está tendo dificuldade para amar alguém? Ore por essa pessoa, e não apenas para que ela mude. Conheça-a melhor e destaque sua melhor qualidade ao fazer uma oração como a que acabamos de ler. Todas nós estamos em obras; e por isso, Deus pode conceder-nos paciência e compreensão durante a fase de construção.
0 poder do perdão Nunca mais diga a si mesma: “Ah, eu sou um fracasso”, nem sussurre sobre outra pessoa: “Ah, ela não tem jeito. Ela nunca vai consertar”. Não desista das outras pessoas nem de si mesma. Em vez disso, veja cada pessoa como uma obra em .4 1
Capítulo 2
andamento. O progresso é conturbado, mas Deus está trabalhando. O Senhor age de formas misteriosas, e não trabalha do modo como pensamos que Ele deveria. Ele não está subordinado a nós, e vê além do que podemos enxergar. Queremos consertar as pessoas agora, mas Deus quer realizar uma obra eterna em cada co ração e em cada vida. Deliberadamente se esforce para ver em cada pessoa a placa “Perdoe o transtorno. Estou em obras”. Perdoar é uma palavra poderosa, que significa isentar a parte culpada; absolver ou desculpar. No entanto, não é uma palavra simples de carregar no dia a dia, afinal, perdoar uma ofensa contra você ou o erro de alguém não ocorre necessariamente de modo natural. Como crentes em Cristo, conhecemos a tremenda bênção de termos nossos pecados perdoados por causa do que Jesus tez na cruz. Por meio da fé que temos nele, somos per doadas. E, por termos sido tão graciosamente perdoadas da punição do nosso pecado, devemos perdoar outras pessoas. Jesus disse: Nãojulgueis, c não sereisjulgados; não condeneis, enão sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. Dai, eser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida etransbordan do vos darão; porquecom a mesma medida comquemedirdes também vos medirão denovo.11
Seja generosa em perdoar e avarenta em condenar. Há uma grande alegria em continuamente perdoar outras pessoas, mas uma grande dor em permanecer na amargura, na raiva e no ressentimento. Talvez você não esteja vivendo acor rentada como um prisioneiro, como Paulo, nem foi aprisionada pela cegueira, como Henrietta, mas talvez, você esteja encarcerada pela falta de perdão. Quan do não perdoamos os outros, colocamo-nos em uma prisão escura. Não fique aí. Com a ajuda de Deus, você pode romper esses grilhões de amargura que a prendem. Pense agora mesmo se existe alguém que você precisa perdoar e bus que a ajuda do Pai nesse processo. Ele é especialista em perdoar. O amor sincero e o perdão andam lado a lado. Quando penso em como Paulo definiu o amor, vejo resplandecer a beleza do perdão. Eis a descrição que ele fez: O amor ésojredor, ébenigno; 0 amor não éinvejoso; 0 amor não trata comlevianda de, não seensoberbece, não seporta com indecência, não busca os seus interesses, não .42.
o* Í a í h i ô .to / mo * COo tx im o /i e m a í L m i r
seirrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, masfolga coma verdade; tudo sofre; tudo cré' ímJo cspmi, fWo suporta. O amor nuncafalha; mas, havendopro fecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá}2
Para que o amor que temos uns pelos outros aumente mais e mais, deve mos começar com um espírito que continuamente perdoa os outros. Todavia, perdoar não significa convidar alguém a passar por cima de você ou fazer-lhe algo terrível novamente. Por isso, pode ser necessário estabelecer limites saudá veis se uma pessoa estiver tirando vantagens de você. Devemos perdoar conti nuamente a fim de vivermos livres da amargura e do rancor. Por fim, o Amado de nossa alma, o perfeito Perdoador pode dar-nos do que necessitamos para amar e perdoar outras pessoas com sinceridade. Olhe para Ele e agradeça-o por perdoar você, e peça-lhe que a ajude e dê-lhe forças para perdoar outras pessoas.
Busca pessoal Leitura complementar: Romanos 5 e 8 — O grande amor de Deus por nós. Verdadebásica: Deus começou uma boa obra em cada uma de nós e ainda não
terminou de lidar conosco. Escolhas:
• Agradeça ao Senhor por todas as pessoas em sua vida, tanto pelas difíceis como pelas agradáveis. • Perceba que o progresso geralmente implica em bagunça, desafios e transtornos. • Lcmbre-se sempre de que todos são obras em andamento. • Também veja a si mesma como uma obra em andamento. Deus ainda não terminou de lidar com você. • Ame outras pessoas com a afeição de Cristo. • Ore pelo crescimento e pelo fortalecimento de outras pessoas no Senhor. • Pratique a gratidão e o perdão contínuos. Plano deliberado: Projeto Gratidão.
Escolha um período de 24 horas em que você deliberadamente agrade cerá por todas as pessoas que vierem à sua mente. Agradeça ao Senhor pelas .43
Capítulo 2
características boas dessas pessoas e pelas qualidades que a ajudam a crescer como pessoa. Use essa oportunidade para que todos saibam o quão grata você é por eles. Escreva-lhes um bdhete ou um e-mail ou telefone para dizer-lhes que é grata ao Senhor por essas pessoas. Ao agradecer ao Senhor por outras pessoas, peça que Ele traga à sua mente qualquer pessoa a quem você precise perdoar. Busque a ajuda de Deus para desculpar e perdoar quem for necessário.
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CAPÍTULO 3
2
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Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgioforte.
Salmo 71.7 “Nossos problemas sempre nos trouxeram bênçãos, e sempre trarão. Eles são carruagens negras de uma graça brilhante.” C.H. Spurgeon
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V ^ao é fácil dar aula para o Ensino Fundamental. Como ex-professora de matemática e de ciências, eu constantemente tentava mcluir ideias criati vas e inovadoras para chamar a atenção de meus jovens alunos. Os experimentos práticos sempre funcionavam bem mais do que as lições do livro-texto, por isso, fazíamos todo tipo de experiências malucas e divertidas no laboratório. Fizemos uma pedra de água com açúcar. Criamos cata-ventos com canu dinhos e papelão. Plantamos, assamos e medimos para experimentar as lições. Provavelmente, eu não deveria mencionar a história dos ratos-do-deserto que tínhamos à frente da sala e o terrível dia em que a mamãe rata comeu um dos filhotes bem no meio da minha aula de matemática. Eu não sabia que meninas do sétimo ano conseguiam gritar tão alto.
Capítulo 5
Apesar da aventura canibal dos ratos-do-deserto, na verdade, tivemos al gumas aulas divertidas como resultado de nossas experiências científicas. Prin cipalmente as placas de Petri, que oferecem uma boa oportunidade de cultivar todo tipo de coisa. O mofo, no entanto, sempre é uma das atividades favoritas dos alunos do Ensino Fundamental. Todavia, é claro que não é necessário estar cm uma aula de ciências para cultivar coisas como mofo. Ele cresce rapidamente e sem problema algum nas sobras da minha geladeira. Sim, dado o ambiente certo, o mofo simplesmente se desenvolve sem qualquer esforço de minha parte. Só queria que as plantas do meu jareiim crescessem com a mesma facilidade! É incrível perceber que, dadas as circunstâncias certas, podemos cultivar muitas substâncias; no entanto, existem coisas que não crescem com tanta faci lidade. Diamantes, por exemplo. Eu adoraria fazer uma pequena experiência que os criaria; que tal? Eles são simplesmente cristais de carbono, e por isso, você poderia pensar que eles são tão fáceis de surgir quanto pedras de açúcar, cristais de sal ou mofo. Infelizmente, não é tão simples assim para um diamante surgir. Na verdade, eles formam-se apenas em condições de intenso calor (I204°C) e de imensa pressão (geralmente, formados entre 120 e 193 quilômetros abaixo da superfície terrestre). Então, acho que é inútil tentar fazer um diamante na cozinha ou na aula de ciências. Mofo, sim — diamantes, não. Agora, se você pudesse optar entre tornar-se um diamante reluzente ou um mofo verde, qual você escolheria? Com certeza sei a resposta a essa pergunta. Sem dúvida, a maioria de nós preferiria ser um adorável, brilhante e reluzente diamante a ser um mofo feio e nojento. Ele é um verdadeiro tesouro, que não é formado nem encontrado com facilidade. Sua aparência é sensacional, e traz alegria a quem os usa e a quem os vê. Os diamantes também são considerados uma das substâncias mais resistentes do mundo, e algumas brocas são feitas de diamante e são usadas para cortar outras pedras. Vibrante, valiosa e forte, sim, é isso que eu quero ser! Porém, não nos esqueçamos de que os diamantes devem passar por um intenso calor e por uma imensa pressão para formarem suas valiosas qualidades. Assim, muitas vezes, nossas belas qualidades são formadas por meio do calor das provas e da dor das aflições. Mas eu queria que não fosse assim! Eu adoraria tornar-me uma mulher forte, corajosa, sábia e piedosa por meio de experiências pacíficas, amáveis e doces da vida. E você? 46 .
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Mas, infelizmente, as tribulações e os desafios fazem-nos crescer, ensinam-nos, mspiram-nos e amadurecem-nos. O mofo cresce em ambientes felizes — já os diamantes, apenas nas dificuldades. Como aprendemos no capítulo ante rior, Paulo sabia o que era estar em dificuldade. Ele mesmo, por diversas vezes, esteve prestes a morrer, mas preferia encarar suas provações como tesouros. O apóstolo escolhia ver o bem que é gerado nos desafios, tanto em sua própria vida como na dos outros, e nós também podemos determinar como veremos nossas experiências na vida. Aceitaremos os desafios, ou vamos lamentar e cho rar por uma vida criada em placa de Petri?
Brilho radiante Ser um prisioneiro pode ser desconcertante. Paulo tinha um grande ministério antes de ser mandado para a prisão, pois impactava a vida de pessoas e ajudava a fundar igrejas por toda Àsia e Europa. Ele estava fazendo a obra de Deus, pre gando o evangelho por onde ia e edificando o Corpo de cristãos. Paulo não era um malandro ou um ladrão que merecia ser preso. Entretanto, isso aconteceu novamente com ele, e dessa vez, em Roma, quando ele ficou acorrentado à guar da pretoriana. Agora, se estivessem numa situação como essa, algumas pessoas se tornariam amarguradas e começariam a lamentar-se e a murmurar. Todavia, os olhos de Paulo não estavam em suas circunstâncias miseráveis, mas, sim, naquilo que Deus estava fazendo apesar das dificuldades. Em vez de desejar afastar-se da situação, Paulo preferia descobrir possibilidades de espe rança exatamente onde estava. Ele até quis confirmar aos filipenses que Deus estava usando suas circunstâncias ruins para o bem. Em seguida, ele escreveu na sua carta: E quero, irmãos, quesaibais queas coisas queme aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho. De maneira queas minhas prisões em Cristoforam manifestaspor toda a guarda pretoriana epor todos os demais lugares; emuitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo comas minhas prisões, ousamfalar a palavra mais confadamente, semtemor. 1
Sejamos francas e diretas aqui. As vezes, é muito difícil enxergar algo bom em meio a situações não tão boas. Pode ser que não tenhamos vontade de 47.
Capítulo 3
procurar o que é bom, ou que talvez, aparentemente, nem conseguimos encon trar uma pontinha de algo bom em nossa difícil circunstância. Em cada caso, precisamos da ajuda de Deus. Precisamos que Ele irradie Sua luz em nossos momentos tenebrosos e ajude-nos a enxergar Sua presença em nossa situação. Podemos não ser capazes de visualizar como algo bom poderia vir dessas cir cunstâncias, mas podemos olhar para o Deus da esperança. A situação pode parecer inconsolável, mas Ele não nos abandonou. Com nossos olhos voltados para Ele, começaremos a ver as coisas de modo diferente. Veja a história de Shandra. Ela era uma executiva em uma cidade na costa sul dos Estados Unidos. Ela estava tendo dificuldades em estar com suas amigas e colegas de trabalho, porque era cristã, e elas não compartilhavam de sua crença e de seu estilo de vida. Shandra sentia-se sozmha e muitas vezes quis desistir, mas, em vez disso, ela decidiu falar com seu sábio pastor, que lhe per guntou: “Onde colocamos as luzes?” Intrigada pela pergunta boba, ela respondeu: “Colocamos nos lugares es curos de nossa casa”. Naquele momento, Shandra entendeu o que ele estava tentando dizer-lhe e percebeu que Deus a colocara naqueles ambientes proble máticos para que ela pudesse brilhar pelo Senhor. Ela começou a sentir alegria e coragem onde antes sentia frustração e medo. Depois de muitas semanas, ela chegou à igreja com um grupo de moças alegres. Sim, Deus fez uma obra ma ravilhosa naquela empresa por intermédio de Shandra, e muitas de suas colegas de trabalho conheceram a Cristo por causa de seu exemplo, de suas palavras e de sua radiante alegria.2 “As aparências podem ser enganosas. O fato de não podermos ver o que Deus está fazendo não significa que Ele não está fazendo coisa alguma”, diz o grande teólogo Sinclair Ferguson.3Paulo também estava limitado por uma situação tenebrosa, mas teve um lampejo de esperança e reconheceu que o Se nhor poderia fazer grandes coisas apesar de sua prisão. O Pai usou o tempo em que Paulo ficou acorrentado para inspirar e encorajar outras pessoas a irradiar corajosamente a luz de Deus. Talvez você esteja pensando em como Paulo foi preso novamente. Toda a aventura (e é uma história e tanto) pode ser encontrada na última parte do livro de Atos dos Apóstolos, mas vou fazer um breve resumo para você. Quando Paulo estava em Jerusalém, alguns líderes judeus não queriam que ele pregasse o evangelho, e então, prenderam-no. Paulo, por fim, apelou a César, o que signifi 48
■raiA dtficufíladeô
ca que ele precisou ir a Roma. Por meio de um naufrágio e de muitos tipos de perigo, o apóstolo finalmente chegou ao seu destmo em Roma.
0 tesouro das provações Em Dallas, há um enorme parque de diversões chamado “Six Flags overTexas”. Eu adorava ir ao parque quando criança, e já adulta, adorava levar minhas filhas lá. Ao longo dos anos, vimos esse lugar mudar um pouco. Depois de adulta, muitas vezes, arrastei minhas filhas até o grande mapa que tem uma grande seta vermelha informando “Você está aqui”. Na maior parte do tempo, quando eu olhava para o mapa, percebia que o brinquedo que queríamos estava do outro lado do parque. Então, eu olhava para a grande seta vermelha e dizia: “Não quero estar aqui. Eu quero estar lá!” Ás vezes, podemos querer dizer o mesmo sobre nossa vida. As circuns tâncias mudam em nossa vida, e muitas vezes, acabam ficando muito longe do que planejávamos ou esperávamos. Posso imaginar Paulo sendo tentado a pensar: “Não quero ficar acorrentado aqui. Quero estar lá fora, propagando o evangelho e encorajando as igrejas”. Pelo menos, sei que eu teria pensado isso, mas a atitude de Paulo foi diferente. Ele viu suas cadeias como uma coisa boa. O apóstolo estava em prisão domiciliar quando escreveu aos filipenscs — um quadro um pouco diferente de suas experiências com as cadeias da prisão de Filipos, sobre a qual lemos no capítulo um. [A respeito da prisão em Roma,] lemos em Atos 28.16: a Paulo se lhepermitiu morar por sua conta, com o soldado queo guardava. Apesar disso, ele ainda não vivia em liberdade. Ele poda ditar cartas, receber visitas e até pregar as boas-novas sobre Jesus àqueles que se reuniam em sua casa. O guarda palaciano, mencionado por Paulo aos filipenses, também é conhecido como guarda pretoriano. Esse era um grupo distinto de guardas imperiais, que não pertencia ao exército nem à polícia ro mana. Não é quase cômica a imagem de guardas tão importantes acorrentados a Paulo? Eles não podiam escapar! Eles não tinham como não ouvir a mensagem sobre o amor e a graça de Deus por intermédio de Jesus Cristo, pois eram uma plateia cativa. Que forma smgular de propagar o evangelho em Roma! Por meio das palavras de despedida de Paulo em sua carta aos filipenses, sabemos que a Palavra de Deus chegou até aqueles quesão da casa deCésar, deixando implícito que alguns dos guardas passaram a seguir a Cristo. .4 9
Capítulo 3
Onde Deus colocou você? Pode não ser o lugar em que você gostaria — ou planejava — de estar, mas quero assegurar-lhe de que não foi por acidente, mas por um propósito. Não importa como chegou ou onde está, Deus pode fazer coisas poderosas por seu intermédio. Portanto, em vez de reclamar, discutir ou frustrar-se, peça que o Senhor mostre-lhe como Ele pode usá-la no lugar em que a colocou. Volte seus olhos para o Deus da esperança, desviando, assim, o olhar das decepções. Ainda que você tenha cometido um erro ou tomado uma decisão imprudente, o Senhor pode usar isso. Curiosamente, se Paulo não tivesse apelado a César, ele teria sido libertado mais cedo e não teria seguido para Roma. O apóstolo poderia ter se remoído em arrependimento por apelar a César, mas, em vez de encarar seu apelo como um erro, ele concentrou-se na bênção. E você?Você pode estar nessas circunstâncias por causa de uma má decisão ou de um erro. Todavia, agradeça a Deus porque Sua obra está além de nossos erros e de nossas limitações. Olhe com esperança e expectativa para aquilo que, por meio das suas experiências, Deus pode fazer para abençoar e fortalecer outras pessoas.
Inspirado pela coragem A coragem de Paulo enquanto estava acorrentado motivou outros cristãos a falarem mais confiadamente. De maneira pessoal, quando vejo um exemplo de coragem vivenciado por outras pessoas que servem a Cristo, também sou motivada a viver com mais coragem e ousadia. Elizabeth Gurney Pry é uma dessas inspirações para mim. Inglesa, nascida em uma família rica, em 1780, ela participava das melhores festas que a Inglaterra tinha a oferecer. Sua mãe faleceu quando ela tmha apenas 12 anos de idade, e a família dela levava uma vida animada, porém, superficial. Aos 17 anos, Elizabeth foi profundamente tocada pela mensagem de um pregador chamado William Savery. Inspirada e convencida pela mensagem do evangelho, a jovem começou a abrir seus olhos às necessidades dos pobres e dos desprezados da Inglaterra. Aos 20 anos de idade, Elizabeth casou-se com Joseph Fry, e embora tivesse seus próprios filhos (ela chegou a ter II no total), sempre tinha tempo para visitar as favelas de Londres e cuidar das necessidades dos pobres, enquanto também lhes ensinava a Palavra de Deus. Depois de conhecer as terríveis condi 50
lruxôy d^iUxiuix uxc lcA ções das presidiárias, Elizabeth bravamente passou a visitar a Newgate Prxson. A princípio, os guardas não a deixavam entrar, porque era muito perigoso. Eles mesmos não entravam sozinhos, porque as presidiárias eram conhecidas por como um povo selvagem. Elizabeth poderia ter facilmente desistido, mas Deus colocou uma determinação nela. Após receber permissão do diretor do presídio, Elizabeth corajosamente entrou na prisão. Ali, ela viu-se cercada por 300 mulheres gritando e agindo como animais, cravando as unhas, arranhando e brigando umas com as outras. Suas condições eram deploráveis, uma vez que todas ficavam amontoadas em quatro pequenas celas. Elas estavam sujas, e algumas, quase nuas. Havia até filhos de presidiárias morando lá. Elizabeth sabiamente não demonstrou medo, mas entrou naquele lugar, pegou uma das crianças e disse àquelas mulheres que era preciso que todas fizessem algo pelas crianças que estavam entre elas. Elizabeth poderia olhar com desgosto para aquelas mulheres, no entanto, ela preferiu alcançá-las com amor e começou a ensinar-lhes sobre a Palavra de Deus, começando com Isaías 53.6: Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada umsedesviava pelo seu caminho, mas o SENHORfez cair sobreele a iniquidadedenós todos.
Ela ajudou aquelas mulheres a compreender que Cristo amava-as e veio a este mundo para perdoar pecados. Elizabeth desejava que as presidiárias chegassem ao ponto de sentir um amor e um respeito por Deus e umas pelas outras. Ela ensinou-lhes a tricotar e a costurar, e começou a prover material para que elas pudessem até ganhar dinheiro. Elizabeth foi falar à Câmera dos Comuns, começando um movimento de reforma carcerária. Ela nunca parou de pensar nas pessoas que estavam sofren do. Depois de ouvir sobre um menino sem-teto que morreu nas ruas, ela come çou a estender a mão e a fundar comitês a fim de criar abrigos para famintos e moradores de rua. Ela fundou mais de 500 bibliotecas para a Guarda Costeira e também criou uma escola de enfermagem. Uau! Essa mulher nunca desistia! Ela tinha paixão por Cristo e pelas pessoas e coragem de prosseguir com sua missão. Você ficou inspirada pela história de Elizabeth? Sim, eu sei que você pode ter se fatigado só em pensar em tudo que ela fez, mas, por outro lado, isso faz-nos perceber o quanto uma mulher pode fazer quando decide viver sua paixão com coragem. O apóstolo Paulo vivia destemidamente sua paixão por Cristo, e por isso, inspirava muitas pessoas a pregar a Palavra de Deus de maneira mais corajosa e intrépida. Paixão desperta coragem, e os atos corajosos inevitavelmente inspiram 51
Capítulo 3
outras pessoas. Pelo que você é apaixonada? O que a motiva e comove seu coração? Em oração, considere dar um passo em busca da paixão que Deus concedeu-lhe e em fazer uma diferença positiva na vida de outra pessoa. Goste ou não, nossa vida serve de exemplo para outras pessoas. Elizabeth Fry saiu de sua zona de conforto, e, por causa de seu exemplo, uma nação inteira foi inspirada a amar e a respeitar os oprimidos. Paulo proclamava a Cristo sa bendo plenamente que poderia enfrentar a prisão, porém, isso inspirou muitos irmãos em Cristo que encaravam perseguições parecidas. E você? O que Deus colocou em seu coração para fazer? Pode não ser fácil, e pode ser necessária coragem. Também pode ser preciso esperar uma estação inteira, mas comece buscando a orientação de Deus para fortalecê-la, prepará-la e orientá-la para exercer sua paixão no lugar em que o Senhor colocou você. Você nunca saberá o quanto sua coragem pode inspirar outras pessoas a seguir a Cristo.
Sr. Positivo Recentemente, um congressista [americano] muito famoso faleceu. Os tele jornais [dos Estados Unidos] interromperam a cobertura de outras notícias e dedicaram seu tempo para criar vídeos em homenagem à vida desse homem. Admito, em minha mente, eu achava que ele não merecia toda essa glória e toda essa atenção. É claro, ele trabalhou no congresso por muitos anos, mas também teve um passado nebuloso e fez algumas coisas das quais se arrependeu publicamente. O funeral e toda a marcha fúnebre que o acompanhou foram transmitidos por uma grande emissora [americana] de televisão durante horas. No entanto, isso me incomodou. Então, uma amiga disse que assistiu a todo o funeral, e, apenas de discordar da política ideológica daquele homem, Cristo foi proclamado naquele funeral. Para mim, isso me lembrou de que o mais importante é a mensagem de Cristo, não os meus pontos de vista e as opiniões. Não preciso gastar tempo julgando os motivos. Em vez disso, preciso fazer o que Cristo chamou-me para fazer e compartilhar a mensagem do amor de Cristo. Ao ouvir sobre o funeral, minha mente saltou para os filipenses e para a passagem que estive contemplando. Paulo lembrou aos seus irmãos em Cristo o 52
3) LamoívtsA jxi / unaÂaA^n(xò clcIacufelad
mesmo tipo de lição que aprendi com minha amiga. Ele escreveu o seguinte em sua carta aos seus amigos de Filipos: Verdadeéquetambémalgunspregam a Cristopor inveja eporfia, mas outros deboa mente; uns por amor, sabendo quefui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, nãopuramente, julgando acrescentar aflição às minhasprisões. Mas queimporta? Contanto queCristo seja anunciado de toda a maneira, ou comfingimento, ou emverdade, nisto meregozijo emeregozijarei ainda.4
Paulo regozijava-se porque Cristo estava sendo anunciado apesar das moti vações erradas ou das discordâncias básicas. Esse sim é o Sr. Positivo! Mais uma vez, ele preferiu olhar pelo lado bom e manteve os olhos no objetivo que era propagar o evangelho. Fico impressionada com o quanto nós, cristãos, podemos estabelecer pequenas questões sem importância, discutindo sobre suposições e motivos, ou discordando de coisas que, no grande contexto da vida, não impor tam. Precisamos pegar a dica de Paulo e abandonar isso. Aparentemente alguns cristãos estavam tentando usar a prisão do apóstolo em benefício próprio, bem como usar seus ministérios para motivos egoístas e para acabar com a reputação de Paulo. No entanto, Paulo não queria que a concorrência entre ministérios se tor nasse um problema. Para ele, a causa de Cristo era a única questão que importava. Portanto, vamos parar de criticar outros ministérios só porque concorrem ou são diferentes do nosso. Em vez de trabalharem uns contra os outros para atrair um maior número de membros ou seguidores, não seria maravilhoso se todas as igrejas e todos os ministérios trabalhassem para incentivar todo mundo a chegar a Cristo? O amor entre os cristãos e o propósito de unidade para o Corpo de Cristo seria um belo exemplo da aparência deste para o restante do mundo. Ê interessante observar que, quando esteve na terra, Jesus discutiu a mesma questão com Seus discípulos. Deixe-me contextualizá-la. Os discípulos esta vam discutindo quem deles seria o maior [no Reino de Deus], Uma pequena superioridade orgulhosa estava ganhando espaço entre o grupo. Você consegue imaginar cada discípulo vangloriando-se do quanto deveria ser o maior no Rei no de Deus, e fazendo isso bem na frente de Jesus? Cristo, então, decidiu ter um conversa franca com eles sobre essa questão, e disse-lhes: Sealguém quiser ser o .5 3
Capítulo 3
primeiro, será 0 derradeiro de todos e0 servo detodos.3Bem, isso é um pouco diferente da
nossa normal maneira de pensar. Jesus, então, trouxe uma criança e disse-lhes: Qualquer que receber uma destas crianças em meu nome a mim me recebe,6Ele estava ensinando-lhes sobre a importân cia de alcançar os pequeninos, e não somente aqueles a quem a sociedade atribui importância e significância; e esta é uma lição crucial para todos nós. Todavia, o Mestre ainda não havia terminado a lição. João, o discípulo amado, informou: Mestre, vimos um que, em teu nome, expulsava demônios, 0 qual não nos segue; enós lhoproibimos, porque não nos segue. Os discípulos ain da não haviam superado o problema da concorrência! Se os discípulos lutavam com seus interesses próprios a esse ponto, que esperança resta para nós? Todas nós precisamos ouvir as palavras do Mestre e refletir continuamente no que é importante. Em seguida, Jesus respondeu à pergunta de João: Não lho proibais, porque ninguém há quefaça milagre em meu nomeepossa logofalar mal demim. Porquequem não é contra nós épor nós.7
Embora precisemos de discernimento, não temos de perder tempo julgan do ou falando mal umas das outras. Outros grupos, ministérios ou organizações podem ser diferentes dos nossos, mas Deus deu dons, talentos e personalidades distintos a cada um. Se a verdade de Cristo está sendo pregada, evitemos falar negativamente. Serei a primeira a dizer-lhe que não gosto de algumas coisas cristãs que vejo natelevisão. Questiono seus motivos e métodos; mas admito que já conheci muitas pessoas que, quando estavam nas profundezas do desespero, ligaram a televisão no meio da noite, ouviram um pregador e abraçaram a fé salvadora em Cristo. Então, ouço mais uma vez as palavras de Paulo: “O mais importante é que, independente da maneira e se a motivação é certa ou errada, Cristo está sendo anunciado. E por isso me alegro”. O foco está em Cristo, e não na pessoa. Após dizer tudo isso, quero acrescentar mais uma palavra de precaução: devemos ter discernimento e cuidado acerca de quem ajudamos financeiramen te e quem apoiamos. Há pessoas que enganam e cujo ministério é corrupto; portanto, seja prudente. Jesus alertou Seus seguidores a prestarem atenção aos lobos em pele de ovelha e àqueles que podem aparentar retidão por fora, mas, por dentro, são corrompidos. Vamos regozijar-nos quando Cristo for pregado, mas também vamos res guardar-nos contra enganadores, golpistas e quem usa o evangelho para encher 54
r ru x c l a A nc us d i i VCÁí X  j o  j QA^
os bolsos. Antes de contribuir, sempre pesquise para garantir que sua doação será usada em prol do Reino de Deus, e não para propósitos pessoais. Uma boa fonte para descobrir a integridade financeira do ministério é o Evangelical Council for Financial Accountability [Conselho Evangélico para Prestação de Contas]. Para mais informações, acesse www.efca.org [em inglês],
Pare de julgar. Comece a viver! É seguro dizer que todas nós tendemos a desperdiçar tempo demais julgando e condenando outras pessoas quando deveríamos estar fazendo o que Deus cha mou-nos para realizar. Paulo não estava proclamando que motivações não são importantes ou que não há problemas em prosseguir por ambição própria, mas estava mandando-nos manter os olhos no que importa mais e deixar todo jul gamento para Deus. Sei que preciso organizar-me todos os dias para ter certeza de que estou focada nas coisas mais importantes. È muito fácil distrair-se com suposições, preocupações, vanglorias e comparações que, no grande contexto da vida, são coisas sem importância. A medida que apaixonadamente buscamos a Cristo, devemos deixar de lado as distrações. Como um atleta em uma corrida, que deve livrar-se de qual quer coisa que possa impedi-lo de correr bem, também devemos livrar-nos tan to do pecado como das distrações que nos impedem de correr com vitória e re sistência. O autor de Flebreus fala sobre a corrida da vida que nos está proposta. Ele orienta-nos a largar tudo que nos atrasa e a mantermos os nossos olhos no que é mais importante. Portanto, nós também, pois, queestamos rodeados deuma tãogrande nuvem detes temunhas, deixemos todo embaraço eopecado quetão deperto nos rodeia ecorramos, compaciência, a carreira quenos está proposta, olhando para Jesus, autor econsumador dafé, oqual, pelogozo quelheestava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono deDeus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para quenão enfraqueçais, desfalecendo emvossos ânimos,8
Quando nossos olhos estão em Jesus, estamos focadas no que realmen te importa. Como combatemos a inveja, a ambição egoísta e a rivalidade que 55
Capítulo 3
podem ocorrer no trabalho, no ministério ou na vida? Fixando nossos olhos em Jesus, o autor e o consumador da nossa fé. Corremos a carreira que Ele estabeleceu para nós, deixando, assim, para trás as comparações. Esse é o nosso incentivo e a nossa força: ver Jesus como nosso exemplo, que pela alegria colo cada diante dele, suportou a cruz e desprezou a vergonha desta. Agora, Ele está assentado à destra do trono de Deus, em posição de honra e poder. Nessa carreira da vida, o que nos impede de viver para Cristo e de irradiar Sua luz para que mundo veja? Pode ser o desejo de ser apreciada, reconhecida ou aceita; de ter coisas caras ou de estar envolvida em uma porção de atividades. Todas essas coisas podem tirar nosso foco de Deus. Portanto, vamos correr nossa carreira com os olhos voltados para o Senhor. Não se compare às outras. Ele criou você de uma maneira única e poderosa para brilhar Sua luz e ser um lampejo de esperança para os outros, sem importar onde esteja, o que tenha e o que não tenha também. A carreira é fácil? Raramente! A resistência e a perseverança são requeri das, portanto, lembre-se: diamantes não são formados em condições agradáveis, confortáveis ou aconchegantes. Podemos não ter o luxo de escolher nossas cir cunstâncias, mas temos a oportunidade de determinar nosso ponto de vista e como vamos encará-la. Em vez de focar em suas cadeias, Paulo concentrava-se no fato de que o evangelho estava avançando. Em vez de remoer-se em autopiedade por causa de seu confinamento em Roma, o apóstolo regozijava-se, porque, por seu exemplo, outros cristãos estavam sendo incentivados a serem corajosos e a falarem sobre a sua fé. Em vez de ser consumido pelas comparações com outros ministérios e por julgar as motivações, Paulo preferia regozijar no fato de que o evangelho estava sendo pregado. Ele concentrou-se no objetivo! Onde está o seu foco?
Busca pessoal Leitura complementar: Atos dos Apóstolos 24— 28 — A jornada de Paulo até
a prisão em Roma. Verdadebásica: podemos escolher confiar em Deus e aceitar nossos desafios, ou podemos escolher o desespero e a falta de coragem. 56
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Escolhas:
• Reconheça que diamantes são formados sob mtenso calor e imensa pressão. O mofo, no entanto, é formado em ambientes perfeitos e confortáveis. Procure algo bom em cada situação. Peça para Deus ajudá-la a ver coisas pelas quais você pode ser grata em tempos difíceis. Aprenda com os exemplos de coragem. Seja um também. Viva com paixão por Cristo. Sirva outras pessoas e deixe de lado as ambições egoístas. Regozije-se quando Jesus for pregado. Tenha cuidado com as práticas e os ministérios enganosos. Corra a sua própria carreira e não a compare com a de outras pessoas. Concentre-se em Cristo, e não nas comparações e nas dificuldades. Plano deliberado: Exemplos de coragem.
Pense em alguns dos exemplos de coragem que você tem observado ao longo da vida. Pode ser uma avó piedosa, uma menina que defendia Cristo no Ensino Médio ou uma colega de trabalho que sofria por fazer o que é certo. Nas linhas abaixo, escreva o nome delas e agradeça a Deus pela influência que tiveram em sua vida.
Você pode querer estudar sobre algumas mulheres corajosas da Bíblia, como Rute, Débora, Ana, Isabel ou Maria. Peça ao Senhor que permita que você seja um exemplo para outras pessoas enquanto o busca apaixonadamente. .57.
CAPÍTULO 4
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Portanto, sejá ressuscitastes comCristo, buscai ascoisasquesão decima, ondeCristo está assentado à destra deDeus. Pensai nas coisas quesão decima enão nas quesão da terra.
Colossenses 3.1,2 “Tudo a Jesus entregarei, Tudo a Ele de bom grado darei; Sempre o amarei e nele confiarei, Em Sua presença diariamente viverei.” Judson W. Van DeVenter
CZ ^^-^úal foi a última vez em que você soluçou despreocupadamente en quanto assistia a um filme? Eu me refiro ao tipo em que você tem vergonha de sair do cinema, porque sua maquiagem escorreu até as bochechas. A medida que fiquei mais velha, a lista de filmes que me comoveram ficou maior. É claro, qualquer filme em que um cavalo ou um cachorro morra sempre me pega. Eu não consegui conter as lágrimas em Marley & Eu, e até chorei até no final de KingKong, porque o grande macaco era tão incompreendido. Histórias de heróis misturadas com de amor também são filmes em que eu não consigo controlar minhas lágrimas, sobretudo se o herói morrer em favor de sua amada.
Capítulo 4
No topo da lista de filmes que me fizeram berrar incontrolavelmente está, com certeza, A paixão de Cristo, produzido por Mel Gibson. Chorei tanto, que não conseguia recuperar o fôlego, e tinha medo de fazer, bem no meio do cine ma, um daqueles barulhos altos de quando ficamos sem ar. O filme retratou de maneira poderosa e visual o sofrimento e a morte de Cristo, e como Sua segui dora, foi inevitável ser tomada pela emoção. A paixão deCristo é a maior história de amor heroico, e é amda mais impressionante pensar no fato de que nós somos as amadas por quem Ele morreu. Ao sair do cinema, eu e todas as demais pessoas que tinham acabado de assistir ao filme andamos em total silêncio. Era quase sinistro. Eu disse para mim mesma: “Eu sempre viverei com paixão por Cristo”. Nos dias seguintes ao filme, continuei pensando nas vívidas imagens de Seu sofrimento. No en tanto, semanas e meses se passaram, e as imagens começaram a apagar-se de minha mente, e logo voltei à minha atarefada vida cheia de atividades triviais. Contudo, você pode imaginar como seria se vivêssemos todos os dias com o coração cheio de gratidão pelo que Jesus fez por nós na cruz? O quanto nossos relacionamentos seriam diferentes se focássemos no amor sacrificial de Cristo por nós? Que ações seriam diferentes em nossa vida se estivéssemos consumidas pelo amor de Cristo? A verdade é: lembranças de um filme não conseguem sustentar nossa pai xão pessoal por Cristo. Deus certamente pode usar um filme para estimular nosso anseio por Ele, mas é a Sua obra em nós que nos atrai e que fortalece nossa apaixonada busca por Ele. O apóstolo Paulo vivia com um foco singular em Cristo, e o mesmo Espírito que vivia nele habita em todo cristão. Vamos olhar essa declaração de fervor e refletir em como podemos aprender com sua consagração: Segundo a minha intensa expectação eesperança, dequeem nada serei confundido; antes, comtoda a confança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porquepara mim 0 viver é Cristo, e 0 morrer éganho. Mas, se0 viver na carnemede rfruto da minha obra, não sei, então, 0 quedeva escolher. Mas deambos os lados estou emaperto, tendo desejo departir e estar com Cristo, porqueisto é ainda muito melhor. Masjulgo mais necessário, por amor devós,fcar na carne. E, tendoesta confança, sei quefcarei epermanecerei com todos vóspara proveito vosso egozo dafé, para quea vossaglória aumentepor mim em CristoJesus, pela minha nova ida a vós.1 60
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A vida de Paulo era definida por Cristo, afinal, para ele, viver era Cristo! Jesus deu sentido e propósito à vida do apóstolo. Seu único motivo de viver era levar a alegria de Cristo a outras pessoas. Porém, Paulo também se contentava em morrer pela causa do evangelho. Na verdade, ele ansiava estar no céu com Jesus como a melhor opção, e não se apegava às coisas desta vida porque não se apegava a ela de modo geral. Todavia, não me entenda mal; Paulo não era depressivo nem suicida, mas apenas vivia com foco na eternidade, sabendo que a melhor parte de sua vida estaria no céu, com Deus. Por isso, seu motivo para desejar permanecer neste mundo era continuar a obra de propagar o evangelho e encorajar os cristãos.
Viva sem apego Jenmfer tem um longo caminho pela frente antes de terminar a faculdade de medicina. Como está para graduar-se, ela já passou por muitas exaustivas horas de estudo, mas continua com olhos voltados para o seu objetivo. Jennifer tra balhou durante todas as férias, administrou suas despesas e permaneceu disci plinada, pois sabe que dias melhores virão. Ela sabe que sua vida de estudante é temporária, e vive ansiando pelo dia em que poderá vestir um jaleco branco no qual orgulhosamente estará escrito “D outora”. Paulo vivia com o mesmo anseio, mas, em vez de um jaleco de médico, ele ansiava as vestes brancas da justiça que os que creem em Cristo, um dia, receberão no céu. Por compreender o caráter temporário da vida aqui na terra, o apóstolo podia viver de mãos abertas. Assim, em vez de apegar-se a coisas que proporcionam apenas satisfação passageira, ele apegou-se a Cristo, seu tudo em todos. Todavia, é engraçada nossa tendência de acreditar que certas pessoas ou situações são a chave para a nossa felicidade, quando, na verdade, essas coisas não proporcionam a duradoura e verdadeira satisfação. Paulo não se prendia às coisas desta vida (reputação, bens, pessoas) com parcimônia, mas, em vez disso, tinha-as de mãos aberta. O apóstolo era grato pelo que o Senhor lhe havia concedido, mas não dependia nem se dedicava a isso. Paulo não vivia afeiçoado a este mundo, mas, sim, atraído pelo mundo que há de vir. Como seria a nossa vida se fôssemos apenas gratos pelas pessoas e pelos objetos deste mundo, porque vivemos a pleno vapor por Cristo, com o coração e a mente voltados para a eternidade? 61
Capítulo 4
Imagino que os resultados seriam estes: • Mais amor e cuidado sinceros pelo próximo; menos egocentrismo. • Mais encorajamento e gentileza; menos discussão e contenda por coi sas insignificantes. • Mais doações para os necessitados; menos acumulação para nós mesmos. • Mais corações em paz e calmos; menos preocupação e ansiedades. • Mais do evangelho sendo compartilhado; menos interesse com o que as pessoas acham. • Mais oração; menos fofoca. • Mais ações que honram a Deus; menos ações que agradam às pessoas. • Mais edificação de outras pessoas na obra e no ministério que reali zam; menos humilhação e ciúme. • Mais alegria; menos murmuração. O que você acrescentaria a essa lista? Pense em como seria este mundo se nós, mulheres que seguem a Cristo, tivéssemos uma vida sem apego. Em vez de retermos com força as bugigangas que este mundo tem a oferecer, seríamos sábias em soltá-las e viver na liberdade e na alegria de nossa cidadania celestial. Muitas vezes, imagino as simplices armadilhas para macacos usadas pelas tribos primitivas. Sabe, aquelas que são apenas um jarro com uma pequena abertura e uma banana dentro. Quando o pobre e desavisado macaco chega e toma o jarro para pegar a banana, ele é capturado, porque não solta a isca. Pessoalmente, devo pensar no que seguro tão forte e sem soltar ao ponto de colocar-me em uma armadilha. Enquanto escrevo este capítulo, torno-me con victa de áreas em minha vida as quais estou muito apegada. O que você está segurando com a mão tão fechada? 0 , C^giiRoa, oÊac/ naàÁQA, aíULaiu pxiAxv cnJceA*pxm
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v v J jin A a c o m p x L L x x í x i s e/ p / u m o A c to ^
Quando nossa paixão é buscar a Deus e conhecê-lo mais, não ficamos decepcionadas. Nada nos satisfaz tanto quanto achegar-se a Deus e amá-lo de modo mais profundo e verdadeiro. Todas as nossas buscas ou as nossas paixões, mais tarde, nos decepcionarão; as pessoas vão colocar-nos para baixo; os objetos não durarão para sempre; as drogas e o álcool apenas nos deixarão desejando mais. Porém, nosso Deus amoroso e fiel não nos decepcionará. No livro de Salmos, lemos que o Senhor enchea tua boca debens, desortequea tua mocidadeserenova como a águia. O salmista prossegue dizendo-nos: Misericordioso epiedoso éo SENHOR; longânimo egrande em benignidade.2 Agora, você não quer conhecer esse Deus que satisfaz nossos desejos e cujo amor é abundante? Na mensagem chamada O peso deGlória, C. S. Lewis escreveu: Nosso Senhor não acha que nossos desejos são muito fortes, e sim muito fracos. Somos criaturas desmotivadas, brincando com bebidas, sexo e ambição, quando nos é oferecida a alegria infinita; como uma criança ignorante que quer fazer tortas de lama em uma favela porque não consegue imaginar o que é passar férias à beira do mar. Nós nos contentamos facilmente.'' Deus está oferecendo-nos um prazer que satisfaz nosso mais profundo desejo — o prazer de conhecê-lo — , mas, muitas vezes, tentamos divertir-nos com bugigangas que não satisfazem.
Uma chance para morrer? Se fossem escrever uma biografia sobre você, qual título melhor descreveria a sua história? Você já pensou nisso? Eu gostaria que minha vida fosse descrita com palavras divertidas e otimistas, em um título como: A fascinante c alegre vida deKarol Ladd ou Aventuras deuma vida vivida ao máximo: Uma história sobreKarol Ladd. Hmmm... Não sei quantos exemplares isso venderia. Talvez minha família c alguns amigos mais chegados comprariam um livro, e olhe lá. No entanto, você consegue imaginar o título de sua biografia sendo A Chanceto Die: TheLifeandLegacy of Amy Carmichael [Uma chance de morrer: a vida e o legado de Amy Carmichael, tradução livre], Uma chaticedemorrer não é uma da .63 .
Capítulo 4
queles títulos chamatívos e bonitinhos que adoraríamos ter para descrever nosso período de vida; entretanto, trata-se de um livro repleto de histórias fascinantes e de aventuras sobre uma mulher que viveu com singular foco e paixão por Cris to. Amy Carmichael era devotada ao Senhor, dedicada à oração e comprometida com servir a Cristo, ajudando os necessitados. Era uma mulher com uma pro funda percepção e um desejo de viver para Deus onde quer que Ele a chamasse. Nascida em 1867, na Irlanda do Norte, Amy desenvolveu compaixão pe las pessoas quando ainda era muito jovem, e tinha uma verdadeira sensibilidade às causas sociais. Aos 17 anos, ela começou a dar aula de Escola Dominical para as jovens que trabalhavam no moinho local, em Belfast; e a turma logo aumentou para mais de 500 moças. Porém, aos 24 anos, Amy sentiu que Deus estava chamando-a para o campo missionário no exterior. Ela começou sua obra missionária no Japão com o ardente desejo de ganhar almas para Cristo, mas, depois de 15 meses, teve de ir embora por motivos de doença. Assim como Paulo, Amy não permitiu que qualquer interrupção impedisse-a de propagar o evangelho. Posteriormente, sua obra missionária levou a jovem à índia, e foi ali que ela soube da terrível condição das jovens que eram vendidas para prostituição no templo. Amy logo ficou conhecida como Amma (“mãe”, cm tâmil), porque ela corajosamente começou a acolher e a proteger crianças que eram vendidas para prostituição infantil. Em seus últimos anos, Amy levou um tombo muito grave, o qual a incapa citou de retomar suas atividades normais. Embora estivesse fisicamente limita da, seu ministério continuou a crescer. Ela escreveu diversos livros durante esse período de sua vida em que não conseguia locomover-se. Deus usou poderosa mente esta mulher para inspirar dezenas de outras pessoas a aproximarem-se de Cristo e a viverem para Ele. Elisabeth Elliot foi uma dessas mulheres cuja vida foi impactada pelo exemplo de Amy. Foi a partir do livro If [Se, tradução livre] que Elisabeth começou a entender a grande mensagem da cruz e o que Amy chamava de amor do Calvário. Elisabeth acabou escrevendo a biografia de Amy, A Chanceto Dic. (Eu reco mendo muito a sua leitura.) Na introdução, Elisabeth escreveu: Vi que a chance de morrer, de ser crucificada com Cristo, não era algo mórbido, mas, sim. o portal para aVida. Fui atraída, de maneira lenta, irregular (mmha reação era irregular), porém inexorável. Em 64.
0 l v W u la c q f n p c l u c c Lq s c/ p A a j i a A x t a
uma época muito mais secular e autocentrada, a visão de Amy Carmichael sobre o invisível e seu fervoroso esforço para permanecer nessa luz, fazendo qualquer sacrifício em prol disso, parece pouco crível, e muito menos digno de imitação.4 Elisabeth Elliot passou a imitar a vida de Amy de muitas maneiras, inclu sive, levando corajosamente o evangelho aos índios Acua, o povo que matou seu marido. “Amy Carmichael voltou seu rosto para aquele outro País”, proclamou Elisabeth.5A própria Amy escreveu em uma carta: Conhecemos oamor nisto: queeledeu a sua vida por nós, enós devemos dar a vida pelos irmãos. Quantas vezes penso nesse devemos. Sem sentimentos melosos aqui. Somenteum severo eglorioso somdetrombeta: DEVEMOS. Mas aspalavras podem descrever a alegria enterrada no interior?A minha, não. Ela diverte-sedaspalavras.
Amy conhecia a alegria do coração que é mais profunda e indescritível, bem como a satisfação oriunda de entregar-se inteiramente a Deus e de obede cer a Ele.Ninguém poderia tirar essa alegria dela. Embora ela nunca tivesse se casado nem desfrutado de muitos luxos que este mundo tem a oferecer, Amy sentia uma satisfação imutável. Uma prova de seu comprometimento com o evangelho é encontrada em um documento feito por Amy e intitulado Confissão deAmor. Ela escreveu-o para um grupo de garotas indianas que se reunia para servir a Cristo, e aqui, temos um vislumbre do que Amy acreditava sobre buscar fervorosamente ao Senhor. Meu voto: O que disseres a mim, porTua graça, farei. Meu constrangimento: Teu amor, ó Cristo, meu Senhor. Minha confiança: Tu és capaz de cumprir aquilo que entreguei a ti. Mmha alegria: Cumprir aTua vontade, ó Deus. Minha disciplina: Não o que eu escolher, mas o que Teu amor indicar. Minha oração: Que minha vontade seja conforme aTua. Meu lema: Amar para viver — viver para amar. . 65 .
Capítulo 4
Minh Minha a porção: porção: O Senhor enhor é a porção da minha minha hera herança nça.. Ensina Ensina--nos, bom bom Senhor, a servi servirr-te te como mere merece ces; s; a dar sem sem conta contar os custos; a lutar lutar sem sem preo preocuparcupar-me com as as ferida feridas; s; a esforça esforçarr-me me sem sem buscar descanso; descanso; a trabalhar trabalhar sem sem buscar qualquer qualquer outra outra recompensa além além do saber saber que que estam estamos os cumprindo aTua vontad vontade, e, ó Senhor Senhor nosso Deus.6 Deus.6 Que bela imagem de um coração entregue a Cristo. Assim como Paulo, Amy poss ossuía um foc foco na eternida idade e um propós opósit ito o sin sing gular lar. Ela Ela também sabia onfiss ssão deA mor mais uma de onde vinham sua alegria e sua satisfação. Leia sua Confi ve vez e pense em uma vid vida chexa de paixã ixão por por Cr Criisto. Após Após ler ler tanto a confi onfisssão de Amy como a oração que acompanha esta por várias vezes, decidi fazer uma cópia para carregá-la comigo em minha agenda, assim, tento usá-la consistentemente como um lembrete e como uma autoavaliação. Meu voto é fazer tudo que Ele mandar por meio de Sua graça? Minha alegria é cumprir Sua vontade? onfiss ssão deA deA mor Minha oração é que a minha vontade seja conforme a dele? A Confi de Amy é, ao mesmo tempo, convincente e motivadora. È um reflexo de uma vid vida de paixã ixão por por Crist isto.
A verdadeira paixão Quando você pensa na definição da palavra paixão, o que vem à sua mente? Cos tumo pensar em um sentimento, uma afeição ou uma emoção fortes por algo ou por alguém. Uma mulher apaixonada entrega-se de todo o coração por uma causa, uma pessoa ou uma experiência. Porém, se você procurar a palavra paixão no dicionário, encontrará uma definição surpreendente. No [dicionário de lín gua inglesa] Webster’s Ne definição o original original é “sof “sofrimento ou N ew World Di Dictionary, tionary, a definiçã agon agonia, ia, como como a de um mártir” mártir”.. Em seguida, seguida, lê-se: lê- se: “a “a ago agonia nia e os sofrimento sofrimentoss de Jesus durante a Crucificação ou durante o período seguinte à Ultima Ceia”.' Pare Pare um pouco. pouco. Calma alma aí! aí! Eu Eu acha achava va que paixão era uma palavra alegre, zelo ou animação. Devo como ze Devo admit admitir ir que fiquei surpresa ao ler a definição definição da palavra paixão e perceber que, na verdade, refere-se à agonia. A raiz dessa pala vra vra vem do lat latim passus, que significa significa “supo “suportar” rtar” ou “sof “sofrer”. rer”. Vemos emos o mesmo mesmo radical em palavras como paciência e, é claro, compaixão (com sofrimento). E por isso que a representa representação ção do caminho de Cristo Cristo até a cruz chama-se chama-se “A Paixão de Cristo”. Agora eu entendi! . 6 6 .
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O que Jesus fez por nós na cruz define paixão. Ele voluntariamente deixou a glória dos céus e veio a esta terra para oferecer Sua vida por nós. Cristo sofreu e suportou a dor porque tinha um propósito maior: morrer em nosso lugar. Que nunca desprezemos isso! Assim, quando falarmos de alguém que vive com paixão, deveremos referir-nos a quem está disposto a suportar e sofrer pelo propósito para o qual foi chamado. Nesse ponto, você pode estar pensando que gostaria de deixar este livro livro de lado (ou (o u jogá jogá--lo fora) ra) e gritar: “Desisto! “D esisto! Nunca Nunca serei uma mulher que busca a Cristo apaixonadamente, porque não quero so frer!” Sinceramente, e que quem m quer? quer? Até Até Jesus, Jesus, quando estava estava no jardim jardim do Getsêmani, pediu ao Pai que afastasse dele aquele cálice. No entanto, Ele tam bém orou: Pa Pai, se se queres, passa demim emim estecá ecálice; to todavia, nã não sefaça a minha vontade, mas Uma busca busca apaixo apaixonad nada a por por Cristo levaleva-nos ao ao ponto ponto de pedirmos: “Pai, a tua.&Uma eu que quero ro o que o Senhor Senhor quiser”. Todavia, você pode sentir-se sentir- se inadequada ou incapaz de orar dessa maneira. Eu também me sinto assim. O apóstolo Pedro constantemente lutava com essas mesmas questões. É curioso, curioso, po pois parece até que ele ele queria sua vontade vontade para Jesus, e o sof sofrimento rimento não fazia parte dos seus planos. Você lembra-se de quando o Mestre proclamou aos discípulos que iria sofrer e morrer, e foi Pedro quem o chamou de lado e repreendeu o Cristo. Pedro tinha uma ideia diferente sobre quem Jesus deveria ser; o apóstolo o via como um rei glorioso, e não um homem de dores. Cristo, entretanto, usou palavras fortes para responder a Pedro: Retira ira-te -te dedi ediantedem edemim, Satanás; Satanás; porque não não compreendes as coisas oisas quesão quesão deD deDeus, mas as quesão que são dos homens9
Pedro não era tão diferente de você e de mim. Ele apenas preferia evitar o sofriment sof rimento o. Lembra que que ele negou Jesus esus não não uma, nem duas, ma mass três vezes? vezes? No entanto, ele era uma obra em progresso, assim como nós. Deus começou Sua obra em Pedro, e Ele permitiu que essa obra crescesse e florescesse em uma vida de paixão po por Cristo Cristo. Q ual era o seu seg segredo? redo? Acho Acho que encon encontra tramos mos o cerne de sua paixão ao lermos o início de uma das cartas dele. Ele escreveu: Vistoc istocomo o seu divi divino nopoder nos deu tudo tudo o quedi quedizz re respeito à vida vida epie epiedade, pelo conhecimento daquele queno que nos chamou por sua glória ória e virtude virtude, pelas quais quais ele nos tem dadograndíssi randíssim mas epre epreciosaspromessas, para quepor quepor elasfiquei queiss parti articipantes da nature natureza divi divina, na, havendo escapado da corrupção, que, pela concupisc upiscência, há no mundo.10 67
Capítulo 4
Uma vida apaixonada por Cristo é a obra de Deus em nós. Ele a começou e a completará. Pelo Seu divino poder, o Senhor deu-nos tudo de que precisa mos para ter uma uma vida vida piedosa. piedosa. Assim, Assim, olhamo olhamoss para Deus eus e buscamos buscamos conhecê conhecê--lo com mais profundidade e pureza, e, enquanto fazemos isso, Ele guia-nos pelos vales e faz-nos atravessar as águas profundas quando elas levantam-se. O Senhor começará a trocar nossos fracos desejos por coisas deste mundo pelo agradável desejo de conhecê-lo.
Foco singular Recentemente, participei de uma conferência liderada por Anne Graham Lotz (fil (filha ha de Bill Billyy Gra Graham). ham). O evento chama chamava-se va-se “Apenas penas me me dê dê Jesus”. Anne Anne não deseja deseja nada mais mais que ser usada por por Deus Deus para levar pessoas à cruz. cruz. Até A té o próprio palanque era desprovido de decorações e de distrações; havia apenas um único item enfeitando o púlpito, e era uma cruz de madeira. O foco da conferência era unicamente Cristo. Tenho certeza de que a maioria das mulheres que comparecera compareceram m ao ao evento foi foi para casa casa com um desejo desejo mais prof profundo de conhecer mais Jesus, entregar-lhe tudo e viver para Ele. Só o fato de ouvir Anne Graham Lotz já foi um alívio para a alma. A men sagem sagem de sua vida ida e seu foco singular singular eram eram claros: “somente somente Jesus!” esus!” Aqui Aqui está uma mulher que, assim como Paulo, é entregue a Cristo. Seu total desejo é ver pessoas achegando-se ao Senhor, e por isso, ela não se distrai com ministérios concorrentes, picuinhas, ou com tentar criar fama para si mesma. Sua alegria está em seu Salvador. Embora a vida dela nem sempre seja fácil, seus olhos estão em Jesus, e ela encontra forças aos pés da cruz. Assim como Amy Carmichael, o exemplo de Anne encoraja-me e inspira-me. E o mesmo Espírito que trabalha na vida vida de Anne, de Paulo e de Amy Amy Carmichael Carmichael também trabalha na sua sua e na minha vida. A bsoluteSu eSurrender [Entrega total, tradução livre], o escritor Andrew No livro Ab Murray reafirma aos cristãos que é Deus quem opera em nós. O Senhor dá-nos o desejo de entregar, bem como a capacidade para fazer isso. Ele escreveu assim: Deus não não pede que que você faça faça a entrega entrega perfeita perfeita por por sua própri própria a força força ou pelo poder poder de sua vontade; vontade; Deus quer quer trabalhar em em você. Não Não lele.6 8
T3i^2«nda- c aj n* p a i x ã o ; v pA x t j i áá A Í n s
mos: porqueDeus éoqueopera emvós tanto oquerer como oefetuar ; segundo asua boa vontade?E é isso que devemos buscar — prostrar o rosto diante de
Deus, até que nosso coração aprenda a crer que o próprio Pai todo-poderoso virá para mudar o que está errado, para vencer o que é mal e para efetuar o que é agradável aos Seus benditos olhos. O próprio
Somente por intermédio do Espírito de Deus operando em nós é que podemos desejar viver para Cristo. Somente por intermédio de Seu Espírito podemos viver sem distrações e com um foco singular nele. O segredo para uma busca apaixonada é um coração humilde que ora: . )(’tu mxóe/cLCQAxiixi. de. fnttn, cjue. mu ptuío 'l, o. exitu 9ta Qj t Qj dxLÒÀZ^Ct; axvlcl /- nxe/ corri/ toda/ cjiixz. dey rricuxQAAxi/ tela cxwrtp^eixi/ como/ de^e/tux<2) iò X e^otAÍe/ ixcôía. slixíu/. (^ajl Acu- truL a, (znVuz^u^o- te. QynvoAX/ cxvux^Õx^: dxx- írte/ m-aià/ caua c/ menoA de/mum / De coração humilde, acheguemo-nos a Deus e busquemos Sua ajuda, não apenas para termos o poder de concentrar nossa vida nele, mas também para desejarmos isso. Deus sempre nos convida: “Venha”. Dwight L. Moody disse: “Não conheço uma verdade em toda a Bíblia que possa acompanhar-nos com tanto poder e ternura quanto a verdade do amor divino”.12De braços bem aber tos, Deus convida-nos a reconhecer Seu grande amor por nós e Seu desejo de ter um relacionamento profundo e duradouro conosco. Ainda mais profundo! Oh, que nosso amor por Cristo seja ainda mais profundo.
Não importa o que aconteça Paulo não tentou açucarar a vida cristã. Ele foi sincero, honesto e verdadeiro com os filipenses, proporcionando-lhes encorajamento aos encararem tempos difíceis pela causa de Cristo. Ele ofereceu-lhes algumas palavras de fortaleci mento para quando passassem por algumas das dificuldades pelas quais Paulo já havia passado. Ele disse o seguinte:
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Capítulo 4
Não importa 0 queaconteça, exerçama sua cidadania demaneira digna do evangelho deCristo, para queassim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês permanecemfirmes num só espírito, lutando unânimespelafé evangélica, semdeforma alguma deixar-seintimidarpor aqueles queseopõema vocês. Para eles isso ésinal dedestruição, maspara vocês de salvação, eisso dapartedeDeus; pois avocês foi dado 0 privilégio de, não apenas crer em Cristo, mas tambémdesofrerpor ele, já queestãopassandopelo mesmo combate quemeviram enfrentar eagora ouvem queainda enfrento.13
Quando Paulo diz Não importa 0 que aconteça, isso me lembra de que não temos garantias sobre o rumo que nossa vida tomará. Não temos o conforto de saber se nossas circunstâncias serão felizes e radiantes. Não possuímos uma vida de luxo ou de diversão, mas temos o conforto de saber que Deus estará conosco e nos dará o que precisamos. Apesar das circunstâncias, com a ajuda de Deus, podemos portar-nos de maneira digna do evangelho deCristo; mas o que isso significa, no sentido prático? Para mim, significa permitir que o amor e o perdão de Cristo sejam derramados de meu coração e abençoem outras pessoas. Signi fica não viver com medo, mas confiar na força e na sabedoria de Deus durante as mmhas lutas. Como proclamou Davi: Ainda queeu andassepelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e 0 teu cajado me consolam,u
O que nos conforta é a presença de Deus ao longo de nossas lutas. Não tenha medo. O bom Pastor está bem ao seu lado. Ele não a deixará em meio às águas profundas ou às tempestades da vida. Na verdade, Paulo usou uma palavra bem estranha para que os filipenses soubessem que, provavelmente, atravessariam algumas lutas. Ele disse que lhes foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas de também sofrer em favor dele. No entanto, quando uma pessoa recebe algum privilégio, normal mente, é algo bom. Por exemplo, quando um estudante é privilegiado com uma bolsa de estudos, é um presente maravilhoso. Quando uma organização sem fins lucrativos é privilegiada com uma grande doação, é uma grande bênção. Quando um cidadão tem o privilégio de reunir-se com o presidente, é uma oportunidade tremenda. Mas ter o privilégio de sofrer? Eu não usaria a palavra privilégio dessa maneira. O sofrimento pode ser considerado uma dádiva de Deus? Talvez, seja mui to difícil pensar nele dessa maneira. Grande parte da crueldade e da dor que 70
V Lvlerulo CO,í JVpCUxÕo/ Qyp/ ldpÁòxtoy
vemos neste mundo é resultado direto do pecado e do mal que jaz aqui. No entanto, é possível olhar para o sofrimento e conceber que o Senhor permitiu o mesmo, e até que o permitiu para um bom propósito. Apesar de você pode não ver a mensagem da dádiva do sofrimento em muitos populares livros cristãos, nem sendo proclamada em muitos púlpitos, ela é frequentemente encontrada na Bíblia. Além disso, sejamos sinceras: não é uma mensagem “para cima”. Porém, ao observarmos as provações de José, os lamen tos de Jeremias, as dificuldades de Daniel e as perseguições a Paulo, é inevitável ver que Deus tinha uma grande propósito ao conceder-lhes a oportunidade de sofrer. E com certeza, a maior imagem do sofrimento é a do Senhor Jesus, que enfrentou uma morte brutal na cruz para ressuscitar dos mortos, proporcionan do esperança e perdão a todo aquele que nele crê. Tiago escreveu: Meus irmãos, tendegrandegozo quando cairdes emvárias tentações, sabendo quea prova da vossafé produz a paciência. Tenha, porém, apaciência a sua obra perfeita, para quesejaisperfeitos ecompletos, semfaltar emcoisa alguma. L'., sealgum devós temfalta desabedoria, peça-a a Deus, quea todos dá liberalmenteenão olança em rosto; eser-lhe-á dada}3
Portanto, mesmo não buscando o sofrimento, quando ele acontece em nossa vida, podemos reagir de maneira positiva. Podemos recebê-lo com alegria, sabendo que Deus está fazendo uma grande obra em nós. Mais importante ainda: podemos buscar a sabedoria e a direção do Senhor sobre como crescer, aprender e superar o sofrimento. E Ele convida-nos a pedir. Você me acompanhará em uma busca, uma busca apaixonada, como a de Paulo? Ele correu sua carreira com os olhos fixos em Jesus, deixando para trás todas as coisas que atrapalhariam sua corrida. Não precisamos tornar-nos mis sionárias para termos paixão por Jesus, afinal, podemos ter uma vida apaixonada por Ele bem onde estamos. Como em qualquer corrida, devemos reconhecer que não será fácil. As vezes, pode ser exaustiva, mas também pode ser cheia de alegria, uma alegria eufórica que ninguém pode tirar de você. È uma carreira que vale a pena correr, e um objetivo que vale a pena buscar. Para que você entenda: ao cruzarmos a linha de chegada deste mundo, po deremos olhar para a glória da eternidade, e é lá em que habitaremos, sem mais sofrimento ou dor. Estaremos na gloriosa presença de nosso poderoso Deus, nosso bom Pastor, nosso Príncipe da Paz. 71
Busca pessoal Leitura complementar: 2 Pedro I— 3 — Orientação e esperança para os se
guidores de Cristo. Verdadebásica: Buscar apaixonadamente a Cristo pode ser difícil, mas exis tem grandes recompensas à medida que perseveramos, crescemos e olhamos em direção ao nosso futuro lar. Escolhas:
• Volte seus olhos para a eternidade, e não para os atrativos deste mundo. • Seja grata pelas pessoas e pelas coisas que Deus concedeu a você. • Peça para o Senhor ajudá-la a reconhecer as áreas de sua vida às quais você tem se apegado com toda força. • Busca Sua ajuda para reter essas coisas, porém, de mão aberta. • Conheça o Senhor intimamente passando um tempo a sós com Ele em oração. • Busque a Jesus apaixonadamente e aproxime-se dele. • Receba o sofrimento com alegria, reconhecendo que Deus está fazen do uma grande obra em você. • Busque a sabedoria, a direção e a orientação de Deus durante o sofri mento. Plano deliberado: Definida por Cristo.
Assim como a vida de Paulo era definida por Cristo, nós também devemos considerar o que define a nossa. Se fosse descrever, de modo resumido, o que define a sua vida neste momento, o que você diria?
À medida que buscamos a Cristo de maneira pessoal e apaixonada, Ele começa a definir cada vez mais a nossa vida, e as coisas deste mundo, cada vez menos. Como buscamos ao Senhor? A partir de quando começamos conhecen do o próprio Jesus.
"T^Lslemia^cxLfTvpíujuúi. c- p/mjiaAAta/
Assim, sugiro que você leia o Evangelho de João de modo lento e constan te, um trechinho por dia. Estude as afirmações de Jesus a respeito de si mesmo e aprenda como Ele tratava as outras pessoas e como agia e vivia. Não importa há quanto tempo você segue a Cristo; é uma boa ideia estudar o Evangelho de João, lendo alguns versículos de cada vez. Comece um diário sobre Jesus, para relatar o que aprendeu sobre Ele em cada passagem, e também escreva suas próprias orações nele.
73
CAPÍTULO 5
O
òã J L q / v ô w x
jj/ L a ^n clí ín h ím d n ta
(hzfuLLaâxisíÍcl to/ cta cia (xufnxixlxxxlc
Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele com canto. Sabei que o SENHOR éDeus;foi ele, e não nós, queno sfez povo seu eovelhas do seu pasto.
Salmo 100.2,3 “A humildade em cada área da vida, em cada relacionamento com outras pessoas, começa com um conceito certo de Deus como aquele que é infinito e eterno em majestade e santidade.” Jerry Bridges
0
caminho de Dallas, Texas, a Pekin, Illinois, é longo, principalmente para as crianças que estão no banco traseiro de um carro de família. Acredite em mim, sei disso. Quando eu era criança, nossa família fazia o percurso de Dallas a Pekin, pelo menos, uma vez por ano, para visitar meus avós. Mesmo não apro veitando a longa viagem de carro, eu gostava da pequena e familiar atmosfera de Pekin. Era uma mudança bem-vinda da cidade grande. Tenho lembranças de ir ao parque fazer piqueniques e de andar de barco a remo no lago próximo ao gigante e histórico coreto; e eu adorava visitar a feira dos 4-H [(Organização não governamental do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)] e
Capítulo 5
jogar bingo com os amigos de meus avós nas noites quentes de verão. Eu tam bém adorava a comida caseira de minha avó, que era, muitas vezes, preparada com frutas e vegetais tirados diretamente de seu jardim. Embora as tortas dela fossem especialmente deliciosas, devo admitir que havia uma que eu recusava. Era a de ruibarbo. Não sei por que, mas a ideia de comer ruibarbo não me apetecia. Esse nome parecia, para mim, algum tipo de arame farpado usado em cercas. Além disso, você já viu um maço deles? Parece aipo, porém, vermelho. Nem nos meus sonhos mais loucos eu poderia imaginar que algo parecido com aipo pudesse ficar gostoso em uma torta! Sei que é bobeira, mas eu era criança e não sabia de nada. Só depois dos 30 anos que fui corajosa e dei uma chance à torta de rui barbo. Sim, você adivinhou. Eu provei, e gostei! Tem um gosto singular, é doce e azedo. Gostei tanto, que comecei a fazer tortas, pães e mujfins de ruibarbo. E engraçado como algo pode parecer-nos assustador e impressionante an tes de o conhecermos de verdade e vermos que não era algo ruim. Para mim, a humildade sempre pareceu um conceito assustador. Era um dos princípios da Bíblia pelos quais eu meio que passava por cima e no qual não me concentrava ao ler as Escrituras. Eu certamente não queria orar pedindo humildade, porque tinha medo do que Deus poderia fazer para ensinar-me suas mais belas qualida des. E por isso que eu também não orava pedindo paciência! No entanto, após ler como Paulo descreveu a humildade aos filipenses, já não me parece mais tão assustadora assim. Na verdade, parece ser algo bonito, uma qualidade que, de fato, quero ter em minha vida.
Preparando-se para a humildade Quando você pensa na palavra humildade, o que vem à sua mente? Como mu lheres, às vezes, estamos propensas a pensar na humildade como um modo de colocar-nos para baixo ou como uma forma de ódio de nós mesmas, dúvida de nós mesmas ou depreciação de nós mesmas. Perceba quantas vezes usei nós mesmas para descrever esse errôneo conceito acerca da humildade. O fato é que a humildade não tem a ver com a pessoa em si, mas tudo a ver com Deus e com a ideia que fazemos dele e o reconhecimento que temos de Seu amor e soberania. A humildade também tem a ver com pensar nos outros 76.
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sem focar em nós mesmas. Se você já se questionou: “Estou sendo humilde o bastante?”, você fez a pergunta errada, e seus olhos estão na direção oposta. A humildade olha para cima e para fora, e não para dentro, e ela começa a crescer quando nos concentramos em amar a Deus e o próximo. Paulo exortou os filipenses a terem uma atitude humilde; no entanto, ele estabeleceu um pequeno alicerce antes de instituir-lhes essa responsabilidade. Ele gentilmente mudou seu direcionamento para falar sobre a humildade dessa maneira: Sepor estarmos emCristo, nós temosalguma motivação, alguma exortação deamor ; alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo depensar, o mesmo amor ; um só espírito e uma só atitude. Nadafaçam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente consideremos outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somentedos seus interesses, mas tambémdos interesses dos outros.1
Observe que Paulo começa o trecho com a palavra Se. Não quero que per camos essas verdades que servem de base para uma atitude humilde. Se você tem alguma: • • • •
Motivação por estar em Cristo; Exortação de amor; Comunhão no Espírito; Afeição e compaixão.
Ao ler essas quatro afirmações, ocorreu-me que Paulo supunha que os cristãos já tivessem essas bênçãos em sua vida. Por isso, ele estava lembrando aos filipenses os benefícios dos quais deveriam desfrutar. Nós também temos de desfrutar dessas mesmas dádivas de Deus; por isso, como seguidoras de Cristo, devemos perguntar a nós mesmas: 1. Sou motivada por estar em Cristo, e sou fortalecida por Sua presença em minha vida? 2. Estou pessoalmente experimentando a exortação de Seu amor a cada dia? 77
C a pí t u l o s
3. Tenho comunhão (um relacionamento significativo e vivo) em Seu Espírito? 4. Tenho um coração cheio de afeição e de compaixão pelos outros? Separe um momento e pense de modo honesto sobre cada uma dessas perguntas. Essas são preciosas dádivas do Senhor, e elas pertencem a nós, segui doras de Cristo. No entanto, não parece que muitos de nós, cristãos, não estão vivendo na beleza dessas bênçãos? Pelo contrário, muitas vezes, sentimo-nos: • Desmotivadas pelas circunstâncias da vida, em vez de motivadas por estarmos em Cristo; • Amedrontadas e ansiosas, em vez de exortadas pelo Seu amor; • Frustradas e sozinhas, em vez de em comunhão com o Espírito; • Cheias de amargura e de rancor, em vez de afeição e de compaixão. O que aconteceu conosco? Por que estamos tão longe de experimentar essas boas dádivas da graça de Deus? Não acho que existam respostas fáceis. Talvez, tenhamos nos distraído tanto com os cuidados e com as preocupações que este mundo oferece, que esquecemos o conforto e a alegria oferecidos por Deus. Talvez, tenhamos nos tornado dependentes de nós mesmas ou de outras pessoas para que nossas necessidades fossem satisfeitas, em vez de dependermos da ajuda de Deus e da comunhão de Seu Espírito para superar nossas dificul dades. Talvez, tenhamos nos esquecido da afeição e da compaixão que Deus demonstra para nós, e assim, não as refletimos em nosso relacionamento com o próximo. Não importa o motivo; mas acho que um passo que podemos tomar é reconhecer o que Deus deu-nos. Pense no exemplo de Davi, que era o homem segundo o coração de Deus, que disse: Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.2 Esse rei foi um homem que viveu com uma atitude de louvor e de gratidão a Deus, como também com a humilde segurança da Sua presença em sua vida. Davi conquistou grandes coisas para o Senhor, mas também tinha um relacionamento permanente com Ele. Ao olharmos para a vida de Davi, reco nhecemos com clareza que ele era: • Constantemente motivado pela presença de Deus em sua vida; • Exortado pelo amor divino, e encontrava sua esperança no Senhor; 78 .
0
A a I L vL S W L p /i& e ru L e jite m e n te . d.e fc cc a e* i d a U ^ i í a d a í í u m i í c la d e
• Fortalecido pela comunhão no Espírito Santo; • Cheio de afeição e de compaixão para com o próximo. Assim como Davi, vamos desfrutar dos benefícios de fazermos parte da família de Deus e de sermos coerdeiras de Sua graça. Também podemos agra decer e louvar ao Senhor por essas bênçãos e pedir-lhe que renove e fortaleça alguns desses elementos de fé em nossa vida diária. Como cristãs, podemos ser pessoas que são genuinamente motivadas por estarem em Cristo, por serem exortadas por Seu amor, por experimentarem a comunhão no Espírito e por serem cheias de afeição e de compaixão. Esses são os frutos que embasam nossa vida cristã, e um genuíno estado de humildade flui dessas qualidades. Paulo usou esses frutos para começar uma conversa “Sc... então”. Ele disse aos seus irmãos em Cristo que, uma vez que estavam vivenciando esses glorio sos benefícios, deveriam ter um mesmo modo de pensar, um mesmo amor, um mesmo espírito e uma mesma atitude. Quando Paulo manda que tenham um só espírito e uma só atitude, podemos supor que ele estivesse referindo-se ao poderoso propósito de viver por Cristo e de conhecê-lo. Assim, quando andar mos sinceramente à luz do amor de Deus, com o objetivo comum de viver por Cristo, seremos, então, um com os outros cristãos. Por quê? Porque não estamos olhando para nossos próprios interesses, mas para os de Jesus e das pessoas que Ele colocou em nossa vida. 0 , § eníio/ L? clÍ a á i v - moa p,a/ txt pe/ tto/ de LL (5jitda - txoA a exjie^u^menta/ t a a£ecj/ ua cia
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tenixamaà a nxcAírux madcx de penAa/ i^ anu ò Á j eAjxt/ ulo/ e uma- òxv atitude, (Lu&xicincLas cu cpío/iixi/ do>eOan£| c$io
de C/ uaÍo/, e riao a no&ò cu p/ idp/ uxu
Buscando o outro Há certas atitudes no Corpo de Cristo que podem ser destrutivas em vez de construtivas. Paulo destaca duas atitudes que aparentemente nos afastam na hu mildade, em vez de aproximar-nos dela. Ele alertou: Nadafaçam por ambição egoísta 79
Capítulo 5
ou por vaidade. Quando uma mulher busca ser a número um e está concentrada em
sua autopromoção, provavelmente, haverá desumão na comunidade. Particularmente, eu costumava pensar que as mulheres não demonstra vam muitas ambições egoístas nem vaidades, pois achava que essas eram caracte rísticas masculinas. No entanto, descobri o quanto eu estava errada na primeira vez em que me inscrevi para ajudar a dar aula na Escola Bíblica de Férias em nossa igreja. Eu não estava ciente de que algumas mulheres reivindicavam a faixa etária à qual lecionariam e quem elas queriam em suas equipes. A competição paralela pela sala de aula com a decoração mais extravagante, pelos jogos sensa cionais e pelas guloseimas para as crianças eram questões à parte. Para mim, ficou claro que aquelas mulheres não estavam ali para ensinar o evangelho de Cristo, mas, sim, para exibirem sua criatividade a fim de que todos vissem o quão maravilhoso era o talento delas. Felizmente, crianças conheceram a Cristo, e fico contente porque os pequenos não perceberam o espírito de su perioridade que consumia muitas professoras, fora os sussurros de ciúme que ocorriam nos bastidores. Eu não sabia que as mulheres da igreja poderiam ser tão implacáveis. Todavia, a ambição egoísta surge em qualquer lugar, e não era exceção entre o grupo de mulheres da igreja. A raiz da ambição egoísta é o espírito de querer superar os outros para o seu próprio interesse, e muitas vezes, inclui colocar outras pessoas para baixo para exaltar a si mesmo. A fofoca é uma forma sutil de ambição egoísta. Em vez de considerar a necessidade dos outros, uma mulher com ambição egoísta concentra-se principalmente em suas necessidades. A vaidade é a meia-irmã feia da ambição egoísta. Já o oposto de nossa vaidade ou de nossa vanglória seria a glória de Deus. Portanto, estamos fazendo as coisas para que as pessoas olhem para nós e digam: “Puxa, você é maravilhosa”, ou fazemos as coisas tendo em mente a glória do Senhor, esperando que digam: “Puxa, Deus é maravilhoso”? J. Oswald Sanders disse: “O mundo amda verá o que poderia acontecer se todos perdessem o desejo de obter a glória. Não seria um lugar maravilhoso se ninguém se importasse em levar o crédito?”3 Em certa medida, creio que todas nós lidamos com sementes da ambição egoísta e da vaidade. Até as mulheres que aparentemente estão sempre seguras, na verdade, estão preocupadas demais consigo mesmas. Vamos admitir. Todas nós temos uma natureza egocêntrica pecaminosa lá no fundo de nossa aparência 80
/Axi^p^eenxieníerrtent^ deiicjx iòas da to/iixL da. Rumí-fxlaxíe
glamourousa. Devo admitir que, mesmo quando faço algo bom para os outros, secretamente desejo algum reconhecimento. Smto que com você acontece o mes mo. Todavia, querer um tapinha nas costas não é uma coisa necessariamente ruim (embora não queiramos que este seja nosso principal motivo), mas isso pega a contramão quando tentamos rebaixar outras pessoas para conseguir o que que remos ou causamos desunião porque a nossa motivação é a nossa própria glória. Nossas motivações podem não ser 100% puras, mas é isso que nos man tém em uma posição de dependência em relação a Deus — uma posição de hu mildade. Sempre haverá tensão entre nossa motivação pessoal e nosso desejo de glorificar a Deus em tudo que fazemos. Não acredito que chegaremos ao ponto de dizer: “Agora eu consegui controlar esse orgulho e esse egocentrismo. Nunca mais terei dificuldade nessas áreas”. Você não concorda que falta um pouquinho de humildade nessa afirmação? Reconhecer nossa luta pessoal contra o ego centrismo coloca-nos de joelhos diante de um Deus amoroso e incentiva-nos a buscar Sua ajuda para amarmos os outros e para honrá-lo. A humildade tem a ver com o coração. A condição do nosso coração pode fortalecer nossa capacidade de combater a infecção do orgulho que domina tão facilmente nossos pensamentos e nossas ações. Todavia, quando uso o termo coração, refiro-me ao nosso foco e à nossa paixão, e não apenas ao nosso reconhe cimento intelectual. Três condições do coração para pendermos à humildade: um coração que ora, um coração grato e um coração compassivo. Quando essas atitudes permeiam nossa vida, começamos a pensar e a agir de modo diferente. Assim, começamos a viver menos centradas em nós mesmas, e desenvolvemos um amor pelos outros que é sincero e centrado em Deus.
Oração Uma pessoa autossuficiente diz: “Eu consigo fazer isso sozinha”. Já a humilde diz: “Eu preciso de Deus”. Pedro, que aprendeu uma ou duas lições sobre de pender de Deus, escreveu: [...] Revesti-vos dehumildadeporque Deus resisteaos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da pote?:te mão deDeus, para que; a seu tempo, vos exalte, lançando sobreeletoda a vossa ansiedade; porqueele temcuidado devós4 . 81 .
Capítulo 5
Então, como nos humilhamos debaixo da poderosa mão de Deus? Lan çando sobre Ele todas as nossas ansiedades, porque Ele tem cuidado de nós! Quando humildemente levamos nossos pedidos a Deus em oração, reconhece mos que necessitamos e que dependemos dele. De semelhante modo, quando oramos, nossa mente livra-se de nossos fardos, e podemos pensar nos outros de modo mais aberto e honesto.
George Herbert escreveu: “Ò Tu que nos deste tanto, concede-nos misericor diosamente mais um coisa: um coração grato”. Ao vivermos em contínua ati tude de gratidão, reconhecemos que tudo que temos vem dele. Não tomamos a glória para nós mesmas quando fazemos algo bom, sábio ou notável, mas, em vez disso, tornamo-nos gratas a Deus por dar-nos a capacidade e a oportunida de de fazer o bem. Um coração grato dá crédito onde o crédito é devido. Toda via, se falhamos em agradecer ao Senhor, começamos a pensar que fizemos tudo sozinhas, e o orgulho rasteja para o nosso pensamento. Agradecer a Deus com sinceridade é uma obra que acontece em um lugar tranquilo, somente entre Ele e você. Isso nos leva a uma posição de força nele e tira nosso foco de nós mesmas.
(Jompaixão Quando Paulo disse aos filipenses: humildemente considerem os outros superiores a si mesmos, ele não estava instruindo-os a rebaixarem-se, mas estava mandando que eles erguessem as outras pessoas. Paulo também não estava, de modo algum, dizendo que os filipenses deveriam pensar nos outros de modo intrometido, mas atencioso e amoroso. Ele prosseguiu instruindo-os a terem um interesse genuíno pelas outras pessoas, e não a pensarem apenas em seus próprios inte resses. Nós todas precisamos ser lembradas disso, porque é muito fácil sermos consumidas por nossa própria vida e pelo que está acontecendo apenas conosco. Devemos fazer um esforço deliberado para sairmos de nosso mundinho c para estendermos a mão para alcançar outras pessoas e sentirmos a dor de las. Quando tiramos um tempo para não nos concentrarmos mais apenas nas nossas necessidades, nossos olhos começam a ser abertos para as necessidades à nossa volta. A cada dia, vamos determinar que levaremos o brilho do sol para .82.
0 .'alio/i.mí*l j Vu u'tu [n 1nuJti í e t ívi lcií .^ o
da. to/í-íti d a íium dxlu dy
a vida de outros ao tirarmos um tempo para pensar nas necessidades deles e ao demonstrar-lhes que verdadeiramente nos importamos.
0 exemplo perfeito Recentemente, eu estava ministrando um estudo bíblico sobre humildade para mulheres, no centro de Dallas. Esse estudo foi organizado para que mulheres que trabalham fora pudessem sair de seus empregos nos arranha-céus do centro da cidade e fossem para um local de encontro, desfrutassem de um almoço legal e ouvissem a mensagem da Palavra de Deus. A medida que as mulheres chegavam, elas entravam em uma fila para se servirem no bufê, e então, sentavam-se para ouvir a lição. Para essa lição em particular sobre humildade, decidi colocar um avental e um boné e servir as mu lheres na fila do bufê. Algumas delas imediatamente me reconheceram, já outras demoraram um pouco para perceber que eu estava servindo-lhes o almoço, em vez de saudando-as na frente da sala com uma bonita “roupa de professora”. Todo mundo parecia espantado com minha função inesperada. Na hora da aula, fui para a frente da sala e lecionei com minha roupa de merendeira, que, para mim, era bem mais confortável que salto alto. Minha intenção era surpreender com minha mudança de função e de rou pa. Embora aquelas mulheres de negócio estivessem acostumadas a ver-me em roupas bonitas e formais, eu queria que elas entendessem o que é alguém assu mir uma função inesperadamente. Em uma escala muito maior, foi isso o que Cristo fez por nós. Ele poderia ter vindo a esta terra em majestade e poder, força e glória, pompa e circunstância, mas, em vez disso, preferiu vir como servo. Jesus foi o exemplo perfeito de verdadeira humildade, pois colocou a necessidade de outras pessoas à frente das Suas. Transbordo de gratidão quando leio o próximo trecho da carta de Paulo: Desortequehaja emvós o mesmo sentimento quehouvetambémem Cristo Jesus, que, sendo emforma deDeus, não tevepor usurpação ser igual a Deus. Mas ani quilou-sea si mesmo, tomando aforma deservo, fazendo-sesemelhanteaos homens; e, achado naforma dehomem, humilhou-sea si mesmo, sendo obedienteatéà morte emortedecruz. Pelo quetambémDeus oexaltou soberanamentee lhedeu um nome . 83 .
Capítulo 5
queésobretodo 0 nome, para queao nomedeJesus sedobretodojoelho dos queestão nos céus, ena terra, edebaixo da terra, etoda língua confessequeJesus Cristo é0 Senhor, para glória deDeus Pai.5
Jesus é o exemplo perfeito da verdadeira humildade! Nele, temos a imagem perfeita de alguém que não pensou em Suas próprias necessidades, mas conside rou as das pessoas mais importantes do que as Suas. Jesus não reivindicou Seus direitos, mas voluntariamente abdicou deles. OíLuxpada^ cVnfio/L; p x i/ c
- t x c ió
a síe/ uiaxiei/ ux íLeüe^a. da.
lui -
tni(ííutlr de. uincv joAmu mufli' tea£ & !Im
KumÁ^emeriteya^LexieAytJua. 'lidxvncccAUg. esrvnaAAasjxvlasi. 0 ií/ uxjaíla, S e . t i i l ( ) / i , p e £ o / c L u r v í i u
Embora Jesus fosse o próprio Deus por natureza, Ele não usurpou ser Deus. No entanto, ao usar a palavra usurpação, Paulo não quis dizer que Jesus não conseguiria alcançar ou assumir Seus direitos celestiais. Assim, essa palavra seria melhor compreendida como “apegar-se” ou “agarrar com a mão fechada”. Jesus tinha todos os direitos de igualar-se a Deus, mas ele não se apegou aos Seus direitos merecidos nem os agarrou de mão fechada, e por isso, veio ao mundo em forma humana. Cristo era plenamente Deus e plenamente homem. Isso dá um nó na cabeça, não é? A questão é que Cristo demonstrou humildade sem apelar ou apegar-se ao que justamente merecia. E possível que esse seja um dos conceitos mais difíceis de aplicar às nossa vida. Nós, muitas vezes e diferentes de Jesus, focamos em nossos direitos e apegamo-nos ao que achamos que merecemos, sem abrir mão deles, devido ao medo de deixá-los escapar. Contudo, aqui está uma lista com alguns dos direitos que acreditamos merecer: Uma vida feliz. O direito de vingar-se de alguém. Ser mais bem tratada que meus subordinados no trabalho. Gritar com meus filhos, porque eles merecem isso. Um marido amoroso que ganhe bem. .84.
x x h a n & U A ji/ie 4 n c L e jit < u n e Jit ixci o ."ada to ^ta da. fíum dT uly 0 ú &(1e
Ficar com esse dinheiro que veio a mais em meu pagamento, porque eu mereço. Fazer um aborto, porque o corpo é meu. Depois de tudo que fiz por ele, mereço coisa melhor. Trabalho aqui há muito tempo; tenho o direito de pegar isso. Já dei muito dmheiro a esta organização; mereço ser ouvida. Eles têm mais do que precisam; então, também tenho o direito de ter. No entanto, possivelmente, as duas reivindicações mais comuns sao: • Tenho o direito de ficar brava com ____________ (insira o nome da pessoa). • Mereço ter_________________(insira algo que você queria). Flá vezes em que exigimos até nossos direitos para com Deus: • Vou à igreja todo domingo, e por isso, tenho direito a uma vida boa. • Jejuei e orei, por isso, mereço que esta oração seja respondida como eu quero. • Dizimo meus ganhos, por isso, mereço ser abençoada financeiramente. • Sempre fui generosa com os pobres e necessitados, por isso, não me reço perder o emprego. A lista poderia continuar, mas a questão é que todas nós tendemos a pedir do nosso jeito em vez de, em oração e em humildade, abrir mão de certos direi tos. No entanto, quando exigimos nossos direitos ou focamos no que achamos que merecemos, vivemos em frustração, rancor, amargura e derrota. Porém, se estivermos dispostas a abrir mão de nossos direitos, abençoaremos e proporcio naremos paz aos outros e a nós mesmas. Experimentamos uma grande alegria quando desistimos daquilo que achamos que merecemos para ajudar ou aben çoar outros. Provavelmente, o direito mais difícil de abdicar é o de usar algo contra outra pessoa. Perdão significa: “Abro mão do direito de usar essa ofensa contra outra pessoa”. Cristo deu-nos esse exemplo na cruz quando disse: Pai, perdoa-lhes, porque não sabemo quejazem [Lc 23.34], Por toda a Bíblia, nós, cristãs, somos ordenadas a perdoar como o Senhor perdoou-nos. Sim, perdoar é a maior forma de humil85 .
Capítulo 5
dade. No silêncio de seu coração deste momento, quero incentivá-la a pensar se existem áreas em sua vida em que você esteja apegando-se aos seus direitos ou exigindo o que acredita merecer. Você deseja soltá-los e orar para que Deus conceda-lhe sabedoria para lidar com a questão? E claro que na vida há sempre um equilíbrio. Existem áreas nas quais não se deve abrir mão de seus direitos. Você tem direito a um lar seguro, portanto, se estiver em uma situação de abuso, você precisa de ajuda. Em relação à sociedade, você tem o direito de manifestar-se contra a injustiça, todavia, use esse direito com cuidado, sabedoria e amor. E, como seguidoras de Cristo, o direito mais maravilhoso que temos é o de aproximarmo-nos do trono da graça em oração e pedirmos ajuda de nosso amoroso Pai celestial. Cristo abdicou o tratamento majestoso que merecia para assumir a nature za de servo. Podemos observar Seu coração de servo durante Seu tempo aqui na terra. Uma das imagens mais amorosas de servidão que Cristo proporcionou-nos foi quando Ele tirou Sua túnica, amarrou uma toalha em volta da cintura e amorosamente lavou os pés sujos e fedorentos dos discípulos. Esse era um serviço reservado aos servos mais inferiores, porque não era nem um pouco agradável. Na verdade, provavelmente, era bem nojento. Aquelas sandálias de couro não evitavam que a poeira da estrada e que a sujeira da rua entrassem entre os dedos dos pés dos discípulos; porém, em um ato de humildade, Jesus curvou-se e serviu aos Seus discípulos. No entanto, lavar pés fedorentos nem se compara ao grande ato de servidão que Cristo fez por nós. A morte na cruz costumava ser reservada para os crimi nosos mais notórios, e Jesus humilhou-se sendo obediente ao pior tipo de morte — ser pregado em uma cruz! A crucificação era extremamente vergonhosa, e sua dor era excruciante, mas Ele voluntariamente abriu mão de Seus direitos e morrer dessa maneira pelos seus e pelos meus pecados. Por causa da Sua disposição em resistir a uma morte dolorosa e vergonhosa em nosso favor, Deus exaltou Jesus ao lugar mais alto e deu-lhe um nome que está acima de todo nome.
Cristo acima de todos Não existe outro. Cristo foi exaltado ao lugar mais alto. Ele veio em humildade e servidão e disposto a oferecer Sua vida, e agora, senta-se à destra de Deus, em 86.
0 ' ‘iÍu!/í,M í/i.j;/L(’vtul0nK'fní’lif. itelxclUAo tiu ta/ilalLl íuunijxlade um lugar de honra e poder. E Ele quem deu a vida e quem todos confessarão como Senhor. Todo joelho no céu, na terra e debaixo da terra se dobrará dian te dele. Ao lermos a descrição sobre a humildade de Cristo, não ignoremos a importante mensagem, professada com eloquência, sobre Sua autoridade. Con sidere as verdades sobre Cristo que aparecem na mensagem de Paulo sobre a humildade: • • • • • • • •
Ele sempre existiu como Deus. Ele tem a mesma natureza de Deus. Ele tornou-se um homem humano. Ele voluntariamente ofereceu Sua vida na cruz. Deus o exaltou ao lugar mais alto. O nome de Cristo está acima de todo nome. Um dia, todo joelho se dobrará diante dele. Um dia, toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
Aos ponderar essas proclamações, não se pode evitar esta pergunta: você crê nisso? O nome de Cristo está acima de todo nome. Ele foi exaltado ao lugar mais alto, e não há outros. Confessaremos que Jesus Cristo é o Senhor e o Salvador, seja antes ou depois, do Dia do Juízo. Agora temos a escolha de voluntariamente confessar Cristo como o Senhor. No entanto, também temos a dolorosa opção de sermos forçadas a reconhecer Sua divindade quando esti vermos diante do julgamento. A palavra grega para confessar (exsmologeo) significa “professar ou reconhecer abertamente; afirmar ou concordar”. Paulo escreveu aos romanos: Se, com a tua boca, confessares ao SenhorJesus e, em teu coração, creres queDeus o ressuscitou dos mortos, serás salvo,6 Você já chegou a um momento de sua vida em que confessou e reconheceu que Jesus Cristo é o Senhor? Em Apocalipse, há uma passagem que me faz pen sar nas palavras de Paulo aos filipenses. È uma imagem de algo vindouro, quan do toda a criação proclamará que Jesus Cristo é o Senhor. Eis algumas palavras que o apóstolo João escreveu sobre a revelação de coisas vindouras: E olhei eouvi a voz demuitos anjos ao redor do trono, edos animais, edos anciãos; e era o número deles milhões demilhões emilhares demilhares, quecomgrande voz diziam: Digno éo Cordeiro, quefoi morto, dereceber opoder, eriquezas, esabedoria, . 87
Ca pí t u l o s
eforça, ehonra, eglória, eações degraças. E ouvi a toda criatura queestá no céu, e na terra, edebaixo da terra, equeestá no mar, ea todas as coisas queneles há, dizer: Ao queestá assentado sobreo trono eao Cordeiro sejamdadas ações degraças, ehonra, eglória, epoderpara todo osempre. E os quatro animais diziam: Amém!E os vinteequatro anciãosprostraram-seeadoraramao quevivepara todo o sempre. ‘
Sim, um dia, todos nós proclamaremos Sua honra e excelência! Eu quero estar pronta; e você?8
A humildade na vida real Não é difícil encontrar exemplos de orgulho tanto em toda a atual nossa so ciedade como em toda a história, mas muitos exemplos de humildade também podem ser observados. Prefiro concentrar-me nos bons exemplos a nos maus. Um exemplo específico de humildade é visto na vida de Hudson Taylor. Nascido em 1832, ele foi criado em uma família piedosa e de oração. D urante grande parte de sua juventude, ele ouviu as fervorosas orações de seu pai pelo povo da China, que nunca tinha ouvido falar de Cristo. Hudson decidiu, então, ir para lá como missionário. No entanto, sabendo que seu corpo frágil e doente não se sustentaria muito bem, ele começou a exercitar-se e melhorou sua saúde para uma jornada formidável. Ele também estudou chinês, grego, hebraico e latim, e escolheu trabalhar como assistente de um médico, para que pudesse aprender mais sobre medicina. Hudson Taylor certamente tinha um coração que ora, o qual, como dis semos antes, é uma característica de uma pessoa humilde. Uma história em particular mostra sua dependência de Deus por meio da oração. O médico para quem o jovem trabalhava era um pouco avoado, e muitas vezes se esquecia de pagar Hudson em dia. Ele, no entanto, aproveitava essa oportunidade para aumentar sua fé e depender do Senhor para suprir suas necessidades. Houve muitas vezes em que não lhe sobrou dinheiro algum. A comida acabava, o alu guel vencia, mas Deus sempre supria o que ele precisava. Certa ocasião, Hudson tinha apenas uma moedinha para comprar comida, quando um homem pobre aproximou-se dele e pediu-lhe que fosse orar por sua esposa, que estava muito doente. Hudson foi com o homem, e ao ver suas terrí .88.
oda. t a A Íada fumixixlady
veis condições de vida, sem dinheiro para comprar remédios ou comida, deu-lhe sua última moeda, confiando que Deus mais uma vez cuidaria de suas necessida des. No dia seguinte, o jovem ganhou um par de luvas de presente, e dentro de uma delas, havia uma moeda que valia quatro vezes mais a que ele havia doado. Hudson precisou ter esse tipo de fé para ingressar no campo missioná rio na China. Ele seria desencorajado a crer, se a sua fé não estivesse em um Deus grandioso. O povo chinês não o aceitou prontamente, porque Hudson não falava nem era como eles. O missionário pregou o evangelho durante meses, porém, sem resultados. A sociedade missionária que deveria enviar-lhe dinheiro raramente fazia isso. Imagino se as palavras de Pedro ajudaram-no a atravessar esse período: Deus resisteaos soberbos:, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, de baixo dapotente mão deDeus; para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobreele toda a vossa ansiedade, porque eletemcuidado devós. Hudson continuou lançando a rede e orando
pela provisão do Pai. Mais tarde, ele disse: “Creia nisso: na obra de Deus, feita à maneira de Deus, nunca faltará a provisão de Deus”.9 Hudson percebeu que sua aparência distraía os chineses, por isso, com prou vestes chinesas, pmtou seu cabelo de preto e até prendeu uma trança atrás da cabeça. Aquele povo passou a respeitá-lo, porque o missionário fez tudo aquilo para relacionar-se com ele. A maioria dos missionários daquela época não adotaria a aparência das pessoas com quem trabalhavam, mas a atitude de Hudson remete-me ao que Jesus fez ao vir semelhante a nós à terra. O missionário compadeceu-se do povo da China, e por isso, desistiu de seu direito de vestir-se do modo que lhe era familiar e andou a segunda milha, unicamente para alcançar os chineses com sua aparência. Hudson casou-se com uma moça inglesa que trabalhava em uma escola missionária também na China. Quando ele ficou doente, ele e sua família foram forçados a voltar à Inglaterra por um tempo. No entanto, sua doença não o im pediu de pensar no querido povo chinês. Assim, enquanto esteve na Inglaterra, ele traduziu a Bíblia para o chinês, terminou seu estágio em medicina e conti nuou orando para que Deus enviasse mais missionários. O Senhor respondeu às suas orações, e posteriormente, a China Inland Mission [Missão no interior da China, tradução livre] foi fundada, e enviou muitos novos missionários para lá. Em certa ocasião, comentaram com Hudson Taylor: “Em algum momen to, o senhor deve ser tentado, Sr. Taylor, a orgulhar-se do maravilhoso modo 89
Ca pí t u l o s
como Deus o tem usado. Duvido que algum outro homem vivo tenha tido ta manha honra”. Ele, no entanto, respondeu de forma graciosa e humilde: “Pelo contrário, muitas vezes, acho que o Senhor deve ter procurado alguém pequeno e fraco o suficiente para usar, e então, Ele encontrou-me”. De todas as manei ras, Hudson Taylor tinha um humilde coração cheio de gratidão a Deus por tudo que Ele havia feito. Em Zacarias 4.6, lemos: Não porforça, nempor violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. Podemos ser fracas, mas Deus é forte e pode fazer uma obra poderosa por nosso intermédio. Conta-se outra história sobre um rapaz de 18 anos que vinha de uma abas tada família chinesa e que desejava estagiar como enfermeiro no China Inland Mission Hospital, de Hudson. Hsu Chu vestia-se de modo pomposo e era o modelo da nobreza daquela país. Depois de alguns dias de estágio no hospital, uma superintendente soube de um problema com Hsu Chu. Quando pediram-lhe que limpasse umas botas enlameadas, o jovem recusou com indignação, dizendo que era um cavalheiro e um erudito, e que não fazia essas tarefas servis. Primeiro, a sábia superinten dente olhou para as botas, e então, limpou-as. Hsu Chu observou taciturno sua demonstração de humildade. Então, ela levou o rapaz ao seu escritório e pediu que ele lesse as palavras de Jesus encontradas em João 13.14: Ora, seeu, Senhor eMestre, vos lavei 05pés, vós deveis também lavar ospés uns aos outros. A face dele corou, e seus olhos encheram-se de lágrimas. Hsu Chu colocou a Bíblia na mesa de sua chefe e disse: “Que Jesus perdoe-me. Ele também fez uma tarefa servil”. Daquele dia em diante, Hsu Chu alegremente passou a limpar botas, a esfregar o chão e a realizar outras tarefas servis.10 Vamos todas seguir os passos de Jesus, que abdicou de Seus direitos e serviu ao próximo com alegria.
Busca pessoal Leitura complementar: João 13.1-14 — Lavando os pés dos discípulos. Verdadebásica: A verdadeira humildade significa reconhecer a grandeza de
Deus e atentar para os interesses dos outros.
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• Louve continuamente a Deus por quem Ele é e pelo que Ele é capaz de fazer em sua vida. • Seja motivada pela presença de Deus em sua vida. • Seja exortada pelo amor de Deus. • Seja fortalecida pela comunhão no Espírito de Deus. • Seja cheia de afeição e de compaixão pelo próximo. • Não se rebaixe; em vez disso, ocupe-se com encorajar outras pessoas. • Dedique-se à oração, lançando seus cuidados sobre Ele. • Viva com um coração grato, agradecendo a Deus com sinceridade. • Pense nas necessidades e nos interesses de outras pessoas, e não apenas nos seus. • Tenha a mesma atitude que Cristo teve: esteja disposta a abrir mão dos seus direitos. • Sirva a cada um com amor e alegria. • Confesse que Jesus Cristo é o Senhor e reconheça que Seu nome está acima de todo nome. Plano deliberado: Cuidando dos interesses e das necessidades de outras pessoas
Há alguém que você possa alcançar com cuidado e preocupação neste momen to? Podemos começar com os membros de nossa família, e então, pensar em pessoas de nossa vizinhança e de nosso bairro. Como você demonstra cuidado e compaixão para outra pessoa? Você pode começar com um cartão, um tele fonema, um e-mail ou uma visita para demonstrar a alguém que você tem uma preocupação genuína por ele. Separe um momento para orar e pedir que o Senhor leve-a a uma pessoa que precisa de seu cuidado. As vezes, é difícil saber quem precisa ser ajudado, mas podemos pedir sabedoria ao Senhor sobre como demonstrar c]ue realmente nos importamos. Em seguida, precisamos partir para a ação. Escreva no espaço abaixo o nome da pessoa que você encorajou e que passos você deu para cuidar dela: Demonstrei cuidado e preocupação por:__________________________ . Eu demonstrei-lhe que me importava ao ________________________________
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CAPÍTULO 6
0ljzA ji£ arL A jzx^a/ c o m o / o aÍ / lo A íx o j m u n A oy
Assimresplandeça a vossa luz diantedoshomens, para quevejamas vossas boas obras eglorifiquem o vosso Pai, queestá nos céus.
Mateus 5.16 “Nenhum cristão está onde deveria espiritualmente estar até que a beleza do Senhor Jesus Cristo esteja sendo reproduzida em sua vida cristã diária.” A.W. Tozer
C^^^^uando as circunstâncias parecem sombrias, algumas pessoas parecem brilhar intensamente. Na cidade deTyler, no leste do Texas, dois times de voleibol tiveram a oportunidade de demonstrar a beleza do amor e da humildade cristãos e tornaram-se um exemplo claro e brilhante do que significa viver por Cristo. No entanto, quero que você saiba que os times estudantis de voleibol femi nino são muito importantes aqui, no Texas, e os times da East Texas Christian Academy e da Summit Christian Academy disputavam uma partida regional. A East Texas Christian participou de nove eliminatórias consecutivas, enquanto as meninas da Summit eram novatas, tanto em vitória como em eliminatórias. Se você já assistiu a um jogo de voleibol, sabe que mergulhar para pegar a bola é um lugar-comum para jogadores experientes, então, quando a veterana do
Capítulo 6
East Texas, Morgan Ashbreck (uma levantadora dos principais torneios regio nais), mergulhou para pegar a bola, não foi algo tão surpreendente. No entanto, quando ela começou uma convulsão e não se levantou, todos perceberam que algo estava terrivelmente errado. Com uma poça de sangue saindo de sua cabeça, técnicos e assistentes logo vieram ajudá-la. Sua mãe correu da arquibancada e ficou ao lado dela só para ouvir a filha sussurrar: “Estou morrendo?”. Felizmente, o socorro chegou rá pido, e quando Morgan foi colocada na ambulância, seu time reuniu-se no vestiário e orou por sua preciosa annga e colega de equipe. Se você fosse a técnica, o que fana em seguida? Continuaria jogando, ignorando o que aconteceu há pouco, ou abandonaria o jogo e a chance de ser campeã regional? Uma das meninas disse: “Nossa colega de time está com pro blema. E se ela está com problema, precisamos ficar com ela”. E assim, cada uma delas decidiu ficar com Morgan, desistindo da chance de vencer o campeonato. Para saírem do prédio, as meninas passariam pelo gmásio, e logo se impres sionaram com a visão do que estava acontecendo no meio da quadra: todas as pessoas que estavam no jogo — familiares e amigos dos dois times, mais o time da Summit, — reuniram-se para, em uma só voz, orar por Morgan. Já não se tratava mais de placar; tratava-se de uma jovem que precisava de oração. Na verdade, assim que Morgan começou a ter convulsões, as meninas do time rival reuniram-se para, de joelhos, orar. Mais tarde, a treinadora do Summit foi informada de que East Texas havia abandonado a partida; então, seria fácil aceitar a vitória por W.O. Ninguém as teria culpado, afinal, seria a primeira oportunidade desse time brilhar nas finais. Mas a treinadora rival co nhecia muito bem suas meninas. Elas recusaram o abandono, e, em vez disso, propuseram uma nova partida. No hospital, amigos e parentes de Morgan começaram a lotar o local, en chendo a sala de espera com abraços, lágrimas e orações. Depois de um exame cuidadoso, constatou-se que Morgan teve uma concussão cerebral e que precisa ria usar grampos para fechar a ferida na parte de trás da cabeça. Suas colegas de time ficaram com Morgan até ela sair do hospital, a uma hora da manhã, com a garantia do médico de que ela ficaria bem nos próximos dias. A única parte tris te foi que os médicos disseram que ela não poderia jogar a partida que decidiria o jogo nem poderia fazer a longa viagem de ônibus para o evento. .94.
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Decepcionada, mas não desmotivada, Morgan decidiu escrever uma carta para as meninas dos dois times, no início da qual, ela disse: “Por favor, garan tam que as Lady Eagles e as Lady Panthers, bem como os torcedores de ambas, recebam essa carta. Seria ótimo se ela pudesse ser lida antes do jogo. O brigada”. Ela escreveu o seguinte: A noite de terça-feira foi um ponto de virada em minha vida, não por causa das eliminatórias de voleibol estudantil, mas porque foi uma noite em que a graça de Deus esteve presente e Seu amor encheu o pequeno ginásio da East Texas. Não há maneiras suficientes para eu expressar o quanto minha treinadora, Diann Preston, e minhas colegas de time significam para mim, pois sacrificariam um jogo tão importante para que pudessem estar comigo no hospital. Elas não estariam erradas se continuassem a partida, mas ouvi várias vezes que isso não era importante. Então, o que é importante: Pensei nisso várias vezes, e responderia: • Um time que prioriza o coração em vez da vitória; • Uma torcida que para imediatamente e cala-se, para que um clima de tranquilidade encha o ginásio; • Dois times que se juntam para orar; • Auxiliares médicos na torcida que correram para ajudar ou para segurar a cabeça ou a mão de alguém; • Paramédicos que chegam com rapidez e profissionalismo; • Torcedores que formaram um círculo para orar, e depois, correram para dar apoio à família no hospital; • Um time que se recusa a aceitar um W.O. . Lady Eagles da Summit Christian Academy, vocês estão na minha lista de heróis. Soube que seu time e suas treinadoras uniram-se para orar, que seus pais e seus torcedores ligaram para saber de meu estado e que vocês não aceitaram o W.O., preferindo, no lug;ar disso, remar car o jogo para outro dia. Então, quem serão as verdadeiras vencedoras nesta noite? Acho que as verdadeiras vencedoras já foram anunciadas. Um dos times ganhará a final, mas os dois são vencedores aos olhos de Deus e aos meus. 95
C a pí t u l o 6
Ouviu-se um paramédico descrever o ginásio para outro mem bro da equipe médica no [hospital] East Texas Medicai Center. Ele descreveu uma cena de tranquilidade e de paz, de pessoas orando e chorando em silêncio, de pais e de equipes técnicas de mãos dadas, sem a rivalidade esperada em uma eliminatória. Por que as pessoas impressionam-se com isso? Porque não apren demos a ter essa atitude na sociedade. “Passe por cima deles, acabe com eles”... Com certeza, não aprendemos a orar com eles, nem a chorar com eles! Aprendemos a prosseguir com a luta. Alison Kirby, uma querida amiga, falou bonito na sala de emergência: “Diga a eles, Morgan, que se eles permitissem que Deus voltasse às escolas, então, essa seria a regra, e não a exceção”. Então, minha missão é contar isso às pessoas. Se Deus está pre sente, haverá paz e amor. Duas pequenas escolas cristãs podem fazer a diferença? Elas já fizeram. As pessoas estão curiosas e perguntando-se: “Por que um time invicto arriscaria abandonar uma partida? Por que o time rival não aceitaria vencer por W.O?” O silêncio é descon certante. Hoje, as Lady Panthers defenderão um título em meu nome, para voltarem para casa campeãs. Acho que os dois times já são vencedo res, porque a verdadeira luta, que é a de morrer para si mesmo, já foi vencida. Em Cristo, Morgan1 guando East Texas e Summit encontraram-se novamente, ambos os times m um bravo esforço para vencer a partida. Summit ganhou por pouco, e u para a próxima fase; no entanto, perdeu o campeonato para o McK inney itian. Para as meninas do East Texas, aquela foi uma semana repleta de emoções, viram sua colega de equipe correr para o hospital, receberam graça do time e superaram a perda da esperança de troféu. Foi um fim de temporada 96.
f i w i p í u i i í l e ^ a e a m a . a & ta a â ru i m u n d o
difícil, mas a treinadora manteve tudo sob controle. Ela disse: “Nosso primei ro objetivo quando começamos a temporada era glorificar a Deus. Parte disso estaria no modo como tratamos nossas jogadoras, nossos torcedores e nossos funcionários. Então, olhando para trás, sim, queríamos ir longe. Mas tivemos uma ótima temporada. E Morgan está bem.”2 Acho que você concordará que as meninas que representavam os dois ti mes resplandeceram como astros naquela temporada!
Coloque em prática Uma coisa é aprender sobre as características da humildade •— abrir mão de seus direitos e colocar os interesses de outras pessoas antes dos seus — ; outra coisa é fazer isso. A história que acabamos de ler é uma bela imagem da humil dade e de como uma pessoa que a pratica de modo semelhante ao de Cristo torna-se um exemplo vivo para quem está ao seu redor. Ao continuarmos com a carta de Paulo, vemos o apóstolo incentivando esse comportamento em nós e desejando que os cristãos incorporem o que significa servir a jesus. Em outras palavras: não basta apenas dizer que você serve a Cristo, isso tem de ser coloca do em prática! Ele escreveu isso dessa maneira: Desorteque, meus amados; assimcomo sempreobedecestes, nãosó na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação comtemor etremor; porqueDeus é o queopera em vÓ5tanto oquerer como oefetuar, segundo a sua boa vontade,3
Muitos podem ler esta passagem e serem tentados a pensar que Paulo estava falando sobre ganhar nossa salvação. Nada poderia estar mais longe da verdade. Na verdade, ao olhar essa passagem dentro do contexto do restante dessa carta, lemos logo em seguida (no capítulo 3 de Filipenses) Paulo falando de maneira dura e severa com os que tentam afirmar que os cristãos deveriam realizar certas obras para tornarem-se justos. Em nossa passagem de hoje, o apóstolo manda-nos operar a nossa salvação, e não operar por ela. Obviamente, ele pressupunha que o leitor já havia alcançado a salvação por intermédio de 97
Capítulo 6
Cristo, pois ele a chamou vossa salvação. Então, o que ele quis dizer com operai a vossa salvaçãol
Pense dessa maneira: se eu lhe dissesse que estou saudável e em forma, você poderia perguntar-me: “O que você faz para manter a forma?” Porém, e se eu lhe respondesse: “Bem, eu só gosto de ir à academia, porque isso me faz sentir-me em forma, mas eu não malho de verdade”, é provável que você risse e fosse embora pensando: “T á bom, com certeza ela está maluca”. Se digo que dou importância à boa forma, então, isso precisa estar eviden te em minha vida. Minha afirmação sobre a boa forma deve ser demonstrada em minhas ações. Da mesma maneira, é fácil dizer que sou cristã. Posso até ir à igreja e enturmar-me, mas a verdadeira questão é como minha fé é praticada durante a semana. Paulo manda-nos operar a nossa salvação — ou seja, praticá-la naquilo que fazemos e dizemos. Nossa fé em Cristo deve ser continuamente ativa, vibrante e crescente. O pastor e teólogo John MacArthur comenta sobre essa passagem, dizen do que ela refere-se a uma “busca ativa pela obediência durante o processo de santificação”.4Como cristãs, nosso trabalho é o ativo e contínuo esforço de se guir a Cristo e viver em obediência a Ele. Em outras palavras: como beneficiárias da graça de Deus, nossa salvação não deve ficar estagnada. Precisamos ser frutí feras em obediência e proativas em aprender mais sobre Ele e em aproximarmo-nos dele. Como cristãs, não somos chamadas para vivermos acomodadas, mas, pelo contrário, para buscarmos a Cristo com paixão. Não somos convidadas a sentarmo-nos em uma confortável cadeira intitulada Salva, mas, sim, a vivermos em humildade e em benevolência para com o próximo. Todavia, cuidado aqui! Não estou sugerindo que você deva mcluir em sua vida mais atividades cristãs ou coisas de igreja para ser uma crente melhor, mais forte e mais importante. Essa passagem encoraja-nos a continuarmos ativamen te seguindo a Cristo, e não a acrescentarmos mais reuniões e responsabilidades da igreja à nossa vida. Aproximarmo-nos de Deus por meio da oração pessoal e o conhecermos mais por meio da meditação em Sua Palavra é como começamos a operar a nossa salvação. E assim que temos comunhão com Cristo e aprende mos a andar cm obediência a Ele. E fácil pensar que o cristianismo é unicamente inclusões exteriores à nossa vida, como ir à igreja todo domingo, participar de estudos bíblicos, integrar uma viagem missionária, cantar no coral da igreja ou trabalhar na equipe de .98 .
píliuitíeca cimi o c L t A /ia itiu)' fm mda
liderança do ministério feminino. Essas coisas são boas e proveitosas, contudo, nossa fé é estimulada e ativada quando habitamos no esconderijo do Altíssimo e crescemos em nossa caminhada pessoal com Ele. Curiosamente, Paulo usa as palavras temor etremor para dizer-nos como de veríamos operar nossa salvação. Ele não está dizendo que devemos “tremer nas bases” enquanto vivemos sob a poderosa mão julgadora de Deus, porém, mais uma vez, ele está referindo-se a uma vida de humildade que tem uma sadia reve rência ao Senhor. O oposto de temor e tremor seria arrogância e vanglória, que são tendências comuns às pessoas que vivem na grande exibição do cristianismo. Porém, quando humildemente nos aproximamos de Cristo e obedecemos a Ele, reconhecemos que só podemos fazer algo bom por Sua graça. Nisso, há um importante passo de nossa jornada rumo à humildade: per ceber que Deus está operando em nós não apenas para fazermos o que é bom, mas também para querermos o que é bom! Isso derruba nossa atitude orgulhosa no que diz respeito a viver e realizar coisas por Cristo. Saber que é Deus quem opera em nós tanto o desejar como o conseguir seguir Seus caminhos mantém-nos humildes ao confiarmos nele para cumprir Seu bom propósito. Não pode mos levar crédito algum.
0 bom propósito de Deus para você Você acha impressionante pensar que Deus tem um bom propósito para você? Sei que acho. Em minha pequena percepção sobre o Senhor, naturalmente su ponho que Ele seja ocupado demais para planejar um bom propósito para mim. Porém, ao longo das Escrituras, Seus planos e Seus propósitos são confirmados. Algumas pessoas têm dificuldade em crer que os propósitos de Deus sejam bons. Elas tendem a pensar nele como um capataz cruel ou em um supervisor de escravos com um chicote, pronto para levar-nos à vida mais difícil que podemos imagmar. Paulo não disse que Deus opera em nós o querer e o efetuar de Seu plano maligno, o estalar de Seu chicote ou Suas exigências infinitas. Não, Deus opera em nós o querer e o efetuar segundo a sua boa vontade. Essa pequena expressão pode ser interpretada como a boa intenção ou o bom prazer de Deus. Ele não apenas sabe o que é bom e agradável, mas também tem a inten ção ou a decisão de trabalhar em prol desse bem. Vemos este mesmo termo no 99
Capítulo 6
primeiro capítulo de Efésios: Emamor nos predestinou para sermos adotados comofilhos por meio deJesus Cristo, conforme o bompropósito da sua vontade. Logo depois, encon tramos mais uma vez essas palavras no mesmo capítulo: E nos revelou o mistério da sua vontade; deacordo com oseu bom propósito queeleestabeleceu em Cristo.6 Paulo escreveu em sua segunda carta aos tessalonicenses: Conscientes disso, oramos constantementepor vocês, para queo nosso Deus osfaça dignos da vocação e, compoder} cumpra todo bompropósito e toda obra queprocede dafé.' Isso também lembra a amada passagem de Romanos: Sabemos queDeus ageem todas as coisaspara o bemdaqueles queo amam, dos queforam chamados deacordo com oseu propósito.8
Ao ler esses versículos, você sente que Deus tem um plano e um propósito intencionais para nós, e que são bons? O Senhor está chamando-nos a segui-lo e a andarmos com Ele, por causa de Seu bom plano e de Seu propósito intencio nal. Deus quer que andemos segundo Seus caminhos e também quer ajudar-nos a fazer isso, porque Ele tem boas intenções para nós. O Senhor quer que conhe çamos a alegria de viver por Ele e de andar humildemente em obediência a Ele. È engraçado como muitas tentações deste mundo parecem oferecer um prazer bom, mas elas deixam-nos cada vez mais insatisfeitas. Seja morar junto sem ser casada, depender de álcool e drogas para estimular o prazer ou cobiçar mais bens, as pessoas buscam, e, muitas vezes, ficam só na vontade. Mas Deus tem um bom propósito e uma boa intenção para nossa vida, e isso se encontra nele. Ninguém pode tirar Seu prazer e Sua boa intenção. Embora a Bíblia diga-nos que Deus tem bons planos para nós, isso não significa que nossa vida será um passeio legal, agradável e tranquilo o tempo todo. O Senhor fala-nos que as coisas podem ficar difíceis, mas Ele ainda tem boas intenções para nós. Vemos isso a partir da vida de homens e de mulheres de fé do Antigo Testamento. Abraão, José, Daniel e Jonas enfrentaram dificulda des, mas Deus tinha um bom propósito e uma boa intenção para eles, o que foi demonstrado de maneira lmda na vida deles. Como Sua filha e coerdeira de Sua graça, Ele também tem uma boa intenção para você. Apesar das dificuldades, não fique desencorajada, mas confie em Seu bom propósito para você. Em Jeremias, lemos que o profeta recebeu uma mensagem para os israeli tas. Ele disse que se preparassem, porque ficariam cativos na Babilônia por 70 anos. 70 anos! O quê? Isso é terrível! Deus tinha mesmo uma boa intenção para eles? Sim, Ele tinha. Eis o que o profeta disse aos israelitas:
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lndej ^cL carrhQy aAt/iaàsna,irumcloy Assimdiz o Senhor: “Quando secompletaremos setenta anos da Babilônia, eu cum prirei a minha, promessa emfavor devocês, detrazê-los devolta para estelugar. Porque sou eu queconheço osplanos quetenhopara vocês”, diz o Senhor, “planos defazê-los prosperar enão delhes causar dano, planos dedar-lhes esperança eumfuturo.9
Você provavelmente já ouviu essa passagem antes, mas já tmha conseguido perceber que isso ocorreu em um momento em que os israelitas estavam enten dendo que seriam cativos por 70 anos? Portanto, não temos garantias de que tudo será agradável e cor-de-rosa, mas temos a garantia de que Deus está co nosco e de que Ele tem um plano maravilhoso para nós. Ao enfrentar desafios e dificuldades em sua vida, você pode não ser capaz de entender por que algo está acontecendo. Você pode questionar-se por que o Senhor permitiu essa circuns tância em sua vida, mas o que deve ser feito é confiar em Sua boa intenção para você. Ele tem um bom propósito e lhe dará o que você precisar para atravessar essa dificuldade. Quando reconheço que Deus tem boas intenções para mim, vejo a vida por uma perspectiva um pouco diferente. Sei que posso confiar em um Deus que me ama e que tem um plano para a minha vida, mesmo que eu não esteja gostando do que está acontecendo no momento. O pregador escocês do século 19, Alexandrer MacLaren, disse: “Busque cultivar um senso alegre e jubiloso da concentrada bondade de Deus em sua vida diária”.10 Sim, quando temos um senso de alegria acerca da bondade transbordante de Deus para conosco, a maneira como recebemos o que vem em nossa direção muda. Que a bondade do Senhor encha seus pensamentos a todo instante, para que possamos ver a vida com alegria e possamos abençoar outras pessoas com o tipo de bondade que tão graciosamente recebemos!
Sem reclamar. Mesmo? Se eu desafiasse você a parar de murmurar e de contender por uma semana in teira, você conseguiria? E por um mês? Isso, sim, seria um pouco difícil. E se eu desafiasse você a parar de murmurar e de contender pelo restante de sua vida? Calma! Pare! Não jogue este livro fora! Estou falando sério. Vamos apenas dar uma olhada nas possibilidades. 10 1
Capítulo 6
De fato, Paulo escreveu aos filipenses e ordenou-lhes que fizessem tudo sem murmuração ou contenda; e se vamos realmente estudar esta carta, não podemos descartar as partes de que não gostamos. Talvez, você esteja pensando: “Não há momentos em que precisamos defender-nos? Com certeza, Deus não quer que nunca falemos sobre nossas dificuldades”. Sim, há momento e local para compartilharmos nossas preocupações, e chegaremos lá. No entanto, va mos dar uma olhada no que Paulo disse para termos alguma noção: Fazei todas as coisas semmurmurações nemcontendas; para quesejais irrepreensíveis esinceros, filhos deDeus inculpáveis no meio duma geração corrompida eperversa, entrea qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que, no Dia deCristo, possagloriar-medenão ter corrido nemtrabalhado em vão. E, ainda queseja oferecido por libação sobreo sacrifício eserviço da vossafé, folgo e meregozijo com todos vós. E vós tambémregozijai-vos ealegrai-vos comigopor isto mesmo}1
Percebo que é difícil dizer tal coisa. Também não gosto disso! Ah, espere. Isso conta como murmuração? Porcaria! De qualquer modo, continue comigo. Paulo está ajudando-nos em nossa busca por Cristo, e à medida que pro gredimos, ele incentiva-nos a deixarmos alguns maus hábitos pelo caminho. Pense nisso: se buscarmos o interesse de outras pessoas, se nada fizermos por ambição egoísta ou por vaidade, se abrirmos mão de nossos direitos pelo bem de outras pessoas e se ativamente operarmos a nossa salvação sem orgulho, en tão, simplesmente não haverá espaço para murmuração ou contenda. E quando, de fato, cremos que Deus ama-nos e tem um propósito para nossa vida, os resmungos, as reclamações e as picuinhas também tendem a desaparecer. Agora, quando penso em murmuração e contenda, para mim, torna-se inevitável pensar no adorável exemplo dos israelitas que lemos no Antigo Testa mento. Ah, é tão fácil julgá-los, não é mesmo? Deus milagrosamente os libertou dos grilhões e da brutal escravidão no Egito, permitiu que atravessassem o mar Vermelho, proveu-lhes alimento e água diariamente e deixou-os bem às portas da Terra Prometida. Mas eles lamuriaram e contenderam. Eles não criam que Deus poderia fazer o que disse que faria. O Senhor disse aos israelitas que os levaria a uma terra boa, onde manava leite e mel. Infelizmente, eles focaram na altura do povo que habitava aquela terra, em vez de focar no tamanho do Deus 102.
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nundo.
amoroso que criou a terra e os seus habitantes. Em Salmos, lemos um resumo dessa jornada e dessa murmuração: Tambémdesprezarama terra aprazível; nãocreramna suapalavra. Antes, murmu raramemsuas tendas enão deramouvidos à voz do SENHOR. Pelo quelevantou a mão contra eles, afirmando queos faria cair no deserto; quehumilharia tambéma sua descendência entreas nações eos espalharia pelas terras.12
Quando tiramos os olhos do amor infalível de Deus e de Seu cuidado por nós, podemos facilmente cair na murmuração e na contenda. Nosso problema é tão importante, que passa a ocupar toda a nossa atenção, e então, nosso res mungo demonstra falta de fé em um Deus soberano que tem uma boa intenção para a nossa vida. Ao murmurarmos e reclamarmos, não apenas demonstramos quão pouco confiamos no Senhor, mas também incluímos preocupação e an siedade em nós mesmas e nas pessoas à nossa volta. Assim, como nos livramos da reclamação? Pense nos seguintes passos quando você estiver oprimida pela necessidade de murmurar: 1. Volte seus olhos para o alto e agradeça ao Senhor por Sua boa in tenção para você. Um dos maiores antídotos contra a reclamação e a lamúria é tirar o foco da frustração e, no lugar disso, olhar para o Deus que nos ama. Ao sinceramente agradecermos ao Pai por Seus bons propósitos e Sua boa intenção, começamos a perceber que Ele pode cuidar de nossa situação e que não precisamos despejar nossos problemas em cima das outras pessoas. 2. Ore pela situação. Toda vez que estivermos prestes a murmurar, de vemos fazer-nos a seguinte pergunta: “Orei a respeito disso?” Busque a orientação e o fortalecimento do Senhor. Ao buscar a sabedoria de Deus para lidar com a situação, peça-lhe também que ajude você a amadurecer em meio a ela. 0 cpxc. a. § eniui /vij uqa mô-trui/i-- tne, pI' * nutia dvA&aA (ÚAxiuti&jÁne.La&? Quando oramos, começamos a ver nossas preo cupações diminuírem. E quando levamos nossas dificuldades primeiro a Deus, não damos à preocupação a oportunidade de estabelecerem-se. Assim como a lenha alimenta o fogo, a preocupação e a ansiedade 103 .
Capítulo 6
alimentam a reclamação e a murmuração. A fé, por outro lado, diz: “Confiarei no infalível amor de Deus durante essa dificuldade. Sei que Ele pode dar-me sabedoria e direção para atravessar isso”. 3. Se necessário, compartilhe sua preocupação. Há momentos em que precisamos apresentar nosso ponto de vista ou preocupação a alguém, e podemos fazer isso sem murmurar. Mas, em vez disso, podemos, com sabedoria, paciência e bondade, apresentar nossa opinião ou perspectiva à pessoa certa, e não a todos os nossos vizinhos, colegas de trabalho e amigos. Exponha suas preocupações e esteja disposta a fazer parte da solução, mas deixe Deus cuidar dos resultados. Houve vezes em minha vida em que percebi que o meu jeito não era o certo. Imagine só! Na outra noite, após eu passar o dia escrevendo este capítulo, meu marido pediu que eu fizesse um favor simples após o jantar: ele queria que eu esvaziasse algumas caixas de livros meus que estavam há dias no canto da sala de estar, e mais, que os colocasse na estante para tirar as caixas do caminho. Bem, eu bufei. Ele não sabia que eu estava muito ocupada escrevendo este livro, e que não tinha tempo para tarefas triviais como aquelas? Eu murmurei, reclamei e disse-lhe que mais tarde tiraria. Então, caiu a ficha. De repente, lembrei-me do assunto sobre o qual eu estava escrevendo. A princípio, é claro, ponderei de modo tendencioso a simplesmente reti rar a seção sobre murmuração do capítulo. No entanto, reconheci que, como escritora cristã, não seria certo escrever apenas sobre as partes boas e felizes da Bíblia e deixar de fora as coisas complicadas das quais não gosto, apenas porque não queria tirar meus livros das caixas. Então, mantive essa parte do capítulo e esvaziei as caixas. Quando terminei de desempacotar os livros — o que levou, ao todo, cinco minutos — aprendi uma importante lição de vida: normalmen te, gasta-se menos tempo e energia fazendo a tarefa do que reclamando dela. Guarde essa pepita com você por alguns dias e veja o quanto isso afeta sua reclamação. Sendo clara, não estou sugerindo que ignoremos nossos sentimentos. Quando nos livrarmos da reclamação, não significa que viramos a Poliana e que dizemos apenas coisas legais e felizes. Haverá vezes em que diremos aos nossos amigos e parentes: “Isso é difícil, e estou com dificuldade”. 104.
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Recentemente, uma amiga minha contou-me que seu irmão estava voltan do para a quimioterapia. Ele pensava que a mancha em seu fígado havia desapa recido e que, assim, estava livre da químio; porém, infelizmente, apareceu outra mancha em seu pâncreas. As palavras dele para a irmã foram: “Não sou um murmurador, mas isso está ficando muito difícil”. Portanto, há diferença entre reclamar e expor seus sentimentos. Devemos ser sinceros, honestos e verdadei ros; portanto, há momentos em que devemos lamentar e entristecermo-nos, e não estou tentando diminuir a importância desses momentos. Reclamar é diferente de compartilhar suas dificuldades ou seus sentimen tos quando a ajude ou o encorajamento de um amigo são necessários. Reclamar é uma goteira constante de murmuração e reclamação; significa contar seus pro blemas várias vezes, sem, necessariamente, tentar encontrar uma solução para eles. Murmuradores costumam usar as palavras sempre ou nunca em um bombar deio de decepções: • • • •
Você nunca me ajuda. Eu sempre tenho de jogar fora o lixo. Você sempre me obriga a fazer o seu trabalho. Eu nunca tenho uma oportunidade de divertir-me.
Devemos examinar a nós mesmas e tomar cuidado com esses tipos de reclamação. Em longo prazo, a murmuração pode diminuir a nossa fé em nos so Deus amoroso e reduzir nossos esforços em fazermos algo positivo. Sendo assim, consideremos o que está samdo de nossa boca. Estamos apenas compar tilhando, de maneira sincera, nossos sentimentos acerca das dificuldades, ou estamos reclamando, repetidamente e sem fé, sobre nossa situação, sem orar ou buscar uma solução possível;
Um argumento contra a contenda E a contenda? Paulo não manda apenas fazer tudo sem murmurar; ele também mencionou fazer tudo sem contenda. Com certeza, há momentos em que devemos fazer um pedido ou uma re quisição sábia; mas, assim como Ester, devemos fazer isso com amor, paciência 105
Capítulo 6
e sabedoria. E, é claro, há momentos em que discordamos de alguém (todo côn juge sabe disso), mas não precisamos contender, brigar, nem ficarmos com raiva. Podemos ter discussões sadias. E há momentos em que devemos concordar em discordar. No entanto, muitas vezes, contendas raivosas explodem quando exi gimos ser ouvidas ou quando fazemos as coisas do nosso jeito, sem considerar o ponto de vista da outra pessoa. Então, qual é o segredo para debater sem contender? Mais uma vez, creio que a resposta é orar por sabedoria e pela ajuda de Deus antes de dar atenção a um assunto. Espere o tempo certo, ore pedindo paz emocional e pondere cui dadosamente o que é ou não necessário dizer. Tiago oferece uma boa solução para quando se tratar de contenda: Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo ohomem seja prontopara ouvir, tardiopara falar, tardiopara se irar. Porquea ira do homem não opera ajustiça deDeus.13O fato de primeiro ouvimos
os outros tem um efeito tranquilizante neles e em nós. Muitas pessoas querem apenas ser ouvidas; então, fazer o que Tiago diz sobre ser pronto para ouvir pode dissipar uma boa quantidade de argumentos. Espere, recomponha-se, ore antes de falar e, é claro, evite os efeitos destrutivos da ira. A ira em si é uma emo ção comum a todas nós, mas, em nossa ira, não podemos pecar ao magoarmos, gritarmos ou humilharmos outras pessoas. Paulo diz que há uma bela consequência para uma vida sem murmuração ou contenda: ele manda parar de reclamar para que possamos tornar-nos filhos de Deus irrepreensíveis e sinceros, sem culpa em meio a uma geração corrom pida e perversa. Ele acrescenta que resplandecemos como astros no mundo, retendo a Palavra de vida. Imagine só. E se todos os cristãos parassem de murmurar e de contender? E se fôssemos diferentes do restante do mundo, porque confiamos em Deus em vez de murmurarmos? E se começássemos a interagir com sabedoria em vez de contendermos raivosamente uns com os outros? O mundo ficaria espantado! Então, ele poderia começar a ver-nos como filhos de Deus irrepreensíveis e sinceros. Nossas luzes começariam a brilhar nas trevas, resplandecendo como astros no mundo. Belos diamantes glorificando e honrando a Deus! Podemos ter de morrer para alguns direitos. Podemos ter de pensar nos interesses de outras pessoas como mais importantes que os nossos. Podemos precisar servir em vez de exigir as coisas do nosso jeito. Paulo encerra esta se ção mencionando seu próprio sofrimento, não murmurando, mas com alegria. 106
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O apóstolo disse que mesmo que ele fosse derramado como libação, seria alegre e se regozijaria com os filipenses. O quê? E ele diz mais: eles também deveriam estar felizes e regozijando-se. Essa é uma bagunça no modo como enfrentamos nossas dificuldades: com alegria e regozijo! Paulo viu a fidelidade e a redenção de Deus por meio de seu sofrimento quando esteve na prisão em Filipos, e agora, ele novamente as vê na prisão em Roma. O apóstolo poderia regozijar-se não apenas por causa das circunstâncias difíceis, mas também por causa da consolação e do cuidado de Deus durante as dificuldades. Como fazemos tudo sem murmuração nem contenda? De que maneira resplandecemos como astros no mundo? Como ativamente vivemos por Cristo? Tudo começa com humildade — nos momentos humildes, silenciosos e sozi nhos com Ele, no lugar secreto de oração, buscando Aquele que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo Sua boa vontade para conosco.
Busca pessoal Leitura complementar: I Pedro 4— 5 — Vivendo para Deus. Verdadebásica: Quando seguimos a Cristo e refletimos Sua humildade, res
plandecemos como astros no mundo. Escolhas:
• Busque a Cristo ativamente e não deixe sua caminhada cristã estagnar. • Lembre-se: é Deus quem opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo o Seu bom propósito. • Busque a ajuda de Deus para ter a capacidade e o desejo de obedecê-lo. • Busque a Cristo, e não uma porção de atividades. • Não permita que a murmuração e as reclamações tenham lugar em sua vida. • Afaste-se de discussões raivosas e não se imponha severamente. • Permita que a luz de Cristo que há em você brilhe para que outras pessoas possam ver a sua fé em ação e glorifiquem a Deus. • Regozije-se com o que Deus faz mesmo em suas dificuldades. Plano deliberado: Jejum de reclamação. 10 7
Capítulo 6
Para seguir o desafio de Paulo, quero incentivar você a fazer um jejum de reclamações e murmurações por três dias. Escreva bilhetes em notas autoadesivas para si mesma, dizendo: “Sem reclamar!”, e cole-os pela casa, em lugares onde você tende a murmurar. Você também pode colocá-los em seu carro e no escritório. Busque ativamente a ajuda de Deus para encontrar satisfação e esperança nele. Durante seu jejum, quero motivá-la a, todas as manhãs, passar um tempo meditando na Palavra de Deus e em oração. Entregue seus cuidados ao Senhor e peça Sua ajuda para guardar sua boca e sua mente da reclamação. Peça para Ele alertá-la quando você começar a reclamar. Aviso: A falta de murmuração pode surpreender sua família, seus amigos e seus colegas de trabalho, mas você será uma pessoa mais feliz, e eles também! Prove, você vai gostar!
108 .
CAPÍTULO 7
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A mai-vos cordialmenteuns aos outros comamor fraternal, preferindo-vos emhonra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sedefervorosos no espírito, servindo aoSenhor; alegrai-vos na esperança, sedepacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai comos santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade.
Romanos 12.10-13 “A consagração genuína, viva e teófila (que ama a Deus) pressupõe amor de Deus e, portanto, é simplesmente puro amor de Deus.” Francis de Sales
CZ ^^^uem são os heróis em sua vida? Separe um momento para pensar nas pessoas que, ao longo de sua vida, têm inspirado você a ser alguém melhor ou a encorajado a alcançar patamares mais altos. Pode ser alguém que você conheça pessoalmente, ou uma pessoa sobre quem você leu em um livro, uma revista ou na internet. Pode ser um ex-professor, um parente ou um amigo. A maioria de nós tem, pelo menos, uma pessoa para quem podemos apontar e dizer: “Ela foi um grande exemplo para mim, e inspirou-me a ser uma pessoa melhor”. No meu caso, tive muitos exemplos positivos em minha vida. Srta. Billman, minha professora de Escola Dominical na adolescência, era a imagem da mulher piedosa. Ela conhecia a Palavra de Deus, refletia suas verdades em sua
Capítulo 7
própria vida e desafiava os alunos a fazerem o mesmo. Seu modo gentil e sábio de lidar com as pessoas e de conduzir-nos pelo caminho de Deus mostrou-me o que significa viver por Cristo e segui-lo. O exemplo dela inspirou-me a tornar-me professora. Meu pai foi outro forte exemplo em minha vida. Seu modo entusiasta e positivo de olhar para as circunstâncias da vida ensinou-me a voltar meus olhos para a esperança, e não para o desespero, independente do que acontecesse. Meu pai importa-se de verdade com as pessoas, e, ao observar seu amor em ação, sou inspirada a estender a mão e a ser atenciosa e sensível com quem Deus coloca em minha vida. Em uma escala maior, mulheres como Amy Carmichael, Corrie ten Boom, Elizabeth Fry e Joni Eareckson Tada são grandes exemplos de mulheres que viveram com paixão e propósito apesar das dificuldades que enfrentaram. As histórias delas tocaram minha vida e inspiraram-me em minha jornada como seguidora de Cristo. Posso olhar para trás e agradecer ao Senhor pelas pessoas que Ele usou para influenciar-me, e assim, desenvolver certas características em mim. A poderosa imagem de pessoas que vivem por Cristo com coragem e sem medo pode servir para incendiar uma nova geração de cristãos. No entanto, isso não é, necessariamente, o que eles dizem que importa. È como vivem. Os heróis de minha vida exemplificam vidas transformadas. Eles são pregações colocadas em prática. As palavras de alguém podem influenciar-nos, mas seu exemplo de vida tem o poder de tomar-nos, inspirar-nos, orientar-nos e transformar-nos. En quanto eu crescia, meu pai, muitas vezes, citava um poema de Edgar Guest intitulado “Sermons We See” [Sermões Que Vemos, tradução livre], Este é o verso que ainda ressoa em minha mente: “Os melhores pregadores de todos são os que vivem segundo o que acreditam, pois ver o bem em prática é algo de que todas as pessoas precisam”. Assim, as pessoas em nossa vida podem ser pessoalmente fortalecidas pela maneira como nos veem colocando o bem em prática. Nossos filhos aprendem a falar de maneira bondosa e a perdoar ao verem o modo como lidamos com nos sos vizinhos. Incrédulos podem ser levados a Jesus por observarem um dedicado seguidor de Cristo estender a mão e ajudar genuinamente um necessitado. A senhora atrás de nós na fila pode ser incentivada a ser mais paciente ao observar 1 10
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nosso comportamento paciente e gentil. Uma amiga pode, aos poucos, parar de fofocar, à medida que percebe nossos lábios prudentes e resguardados. Tem gente observando! As pessoas estão notando o modo como adimos e reagimos em várias situações da vida. Lembre-se da história de Paulo e Silas na prisão em Filipos, sobre a qual falamos no capítulo um. Os outros prisioneiros estavam atentamente observando Paulo e Silas reagirem com oração e louvor às circunstâncias injustas. Por consequência, quando as cadeias caíram, eles não fugiram, e o carcereiro veio a conhecer a Cristo. Sim, as pessoas estão reparando como lidamos com as dificuldades e como reagimos em meio às circunstâncias injustas. Elas estão observando como reagimos às frustrações e às tentações. Nosso exemplo pode ajudar a jornada pessoal de alguém, em áreas como pureza sexual, integridade, trabalho duro, disciplina, gentileza e bondade.
Vivendo e cuidando Ao retomar nosso estudo, vemos que Paulo coroa sua exortação aos filipenses acerca da humildade falando sobre dois homens sensacionais que viveram de acordo com esse princípio. Timóteo e Epafrodito priorizavam o interesse das outras pessoas em vez dos seus próprios. Epafro... o quê? Você provavelmente não ouviu falar muito sobre esse homem. Ele não escreveu um livro da Bíblia, e também não teve algo escrito sobre si. No entanto, ele foi um influenciador secreto e um herói importante. Deus usou esse homem na Igreja primitiva para importantes propósitos do Reino, e veremos que ele era muito amado pelos cristãos de Filipos. E importante notar que os heróis de nossa vida não são, necessariamente, pessoas famosas e conhecidas por toda a comunidade cristã. Deus pode usar uma de nós como uma professora de Escola Dominical que serve ao Senhor e que demonstra o amor de Cristo em uma igreja do interior. O Senhor também pode usar uma de nós como exemplo de uma seguidora fiel de Jesus para nossos colegas de trabalho, enquanto trabalhamos em um cubículo de uma grande corporação. Deus pode usar uma de nós como enfermeira, vizinha ou cliente de lavanderia. Não precisamos ser estrelas do rock para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Basta sermos fiéis. Os verdadeiros heróis são aqueles que vivem em uma busca apaixonada por Deus, independente de serem ou não reconheci dos pelo mundo. III
Capítulo 7
Ass Assim Pau Paulo destaca Timót Timóte eo e Ep Epafrod frodiito, doi dois hom home ens cu cujas vid vidas fi fi zeram grande diferença, porque deram o exemplo de seguir a Cristo de todo o coração. Dois caras que não desistiram quando as coisas ficaram difíceis. Dois caras caras que honraram honraram e cuidaram cuidaram de outras outras pessoas antes d de e pensarem pensarem em si mesmos.Paulo mesmos.Paulo aponta aponta a vida deles como exemplo exemploss do bem sendo sendo colo colocado cado em prática. Ele começa com Timóteo: E espero, no no SenhorJesus, qu queembr mbrevevo evos mandarei Tim Timóteo, para queta etambémeu esteja debo de bom ânim ânimo, sabe sabendo dos vossos negócios. Porquea orquea ning ninguém tenho dei de igual sentim ntimento, quesi quesinc nceram ramentec nte cuide uidedo do vosso estado; porquetodo rque todos buscam 0 queé queé seu enão 0 que é deC deCristo ristoJesus. sus. Mas bem sabeis qual qual a sua experiê riência, e queserviu rviu comigo no evangelho, comofilho ao pai. Desorteque sorte quee espero enviánviá-llo a vós lo logo que tenha provi provido do a meus negócios. Mas Mas confi onfio no Senhor que tam também eu mesmo, em breve, irei ter convosco.1
A par partir desse tr trecho, ap aprendemos muitas ca características imp import ortantes so so bre Timóteo. Leia novamente a passagem e anote tudo que aprende sobre ele. Eis a minha lista: • Timóteo imóteo é singular. singular. Não há outro como ele. ele. A tradução tradução literal literal é “não não há pessoa com a alma igual à dele”. • Ele é singular singular porque porque tem um genuíno genuíno intere interesse sse pelo bem-esta bem-estarr dos filipenses (enquanto os outros buscavam seus próprios interesses). • Ele é um generoso generoso servo servo de Cristo Cristo.. • Timó imóteo busca, busca, sobretudo, sobretudo, os interesse interessess de Jesus esus Cristo. Cristo. • Timóteo imóteo já tinha tinha se mostra mostrado do aos aos filipenses. ilipenses. • Ele é como um filho ilho para Paulo Paulo.. Nessa época, os gregos gregos valorizavam valorizavam bastante o serviço que um filho fazia para o pai; portanto, Paulo está fazendo um grande elogio a ele aqui. aqui. • Ele trabalhava fielmente com Paulo Paulo pela obra obra do evang evangelho. elho. Podemos aprender mais sobre Timóteo com outras passagens do Novo Testamento. No livro de Atos dos Apóstolos, descobrimos que Paulo, em sua primeira primeira viagem viagem missionária missionária,, conheceuT conheceuTimó imóteo teo em Lista, sua cidade natal. natal. Ain A in da em Atos dos Apóstolos, aprendemos também que a mãe de Timóteo era 112
Ctímü Ctímü c a Ccyiclaíictaa cmi.Mitj/ cmi.Mitj/ iacão iacão ?
uma judia crente e que seu pai era grego. Os cristãos da região falavam muito bem de de Timó imóteo, teo, e isso motivo motivou u Pa Paulo a levado levado em sua missão, missão, embora tivess tivesse e acabado de rejeitar outro jovem, João Marcos. No entanto, temos aqui a maior demonstração do comprometimento de Timóteo em compartilhar o evange lho: ele concordou em ser circuncidado, pois não queria que sua mista criação grego-judaica causasse problema nas viagens missionárias. Isso mostra seu total comprometimento!2 Timóteo seguiu viagem com Paulo de cidade em cidade, encorajando ir mãos em Cristo. Aprendemos outros fatos sobre ele a partir da cartas que Paulo enviou-lhe (I e 2 Timóteo): • Timóteo Timóteo era era jov jovem."' • Ele, Ele, prova provave velm lme ente nte, er era tímido.4 • Sua mãe, mãe, Eunice, Eunice, e sua sua avó, Loi Loide, de, ensinara ensinaramm-no no sobre Deus eus e ajuda ram-no a amadurecer na fé.s Quão belo belo é ver que a fé de sua mãe e de sua avó foi passada para T imó teo. Sc você é mãe mãe ou avó, avó, nunca nunca subestime o poder poder de seu seu exemplo! exemplo! Timó imóteo prosseguiu prosseguiu para fielmente servir servir ao ao lado lado de Paulo, Paulo, espalhando espalhando a mensagem mensagem de de Jes Jesus Cr Cristo. O ap apóst óstolo olo tin tinha tanta confi onfia ança no jo jovem, qu que lhe lhe ord ordenou fic ficar em Efeso para liderar a igreja de lá.6 Pessoalmente, Pessoalmente, ao olhar olhar para Timóteo, imóteo, lembro que Deus preparaprepara-nos nos para a obra que devemos fazer fazer e que Ele opera opera além de nossas fraquezas. fraquezas. Nin N inguém guém é o exemplo exemplo “perfeito “perfeito””, se senão não o próp próprio rio Cristo. Toda Todass nós temos temos imperfeições, imperfeições, falhas e defeitos, mas Deus é forte em nossa fraqueza. Assim, Timóteo tornou-se um influente exemplo para outros cristãos, apesar de ser jovem e tímido. Ele queria servir a Cristo e ao Seu povo de todo o coração, e isso significou suportar a circuncisão, circuncisão, a viag viagem em e a prisão, prisão, bem bem como aprender a sair de sua zona zona de con con forto e cuidar dos outros genuinamente. Significou não pensar em sua imagem e interesse interesses, s, mas nos de Jesus Jesus Cristo Cristo.. Ess Esse e, sim, é um exemplo pod poderoso! eroso! Timóteo compartilhava do mesmo apaixonado propósito de Paulo: pro clamar a mensagem mensagem do evang evangelho. elho. Seus Seus olh olhos os estavam estavam em em Cristo Cristo,, e não em si mesmo. Ele não visava ser destacado e parabenizado como um grande exemplo, mas apenas viveu por Cristo com todo o seu ser. Portanto, nosso objetivo não deve ser crescer para sermos o melhor exemplo que podemos ser, mas, sim, 113 .
Capítulo 7
tornarmo-nos mais parecidas com o Mestre. E, para isso, precisamos estar mais com Jesu Jesus. s. Ao Ao passar passarmos mos tempo com Ele — Jiabitando nele ao long longo o do dia, lendo Sua Palavra e permanecendo permanecendo com Ele Ele em em oração oração — , nossa vida ida refl refletirá etirá o que significa seguir a Cristo. Seu amor abnegado em nós irá transbordar e alcançar a vida de outras pessoas.
Tende-o em honra Epafrodito, por sua vez, dá-nos outro exemplo de como tornar-se mais parecido com Cristo. Eis o que Paulo escreve sobre ele: ju julguei, contudo, necessário mandar-vo -vos Epafrodito, meu irmão, ecooperador ; ecom panheiro nos combates, evosso enviado nviado para prover prover às minhas necessidade ssidades; porquanto porquanto tinha tinha muita uitass saudades devós todos eestava muito uito angustiado ustiado deque dequetitivé vésseis ouvido ouvido quee queeleestive stivera doente. E, defato, fato, estevedo vedoentee nteequaseà quaseà morte, mas D eus seapie apiedou delee não somented nte dele, mas também de mim, para quee que eu não tive tivesse sse triste tristeza sobre sobre triste tristeza. Por is isso, vo-l vo-lo envie nviei mais ais depressa, para que, vendo-o ndo-o outra vez, vos regozi ozi je jeis, eeu tenha menos tristeza. Re Recebei-o, pois, no no Senhor, com todo0 gozo, e tende-o emhonra: porque, pela obra deC deCristo, risto, chegou atébe atébempróx mpróxiimo da morte, não fa fazendo caso da vida, vida, para para suprir suprir para comigo afalta dovosso serviç rviço.
Como pode podemos mos ver ver, Epa Epafrodito — cujo cujo nome signif significa ica “encantador” “encantador” — foi uma bênção para Paulo. Pense no que aprendemos sobre este personagem no trecho em que o apóstolo fala dele. Eis o que entendi: • Ele era um verdadeiro verdadeiro irmão, ou ou seja, seja, crente crente em Cristo. Cristo. • Ele era um coopera cooperador, dor, ajudando ajudando tanto com as as necessidade necessidadess de Paulo como servindo no ministério. • Ele era um companheiro companheiro de guerra, guerra, um soldado soldado nas nas batalhas espiri espiritu tu ais que enfrentavam. • Ele foi enviado aos aos filip filipense ensess como mensa mensage geiro iro e para cuidar cuidar das das ne cessidades de Paulo. • Seus Seus sentimentos sentimentos eram eram profundos. profundos. Epafrodi Epafrodito to tinha tinha saudade saudade dos fili ili penses e ficou angustiado quando se preocuparam com ele. 11 4
Cd nu» e a 0 jz / iAoj Í âiâacl can^0 ^ 10 ^00 /?
• Ele não desistiu facilmente quando adoeceu. • Ele arriscou a vida para ajudar Paulo e, principalmente, pela obra de Cristo. • Epafrodito era muito amado pelos filipenses. • Paulo tmha muita consideração por ele. Paulo estimava tanto Epafrodito, que incentivou os filipenses a honrarem homens como ele. Em outras palavras, o apóstolo estava elogiando-o como um grande exemplo que deveria ser honrado. Posteriormente, aprendemos nessa mesma carta que Epafrodito também levou para Paulo um presente em dinheiro dos filipenses, o que me mostra que ele não era apenas cuidadoso e compassivo, mas também confiável e honesto. E interessante que lemos a respeito de Epafrodito somente na epístola aos Filipenses. Para mim, é evidente que ele desejava servir e sair de sua zona de conforto pela obra de Cristo. Seu objetivo não era a própria fama, e sim, ser usado por Deus para fazer o que Ele lhe orientasse. O Senhor usou Epafrodito para fortalecer Paulo e para levar-lhe a ajuda dos amados filipenses, da qual o apóstolo tanto precisava. Embora não tenha escrito livros nem tenha se tornado um cristão famoso, de quem todo mundo fala, ele foi essencial na obra de Cristo à medida que servia a Paulo. Alegro-me com as muitas formas como Deus usa-nos no Corpo de Cristo. Alguns são pessoas extrovertidas, que estão pregando o evangelho, assim como Paulo; já outros compartilham da obra do evangelho, como Timóteo; e outros atuam como as pessoas essenciais nos bastidores, como Epafrodito. Todavia, todos são importantes na obra de Cristo. Todos têm um lugar significativo no Remo.
Consagração versus m ovimento Não tente ser um bom exemplo. Você ficou um pouco surpresa por eu dizer isso? Bem, é sério. Não tente ser um tipo de exemplo magnífico de cristã para outras pessoas. Eu digo isso porque ser um exemplo não deveria ser o nosso objetivo. Esse não era o objetivo de vida de Timóteo, nem o de Epafrodito. A verdade é que esses dois homens entregaram a vida a Cristo, e como consequência, a vida 115
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deles tornou-se um exemplo maravilhoso a ser seguido por outras pessoas. Não foram suas ações que os tornaram grandes, mas, sim, os seus corações voltados para Cristo e o profundo desejo que tmham de viver apaixonadamente por Ele, independente do que isso custasse. A dedicação que tinham à obra de Cristo surgiu de sua consagração e de seu amor pelo próprio Cristo. A essência de uma vida consagrada não é a aparência externa. Afinal, é fácil ser enganado pelas aparências. Podemos olhar para alguém que jejua sete vezes por ano e pensar: “Essa, sim, é uma pessoa consagrada a Deus”. Podemos olhar outra pessoa que passa a maior parte de seu tempo alimentando moradores de rua e pensar que sua consagração supera a nossa. E, com certeza, alguém que estudou em um seminário e obteve pós-doutorado em teologia é, com muita sinceridade, consagrado a Deus. Certo? Bem, não necessariamente. A consagra ção ao Senhor pode manifestar-se em muitos desses modos, mas precisamos tomar cuidado ao classificarmos a aparência de uma vida consagrada, pois, às vezes, a verdadeira evidência de um relacionamento sincero com Deus ocorre em um lugar humilde e silencioso. Francisco de Sales, escritor do século 16, que posteriormente se tornou bispo de Genebra, escreveu de modo extensivo sobre os mistérios da vida espi ritual. Ele tinha o talento de usar metáforas e imagens cotidianas para retratar profundas verdades espirituais. Como prolífico escritor, seus pensamentos exer ceram grande influência sobre a Igreja. Em uma de suas obras, intitulada Introduction to theDevout Life [. Filotéia, edição brasileira], ele escreveu sobre a diferença entre uma vida verdadeiramente devotada a Cristo e uma que apenas aparenta ser. Ele começa referindo-se a um renomado artista de sua época eusa seu exem plo para ilustrar a vida visível versus a interior. Em seus quadros, Arelius pintou todos os rostos segundo o modo e a aparência das mulheres que amou; da mesma maneira, todos pintam a devoção segundo suas próprias paixões e fantasias. Uma pessoa dada ao jejum acha-se muito devota por jejuar, ainda que seu coração esteja cheio de ódio. Muito preocupada com asobriedade, ela não deseja mo lhar a língua emvinho ou até mesmo em água, mas não hesita em muito beber do sangue de seu vizinho por meio de difamação e da fofoca. Outra pessoa acha-se devota porque recita diariamente um vas to número de orações, mas depois de dizê-las, profere as palavras 116 .
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mais desagradáveis, arrogantes e danosas em casa e entre os vizinhos. Outro tira alegremente uma moeda da bolsa e entrega-a aos pobres, mas não consegue extrair bondade de seu coração para perdoar seus inimigos. Outra perdoa seus inimigos, mas nunca paga seus devedores, a menos que seja obrigada por lei. Todas essas pessoas costumam ser consideradas devotas, no entanto, de modo algum o são. Os servos de Saul procuraram Davi em sua casa, mas sua esposa, Mical, colo cou uma estátua na cama dele e cobriu-a com as roupas de Davi, e assim, eles pensaram que ela fosse o próprio Davi que estava doente e dormindo. Da mesma maneira, muitas pessoas vestem-se com certas atitudes relacionadas à devoção santa, e o mundo acredita que elas são verdadeiramente devotas e espirituais, quando, na verdade, elas são apenas cópias e fantasmas de devoção.8 Após ler as palavras de Francisco de Sales, torna-se tentador sair por aí tentando julgar quem tem ou não uma verdadeira consagração ao Senhor. No entanto, devemos resguardar-nos de julgar os pensamentos e as intenções dos outros. Em vez disso, vamos examinar a nossa própria vida e pensar no amor que temos pelo Pai. A verdadeira consagração é um relacionamento completo com Deus; portanto, é mais que um consentimento intelectual ou uma ação externa. E um amor que envolve nossas afeições. Paulo escreveu aos Colossenses: buscai as coisas quesão decima, onde Cristo está assentado à destra deDeus. Pensai nas coisas quesão decima e não nas quesão da terra9Como lemos no Antigo Testamento, Deus disse aos israelitas: Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, detodo o teu coração, edetoda a tua alma, edetodo o teu poder.10 Jesus reiterou a importância desse mandamento quando lhe perguntaram qual era o maior dos mandamentos. Ele respondeu: A marás o Senhor, teu Deus, detodo o teu coração, edetoda a tua alma, e detodo o teu pensamento.11
Consagração a Deus significa amá-lo com todo o seu ser — desejando-o acima de qualquer coisa, permanecendo nele, descansando nele e habitando nele. Todos os sinais externos de consagração fluem de uma realidade interior de profundo amor pelo Pai. Talvez você tenha dificuldades em aproximar-se de Deus, e pode ser que isso aconteça porque teve um relacionamento difícil com seu pai terreno. 117.
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Amigas, à medida que avançamos na epístola aos Filipenses, espero que vocês sejam capazes de ver uma imagem nova de Deus. Ele é o amoroso Pai celestial que permanece de braços bem abertos, convidando você a desfrutar de Seu aconchegante abraço. Smta Sua consolação e Sua graça, que fluem de um amor perfeito, e não de um amor humano. Oro para que você experimente Seu amor sincero, o amor que ultrapassa todo entendimento.
Ela é uma imagem viva Susie Jennmgs poderia facilmente ter desistido de confiar em Deus e nas pes soas quando seu marido, com quem estava casada havia nove anos, saiu pela porta sem dizer-lhe para onde ia. 30 dias depois, seu corpo foi encontrado a centenas de quilômetros de casa, nas montanhas de Oklahoma, para onde ele foi suicidar-se. Após um período de tristeza, Susie sabia que não poderia viver com raiva de Deus. Ela seria a primeira a dizer-lhe que escolheu a alegria no lugar da tris teza, e assim, ela clamou ao Senhor para conduzi-la e mostrar-lhe o que deveria fazer de sua vida. Trabalhando em tempo integral como enfermeira de grande hospital do centro da cidade, ela dirigia por moradores de rua todos os dias. Ela sentia Deus incomodá-la a alcançar os mendigos que via na rua, no entanto, Susie ignorava aquilo. Para ser bem sincera, Susie, na verdade, não gostava de moradores de rua. Veja, durante sua infância, ela foi criada nas Filipinas, a mãe dela frequentemen te convidava moradores de rua à sua casa para cuidar deles, que comiam sua comida e pareciam invadir sua casa, e por isso, Susie não gostava deles. Entre tanto, agora, ela sentia Deus incomodá-la para levar-lhes cobertores! A diretiva de Deus ficou tão nítida cm sua mente, que ela recolheu dinheiro de seus colegas médicos e enfermeiros, comprou uma grande pilha de cobertores e os entregou aos moradores de rua que encontrava a caminho do trabalho. Ela continuou fazendo isso, e logo ficou conhecida entre os mendigos. Uma coisa levou à outra; e hoje, Susie organiza a maior festa de Natal para moradores de rua do mundo. Milhares e milhares vêm das cidades vizinhas, e famílias desabrigadas vêm com seus filhos. Homens e mulheres tanto de abrigos 11 8
Lomo e u -.V/ aludiM/ ia eon^utj/ iu^ão ■
locais como das ruas são levados de ônibus ao centro de convenções de Dallas para que possam participar de uma celebração em homenagem a Jesus. Ali, ela fornece-lhe comida, sapatos, cobertores, artigos de higiene pessoal, Bíblias, cortes de cabelo, transformações de visual, telefonemas gratuitos, amor e cuidado; além de consultoria de emprego, de habitação, de educação e outros serviços sociais são oferecidos aos moradores de rua, e eles são até reunidos com suas famílias. Milhares de voluntários participam todos os anos. Susie recebe doações e donativos para prover o que só pode ser descrito como um dom de amor. I7 Susie Jennings é literalmente uma das pessoas mais alegres que já conheci. Ele é uma guerreira de oração que irradia o amor de Cristo e que se alegra em servir ao próximo. Quando não sabe o que fazer, ela ora. Quando não sabe de onde virão as doações, ela ora. Quando tem problema com alguém, adivinhou, ela ora! Susie é sinceramente consagrada a Deus, e sua confiança está nele. Ela ama o Senhor de todo o coração, e você consegue ouvir isso em suas palavras, quando ela fala sobre Jesus. Mais importante que suas palavras, vemos sua con sagração a Deus transbordar em suas ações de caridade e de amor ao próximo. Assim como Timóteo e Epafrodito, Susie demonstra o que significa ter uma vida completamente engajada em uma busca apaixonada por Deus.
Busca pessoal Leitura complementar: 2 Timóteo — A carta encorajadora de Paulo aTimóteo. Verdadebásica: Um exemplo piedoso é o resultado natural de um relaciona
mento íntimo e permanente com Cristo. Escolhas:
• Ame ao Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, alma, pensamento e força. • Deus preparou cada uma de nós com dons e talentos singulares. • Viva com sabedoria e coragem. • Honre outras pessoas servindo-as. • Tenha um interesse genuíno no bem-estar do próximo. • Trabalhe sinceramente para o Senhor, e não para homens. 119
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• Seja sinceramente consagrada a Deus, e não apenas ocupada com ações externas. • Peça para Deus usá-la para afetar a vida de alguém por Cristo. Plano deliberado: Agradeça a um herói.
Aproveite a oportunidade para escrever ou telefonar para alguém que tem servido com um exemplo positivo e amoroso para você. Pode ser porque essa pessoa simplesmente tem demonstrado o amor e o perdão de Deus, realizado algum ato de bondade a você, ou talvez porque tem vivido em abnegado serviço pelo evangelho. Seja por algo grande ou pequeno, tire um tempo para dizer a essa pessoa que seu exemplo como seguidora de Cristo tem influenciado você. Assim como Paulo encorajou Timóteo e Epafrodito, todas nós precisamos de uma palavra de encorajamento de vez em quando, para sabermos que fizemos a diferença na vida de alguém. Ao escrever seu bilhete, você também estará tendo um interesse genuíno no bem-estar de outra pessoa e fazendo a diferença na vida dela, demonstrando o amor de Cristo por meio do dom de encorajamento.
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CAPÍTULO 8
^A À / U X nÁ x iy iy - ÀC ÀC// d o íxíCQy pO/ td/ uruzA Íjj Íjjr\ Á ^Q ^y acLp ix/ u/ t Q/ Q/ cpxe a ur
Quanto uanto a mim, não vou me orgulhar ulhar denada de nada a não ser a cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Po Por causa daquela cruz,fui cr crucific ificado aos olhos do mundo, libertado da atm atmosfera sufocante anteda necessidadede ssidadedeag agradar os outros utros em emeencaix aixar nospadrões mesquinhos ditados por eles. Percebem quee que esta éa é a questão princ principal? pal? Não Não é o que fa fazemos, como submeter-seà -seà circ ircuncisão ou rejeitá-la -la. E o queDeus estáfazendo, e eleestá criando riando algo novo, uma vida vida lilivre!
Gálatas 6.14,15 A M e n s a g e m
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“O veneno veneno mais eficaz eficaz em levar o homem à ruína ruína é gloriargloriar-se se de si mesmo, mesmo, de sua sua pró própria pria sabedori sabedoria a e de seu seu poder.” poder.” Jo João Calvino
/indsay indsay senti sentia a um grande grande orgulho orgulho em recortar recortar e organiz rganizar ar se seus cupons de desconto, ao ponto de isso quase se tornar uma obsessão. Ela acompanhava as promoções e esperava pelos dias de cupons duplos do mercado Super Saver Market local. Ela cuidadosamente planejava a lista de compras de acordo com o seu orçamento, garantindo que sobrariam alguns dólares para comprar biscoitos açucar açucarados ados com com cobertura cobertura rosa e granulado granuladoss como como recompensa. Lin Lindsay dsay até até
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criou um blogcom dicas sobre como viver com menos. Fazer compras era mais que uma tarefa tarefa para ela; era uma aventura aventura e uma mo montanha ntanha a ser ser escalada! No mercado, Lindsay costumava passar um bom tempo escolhendo com cuidado as marcas certas de acordo com seus cupons de desconto. Um dia, após uma compra especialmente satisfatória, ela aproximou-se da nla do caixa com um sorriso confiante, sabendo que economizaria mais de cem dólares em compras para a casa e em diversos itens sortidos. Depois que a caixa terminou de passar todos os itens, o inesperado aconteceu. Enquanto Lindsay pegava seu envelope cheio de cupons, a caixa disse algo que acabou com a festa dela: “Desculpe, esculpe, mas mas não não poso poso aceitar nem seu dinhei dinheiro ro nem nem seus seus cupons para estas estas compras”. O quê? Depois de todo o trabalho que ela teve e de todos os cálculos excessivos, a loja não aceitaria seu dinheiro nem seus cupons: Lindsay sentiu o coração palpitar e estava prestes a explodir como o vulcão Ves Vesúvio, qu quando a caixa sorr orriu para ela e disse-lh -lhe calmamente: “Su “Suas com comp pras já for foram pagas pelo no novo don dono o do do me mercado. Ele Ele quer criar bons re relacion ionamen tos com os clientes; por isso, decidiu escolher aleatoriamente algumas pessoas que estavam aqui hoje e pagar as compras delas. Hoje é o seu dia de sorte!” Voc Você pensaria que Lin Lindsay de deu pulinh inhos e gritou itou:: “U-hu “U-huh! Não Não ac acredito. Eu me dei bem!” Mas, vejam vejam só, só, a vida ida dessa dessa mulher mulher era dedicada dedicada a cont contar ar os centavo centavoss e a recortar recortar os cupons. Além disso, disso, ela tinh tinha a uma reputação reputação a zelar com os leitores de seu blog, e não podia simplesmente ganhar tudo. Então, na quele momento momento e local, local, Lind Lindsay say disse à caixa: “O “O briga brigada, da, mas mas não não aceito aceito””, e saiu saiu do merca mercado, do, deixando para trás trás sua ces cesta ta conquistada conquistada arduamente arduamente.. Ela logo encontrou encontrou outro outro mercado na na mesma mesma rua que valorizava valorizava se seus cupons e entendia o cuidadoso planejamento que ela havia feito para sua experiência de compras. Nesse ponto ponto,, você você provavelmente provavelmente está pensando: pensando: “Bem “Bem,, essa essa é a histó históri ria a mais mais maluca maluca que que já ouvi. ouvi. Não N ão pode pode ser ser verdadeira” verdadeira”. E você tem razão. razão. Sim, eu inventei essa histó história ria boba boba sobre a Lindsay, que vive, respira e morre em função de recortar cupons. E, é claro, não conheço um mercado que ofereça compras grátis a clientes aleatórios. No entanto, eu quis ilustrar o quanto é ridículo recusar um presente só porque você esforçou-se muito para consegui-lo. Lindsay ignorou o precioso presente do do dono porque porque estava estava muito muito apegada apegada ao ao valo valorr de seus seus cupons cupons e de seu seu empenho. empenho. Da mes mesma ma maneira, maneira, os líderes reli religioso giososs da épo época ca de Paulo não não con seguiam desapegar-se do que já haviam conquistado. Eles tinham tanto orgulho 1 22
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de suas conquistas e da justiça que haviam conquistado seguindo a Lei, que, aparentemente, não conseguiam compreender o verdadeiro tesouro da graciosa dádiva de Deus por intermédio de Jesus Cristo. Ach Acho qu que você pode oderia dize izer que os jud judaiza izantes (jud judeus cristãos que equi voc vocadamente acreditavam vam ser essencial o cu cumprime imento das le leis do do An A ntigo Tes Tes tamento por parte dos gentios) queriam apegar-se a seus cupons premiados na forma de sua reputação e de seus atos de justiça. Eles estavam consumidos pelo que acreditavam acreditavam ter ter conseguido po por mérito méritoss próprio próprios. s. Seu orgulho os ceg cega ava para o fato de que Deus oferece a salvação por intermédio de Seu Filho Jesus, como um dom gratuito a todo aquele que o receber mediante a fé. Podemos apontar-lhes o dedo e pensar o quão tolos eram aqueles lideres religiosos, mas, novamente, muitas de nós apegam-se a certos cupons, e pensam que eles nos deixarão bem com Deus. Pertencer a certa igreja, participar de via viagens mi mission ionárias, me memoriz oriza ar long ongas pa passagens da da Bíblia, ab abster-se -se de álcool ool ou dar aula aula na Escola D ominical minical podem podem tornartornar-se motiv motivos os de vangló vanglória ria na comunidade cristã. Todas essas conquistas são todas boas e agradáveis, mas elas não nos farão conquistar mais do amor de Deus, nem pagam o preço da nossa salvação. Elas também não obri obriga gam m o Senho Senhorr a responder responder às às orações exatamente exatamente como que remos que Ele faça, faça, como como também também não garantem garantem sucesso sucesso no mundo mundo.. Em Em sua sua carta aos aos fil filip ipenses, enses, Paulo deixa deixa bem claro claro que ess esses es cupo cupons ns dourado douradoss das das boas obras são múteis se comparados a conhecer nosso Senhor, Cristo Jesus. Inúteis. Caramba! Quer Quero o que meus meus cupons de trabalho trabalho duro e de justiça justiça valham para alguma coisa. Agora eu pareço a Lindsay. E achávamos que a boba era ela!
Cuidado com os cães Por eu ser dona de dois mastiffs, obviamente gostamos de cachorros em nossa casa, mas parece que nossa atual cultura exagera quanto à adoração a animais de estimação. Há spas com dia do cachorro e butiques especializadas surgindo por toda toda a cidade. cidade. Uma Uma loja loja local chama chama-se “Reigning “Reigning Cats and and Dogs” D ogs”.. Eu gosto gosto muito do nome criativo, e só consigo imaginar que todo animal que ganha algo dessa loja é tratado como realeza em sua casa. Sem dúvida, cães e gatos foram elevados a um alto grau de importância, mas nem sempre foi assim. Nos tem 123 12 3
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pos de Paulo, os cães perambulavam pelas ruas e eram considerados necrófagos imundos. O termo cão era usado de modo pejorativo pelos judeus em referência aos gentios, mas Paulo usa o mesmo para referir-se a outro grupo de pessoas. Vamos ver com Paulo continua sua carta. Finalmente; meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não écansativopara mim eé uma segurança para vocês. Cuidado comos cães, cuidado comesses quepraticamomal, cuidadocoma falsa circuncisão! Pois nós éque somos a circuncisão, nós queadoramospelo Espírito deDeus, quenosgloriamos em CristoJesus enão temos confiança alguma na carne; embora eu mesmo tivesserazões para ter tal confiança. Sealguémpensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia devida, pertencenteaopovo deIsrael, à tribo deBenjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei,fariseu; quanto aozelo, perseguidor da igreja; quanto àjustiça quehá na lei, irrepreensível.1
Observe que Paulo começa essa seção dizendo Finalmente, o que significa que ele estava mudando o assunto do trecho anterior da carta. Podemos obser var uma mudança em seu tom quando ele passa do elogio aTimóteo e a Epafrodito como heróis na fé para um alerta aos irmãos em Cristo sobre os inimigos da fé. Embora o apóstolo esteja prestes a pegar pesado com os judaizantes, ele começa essa seção com uma ordem positiva: regozijem-se no Senhor. As palavraschaves aqui são no Senhor. Ele queria que seus amados filipenses se lembrassem de que há grande alegria no Senhor, e não nas circunstâncias, nas conquistas ou nas pessoas. Nossa salvação vem de Deus, e há alegria em encontrar esperança e satisfação nele. Aparentemente, os filipenses precisavam de uma advertência, porque eles eram uns do que tentavam roubar a alegria de sua salvação ao reali zarem certas obras a fim de serem salvos. Paulo também lhes disse que não via problema em alertá-lo de novo: apa rentemente, ele já havia mencionado essa preocupação antes. O apóstolo sabia que seu alerta merecia ser repetido como medida de segurança, para que eles não fossem enganados por falsas doutrinas e ideias. Assim, a repetição não é uma coisa ruim. Ainda consigo ouvir meus pais dizerem certas lições de vida, porque eles repetiam muitas vezes essas verdades, e ainda bem que eles fizeram isso. Perturbar nosso marido não é uma boa forma de repetição, mas repetir 124.
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V" l Ut ui t > - k'/ ti o f!i x o - p xt yr a o  i^ U l/ U A . O/C^JUií Q. L tu L A Íu n A ^ e .^ '
verdades importantes que nossos filhos precisam aprendam pode algo ser bom quando falamos com amor e sabedoria. O alerta que Paulo fez aos filipenses era para que cuidassem daqueles cães, ou seja, de homens que praticam o mal. A maioria dos teólogos concorda que ele provavelmente se referia aos judaizantes. Ao chamá-los de cães e de esses que praticam o mal, Paulo estava atingindo o âmago dos corações judeus presos à lei. Eles orgulhavam-se de sua justiça absoluta, considerando-se distantes do mal e, certamente, não semelhantes a cães sujos e nojentos. O orgulho espiritual era o cerne da motivação judaizante. Eles haviam construído sua vida e sua reputação em observar a lei e os ritos cerimoniais. Com certeza aqueles cupons dourados deveriam valer alguma coisa! Os judai zantes não poderiam abrir mão de sua confiança nesses elementos, e pensavam que poderiam ganhar pontos para a salvação. Para eles, era complicado demais compreender que a salvação é um dom gratuito de Deus, que pode ser recebi do por meio da fé. Em vez de ver as boas obras e os atos de justiça como um resultado de sua fé em Cristo, eles consideravam isso como um requisito para a salvação, e por isso, exigiam que os gentios cristãos também seguissem as leis judaicas. A circuncisão era uma das maiores questões judaizantes, pois eles não poderiam imaginar que Deus permitiria que pessoas incircuncisas fizessem par te de Seu Reino. Observe que Paulo nem chama isso de circuncisão, mas, em vez disso, alerta contra a falsa circuncisão, que é um termo usado em referência a pagãos e a profetas de Baal que mutilavam o corpo em rituais frenéticos. Dessa forma, Paulo deixa claro que a circuncisão não é um requisito para a salvação. Assim como os judaizantes queriam acrescentá-la ao pagamento pela salvação, Paulo destacou que ela era inútil. Para piorar a situação, Paulo começou a enumerar as conquistas em sua própria vida pelas quais ele poderia gloriar-se. Ele poderia vangloriar-se não apenas por ser israelita, mas também por pertencer à estimadíssima tribo de Benjamim, e também por ser fariseu, ou seja, cheio de zelo. Em matéria de jus tiça legalista, ele era inculpável! Se alguém podia gabar-se de seus esforços, esse alguém era Paulo; contudo, ele exagerou para garantir que todos entendessem que as coisas externas não importam para Deus. È o relacionamento íntimo com Cristo que importa. Desse modo, devemos perguntar a nós mesmas: “Con fio minha salvação a Cristo, ou confio a coisas externas, como no fato de ter 12 5
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nascido em uma família cristã, frequenta uma escola cristã, de contribuir com ministérios ou no fato de que levo uma vida praticamente perfeita?” O desempenho exterior não pode substituir o compromisso interior com Cristo, pois há muitas pessoas “brincando de igreja” que não o conhecem ver dadeiramente. Nunca seremos boas o bastante nem capazes de conquistar o que somente Deus pode dar-nos. Nossos cupons não têm valor em Seu mercado. O dono pagou tudo. A liberdade da culpa pelo pecado e a promessa de vida eterna nos foram oferecidas por meio do sangue de Cristo. Ele pagou nosso resgate, e nossa parte é apenas receber esse dom por meio da fé. A verdadeira justiça vem de Deus. A contabilidade nunca foi meu forte, mas eu entendo os termos lucro e perda. Paulo usou esses dois termos contábeis para ajudar-nos a entender o valor de nossas obras comparado ao valor de conhecer a Cristo. Ele escreveu assim: Mas o quepara mimera lucro, passei a considerarperda, por causa deCristo. Mais do queisso, considero tudo como perda, comparado coma suprema grandeza do co nhecimento deCristoJesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como estercopara poderganhar a Cristo eser encontrado nele, não tendo a minhaprópria justiça queprocededa lei, mas a quevem medianteafé emCristo, a justiça queprocededeDeus e sebaseia nafé. Quero conhecer a Cristo, aopoder da sua ressurreição eàparticipação emseus sofrimentos, tornando-mecomo eleemsua mortepara, dealgumaforma, alcançar a ressurreição dentreos mortos.2
Ao fazer a contabilidade de todas as conquistas e referências de sua vida, Paulo criou uma lista de ganhos e outra de perdas. A maioria de nós colocaria todas as grandes coisas que já fizemos na coluna de ganhos: ser um membro ativo da liderança da igreja, visitar um amigo no hospital, falar de Cristo para alguém do ônibus, ajudar a fazer sopa para moradores de rua — todas essas coisas são motivos para gabar-se e contar como ganho. No entanto, Paulo diz que coloca esses tipos de coisa na coluna de perdas por causa de Cristo. Essa é uma afirmação definitiva e extremamente clara. Paulo não estava acumulando o que ele fazia pela sua própria salvação; o que conta é o que Cristo fez. O apóstolo até dá um passo além quando considera tudo como perda. Ele foi além de suas referências e conquistas, e colocou todas essas coisas de sua vida 126
A-(-O aíi.Vi’ pu/ulailtjUf/u/LatjuccLnc^tmiáO^f auu*Iu-ac d
na coluna de perdas. A palavra tudo abrangeria pessoas que ele conhecia, bens que ele tinha e lugares em que morou. Acho que Paulo estava dizendo que todas essas coisas são uma perda e que elas não fazem de mim quem eu sou. Ele despiu-se de todas as coisas que po deriam dar-lhe importância e, em vez disso, encontrou seu propósito e salvação somente em Cristo. Enquanto escrevo isso, chego ao ponto de examinar minha própria vida e penso: “O que é meu tudo?” Estou disposta a entregar tudo em que estou propensa a encontrar propósito e colocar isso em minha coluna de perda? Sou capaz de dizer: “E Cristo quem me dá valor?” Todos esses cupons dourados que acumulei ao longo de anos realizando boas obras e construindo meu status e minha reputação não me deixam em paz com Deus. Eles não garantem salvação, não me dão mais amor de Deus, nem satisfazem os profundos anseios de minha alma. Tentar encontrar meu valor em conquistas exteriores e em status apenas me deixará decepcionada e frustrada. Somente Cristo! Nele eu vivo, movo e existo. Ele não me decepciona. O Senhor ama todo o meu ser, e por intermédio dele, posso ser chamada filha de Deus e coerdeira de Sua graça. Que segurança há em saber que meu valor vem dele!
Toma minha vida e faze-a Em sua breve vida aqui na terra, Francês Havergal teve sua cota de decepções, mas também experimentou as gloriosas riquezas de conhecer a Cristo de uma maneira profunda e permanente. Nascida em 1836, na Inglaterra, Francês teve o que os vitorianos chama vam de “saúde frágil”. Durante grande parte de sua vida, ela suportou doenças e dor física, contudo, seu espírito estava cheio da alegria do Senhor, a qual ela expressava por meio de sua poesia e de seus hinos. Como talentosa compositora, suas letras eram devocionais por natureza, levando os cristãos a uma caminhada mais íntima com Cristo. Conhecida como a “poetisa da consagração”, Francês exemplificava a beleza de viver por Jesus ao sempre estender a mão para ajudar quando via alguém com alguma necessidade espiritual ou física, apesar de suas próprias incapacidades. A letra de um de seus mais amados hmos, “Take my Life and Let It Be”, demonstra seu dedicado coração por Cristo e sua motivação em ajudar outras pessoas. 127 .
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Toma minha vida, e faze-a consagrada, Senhor, a ti. Toma minhas mãos, e torne-as impulsionadas pelo Teu amor. Seu primeiro hmáno foi publicado em 1869, mas, infelizmente, a editora foi à falência cinco anos depois, e isso deu fim a sua carreira editorial nos Es tados Unidos por um tempo. Apesar do prejuízo que sofreu em sua renda, ela pôde dizer: ‘“Seja feita aTua vontade’ não é um lamento, mas uma canção! [...] Não tenho medo, nem dúvida, nem preocupação, nem sombra sobre o brilho do sol em meu coração”. Dois anos depois, houve um incêndio nos escritórios de sua editora inglesa, levando o único exemplar completo de seu manuscrito chamado Songs of Grace and Glory [Canções de graça e glória, tradução livre]. Francês teve de recomeçar as letras e as músicas. Ela escreveu às suas irmãs: “Agradeci mais a Deus do que orei a respeito. Foi isso que Ele fez comigo ano passado, essa é outra lição aprendida”. Felizmente, Deus concedeu-lhe força, saúde e capacidade de reescrever sua obra. Quando Paulo escreveu considero tudo comoperda, comparado com a suprema grande za do conhecimento de CristoJesus, creio que Francês entendeu a intenção dele. Uma coisa é saber sobre Deus, mas experimentá-lo de maneira real, de modo que Ele conceda-lhe significado, propósito, alegria e força apesar das circunstâncias, é outra muito diferente. Eis uma observação interessante sobre Francês: segundo sua irmã, “Francês havia memorizado todos os Evangelhos e as Epístolas, bem como Isaías (seu livro preferido), os Salmos, os Profetas Menores e Apocalipse”.3 Ufa! Devo dizer que Francês foi uma pessoa que amava a Deus de todo o co ração e que apaixonadamente o buscava de todo o pensamento, alma e força. A suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus é uma expressão poderosa. Conhecimento, em grego, gnosis, usado em Filipenses 3.8, na verdade, significa “buscar conhecer”, como em um inquérito ou em uma investigação. Implica em uma busca ativa. Paulo escolheu essa palavra porque significa “conhecer algo ou alguém de modo experimental ou pessoal”. Acho que ele queria encorajar seus irmãos e irmãs cm Cristo a irem além do conhecer a Cristo para alcançarem um íntimo relacionamento com Ele. Uma coisa é o conhecimento intelectual sobre alguém; outra é passar um tempo com essa pessoa, conversar com ela e tornar-se íntimo dela. Paulo mencionou pela segunda vez na passagem que ele quer conhecer a Cristo e o poder da Sua ressurreição. Eu também! Quem não gostaria de expe 128
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rimentar o tipo de poder que ressuscitar um homem? Mas Paulo não parou por aqui; ele também queria conhecer a comunicação das aflições de Cristo. Epa! Bem, talvez eu não chegue a esse ponto. Posso facilmente dizer sim ao conheci mento da virtude da ressurreição de Cristo. Deixe-me voltar sobre compartilhar de Seus sofrimentos. Tenho vergonha de admitir, mas minha lealdade parece ser superficial, e acho que você também sente o mesmo. Como Paulo chegou ao ponto de querer o conhecimento e as aflições de Cristo? E amor. E um relacionamento de amor. Os votos de casamento fazem-nos lembrar desse tipo de amor. Por meio deles, ouvimos um casal prometer que se amará “Na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe”. O verdadeiro amor permanece tanto nas partes boas como nas ruins. Em sua carta aos Efésios, Paulo comparou os votos matrimoniais ao seu relaciona mento com Cristo quando escreveu: Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãeese unirá à sua mulher; eserão dois numa carne. Grandeê estemistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo eda igreja.4 Assim como uma noiva adora seu marido e está disposta a viver
os tempos bons e os tempos ruins com ele, assim também devemos adorar nos so Senhor. Paulo estava disposto a suportar a aflição, porque conhecia e amava a Cristo. Francês Havergal foi capaz de ser feliz apesar das dificuldades, porque seu coração estava centrado em Cristo, e ela adorava a Ele mais do que a qual quer outra coisa. Quando é a Cristo que veneramos, tudo o mais perde a graça.
0 chamado Deus sempre nos chama a conhecê-lo. Lemos sobre Jeremias levando uma men sagem do Senhor aos israelitas no Antigo Testamento: Assimdiz o SENHOR: Não seglorieosáhio na sua sabedoria, nemseglorie oforte na suaforça; não seglorie o rico nas suas riquezas. Mas o quesegloriar glorie-se nisto: emmeconhecer esaber queeu sou oSENHOR, quefaço beneficência, juízo e justiça na terra; porquedestas coisas meagrado, diz oSENHOR.s
Oh, gloriosa vaidade! Nossa glória não deve ser baseada no que fazemos, mas em conhecer e compreender quem Ele é. Você e eu buscamos conhecer a 129 .
Capítulo 8
Cristo com sinceridade e de modo contínuo? Não apenas saber sobre Ele, mas conhecê-lo e ter um relacionamento com Ele, vivenciando Sua presença nas atividades corriqueiras de nossa vida? A oração é uma das maneiras pelas quais aprofundamos nosso relacionamento com o Senhor. È uma conversa constante com Ele, e não deve reservar-se apenas às refeições e aos cultos. Nossa conversa com Deus desse ser experimentada continuamente ao longo do dia. Gosto do modo como Henri Nowen refere-se à sua intimidade com o Senhor colocando em prática a Sua presença. Acho que orar não significa pensar em Deus em oposição a pensar em outras coisas, ou passar um tempo com o Senhor em vez de passar com outras pessoas. Em vez disso, significa pensar e viver na presen ça de Deus. Logo que começamos a dividir nossos pensamentos em pensamentos sobre Deus e pensamentos sobre pessoas e aconteci mentos, tiramos Deus de nossa vida diária e o colocamos em um pe queno nicho piedoso onde podemos ter pensamentos e sentimentos piedosos. Embora separar um tempo exclusivo para Deus, e apenas para Ele, seja importante, e até indispensável, para a vida espiritual, a oração pode tornar-se incessante quando todos os nossos pensamen tos -— bonitos ou feios, altos ou baixos, orgulhosos ou vergonhosos, tristes ou alegres — podem ocorrer na presença de Deus. Portanto, converter nosso pensamento incessante em oração incessante leva-nos de um monólogo egocêntrico para um diálogo centrado em Deus. Isso requer que transformemos todos os nossos pensamentos em conversa. A principal questão, então, não é o que pensamos, mas a quem apresentamos nossos pensamentos.6 Charles Spurgeon disse: “A cura para a vanglória é gloriar-se o dia inteiro no Senhor”.7 Ao pensarmos em todas as conquistas e realizações das quais podemos gloriar-nos, que possamos considerá-las esterco, se comparadas à ex celência do conhecimento de Cristo. Aos andarmos perto dele em amorosa oração, nossos olhos se voltarão para Ele, e nossa glória estará verdadeiramente nele. Oh, conhecê-lo mais e mais e entender a enormidade de Seu amor! Ao encerrarmos este capítulo, deixo-lhes a oração de Paulo por seus irmãos em Cristo: 130
oLüi'uinda.'-à.e/ clcL'Cuta^pa/ ux aAxyjJvujvo cp.u’ q meJiíjuncuíat?
Para que, segundo as riquezas da suaglória, vos conceda quesejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homeminterior; para que Cristo habite, pelafé, no vosso coração; afim de, estando arraigados efundados em amor ; poderdes pefeitamente compreender, comtodos os santos, qual seja a largura, eo comprimento, ea altura, e a profundidadeeconhecer o amor dleCristo, queexcedetodoentendimento, para que sejais cheios detoda a plenitudedeDeus. Ora, àquelequeépoderosoparafazer tudo muito mais abundantementealémdaquilo quepedimos oupensamos, segundo opoder queemnós opera, a esseglória na igreja, porJesus Cristo, emtodas asgerações, para todo osempre. A méml&
Busca pessoal Leitura complementar: Gálatas 3-4: Paulo defende a fé. Verdadebásica: Conhecer a Cristo e andar em um relacionamento de amor
com Ele é a maior busca da vida. Escolhas:
• Pense nas coisas sobre as quais você tende a gloriar-se, e considere-as esterco. • Busque a Cristo apaixonadamente e adore-o acima de tudo. • Deseje conhecer o poder da Sua ressurreição. • Reconheça que o conhecer inclui a comunhão de compartilhar Suas aflições. • Alegre-se no Senhor, e não nas circunstâncias. • Aproxime-se de Deus por meio da intimidade da oração. • Experimente Sua presença por meio de pensamentos de oração o dia inteiro. • Encontre significância para si somente em Cristo. Plano deliberado: Glorie-se no Senhor. Livre-se do esterco.
No tocante à sua vida espiritual, no que você tende a gloriar-se? Tire um momento para pensar e escreva em um pedaço de papel algumas das áreas nas quais você tem dificuldade em relação aos “cupons” cristãos e ao direito de
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Capítulo 8
gloriar-se. Se tiver dificuldade em identificar algumas áreas de orgulho, apenas pense por um momento sobre como você preencheria as lacunas abaixo: Umcristãofortejamaisfaria_____________________ . Umverdadeiro cristão devesempre___________________________________. Deus ficaria impressionado comigo e responderia às minhas orações porque eu
Suas respostas nessas lacunas provavelmente dirão do que você orgulha-se como cristã. Agora, pegue o pedaço de papel com as suas respostas, rasgue-o e jogue-o fora. Essa é apenas uma maneira prática de lembrar a você que essas coisas são esterco se comparadas a conhecer Cristo. Agora, pegue um pedaço de papel ou um diário em branco e comece a escrever as qualidades do Senhor que você ama e adora. Agradeça-o e louve-o enquanto escreve. Pratique conversar com Ele ao longo do dia.
13 2
CAPÍTULO 9 t s ò O^VQJ^VL Qy p a â A a c l Qy Cy p/ UlòA Ã X jX V
pa/ LOy aX| xUi£o/ CJXLC/ £&io/ pQ/ l/ sltA/
Nao sabeis vós queos quecorrem no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva oprêmio? Correi detal maneira queo alcanceis.
I Coríntios 9.24 “Não cessemos que fazer o máximo, para que possamos incessante mente prosseguir no caminho do Senhor; e não nos desesperaremos por causa da pequenez de nossas conquistas.”
à
João Calvino
vezes, olho para trás e arrependo-me por ter assentido em fazer algu ma coisa. Mais recentemente — não sei o que me deu —•, concordei em partici par de uma corrida de 5 km com minha filha. Como fui uma grande corredora na época da faculdade, você poderia achar que ainda sou. Bem, nem tanto. Na verdade, parei de correr depois da faculdade (há 20 e tantos anos), porque meus joelhos já não gostavam mais disso. Mas, quando minha filha sugeriu que cor rêssemos juntas, eu pensei: “Não deve ser tão difícil?” Deixe-me dizer o quanto foi difícil. Não que eu esteja reclamando — por que abandonei a murmuração após escrever o capítulo seis — mas quero que
Ca pí t u l o g
você saiba que, quando comecei a treinar para a corrida, meus joelhos doeram, eu mal conseguia respirar, e meus músculos doeram sem parar por 24 horas. Porém, eu não queria deixar minha filha chateada, então, continuei treinando para o grande evento. Pouco antes de a corrida começar, incentivei minha filha a prosseguir e a correr em seu próprio ritmo, sem preocupar-se em correr comigo. Ela aceitou minha graciosa oferta e correu à frente nos primeiros 400 metros. Eu, no entanto, arrastei-me. Sinceramente, é assim que descrevo meu ritmo: rastejante. Ofegante, lenta como uma lesma, rastejei até a linha de chegada. Ê engraçado como algumas palavras ou frases vêm à mente quando você está correndo. A palavra prossiga ficou circulando pela minha mente, sobretudo quando encarei uma gigantesca colina pouco antes da linha de chegada. Por que eles colocaram a lmha de chegada no alto de uma colina? Prossiga era só o que conseguia pensar. Eu tinha um objetivo em mente, e este era prosseguir e cruzar a linha de chegada. Digamos que eu não era a imagem do preparo físico e da agilidade; por isso, senti um grande alívio quando meu pé cruzou aquela linha. E claro, minha filha já estava lá esperando por mim. Ela teve tempo de sobra para esperar-me, e já tinha se refrescado e pegado algo para beber. Não sei se eu chamaria essa corrida de vitória, mas aprendi um pouco sobre perseverança e sobre prosseguir para um objetivo. Paulo usou a analogia de um atleta em uma corrida para transmitir a ima gem de sua própria busca pessoal para ser como Jesus. Em nosso último capítu lo, lemos sobre o profundo desejo de Paulo de conhecer a Cristo, ao poder da Sua ressurreição e a participação em Seus sofrimentos. O apóstolo considerava tudo que podia trazer-lhe orgulho ou glória como esterco se comparados à excelência de conhecer a Cristo e até de tornar-se como Ele em sua morte. No entanto, Paulo também usou a corrida para ilustrar a perseverança necessária na vida cristã à medida que nos aproximamos da linha de chegada. O apóstolo tinha acabado de dizer que queria tornar-se como Cristo em sua morte e, pos teriormente, alcançar a ressurreição dos mortos. Todavia, ele assegurou aos seus leitores que ainda não estava pronto para obter o prêmio do céu. Paulo escreveu desta maneira: Não quejá a tenha alcançado ou queseja perfeito; masprossigopara alcançar aquilo para o quefui tambémpresopor CristoJesus. Irmãos, quanto a mim, nãojulgo que o haja alcançado; mas uma coisafaço, eé que, esquecendo-me das coisas queatrás 134.
cjutL^ cjutL^a. a pxiôAa pxiôAadti/ Q p/ta p/ ta&ôtija pxx/u x/ ui cn^ cn^uxia uxia t^iLe eà-ta. po/i o/ i v'i/L 'i/L
queestão diantede ante dem mim, prossigopara oalvo, o alvo, peloprêmio ^/ íaime imeavançandopara as quee da sobe soberana vocação deD deD eus em Cristo ristoJesus.1 sus.1
Paulo não estava na glória ainda, mas estava indo nessa direção. Ele pla nejava prosseguir para para a lmha de chegada. Assim como minha corrida, a jornada pode não ter sido fácil, mas ele tinha o objetivo final em mente, e perseveraria até o fim. Paulo não queria que seu passado o atrapalhasse. Por isso, ele olhava para frente — e não para trás! trás! Seu Seuss olho olhoss estavam estavam no prêmio, prêmio, no dia dia em em que ouvirá as palavras: Be Bem estáservo bom efiel.
A corrida Como Paulo passou grande parte de seu ministério na Grécia, é possível que ele tenha tido tido a oportunidade portunidade de assistir assistir aos aos Jog Jogos Olím O límpico picos. s. O apóstolo apóstolo usou ilustrações de atletas em muitos de seus textos, o que me faz pensar que ele ti nha muito interessado em esportes. Se os homens são tão obcecados por espor tes, tes, talvez, isso não seja tão ruim ruim de todo; todo; talvez, eles estejam estejam apena apenass imitando imitando o apóstolo Paulo! Os Jog Jogos Olím O límpico picoss foram foram criados criados na Grécia récia em em 776 a.C., mas muitas outras outras disputa disputass atléticas atléticas também também começara começaram m com os Jog Jogos Olím O límpico picos. s. Uma Uma delas chamava-se Jogos Istmicos, os quais eram realizados em Corinto. Quando algumas passagens das cartas aos coríntios são lidas, tem-se a sensação de que Paulo estava assistindo a esses Jogos. Nã Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na ve verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Corre Correi detal detal maneira queo alc alcanceis. E todo aque aquele quel que luta de tudo se abstém; eles o faz fazempara al alcanç ançar uma coroa corruptí orruptíve vel, nós, porém, uma incorruptíve tível. Antes, subjugo o meu corpo eo e o reduzo duzo à servidão, rvidão, para para que, pregando ando aos outros, utros, eu mesmo não venha deal dealg guma maneira aneira aficar car reprovado.2
Eventos esportivos e corridas atléticas proporcionam ótimas ilustrações quando se trata trata de lições de vida. D iscipl isciplina ina e perse persevera verança nça com com um objetivo objetivo em mente são o que separam um atleta de primeira dos demais. Paulo aplica esse mesmo tipo de pensamento à jornada dos seguidores de Cristo. Portanto, nós 135
Capítulo 9
também devemos devemos pro prosseg sseguir. uir. A palavra palavra grega grega para prosseguir denota denota um esforço intenso. intenso. O riginalmen riginalmente, te, os os greg gregos os usavam usavam esse esse termo como uma descrição de um caçador que avidamente persegue sua presa. Assim, também precisamos ser ativos em nossa busca por Cristo, e não complacentes. Um atleta não se torna um forte concorrente sentando-se para ouvir mensagens motivacionais e estudando histórias sobre outros grandes atletas. E preciso aceitar o desafio e sair de sua zona de conforto, dedicando-se e atuando em sua busca pessoal por seu objetivo.
Olhando para frente Wilma Rudolph poderia ter desistido várias vezes de ir atrás de seus sonhos. Como Como a vigé vigésima sima de de 22 filhos, filhos, ela nasce nasceu u em em 1940 1940 com polio poliomieli mielite, te, e também também tinha ataques de pneumonia e de escarlatina. Embora alguns dissessem que ela prova provavelmente nunca andaria, andaria, a amoro amorosa sa famíli família a de de Wilm ilma fez de tudo para garantir que ela recebesse o tratamento médico e a fisioterapia de que precisava. Wilma começou a usar muletas aos cinco anos de idade. No entanto, um dia, aos 11 anos, ela decidiu decidiu que basta bastava va de muletas. Então, Então, abandono abandonouu-as as e an dou dou pelo corredor corredor da igreja, igreja, e nunca mais as as usou de novo. novo. Aos A os 13 anos, anos, Wilm ilma começou a jogar basquete e a praticar corrida na escola. Seu preparo melhorou ao ponto de ela começar a vencer corridas, e assim, ela foi convidada a participar de um campo de treinamento treinamento no estado estado do Tennesse Tennessee. e. Ali Ali,, ela treinou treinou com Ed Ed Temple, que se tornou uma das pessoas mais influentes em sua vida. Em 1956, no segundo segundo ano do Ensm Ensmo o Médio Médio, Wilm ilma competiu em em sua suass primeiras Olim O limpíadas, píadas, em Melbourne, Melbourne, Austrá A ustrália. lia. Embora Embora não não tenha se classifi classifi cado na competição de 200 metros, sua equipe de revezamento ganhou medalha de bronze. bronze. A persistência persistência e o entusiasmo de Wilm ilma levaramlevaram-na na a treinar ainda mais mais duro. Ela Ela volto voltou u às às Oli Olimpí mpíada adass em em 1960, quebra quebrando ndo o recorde recorde olímpi olímpico co nos 200 metros. metros. Nas Nas Olim O limpíadas píadas de Roma, ela tornoutornou-se se a primeira primeira amer americana icana a ganhar três medalhas de ouro (100 metros rasos, 200 metros rasos e reveza mento 4x100 metros), e foi homenageada no primeiro desfile mter-racial de sua cidade nata natal.l. Wil Wilm ma chegou chegou a recebe receberr diversas diversas homena homenage gens ns e prêmios, inclusive inclusive o Sulliv Sullivan Award, Award, para atletas amadore amadoress dos Estados Estados Unido Unidos, s, além além de sua inclu inclu são no Black Sports Hall of Fame, no U.S. Track and Field Hall of Fame, no U.S. U.S. Olympic O lympic Hall H all of o f Fame Fame e no National National Womens Womens H all of Fame Fame.. 136 .
C9AXJXICX^O, Q, pXIAAXuloy pXIAAXuloy Cyp/lOAÔXC^ yp/lOAÔXC^a pXLXa CU^Utlia Utlia ^U£ eô-ta/ eô-ta/ pa/ l/ sli/L sli/L/
Wilma conseguiu entrar na faculdade, e mais tarde, tornou-se treinadora e profes professora, sora, mas mas seus seus maio maiores res orgulho e alegria eram eram seus seus quatro quatro filhos. ilhos. A his his tória de Wilma inspirou milhares de outras pessoas a perseverarem e a correrem atrás de seus sonhos. Ela poderia ter desistido muitas vezes, mas, em vez disso, não olhou para trás, mas, sim, para frente. A atleta prosseguiu com determina ção para ganhar o ouro, e não usou suas dificuldades do passado como desculpa para não atingir seus objetivos. Muitas uitas ve vezes, zes, o nosso pas passado sado é o maior maior responsável responsável por por nossa nossa sensa sensaçã ção o de derrota na vida. Podemos apegar-nos às recordações dos fracassos do passa do ou sufocarmo-nos com os erros passados. Mágoas, dores e decepções podem gerar gerar amargura amargura,, raiva raiva e frustração, e servem servem para deixardeixar-no noss no banco de rese reserva, rva, em vez de no jogo. Paulo reconhecia a importância de deixar o passado para trás e voltar-se para o que está adiante. Ele mesmo precisava fazer isso em sua pró pria vida; não apenas para esquecer-se das coisas deploráveis que fizera (como perseguir perseguir a Igreja), mas mas também para abandonar abandonar o orgulho orgulho das das conquistas conquistas que obtiv obtivera era no passado. passado. Tudo isso o atrasar atrasaria. ia. Uma das primeiras disciplinas que todos os atletas aprendem durante os tremos é não olhar para os competidores que estão atrás deles na corrida. Esse simples movimento pode atrasá-lo e fazer com que não vença a disputa. Da mesma maneira, devemos manter nosso foco no que está à frente e no objetivo de conhecer conhecer a Cr Crist isto o e de amadurecer nele. Precisamos Precisamos renunciar renunciar o poder poder que o passado exerce sobre nós, deixando as mágoas, as derrotas, as vergonhas, os erros passa passado dos, s, e até até as as conqui conquistas stas passadas, passadas, em que tendemo tendemoss a chafurdar. chafurdar. Viver iver com os olhos voltados para trás irá apenas nos desencorajar e servir de tropeço para nós. Além disso, lemos nas Escrituras que devemos olhar para trás apenas em uma circunstância: para lembrarmos a bondade do Senhor e o que Ele já fez por nós. Agr Agradecer a Deu Deus por Suas bê bênçãos nos for forttalecerá, ma mas re relembrar as fe fe ridas, os erros e as infelicidades só serve para enfraquecer-nos. Todavia, sei que é impossível apagar todas as memórias de nossa vida. E Paulo não estava falan do sobre ignorar todas as lembranças de seu cérebro, mas estava, basicamente, dizendo que não era mais afetado nem influenciado pelo passado. Uma atleta permanece concentrada concentrada em para onde onde está está indo, indo, e não não em onde já já esteve esteve.. Quer Quer estejamos sobrecarregadas de arrependimento por coisas que fizemos no pas sado, sado, quer esteja estejamos mos glorif glorificando icando o que realiz realizamos, amos, é hora hora de seguir seguir em frente. rente. 137.
Capítulo 9
O escrito e professor de Bíblia, Warren W. Wiersbe, escreve sobre isso des sa maneira: Esquecer-se das coisas que ficaram para trás não sugere a impossível façanha de uma ginástica mental e psicológica, por meio da qual ten tamos apagar os pecados e os erros do passado. Significa apenas que rompemos o poder do passado quando vivemos para o futuro. Não podemos mudar o passado, mas podemos mudar seu significado. Elá coisas no passado de Paulo que poderiam tê-lo atrasado, mas elas acabaram inspirando-o a acelerar. Os acontecimentos não mudaram, mas a sua compreensão sobre eles foi o que mudou.'1 Deus pode usar as situações do passado para tornar-nos mais sábias e fortes. Não permitamos que nosso passado deixe-nos incapazes, mas vamos entregá-lo a Deus e agradecer a Ele pelas lições aprendidas. Devemos correr para frente, prosseguindo para aquilo que o Senhor preparou para o nosso fu turo, pois Ele tem um plano para cada uma de nós. Não se enrole com o que aconteceu atrás de você. Busque a ajuda de Deus para superar o apego ao passado que há em sua vida. No Antigo Testamento, a mulher de Ló tornou-se uma estátua de sal. Por quê? Porque olhou para trás. Da mesma maneira, permitir que nossa mente repita as mesmas coisas o tempo todo pode reprimir-nos e roubar nossa capacidade de seguir em frente. Por isso, devemos proteger nossos olhos e concertar-nos no que Deus guarda para o nosso futuro.
Uma coisa Todas as questões da vida podem ser estreitadas a uma coisa? Paulo disse: mas uma coisa faço, eé que, esquecendo~medas coisas queatrásficam eavançandopara as queestão diante demim, prossigopara 0 alvo, peloprêmio da soberana vocação deDeus em CristoJesus. Existem diversas outras passagens da Bíblia em que lemos uma coisa, e estas são similares
ao que Paulo diz. Lembro-me de Maria sentando-se aos pés de Jesus enquanto Marta estava preocupada na cozinha. Quando esta ficou irritada e pediu para Jesus mandar Maria ajudá-la, Ele respondeu: Marta, Marta, estás ansiosa eafadigada 138 .
êó
O- paAAíuio e.-pAtíA&tmi pa/ ui a-^ui í*j i^ue eaia* poA/ ■iÁyi,
com muitas coisas, mas uma só é necessária; eMaria escolheu a boa parte, a qual não lheserá tirada.4 E qual foi a coisa que Maria escolheu? Estar com Cristo. Davi escreveu nos Salmos: Uma coisa pedi ao SENHOR ea buscarei: quepossa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar aformosura do SENHOR e aprender no seu templo2 A coisa que Davi desejava era a presença de
Deus. Jesus curou um cego, que, ao ser interrogado pelas autoridades, respon deu: uma coisa sei, eéque, havendoeu sido cego, agora vejo [Jo 9.25], Esse homem não en tendia tudo, mas sabia uma coisa: ele havia conhecido Jesus e experimentado o toque da cura divina, e sua vida nunca mais seria a mesma. Qual é a sua uma coisa? Paulo reduziu o amplo escopo de sua vida a uma coisa — buscar ser se melhante a Cristo. A coisa que o impulsionava era conhecer a Cristo e ser mais parecido com Ele; ser conforme a imagem de Jesus era seu objetivo. Embora fosse impossível de atingir isso na terra, o apóstolo sabia que, um dia, alcançaria o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus. Paulo não estava satisfeito em apenas ficar como estar e viver em complacência como um seguidor de Cristo. Ele desejava prosseguir com uma atitude agressiva e enérgica. Romanos 8.29 lembra-nos: Porque05quedantes conheceu, tambémospredestinou para serem conformes à imagem deseu Filho, afm dequeeleseja o primogênito entre muitos irmãos.
Tornar-se como Cristo não é um chamado somente para Paulo, mas também para todo cristão. Alguns podem apontar para os super-heróis cristãos e dizer: “Bem, isso é para eles. Com certeza sou cristão, mas isso não me consome”. No entanto, como seguidoras de Cristo, nossa jornada não para em apenas crermos nele. Confiar em Jesus é onde nossa fé inicia, mas nossa jornada conti nua à medida que buscamos ser mais como Ele. È claro, temos diferentes dons, talentos e capacidades, além de diferentes funções que Deus deu-nos. Todavia, não importa o que fazemos por vocação, somos chamadas para conhecer a Cris to e tornarmo-nos mais como Ele. Paulo escreveu aos colossenses: E, quantofzerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nomedoSenhorJesus, dandopor elegrafas a Deus Pai.6E depois, na mesma carta: E, tudo quantofizerdes,fazei-o detodo o coração, como ao Senhor enão aos homens, sabendo que recebereis do Senhor ogalardão da herança, porquea Cristo, o Senhor ; servis 7Quando reco
nhecemos que nosso maior chamado é sermos conforme à imagem de Cristo em tudo o que fizermos, encontramos alegria em nosso trabalho, porque o fazemos para Cristo, e não para homens. A grande vocação de sermos mais parecidos com Ele tira nossos olhos das outras pessoas e direciona-os ao Senhor. 139
Capítulo 9
Assim como um corredor de primeira permanece focado na linha de che gada e não nos demais atletas, nós também devemos concentrar-nos em sermos como Cristo, e não em outros cristãos e no modo como vivem. Isso certamente reduziria comparações e invejas, você não acha? Nosso propósito na vida não tem a ver conosco, com o que realizamos ou mesmo com o que as outras pes soas estão realizando, mas, sim, com Cristo e com o que Ele realiza por nosso intermédio quando nos entregamos a Ele. Nunca seremos derrotadas enquanto tivermos o objetivo de sermos semelhantes a Jesus, mas certamente ficaremos desmotivadas se nossa vida estiver centrada em nossa própria glória ou em comparar-nos às outras pessoas. Paulo, com eloquente beleza, escreveu à igreja de Corinto sobre a obra transformadora que Deus realiza na vida de um cristão. Ele referiu-se aos cris tãos como aqueles cujo rosto foi descoberto para que pudessem enxergar. Na verdade, essa era uma referência ao véu que Moisés usou para cobrir a face, que ficou radiante após seu encontro com Deus. Os judeus, no entanto, ainda têm um véu que os impede de ver Cristo. Eis a incumbência de Paulo aos coríntios e , como um espelho, aglória também a todos nós: Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo> do Senhor ; somos transformados deglória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. Pelo que, tendo esteministério, segundo a misericórdia quenos foi feita, não desfalecemos,8 Perceba que ele diz que somos transformados na gloriosa imagem do Senhor pela obra do Espírito de Deus, e diz que não desfalecemos. È a obra de Deus que nos transforma, mas é nosso trabalho prosseguir para sermos como Jesus.
Superando o passado Que tipo de futuro existe para uma menina que foi abandonada, maltratada e que ouvia todos os dias que era feia e que ninguém gostava dela? Dorie Van Stone pode dizer-lhe, por experiência própria, que há esperança no amor de Deus. Ela proclama a seguinte mensagem ao mundo: “Não há ferida que o Pai não possa curar”. A história dessa mulher começou quando ela era uma menininha vivendo em pobreza. Sua mãe não podia cuidar dela e da irmã, por isso, elas foram mandadas para um orfanato. As administradoras da instituição eram cruéis e batiam em Dorie se ela não comesse toda a refeição, chorasse ou fosse pega lendo quando deveria estar fazendo tarefas domésticas. 140
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Apesar de terem sido sete terríveis anos no orfanato, havia uma luz. Um grupo de universitários foi até lá, contou uma história bíblica para as crianças e compartilhou com elas a mensagem sobre o amor redentor de Jesus. Deus tocou o coração de Dorie, e ela soube que Cristo é real. Ela orou: “Eles dizem que o Senhor me ama. Ninguém mais me ama. Se o Senhor me ama, eu sou Sua”.9Ela instantaneamente conheceu a paz e a presença de Deus. Muitas semanas após a menina ter feito aquela oração, uma mulher chegou para trabalhar no orfanato e passou a levar Dorie à igreja aos domingos. Ela até lhe deu um Novo Testamen to de presente em seu aniversário de 13 anos. Esse foi o primeiro presente que ela recebeu em sua vida, e por ele, começou a entender mais sobre Jesus. O orfanato acolhia crianças de até 12 anos de idade, e assim, Dorie e a irmã foram encaminhadas a uma família adotiva. A partir daí, as coisas foram de mal a pior. Ela foi abusada física, sexual e emocionalmente naquela casa. Ela achou que haveria esperança quando se mudasse para outro lar, mas o abuso foi pior ainda. No entanto, apesar das horríveis condições, Dorie apegou-se ao que conhecia: ao amor de Deus e à Sua presença na vida dela. Por fim, alguém na escola deu queixa dos machucados, e Dorie foi enviada a um lar em que recebeu cuidados e não mais foi maltratada. Durante o Ensino Médio, ela morou com a família de um médico, a qual percebeu seu talento para desenho e para arte, e incentivou a jovem a ir para uma escola de artes. Dorie conseguiu um emprego como desenhista de equipamentos em uma companhia aérea. Durante todo o tempo, seu amor pelo Senhor e seu conhe cimento sobre Ele só cresceram. Um dia, ela ouviu um missionário pregar em sua igreja, e ela sentiu em seu coração o desejo de ser missionária. No entanto, ela ficou dividida entre continuar com um bom emprego e uma renda estável, o que ela jamais teve no passado, e escolher uma vida de trabalho missionário, retornando à situação de ter muito pouco materialmente. Ele decidiu matricular-se no curso bíblico. Foi ali que ela conheceu e casou-se com Lloyd Van Stone. A maioria das mulheres que vivenciaram um passado cheio de abuso tem dificuldades em amar e confiar em outras pessoas, mas Deus encheu o coração de Dorie com o amor que vem dele. Ambos logos se tornaram missionários na Nova Guiné. Deus estendeu Seu amor ao povo da Nova Guiné por intermédio de Dorie. Mesmo sendo pessoas não civilizadas e sujas, que nunca haviam tomado ba nho, aquela mulher ignorou o exterior e viu corações que precisavam de Cristo. 14 1
Capítulo 9
Ela mesma havia sido rejeitada e ridicularizada pelas crianças da escola, porque chegava todos os dias suja e maltrapilha; e assim, Deus usou seu passado negati vo para o bem, ajudando-a a ter compaixão pelo próximo. Quando os filhos de Dorie chegaram à idade escolar, a sociedade missionária exigiu que as crianças frequentassem uma escola missionária que ficava a quilômetros de distância. Seu filho mais novo sofreu com a distância e com a separação, por isso, Dorie e Lloyd oraram e decidiram deixar o campo missionário. Só porque Deus muda nossas circunstâncias não significa que Ele termi nou de espalhar Sua mensagem por nosso intermédio. Depois que Dorie e sua família voltaram aos Estados Unidos, ela começou a pregar em igrejas e falava a outras pessoas sobre o amor redentor do Senhor. Ao contando como Deus curou suas mágoas e amarguras do passado, o testemunho daquela missionária era poderoso. Quando seus filhos cresceram, ela viajou pelo mundo, dizendo aos povos de todas as partes: “Quando ninguém mais amar você, Deus amará. Ele sempre estará nas horas boas e nas ruins. Não há consolo como esse. Ele ama com um amor que nunca abandonará você”.10
Seguindo com fervor para 0 futuro Paulo reconheceu que, à medida que crescemos e amadurecemos no conheci mento e em nosso relacionamento com Cristo, começamos a ver as dificuldades por uma perspectiva diferente. Ao amadurecer no Senhor e permitir que Ele usasse seu passado para o bem, Dorie livrou-se do domínio que o passado tinha sobre ela e prosseguiu para viver para Cristo. Por fim, essa maturidade no Senhor leva-nos a reconhecer que há mais para viver do que esta vida ter rena. Estamos prosseguindo porque sabemos que há uma vida melhor adiante. Observe como Paulo finaliza este trecho de sua carta lembrando-nos de nossa cidadania no céu: Pelo que todos quantosjá somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, sesentis alguma coisa doutra maneira, tambémDeus vo-lo revelará. Mas, naquilo a quejá chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo. Sedetambémmeus imitado res, irmãos, etendecuidado, segundo oexemplo quetendes em nós, pelos queassim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disseeagora também digo, 142
fu a ^ c v a ' p Á iA A aA c L C/ p/L üAAiija pa/ia/ a^puxla/ cjxlc e&ia/ p xisv QÀa s
chorando, quesão inimigos da cruz deCristo. Ofim deles éa perdição, o deus deles é o ventre; e a glória deles épara confusão deles mesmos, quesópensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidadeestá nos céus, dondetamhém esperamos o Salvador, o SenhorJesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conformeo seu corpoglorioso, segundo o seu eficaz poder desujeitar tambéma si todas as coisas. Portanto, meus amados emui queridos irmãos, minha alegria ecoroa, estai assim firmes no Senhor, amados.11
Como é possível prosseguir apesar das dificuldades, do sofrimento e das lutas? Podemos prosseguir porque sabemos que este não é nosso lar final. Sabe mos que um dia Cristo transformará nossos modestos corpos para que possam ser como Seu corpo glorificado. E assim que permanecemos firmes diante do Senhor, porque olhamos para a linha de chegada! Assim como Wilma manteve os olhos na medalha de outro, nossos olhos também devem estar voltados para o galardão celestial. Por isso, minha irmã, prossiga! Você pode estar agora caminhando pela vida em um ritmo agradável, ou pode estar a passos lentos por causa da dor e das dificuldades. No entanto, mantenha seus olhos na linha de chegada, sabendo que esta não é a nossa mora da final. Prossiga conhecendo o amor de Cristo e tornando-se mais como Ele. Permaneça nele. Fortaleça-se nele. Encontre seu valor nele. Por fim, reconheça o privilégio de ser uma cidadã do céu. Apesar das pes soas que Paulo chamou de inimigos da cruz (aparentemente, ele referia-se não apenas aos judaizantes, mas também aos cristãos autoindulgentes, que continua vam deleitando-se em vidas imorais), o apóstolo lembrou aos filipenses que eles eram cidadãos do céu. Na época de Paulo, ser um cidadão romano era a maior honra e privilégio para alguém. É interessante observar que os cidadãos de uma colônia romana deveriam viver de acordo com seus padrões de cidadania. Eles deveriam promo ver os interesses de Roma e viver de modo a dignificar sua cidade. Nós também devemos viver de maneira que promova nossa cidadania celestial. Em outras palavras: viva de acordo com os padrões de nossa cidadania, andando nos cami nhos de Deus e vivendo segundo a Sua Palavra. Paulo não era o único a apontar para nossa cidadania celestial; Pedro tam bém abordou o fato de sermos estrangeiros neste mundo porque somos cida dãos de outro. Eis o que ele escreveu aos “peregrinos” espalhados pelo mundo. 143 .
C a pí t u l o g
Mas vóssois ageração eleita, o sacerdócio real, a naçãosanta, opovo adquirido, para queanuncieis as virtudes daquelequevos chamou das trevaspara a sua maravilhosa luz; vósque, emoutro tempo, não éreispovo, mas; agora, soispovo deDeus; quenão tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. Amados, peço-vos, como a peregrinos eforasteiros, quevos abstenhais das concupiscências carnais, quecombatemcontra a alma, tendo o vosso viver honesto entreosgentios, para que, naquilo emquefalam mal devós, como demalfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras queemvós observem.12
Como cidadãs do céu, temos a responsabilidade de viver de maneira santa aqui na terra, e temos a alegria de ansiar pelo nosso lar celestial. A bela verdade sobre nossa cidadania é que temos um Deus que nos ama e que nos concedeu Seu Espírito para capacitar-nos a viver de maneira santa. È Sua obra transfor madora que nos permite ser como Ele nesta vida e que nos prepara para a vida futura. Vamos colocar nosso coração nas coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à destra do trono de Deus!
Busca pessoal Leitura complementar: 2 Coríntios 4 e 5 — Ansiando por nossamorada celestial Verdadebásica: O Espírito de Deus está agindo em nossa vida para transfor
mar-nos à imagem de Cristo. Escolhas:
• Considere a uma coisa da vida que é a mais importante para você. • Prossiga em conhecer a Cristo e em tornar-se mais como Ele. • Não permita que erros, desmotivações, mágoas e pecados passados derrotem você. • Não chafurde nem descanse em realizações do passado. • Lembre-se da bondade, da fidelidade e das bênçãos de Deus. • Persevere durante tempos de dificuldades, enquanto Ele transforma você conforme a Sua imagem. • Peça para Deus curar as antigas feridas de sua vida. • Viva segundo os padrões de sua cidadania celestial. • Anseie com alegria pelo seu lar celestial. 14 4
f e ô x m & ç í L Qy p a A á a d a . c p s m ú ú ic ja . p a / i a a x p ú l a C| u e e à .t ú p a /v Oj/i-
Plano deliberado: Livrando-se do passado.
Tire um tempo para ficar sozinha, somente você e o Senhor. Peça para Ele mostrar-lhe se há algo em seu passado que está atrasando você à medida que prossegue para tornar-se mais semelhante a Cristo. Há algum pecado, erro ou mágoa do passado a ser renunciado ou perdoado? Peça para o Senhor ajudá-la a não apenas identificar, mas também a livrar-se deles. Lance seu cuidado sobre Deus, pois Ele tem cuidado de você. Busque Sua ajuda a fim de parar de reviver o passado em sua mente. Livre-se do poder que essas coisas têm sobre você. Busque a ajuda e a força de Deus para seguir em liberdade e em perdão. Considere também se você não tem se apoiado em realizações passadas ou em pessoas, ficando, assim, acomodada em seu crescimento na vida cristã. Re nove seu compromisso de prosseguir em ser mais semelhante a Cristo. Peça para Deus renovar o vigor e o fervor que você já teve, assim como quando passou a crer nele. Não permaneça indiferente em relação a esse compromisso. Corra sua carreira com perseverança, sabendo que sua cidadania está no céu.
14 5
CAPÍTULO 10
9 l l u ^ u a x lc l/ p j/ ir n u s d c y p jz n /) x i/ t <2yt^cL nA ^a/ ujhOy A uay Q ãÁ cv
E não vos conformeis com estemundo, mas transformai-vospela renovação do vosso entendimento, para queexperimenteis qual seja a boa, agradável eperfeita vontade deDeus.
Romanos 12.2 “O segredo para uma vida de excelência é apenas uma questão de ter pensamentos de excelência. Na verdade, trata-se de programar a nossa mente com o tipo de informação que nos libertará.” Charles R. Swindoll
le chegou! Ele chegou! Epafrodito chegou e tem notícias de Pau lo!” Imagine a animação dos cristãos em Filipos quando se juntaram para ouvir as notícias sobre o apóstolo. Posso imaginar essa mensagem espalhando-se de casa em casa, enquanto o povo da Igreja primitiva deixava o trabalho de lado e reunia-se para ouvir o que Epafrodito tinha a dizer. Pense na alegria deles ao verem seu amigo Epafrodito vivo, bem e trazendo uma carta de Paulo que fora escrita especificamente para eles.
C a pí t u l o io
Talvez tenham se reunido na casa de Lídia, porque, no início da propaga ção do evangelho aos filipenses, Paulo e Silas ficaram na casa dela e realizaram cultos ali. Com certeza o carcereiro de Filipos esteve ali. Talvez, até a jovem (que Paulo libertara de possessão demoníaca) estava entre os ouvintes, enquan to Epafrodito desenrolava o pergaminho. Os bispos e os diáconos provavel mente foram os primeiros a chegar, para que pudessem manter o público calmo e garantir que todos teriam lugar para sentar. Como deve ter sido revigorante para essa jovem igreja filipense ouvir as palavras boas e cativantes que Paulo usou para iniciar sua carta, dizendo-lhes que estava com saudade de todos, com entranhável afeição de Jesus Cristo. Os seguidores de Cristo devem ter se sentido fortalecidos para enfrenta rem suas provas quando Epafrodito leu Paulo proclamar que, para ele, viver era Cristo e morrer era lucro. Com certeza, eles sentiram-se desafiados quando o apóstolo mandou-lhes ter um único pensamento, serem humildes e buscarem os interesses do próximo. E aposto que alguns olhos percorreram o recinto quando Paulo alertou-lhes que tomassem cuidado com os cães (os judaizantes), que tentavam acrescentar mais regras ao evangelho. E todos devem ter se sentido revigorados pelas palavras: prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação deDeus em CristoJesus. E isso aí, Paulo! Então, veio a bomba. Tudo parecia ir bem à medida que o apóstolo de safiava e encorajava seus irmãos filipenses, mas aí ele decidiu direcionar-se a duas mulheres em particular, e isso não foi uma boa visão. Certamente Evódia e Síntique quiseram ir para baixo de seus assentos quando seus nomes foram lidos. Elas não receberam elogios como Timóteo e Epafrodito. Pelo contrário, elas foram admoestadas a pararem de discutir e a começarem a concordar no Senhor. Pense em como deve ter sido para essas duas mulheres quando as se guintes palavras foram lidas: Rogo a Evódia erogo a Síntiquequesintam o mesmo no Senhor. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, queajudes essas mulheresquetrabalharamcomigo no evangelho, ecom Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida}
Ai! Era realmente necessário mencionar o nome delas, sabendo que a carta seria lida na frente de todos? Acho que, às vezes, as pessoas precisam ser cha 148 .
9 I U * MiasjxiAJna da, penAa/i/Ost/ icu\ 6jxiAJiui òtux \!ÀAxv
madas pelo nome, mas será que ele não poderia ter lhes enviado um bilhete pessoal ou algo assim? Paulo era uma pessoa muito intensa e alguém que re solvia problemas. Portanto, ele, obviamente, achava que essa situação precisava de uma atenção específica e que era importante ao ponto de todos precisarem ouvir sobre ela e ajudarem a resolvê-la. È claro, não sabemos os detalhes das discussões entre essas duas mulheres, mas isso deve ter causado um problema significativo, pois Paulo tomou ciência da situação lá em Roma e escolheu tratar isso de maneira aberta e ousada. Você não fica estarrecida pelo fato de essas mulheres discordarem na igre ja? Você não fica feliz porque, na igreja atual, todos se dão tão bem?Tudo bem, então talvez também possamos aproveitar a admoestação de Paulo. É essencial para o Corpo de Cristo que também convivamos bem. Os de fora saberão que somos cristãos por causa do nosso amor. Paulo preocupava-se com a unidade da Igreja e com a reputação dos cristãos, e assim, rogou — observe que ele não sugeriu ou pediu — para que as duas mulheres sentissem o mesmo no Senhor. Mais uma vez, as palavras-chave são no Senhor. Quando tiramos os olhos do problema para colocá-los no Senhor, nossa perspectiva fica um pouco diferente. Podemos, às vezes, concordar em discordar. Podemos ter discussões ou mal-entendidos, mas é preciso esforçar-se rumo ao objetivo de sentir o mesmo no Senhor, deixando o problema aos cuidados dele. Contudo, há momentos em que podemos sentir que é preciso lutar por nossos direitos ou pelo que consideramos certo. No entanto, devemos ser gra ciosas e bondosas ao lidarmos com os nossos diferentes pontos de vista, man tendo Cristo sempre em evidência. Como aprendemos no capítulo cinco, que é sobre a humildade, às vezes precisamos estar dispostas a morrer para a nossa vontade. Jesus, o maior exemplo de alguém que desistiu do que era Seu por direito, pode conceder-nos força, sabedoria e bondade enquanto buscamos con cordar com os outros no Senhor. As discussões irão ocorrer, mas precisamos aprender a lidar com elas de maneira prudente e adequada no Corpo do Cristo, sempre tendo em mente que, como cristãs, não devemos guerrear entre nós mesmas. Assim como todos os sistemas do corpo humano devem trabalhar em con cordância para tudo funcionar apropriadamente, o Corpo de Cristo também deve funcionar em harmonia. O câncer ignora o funcionamento e o desenvolvi mento normal do corpo e começa a multiplicar-se por conta própria, lutando 149 .
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contra o sistema saudável do corpo. Assim, orgulho, ciúmes, murmuração e exigir que as coisas sejam feitas do nosso jeito são tipos de cânceres emocionais que podem destruir um corpo de cristãos. Paulo estava profundamente temero so de que a causa do evangelho e a saúde do Corpo de Cristo estivessem sendo destruídas. Aparentemente, Evódia e Síntique trabalharam com Paulo na causa do evangelho. No entanto, o que os desentendimentos delas causariam aos recém-convertidos que elas ajudaram a levar a Cristo? O que esta falta de unidade causaria aos demais companheiros na obra do Senhor? Paulo convocou outras pessoas a envolverem-se [na situação] e a ajudarem essas mulheres. Pense nisso. Como mulheres que observam um conflito entre outras duas, qual é a nossa tendência natural? E correr para ajudá-las a curar o relacionamento desfeito e direcioná-las de volta ao Senhor? Ou reagimos to mando partido, fofocando com outras mulheres da igreja e ficando de longe, observando elas afastarem-se? Bem-aventurados são os pacificadores. Precisa mos trabalhar juntas para incentivar o amor e as boas obras entre nossos ir mãos em Cristo, em vez de pavimentar o caminho para seus desentendimentos. Esteja você no meio de um conflito que precisa ser resolvido, ou esteja apenas observando como espectadora uma contenda entre irmãs em Cristo, é preciso estabelecer o objetivo em comum de motivar o acordo no Senhor.
A paz interior gera a paz exterior Se você fosse aconselhar alguém sobre como resolver um conflito em seu rela cionamento, qual a primeira coisa que você lhe diria? De improviso, eu prova velmente diria: “Então, moças, vamos ouvir os dois lados da discussão. Evódia, você primeiro. Descreva o problema segundo a sua perspectiva e diga-nos como você sente-se em relação a isso. Em seguida, Síntique, agora nos conte o seu lado da discussão”. Bem, acho que agora você consegue perceber porque não tenho meu pró prio programa de entrevistas no rádio! Paulo, por outro lado, tinha a solução perfeita. Na verdade, o apóstolo aplicou três golpes bem fortes -— porém, pací ficos — para ajudar os filipenses a não resolverem apenas conflitos com outras pessoas, mas também e mais importante, conflitos internos. Veja, ter paz com 15 0
9lL d e ò ula lU L ^ a A S n a .de p ^ f íA a A ,e. tAxinc^a-xm«. iu a- • !
outras pessoas começa com a paz que sentimos em nosso coração e mente. Eis o que Paulo escreveu: Alegrem-sesempre no Senhor. Novamentedirei: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andemansiosospor coisa alguma, mas emtudo, pela oração esúplicas, ecomação degraças, apresentemseuspedidos a Deus. E apaz deDeusque excedetodo o entendimento; guardará os seus corações e as suas mentes emCristoJesus.2
O primeiro golpe pacífico vem na forma de escolher alegrar-se. Paulo já havia motivado os filipenses a alegrarem-se no Senhor anteriormente em sua carta, e agora, ele repete isso com mais ênfase. Alegre-se! Faça essa escolha! Paulo lembrou aos filipenses que eles tinham escolha em relação ao modo como lidavam com as circunstâncias e com as pessoas com quem conviviam. Eles podiam escolher alegrarem-se no Senhor, ou ficarem irados, desmotivados e frustrados com a situação. O apóstolo era uma fonte confiável para mandar que se alegrasse, pois ele escrevia enquanto prisioneiro em Roma. Se ele estivesse no Waldorf Astoria Hotel, no centro de Nova York, eu provavelmente ignoraria o que ele estava dizendo e acharia que é muito fácil alegrar-se quando se vive no luxo. Mas na prisão? Aí é outra história. A alegria não é uma questão de circunstâncias ou de pessoas perfeitas. Alegrar-se no Senhor significa deleitar-se em quem Deus é e no que Ele está fazendo em sua vida, e não no modo como as pessoas tratam-na, no que lhe deram de aniversário nem nas circunstâncias que você está enfrentando. A alegria no Senhor baseia-se nas qualidades imutáveis e imensuráveis de Deus, aquele que nos ama e que cuida de nosso coração. A legrar-se no Senhor significa habitar no Rei dos céus, que tem o poder de acalmar a tempestade, ressuscitar mortos e alimentar cinco mil pessoas. A legrar-seno Senhor significa voltar os olhos àquele que é onipotente, onisciente e onipresente. A legrar-se no Senhor significa descansar nos braços do Bom Pastor e ser consolada por Seu amor. A legrar-se no Senhor significa reconhecer que você não está sozinha e que o Deus soberano sobre toda a criação inclina Seus ouvidos para escutar as suas orações. Alegria pura está em saber que faço parte da família de Deus e que sou coerdeira de Sua graça. Imensa alegria no Senhor é saber que estou plenamente perdoada. Meu pecado, não em parte, mas por inteiro, foi pregado na cruz. 151
Ca pí t u l o io
Alegria extrema, transbordante e abundante é reconhecer a consolação do Pai e perseverar em tempos difíceis, sentindo Seu conforto quando ninguém mais entende. Um rio de grande alegria borbulha em meu coração e transborda den tro de mim quando perdoo outras pessoas, pois reconheço que já fui perdoada por tudo. Paulo não queria que ficássemos sentadas esperando sentir alegria. Ale grar-se no Senhor é uma escolha na qual tiramos nossa atenção e nosso olhar das frustrações para voltá-los para o Amado de nossa alma. Quando concentra mos nossos pensamentos em quem o Senhor é e permanecemos em Seu grande amor por nós, é inevitável não sentirmos nosso coração ser tomado por um maravilhoso deleite. Você entende por que o primeiro conselho de Paulo para resolver conflitos é alegrar-se no Senhor? Com os olhos desviados do problema e voltados para um Deus que ama e perdoa você, sua atitude para com as outras pessoas tende a mudar. E quase impossível alegrar-se no Senhor e ficar com raiava de outra pessoa ao mesmo tempo. Alegria e ira não caminham juntas. Você percebeu a palavra sempre quando Paulo falou em alegrar-se no Se nhor? Isso engloba tantos os momentos bons como os maus e os difíceis. Sem pre. Alegre-se no Senhor continuamente, sem importar onde você está ou o que está acontecendo. Pare agora mesmo, coloque este livro de lado e separe um tempo para apenas refletir na bondade e na misericórdia do Senhor. Agradeça-o por Suas bênçãos. Deleite-se em Sua excelência e em Seu poder. Confesse-lhe seus pecados e agradeça-o por Seu perdão. Deixe rolar um sorriso. Sei que ele surgirá, e que já tentou brotar em seu rosto há um tempo.
Amabilidade conhecida A segunda parte do pacífico conselho que Paulo deu aos cristãos para que estes superem seus mal-entendidos foi seja a amabilidadedevocês conhecida por todos. Sim, as pessoas estão observando. Elas observam como lidamos com uma situação frus trante com um colega de trabalho, com um estresse com uma criança descon trolada ou com um inconveniente para-choque arranhado. Nossa amabilidade é conhecida? Amabilidade não denota sinal de fraqueza; na verdade, é um sinal de força interior. Gritar e perder as estribeiras são sinais de fraqueza e de falta de controle. Uma mulher forte, no entanto, é amável. 15 2
9lludeiua juAma,depjinAu/l t/Lan&^a/une^iux Oida Em meio às frustrações que a vida traz, podemos ser amáveis. Podemos ser amáveis quando precisamos lutar pelo que é certo. E sim, é possível ser amável até quando ensinamos, educados e disciplinamos nossos filhos. Sua amabilidade será muito mais eficaz na solução de um problema do que a ira e a raiva jamais conseguirão ser. Todavia, o que exatamente é amabilidade? Ela é um fruto do Espírito de Deus. Lpieikes, a palavra grega usada aqui, pode ser traduzida como “tolerância”. Ou seja, é uma espécie de razoabilidade doce. Eu gosto dessas palavras! Quero ser razoável, e quero defender o que é correto quando necessário, mas também quero manter um espírito doce quanto a isso. Observe como a mesma palavra para amabilidade é usada nas passagens a seguir: Lembrea todos quesesujeitem aos governantes eàs autoridades, sejam obedientes, estejam sempreprontos ajazer tudo o queé bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos eamáveis emostremsempreverdadeira mansidãopara comtodos os homens.
Tito 3.1,2 NVI Mas a sabedoria quevemdo alto éantes detudopura; depois, pacifica, amável, compreensiva, cheia demisericórdia edebons frutos, imparcial esincera.
Tiago 3.17 NVI Deus é gracioso e perdoador para conosco, portanto, também devemos ser assim com os outros. Deus também é paciente e tolerante conosco. Que possamos refletir Sua bondade em todas as nossas interações. Quando somos graciosas com outras pessoas e tratamo-las com humildade, refletimos a ima gem de Cristo. E fácil ser amável com os que são gentis conosco, mas e com os que discordam da gente, cometem erros que nos afetam e são rudes conosco? Que nossa amabilidade seja conhecida por todos — não apenas pelos nossos bons amigos, pelos colegas de trabalho que gostam de você e pelos seus amigos da igreja, mas por todos! A amabilidade externa é resultado de um humilde reconhecimento que vem de dentro. Ao encorajar-nos a permitir que nossa amabilidade seja conhe cida por todos. Paulo lembra-nos: Perto está o Senhor. O conhecimento da presen ça do Senhor muda a maneira como falamos ou lidamos com outras pessoas? Deveria. Reconhecer a presença de Deus em nossa vida motiva-nos a honrá-lo tratando as pessoas do modo como Ele as trataria. O Pai não está sobre nós de 153
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braços cruzados, gritando para que sejamos amáveis. Pelo contrário, Ele está amavelmente presente em nossa vida, lembrando-nos de Sua bondade e tolerân cia para conosco, bem como concedendo-nos o poder de refletir Seu gracioso amor às outras pessoas. Pense em uma situação em que você, talvez, não tenha sido muito amável com alguém. Agora pense naquele que, de modo voluntário e sacrificial morreu por você, está ao seu lado, não com raiva, mas como um lembrete gentil de Sua amabilidade para com todos. Perto está o Senhor. Medite sobre esta verdade e mantenha-a em primeiro plano ao lidar diariamente com as pessoas. Peça para Ele, que está com você agora, conceder-lhe um espírito amável e gracioso ao in teragir com outras pessoas. Permita que seu coração seja cheio de gratidão pela paciência e pela tolerância que Ele demonstra a você em todos os momentos de cada dia. Que pensamento belo e poderoso —- perceber que o Senhor está perto! Ele vê o que você está passando, conhece suas necessidades e é capaz de conceder-lhe força.
Um ativo lançamento diminui conflitos Onde você deposita sua tensão? Você sabe do que estou falando, aquela sensa ção familiar que surge quando há coisas demais acontecendo, quando você está estressada ou quando se esforçou além do que achava que conseguiria suportar. No meu caso, começo a sentir dores nos ombros e no pescoço. [Por exemplo,] no Natal passado, achei que tinha chegado ao meu limite. Todas nós sabemos que as festas de fim de ano podem ser estressantes, mas, acrescente a isso pla nejar o casamento da minha filha, escrever um livro, dirigir por nove horas até Memphis, para um enterro inesperado na semana anterior ao Natal, dirigir de volta dias depois e servir a ceia em nossa casa tanto na véspera como no dia de Natal. È óbvio que comecei a sentir uma pontada de ansiedade correr pelo meu corpo. Quando estou estressada, não sou uma companhia muito agradável. As festas de fim de ano devem ser um tempo de alegria, e por isso, não há espaço para mães ranzinzas. Algo precisava mudar. E certo que há muitas coisas em mi nha agenda lotada que preciso cortar , mas eu não queria abrir mão de passar um tempinho lendo a Palavra de Deus todos os dias. Eu sabia que precisava disso! 15 4
miuA eAiui |tí/ima de penAaA/e ÍAttnA^o/urte/.iAitt- sLixlti
Eu uso o cronograma de leitura da Bíblia de Estudo Leitura Diária', que separa trechos diários do Antigo Testamento, do Novo Testamento, de Salmos e de Provérbios a fim de que toda a Bíblia seja lida em um ano. Eis o que li no livro de Salmos no dia 23 de dezembro: Coma minha voz clamei ao SENHOR; coma minha voz ao SENHOR supliquei. Derramei a minha queixa perantea suaface; expus-lhea minha angústia. Quando o meu espírito estava angustiado em mim, então, conheceste a minha vereda. No caminho emqueeu andava, ocultaramum laço}
Essa foi a passagem perfeita para esta pobre mulher pateticamente sobre carregada! Era exatamente disso que eu precisava ler para lembrar que Deus convida-me a depositar meus problemas, meus cuidados e minhas preocupações nele. Quando estou sobrecarregada, meu marido, mmhas filhas e meus amigos podem não ser capazes de ajudar-me, mas Deus é. Ele pode mostrar-me para onde devo ir, o que devo fazer e o que não devo também. Ele pode ajudar-me a ver com o que vale a pena perder tempo e com o que não vale. Nada é pequeno demais. O Senhor quer que derramemos todas as nossas queixas diante dele. Quero que você saiba que naquele dia fiz um lançamento. Lancei meus cui dados, minhas preocupações e minhas ansiedades sobre o Senhor e, em troca, pedi-lhe Sua paz, Sua sabedoria e Sua alegria. Quer saber? Ele concedeu-me tudo isso! Eu contei-lhe essa pequena situação porque às vezes tendo a esquecer-me de que Deus verdadeiramente cuida de minhas necessidades. Acho que Satanás adoraria que todas nós esquecêssemos esse fato. Quando outras pessoas olham para os cristãos e veem-nos consumidas pela preocupação e pelo medo, o mun do recebe a mensagem de que não acreditamos que Deus cuida de nossas neces sidades. Por outro lado, se lançamos nossos cuidados sobre o Senhor e andamos em Sua paz, demonstramos ao mundo que sabemos que nosso Deus ama-nos e importa-se conosco. È por isso que as palavras de Paulo não são apenas uma boa sugestão, mas, sim, uma instrução: Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas; ecom ação degraças; apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, queexcedetodo o entendimento, guardará os seus corações eas suas mentes em CristoJesus.4 Publicada pela editora Central Gospel.
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Quando a paz de Deus guarda nosso coração e nossa mente, começamos a desapegar-nos do que pensamos que poderia ou deveria acontecer. Quando confiamos no cuidado que o Senhor tem por nós, não insistimos de modo raivoso no que acreditamos ser a melhor solução. E quando descansamos no Senhor, não lutamos obstinadamente para que as coisas sejam resolvidas à nossa maneira. Além disso, a paz que excede todo o entendimento evita que nos preocu pemos com algo que tememos acontecer no futuro. Você percebe que, quando deixamos nossas ansiedades aos cuidados do Senhor, muitas das coisas que alimentam nossas contendas desaparecem? Muitos conflitos são gerados pelo medo: medo de não termos o que merecemos, medo do que nos espera se fizer mos tal mudança, medo de abrir mão do modo como sempre fizemos as coisas, medo de deixar que outra pessoa analise por si mesma a verdade, medo do que as pessoas vão pensar. Como um animal enjaulado, o medo leva-nos a atacar outras pessoas. Possivelmente, a ação mais importante que podemos tomar para resolver conflitos é entregar nossas preocupações, medos e ansiedades ao Senhor. Tal vez você tenha medo de perdoar alguém. No entanto, perdoe mesmo assim, e entregue ao Pai suas preocupações em relação às consequências disso. Pode ser que você esteja com medo de concordar com seu esposo porque não sabe o que acontecerá se tomarem essa decisão. Em oração, lance suas preocupações sobre Deus e confie seu futuro Aquele que a ama. Pense nos conflitos em sua vida neste momento e no papel que o medo e a preocupação desempenham nesses conflitos. Você está disposta a entregar esses temores ao Senhor? Que possamos ser como Davi, que escreveu: Busquei ao SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores.5
Gosto do que Billy Graham falou: “Feliz é o homem que aprendeu o se gredo de achegar-se a Deus cm oração diária. Até mesmo 15 minutos a sós com Deus todas as manhãs, antes de começar o dia, podem mudar as circunstâncias e mover montanhas”. Comece cada dia com um momento de alegria no Senhor e de louvor por quem Ele é. Confesse seus pecados e agradeça-o pela amabilidade e pela tolerância que o Pai demonstra-lhe. Peça para Ele ajudá-la a ser amável com todos. Por fim, lance seus cuidados sobre Ele, e veja o Senhor mover mon tanhas enquanto você vê seus medos sumirem e sua esperança crescer. 156
n a .d e pxiiiAxj/t e l/uxító j a/u ne . <5u a vlida/ S J I L u l e i u a j a /u
Em que você está pensando? Quando os médicos disseram a Dick e Judy Hoyt que para o filho deles, Rick, havia poucas esperanças de viver como uma criança normal, eles consideraram isso um desafio. Por falta de oxigenação no cérebro de Rick na hora do parto, ele foi diagnosticado com tetraplegia espástica e paralisia cerebral. No entanto, em vez de se concentrarem no que Rick não poderia fazer, Dick e Judy começaram a buscar o que ele poderia fazer. Eles perceberam que, embora não pudesse andar ou falar, Rick parecia ser bem astuto, e os olhos dele acompanhavam os pais enquanto andavam pelo recinto. Assim, eles começaram a ensinar-lhe o alfabeto e palavras básicas, e tentaram ampliar as experiências dele levando-o para andar de trenó e nadar. A medida que começaram a reconhecer as capacidades intelectuais de Rick e seu potencial para aprender, D ick e Judy souberam que precisariam encontrar uma maneira de ajudar Rick a comunicar-se verbalmente. Assim, um grupo de engenheiros da Tufts University construiu um computador interativo para o menino. A tela do computador exibia as letras do alfabeto com um cursor que destacava cada letra. Rick podia usar a cabeça para mexer um capacete que estava conectado à sua cadeira de rodas, e assim, clicar e selecionar as letras que queria. Suas primeiras palavras, aos 12 anos de idade, não foram “Oi, mãe!” nem “Oi, pai! : foram: "Go, Bruins!” O time Boston Bruins estava na final da Stanley Cup na epoca. e. daquele momento em diante, ficou óbvio que Rick adorava esportes e estava acompanhando os jogos havia algum tempo. Você não e £rata pelo fato de que Dick e Judy concentraram-se no po tencial de Rick. e nio em sua deficiência? Mas a história não acaba aqui. Rick terminou o Ensino Medio e formou-se em educação especial pela Boston Uni versity em 1993. No entanto, uma parte significativa de sua história começou quando ele tinha. 15 anos de idade e disse ao pai que queria participar de uma corrida beneficente de cinco milhas em prol de um jogador de lacrosse que ficou paralítico depc* de um acidente. Dick não era um corredor de longas distâncias, mas comraaiiio»! em empurrar Rick em sua cadeira de rodas durante a corrida. Eles rri1iiiMimru quase em último lugar. Você e eu provavelmente terí amos ficadc desni»o®Taiijck roas não aquele jovem. Na mesma noite, ele disse ao pai: “Pai. quando fia oonno. parece que não sou deficiente”. T<7
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Depois de entender a perspectiva do filho a respeito da corrida, Dick nun ca mais parou. Na verdade, a Equipe Hoyt chegou a completar mil corridas, incluindo maratonas, duathlons e triátlons. Eles até pedalaram e correram pelos Estados Unidos em 1992, completando um percurso de, aproximadamente, seis mil quilômetros em 45 dias. Nos triátlons, Dick puxa Rick em um bote com uma corda presa a um colete em volta da cintura. Para a parte do ciclismo, Rick monta em uma bicicleta especial para duas pessoas, e na parte da corrida, Dick empurra o filho em uma cadeira para corrida feita sob medida. Uma vez, perguntaram a Rick se ele pudesse dar qualquer coisa ao pai, o que seria, e ele respondeu: “A coisa que eu mais gostaria de fazer por meu pai seria sentá-lo na cadeira, e, por uma vez, eu o empurraria”.6 Se quiser ver a Equipe Hoyt em ação, você pode assistir a muitos vídeos sobre eles em www.Tangle.com. Mas se quiser ter uma bela choradeira, assista ao vídeo chamado “My Redeemer Lives — Team Hoyt” [Meu Redentor vive — Equipe Hoyt, tradução livre]. Acompanhado pela música “My Redeemer Lives”, o vídeo mostra Dick e Rick competindo juntos no Ironman Triathlon e transmite o sentimento de vitória de ambos ao cruzarem a lmha de chegada. O vídeo termina com uma imagem de Rick sorrindo, que está com seu com putador, e na tela deste, está escrito: “Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece”. Alerta: Não assista ao vídeo sem um ou dois lenços por perto. A Equipe Hoyt dá-nos um excelente exemplo de como enxergar o melhor em outra pessoa. Dick e ]udy focaram-se no que Rick era capaz de realizar e buscaram atividades que lhe deram esperança e propósito. Por sua vez, eles mesmos encontraram um novo propósito. Observe que não apenas Judy e Dick acreditaram no potencial do filho, mas também o filho acreditou no potencial dos pais. Rick acreditou que o pai era capaz de esforçar-se fisicamente para par ticipar de uma corrida de longa distância. A Maratona de Boston de 2009 foi oficialmente a milésima corrida da Equipe Hoyt. Dick logo completará 70 anos de idade, mas nem Dick nem Rick estão prontos para a aposentadoria! Em relação às pessoas em sua vida, em que você concentra-se? Você olha para o que elas não podem fazer, ou vê o potencial que têm e concentra-se no que podem fazer? Paulo continuou suas palavras de admoestação aos filipenses mandando-os concentrarem-se no que é bom nas pessoas e na vida. Ele escreveu assim:
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y i U k Alia, de ^ e t/ umâ^a/ imeAua/ \ Uda j^ a /im c L jm b a /v
Quanto ao mais, irmãos, tudo o queéverdadeiro, tudo oqueéhonesto, tudo oqueé justo, tudo oqueépuro, tudo o queéamável, tudo oqueédeboa fama, sehá alguma virtude, esehá algumlouvor ; nissopensai. O quetambémaprendestes, erecebestes, e ouvistes, evistes emmim, isso fazei; eoDeus depaz será convosco.7
Devo admitir que fico tão sintonizada a uma característica ou a uma di ferença na personalidade de alguém que, às vezes, isso é tudo que vejo naquela pessoa; contudo, quando aceito o conselho de Paulo e começo a ver o que é correto e de boa fama em uma pessoa, passo a vê-la sob uma perspectiva di ferente. Todo mundo tem qualidade excelentes e dignas de louvor. As vezes, é preciso um olhar um pouco mais profundo ou um pouco de criatividade, mas garanto que as boas qualidades estão lá. Também é fácil fazer suposições acerca da motivação das pessoas. No entanto, mais uma vez Paulo ordena pensar no que é bom e amável. Assim, jogue fora as suposições e concentre-se no que você sabe que é verdade. Quando mudamos nosso pensamento em relação às pessoas, tornamo-nos encorajadoras, em vez de desencorajadoras. A paz é construída entre pessoas que buscam o melhor das outras, já contendas e desespero resul tam de focar nas piores coisas nas outras pessoas. Busque o melhor das pessoas e das suas circunstâncias. O que está acon tecendo na sua vida agora? Tenho certeza de que você tem algumas dificuldades e decepções, mas também algumas coisas boas. Acredito também que algumas coisas deixam-na frustrada e com raiva, no entanto, há bênçãos. Por isso, faça exatamente o que Paulo mandou os filipenses fazerem: pense no que é verda deiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama; em que tem alguma virtude, algum louvor. Pare um momento, pense nas bênçãos que estão ocorrendo em sua vida e pare de pensar nas coisas ruins. Anote algumas das coisas que têm alguma virtude ou algum louvor que vierem à sua mente:
Dê um passo além e pense que o bom pode ser encontrado em meio às suas dificuldades. Tire um tempo para pensar nas lições aprendidas e no amadu recimento que ocorre quando se persevera durante os períodos difíceis da vida. 159 .
Ca pí t u l o io
Se você perguntasse à família Hoyt se eles veem algo de bom como resultado das deficiências de Rick, eles compartilhariam uma grande lista de bênçãos. As vezes, é difícil enxergar algo bom em uma situação difícil. Pode levar tempo até que uma decepção resulte em algo positivo, mas aguente firme. Continue bus cando. Mantenha os olhos voltados para a esperança e pergunte: “O que Deus pode fazer por meio dessa dificuldade?” Estejamos determinadas a enxergar cada obstáculo da vida como uma oportunidade de confiar em Deus. A vida não precisa ser tão feia. Mudar de perspectiva é um desafio, eu sei, mas é possível. Comece concentrando-se no que está indo bem (no que você escreveu anteriormente nas linhas acima). Agradeça ao Senhor pelas circunstâncias nobres e admiráveis de sua vida neste momento. Ao agradecê-lo constantemente pelo bom, você começará a desenvolver um olhar para o que é verdadeiro, honesto e justo até mesmo nas cosias difíceis. Em qualquer circunstância, a maioria das pessoas tende a ceder aos pensamentos negativos, e por isso devemos treinar nossos olhos para focarem o que é puro, amável e de boa fama. Olhe atentamente para suas bênçãos, e a quantidade de desgostos e dificuldades diminuirá.
Busca pessoal Leitura complementar: Romanos 12 — Sacrifícios vivos. Verdadebásica: Seu padrão de pensamento pode ajudar a fortalecer relacio
namentos e a criar oportunidades em sua vida. Escolhas:
• Concorde no Senhor com seus irmãos em Cristo e resolva conflitos com graça e sabedoria. • Seja uma pacificadora para pessoas em conflito. • Escolha alegrar-se no Senhor. • Que a sua amabilidade seja conhecida por todos à medidaque você reconhece que perto está o Senhor. • Não esteja preocupada nem ansiosa. Em vez disso, sinta Suapaz ao lançar sobre Ele seus cuidados.
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• Procure o potencial e a capacidade de outras pessoas. Veja o melhor lado delas. • Concentre-se nas bênçãos de sua vida, mesmo durante as dificuldades. Plano deliberado: Pratique o pacífico plano de Paulo.
Neste momento, há algum relacionamento difícil em sua vida? Aplique a estratégia que Paulo deu aos filipenses. Eu a chamo de “golpe triplo de Paulo”; no entanto, é um golpe do bem. Então, sempre que você tiver vontade de socar alguém, tente lazer isso: 1. Alegre-se sempre no Senhor. Desvie os olhos do que é tão frustrante e volte-os para o Pai. Escolha encontrar alegria nele e em Seu grande amor por você. Ao concentrar-se na bondade de Deus, sua atitude para com as pessoas de sua vida começará a mudar. 2. Que a sua amabilidade seja conhecida por todos. Sem linguajar pesa do, gritos, berros e fofocas. Seja amável ao falar com outras pessoas porque você sabe que o Senhor está perto. 3. Não esteja ansiosa por coisa alguma, mas, por meio de oração e súplica em ações de graça, apresente seus pedidos a Deus. Antes de chatear-se com alguma questão ou com algo que pode acontecer no futuro, identifique o que está deixando-a ansiosa ou com medo. Em seguida, ore e lance seus cuidados sobre Deus. Não se esqueça de agradecer! O Senhor lhe concederá a paz que excede todo entendimento. Quando o temor sai do conflito, a paz começa a dominar. Aplique esses princípios ao buscar concordar no Senhor com outra pessoa. Que a paz e o amor de Deus transformem seu conflito em um lugar de espe rança e redenção.
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CAPÍTULO 11
O
Q jz nA aA olrL O y òçj^/ l qÁ q j do/ c^Q rttojníx x mJ into
E Deus époderoso para tornar abundanteem vós toda graça, afim deque, tendo sempre, emtudo, toda sufciência, superabundeis em toda boa obra. 2 Coríntios 9.8
“Um espírito contente é um fruto da graça divina.” George Barlow
«7 « 'ocê sabia que um em cada 20 americanos não consegue controlar o impulso de comprar? E verdade. Estima-se que 17 milhões de americanos sejam viciados em compras, gastando ao ponto de prejudicar seu casamento, sua fa mília e suas finanças. Infelizmente, gastar muito tornou-se uma prática aceitável em nossa cultura produtiva, mesmo em tempos de crise econômica. Os espe cialistas do Bankrate.com dizem: “Na terra do consumo conspícuo, a compra compulsiva é o vício bem-aceito, o alvo de inúmeros seriados e comédias, um dos poucos distúrbios dos quais ainda se pode rir”.1 Por que as pessoas gastam demais? Psicólogos apresentam diversos moti vos pelos quais as pessoas tornam-se viciadas em compras, os quais variam de carência emocional na infância, passando pela necessidade de estar no controle, até o desejo de preencher um vazio. Entretanto, eu acrescentaria “falta de con tentamento” à lista. Sendo completamente honestas, concordaríamos que um
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espírito inquieto e um sentimento de descontentamento são comuns à maioria das pessoas em algum momento da vida. Independente de estarmos ou não des contentes conosco mesmas, com nosso marido (ou com a falta de um), nosso emprego, nossa casa, nossos bens ou nossas circunstâncias, todas nós estamos propensas a querer algo melhor e a desejar algo mais. Na verdade, nossa cultura parece lutar contra o espírito de contentamento. Além disso, como a indústria da propaganda sobreviveria se todos nós estivéssemos completamente satisfeitos? Contentamento não significa conformismo. Não significa sentar-se em uma confortável poltrona e deixar o mundo passar por você. A palavra grega para contentamento está ligada ao conceito de suficiência ou satisfação. Portanto, uma pessoa contente experimenta sincera satisfação, paz divina e alegria na vida que não se baseia em pessoas ou circunstâncias. O oposto do contentamento é inquietação, murmuração, infelicidade e uma busca infindável por completude. A seguinte afirmação pode parecer ousada, mas acredito que o cerne do descon tentamento está na falta de confiança em Deus e no desprezo pelo Seu grande amor por nós.
Por que o contentamento é tão bom? Minha cadela Bentley deve ser a criatura mais descontente do mundo. Se está do lado de dentro, quer sair, e se está do lado de fora, fica arranhando a porta para entrar em casa. Enquanto eu escrevia este parágrafo, já a deixei entrar e sair três vezes. Ele é um gigante precioso e amável, mas não sabe o que realmente quer, e isso está enlouquecendo-me. Onde está o Encantador de Cães quando se precisa dele? O descontentamento não é bonito nem em cães nem em pessoas, nem é uma qualidade cativante para ninguém. Paulo era um executor, um empreendedor, um dínamo, o tipo de cara que nunca-fica-em-um-mesmo-lugar, no entanto, ele também era contente. Ele abordou sua capacidade de contentar-se em qualquer situação quando escreveu da prisão esta carta aos filipenses. Gosto do que ele escreve aqui. Até incentivei minhas filhas a memorizarem parte dessa passagem quando eram pré-adolescentes e estávamos prestes a fazer uma longa viagem em família. Já aprendi a contentar-me com o quetenho é uma frase que todo adolescente deveria memorizar, você não acha? Bem, acho que não faria mal se os adultos também a decorassem. 1 6 4 .
0 vü/almd ('.(/lo.>e xj/w A n cio cc.it feii-t atr u/íiío . Eis a passagem completa: Ora, muito meregozijei noSenhorpor, finalmente; reviver a vossa lembrança demim; poisjá vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porquejá aprendi a contentar-mecomo quetenho. Sei estar abatido esei tambémter abundância.1
Ele era contente mesmo quando estava em necessidade? Como isso era possível? Se estou em necessidade, consequentemente eu ficaria, de modo na tural, descontente? Por isso, devemos perguntar-nos: “São as coisas que possuo que me tornam contente, ou meu coração contenta-se mesmo quando estou em necessidade?” A lição transformadora que aprendemos com Paulo nesta passa gem é que o contentamento, assim como a humildade, vem do coração. Pode mos ter necessidades externas, mas, ainda assim termos um coração contente e uma atitude pacífica em relação à vida. Há muito exemplos de pessoas que não têm muitos bens, mas que são ricas em alegria e contentamento. Um exemplo em particular que observei destaca-se com clareza em minha mente. Muitos anos atrás, nossa família foi a uma área desfavorecida de Dallas para distribuir ceias para muitas famílias que trabalha ram em um programa extracurricular cristão. Nós nem estávamos fornecendo a comida; estávamos apenas usando nosso carro para ajudar a entregá-la. Nosso trabalho era ir até a porta [da casa], entregar a ceia, cantar algumas canções de natal (o que era meio assustador, porque nossa família não é musical), orar por aquela família e sair. Ao entrarmos em casas bem necessitadas, éramos recebidos com sorrisos incrivelmente gentis e alegres. Cada uma das famílias recebeu-nos em sua casa de maneira muito atenciosa. O cenário em geral foi esse: cantávamos um de plorável repertório de duas canções de natal para a família (que sorria e ouvia amavelmente), conversávamos um pouco com ela, e então alguém daquela casa se oferecia para orar. As orações eram sinceras e cheias de gratidão. Pelo que me lembro, cada família orou mais ou menos assim: “O, maravilhoso e glorioso Pai celestial, obrigado pelas Suas muitas bênçãos. Somos imensamente gratos por tudo que o Senhor fez por nós. Alegramo-nos em ti. O Senhor deu-nos tudo de que precisávamos, e principalmente, deu-nos salvação por intermédio de Seu Filho, Jesus. Nunca poderemos agradecer o suficiente pelo amor e bondade que 16 5
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tem para conosco, querido Senhor. Obrigado por estas pessoas queridas e por esta ceia que elas trouxeram. Oramos para que o Senhor abençoe essa gente e ajude-a a ter um bom Natal.” Uau! Que oração! Como era linda e graciosa! Estou dizendo-lhe sincera mente que cada casa era consistente com a seguinte — as orações eram reple tas de alegria, gratidão e contentamento. Veja bem, todos eles viviam em casas simples e com pouquíssimos bens materiais, no entanto, eram a imagem do contentamento no Senhor, da satisfeitos nele. Quando nossa família embarcou no carro e voltou à descontente região norte de Dallas, aprendemos uma valiosa lição. O contentamento não se baseia naquilo que temos ou no bairro em que moramos; trata-se de uma questão do coração. É reconhecer o amor de Deus e ser grato por Seu cuidado. Algumas das pessoas mais descontentes que conheço também são as mais ricas. E verda de que existem pessoas descontentes em todas as classes sociais e em todos os países. Você pode visitar uma cultura empobrecida na Africa e encontrar tanto pessoas contentes como descontentes nas mesmas circunstâncias. Portanto, é uma escolha de atitude. Vemos o conceito do contentamento ao longo do Novo Testamento. Na primeira carta de Paulo a Timóteo, lemos: Mas êgrandeganho a piedadecom contenta mento. Porquenada trouxemospara estemundo emanifesto équenada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento ecom quenos cobrirmos, estejamos com isso contentes.3Gosto dessa atitude!
Gosto de estar cercada por pessoas com esse tipo de pensamento. Tenho medo de olhar no espelho e pensar no quanto sou falha nisso. G, oVnRo /V,
qJj s lqs meuó. d Õ i a ò , j i a / i C L meuò.
e^xcortí/ixi/ La xx Í aa ^cu^Õlqs em (Lmàvt r u x t e / L t c u ò i ji u l u p oc . c i i p/i.í/í n u n l u i ^ exun
a- ei Í’cíc|/ci.a d c tiò ta /i ,mi í
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q a i q a a Í o a cjuanda
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a in a s i.
O autor de Hebreus nos lembra: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o quetendes; porque ele disse: Não tedeixarei, nemtedesampararei. £, assim, comconfiança, ousemos dizer: O Senhor éo meu ajudador, enão temerei oquemepossa fazer o homem.4
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Q^a A o A tuuixi/ ô e x y u u l ( v- d o c o n t ( m f u m e n [ o
Por sabermos que o Senhor é o nosso ajudador, [nós,] os cristãos, podem ser diferentes do resto do mundo, e por isso, não precisamos ter medo. Podemos confiar no fato de que não estamos sozinhas. Deus nunca nos abandonará. Con fiar no Senhor como nosso ajudador é a raiz do contentamento. Você realmente crê que Ele é o seu ajudador? Sua confiança está construída sobre a sólida base da bondade de Deus por você? Davi tinha esse tipo de confiança e satisfação em Deus. Acho que você conhece bem o Salmo 23, que é uma das maiores afirmações de contentamento faltará. O vigésimo terceiro Salmo já proferidas: O SENHOR éo meu pastor; nada me começa com uma poderosa afirmação de confiança e segurança no Senhor, e você pode perceber a temática do contentamento ao longo dessa obra poética. Vamos lê-lo juntas, e ao fazermos isso, vamos sublinhar cada frase que sugere que nossas necessidades são supridas pelo nosso bom Pastor: O SENHOR é o meu pastor; nada mefaltará. Deitar-mefaz emverdespastos, guia-me mansamentea águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-mepelas veredas dajustiça por amor do seu nome. Ainda queeu andassepelo valeda sombra da morte; não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara eo teu cajado meconsolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges a minha cabeça comóleo, o meu cálicetransborda. Certamentequea bondadeea misericórdia meseguirão todos os dias da minha vida; ehabitarei na Casa do SENHOR por longos dias?
Davi faz o contentamento no Senhor parecer algo tão bonito e poético, não é? O contentamento desenvolve-se em nossa vida quando confiamos nos cuidados do Pastor. Não sei como as pessoas que não conhecem ao Senhor al cançam o contentamento; e do mesmo jeito, também não sei como alguém que sinceramente confia no Senhor pode ser descontente. Quando consideramos nosso grande Deus, Aquele que nos ama e que sabe o que é melhor para nós, podemos depositar nossa confiança em Sua provisão. Não importa se estamos passando por tempos de escassez ou de fartura, podemos continuar satisfeitas na suficiência de Deus. Mesmo quando não entendemos por que estamos pas sando por determinado problema, ainda podemos confiar em Seu cuidado. 167.
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Como uma ovelh, que depende do cuidado de seu pastor, você esta dis p o * a colocar seus desejos uas mãos de Deus e confiar em Seu a^or por vo ; Podemos não entender por que Ele não torna nossa V id a do modo como qu remos mas podemos confiar em Seu amoroso cuidado p o r nos. Como um bom pastor que c a rin h o s a m e n t e cnlda das suas ovelhas, Deus, com gentileza, cu.da de nos sustenta-nos e conduz-nos pelo cammho que devemos seguir. Com nossos olhos fitos nele, vamos, em voz alta, dizer | untas: Jw * « fJurá' Você fez isso? Falou em voz alta? E bom, nao e mesmo: c voce cs iver em uma lanchonete neste momento, aposto qne as pessoas em volta podem pensado que você é nm pouco doida, Tudo bem! Apenas fique a, com um sorri so de contentamento no rosto; isso vai enlouquece-los.
0 segredo Alguns anos atras, um livro chamado O entrou para a lista dos mais ven didos A autora, Rhonda Byrne, alegava ter descoberto um antigo segredo pa conseguir o que qniser na vida. As crenças dela eram baseadas em uma mistura de ideias religiosas e filosóficas. No entanto, no lado oposto, lemos que Pau também descobriu segredo“, contudo, não se trata do mesmo que By proclamava em seu livro. Al,ás, o conceito do de Paulo era bem diferente. Em vez de encontrar o segredo para conseguir, de modo ego.su, tu o o queJ quer, o segredo de Paulo baseava-se em estar contente independente não o que você quer. Eis o que ele escreveu ao filipenses: A rnnli »»< * à, viver comm m ^ t f J f m # * », V <«• m n f i , 1«, m i o m»to, »< r> m :do m o d U , . H . psso n,v „k
m
fortalece,6
Oue tal esse segredo? Imagine estar contente em qualquer situação, porque Cristo fortalece-nos! É provável que você já tenha ouv.do a frase Tudo posso naquti ,u, mpmtac, e também que a ouviu seudo aplicada a tudo qne existe debaixo do sol mas Paulo não escreveu ,sso par» inspirar você a subir na carreira p fissional, a pular de h»V c,«,rV, a comprar uma casa enorme ou a cultivar um „ovo passatempo. Se mantivetmos essa frase uo contexto, entenderemos que 16 8
0 'vc/líluíl.tu/ill 01'(j/IÁ'í!l! ílt! l’tl 11U’l 11a I! Ivt 11ü
estava falando de força para contentar-se. Não que essas coisas que mencionei sejam erradas, mas estou apenas dizendo que a frase Tudo posso, muitas vezes, é mal empregada. Já vi essa sentença sendo usada e abusada em formas como autoajuda, pensamento positivo, e em vários livros e mensagens motivacionais. A verdade é que Cristo pode fortalecer-nos quando lutamos com a insa tisfação ou o descontentamento. Podemos ser fortalecidas quando estamos em uma situação na qual achamos impossível continuar. Nosso bom Pastor pode sustentar-nos e ajudar-nos quando estamos em necessidade. Paulo disse que aprendeu a contentar-se na fartura ou na escassez. Preci samos realmente aprender a contentar-nos quando temos muito? Talvez sim. É estranho, mas também pode ser um desafio contentar-se quando se tem muito dinheiro e coisas disponíveis. Vou dar-lhe um exemplo sobre comida (meu tipo favorito de exemplo): imagme que você está um bufê livre. Sc há muita comi da boa à sua frente, você diz: “Vou pegar só o necessário”? Não. Se você for como eu, vai pegar o que quiser e um pouco mais! Sim, é difícil limitarmo-nos e contentarmo-nos quando há fartura disponível. Tenho uma amiga muito rica que me disse uma vez: “E difícil criar filhos contentes em um lar rico, porque eles sempre podem ter mais. Você nunca pode dar a desculpa: ‘Não, você não vai ganhar isso, não tenho dinheiro’. Não há limites claros sobre quando devemos parar de comprar e declarar que já é o suficiente”. Eu nunca havia parado para pensar nos desafios de contentar-se sob esse ponto de vista. Talvez, você gostaria de ter a oportunidade de descobrir como é ter esse tipo de desafio! No entanto, a questão é: não importa se você tem de sobra ou se passa necessidade, Cristo pode ser a sua âncora, proporcionando-lhe contentamento independente das circunstâncias. Há várias situações na vida em que podemos lutar para ter um espírito contente. Nesses momentos específicos, temos a escolha de tentar superá-los por conta própria ou de voltar nossos olhos para o Senhor e buscar Sua força em meio às nossas circunstâncias incertas ou indesejadas. Podemos buscar o contentamento ou o desprezo. Podemos viver em paz e confiando em Deus, ou podemos viver com raiva e ressentimento para com Ele e com nossa situação. E quanto a uma mulher solteira de 38 anos? Ela pode contentar-se sem um mando? Tudo posso naquelequemefortalece. E quanto a uma moça de 18 anos que acha que é a única cristã da escola? Tudoposso naquelequemefortalece. 16 9
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E quanto à mulher cujo marido perdeu o emprego? Tudo posso naqueleque me fortalece.
E quanto à jovem mãe cristã que acabou de descobrir que seu filho sofre fortalece. de um caso raro de autismo? Tudoposso naquelequeme E quanto aos pais que tinham grandes expectativas para o filho, mas agora, ele está viciado? Tudoposso naquelequemefortalece. E quanto à mulher que não consegue parar de comer? Tudoposso naqueleque mefortalece.
Não importa se é um emprego problemático, um marido insensível ou um desejo de competir com os vizinhos, Deus pode dar-lhe força e sabedoria para contentar-se. Paulo buscava a Cristo em primeiro lugar, e o resultado disso era o contentamento em sua vida.
Um caminho prático para o contentamento Você está insatisfeita ou sentmdo-se infeliz ou descontente em alguma área de sua vida agora?Você está inquieta ou deseja mais amor, atenção ou alguma coi sa? As vezes, é importante fazer uma autoavaliação para considerar se há áreas em que você precisa buscar a força de Cristo. Por isso, releia o Salmo 23 e passe um tempo silencioso refletindo nas palavras O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ao refletir nessa frase, peça para o Pai mostrar-lhe as áreas de desconten tamento que precisam ser entregues a Ele. Pense nas áreas de sua vida nas quais você encontra-se irada, infeliz ou desejando mais. No entanto, sejamos realistas: nem toda insatisfação é ruim. Há momen tos em que nossa falta de satisfação pode levar-nos a uma situação positiva. Por exemplo, se uma pessoa está acima do peso e mantém um estilo de vida preju dicial à saúde, sua insatisfação com o peso pode levá-la a comer alimentos mais saudáveis e a praticar exercícios. A frustração por causa da bagunça pode levar uma pessoa a tomar atitudes para reorganizar a casa. Outro exemplo de insatisfação que se torna algo positivo é, na verdade, algo muito relacionado a mim. Minha filha Grace, aluna da Baylor University, sentia-se frustrada ao observar que o nível de pobreza aumentava Waco, e por isso, ela começou a estender a mão às crianças daquele lugar. Ela começou um projeto de artes chamado Waco Arts Initiative [Iniciativa de Artes em Waco, 170
0 OjmÁatleÍ/lo ' exj/ ieÁa'do,'contentamento tradução livre], que proporcionava às crianças um bom ambiente para aprender artes e um lugar edificante para frequentar depois da aula. A Waco Arts Initiative está fazendo a diferença na vida de crianças carentes daquela cidade. Com certeza a insatisfação pode levar-nos a fazer algo positivo. Contentamento não significa ficar parada e nunca sair do lugar. Olhe para Paulo, que prosseguia e buscava, de maneira dinâmica, a propagação do evange lho. Se você sente-se frustrada em alguma área, entregue isso ao Senhor e busque Sua orientação. Permita que Ele conduza você por um novo caminho ou por um pasto mais verdejante. No entanto, estou dizendo tudo isso no contexto da obediência à Palavra de Deus. Sendo assim, encontrar um pasto mais verdejante não se aplica a um casamento com o qual você esteja insatisfeita, por exemplo. Portanto, acima de tudo, ao buscarmos a Cristo, devemos andar em obediência a Ele. Cristo pode conceder-nos força para contentarmo-nos nas situações não tão perfeitas de nossa vida. Ao considerarmos as áreas nas quais não nos sen timos satisfeitas, quero conduzi-la a um caminho prático para encontrarmos nossa força no Senhor. Aqui estão alguns passos que levarão você a um lugar chamado contentamento.
Passo um: Louveeagraâeça aoSenhor Sim, louve-o em meio ao seu descontentamento. Louve-o por ser seu Pai, sua rocha e seu refúgio. Louve-o pelo poder e pela força que só Ele pode dar. Lou ve-o por Sua soberania. Louve-o porque Ele não se surpreende com nada nem comete erros. Volte seus olhos para o seu Provedor e louve-o por Seu cuidado. Fazendo isso, você começará a tirar os olhos do que deseja e olhará para aquele que concede todas as dádivas. Como mencionei anteriormente, o oposto da murmuração é a gratidão. Assim, em vez de permanecer na terra do descontentamento, encontre a alegria de agradecer a Deus até em tempos de necessidade, e sobretudo, em tempos de fartura. Quando sinceramente agradecemos ao Senhor pelas bênçãos em nossa vida, saímos da frustração e começamos a aceitar onde estamos, e começamos a ver que bênçãos podem ser encontradas até mesmo nas piores circunstâncias. Você observou, no capítulo anterior, que Paulo incluiu ser grato em meios às preocupações e ansiedades? Não andemansiosospor coisa alguma, mas em tudo, pela oração 171
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esúplicas, e com ação degraças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz deDeus, queexcede todo oentendimento, guardará os seus corações eas suas mentes cm CristoJesus. Ele também escreveu aos tessalonicenses: Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Emtudo dai graças, porqueesta é a vontadedeDeus em CristoJesus para convosco.'
rjPassodois: Qonjesseseupecado econverta-se O pecado é tão insatisfatório! O lugar mais distante possível do contentamento é quando se está em meio ao pecado. A ironia é que pensamos que o pecado nos deixará felizes e contentes, todavia, é exatamente o oposto. Ele sempre nos decepciona; além de ser insatisfatório, enganador e sedutor. Em última análise, nossa força para sermos contentes vem de Deus, mas se fugirmos dele para viver em pecado, interromperemos uma longa carreira rumo ao contentamento.
'Passo três: ^Peçajorça esabedoria aJDeus Deus convida-nos a buscá-lo e a levar nossos pedidos a Ele. O Senhor quer que encontremos nossa força nele e que lhe peçamos sabedoria. Quando pedimos a ajuda de Deus, damos um passo ativo para confiar nele, e não em nós mesmas. Peça para Ele conceder-lhe uma nova perspectiva em sua situação: peça a pers pectiva dele. Lembre-se: confie no Senhor com todo seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento. Reconheça-o em todos os seus caminhos, e Ele orientará seus passos.
'Passo quatro: ^scolha aceitar oplano deJDeus Em vez de tentar consertar as coisas para que tudo seja perfeitamente tranqui lo em sua vida, considere o que Deus quer ensinar-lhe em meio às dificulda des. Confie em Seu amor e cuidado por você. Todavia, não estou dizendo que não deveríamos tentar melhorar a nós mesmas nem buscar o melhor em nossas circunstâncias, mas apenas que há situações que não podem ou que não irão mudar, c por isso, devemos aprender a aceitá-las. Em vez de sempre tentar en contrar satisfação em outro lugar, devemos desfrutar do cuidado de Deus por nós exatamente onde estamos.
172 .
'hL/ iÁaÁexAxvòjqj^u qÁ cí ' doyconí eniumcnío
e.Tassocinco: Qompartilbesua luta Cultive amizade com alguém que deseja buscar a Cristo como você. Peça para ela orar a fim de que você possa apoiar-se na força de Deus na área de seu des contentamento. Orem uma pela outra e encorajem-se no Senhor. Reúnam-se periodicamente para perguntarem como a outra está se saindo na questão do contentamento. Enfrentar nosso descontentamento e compartilhá-lo com uma amiga ajuda-nos a passar do reconhecimento para a vitória. No livro de Tiago, lemos: Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração deumjusto ípoderosa ecficaz,8 Lana e Brett estavam passando por um momento difícil com o filho, que tinha graves dificuldades de aprendizado e problemas disciplinares. Lana admi tiu que desejava que as coisas mudassem. Ela queria que Deus curasse seu filho e não compreendia por que Ele permitiria esse desafio na vida deles. Um dia, na igreja, pediu-se que toda a congregação agradecesse ao Senhor pelas dádivas que Ele lhes havia concedido. Lana pediu para Deus orientá-la para algo sobre o qual agradecer, e ela sentiu que o Senhor estava levando-a a agradecer pelas dificuldades com o filho. Lana, no entanto, discutiu com o Se nhor, pois certamente não achava que aquilo era uma bênção Sua. No entanto, naquele momento, à medida que Deus relembrava-lhe que Ele não comete erros e que as lutas com seu filho eram um presente dele, o coração dela começou a mudar. Lana jamais havia enxergado a sua situação como um presente das mãos amorosas de Deus. Assim, ela logo mudou seu foco de estar irada e descontente com sua situação para abraçá-la como uma bênção de Deus. Essa nova perspectiva literalmente revolucionou o modo como ela lidava com seu filho e sua família. Sua atitude transformada e seu estado de contentamento permeiam sua vida desde então. Quando mudamos nossa perspectiva e começamos a ver a soberania de Deus no contexto de nossa vida, amadurecemos para sermos mu lheres satisfeitas. Um espírito contente é o reflexo de nossa confiança no amoroso cuidado de Deus por nós. Podemos não entender por que as coisas estão da maneira que estão, mas podemos saber que o Senhor ama-nos e que estará conosco para for talecer-nos durante as dificuldades. Nós honramos a Ele quando vivemos com a satisfação de saber que o Pai cuida de nossas necessidades. O descontentamento 173 .
Ca pí t u l o ii
e a inquietação geram apenas frustração e amargura, mostrando ao mundo que não confiamos no cuidado de nosso Pai. errt noÁAa co/líicã-O/ -----a- pxi;yijuc excede ÍihIo enfendunenta------ aa-
0 , S anfw/ L, a&A Á^aAa jto/j A uí pyi*ien
p/ to^4AcuiyQyda - iioA j/ aa^a pu/ cu COn í cnta/ nno -no.A lUn íCH;u e c|nafcpi.oA c l (ua^ão. S2ue ItaâAíi. Oicla paflAa /cc^ÍÁ/Íl/l a dc£ aite ipue tem0/5 cfn tc! è j Q (Lmv^Paô to/ í, c tuulu noc | uiiu/ aí.
Busca pessoal Leitura complementar: I Timóteo 6.3-21 — A piedade com contentamento
é um grande ganho. Verdadebásica: O segredo para ser contente é encontrar nossa força em Cristo. Escolhas:
• Contente-se em toda e qualquer situação. • Lembre-se de que o contentamento vem do coração, por isso, não se baseia no que você tem. • Confie no amor de Deus por você e lembre-se de que Ele é o seu bom Pastor. • Louve a Deus por ser o seu Provedor. • Seja grata em todas as circunstâncias. • Confesse e converta-se do pecado. • Examine as áreas de insatisfação em sua vidae busque a força de Deus. • Encontre uma amiga para encorajá-la na jornada rumo ao contenta mento. Plano deliberado: Memorize o Salmo 23.
Você consegue! Muitas vezes achamos que memorizar uma passagem é algo assustador e complicado. No entanto, quero que você memorize o Salmo 23 como um passo poderoso e positivo rumo ao contentamento. Há lembrete melhor que essa passagem poética? Você recorrerá às reconfortantes palavras 174.
ú e /u la A iU /u ^ á Jic j/u iiio s c ü x v c x in tc -n ta -tr u m lo ,
deste salmo ao longo do dia, sobretudo quando estiver propensa a sentir-se preocupada ou inquieta por causa das dificuldades. O Salmo 23 a fará lembrar constantemente de que o seu Pastor cuida de você com amor. Eis algumas dicas de memorização: 1. Anote os versículos em fichas e carregue-as com você. 2. Pratique sempre que estiver no carro, esperando em uma fila, lavando roupa, lavando a louça ou passando aspirador. Repita os versículos à noite, antes de dormir. 3. Se você malha, repasse os versículos enquanto se exercita. O ritmo e a oxigenação extra do cérebro parecem ajudar. 4. Faça desenhos simples que ajudem a lembrar as palavras. Nosso cé rebro consegue lembrar-se mais de imagens simples do que de uma lista de palavras. Por exemplo, desenhe um boneco feito de palitinho como um pastor fazendo você deitar em verdes pastos, e depois, faça-o guiando-a a águas tranquilas (um rio com uma placa Silêncio ao lado). 5. Recite os versículos em voz alta para alguém que você conheça. Tente fazer isso em uma conversa com um parente ou um amigo.
175 .
CAPITULO 12 q ) q Àxis a /
(j^n^Õjjy osn ôjzu
n u m c lo y
Sede, pois, imitadores deDeus, comoJilhos amados; eandai emamor ; como também Cristo vos amou eseentregou a si mesmopor nós, emoferta esacrifício a Deus, em cheiro suave.
Efésios 5.1,2 “Quando a obra de Deus é feita à maneira dele para a Sua glória, a provisão do Senhor não faltará.” Hudson Taylor
a
v— ' magme uma jovem noiva enchendo cinco caminhões com seus belos pre sentes de casamento, zarpando com seu recente marido e atravessando o Oceano Pacífico para trabalharem como missionários. Em 1930, Darlene e Russell Deibler começaram a vida de casados, tendo como primeira casa uma cabana de bambu enquanto levavam a mensagem do evangelho à tribo dos kapaukus, que habitavam na ilha de Nova Guiné. Darlene, de imediato, teve uma boa comunicação com os nativos, mas, infelizmente, o trabalho deles com esse povo precioso durou pouco. Com o avanço da Segunda Guerra Mundial sobre o Pacífico, o exército japonês invadiu a Nova Guiné, e os Deiblers foram forçados a mudarem-se para uma ilha próxima. Eles ministraram em uma escola bíblica com outros missionários da ilha, mas logo ficou perigoso demais continuar ali, e todos os missionários da região tiveram de escapar para as montanhas adjacentes.
Capítulo 12
Deixando para trás a maior parte de seus bens (sim, infelizmente, todos os presentes de casamento), eles continuaram a viver no refúgio da montanha. No entanto, o exército japonês acabou encontrando-os, e Russell e os demais homens foram levados a um campo de prisioneiros. Todavia, um senhor, Dr. Jaffrey, pôde ficar com as mulheres, morando nas montanhas, durante um ano. Sua fé inabalável ajudou a fortalecer a fé em Darlene durante esse período. Ela passou a respeitar Dr. Jaffrey como a um pai, e era grata pelo conforto e pela sabedoria que Deus proporcionava-lhe por intermédio dele. ^ Posteriormente, todos foram levados a um campo japonês de prisioneiros, onde viveram em árduas condições. Os guardas tratavam as mulheres com cruel dade e forçavam-nas a trabalhar por muitas horas com pouquíssima comida. Depois que Dr. Jaffrey mudou-se para outro acampamento, Darlene desesperou-se, imaginando quanto mais lhe seria tirado; no entanto, ela aprendeu a confiar no consolo e no cuidado do Senhor. Deus usou essa mulher para reunir as pri sioneiras como um grupo bem unido. Ela liderou-as na leitura bíblica e na ora ção, concedendo força àquelas almas cansadas. O Senhor, misericordiosamente, permitiu que Darlene caísse nas graças do comandante, que observava o quanto ela era respeitada e amada pelas prisioneiras. Isso me lembra da história de Jose, no Antigo Testamento. Ele foi injustamente preso no Egito, mas Deus permitiu que ele caísse nas graças das autoridades, e assim, foi nomeado supervisor dos prisioneiros. Da mesma maneira, o comandante da prisão colocou Darlene como responsável pelo prédio em que ela e outras mulheres estavam alojadas. Certo dia, Darlene recebeu a notícia de que Russell havia morrido no campo em que estava, e, por causa da piedosa influência de Darlene no campo em que ela estava, até o comandante japonês prestou-lhe condolências e ten tou consolá-la. Darlene, com os olhos no Senhor, pôde dizer ao comandante que tinha esperança em Jesus, e assim, compartilhou a mensagem do evangelho com ele, que começou a chorar. Como é irônico o fato de a pessoa que tentava consolar e enxugar as lágrimas de outra, agora, derrama suas próprias lágrimas. Infelizmente, os problemas de Darlene não ainda não haviam terminado. A polícia secreta acusou a missionária de ser espiã, e ela foi levada a uma pnsao terrível, na qual foi espancada e só podia comer um copo de arroz por dia. Ela ficou tão fraca e doente, que ficou com os cabelos brancos, mesmo sendo uma jovem de 20 epoucos anos! É difícil imaginar como Darlene deve ter se sentido quando foi condenada à morte, mas Deus ainda não tinha acabado Sua obra, 17 8
a cv n^jx^ãxL ojn ôjnv muruLci'
pois Ele ainda tinha importantes planos para ela. Bem no momento certo, o co mandante de seu antigo campo conseguiu convencer os oficiais da polícia secre ta de que ela era inocente. Em um momento dramático que se assemelha a um filme de ação, vários oficiais chegaram em seus veículos e impediram a execução bem na hora em que os guardas estavam desembainhando suas espadas. Ufa! Eles levaram-na para seu antigo campo, e você pensaria que as coisas fi caram bastante tranquilas quando ela voltou ao campo e à antiga função de supervisora de todas as prisioneiras. Nem tanto. Os bombardeiros forçaram as mulheres a dormirem em trincheiras à noite. Seus barracões foram queimados, fazendo com que elas vivessem com pouquíssima comida cm cabanas improvi sadas na selva. Pela graça de Deus, Darlene conseguiu sobreviver até que o fapão finalmente se rendeu. Darlene passou três anos confinada e chegou a pesar míseros 36 quilogra mas ao fim de toda a provação. Quando finalmente conseguiu embarcar em um navio para voltar para casa, ela pensou que jamais ia querer voltar àquelas ilhas. Pense: ela perdeu sua saúde, seu marido, seus bens — tudo — , e tinha apenas 28 anos. Contudo, ao ver os cristãos nativos correndo para a praia a fim de lhe darem adeus, seu coração endurecido começou a amolecer-se. Darlene voltou aos Estados Unidos, e posteriormente se casou com um homem maravilhoso chamado Jerry Rose. Ela faleceu em fevereiro de 2004; no entanto, viveu de modo pleno e compartilhou a mensagem do evangelho por onde passou. Ela escreveu um livro sobre suas experiências intitulado EvidenceNot Sem [Sem provas, tradução livre] (Harper Collms, 1990). Em um sentido muito real, Darlene sabia que Deus era seu provedor até mesmo em tempos mais sombrios. Ela também sabia o significado de ser um sacrifício vivo, permitindo que o Se nhor a usasse independente das circunstâncias. O desespero foi transformado em esperança, e a fraqueza foi substituída pela força divina. Ela entregou tudo o que tmha, e o Senhor sustentou-a, consolou-a e concedeu-lhe provisão.
0 precioso cuidado divino Em minha opinião, Darlene foi uma heroína. Ela viveu por Cristo, encontrou nele seu socorro e, por meio de sua fé e esperança, levou a Ele inúmeras outras pessoas. Sou inspirada por sua vida abençoadora c por sua confiança no Deus 179
Capítulo 12
que cuida de suas necessidades. Quero que você leia o que ela escreveu sobre uma experiência que lhe ocorreu logo após descobrir que seu primeiro marido havia falecido. Eis as palavras dela: Nada lançará uma pessoa no desespero com tanto rapidez quanto supor o que poderia acontecer. Esse foi outro exemplo das preocupa ções do amanhã que nunca vem, roubando de nós as alegrias do hoje. Uma pungente tristeza, tomando-me para a dor de outras pessoas, liberou as lágrimas de mmha viuvez. Eu estava sozinha, e tinha tempo para chorar, mas, com as lágrimas, também veio a cura. Em meu momento de terrível solidão e tristeza por um mundo de pessoas tão devastadas pela guerra, ouvi alguém com lmda e nítida voz cantar o hino “Precious Name, Oh, How Sweet” [Nome precio so, oh, quão doce] do lado de fora da mmha cela; no entanto, estava cantando em indonésio: “Precioso é Teu nome, um abrigo seguro!” Meu coração explode com uma luzente esperança! O “tempo de cho rar” já passou; agora é “tempo de rir”. Clamei: “Ò Senhor, perdoa-me. Este não é um jogo de suposição. Vivo segundo a certeza de que ‘o nome do Senhor é uma torre forte: o justo corre para ela, e é salvo’. O nome de Jesus, Teu precioso nome, é minha torre forte de defesa contra o inimigo do desespero. E meu abrigo seguro; eu entro nele, e estou a salvo”. Mas quem estava cantando? Como ele poderia saber que eu preci sava desse hino naquele momento? E claro que ele não poderia saber, mas com certeza, amava a Deus. Eu precisava vê-lo. Subi no travessão. Meus olhos examinaram a luz do fim de tarde — ninguém estava à minha porta ou no pátio, além do guarda e do vigia noturno. Os dois estavam conversando, e eu sabia que eles não conheciam aquela música! Ao ouvir esse hino de esperança e certeza vindo não sei de onde, meu coração encheu-se de espanto. Silenciosamente deslizei pelo chão e lavei minha alma na presença do meu Deus. Darlene acrescentou essa observação: “Quando, mais tarde, contei isso ao Dr. A. W. Tozer — o “místico moderno”, como é chamado — ele disse: Menina, você já pensou que Deus pode ter enviado um anjo?’ Sim, Dr. Tozer, de fato, pensei”.1 180
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Não é maravilhoso estar em um lugar com o precioso cuidado de Deus? Darlene soube em primeira mão o que é ter Deus para suprir suas necessidades. Imagino se, naqueles momentos sombrios em que experimentou aflição, espan camento e fome, ela pôde ter refletido nas palavras de Paulo quando ele passou por dificuldades semelhantes. O apóstolo foi espancado algumas vezes e tinha pouquíssimo com o que sobreviver, mas confiava que o Senhor supriria suas necessidades em toda e qualquer situação. Deus usou os filipenses para ajudar a suprir algumas das necessidades físicas do apóstolo; e em contrapartida, usou Paulo para suprir as necessidades espirituais dos filipenses. A pobreza da alma é uma das condições mais terríveis do homem, portanto, bem-aventurados são os que proporcionam alimento espiritual para o coração faminto. Pense em como o Senhor usou Darlene para oferecer o alimento da Palavra de Deus às mulheres do campo prisional. Ele usou a missionária para suprir as necessidades espiritu ais tantos daquelas mulheres como do comandante, cuja vida foi transformada para sempre. Quando Darlene não tinha mais nada a oferecer — nenhum dinheiro, comida ou bens — , ela ficou com apenas uma coisa: a Palavra de Deus para for talecer as pessoas que o Senhor colocou em sua vida. Assim como o Dr. Jaffrey foi usado para a sua vida, ela também foi usada para a vida de outras pessoas. O que Deus concedeu-lhe? De que maneira Ele quer que você seja uma bênção para outras pessoas? Aos considerarmos as palavras que encerram a carta de Paulo aos filipenses, vamos pensar na oferta de cheiro de suavidade que pode mos conceder a outras pessoas. Paulo começa dizendo aos filipenses o quanto é grato pela ajuda deles, principalmente quando outros não fizeram o mesmo. Esta é a nota de agradecimento dele: Todavia,fizestes bememtomar partena minha aflição. E bemsabeis tambémvós; ó filipenses, que, noprincipio doevangelho, quandoparti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo comrespeito a dar ea receber, senão vós somente. Porquetambém, uma eoutra vez, memandastes o necessário a Tessalônica. Não queprocuredádivas, masprocuro ofruto queaumentea vossa conta. Mas bastantetenho recebido etenho abundância; cheio estou, depois querecebi deEpafrodito o queda vossa partemefoi enviado, como cheiro desuavidadeesacrifício agradável eaprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades emglória, por Cristo Jesus} 181
Capítulo 12
Os filipenses doaram. Eles deram dádivas independente se eram dinheiro, comida, roupas ou as três coisas. Não sabemos exatamente o que se tratava, mas sabemos que foram úteis a Paulo enquanto esteve na prisão. Os filipenses até enviaram Epafrodito como mensageiro para cuidar das necessidades de Paulo. O apóstolo sentia-se grandemente suprido pela generosa ajuda dos filipenses, e eles não ajudaram uma única vez. Paulo escreveu que eles enviaram o necessário uma e outra vez, mas também destacou que outras igrejas, infelizmente, não tinham a mesma preocupação com respeito a dar e a receber. Essas outras igrejas escolheram não participar da oportunidade de ser uma bênção para Paulo. Talvez, estivessem ocupadas demais ou desconhecessem as necessidades que o apóstolo tinha na prisão. Talvez, não se importassem ou não dessem valor a Paulo. Independente do motivo, tudo que posso dizer é, gente, eles perderam a chance de fazer parte de algo que era maior do que eles! Quando doamos de modo sacrificial a outras pessoas, os únicos benefi ciados com isso não são apenas os que recebem, pois, quando doamos gene rosamente, também desfrutamos da alegria de suprir a necessidade de outras pessoas, promovendo o evangelho por meio do ministério e levando compaixão a pessoas necessitadas do mundo inteiro. Há grande satisfação em saber que desempenhamos um importante papel ao ajudar outras pessoas. Com certeza devemos dar com sabedoria e em oração, e ao fazermos isso, temos a oportuni dade de participar de algo maior que nós. Pense na animação que os filipenses deveriam sentir por ajudarem Paulo a levar o evangelho por toda parte. E que tristeza para as pessoas que escolheram não participar!
Um cheiro de suavidade Você é um cheiro suave ou é fedorenta? Essa é uma pergunta simples e não é algo ruim de perguntar a si mesma regularmente. Em outras palavras, sou uma bênção para as pessoas à minha volta, ou eu desencorajo-as? Eu honro a Deus ao edificar e sinceramente amar meu próximo? Ou eu vivo para mim mesma, tentando conseguir o que quero dos outros? Sou uma bela flor, que traz beleza a este mundo por meio de minhas palavras e ações, ou sou um desagradável dreno, que, reclamando e desanimando as pessoas, suga a vida dela? Eu doo generosamente o que tenho para ajudar outras pessoas, ou sou mesquinha com 182
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o que tenho, porque nunca sei quando posso precisar? Vou correr um risco aqui e supor que você quer ser um aroma suave para os outros. O termo cheiro desuavidade que Paulo utiliza em sua carta refere-se a uma oferta de gratidão. No Antigo Testamento, Deus instruiu Seu povo a fazer uma oferta como expressão de ações de graça ao Senhor. Nós, cristãos, não mais ofertamos sacrifícios como os do Antigo Testamento, um fato pelo qual sou muito grata. No entanto, isso não significa que não ofereçamos sacrifícios espi rituais. Na carta aos Romanos, Paulo escreveu: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão deDeus, queapresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo eagradável a Deus, queé o vosso culto racional,3E o autor de Hebreus desafiou seus leitores da mesma maneira: Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto ê, ofruto dos lábios que confessam oseu nome. E não vos esqueçais da beneficência ecomunicação, porque, com tais sacri fícios, Deus seagrada 4
Um sacrifício é um ato de adoração. É uma oferta a Deus que flui de um coração grato e humilde. Mais do que isso, é uma oferta que nos custa algo. Pode ser óbvio, mas vou afirmar assim mesmo: um sacrifício é, de modo geral, uma ação ou algo que não é fácil conceder. A perfeita imagem de sacrifício é o que Cristo, ao sofrer e morrer em nosso favor, fez por nós na cruz. Esse foi o exemplo mais puro de amor. Deus chama-nos para sermos sacrifícios vivos, oferecendo o que temos como instrumentos a serem usados por Ele a fim de glorificá-lo. Paulo disse que as dádivas dos filipenses eram um cheiro de suavidade e sacrifício agradável e apra zível a Deus. Quando penso em sacrifícios aprazíveis comparados aos que não o são, é inevitável não recordar Caim e Abel. O primeiro ofereceu o que era fácil. Era apenas o fruto da terra, mas Deus exigia sacrifício de sangue, o qual teria um preço. Porém, mais importante que o sacrifício era o coração de quem o oferecia. Caim não parecia interessado no que agradava a Deus; ele queria oferecer o que lhe era cômodo. Infelizmente, muitas vezes nossas ofertas não são tão diferentes da de Caim. È fácil entregar o dinheiro ou o tempo sobresselente, mas é muito mais desafiador esforçarmo-nos no âmbito da doação. Precisamos ser sábias e pru dentes com nosso tempo, orçamento e talentos, mas também precisamos viver com atitudes generosas e sacrificiais nessas áreas. Isso pode significar que preci saremos doar além do que é fácil e conveniente. Os sacrifícios aceitáveis não são necessariamente os confortáveis. E difícil viver de maneira generosa e sacrificial, 183
Capítulo 12
mas isso proporciona alegria e bênçãos. Veja o que isso pode significar em ter mos práticos: • Levar um jantar para uma amiga que está doente, mesmo que ela more do outro lado da cidade. • Abrir seu lar para uma conhecida que precise de um lugar para ficar. • Ser legal com a menina com quem ninguém conversa. • Não aproveitar o silêncio na conversa para fofocar sobre outra pessoa. • Abrir mão de seu almoço para ajudar outra pessoa em necessidade. • Tirar um tempo para escrever uma carta para um soldado, prisioneiro ou alguém que precise de encorajamento. • Ofertar mais do que o dizimo para ajudar o ministério. • Fazer algo legal por alguém que foi rude com você. • Sinceramente orar por seus inimigos. • Edificar alguém com seu sorriso mesmo quando não sentir vontade de sorrir. • Falar gentilmente com alguém que você acha que não merece sua bon dade. • Emprestar a alguem sem esperar algo em troca. Viver e ofertar de modo sacrificial significa que damos nosso melhor, e não sobras mais ou menos. Precisamos reconhecer que, quando doamos para outras pessoas, estamos, na verdade, ofertando ao Senhor. Em Malaquias, le mos sobre os sacerdotes de Israel serem admoestados (ou talvez devêssemos dizer repreendidos) por oferecerem sacrifícios de má qualidade, deploráveis e defeituosos. Eles ofereciam o pior para Deus, enquanto Ele exigia o melhor. Os sacerdotes eram mesquinhos com o Senhor. Talvez pensassem que Ele não veria ou que não se importaria. Que tolos! Eles esqueceram quem é Deus e não lembraram que Ele é santo e que tudo vê. Fico feliz porque nunca esquecemos isso, certo? Enfim; eis o que o Senhor disse aos profetas no livro de Malaquias: O filho honrará 0 pai, e 0 servo), ao seu senhor; e, seeu sou Pai, ondeesta a minha honra? E, seeu sou Senhor, ondeestá 0 meu temor? — diz 0 SENHOR dos Exér citos a vós, ó sacerdotes, quedesprezais 0 meu nomee dizeis: Emque desprezamos nós 0 teu nome? Ofereceis sobre 0 meu altar pão imundo [...] Pois maldito seja 0 184.
o V j a a . ( l ê n ç ã o e m o tu I m u n i l o
enganador ; tenáo animal no seu rebanho, prometeeofereceao SENHOR uma coisa vil; porqueeu sougrandeRei', diz oSENHOR dosExércitos, omeu nomeserá tremendo entreas nações,3
Eta! Eu diria que Deus não gostou muitos de os israelitas estarem desper diçando sacrifícios. Que possamos oferecer sacrifícios aprazíveis por meio de nosso tempo, talentos e tesouros. Vamos parar de dar a Deus somente as sobras. Paulo disse aos colossenses: E, tudo quantofizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor enão aos homens, sabendo querecebereis do Senhor ogalardão da herança, porquea Cristo, o Senhor, servis b
Agora, faço um alerta a qualquer uma de minhas preciosas leitoras que curtem um sentimento de culpa: não adquiram uma mentalidade legalista do tipo: “Eu preciso fazer algo para Deus”. O perfeito sacrifício por nossos peca dos já foi pago por Jesus Cristo. Não podemos merecer o favor de Deus além do que Cristo já fez na cruz. Ele é o Cordeiro perfeito e imaculado que tira o pecado do mundo. Portanto, nossos sacrifícios espirituais são atos de adoração ao Senhor. Vamos honrá-lo com dádivas e cheiros de suavidade, e não com chei ros desagradáveis a esmo. Quero ainda destacar uma última fala de Paulo. Além de dizer aos filipenses que suas dádivas eram cheiros de suavidade e sacrifícios aceitáveis, o apóstolo acrescentou que eles estavam agradando ao Senhor. Os sacrifícios só puderam ser aprazíveis a Deus porque foram ofertados com a atitude correta. Assim como vivemos de maneira generosa e sacrificial, vamos também viver em gratidão. Que tenhamos uma atitude grata toda vez que doarmos. 0 fi/iXLjadas, Seníux/Lj pxvi/ t i l d a s cjxie/ iruiy cleAte^0 j^e/ie^XJy- te. mcw tempo/ cjjjtlqz p/cedente/ Oê/u^acla^§enJia/^ pjzfaAy cjxte/ »rte
Q xííun ia/iiajn^ jttey Qy ct|e/Lex^3ya tv, pxiAxv
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Experimentamos a verdadeira alegria quando nossa atitude de doação está no lugar correto. Assim, se nossa atitude estiver voltada para o que recebere mos em troca, estaremos indo rumo à decepção. Se estivermos servindo para glorificar a nós mesmas, então, só nós restará um sentimento de vazio interior. 18 5
Capítulo 12
Se estivermos fazendo algo apenas para agradar aos outros, provavelmente nos frustraremos. No entanto, sejamos 100% transparentes aqui: é raro doarmos ou fazer mos algo por outras pessoas por motivos completamente puros. Apesar disso, ainda podemos ter a atitude correta ao servir, sacrificar e ofertar. Tudo é uma questão de escolher ser grata e de voltar os olhos ao louvor e à adoração a Deus por meio de nossa oferta. Fazendo isso, nosso foco muda, e nossa atitude é transformada, ficamos alegres ao ofertar, e como sabemos, Deus ama quem dá com alegria!
0 que está em suas mãos? Lynn tem esclerose múltipla, uma doença crônica e frequentemente incapacitante que ataca o sistema nervoso central. Fisicamente, ela depende da ajuda de outras pessoas, mas ela não é um fardo, e sim, uma bênção. Seu espírito doce ministra a todos que estão por perto, incluindo sua família, amigos e conhe cidos, ou seja, quase todos que entram em contato com ela. Lynn pode não estar por aí distribuído comida para outras pessoas — embora fosse a ramha do serviço e da doação antes de seu diagnóstico — , mas Lynn é um cheiro de suavidade. Ela oferta o que pode em forma de bondade, encorajamento e boas palavras a outras pessoas. Todas nós temos algo a oferecer. Um menino doou cinco pães e dois pei xes, que eram seu almoço. Maria doou seu vaso de alabastro com perfume para ungir os pés de Jesus. A viúva doou sua porção, Lídia cedeu sua casa. Epafrodito ofertou seu tempo, seu coração e seu cuidado. Os filipenses doaram generosa mente. Paulo doou sua liberdade, sua religião e sua posição como fariseu para que pudesse ofertar seu tempo e seus talentos para proclamar o evangelho de Cristo. Cada uma de nós tem algo a oferecer para a obra do Reino de Deus. Cada uma de nós pode ser uma bênção para os outros. O que você tem em suas mãos? Com o que Deus capacitou você para realizar algo? Todas nós temos algo a oferecer. Os membros da Disability Resources Incorporated em Abilene, Texas, têm algo a oferecer. A DRI é um lugar maravilhoso para adultos com deficiências físicas e mentais, que não proporciona apenas um adorável ambiente familiar,
186 .
mas também oportunidades vocacionais. Os especiais membros da DRI apren deram a fazer sabão, loções, chocolates e molhos que vendem por todo o país. Os funcionários ajudam a descobrir o que os assistidos podem fazer, sem preo cuparem-se com o que não podem fazer. Eles até começaram um coro de sinos, permitindo que os membros ofereçam o dom da música ao público. Recente mente tive a oportunidade de ver e ouvir o coro de sinos apresentar-se, e cheguei a chorar com a música produzida por essas amáveis pessoas. Enquanto assistia à apresentação, lembrei-me das diversas maneiras como Deus prepara-nos para ofertar. Todas nós temos algo para oferecer. Os mem bros da DRI descobriram o que poderiam fazer e como poderiam doar isso aos outros. O Senhor concedeu dons e talentos a cada uma de nós — e não importa o tamanho — para que sejam compartilhados com as pessoas deste mundo. Assim, nunca devemos falar que não temos o que oferecer. Permita que Deus use você da maneira como Ele equipou-a. Estenda a mão ao próximo com o que você tem. A beleza de ser uma bênção é que você recebe bênção. Você não sai para buscá-la, mas, em geral, ela vem até você de alguma forma ou maneira. Quando você serve outras pessoas que estão necessitadas, segue a isso um sentimento de euforia. Quando você demonstra misericórdia, você recebe-a de volta. Lembre-se das palavras de Jesus: Dai' eser-vos-á dado; boa medidai, recalcadai}sacudida etransbor dando vos darão; porque com a mesma medida com quemedirdes também vos medirão denovo.7
Aqui Jesus não estava falando sobre dinheiro, mas sobre atos de amor, bondade e perdão. Paulo oferece um belo lembrete aos seus amigos filipenses: Deus supriria as necessidades deles de acordo com as Suas gloriosas riquezas. O professor de Bíblia Warren W. Wiersbe comentou: “Deus não prometeu que supriria todas as nossas ganâncias. Quando o filho de Deus está de acordo com a Sua vontade, servindo para a gloria dele, então, todas as suas necessidades serão supridas”.8 as gloriosas riquezas de Deus são insondáveis. Ele é Senhor de tudo. A Bíblia lembra-nos de que Ele é capaz de jazer tudo muito mais abundantementealém daquilo quepedimos oupensamos:1Se você já se sentiu inadequada, incapaz, despreparada ou oprimida quando se trata de abençoar outras pessoas, deixe-me reafirmar que Deus lhe dará tudo o que você precisa. O medo impede voce de usar seus talentos e suas habilidades para ser uma bênção para outras pessoas? Seja fortalecida pelas palavras de Paulo: O meu Deus, 187.
Capítulo 12
segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades emglória. Talvez você esteja
tendo dificuldade em perdoar, achando que simplesmente não consegue fazer isso. Deus suprirá as suas necessidades segundo Sua glória. Aliás, Suas riquezas são transbordantes e abundantes quando se trata de perdão. Talvez você tenha problemas em abençoar alguém que está emocionalmente carente e chato. Peça para Deus conceder-lhe sabedoria para estabelecer limites prudentes, mas tam bém um amor genuíno por essa pessoa, para que você possa ser um cheiro de suavidade. Assim como uma fragrância agradável pode superar um cheiro ruim, nosso dom de amar pode embelezar uma pessoa problemática. Deus irá equipa-la com o que você precisa para abençoar outras pessoas. Não tenha medo. Não se detenha. Busque-o para receber dele o que você precisa a fim de ser um presente para as pessoas que Ele coloca em sua vida. Lembre-se de que você não precisa suprir todas as necessidades, mas pode fazer algo para alegrar outra pessoa. Peça para o Senhor guiá-la e orientá-la para onde você deveria doar e ajudar pessoas. Pode não ser em um ministério; Deus pode orientá-la a estender a mão ao seu vizinho, à pessoa que trabalha no cubículo ao lado do seu ou a uma colega de escola que pareça solitária. Ninguém é inútil. Todos têm algo a oferecer a este mundo. Seja a benção!
Busca pessoal Leitura complementar: I Coríntios 12— 13 Doações e doando com amor. Verdadebásica: Deus preparou você para ser uma bênção para as pessoas à
sua volta. Lscolhas:
• Independente das suas circunstâncias, você tem algo a oferecer ao • • • •
mundo. Seja um aroma agradável, e não um fedor terrível. Peça para Deus conceder-lhe o que você precisa a fim de ser uma bênção. Há uma infinidade de maneiras de doar às pessoas que Deus coloca em sua vida. Doar é um ato de adoração. 18 8
G)ejXL a / íz & tu ^ c u i' e i i v ò j l w t n u n x L a s
A doação muitas vezes requer sacrifício. • Dê o seu melhor, não suas obras. • Dê com uma atitude de gratidão. • Confie que Deus suprirá suas necessidades enquanto você movimenta-se para ser uma bênção para outras pessoas. •
Plano deliberado: Avaliação de fragrância.
De vez em quando, precisamos reconsiderar o modo como estamos afe tando a comunidade ao nosso redor. Podemos ler um capítulo como este e, às vezes, não conseguir pensar em maneiras específicas de aplicar em nossa vida a verdade contida nele (embora sempre seja fácil pensar em como ela se aplicaria a outras pessoas). Em oração, interaja com a verdade deste capítulo e pense no tipo de aroma que você libera para sua família, amigos, vizinhos, garçons, pessoas da igreja, do clube do jardim, do clube do livro, do círculo de bordado, e assim por diante. Faça a si mesma as perguntas a seguir. Se você for corajosa, peça para alguém íntimo avaliá-la também. Ai! Talvez, isso seja um pouco assus tador e doloroso, no entanto, isso também pode ajudar e tornar-se uma alegria. As perguntas são: • De que maneira sou uma bênção preciosa às pessoas ao meu redor? • De que maneira sou fedorenta por causa de mmhas atitudes negativas? • Que mudanças preciso realizar para ser mais um aroma agradável e menos um fedor? • Estou doando a mim mesma, meus dons e meus talentos a outras pes soas com generosidade e alegria? Agora que fez uma pequena avaliação de fragrância, considere o que você fará para dar um passo em frente a fim de ser aquele aroma agradável.
189
CONCLUSÃO
Porquenelevivemos, enos movemos, eexistimos.
Atos 17.28 “A fé é algo vivo e agitado. Ela não pode ser inoperante.” Martinho Lutero
C_^S*_-
Co n c l u s ã o
ali um pouco ansiosos e cheios de expectativa, e saem de lá completamente transformados em um Aggie. Não tem como voltar atrás. Eles vivem, respiram e morrem com as tradições da Texas A&M. O sangue deles se torna marrom e branco, e eles imediatamente criam laços e conexões com os Aggies de todas as gerações, coisa que os que estão de fora nunca entenderão. Os Aggies vivem uma paixão transformadora. Como seria viver com uma paixão centrada em Cristo? Paulo proporcionou-nos um exemplo disso por meio de sua própria vida, mas também nos deu inspiração e instrução ao longo de sua carta ao Filipenses. “Conhecer a Cristo” era o grande tema do apóstolo — e não apenas saber que Ele existe, mas viver, respirar e morrer tendo o Mestre como o centro de sua existência. Não dá para errar qual universidade Paulo representava. Seu zelo por Jesus foi demonstrado em suas palavras e ações a cada passo. Recentemente, minha amiga Karyn deu para mim um livro chamado Fresh Start, de Douglas Fields. A razão pela qual ela fez isso foi o fato de fazemos juntas um programa de T V pela internet, chamado Fresh Start/ e ela achou que seria engraçado ler um livro com o mesmo nome. A seção do livro “Determine viver com paixão” especialmente chamou minha atenção. Veja o que o autor tem a dizer sobre o assunto: A paixão é mais profunda que a empolgação. Posso ficar empol gado com um refrigerante e um cachorro-quente em um jogo. A em polgação vem e passa, mas a paixão borbulha em nossa alma. E pelo que mais vivemos. E o que nos levanta de manhã e mantém-nos forte a cada dia... Para adquirir paixão, devemos tanto escolhê-la como orar para que Deus a desenvolva cm nós. Gosto de dizer que a paixão “desperta-nos” quando entregamos nossa vida a Deus e começamos a entender o que é mais importante na vida. E ela desenvolve-se quando busca mos o que é mais importante.2 Sim, a paixão surge e amadurece à medida que buscamos o que é mais importante, e o mais importante é conhecer a Cristo de um modo autêntico. Não há busca mais satisfatória que experimentar um relacionamento rico, real e significativo com Cristo. Quando nossa esperança está nele, não nos decepcio namos. Deus derramou Seu amor em nosso coração por intermédio do Seu Es19 2
Ja À c u ajiX LLX À inc uU v
pinto, o qual Ele concedeu-nos. Ele nunca nos deixará nem nos abandonará. Ele ama-nos com amor eterno, e é compassivo e misericordioso, tardio para irar-sc c grande em amor. Oh, que alegria é conhecê-lo! Ele redime-nos, transforma-nos, amadurece-nos e ama-nos. Paulo termina sua carta com um lembrete e uma saudação final: Ora, a nossoDeus ePai seja dadaglória para todo osempre. Amém! Saudai a todos os santos em CristoJesus. Os irmãos queestão comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, masprincipalmenteos quesão da casa deCésar.3
Voltemos nosso coração para o alto, e que nossas palavras e ações pro clamem: A nosso Deus ePai seja dada glória para todo o sempre! Sim, vale a pena viver e ofertar nossos dons quando fazemos isso para a glória de Deus Pai. E não é maravilhoso chamá-lo de nosso Pai? Que privilégio! Que alegria é ser filha de Deus e fazer parte de Sua família. As palavras de Paulo soam como uma sauda ção familiar entre irmãos e irmãs. È isso que somos. Vamos encorajar uns aos outros a prosseguir com rompantes de amor e de boas obras! Depois de passear pelas páginas deste livro, espero sinceramente que você venha a conhecer a essência da mensagem de Paulo a seus irmãos em Cristo de Filipos. Mais importante, espero que você tenha experimentado um mover em seu espírito para viver e respirar sua fé em Cristo de um modo mais profundo e mais sincero. Buscar a Cristo apaixonadamente é uma jornada de fé com o obje tivo de não apenas conhecê-lo melhor, mas também experimentar Seu poder em nossa vida. Alegria, paz e contentamento são os belos frutos de nossa caminha da com Ele. Em essência, buscamos a Deus porque Ele buscou-nos primeiro. Que o conhecimento de Seu abundante amor e a força de Seu Espírito deem-lhe asas para planar sobre as nuvens da vida. A graça denosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. A mém!4
193 .
C O M E C E U M A POSITIVE WOMAN CONNECTION
eA tu ci a y
^ y \ y apaixonada busca de uma mulher faz parte da série de estudos bíblicos da
Positive Woman Connection [Conexão da mulher positiva, tradução livre], Há mais de cinco anos, um grupo dc mulheres em Dallas, Texas, formou um estudo bíblico para a hora do almoço, o qual tinha o objetivo de incentivar a comunhão e a alimentação. Sim, quis dizer alimentação, e não me refiro apenas a um maravi lhoso almoço, mas também à rica porção da Palavra de Deus. Enquanto as mulheres do nosso primeiro estudo bíblico da Positive Wo man Connection comiam, eu ensinava a lição, e em seguida, elas sentavam-se em volta das mesas para uma sincera discussão do que haviam aprendido. Ago ra, queremos convidar você a começar seu próprio estudo bíblico da Positive Woman Connection, que pode ser realizado em seu bairro, escritório, igreja ou restaurante local. Quem não quer ser um pouco mais positiva? E por isso que o nome Positive Woman Connection é tão convidativo para as mulheres. Nossa intenção é conectar mulheres as outras e ao conhecimento da Palavra de Deus. Realize os estudos com mais ou menos uma hora dc duração, para que quem trabalha fora ou é muito ocupada também possam acompanhá-la. Na cultura apressada de hoje, precisamos cncontrar as pessoas onde elas estão. Você pode usar este livro como guia de estudo de 12 semanas, ou pode comprar o vídeo e o guia de discussão para um estudo de seis semanas. Ou você pode usar os dois. Acesse meu site [em inglês], e obtenha mais informações sobre como começar um estudo.
Comece uma Positive Woman
Connection
Perguntas para estudo Use as perguntas para estudo a seguir, listadas por capítulo, para discussão em grupo. Sc você for a líder, visite meu site e baixe gratuitamente orientações para líderes que a ajudarão a liderar os debates em grupo. Que Deus abençoe-a e conduza-a enquanto você irradia Sua luz em sua comunidade.
(fapítulo 1— iJma bela esperançapara começosfeios 1. Descreva um momento em que você teve uma fase difícil em sua vida. 2. Como Deus tirou algo bom de suas dificuldades pessoais? 3. Como a oração e o louvor a Deus em meio à sua dificuldade muda a maneira como você lida com ela? 4. Por que é tão difícil reagir a qualquer situação com oração e louvor? 5. Reconhecendo a diferença que Cristo fez na vida do carcereiro, conte como Ele fez a diferença na sua vida também.
(fapítulo 2 — ^Desculpeotranstorno. £stamos emobras 1. Fale sobre um tempo em que você precisou da paciência e da compre ensão das outras pessoas. 2. Como a atitude de gratidão para com outras pessoas muda a forma como você interage com elas? 3. Descreva o que o termo afeição deCristo significa para você. 4. Há, neste momento, alguém em sua vida a quem você precise demons trar graça e paciência? Que passo você precisa dar para “desculpar o transtorno”? 5. Para você, qual é o segredo para ter a capacidade de desculpar o trans torno de uma pessoa que está “em obras”?
(fapítulo 3 — Diamantesformados nas dificuldades 1. De que maneira você precisa mudar a forma como tem encarado suas dificuldades atuais? 2. Quem tem inspirado você a dar um passo e fazer algo corajoso? . 1 96 .
Ç P e /u jiin t a A . pa/ta. còjtucla/
3. Qual é a sua paixão nesse momento? 4. Qual passo Deus está orientando-a a dar para seguir essa paixão? 5. Se fosse encorajar alguém a aceitar a dificuldade pela qual está passan do e amadurecer com cia, o que você lhe diria neste momento?
Qapítulo 4 — TÁvendo compaixão epropósito 1. Buscar apaixonadamente a Cristo significa abrir mão de tudo que você ama? 2. Como podemos aprender a não nos apegarmos tanto às coisas deste mundo? 3. O que lhe impressionou na história de Amy Carmichael e em sua Confissão deA mor ? 4. Você já sofreu pela causa de Cristo? 5. Você já experimentou a força e a perseverança de Deusdurante uma dificuldade da vida?
Qapítulo 5 — O sabor surpreendentementedelicioso da torta da humildade 1. Como uma ativa vida de oração ajuda você a manter um coração hu milde? 2. De que maneira você recentemente demonstrou cuidado e compaixão? 3. De que maneira o exemplo de Hudson Taylor inspira você a sair e cuidar de outras pessoas? 4. Como saber que Jesus veio como um servo humilde que abriu mão de Seus direitos muda você? 5. Existe algum direito ou expectativa que você precisa liberar de seu coração e de sua mente neste momento?
Qapítulo 6 — T^esplandeça como astros no mundo L
Descreva a diferença entre operar a sua salvaçãoeoperar por sua sal vação. 2. Como nos tornamos preguiçosas em nosso relacionamento com Cristo? 3. O que você deveria fazer quando sabe o que é certo, mas não tem vontade de fazê-lo? 197.
Comece uma Positive Woman
Connection
4. Em que área da vida você tende a murmurar e a contender mais? 5. De que maneira saber que Deus tem uma boa intenção e um bom pro pósito para você muda sua forma de enxergar as circunstâncias?
Qapítulo 7 — Qomo éa verdadeira consagração? L Quem serve de motivação espiritual para você por meio de seu exem plo? 2. Você se parece mais com Timóteo, com Paulo ou com Epafrodito? De que maneira? 3. Como vocês descreveria alguém que é realmente consagrado a Cristo? 4. Que ligação você vê entre humildade e ser um bom exemplo para ou tras pessoas? 5. Que dons e talentos Deus concedeu-lhe para serem oferecidos a servi ço de outras pessoas?
Qapítulo 8 — Jrorando^sedo lixopara adquirir oqueéinestimável 1. O que nos faz dar tanto valor às coisas que realizamos e conquistamos? 2. Por que é difícil receber algo gratuito? 3. Quando você pensa na frase conhecer a Cristot ao poder da suaressurreição, o que vem à sua mente? 4. Em termos práticos, o significa para você participação emseus sofrimentos? 5. De que maneiras você vê o poder da ressurreição de Cristo e a comu nhão de Seus sofrimentos demonstradas na vida de Paulo? E na sua vida?
Qapítulo 9 — £squeça opassado eprossigapara aquilo queestápor vir 1. Houve um momento em sua vida em que você precisou prosseguir mental ou fisicamente durante suas dificuldades? 2. Por que permanecer no passado tende a derrotar-nos? 3. Por que é tão fácil remoer sofrimentos passados? Deque maneiras práticas podemos parar isso? 4. Releia Hebreus 12.1,2. Quais são os pesos de sua vida que você precisa deixar de lado para buscar a Cristo? 5. Para você, o que significa ser semelhante a Cristo?
198
e /u fu n tc iA/ px x/ia s e A Íu d a s
Capítulo 10— Jiude suaforma depensar etransformesua vida 1. Ao ver duas pessoas em conflito, como você costuma lidar com a si tuação? 2. De que maneira você pode aplicar o “golpe triplo de Paulo” para re solver conflitos cm seus relacionamentos atuais? 3. E possível alegrar-se sempre no Senhor? De que modo? 4. Como o medo e a ansiedade desempenham um papel nos conflitos que você enfrenta com outras pessoas? 5. Como você pode lembrar a si mesma que precisa concentrar-se no que é verdadeiro, honesto e correto em cada situação?
(fapitulo 11 — O verdadeiro segredo do contentamento 1. 2. 3. 4. 5.
Como você descreveria uma pessoa totalmente contente? De que maneira contentamento difere-se de conformismo? Por que é tão difícil contentar-se na sociedade atual? Em que área você acha mais difícil contentar-se? Houve um momento em sua vida em que Cristo fortaleceu você para estar contente apesar das dificuldades?
Qapitulo 12— ^eja a bênção emseu mundo L Com quais dons e talentos Deus equipou-a para que você fosse uma bênção para outras pessoas? 2. Como você usa ou está planejando usar esses talentos? 3. Que características tornam uma pessoa um dreno para outrasem vez de um presente? 4. De que maneira você viu Deus suprir as suas necessidades por meio dos dons e talentos de outra pessoa? 5. Descreva a alegria que você sentiu quando Deus a usou para ministrar ou ajudar outras pessoas.
199
Introdução — Buscando felicidade e encontrando alegria 1. BLANCHARD, John. MoreGathered Cold: Treasury of Quotations tor Christians. Hertfordshire, Inglaterra: Evangelical Press, 1986. p. 137. 2. Salmo 23.6.
Capítulo I — Uma bela esperança para começos feios 1. HAGGAI, John. H ow to Win Over Worry. Eugene, OR: Harvest House Publisehers, 2001. 2. 2 Corintios 4.7-9. 3. Publicado com a permissão de Mary Kenney Shave. 4. 2 Corintios 5.17.
Capítulo 2 — Desculpe o transtorno. Estamos em obras 1. 2 Corintios I.8-II. 2. Filipenses 1.1,2. 3. Filipenses 1.3-6. 4. Ver João 1.12 e Efésios 1.11-14. 5. Filipenses 1.7,8. 6. João 13.34,35. 7. Charles Wesley. “And Can It Be That I Should Gain?”, 1738. 8. Romanos 5.1-8. 9. WELLS, Thelma. D on’t Give In... God Wants You to Win!. Eugene, O R: Harvest House Publi shers, 2009. p. 39. 10. Filipenses 1.9-11.
N o t a s
11. Lucas 6.37,38. 12. I Coríntios 13.4-8.
Capítulo 3 — Diamantes formados nas dificuldades 1. Filipenses I.12-14. 2. KNIGHT, Walter B. “Christian Union Herald”. In: Knight's Master Book of New Illustrations. Grand Rapids, MI: Eerdmans Publishing Company, 1956. p. 364. 3. FERGUSON, Sinclair. D iscovering God's Hill. Edinburgo, Escócia: Banner of Truth, 1982. p. 4. Filipenses L I 5- 18. 5. Marcos 9.35. 6. Marcos 9.37. 7. Marcos 9.39,40. 8. Hebreus 12.1-3.
Capítulo 4 — Vivendo com paixão e propósito 1. Filipenses 1.20-26. 2. Salmo 103.5,8. 3. LEWIS, C.S. Weight of G lory. Nova York, NY : HarperOne, 2001. p. 26. 4. ELLIOT, Elisabeth. A Chance to Die. Grand Rapids, MI: Revell Publishers, 1987. p. 15,16.
5. Ibid. p. 16. 6. Ibid. p. 241,242. 7. Webster’s New World Dictionary, CollegeEdition. Nova York: The World Publishing, 1966. p. 1069. 8. Lucas 22.42. 9. Marcos 8.33. 10. 2 Pedro 1.3,4. 11. MURRAY , Andrey. A bsoluteSurrender. Chicago, IL: Moody Publishers, 1954. p. 10. 12. BLANCHARD, John. More Gathered Gold: Treasury of Quotationsfor Christians. Hertfordshire, Inglaterra: Evangelical Press, 1986. p. 115. 13. Filipenses 1.27-30 NVI. 14. Salmo 23.4. 15.Tiago 1.2-5.
202
véu dc uma imiUu>A
Capítulo 5
O sabor surpreendentemente delicioso da torta da humildade
1. Filipenses 2.1-4 NVI. 2. Salmo 34.1. 3. SANDERS, J. Oswald. Spiriital Leadership. Chicago, IL: Moody, 2007. 4. I Pedro 5.5-7. 5. Filipenses 2.5-11. 6. Romanos 10.9. 7. Apocalipse 5.11-14. 8. Se você quiser conversar pessoalmente com alguém sobre dar um passo de fé e crer em Cristo, ligue para I-888-NeedHim. 9. WOODBRIDGE, John D. (Ed). More than Conquerors. Chicago, IL: Moody Press, 1992. p. 52. 10. KNIGHT, Walter B. Knight's Master Book of 4,000 Illustrations. Grand Rapids, MI: Eerdmans Publisher, 1956. p. 315,316.
Capítulo 6
Resplandeça como astros no mundo
I. Publicado com a permissão de Morgan Ashbreck. 2.SHERRING TO N, Kevin. "Class Acts: Competitive Spirit Gives Way to Caring After Volleybal Players Injury . Dallas MorningMews, 06 de novembro de 2009. 3. Filipenses 2.12,13. 4. MACARTHUR, John. The MacA rthur Bible Commentary. Nashville. TN: Nelson Reference, 2005.
p. 1717.
5. Efésios 1.5 NVI. 6. Efésios 1.9 NVI. 7. 2 Tessalonicenses I.I I NVI. 8. Romanos 8.28. 9. Jeremias 29.10,11 NVI. 10. REDMAN, Rob. “Crowded Kindness". The High Calling of Our D aily Work. 21 de outu bro de 2002. Disponível cm: . II. Filipenses 2.14-18. 12. Salmo 106.24-27. 13.Tiago 1.19,20.
.203.
N o t a s
Capítulo 7 — Como é a verdadeira consagração? 1. Filipenses 2.19-24. 2. Atos 16.1-5. 3. I Timóteo 4.12. 4. 2 Timóteo 1.7. 5. 2 Timóteo 1.3-5. 6. I Timóteo 1.3,4. 7. Filipenses 2.25-30. 8. SALES, Francisco de. Introduction to theD evout Life. Garden City, NY : Image, 1966. 9. Colossenses 3.1,2. 10. Deuteronômio 6.5. 11. Mateus 22.37. 12 Publicado com a permissão de Susie Jenning. Para mais informações sobre a Operation Care, visite: .
Capítulo 8 — Livrando-se do lixo para adquirir o que é inestimável 1. Filipenses 3.1-6 NVI. 2. Filipenses 3.7- 11 NVI. 3. WIERSBE, Warren W. 50 PeopleEvery Christian Should Know. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2009. p. 159-161. 4. Efésios 5.31,32. 5. Jeremias 9.23,24. 6. NOWEN, Henri J. M. Clowning in Rome. Garden City, NY: Image, 1979. p. 70,71. 7. BLANCHARD, John. More Gathered Gold: Treasury of Quotationsfor Christians. Hertfordshire, Inglaterra: Evangelical Press, 1986. p. 115. 8. Efésios 3.16-21.
Capítulo 9 — Esqueça o passado e prossiga para aquilo que está por vir 1. Filipenses 3.12-14. 2. I Coríntios 9.24-27. 3. WIERSBE, Warren W. BeJoyful. Colorado Springs, CO: David C. Cook, 2008. p. 114. 4. Lucas 10.41,42.
.204.
C lL a p x i c x o r u m í e / ( z u á x x x . d & u m a . m u t í k e /i
5. Salmo 27.4. 6. Colosscnses 3.17. 7. Colosscnses 3.23,24. 8. 2 Coríntios 3.18— 4.1. 9. VAN STONE, Dorie; LUTZER, Erwin. Dorie: The Girl Nobody Loved. Chicago, IL: Moody Press, 1979. p. 30. 10. BROWN, Joyce Vollmer. Corageous Christians. Chicago, IL: Moody Press, 2000. p. 140. 11. Filipenses 3.15— 4.1. 12. I Pedro 2.9-12.
Capítulo 10 — Mude sua forma de pensar e transforme sua vida 1. Filipenses 4.2,3. 2. Filipenses 4.4-7 NVI. 3. Salmo 142.1-3. 4. Filipenses 4.6,7. 5. Salmo 34.4. 6. Team Hoyt, the Hoyt Foundation. “About Team Hoyt”.T eam Hoyt. D isponível em: . Usado com permissão. 7. Filipenses 4.8,9.
Capítulo 11 — O verdadeiro segredo do contentamento 1. MACDONA LD , Jay. “You Might Be a Shopaholic I f ...”. Bankrate.com. Disponível em: http:/ / www.bankrate.com/ brm/ news/ advice/ 200303I4aI.asp, acessado em 14 de março de 2003. 2. filipenses 4.I0-I2. 3. I Timóteo 6.6-8. 4. Hebreus 13.5,6. 5. Salmo 23. 6. Filipenses 4.12,13 NVI (ênfase da autora). 7. I Tessalomcenses 5.16-18 (ênfase da autora). 8. Tiago 5.16 NVI.
2 05
N o t a s
Capítulo 12 — Seja a bênção em seu mundo 1. HENRY , William K. “Darlene Deibler Rose: A Woman of Faith". Disponível em: . 2. Filipenses 4.14-19. 3. Romanos I2.F 4. Hebreus 13.15,16. 5. Malaquias 1.6,7,14. 6. Colossenses 3.23,24. 7. Lucas 6.38. 8. WIERSBE, Warren W. BeJoyful. Colorado Springs, CO: David C. Cook, 1974. p. 146. 9. Efésios 3.20.
Conclusão — A vida apaixonada 1. Para mais informações sobre Fresh Start, acesse: . 2. FIELDS, Doug. Fresh Start: C od’s Invitation to a Great Life. Nashville, TN: Thomas Nelson Pu blishers, 2009. p. 185. 3. Filipenses 4.20-22 4. Filipenses 4.23.
2 06
a a u t o /L a
\ xarol Ladd é conhecida como a “Mulher Positiva”. Seu talento sin gular para encorajar mulheres sobre as verdades da Palavra de Deus, bem como seu entusiasmo e alegria, são evidentes em suas palestras e em seus textos. Karol é campeã de vendas com mais de 25 livros, incluindo ThePower of a PositiveMom [O poder de uma mãe positiva], A Woman’s PassionatePursuit of God [A apaixonante busca de uma mulher] (livro e DVD) e a Woman’s Secret to Confident Linving[A mulher que eu preciso ser] (livro c DVD). Ela é uma talentosa profes sora de Bíblia e famosa palestrante em organizações femininas, grupos de igrejas e eventos corporativos nos Estados Unidos. Karol também é bastante convidada para estar em programas de rádio e de televisão, onde compartilha sempre uma mensagem de alegria c de força encontrada no Senhor. Seu papel mais valioso é de esposa de Curt e de mãe de Grace e Joy. Visite seu site e tenha doses diárias de en corajamento e mais informações sobre como começar seu estudo bíblico Posi tive Woman Connection.