GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRTARIA DA EDUCAÇÃO Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães
Rua Joana Angélica, nº. 579 – Bairro Jurema – Tanhaçu – Bahia – Fone: (77) 3459 – 1568
DISCIPLI NA: Filosofia SÉRIE : ___º ANO ___ PROFESSOR: Márcio Sérgio Bispo dos Santos E-mail:
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CURSO: ENSINO MÉDIO Data: _____/ 11 / 2011
ALUNO (A): ________________________________________________
1ª Apostila de Filosofia
OS NOVOS PARADIGMAS DE ATENÇÃO INDIGENTE:
A MORTE E O MORRER Na Grécia antiga, acreditava-se que os médicos tinham o poder da cura delegado pelos deuses. Daí tornarem-se semideuses numa sociedade em que as relações sociais eram rigidamente definidas entre os cidadãos e os não cidadãos (escravos e estrangeiros). O que os médicos determinavam deveria ser cumprido sem questionamentos. Séculos depois, Descartes fundamentou o método científico em sólidas bases racionais, deixando de lado os deuses e passando a divinizar a própria ciência médica. A tecnologia passa a ser capaz de realizar qualquer coisa: prolongar a vida, aumentar o bem-estar da população e, porque não, evitar a morte. O fim da vida passa a ser um acidente não admissível e todos os meios devem ser utilizados para, ao menos, retardá-lo. A morte no século XXI é vista como tabu, interdita, vergonhosa; por outro lado, o grande desenvolvimento da medicina permitiu a cura de várias doenças e um prolongamento da vida. Entretanto, este desenvolvimento pode levar a um impasse quando se trata de buscar a cura e salvar uma vida, com todo o empenho possível, num contexto de missão impossível: manter uma vida na qual a morte já está presente. Esta atitude de tentar preservar a vida a todo custo é responsável por um dos maiores temores do ser humano na atualidade.
Que é o de ter a sua vida mantida às custas de muito sofrimento, solitário numa UTI, ou quarto de hospital, tendo por companhia apenas tubos e máquinas.
IV UNIDADE
INDIGNO DE SER GENTE. PACIENTE Na visão conservadora
CLIENTE Na tendência de mercado PESSOA HUMANA Em sua dignidade
Freud (1914) vem nos falar que a morte de um ente querido nos revolta pois, este ser leva consigo uma parte do nosso próprio eu amado. E na contemporaneidade vivemos uma exigência de imortalidade: que nada mais é que um produto dos nossos desejos.
História da morte da idade média a idade moderna
Período da Morte de Si Mesmo: a partir do século XI,
Preocupa-se com a própria morte e com o que virá depois. Procura garantias para a vida depois da morte: Ritos de absolvição de seus pecados, orações aos mortos, donativos, missas rezadas após a morte, testamentos para seus bens, deixados para a igreja e aos pobres. Surgi à idéia de Juízo Final, todos os homens têm de prestar contas após sua morte.
A partir dos séculos XIII e XVII começa as primeiras mudanças nos rituais fúnebres; Utilização do caixão como forma de ocultar o corpo morto. Inscrições anteriormente colocadas junto ao
túmulo substituídas por placas gravadas colocadassão nas paredes das igrejas. Identificação do falecido, localização exata do corpo, doações, compromissos assumidos pelos familiares perante a igreja.
Século XIX, período da Morte do Outro, A morte vista como romântica bela e sublime, permitindo a união dos seres após a morte, que em vida são separados.
Forte crença na vida para além da morte, desaparece a idéia de Juízo Final ou a de Inferno. O medo dominante era o de que as almas dos mortos (os desencarnados) viessem incomodar os vivos.
Os sinais antigos:
Parada do coração e da respiração deixaram de ser suficientes. Surgi o conceito de morte cerebral , medida por um exame de eletro encefalograma, que determina a morte biológica. Na atualidade, a noticia de uma possível morte é muitas vezes ocultada do próprio paciente ao qual lhe e negada a possibilidade de se preparar para sua morte.
A fase da Vida no Corpo Morto tem inicio a partir do século XVIII. Constatação de que o corpo após a morte mantém resíduos de vida. Pelos e unhas continuam a crescer, existem secreções. Imaginação popular - o corpo depois da morte ainda ouve e tem lembrança.
do luto mais universais e O luto é uma Gênese das experiências assustadoras que vivem o ser humano, entretanto a forma como o individuo ira viver seu luto identificará o surgimento de uma estrutura desorganizadora (melancolia) ou o desenvolvimento de um processo normal de perda. Luto
O medo que predominava nos séculos XVII e XVIII é de ser enterrado vivo. Origem a vários ritos e cerimônias; atrasar o sepultamento tais como: velórios de quarenta e oito horas, a morte só é realmente reconhecida quando o corpo entra em decomposição. Surgem também os amuletos macabros confeccionados dos ossos daqueles que morreram e que serve para proteção dos vivos.
Período de tempo necessário para a elaboração progressiva da perda do objeto, que então fica introjetado sem maiores conflitos. O ego enlutado consegue desligar-se normalmente dele. A libido investida no objeto perdido necessita ser desligada das lembranças, fantasias e esperanças que cercavam esta ligação.
"A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem." Josh Billings