Fichamento do Livro: WEIL, WEIL, S. A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Seleção e apresentação de Ecléa Bosi. Rio de Janeiro: a! e "erra, #$%$. &$$p.
RACIONALIZAÇÃO 'p. ###( ) método de or*ani!ação do tra+alho. 'p. ### ###(( “Mas pode-se dizer que houve uma u ma segunda revolução industrial. A primeira se define pela utilização científica da matria inerte e das forças da natureza. A segunda se define pela utilização científica da matria viva! isto ! dos homens" 'WEIL, #$%$, p.##(
“Aliás aqueles que! entre os militantes operários! permanecem submetidos # disciplina industrial! não t$m a possibilidade nem o gosto de analisar teoricamente a pressão que sofrem a cada dia% precisam evadir-se& e os que estão investidos de funç'es permanentes muitas vezes t$m a tend$ncia de esquecer! no meio de sua atividade cotidiana! que e(iste aí ema questão urgente e dolorosa" 'WEIL, #$%$, p. ##(.
) - monotonia da conta+ilidade: o valor das coisas s/ é medido através do dinheiro. 'p. ##&( ) 0 12estão do sal3rio aca+a por enco+rir e sempre estar a 4rente de o2tras reividincaç5es importantes. 'p. ##&( ) 6per3rio 7 posição de servidão. 'p.##&( “A classe operária sofre por estar su)eita # vontade arbitrária dos quadros dirigentes da sociedade! que lhe imp'em fora de fábrica! seu padrão de e(ist$ncia e! dentro den tro da fábrica! suas condiç'es de trabalho" 'WEIL, #$%$, p. ##&(.
RESS8ES: 9entro da 43+rica Fora da 43+rica
ar+itrariedade patronal. ins24icincia dos sal3rios.
;6<"R0 6<"6S: Relação
Máquina “É feita essencialmente essencialmente para produzir” (WEIL, 1979,
“Os homens estão lá para ajudar as máquinas a fazerem todos os dias o maior número possível de produtos bem feitos e ”
Homem Carregado de sonhos, necessidades e
R6BLE=0: 0s necessidades h2manas não coincidem com as e>i*ncias de prod2ção. Sacri4?cio de vida em prol da 4a+ricação de prod2tos. 'p.##@( S6LAC S6LAC6 6 96 R6BLE R6BLE=0 =0 EL6S EL6S ;0I" ;0I"0LIS" 0LIS"0S 0S:: i*norar i*norar a e>ist e>istnci nciaa desses desses homens e s2as necessidades. ) ;oletivi!ação das 43+ricas. 'p.##@( ) 0 real sol2ção, se*2ndo a a2tora, seria no 4inal de cada e>pediente, D2ntamente com a prod2ção alta e +em 4eita, os tra+alhadores estarem 4eli!es. “*...+tornar “*...+tornar o trabalho trabalho alegre*...+" 'WEIL, #$%$, p. ##@(. ) processos mais a*rad3veis para os oper3rios 7 A"6I0......."alve! não7 9esenvolver 4erramentas 12e conciliem os interesses da empresa com os direitos dos tra+alhadores. “*.. “*...+ .+ os homen homenss que nela nela entra entram m de manhã manhã!! não não saia saiam m dela dela dimi diminuí nuídos dos físi física ca ou moralmente # noite! ao final de um dia! de um ano ou de vinte anos" 'WEIL, #$%$, p. ##(.
) 6 GR0< GR0<9E 9E R6B R6BLE LE=0 =0 90 ;L0SS ;L0SSE E 6ER 6ERHR HRI0 I0 harmoni!em a prod2ção, tra+alho e cons2mo.
7 Enco Encont ntrar rar proces processos sos 12e
) R0;I6<0LI0C6 : Base Bas e no "alorismo. 'p.##K( ) 2tili!ar ao m3>imo as m312inas e os homens e>istentes ) retira do homem a possi+ilidade de determinar por si s/ os processos e o ritmo pr/prio de se2 tra+alho. 'p.##M(.
est2doo e proce procedi dime mento ntoss do tra+ tra+al alho ho N ) est2 est2do do do tempo tempo TAYLORISMO : #N ) est2d 'decompor o tempo em movimentos, os 12ais se aplicam a 12al12er tra+alho( 7 tempo necess3rio para cada operação. 'p. ##$(. ) 6 "alorismo é: Seleção dos mais 4ortes 'p.##$( O tra+alhar mais do 12e tra+alhar melhor 'p.P( O meio de controle dos oper3rios. 'p.##(
FORDISMO : "ra+alho em cadeia com o o+Detivo de e>trair o m3>imo do tra+alhador em 2m tempo determinado. Retira)se o oper3rio especiali!ado, s2+stit2indo)o por aD2dante especiali!ado em tra+alho em série. 'p.#P(.
“A morte! evidentemente! o e(tremo limite que não se quer atingir! mas enquanto não se está morto! ao fim de uma hora de trabalho! do ponto de vista dos patr'es! que se pode ainda trabalhar mais" 'WEIL, #$%$, p. #(. “*...+ não e(iste nenhum meio científico para medir o gosto do organismo humano pelo trabalho *...+"'WEIL, #$%$, p. #(.
) Empresas parasitas: serviços de p2+licidade...'p.#&( ) 6 "alo alori rism smoo impl implant anto2 o2 a des4r des4ra* a*me ment ntaç ação ão do doss *r2po *r2poss op oper er3ri 3rios os promo promoven vendo do o individ2alismo através das *rati4icaç5es e da concorrncia. 'p.#@( ) Solidão moral: res2ltado da destr2ição da solidariedade e do isolamento oper3rio. 'p.#@( “,ord diz ingenuamente que e(celente ter operários que se d$em bem! mas preciso que eles não se d$em bem demais! porque isso diminuiria o espírito de concorr$ncia e de emulação indispensável para a produção" 'WEIL, #$%$, p. #@(. “*...+ a monotonia do trabalho começa sempre por ser um sofrimento. e se chega ao hábito! # custa de uma diminuição moral" 'WEIL, #$%$, p. #@(. “[...] ninguém ninguém se acostu acostuma, ma, ao menos que se possa trabalhar trabalhar pensando em outra coisa”
'WEIL, #$%$, p. #@(. ) tempo do tra+alho é o se*redo do tra+alhador: este se*redo 4oi violado pelo patrão. 'p.#( ;adncia 7 re*2laridade de movimentos.
O ENRAIZAMENTO 'p. &@%( 7 "radição “ ser humano tem uma raiz ativa por sua participação real! ativa e natural na e(ist$ncia de uma uma cole coleti tivi vida dade de que que cons conser erva va vivo vivoss cert certos os teso tesour uros os do pass passad ado o e cert certos os pressentimentos pressentimentos do futuro" 'WEIL, #$%$, p. &@%(.
) Q viver e se ver nas coisas 12e 4a!. “/recisa receber quase que a totalidade de sua vida moral! intelectual! espiritual por intermdio dos meios de que faz parte naturalmente"
'WEIL, #$%$, p. &@%(. ) o indiv?d2o se v 4a!endo parte nas coisas 12e 4a!. Q sentir)se pertencendo a todas es4eras da vida 12e participa: no tra+alho, na 4am?lia, na casa em 12e vive, na com2nidade 12e 4a! parte. 'p.&@%(. ) 0 ori*inal ori*inalidad idadee e a partic2 partic2lar larida idade de são caract caracter? er?sti sticas cas do enrai!a enrai!amen mento. to. “0uando um pintor de real valor vai a um museu! confirma sua originalidade" originalidade"'WEIL, #$%$, p. &@%(. ) ;om2nidades 12e conservam tradiç5es do passado, 4am?lias 12e mantém rit2ais pr/prios da 4am?lia herdados de se2s antepassados revelam traços de enrai!amento. ) 0s relaç5es sociais movidas pelo dinheiro podem ca2sar o desenrai!amento. 'p.&@M( “ dinheiro destr1i as raízes por onde vai penetrando! substituindo todos os motivos pelo dese)o de ganhar" 'WEIL, #$%$, p. &@M(.
O DESENRAIZAMENTO OPERÁRIO 'p.&@$( ) 0rranca o indiv?d2o de s2a vida, s2a c2lt2ra e cost2mes de se2s antepassados. 'p.&P( ) E>ames escolares: mesma o+sessão 12e o dinheiro. 'p.&P( ) Sistema doente: “2m sistema social está profundamente doente quando um campon$s trabalha a terra pensando que! se ele campon$s! porque não era inteligente o bastante para tornar-se professor" professor" 'WEIL, #$%$, p. &P(.
) 6 e>emplo dado acima por Weil pode ser aplicado, tam+ém, indstria, 12ando 2m oper3rio lastima s2a sorte e capacidade em oc2par a12ele l2*ar, almeDando 2m l2*ar distante de s2a realidade e, ao mesmo tempo, colocando)se em 2ma posição imposs?vel para a m2dança, no 12e se re4ere, r e4ere, como Weil Weil di!, inteli*ncia, capacidade. ) ;o ;ons nse1 e1T Tnci ncias as do desera deserai! i!am amen ento to:: Inérc Inércia ia da alma alma '4alt '4altaa de ação ação,, de ativi ativida dade de,, passividade( o2 promoção do desenrai!amento dese nrai!amento ' 12e est3 deserai!ado desenrai!a(. desen rai!a(. 0lemanha antes de Uitler: nação de h2milhados 7 4racasso na #N *2erra in4lação, processo de ind2striali!ação e o desempre*o 7 doença moral a*2da.
$ma sociedade mais %usta no sentido de promo!er o enra&zamento entre os oper'rios.
Doi !amin"o o#o$o %#&'()*
O desenraizamento, como uma doena !ira", in#ecciosa contaminando outras es#eras da sociedade.
) Esta*iar e o2tros setores de monta*em, participar da 4ormação do aprendi! seriam 4ormas de aliviar o desenrai!amento oper3rio. 'p.&@(
) -S2plemento da m312ina “*...+ a separação completa entre a vida do trabalho e a vida familiar" 'WEIL, #$%$, p. &K(. ) ;omo a m312ina deve ser: #N se*2ra N ser 4le>?vel, com 2so indeterminado &N necessitar de 2m pro4issional 12ali4icado “2ma classe operária constituída quase inteiramente por bons profissionais não um proletariado" 'WEIL, #$%$, p. &M(.
) Reestr2t2ração do tra+alho oper3rio, proposta. 'p.&$( “e os operários se tornassem em sua maioria um pouco mais felizes! vários problemas aparentemente essenciais e angustiantes estariam! não resolvidos! mas abolidos" 'WEIL,
#$%$, p. &K@(. “ povo tem pouco lazer para se dedicar a um esforço intelectual*...+" 'WEIL, #$%$, p.
&K@(. ) 6 pr/prio contedo das matérias o4erecidas s crianças e Dovens na escola lhes parecem estranhos, pois não h3 aplicação disso no m2ndo, na realidade, em 12e vivem, 4a!em parte. 6s contedos não são apro>imados da e>perincia vivida. 'p.&KK( “ pensamento livre e soberano por ess$ncia quando se e(erce realmente. er livre e soberano! na qualidade de ser pensante! p ensante! durante uma hora ou duas! e escravo pelo resto do dia! um esquarte)amento tão doloroso que quase impossível não renunciar! para fugir a ele! #s formas mais altas do pensamento" 'WEIL, #$%$, p. &K%(.
) a s2pressão da condição prolet3ria é criar 2m am+iente em 12e os oper3rios esteDam e se sintam em casa. 'p.&KM( ) Sentimento como elo para li*ar o oper3rio a empresa. 'p.&%#(
0 s2Deição. <2nca 4a!er nada, por menos 12e seDa, 12e se constit2a n2ma iniciativa. ;ada *esto é, simplesmente, a e>ec2ção de 2ma ordem. elo menos para operadores da m312ina. <2ma m312ina +2r*2esa, para 2ma série de peças, cinco o2 seis movimentos simples são indicados, e +asta apenas repeti)los a toda velocidade. 0té 12ando 0té 12e se rece+a ordem para 4a!er o2tra coisa. '...( 0 cada momento estamos na contin*ncia de rece+er 2ma ordem. 0 *ente é 2ma coisa entre*2e vontade de o2tro. ;omo não é nat2ral para 2m homem trans4ormar)se em coisa, e como não h3 coação vis?vel 'chicote, correntes( é preciso do+rar)se a si pr/prio em direção a esta passividade. V2e vontade de poder lar*ar a alma no cartão de entrada e s/ retoma)la sa?da =as não é poss?vel. 0 alma alma vai com a *ente para a 43+rica. Q preciso o tempo todo 4a!)la calar)se.
cesso. 62, se a temos ainda, 12e so4rimento, 12ando che*a a noite, reparar no 12e 4omos d2rante oito horas nesse dia, e 12e no dia se*2inte serão ainda oito horas, e tam+ém no dia se*2inte se *2inte do dia se*2inte ... 'We 'Weil, il, #$%$, p.#P@(