Uma visão comparativa sobre a globalização Rogel Marlon Carmo Resumo
Este estudo faz um comparativo teórico entre entre as visões de Nestor Garca Canclini Canclini e !tuart "all sobre a globalização# as identidades e suas din$micas culturais# sociais# politicas e econ%micas& 'borda as transformações ocorridas na sociedade atual e seus refle(os nas normas de relações de consumo& )bserva as modalidades de mudanças ocorridas& )s avanços de compreensão# bem como# as discussões teóricas a respeito& *alavras+c,ave- Globalização. identidade social. mudanças socioculturais. relações de consumo. perspectivas&
'bstract
/,is stud0 is a comparison bet1een t,e t ,e t,eoretical vie1s of Nestor Garca Canclini and !tuart "all on globalization# g lobalization# identities and t,eir cultural d0namics# social# political and economic& 2iscusses t,e c,anges occurring in toda03s societ0 and t,eir effects on standards of consumer relations& Notes t,e arrangements for c,anges& 'dvances in understanding# understanding# as 1ell as t,eoretical discussions discussions about it& 4e01ords- Globalization# social identit0# socio+cultural c,anges# consumer relations# prospects& !um5rio
1. Considerações iniciais. 2. A visão de Nestor Garcia Canclini 3. A visão de Stuart Hall 4. Considerações finais.
6& Considerações iniciais
O presente estudo visa deostrar os novos par!etros culturais a sua influ"ncia na sociedade de consuo e coo esta# aca$a por delinear e deterinar os ruos da participação politica e social nas sociedades atuais. A %uestão da identidade pela %ual nossa sociedade atual passa & ' $ase dos estudos dos autores referenciados neste tra$al(o. ) u prieiro oento vaos a$ordar a an*lise feita por
Nestor Garcia Canclini+3,# e u se-undo oento# os estudos de Stuart Hall+4,. A discussão etensa na teoria social esta so$ o se-uinte ar-uento# confore discorre Stuart Hall/ +..., as vel(as identidades# %ue por tanto tepo esta$ili0ara o undo social# estão e declnio# fa0endo sur-ir novas identidades e fra-entando o individuo oderno# at& a%ui visto coo u sueito unificado. A assi c(aada crise de identidade * vista coo parte de u processo ais aplo de udança# %ue est* deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades odernas e a$alando os %uadros de refer"ncia %ue dava aos indivduos ua ancora-e est*vel no undo social.+5, 6asso a-ora a es%ueati0ar# de fora $reve# o tra$al(o.
7& ' visão de Nestor Garcia Canclini
Na visão de Nestor Garcia Canclini o processo de -lo$ali0ação & u ecaniso de diferenciação dos indivduos# %ue possue a esa ln-ua e as esas necessidades. Ao eso tepo e %ue se te acesso a ua -aa iensa de inforações# se transcende o espaço local# e o -lo$al assue u papel de prota-onista. A cultura dos diversos pases perde força diante da cultura -lo$al ou da cultura de pases deterinados %ue por sua (e-eonia econ7ica e politica aca$a ipondo ao undo seus padrões culturais. 8esta fora# o novo padrão de consuo# e %ue produtos são valori0ados por sua escasse0 e# conse%uenteente liitados a u pe%ueno percentual de consuidores# aca$a por deterinar a construção e a renovação da distinção das classes. ) conse%uenteente# a distinção pode passar a ser o nvel de capacidade de a%uisição do individuo. Outro fator seria dos eios de counicação de assa aca$are priori0ando o -lo$al e detriento do local# e coo foradores de opinião# influenciando diretaente no odo coo as pessoas intera-e na sociedade. ) continuação a sua analise# aponta %ue# %uanto ais recente são as -erações# ais são influenciadas e deterinadas pelas esferas apontadas acia. 9evela %ue (* espaços e %ue a identidade nacional conse-ue anter:se fire# este seria# onde possui condições de ter ua oferta pr;pria.
, reitera %ue o )stado deve# si# tirar proveito dos aspectos $en&ficos da -lo$ali0ação se# no entanto# es%uecer %ue ainda eiste necessidade e peculiaridades locais %ue erece atenção.
) outro ponto o autor Clanclini+?, destaca & %ue @as identidades p;s:odernas são transterritoriais e ultilin-usticas# delineando u novo perfil de cidadão. Supera:se a ideia de %ue os e$ros da ua dada sociedade possue ua cultura (oo-"nea e =nica# assi# os referencias %ue fora a identidade passa a deiar de ser (istoria e tradição do povo# para sere refleos das inforações -lo$ali0adas e difundidas nos eios de assa. Coo solução apresentada# seria necess*ria ua refora constitucional e politica voltada para a prooção do respeito e a valori0ação das diferenças entre os indivduos. Ba$& aponta para a efetivação de udanças nas estruturas educacionais# a efetivação de eerccio da cidadania de fora respons*vel# a transforação de cen*rios culturais eistentes# a inte-ração transnacional e# principalente# a -lo$ali0ação dos direitos do cidadão.
8& ' 9isão de !tuart "all
As identidades odernas estão sendo @descentradas diante da copleidade de cen*rios# ou sea# u diferente tipo de udança estrutural esta transforando as sociedades odernas. sso esta fra-entando as culturas de classe# -"nero# seualidade# etnia# raça e nacionalidade# %ue no passado# nos tin(a fornecido solidas locali0ações coo indivduos sociais. )stes processos de udança# e conunto# representa ua transforação tão fundaental e a$ran-ente %ue soos copelidos a per-untar se não & a pr;pria odernidade %ue esta sendo transforada. Se-undo o autor# para analisaros el(or estas inforações & necess*ria ua an*lise da evolução das concepções de identidade# ou sea# prieiraente o iluiniso# a concepção sociol;-ica e a p;s: oderna# devendo ter e ente %ue elas se tornara coo o passar do tepo ais copleas e %ualificadas. 6aralelaente# teos ta$&# a %uestão da identidade relacionada ao car*ter da udança na odernidade tardiaD e particular# ao processo de -lo$ali0ação e seu ipacto so$re a identidade cultural. Neste sentido relata Ant(onE Giddens+F, %ue a odernidade não & definida apenas coo a eperi"ncia de conviv"ncia co a udança r*pida# a$ran-ente e continua# as & ua fora altaente refleiva de vida# na %ual as praticas sociais são constanteente eainadas e reforadas ' lu0 das inforações rece$idas so$re a%uelas pr;prias praticas# alterando# assi seu car*ter. ) outro pensaento 8avid HarveE+, afira %ue# & coo u ropiento ipiedoso co toda e %ual%uer condição precedente# caracteri0ada por u processo se:fi de rupturas e fra-entações internas no seu pr;prio interior. Outro fator conceitual & a %uestão da concepção utante do sueito (uano# no centro da %ual sur-e ua nova concepção de individuo e de sua identidade. O individuo passou a ser visto coo ais locali0ado e definido no interior dessas -randes estruturas e forações sustentadoras da sociedade oderna. )volução esta# co a cola$oração da $iolo-ia dariniana# onde o sueito tin(a suas ra0ões na nature0a e no desenvolviento fsico# no entanto# s; no se-undo evento evolutivo# foi %ue sur-ira as ci"ncias sociais# ipondo# ao individuo so$erano as suas vontades# necessidades# deseos e interesses.
e %ue nasceos se constitue e ua das principais fontes de identidade cultural para o sueito. Assi# o ar-uento & %ue a identidade nacional não & ua coisa co a %ual n;s nasceos# as & forada no interior da representação# ou sea# a nação.+1J, As pessoas não são apenas cidadãos# elas participa de ua ideia de nação tal coo representada e sua cultura nacional. Confore Kenedict Anderson ar-uenta/ +..., sendo assi# as culturas nacionais# ao produ0ir sentidos so$re a nação sentidos co os %uais podeos nos identificar# constroe identidades. )sses sentidos serão contidos nas est;rias %ue são contadas so$re a nação# eorias %ue conecta seu presente co seu passado e ia-ens %ue dela são construdas. A identidade nacional & ua counidade ia-inada.+11, )ntretanto# deveos ter e ente coo & contada a narrativa da cultura nacional# ou sea# a eleição# de no nio cinco eleentos principais/ e prieiro lu-ar (* a narrativa da nação# tal coo & contada e recontada nas (ist;riasD e se-undo (* a "nfase nas ori-ens# na continuidade# na tradição e na inteporalidadeD e terceiro a invenção da tradição# ou sea# ua estrat&-ia discursiva & construdaD e %uarto a narrativa da cultura nacional & a do ito fundacional e e %uinto lu-ar a identidade nacional & uitas ve0es si$olicaente $aseada na id&ia de u povo. Assi# teos u conceito $*sico de construção de identidade %ue são colocadas# de odo a$-uo# entre o passado e o futuro. Na analise se-uinte passaos a nos voltar ' %uestão de sa$er se as culturas nacionais e as identidades nacionais %ue elas constroe são realente unificadas. 6ara isso# deveos ter e ente os se-uintes conceitos# ressonantes da%uilo %ue constru ua cultura nacional coo ua counidade ia-inada/ as e;rias do passadoD o deseo por viver e conunto e a perpetuação da (erança. Na fora ais $reve# si-nifica %ue não iporta %uão diferentes são os seus e$ros e teros de classe social# -"nero e raça# ou sea# ua cultura nacional $usca identifica:los nua identidade cultural# para representa:los todos coo pertencendo a ua esa e -rande falia nacional# costurando as diferenças nua =nica identidade. )ntão neste sentido# Ant(onE
6aralelaente a este cen*rio# no oviento de (oo-enei0ação cultural podeos identificar ainda# no nio# tr"s %ualificações/ e prieiro t;pico# teos o alin(aento e direção ' (oo-enei0ação -lo$al# e se-undo# a fascinação co a diferença e# e terceiro# a esa fascinação co a ercantili0ação da etnia e da alteridade. 6ortanto# eiste u novo interesse de eploração pelo @local# $aseado na fora da especiali0ação flevel e nos nic(os de ercado# de fora %ue# este estreitaente entre o -lo$al e o local causa ua nova fora de articulação din!ica# provocando# provavelente# novas identidades -lo$ais e locais. 6osteriorente# podeos analisar ua desuniforidade -lo$al co relação ' -lo$ali0ação ao redor do undo# entre re-iões e populações. )# por fi# fica a %uestão da (oo-enei0ação cultural# onde perdura o dese%uil$rio entre oriente e ocidente# %ue# $aseando:se e recentes estudos a respeito do tea deia clara a ia-e# de %ue este processo & se duvidas ua %uestão preferencialente ocidental. Adeias# a -lo$ali0ação ret& al-uns aspectos da doinação -lo$al ocidental# as as identidades culturais estão# e toda parte# sendo revitali0adas pelo ipacto da copressão espaço:tepo. 8esta aneira# teos todos os su$sdios para nos reeter a se-uinte %uestão/ pertenceos a culturas (i$ridas# onde as pessoas te sido o$ri-adas a renunciar ao son(o ou ' a$ição de redesco$rir %ual%uer tipo de pure0a cultural# ou# e todo lu-ar estão sur-indo identidades culturais %ue não são fias# as# estão e transição# entre diferentes posiçõesD %ue retira recursos# ao eso tepo# de diferentes tradições culturais# e %ue são o produto dessa copleidade cultural.
:& Considerações finais
Ap;s discorrer este tea co $ase nos autores apresentados# teos a ntida ipressão %ue dentro de u universo latino:aericano# Nestor Garcia Canclini apresenta ua contestação aos efeitos da -lo$ali0ação# os efeitos nas relações de consuo# evidenteente l;-ico# e a necessidade da positivação no ponto de vista de u pensador latino:aericano. M* Stuart Hall discorre de ua fora : p;s:oderna : ais sofisticada ' te*tica e pauta# co pontos ais consistentes# levando a ua consideração provis;ria# %ue parece então# ser a ais l;-ica. A %uestão c(ave & %ue deveos pensar no ar-uento do (i$ridiso e do sincretiso a fusão entre diferentes tradições culturais %ue são tecnicaente# ua poderosa fonte criativa# e estão produ0indo novas foras de cultura# ais apropriada ' odernidade tardia %ue as vel(as e contestadas identidades do passado. )ntretanto# e concord!ncia co estudos ais profundos# parece l;-ico ta$&# %ue a -lo$ali0ação não esta produ0indo u desastre# as coo * estudado# tanto no li$eraliso coo no ariso# e suas diferentes foras# dava a entender %ue os ape-os ao local e ao particular daria -radualente ve0 a valores e identidades ais universalistas e cosopolitas# ou sea# %ue o nacionaliso e as etnias era foras arcaicas de ape-o. 6ortanto# co ua evolução# as identidades anteriores seria -radualente su$stitudas por identidades ais racionais e universais.
Refer;ncias
CANCN# Nestor Garcia. Consuidores e Cidadãos/ conflitos ulticulturais da -lo$ali0ação. Brad. , CANCN# Nestor Garcia. Consuidores e Cidadãos/ conflitos ulticulturais da -lo$ali0ação. Brad. . +?, de# $ide. Culturas $ero:a&rica/ dia-n;sticos e propostas para seu desenvolviento. Brad. Ana enite Iurtado. São 6aulo/ )ditora
+11, AN8)9SON# Kenedict. a-ined Counities/ 9eflections on t(e Ori-in and Spread of Nationalis. rev. ed. ed. ondon/ erso# 11# p. 124. +12, .