1FDHF@P ;FTE 11 H1F, e nessa lei medita dia e noite. *3?1 O6O9A ;eliz aquele que l as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está pr#'imo. P123 D1 L1*D<>H1 21 H1F, Ceus dos E'&rcitos7 faze resplandecer sobre n#s o teu rosto, para que sejamos salvos. *3?1 JG6OU9OI Xoltei9me para ver quem falava comigo. Xoltando9me, vi sete candelabros de ouro e entre os candelabros algu&m !semel"ante a um fil"o de "omem!. P123 $o estará o mundo em um processo de se tornar mais vasto, mais significativo e mais fascinante do que -eováQ $o se pode rejeitar !o modo de Ceus! sem rejeitar a vida (...) 1 cristianismo faz diferen%a, mas n$o pode destruir a realidade presente. V ;3>>EFT 1Y21>>1F 1 evangel"o n$o se destina a indivíduos7 mas :s H1F, e a tua fidelidade na assembleia dos santos. Pois, quem nos c&us poderá comparar9se ao *E>H1FQ =uem dentre os seres celestiais assemel"a9se ao *E>H1FQ >a assembleia dos santos Ceus & temível, mais do que todos os que o rodeiam. 2omo & feliz o povo que aprendeu a aclamar9te, *E>H1F, e que anda na luz da tua presen%aM *3?1 JI69U,O 1s quatro seres viventes disseram6 !m&m!, e os anci$os prostraram9se e o adoraram. P123 $o fiques de bra%os cruzadosM Cestr#i9osM *3?1 U6I9OO Ent$o um dos anci$os me perguntou6 !=uem s$o estes que est$o vestidos de branco, e de onde vieramQ! Fespondi6 *en"or, tu o sabes. E ele disse6 !Estes s$o os que vieram da grande tribula%$o e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do 2ordeiro.! P123 H1F7 vem depressaM Escuta a min"a voz quando clamo a ti. *eja a min"a ora%$o como incenso diante de ti, e o levantar das min"as m$os, como a oferta da tarde. *3?1 OO6O9A 1utro anjo, que trazia um incensário de ouro, apro'imou9se e se colocou em p& junto ao altar. ele foi dado muito incenso para oferecer com as ora%0es de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da m$o do anjo subiu diante de Ceus a fuma%a do incenso com as ora%0es dos santos. P123 em para o indivíduo, nem para a H1F, n$o fec"o os meus lábios. >$o oculto no cora%$o a tua justi%a7 falo da tua fidelidade e da tua salva%$o. >$o escondo da grande assembleia a tua fidelidade e a tua verdade. *3?1 G6I9OG Carei poder :s min"as duas testemun"as, e elas profetizar$o durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. P123 H1F, o nosso Ceus. Eles vacilam e caem, mas n#s nos erguemos e estamos firmes. *3?1 AG6U9J qui está a perseveran%a dos santos que obedecem aos mandamentos de Ceus e permanecem fi&is a -esus. P123 90 $o & do oriente nem do ocidente nem do deserto que vem a e'alta%$o. 8 Ceus quem julga6 Humil"a a um, a outro e'alta. >a m$o do *E>H1F está um cálice c"eio de vin"o espumante e misturado7 ele o derrama, e todos os ímpios da terra o bebem at& a ltima gota. *3?1 U6V9J Dodas as na%0es vir$o : tua presen%a e te adorar$o, pois os teus atos de justi%a se tornaram manifestos. P123 F1*E>*D12K9H@E**T 101 OGJ EF 121
s ltimas palavras mais famosas já pronunciadas ou escritas encontram9se no ltimo livro da Bíblia6 o pocalipse. >en"um te'to pode competir com ele. 2ontudo, !mais famosas! n$o significa !mais admiradas! nem !mel"or compreendidas!. ?uitos, diante dos drag0es sanguinários e dos sons do juízo final, ficam apenas confusos. 1utros, associando9o :s vulgaridades e futilidades com que costumam se deparar, julgam o te'to de -o$o desprezível. >o entanto, "á sempre alguns que se detm para ol"ar e ler movidos pela curiosidade, mas depois passam a entender e admirar porque descobrem no pocalipse a verdade apresentada de forma diferente e convincente. Encontro9 me nesse grupo. s palavras s$o famosas, para n#s, n$o por serem sensacionais, estran"as, enigmáticas ou instigantes. Elas s$o notáveis por serem a verdade amadurecida e testada por s&culos de e'perincia de vida real. s ltimas palavras do pocalipse s$o notáveis, e'traordinárias, porque resumem e concluem de maneira satisfat#ria o registro bíblico de s&culos de discernimento, consel"o e e'perincia de pessoas a quem Ceus escol"eu se revelar e que viveram pela f& no *en"or. 1 poder do livro de -o$o para atrair a aten%$o e, depois, tornar a realidade de Ceus e da vida de f& l#gica e consistente para os que a aceitam, deriva da convergncia surpreendente dos minist&rios como te#logo, poeta e pastor de seu autor.OA 1s trs minist&rios apresentam9se entrela%ados na introdu%$o6 !Eu, -o$o, irm$o e compan"eiro de vocs no sofrimento, no Feino e na perseveran%a em -esus, estava na il"a de Patmos por causa da palavra de Ceus e do testemun"o de -esus. >o dia do *en"or ac"ei9me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, que dizia6 YEscreva num livro o que voc v e envie a estas sete igrejasY (...) Xoltei9me para ver quem falava comigo...! Np O6I9OA. Ele estava em Patmos, il"a que servia como presídio, !por causa da palavra de Ceus e do testemun"o de -esus!. l&m de t9lo colocado onde ele estava, a palavra logos- de Ceus theos- "avia feito dele .!em ele era. Ele n$o se OO >ort"rup ;r5e, The +reat ode N>ova TorS6 Harcourt, Brace, -ovanovic", OIJA, p. OII. OA !-o$o! pode referir9se ao ap#stolo, presbítero em 8feso, ou a outro líder da
"oje descon"ecido. Estudiosos defendem posi%0es diferentes. meu ver, isso pouco influencia a interpreta%$o do livro. 2ontudo, min"a opini$o & que o autor de pocalipse foi o mesmo que escreveu o evangel"o e as cartas.
identificava pela circunst+ncia de prisioneiro, mas pela voca%$o de te#logo. >$o analisou a política romana para e'plicar sua dificuldade, mas e'ercitou seu con"ecimento sobre a palavra e o testemun"o de Ceus e de -esus6 essa & a tarefa do te#logo. palavra e o testemun"o que moldaram a vida dele foram, assim, escritos em obedincia e sob inspira%$o. !>o Espírito!, ele recebeu a ordem6 !Escreva o que voc v.! 2omo resultado, temos um livro que recria em n#s, leitores, aquilo que o pr#prio -o$o vivenciou6 isso & o trabal"o do poeta. Ele fez isso em compan"eirismo consciente tanto com os crist$os quanto com o 2risto a quem ele con"ecia / !irm$o e compan"eiro de vocs no sofrimento, no Feino e na perseveran%a em -esus!. Ele compartil"ava tudo / as dificuldades, as bn%$os gloriosas, o discipulado cotidiano6 essa & a vida do pastor. 1 te#logo leva Ceus a s&rio como sujeito, pessoa, n$o como objeto, e dedica sua vida a pensar e falar sobre Ele para desenvolver con"ecimento e entendimento sobre seu ser e sua a%$o. 1 poeta leva a s&rio as palavras como símbolos que ligam o visível e o invisível, e assume responsabilidade pelo uso "ábil e acurado delas. 1 pastor v com seriedade as pessoas reais como fil"os de Ceus, e ouve e fala com elas na perspectiva do eterno, convicto de que a vida de f& em Ceus & o essencial. Dudo o mais & perif&rico. >em sempre os trs minist&rios convergem em uma nica pessoa / mas, quando isso acontece, o resultado & tremendo. Porque -o$o integra de maneira t$o completa o trabal"o de te#logo, poeta e pastor, temos esse documento bril"ante e sempre til / o pocalipse. -1[1, 1 DE\31L1 @m escriba do quarto s&culo, copiando o livro de pocalipse, escreveu o título6 !@ma Fevela%$o de -o$o!. Cepois, em um momento de inspira%$o, rabiscou na margem6 to! theologo!, !o te#logo!. 1 copista seguinte, vendo que o comentário era apropriado, moveu9o para o centro da página. E tem sido assim, !-o$o, o De#logo!, desde ent$o. -o$o & um te#logo com a mente inteiramente saturada com pensamentos de Ceus. vis$o do *en"or abalou todo o seu ser. Ele ouve, avalia e transmite a palavra criadora e salvadora de Ceus. Ele & completamente dependente, orientado, tomado e controlado pelo *en"or.
rebai'ado a um elemento que pode ser medido, usado, pesado, reunido, controlado ou sentido. ] medida que aceitamos essas interpreta%0es reducionistas, t&dio, depress$o e mediocridade penetram em nossa vida. ;icamos atrofiados, como plantas em um terrário. ?as o carval"o precisa de solo, sol, c"uva e vento. vida "umana depende de Ceus. 1 te#logo oferece sua mente para proclamar !Ceus! de maneira que Ele n$o seja reduzido, trivializado ou banalizado. 1 que ele fala nos leva a con"ecer e adorar a Ceus, e, como consequncia, nossa vida n$o precisa se restringir no que conseguimos e'plicar, mas pode ser elevada pela adora%$o. Há dificuldades tremendas no pensamento e comunica%$o da teologia. 1 te#logo nunca entrega um produto terminado. !Deologia sistemática! & um parado'o. *empre "averá pontos a e'plicar, mas at& mesmo as migal"as em torno da mesa de um discurso assim s$o mais satisfat#rias do que refei%0es completas sobre assuntos inferiores. teologia de -o$o carrega um atrativo especial, uma vez que todo o seu pensamento sobre Ceus se desenvolve sob fogo cerrado6 !estava na il"a de Patmos!, uma pris$o. Ele era um "omem de pensamento e imagina%$o, na rotina, ou ora%$o, de joel"os, as posturas que caracterizam os mel"ores te#logos. Em certos momentos na "ist#ria, espera9se que eles "abitem em torres de marfim e se dediquem a escrever tratados impenetráveis e graves. Entretanto, os mais importantes te#logos pensaram e escreveram sobre Ceus no meio do mundo, no centro da a%$o. Paulo ditou cartas urgentes em uma cela de pris$o7 tanásio, contra m!nd!m, foi perseguido por trs imperadores diferentes e obrigado a se e'ilar cinco vezes. gostin"o pastoreou pessoas que enfrentavam a quebra da ordem e o caos do Estado romano7 Domás de quino usou a mente para combater enganos e "eresias que, se n$o tivessem sido enfrentados, teriam transformado a Europa em selva espiritual e mental. 2alvino foi incansável no desenvolvimento de uma comunidade do povo de Ceus dentro da turba revolucionária de Lenebra7 Karl Bart" arbitrou disputas trabal"istas e pregou a prisioneiros7 Cietric" Bon"oeffer viveu como fugitivo na leman"a nazista7 e -o$o foi e'ilado na s#lida pris$o de Patmos enquanto seus irm$os em 2risto eram assolados pelos mecanismos estruturais de opress$o do Estado pag$o. Esses te#logos tiveram a tarefa de desenvolver a ordem evang&lica no caos maligno e organizar os elementos da e'perincia e da raz$o para serem entendidos de forma proporcional e coerente6 pecado, derrota, des+nimo, ora%$o, sofrimento, persegui%$o, louvor e política s$o colocados em rela%$o :s realidades de Ceus e 2risto, santidade e cura, c&u e inferno, vit#ria e julgamento, come%o e fim. fa%an"a deles & que a comunidade que vive pela f& em 2risto continua a ter esperan%a e amor inteligentes. comunidade crist$ precisa de te#logos que nos manten"am pensando sobre Ceus, e n$o apenas fazendo especula%0es aleat#rias. >os níveis profundos de nossa vida, todos precisamos de um Ceus a quem possamos adorar com toda a mente, o cora%$o e a for%a. gen&tica secular jamais conseguirá tirar de n#s o gosto pela eternidade. >ossa e'istncia deriva de Ceus e a Ele se destina. -o$o se coloca na lin"a de frente do grande e'&rcito de te#logos que nos convence, por seu pensamento disciplinado e vigoroso, de que theos e logos s$o inseparáveis, e de que vivemos em uma cria%$o, e n$o em um "ospício.
-1[1, 1 P1ED 1 trabal"o teol#gico de -o$o gerou um poema6 !o maior poema produzido na alvorada da era crist$!. O *e n$o for lido como poesia, pocalipse será simplesmente incompreensível. incapacidade, ou recusa, em lidar com -o$o, como poeta, responde pela maior parte dos erros de leitura, interpreta%$o e aplica%$o do livro. 1 poeta usa as palavras para criar, n$o para e'plicar ou descrever alguma coisa. Poeta N po0t 0s significa !criador!. linguagem po&tica n$o se relaciona a e'plica%0es objetivas7 ela & a língua da imagina%$o. 2ria uma imagem para nos convidar a participar da realidade. p#s a leitura de um poema, temos mais e'perincia, e n$o mais informa%0es. >$o & !um e'ame do que acontece, mas uma imers$o nos acontecimentos!. O 2omo o pocalipse foi escrito por um te#logo, que tamb&m era poeta, n$o podemos l9lo como um almanaque no qual buscamos descobrir o que vai acontecer, nem como uma crnica do passado. 8 particularmente apropriado que um poeta ten"a a ltima palavra na Bíblia. o c"egar ao pocalipse, já recebemos nos livros precedentes a completa revela%$o divina. Dodas as instru%0es sobre a salva%$o e a vida de f& encontram9se já registradas. >$o "á perigo de falta de informa%$o. Entretanto, corre9se o risco de que, devido : familiaridade e ao cansa%o, n$o se preste a devida aten%$o aos esplendores que nos cercam em ?ois&s,
vir a morrer sem jamais ter sabido o que & o c&u!. Precisamos de uma arte que nos conecte com o c2!, n$o como passivos receptores de informa%0es de lá, mas que nos coloque no palco da a%$o divina / vivos.! O Esse & o trabal"o de -o$o6 ele toma as coisas antigas, comuns, da cria%$o e salva%$o, do Pai, do ;il"o e do Espírito, do mundo, da carne e do diabo que tomamos como certas, e nos for%a a ol"ar para elas e e'perimentar de novo Nou, quem sabe, pela primeira vez sua realidade. -á no final de sua vida, em OIU, 4. H. uden afirmou que se e'ige de um poema !duas coisas6 primeiramente, tem que ser um objeto verbal bem construído que "onre a linguagem em que foi escrito7 em segundo lugar, precisa fazer afirma%0es significativas sobre a realidade comum a todos, embora vista sob uma perspectiva nica!. OV obra teol#gica de -o$o atende :s duas e'igncias. 8 bem construída6 a estrutura comple'a foi elaborada com cuidado e provoca espanto e admira%$o em todos que a estudam. l&m disso, toma !a realidade comum a todos!, o evangel"o de -esus 2risto, e a apresenta sob a !perspectiva nica! do fim, com completa considera%$o de todos os detal"es e etapas da salva%$o. -o$o entoa os c+nticos, representa as vis0es e arranja os sons e significados das palavras com ritmo e arte. -ustap0e imagens de forma surpreendente, e vemos e ouvimos o que sempre esteve por perto e que teríamos percebido se tiv&ssemos parado e prestado aten%$o. Ele desperta nossa mente, provoca nossas emo%0es, envolve nossos sentidos. -1[1, 1 P *D1F pai'$o de -o$o por pensar e falar sobre Ceus e o seu talento para nos submeter ao poder da linguagem fazem as imagens renascerem em n#s, ligando9nos a uma realidade al"eia e superior a n#s. -o$o usa sua teologia e sua poesia em um conte'to específico6 a comunidade de pessoas que vivem pela f& em Ceus. 1 contedo e a forma do que ele fala surgem entre pessoas que ousam viver com base na gra%a invisível, aceitam o perd$o, acreditam nas promessas e oram. Cecidem, a cada dia, mesmo correndo risco, viver pela f&, e n$o pelas obras7 em esperan%a, e n$o em desespero7 em amor, e n$o em #dio. E s$o tentadas diariamente a desistir. -o$o & o pastor dessa comunidade, ou, como ele mesmo diz, !irm$o e compan"eiro...!. Lente que vive pela f& tem a sensa%$o aguda de viver num "iato. 2remos que Ceus & o início de tudo e que estará no final de toda vida / segundo o con"ecido epigrama de -o$o, ele & !o lfa e o _mega! Npocalipse O6J. 2ostumamos assumir que o início foi bom N!E Ceus viu tudo o que "avia feito, e tudo "avia ficado muito bom!. Damb&m "á concord+ncia quanto a um final bom N!Xi novos c&us e nova terra!.
OG.
cada um deles. 1 pastor se especializa em acompan"ar os indivíduos de f& nesse "iato, enfrentando os detal"es sombrios, as rotinas desprovidas de sentido e a maldade escarnecedora, enquanto persiste, o tempo todo, em repetir que o "iato enigmático tem cone'$o com o início esplndido e o final glorioso. 3utero usava um teste ácido para e'aminar o pastor crist$o6 !Ele con"ece a morte e o diaboQ 1u tudo & do%ura e luzQ! OU E'perincia análoga ocorre com a leitura de um romance. 1 leitor sabe, desde o primeiro capítulo, que "averá um final. @m dos pontos positivos de pegar um livro & saber que ele vai acabar. Enquanto lemos, muitas vezes ficamos confusos, :s vezes "á suspense, costumamos errar nas e'pectativas e nos enganar na avalia%$o de um personagem. ?as n$o abandonamos a obra s# por n$o entender, n$o concordar ou n$o sentir satisfa%$o. Presumimos que "aja significado, cone'$o e prop#sito mesmo quando n$o o con"ecemos. creditamos que o ltimo capítulo mostrará o significado que percorreu toda a "ist#ria. 2remos que "averá um final satisfat#rio, e n$o uma conclus$o banal. ;azia parte da voca%$o pastoral de -o$o refor%ar, em meio ao caos do primeiro s&culo da era crist$, esse sentido de cone'$o. Ele en'ergou padr$o e prop#sito na confus$o incmoda e ruidosa de bem e mal, bn%$o e maldi%$o, descanso e conflito. 1uviu ritmos, encontrou arranjos e propor%0es. Dransmitiu uma arrebatadora !sensa%$o do fim!. OJ *omos guiados n$o apenas para um fim, mas para um alvo planejado e alcan%ado. 1 ap#stolo fala sobre isso de maneira que as pessoas que se encontram no "iato adquirem convic%$o interior do que significa alguma coisa boa em Ceus. -o$o n$o se preocupa com c&u e inferno como coisas em si mesmas. Ele n$o se interessa por julgamento e bn%$os que n$o afetem as pessoas que pastoreia. >$o especula nem teoriza. Doda palavra, nmero, vis$o e c+ntico s$o postos em disponibilidade imediata nas sete pequenas congrega%0es que ele tem sob sua responsabilidade. Ele acompan"a as pessoas nas e'perincias de adora%$o e apostasia, martírio e testemun"o, amor e vingan%a, e desenvolve as cone'0es que estabelecem a coerncia entre o início e o fim. Essas pessoas, atendidas por tal pastor, adquirem cada vez mais certeza de que se incluem no plano de Ceus e, portanto, s$o capazes de perseverar mesmo quando n$o conseguem entender o significado dos acontecimentos. 2oncorda9se, em geral, que o pocalipse trata de escatologia, ou seja, das !ltimas coisas!. 1 que n$o se costuma entender & que toda escatologia & colocada a servi%o do pastor. Entre todas as perspectivas teol#gicas, a escatologia & a mais pastoral, pois mostra que o fim influencia o presente de tantas maneiras que a verdade do evangel"o pode ser constatada nesta vida, no !"iato!. escatologia mostra que os crentes n$o se encontram !no meio9dia da "ist#ria, mas no raiar de um novo dia, quando noite e dia, as coisas passadas e as coisas por vir, convergem umas para as outras!. OI pocalipse & denso de significado / "á camadas e mais camadas de verdade a serem e'ploradas. Praticamente todas as imagens usadas por -o$o carregam significados mltiplos. Há um qu de natureza selvagem OU 2itado por >orman 1. BroRn, 7ida ontra Morte NPetr#polis6 Xozes, OIUA, A.a ed., p. AV. OJ Dítulo de um estudo em que ;ranS Kermode trata de e'emplos de te'tos apocalípticos na literatura
moderna e das evidncias que apresentam sobre e'igncias "umanas para uma vida rumo a um final planejado, e n$o simplesmente aleat#rio The #ense of an Ending (>ova TorS6 1'ford @niversit5 Press, OIVU). OI -urgen ?oltmann, The Theolog" of 8ope N3ondres6 *2? Press, OIVU, p. O.
multifacetada neste !magnífico poema de imagina%$o vívida, no qual o mundo que espera os que crem em -esus & o nico mundo por vir!. AG -á que nen"um indivíduo nem nen"uma gera%$o pode esperar ter mais do que uma parte da verdade comple'a do pocalipse, & importante que os leitores cultivem, desde o início, a cortesia para com os outros, para que as diferen%as nas descobertas n$o resultem em antagonismos dogmáticos. @ma boa maneira de come%ar bem & ser corts com o autor, respeitando as preocupa%0es fundamentais que vemos em sua vida, e no pocalipse6 seu assunto & Ceus Nn$o o esoterismo criptográfico, e seu conte'to & pastoral Nn$o entretenimento alarmista. ceitando -o$o como te#logo, poeta e pastor, podemos errar sobre detal"es, mas continuar certos em nossa rea%$o total : sua obra. 2rist$os que respeitam essas condi%0es enfatizar$o aspectos diferentes da verdade e descobrir$o aspectos n$o previstos por leitores que os precederam, embora manten"am vínculos de interpreta%$o e resposta com todos que, com f&, lem com o prop#sito de encetar uma carreira de f&.
AG ;arrer, 'e%irth, p. V.
P123
-o$o, primeiro, viu a palavra de Ceus e o !testemun"o de -esus 2risto! Np O6A, e s# depois escreveu Np O6. E, ainda assim, n$o ficou s# na forma escrita muito tempo7 logo retornou ao mundo sensorial6 !;eliz aquele que l as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem! Np O6. 1 livro come%a e termina com vis$o e audi%$o Np AA6J. E o escrito estabelece um elo entre as duas e'perincias sensoriais. pocalipse dei'a e'plícita a verdade de toda a Escritura, a palavra de Ceus pronunciada e ouvida, ou apresentada e vista. 1 crist$o cr que Ceus fala, e, como resultado, todas as coisas s$o trazidas : e'istncia6 natural e sobrenatural7 toda a cria%$o e os relacionamentos da alian%a. E, em algum momento, a Escritura. palavra de Ceus cria o cosmo. palavra de Ceus promove o perd$o. !Pois ele falou, e tudo se fez7 ele ordenou, e tudo surgiu! N*l 6I. Ceus tem a primeira palavra. E tamb&m a ltima. E entre os dois e'tremos todas as palavras faladas vm por um vocabulário e uma gramática que tamb&m s$o dons de Ceus. 1 Evangel"o de -o$o fala sobre -esus 2risto6 a !Palavra tornou9se carne!. narrativa insiste e demonstra que a !palavra! n$o & uma abstra%$o filos#fica, nem tinta sobre pergamin"o, mas, sim, uma ocorrncia "ist#rica. Epístola de -o$o tamb&m enfatiza a palavra física, sensorial e "ist#rica6 !... o que ouvimos, o que vimos com os nossos ol"os, o que contemplamos e as nossas m$os apalparam / isto proclamamos a respeito da Palavra da vida! NO -o O6O. palavra de Ceus foi pronunciada antes de ser escrita. Pessoas viram, tocaram e ouviram -esus antes de escrever sobre Ele. 1 que caracteriza a !palavra de Ceus!, acima de qualquer outra coisa, & ser falada, ter uma criatividade viva e din+mica. palavra de Ceus escrita script!ra- & maravil"osa, mas & tamb&m uma bn%$o que traz vantagens e desvantagens. Xantagens porque cada nova gera%$o de crist$os tem acesso ao fato de que Ceus fala, con"ece a maneira como Ele se e'pressa e os resultados decorrentes dessa manifesta%$o. desvantagem está quando, no momento em que as palavras s$o escritas, corre9se o risco de perder a resson+ncia viva da fala e reduzir9se a objeto de AO *t. gostin"o, citado em -o"n 4ilSinson, Interpretation and omm!nit" N3ondres6 ?acmillan W 2o.,
OIV, p. V.
contempla%$o, estudo, interpreta%$o, sem qualquer envolvimento pessoal. >o momento da escrita, as palavras se separam da voz que as pronunciou e, portanto, s$o despersonalizadas. 2ontudo, a essncia delas & pessoal. s palavras s$o o meio utilizado por algu&m para compartil"ar o que "á em seu íntimo. s palavras unem espíritos. Feduzidas : escrita e dei'adas de lado, cessam de cumprir o objetivo de sua e'istncia / criar e manter relacionamentos pessoais amorosos e inteligentes. palavra falada e ouvida une falante e ouvinte em um relacionamento completo7 escrita e lida, se divide em fragmentos gramaticais, e & necessário reconstituí9la com a imagina%$o para que realize sua tarefa original. 1 leitor pode se recusar a envolver seus sentidos, o que n$o acontece com o ouvinte ou o espectador. Cei'ados de lado, os sentidos se atrofiam, e a palavra escrita se torna cada vez mais abstrata. l"eias de quem as fala, as palavras s$o belas como as conc"as, interessantes como os esqueletos e seu estudo t$o proveitoso quanto o estudo dos f#sseis. ?as, separado do ato de ouvir e responder, as palavras n$o funcionam de acordo com a inten%$o da pessoa que fala, pois a linguagem &, essencialmente, o meio pelo qual uma pessoa atrai outra a um relacionamento e : participa%$o. Ceus fala, declara que cria e salva, para que possamos crer, ou seja, participar confiantemente do processo de cria%$o e salva%$o que ele está operando em n#s. revela%$o n$o visa informar, mas, sim, nos trazer a um envolvimento com Ceus. "ist#ria está repleta de casos nos quais as palavras, ap#s serem escritas, perderam seu poder e se transformaram em substantivos classificados, verbos analisados, adjetivos admirados e adv&rbios discutidos. Bíblia n$o escapou a esse destino. lgumas das disc#rdias mais contundentes de -esus se deram contra escribas e fariseus, indivíduos do primeiro s&culo que con"eciam muito bem as palavras das Escrituras, mas eram incapazes de ouvir a voz de Ceus. Possuíam con"ecimento amplo e meticuloso do te'to. Eles reverenciavam as Escrituras. Eles as memorizavam. @savam9nas para regular cada detal"e da vida. Por que, ent$o, -esus os censurou t$o duramenteQ / Porque eles estudavam a Palavra, mas n$o a ouviamM Para eles, as Escrituras "aviam se tornado um fim em si mesmas7 dei'aram de ser um meio de ouvir a Ceus. *epararam o livro do ato divino de declara%$o de mandamentos de alian%a e promessas de boas novas.
impulsionam a um encontro pessoal com o Ceus pessoal. !=ualquer coisa pode nos levar a ol"ar!, disse o poeta rc"ibald ?ac3eis", !mas s# a arte pode nos levar a ver.! A pocalipse faz ver isso6 !Xoltei9me para ver...! NO6OA. linguagem & a aptid$o distintiva do ser "umano. Por meio das palavras, declaramos quem somos. forma como as usamos & o aspecto mais significativo de nosso ser. *e as aplicamos mal, nossa vida sai prejudicada. forma como entendemos a n#s mesmos e aquilo em que nos tornamos por meio das palavras deriva de como entendemos Ceus e sua manifesta%$o a n#s. característica mais distintiva da f& crist$ & o respeito pela palavra6 antes de tudo, a de Ceus7 e, depois, as nossas6 em ora%$o, confiss$o e testemun"o. 1s ataques : f& que mais devemos temer s$o os que v$o direto : jugular da palavra e a torcem, negam e lan%am dvidas sobre ela. 8 impressionante a frequncia com que os salmistas denunciavam e pediam ajuda contra os lábios mentirosos e as línguas aduladoras. Eles receavam muito mais os mentirosos do que assassinos, adlteros, agiotas ou os povos inimigos. Ceus "avia se revelado a eles em palavra, e foi esse tamb&m o meio que usaram para dar forma : resposta. =uando as palavras s$o destruídas, o dano c"ega ao mais profundo de nosso ser. 1 ataque sat+nico mais sutil e mais constante aos que andam com Ceus em nosso meio se dá por meio da subvers$o da Palavra. Há uma separa%$o discreta entre a imagina%$o e a Palavra de Ceus, e passamos a considerá9la uma maravil"osa obra impressa, ao mesmo tempo que vai se apagando toda percep%$o de que ela foi pronunciada pelo Ceus vivo. Essa estrat&gia maligna tem alcan%ado enorme sucesso6 mil"0es de pessoas usam a Bíblia, em que acreditam com devo%$o para condenar aqueles de quem discordam. 1utros mil"0es a lem todos os dias e dez minutos depois dirigem ao cnjuge, aos vizin"os, aos fil"os e aos colegas de trabal"o palavras de desprezo, irrita%$o, manipula%$o e engano. 2omo isso pode acontecerQ 2omo & possível que gente que dá tanta aten%$o : palavra viva de Ceus n$o seja afetada por elaQ 1 problema n$o & falta de f&. Há carncia de imagina%$o6 o inimigo subverteu a palavra proclamada em palavra impressa. >o momento em que isso acontece, a imagina%$o se atrofia e as palavras vivas se tornam termos vazios, desen"os nos livros. >$o faz diferen%a acreditar que elas s$o verdade / se n$o a vemos como a voz do Espírito, a ser ouvida com f& / e, assim, ningu&m responde. Elas passam pela mente do leitor como a água que escorre pelo cano. Centro da comunidade crist$, trs grupos s$o convocados a enfrentar os ataques contra a Palavra de Ceus6 professores, para nos ensinar a verdade e evitar mal9entendidos7 apologistas, para rebater os argumentos dos críticos a fim de que a Palavra de Ceus n$o seja desacreditada7 e mestres da imagina%$o, para nos manter despertos e conscientes diante do Ceus vivo que fala conosco por meio desses escritos e nos lembrar de que estamos vivos e que algu&m se dirige a n#s. -o$o & membro proeminente dos trs grupos. Em pocalipse, ele e'ercita os cinco sentidos, a mente e as emo%0es, estimulando a imagina%$o a e'perimentar real, pessoal e completamente aquilo que corre o risco de receber recon"ecimento apenas intelectual. Cos cinco sentidos, a audi%$o & central no pocalipse. !quele que tem ouvidos, ou%aM! mensagem proclamada pressup0e a "abilidade de ouvir. !quele que tem ouvidos para ouvir, ou%a.! 1uvir o quQ 1 que ouvir n$o & o que primeiro importa. ?as estabelecer a resson+ncia : voz de Ceus no ouvido A 2itado em Leorge *"ee"an, '!nning and 6eing N>ova TorS6 *imon W *c"uster, , p. AJ.
"umano. voz de Ceus e o ouvido "umano estarem conectados. vis$o se une, ent$o, : audi%$o. 1 testemun"o do primeiro capítulo, !Xoltei9me para ver quem falava...! Np O6OA, coloca os dois sentidos funcionando concomitantemente. 1uvidos e ol"os interagem e se completam. *ons de vozes, trov0es e c+nticos enc"em o ar. E silncio. 1s ol"os s$o agraciados com vários elementos6 bestas coloridas e formas e'travagantes7 2risto, al%ado como uma estátua magnífica7 pedras preciosas e mul"eres de aspectos diferentes. Evidncias escritas do contedo sensorial que requer participa%$o dos ol"os e dos ouvidos s$o recorrentes praticamente em cada lin"a do livro. 1 apelo ao tato vem por meio dos nmeros6 as s&ries de sete, as combina%0es de quatro e trs, os seis enigmáticos, as miríades e as multid0es. >meros s$o e'tens$o do tato. partir da contagem dos dedos Ndígitos, o nmero se torna uma forma de estender esse sentido. !Baudelaire possuía uma verdadeira intui%$o dos nmeros como se fosse uma m$o ou um sistema nervoso dotado de tato para inter9relacionar unidades separadas. (...) >meros, vale dizer, n$o s$o apenas auditivos e ressonantes, como a palavra falada, mas se originam do sentido do tato, do qual & uma e'tens$o.! A 1 nmero direciona a imagina%$o para a percep%$o da totalidade. Cepois que tudo for numerado e contado, tudo será con"ecido. 1 pr#prio ato de contar desenvolve a compreens$o do conte'to, ou ordem. =uando o que está diante de n#s & contado, temos uma vis$o da totalidade. -o"annes Pederson, em sua obra magistral sobre a mente "ebraica, mostrou que a linguagem bíblica estava sempre agindo na dire%$o do que ele c"amou de !forma%$o da totalidade!.A 1s "ebreus preferiam analisar a realidade como um todo integrado a pensar nela como unidades segmentadas. Para isso, faziam e refaziam arranjos, e, em cada novo arranjo, a sensa%$o de totalidade se intensificava. -o$o, o mais "ebreu de todos os autores do >ovo Destamento, usou os nmeros assim, formando !todos! em torno de ncleos. ideia da totalidade agindo atrav&s dos detal"es está constantemente presente, e nos envolve com a linguagem num&rica. ssim, os nmeros e'ercem influncia poderosa sobre n#s, mesmo quando n$o entendemos as suas referncias simb#licas, ou n$o temos uma compreens$o correta, porque despertam o nosso tato, imagina%$o e sentimentos. @m e'emplo & a profus$o de nmeros em pocalipse U. incurs$o violenta do mal tem início com a abertura dos selos no capítulo V. 1 ataque violento do mal n$o & contido por argumentos. Ele & vencido por uma adequada e vitoriosa sensação de magnitude, revelada por nmeros elevados ao quadrado e multiplicado NO.GGG, e a !grande multid$o que ningu&m podia contar! Np U. Esses nmeros despertam o tato, intensificando a percepção da prote%$o de Ceus e de sua vit#ria sobre o mal assolador. Esses nmeros transmitem a sensa%$o do desenvolvimento da totalidade no meio da fragmenta%$o. 1 olfato se associa : ora%$o. 1 incensário que representa as ora%0es da
.Z ed., p. OAI9OG. A -o"annes Pedersen, Israel, Its Life and !lt!re N3ondres6 1'ford @niversit5 Press, OIAV, O6OO.
ora%$o n$o pode ser separada das outras áreas da vida. *endo invisível e envolvente, ela penetra e permeia tudo. mensagem : s&tima igreja introduz o paladar, pois a congrega%$o morna de 3aodic&ia será vomitada porque perdeu o sabor Np 6OV. l&m disso, o paladar & lembrado no pequeno rolo que era doce na boca, mas amargo no ventre Np OG6OG, na forte mistura de julgamento bebida pela prostituta de Babilnia Np OJ6V e no banquete das bodas do 2ordeiro, onde os fi&is ir$o celebrar NOI6I. Essas observa%0es n$o minimizam a import+ncia do entendimento racional na leitura das Escrituras em geral e de pocalipse em particular. 1 pr#prio livro traz dois c"amados muito con"ecidos ao raciocínio6 !... quele que tem entendimento calcule o nmero da besta...! Np O6OJ e !qui se requer mente sábia...! Np OU6I. 2ontudo, a imagina%$o sensorial ocupa posi%$o de destaque, e, embora o livro ten"a sido usado por muitos como terreno de e'ercício de aptid0es literárias, seu impacto mais importante no decorrer dos s&culos tem sido estimular a imagina%$o sintetizadora em detrimento da raz$o analítica. 1s crist$os n$o e'traíram novas ideias de pocalipse. Eles tiveram a imagina%$o estimulada e tornaram9se responsivos ao tom e nuan%as da Palavra de Ceus. AV imagina%$o sensorial & como um sacramento6 estabelece cone'0es entre o que se sente e aquilo em que se cr. 1 consel"o de *usan *ontag com respeito : literatura em geral & e'atamente o que pocalipse fornece para a leitura da palavra de Ceus escrita6 !?ais importante, agora, & recuperar nossos sentidos. Precisamos aprender a ver, ouvir e sentir mais.! AU 1s sentidos envolvem o ser total, n$o apenas o intelecto, na rea%$o ao que Ceus está falando6 !;eliz aquele que l as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem.! E vai al&m6!... que ouvem e guardam o que nela está escrito.! Para praticar, & necessário ler, ouvir, tocar, c"eirar e provar as Escrituras. 1 te'to n$o foi escrito para distrair, divertir, educar, revelar segredos do futuro nem apresentar um enigma que intriga devotos que o estudam superficialmente. palavra g!ardar Nt0reo n$o significa colocar em um cofre. 1 sentido & manter9se por perto, usar, colocar em a%$o todos os dias. inten%$o das Escrituras & sempre atrair o corpo e a alma : participa%$o. 2omparando a Bíblia com outros escritos da literatura da ntiguidade, Eric" uerbac" escreveu6 !s "ist#rias das Escrituras, ao contrário das de Homero, n$o procuram nos conquistar, n$o nos cortejam para nos agradar e encantar / elas tm como objetivo nos submeter, e, se nos recusarmos, seremos rebeldes.!AJ 8 uma ironia trágica, mas o livro da Bíblia que mais enfatiza isso, que coloca pontos de e'clama%$o em torno disso, tem sido tratado como um jogo de palavras cruzadas. 1 pocalipse nos move eficientemente em rea%$o viva :s Escrituras. E n$o "á como n$o ver que este livro afirma ser a palavra divina dirigida a n#s, n$o palavras "umanas sobre Ceus. Dalvez o erro mais comum na leitura da Bíblia seja considerá9la depoimentos escritos de várias pessoas, na "ist#ria, de suas ideias ou suas e'perincias com Ceus. E este & um erro fatal. =ualquer um que leia sem cuidado ou con"ecimento e supon"a estar diante do pensamento de poetas inspirados e de feitos de santos corajosos leva um AV E. H. Peterson, !?c3u"an and t"e pocal5pse!, Theolog" Toda", AV6A Njul"o de OIVI. AU *usan *ontag, Against Interpretation N>ova TorS6 ;arrar, *traus W Lirou', OIJV, p. O. 38 Eric" uerbac", Mimesis NPrinceton6 Princeton @niversit5 Press, OIVJ, p. O.
susto ao se deparar com pocalipse. -o$o torna impossível persistir no descuido e na ignor+ncia. primeira senten%a do livro anuncia6 !Fevela%$o de -esus 2risto, que Ceus l"e deu para mostrar aos seus servos (...) enviou o seu anjo para torná9la con"ecida ao seu servo -o$o.! Ele apregoa aquilo que a Bíblia toda alega6 tem origem em Ceus N!que Ceus l"e deu!, versa sobre o *en"or N!revela%$o de -esus 2risto!, que providencia o meio para que a mensagem seja recebida N!enviou o seu anjo!. 1rigem, contedo e meio encontram9se em Ceus. s Escrituras s$o aquilo que vem de Ceus para os seres "umanos. Ele revela sua mente, sua cria%$o e mostra sua salva%$o a n#s. 8 a palavra de De!s$ -o$o s# escreve depois de ouvir e ver o que Ceus fala e mostra6 !Escreva num livro o que voc v...! Np O6OO. 1rigem, contedo e meio divinos seguem at& a conclus$o6 !Eu, -esus, enviei o meu anjo para dar a vocs este testemun"o concernente :s igrejas...! Np AA6OV. tarefa do autor n$o inclui e'plicar como isso acontece. 1 camin"o da inspira%$o toma lugar / o processo pelo qual a mensagem divina & escrita nas várias línguas "umanas, algumas vezes com fal"as gramaticais, e usada por Ceus, o Espírito, para falar pessoalmente a n#s. Esse mist&rio foge : compreens$o.
os seres "umanos : e'istncia. Xemos nela Ceus construindo uma ponte sobre o abismo do pecado e estabelecendo a paz. >#s o encontramos disciplinando e alimentando pessoas rebeldes e recalcitrantes, para que pudessem sentir o amor e desenvolver a maturidade. Ele penetra em nossa "ist#ria sob a forma de servo para podermos participar livremente da reden%$o que está operando em n#s. "ist#ria de
em predi%$o, mas em escatologia6 a conscincia de que o futuro está vindo sobre n#s. escatologia envolve crer que 2risto ainda n$o completou suas apari%0es p#s9ressurrei%$o. Essa confian%a que permeia todo o livro faz a vida ser boa, pois quando estamos esperando uma manifesta%$o p#s9ressurrei%$o conseguimos aceitar todo o presente e encontrar alegria n$o somente nas "oras alegres da vida, mas tamb&m nos momentos de tristeza e afli%$o, e felicidade nos tempos de dor e sofrimento. 2amin"amos atrav&s da felicidade e do sofrimento porque vemos, nas promessas de Ceus, possibilidade de vit#ria para os perdidos, os moribundos e os mortos. !Por meio dessa dimens$o escatol#gica, ol"amos para o futuro n$o como simples repeti%$o e confirma%$o do presente, mas como o alvo dos eventos que est$o acontecendo agora.
^acarias,
raramente contm cita%0es, no sentido estrito da palavra. Entretanto, ao mesmo tempo, eles s$o abundantes de alus0es que, com imensa liberdade e "abilidade, foram entretecidas no conte'to. 1 pr#prio pocalipse constitui e'emplo marcante disso. *em uma nica cita%$o e'ata, está assim mesmo entrela%ado com o material do ntigo Destamento, a um ponto que nen"um outro escrito do >ovo Destamento c"ega. Encontramos o mesmo fenmeno nas profecias dos evangel"os e nos ditos de natureza apocalíptica. 2onsequentemente, n$o "á tentativa de citar com e'atid$o. cita%$o & feita com liberdade, de mem#ria. 1 espírito prof&tico cria, n$o se limita a citar para ensinar ou argumentar! The #chool of #t$ Matthe3 (P"iladelp"ia6 ;ortress Press, OIVJ), p. OJ9OI. le'andre Xinet, Pastoral Theolog" NEdimburgo6 D W D 2larS, OJA, p. AOG.
sua bondade, n$o pretendia nos transformar em estudantes do te'to ao nos dar sua palavra escrita. Ele nos forneceu um meio para o ouvirmos e, assim, sermos transformados em cristãos / adoradores reverentes, sofredores sacrificiais e discípulos consagrados. 1 ltimo livro da Bíblia toma toda a revela%$o e torna as imagens em uma vis$o instigante, persuasiva e evangelística que tem levado perseveran%a, energia, alegria e disciplina a crentes de todos os s&culos. E faz isso at& "oje. s Escrituras n$o falam tudo de tudo, mas contm tudo que Ceus deseja que saibamos sobre seu amor e sua salva%$o e acerca da rea%$o requerida de n#s diante dele. 3ei, Profetas e Escritos s$o submetidos : encarna%$o de Ceus em -esus 2risto e contribuem para a nossa salva%$o. encarna%$o age de forma retroativa em toda a Escritura e a reconstr#i nessa vis$o final. pocalipse n$o acrescenta dados ao que já "avia sido registrado. Esse livro mostra como tudo funciona na
V Karl Hart", The &ord of +od and the &ord of Man N>ova TorS6 Harper Dorc" BooSs, OIU, p. O, IO.
P123
>as palavras iniciais de pocalipse, !revela%$o de -esus 2risto!, a preposi%$o !de! tem duplo sentido6 a revela%$o so%re -esus 2risto vem por meio dele, que & tanto conte
quem vive, mas 2risto vive em mim! e discursos inspiradores N!2ombati o bom combate, terminei a corrida, guardei a f&!. =uando alcan%amos o livro de -udas, & bem possível sermos reduzidos : incerteza diante da import+ncia da disputa entre o arcanjo ?iguel e o diabo pelo corpo de ?ois&s. 1 que fazer com tanto material confusoQ E'iste algum enredo, ordem, desenvolvimento ou temaQ Danta a%$o, tanta coisa dita, tanta diversidade de estilo e contedo dei'am a mente devota perple'a. *e o campo de estudo for e'pandido para a religi$o durante a "ist#ria e atrav&s das culturas, a confus$o aumenta ainda mais. Ent$o viramos a página e encontramos, ap#s algumas frases introdut#rias, 2risto descrito com tanta magnificncia que tudo, absolutamente tudo, fica a Ele subordinado. s Escrituras "ebraicas sugeriram, anteciparam e oraram por Ele. s epístolas ensinaram e pregaram sobre Ele. 1s evangel"os o apresentaram. leitura cuidadosa e atenta manteria o tempo todo a percep%$o de sua presen%a, mas nem sempre lemos com cuidado. aten%$o se dispersa. Entregamo9nos a debates vazios sobre predestina%$o, a devaneios que c"egam ao terceiro c&u, a divaga%0es e conjeturas sobre a e'pia%$o, a entretenimentos como o de contar milagres ou colecionar raridades gramaticais. ?as aí a vis$o de -o$o nos interrompe. Cespertamos subitamente dos devaneios, divaga%0es, debates e distra%0es. >ossa imagina%$o se entusiasma com uma vis$o / de 2risto. Estimulados, ficamos atentos, alertas. Ce repente, tudo adquire propor%$o. risto & a palavra final, que controla todas que a precederam, assim como a e'istncia do pico determina a prepara%$o, o ritmo e o camin"o dos alpinistas que desejam alcan%á9lo, mesmo quando n$o o en'ergam. Ele & o alvo para o qual tudo se volta. 1s mil"ares de detal"es encontram seu lugar no todo. Pontos estran"os, intrigantes, curiosos, lugares áridos e favoritos, todos se arranjam, com bastante facilidade, em torno de 2risto. pocalipse nos apresenta a palavra final sobre 2risto6 Ele & o centro e está no centro. *em 2risto, nada pode ser entendido. *e esse !centro n$o se sustenta, somente anarquia no mundo "á de grassar!. I @m dos dons de pocalipse & apresentar 2risto de uma forma que nossa imagina%$o & capturada pela vis$o Ncomo acontecia com a
2o., OII, p. OJ.
2"eio de compai'$o, tocando nos leprososQ *ocrático, em um diálogo afiado com >icodemosQ Ciante da riqueza de detal"es fornecidos pelas promessas prof&ticas e "ist#rias dos evangel"os, "á inmeras possibilidades. prouve a nosso *en"or, o Espírito, apresentar algo bem diferente. voz como de trombeta manda -o$o iniciar seu escrito com a descri%$o da vis$o de 2risto !semel"ante a um fil"o de "omem!, e'press$o cuja origem remonta : vis$o de Caniel6 Em min"a vis$o : noite, vi algu&m semel"ante a um fil"o de "omem, vindo com as nuvens dos c&us. Ele se apro'imou do anci$o e foi conduzido : sua presen%a. Ele recebeu autoridade, gl#ria e o reino7 todos os povos, na%0es e "omens de todas as línguas o adoraram. *eu domínio & um domínio eterno que n$o acabará, e seu reino jamais será destruído. NC >
!;il"o do Homem! representa um futuro glorioso de domínio e reden%$o. G Ele n$o &, nas palavras de Dom HoRard, !um galileu obscuro, mas figura proeminente e impetuosa que jamais será controlada!. O ?uitos meditaram e estudaram a e'press$o no período que separou Caniel, no ntigo Destamento, de pocalipse, no >ovo, em especial um vidente apocalíptico annimo, que escreveu um livro intitulado Eno.!e, em que criou imagens verbais do ;il"o do Homem preenc"endo o cosmo com a re9cria%$o de luz e energia. 1 ;il"o do Homem recuperaria o esplendor de d$o e recolocaria todos os descendentes do primeiro "omem em sua identidade original gloriosa como imagem de Ceus. ;alando frequentemente sobre si mesmo como ;il"o do Homem, -esus s# pode ter provocado consterna%$o e perple'idade, pois os ouvintes n$o entendiam como aquele rabino itinerante, de aparncia t$o comum, poderia se encai'ar na ideia que faziam de =ilho do 8omem$ 1nde estavam os rel+mpagos e as roupas esvoa%antesQ o usar o título, Ele suscitou a e'pectativa de reden%$o, que foi destruída quando se recusou a convocar legi0es de anjos para estabelecerem seu poder na terra. ?esmo assim, continuou a usar o título. Para n#s, fica difícil recapturar, por um ato de imagina%$o, o contra9senso que era algu&m naquela &poca denominar9se ;il"o do Homem e acabar pendurado por pregos, sangrando, em uma cruz. incongruncia & menos dramática, mas ainda mais desagradável, quando Ele ceia com uma prostituta, vai almo%ar com um cobrador de impostos, desperdi%a seu tempo aben%oando as crian%as quando "avia legi0es de romanos a serem e'pulsos do país, cura fracassados sem import+ncia e ignora os proeminentes fariseus e os influentes saduceus. -esus justaps o título mais glorioso que se encontrava : sua disposi%$o aos estilos de vida mais "umildes de sua cultura. 2onversava como rei e agia como escravo. Pregava com muita autoridade e vivia como nmade. G, !Ce todos os nomes e títulos usados para 2risto, devemos dar primazia "ist#rica e teol#gica ao que
Ele pr#prio usou para indicar sua import+ncia para a "ist#ria e a teologia / ;il"o do Homem. busca um dia YmodernaY pelo -esus "ist#rico interpretou a e'press$o nos termos do salmos J6 e foi atraída por isso como garantia da completa falta de pretens$o do -esus "ist#rico que seria, e queria ser, nada mais do que um "omem vivendo entre seus semel"antes. Entretanto, a contribui%$o da "ist#ria das religi0es ensinou mais do que isso. ;il"o do Homem talvez seja a autodescri%$o mais pretensiosa possível que qualquer "omem que vivesse no 1riente antigo poderia ter feito.! NEt"elbert *tauffer, *e3 Testament Theolog" (3ondres6 *2? Press, OIV), p. OI. G1 D"omas HoRard, hrist the Tiger NP"iladelp"ia W >ova TorS6 -. B. 3ippincott 2o., OIVU, p. OG.
-esus repetiu sistematicamente sua afirma%$o dupla6 era, de fato, o ;il"o do Homem, !recebeu autoridade, gl#ria e reino!7 e estava, tamb&m de fato, completamente : vontade no cotidiano comum. >$o cedeu um milímetro em nen"uma das duas dire%0es6 era totalmente Ceus e totalmente "omem. tarefa de f&, para os que decidiram ser seus discípulos, era aceitar a verdade literal do título ;il"o do Homem sob tais condi%0es. Eles precisavam carregar a cruz, negar a si mesmos, aceitar sofrimento e morte e ao mesmo tempo acreditar que tudo que faziam e falavam era parte do governo vitorioso do Feino de Ceus. =uando encontraram -esus, a mente deles foi preenc"ida por vis0es de resgates e'ecutados por "ostes de anjos no final dos tempos. Esperavam ser salvos da "ist#ria por um de!s e) machina$ Cevagar, com sofrimento, foram abrindo m$o dos son"os do ;il"o do Homem descrito por Enoque e se tornaram discípulos desse ;il"o do Homem. -esus e seus discípulos cumpriram a tarefa nas estradas da Palestina durante a quarta d&cada do primeiro s&culo. 1s evangel"os e tos narram a "ist#ria. mesma tarefa voltou a ser realizada na ltima d&cada do mesmo s&culo. Essa "ist#ria encontra9se nas entrelin"as de pocalipse. Por&m, "á diferen%as entre as tarefas. primeira gera%$o de discípulos tin"a que aceitar o glorioso título apocalíptico, ;il"o do Homem, como a verdade sobre o -esus de >azar& "umano que falava a mesma língua que eles, comia p$o ázimo e carne no espeto, ficava cansado e dormia diante de seus ol"os. 1 ;il"o do Homem de Caniel foi assimilado pela familiaridade observada em -esus de >azar&. Ll#rias eternas se canalizaram no comum. 1 dia9a9dia tornou9se esplndido de gra%a, cura, paz e bn%$o. 1s crist$os da segunda e terceira gera%0es Nas congrega%0es de -o$o enfrentavam dificuldades na dire%$o oposta. Estavam totalmente familiarizados com a "istoricidade de -esus. Haviam recebido ensino e prega%$o de testemun"as oculares, con"eciam aqueles que "aviam visto, ouvido e tocado o ;il"o do Homem NO -o O6O9. gora, o perigo n$o residia na falta de contato entre a imagem celestial e a forma como Ceus escol"eu agir na "ist#ria. 1 risco era que os dados pr#'imos da "ist#ria vivenciada apagariam a vis$o celestial. Eles mergul"aram, e n$o "avia como escapar, em sofrimento, tribula%$o e decis0es a serem tomadas todos os dias em quest0es de f& e moral. >$o "avia como fugir do fato de que a f& no ;il"o do Homem envolvia confrontar e viver em meio a todos os assuntos, do amor dom&stico : lealdade política, da import+ncia litrgica de cada detal"e no culto comunitário ao significado espiritual de cada guerra, fome e morte. Era tempo de crise intensa6 n$o "avia alternativa, a n$o ser viver a f& "istoricamente. salva%$o tin"a que funcionar no meio do #dio e do sofrimento7 n$o "avia outra saída. s fantasias adolescentes de raios e trov0es arremessados do c&u para aniquilar os perversos inimigos tin"am sido e'tirpadas "avia muito tempo da imagina%$o religiosa por d&cadas de persegui%$o, tribula%$o e derramamento de sangue. purifica%$o da
curta para ser pequena.! 1 maior dos perigos & que a grandeza e o mist&rio de 2risto se percam e a religi$o se torne vazia e insípida. 1 veredicto de Berd5aev sobre sua gera%$o foi6 !1 cristianismo "ist#rico esfriou e tornou9se insuportavelmente trivial. *ua atividade consiste, principalmente, em se adaptar ao lugar9comum, aos padr0es de vida e "ábitos burgueses. Entretanto, 2risto veio para lan%ar fogo celestial na terra.!A ssim, a palavra final sobre 2risto & a vis$o gloriosa de Caniel do ;il"o do Homem. Essa vis$o passou pelo fogo refinador da pai'$o de -esus e da tribula%$o da
faz. roupa define a fun%$o6 Ele usa a tnica pod0 r0- recomendada para r$o em seu papel de sacerdote N' AI6. 1 ;il"o do Homem & um sacerdote. 1 uniforme dos policiais estabelece um conjunto de e'pectativas Na despeito do taman"o ou da aparncia do policial. E'atamente da mesma forma, a veste sacerdotal determina as rea%0es que se suceder$o durante o desenrolar dos detal"es da vis$o. s e'pectativas levam a afastar9se do que & insuficiente ou opressivo e penetrar no que & perfeito e livre. 1 sacerdote & uma ponte pontife)-$
1 sacerdote apresenta Ceus para n#s e vice9versa. 3iga o divino e o "umano. *ua fun%$o n$o & proteger a santidade de Ceus com a cria%$o de barreiras que impe%am o acesso de "umanos pecadores. Damb&m n$o & proteger as fraquezas "umanas do julgamento divino estabelecendo rituais como sistemas de defesa. Ele abre as passagens fec"adas por medo, culpa, ignor+ncia ou supersti%$o para que o acesso seja livre. 1 sacerdote faz intermedia%$o. 2oloca9se ao nosso lado e ao lado de Ceus. *e desejamos progredir, o sacerdote oferece ajuda. =uando nos arrependemos de nossos erros, promete au'ílio. *e o ;il"o do Homem assume a obra do sacerdote, "á muito para se admirar, mas nada a temer6 a media%$o resulta em uni$o de amor. *e o ;il"o do Homem cumpre a fun%$o de sacerdote, "á muito do que se arrepender, mas nada que leve ao desespero6 a media%$o resulta em perd$o. 2abe%a e ol"os s$o os primeiros elementos que reparamos em uma pessoa, depois das roupas. Estas representam seu papel, aqueles declaram seu caráter. 3ogo questionamos se o papel combina com a pessoa, se o uniforme está adequado a ela. cabe%a e os ol"os do ;il"o do Homem mostram que Ele & perdoado e perdoador. Esse mediador faz e & sua obra. 1 sacerdote que mostra que tudo está puro entre n#s e Ceus & Ele mesmo puro e purificador. Ele & puro6 !*ua cabe%a e seus cabelos eram brancos como a l$, t$o brancos quanto a neve.! 3embramo9nos da promessa do profeta6 !Embora os seus pecados sejam vermel"os como escarlate, eles se tornar$o brancos como a neve... .! Damb&m a do salmista6 !Purifica9me com "issopo, e ficarei puro7 lava9me, e mais branco do que a neve serei.!
Caniel pela evoca%$o do ;il"o do Homem, n$o podemos dei'ar de recon"ecer o contraste entre a vis$o de -o$o e a da !grande estátua! do son"o de >abucodonosor que Caniel interpretou NCn A6O9. Ela tin"a cabe%a de ouro, torso de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro, mas p&s de uma mistura de ferro e barro, que n$o fazem uma boa liga. imagem era magnífica, construída com metais fortes e preciosos, entretanto sua base era defeituosa. tingida por uma pedra, ela se desfez. Por mais maravil"osa que fosse, a base inadequada a condenava : destrui%$o. !Xiraram p#, como o p# da debul"a do trigo na eira durante o ver$o. 1 vento os levou sem dei'ar vestígio! NCn A6. ?ais adiante, um !"omem vestido de lin"o!, !um ser que parecia um "omem!, fala com o profeta NCn OG9OO. Damb&m tem constitui%$o preciosa e magnífica, mas sustentado por pernas de !bronze polido!, como o ;il"o do Homem de -o$o. quele que sobrevive e triunfa interpreta a sucess$o "ist#rica de reinos condenados ao julgamento Na imagem do son"o de >abucodonosor. 1 conte'to da interpreta%$o vai al&m do te'to que interpreta. 1 ;il"o do Homem, 2risto, se coloca, na vis$o de -o$o, em contraste com a estátua de p&s defeituosos do son"o de >abucodonosor e em continua%$o ao anjo de pernas de bronze, !um ser que parecia "omem!, que fortaleceu a Caniel NCn OG6OV. Por mais impressionante e magnífica que seja, a sucess$o de reinos deste mundo assenta9se sobre uma base imperfeita. -á o de 2risto repousa sobre um fundamento t$o forte quanto sua superestrutura magnífica. base de bronze & s#lida. 1 bronze combina o ferro, que & forte mas enferruja, com o cobre, que n$o enferruja, mas & maleável. >a liga%$o, a mel"or qualidade de cada um fica preservada / a for%a do ferro e a durabilidade do cobre. *obre essa base repousa o governo de 2risto6 o fundamento de seu poder foi testado pelo fogo. Em seu evangel"o, -o$o descreve 2risto como a Palavra e o apresenta falando mais do que todos os outros autores. f& bíblica n$o & adivin"a%$o em meio a um nevoeiro moral e espiritual7 & a resposta a uma palavra e'ata pronunciada em -esus 2risto. Bíblia come%a com Ceus falando e trazendo : e'istncia primeiro a cria%$o e depois a reden%$o. fala se desenvolve e se transforma em conversa%$o quando as pessoas respondem Noram usando o precioso dom da fala. palavra que Ceus fala & importante7 a nossa tamb&m. s duas se completam nas de -esus 2risto. 1 significado delas vai muito al&m do registrado nos dicionários. Cimens0es de significado ressoam na maneira de falar e no tom de voz. forma como se diz importa tanto quanto o que se fala. ssim, grande parte da mensagem se transmite pelo tom e pelo timbre6 recon"ecemos logo se quem fala & tímido, "esitante, entediado, frívolo, impulsivo, irado, prático, imparcial.
apresentar *ua fun%$o6 !Din"a em sua m$o direita sete estrelas!, que seriam planetas, as estrelas que se movem. >o primeiro s&culo, eram con"ecidos sete planetas. 1 movimento desses astros entre as constela%0es e em rela%$o ao *ol e : 3ua constituíam a base da astrologia, cuja influncia permeava todas as religi0es populares do mundo antigo. creditava9se que a localiza%$o dos planetas nas OA constela%0es do zodíaco determinava o destino. Essas cren%as controlavam assuntos pblicos e privados. 1 estudo e a interpreta%$o dos movimentos dos planetas era uma profiss$o recon"ecida e valorizada. 1 astr#logo desfrutava de muito prestígio na ntiguidade. 2risto segurava as sete estrelas em sua m$o direitaM
n$o possuem realidade objetiva. ! luz bril"a nas trevas, e as trevas n$o a derrotaram! N-o O6. 1u, se "á algo a ser temido, a luz mostra o mal relativo e proporcional a tudo o que n$o se deve temer. >$o vivemos nas trevas, e sim na luz. >$o somos amaldi%oados7 somos aben%oados. 3uz, n$o trevas, & a realidade fundamental em que vivemos. E Ceus & luz. utores bíblicos, meditando sobre as qualidades da luz, descobriram muitas revela%0es verdadeiras sobre Ceus. Fevelar a verdade & o maior trabal"o de 2risto. -o$o destaca sete características para descrever o ;il"o do Homem, em arranjo sim&trico. 1 primeiro e o ltimo elementos, a cabe%a branca e a face bril"ante, s$o os mais importantes6 perd$o e bn%$o s$o a primeira e a ltima impress0es. 1 segundo e o se'to, ol"os e boca, s$o os #rg$os do relacionamento, vis$o e audi%$o s$o os meios principais de comunica%$o6 2risto mostra que Ceus se relaciona conosco. 1 terceiro e o quinto itens, p&s e m$o direita, os membros em par do corpo, representam capacidade / os p&s concedem base s#lida e mobilidade, a m$o direita & o instrumento para e'ecu%$o da vontade6 Ceus & capaz e age em nosso favor. 1 quarto item, dessa s&rie de sete, & a voz. voz está no centro. Dodas as palavras prof&ticas e apost#licas convergem para esta voz que troveja sons de amor apai'onado e de miseric#rdia urgente. 1utro aspecto6 -o$o v e ouve. 1s elementos visuais Ncabe%a, cabelos, ol"os, p&s, m$o direita, rosto e os auditivos Nvoz trovejante, fala como espada s$o, por toda a Bíblia, meios de revela%$o. s palavras de 3ucas fazem paralelo com a vis$o em pocalipse6 !... tudo o que -esus come%ou a fazer (o que foi visto) e a ensinar (o que foi ouvido)! Nt O6O. >$o temos palavras separadas das formas visíveis que elas trazem : e'istncia, nem a%0es al"eias : articula%$o precisa das palavras. 1 visível e o invisível, o interior e o e'terior, o fato e o significado formam uma unidade em 2risto. Embora seja a mais elaborada, essa n$o & a nica vis$o de 2risto em pocalipse. Há ainda o 2ordeiro !que parecia ter estado morto! Np 6V9U, mas que agora está em p&, mostrando o ato da reden%$o realizado na cruz. Damb&m aparecem as vis0es do nascimento de -esus projetadas em uma tela c#smica NOA6O9V, do 2ordeiro cercado pelos O.GGG Np O6O, do ;il"o do Homem coroado e pronto para o julgamento NO6O, e de 2risto a cavalo liderando o e'&rcito do c&u, !Fei dos reis e *en"or dos sen"ores! NOI6OV. Por fim, surge 2risto em sua segunda vinda Np AA6OA9OU. o todo, sete vis0es distribuídas pelas páginas de pocalipse. imagina%$o crist$ & fecunda na cria%$o de imagens que levem a entender 2risto como o primeiro, o ltimo e o centro. Essas imagens e s$o sempre moldadas com o metal das Escrituras para e'pressar o que & necessário no momento e no conte'to para enfocar a f& em e por meio de -esus. s vis0es tornam nossa imagina%$o submissa e alerta, para que entendamos que 2risto ocupa o centro de nossa vida o tempo todo, sob qualquer condi%$o, enquanto buscamos o meio de responder em obedincia na comunidade eclesiástica e nos eventos presentes. s vis0es de -o$o mostram uma mente familiarizada com as e'pectativas messi+nicas que o Espírito "avia estabelecido na vida de
uma jornada tumultuosa nos mergul"a no !sofrimento, no Feino e na perseveran%a! Np O6I. >ossa imagina%$o & envolvida. Xemos 2risto camin"ando pela Palestina com uns pescadores meio broncos, ajudando pessoas e dizendo versículos adequados : memoriza%$o na Escola Bíblica Cominical ou : inscri%$o em placas decorativas / e supomos que já entendemos tudo. vis$o de -o$o nos ensina a re?ver 2risto nos termos necessários para afirmar sua centralidade no tempo e espa%o atuais, no meio das pessoas que con"ecemos. vis$o & mais do que isso / envolve tamb&m inteligncia e vontade. o ver -esus, -o$o caiu como morto. ;oi recolocado em p& com as palavras confortadoras6 !>$o ten"a medo.! s mesmas palavras que transformaram em confian%a o terror de Pedro durante a tempestade no mar, e o p+nico de ?aria ?adalena diante do tmulo vazio em testemun"o vivo. vis$o dá início a uma obra6 !Escreva, pois, as coisas que voc viu.! -o$o tem um trabal"o a realizar6 a miss$o pastoral de contar !o mist&rio! :s comunidades de crist$os que adoram, trabal"am e sofrem na sia. Este mist&rio n$o & um enigma que confunde7 & uma infinitude a ser e'plorada. s palavras e a presen%a de 2risto iluminam aquilo que nos & familiar para que o passemos a ver como e'traordinário.
-o$o passou de e'ilado a poderoso. ;oi a vis$o que o transformou. Ca il"a de Patmos, foi elevado : esfera do Espírito e recebeu a vis$o de 2risto. Ce volta : terra, foi feito pastor mais uma vez, mas agora com poder. Foma o "avia isolado para que suas igrejas n$o o vissem nem o ouvissem. 1 Espírito enc"eu seus ol"os com vis0es e sua boca com palavras que guiam os crist$os at& "oje. 1 decreto de banimento de Foma foi banido. Dodos podem son"ar com um final feliz para sua "ist#ria, embora isso pare%a piada sem gra%a para os oprimidos, perseguidos, e'ilados e estrangeiros. @ma vis$o v a realidade, n$o o que a frustra%$o desejaria que fosse verdade. ! responsabilidade come%a nos son"os.! realidade nasce nas vis0es.
G- Teats, ollected Poems, p$ IJ
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pessoas7 povo, gente, sempre. 1 pecado fragmenta, separa e condena a confinamento em solitárias. 1 evangel"o restaura, une e insere em uma comunidade. vida de f& revelada e cultivada nas narrativas bíblicas & altamente pessoal, mas nunca apenas isso6 "á sempre família, tribo, na%$o / igreja$ 1 amor e a salva%$o de Ceus s$o revelados e vivenciados na reuni$o do povo !que con"ece os vivas de jbilo! N*l JI6O, F, n$o no isolamento de cada indivíduo. ssim, n$o nos surpreende verificar que a vis$o do ap#stolo -o$o n$o foi um 'tase individual destinado a compensá9lo pelo e'ílio. Ela foi dirigida !:s sete igrejas da província da sia! Np O6. Doda revela%$o se dirige a um grupo. 1 evangel"o nos leva : vida comunitária. @ma das primeiras mudan%as que o evangel"o opera & gramatical6 n@s em lugar de e!, nosso em vez de me!$ O pecado, tanto o nosso quanto o dos outros, conduz ao egoísmo !a gosto do fregus!. *eparar9se de Ceus implica separar9se do pr#'imo. mesma salva%$o que restaura o relacionamento com Ceus nos restabelece na comunidade dos que vivem pela f&. Doda tendncia ao isolamento e ao individualismo distorce e falseia o evangel"o. Bíblia n$o recon"ece a alma que vive, segundo as palavras de Plotino, !a s#s com o @no!. s lin"as introdut#rias de pocalipse invocam uma bn%$o sobre os que lem, ouvem e guardam o que está escrito. Presume9se que a
comunidade de f&. e'press$o !;ora da igreja n$o "á salva%$o! n$o & arrog+ncia eclesiástica, mas, sim, bom senso espiritual, confirmado pela e'perincia cotidiana. Dodos que tentam desafiar isso acabam enfraquecidos e empobrecidos. *ubmeter9se acarreta recompensas generosas. !1 sacrifício de nossa intimidade egoísta, e'igido diariamente de n#s, & compensado diariamente, cem vezes, no crescimento pessoal que a vida do corpo estimula. queles que s$o ligados uns aos outros tornam9se t$o diferentes quanto a m$o o & do ouvido. 8 por isso que os fil"os do mundo tm uma semel"an%a t$o mon#tona, se comparados com a quase fantástica variedade dos santos. obedincia & o camin"o da liberdade. "umildade & o camin"o do prazer. E a unidade & o camin"o que conduz : personalidade.! U despeito desse coro de sabedoria acumulada, "á momentos em que parece mais fácil prosseguir sozin"o na f&. >o tempo de -o$o, "avia risco político nas reuni0es. f& individual teria sido mais segura e mais conveniente. lgumas vezes, os outros incomodam7 a f& em 2risto, por si s#, n$o torna uma pessoa interessante nem faz dela compan"ia estimulante. f& secreta e individualizada n$o precisa suportar relacionamentos entediantes com peregrinos destituídos de imagina%$o. ?as o testemun"o bíblico desafia constantemente nossa tendncia ao isolamento e ao individualismo6 !>$o & bom que o "omem esteja s#!7 !Dornarei a sua descendncia t$o numerosa como o p# da terra!7 !>$o dei'emos de reunir9nos como igreja!7 !Xocs, orem assim6 YPai nossoY!7 !me o seu pr#'imo como a si mesmo!7 !3evem os fardos pesados uns dos outros!. vida de f& se desenvolve sob a imagem da Drindade, no conte'to da comunidade. =uando se voltou na dire%$o da voz de trombeta que c"amava sua aten%$o, a primeira coisa que o ap#stolo -o$o viu foram os sete candelabros de ouro, que !s$o as sete igrejas! que ele pastoreava. Ent$o, no meio deles, viu !algu&m semel"ante a um fil"o de "omem!, -esus, o 2risto, visto bem perto do povo reunido para ouvir, orar, crer e adorar, pessoas para quem Ele era o *en"or e *alvador. 8 impossível ter 2risto sem a igreja. >#s tentamos. Lostaríamos muito de evitar o envolvimento nas contradi%0es e distra%0es das outras pessoas que acreditam nele, ou afirmam que crem. Cesejamos o 2risto que & apenas bondade, beleza e verdade. Preferimos adorá9lo diante de um magnífico pr9do9sol, das notas inspiradoras de uma sinfonia que nos eleva, ou de uma poesia tocante. Lostaríamos de colocar a maior dist+ncia possível entre nossa adora%$o e a indiferen%a e o moralismo e'agerado que sempre conseguem, de uma forma ou de outra, entrar na igreja. *omos ardentes para com Ceus, mas frios para com a igreja. >$o & falta de religi$o ou indiferen%a que faz muitos se afastarem7 & e'atamente o oposto6 eles entendem e e'perimentam a igreja como um poluente cancerígeno no ar puro da religi$o. ?uitos, desejando alimentar a f& em Ceus, em lugar de se integrar a uma compan"ia de santos que continuam a parecer e a agir como pecadores, fazem uma longa camin"ada por uma praia, escalam uma montan"a ou se dedicam a ler CostoievsSi, *travinsSi ou Leorgia 1YKeeffe. ?as o evangel"o diz n$o a todo esse esteticismo pretensioso6 !Escreva :s sete igrejas.! *eria mais de nosso agrado ir diretamente da vis$o maravil"osa de 2risto Np O para o 'tase glorioso do c&u Np e , ou ent$o para as grandes e vitoriosas batal"as contra a perversidade do drag$o Np OA a O. ?as & impossível. 8 necessário lidar antes com a igreja. 1 camin"o de 2risto U 2. *. 3eRis, Peso de +l@ria N*$o Paulo6 Xida >ova, OII, p. A.
ao c&u e :s batal"as contra o pecado passa pela igreja. >$o apenas uma, seteM LRendol5ne Lreene, sobrin"a do bar$o von Hugel, tentou se afastar da igreja, porque s# se satisfazia !com o mel"or!. Feclamava que toda igreja que con"ecia era complicada, entediante e repulsiva. 2omo & possível algu&m ser elevado nas asas da adora%$o a Ceus se estiver cercado por arquitetura feia, "inos fora do tom, serm0es destituídos de inteligncia e "ip#critas coc"ilandoQ ?as o bom e vel"o bar$o n$o a dei'ou escapar e escreveu9l"e6 beleza tocante e arrebatadora do cristianismo depende de algo sutil que todos esses aborrecimentos ignoram. *ua grandeza, seu gnio especial, consiste, tanto quanto qualquer coisa mais, em superar o t&dio. alma dominada pelo enfado encontra9se apenas circulando pelos arredores do cristianismo7 ainda n$o entrou no santuário, onde o "eroísmo & sempre familiar7 onde o mel"or implica sempre no estímulo para ajudar outros a dei'arem de ser Nno verdadeiro sentido semi9articulados, apáticos, infantis, partes da repulsiva multid$o de segunda, terceira e quarta categorias (...) s filosofias pag$s, todas, fal"aram em superar o t&dio e o desencanto7 s# o cristianismo conseguiu. E somente o cristianismo / e eu me refiro ao cristianismo levado a s&rio at& sua dimens$o ltima / vai al&m da insipidez da vida. realidade sem Ceus &, na verdade, uma coisa abominável. penas a plena, e verdadeiramente livre, beleza de 2risto nos liberta desse cativeiro infeliz. 48
@ma leitura rápida das mensagens :s sete igrejas dei'a claro que !/ igreja! n$o & uma aristocracia espiritual.
Cutton, OI, p. AJ.
palavra de 2risto forma a igreja, e Ele a sustenta por meio de seu ser. >en"uma análise institucional objetiva, nen"uma introspec%$o espiritual subjetiva apontará essa verdade. 8 uma revela%$o de 2risto. s análises sociol#gicas, t$o caras aos reformadores, s$o praticamente inteis. 1s lamentos escritos sobre a igreja, que tanto agradam aos moralistas, s$o ainda piores. característica nica da igreja & a identidade a ela conferida por 2risto e a vida em comum estabelecida pelo Espírito. 1 2+non ?urat#rio, do segundo s&culo, observou que tanto Paulo quanto -o$o escreveram :s sete igrejas. Esse nmero inclui todas que e'istem. 2ada uma se localiza em um lugar específico. Doda igreja e'iste sob condi%0es geográficas, políticas e econmicas específicas7 toda igreja & visível. o mesmo tempo, cada uma recebe sua identidade de 2risto e do que Ele faz. s igrejas e'istem a partir dele7 e s$o invisíveis a todos que, sem f&, cerram os ol"os para aquele que & !semel"ante a um fil"o de "omem!. *eparados do 2risto revelado a n#s nessa vis$o, n$o passamos de uma sociedade de almas piedosas Ne :s vezes nem t$o piedosas. l&m disso, embora todas recebam sua identidade de 2risto, cada uma recebe uma parte6 s# um elemento da vis$o. >en"uma e'ibe a perfei%$o de 2risto. 8 impossível ol"ar para uma congrega%$o e encontrar nela toda a representa%$o de 2risto, embora com toda a certeza possamos ser levados a essa totalidade se ouvirmos o que !o Espírito diz :s igrejas! e respondermos em adora%$o. @ma frase se repete, sem varia%$o, nas sete mensagens6 !quele que tem ouvidos ou%a o que o Espírito diz :s igrejas.! I despeito das diferen%as entre as igrejas, dois fatos s$o constantes6 o Espírito fala, e o povo ouve. igreja rene pessoas para quem -esus cumpre suas promessas6 !... Eu o enviarei (o 2onsolador). =uando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justi%a e do juízo. Co pecado, porque os "omens n$o crem em mim7 da justi%a, porque vou para o Pai, e vocs n$o me ver$o mais7 e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado (...) ?as quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. >$o falará de si mesmo7 falará apenas o que ouvir, e l"es anunciará o que está porvir! N-o OV6U9OO,O. Para que a promessa se cumpra, os ouvidos devem estar atentos :s palavras ditas pelo Espírito. 1uvir & tarefa comum na igreja. s congrega%0es s$o postos de escuta. 1uvir, muito mais do que fun%$o acstica, & ato espiritual. 1s equipamentos de som caros e sofisticados n$o ajudam a ouvir7 limitam9se a possibilitar a audi%$o. Porque frequentemente ouvir se deteriora em audi%$o, e porque n$o e'iste igreja se o povo n$o ouvir, a ltima palavra dirigida a todas as igrejas & !aquele que tem ouvidos ou%a o que o Espírito diz :s igrejas!. Ce Lnesis N!Cisse Ceus6 Haja...! at& -esus N!quele que & a Palavra tornou9se carne e viveu entre n#s!, a palavra pessoal ocupa posi%$o central, e, portanto, o ato pessoal de ouvir & essencial. Bocas falam para que meus ouvidos possam ouvir. 1 que come%a como fun%$o física se transforma em rea%$o espiritual. =uando isso n$o acontece, o problema & diagnosticado como !ouvidos surdos! N
restaurados N
Entre a abertura com a identifica%$o cristol#gica e o c"amado final evang&lico para ouvir, "á uma mensagem individualizada para cada uma das sete igrejas. 1 contedo difere, mas "á um esbo%o comum que serve a um prop#sito6 fornecer orienta%$o espiritual a um povo c"amado a viver pela f& em 2risto no mundo, mas sem ser do mundo. Essa orienta%$o come%a com uma afirma%$o seguida por uma corre%$o e conclui com uma promessa. Em primeiro lugar, "á um comentário positivo7 em segundo, uma disciplina de corre%$o7 e, em terceiro, uma promessa motivadora. Em duas igrejas N*ardes e 3aodic&ia, n$o aparece a palavra de afirma%$o. Em uma NEsmirna falta a disciplina. n$o ser por isso, a orienta%$o espiritual tem trs partes em todas as igrejas. impress$o mais marcante na vis$o do ;il"o do Homem em pocalipse O & a grande efus$o de luz, a incandescncia estonteante. luz jorra da imagem com grande for%a e quantidade e inunda as igrejas. 8 a luz do primeiro dia de Lnesis, que ilumina cada pessoa que entra neste mundo. O luz tem dois efeitos6 mostra o que & bom e, portanto, deve ser nela celebrado, e tamb&m e'p0e ao seu calor curador tudo que & pecaminoso. luz revela e cura. 1 primeiro elemento da orienta%$o espiritual & uma afirma%$o precisa. 2ada mensagem come%a com o *en"or dizendo6 !2on"e%o...! oida- -. ?. ;ord traduz esse termo como !Eu discirno...!,A verbo fundamental em toda orienta%$o espiritual. 2ada mensagem demonstra con"ecimento e'ato de tudo que acontece na congrega%$o. mensagem se desenvolve de acordo com os fatos econmicos, culturais e políticos da cidade e da igreja. situa%$o social e'terna e a situa%$o religiosa interna se unem na mensagem formulada. 1 con"ecimento dEle n$o & e'terior, como seria o de um jornalista dedicado7 & um con"ecimento preciso do que significa viver como povo de De!s na.!ele l!gar ; con"ecimento compreensivo do que implica, para eles, viver no nome de -esus. s igrejas recebem elogios pelo trabal"o árduo, incansável e atento N8feso7 sofrimento corajoso NEsmirna7 ousadia no testemun"o NP&rgamo7 crescimento e desenvolvimento do discipulado NDiatira e bravura e const+ncia N;ilad&lfia. >$o somos avaliados pela contribui%$o : sociedade nem pelo nosso potencial. igreja & uma comunidade em que o que somos e fazemos & recon"ecido e celebrado de maneira muito diversa da do mundo. ssim, ela & um lugar glorioso6 vidas calmas, discretas e corajosas se desenvolvem a partir das afirma%0es que nela acontecem. ?uito diferente dos incentivos que a sociedade sup0e serem necessários para manter motiva%$o e empreendimento, essas pessoas e'ercitam a const+ncia. >o entanto, a igreja & tamb&m um lugar lastimável. verdadeira vida de 2risto, essencial para se alcan%ar uma "umanidade completa, l"e dá forma e a sust&m. *ímbolos que afirmam a seguran%a do amor de Ceus a caracterizam. 2ontudo, "á sempre alguns Ne frequentemente muitos que vivem como parasitas nessas verdades vigorosas e engordam com o sangue vivo da reden%$o. 1s de fora vem apenas os parasitas e pensam que eles s$o a igreja.
passam a fazer parte dela, "á outros que se desenvolvem a partir da pr#pria vida na f&. 1s piores pecados n$o s$o nem mesmo possíveis para os que n$o crem. ssim, a corre%$o & essencial : orienta%$o espiritual6 !ten"o contra voc...!. igreja atrai pessoas que apreciam um ambiente santo mas que n$o tm o menor interesse em desenvolver a santidade pessoal. preciam trabal"ar em comiss0es e sentem9se seguras em organizar a vida dentro das confiáveis tradi%0es de seus pais. >$o faltam aos cultos dominicais e sentem9se fortalecidas pelas instru%0es morais de seus líderes. Entretanto, n$o anelam por santidade, alegria e amor. *$o totalmente convencionais e inteiramente obtusas. Buscam a igreja como um santuário onde viver em #cio santo. *# sabem sobre 2risto aquilo que pode ser tomado como um calmante. ssim, a igreja precisa passar constantemente por renova%0es6 !Den"o contra voc...!. 2inco das sete igrejas Nas e'ce%0es s$o Esmirna e ;ilad&lfia demandavam algum tipo de renova%$o. @ma característica que fica evidente & que as comunidades mantin"am a forma de religi$o mesmo depois de perder o Espírito. Fecebem corre%$o por abandonar o primeiro amor por 2risto N8feso7 ser indiferente aos ensinamentos "er&ticos NP&rgamo7 tolerar a imoralidade NDiatira7 demonstrar apatia N*ardes e permitir que a riqueza e o lu'o substituíssem a vida no Espírito N3aodic&ia. !>en"uma outra institui%$o!, escreveu 2"arles 4illiams, !sofre tanto o desgaste do tempo quanto a religi$o. >o momento em que e'iste a possibilidade remota de que uma gera%$o ten"a aprendido alguma coisa tanto de teoria quanto de prática, os aprendizes s$o removidos pela morte e a igreja confronta9se com a necessidade de recome%ar tudo. 1 esfor%o para regenerar a "umanidade tem que voltar ao ponto de partida a cada G anos, mais ou menos.! >en"uma das igrejas de pocalipse tin"a mais de meio s&culo de e'istncia7 contudo, a degenera%$o já se encontrava em processo. dotaram movimentos religiosos depois que a motiva%$o do Espírito se esgotara. vida modorrenta dessas igrejas apoiava9 se na base comida de cupins que um dia fora uma religi$o vigorosa. 1 terceiro elemento da orienta%$o espiritual & a promessa. promessa motivadora de toda igreja & a mesma6 a vida eterna7 mas apresentada sob imagens diferentes6 árvore da vida N8feso, coroa da vida NEsmirna, pedra branca NP&rgamo, estrela da man"$ NDiatira, vestes brancas N*ardes, coluna do templo N;ilad&lfia e comer e reinar com 2risto N3aodic&ia. >en"uma afirma%$o se sust&m, e nen"uma disciplina & levada a efeito, sem a devida motiva%$o. promessa da vida eterna, n$o como recompensa, mas como o destino final da vida de f&, & a motiva%$o adequada para o !vencedor!. Esse esbo%o resume a orienta%$o espiritual que devemos receber na igreja. igreja & o lugar aonde vamos para descobrir o que estamos fazendo certo / lugar de afirma%$o. ?as a igreja & tamb&m o lugar onde buscamos saber em que estamos errando / lugar de corre%$o. >a igreja, ansiamos ouvir as promessas / lugar de motiva%$o. >en"uma comunidade crist$ sobrevive som qualquer das parles dessa mensagem. Precisamos de afirma%$o, corre%$o e motiva%$o. >a igreja, estamos sempre no processo de receber afirma%$o.
para encarar a pregui%a, o orgul"o e a avareza / tudo que nos separa da vit#ria completa de Ceus em n#s, cada parte de n#s que está doente ou que & imatura, que acaba com nossa alegria ou interfere na salva%$o dos outros. l&m disso, estamos sendo motivados. >ada do que fazemos na f& & de curto prazo. Dudo & de longo alcance. motiva%$o para viver vigorosamente a vida toda precisa ser adequada para nos sustentar atrav&s dos vales sombrios e dos desertos secos. promessa da vida eterna, e apenas ela, basta para trazer essa motiva%$o. Essa tríplice orienta%$o espiritual capacita o povo de Ceus para viver em f&, confiante nele, em ambiente "ostil. 1 processo de afirma%$o, corre%$o e promessa & o que os gregos c"amavam de paidea, processo comple'o pelo qual a comunidade passa adiante sua pai'$o e sua e'celncia. Fepreendo e disciplino ( paide!oJ aqueles que eu amo! Np .OI. 1 treinamento acontece em sete áreas6 somos ensinados a amar N8feso, sofrer NEsmirna, falar a verdade NP&rgamo, ser santos NDiatira, ser autnticos N*ardes, cumprir a miss$o N;ilad&lfia e adorar, usando tudo para louvar a Ceus e recebendo dons para servi9lo N3aodic&ia. igreja & a comunidade de pessoas que e'plícita e conscientemente se submetem : dire%$o e ao ensino do nosso *en"or, o Espírito, para buscar e'celncia nessas sete áreas. Fecon"ecem e desenvolvem seus pontos positivos e e'p0em e corrigem suas fraquezas. *omos encorajados Nningu&m & completamente mal e corrigidos Nningu&m & completamente bom. Dornamo9nos motivados, adquirindo energia interior para perseverar atrav&s da dor do crescimento e c"egar : satisfa%$o da inteireza e perfei%$o. 1 ap#stolo -o$o n$o se quei'a nem e'alta suas igrejas. Ele as toma como fatos. Elas s$o o meio que Ceus utiliza para unir as pessoas, para que entendam quem & seu *en"or, quem elas mesmas s$o e, assim, desenvolvam relacionamentos coerentes com essas identidades. s sete cartas sucintas de -o$o s$o um alívio para pessoas e congrega%0es bombardeadas com análises entediantes, detal"es e reclama%0es. Entorpecidos pelo e'cesso de preletores seculares, reagimos com gratid$o diante das cartas misericordiosamente breves do ap#stolo. *e "á uma coisa que a igreja n$o precisa & de análises e'tensas. 1 pocalipse tem se mostrado imensamente bem9sucedido na capacita%$o de igrejas para florescer em tempos de dificuldades. E, se esse livro & confiável tamb&m para n#s, precisamos de6 vis$o, esperan%a e encorajamento, al&m de um pouco de orienta%$o discreta, direta e sensata. 1 pocalipse mostra que as igrejas s$o diferentes dos sal0es vitorianos que est$o sempre preparados para receber convidados. Elas s$o como as salas da maioria das casas residenciais, um tanto desarrumadas. ?uitas vezes, quando fazemos uma visita sem sermos esperados, somos recebidos com muitos pedidos de desculpas e e'plica%0es. 1 ap#stolo n$o pede desculpas. 2laro que as coisas est$o fora do lugar, mas & isso que acontece nas igrejas em que "á vida. Elas n$o s$o vitrines. *$o salas onde vivem pecadores. Há roupas espal"adas, marcas de dedos na parede e lama no tapete. Enquanto -esus insistir em c"amar pecadores e injustos ao arrependimento / e n$o "á qualquer sinal de que Ele ten"a mudado sua política a esse respeito /, as igrejas continuar$o sendo uma vergon"a para os e'igentes e uma afronta para os justos. Para -o$o, elas eram apenas candela%ros6 lugares, locais, onde a luz 4erner -aeger, Paidea/ lhe Ideals of +ree5 !lt!re N>ova TorS6 1'ford @niversit5 Press, OI, vol. A, p. X<.
de 2risto & demonstrada. >$o s$o a luz. >$o "á nen"um glamour especial nas igrejas, nem, por outro lado, nada particularmente vergon"oso nelas. *implesmente e'istem. igreja está para o evangel"o assim como o corpo está para a pessoa6 necessário sob as condi%0es de nossa cria%$o, mas n$o & a essncia. 1 corpo pode sofrer abusos por e'cesso de alimenta%$o ou de trabal"o e ser desfigurado por acidentes ou doen%as. inda assim, continua necessário. ?uita gente realiza obras admiráveis em corpos maltratados, negligenciados e inadequados. l&m disso, o corpo pode ser tratado e perfumado sem qualquer inten%$o de trabal"o ou amor e, mesmo assim, ser instrumento para os dois. 1 mesmo ocorre com a igreja. Embora corrompida, continua agindo como igreja. 2andelabros sujos n$o apagam a luz de 2risto. despeito dela mesma, a igreja petrificada ainda funciona como tal6 o bril"o do ouro polido & menor do que o da luz de 2risto. 2laro que & mel"or que nada disso aconte%a, que a igreja n$o seja maculada, negligenciada nem polida por simples vaidade. 1 mel"or & que ela simplesmente e'ista, sem conscincia de si mesma e sem c"amar aten%$o, mas sempre recebendo e compartil"ando a luz de 2risto. ?uita ira voltada contra a igreja e a maioria das decep%0es que nela ocorrem resultam de e'pectativas frustradas. =ueremos ver um e'&rcito disciplinado de "omens e mul"eres comprometidos que perseguem com coragem os poderes deste mundo, e, em lugar disso, encontramos pessoas preocupadas em acabar com a praga que está se espal"ando na grama do jardim de sua casa. Esperamos encontrar uma comunidade de santos maduros nas virtudes de amor e miseric#rdia, e acabamos trabal"ando para preparar um jantar na igreja onde "á mais fofoca do que comida. Cesejamos ver mentes informadas e moldadas pelas grandes verdades e ritmos das Escrituras, e nos deparamos com pessoas cuja energia intelectual mal dá para levá9las das revistas em quadrin"os at& as páginas esportivas dos jornais. =uando isso tudo acontece, & mais importante e'aminar e modificar nossas e'pectativas do que transformar a igreja, pois ela n$o & o que organizamos, mas, sim, o que Ceus concede7 n$o as pessoas que escol"emos para serem nossa compan"ia, mas as que Ele nos dá para estarem conosco / uma comunidade criada pela descida do Espírito *anto, na qual nos submetemos : afirma%$o, transforma%$o e motiva%$o do Espírito. >$o pode "aver idealiza%$o da igreja, e a lamenta%$o deve ser tol"ida. Danto o auto9elogio quanto a angstia est$o fora de lugar. s igrejas, vel"as ou novas, n$o s$o pequenas -erusal&m. 8 da vontade de Ceus que ten"amos uma igreja. vida de f& acontece sempre e necessariamente em uma comunidade de pessoas com uma localiza%$o específica no tempo e no espa%o. geografia tem tanta import+ncia quanto a cristologia no camin"o crist$o. @r, >azar&, Camasco, Patmos e Diatira s$o t$o essenciais quanto os ol"os flamejantes daquele semel"ante ao ;il"o do Homem, cuja voz & como muitas águas. >$o "á evidncia, nem nos anais do
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ltima palavra : igreja de 3aodic&ia foi um convite : adora%$o6 !Eis que estou : porta e bato. *e algu&m ouvir a min"a voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. o vencedor darei o direito de sentar9se comigo em meu trono, assim como eu tamb&m venci e sentei9me com meu Pai em seu trono! Np 6AG9AO. ] mesa do *en"or, "ouve c+ntico de "inos, prega%$o da Palavra, ora%$o, ofertas, entrega da vida de 2risto sob a forma de p$o e vin"o. mesa do *en"or, para a qual 3aodic&ia foi convidada, era lugar de adora%$o. Dalvez essa igreja tivesse negligenciado e at& mesmo desprezado a adora%$o. 1s membros da comunidade s$o apresentados como ricos e auto9 suficientes. >en"uma necessidade os colocava de joel"os em splica. Damb&m n$o e'istia pobreza que os atraísse a uma comunidade de amigos que tivesse todas as coisas em comum e compartil"adas em amor. >en"uma fome e sede de justi%a os impelia : mesa do banquete carregada de bn%$os de reden%$o6 !Xoc diz6 YEstou rico, adquiri riquezas e n$o preciso de nada...Y! Np 6OU. mensagem de -o$o aos crist$os ricos foi severa e acusadora. 2ontrariamente : bela aparncia deles, o ap#stolo viu um grupo !miserável, digno de compai'$o, pobre, cego e que está nu! N6OU. Ele os c"ama com ardor ao arrependimento. palavra de conclus$o & uma metáfora6 "á uma porta fec"ada que precisa ser aberta para que eles possam comer a refei%$o sacramental para a qual 2risto os convida, compartil"ando sua vida com eles. @ma porta, apenas isso, separa o povo !miserável, digno de compai'$o! da fartura da mesa da 2omun"$o. 1 pr#prio 2risto bate : porta. 2om persistncia e pacincia, semana ap#s semana, o convite ressoa6 !Xamos adorar a Ceus.! bra a porta. Xen"a para a festa. ceitar$o eles o conviteQ igreja de 3aodic&ia tin"a acabado de ouvir um dos serm0es mais poderosos Ne mais curtosM de toda a "ist#ria da prega%$o crist$. 1 pregador apresentou o convite6 !Estou : porta e bato!, e depois o ap#stolo conta6 !... ol"ei, e diante de mim estava uma porta aberta no c&u! Np 6O. 1 povo aceitou. trav&s da porta, ele v os membros de sua igreja reunidos na V 3uci *"aR, !Bet"an5 2"apel!, The #ighting N4"eaton, <36 Harold *"aR, OIJO, p. I.
adora%$o no Cia do *en"or, como tin"a sido costume desde o come%o. vis$o agora mostra a eles o significado glorioso do que fazem nos cultos dominicais. primeira vis$o de -o$o do Cia do *en"or mostrou a realidade completa de 2risto Np O6OA9AG. Profecias, lembran%as e e'perincias ocorridas durante centenas de anos foram reunidas para vivermos : luz da revela%$o completa, n$o apenas de peda%os dela. Essa segunda vis$o mostra toda a realidade da adora%$o, nossa resposta : revela%$o de 2risto. Hinos, serm0es, pensamentos, ora%0es e ofertas vivenciados em vários graus de despertamento, com mais ou menos entendimento, s$o colocados juntos em uma nica vis$o coerente para en'ergarmos nossa resposta : realidade viva de Ceus em sua inteireza, e n$o apenas em segmentos subjetivos. Ce novo, -o$o estava !no Espírito! Np 6A, como no dia em que recebeu a vis$o de 2risto e as mensagens :s sete igrejas Np O6OG. ?ais uma vez, ele ouve a voz de trombeta Np O6OG7 6OG e v o que acontece quando os crist$os adoram. =uando em culto, os crist$os sentem convic%$o da presen%a de Ceus. dora%$o & um ato de aten%$o ao Ceus vivo que governa, fala e revela, cria e redime, ordena e aben%oa. =uem está de fora n$o en'erga nada disso ao observar os atos de culto. X apenas um grupo de pessoas cantando msicas descon"ecidas, algumas vezes fora do tom, algu&m lendo um livro antigo e fazendo comentários que podem ou n$o interessar aos ouvintes, e depois os participantes comendo e bebendo pequenas por%0es de p$o e vin"o que devem alimentar a alma eterna da mesma forma que um bife com batatas fritas sustenta a carne mortal. =uem está certoQ *erá o culto uma reuni$o convocada por iniciativa de Ceus, onde pessoas de f& s$o aben%oadas por sua presen%a e respondem : sua salva%$oQ 1u será uma c"arada pat&tica e algumas vezes desesperada em que tentam c"amar a aten%$o de Ceus para levá9lo a fazer alguma coisa por elas NO Fs OJQ -esus está : porta e bate. 1 que acontecerá quando abrirmos a portaQ pocalipse, capítulos e , responde : pergunta e dá a ltima palavra sobre a adora%$o, em cinco partes6 a adora%$o centraliza, rene, revela, sinaliza e afirma. Em primeiro lugar, na vis$o, "á um trono6 !estava um trono no c&u!, que "avia sido prometido na mensagem a 3aodic&ia6 !... darei o direito de sentar9se comigo em meu trono.! gora, lá está ele, na adora%$o. @m trono centraliza a autoridade. 1 culto & centralizador. palavra trono aparece em quase todos os capítulos de pocalipse Ne'ceto capítulos I, OG, O, OU, OJ. Cuas vezes refere9 se a centros falsos de autoridade6 o trono de *atanás Np A6O e o da besta Np OV6OG. >o culto, Ceus rene seu povo e se coloca no centro6 !1 *en"or reina...! N*l I6O. adora%$o & um encontro que visa a levar nossa vida a ser centralizada em Ceus para n$o sermos destituídos de um ponto centralizador. >#s adoramos7 de modo que vivemos em resposta a esse centro e dependentes dele, o Ceus vivo. ;racasso na adora%$o nos relega a inclina%0es instáveis, ficamos : merc de toda propaganda, sedu%$o, engodo. *em o culto, passamos a manipular e ser manipulados. van%amos em p+nico aterrador ou letargia enganosa e, ent$o, ficamos alarmados por espectros e nos acalmamos com placebos. *e n$o "ouver centro, n$o "averá circunferncia. Pessoas que n$o adoram s$o levadas pela inquieta%$o epidmica do mundo, sem dire%$o firme ou objetivo que as sustente.
eram centros verdadeiros, mas loca%0es arbitrárias, semel"antes aos locais para culto ao imperador romano do primeiro s&culo. Em
vacilante ou fracaQ Poderá a reuni$o ser um verdadeiro encontro, e n$o apenas uma sele%$oQ *erá a energia centralizadora do trono t$o arrebatadora que os presentes ser$o simplesmente absorvidos, perdendo sua identidadeQ s duas dzias mantm identidades separadas e, ao mesmo tempo, se combinam em "armonias convergentes. l&m das pessoas representativas, tamb&m "á animais representativos em volta do trono6 !... ao redor do trono "avia quatro seres viventes! Np 6V. s quatro criaturas s$o todos os aspectos da cria%$o, assim como os A anci$os s$o todas as facetas da f&. 1 mais nobre Nle$o, mais forte Nboi, mais sábio N"umano e mais ágil Náguia est$o centrados em Ceus. vida como se encontra & um caos. mat&ria9prima servida em nossos dias & desordem e turbulncia. natureza encontra9se em tumulto, descontrolada. >#s mesmos estamos indecisos e c"eios de conflitos. Parece ser impossível dominar tudo isso. parentemente, n$o "á esperan%a de "armonia em meio a taman"o caos. 1 ato de adora%$o rene em seus rituais centralizadores e ritmos "armonizadores todos os aspectos da cria%$o. 1 culto n$o separa espiritual e natural7 ele os coordena. >atural e sobrenatural, cria%$o e alian%a, anci$os e animais, todos reunidos. 1 culto que despreza a cria%$o fica empobrecido. esc#ria da cria%$o, sempre inclinada : destrui%$o, se coloca em ordem diante do trono e se encontra mais consigo mesma6 cada criatura alerta Nc"eia de ol"os e voando Ncom seis asas. @sando as palavras de Leorge Herbert6 !X#s, criaturas de Ceus Pai, todos erguei a voz, cantaiM! >a adora%$o, todos os sinais de vida, impulsos rumo : santidade, toques de beleza e centel"as de vitalidade / patriarcas "ebreus, ap#stolos crist$os, animais selvagens, gado dom&stico, seres "umanos e pássaros altaneiros / se colocam em volta do trono que pulsa com luz e mostram o que cada criatura tem de mel"or, pegando todas as cores do espectro para mostrar a gl#ria. =uanto ao que estava sentado no trono, !era de aspecto semel"ante a jaspe e sardnio. @m arco9íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono!. luz com as cores de pedras preciosas Njaspe, sardnio e esmeralda ban"a todos que se renem para o culto. Xidas desfiguradas pelo pecado, transformadas em manc"as escurecidas, agora voltam a ser vistas em suas verdadeiras cores. 2ada tom desbotado e cada lin"a indefinida foram restaurados e readquiriram cor e precis$o originais. s pedras s$o preciosas quando recebem e intensificam a luz. Ela & composta por todas as cores, entretanto nossos ol"os imperfeitos n$o conseguem captá9las. @ma pedra seleciona determinadas cores no ar e as intensifica, demonstrando a gl#ria profunda que estava na luz o tempo todo. 1 mundo antigo valorizava as pedras por essa capacidade de revelar e intensificar as cores da luz, e n$o para enfeite. ordem !Haja luz!, registrada no primeiro capítulo de Lnesis, foi pronunciada desse trono carregado de cor. !Ceus & luz7 nele n$o "á treva alguma.! adora%$o & como uma pedra preciosa que revela todas as cores da luz que está em nosso interior e : nossa volta e nos dei'a ofuscados. Placas feias, sinais de neon e o ar poluído refletem, rebai'am e filtram a luz, envolvendo o mundo em um manto cinzento. Ent$o uma pedra preciosa nos mostra o verdadeiro vermel"o, verde ou azul7 somos abalados e despertados, voltamos a nos maravil"ar. Ciante do trono que rene e ilumina todas as pessoas e criaturas, "á !um mar de vidro, claro como cristal!. Esse mar vem antes. Para alcan%ar o trono, os adoradores precisam passar por ele, que & a pia batismal. >o templo de
*alom$o, "avia um grande mar de bronze, ou seja, uma enorme bacia para purifica%$o, colocada na entrada do local de culto. >os primeiros s&culos da era crist$, os cultos aconteciam nas casas. s "abita%0es romanas tin"am sempre na entrada um lugar para limpeza, o pl!vini!m, e os crist$os usavam essas bacias como batist&rio. 1 batismo era Ne & a porta de entrada para a adora%$o comunitária dos crist$os. Em torno do trono, "á uma reuni$o ampla, mas n$o i n d i s c r i m i n a d a / & necessário primeiro ser limpo, depois apresentado, para participar. s águas do batismo, como as do mar Xermel"o e do rio -ord$o, com que tantas vezes s$o identificadas, s$o águas pelas quais passamos, dei'ando para trás um estilo devida e adotando um novo, milagrosamente vivos e purificados. 1 !mar! batismal reaparecerá na vis$o NO6A. ?ais adiante, veremos um altar no lugar de adora%$o. J 1 trono, o mar e o altar s$o os originais gloriosos do plpito, da pia e da mesa nas congrega%0es dom&sticas onde o povo de -o$o se reunia todas as semanas para o culto do Cia do *en"or. Em meio a toda essa gl#ria, o ap#stolo percebe que "á um rolo selado e que !n$o "avia ningu&m, nem no c&u nem na terra nem debai'o da terra, que pudesse abrir o livro, ou sequer ol"ar para ele. Eu c"orava muito, porque n$o se encontrou ningu&m que fosse digno de abrir o livro e de ol"ar para ele! Np 69. ?esmo cercado de esplendor e vitalidade, imerso no ato de culto que confere um centro : vida e rene todas as coisas diante de Ceus, -o$o n$o estava satisfeito6 !c"orava muito!. @m crist$o do primeiro s&culo entenderia !livro! como "oje entendemos Bíblia. 1s rolos mais con"ecidos eram os grandes rolos das Escrituras nas sinagogas. Eram respeitados e valorizados. 1 povo de Ceus acredita que ele fala, que mostra quem & e o que faz. Ele n$o & de!s a%scondit!sK 2 de!s revelat!s$ ;ala para que seus fil"os saibam o que faz em favor deles e con"e%am sua vontade para eles. E essas palavras foram escritas nos rolos, ou livros. ssim, & bem pr#prio esperar que um rolo apare%a durante o culto. ?as o livro está selado. 1 te'to foi preservado com cuidado, reverncia e meticulosidade, mas o significado foi lacrado por s&culos de discuss0es e falta de f&. Era um problema antigo. *etecentos anos antes,
n$o estava mais confuso6 ouviu, creu e foi batizado. ssumiu seu lugar diante do trono em adora%$o e depois, !c"eio de alegria, seguiu o seu camin"o! Nt J6I. >a vis$o, as lágrimas de -o$o cessam no momento em que o 2ordeiro pega o livro. 1 som que vem a seguir n$o & de pranto7 & um grande "ino de reden%$o, confiante na salva%$o do mundo6 !... com teu sangue compraste para Ceus gente de toda tribo, língua, povo e na%$o! Np 6I. 1 te'to lido e pregado mostra que 2risto No 2ordeiro revela o sentido de minha vida e cumpre meu destino. *em a prega%$o, por mais esplndido que seja o trono e por maior que seja o nmero dos anci$os e das criaturas, n$o "á certeza de que e! me incluo, e, como consequncia, vem desespero suficiente para levar uma pessoa ao pranto. >$o basta en'ergar o trono glorioso, ouvir os c+nticos maravil"osos e entender como s$o vastas as inclus0es. *e n$o descubro que eu me incluo, n$o conseguirei louvar7 min"a rea%$o será o c"oro. *e n$o consigo me ver entre os que jogam a coroa para o alto e gritam de alegria, despreocupados, min"a nica atitude será curvar a cabe%a e c"orar. 1 pranto de -o$o & o piv emocional do ato de culto. E quanto a mimQ 1 que dizer sobre o mundo em que vivoQ 2omo este pecador altamente incapaz, que vive neste mundo perverso, se encai'a em tudo issoQ Ce pouco adianta saber que Ceus & santo, se estou e'cluído da santidade. e'istncia pessoal & questionada diante da majestade e santidade divinas. prega%$o responde : pergunta. Ela se dirige : rec&m9descoberta pobreza daquele que se encontra estarrecido diante dos sinais de esplendor santo. ssim, apresenta a palavra pessoal que convida a participar da adora%$o. prega%$o liberta a palavra do cativeiro sob o livro selado e a leva para fora, proclamando !o ano da gra%a do *en"or! N3c 6OI. E dei'a claro que o grande ato da reden%$o inclui na gl#ria cada pessoa6 !>$o c"oreM Eis que o 3e$o da tribo de -udá, a Faiz de Cavi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.! dora%$o & prega%$o6 abrir o livro, ler o evangel"o, convidar o pecador, demonstrar as dimens0es pessoais da eterna e gloriosa vontade de Ceus. 1 livro de tos e as cartas de Paulo est$o repletos dessa prega%$o6 as novas de Ceus "aviam c"egado / e eram boasM lgo acontece com os adoradores durante o culto6 mentes s$o esclarecidas, percep%0es entram em foco, espíritos s$o renovados. Enquanto isso, a conversa comum, a prosa impaciente e banal, as dan%as / tudo & condensado em poesia e depois elevado em msica. adora%$o canta. ?sica & a fala intensificada e e'pandida. Doma os ritmos naturais e o timbre da fala e desenvolve os acentos e entona%0es. Há c+nticos por toda parte das Escrituras. 1 povo de Ceus canta, e'pressa vigor ao entender a majestade de Ceus e a miseric#rdia de 2risto, a perfei%$o da realidade e sua rec&m9descoberta capacidade de participar disso. s msicas proliferam. Hinos renem as vozes de "omens, mul"eres e crian%as em corais que cobrem s&culos. ?ois&s, ?iri$, C&bora, Cavi, ?aria, anjos, -esus, os discípulos, Paulo e *ilas cantam. s pessoas de f& tamb&m cantam quando se conscientizam de quem & Ceus e do que Ele faz. >$o "á como deter a msica. >o ato de adora%$o descrito em pocalipse e , s$o entoados cinco c+nticos, mas a msica n$o se limita a esses capítulos.
por todo o pocalipse. I =uando o julgamento c"ega a Babilnia, o lugar da antiadora%$o, a msica cessa6 !>unca mais se ouvirá em seu meio o som dos "arpistas, dos msicos, dos flautistas e dos tocadores de trombeta...! NOJ6AA. 1s primeiros cinco c+nticos estabelecem o padr$o para a adora%$o. 1s dois primeiros s$o "inos a Ceus, o 2riador7 os dois seguintes, a 2risto, o Fedentor7 o quinto & um "ino ao 2riador e Fedentor juntos, combinando os temas que, como água de po%os artesianos, jorram para a superfície, transformando9se em msica sempre que os crist$os adoram. 1 primeiro c+ntico adora a essncia de Ceus. 2omposto por trs lin"as, cada uma consistindo em trs palavras ou frases, apresenta a perfei%$o da Drindade. Dodo ser se inclui em Ceus. Doda realidade tamb&m. >o centro, tudo & puro e poderoso, pessoal e majestoso, eterno e temporal. 1s seres viventes formam um quarteto e cantam6 *anto, santo, santo 8 *en"or Ceus Dodo9poderoso Ele &, Ele era, Ele virá.
1 segundo c+ntico conecta nossa resposta de adora%$o : bondade criadora de Ceus. =uem Ele & e o que Ele faz se relacionam a como somos feitos e quem somos. 1s anci$os representativos, que e'perimentaram em
1 terceiro c+ntico se dirige a 2risto, o 2ordeiro de Ceus. gora o louvor liga nossa resposta de adora%$o : miseric#rdia redentora de Ceus. primeira lin"a & idntica : do segundo c+ntico, mas o tema muda para a reden%$o e nossa participa%$o nela. 1s cantores s$o os mesmos A anci$os que "aviam louvado a boa cria%$o e agora entendem o milagre da reden%$o. CignoM Fecebe o livro, abre os selos.
1 quarto c+ntico come%a como o terceiro, mas usa a atribui%$o do segundo. 8 cantado por uma multid$o incontável de anjos. 1 novo aspecto & que agora se dirige ao 2ordeiro redentor. reden%$o assume seu lugar ao lado da cria%$o. 1 cordeiro imolado & dignoM Fecebe o poder, a riqueza, a sabedoria, a for%a, a "onra, o poder, a bn%$oM
1 quinto c+ntico, que repete !bn%$o e "onra!, rene as gl#rias gmeas da cria%$o NFei e reden%$o N2ordeiro e as eleva em louvor, envolvendo em um mesmo coral as vozes de todas as criaturas e anjos. Para o FeiM para o 2ordeiroM bn%$o, a "onra, a gl#ria, a for%a Por era ap#s era ap#s era.
=uem adora, canta. >a vida eclesiástica, os "inários s$o livros de ora%0es. 1 culto suscita respostas profundas de adora%$o que tomam a forma de ritmos e melodias de gratid$o, e envolve a voz de criaturas de todos os lugares e tempos e as coloca para trabal"ar "armoniosamente em louvor. -9 pocalipse U6OG,OA7 OO6OU9OJ7 O6A97 O697 OI6O97 OI6V9J.
palavra final na adora%$o & am&m6 !1s quatro seres viventes disseram6 Ym&mY, e os anci$os prostraram9se e o adoraram! Np 6O. m&m significa !sim!. 8 a afirma%$o ao Ceus que nos afirma. Ele nos diz sim, e respondemos a isso com outro sim, am&m. dora%$o & afirma%$o. 1 resultado final do ato de adora%$o & que nossa vida muda por completo. Xamos at& Ceus com uma "ist#ria de nega%$o, de rejeitar e sermos rejeitados. >o trono, somos imersos no sim de Ceus que silencia todos os n$os e provoca em n#s uma resposta afirmativa. Ceus, n$o o ego, & o centro. Ceus n$o & algu&m de quem & possível se apro'imar impondo restri%0es que atendam a nossos interesses, distribuindo !sim! e !n$o! de acordo com nossa vontade. >a adora%$o, !ouvimos a voz do *er! e nos tornamos resposta a ela. 1 ego dei'a de ser o centro da realidade, como o pecado nos fazia supor. *omos treinados, desde a inf+ncia, a nos relacionar com o mundo com e'plora%$o, recusando e tomando, empurrando e pu'ando, irritando e seduzindo. 2omo produtor e como consumidor, o ego & predador, mas na adora%$o dei'amos de ser predadores que se apro'imam furtivamente dos outros como se eles fossem presas que pud&ssemos levar para nosso centro. >a adora%$o, respondemos ao verdadeiro centro. *omos ouvintes privilegiados e respondemos nos oferecendo a Ceus, que cria e redime. m&mM Essa palavra & recorrente e enfática entre o povo de Ceus. 8 forte e viva. >$o "á nela nada de covardia, cautela nem timidez. 8 palavra de resposta, purgada de todas as negativas. Em sua descri%$o do culto crist$o da metade do segundo s&culo Npor volta do ano OG d.2., -ustino ?ártir diz que as ora%0es sempre terminavam com um vigoroso am&m por toda a congrega%$o. Ele usa uma palavra viva, entusiástica, para descrever / epe!ph0nei, !gritar em aplauso!.VG 2om isso, eles demonstravam convic%$o n$o de que as ora%0es seriam atendidas no futuro, mas mostravam que já tin"am sido atendidas, no presente, em 2risto. Paulo "avia escrito6 !... pois quantas forem as promessas feitas por Ceus, tantas tm em 2risto o YsimY. Por isso, por meio dele, o Ym&mY & pronunciado por n#s para a gl#ria de Ceus! NA 2o O6AG.
OIVA, 6JJJ. VO lfred -epsen, em Theological Dictionar" of the Old Testament, editores L. -o"annes BotterRecS e Helmer Finggrin NLrand Fapids, ?<6 4. B. Eerdmans Publ. 2o., OIU, O6AA. VA TD*T, O6O.
>um tempo surpreendentemente curto, surgiu o consenso. 3ogo todos estavam usando o termo "ebraico que o pr#prio -esus usou. V t& "oje, os crist$os usam o !am&m! para e'pressar a resposta em adora%$o :s afirma%0es mais profundas de suas vidas, fazendo eco aos am&ns do le$o, do boi, do "omem e da águia do ap#stolo -o$o. 1 ato de adora%$o ensaia, no presente, o final que nos espera. V 1 c&u se apresenta no presente. ?as tamb&m conserva o passado e, assim, age como for%a estabilizadora. 2ontudo, sua fun%$o din+mica & a antecipa%$o6 uma comunidade planeja o futuro : luz de seu documento de funcionamento. vis$o do ap#stolo -o$o mostra :s congrega%0es que aquilo que elas fazem no culto de adora%$o, no presente, corresponde ao que acontece, tamb&m no presente, no +mago de todas as coisas, o c&u. igreja em adora%$o está centrada e congregada no trono de Ceus, recebendo a revela%$o do 2risto sobre o qual se fala, e que fala Ele pr#prio, cantando os "inos maravil"osos, afirmando e recebendo afirma%$o. Cetal"es dessa vis$o ser$o reintroduzidos : medida que ela se desenrolar. Esta & a realidade da qual participamos em todos os cultos, que molda tanto nossa vida quanto nossa "ist#ria. V @ma forma comum de distorcer a vis$o de -o$o e dei'ar de e'aminar o presente & sentir pena de nossos irm$os e irm$s do primeiro s&culo. Eles enfrentavam dificuldades políticas e econmicas7 & bem natural ter pena deles. ?as, sendo ou n$o natural, n$o devemos fazer isso, pois & fatal para a imagina%$o. 1 e'ercício da piedade, em especial : dist+ncia, resulta em presun%$o6 !8 uma pena que voc esteja sofrendo tanto Nmas eu ten"o muita sorte de ter escapadoM.! =uase sempre, essa & uma postura de condescendncia, pois nos coloca em superioridade no momento e'ato em que aqueles de quem temos pena est$o provavelmente acima de n@s / em posi%$o de nos dar aquilo de que mais precisamos. >ada poderia estar mais distante da realidade do que imaginar que os crist$os das sete congrega%0es da sia fossem pessoas arrasadas, que se agarravam como podiam : f&, e que -o$o, seu pastor, procurou com ansiedade um meio desesperado NapocalipseM para assegurar que eles suportariam o pior dos momentos. Esses "omens e mul"eres entendiam suas vidas, a partir do V Com Lregor5 Ci', The #hape of the Lit!rg" N3ondres6 Cacre Press, OI, p. OG. V -o"n ?ac=uarrie, Paths to #pirit!alit" N>ova TorS6 Harper W FoR, OIUA, p. U. V ! fun%$o "ist#rica da
da adora%$o encontra e'press$o madura no pocalipse. -o$o, o ap#stolo mais versado em liturgia, indica o lugar que o culto da
instante de seu batismo em nome da Drindade, como milagres de ressurrei%$o. 1 povo que se reunia a cada Cia do *en"or para cantar louvores e receber vida era o mais forte de todo o imp&rio romano. Xiviam imersos em esplendor, transbordavam de vida. ?esmo quando o zelo esfriava, o que acontecia de vez em quando, e eles vacilavam um pouco na lealdade, "avia muito mais coisas acontecendo com eles do que com seus contempor+neos seduzidos por Babilnia. E eles sabiam disso. =uando esqueciam, -o$o os fazia lembrar. >$o devemos jamais esquecer as imagens de celebra%$o intensa no c&u e os sofrimentos catastr#ficos descarregados sobre a terra, a e'posi%$o do mal em suas blasfmias "orrendas e a revela%$o da bondade em adora%$o gloriosa tudo isso elaborado a partir do con"ecimento diário que eles tin"am das Escrituras, do batismo e da 2eia do *en"or. Eles levavam a vida nesse ambiente invadido pelo c&u e amea%ado pelo inferno. >ada, fora a f& ou o desafio da f&, poderia igualar a vida deles em profundidade de sentido e presen%a de drama. >$o pode ter "avido muitos momentos insossos nessas vidas, nem precisa "aver na nossa. =uando isso acontecia, o marasmo era recon"ecido como obra do diabo e perseguido pela imagina%$o formada pelo pocalipse, em adora%$o. !?uitas congrega%0es, reunidas no templo, podem parecer aos anjos praias c"eias de po%as de água durante a mar& bai'a, repletas de todo tipo de li'o e objetos estran"os / um espetáculo bem penoso. Ent$o vem a mar& da adora%$o, e tudo se vai6 os ouri%os e águas9vivas mortos, os pap&is e as latas vazias e os inumeráveis resíduos. 1 mar purificador flui sobre tudo. ssim, o ato comum de adora%$o a Ceus nos liberta de um ol"ar estreito e egoísta para o universo.!VV
Evel5n @nder"ill, ollected Papers N3ondres6 3ongmans, Lreen W 2o., OIV, p. UJ.
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ascendncia intrigante do mal deve ter ocupado a mente de muitos crist$os durante o e'ílio do ap#stolo -o$o. *e o Feino de Ceus "avia sido iniciado por 2risto, os e'&rcitos romanos n$o deveriam desfrutar de tanta evidncia. 1 evangel"o declarava o amor de Ceus pelo mundo. 1s decretos de Foma condenavam os que criam : pris$o e : cruz. 2risto "avia vivido, sofrido, morrido e ressuscitado, e o mundo n$o mel"orava7 ficava cada vez pior. Em um mundo assim, nnie Cillard coloca a pergunta que ela classifica como a principal quest$o teol#gica de todos os tempos, e para qual urge resposta6 !?as, afinal, o que está acontecendo no mundoQ! VJ -o$o considera a quest$o, mas n$o se apressa em responder. 1 problema do mal clama por uma resposta, mas essa n$o & a primeira quest$o. =uando n#s temos alguma e'perincia com o mal, somos tentados a senti9lo como absoluto. 1 mal contamina tudo o mais. Cor em um dente elimina a percep%$o da sade nas outras partes do corpo. @m mac"ucado no dedo do p& me impossibilita de apreciar o fato maravil"oso de meus cotovelos se dobrarem sem qualquer esfor%o. 1 ap#stolo n$o se aventura a tratar da presen%a do mal antes de estabelecer raízes em uma realidade muito mais abrangente. *# aborda o problema depois de apresentar a vis$o do 2risto vitorioso Np O, da adora%$o em triunfo Ncapítulos e , relacionando essas revela%0es com as e'igncias cotidianas das mensagens da igreja Ncapítulos A e . ;ica claro que o reinado magnífico de 2risto se coloca sobre todas as coisas. Damb&m fica evidente que 2risto n$o apenas está so%re, mas se importa com as condi%0es específicas das comunidades de f&. Ele con"ece a fundo as virtudes e os fracassos dos crentes e cuida deles. E agora ficou indiscutivelmente claro que por meio da adora%$o "á uma imers$o na realidade central do governo de Ceus e de sua reden%$o. vontade de Ceus se cumpre vitoriosamente na pessoa de 2risto. igreja & a comunidade onde con"ecemos a Ceus e somos con"ecidos por Ele. adora%$o & o ato em que e'perimentamos e desfrutamos de sua presen%a VU *amuel Fut"erford, Letters NEdimburgo6 1lip"ant, nderston W ;errier, OJIO, p. AIG. VJ nnie Cillard, 8ol" the =irm N>ova TorS6 Harper W FoR, OIUU, p. VG.
criadora e redentora. -o$o n$o se apressa. Xinte por cento do livro já está pronto quando ele se volta para a quest$o do mal na "ist#ria / a dor e a perversidade que est$o por toda parte, evidentes na política, na sociedade e na individualidade. Curante o grande ato de adora%$o, -o$o "avia c"orado por n$o "aver ningu&m para abrir o livro e proclamar a palavra de Ceus pessoalmente para ele N6. Ent$o, 2risto, em forma de cordeiro, avan%ou para quebrar o selo, ou seja, pregar. 1 pranto cessou imediatamente6 Ceus revela sua palavra quando 2risto prega. Haverá sentido no caos maligno da "ist#riaQ Esperamos que "aja uma resposta escondida no meio dos destro%os. abertura do livro / a revela%$o de -esus, pela qual a vontade de Ceus passa a ser con"ecida por n#s / & a proclama%$o das boas novas na "ist#ria. Há correspondncia entre o que acontece na adora%$o e o que acontece na "ist#ria. -esus 2risto, ao abrir o livro, demonstra isso. >$o precisamos esperar uma revela%$o futura para entender o significado. >$o "á necessidade de resolver um enigma para descobrir o sentido. Dudo nos & apresentado. E & 2risto quem o faz. "ist#ria apresenta grande quantidade de dados / guerras, períodos de fome, assassinatos e acidentes / junto com alvoradas, águas tranquilas, flores do campo e pastos verdejantes. 1 povo de Ceus aprendeu que & possível, em ora%$o e louvor, ouvindo e crendo, discernir sentido no caos aparente e, assim, ler boas novas nas entrelin"as da vida cotidiana na "ist#ria.
transcendental, separado da vida de todos os dias, de forma que necessitamos de outro nível de conscincia para c"egar at& eles, mas depois temos que retornar aos assuntos corriqueiros e agir da mel"or forma possível. *eria o amor e a reden%$o realidades para o futuro, e, enquanto espero, preciso aceitar as situa%0es como s$o e usar todas as t&cnicas de sobrevivncia para me manter vivo, e com f&, at& os tempos que vir$oQ 1u será que eles est$o agindo agoraQ *er$o a guerra, a fome e a doen%a as realidades supremasQ Estar$o a paz, a fartura e a sade no centro de todas as coisasQ prega%$o responde a essas quest0es. 1 serm$o de -esus abrange, em seu esbo%o dos sete selos, todos os outros. 1 primeiro elemento nessa "ist#ria das guerras narrada no pocalipse & 2risto6 !1l"ei, e diante de mim estava um cavalo branco. *eu cavaleiro empun"ava um arco, e foi9l"e dada uma coroa7 ele cavalgava como vencedor determinado a vencer.! 2risto está na "ist#ria, reinando e vencendo. Para entend9la, temos que come%ar, com abertura e firmeza, nele, que & a primeira palavra. >$o importa o assunto, come%amos com Ele. >o alfabeto do discurso "ist#rico, Ele & o lfa. >$o & uma ideia de ltima "ora, colocada em a%$o depois que o pecado destruiu tudo. 1 salmo OOG era o favorito na comunidade dos primeiros crist$os6 !1 *E>H1F estenderá o cetro de teu poder desde *i$o, e dominarás sobre os teus inimigosM (...) 1 *en"or está : tua direita7 ele esmagará reis no dia da sua ira.! 1s crist$os bíblicos n$o agem com sentimentalismo com rela%$o a 2risto. Há impetuosidade e espírito combativo na atitude deles. 1 mundo jaz no conflito, e nosso 2risto se coloca como o primeiro no campo de batal"a. =uest0es elevadas s$o decididas todos os dias. 2risto n$o apenas & adorado todos os domingos7 Ele tamb&m triunfa a cada dia da semana. 2laro que n$o lemos isso nos jornais, nem nossas emo%0es indicam essa vit#ria, mas & isso que a revela%$o pregada proclama. 1 cavaleiro do cavalo branco reaparece em pocalipse OI6OO6 !Xi os c&us abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se c"ama ;iel e Xerdadeiro. Ele julga e guerreia com justi%a.! Por todo o pocalipse, ou seja, por toda a "ist#ria, esse 2risto lidera os batal"0es da salva%$o pelos campos de batal"a de todos os dias, !vencedor determinado a vencer!. >a verdade, esse cavalo branco & produto da imagina%$o visionária da f&, e n$o um item "ist#rico observado. Libbon e Do5nbee n$o l"e dedicaram sequer uma lin"a. s formas de vit#ria de 2risto est$o no jumentin"o do Comingo de Famos, no 2ordeiro pascal imolado, no ?essias fracassado, desprezado e crucificado. ?as s$o e'atamente essas as formas entendidas na f& como vencedoras. 2risto n$o mudou seu modo de agir. 1 cavalo branco n$o mostra que Ele desistiu de jumentos, cordeiros e cruzes e que agora passou a usar cavalos, lan%as e cetros. ntes, valida o fato de que o meio que Ele escol"eu para realizar sua vontade e sua obra de salva%$o &, mesmo contra todas as aparncias, verdadeiramente vitorioso. prega%$o prossegue com a concentra%$o diante de 2risto de tudo que se op0e a Ele. @ma vis$o n$o basta para sustentar uma vida de f& se n$o "ouver um relato de como ela se encai'a na anarquia deste mundo. >a prega%$o, -esus avan%a do lugar de culto para a arena da "ist#ria, onde le0es e gladiadores negam a Ceus e o desafiam. Por toda parte, "á pessoas e grupos dispostos a destruir a boa cria%$o6 matando e mutilando seres vivos, e'plorando a terra generosa, incapacitando e enfraquecendo corpos preciosos.
1 mundo que observamos está coal"ado de malignidade. 1 mal figura em trs cavaleiros6 da guerra Ncavalo vermel"o, da fome Npreto e da enfermidade mortal Namarelo. guerra & o mal social7 a fome, o ecol#gico7 a doen%a, o biol#gico. guerra ataca a bondade da comunidade, a fome viola e saqueia a fartura de Ceus, e a doen%a destr#i e desperdi%a o corpo concedido por Ele6 s$o pecados contra a sociedade, a terra e o corpo. 2ada uma dessas manifesta%0es do mal & comum, mas todas se disfar%am sob a aceita%$o cultural e s$o tomadas como normais e at& boas. guerra recebe a fantasia de patriotismo e luta gloriosa pela liberdade. fome se veste de padr$o de vida mais elevado. doen%a se esconde atrás da tecnologia. 1 mal introduz, alternadamente, conflito, cobi%a e engano na e'istncia social e pessoal e arruína a cria%$o, subvertendo seus prop#sitos e contradizendo seu projeto de reden%$o. Essas inf+mias se apresentam com aparncia t$o benigna em seus disfarces que o mundo, sem notar, as aceita como for%as da "ist#ria, diante das quais 2risto se torna um protesto adorável, mas ineficiente em seu aspecto minoritário. guerra recebe roupagem mais refinada sob o título !competi%$o!. prendemos muito cedo a conquistar o que desejamos competindo contra os outros, e n$o em colabora%$o com eles. Em sua essncia, os meios envolvem violncia física ou psicol#gica, armas ou propaganda. Cesejo os bens de meu irm$o, cobi%o as propriedades de min"a irm$ e invejo as características de meu vizin"o. 2om isso, propon"o9me a satisfazer a mim mesmo com qualquer coisa que se encontre : m$o. outra pessoa Nou na%$o n$o preservará por muito tempo seu nome ou identidade. 2ada uma possui um r#tulo que diz6 obstáculo, impedimento, ou for%a estran"a a ser superada. !Ce onde vm as guerras e contendas que "á entre vocsQ >$o vm das pai'0es que guerreiam dentro de vocsQ Xocs cobi%am coisas, e n$o as tm7 matam e invejam, mas n$o conseguem obter o que desejam. Xocs vivem a lutar e a fazer guerras! NDg 6O9A. Esporadicamente, esses atos atingem um ponto crítico, e o mundo entra em guerra. Curante algum tempo, noticiada em letras garrafais nos jornais, a guerra & percebida como um mal, e surgem ora%0es em prol da paz. ?as isso n$o dura muito, pois logo o conflito passa a ser enaltecido como patri#tico ou e'plicado como justo. 2ontudo, a guerra & um cavalo vermel"o, sangrento e cruel, que torna a vida miserável e "orrenda. Cecorre dos atos de gente faminta pelo poder, & o engano do orgul"o doentio, e'press$o da cobi%a desenfreada. ?as o maligno n$o possui o poder de permanncia do bem. energia perversa n$o consegue se sustentar por muito tempo6 perde o ímpeto, vacila e para. 1s líderes, ent$o, assinam tratados de paz, firmam contratos de trabal"o ou decidem as cláusulas do div#rcio. Dodos se cumprimentam. guerra aberta se esconde nos assuntos cotidianos, onde prossegue, com menos energia, mas ainda agindo sob as formas aclamadas da competi%$o e da aquisi%$o, e, assim disfar%ada, acumula for%a para a pr#'ima investida. artiman"a sempre presente & enaltecer a guerra para que a vejamos como meio aceitável para atingir determinados alvos. ?as a guerra & maligna. 2risto se op0e a ela. Ele jamais se assenta sobre o cavalo vermel"o. =uando disse que n$o tin"a vindo trazer paz, mas, sim, espada, Ele falava da paz da acomoda%$o das pessoas que vegetam em meio ao pecado e da espada que nos separa desses pecados. >$o / a guerra & inferno. guerra & um mal. >este mundo em que as pessoas recusam o sen"orio de 2risto e rejeitam sua salva%$o, a guerra & o camin"o para dominar e conseguir gl#ria. ?as sempre,
e em todos os lugares, -esus combate a guerra. 1 cavalo branco vencerá o vermel"o. fome se insinua entre n#s sob todas as formas de busca de um padr$o de vida mais elevado. escassez & a natureza fora de equilíbrio. 1s itens para satisfazer as necessidades diminuem, enquanto os de lu'o abundam como um deboc"e aos carentes. 1 cavaleiro montado no cavalo preto carrega uma balan%a. 1uve9se uma voz6 !@m quilo de trigo por um denário, e trs quilos de cevada por um denário, e n$o danifique o azeite e o vin"oM! 2om uma ra%$o de um quilo de trigo, uma família passará fome, e o denário era o salário de um dia de trabal"o. >$o "á disponibilidade do que & necessário para uma condi%$o mínima de vida, enquanto os lu'os, o azeite e o vin"o, e'istem em abund+ncia. gan+ncia opera isso. s pessoas e'ploram a terra em benefício pr#prio e a dei'am e'aurida e pobre. Llorificam a cobi%a com a e'press$o sacrossanta !padr$o de vida elevado! e a usam para desculpar a insanidade de cada dia. 2olocamos mil"0es de pessoas para trabal"ar em servi%os estpidos construindo máquinas que poluem o ar, para nos levar com mais rapidez de um lugar a outro, em proj&teis a velocidades letais Ne, com isso, matamos e aleijamos outros mil"0es / mais do que morreram em todas as guerras travadas at& "oje sobre a face da terra. 2om isso, desejamos ter mais tempo para ficar diante de aparel"os eletrnicos caríssimos que vibram : nossa frente com formas de fantasias carnais que tentam nos convencer Nmuitas vezes com sucesso de que precisamos de azeite e vin"o, e, por isso, temos que voltar ao emprego estpido para fabricar as máquinas letais. Escassez & a condi%$o em que temos quase tudo que n$o precisamos e quase nada do que realmente precisamos. Paul Loodman esclarece sobre o mal6 !Ce que precisamosQ >$o precisamos dos estímulos constantes, do alimento envenenado, do ar carcinognico e do trabal"o intil pelo qual somos t$o bem pagos.! UO Pouca gente acredita que "á fome em nossa terra. Em determinadas regi0es, o desequilíbrio e a cobi%a se unem e ela se torna evidente / pode9se fotografar a desnutri%$o e a falta de alimento. Entretanto, os ventres inc"ados e as pernas e bra%os esquel&ticos / fatos literais para alguns / s$o uma par#dia "orrível da vida da maior parte dos outros. 1 cavaleiro sobre o cavalo preto trabal"a bem. ?as o do cavalo branco n$o fica atrás. 1 *en"or que nos ensinou a orar6 !1 p$o nosso de cada dia dá9nos "oje! está agindo para restaurar a terra e as pessoas a uma sanidade equilibrada. Ele convoca seu povo para uma refei%$o de comun"$o crist$ semanal que ensina a substituir a cobi%a pela gra%a. doen%a se esconde atrás da tecnologia, mal que se insinua mediante a glorifica%$o generalizada da tecnologia e a consequente deprecia%$o da sade "umana. máquina & mais importante do que o corpo. trofiamos nossas pernas, imobilizando9as por várias "oras dentro dos autom#veis todas as semanas. mortecemos mente e nervos com narc#ticos e estimulantes consumidos em quantidades assustadoras. Cepois, acreditamos ter acesso : sade por termos : nossa disposi%$o "ospitais modernos para onde nos dirigimos quando sentimos alguma dor ou nosso corpo n$o funciona como esperamos. s imensas instala%0es m&dicas s$o as novas catedrais de nossa sociedade. >$o s$o sinais de sade, mas, sim, de doen%a / s# uma sociedade enferma como nen"uma outra criaria tal mercado. UO Paul Loodman, !>otes of a >eolit"ic 2onservative!, *e3 4or5 'evie3 of 6oo5s, AV de mar%o de OIUG,
p. OU.
>ossos corpos sofrem tantos abusos que n$o funcionam mais com facilidade e naturalmente como templos do Espírito *anto. ansiedade e a tens$o aceitas como o pre%o necessário a pagar pelo mundo tecnol#gico diminuem a capacidade de viver, ao mesmo tempo que produzem incentivos para a vida. ceitamos o mito de que a atividade mais importante para nosso corpo & trabal"ar para gan"ar din"eiro ou adquirir reputa%$o. s doen%as aumentam. 1 cavaleiro sobre o cavalo amarelo representa a pestilncia / epidemias e doen%as mortais. incidncia de enfermidades cresce e'ponencialmente, enquanto, por ironia, o taman"o dos "ospitais aumenta e a tecnologia m&dica se torna cada vez mais refinada. s na%0es modernas, com mais acesso : medicina t&cnica, s$o as mais doentes. UA >a enfermidade, o corpo fica fraco ou incapacitado e dei'a de ser eficaz como templo de santidade que molda rituais de amor e testemun"o. @ma das características mais presentes no minist&rio vitorioso de 2risto foi a cura6 o corpo & santo, assim como a terra e a comunidade. s curas ainda acontecem. 1 cavalo amarelo da pestilncia dei'a sua marca na "ist#ria, mas a cura tem a palavra final. derradeira cura será a ressurrei%$o. 1 imperativo !Xen"aM!, proclamado do trono, coloca no campo da "ist#ria os quatro cavaleiros6 a batal"a se junta aos atos de adora%$o. 1 2risto anunciado, vencedor, rompe os disfarces de respeitabilidade dos trs cavaleiros malignos e os obriga a mostrar sua verdadeira cor6 o cavalo vermel"o, da guerra, c"acina a comunidade de amor e confian%a7 o preto, da fome, e'trai a cor da vida7 o amarelo, da doen%a, priva os seres "umanos de sua vitalidade. !Xen"aM! 3ute contra 2risto em seu cavalo branco. Ele irá combater e vencer, sobrepujar as contendas, restaurar a terra, curar os corpos. 1 mal presente nas pessoas, na terra e nos corpos será desmascarado e combatido. Pode parecer uma luta injusta, já que s$o trs contra um. *egundo nossas análises, "á pouca c"ance de vit#ria. inda "á mais. E'iste uma dimens$o menor e outra maior do mal a serem levadas em conta. menor & a persegui%$o religiosa, que aparece na abertura do quinto selo Np V6I9OO. maior s$o as catástrofes naturais apresentadas no se'to Np V6OA9OU. persegui%$o & menor por atingir apenas a minoria que vive pela f&. 8 a afli%$o que decorre apenas da identidade de povo de Ceus. catástrofe & maior no sentido de que a natureza & mais inclusiva do que a "ist#ria, envolve tanto animais quanto gente, tribos primitivas e civiliza%0es avan%adas, inocentes e culpados. 1 massacre organizado pelo Estado & seletivo7 o terremoto, indiscriminado. persegui%$o tem um foco, e a catástrofe & ampla. *ofrendo o infortnio da persegui%$o, os mansos da terra clamam6 !t& quandoQ! Esses pequeninos N?t OJ6OG9O recebem a promessa de que logo Ceus julgará e punirá os perseguidores. tingidos pelo mal das catástrofes, os poderosos da terra gritam6 !2"egaM! prendem que poder e stat!s n$o os livram do destino comum a todos e que o julgamento n$o será adiado. imagina%$o que cr recebeu at& aqui imagens relacionadas a todos os aspectos do mal6 disputas sociais, desastres ecol#gicos, enfermidades mortais, persegui%$o religiosa e catástrofes naturais. >ada do que entendemos como maligno passa despercebido ou fica sem resposta. Está tudo :s claras, inclusive no significado anunciado da "ist#ria. 1s crist$os n$o fec"am os ol"os : crueldade que o mundo comete contra eles e contra os outros. 1 ap#stolo UA
-o$o nos ensinou a prestar muita aten%$o a ela, a nomeá9la com sinceridade / sem eufemismos nem fuga / e lidar com ela corajosamente. despeito das numerosas caricaturas de devotos que teimam em fec"ar os ol"os para as crueldades que os cercam a fim de n$o serem perturbados em suas medita%0es elevadas, e a despeito da inocncia incontestável de alguns que permanecem em felicidade ingnua acreditando que, apesar de tudo, o mundo & um lugar agradável, estou convicto de que os crist$os, em sua maioria, s$o aqueles membros de nossa sociedade com os quais se pode contar para n$o ter ilus0es sobre a profundidade da deprava%$o neles mesmos e no mundo em geral. >en"uma outra comunidade, em toda a "ist#ria, insistiu tanto em dar ao mal seu verdadeiro nome. >en"um outro grupo tem sido t$o incansável em e'por racionaliza%0es, nem t$o corajoso em confessar suas pr#prias incongruncias. 2om e'ce%0es recon"ecidas, a comunidade de f& sabe mais do que qualquer outra sobre o que "á de errado no mundo, e, ao mesmo tempo, n$o "á outra que seja menos cínica e se desespere menos do que ela. pocalipse V termina com uma pergunta que precisa de resposta, embora n$o esperemos receb9la. 8 uma pergunta ret#rica que presume resposta negativa6 !=uem poderá suportarQ! 2laro que ningu&m. 1 fim do mundo c"egou. "ist#ria vai de mal a pior. Dudo que se esperava ver solucionado continua problemático. Derra, antes s#lida, agora está trai%oeira, c"eia de fissuras e fendas. 1 movimento de precis$o matemática do *ol, da 3ua e das estrelas encontra9se em caos. Dudo aquilo com que a "umanidade estava acostumada acabou. >ingu&m consegue permanecer firme em tais condi%0es6 nen"um rei, general, nem atleta. =uem poderá suportarQ >ingu&m. !=uando os fundamentos est$o sendo destruídos, que pode fazer o justoQ! N*l OO6. pergunta n$o espera resposta. -á sabemos a resposta. >o entanto, algu&m responde / e & uma surpresa. 8 um fato t$o urgente e importante que a abertura do s&timo selo fica para depois da apresenta%$o da resposta completa. =uem poderá suportarQ 1s anjos, mensageiros de Ceus que transmitem suas ordens e seus consel"os. Eles suportam. >$o se intimidam diante dos cavaleiros malignos nos campos da "ist#ria, n$o se entregam diante dos lamentos vindos de sob o altar, nem se confundem com a anarquia no cosmo. 1 mal n$o os desanima, n$o os irrita. estrutura da providncia e da reden%$o permanece intacta. 1 mal / por mais devastador que pare%a / n$o causa medo nem "esita%$o nos anjos. Eles permanecem firmes em seus lugares Np U6O,OO. Damb&m permanece uma !grande multid$o que ningu&m podia contar! NU6I. 1s sinais de identifica%$o NU6I9OG mostram que s$o crist$os. Essa & a grande surpresa. parentemente, eles s$o uma triste minoria. 2om guerra, fome, pestes, persegui%$o e catástrofes, com diminui%$o na participa%$o dos cultos, os batal"0es ficam bem dizimados. Por certo "á momentos de esplendor, quando todos concordam, por um ou dois dias, em cantar e celebrar. Ent$o voltamos ao que, por um truque linguístico do diabo, resolvemos c"amar de !mundo real! / aquele de orgul"o e persegui%$o, doen%a e desastre. intrincada vida de f& acaba posta de lado em troca de uma imita%$o feita pelo diabo usando poder, stat!s, armas e auto9ajuda. ?as esse n$o & o mundo real. Está condenado, morrendo. >ele, a palavra final desesperada & !=uem poderá suportarQ!. -o$o v e ouve outra realidade, menos visível mas mais s#lida, que e'iste e na qual nen"um mal consegue penetrar. 8 a realidade crist$, a vida de f&.
Pergunta e resposta ligam pocalipse V e U. =uem pode suportar esse mundo malignoQ 1s crist$os. 1s capítulos se unem tamb&m pela palavra selo$ Em pocalipse V, 2risto abre os selos e mostra o contedo da "ist#ria. 1 contedo & assustador e e'cede a e'perincia de um nico indivíduo. >o capítulo U, selos protetores das pessoas de f& as livram das consequncias eternas do mal "ist#rico. Porque nen"um mal foi permitido !at& que selemos as testas dos servos do nosso Ceus! Np U6. 1 selo & inclusivo6 toda pessoa, de toda tribo. 1 nmero O.GGG, assim como a maioria dos outros que aparecem em pocalipse, & simb#lico, aponta para uma totalidade.
total / absolutamente completo, n$o falta um sequer, O.GGG inclui todos NOA elevado ao quadrado e depois multiplicado. =uando ol"a, ele percebe que esse total definido, con"ecido por Ceus, & uma multid$o incontável, acima da capacidade de cálculo de qualquer ponto de vista "umano. Ce modo semel"ante, essas pessoas s$o todo o
que pareciam fazer o cora%$o parar. 2ome%ou a perceber a maravil"a do funcionamento de seu corpo. Passou a confiar em seus sentimentos e a valorizá9los. >otou que as outras vidas eram preciosas e descobriu maneiras de apreciá9las. Cepois, encontrou9se com Ceus, e todo o mundo que, agora, ela percebia que era pocalipse U, entrou em foco. 1 mal n$o foi abolido, mas ficou em uma perspectiva definida. 1s elementos malignos que antes n$o tin"am nome passaram a ter. 1s erros inumeráveis foram contados. Ela n$o percebeu muito bem o momento em que as propor%0es mudaram, mas agora o que parecia infinito era o bem, e as gl#rias & que iam al&m da conta. >ada em sua vida "avia mudado, mas tudo estava diferente. Ela se perguntou se algo semel"ante n$o poderia acontecer sob a influncia da imagina%$o orientadora do ap#stolo -o$o.
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pocalipse funde vis$o e ora%$o. 3ogo ap#s a abertura do s&timo selo, o silncio toma conta do c&u por cerca de meia "ora. 2"egou o clíma'. 1 silncio prepara a imagina%$o para receber uma verdade inacreditável. Enquanto o conflito entre o bem e o mal decorria, subiam ao c&u as ora%0es de grupos de devotos do primeiro s&culo, espal"ados por todo o imp&rio romano. s imensas engrenagens de persegui%$o e zombaria se levantaram contra eles, que n$o tin"am armas nem votos. Possuíam pouco din"eiro e nen"um prestígio. inda assim, n$o sofriam colapso nervoso nem fugiam, por um nico motivo6 oravam. Para que as ora%0es fossem ouvidas, "ouve silncio no c&u durante meia "ora. Enquanto isso, a a%$o se desenrolava6 um anjo veio para a frente do altar de Ceus com um incensário. ?isturou as ora%0es dos crist$os com o incenso Npara purificá9las e combinou tudo com o fogo No Espírito de Ceus tirado do altar. Cepois, colocou a mistura no incensário e arremessou9o de sua trinc"eira no c&u. 1 incensário voou pelos ares e caiu na terra. 2om o impacto, !"ouve trov0es, vozes, rel+mpagos e um terremoto! Np J6. s ora%0es que "aviam subido, sem que os jornalistas da &poca percebessem, voltaram com uma for%a imensa / segundo a e'press$o de Leorge Herbert, como !trov$o inverso!. U ora%$o volta : "ist#ria com efeitos que ningu&m poderia prever. terra em que vivemos se abala a cada dia por causa disso. vis$o convence o crist$o do potencial da ora%$o. 2om ela, temos acesso ao ambiente em que Ceus & o centro em torno do qual a a%$o acontece. Dodas as outras pessoas, eventos ou circunst+ncias s$o secundários. 1 relacionamento direto com Ceus ilumina a e'istncia. >em bn%$o nem ruína conseguem afastar o enfoque desse centro. Lente que ora n$o se dei'a enganar por taman"o, influncia, import+ncia ou poder. Essas pessoas voltam as costas e ignoram os templos de 2ana$ e ssíria, Lr&cia e Foma, e se entregam : profundidade pessoal que se transforma em reverncia diante de Ceus e leva : intimidade com ele. E transformam o mundo. U P. D. ;ors5t", The #o!l of Pra"er N3ondres6
>a abertura do livro de pocalipse, -o$o descreve duas condi%0es de seu momento presente6 !na il"a de Patmos! e !no dia do *en"or ac"ei9me no Espírito!. E'ilado na il"a.
parar de falar sobre Ceus e nos levar a falar com Ele. >a conclus$o dessa por%$o da Escritura, o movimento se completa6 -o$o está ajoel"ado. >essa posi%$o, responde de forma diversa a uma palavra muito diferente da que o colocou em Patmos6 !Xi (...) 1uvi.! e'perincia de estar em Patmos combina com a de estar no Espírito na ora%$o. 2om ela, percebe9se a incapacidade pessoal e, ao mesmo tempo, a participa%$o no poder de Ceus6 n$o sou capaz de fazer nada7 Ele & capaz de fazer tudo. *# quando c"egamos ao local de e'ílio, nos dispomos a passar pela quietude disciplinada e pela espera apai'onada que nos levam : condi%$o de ouvir, ver e receber a plenitude de Ceus. *# quem ora, v e ouve o que pocalipse revela. 1 verdadeiro con"ecimento de Ceus jamais & con"ecimento sobre Ele7 & sempre relacionamento com Ele. =uando pocalipse termina, -o$o ainda está orando6 !m&m. Xem, *en"or -esusM! NAA6AG. 1 !dia do *en"or! fornece um centro para a ora%$o. Para -o$o, significava o domingo, o dia da ressurrei%$o, o maravil"oso !primeiro dia! de 2risto. 2ontudo, no primeiro s&culo, a maioria dos sditos do imp&rio romano entendia que ele se referia : festa do imperador. UU >$o foi a primeira vez, nem a ltima, que os crist$os se apropriaram de uma e'press$o pag$ e transformaram seu significado. Havia necessidade de um novo centro. -erusal&m, o local milenar de culto, "avia sido destruída pela arrog+ncia pag$. s elogiadas leis do imp&rio romano "aviam decretado que os crist$os eram criminosos. pa) romana se transformara, para os crentes, em persegui%$o at& a morte. Em algumas partes do imp&rio, a vida parecia um pesadelo. s imagens das bestas n$o s$o e'ageros. 1 mundo estava de pernas para o ar. ?uitos crist$os oravam o salmo 6 !1 meu cora%$o está acelerado7 os pavores da morte me assaltam. Demor e tremor me dominam7 o medo tomou conta de mim. Ent$o eu disse6 =uem dera eu tivesse asas como a pomba7 voaria at& encontrar repousoM *im, eu fugiria para bem longe, e no deserto eu teria o meu abrigo. Eu me apressaria em ac"ar refgio longe do vendaval e da tempestade.! 1 !dia do *en"or!, em que acontecia a festa do imperador e o povo louvava Foma por manter o mundo unido em paz e justi%a, era uma piada para os crist$os, mas isso n$o significava que paz e justi%a tamb&m fossem uma piada. ] medida que os crentes oravam, o !dia do *en"or! foi adquirindo novo significado6 primeiro dia da semana, dia da ressurrei%$o, dia de come%ar um novo ciclo de ora%$o, no qual Ceus pelas suas primeiras palavras na semana de Lnesis imp0e ordem no caos6 !Haja luz!. Dodos somos sujeitos a inconsistncias e contradi%0es. ;icamos desorientados e vacilamos, tontos sob o impacto de acidentes e decep%0es. *e tivermos conscincia apenas das trag&dias, nossa vida será uma loucura e o mundo um manicmio. ?antemos a sanidade reagindo ao que nos mant&m vivos6 alimento e confian%a, amor e abrigo, roupas e perd$o, trabal"o e lazer. Há coerncia entre a vida interior e a e'terior. s carncias e'igentes em nosso íntimo e as necessidades impostas : nossa volta encontram seu lugar na "ierarquia da providncia. ora%$o descobre a coordena%$o de todas as necessidades sob o domínio daquele que supre a todas. ora%$o se centra em Ceus, e, assim, todas as coisas entram em foco. =uando a aten%$o se fi'a em Ceus, no centro, tudo se volta para Ele. vida n$o & uma cole%$o aleat#ria de por%0es e peda%os, incluindo tesouros e entul"os. Há coerncia nela. UU ;ord, The 'evelation, p. JA.
arte literária de pocalipse, por ela mesma, representa o triunfo da coerncia sobre o caos. t& o leitor menos atento percebe que o ap#stolo -o$o arranjou a violncia terrível e as quest0es desconcertantes em padr0es intrincados de beleza tremenda e energia abundante. comple'idade do arranjo n$o vai al&m das e'igncias do contedo, mas este &, na verdade, infinitamente comple'o. "ist#ria n$o & simples. >$o "á como resumi9la em um slogan$ 8 repleta de diversidade e mist&rio. 1s dados de todas as semanas figuram nas páginas de pocalipse6 terror político, mist&rio litrgico, separa%0es dolorosas, ora%0es sem respostas, "inos gloriosos, profecias n$o cumpridas, gl#ria percebida, crueldade brutal, mortes devastadoras e esperan%a ine'tinguível. Dudo isso se insere na e'perincia dos que decidem viver pela f& em 2risto. pocalipse de -o$o inclui tudo na coreografia de um bal& de imagens. 1 uso repetido do nmero sete, que transmitia : mente dos antigos afeitos : Bíblia um sentido de perfei%$o, estabelece cadncias de perfei%$o para a imagina%$o. 1 !dia do *en"or! & o primeiro dia da ressurrei%$o, quando a cria%$o decaída inicia a nova semana de reden%$o. 1 mundo pag$o acreditava que um deus ou deusa cuidava de cada dia da semana. s divindades faziam e'igncias segundo seus capric"os e distribuíam o bem ou o mal com arbitrariedade. Brigavam umas com as outras, "avia disputas e ri'as. semana era uma confus$o de compls e intrigas. 1s crist$os, pelo contrário, passavam o tempo todo sob o sen"orio de 2risto. 1 tempo foi redimido. Ceus molda a cria%$o, e 2risto a redime. 1 primeiro dia & a nascente do rio do tempo, que nunca para de correr. 1 Cia do *en"or & a fonte para os que o suceder$o. Dodos os eventos e e'perincias da semana fluem dos arqu&tipos da cria%$o e da reden%$o. Dentar encontrar sentido em uma semana em que cada dia & governado por uma divindade que briga com as outras & como tentar digitar uma carta e descobrir que e'istem A teclados, cada um com uma nica tecla, e que eles est$o espal"ados pela cidade. Para escrever, eu preciso ir a um escrit#rio para pegar o !a!, em outro para conseguir o !r! e em um terceiro para o !t!. 2erto dia, c"ego ao escrit#rio do !a! e descubro que o responsável tirou f&rias e s# volta daqui a duas semanas. 1utra vez, vou ao local onde está o !o! e fico sabendo que a secretária está cobrando mais caro e que n$o ten"o din"eiro suficiente. presentar uma peti%$o racional ou agradecer a vários deuses & assim. -o$o estabeleceu o Cia do *en"or, da revela%$o clara e coerente do Ceus que cria e salva, como contraste deliberado com o dia do imperador e seu bazar de deidades, cada uma prometendo e e'igindo uma coisa ou outra do povo. o orar, nos dirigimos a um centro pessoal e inteligente. Endere%amos todas as palavras, gestos, sentimentos e necessidades a Ceus. *omos reunidos, n$o desmembrados, nem espal"ados. 2oncentrados, n$o diluídos. E'perimentamos a coerncia. Cepois, silncio no c&u por !cerca de meia "ora! Np J6O. Xivemos em um mundo barul"ento. Lritam conosco, somos incitados, convocados. Dodo mundo tem uma mensagem urgente para n#s. 1 barul"o nos cerca6 telefone, rádio, televis$o, aparel"o de som. s mensagens s$o amplificadas a um nível ensurdecedor. 1 mundo & uma multid$o, onde todos falam ao mesmo tempo e ningu&m se disp0e, nem & capaz, de ouvir. ?as Ceus ouve. Ele n$o se limita a falar7 tamb&m escuta.
algu&m ouve com aten%$o toda a mensagem. Poucas vezes vemos algu&m entender o que gaguejamos, decifrar nossa fala desajeitada, elucidar, ajeitar e ouvir nossa sinta'e confusa / aten%$o a cada sílaba, compreens$o de cada nuan%a. lgu&m leva nossa mente e nossos sentimentos a s&rio. =uando isso acontece, percebemos a import+ncia imensa do que falamos e sentimos. dquirimos dignidade. *# saberemos se pensarmos e falarmos bem, se encontrarmos algu&m que nos ou%a. pai'onados costumam descrever a característica distintiva do novo relacionamento mais ou menos assim6 !Pela primeira vez na vida, posso dizer tudo que penso e sinto.!
fomos esquecidos, ent$o esperar se torna tolerável. Providncias importantes foram tomadas enquanto aguardávamos. a%$o na terra, vista do lugar celestial, apresenta o enredo da reden%$o vitoriosa. 1 primeiro selo, no qual o 2risto vencedor entrou na "ist#ria montado em um cavalo branco, se liga ao quinto, quando os mártires, vestidos de branco, recebem a certeza de que 2risto vence em favor deles. ora%$o nos leva ao plano de Ceus. quilo que parece ser apenas confus$o na correria de todos os dias assume características de um plano quando passa a oscilar entre o trono e o altar. =uando "á um projeto, "á tamb&m esperan%a. vertigem que sentíamos foi curada. Ciscernimos agora dire%$o, enredo e prop#sito. Curante o silncio no c&u, os pr#'imos passos s$o preparados. s ora%0es n$o ficam armazenadas no altar7 s$o misturadas com o fogo do Espírito de Ceus e mandadas de volta : terra. ora%$o & tanto e'terior quanto interior. 8 uma das atitudes mais práticas que uma pessoa pode adotar. Ciferente do escapismo místico, implica envolvimento "ist#rico. 3eva : participa%$o nos atos de Ceus. Ele rene clamor, ora%0es, peti%0es e intercess0es e os usa. s preces elevadas a Ceus agora retornam : terra. Ele as usa em sua obra. !1ra%$o!, escreveu Pascal, !& o camin"o de Ceus para prover ao ser "umano a dignidade da causalidade.! JG -o$o usa a metáfora da trombeta para mostrar a certeza de que Ceus age com nossas ora%0es e o poder com que o faz. ssim que as preces voltam : terra no incensário, sete anjos se preparam para tocar as trombetas. Co mesmo modo que a abertura dos selos marcou a revela%$o, as trombetas apontam para a proclama%$o. 1 fato proeminente de que a imagina%$o crist$ associa trombetas a ora%0es & a conquista de -eric#.
incidncia sucessiva do nmero U / sete sacerdotes, sete c"ifres de carneiro, s&timo dia, sete vezes / em paralelo com a ora%$o crist$ transmite mensagem poderosa6 quando oramos, participamos da realiza%$o da vontade de Ceus !assim na terra como nos c&us!. -eric# & a lembran%a mais vívida que as trombetas evocam, mas "á muitas outras. 1 crente em ora%$o se lembra de que o *en"or disse a ?ois&s6 !;aze duas trombetas de prata7 de obra batida as farás7 servir9te9$o para convocares a congrega%$o e para a partida dos arraiais! N>m OG6O9A, F. s trombetas voltar$o a ser usadas para convocar o JG Blaise Pascal, Pensamentos N*$o Paulo6 >ova 2ultural, OIJJ, p. OVO.
povo para a guerra6 !... perante o *E>H1F, vosso Ceus, "averá lembran%a de v#s, e sereis salvos de vossos inimigos! N>m OG6I, F. Ceveriam ser tocadas nos dias de alegria, !em seus dias festivos, nas festas fi'as e no primeiro dia de cada ms!, um sinal de !um memorial em favor de vocs perante o seu Ceus! N>m OG6OG. Cessas festas, a mais importante era o Cia do no >ovo NFos" Has"ana", seguido de dez dias de penitncia, como prepara%$o para o dia mais santo de todo o ano, o Cia do Perd$o NTom Kippur. Há um novo come%o, acontece uma purifica%$o completa. trombeta indicava tamb&m o ano do jubileu6 !2ontem sete semanas de anos, sete vezes sete anos7 essas sete semanas de anos totalizam quarenta e nove anos. Ent$o fa%am soar a trombeta no d&cimo dia do s&timo ms7 no Cia da E'pia%$o fa%am soar a trombeta por toda a terra de vocs! N3v A6J9I. 1 jubileu proclamava a liberdade. Doda propriedade voltava aos donos originais, as dívidas eram perdoadas, a terra ficava sem cultivo e os escravos eram libertados. Em seu primeiro serm$o na sinagoga de >azar&, -esus usou um trec"o de
está fazendo em resposta :s nossas ora%0es e nos despertam para participar da obra dele em nosso favor. Elas nos impedem de dormir durante a revolu%$o e nos mantm atentos a todos os atos de julgamento e salva%$o. s trombetas falam de novos come%os e de vit#rias.
-o$o leva a imagina%$o, c"eia da esperan%a que as trombetas evocam, a observar o que Ceus faz em resposta :s ora%0es, para que, em arrependimento verdadeiro, sejamos livres para uma nova vida. s pragas que as trombetas anunciam reconstroem as do Egito. Em 'odo, elas foram purgativas, e n$o punitivas7 enviadas n$o apenas para acabar com o fara#, mas para faz9lo mudar de vida, se arrepender. 1 mesmo prop#sito continua aqui, pois a imagina%$o reverente se prepara para aplicar as pragas das trombetas : nossa vida. primeira praga mostra que n$o "á seguran%a na terra, no mar nem no c&u Np J6U9OO. salva%$o vem de Ceus e apenas dele. =uando nos tornamos complacentes com as rotinas !egípcias!, Ceus interv&m. E'ceto Ceus, nada & seguro. >en"um relacionamento & seguro sem f&. 1 envenenamento das águas NJ6OG9OO contrasta com a purifica%$o ocorrida quando ?ois&s jogou uma árvore no po%o em ?ara e a água !se tornou boa! N' O6AA9A. 1 mal, especialmente quando pretensioso, tem efeito de veneno. 1s pais da f& gostavam de correspondncia de imagens e de unir uma "ist#ria : outra. qui, viam a árvore da crucifica%$o arremessada no po%o da amargura de nosso pecado para que uma fonte de água viva fosse criada em n#s. 1 escurecimento dos luminares / *ol, 3ua, estrelas / lan%a uma sombra sobre a vida NJ6OA. gora todos os elementos Nterra, água salgada, água doce, firmamento est$o sob julgamento. Lnesis dei'ou claro que tudo que vemos resulta da vontade criadora de Ceus7 pocalipse estabelece que tudo está sujeito a seu julgamento criativo. =uando qualquer dos elementos da cria%$o se coloca entre n#s e Ceus, como ídolo, o julgamento vem e nos leva de volta : confian%a e adora%$o simples. Doda confian%a e toda devo%$o equivocadas s$o questionadas. inda assim, fazemos todo o possível para entender o julgamento. @samos todos os estratagemas que conseguimos para evitar as consequncias do J 2itado em ;.2. Happold, editor, M"sticism NBaltimore6 Penguin BooSs, OIUG, p. AJ.
pecado. ?as Ceus n$o permite isso. Ele n$o fec"a os ol"os : nossa falta de aten%$o. Demos que levá9lo a s&rio. Em uma pausa entre dois toques de trombeta, uma águia grita *eu aviso Np J6O. Embora nos tornemos "ábeis em desligar os sons que n$o desejamos ouvir, inclusive do desagrado de Ceus diante do pecado, Ele encontra novos meios de penetrar em nossa surdez. 1 grito da águia nos pega de surpresa. Cepois vm os gafan"otos Np I6O9OO.
!Dransforme sua Bíblia em ora%$o!, escreveu Fobert ?urra5 ?c2"e5ne a um jovem batizando. ;oi isso que -o$o fez, de joel"os, na il"a de Patmos no Cia do *en"or.
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ntipas, da igreja de P&rgamo, morreu na persegui%$o. ;oi c"amado de !min"a fiel testemun"a!, ho mart!s mo! ho pistos mo! Np A6O. ntes, -esus tin"a sido descrito com frase quase idntica, !testemun"a fiel!, ho mart!s ho pistos Np O6. Ce ntipas, foi dito que !foi morto nessa cidade!, e isso por certo & verdade. =uanto a -esus, o te'to afirma tamb&m que Ele era !o primognito dentre os mortos! Np O6. ;alar a verdade & difícil e perigoso. 1s que se atrevem, muitas vezes acabam mortos. palavra que no primeiro s&culo significava falar a verdade sobre Ceus, mart!s, veio para nossa língua como !mártir!, aquele que perde a vida por dizer o que pensa. Cesde o início, as pessoas que seguiam a Bíblia se comprometeram a falar a verdade revelada por Ceus. 8 necessário que se diga que eles o faziam com sinceridade, ousadia e precis$o. ?arcando o contraste com as outras religi0es do mundo antigo, que se dedicavam a construir ídolos e templos, a f& bíblica valorizava a palavra verdadeira. s outras religi0es usavam ritos e cerimnias para manipular suas divindades7 palavras que n$o di1iam nada lan%avam feiti%os e encantamentos destinados a influenciar a vontade dos deuses. f& bíblica, em contraste desafiador, insistia em que Ceus falava e que temos de ouvir e responder. !Destemun"o! era o relato pessoal de uma conversa. Profetas e ap#stolos adquiriram a reputa%$o de falar sem medo. 2orriam grandes riscos. ta'a de mortalidade deles, pelo menos em
importante. s palavras que dirigimos a Ceus Nas ora%0es9incenso s$o poderosas, podemos ter certeza disso. s que Ceus fala : "umanidade Na prega%$o com trombetas s$o tremendas, podemos nos convencer disso. ?as "á tamb&m o que falamos sobre as palavras que dirigimos a Ceus e sobre o evangel"o que Ele dedica : terra. Em compara%$o com tal ora%$o e tal prega%$o, talvez seja importante min"a "esita%$o ao declarar a palavra de Ceus em meus contatos de todos os dias com pessoas que preferem ouvir qualquer outra coisa. 1s capítulos OG e OO de pocalipse tratam dessa "esita%$o e, enfaticamente, afirmam que sim, & importanteM E'atamente como a abertura do s&timo selo aguardou at& que fosse assegurado a todos que a comunidade crist$ comum, afundada at& o pesco%o na perversidade da "ist#ria, estava ordenada e protegida Npocalipse U, assim tamb&m o toque da s&tima trombeta esperou que a import+ncia do testemun"o crist$o fosse assegurada. comunidade de crentes tem sempre dado muita import+ncia at& : mais corriqueira das conversas. 1 que as pessoas de f& dizem umas :s outras e tamb&m :s que n$o crem n$o & t$o importante quanto o que falamos com Ceus por meio de -esus 2risto Nem ora%$o, nem t$o marcante quanto as proclama%0es que os anjos fazem do evangel"o por meio de trombetas Nna prega%$o, mas tem um lugar essencial, que deve ser ocupado. principal dificuldade na manuten%$o do testemun"o crist$o & a timidez. vida mundana & agitada, barul"enta e agressiva. de f& & simples, calma, discreta. 1 que um crist$o comum pode dizer que ten"a alguma c"ance contra o ímpeto ruidoso de din"eiro, prazer e ambi%$oQ E contra os lamentos de t&dio, depress$o e autopiedadeQ Em nossa sociedade, publicitários cínicos, atores sem f& e artistas complacentes se apropriaram de metáforas e símbolos para nos condicionar a uma devo%$o maníaca e obtusa ao eu e ao agora. Ciante disso, como renovar a imagina%$o para podermos dizer, pessoalmente, com sinceridade, sem elevar a voz, quem Ceus & e o que significa eternidadeQ 1s anjos de -o$o constituem um camin"o. Eles n$o se parecem com as figurin"as rec"onc"udas das pinturas renascentistas nem com as garotin"as sorridentes e enfeitadas das pecin"as de >atal. *$o anjos reais, apocalípticos / enormes, impetuosos, camin"am sobre o mar. Dm o inferno nas narinas e o c&u nos ol"os. njos s$o um meio bíblico de representa%$o do invisível. *empre que o invisível, intrincado e comple'o, rico e lu'uoso, está vivo na mente de "omens e mul"eres, surgem referncias abundantes aos anjos. creditar neles significa recon"ecer que !o mundo de Ceus & muito mais rico do que aquilo que podemos ver em nosso planeta!. Bíblia fala abertamente dos anjos como espíritos ministradores, !criaturas sem pecado que "abitam um mundo em que a mat&ria n$o estorva o espírito, que a usa com liberdade, sem limita%0es. o mesmo tempo, s$o criaturas que, a despeito de terem inteligncia mais elevada, colocam9na a servi%o da causa da reden%$o, prote%$o e dire%$o da "umanidade terrena!. J s Escrituras apresentam os anjos de duas maneiras. >a forma de pessoas comuns, semel"antes ao "omem ou : mul"er que mora na casa ao lado da nossa. Em sua aparncia natural, s$o agentes do sobrenatural, uma forma de a%$o direta de Ceus na vida cotidiana. Drs "omens apareceram a bra$o e *ara, que s# mais tarde perceberam que eles eram anjos NLnesis OJ. 1 autor de Hebreus aconsel"a a prática da "ospitalidade com o seguinte argumento6 J HenriSus BerS"of, hristian =aith NLrand Fapids, ?<6 4m. B. Eerdmans Publ. 2o., OIJV, p. OUV.
!... foi praticando9a que, sem o saber, alguns acol"eram anjos! NHb O6A. *e algum dia virmos um anjo, n$o saberemos de imediato quem ele &. Eles tm propens$o a aparecerem inc#gnitos. ?anifestam9se tamb&m por meio de vis0es, quando se apresentam de maneira e'travagante, figuras imensas que enc"em o c&u, tendo constela%0es nos cabelos e empun"ando espadas do taman"o de cometas. mente crist$ consegue discernir a sabedoria divina nas formas de manifesta%$o dos anjos. Ceus diz : mente ainda n$o convertida por completo, que deseja ardentemente receber visita%0es milagrosas e sensa%0es sobrenaturais6 !>ada disso. ?in"a presen%a sobrenatural está com voc, mas voc s# saberá disso por meio dos deveres e responsabilidades que est$o : sua volta.! 2ontudo, o Espírito ocasionalmente concede vis0es e son"os ao crist$o devoto, dedicado : intercess$o fiel e paciente ao levar as cargas, para fortalec9lo com o con"ecimento de que somos cercados e sustentados por e'&rcitos celestiais durante nossas batal"as. JV 1s anjos e'istem para encorajar, n$o para distrair. perda dos anjos na linguagem da f& n$o se deve tanto : atrofia da capacidade de crer, por&m deve9se mais : anemia da capacidade de imaginar, pois, como BerS"of comentou, !uma gera%$o como a nossa, que assume Nsem provas em suas teorias e literatura de fic%$o científica a e'istncia de seres conscientes em outros planetas, interessados nesta Derra, dificilmente ac"aria estran"o acreditar em anjos!. JU Precisamos de uma transfus$o substancial de gl#bulos vermel"os de imagina%$o no sistema circulat#rio de nossa f&. Para que a conversa comum e cotidiana dos crist$os n$o se transforme em pieguice e clic"s, & necessário entrar em contato com a realidade rica e vibrante do sobrenatural, a vitalidade invisível de Ceus, de quem o salmo OJ diz que !montou um querubim!. -amais seria possível imaginar esse querubim como um beb de boc"ec"as rosadas. mente e'ige algo mais semel"ante a um magnífico centauro com um cometa saltando de seu globo ocular. Emil5 CicSinson lamentou6 !Essa vida tímida de mostraesconde / eu n$o sei!.JJ 1 pocalipse responde com uma vigorosa vida de imagina%$o que ousa ver anjos vestidos de sol e, como consequncia, vem o testemun"o audaz6 !Eu creio.! -o$o usa, para nos levar da timidez ao testemun"o, a estrat&gia de preenc"er o cenário de nossa imagina%$o com a vis$o de um anjo projetado na tela da f&, anjo poderoso descendo do c&u, vestido com nuvens, coroado pelo arco9íris, o rosto bril"ando como o sol, pisando no oceano e na terra, com duas imensas colunas de fogo como pernas Np OG6O9A. -o$o e o povo que ele pastoreia est$o sendo preparados para a obra do testemun"o, o uso diário das palavras em conversas a servi%o do evangel"o. Entretanto, algumas coisas n$o devem ser ditas, pelo menos por enquanto. 1 anjo poderoso abre sua boca e ruge como um le$o, e a resposta & meteorol#gica / sete trov0es. 1 ap#stolo se prepara, com muita naturalidade, para escrever a mensagem dos trov0es isso iria impressionar aqueles intelectuais que desprezavam a f&M, mas & impedido. 1 primeiro aspecto do testemun"o que aprendemos & que n$o podemos dizer tudo. Destemun"o n$o & o mesmo que tagarelice. -esus "avia dado consel"o semel"ante sobre lan%ar 8 -oel A6AJ9A7 tos A6OU9AG, etc. JU BerS"of, =aith, p. OU. JJ Emil5 CicSinson, The omplete Poems, editor D"omas H. -o"nson NBoston6 3ittle, BroRn and 2o.,
OIVG, p. .
p&rolas aos porcos N?t U6V. 1 retumbante salmo AI provavelmente diz tudo que viremos a saber sobre as revela%0es dos sete trov0es6 a voz do *en"or .ol 4ah3eh- ressoa sete vezes no salmo, em cria%$o e julgamento, com todas as criaturas do c&u e da terra respondendo em adora%$o6 !Ll#riaM! 1 salmo tem o mesmo estilo de pocalipse. 2omo o te'to mais antigo nos leva a entender o que os sete trov0es disseram, parece que o motivo da ordem dada ao ap#stolo para selar a mensagem n$o & manter segredo7 isso se dá porque o mundo descrente ainda n$o & capaz de ouvi9la. ssim, parece que no testemun"o n$o devemos contar tudo que vimos e ouvimos, indiscriminadamente e sem pensar. reticncia faz parte do testemun"o tanto quanto a e'press$o. o descer do monte da Dransfigura%$o, -esus instruiu os trs discípulos6 !>$o contem a ningu&m o que vocs viram! N?t OU6I, n$o porque ningu&m nunca devesse saber N"oje sabemos, mas porque n$o era a "ora certa. Em muitas situa%0es na vida de -esus, Ele proibiu os que foram curados de contar o que tin"a acontecido. Ele n$o planejava iniciar uma sociedade secreta, mas queria ensinar a arte precisa e difícil do testemun"o crist$o, no qual "á !tempo de calar e tempo de falar! NEc 6U. -o$o foi proibido de dizer uma coisa No que os sete trov0es falaram, mas recebeu ordem para dizer outra. 1 anjo forte que desceu do c&u ficou na frente dele e l"e mostrou um livro. 8 a segunda vez que esse anjo aparece. >a primeira, estava diante do livro selado, perguntando insistentemente se "avia algu&m capaz de abri9lo Np 6O9A. qui, ele segura o mesmo livro, que agora está aberto / o significado foi revelado por meio da prega%$o. NEle aparecerá uma terceira e ltima vez, carregando n$o o livro, mas uma grande pedra de moin"o6 Babilnia n$o se arrepende, endurece o cora%$o :s palavras do livro, ent$o & transformada em pedra e lan%ada no mar do julgamento Np OJ6AO9 A). 1 ap#stolo pega o livro que o anjo l"e mostra. !3ivro! significa revela%$o inteligível. "ist#ria na qual vivemos tem sentido, enredo e prop#sito. 1 livro está aberto, pois 2risto "avia rompido o selo. >ingu&m c"ega at& Ceus por meio de conjeturas. 1 anncio de que n$o "averá mais demora acompan"a o livro aberto6 a revela%$o está completa Np OG6V. 2risto cumpriu todas as promessas de Ceus. !Hoje & o dia da salva%$o.! procrastina%$o / principal engano introduzido pelos videntes e leitores de sorte N!como a verdade ainda está no futuro, n$o preciso pensar nela "oje! / foi abolida. Xivemos em um gora intenso e eterno. 1 testemun"o abrange a abertura e a urgncia da palavra de Ceus. testemun"a v com cautela as discuss0es. 1p0e9se : objetividade distante que alega preservar verdades científicas desencorajando a participa%$o pessoal. testemun"a mergul"a na subjetividade radical e convida os outros a fazerem o mesmo. Fequer mente alerta Npara ler o livro aberto e rea%$o imediata Npois o tempo acabou. 1 anjo manda -o$o, al&m de pegar, comer o livro. 2om isso, ele consome tudo, assimilando9o nos tecidos da vida. 1 testemun"o se transforma primeiro naquilo que será dito depois. Para ser mais do que fala%$o a respeito de Ceus, ele tem que ser a palavra internalizada. maioria das pessoas tem opini0es sobre Ceus e n$o "esita em declará9las. Essas conversas de nada adiantam, ou pior, s$o prejudiciais. 1 fato de uma conversa Nou serm$oM ter a palavra De!s n$o a qualifica como testemun"o crist$o. -o$o n$o tem que passar adiante informa%0es sobre Ceus. Ele recebe a ordem de assimilar a palavra,
para que, quando falar, ela se e'presse com naturalidade em sua sinta'e, assim como aquilo que comemos &, quando somos saudáveis, assimilado em nossos nervos e msculos sem nem percebermos. -o$o pega o livro. Entretanto, a palavra usada n$o & a mesma empregada na apresenta%$o do mesmo livro. voz celestial diz6 !Xá, pegue o livro %i%lionJ aberto que está na m$o do anjo.! Ele conta o que aconteceu a seguir6!... me apro'imei do anjo e l"e pedi que me desse o livrin"o %i%laridionJ$H >o capítulo OG, versículo OG, diz6 !Peguei o livrin"o %i%laridionJ da m$o do anjo...!. *endo preparado para a obra do testemun"o, o ap#stolo se depara com um evangel"o profundo, poderoso, comple'o e impressionante6 !=uem con"eceu a mente do *en"orQ! NFm OO6. mensagem & eterna e abrangente. Dodos que ousam testemun"ar tm a conscincia dolorosa de estarem apenas na !borda de suas obras! N-# AV6O. >en"uma pessoa está apta a transmitir tal mensagem. 2ontudo, -o$o n$o se esquiva ao testemun"o com a desculpa de sua inadequa%$o. Pega o que & capaz de assimilar, um livrin"o no lugar de um livro. troca de palavras sugere mod&stia no testemun"o. *abemos, assim que a mensagem se dirige a n#s, que o significado completo da vida divina nos foi apresentado e que devemos anunciá9lo. Entretanto, sabemos tamb&m que n$o podemos dizer tudo. ;icamos perple'os diante da imensid$o que nos foi revelada. Por sua pr#pria pequenez, nossa vida demonstra o taman"o da mensagem. 1 vocabulário : nossa disposi%$o n$o dá nem para come%ar a tratar o assunto. ?as nem por isso ficamos sem palavras. final, alguma coisa pode ser dita, e n#s a diremos. 2ontudo, na palavra do testemun"o, temos conscincia da diferen%a6 o livro aberto foi apresentado, mas s# conseguimos assimilar o contedo de um livrin"o. Por mais que falarmos, s# trataremos de uma parte do todo. ?esmo que nos e'pressemos muito bem, sabemos que estamos apresentando uma vers$o deficiente e abreviada da perfei%$o que & a palavra feita carne. ?as essa inadequa%$o n$o nos incapacita. *er incapaz de dizer tudo n$o significa que estamos isentos de falar o que podemos. inda assim, a troca de palavra sugere "umildade, que nem sempre se verifica naqueles que ousam testemun"ar de seu *en"or. 2ontinuando a seguir as instru%0es Npois jamais avan%amos sozin"os na obra do testemun"o, somos sempre aprendizes atentos, -o$o come o livro. Ele já sabia o que esperar6 !... Ele será amargo em seu estmago, mas em sua boca será doce como mel! Np OG6I. Ent$o, aconteceu e'atamente assim6 !... Ele me pareceu doce como mel em min"a boca7 mas, ao com9lo, senti que o meu estmago ficou amargo! Np OG6OG. 2omo n#s "oje, o ap#stolo -o$o deve ter se lembrado da "ist#ria de Ezequiel, que o Espírito grava no entendimento de cada um que se lan%a : obra de testemun"ar. 1 profeta tamb&m "avia recebido um livro e a ordem para com9lo. Cepois, contou6 !... em min"a boca era doce como mel! NEz A6J96. Essa e'perincia & comum a todos que incorporam a palavra de Ceus nas suas. 1 servo, meditando e saboreando na Bíblia, aprecia e se deleita no que l"e & fornecido. !Provem, e vejam como o *en"or & bom...! N*l 6J. palavra de Ceus & suave ao paladar, como mel na boca. 2ontudo / e aí reside a ironia da do%ura da palavra do testemun"o /, muitas vezes "á rejei%$o, e aquele que testemun"a sente a amargura da rejei%$o em seu estmago. congrega%$o de Ezequiel era rebelde NEz A6U. Ele transmitiu a mensagem atraente e depois comentou sobre a congrega%$o6 !... n$o quer me ouvir, pois
toda a na%$o de
assim, o crente enfrenta batal"as, e seria um erro fatal ignorar os perigos que residem na tribula%$o e na tenta%$o. pocalipse, em grande parte, prepara a imagina%$o para levar a s&rio esses perigos e ao mesmo tempo entender a maravil"osa seguran%a e, assim, permanecer firme no meio do mal e saber resistir a ele. Cesenvolvem9se disciplinas que reavivam o bril"o do primeiro amor N8feso e renovam o ardor do servi%o e'ultante N3aodic&ia em um mundo onde a descren%a impede a percep%$o do sagrado. ssim, e'atamente como a abertura do se'to selo levou : vis$o confortadora dos crist$os selados e em seg seguran uran%%a, tamb tamb&m &m aqu aqui, em meio eio ao des desenro enrola larr da obra árdu rdua do testemun"o, "á um breve descanso sob a metáfora da m edi%$o do templo. 1 lugar lugar medido medido e, digamo digamoss assim, assim, cercad cercado, o, repres represent enta a visual visualmen mente te a comunidade crist$ em culto, ouvindo a prega%$o da palavra de Ceus N!... v$o e fa%am discípulos de todas as na%0es...! e oferecendo suas ora%0es N!... livra9 nos nos do mal. mal... ..!. !. orde ordem m mora morall e espi espirit ritua uall está está encr encrav avad ada a no caos caos da tribu tribula la%$ %$o. o. s lin" lin"as as s$o s$o clar claras as77 as dime dimens ns0e 0es, s, espe especí cífic ficas as / o luga lugarr foi foi medido. 1s crist$os em culto encontram seu lugar no cosmo da reden%$o. ;ora ;oram m esta estabe bele leci cido doss limit limites es para para a anar anarqu quia ia diab diab#l #lic ica. a. Dempl emplo, o, alta altarr e adoradores medidos com precis$o tornam9se como, na poesia de 4allace *tevens, um !jarro no Dennessee!, que dominava todo o !deserto esquecido! pelo simples fato de ter sido colocado sobre uma colina. Embora totalmente desprovido de ostenta%$o N!o jarro era cinza e sem enfeites!, ele nos for%a a ver a e'tens$o do Estado do Dennessee em rela%$o : forma do jarro, e n$o este em rela%$o :quele. JI ordem, mesmo que seja apenas um jarro, ou uma liturgia, submete a desordem sem c"amar aten%$o para si. imagem & pouco mais do que uma vin"eta6 & um lembrete de que o lugar de culto encontra9se estabelecido, & inviolável, de forma que conseguimos conseguimos reunir energia para a vida árdua de testemun"o que recebemos como miss$o. 1 lugar de culto está protegido, mas o de testemun"o, n$o. 1 pátio dos gentios, onde ele acontece, n$o foi medido. 3á, as coisas sagradas e aqueles que falam sobre elas s$o tratados com desprezo. 1 testemun"o acontece diante de "ostilidade. >$o "á um coral para apoiar os que testemun"am. >ingu&m apresenta uma lista impressionante de credenciais para conquistar o respeito do pblico. >$o "á nada disso no testemun"o. Para os crist$os, os que se lan%am a essa tarefa podem ser "er#is, mas no mundo eles encontram solid$o, suspeita, al"eamento e, de vez em quando, abuso. pocalipse n$o contribui com o testemun"o apresentando instru%0es ou ensinando a fazer uma apologia coerente da f&. 2ontribui com imagina%$o, fortalecendo o espírito com imagens que nos mantm como foi recomendado6 !... manten"am9se firmes, e que nada os abale. *ejam sempre dedicados : obra do *en"or...! NO 2o O6J. >o testemun"o, a instru%$o & importante, mas a coragem, essencial, pois ele envolve batal"a intensa. >essa obra, em que !a nossa luta n$o & contra seres "umanos, mas contra os poderes e autoridades! NEf V6OA, somos !rodeados por t$o grande nuvem de testemun"as! NHb OA6O. ;azemos parte de uma compan"ia de eleitos, que conta com muitos "er#is. 2ontudo, n$o os vemos. 1 ap#stolo -o$o tem a tarefa de torná9los visíveis. Ele usa como base a transfigura%$o de -esus. comunidade crist$ con"ece bem a "ist#ria, pois ?ateus, ?arcos e 3ucas a contaram. 1 fato ocorreu em um mome moment nto o crít crític ico o dura durant nte e o minis minist& t&ri rio o de -esu -esus, s, quan quando do Ele Ele tran transf sfer eria ia a JI 4allace *tevens, !necdote of t"e -ar!, The O)ford 'oo5 of American 7erse N>ova TorS6 1'ford
@niversit5 Press, OIG, p. VG.
autoridade aos discípulos. Pedro "avia acabado de recon"ecer quem -esus era e confessara seu sen"orio. 2risto come%ara a preparar seus seguidores para as dificuldades que os aguardavam. Havia iniciado a jornada que os levaria, poucos dias depois, para -erusal&m, onde Ele passaria por rejei%$o, sofrimento e morte por causa de seu testemun"o. 2omo parte do treinamento, c"amou trs discípulos e foi com eles a uma montan"a para orar. 3á, eles o viram transfigurado. Enquanto a gl#ria do c&u bril"ava atrav&s do corpo de -esus, duas duas test testem emun un"a "ass N?oi N?ois& s&ss e Elia Elias s conv conver ersa sava vam m com com Ele, Ele, ates atesta tand ndo o Ntestemun"ando que Ele era o ?essias. ;oram envoltos por uma nuvem. @ma voz vinda do c&u confirmou o testemun"o6 !Este & o meu ;il"o amado em quem uem me agra agrad do. 1u%a u%am9n m9noM! oM! s nuven uvenss se disp ispersa ersam, m, e as duas uas test testem emun un"a "ass desa desapa pare rece cem. m. gor gora, a, eles eles,, Pedr Pedro, o, Diago iago e -o$o -o$o,, s$o s$o as testemun"as. vis$o de pocalipse pocalipse lan%a m$o dessa "ist#ria para mostrar a import+ncia, o perigo e, por fim, a inviolabilidade do testemun"o crist$o. presen%a das mesmas duas testemun"as da transfigura%$o enfatiza a import+ncia de cada ato de testemun"o testemun"o ao qual nos lan%amos. lan%amos. s figuras annimas annimas de pocalipse pocalipse OO s$o as mesmas do monte da transfigura%$o, ?ois&s e Elias. 1s dois "omens, grandes em seu pr#prio valor, acumularam grandeza simb#lica com o passar dos s&culos6 ?ois&s, o transmissor da lei, e Elias, e'emplo de profeta. 1s dois, juntos, dirigem a aten%$o de toda a "umanidade a 2risto como *en"or e *alvador / Ceus, em nossa "ist#ria, para nossa salva%$o. 3ei e profecia s$o o contedo de todo testemun"o. lei N?ois&s & a revela%$o da verdade de Ceus. Ele deseja que saibamos o que & real. Há inteligibilidade na cria%$o, e Ceus a mostra para n#s6 nas roc"as e no clima, na imoralidade e no pensamento, na ora%$o e no culto. >ada & arbitrário nem acidental. >$o elaboramos e'plica%0es da realidade enquanto prosseguimos pela vida7 Ceus a apresenta para n#s. >isso reside a imp import+ rt+ncia ncia da lei lei mosa osaica6 ica6 Ceus eus fala fala con conosco osco de uma for forma que compreendemos a disposi%$o inteligível da realidade. 1 universo n$o surgiu por acaso, e os fatos n$o ocorrem por sorte. E'iste raz$o, ordem, sentido. 2laro que nossa mente n$o consegue captar tudo, mas qualquer parte que consigamos entender faz sentido. =uem nega que "aja sentido na vida procura escrever sua nega%$o com uma l#gica gramatical que l"e assegure que será entendido pelos que o lerem. >$o conseguimos escapar ao vasto sentido de determina%$o em que tudo se encai'a. 1 testemun"o atesta isso. =uando testem testemun" un"amo amos, s, n$o abrimo abrimoss aos outros outros o conte contedo do de nossa nossa bagag bagagem em emocional para deleite dos vo"e!rs7 n#s mostramos o que De!s revelou. profecia NElias & a aplica%$o imediata da verdade divina na "ist#ria corrente e pessoal. verdade, verdade, mais do que uma realidade objetiva e'terior, nos envolve em um ato de participa%$o interior. profecia & um c"amado para viver a verdade revelada, n$o apenas recon"ec9la, e descobrir novos camin"os para viv9la em todos os aspectos da vida / enquanto escovo os dentes, falo ao telefone, coloco meu voto na urna, preenc"o um c"eque. Proclama a verd verdad ade e de Ceus Ceus,, evid eviden ente te nas nas !coi !coisa sass cria criada das! s! NFm NFm O6AG O6AG7 7 tem tem que que ser ser adotada como a verdade dos detal"es de min"a vida, n$o apenas da vida em geral. profecia mostra cone'0es entre os assuntos cotidianos e a eternidade de Ceus Ceus e nos nos c"am c"ama a a vive vivenc nciá iá9l 9las as.. >$o >$o "á como como evit evitar ar essa essass esco escol" l"as as.. >ingu&m consegue ser "umano sem responder de forma apropriada. profecia
& a parte do testemun"o que afirma isso. >$o somos animais que vivem por instinto, nem anjos que se conduzem por inteligncia. *omos seres "umanos, que avaliam, refletem e decidem. profecia se dirige : vontade, com um convite para participarmos da vontade de Ceus. 1 testemun"o n$o envolve recrutamento nem propaganda. Ele se prop0e a esclarecer o terreno onde as decis0es ser$o tomadas, tenta lan%ar luz sobre a interse%$o entre tempo e eternidade e convida a entrar na claridade onde o !camin"o estreito! come%a. lei mostra como Ceus se envolve em nossa vida. profecia diz como nos envolvemos na dele. s duas s$o a sístole e a diástole do testemun"o, que n$o pode e'istir sem nen"uma delas. s duas testemun"as apontam para 2risto, que revela tudo de Ceus a n#s, e tamb&m & nossa total resposta a Ele. Essas duas testemun"as est$o trabal"ando no mundo desde o início Nos O.AVG dias de pocalipse OO6. 1 trabal"o delas & marcado por um poder notável. 1 fogo que brota de sua boca destr#i os inimigos, e a c"ave que tranca os c&us para que n$o c"ova mostra que elas s$o mais do que vozes intrometidas e secundárias que transmitem consel"os morais. Essas vozes articulam as maiores profundezas da realidade. obra do testemun"o recebe endosso de c&u e terra6 !Cesde o c&u lutaram as estrelas, desde as suas #rbitas lutaram contra *ísera. 1 rio =uisom os levou, o antigo rio, o rio =uisom. vante, min"YalmaM *eja forteM! N-z 6AG9AO. 1s que se op0em : palavra do testemun"o colocam9se contra a pr#pria realidade, e'terna e interna. ?as as duas testemun"as tamb&m sofrem uma enorme "umil"a%$o. *$o mortas. E os cadáveres ficam e'postos : zombaria nas ruas da cidade. >$o se pode dizer que isso seja surpresa, pois a "umanidade rebelde tem uma longa "ist "ist#r #ria ia de reje rejei% i%$o $o da pala palavr vra a de Ceus Ceus reve revela lada da e aplic aplicad ada, a, dese deseja jand ndo o desesperadamente ser dona do pr#prio nariz, querendo ser !como deuses!. =uando =uando parece parece que que vai vai dar certo certo Ncomo Ncomo aconte acontece ce espora esporadic dicame amente nte,, por intervalos curtos, na "ist#ria, "á uma celebra%$o festiva6 !?ois&s morreu / n$o temos mais que nos lembrar do objetivo da cria%$o. Elias morreu / n$o precisamos mais pensar no destino que nos esperaM Estamos livres para e'plorar a terra, oprimir os inimigos, manipular os amigos, desfrutar de nossas emo%0es e mimar nossos corpos. YXamos construir uma cidade (...). ssim nosso nome será famoso.Y! 2ontudo, a festa sempre & interrompida antes de atingir o ponto má'imo. !Cepois de trs dias e meio!, as duas testemun"as se colocam em p& novamente. 1 trabal"o n$o pode parar. vida delas se reproduz em cada ato de testemun"o. 2omo ?ois&s e Elias na transfigura%$o, as duas testemun"as desaparecem na nuve nuvem m com com Ceus Ceus,, e ouve ouve9s 9se e o toqu toque e da s&ti s&tima ma trom trombe beta ta.. 1 cicl ciclo o se comp comple leta ta.. s trom tromb betas etas come ome%ar %aram anunc unciand iando o as prag praga as do Egito ito, preparando o camin"o para a reden%$o. s pragas acabam com a dureza do cora%$ cora%$o o do mundo. mundo. s trombe trombetas tas de Ceus, Ceus, tocada tocadass pela pela ora%$o ora%$o,, realiz realizam am aquilo que guerra santa, indigna%$o justa, reforma moral e libera%$o política jamais conseguiram realizar. realizar. 1 testemun"o acontece na pausa entre o toque da se'ta e da s&tima trombetas, trombetas, enquanto enquanto os sete trov0es trov0es ressoam. 1 c&u apresenta apresenta uma antífona de sons tremendos. Bíblia conta que quando ?ois&s estava no monte *inai !"ouve !"ouve trov0es trov0es e raios, raios, uma densa densa nuvem nuvem cobri cobriu u o monte, monte, e uma trombe trombeta ta ressoou fortemente! N' OI6OV. Cepois das pragas do Egito, veio a revela%$o no *inai. *inai. >a montan montan"a, "a, !o som som da trombe trombeta ta era cada vez mais mais forte. forte. Ent$o Ent$o ?ois&s falou, e a voz de Ceus l"e respondeu! N' OI6OI. Houve um grande
diálogo entre trombetas e trov0es. >ossas palavras de testemun"o se colocam nesse conte'to. ;alamos acompan"ados pelas proclama%0es das trombetas de Ceus. Xozes do c&u respondem para validar o testemun"o do c+ntico dos anci$os Np OO6O9OI. e'perincia presente & !assim na terra como no c&u!. Dudo que ouvimos e vimos sobre Ceus encontra seu camin"o, de uma forma ou de outra, nas palavras de testemun"o. Doda a Bíblia ac"a um meio de c"egar : fala comum do crist$o. Labriel, descrito por Caniel, segura o livro em forma de rolo de Ezequiel e manda que -o$o pregue a revela%$o de ?ois&s e contemple o fogo de Elias que desce do c&u. s Escrituras, meditadas e assimiladas no testemun"o, s$o ree'pressadas de formas novas e surpreendentes, e resultam, cumulativamente, em !fortes vozes nos c&us! Np OO6O.
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queles que aprenderam a orar !Xen"a o teu Feino, assim na terra como no c&u! agora ouvem6 !1 reino do mundo se tornou de nosso *en"or e do seu 2risto, e ele reinará para todo o sempre! Np OO6O. obra de ora%$o dos crentes se confirma, no clíma' do conte'to das sete trombetas. ?as, quando saírem de casa na man"$ seguinte para trabal"ar, eles enfrentar$o o reino de Foma e ver$o que nada mudou, a n$o ser, talvez, para pior. *erá que o ap#stolo -o$o tem alguma coisa a dizer sobre issoQ 1 evangel"o de -esus 2risto & mais político do que todos imaginam, de uma forma que ningu&m adivin"a. 1 !Feino de Ceus!, metáfora totalmente política, faz parte do vocabulário básico para se entender o evangel"o. IO o mesmo tempo, a e'press$o responde por muitos enganos. !Feino! insiste em um evangel"o que inclui tudo e todos sob o governo de Ceus, que & mais do que um bril"o religioso que aquece uma noite escura. 2risto n$o & uma verdade esot&rica destinada a formar uma elite gn#stica. f& crist$ & uma totalidade aberta, ativa, controladora e vitoriosa. >ada, nem ningu&m, escapa : soberania de Ceus. metáfora política do reino leva a erros porque a política que con"ecemos requer uso do poder, por meio da manipula%$o da for%a Nmilitarismo ou das palavras Npropaganda e, em geral, de ambas. Ceduzimos, com muita naturalidade, que, se e'iste um Feino de Ceus, ele vai nos coagir, e n$o "esitamos em adotar a mesma postura, verbal ou física, em nome dele. -esus anunciou a presen%a do Feino de Ceus. e'press$o estava sempre nos lábios dele que, no final, aceitou o título de Fei. Xemos claramente que Ele pretendia que todos soubessem que o governo de Ceus era abrangente, estabelecido sobre corpo e alma, sociedade e indivíduo, comportamento e'terior e inclina%$o interior, cidades e na%0es, lares e igrejas. -esus rejeitou com a mesma clareza os meios usados para e'ercer o governo6 recusou a oferta do diabo de uma posi%$o no governo, censurou os irm$os Boanerges (fil"os do trov$o) por desejarem que viesse fogo do c&u para consumir os inimigos, mandou que Pedro largasse a espada, assegurou a Pilatos que o emprego do governador n$o estava em perigo e, por fim, para ter certeza de que todos entenderiam, preparou tudo para que sua coroa%$o ocorresse em uma cruz. IG EriS EriSson, To"s and 'easons N>ova TorS6 4. 4. >orton, OIUU, p. IO. IO mel"or abordagem desse assunto encontra9se em - o"n Brig"t, The ingdom of +od N>as"ville, D>6
bingdon Press, OI.
?esmo assim, as pessoas, inclusive os crist$os, continuam sem entender. 1 problema n$o foi a política de -esus ser menos visível do que a de Foma, pois os livros de "ist#ria l"e d$o cobertura adequada. 1 fato & que era muito menos pretensiosa e fazia muito menos promessas de recompensas imediatas, de modo que era difícil perseverar na prática, em especial sem usar os meios da política comum, quando o modo de agir de -esus n$o parecia estar funcionando e o de Foma estava dando muito certo. política envolve dois elementos6 o e'ercício do poder e o meio pelo qual isso acontece. Dodos gostam de ouvir que Ceus & poderoso e governa, mas n$o ficam t$o entusiasmados ao descobrir a maneira como Ele age. ssim, selecionam as fontes antes de usá9las6 lem a profecia de
aterrorizados demais para presenciar tal ultraje. Ent$o, no ltimo instante, acontece o resgate. 1 beb & tomado e levado para o trono de Ceus. m$e escapa para um lugar seguro, e algu&m toma conta dela. >a fra%$o de segundo que separa nascimento e resgate, quando o drag$o perde sua presa, recon"ecemos a crian%a pela descri%$o de -o$o6 aquele !que governará todas as na%0es com cetro de ferro!. Ele governará o mundo como nunca ningu&m o fez, estabelecendo uma política que acabará com todas as outras. 8 o ?essias profetizado com tanto ardor no salmo A. ?ateus, usando
vis$o de
domesticada, tomada como insípida, nem comercializada para atender a outros interesses. Ele torna e'plícito o que se encontra implícito nos evangel"os. 1 nascimento messi+nico ocorre a partir do ventre do povo de Ceus, em um cosmo resplandecente de maravil"a. Doda a cria%$o veste esse povo que &, Eva e ?aria, m$e do ?essias. 1 visível da cria%$o e o invisível da salva%$o se unem para agir. 1 esplendor da cria%$o e a agonia da reden%$o se combinam nesse evento, esse centro onde Ceus, em 2risto, invade a e'istncia com uma vida redentora e inflige ao mal derrota decisiva. 1 talento de -o$o pega -esus na manjedoura, vigiado por pastores e magos, e o coloca no cosmo, atacado por um drag$o. consequncia & que nossa f& se fortalece contra a intimida%$o. >ossa rea%$o diante da >atividade n$o pode se reduzir a fec"ar a porta ao mundo e'terior, comer panetone e cantar "inos natalinos. ntes, estamos prontos a camin"ar porta afora, segundo a coloca%$o de um salmista, com altos louvores a Ceus em nossos lábios e uma espada de dois gumes nas m$os N*l OI6V. Cerrubado, o drag$o tenta de novo. Cessa vez, ataca a m$e. Xomita uma torrente de água para afogá9la. 2ontudo, a terra n$o colabora com os desígnios dele, assim como os c&us n$o "aviam ajudado6 o solo se abre e engole o rio que iria levar a mul"er. Pela segunda vez, ele fica sem vítima. Haverá mais algu&m a atacarQ >a verdade, "á / n#s, os crist$os, aqueles que !obedecem aos mandamentos de Ceus e se mantm fi&is ao testemun"o de -esus! Np OA6OU. Cificilmente "averia motivo para supor que ele alcan%ará mais sucesso dessa vez do que com nosso *en"or e sua m$e. essa altura, o drag$o parece estar meio sujo. -o$o parece estar zombando um pouco dele. 1 r&ptil fracassado se coloca : beira do mar e contempla seus insucessos. 1bviamente, precisa de ajuda. *e quer guerrear contra os !que obedecem aos mandamentos de Ceus e se mantm fi&is ao testemun"o de -esus!, ele precisa de um meio para vencer ou subverter a f& deles. Dentará os dois camin"os. disputa do drag$o n$o se dá contra toda a ra%a de d$o, mas apenas contra as pessoas de f& cuja vida & marcada por atos de obedincia a Ceus e testemun"o das palavras de -esus. 2omo n$o irá atacar todas as criaturas, mas somente as que s$o de 2risto, ele precisa de um estratagema que as fa%a desviar da obedincia e atrapal"e seu testemun"o. ssim, as amedrontará para que desobede%am, as enganará e as levará : ilus$o. IA Ele recruta ajudantes das profundezas, duas bestas / uma vinda do mar, outra da terra / para e'ecutar seus desígnios malignos dentro da comunidade de f&, as pessoas que Ceus dirige e salva. s congrega%0es de -o$o, acostumadas : leitura da Bíblia, n$o tm dificuldade em recon"ecer os animais. s bestas s$o 3eviat$ e Beemote, apresentados por Ceus a -# como o e'emplo má'imo de ferocidade N-# G9O, mas que foram destruídos e descartadas e n$o representam mais qualquer amea%a ao governo de Ceus. I 3eviat$ e Beemote eram terríveis, mas "á um toque indiscutível de "umor na descri%$o de -o$o. besta do mar parece uma colc"a de retal"os, construída a partir de sobras de leopardo, urso e le$o. terrestre & um cordeiro falso, imita%$o esquisita do magnífico 2ordeiro de verdade Np 6V, U6OU. 1 ap#stolo admite que elas tm capacidade para espal"ar terror, mas tamb&m IA !2omo o anticristo conduz sua campan"a contra os assuntos e o povo de CeusQ Ele luta com duas
armas, que s$o poder e mentiras (...) grande poder e muita astcia se combinam em pocalipse O e seguintes6 o anticristo & o poder escatol#gico do mundo que toma o espírito mentiroso como seu espíritoM! Et"elbert *tauffer, *e3 Testament Theolog" 3ondres6 *2?, OIV, p. AO. I *almo U6O7
mostra que est$o bastante desgastadas. s bestas est$o por aí "á muito tempo e já come%ando a desbotar. política alcan%a as dimens0es de comportamento e f&. autoridade do governo se dedica a manter a ordem definida na lei civil e penal Nse n$o fosse assim, "averia o caos. maioria dos sistemas políticos alcan%a da família ao imp&rio, e combina elementos de governo e religi$o, como acontecia no imp&rio romano. democracia separa os dois. ?as, juntos ou separados, os dois elementos continuam presentes, paralelos em sua import+ncia política. I análise visionária de -o$o quanto ao que o crist$o enfrenta quando confrontado com o e'ercício das for%as coercitivas da polícia e da propaganda parece a mim igualmente válida para a sociedade atual como para Foma, e tamb&m para famílias e congrega%0es. Em uma sociedade, os dissidentes amea%am o sistema político tanto quanto os criminosos.
1 conte'to do profeta, no s&timo s&culo a.2., era diferente, mas as palavras se aplicam e'atamente ao prop#sito de -o$o, de modo que ele toma a ltima lin"a dessa s&rie e escreve6 !*e algu&m "á de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá! / n$o & uma cita%$o e'ata, mas quase. Cepois, segue6 !*e algu&m "á de ser morto : espada, morto : espada "á de ser.! ?as n$o foi isso, de forma alguma, que -eremias escreveu. >a senten%a do profeta, !espada! N!os destinados : espada, para a I Há uma e'posi%$o ampla do assunto em -o"n Fic"ard >eu"aus, The *a5ed P!%lic #.!are NLrand
Fapids, ?l6 Eerdmans, OIJV.
espada! faz paralelo e'ato com !e'ílio!. Por que -o$o n$o faz o que & #bvio e segue a primeira lin"a citada de -eremias com uma segunda para fins de nfase, trazendo a cita%$o para mais pertoQ Por que, no meio da s&rie de admoesta%0es, muda a ret#ricaQ *abemos o que ele tem de fazer6 fortalecer o povo para que consiga enfrentar a luta terrível. >o mundo político tomado pela violncia da besta do mar, ele precisa dei'ar claro o que pode estar esperando qualquer um deles6 e'ílio, morte, persegui%$o e tortura. Ele sabe que quando o medo recebe nome perde grande parte de sua for%a. Por isso, irá se assegurar de que sua congrega%$o ouvirá falar de todo desastre infligido pelo poder maligno. *abendo o que esperar, eles, pelo menos, n$o ser$o surpreendidos e levados : covardia. ?as "á uma dificuldade paralela. =uando vivemos muito tempo cercados pela violncia, acabamos contaminados por ela, em especial se sabemos que nossa causa & justa e que a oposi%$o vem do mal. f& religiosa, em particular a c"eia de zelo, :s vezes usa a for%a. ssim, -o$o, tendo apresentado seu consel"o para perseveran%a, coloca ao lado dele um aviso para n$o se recorrer : violncia.
manifesta%0es religiosas visíveis que entram em moda adv&m da besta da terra. E'pon"a essas pretens0es religiosas que nada tm a ver com Ceus. Xeja o nmero6 & h!mano$ >$o & um mist&rio divino, mas, sim, a confian%a daqueles que falam demais6 religi$o que dá sho3, que se vangloria, que afasta os ol"os do 2risto pobre, sofredor e santo. >a linguagem dos nmeros, VVV & um triplo fracasso ao tentar ser UUU, a perfei%$o repetida trs vezes, nmero perfeito e divino. comercializa%$o & característica recorrente dessa religi$o da besta da terra, que requer quantias imensas para se manter, nos manipulando economicamente, levando9nos a comprar e vender segundo suas ordens, vendendo consel"o, consolo, bn%$o, solu%0es, salva%$o e bons sentimentos. qui, o diabo abandona a estrat&gia da missa negra e usa a da missa de mercado. 1 credo básico de
n$o vemos, dirigindo9a :s autoridades que vemos, e nos engana para comprarmos uma religi$o ou sistema de f& que possui resultados visíveis de autogratifica%$o. -o$o revela que essa infiltra%$o & temível, mas pode ser derrotada. ?iguel sobrepujou o drag$o7 n#s podemos resistir : besta do mar e entender a da terra. 2om isso, o mundo político, que nos parece maior do que a vida, se reduz a termos controláveis. 1 crist$o, com a ajuda de -o$o, n$o se dei'a esmagar pelo governo, pela religi$o sensacionalista, por amea%as imensas, por dificuldades colossais, nem por apelos insistentes. tenta%$o de usar os m&todos de *atanás para fazer frente : sua for%a enfraquece de forma considerável. Por mais ardiloso que o inimigo seja, & possível desmascará9lo. vit#ria tríplice de -esus em tenta%0es semel"antes fornece material para uma análise profunda. I pocalipse de -o$o n$o subestima as for%as sat+nicas / h grande poder e engano se opondo a n#s. ?esmo assim, grande parte n$o passa de blefe, e as caricaturas nas vis0es reduzem a trindade falsa do que ela pretende ser ao que realmente &. >$o se trata de um poder sobrenatural diante do qual nada podemos fazer7 & mais como algo !paranatural!, com o qual n$o estamos acostumados. 2ontudo, ensinados pela imagina%$o pastoral de -o$o, acabamos equipados para permanecer firmes e ser capazes de discernir. Drs vis0es que mostram as for%as da salva%$o agindo em nosso favor por trás da cena se contrap0em : demonstra%$o de for%a das trs bestas da condena%$o. s vis0es com as bestas mostraram o embuste do mal7 as da salva%$o revelam o sistema de apoio que sustenta a vida de perseveran%a e discernimento. Ceve9se dizer que n$o vivemos apenas em postura defensiva contra os !principados e potestades!. Há a%0es agressivas a nosso favor em curso, mesmo quando n$o nos damos conta disso. s trs vis0es da salva%$o foram o 2ordeiro liderando o culto no monte *i$o Np O6O9, os trs anjos pregando em um plpito no meio do c&u Np O6V9O e o ;il"o do Homem fazendo a col"eita6!... a safra da terra está madura7 c"egou a "ora de col"9la! Np O6O9AG.
negligncia com as obriga%0es morais, entrega do campo de batal"a ao inimigo. Dendemos a pensar assim / at& descobrirmos que essa inatividade na adora%$o & e'atamente o que o 2ordeiro requer. Ele está no centro da "ist#ria, instalando seu Feino em seu nascimento e consumando seu domínio na morte e na ressurrei%$o. *e a adora%$o n$o & perda de tempo para o 2ordeiro, tamb&m n$o pode ser para n#s Np O6O9. !E'cesso de atividade & característica dos que n$o vivem pela gra%a.! IV PFEL[1 Prega%$o & o ato de reverncia e adora%$o que proclama a palavra de Ceus aos que prestam culto Nprimeiro anjo. l&m disso, & a declara%$o que anuncia a condena%$o da besta do mundo Nsegundo anjo. Damb&m & o discurso que apresenta a orienta%$o para uma vida santa Nterceiro anjo. palavra de Ceus, de muitas dimens0es, cria o mundo, molda a salva%$o, se volta para a realidade, e está sempre amea%ada de ser silenciada ou amenizada. *ilenciada pelo fec"amento do livro onde foi escrita, pelo som e a fria do tr+nsito que enfrentamos todos os dias, pelo zumbido constante da ambi%$o e da cobi%a em nossa mente. prega%$o devolve o som : palavra silenciada, para que ela ressoe em nossos ouvidos para nos relacionarmos com Ceus n$o como uma recorda%$o, mas como algu&m que falou direta e pessoalmente conosco. prega%$o, por&m, n$o conta nada de novo. Dudo já foi repetido vezes sem conta. E, afinal, está tudo escrito na Bíblia, onde podemos procurar na "ora que mais nos convier. >o mundo político, acontecem muitos eventos ao mesmo tempo / guerras, alian%as, negocia%0es, trag&dias, novos líderes que anunciam esperan%a, grupos de estudo que elaboram planos para acabar com a fome e a guerra / e por certo temos urgncia em acompan"ar as notícias, nos manter informados e agir com responsabilidade. E, com tantas notícias a ouvir, ningu&m tem tempo para a prega%$o, que n$o tem como se afastar ainda mais das notícias. Dendemos a pensar assim / at& que, no meio da batal"a, verificamos que a coragem diminuiu e o compromisso está vacilando. Ent$o entendemos que o mundo n$o &, basicamente, um lugar para armazenar informa%0es que ser$o recuperadas mais tarde. Ele & palco da disputa moral e espiritual em que estamos envolvidos. >essa "ora, nos sentimos gratos pela proclama%$o feita do plpito no meio do c&u contando mais uma vez o que Ceus diz sobre o que está acontecendo, transformando informa%$o em mandamento ou promessa, traduzindo lembran%as morais em urgncias espirituais Np O6V9O. X
impossibilite a e'istncia das rela%0es comerciais. 2ontudo, acreditam que, com base nesse mínimo, devemos calcular nossos passos tendo em vista o que desejamos conquistar, sem levar em considera%$o quem somos nem a vontade de Ceus, fatores que n$o tm o menor peso no mercado. Ce toda forma, tendemos a pensar assim tamb&m / at& que conseguir o que queremos perde a gra%a e vai se tornando t&dio. Dalvez atos e palavras estejam fora de nosso alcance, ten"am mais valor do que somos capazes de avaliar. Dalvez "aja neles algum significado que amadurece, como uma semente, e depois c"ega a um fruto que guarda t$o pouca semel"an%a com sua fonte quanto o pin"$o com a araucária. !s verdadeiras vit#rias acontecem devagar e sem que percebamos, mas seus efeitos tm longo alcance. 2olocada em evidncia, a f& em Ceus como *en"or da "ist#ria pode, :s vezes, parecer ridícula, mas algo na "ist#ria a confirma.! IU =uem percebe isso, sente9 se grato por e'istir algu&m para guiá9lo na vida santa, orientá9lo em palavras e atos que se transformam em frutos que ser$o col"idos para algum grande banquete de comun"$o crist$, escapando : sua terrível alternativa Np O6O9 AG. *$o estas as trs atividades pelas quais sobrevivemos e florescemos na política6 praticar a adora%$o, ouvir a palavra proclamada e seguir a vida santa. Encontramos for%a para elas no culto dirigido pelo 2ordeiro, na prega%$o dos anjos e na col"eita das a%0es feita pelo ;il"o do Homem. *e essas armas parecem fracas diante do poder e da propaganda do drag$o e de suas bestas, os livros de "ist#ria apresentam evidncias ao contrário6 !;oi em grande parte devido : propaga%$o de ideias firmes, como as e'postas em pocalipse, que os crist$os se mantiveram leais : f& e, sem derramar lágrimas nem empun"ar espadas, conseguiram, por fim, transformar a situa%$o do mundo, insistindo com o imp&rio para que atendesse :s suas reivindica%0es.! IJ >$o "á como evitar a política, que come%a no momento em que duas vidas se encontram. E nossa vida se c"oca com outras, queiramos ou n$o. *omos centros de poder / capazes de amaldi%oar e aben%oar / e temos a responsabilidade de administrar e dirigir esse poder. 1 poder n$o desaparece nem diminui quando nos lan%amos : jornada de f&. *e formos ingnuos ou desprezarmos o poder, por certo o usaremos errado, ou permitiremos que seja usado por outros que n$o s$o inocentes nem escrupulosos. >en"uma a%$o ou cren%a & privativa. E, quanto mais valiosa, menos privada será. s quest0es associadas a 2risto e ao anticristo s$o, portanto, as menos individuais e as mais políticas de todas. Dodos os pensamentos saem de nosso c&rebro, e todas as a%0es v$o al&m de nossa pele e penetram em uma rede de intera%0es comple'as. >ossos atos e opini0es se ligam aos dos outros e acumulam for%a para justi%a e paz, bondade e santidade, guerra e opress$o, blasfmia e profana%$o / mistura confusa de meios e motivos. política do 2ordeiro toma os elementos básicos e simples de nossa obedincia Ne'pressar a adora%$o em culto, ouvir a proclama%$o da palavra, praticar a vida santa e os desenvolve at& se tornarem perfeitos e eternos. política do 2ordeiro, mostrando que os mínimos detal"es de nossa f& cotidiana s$o fatores importantes em um drama c#smico, nos protege da arrog+ncia e nos guia : maturidade que espal"a inteligncia e energia no que se encontra diante de n#s, fazendo uma obra de arte santa a partir do comum. IU ?artin Buber, Israel and the &orld N>ova TorS6 *c"ocSen BooSs, OIU, p. AJ9AI. IJ -ames ?offatt, E)positors +ree5 Testament NLrand Fapids, ?<6 4m. B. Eerdmans Publ. 2o., OIUG,
vol. , p. O.
política do drag$o pega o superficial e o pretensioso e os infla at& convert9los em promessas de domínio e fama, seduzindo o ego e e'acerbando o orgul"o. política do drag$o, manipulando desejos e fantasias, lida sempre com abstra%0es al"eias :s verdadeiras circunst+ncias em que as vidas se moldam para o bem ou o mal, e, com isso, afasta as pessoas da realidade. s abstra%0es s$o um e'celente lugar para cultivar o mal6 uma generaliza%$o magnífica esconde uma multid$o de pecados. Doda comunidade se situa no meio desse conflito político. s comunidades crist$s de f& possuem a vis$o do ap#stolo -o$o para distinguir a política do drag$o da do 2ordeiro. Estamos no meio do fogo cruzado entre o espal"afato do drag$o pretensioso e a mansid$o do 2ordeiro poderoso. mbos se preocupam com a opera%$o e o uso do poder. escol"a & nossa6 podemos seguir o drag$o e as bestas em seu desfile / c"amativo com a adora%$o de imagens esplndidas, elaborado em símbolos misteriosos, repleto de estatísticas / assumindo qualquer papel necessário para apresentar uma boa imagem, receber o aplauso da multid$o, conseguir acesso ao poder e ser importante aos nossos pr#prios ol"os. alternativa & seguir o 2ordeiro por uma estrada rural, adorando o invisível, ouvindo as tolices pregadas, praticando uma vida santa que envolve atos "er#icos que ningu&m jamais verá, para se tornar, simplesmente, um ser eterno em uma cidade eterna. Essa & a diferen%a política entre usar os que nos cercam para alcan%ar o poder Nou, se n$o formos "ábeis, sermos usados por eles e estabelecer alian%as para que o poder da salva%$o se estenda a todas as partes de nossa vizin"an%a, sociedade e mundo que Ceus ama. @ma congrega%$o & um microcosmo desse conflito. Política envolve manipula%$o de poder, seja em casamento, família, neg#cios, com&rcio, congrega%$o, comiss0es, legislatura, conven%0es, sala de aula ou consel"os e'ecutivos. =ueiramos ou n$o, "avendo votos ou n$o, estamos no meio da política. 8 essencial distinguir as lin"as de influncia enquanto avan%amos por esses vários f#runs. vis$o do ap#stolo fornece a sabedoria pastoral para esse trabal"o. Estaremos lidando com o poder da coer%$o ou da gra%aQ Drataremos da política da bstra%$o, que consiste de grandes imagens e programas sem cone'$o com nossa natureza, que obriga os outros : conformidade em anfiteatros imensos e estádios repletos de espectadoresQ 1u nos voltaremos para a política da Encarna%$o, que consiste em adorar a Ceus, ouvir sua palavra e obedecer aos seus mandamentos no dia9a9dia denso e c"eio de detal"es em nossa esquecida e t$o desprezada Lalil&iaQ II @ma senten%a Np O6O nessa s&rie de seis vis0es liga a nossa política diretamente : política de -esus. Em seu julgamento diante dos governantes e líderes da f&, o sumo sacerdote judeu e o governador romano, -esus foi condenado : morte pela acusa%$o de blasfmia. >essa "ora, ele disse6 2"egará o dia apartiJ em que vereis o ;il"o do "omem assentado : direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do c&u. N?t AV6V
Cos crist$os que o ap#stolo -o$o pastoreava, alguns seriam Ne todos corriam o risco condenados por blasfmias semel"antes. bn%$o enfática que -esus manda transmitir N grapson, !escrevaM! envolve todos eles em sua postura política6 !;elizes os mortos que morrem no *en"or de agora em diante Naparti .! II 25nt"ia 1zicS caracteriza a vida do peregrino da f& como !repleta do cotidiano de uma cultura aprovada por Ceus!, Art and Ardor N>ova TorS6 . . Knopf, OIJ, p. AAG.
locu%$o aparti, !de agora em diante!, n$o & comum. OGG repeti%$o c"ama aten%$o para si mesma e liga os mártires ao ?ártir. >o simples ato de praticar os camin"os do Feino, o Fei se liga aos sditos que, por sua vez, tamb&m se lan%am :s práticas do Feino. 1 Espírito confirma essa identifica%$o6 *im, eles descansar$o das suas fadigas, pois as suas obras os seguir$o. Np O6O
vis$o que se segue confere valida%$o imaginativa ao mostrar que as obras os seguem quando o ceifeiro, o ;il"o do Homem, vem das nuvens, como prometeu N?t AV6V e col"e o gr$o dos campos das boas obras. p#s isso, os anjos col"em as uvas bravas, a vindima das vin"as da ira. *empre que morre algum crist$o que pastoreio Nat& "oje, nunca devido : violncia, eu repito a bn%$o6 !;elizes os mortos que morrem no *en"or de agora em diante.! 1 s&culo AO se liga diretamente ao primeiro s&culo. 1 drag$o da política que atacou os crist$os de -o$o ataca tamb&m os meus. política do 2ordeiro, que nos comprometemos a praticar, requer muita resistncia e discernimento. 1s detal"es que cercam nossa vida mudam, mas a gravidade permanece a mesma6 temos que perseverar em nossa submiss$o ao poder do Feino e na prática dos seus camin"os.
OGG Xeja uma análise e'eg&tica e teol#gica minuciosa de aparti em ?att"ias Fissi, Dime and Theolog" NFic"mond, X6 -o"n Kno' Press, OIVV, p. AI9G.
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s imagens apresentadas por -o$o nos atingem como o toque de um sino enc"endo uma igreja. s antigas igrejas inglesas cultivavam a arte do toque dos sinos e a usavam para enc"er as congrega%0es com sons magníficos de gl#ria a Ceus quando os sineiros pu'avam as cordas nas torres. 1s que levavam a s&rio seu ofício menosprezavam o toque simples / tin"am pai'$o por sons mais comple'os, que e'igiam mais "abilidade6 os ritmos afinados se entrela%avam. Primeiro um sino liderava7 depois passava9se para outro, de timbre e intensidade diferentes7 daí, para outro, e assim por diante, seguindo permutas e combina%0es matemáticas. 1uvidos modernos, desacostumados a essas mincias e ensurdecidos pelo ruído constante das máquinas, consideram os sinos um incmodo e pedem :s prefeituras que acabem com eles. *em conseguir distinguir a arte, s# percebem o clangor. OGA imagina%$o moderna, esvaziada pelo ataque constante de fatos e informa%0es, encontra dificuldade semel"ante diante das imagens de -o$o. >$o estamos acostumados a essas comple'idades e n$o nos sentimos : vontade com elas. Preferimos que as ideias, especialmente as religiosas, sejam colocadas com clareza e em ordem / em melodias que possamos entoar. ?as -o$o introduz uma imagem ap#s outra e as mant&m !badalando! ao mesmo tempo, contrapondo ritmos e inventando novas combina%0es. Ele tem como prop#sito levar9nos :s várias camadas de interse%0es em que a OGO Eugene FosenstocS9Huess5, (!daism Despite hristianit" N@niversit5, 36 @niversit5 of labama
Press, OIVI, p. OJO. OGA Corot"5 3. *a5ers me forneceu essa metáfora dos campan#logos em sua "ist#ria de detetive, The *ine Tailors N>ova TorS6 Harcourt, Brace, and 4orld, OI. Ela vai al&m6 a "ist#ria confirma min"a convic%$o de que pocalipse de -o$o, por mais comple'o que seja, destina9se aos leigos e seus pastores, e n$o aos eruditos. 1s praticantes da minuciosa arte popular do toque dos sinos eram, tradicionalmente, os membros comuns das par#quias Ne'atamente como *a5er os apresenta na "ist#ria do assassinato misterioso. Em outras palavras, comple'idade n$o implica erudi%$o elitista7 o campons & t$o astuto quanto o erudito, e mais ainda quando o assunto se relaciona : vida comum. E pocalipse trata diretamente da !vida comum!. @ma das infelicidades de nossa cultura & que, quando qualquer assunto parece difícil, ele & enviado para as universidades a fim de ser e'plicado. poesia teol#gica de -o$o & lida com mais naturalidade e mel"or apreciada no conte'to e'ato em que foi escrita, a congrega%$o comum.
vontade de Ceus se une : nossa percep%$o de "em e mal, afirma%$o e nega%$o, 2risto e anticristo. o mesmo tempo, ele agrada a mente que louva e aprofunda a resistncia da f& nas inacreditáveis coordenadas da gra%a. Ele quer apresentar todo o desenrolar dos camin"os de Ceus conosco, : nossa frente e dentro de n#s. >#s queremos a mesma coisa. ssim, submetemos a imagina%$o de f& ao absurdo l#gico, mas imaginariamente possível de !ouvir a vis$o!. Fefreamos, assim, o impulso de e'plicar a poesia e dei'amos que as imagens fa%am seu trabal"o em n#s, relacionem lembran%as das Escrituras a e'perincias recentes, renam peda%os de pensamento, emo%0es e comportamento e trabal"em para colocar tudo na mais inclusiva e coordenada das vidas, a vida em 2risto. Essas páginas nos trou'eram, "á muito tempo, a conscincia do passar das "oras que nos apro'imam do julgamento. Esse som se tornou o toque de trombeta quando o quinto selo foi aberto e as almas que estavam sob o altar clamaram6 !t& quando, # *oberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os "abitantes da terra e vingar o nosso sangueQ! Np V6OG. !t& quandoQ! & uma pergunta antiga. 1 desejo de ver o julgamento, muitas vezes se transformando em uma e'igncia, está profundamente impregnado na vida do povo que ora a Ceus. t& quando, *E>H1FQ Para sempre te esquecerás de mimQ t& quando esconderás de mim o teu rostoQ t& quando terei inquieta%0es e tristeza no cora%$o dia ap#s diaQ t& quando o meu inimigo triunfará sobre mimQ N*almo O6O9A
e'press$o repetida quatro vezes aqui nesse te'to & reproduzida e elaborada em todas as circunst+ncias possíveis na "ist#ria da salva%$o doen%a, e'ílio, dvida, derrota, dor e afli%$o. gora a quest$o recebe uma resposta. 1 c"amado para o julgamento que c"ega ao clíma' em pocalipse n$o & abstrato, jurídico, nem preocupa%$o com decoro, &tica ou sociedade justa. liás, n$o & nem !preocupa%$o!, mas um clamor6 feridos desejam alívio, oprimidos procuram equidade, maltratados anseiam por dignidade. quest$o !t& quandoQ!, colocada pelas almas que foram assassinadas e est$o sob o altar, cresce e se transforma em questionamento6 at& quando será permitida a viola%$o da bondade, beleza e verdade por manipuladores insensíveis e ímpiosQ t& quando teremos que suportar a arrog+ncia deles, que acreditam que for%a & sinnimo de direitoQ pergunta ecoa atrav&s das culturas, reverbera pelos s&culos. >em sempre a injusti%a & evidente, de modo que nem sempre o clamor recebe aten%$o. Para cada grande mártir que morre em confronto corajoso com os perversos, "á mil"0es de mártires menores sob o altar, que perseveram a vida toda sofrendo injusti%as, c"orando ora%0es silenciosas. 2resce o desejo pelo julgamento e a frustra%$o pela demora. Doda mat&ria9 prima da injusti%a aparece na e'perincia comum de "omem ou mul"er, fil"o ou pai, marido ou esposa, funcionário ou patr$o. >$o acontece apenas na guerra, nos guetos e nos genocídios. >as esferas diárias de amor e trabal"o, nos deparamos com injusti%as aparentemente irremediáveis. 1 mundo n$o & justo. prendemos isso desde pequenos. s crian%as, com seu sentido moral inato, sem saber, mas com muita precis$o, fazem uma paráfrase das Escrituras6 !ssim n$o vale.! >ingu&m recebe o que merece, seja como recompensa ou puni%$o. s consequncias tanto da virtude quanto dos vícios est$o muito longe das causas. lgumas vezes, recebemos menos do que
merecemos e temos a certeza de que estamos sendo e'plorados. Em outras ocasi0es, recebemos mais e nos sentimos afortunados Nou culpados. maioria das pessoas endurece o senso moral com o passar dos anos e tenta sempre !se dar bem!. ?as, ent$o, levanta9se uma injusti%a radical / terrorismo político, abuso dom&stico / e a quest$o volta a ser urgente6 at& quandoQ Para o ap#stolo -o$o, o evento radical foi o martírio de alguns membros de sua congrega%$o. 8 digno de nota, aqui, que o m&todo pastoral do ap#stolo n$o envolve o bálsamo das palavras de consolo. Ele n$o ameniza a situa%$o e mostra que poderia ser bem pior. >$o sugere que !quem entende, perdoa!, nem rearranja os fatos para n$o sentirmos tanto o ultraje. Pelo contrário, ele intensifica o senso de injusti%a6 em resposta ao clamor !t& quandoQ!, as almas martirizadas ouvem que precisam esperar mais um pouco, !at& que se completasse o nmero dos seus conservos e irm$os, que deveriam ser mortos como eles! Np V6OO. combina%$o de injusti%a e demora & como sal na ferida7 n$o & bálsamo. ?as por certo a situa%$o já vem durando demais. 2om certeza, depois de tantos s&culos, c"egou a "ora de acabar com a sujeira, levar os perpetradores de tantas crueldades ao julgamento definitivo e acabar com o sorriso de condescendncia que eles trazem no rosto. 8 desconcertante, mas a Bíblia n$o dá resposta direta : pergunta. inda assim, embora n$o "aja uma data marcada na agenda do tribunal, mil"0es de crist$os prosseguem crendo firmemente no julgamento de Ceus. ?as o que se encontra por trás da persistncia dessa gente que continua a viver cercada por perguntas sem respostasQ @ma das características mais notáveis das comunidades de f& & que, mesmo diante de injusti%a sem puni%$o, elas perseveram crendo na justi%a e no julgamento de Ceus. parentemente, isso deriva da convic%$o inabalável de que Ele um dia dará fim : injusti%a, mesmo que, "oje, n$o d o menor sinal de estar e'igindo ordem no tribunal. 2omo essa convic%$o do povo de Ceus se tornou t$o profundaQ 2omo ele adquiriu essa +ncora inabalávelQ 2omo isso aconteceuQ >$o "á nen"uma evidncia empírica para apoiar essa f&. Bíblia mostra poucos julgamentos aplicados na "ora6 nanias e *afira, -udas, Herodes, nada mais. Em nossa vida, eles tamb&m s$o raros. maior parte de nossa e'istncia se dá em ambiguidade moral, quando adquirimos resigna%$o para tolerar o comportamento injusto dos outros e recebemos miseric#rdia na demora do julgamento de nossos pr#prios pecados. *e confinados aos registros de nossos diários, & quase certo que cairíamos no cinismo que Teats e'pressou6 !lguns pensam ser natural que a sorte mate de fome os bons e favore%a os maus.! OG ssim, a que atribuir a persistncia inacreditável do clamorQ >o abandono generalizado da ora%$o, quando grandes multid0es desistem de Ceus e se lan%am :s ruas para pegar o que puderem com as pr#prias m$os, por que motivo uma minoria notável n$o faz o mesmo, mas permanece, clama e esperaQ esta altura, já nos acostumamos com a resposta do ap#stolo, ou seja, adora%$o, que cria o conte'to do parado'o simult+neo de acreditar na justi%a enquanto vive a injusti%a, e'atamente como criou antes o conte'to para tudo o mais que foi elevado do dia9a9dia para essa vis$o. 1 julgamento "á muito aguardado, agora iminente, toma forma em um ato de culto Np O6O9J. *ete anjos se preparam para agir enquanto a congrega%$o entoa um "ino. >este poema teol#gico, -o$o estabeleceu seis se%0es. cena do 1, 4. B. Teats, ollected Poems, p. .
julgamento & a quinta.OG 2orresponde : transi%$o do quinto livro de ?ois&s para o se'to, intitulado -esus N-osu&, que narra a ocupa%$o da Derra Prometida. N Bíblia usada na
pocalipse come%ou com a vis$o de 2risto, a quem adoramos Np O, seguida pela vis$o do povo de Ceus em adora%$o Np 9.
sete mensagens Npocalipse O9, A os sete selos N9J6V, as sete trombetas NJ6U9OO6OI, as sete vis0es das bestas NOA9O, as sete ta%as NO9OJ e V as sete ltimas coisas NOI9AA.
e : a%$o de Ceus. vida crist$ se baseia no pressuposto de que Ceus está agindo. Curante a adora%$o, n$o parece que estamos fazendo muita coisa / e n$o estamos mesmo. 3imitamo9nos a ol"ar para Ceus e orientar nossos passos segundo os pontos cardeais6 cria%$o, alian%a, julgamento e salva%$o. >a press$o deste mundo, os eventos oscilam entre o glamour das celebridades e a violncia dos terroristas. >um ambiente assim, o culto parece absurdo. maioria dos crist$os sente isso, e alguns c"egam a abandonar a f&. Pensam que seres "umanos fortes, de boa índole e inteligentes n$o podem se dedicar a práticas t$o irracionais. Por certo será desperdício de energia distribuir um peda%o de p$o e um cálice de vin"o. =uanto mais a pessoa se conscientiza das inmeras catástrofes que amea%am a e'istncia "umana, mais questiona o ato da adora%$o. queles que o abandonam n$o s$o, em sua maioria, os que n$o se importam com os problemas do mundo. *$o e'atamente os que se preocupam. >$o & a falta de energia moral que os leva a desprezar a adora%$o7 & e'atamente o contrário. bandonam o lugar de culto com a mel"or das inten%0es, para fa1er alguma coisa. queles com quem adoraram por muito tempo / alguns n$o muito inteligentes, vários muito simpáticos, a maioria al"eia : gravidade de nossa situa%$o / parecem aliados muito incompetentes, de modo que partem em busca de intensidade moral e austeridade intelectual. 1utros permanecem no lugar de culto, mas adotam atitude muito pior6 querem subvert9lo. Dransformam9no em lugar de entretenimento para alívio de consumidores entediados e cansados, transmitindo9l"es um pouco de +nimo. 1u ent$o fazem do culto uma sala de palestras, supondo que as pessoas agem segundo o que sabem. 1u, ainda, estabelecem uma plataforma de lan%amento de boas obras e lan%am foguetes de justi%a rumo :s lin"as de combate do adversário. Em todos esses casos, desviam a aten%$o do que Ceus está fazendo para enfocar o que n#s estamos fazendo. E alguns, & claro, ausentam9 se do culto por pregui%a ou indiferen%a. Esses perderam o interesse, "á muito tempo, na quest$o !t& quandoQ!. ?as a ausncia significativa & a dos que, impacientes com o adiamento da resposta, n$o entendem o motivo de continuar esperando e partem para agir por conta pr#pria. 1s participantes perigosos s$o os que, inquietos com a falta de a%$o, fazem do culto momento de agir. Para esses, tanto os que abandonam o culto como os que o subvertem, -o$o demonstra a continuidade org+nica entre os atos de Ceus e o nosso testemun"o e louvor, que & adora%$o, a partir dos quais Ceus cria sua a%$o entre n#s e no mundo. >ada que fazemos tem mais influncia no c&u ou na terra do que o culto a Ceus. adora%$o, de onde se desenvolve o julgamento, acontece em torno da água do batismo, !um mar de vidro misturado com fogo! Np O6A. Plpito, mesa e pia batismal comp0em o mobiliário do culto crist$o. >a pia, os pecados s$o lavados7 : mesa, recebemos o alimento do corpo e sangue de 2risto7 e, do plpito, a palavra de Ceus & pronunciada com autoridade cena da adora%$o em pocalipse e enfatizou o plpito Ntrono. mesa Naltar orientou a liturgia no capítulo J. gora, o elemento em foco & a pia batismal. congrega%$o que adora Nincluindo em suas dimens0es celestiais as almas assassinadas que est$o sob o altar e reclamam da demora do julgamento se rene em torno da água do batismo e entoa o "ino do julgamento. Há uma propriedade especial no fato do lugar de batismo estabelecer o conte'to : medida que os julgamentos divinos entram em foco. 2onforme
Paulo coloca, na água do batismo imergimos para a morte e subimos para a vida6 !... fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como 2risto foi ressuscitado dos mortos mediante a gl#ria do Pai, tamb&m n#s vivamos uma vida nova! NFm V6. >o batismo, uma vida de pecado 9 rebeldia contra Ceus, rejei%$o do *eu sen"orio e do *eu amor 9 & afogada, e uma nova vida em 2risto surge a partir dela. água do batismo representa, acima de tudo, julgamento, e simul9 taneamente, com muita nfase, salva%$o. Dodas as e'perincias bíblicas com a água convergem na medita%$o crist$ para o batismo6 o caos aquático sobre o qual o Espírito de Ceus se movia, dando início : cria%$o7 a catástrofe que purificou a terra da decadncia enquanto a água levava >o& e sua família r umo : salva%$o7 o mar Xermel"o que afogou os cavalos e cavaleiros egípcios, mas que ?ois&s atravessou com
motivo. 1 pior inimigo e'terno que o povo de f& enfrenta & a obstru%$o : adora%$o. 1 pior inimigo interno que o povo de Ceus enfrenta & a subvers$o da adora%$o. Esse deve ser nosso maior temor. ;oi o aspecto com o qual -o$o mais se preocupou. 2om base nisso, & que os julgamentos sobrevm. 1 clamor pelo julgamento e a indaga%$o a Ceus !t& quandoQ! encontram9 se estabelecidos no conte'to adequado6 o culto a Ceus. 1 julgamento dei'ou de ser quest$o de esclarecer opini0es ou acabar com quei'as pessoais. Passou a ser e)perimentado como a%$o "á muito iniciada, profundamente elaborada e totalmente realizada de Ceus, na qual penetramos por meio do batismo, cujas consequncias compartil"amos na salva%$o, da qual participamos por meio da adora%$o e celebramos o triunfo final por meio da palavra e da 2eia do *en"or. 1 tema do julgamento se completa na apresenta%$o da !grande prostituta! Np OU9OJ. 1 te'to primeiro narra a destrui%$o dela Np OU e depois mostra um c+ntico sobre o mesmo assunto Np OJ. Essa sequncia de "ist#ria seguida por c+ntico foi inspirada em 'odo e refor%a a percep%$o de que o julgamento acontece para libertar as pessoas para a adora%$o, e, quando elas est$o livres, a ordem do dia & o culto Np OI. 'odo O narra a "ist#ria do julgamento do Egito, que foi, ao mesmo tempo, a salva%$o de
na vida das pessoas e as modificam, muito ou pouco, e jamais ficamos sabendo disso. Haverá alguma forma de nos ensinar a perceber a gl#ria que pulsa em cada ato de boa vontade e o mal que permeia todo ato de desobedinciaQ vis$o apocalíptica & um camin"o. 1 símbolo da Lrande Prostituta como e'perincia cotidiana & uma cidade onde a vida corre tranquila. mul"er e a besta escarlate sobre a qual ela se assenta abrangem as ruas que percorremos, as lojas em que compramos verduras enquanto conversamos trivialidades com o proprietário. ;lanner5 1Y2onnor, em resposta a uma pessoa que l"e perguntou por que os personagens de suas "ist#rias eram t$o grotescos, e'plicou que & necessário apresentar caricaturas simples e grandes para que quem seja quase cego possa en'ergar. OGU Lrande Prostituta & uma dessas caricaturas, uma imagem capaz de suscitar uma conscincia que jamais será esquecida sobre a presen%a poderosamente sedutora dos que gostariam de obstruir ou subverter a adora%$o ao 2ordeiro imolado e ressurreto. adora%$o a Ceus em 2risto & a prática mais importante e difícil do cristianismo. Por ser t$o difícil, estamos sempre prontos a partir para tarefas mais fáceis, em especial se, aparentemente, incluir os elementos essenciais do culto. ?as & mel"or n$o fazer isso. Lrande Prostituta, lan%ada ao mar como uma pedra de moin"o, constitui uma advertncia. Prostituta & um termo se'ual, mas, em pocalipse OU9OJ, aparece como metáfora de adora%$o errada. -o$o n$o tratadas condi%0es se'uais do final do primeiro s&culo7 ele se preocupa coma situa%$o da f&. Ele tem a responsabilidade pastoral de evitar que os crentes abandonem a vida de adora%$o fervorosa e persistente para adotar algo que parece religi$o, tem aparncia bem mel"or e & muito mais fácil. Ele fala sobre a Lrande Prostituta a fim de abrir os ol"os deles para as diferen%as entre o culto ao 2ordeiro e esse outro, que n$o & adora%$o, e nos impede de adorar. prostitui%$o liga o se'o ao din"eiro. uni$o física recebe uma etiqueta com um pre%o. Cepois do pagamento, a rela%$o c"ega ao fim, at& o momento em que algu&m voltar a pagar. c#pula & se'ual, e o relacionamento, comercial. 1 mais terrível com rela%$o : prostituta n$o & o fato de ela se deitar com estran"os Nisso & apenas seu primeiro ato questionável, mas que, fazendo isso, ela usa o corpo para mentir sobre a vida6 n$o "á uni$o de vidas7 s# de #rg$os genitais. investiga%$o e o desenvolvimento da singularidade da nossa identidade "umana, dos quais o se'o & o meio físico, s$o desviados por essas elaboradas e enganosas fantasias. Por trás do encanto sedutor de perfumes, sedas e bajula%$o, a pessoa sofre um empobrecimento fundamental. prostitui%$o usa o se'o para mentir sobre a vida6 a verdade de que o amor & um dom, os relacionamentos envolvem compromisso e a se'ualidade representa a espiritualidade. prostituta mente ao fazer acreditar que o amor pode ser comprado, que os relacionamentos s$o !acordos! e que a se'ualidade & um apetite. @sa algo bom para realizar o mal, um corpo bom para diminuir a pessoa, o meio de firmar nossa identidade para nos despersonalizar. 1 grande engano da prostitui%$o n$o & a imoralidade se'ual7 & o sacril&gio espiritual. adora%$o sob o aspecto da Lrande Prostituta & : comercializa%$o de nossa grande necessidade e profundo desejo de sentido, amor e salva%$o, e OGU 2itado por 4alSer Perc5, The Message in the 6ottle N>ova TorS6 ;arrar, *traus W Lirou', OIU, p.
OOJ.
do aperfei%oamento de n#s mesmos para irmos al&m do que somos. adora%$o9prostituta prospera designando o que "á de pior em n#s / orgul"o, lascívia, inveja, cobi%a, ira / como !Ceus!, motivando multid0es despersonalizadas e despersonalizantes a buscarem religiosamente esses defeitos divinizados regiosamente. 1 grande perigo que o mundo representa n$o reside no mal evidente, mas na religi$o fácil. promessa de sucesso, 'tase e significado que podemos comprar por um pre%o & a adora%$o9 prostituta. 8 a invers$o diab#lica. Dransformou o !Xoc foi comprado por um pre%o! em !Xoc pode comprar tudo no atacado!. Lrande Prostituta & apresentada em um contraste implícito com a >oiva Xirgem. Cepois que o julgamento dela se completa, o contraste fica mais e'plícito no banquete de casamento do 2ordeiro Npocalipse OI. >oiva constitui uma metáfora se'ual, assim como a Prostituta, mas faz contraste absoluto com ela. Para a Prostituta, o se'o está a servi%o do com&rcio7 para a >oiva, do amor. Prostituta considera o se'o um contrato7 a >oiva, um gan"o para toda a vida. Para a primeira, o se'o & gan"o, para a outra, dádiva. *omos seres profunda, completa e inescapavelmente se'uais. o viver a se'ualidade, con"ecemos o outro e, de maneira indireta, a n#s mesmos. >a vivncia da se'ualidade, tamb&m con"ecemos, ou n$o, a Ceus. adora%$o9 prostituta & assunto para momentos e ocasi0es. adora%$o9noiva envolve e une todas as partes da vida. adora%$o9prostituta & praticada sob o princípio da atra%$o e do prazer. rela%$o adora%$o9noiva & no mel"or ou no pior, na sade e na doen%a, at& que a morte nos separe, adora%$o9noiva está sempre em desvantagem, pois a outra & indulgente e provoca a lascívia, enquanto noiva se entrega com sacrifício e fidelidade e, por isso, está sempre sob amea%a. E tamb&m por isso precisamos da caricatura violenta do ap#stolo sobre a propaganda religiosa que coloca em perigo nossa persistncia e fidelidade. adora%$o9prostituta traz9nos grande gan"os6 conseguimos tudo o que queremos, na "ora em que queremos. -á a adora%$o9noiva envolve doa%$o6 nos entregamos e n$o sabemos quanto tempo teremos de esperar pela satisfa%$o de nossa ansiedade. Por todo o livro de pocalipse, as grandes cenas de adora%$o mostram que Ceus está sendo servido / as pessoas se apro'imam dele, se entregam em louvor. Em nen"um lugar, Ele as atrai com promessas fáceis. >o lamento do capítulo OJ sobre o fim da Lrande Prostituta, os negociantes de terra e mar s$o os que mais sofrem NOJ6OO9OI6 no culto da Prostituta, conseguiam tudo que desejavam, a vida transbordava com o que possuíam, e agora tudo "avia acabado, virara fuma%a. ;oram privados de tudo que l"es "avia sido prometido, daquilo em que "aviam investido e do que tin"am desfrutado. decadncia, al&m de envolver seus neg#cios, envolveu a religi$o que cultivava a toler+ncia consigo mesmo, o culto ao consumo. gora tudo acabou6 a salva%$o pelo saldo bancário, o deus do pagamento : vista, o sentido do din"eiro, a religi$o como sentimento, o eu divinizado Ntemporariamente. ;icaram apenas eles mesmos que, tendo passado a vida toda no prostíbulo, n$o con"ecem a si mesmos. ?as a conclus$o do julgamento de Ceus n$o acontece em meio a pranto, mas, sim, a aleluias. pocalipse traz para dentro de si o livro com o qual mais se parece, *almos, e conclui com a mesma palavra6 hallel!jah$ Há inmeros paralelos entre *almos e pocalipse. 1s dois se voltam para o ato de culto, e'pressam imensa variedade de problemas. Danto na e'perincia dos
salmistas quanto na de -o$o, os inimigos se espal"am por toda parte. >os dois livros, figuram o clamor fervoroso por um julgamento justo. E tudo isso se une na palavra de conclus$o6 hallel!jahM primeira vez que o termo hallel!jah aparece em pocalipse & no primeiro versículo do capítulo OI. ;igura no momento certo para evitar que a gratid$o e o alívio pelo julgamento degenerem e se transformem em desprezo pelos que foram julgados. =uando ocorre o julgamento e & decretada a morte da prostituta, corremos o grande risco de partir para denncias generalizadas. 1 anseio pelo julgamento está muito pr#'imo da busca da vingan%a. 1 desejo de ver a justi%a de Ceus sempre oscila na lin"a divis#ria com a vontade de ver os inimigos consumidos pela dor. 1 santo que espera pelo juízo divino que estabelecerá o direito corre o risco de resvalar no sadismo que se deleita em presenciar o tormento dos que est$o sendo punidos. =uatro aleluias nos arrancam da lin"a divis#ria e nos levam de volta ao culto, onde nos colocamos, em "umildade e adora%$o, na presen%a da Ll#ria. 1 primeiro aleluia Np OI6O celebra a verdade e a justi%a do julgamento da Lrande Prostituta, a imagem que inclui toda tenta%$o para abandonar a Ceus, toda armadil"a para trair a 2risto, toda emboscada contra a perseveran%a, toda sedu%$o : f&. leluiaM *alva%$o, a Ll#ria, o Poder, todos pertencem a nosso Ceus. 1s julgamentos s$o precisos e justos. Ele julgou a Lrande ProstitutaM a terra, arruinada pela trai%$o se'ual dela, e o sangue dos servos de Ceus que ela derramou tudo ele restaurou : retid$oM NOI6O9
1 segundo aleluia Np OI6 demonstra, sem palavras, gratid$o, enquanto a fuma%a sobe e se dispersa no ar. leluiaM fuma%a sobe sem parar, sem parar. Np OI6
1s A anci$os e os quatro seres viventes, a comunidade litrgica que r eside em volta do trono, o coral esplndido, invisível mas presente em nossas reuni0es sofríveis a cada Cia do *en"or, declaram o terceiro aleluia Np OI6, temperado com um am&m afirmativo. Cepois, do pr#prio trono vem a resposta em antífona. m&mM leluiaM 3ouvem nosso Ceus todos os seus servos. Dodos em reverncia diante dele6 todos os pequenosM todos os grandesM Np OI69
1 quarto aleluia & uma resposta congregacional retumbante ao c"amado : adora%$o que partiu do trono, convocando todos a louvarem a Ceus. Prossegue com o anncio do banquete de celebra%$o que leva 2risto e seu povo a uma eternidade de amor compartil"ado / o banquete das bodas do 2ordeiro. leluiaM 1 *en"or reina, nosso Ceus todo9poderoso. legremo9nos, celebremos, ofere%amos a ele a gl#ria. Pois c"egaram as bodas do 2ordeiro. *ua noiva já vestiu o vestido que ele l"e deu,
vestido de lin"o, diáfano e imaculado. Np OI6V9J
>o *alt&rio, quatro salmos NOV9OI com aleluias renem toda a dor e o lamento de
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-esus, o nome com o qual -o$o come%a e termina pocalipse NO6O e AA6AO, significa !o *en"or salva!. primeira pessoa a ter esse nome na Bíblia foi -osu&, fil"o de >um, o general que liderou o povo liberto na conquista da terra de sua salva%$o. -o$o já apresentou dois c+nticos de salva%$o que celebram o triunfo da obra de Ceus Np U6OG e OA6OG. 1 terceiro e ltimo tem fun%$o dupla6 encerra a vis$o do julgamento e introduz a da salva%$o6 leluiaM *alva%$o, a Ll#ria, o Poder, todos pertencem a nosso Ceus. 1s julgamentos s$o precisos e justos. Ele julgou a Lrande ProstitutaM a terra, arruinada pela trai%$o se'ual dela, e o sangue dos servos de Ceus que ela derramou tudo ele restaurou : retid$oM Np OI6O9
1s c+nticos de salva%$o e as imagens que o ap#stolo apresenta se colocam sobre um cenário de catástrofe. salva%$o & a resposta ao caos. Bíblia entende que as catástrofes est$o al&m da capacidade de recupera%$o do ser "umano. Doda a cria%$o / ndrmeda e o mazonas, cedros do 3íbano e batatas inglesas, trutas e sabiás, esquim#s e aborígines / tudo foi abalado, perdeu a "armonia original e está em disc#rdia. Fivalidade e acusa%$o obscureceram a complementa%$o transparente que "avia entre mac"o e fmea. s conversas que Ceus e os "umanos mantin"am no final da tarde foram distorcidas e se tornaram evasivas e furtivas. ;oi9se o !ajuste! que e'istia entre c&u e terra, entre cria%$o, criatura e 2riador6 a forma n$o combina mais com a fun%$o, o resultado n$o segue mais o objetivo. gora e'iste dor, labuta, suor e morte. >ada escapa : catástrofe. >ada & inocente na catástrofe. Derra e c&u est$o implicados. Bact&rias contaminam a corrente sanguínea e causam doen%as em santos e pecadores. 1 granizo despenca do c&u e arrasa os p&s de trigo, frágeis e elegantes, nos campos prontos para a col"eita. ;ogo líquido fende a crosta terrestre e incinera tigres e árvores com fria vulc+nica. njos rebeldes, desautorizados de advogar nos tribunais celestes, infiltram9se nas regi0es OGJ ;riedric" Hlderlin, citado por Fobert Bl5, Ta5ing All Morning Nnn rbor ?<6 @niversit5 of ?ic"igan
Press, OIJG, p. JO.
invisíveis do mundo e distorcem a gl#ria da inteligncia, formando padr0es de engano. E os seres "umanos, criados !: imagem de Ceus!, descobrem em seu interior, muitas vezes "orrorizados, um cora%$o !desesperadamente corrupto!. trag&dia vai al&m do que se pode imaginar. inda assim, "á muita beleza em meio a toda essa devasta%$o, tais como6 bondade profunda, inclina%$o moral, bn%$o e inteligncia ativa7 de modo que & possível viver alguns períodos, :s vezes bem longos, ignorando a e'tens$o do desastre. ?as, de repente, devido ao acmulo de evidncias observadas com cuidado, ou ao recon"ecimento provocado por uma crise, dei'a de ser possível escapar ao que está diante e em torno de n#s6 fomos separados de nossas origens, de nosso Ceus, de pais, amigos e irm$os, dos ursos, dos falc0es e dos coiotes. Estamos, segundo 4alSer Perc5, !perdidos no cosmo!. OGI >$o sabemos quem somos nem onde estamos. 1s crist$os crem que a causa da catástrofe foi um ato de rebeldia, a desobedincia que tentou enganar Ceus ou tomar o lugar dele. ?as essa n$o & uma opini$o generalizada. s pessoas costumam pensar que, por mais terrível que pare%a a situa%$o de tempos em tempos, n$o "á uma catástrofe, pois encarar o fato de que ela aconteceu envolve, em algum momento, acertar contas com Ceus. E parece que tudo & mais fácil do que isso. ssim, o diabo falsifica o relat#rio, e o mundo altera as evidncias. s pessoas reduzem sua percep%$o da catástrofe a um nível aceitável sem que precisem envolver Ceus de forma substancial. Cessa forma, o mesmo ato que causou o caos o perpetua. *e n$o "ouver percep%$o e'ata do problema, n$o "averá entendimento perfeito da salva%$o, que & o ato divino que traz a solu%$o. >$o "á nada ameno nas palavras de -o$o sobre a catástrofe / & necessário ter estmago para continuar observando enquanto os selos s$o abertos, as trombetas tocadas, e as ta%as derramadas. >esse ponto, muitos abandonam o ap#stolo e adotam vis0es mais suaves, encontradas em vers$o condensada do te'to, que podem ser lidas como um jornaleco qualquer. 8 pena, pois perdem o conte'to adequado para apreciar a apresenta%$o forte que -o$o faz da salva%$o. 1 significado básico de !salva%$o! em "ebraico & ser amplo, tornar9se espa%oso, alargar. Dransmite o sentido de liberta%$o de uma e'istncia comprimida, confinada e rígida. OOG salva%$o & o enredo da "ist#ria. *alva%$o & o tema mais amplo das Escrituras, aquele que ultrapassa e sobrepuja a catástrofe. *alva%$o & a determina%$o de Ceus de resgatar sua cria%$o7 sua atividade na recupera%$o do mundo.
toda a certeza, de volta a seu curso original. 1 otimismo tecnol#gico acredita que a mesma coisa será feita por meio da aplica%$o da inteligncia científica aos problemas da pobreza, polui%$o e neurose. >en"uma das duas formas de otimismo adora a Ceus, embora o moral :s vezes l"e conceda espa%o cerimonial. 1s otimistas acreditam que falta pouco para consertar o mundo, e pensam que cabe a eles resolver os problemas. Dalvez soe como indelicadeza nutrir t$o pouco entusiasmo diante de tanta dedica%$o de inteligncia e boa vontade. final, essa gente pelo menos está fazendo alguma coisa. 2ontudo, o discernimento bíblico mostra que o mal espiritual motiva essas boas a%0es, o mal de ignorar, evitar ou negar a Ceus. 1 esfor%o para viver bem, ajudar os outros e mel"orar as condi%0es do mundo & alimentado pela determina%$o, consciente ou n$o, de manter Ceus fora do que eles s$o e do que fazem. Enquanto conseguirem racionalizar, fantasiar ou interpretar a catástrofe como algo consideravelmente inferior ao que ela &, poder$o esquecer que dependem de Ceus para a salva%$o deles mesmos, dos outros e do mundo. Esse otimismo & t$o generalizado, se apresenta de forma t$o atraente, recebe tantas recompensas e "onras e faz tantas conquistas que fica difícil n$o se impressionar e, com isso, acompan"ar a euforia que está em toda parte. 2laro que isso & muito mais fácil do que se relacionar com Ceus. tarefa pastoral do ap#stolo -o$o era manter os crist$os em contato com Ceus. @ma parte dessa tarefa & manter9nos escrupulosamente "onestos face : catástrofe6 se os agudos detal"es do mal se confundem com o cenário, n$o passar$o nem cinco minutos antes que comecemos a nos preparar para opera%0es de salvamento do mundo ou, pelo menos, de nossos vizin"os. ?as o outro aspecto da miss$o crist$ & nos manter confiantes e participantes da a%$o salvífica de Ceus. salva%$o & maior do que a catástrofe. >essa grandiosa vis$o, em pocalipse OI e AG, -o$o mostra a grandiosidade da a%$o e a natureza de nossa participa%$o nessa grande salva%$o. Cois elementos comp0em a vis$o6 um banquete e uma guerra, representando a polaridade da salva%$o. Danto & necessário e'plorarmos a imensid$o da salva%$o quanto n$o nos afastarmos da enormidade da catástrofe. Parece9me que tememos muito mais a gra%a do que o mal. -o$o usa as imagens do banquete e da guerra para nos fazer ir o mais fundo possível no terreno da salva%$o. Cesacostumados com uma vida que vai al&m de n#s mesmos e nos afasta, pela f&, da posi%$o de controle, corremos o grande risco de nos contentarmos timidamente com um tipo de religi$o que conseguimos administrar. s redu%0es mais comuns na tentativa de dei'ar a salva%$o em um nível mais confortável s$o transformá9la em devo%$o subjetiva ou decoro &tico, ou uma combina%$o dos dois. 2ontudo, salva%$o & obra de Ceus. Está sempre muito al&m do que pensamos, & muito mais do que e'perimentamos em qualquer momento específico. Estamos sempre nos detendo e definindo9a em termos do entendimento presente, que & sempre prematuro e, portanto, reduz essa imensa a%$o na qual temos tanto a aprender e na qual, muito mais ainda, pela gra%a de Ceus, vamos penetrar. !Dendo come%ado pelo Espírito, querem agora se aperfei%oar pelo esfor%o pr#prioQ!, foi o comentário um tanto ácido de Paulo sobre esse tipo de redu%$o. abordagem pastoral de -o$o se dá por meio de vis0es6 ele op0e a redu%$o da salva%$o a subjetivismo espiritual ao apresentar9 nos um banquete7 e ele se op0e : redu%$o da salva%$o a boas maneiras ao mostrar9nos uma guerra.
1s quatro c+nticos de aleluia ligaram a cena do julgamento, mostrando as dimens0es da catástrofe Np O9OJ, com a vis$o da salva%$o. 1 primeiro c+ntico proclamou a salva%$o, o segundo e o terceiro elaboraram o tema, e o quarto a anunciou como o casamento entre -esus No 2ordeiro e os crist$os Na >oiva. 1s c+nticos nos precipitaram no centro nervoso da salva%$o. imagem do casamento se transforma imediatamente na imagem do banquete6 os salvos, al&m de serem a >oiva, s$o tamb&m os convidados da cerimnia que celebra a uni$o de intimidade e fidelidade ímpares que & o casamento. >o Evangel"o de -o$o, -esus fez seu primeiro milagre em uma festa de casamento, em 2aná, transformando a água que seria usada para a purifica%$o em vin"o de bn%$o. *eu ltimo encontro com os discípulos foi um caf& da man"$ da ressurrei%$o, em uma praia na Lalil&ia. ?arcos mostra -esus jantando com pecadores e, com isso, ferindo a sensibilidade dos fariseus. >o Evangel"o de 3ucas, a ceia vespertina da Páscoa, em Emas, revelou o *alvador a 2leopas e seu amigo. 1 ?estre apreciava usar o ambiente comum de refei%0es, jantares e banquetes tanto para contar "ist#rias quanto para conversar. >a ltima refei%$o que fez com seus discípulos, Ele mandou que eles continuassem com o costume, para lembrarem com precis$o o que tin"am vivido na compan"ia dele N!;a%am isto em mem#ria de mim! e aguardarem sem vacilar o que Ele ainda "averia de fazer N!at& que eu volte!. *abemos que -esus adorava em sinagogas e no templo, os lugares onde o povo costumava ir para adorar a Ceus e receber o ensino das Escrituras. pesar disso, a maior parte dos ensinamentos e das ora%0es de -esus aconteceu nas ruas e nos campos, nas montan"as e nos lares, onde ofereceu ou recebeu refei%0es. o estabelecer a forma como seus seguidores deveriam preservar o que tin"am e'perimentado, e os mandamentos que tin"am recebido dele, -esus recomendou que desfrutassem juntos de uma refei%$o de p$o e vin"o. Eles obedeceram. E n#s continuamos fazendo o mesmo at& "oje. 3evando9se em conta a falta de f& e de mem#ria que caracteriza os crist$os de todos os s&culos / a sordidez de conduta e a propens$o : "eresia /, a persistncia com que essa refei%$o tem sido feita constitui uma das e'ce%0es verdadeiramente incríveis. >en"um outro elemento de obedincia continuada & mais impressionante. *eguindo a mudan%a dos tempos, a nfase doutrinária se volta para um elemento enquanto abandona outro. 1 radicalismo do evangel"o sempre cede em uma ou outra dire%$o, para se acomodar : cultura. 1 culto crist$o encontrou e'press$o na arquitetura mediante todos os taman"os e formas de constru%0es. ?as, em meio a todas essas diferen%as, mudan%as e conflitos, a 2eia continua sendo celebrada6 sempre com as mesmas palavras e os mesmos elementos de p$o e vin"o. 2laro que "ouve discuss$o em torno do significado das palavras e dos elementos / mas nunca o debate interrompeu a obedincia. vis$o da salva%$o come%a com um convite : refei%$o6 ;elizes os convidados para o banquete do casamento do 2ordeiroM
1 poder da 2eia do *en"or no sentido de nos manter participando da essncia da salva%$o & impressionante. Ela & a prática fundamental dos crist$os para lembrar, receber e compartil"ar o significado da salva%$o6 2risto crucificado por n#s, seu sangue derramado para a remiss$o de nossos pecados. >ela, confirmamos a realidade de nossa salva%$o. 1 que sabemos e cremos sobre 2risto em sua encarna%$o e o que esperamos dele em sua volta envolvem a vida presente6 dentro desse conte'to amplo e no cenário comum,
celebramos nossa salva%$o. 2ada celebra%$o da 2eia nos reintroduz no domínio daquele que -o$o descreve com uma e'press$o gramatical original6 !que &, que era e que "á de vir! Np O6,J. Ce forma significativa, ele coloca primeiro o presente N!&!, depois mostra que o passado e o futuro N!era! e !"á de vir! o envolvem. Essa reuni$o de todos os tempos verbais em apenas um acontece como sacramento na 2omun"$o. realidade multidimensional da salva%$o se preserva em uma refei%$o que fazemos, e n$o em uma verdade a ser entendida nem em um comportamento &tico a ser adotado. >em todos conseguem entender uma doutrina. >em todos obedecem aos preceitos. 2ontudo, todos s$o capazes de comer um peda%o de p$o e beber um cálice de vin"o, al&m de entender uma declara%$o simples / meu corpo, meu sangue. ?anten"o liga%$o com o -esus morto e ressuscitado, que & a salva%$o, n$o com algum aprendizado nem com um comportamento, mas comendo uma refei%$o. *anta 2omun"$o usa elementos cotidianos para me conectar com a crucifica%$o e a ressurrei%$o e'traordinárias e nicas de -esus. Ela & ao mesmo tempo comum e e'cepcional, repeti%$o do costumeiro e celebra%$o do nico. s refei%0es, em todas as culturas, parecem ter essa capacidade de avan%ar do comum ao e'traordinário, fazendo com que um penetre o outro. s trs refei%0es de todos os dias s$o rotina, mas, quando queremos celebrar uma grande ocasi$o, como casamento ou aniversário, ac"amos bem natural usar uma refei%$o para e'pressar intensidade, 'tase e consuma%$o. Por um lado, a salva%$o & 2risto na cruz e levantado da tumba7 por outro, & comer p$o e beber vin"o. >$o "á como separar isso na 2eia do *en"or6 salva%$o & 2risto no L#lgota e 2risto em mim. 2eia vai al&m6 mant&m a forma social da salva%$o. 2omer juntos & um ato de confian%a e amor entre amigos e estran"os, convite aceito para igualdade diante de Ceus. >$o costumamos, se pudermos evitar, comer sozin"os. Feunimo9nos com familiares ou amigos. Cemonstramos cortesias básicas : mesa, onde aprendemos considera%$o e perd$o. l&m disso, & para ela que convidamos os estran"os, sendo a "ospitalidade o meio de superar desconfian%a e solid$o, c"amando o descon"ecido ao lugar de alimento e aceita%$o. mesa da 2omun"$o incorpora a verdade evangelística da salva%$o, na qual -esus insistiu6 !Pessoas vir$o do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocupar$o os seus lugares : mesa no Feino de Ceus! N3c O6AI. Doda vez que o convite : *anta 2omun"$o & feito e aceito, encontra9se implícita uma defesa contra a redu%$o da salva%$o a espiritualismo falso / transa%$o devocional que acontece estritamente na privacidade da alma. refei%$o impossibilita que a salva%$o seja mantida como elemento privado entre n#s e Ceus no interior das profundezas da alma. prática esnobe de sentimentos devotos que envolvem a recusa a se envolver com pessoas inadequadas e a lidar com os assuntos corriqueiros encontra seu fim na mesa eucarística. 8 impossível preservar a subjetividade devota pura quando temos que lidar com vin"o derramado e migal"as de p$o. refei%$o tamb&m torna difícil viver a salva%$o basicamente como a manipula%$o agradável de sentimentos espirituais em ambiente preparado com esmero, na compan"ia daqueles de quem mais gostamos, isolados dos aspectos mais grosseiros do mundo. 2eia do *en"or n$o acata tais redu%0es6 os participantes da mesa s$o escol"idos pelo *en"or, n$o por mim7 os elementos s$o o p$o e o vin"o
materiais, e n$o pensamentos espirituais e sentimentos devotos. Curante a refei%$o, ouvimos as palavras simples de -esus e comemos e bebemos seguindo sua ordem direta. 1 segundo elemento na vis$o da salva%$o & a guerra. Primeiro, a imagem do >oivo 2risto casado com a >oiva
1s detal"es da cena da batal"a nos incomodam, devido a comple'idades que fogem a qualquer resumo bem elaborado. Há mais informa%0es do que se percebe : primeira vista7 a a%$o salta do cenário. ?as n$o "á espa%o para erros de interpreta%$o6 a salva%$o está sendo conquistada. s duas bestas, responsáveis por tanta confus$o e sofrimento, s$o afastadas, os dois seres !foram lan%ados vivos no lago de fogo que arde com en'ofre! NOI6AG. @m milnio depois, a fonte maligna da catástrofe, do 8den ao Egito, da crucifica%$o de -esus ao martírio dos crist$os, será jogada no mesmo lugar NAG6OG. 1 motivo por que os trs n$o s$o lan%ados juntos no lago &, para mim, uma das ambiguidades menores, mas sem resposta, que evitam que a vis$o seja reduzida a um diagrama. ltima palavra &, ent$o, que toda forma e fonte do mal ser$o banidas da "ist#ria. vis$o mostra que a salva%$o enfrenta oposi%$o furiosa, em grande parte oculta e dissimulada. @ma das fun%0es dessa vis$o & treinar nossa percep%$o para que jamais dei'emos de en'ergar essa oposi%$o. o mesmo tempo, aumenta nossa adrenalina, para que coloquemos a mel"or energia no elevado drama espiritual do qual participamos todos os dias quando confessamos o sen"orio de 2risto. Dendo visto isso, & muito pouco provável que lutemos com indiferen%a a guerra contra o inimigo tenaz. >osso mundo n$o & benigno nem neutro. Enfrentamos oposi%$o maligna, vontade perversa que se dedica a nos enganar e destruir. salva%$o ataca um inimigo. !>ossa salva%$o & um drama apresentado com um diabo que n$o & meramente o mal generalizado, mas uma inteligncia perversa determinada a impor sua supremacia.! OOO o nos ensinar a orar !3ivra9nos do mal!, -esus nos forneceu uma arma para a vida de salva%$o. Paulo, ao pregar, n$o organizou sociedades &ticas em torno do ?editerr+neo. Ele enfrentou batal"as e OOO ;lanner5 1Y2onnor, M"steries and Manners N>ova TorS6 ;arrar, *traus W Lirou', OIUI, p. OVJ.
desenvolveu um vocabulário e'tenso para designar a oposi%$o maligna6 poderes NFm J6J, poderosos desta era NO 2o A6J, tronos N2l O6OV, domínios NEf O6AO. Paulo n$o parecia estar nem um pouco intimidado por essas for%as tenebrosas. Drabal"ava sempre em posi%$o de vit#ria certa, pois -esus "avia !despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo pblico, triunfando sobre eles na cruz! N2l A6O. parentemente, n$o "á nada a temer na luta. 1 perigo está em n$o lutar. 1 lugar mais seguro & o campo de batal"a, pois & lá que 2risto age, montado no cavalo branco. 1 rmagedom que -o$o apresenta imprime essa dimens$o de salva%$o em nossa conscincia e, com isso, convoca nossa participa%$o em f& no desenrolar da salva%$o. maneira singular que temos para nos desviar do objetivo pastoral dessa vis$o & projetá9la no futuro, como uma guerra do fim do mundo. 8 uma guerra do fim do mundo, mas & o mundo da tenta%$o, da injusti%a e do engano em n#s e em nossas comunidades que está c"egando ao fim. 1 ap#stolo usa a vis$o dessa grande guerra para engajar ativamente nossa f& e participa%$o em todos os aspectos da salva%$o que requerem dedica%$o atenta, obediente e corajosa. =uem sup0e Ne muitos o fazem que a salva%$o & um certificado que nos qualifica para participar da eternidade, um diploma que podemos emoldurar e pendurar na parede do quarto, entendeu tudo errado. 8 uma batal"a. >o momento em que nos afastamos da mesa da 2omun"$o, onde recebemos a vida de nosso *en"or, penetramos no rmagedom, onde e'ercitamos a for%a que Ele nos concedeu. 1s leitores dos evangel"os est$o acostumados a essa dimens$o agressiva da salva%$o. 1s ataques de -esus contra as for%as malignas e enganadoras da "ipocrisia s$o t$o frequentes quanto as refei%0es com amigos, pecadores e prostitutas. !casa do "omem forte! N?c 6AU que -esus invadiu e saqueou com tanta energia / as almas dos escravos do pecado, os corpos dos oprimidos por enfermidades / & rmagedom. 1s UG discípulos voltaram empolgados de seu primeiro dia em rmagedom6 !... *en"or, at& os demnios se submetem a n#s, em teu nome.! resposta de -esus foi um prenncio da vis$o de -o$o6 !Eu vi *atanás caindo do c&u como rel+mpago. Eu l"es dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpi0es, e sobre todo o poder do inimigo7 nada l"es fará dano. 2ontudo, alegrem9se, n$o porque os espíritos se submetem a vocs, mas porque seus nomes est$o escritos nos c&us! N3c OG6OU9AG. -esus confirmou a euforia deles, mas tamb&m a colocou em um conte'to mais amplo6 a essncia da salva%$o n$o era o que eles tin"am feito N!espíritos se submetem a vocs!, mas a obra que Ele estava realizando N!seus nomes est$o escritos nos c&us!. 1 trabal"o deles se subordinava ao de -esus7 para manter esse foco afiado, eles tin"am que voltar o regozijo para o que Ele estava realizando. *omos destinatários e participantes da salva%$o, n$o criadores nem modeladores. 1 termo rmagedom surgiu quando a ta%a com a se'ta praga foi esvaziada Np OV6OA9OV. 8 a nica vez que ocorre na Bíblia. *ignifica, em "ebraico, !montan"a Ar de ?egido!. ^acarias, em conte'to paralelo, mostra a vit#ria de Ceus sobre todos os opositores em Biqat"meggedon, vale de ?egido N^c OA6OG. *endo montan"a ou vale, ?egido serviu : imagina%$o prof&tica como lugar de concentra%$o das for%as e da f&, para n$o "aver indolncia em meio : crise. 1utros autores usaram outros lugares de forma semel"ante. ?alcolm 2oRle5 escreveu sobre sua e'perincia na luta contra os fascistas na d&cada de OIAG6 !Houve momentos na ;ran%a em que o pensamento de morrer no dia
seguinte ou, talvez, na pr#'ima semana, apurou intensamente nossos sentidos.!OOA ?egido era uma grande fortaleza, plantada em local estrat&gico, a base da cadeia de montan"as do 2armelo, vigiando a planície de Esdraelom e o vale de -ezreel, os campos de batal"a "ist#ricos de
. OO *t. Deresa of vila, The ollected &or5s, traduzido para o ingls por Kieran Kavanaug" e 1tilio
Fodriguez Nambos da 1rdem dos 2armelitas Cescal%os N4as"ington, C.2.6
a todos e fazer de n#s consumidores d#ceis. 8 difícil aceitar, mas pessoas que lem a Bíblia por muito tempo podem acabar com essa vis$o tímida da salva%$o. 2laro que "á nas Escrituras muitas instru%0es &ticas, mas instru%$o n$o & a%$o7 salvação ; em Libe$o, Ela, 2edrom / & a a%$o, cuja característica mais proeminente & a ferocidade incitada contra o mal. *implesmente n$o "á a menor margem para se entender a salva%$o como um c#digo de "onra elitista. !Estou convicto!, afirma o bispo ulen no final de seu livro hrist!s 7ictor, !de que nen"uma forma de ensino crist$o tem futuro, e'ceto aquelas que mantm firmemente a vis$o da realidade do mal que está no mundo e partem para combat9lo com um "ino de guerra e triunfo.! OO o mesmo tempo, fica evidente que essa guerra difere de todas as outras que já foram, ou ser$o, travadas por e'&rcitos "umanos. 1 ?essias guerreiro, montado no cavalo branco, !aprendeu a arte da guerra!, como Hilário coloca com tanta "abilidade, !quando venceu o mundo.! OOV 2arrega apenas uma arma6 sua palavra. Luerreia com o que fala, e'press$o de quem Ele &. 2om seu nome escrito no manto e na co'a, Ele está bem identificado. Paulo identificou essa guerra dentro dele mesmo6 batal"amos n$o contra carne e sangue, mas, sim, contra principados e potestades. !Pois, embora vivamos como "omens, n$o lutamos segundo os padr0es "umanos. s armas com as quais lutamos n$o s$o "umanas7 ao contrário, s$o poderosas em Ceus para destruir fortalezas. Cestruímos argumentos e toda pretens$o que se levanta contra o con"ecimento de Ceus, e levamos cativo todo pensamento, para torná9lo obediente a 2risto! NA 2o OG69. =uando a palavra9espada saiu da boca de -esus na sinagoga de 2afarnaum, o endemonin"ado foi libertado, e n$o morto N?c O6AO9AJ7 no cemit&rio gadareno, o possesso de 3egi$o n$o morreu7 ele foi salvo N?c 6O9AG. =uem acompan"a -esus pelas montan"as e vales da salva%$o, n$o tem permiss$o para usar outras armas. =uando Pedro, ansioso para combater as for%as malignas que levavam -esus rumo : cruz, sacou a arma e, com manejo desajeitado, cortou a orel"a do servo do sumo sacerdote, -esus mandou parar imediatamente / !BastaM! / e, com seu toque curador, reparou o que ele "avia feito.! OOU 4endell Barr5 denuncia com muito sarcasmo a tolice de usar armas destruidoras na guerra da salva%$o6 !Xoc já acabou de matar todos que se opun"am : pazQ! OOJ 4illiam -ames realizou uma campan"a em busca de um !equivalente moral para a guerra! / alguma coisa que suscitasse em n#s a mesma bravura que a guerra, mas sem a mortandade e o desperdício. >$o conseguiu nada significativo. -o$o tin"a a mesma ideia, mas o equivalente que ele buscava era espiritual, de modo que se aprofundou muito mais. vis$o estimula ao ataque contra a perversidade, sem usar nen"uma das armas do mal. 2laro que n$o impede que os outros as usem, nem & provável que ven"a a faz9lo, mas recrutou mil"0es de pessoas para agirem em favor da salva%$o. 8 impossível calcular o taman"o das imensas áreas que foram recuperadas do domínio maligno sem que uma gota de sangue sequer ten"a sido derramada, e'ceto o dos crist$os martirizados em sacrifício voluntário. @ma das consequncias infelizes da vis$o de rmagedom foi inflamar a imagina%$o de ignorantes da Bíblia e os levar a fantasias desgastantes sobre o final dos tempos, esquecendo assim o valor da obedincia constante, do amor OO Lustav ulen, hrist!s 7ictor N3ondres6 *P2K, OIG, p. OUV. OOV 2itado em The Lit!rg" of the 8o!rs N>ova TorS6 2at"olic BooS Pub. 2o., OIUV, A6OJ. OOU 3ucas AA6G9O7 -o$o OJ6OG9OO. 118 4endell Berr5, ollected Poems N*an ;rancisco6 >ort" Point Press, OIJ, p. OAO.
sacrificial e da persistncia cotidiana.
comum7 esta, com o e'traordinário. salva%$o inclui ambos. >$o "á como escol"er um em detrimento do outro. *e queremos estar com nosso *en"or, temos que comer sempre com Ele. E tamb&m precisamos estar prontos para, a qualquer momento, entrar na batal"a com Ele. Cois versículos do salmo A poderiam ter servido de te'to para a vis$o que o ap#stolo teve da salva%$o. Dalvez ten"am. linguagem, as imagens, a intens intensida idade de e as e'trav e'travag+ ag+nci ncias as de poca pocalips lipse e muitas muitas vezes vezes encont encontram ram correspondncia em *almos. 1s dois livros dedicam a maior parte : ora%$o e : poesia, portanto n$o deveríamos nos surpreender com a resson+ncia das correspondncias. Preparas um banquete para mim, : vista dos meus inimigos.
1 *en"or, como anfitri$o, preside o banquete7 uma guerra acabou com o poder de todos os inimigos, que já n$o causam nen"um dano. 1 salmo A e pocalipse OI s$o pe%as conjuntas na e'posi%$o da salva%$o, mostrando dois elementos6 livramento da catástrofe da sombra da morte7 "ospitalidade : mesa, onde fomos aperfei%oados pela intimidade com a bondade e a miseric#rdia. Fesgatados e saudáveis6 salvos, tanto agora N!todos os dias da min"a vida! quanto para sempre N!na casa do *en"or para todo o sempre!.
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?ateus relata que, quando -esus saiu da água ap#s o batismo, o firmamento se abriu e o Espírito, em forma de pomba, passou pela abertura e desceu sobre Ele. @ma voz alta, tamb&m vinda do c&u, acompan"ou a vis$o6 !Este & o meu ;il"o amado, em quem me agrado! N?t 6OV9OU. ?arcos e 3ucas repetem a "ist#ria, com pequenas varia%0es. Eles concordam que esse fato indica a inau inaugu gura ra%$ %$o o do minis minist& t&ri rio o terre terreno no de -esu -esus. s. Em poc pocal alip ipse se,, -o$o -o$o usa usa vocabulário idntico para contar como viu uma porta se abrir no c&u e ouviu uma voz N6O. =uando os c&us se abrem, conseguimos ver e ouvir o que n$o víamos nem ouvíamos antes6 o governo de Ceus, suas palavras em nossa língua. 1s autores dos evangel"os contam que isso aconteceu quando -esus iniciou seu minist&rio. vis$o de -o$o em Patmos faz paralelo com a revela%$o palestina6 as narrativas evang&licas e as vis0es apocalípticas tm o mesmo tema / -esus / e usam a palavra c&u da mesma forma. 2&u, nos dois lugares Ne por toda a Bíblia, & uma metáfora que mostra que e'istem muito mais coisas do que nosso ol"o consegue en'ergar. en'ergar. l&m e atrav&s do que vemos, e'iste o que n$o conseguimos ver, que está, surpreendentemente, n$o !lá longe!, mas bem aqui : nossa frente e entre n#s6 De!s / seu governo, amor, julgamento, sua salva%$o, miseric#rdia, gra%a, cura, sabedoria. 2"amar o c&u de metáfora n$o implica que ele seja menos real7 & apenas o recon"ecimento de que essa realidade está inacessível aos nossos sentidos no momento presente. >. "ebraico e no grego, como em portugus, "á apenas uma palavra para designar !c&u!. Em ingls, "á duas palavras para isso. #hama"im N"ebraico e o!ranos Ngrego significam tanto o espa%o visível acima de n#s quanto a esfera invisível de Ceus nos invadindo. 1 que determina seu sentido & o conte'to. ?as, qualquer que seja o sentido, o outro sussurra por trás, fazendo sentir sua presen%a. língua inglesa, usando Hs5"H para para o visível e HheavenH HheavenH para o invisível, elimina os sussurros. clareza aumenta, mas a compreens$o diminui. ambiguidade acaba, mas leva com ela as lin"as de irradia%$o da metáfora que espal"a luz em várias dire%0es ao mesmo tempo. 1 !c&u! bíblico Nshama"im:o!ranos, respondendo pelo que se v e tamb&m pelo OAO Paul ?inear, I #a3 a *e3 Earth N4as"ington, C.2.6 2orpus BooSs, OIVJ, p. O.
que n$o se v, mant&m a imagina%$o funcionando para estabelecer cone'0es entre o que vemos e o que está oculto, ambos igualmente reais, cada um fazendo lembrar do outro. ltima vis$o de -o$o & o c&u. >$o apresenta o fim, como seria de esperar, e sim um novo come%o6 !Ent$o vi novos c&us e nova terra...! Np AO6O. "ist#ria bíblica iniciou, logicamente, com um come%o. gora c"ega ao fim, contrariando a l#gica, com outro come%o. cria%$o de Lnesis, arruinada pelo pecado, & restaurada na cria%$o de pocalipse, renovada pelo sacrifício. 1 produto do ato inicial e do ato final da cria%$o & o mesmo6 !os c&us e a terra! em Lnesis, e !novos c&us e nova terra! em pocalipse. "ist#ria tem a cria%$o como a palavra inicial e tamb&m a final6 !o fim & o lugar onde come%amos!.OAA !1s c&us e a terra! envolvem tudo. 2&us / a grande ab#bada de luzes acima e al&m de n#s, o teatro estonteante em que assistimos a coreografia bem sintonizada das constela%0es e a bela fria selvagem das tempestades. 2on"ecemos esse c&u pelos sentidos / vemos as estrelas e ouvimos os trov0es / mas somos incapazes de manuseá9lo, alterá9lo ou controlá9lo. !Derra! envolve, literalmente, tudo que se encontra abai'o de n#s e : nossa volta, aquilo com que temos contato e conseguimos manusear, alterar e, at& certo ponto, controlar. 8 o solo firme sob nossos p&s, as flores que col"emos, os campos que aramos, plantamos e ceifamos. e'tens$o física vai al&m do que conseguimos captar com os cinco sentidos. ?esmo com a ajuda de aparel"os que aumentam muito o alcance de nossas percep%0es sensoriais / telesc#pio, microsc#pio, radar, sonar, rádio, televis$o e sondas espaciais controladas por instrumentos /, ainda n$o c"egamos nem perto de uma cataloga%$o completa da aparentemente infinita quantidade de combina%0es de el&trons e pr#tons que se estendem das estrelas da constela%$o de \rion aos pontos mais remotos de nosso planeta. s duas palavras juntas, c2!s e terra, nos ligam a uma cria%$o material que, at& o ponto que nossos sentidos mostram, jamais acaba. Estamos mergul"ados na materialidade, do come%o ao fim. Entramos nela em Lnesis e voltamos a ela em pocalipse. Entre esses dois e'tremos, nada escapa : geologia, "ist#ria, geografia, meteorologia, encarna%$o e todos os sinais materiais do sagrado. mat&ria envolve nossa e'istncia. >ada & apresentado no evangel"o : parte do físico, tampouco nada do que ele cont&m pode ser entendido e recebido fora da esfera física.
2o., OIJ, p. O.
mat&ria que e'iste entre eles. 2&us e terra, ou seja, materialidade, s$o o conte'to inclusivo em que e'istimos. >$o acabam com a ressurrei%$o. 1s autores dos evangel"os insistiram nessa continuidade testemun"ando sobre o corpo de -esus, e os que elaboraram o credo na e'press$o !ressurgiu dos mortos!. >$o adianta tentar escapar por alguma porta lateral ou abertura secreta. >$o somos anjos. @m grande perigo nesta vida & reduzir tudo a mat&ria e eliminar o espírito. Perigo igualmente s&rio, que afeta em especial as pessoas que vivem pela f&, reside em menosprezar a mat&ria e passar a son"ar com um mundo imaterial de ideias e fantasias. =uem deseja se manter atento : a%$o de Ceus, precisa conservar ol"os e ouvidos abertos no local em que Ele age. cria%$o, c&us e terra, & o lugar de trabal"o de Ceus. Há uma necessidade especial em insistir nisso quando abandonamos !terra! e passamos a pensar apenas em !c&us!. natureza n$o regenerada sabe como fugir das amarras da esfera física para se lan%ar, como um c$o desobediente, em todo tipo de atra%$o espiritual. ?as espiritualidades desmaterializadas s$o espa%os vazios. @m dos fatos mais assombrosos deste mundo & a frequncia com que a vis$o que -o$o teve do c&u recebe elementos imaginários e se transforma em fantasia antibíblica. 1 ap#stolo -o$o, como seus colegas bíblicos, mistura livremente o c&u literal com o metaf#rico Na esfera divina. ?as, quando ele coloca a vis$o final diante de n#s, os significados se interpenetram como jamais poderíamos imaginar. -o$o pastoreava um povo de ora%$o que estava envolvido na árdua tarefa de discernir a a%$o de Ceus no com&rcio fraudulento e sedutor de suas cidades, e'traindo a palavra de Ceus do meio de blasfmias políticas e religiosas que feriam seus ouvidos todos os dias. vis$o do c&u atende ao primeiro conjunto de peti%0es da 1ra%$o do *en"or6 o nome de Ceus santificado, seu reino vindo, sua vontade obedecida !assim na terra como nos c&us!. 1 c&u n$o está distante no tempo nem no espa%o7 está muito pr#'imo. >$o & o que esperamos depois do arrebatamento, nem o lugar para onde iremos depois da morte, mas & aquilo que e)iste, que quase pode ser alcan%ado por nossos sentidos, e que a vis$o de -o$o traz at& seu povo. gora, podemos ol"ar para os eventos que nos cercam n$o como um p+ntano desesperador de engano pag$o e mis&ria "umana. Xemos as dores do parto de uma nova cria%$o e ouvimos o c"amado para participar da obra de Ceus na recria%$o. vis$o do c&u & uma afirma%$o da correspondncia6 aquilo que come%amos a e'perimentar corresponde ao que um dia e'perimentaremos por completo.OA Ela n$o promete nada diferente do que já recebemos pela f&. Entretanto, promete mais, ou seja, promete completar o que come%ou. Em seu estilo caracteristicamente prático, Deresa de vila afirmou, no comentário sobre 2antares, que !a recompensa come%a nesta vida!. OA Há continuidades intrincadas e profundas entre terra e c&u, entre o visível e o invisível. ssim OA ! concep%$o bíblica do c&u (...) repousa no princípio que talvez se resuma em uma palavra6
YcorrespondnciaY. sabedoria do ntigo 1riente Pr#'imo adotava a cren%a de que neste mundo decaído os "omens e'perimentam a vida de acordo com as leis OAeternas da cria%$o. terra corresponde ao c&u, mas tamb&m difere dele. 2orrespondncia inclui tanto analogias quanto diferen%as. revela%$o crist$ n$o viola esse princípio7 ela o ajusta : figura central do Ceus9"omem. ssim, a ordem crist$ alega ser a ordem de todo o mundo, tanto como origem quanto como fim de toda e'istncia. Pode ser, e &, ultrajada e contestada na desordem do mundo decaído do qual faz parte o "omem pecador. ?as at& mesmo essa ordem fugaz e'trai sua realidade Npassado, presente e futuro da ordem c#smica de Ceus! N@lric" *imon, 8eaven in the hristian Tradition (>ova TorS6 Harper W Bros., OIJ), p. <<. *t. Deresa of vila, ollected &or5s, A6AV.
como as a%0es na terra fluem para o c&u, tamb&m as do c&u descem para a terra. @m & t$o real quanto o outro. 8 importante interpretar isso de forma convincente, para n$o nos contentarmos com pouco. 1u seja, e'plicar o c&u em termos da terra, em vez de entender a terra em termos dos c&us. *e interpretarmos na dire%$o errada, viveremos na mediocridade, sem perceber gl#rias que est$o pr#'imas de n#s, ou em son"os inteis : vida que levamos. 2&u & mais do que um refgio para escaparmos das confus0es e dificuldades da terra. >$o & fantasia. Demos acesso ao c&u agora. 1 c&u & a invisibilidade na qual estamos imersos, que se transforma passo a passo em visibilidade at& que um dia ficará completamente visível. 2omo o poeta Fobert BroRning colocou6 ! terra está repleta do c&u.! o obedecer : ordem !Escreva, pois estas palavras s$o verdadeiras e dignas de confian%a! Np AO6, -o$o reescreveu Lnesis,
Lnesis, o paraíso & um jardim. Em 2antares, o amor tamb&m &. ?as as cidades est$o repletas de pessoas barul"entas, voltadas para si mesmas, que se esquecem de Ceus ou o desafiam, que espancam os outros e abusam deles. primeira cidade, Enoque, foi construída pelo primeiro assassino, 2aim, e destruída no dilvio. segunda, Babel, resultou da tentativa arrogante de invadir o c&u e foi abandonada em uma confus$o de línguas incoerentes. >a vis$o do julgamento, uma cidade foi destruída6 !2aiuM 2aiu a grande BabilniaM! Np OJ6A. Por certo, o c&u deveria nos afastar de tudo isso. -á n$o e'istem cidades suficientes na terraQ *erá que n$o merecemos aquilo pelo que ansiamosQ ?uitos querem ir para o c&u como pensam em ir para o litoral / lugar com clima agradável e pessoas decentes. ?as na Bíblia & diferente. 1 c&u n$o & um lugar afastado das tens0es da vida dura na cidade. 8 a invas$o da cidade pela 2idade. >$o entramos no c&u para fugir do que n$o gostamos, mas pela santifica%$o do lugar em que Ceus nos colocou. >$o "á nem um tra%o de escapismo na vis$o do c&u de -o$o. >$o estamos diante de um longo Neterno fim de semana longe das responsabilidades de trabal"o e cidadania. Presenciamos a intensifica%$o e a cura deles. 1 c&u se forma a partir de ruas sujas, alamedas perigosas, quartos de adult&rio, tribunais corruptos, sinagogas "ip#critas, igrejas mercantilistas, cobradores de impostos desonestos e discípulos traidores6 cidade, mas n$o a cidade santa. vis$o apresenta uma cidade específica / -erusal&m / de ruas apertadas, muito antiga, destituída de esplendor. 8 verdade que ela presenciou grandes momentos de adora%$o, prega%$o, constru%$o do templo, revela%$o. ?as as "ist#rias bíblicas aniquilam qualquer possibilidade de idealiza%$o6 Cavi desonrou com adult&rio e assassinato a cidade que tomou dos jebuseus. Ela se tornou infame pelos sacrifícios de crian%as e a bru'aria ilegal. ^ombou da integridade de -eremias e se fez surda : prega%$o poderosa de
uma cidade santa que vive em "armonia com Ceus7 uma noiva virgem, estimulada pela intimidade com Ele7 e tanto a cidade quanto a noiva somos n#s. Coze pedras formam o fundamento da cidade, que tem OA port0es. Em cada um está escrito o nome de uma das OA tribos de
o futuro e, no momento de visão e decisão, se integra nele. OA >#s vimos de todas as dire%0es nas bases do acesso israelita. Em qualquer lugar secundário que vivamos, estamos sobre o fundamento apost#lico. Dudo que foi ousado em
segunda característica visual do c&u & ser repleto de luz6 !... n$o precisar$o de luz de candeia, nem da luz do sol, pois o *en"or Ceus os iluminará! Np AA6. luz & a e'perincia visual fundamental, aquilo que possibilita en'ergar todas as coisas. 1 primeiro ato da cria%$o foi o surgimento da luz. primeira vis$o de pocalipse mostra -esus como luz do mundo, no meio de um mar tamb&m de luz. ssim, a ltima cria%$o mostra o c&u repleto de luz, inundado com seu bril"o. 1s crist$os crem que a luz que vemos e seguimos em 2risto vence as trevas. creditamos que a gl#ria do)a- da ressurrei%$o de -esus N-o O6O derrota a noite n!)- em que -udas mergul"ou ao traí9lo NO6G. vis$o celestial de -o$o confirma isso6 !... a gl#ria do)a- de Ceus a ilumina (...). >$o "averá mais noite n!)-H Np AO6A7 AA6. cidade se firma sobre OA pedras preciosas, que fazem mais do que apenas confirmar a presen%a da luz6 demonstram sua plenitude. luz & a uni$o das cores, e as pedras as e'p0em, uma a uma, para nfase e louvor. ?uitas vezes, atravessamos o !vale da sombra da morte! e n$o vemos luz. Em outras ocasi0es, o pecado tolda nossos ol"os, e n$o discernimos as cores. Xivemos em &poca sombria da "ist#ria, for%ados a mergul"ar nas noites escuras da alma. 1 que fazerQ 1 que -o$o tem a nos dizer sobre issoQ Perseveran%a & requerida. *implicidade tem de ser cultivada. 2ontudo, !o maior problema n$o & como prosseguir, mas como elevar nossa e'istncia. 1 clamor pela vida ap#s a morte & irrealista se n$o "á um anseio por vida eterna antes de nossa descida : cova. Eternidade n$o & futuro perp&tuo7 & perp&tua presen%a. Ele plantou em n#s a semente da vida eterna. 1 mundo por vir n$o & apenas futuro7 mas o que "á de ser, e será, presente, aqui e agora!. OAJ >ada pode ser mais nocivo ao amadurecimento da f& do que a redu%$o da perseveran%a a determina%$o austera, triste e estoica. -o$o apresenta a vis$o do c&u porque, se n$o a tiv&ssemos, & quase certo que nos contentaríamos com uma e'istncia monocromática / pessoas ben&volas, mas sem cor, que vem tudo em termos de preto e branco7 vidas mon#tonas, escravas do rigor moral. >o entanto, a vida na gra%a e no amor de 2risto & magnífica. Há e'cesso de realidade por trás de tudo que e'perimentamos. >$o apenas e'iste luz, mas ela se refrata em OA cores. e'travag+ncia jorra do c&u em fulgor caleidosc#pico e ilumina os passos de nossa peregrina%$o. Pedras preciosas s$o preciosas n$o por causa do seu custo, mas devido : sua capacidade de e'ibir o espectro da luz. luz c"ega at& n#s em uma fus$o das cores. Ela atinge os objetos, que absorvem algumas cores e devolvem Nrefletem outras para n#s. =uando nos c"ega : retina, ap#s incidir sobre peles, cascas ou flores, já perdeu um pouco de seu bril"o original. ?as determinadas pedras fazem e'atamente o oposto6 selecionam cores específicas na luz e as apresentam a nossos ol"os com pureza intensa e ardente. lguns artistas fazem coisa semel"ante com a pintura. 3evam9nos a perceber o amarelo como nunca antes Nvan Log" ou a e'perimentar o azul que "avia sido diluído por cores que competiam com ele e formas que distraíam nossa aten%$o N?ondrian. s OA pedras fazem isso6 separam as cores da luz e as mostram em sua pureza. luz do c&u n$o se parece com a claridade tnue de uma l+mpada de G 3atts pendurada no teto : noite. luz celestial consiste em cores, revela matizes e te'turas de tudo que e'iste na 138 bra"am -os"ua Hesc"el, Man Is *ot Alone N>ova TorS6 ;arrar, *traus, W Lirou', OIUV, p. AI.
cria%$o. >ela, vemos mais do que os objetos7 percebemos a beleza estonteante e luminosa que "á neles. >a escurid$o, nada & visível, !todos os gatos s$o pardos!, mas na luz somos cercados e ban"ados em uma e'uberante cascata de cores. Em seu romance astle &arloc5 N1 Bru'o do 2astelo, Leorge ?acConald fala de um tesouro composto de pedras preciosas que se espal"aram formando desen"os no c"$o por causa da luz do sol. descri%$o dele serve como comentário da cidade do ap#stolo -o$o6 2ome%ou a cair no monte (de luz) uma pequena cascata de fragmentos de arco9íris, lampejando todas as cores visíveis ao ol"o "umano / e mais. corrente que deles fluía (...) uma tempestade silenciosa e im#vel de matizes conflitantes e ao mesmo tempo completamente "armoniosos, com jorro espumante de raios pontudos e manc"as que ardiam nos ol"os com as cores vibrantes (...) 3á pulsava o bril"o místico do cora%$o vermel"o, sen"or das cores7 o jubiloso amarelo9claro se coroava em ouro et&reo7 o curioso azul9celeste / a verdade insondável7 o verde que persegue o c&rebro / reservat#rio dos segredos infinitos da natureza (...). Dodas as gemas estavam lá / safiras, esmeraldas e rubis7 mas mal seriam notadas na gloriosa massa de cores rec&m9nascidas e logo mortas que jorravam das fontes dos diamantes que engolem a luz.OAI
Demos percep%$o especial da invas$o das sombras terrestres pela luz celestial em atos de adora%$o, quando as várias luzes da revela%$o iluminam inesperadamente os cantos sombrios do mundo e do cora%$o.
Dirar f&rias na 2"inaQ Escalar o KilimanjaroQ prender acupunturaQ ;alar em línguasQ Praticar iogaQ imagina%$o corrompida pelo pecado entende tudo ao contrário. >#s tentamos mel"orar a vida atrav&s de meios que, de fato, a empobrece. Em capítulos anteriores de pocalipse, -o$o apresentou a vis$o da fome. 1 cavaleiro montado no cavalo preto escarnecia, anunciando pre%os e'orbitantes para o p$o, enquanto os itens de lu'o, azeite e vin"o, sobravam. 1 mal faz isso. Priva9nos do que precisamos para viver e nos farta com o que n$o & essencial, mascarando nossa necessidade. Derrivelmente anmicas por causa da subnutri%$o e fracas pela desidrata%$o, as pessoas untam a pele com unguentos caros e abarrotam a adega com vin"os de boa safra. E afirmam que isso & progresso. sociedade fica cada vez mais rica / e cada vez mais enferma. 1 povo desumanizado compensa sua falta de vitalidade com uma camada de cosm&tico Nazeite e iguarias caras Nvin"o. Pessoas que vivem segundo a Bíblia n$o podem ol"ar o azeite e o vin"o em desprezo puritano ou fervor asc&tico, pois a "ist#ria de -esus s# pode ser contada com precis$o com a afirma%$o desses dois elementos. OO 2ontudo, as imagens esclarecedoras do c&u impedem que #leo e vin"o sejam tomados erroneamente como alimentos. 1s elementos necessários : nossa vitalidade s$o frutas e água. Essas imagens nos restauram :s condi%0es que nutrem com tranquilidade nossa natureza criada por Ceus, e nos afastam da promo%$o doentia do fingimento estimulado pelo pecado. Cepois que nossas necessidades básicas s$o atendidas, Ceus n$o nos dá aquilo de que n$o precisamos7 Ele nos dá mais do mesmo que nos deu, pois a vida & t$o profunda que jamais c"egamos ao fim, e nunca dei'amos de precisar de suprimentos de energia para o trabal"o árduo de nos tornarmos plenamente n#s mesmos. 1 corpo e a alma "umanos s$o cria%0es divinas, que Ceus declarou bons. ssim, n$o se pode aperfei%oá9los. 1 !bom! de Ceus n$o pode passar a !mel"or!. Heidegger sempre insistiu em que & uma falácia acreditar que a vida come%a errada, fraca e desamparada. verdade & o oposto. 1 mais forte e mais poderoso está no início. 1 que vem de pois n$o & desenvolvimento, mas simplifica%$o que resulta do desperdício. OA 8 incapacidade de manter o que e'istia no come%o. Esse come%o & mutilado e, depois, caricaturado de grandeza pela multiplica%$o de nmeros e aumento de taman"o, como os romanos, trope%ando em seus predecessores gregos / incapazes de fazer coisas bonitas, eles as faziam grandes. 1 c&u reafirma o início. Esclarece as condi%0es de nossa "umanidade básica e nos coloca em contato com as fontes abundantes e criativas de for%a e sade / a água e a árvore da vida. -amais sabemos o bastante sobre a vida e aquilo que a mant&m. E "á abund+ncia tamb&m dos elementos básicos / água e frutas. >ossa vida flui em um rio. Damb&m amadurece e se transforma em fruto. 2om isso, a vis$o do ap#stolo -o$o fornece imagens das condi%0es que apoiam e promovem o crescimento vigoroso em 2risto e o amadurecimento constante no discipulado. -á somos, em 2risto, !nova cria%$o! NA 2o 6OU e em nossa vida presente !segundo a sua imagem estamos sendo transformados com gl#ria cada vez maior! NA 2o 6OJ. ssim, em certo sentido, estamos !no 11 -o$o A6OO7 ?arcos O69I. OA ?ac=uarrie, 8eidegger , p. I9G.
c&u! / sendo parte e participante da nova cria%$o, a cidade santa na qual Ceus governa e onde tudo acontece segundo sua vontade. Entretanto, n$o se pode dizer que as condi%0es nas cidades em que vivemos sejam propícias : gl#ria. maioria das cartas e revistas que recebemos pelo correio transmitem imagens que nos saturam com ilus$o e engano. Precisamos de um meio para discernir a gl#ria. s imagens do c&u s$o "eurísticas6 um camin"o para descobrir o real no meio da ilus$o, para identificar a fraude e afastá9la da revela%$o. Pode9se identificar isso com certa precis$o reparando nas várias correspondncias entre as mensagens de -o$o :s congrega%0es e as imagens da cidade celestial. Paul ?inear deu aten%$o especial a essas correspondncias, tra%ando lin"as entre as necessidades dos crist$os das congrega%0es Np A e e as imagens fornecidas a eles na cidade celestial Np AO e AA.O Em outras palavras, o c&u & funcional. Por meio dessa vis$o, vimos a saber que o c&u n$o & algo que esperamos passivamente, mas que Nentre outras coisas o c&u está na atividade que fornece as imagens que nos trazem compreens$o a respeito das condi%0es propícias ao nosso desenvolvimento sadio como criaturas em 2risto. s condi%0es principais, como temos visto, s$o6 a santidade, que n$o & restrita nem distorcida, mas abrangente7 a ilumina%$o que pela e'ibi%$o de imagens e'travagantemente belas vai al&m da demonstra%$o mínima do que & verdadeiro7 e o alimento saudável para nossa vida em lugar de adornos frívolos. s dimens9es da cidade fazem nossa vida ampla em santidade Npois santidade & amplitude. s l!1es da cidade fazem nossas vidas belas Npois a verdade & magnífica. 1 alimento da cidade faz nossas vidas fortes e saudáveis Npois a vida & abundante. s vis0es rejeitam implicitamente as vers0es de santidade limitada e distorcida, de verdade insípida e mon#tona, de crescimento decorativo e est&ril. *erá a vis$o capaz de nos convencerQ @ma crítica frequente : vis$o celestial de -o$o afirma que nela o c&u n$o & muito interessante. O *e comprovada, essa crítica será fatal, pois caso o c&u n$o corresponda : satisfa%$o do que & profundamente real e entusiástico em n#s, será por certo falso. Derá o ap#stolo nos enganadoQ Para rebater essas críticas, apontamos os rios e árvores de Lnesis7 as pedras do peitoral em 'odo7 o c&u, a terra e a cidade em
2aso os críticos nunca ten"am submetido a mente : for%a dessas narrativas, nem ten"am adquirido a capacidade de apreciar imagens, e n$o ten"am sido atingidos pelas tempestades de parado'os e contradi%0es para emergir, surpresos e curados, nas águas tranquilas da f&, ent$o o c&u que -o$o apresenta pode muito bem parecer sem gra%a. 1 ap#stolo & um mestre da alus$o. *e n$o "ouver em nossa mente as e'perincias :s quais ele alude, ele terá falado ao vento. ?as se "ouver abertura de mente e boa vontade nas críticas, essa deficincia poderá ser reparada. raz$o mais provável para a rejei%$o & que -o$o n$o tenta apelar para ilus0es. Ele & um mestre nas alus0es, mas se abst&m totalmente da ilus$o. -o$o n$o apela para nossas fantasias. Ele & um pastor. Ele n$o & um vendedor promovendo um c&u interessante pelo apelo : nossa lascívia, cobi%a, avareza ou orgul"o. E n#s, desacostumados aos apelos baseados em outros elementos que n$o sejam a nossa convenincia pessoal, n$o sabemos como reagir. 2ostuma9se citar Fobert BroRning6 !1 alcance de um "omem deve estar al&m da e'tens$o de seus passos, sen$o n$o se c"egaria ao c&u!. O
O Fobert BroRning, !ndrea del *arto!, The Poems W Pla"s of 'o%ert 6ro3ning N>ova TorS6 D"e ?odern 3ibrar5, OI, p. AAG.
grada9te, *E>H1F, em libertar9me7 apressa9te, *E>H1F, a ajudar9me. =uanto a mim, sou pobre e necessitado, mas o *en"or preocupa9se comigo. Du &s o meu socorro e o meu libertador7 meu Ceus, n$o te demoresM *3?1 G6O,OU quele que dá testemun"o destas coisas diz6 !*im, ven"o em breveM! m&m. Xem, *en"or -esusM P123
s vis0es c"egaram ao fim. 1 ap#stolo -o$o, arrebatado em adora%$o, cai aos p&s do anjo revelador, prostrado para cultuar, mas ouve uma censura quanto : devo%$o mal dirigida6 !>$o fa%a issoM *ou servo como voc e seus irm$os, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro. dore a CeusM! Np AA6I. 8 a segunda vez que o ap#stolo tenta adorar o anjo que revela em vez do Ceus revelado Np OI6OG. Por que tanta dificuldade para entenderQ Por que acontece o mesmo conoscoQ *imples6 porque & mais fácil se entregar ao 'tase do que obedecer, perseguir o fascínio com o sobrenatural do que servir a Ceus. E o mais fácil acontece com mais frequncia. *ofremos de epidemias recorrentes de obsess$o religiosa. s pessoas gostam muito de se distrair com milagres. @ma religi$o de anjos envolve empolga%$o sobrenatural e 'tase milagroso. ?at&ria forte. Em contato com essas coisas por muito tempo, qualquer um pode ser levado a um delírio generalizado. 1s anjos reveladores s$o sempre mais populares do que o Ceus que revelam. >$o & surpreendente que, de tempos em tempos, tomados de assombro, sejamos levados a cultuar algum mensageiro divino e'cepcionalmente atraente. -o$o n$o escapou a isso e prostrou9se duas vezes para adorar a pessoa errada. ?as o engano n$o foi tratado com indulgncia. censura veio imediata e grave6 levante9se. ;ique em p&. dore a Ceus, e somente a Ceus. njos, profetas e todos os crist$os encontram9se no mesmo nível e ajoel"am9 se juntos, no mesmo lugar, como adoradores$ ?uitos tratam pocalipse da mesma maneira que -o$o tratou o anjo que l"e trou'e a revela%$o, mas n$o ouvem a censura angelical imediata. 8 mais difícil adorar a Ceus do que a seus mensageiros. E, assim, as pessoas se voltam para tudo que "á no livro, e'ceto para Ceus, e se perdem na procura fren&tica de símbolos, nmeros, tempos e &pocas, a despeito da restri%$o severa de -esus Nt O6U. 1 nmero de pessoas inteligentes e devotas que se prostram diante de anjos, surdas : reprova%$o deles, & deprimente e indesculpável. Pois nada & mais e'plícito neste livro do que o fato de que tudo gira em torno de Ceus. 1 tema central de pocalipse & a revela%$o de -esus 2risto, n$o o fim do mundo, nem a identidade do anticristo, nem o cronograma da "ist#ria. 1 uso da primeira pessoa do singular em todo o te'to n$o dei'a margem a dvidas6 -esus 2risto como *en"or faia na primeira pessoa para nos dizer quem Ele & N!Eu sou o lfa e o _mega!, na proclama%$o inicial, ou o que Ele faz N!Estou OV 4alSer Perc5, Lancelot N>ova TorS6 ;arrar, *traus W Lirou', OIUU, p. A.
fazendo novas todas as coisas!, na declara%$o final. *em a f& em 2risto, nada será compreensível no livro. >ada tem sentido fora do sen"orio dele. >$o "á nen"uma lin"a que n$o seja rigorosamente teol#gica. ?as, !porque temos sempre curiosidade doentia e entendimento deficiente, e porque somos sempre atraídos por espetáculos e emo%0es, no pocalipse n#s geralmente nos interessamos por aquilo que & apenas um envelope!. OU 1 que Ceus & capaz de fazer no mundo, e o que está fazendo, & agora revelado numa sequncia de imagens impressionantes. 1 Ceus criador e a sua cria%$o s$o insondáveis para n#s. energia e a beleza da cria%$o de Ceus e'cedem tudo que nossos ol"os podem ver e nossos ouvidos ouvir. >ada que encontramos do nascimento at& a morte e)iste simplesmente$ Dudo resulta da maravil"osa a%$o de Ceus. Há um verbo atrás de cada nome. E o primeiro verbo no cosmo e na Bíblia &6 criar. Ceus, tamb&m, salva por camin"os insondáveis, com persistncia e sabedoria que e'cedem muito nossa vontade e entendimento. >en"uma pessoa que encontramos, do momento em que acordamos at& fec"armos os ol"os para dormir, está concl!Nda$ Dodos s$o almas tragicmicas a quem Ceus está salvando.
mostrava9l"es em detal"es que o trabal"o e o amor eram uma gra%a e'traordinária. 2omo poeta, usava a linguagem comum de neg#cios, romance e estudo com tanto cuidado e "abilidade que as palavras se tornaram janelas para o interior onde o amor era percebido, a verdade era afirmada e 2risto recon"ecido. 2omo te#logo, avan%ou pelo mundo tomado de fome e sede de justi%a, separando, do trigo da realidade de Ceus, o jogo das ilus0es dos ídolos, ensinando os crentes a distinguirem entre a revela%$o de -esus 2risto e o frenesi da imagina%$o religiosa desenfreada. obra do pastor, do poeta e do te#logo encontrou a síntese no ato de adora%$o. dore a Ceus. -o$o fez isso em Patmos. Ele ensinou os membros de suas congrega%0es a fazerem o mesmo nas reuni0es semanais. >o pocalipse, está elaborada toda perícia que -o$o "avia aprendido e praticado. Ele fez convergir tudo em uma ordem que ele mesmo obedeceu6 adore a Ceus. 1 culto colocou o foco de volta em -esus 2risto. @ma obra comple'a. ?ais comple'a ainda do que o arranjo bril"ante de vis0es, sons, propor%0es, atos, nmeros e animais na poesia teol#gica desse pastor. 1 ato de culto rene e coloca diante de Ceus tudo que "avia sido afastado pelo pecado. o mesmo tempo, toma toda a revela%$o de Ceus que "avíamos esquecido por pressa e distra%$o e coloca diante de n#s para que possamos oferecer tudo em louvor e obedincia.
de Ceus. ?as quantos crist$os já tiveram as suas imagina%0es acionadas visando a um servi%o a 2ristoQ Por isso, creio que uma renovada aprecia%$o da grande vis$o de -o$o n$o dei'ará de produzir frutos! N Mensagem de Apocalipse (*$o Paulo6 B@, AGG), p. . OI !=uem & crente agoraQ Dodos. Dodo mundo acredita em tudo. *omos todos muito modernos, mas temos uma f& meio superficial. ?esmo agora Kitt5 n$o prestava aten%$o, seus ol"os vagavam enquanto ela falava. t& no pr#prio ato de declarar suas verdades mais profundas, ela estava entediada demais e n$o queria ouvir.! N4alSer Perc5, The #econd oming (>ova TorS6 ;arrar, *traus W Lirou', OIJG), p. AJU.
lin"as de pocalipse, !mostrar aos seus servos o que em breve "á de acontecer! Np O6O, permanece intacta at& as ltimas, !mostrar aos seus servos as coisas que em breve "$o de acontecer! Np AA6V. 2ontudo, !breve! & uma tradu%$o descorada do original tachei$ 1 tom da palavra grega & o mesmo que usamos quando c"amamos6 !Dá'iM Dá'iM!. =uando gritamos assim, convocamos o motorista e seu veículo para atender : necessidade imediata de ir a determinado lugar. Lritamos, entramos e partimos. >ingu&m c"ama o motorista de tá'i para marcar um "orário em outro dia da semana. >$o "á previs$o de atraso. !Dá'iM! Dudo que -o$o escreve tem relev+ncia imediata. >ada está guardado para aplica%$o futura. causa e o conte'to da urgncia & a segunda vinda de -esus 2risto. Ele "avia prometido6 !Ent$o se verá o fil"o do "omem vindo nas nuvens com grande poder e gl#ria! N?c O6AV, e aconsel"ado6 !;iquem atentosM XigiemM! N?c O6. 1 ap#stolo agora relembra o que "avia sido dito6 !... Eis que ele vem com as nuvens, e todo ol"o o verá...! Np O6U, e repete duas vezes a necessidade de estar alerta, primeiro na mensagem de *ardes6 !... virei como um ladr$o, e voc n$o saberá a que "ora virei contra voc! Np 6, e depois quando a cena do julgamento se apro'ima do clíma'6 !Eis que ven"o como ladr$oM ;eliz aquele que permanece vigilante...! Np OV6O. ;ora do conte'to, essas palavras perturbaram a imagina%$o de muitos, fazendo deles presas fáceis para o medo e a fantasia. 2ontudo, -o$o & e'tremamente cuidadoso com o conte'to. o prometer voltar, -esus n$o pretendia nos dei'ar apavorados, nem autorizar nen"um grupo de profetas a gan"ar din"eiro escrevendo livros sobre quando isso vai acontecer. Ele se colocou com firmeza como o fim, e'atamente como "avia se estabelecido como o inNcio$ Demos uma !necessidade profunda de finais fáceis de entender!. OG *e formos incapazes de unir o início ao fim, nossa vida será desestruturada e incoerente. e'pectativa da volta de -esus confere9nos um alvo que molda e unifica a vida em conformidade com sua origem em 2risto, em padr0es coerentes com a plenitude final que será alcan%ada igualmente nele. Essa urgncia & libertadora, pois nos impele a permanecer alertas, profunda e seriamente conscientes de quem somos e do que estamos fazendo, mantendo9nos, assim, livres de banalidades que, como as cordas dos liliputianos, podem fazer de n#s prisioneiros, como se fossem bolas de ferro e correntes. ssim, o ap#stolo -o$o nos infunde urgncia. 2ontudo, parado'almente, ele n$o tem pressa. 1 anncio inicial e final da urgncia envolve um poema intrincado que requer cuidadosa pondera%$o. arte pastoral de envolver a imagina%$o que cr nessas vis0es do Cia do *en"or procede com ritmo e vagar meditativo. *e estivesse em p+nico, dificilmente -o$o teria escrito a mensagem com estrutura comple'a, repleta de símbolos de vários níveis. *e estivesse com pressa, teria reduzido tudo a um slogan que ele gritaria enquanto corria. 1 bar$o ;rederic" von Hugel gostava de dizer6 !>ada pode ser realizado no meio de uma debandada!. parentemente, -o$o tin"a a mesma opini$o. Por certo ele avan%a com calma e usa muito de nosso tempo tamb&m. *enso de urgncia n$o deve ser confundido com pressa. Demos algo semel"ante a uma aten%$o tranquila, prontid$o : vinda de 2risto ao nosso meio. urgncia está em dar atenção, estar totalmente presente na presen%a de Ceus que 2risto traz at& n#s em sua vinda. D"orlief Boman, em um estudo profundo sobre o tempo na Bíblia, disse6 HPresente OG ;ranS Kermode, The #eme of an Ending N3ondres6 1'ford @niversit5 Press, OIVU, p. J.
significa e'atamente o que a palavra diz7 Ypresen%aY, isto &, estamos no lugar em que acontece a a%$o.! OO nfase de -o$o jamais & no futuro como tal, mas, sim, no presente que está pren"e do futuro. Kant c"amou o tempo de !senso interno! e recon"ecia que isso n$o pode ser percebido e'ternamente. OA 1 tempo &, basicamente, categoria da vida interior, dos eventos pessoais. ?as somos t$o acostumados a pensar nele em termos espaciais / passado, presente e futuro como marcas em uma lin"a do tempo / que fica difícil pensar de outra forma. -o$o usa duas palavras para tempo, chronos e 5airos$ hronos se relaciona a dura%$o7 5airos, a oportunidade. 2ostumamos medir o primeiro friamente com rel#gios e calendários. Perdemo9nos com fervor no segundo quando nos apai'onamos ou abra%amos a f&. >$o podemos jamais, e -o$o n$o o faz, considerar chronos inferior ou desprezível / agendas e compromissos s$o muito necessários nesta vida. Entretanto, somente por meio de 5airos conseguimos compreender e participar da vinda de 2risto, pois ela n$o pode ser restrita a uma data / &, em primeiro lugar, um encontro, uma c"egada que já está acontecendo, embora ainda n$o consumada. Em seu romance The #econd oming N *egunda Xinda, 4alSer Perc5 colocou a quest$o6 !*erá possível uma pessoa perder sua vida do mesmo jeito que perdemos um avi$oQYY. resposta será afirmativa se tudo que con"ecemos 2 chronos$ Perc5 descreve uma vida dessas assim6 !>em uma s# vez em sua vida toda, ele "avia se permitido descansar em um canto sossegado do seu interior, mas empurrava9se sempre de algum passado apagado do qual n$o se lembrava para um futuro que n$o e'istia. >em uma s# vez, ele estivera presente em sua pr#pria vida. ssim, a vida dele passou como um son"o!. O *e somos dominados pelo senso de chronos, o futuro & uma fonte de ansiedade, que suga a energia do presente ou dei'a9nos quei'osos e descontentes com o que acontece agora, como crian%as ansiosas que n$o podem esperar pelo presente de >atal. ?as, se formos dominados por 5airos, o futuro será fonte de e'pectativa que infunde energia no presente. obsess$o com chronos / agendas rígidas, "orários planejados com muitos detal"es / & uma defesa contra o 5airos de Ceus, os mist&rios inesperados e incontroláveis da gra%a. Pessoas preocupadas com o futuro nunca se preparam para ele, que & algo que se faz alimentando os pobres, trabal"ando pela justi%a, amando o pr#'imo e desenvolvendo uma vida de virtude e compai'$o em nome de -esus. Essas pessoas querem prever o futuro. E prever o futuro se torna um substituto para a a%$o. !?as uma das verdades fundamentais da e'perincia "umana & que nunca podemos ter certeza do que acontecerá no pr#'imo minuto, menos ainda no pr#'imo s&culo.!O Ciz9se que o físico >iels Bo"r afirmou, com perspicácia prof&tica6 !Predi%$o & uma arte muito difícil, especialmente quando envolve o futuro.! ssim, de onde vem toda essa gente cr&dula que sustenta o mercado de !profecia! na