Tipologias de Turistas CET – VOUZELA 2010/2011
Tipologias de Turistas
Psicocêntricos: Agrupam os turistas que concentram
o seu comportamento nas suas preocupações pessoais e têm um interesse limitado pelo mundo exterior. Em termos turísticos, preferem viajar para locais familiares, muito frequentados e praticamente não realizam actividades que os desviem da rotina. São mais passivos que activos.
Alocêntricos: São os turistas que se interessam por
um grande número de actividades, desejam descobrir o mundo e manifestam uma curiosidade geral por tudo o que os rodeia. Distinguem-se pelo desejo de aventura
Psicocêntricos:
Destinos que não perturbem o seu modo de vida; Actividades recreativas pouco originais; Turismo sedentário; Destinos acessíveis por automóvel; Instalações e equipamentos turísticos tradicionais; Viagens organizadas, estruturadas e bem preparadas.
Quase-psicocêntricos:
Satisfação do ego e procura de estatuto; Procura de conforto social; Visitas a locais muito frequentados ou mencionados pelos meios de comunicação social.
Cêntricos:
Descontracção e prazer, diversão e entretenimento; Clima, sol, termas; Mudança durante algum tempo; Oportunidade de fuga aos problemas diários; Gastronomia, descanso, conforto, bebida; Prazer de viajar e apreciação da beleza: parques naturais, lagos, montanhas; Compras para recordações e ofertas; Prazer sentido antes e depois da viagem: planeamento da viagem, aprendizagem, sonho
Quase-alocêntricos:
Participar em acontecimentos ou actividades desportivas; Viagens desafiantes; explorações, alpinismo, passeios a pé, peregrinações; Viagens de negócios, congressos, reuniões, convenções; Visitas a teatros, espectáculos especiais; Oportunidade de experimentar um estilo de vida diferente.
Alocêntricos:
Regiões não desenvolvidas turisticamente; Novas experiências e descobertas; Destinos diferentes; Viagens de organização flexível (oposto de pacotes turísticos); Atractivos educacionais e culturais; Procura do exótico; Satisfação e sensação de poder e liberdade;
Os grupos alocêntrico e quase-alocêntrico são os primeiros segmentos de mercado a serem atraídos para um destino turístico que pretende crescer e desenvolver-se. Relativamente aos destinos que visam um desenvolvimento turístico limitado, por possuírem condições naturais e culturais que exigem cuidados especiais de preservação, o grupo alocêntrico deve constituir o principal segmento de mercado. Por isso, quando se pretende manter um centro turístico com pouca frequência de turistas, a publicidade deve dirigir-se aos alocêntricos ou quase-alocêntricos. Os cêntricos, que integram cerca de 60% dos turistas, são o grupo mais importante para fomentar o desenvolvimento e crescimento dos empreendimentos turísticos de grande dimensão.
Os psicocêntricos despendem a quase totalidade do seu tempo e recursos nos empreendimentos que utilizam e, em, geral, têm uma permanência mais
Definição de mercado turístico O mercado turístico é constituído pelo conjunto de visitantes e empresas que oferecem bens e serviços que satisfazem os desejos dos seus clientes no acto da viagem.
Tem-se, por um lado, a procura, o conjunto dos consumidores de turismo, e por outro a oferta, os vendedores do produto (bens e serviços) e o produto em si. O termo mercado tem sido utilizado de forma informal para designar vários tipos de agrupamentos. Pode falar-se, por exemplo, em: Mercados de produtos – Quando a variável para definição do mercado se baseia nas características e natureza da oferta e do tipo de recursos/ serviços oferecidos ao turista; Mercados geográficos – Quando a variável para a definição do mercado se baseia na origem geográfica da procura; Mercados demográficos – Quando a variável para a definição do mercado se baseia na faixa etária da procura.
OFERTA (produtos e serviços)
PROCURA (turistas) DESTINO TURÍSTICO
1.3.1. Os destinos turísticos
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, (OMT), um destino turístico pode ser definido como: espaço físico no qual um visitante permanece pelo menos uma noite. Inclui produtos turísticos, incluindo infraestruturas de suporte e atracções, e recursos turísticos à “Um
distância de um dia de viagem de ida e volta. Possui delimitação física e administrativa que circunscreva a sua gestão, e uma imagem e percepção definindo a sua
competitividade de mercado .”
Em forma de síntese, é correcto dizer que o destino é o coração do sistema turístico, por representar uma amálgama de produtos e serviços que em conjunto fornecem uma experiência aos visitantes.
Tipologias de empresas turísticas O turismo como sistema
Pode definir-se sistema como “conjunto de
elementos inter-relacionados, coordenados de forma unificada e organizada, para alcançar determinados objectivos”. Existe num sistema
uma forte relação entre os seus vários elementos, de forma que a modificação de um elemento trará implicações a nível geral.
Analisando o turismo como sistema, chega-se à conclusão de que é uma actividade formada por um conjunto de elementos que estabelecem conexões interdependentes entre si de carácter funcional e espacial.
De uma forma simples, tem-se as zonas de proveniência dos visitantes (emissoras), as zonas de destino (receptoras), as rotas de trânsito e todas as actividades que produzem os bens e serviços turísticos (actividade turística). Este conjunto é também constituído por vários elementos que formam as estruturas internas do sistema (subsistemas). A partir da identificação das componentes essenciais do turismo pode-se considerar que o sistema funcional do turismo, ou seja, o conjunto dos elementos que determinam o funcionamento do turismo e determinam o seu desenvolvimento,
A indústria do turismo
A indústria do turismo encontra-se, hoje, em forte expansão, enquadrando um elevado número de empresas em diversos segmentos de mercado, de acordo com a tipologia dos serviços prestados. Na sua deslocação, o turista consome directa ou indirectamente uma enorme variedade de bens e serviços, os quais são produzidos e comercializados por um vasto conjunto de empresas, com características muito próprias e diversificadas. Apesar de habitualmente se falar de uma «indústria turística», tal como acontece com as restantes actividades económicas, o facto é que, em turismo, torna-se, por vezes difícil, falar de uma indústria do turismo, uma vez que todo o conjunto de bens e serviços adquiridos pelos turistas, tem origem num vasto número de actividades promovidas por empresas pertencentes a sectores muito diversificados, na maior parte dos casos sem relação directa entre si.
Todavia, existem certas empresas que devem exclusiva ou principalmente a sua existência ao turismo como são os casos do alojamento, operadores turísticos, agências de viagens, transportes e
Vista que está a complexidade e diversidade das inter-relações que se estabelecem no Sistema Turístico, passa-se agora a conhecer as suas componentes:
Procura Turística – constitui o sujeito de todo o sistema, tem
origem no subsistema constituído pelas zonas emissoras;
Oferta Turística – constitui o objecto do qual fazem parte os
centros receptores (os destinos), os meios de deslocação que ligam procura à oferta (transportes), as entidades que produzem bens e serviços (empresas), as entidades que garantem os mecanismos de funcionamento e administração (as organizações) e os meios que orientam e influenciam a procura (a promoção);
Destinos – constituídos pelas localidades turísticas que
dispõem de infra-estruturas e atracções capazes de
Transportes – garantem a ligação entre a residência e o
Informação e Promoção: conjunto de actividades,
Empresas e Serviços Turísticos: correspondem à
Organizações: tem responsabilidade ao nível de garantir
destino; constituem um subsistema complexo que integra as vias e meios de transporte, instalações dos locais de partida e chegada e a organização dos mesmos. iniciativas e acções influenciam as pessoas a tomar decisões sobre as suas deslocações e lhes transmitem conhecimentos sobre as mesmas; prestação de alojamento, alimentação, distribuição, diversões, animação e outros serviços usufruídos pelos turistas. o funcionamento do sistema; são formadas pelos serviços do Estado, autarquias, organismos públicos locais e associações empresariais e profissionais.