Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Ensino Básico de
Júlio Dinis de Ovar Direcção Regional de Educação do Centro
11º ano TD
Maio de 2011
Nome: ____________________________________________________ nº_______ turma: _________ A professora: ____________________________ CLASSIFICAÇÃO: ____________________________ ENCARREGADO de EDUCAÇÃO________________________________________________________
GRUPO I 1- Selecciona a alínea que c ompleta a frase e permite obter uma afirmação verdadeira : ( 30 pontos=1,5cada )
1.
Os Maias possuíam, em 1875 a) b) c)
2.
O Ramalhete foi remodelado para a) b) c)
3.
uma quinta no Alentejo. um casarão em Lisboa e uma quinta em Santa Olávia. uma casa em Benfica.
acolher Afonso da Maia, que se cansara da monotonia do Douro. habitação de Carlos no período dos seus estudos. receber Carlos após a sua formatura em medicina.
Por razões políticas, Afonso e Maria Eduarda Runa exilaram-se em: a) Espanha. b) França. c) Inglaterra.
6. edro casou com Maria Monforte a) contra a vontade de Afonso da Maia. b) para contrariar o pai. c) para sair de casa.
7.
a) b) c)
8. a) b)
c) 4.
O Padre Vasques deslocara-se ao país de exílio de Afonso para a) educar Pedro da Maia. b) confessar Maria Eduarda Runa. c) educar Carlos da Maia.
5.
Após a morte de Maria Eduarda Runa, Pedro a) entra num estado de melancolia para o qual não encontra solução. b) sente uma agonia terrível, atenuada, contudo, por uma vida de estronice. c) aproxima-se mais do pai.
9. a) b) c)
Da relação de Pedro da Maia com Maria Monforte nascem dois filhos: Maria Eduarda Runa e Carlos da Maia. Carlos da Maia e Ega. Carlos e Maria Eduarda.
Maria Monforte trai Pedro da Maia com Tancredo um amigo de infância do marido. um hóspede que havia sido ferido involuntariamente por Pedro. um sobrinho dos príncipes de Sória, familiares dos Maias.
Maria Monforte foge com o amante, levando consigo os dois filhos. somente a filha. somente o filho.
10. A educação de Carlos fez-se sob a orientação de a) Mr. Brown. b) Vilaça. c) Afonso e as criadas da Quinta de Santa Olávia.
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da prática do incesto à família Maia é f eita do se int e modo: a) de Ega a Carlos e d e Carlos a Afonso. b) de Vila ça e Ega a Carlos e d e Carlos a Afonso. c) de Vila ça a Carlos e de Ega a Afonso. 5
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Corneta do Diabo . b) O Sorvete. c) A Tarde.
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20. Afonso morr e em conse ê ncia a) de uma queda no jardim do Ramalhet e. b) do natural a vançar da idad e. c) dos vários desgo stos a qu e assistiu durant e a sua longa vida. A
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os em b n o de modo a obter uma afirmação verdadeira. H
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( 18 pontos=1 5cada ) I
2.1. A casa qu e os Maias vêm habitar em Lisboa no Outono de 1875 chama-se .. 2.2. Na infância, Pedro da Maia, apesar d e viver em Inglate rra, tem uma edu caç o . P
2.3. Os filhos de P edro da Maia s o se parado s porque . fog e com Tancr edo. P
2.4. Carlos é edu cado à maneira . contrapondo -se a sua e duca ç o à de se u pai P
. 2.5. Mais tarde, em Carlo s tira o cur so d e . 2.6. No Hotel Central, Carlo s é apr esentado a e vê pela primeira ve . Q
2.7. No Hotel C entral, Ega e Ale ncar envolvem-se em forte disc uss o literária devido ao fa cto do P
primeiro ser a favor do . e o segundo do R ealismo. 2.8. Após a morte de Afon so, . e Ega fazem uma longa viag em de ano e m eio. Carlo s
fica a viver em . 3- De uma forma clara e sintética justifique a escolha do título e do subtítulo da obra em
estudo. ( 10 pontos ) GRUPO II Actividades de Leitura e de scrita R
1 - Lê com atenção o seguinte excerto da obra Os Maias e responde às questões colocadas.
Carlos ia formarse em Medicina. E como dizia o Dr. Trigueiros houve ra se mpr e naquele meninor ealment e uma «vocaç o para Esculápio». A «vocaç o» revelarase bru sc amente um dia que desc obriu no sótão, entr e rumas de velhos alfarrábio s, um rolo manchado e antiquado de es tampas anatómicas ; tinha pass ado dias a recortálas, pregando pelas par edes do quarto fígados, liaças de intestinos, cabeças de perfil «com o recheio à mostra». Uma noite mes mo rompera pela sala em triunfo, a mostrar às Silveira s, ao Eusé bio, a pavorosa litogradia de um f eto d e seis m eses no útero materno. D. Ana recuou, com um grito, colando o leque à face : e o doutor delegado, esc arlate também, arrebatou prudentement e Eusebiozinho para entre os joelhos, tapoulhe a face com a mão. Mas o que esc andalizou mais as senhoras foi a indulgência d e Afonso. Então que tem, então que tem ? dizia ele sorrindo. Que tem, Sr. Afonso da Maia ! ? e clamou D. Ana. São indecências ! Não há nada indecent e na Natureza, minha rica senhora. Indecente é a ignorância... Deixar lá o rapaz. Tem curiosidade de saber como é esta pobre máquina por dentro, não há nada mais louvável. D. Ana abanavase , sufocada. Consentir tais horror es nas mão s da criança S
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!... Carlos começou a aparecerlhe como um libertino «que já sabia coisas» ; e não consentiu mais que a Teresinha brincasse só com ele pelos corr edor es de Santa Olávia. As pessoa s sérias, porém, o doutor juiz de direito, o próprio abade, lamentando, sim, que não houvesse mai s recato, concordavam que aquilo mostrava no pequeno uma grande queda para a medicina. Se pega dizia então com um gesto prof ético o Dr. Trigueiros temos dali coisa grande ! E parecia p egar. Em Coimbra, estudant e do Li ceu, Carlos deixa va os se us comp êndios de lógica e retórica, para se ocupar de anatomia : numas f érias, ao abrir das malas, a Gertrudes fugiu espavorida ve ndo alvej ar entre as dobras de um casaco o riso d e uma caveira : e se algum criado da quinta ado ecia, lá estav a Carlos logo revolve ndo o caso em velho s livros de medicina da livraria, sem lh e largar a beira do catr e, fazendo diagnósticos que o bom Dr. Trigueiros esc utava respeitoso e pensativo. Diante do avô já chamav a mesmo ao menino «o seu talentoso colega». Esta inesperada carr eira de Carlos (pensarase sempre qu e ele tomaria capelo em Direito) era pouco aprov ada entre os fiéis amigos de Santa Olávia. As senhoras sobretudo lam enta v am que um rapaz que ia crescendo tão formoso, tão bom cavaleiro, viesse a es tragar a vida receitando emplastros, e su jando as mãos no jorro das sangrias. O doutor juiz de direito conf essou m es mo um dia a sua d esc rença d e que o Sr. Carlos da Maia quisesse «ser m édico a sério». Ora ess a ! exclamou Afonso. E porque não háde ser m édico a sério ? Se escolh e uma profissão é para a ex ercer com sinceridade e com ambição, como os outros. Eu não o educo para vadio, muito menos para amador ; edu coo para ser útil ao seu paí s... Todavia arrisc ou o doutor juiz de direito com um sorriso fino não lh e par ece a Voss a Excelência que há outras coisas, importantes também, e mais próprias talvez, em qu e seu neto se pod eria tornar útil ?... Os Paços de C ela s, sob a sua aparência pregui çosa e camp estr e, tornaramse uma fornalha de actividad es. No quintal faziase uma ginástica ci entífica. Uma velha cozinha fora conve rtida em sala de armas porque naquele grupo a esgrima pass av a como uma necessidad e social. À noite, na sala de jantar, moços sérios faziam um whist sério : e no salão, sob o lustr e de cristal, com o Figaro, o Times e as revistas de Paris e de Londres espalhadas pelas mes as, o Gama cho ao piano tocando Chopin ou Mozart, os literatos estirado s pelas poltrona s havia ruidosos e ard entes cavacos, em que a Democracia, a Arte, o Positivismo, o Realismo, o Papado, Bismar ck , o Amor, Hugo e a Evolução, tudo por seu turno flamejava no fumo do tabaco, tudo tão ligeiro e vago como o fumo. E as disc uss es m etafí si cas, as próprias cert eza s revolucionárias adquiriam um sabor mais r equintado com a presença do criado de farda desarrolhando a cervej a, ou servindo croquetes. Carlos, naturalmente, não tardou a deixar pelas mesas, com as folha s intacta s, os se us expositor es de medicina. A Literatura e a Arte, sob todas as formas, absorve ramno deliciosam ent e. Publicou sonetos no Instituto e um artigo sobre o Pártenon : tentou, num atelier improvisado, a pintura a ól eo : e comp ôs contos arqueológicos, sob a influência da Salammbô. Além disso todas as tardes passe ava os seus dois cav alos. No segundo ano l ev aria um R se não fosse tão conhecido e rico. Tremeu, pensando no desgosto do avô : moderou a dissipação intelectual, U
acantoouse mai s na ci ência que escolhera : imediatam ent e lhe deram um accessit . Mas tinha nas ve ias o veneno do diletantismo : e es ta va destinado, como dizia J oão da Ega, a ser um desses médicos literários que inve ntam doenças de que a humanidade papalva se presta logo a morrer ! O avô, às ve zes , vinha pass ar uma, duas semanas a Celas. Nos primeiros tempo s a sua presença, agradável aos cavalheiros da partida de whist , desorganizou o cavaco literário. Os rapazes mal ousavam estender o braço para o copo da cervej a ; e os vossa excelência isto, vossa excelência aquilo, reg elav am a sala. Pouco a pouco, porém, vendoo aparecer em chinelas e de cachimbo na boca, estirarse na poltrona com ares simpáticos de patriarca boémio, discutir arte e literatura, contar anedotas do se u tempo de Inglaterra e de Itália, com eçaram a considerálo como um camarada de barbas brancas.() 1. Insere o excerto transcrito na estrutura global da obra. ( 10 pontos ) 2. Indica e carac teriza o(s) espaços físicos onde decorre este excerto. ( 15 pontos )
3. Caracteriza a personagem Carlos com base nas ref erências textuais. ( 15 pontos ) 4. Atenta na seguinte passagem : a mostrar às Silveiras, ao Eusébio, a pavorosa
litogradia de um feto de seis meses no útero materno. D. Ana recuou, com um grito, colando o leque à face : e o doutor delegado, escarlate também, arrebatou prudentemente Eusebiozinho para entre os joel hos, ta poul he a face com a mão. 4.1- Distingue o tipo de educação das personagens usebiozinho e Carlos da Maia.( 20 pontos ) V
5. Atenta na seguinte passagem com eçaram a considerálo como um camarada de barbas brancas.()
a) A que personagem da obra se ref ere. ( 5 pontos ) b) Faz a sua caracterização de acordo com o estudo que fizeste da obra.( 17 pontos )
6.
Indica o recurso estilístico presente na seguinte f rase. ( 5 pontos )
...misturado ao perfume adocicado das flores do campo (...) numa luz fresca e loira. "
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6.1- Indica o seu valor
expressivo. ( 10 pontos ) Grupo III Activid ade de xpre ssão scrita W
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labo ra u m tex to ( de 150 -200 palavras), no qu al f aça s u m breve resu mo d a ob ra Os Ma ias
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