Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Apostila I do Curso Teoria e Prática da Poesia
Claudio Daniel
Poesia vem do grego poiésis, que significa “fazer”, “elaborar”. A própria etimologia, portanto, indica que um poema é algo construído, elaborado.
O que o poeta faz? Ele constrói linguagem, um artesanato com as palavras. Vale a pena citar aqui uma anedota curiosa:
Certa vez, o pintor Paul Degas disse ao poeta Stéphane Mallarmé:
— Tenho muitas idéias para escrever poemas, mas não consigo colocar nada no papel, ao que o poeta respondeu:
— Meu caro, um poema se faz com palavras, não com idéias.
A anedota é boa, mas alguém poderá fazer a seguinte objeção:
— Mas, como? O poema não expressa a visão de mundo do autor, suas opiniões sobre a moral, a política, a religião, a descoberta amorosa, o desespero, enfim, o poema não expressa também idéias e sentimentos?
Sem dúvida, um poema pode ter um conteúdo profundo, como a Divina Comédia, de Dante, ou o Fausto, de Goethe, mas não é o significado que caracteriza o poema como gênero literário, e sim o significante, ou seja, a forma.
Se nós quisermos escrever um texto sobre filosofia, com argumentos e contraargumentos para chegarmos a uma conclusão sobre determinado tema, podemos escrever um ensaio, um tratado, gêneros mais adequados à exposição de idéias.
Por outro lado, se queremos revelar nossos sentimentos, como a paixão pela namorada, o respeito e admiração pelos pais, a angústia pelo estar no mundo, podemos escrever cartas, diários, onde o mais importante não é a qualidade literária, e sim a sinceridade da emoção que é transmitida.
Já no poema, o conteúdo e a emoção podem estar em evidência ou não. O que faz um texto ser considerado poético é o trabalho com a linguagem, a busca de
sonoridades, imagens, metáforas e outros recursos de expressão em que as palavras têm valor por suas qualidades estéticas.
Segundo o lingüista russo Roman Jakobson há três funções da linguagem:
A função referencial diz respeito a todos os textos onde o que importa é o conteúdo, ou significado. Por exemplo: um livro escolar de matemática, um código de leis, um dicionário, um manual de engenharia. Nessas obras, não importa a elegância do estilo, mas a exatidão das informações.
Já a função emotiva diz respeito aos textos onde o que conta é o sentimento, como num diário, confissão ou carta à namorada.
A função poética, porém, é outra coisa, bem distinta. Aqui, não importa o que você diz, mas a maneira como você diz. Importa a escolha das palavras, ou seja, o léxico, por sua força de expressão sonora ou imagética; o modo como você ordena as palavras em frases ou versos, ou seja, a sintaxe; as figuras de linguagem que você emprega, como a metáfora e a metonímia, e assim por diante.
Segundo o poeta Décio Pignatari: “A poesia parece estar mais do lado da música e das artes plásticas do que da literatura. Ezra Pound acha que ela não pertence à literatura e Paulo Prado vai mais longe: declara que a literatura e a filosofia são as duas maiores inimigas da poesia.”
OUTRAS DEFINIÇÕES DE POESIA Uma viagem ao desconhecido (Maiakovski)
As melhores palavras, na melhor ordem possível (Coleridge)
Permanente hesitação entre som e sentido (Paul Valéry)
Fundação do ser mediante a linguagem (Heidegger)
A religião original da humanidade (Novalis)
Música que se faz com idéias (Ricardo Reis / Fernando Pessoa),
Linguagem em estado de pureza selvagem (Octavio Paz)
Design de linguagem (Décio Pignatari)
Aquilo que se perde na tradução (Robert Frost)
Agora, vamos avançar um pouco mais...
Já vimos algumas das possíveis tentativas de definir o que é poesia. A questão seguinte é: como se faz um poema?
Certamente, não há uma única resposta, nem um único método para se escrever. Porém, alguns elementos são indispensáveis para se fazer um poema:
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O idioma;
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O léxico, ou seja, as palavras;
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A sintaxe, quer dizer, a maneira como as palavras são articuladas em frases; A versificação, ou técnica de se construir versos. A estrutura, ou seja, como o poema se organiza, se ele é dividido em estrofes, como o soneto, se ele é disposto de maneira geométrica na página, se utiliza ou não vários tipos de letra e assim por diante. A estrutura é o corpo do poema.
Desde a antiguidade até o início do século XIX, os poetas utilizaram o metro e a rima.
Metro é a quantidade de sílabas de um verso, contadas até a última acentuada. Há vários tipos de metro, como o verso de dez sílabas, chamado de decassílabo; o de doze sílabas, chamado de dodecassílabo; o de cinco ou sete sílabas, chamado de redondilha (menor e maior). Para contar as sílabas, você precisa se lembrar sempre que a última vogal átona faz elisão, ou “emenda” com a vogal átona da palavra seguinte, contando uma só sílaba. Assim, se num verso a palavra lágrima é seguida de amarga, você deve contar assim: lá – gri – maa – mar – ga.
A função do metro era garantir a unidade do ritmo do poema. E o que vem a ser o ritmo? No livro Comunicação Poética, Décio Pignatari apresenta a seguinte definição:
“Ritmo é uma sucessão ou agrupamento de acentos fracos e fortes, longos e breves. Esses acentos não são absolutos, mas relativos e relacionais — variam de um caso para outro. O ritmo tece uma teia de coesão. O ritmo pressupõe um jogo de fundo e figura. No caso do som, o fundo é o silêncio. O contra-acento é a pausa. (...) O silêncio é parte integrante da música e da poesia.” Um bom exemplo de ritmo é o poema Ismália, do simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens:
Quando Ismália enlouqueceu Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar...
Na tradição poética ocidental, há dois tipos de ritmo, o binário e o ternário.
No ritmo binário, após uma sílaba fraca, vem uma sílaba forte, depois outra fraca, depois outra forte, e assim por diante.
Se o verso começar com sílaba fraca, ou átona, será binário ascendente, como neste verso de Tomás Antonio Gonzaga: “A sorte deste mundo está lançada”.
Se, ao contrário, começar com sílaba forte, será binário descendente, como neste verso de Fernando Pessoa: “Tenho tanta pena!”.
Já o ritmo ternário é aquele em que o acento forte vem após dois fracos (no caso do ternário ascendente) ou quando o acento forte é seguido de dois fracos (ternário descendente).
Exemplos: Tu choraste em presença da morte.
Em presença da morte choraste? Não descende o covarde do forte, Pois chora ste, meu filho não és! Gonçalves Dias (ascendente)
Fonte de fo go, dá-me essa Gloria, Sarça de fo go, dá-me o Poder Cin za de fo go, dá-me esse Reino. Mário Faustino (descendente)
Claro que essa construção do ritmo pela métrica é algo que pertence à tradição clássica, e não precisa ser adotada num poema moderno. Porém, é bom educarmos o ouvido para percebermos essas sutilezas, para que possamos construir nossas próprias estruturas rítmicas. Além do metro e do ritmo, outro elemento importante da versificação convencional é a rima.
Rima é a semelhança entre sons, em geral no final de cada verso. Por exemplo, nessa estrofe do simbolista paraibano Augusto dos Anjos:
Vês? Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão — esta pantera — Foi tua companheira inseparável! Aqui, a última palavra do primeiro verso é formidável , que rima com inseparável , no quarto verso, e o final do segundo verso é quimera, que rima com pantera, no terceiro verso. Temos, então, o esquema de rimas A- B – B – A.
Já nessa outra estrofe, de Bernardo Guimarães, as rimas aparecem de um modo diferente:
, uma bruxa amarela, Resmungando com ar carrancudo, Se ocupava em frigir na panela Um menino com tripas e tudo. Taturana
Aqui, amarela, no primeiro verso, rima com panela, no terceiro, e carrancudo, no segundo, com tudo, no quarto verso. Temos então o esquema A – B – A – B.
Pode ocorrer também a rima interna, ou seja, dentro do mesmo verso; ou ainda, a primeira palavra de um verso pode rimar com a última palavra do verso seguinte, entre várias outras maneiras possíveis de dispormos a rima num poema.
O russo Vladimir Maiakovski escreveu o seguinte poema:
Folhinhas. Linhas. Zibelinas so zinhas. (Tradução: Augusto de Campos)
Cabe lembrar que nem todo poema clássico usava rimas. O verso grego, por exemplo, era metrificado, mas dispensava o uso da rima. Esse tipo de verso é chamado de verso branco. Já o verso livre — que surgiu no século XIX, com as Folhas da Relva, de Walt Whitman — é aquele que dispensa tanto o metro quanto a rima, e é a forma dominante na poesia contemporânea, nos últimos 150 anos.
Segundo Ezra Pound, nenhum verso é livre, já que o poeta, ao abrir mão da forma clássica, é obrigado a inventar novas estruturas para a organização do poema.
Pound, aliás, dividiu a poesia em três categorias básicas:
a) a melopéia, onde o que predomina é a sonoridade. Assim, por exemplo, nestes versos do simbolista português Camilo Pessanha:
Chorai, arcadas Do violoncelo! Convulsionadas, Pontes aladas De pesadelo...
b) a fanopéia, onde o que predomina são as imagens, como nestas linhas do romântico Alvares de Azevedo:
Nas nuvens cor de cinza do horizonte A lua amarelada a face embuça; Parece que tem frio, e no seu leito Deitou, para dormir, a carapuça. c) a logopéia, ou “dança do intelecto entre as palavras”. Como nestas linhas do modernista Carlos Drummond de Andrade:
Este é tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. Os conceitos de Pound estão expostos num livro precioso, chamado ABC da Literatura. O título é bastante modesto, pois esse livro é um curso completo de mestrado, doutorado e livre-docência em poesia.
Agora, vamos tratar de um outro tema, muito importante: o das figuras de linguagem.
Como nós já discutimos, a poesia é um artesanato rigoroso onde as palavras são articuladas não apenas pelos seus significados, mas sobretudo pelos efeitos de som e de imagem.
Para atingir esse objetivo, o poeta pode utilizar uma série de recursos, como a metáfora, a metonímia, a assonância, a aliteração, o oxímoro e a paronomásia.
1) Metáfora é uma figura de linguagem pela qual nos referimos a um objeto de maneira simbólica, fazendo associações com outras formas ou idéias. Quando dizemos que um homem é uma raposa, querendo dizer que ele é astuto, esse é um tipo de metáfora. Ou ainda, quando chamamos uma mulher de gata, por sua beleza, ou de serpente, por ser traiçoeira. Na linguagem coloquial, há uma infinidade de expressões metafóricas, que usamos no cotidiano, como chover canivetes, selva de pedra, cavalo de aço e assim por diante. A metáfora é o recurso mais empregado na linguagem poética, desde a antiguidade até os dias de hoje. Como último exemplo de metáfora, vamos ler um poema do simbolista Pedro Kilkerry:
Horas Ígneas I
Eu sorvo o haxixe do estio... E evolve um cheiro, bestial, Ao solo quente, como o cio De um chacal. Distensas, rebrilham sobre Um verdor, flamâncias de asa... Circula um vapor de cobre Os montes — de cinza e brasa.
Sombras de voz hei no ouvido — De amores ruivos, protervos — E anda no céu, sacudido, Um pó vibrante de nervos. O mar faz medo... que espanca A redondez sensual Da praia, como uma anca De animal. II
O Sol, de bárbaro, estanque, Olho, em volúpia de cisma, Por uma cor só do prisma, Veleiras, as naus — de sangue... III
Tão longe levadas, pelas Mãos de fluido ou braços de ar! Cinge uma flora solar — Grandes Rainhas — as velas. Onda por onda ébria, erguida, As ondas — povo do mar — Tremem, nest’hora a sangrar, Morrem — desejos da Vida! IV
Nem ondas de sangue... e sangue Nem de uma nau — Morre a cisma. Doiram-me as faces do prisma Mulheres — flores — num mangue... 2) Metonímia é um recurso que consiste em designar a parte pelo todo. Assim, se falamos que as velas se lançaram ao mar , usando o termo velas para designar navios, empregamos uma metonímia. Ou ainda, se dizemos que há novos braços na lavoura, onde a palavra braço indica o corpo do trabalhador. Na poesia épica e nos relatos militares é comum haver expressões como as lanças se ergueram, onde lanças significa guerreiros, ou ainda os capacetes azuis marcharam.
Outras formas de metonímia são aquelas que designam um produto pelo local onde foi fabricado (por exemplo, beber um porto, em vez de beber um vinho do porto), um objeto pelo material de que é constituído (um bronze de Rodin, em vez de uma estátua de bronze de Rodin), um autor pelo livro que escreveu ( ler Camões, em vez de ler o livro de Camões), um termo concreto por um abstrato (usar a palavra bandeira, no sentido de pátria) ou ainda um objeto pelo seu conteúdo (eu bebi uma garrafa, em vez de eu bebi vinho). Como ilustração, vamos ler algumas estrofes do poema Contrariedades, do português Cesário Verde:
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente; Nem posso tolerar os livros mais bizarros. Incrível! Já fumei três maços de cigarros Consecutivamente. Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos: Tanta depravação nos usos, nos costumes! Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes E os ângulos agudos. Sentei-me à secretária. Ali defronte mora Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes; Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas! Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica. Lidando sempre! E deve a conta na botica! Mal ganha para sopas... (...)
Eu nunca dediquei poemas às fortunas , Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas. Independente! Só por isso os jornalistas Me negam as colunas. 3) Paronomásia se refere a palavras que têm grafia semelhante e são colocadas na mesma linha ou estrofe do poema. O cubano José Kozer, no poema chamado Remendos, diz o seguinte: alva alvacá alvaçã alvação alvorada. Já o simbolista Maranhão Sobrinho escreveu:
e na lama , que a lesma azul meandra de rugas,
rojando-se, em espirais de gelatina, enormes arrastam-se, pulsando, as moles sanguessugas... Vejam a semelhança de grafia entre lama, lesma e moles, que recordam anagramas (anagramas são palavras diferentes compostas pelas mesmas letras, como God e Dog ). Esse recurso poético permite, além do jogo verbal, fazer aproximações de sentido entre coisas diferentes, por vezes com sentido irônico. Nesse caso, temos o trocadilho, como neste poema de Oswald de Andrade:
Verdeamarelo. Dá azul? Não, dá azar . 4) Oxímoro. Esta figura de linguagem é construída pela aproximação de termos opostos: sol gelado, fogo frio, branco negro, noite clara, dia escuro . Vamos ler o primeiro quarteto de um soneto de Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. Neste quarteto, como em todo o poema, vamos encontrar o paradoxo, que são afirmações contraditórias ( ferida que dói e não se sente), e oxímoros, como contentamento descontente. A diferença entre os dois recursos é que no paradoxo há uma explicação que não explica, uma afirmação que nega a si mesma, como dor que desatina sem doer , enquanto no oxímoro temos uma palavra associada a outra com sentido oposto.
5) Assonância: recurso que consiste na repetição do som da mesma vogal, como na canção Clara, de Caetano Veloso: Quando a manhã madrugava, calma, alta, clara, clara morria de amor, onde a letra a comparece 17 vezes.
6) Aliteração: repetição da mesma consoante num verso ou estrofe, como no conhecido Violões que choram, de Cruz e Sousa:
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Aqui, a letra v apareceu 16 vezes, no início de todas as palavras que compõem a estrofe.
7) Um outro recurso que aparece nesse poema é a anáfora, ou repetição da mesma palavra em uma ou mais linhas. No caso, a palavra vozes aparece três vezes:
Vozes veladas, veludosas vozes , Volúpias dos violões, vozes veladas Importante: o uso desses recursos, por si, não garante a qualidade do poema. As figuras de linguagem são apenas ferramentas que o poeta têm à sua disposição para expressar o seu pensamento ou intenção estética. O que conta, em todos os casos, é a imaginação do poeta, o modo como ele utiliza os diversos procedimentos estéticos disponíveis para criar algo original e consistente.
Vale lembrar um pensamento do mestre japonês Matsuo Bashô: “Não sigo os antigos. Procuro o que eles buscavam.” Aprenda todas as regras. Depois, jogue-as fora. Poeta não é quem segue regras, mas quem as cria, dentro de seu método pessoal para criar poemas, isto é, organizar as palavras dentro de certa estrutura.
Talento é importante, mas esforço também. Leitura constante, dos clássicos e dos modernos. Exercícios periódicos de criação. Curiosidade — estar sempre pronto para aprender coisas novas. E estar disponível para o diálogo com as outras artes, como a música, a pintura, bem como com os recursos tecnológicos e dos meios de comunicação. O resto é descoberta sua, parceiro(a). Boa sorte!
BIBLIOGRAFIA BARBOSA, João Alexandre. Alguma crítica. São Paulo, Ateliê Editorial, 2002. BRETON, André. Manifestos do Surrealismo. São Paulo, ed. Brasiliense, 1985 CAMPOS, Augusto de. Verso Reverso Controverso. São Paulo, ed. Perspectiva, 1978. CAMPOS, Geir. Pequeno dicionário de arte poética. São Paulo, ed. Cultrix, 1978.
MAIAKOVSKI, Vladimir. Como escrever versos?, In A Poética de Maiakovski. São Paulo, ed. Perspectiva, coleção Debates, 1971. PIGNATARI, Décio. Comunicação Poética. São Paulo, Editora Morais, 1981.
POE, Edgar Allan. Filosofia da Composição, in Ficção completa, poesia e ensaios. São Paulo, ed. Nova Aguilar, 1986 POUND, Ezra. ABC da Literatura. São Paulo, ed. Cultrix, 1978 POUND, Ezra. Arte da Poesia. São Paulo, ed. Cultrix, 1995 WELLEK, História da crítica moderna. São Paulo, Edusp, 1972, vols. III e IV. WILSON, Edmund. O Castelo de Axel . São Paulo, ed. Cultrix, 1993