FFLCH
Disciplina: FLP0465 - Teoria Teoria Crítica da Democracia: De mocracia: Lutas por Reconhecimento
Professor: Rurion Soares Meo !-mai da monitora : "eatri#$rodri%ues$sanches&%mai$com
Aula 1º - 25/08/2016
Objet Objetivo ivoss gera gerais is:: Intr Introd oduz uzir ir nas nas ques questõ tões es ac acer erca ca da ident identid idad ade e e da diferença, da desigualdade e da discriminação que são analisadas à luz da teoria política contempornea! "rocura#se articular as demandas atuais dos movimentos sociais, cada vez mais voltados às lutas por recon$ecimento nas democracias democracias contemporne contemporneas, as, com a preocupaç preocupação ão da teoria crítica em diagnosticar adequadamente tais fen%menos, avaliando#os de acordo com os limites e as potencialidades que a pr&pria categoria do recon$ecimento seria capaz de demonstrar! 'este modo, ser( possível avaliar criticamente a centralidade dada à categoria de recon$ecimento e considerar ainda seu entrelaçamento com questões de justiça redistributiva! )onsidero essa mat*ria de enorme relevncia às universidades, pois a teoria crítica busca mostrar que teoria e política não são coisas inimigas, pelo cont co ntr(r r(rio io,, pret preten ende de busc buscar ar a co comu muni nica caçã ção o entr entre e am ambo bos! s! + part partir ir de modicações de comportamento cultural e pautas relacionadas às minorias, a teoria aqui busca ser sensível às essas e-peri eri.nc .ncias ias vivi ividas cotidianamente desses grupos! /e-tos /e-tos estão no 0oodle: $ttp:11disciplinas!stoa!usp!br1 +valiação: uma resen$a no nal do semestre sobre algum tema ou autor! autor! 2-istem 3 pressupostos para a discussão ao longo do semestre: 45 +s lutas são concebidas de um ponto de vista peculiar, à luz da teoria crítica! + teoria crítica * uma teoria com uma tradição especíca, nasce em 4678 4678 na +lem +lema an$a! n$a! 9o senti entido do am ampl plo, o, ela nasc nasce e com o 0ar 0ar- e foi foi reelaborada com algumas correntes do mar-ismo! 2ntre os autores estão 0a- or;$eimer, /$eodoro +dorno,
romm, entre outros! O grupo buscou uma reformulação da crítica social e vale vale obse observ rvar ar que que ela ela não não * crít crític ica, a, pois pois busc busca a uma uma utop utopia ia de modo modo
plat%nico, plat%nico, ou seja, uma teoria do real a partir de uma nalidade ideal! 2ssa proposta plat%nica *, inclusive, para a teoria crítica, a base do pensamento tradic tradicion ional! al! + teoria teoria crítica crítica se trata da atitude crítica sobre a realidade social! Ou seja, uma an(lise sendo crítica vai identicar todas as promessas, que na teoria tradicional cam em eterno abstrato, a partir do real da emancipação! ?, portanto, uma teoria que tem interesse pr(tico, que d( prefer.ncia a pr(-is sobre a pr&pria teoria! 9a d*cada de 46@8 nasce dela um projeto que foi c$amado de materialismo inte interd rdis isci cipl plin inar ar que que prod produz uziu iu um diag diagn& n&st stic ico o que que engl englob oba a o dir direito eito,, psican psican(lis (lise, e, ci.nci ci.ncias, as, eco econom nomia, ia, cultur cultura a e moral! moral! + esc escola ola de >ran;fu ran;furt rt recon$ece, por e-emplo, a enorme relação entre cultura e política quando fez uma pesquisa c$amada A+utoridade e famíliaB que aponta que a grande ades adesão ão das das leit leitur uras as de 'ost 'ostoi oi*vs *vs;i ;i por por part parte e da popu populaç lação ão alemã alemã nas nas primeiras d*cadas do s*culo CC e-pressava uma identidade com o car(ter do anti#$er&i, ou seja, que $avia uma forte aceitação da problem(tica da dominação social pela população! )onclusivamente, não $avia mais uma c$ave c$ave emancip emancipat& at&ria ria pela pela classe classe trabal trabal$ad $adora ora!! 2ra necess necess(ri (rio o um novo novo diagn&stico diagn&stico de recon$ecim recon$ecimento ento!! 2 na teoria crítica o diagn&stico diagn&stico * tamb*m relativo ao tempo e espaço! Dm diagn&stico de uma especíca problem(tica alemã d( *poca de 46E8 não pode ser meramente utilizado na realidade brasileira do ano de 784F! 75 /eo eori rias as da demo democr crac acia ia!! +lgu +lguns ns auto autorres es,, so sobr bret etud udo o o a abe berm rmas as,, compreendem necess(rio levar a s*rio a democracia! Ou seja, para a sua compreensão do projeto da interdisciplinaridade, foi feito muito pouco em relação à política! 2 * preciso salientar que democracia não * de maneira alguma uma teoria centrada no 2stado, essa esfera Gnica da institucionalização e normatividade jurídica! Ou seja, o ol$ar não * sobre a conguração institucional, sua forma ou regime político, mas antes uma visão que separa a legalidade da legitimidade! 2 que perante tal dicotomia, d( um enfoque na legitimidade! O que permite que façam um questionamento da pr&pria legitimidade política do 2stado de 'ireito! 2, assim, a democracia * para a teoria crítica não um regime político, mas um modo modo de vid vida! "ois co cons nsid ider era a impo imposssíve sível, l, por por e-em empl plo, o, uma uma vida vida democr(tica apenas por uma visão unilateral da instituição do direito! ? necess(ria uma compreensão das relações de poder, legitimidade e justiça da real estrutura social para a compreensão da democracia! 2m Gltima instn instncia cia,, a teoria teoria crític crítica a recon$ recon$ece ece que não * possív possível el uma rea realid lidade ade democr(tica numa vida social que *, por e-emplo, autorit(ria! @5 )ult )ultur ura a e polí políti tica ca!! ? um estu estudo do tamb tamb*m *m co con$ n$ec ecid ido o pela pela AneH neH left leftB, B, autores como 2!"! 2!"! /$ompson, 2ric obsbaHm que reformularam a ree-ão a partir de Jramsci! + teoria crítica, entretanto, diverge dos primeiros estudos culturais, posto que eles foram feitos a partir da identidade cultural, ou seja, identidade de g.nero, raça e classe! + teoria crítica recon$ece que não era mais possível interpretar essas questões por essa relação de identidade, pois pois reca recaiam iam numa numa est( est(ti tica ca!! 2 sua sua nova nova co comp mpre reens ensão ão sobr sobre e a cult cultura ura
plat%nico, plat%nico, ou seja, uma teoria do real a partir de uma nalidade ideal! 2ssa proposta plat%nica *, inclusive, para a teoria crítica, a base do pensamento tradic tradicion ional! al! + teoria teoria crítica crítica se trata da atitude crítica sobre a realidade social! Ou seja, uma an(lise sendo crítica vai identicar todas as promessas, que na teoria tradicional cam em eterno abstrato, a partir do real da emancipação! ?, portanto, uma teoria que tem interesse pr(tico, que d( prefer.ncia a pr(-is sobre a pr&pria teoria! 9a d*cada de 46@8 nasce dela um projeto que foi c$amado de materialismo inte interd rdis isci cipl plin inar ar que que prod produz uziu iu um diag diagn& n&st stic ico o que que engl englob oba a o dir direito eito,, psican psican(lis (lise, e, ci.nci ci.ncias, as, eco econom nomia, ia, cultur cultura a e moral! moral! + esc escola ola de >ran;fu ran;furt rt recon$ece, por e-emplo, a enorme relação entre cultura e política quando fez uma pesquisa c$amada A+utoridade e famíliaB que aponta que a grande ades adesão ão das das leit leitur uras as de 'ost 'ostoi oi*vs *vs;i ;i por por part parte e da popu populaç lação ão alemã alemã nas nas primeiras d*cadas do s*culo CC e-pressava uma identidade com o car(ter do anti#$er&i, ou seja, que $avia uma forte aceitação da problem(tica da dominação social pela população! )onclusivamente, não $avia mais uma c$ave c$ave emancip emancipat& at&ria ria pela pela classe classe trabal trabal$ad $adora ora!! 2ra necess necess(ri (rio o um novo novo diagn&stico diagn&stico de recon$ecim recon$ecimento ento!! 2 na teoria crítica o diagn&stico diagn&stico * tamb*m relativo ao tempo e espaço! Dm diagn&stico de uma especíca problem(tica alemã d( *poca de 46E8 não pode ser meramente utilizado na realidade brasileira do ano de 784F! 75 /eo eori rias as da demo democr crac acia ia!! +lgu +lguns ns auto autorres es,, so sobr bret etud udo o o a abe berm rmas as,, compreendem necess(rio levar a s*rio a democracia! Ou seja, para a sua compreensão do projeto da interdisciplinaridade, foi feito muito pouco em relação à política! 2 * preciso salientar que democracia não * de maneira alguma uma teoria centrada no 2stado, essa esfera Gnica da institucionalização e normatividade jurídica! Ou seja, o ol$ar não * sobre a conguração institucional, sua forma ou regime político, mas antes uma visão que separa a legalidade da legitimidade! 2 que perante tal dicotomia, d( um enfoque na legitimidade! O que permite que façam um questionamento da pr&pria legitimidade política do 2stado de 'ireito! 2, assim, a democracia * para a teoria crítica não um regime político, mas um modo modo de vid vida! "ois co cons nsid ider era a impo imposssíve sível, l, por por e-em empl plo, o, uma uma vida vida democr(tica apenas por uma visão unilateral da instituição do direito! ? necess(ria uma compreensão das relações de poder, legitimidade e justiça da real estrutura social para a compreensão da democracia! 2m Gltima instn instncia cia,, a teoria teoria crític crítica a recon$ recon$ece ece que não * possív possível el uma rea realid lidade ade democr(tica numa vida social que *, por e-emplo, autorit(ria! @5 )ult )ultur ura a e polí políti tica ca!! ? um estu estudo do tamb tamb*m *m co con$ n$ec ecid ido o pela pela AneH neH left leftB, B, autores como 2!"! 2!"! /$ompson, 2ric obsbaHm que reformularam a ree-ão a partir de Jramsci! + teoria crítica, entretanto, diverge dos primeiros estudos culturais, posto que eles foram feitos a partir da identidade cultural, ou seja, identidade de g.nero, raça e classe! + teoria crítica recon$ece que não era mais possível interpretar essas questões por essa relação de identidade, pois pois reca recaiam iam numa numa est( est(ti tica ca!! 2 sua sua nova nova co comp mpre reens ensão ão sobr sobre e a cult cultura ura
refor eformu mula la os co conc ncei eito toss num num movi movime ment nto o opos oposto to:: o que que ante antess era era a iden identi tida dade de pass passa a a se serr vist visto o pela pela dife diferrença ença!! 2ntã 2ntão o aqui aqui a cult cultur ura a se entr entrel elaç aça a co com m a polí políti tica ca,, pois pois se rec econ on$e $ece ce que que a noçã noção o de cult cultur ura a transforma a noção de política! Ou seja, não se estuda política para a compreensão da cultura, mas a cultura para a compreensão da política! 2 a diferença principal dessa inversão * que se passa a compreender a id*ia da desconstrução! Identicação se torna, portanto, um ato de desconstrução, conc co ncom omit itan ante temen mente te,, um ato ato polít polític ico o e cult cultur ural al!! 2 auto autora rass co como mo,, por por e-emplo, 9ancK >raser >raser buscam estudar a intersecção dessas (reas! 35 /eoria e pr(-is! "ara a teoria crítica, teoria não emancipa a sociedade, quem emancipa são os grupos e os sujeitos! 2ntão qual a relação do te&rico crítico com os movimentos sociais do seu tempoL O diagn&stico pode estar nos nos movi movimen mento toss soci sociai aiss co como mo tamb tamb*m *m não não esta estarr nele neles! s! ( enor enorme mess debates, posto que * possível recon$ecer que nem todo movimento *, nece necess ssar aria iame ment nte, e, em eman anci cipa pat& t&ri rio o! M( me mesm smo o Narl arl 0ar 0ar- crit critic icav ava a os movimentos de sua *poca: A0era vontade política * uma saída qui-otescaB, pois considerava necess(ria uma e-celente an(lise do real, teoria e pr(-is! 2 no decorrer da $ist&rica da teoria crítica e-iste essa problem(tica quando, por e-emplo, +dorno e or;$eimer se fec$am para a pr(-is dos movimentos de seu tempo conquanto 0arc arcuse ma man ntin$a#se #se abert erto! obre o posicionamento fec$ado de alguns da escola de >ran;furt, Pu;(cs tem uma famosa alegoria: viviam no Jrand otel abismo! "ara nalizar "ara nalizar essa introduçã introdução o sobre sobre o curso, curso, vale apontar que infelizmente infelizmente não cabe aqui leituras dos principais autores fundadores, do debate que se estabelece a posteriori ist&ria &ria do ins institu tituto to de >ran; ran;ffurt! urt! posteriori nem da $ist 2studaremos, entretanto, autores como onnet$, abermas, /aKlor e >raser, que que faze fazem m part parte e de uma uma se segu gund nda a geraç geração ão da teor teoria ia crít crític ica, a, o deba debate te contemporneo!
Aula 2 – 08/09/2016
APutas por recon$ecimentoB recon$ecimentoB Q +le- onnet$, leitura dos capítulos E e F >alar sobre recon$ecimento $oje, de alguma maneira, requer passar pelo onnet$, onnet$, seja para elogios ou críticas! críticas! "or isso duas aulas foram colocadas colocadas para o autor! >arei inicialmente uma r(pida introdução buscando elucidar aquilo que ele leva de debates anteriores! "ois ele precisava, por e-emplo, ultrapassar o que fez o abermas! O primeiro ponto central para onnet$ diz respeito à id*ia da teoria teori a social da escola de >ran;furt! 9a primeira geração, teoria critica estava associada a um diagnostico da modernidade! +dorno e or;$eimer passaram a an(lise do capitalismo de 0ar- para uma critica da modernidade! 2 esse aspecto decisivo ocorre a partir da sobreposiç sobreposição ão da lente lu;(csiana, lu;(csiana, mas principalment principalmente e Heberiana, Heberiana, posto que engloba engloba a visão da racionalização!
enco encont ntrrou duas duas pato patolo logi gias as no proc proces esso so de raci racion onal aliz izaç ação ão!! =usc =uscou ou comp co mprree een nder, der, por por e-em emp plo, lo, o pape papell do 2sta 2stado do pela pela perda erda de sua possibilidade de ações ree-ivas e simb&licas! 2sse processo não estava, por*m, apenas no 2stado, para ran;furt, como uma e-pansão do que 0ar- analisara pela reicação no )apital! )omo * feita a apro-imação de ambos os autoresL "ela comensurabilidade dada pelo valor, o processo de reicação subjuga à l&gica do )apital as diver diversa sass espe especi cic cida idade dess do traba trabal$ l$o, o, ou se seja, ja, os dive divers rsos os trab trabal al$o $oss concre concretos tos!! "o "orr conseg conseguint uinte, e, rei reica ca a soc socied iedade, ade, pois pois as mercad mercadoria oriass se tornam vivas, conquanto os $omens coisas! M( o processo de racionalização em ran;furt encamin$ara! 2 a partir de suas an(lises, abermas prop%s rever o processo de racionalização at* então compreendido! "ara a compreensão $abermasiana, na modernidade e-iste um forte componente da razão instrumental! "ois, de fato, o 2stado e o mercado continuam a desdobrar essa forma de racionalidade! 'enominou isso de AsistemaB! "orem ela não era s& isso, ela tamb*m se desdobrava como comunicativa: mundo de vida, pr(tica ree-iva, simb&lica! "ara ele a modernidade tamb*m cria, por e-emplo, uma individualidade pela qual os crit*rios de legitimidade não são tão facilmente aceitos! 2 denomina esse processo de Atese da colonizaçãoB! "ois entende que, quando a reicacao da raci raciona onali liza zaçã ção o se co coloc loca a nas nas esfe esferas ras da vida, vida, oc ocor orre re um co con nit ito! o! 2ssa 2ssa an(lise est(, por e-emplo, na obra Ateoria da ação comunicativaB do autor! 9a qual buscou estudar as analises da psicologia social e psican(lise dos adol adoles esce cent ntes es na +lema +leman$ n$a a de se seu u perío período do,, post posto o que que tais tais psic psicol olog ogias ias estudavam, as suas maneiras, o que o autor compreendo como parte do proc proces esso so dessa dessa e-pa e-pans nsão ão da raci racion onal aliza izaçã ção! o! +o que que inte intere ress ssa a aqui, aqui, abermas nunca aceitou que toda racionalização * poder, nem a noção de dominação da natureza da primeira geração, pois $avia antes para ele um conito!
+ segunda mudança praticada pela escola de >ran;furt est( no debate sobre o pape papell e a epis episte temo molo logi gia a na los loso oa! a! 2 es esco cola la de >ran; ran;fu furt rt sa saiu iu do paradigma da losoa do sujeito e camin$ou em direção ao ponto de vista da intersubjetiidade! "ortanto buscou conceber a razão, percepção ou os se sent ntim iment entos os de ma mane neira ira difer diferen ente te daqu daquel ela a an(l an(lis ise e fund fundad ada a no suje sujeit ito o transcendental ;antiano, ou seja, de uma consci.ncia como potencialidades do pr&prio sujeito, um sujeito transcedental dotado de estruturas que são generalizadas generalizadas à todos! todos! ? importante importante apontar que eidegger eidegger e ran;furt tanto quanto as mudanças proferidas por abermas t.m enorme inu.ncia sobre onnet$, sua an(lise da pr(pr(-is is soci social al se anco ancora ra da visão visão $abe $aberm rmas asia iana na de lingu linguag agem, em, por por e-emplo! +dentrando +dentrando em onnet$, onnet$, racionalizaç racionalização, ão, comunicação comunicação e intersubjeti intersubjetividade vidade são conceitos centrais para o autor! )ritica, entretanto, o diagnostico da coloni colonizaç zação ão $aberm $abermasi asiana ana,, esta esta que primaz primazia ia uma sol soluçã ução o pela pela via da linguagem, e coloca no lugar dessa Avisão da ação comunicativaB a noção de recon!ecimento! Rira ira as co cosstas tas do pres presssupos upostto co conc ncei eittual ual da racionalização, pois uma forma de pensamento que separa o sujeito das ações, ou seja, a realidade das atitudes dos pr&prios sujeitos * justamente o que o autor busca combater! + primeira atitude que a teoria critica deve fazer, para onnet$, * superar essa problem(tica que denominou de d"#cit inicia ia uma uma anal analis ise e que, que, port portan anto to,, subs substa tanc ncia ia o so soci cial al!! sociol$gico! 2 inic Pocaliza Pocaliza os agentes agentes na sociedade sociedade que, como sabe, j( est( c$eia de morais! onnet$ precisa indagar: o que * a g.nese dessa linguagem $abermesianaL ? necess(rio buscar seu pressuposto! 2ntende que abermas foca muito sua anal analis ise e na rela relaçã ção o de poder poder e co colo loni niza zaçã ção, o, ou se seja ja,, na impos imposiçã ição o das das instituições ao social! + teoria crítica não pode neutralizar o mundo da vida pelo poder! + relação de poder tamb*m est( na gram(tica dos sujeitos! onn o nnet et$, $, port portan anto to,, co comp mpre reend ende e que que e-is e-iste tem m outra outrass form formas as de pode poder, r, construíram uma gram(tica de legitimidade da relação $ier(rquica! "or isso que os meios conceituais e os meios categoriais foram, assim, reformulados no autor! 2 ele tem toda uma preocupação de produção de uma teoria vinculada na pr(-is! + teoria * então a e-peri.ncia do espaço social! 2 vai por por es esse se ca cami min$ n$o o busc buscar ar res espo pond nder er:: que que ma mane neir ira a co comp mprree eend nder er os movimentos e operar neles pela críticaL +s primeiras obras de onnet$ saem de um intenso debate organizado no período em que abermas guiou a escola de >ran;furt sobre 0ar- e o materialismo $ist&rico! + obra Acrítica do poderB e-pressa as conclusões do
autor sobre abermas, or;$eimer, 0ar- e >oucault! "ara onnet$, abermas fez um desserviço ao ignorar o peso de >oucault! "ois e-istem relações de poder que estão inscritas nas formas mais ordin(rias as quais >oucault estava de ol$o! 2sse dilema Ateoria crítica e p&s estruturalismoB tamb*m est( no confronto, $oje e-istente pela tentativa de junção, de =en$abib com =utler! Aofrimento de determinaçãoB, A/$e struggle for SecognitionB, AO direito da liberdadeB são outras obras relevantes de onnet$! Rale observar que $oje o autor não utiliza, a partir de 788F, a categoria do recon$ecimento mais, o que custou muito ao seu trabal$o! "or*m não comento isso para abdicarmos da an(lise, tais categorias, por mais que passíveis de críticas, continuam relevantes ao debate! obre os capítulos! onnet$ busca um dialogo das ci.ncias com a losoa quando, por e-emplo, analise atualizando sua leitura do jovem egel as an(lises de Mo$n erbert 0ead! +utor do interacionismo simb&lico que tem enorme aceitação na (rea da psicologia social nas primeiras d*cadas do s*culo CC, posto que tentou resolver o debate entre >reud e an(lises sociais! +ponta que não * a razão que produz a linguagem, mas a linguagem a razão! +ssim, pela psicologia, se afasta do que or;$eimer entendeu de materialismo interdisciplinar tanto quanto do materialismo de abermas! "ara o autor, as praticas sociais tem uma organização que constroem a modernidade! 2ntende que egel e 0ead são autores que entenderam a comple-idade da organização e ordem moderna sem perder de vista em suas teorias a pr&pria interação! 2 não * como se egel fosse o losofo e 0ead o cientista, dentro da visão do materialismo interdisciplinar, mas compreende considera que ambos atuaram como autores que mantiveram sua analise pela substncia AinteraçãoB! 2ntende que o pressuposto de 0ead, que j( estava em egel, * justamente não ser necess(ria uma identidade pr*via! "ara o autor tudo est( dentro da intersubjetividade, inclusive a identidade! 9ão lutamos, por e-emplo, por algum valor interno, absoluto e natural, mas pelo pr&prio recon$ecimento no processo de formação que * construído não s& normativamente, mas, sobretudo, pelo pr&prio conito! O AeuB freudiano, * remodelado pela noção do recon$ecimento: recíproca e-pectativa de comportamento e ação! "ortanto não * a toa que unica egel,
formação da primeira identidade! 2, como recon$ecimento, * uma relação de depend%ncia e autonomia, ou seja, um processo prim(rio de luta, esse pendulo entre tais duas categorias! Identidade *, assim, depend.ncia do pr&prio equilíbrio prec(rio! "ara o autor seria metafísico compreender essa identidade fora da pr&pria relação! 2 essa etapa do amor determina as formas de relação posteriores: nossa subjetividade com os diversos outros! Ou seja, nossa identidade *, em termo do egel: Aser#si#mesmo em um outroB! onnet$ busca, portanto, analisar a g.nese dessa relação com forte componente de conito e norma! 9o capitulo ele e-pressa como a relação de mãe e l$o se desenvolve nesses termos! 2 coloca a teoria das pulsões freudiana como metafísica, posto que relação de ego, superego e I' do autor não conseguiu sair do sujeito absoluto e a$ist&rico! M(
obre sua an(lise da luta por recon$ecimento no mbito familiar, onnet$ recebe crítica posto que cai justamente naquilo que buscou se afastar, um car(ter a$ist&rico do conito! 2ssa forma de relação * $istoricamente construída, o pr&prio conito não pode ser concebido
como natural! 9a versão alemã e-iste seu recon$ecimento e retrato à fal$a! 75 + autoconança individual ou suas patologias, ou seja, os possíveis resultado da interação primeira, surge na pr&-ima esfera, na participação aut%noma ou não da forma publica! + primeira forma * o direito, a segunda a da solidariedade! + esfera do direito lida pelo eu em tentativa de recon$ecimento com esse outro generalizado, e isso tem implicações normativas e morais de enorme relevncia! "ois qualquer portador de direito se concebe por esse outro e * membro de uma comunidade de igual alor& Ou seja, uma pretensão universal! ? possível recon$ecer essa característica empiricamente justamente pela e-clusão, posto que inige diretamente o status b(sico da universalidade! 2, cita 0ars$all, concorda que o direito * e-atamente essa $ist&ria de conquista! +ssim, o cidadão se v. simbolicamente pelo status de seus direitos, devido a característica da universalidade, por*m luta quando recon$ece sua e-clusão! Vuando se diz para uma pessoa que ela * moralmente imput(vel, arma#se um tipo de relação que não * apenas a autoconança, mas o autorespeito! "ois * sujeito de direitos! )itação p! 46T: ? o car(ter pGblico que os direitos possuem, porque autorizam seu portador a urna ação perceptível aos parceiros de interação, o que l$es confere a forca de possibilitar a constituição do auto#respeitoW pois, com a atividade facultativa de reclamar direitos, * dado ao indivíduo um meio de e-pressão simb&lica, cuja efetividade social pode demonstrar#l$e reiteradamente que ele encontra recon$ecimento universal como pessoa moralmente imput(ve4! e incluirmos no ne-o assim traçado as ree-ões desenvolvidas at* o momento, então se poder( tirar a conclusão de que um sujeito * capaz de se considerar, na e-peri.ncia do recon$ecimento jurídico, como urna pessoa que partil$a com todos os outros membros de sua coletividade as propriedades que capacitam para a participação numa formação discursiva da vontadeW e a possibilidade de se referir positivamente a si mesmo desse modo * o que podemos c$amar de Uauto#respeitoU! @5 olidariedade! +qui * o que o autor congura por autoestima! 9ão se trata do status universal igual, mas as diferenças especícas! O que c$amou de o Aoutro concretoB! + atribuição da estima e do respeito social! "or que esse espaço * importanteL "ois a modernidade criou uma distinção entre formas de vida que procuram recon$ecimento social dentro das $ierarquias de valores socialmente j( recon$ecidas! +ssim, diz que o crit*rio em oposição *, justamente, a $onra! "osto que a $onra * uma forma de identidade formada na antiga sociedade feudal, estamental! 2 a interpretação da segunda ordem * a qual bloqueia a autoestima dos indivíduos em grupos, tais como raça, classe, g.nero! ua an(lise compreender, assim, que não $( como conquistar emancipação apenas na primeira ordem! "ois s&
autoconrmacao dentro da relação da segunda ordem, ou seja, dentro da necessidade da autoestima! )ita, p! 78T Xmeio5: Risto que o conteGdo de semel$antes interpretações depende por sua vez de qual grupo social consegue interpretar de maneira pGblica as pr&prias realizações e formas de vida como particularmente valiosas, aquela pr(-is e-eg*tica secund(ria não pode ser entendida senão como conito cultural de longa duração: nas sociedades modernas, as relações de estima social estão sujeitas a urna luta permanente na qual os diversos grupos procuram elevar, com os meios da forca simb&lica e em referencia as nalidades gerais, o valor das capacidades associadas a sua forma de vida )ontudo, o que decide sobre o desfec$o dessas lutas, estabilizado apenas temporariamente, não * apenas o poder de dispor dos meios da forca simb&lica, especíco de determinados grupos, mas tamb*m o clima, dicilmente inuenci(vel, das atenções pGblicas: quanto mais os movimentos sociais conseguem c$amar a atenção da esfera pGblica para a importncia negligenciada das propriedades e das capacidades representadas por eles de modo coletivo, tanto mais e-iste para eles a possibilidade de elevar na sociedade o valor social ou, mais precisamente, a reputação de seus membros! Vuadro Gltimo de síntese:
+gora, sobre o pr&-imo capítulo, considero que o capítulo E sem essa junção dos assuntos debatidos no F ca problem(tico, pois um sem o outro coloca os padrões morais sem os conte-tos sociais! 9o capítulo F, então, o autor ol$a para as sociais e-peri.ncias de desrespeito! "ois o acesso ao
recon$ecimento est( nas e-peri.ncias de desrespeito, o que denomina de A>enomenologia negativaB! + violação, da privação dos direitos, da degradação e ofensa social são formas de recon$ecimento que foram, portanto, renegadas! ? por conta da renegação que se entende, para onnet$, a causa da indignação moral! O autor assumiu desde o inicio o ponto de vista do sujeito, o que teve sua benesse, por*m dicultou a fuga da construção de categorias que não fossem mera e-pressão das subjetividades dos sujeitos, ou seja, dicultou categorias de críticas sociais como um todo! "ara citar uma an(lise sobre as formas de maus tratos que inviabilizam a formação da autoconança, desenvolve esse assunto na p! 74E! )ito tamb*m, pois esse trec$o abre grande debate, posto que o autor fec$a de maneira brusca uma categoria social como universal: Risto que essas formas de autoconança psíquica estão encadeadas as condições emotivas que obedecem a uma l&gica em boa parte invariante do equilíbrio intersubjetiva entre fusão e delimitação, essa e-peri.ncia de desrespeito não pode variar simplesmente com o tempo $ist&rico ou com o quadro cultural de referencias: o sofrimento da tortura ou da violação ser( sempre acompan$ado, por mais distintos que possam ser os sistemas de legitimação que procuram justic(#las socialmente, de um colapso dram(tico da conança na dedignidade do mundo social e, com isso, na pr&pria auto#seguranca! M( sobre a privação de direito e e-clusão, diferentemente do escorregão acima, onnet$ mostra como a justiça não * uma categoria universal, mas $ist&rica e vivida! 2la tem sua e-plosão no direito! onnet$ se ancora em, por e-emplo, 2!"! /$ompson, posto que este demonstra que as conquistas dos direitos ingleses, tais como analisados por 0ars$all, são o ree-o de uma vivencia negativa, de uma e-clusão ocorrida na Inglaterra! obre a degradação e ofensa, aponta v(rios tipos de rebai-amento pessoal que e-istem de forma ampla e mGltipla, como tamb*m reações de raiva e &dio que, entretanto, aponta onnet$, não necessariamente se conduzem para uma emancipação, mas podem e-istir numa e-pansão da pr&pria raiva, vergon$a ou ira! 2m suma, a negatividade abre um espaço, fazem uma lacuna psíquica que podem ou ser encamin$ar para a emancipação! onnet$ precisa, assim, juntar a teoria com a pr(-is, a relação entre os padrões com as e-peri.ncias e tudo isso culminar na gram(tica do recon$ecimento! O que veremos com mais aprofundamento na pr&-ima aula! Aula ' – 1(/09/2016
O=: "lantão de dGvidas ser( nos dias 4Y e @81481784F, posteriormente 4@ e 4E1471784F a partir das 4T$ @8 minutos! 2ntrega do trabal$o car(, provavelmente, para meados de janeiro! O que eu tentei mostrar na aula passada, tentando sair de alguma c$atice analítica, posto que o autor buscou de maneira sistem(tica elaborar um
longo debate que vin$a desde a política, sociologia e psicologia às teorizações mar-istas, foi sua noção de recon$ecimento! "ois de fato, a teoria do recon$ecimento * sua compreensão sobre a teoria e a pr(-is, tem esse car(ter interdisciplinar e, reitero, busca e-atamente essa iman.ncia de materialidade! "ois o autor entende que toda a teoria crítica antes dele sofria de um d*cit sociol&gico, que poderia ser satisfeita por uma atenção às pr(ticas sociais! Ou seja, buscar Ao social da sociedadeB! O programa geral da teoria precisou, portanto, ser reatualizado a partir de uma critica imanente das pr&prias praticas sociais! +l*m dessa, outras e-ig.ncias tamb*m foram importantes para sua teoria, como o recon$ecimento do poder de dominação, presentes, por e-emplo, em >oucault! Indica como que egel e 0ead tamb*m foram fundamentais para apresentar o car(ter da relação! +utores pelos quais ele constituiu a noção dos padrões de ação, e-plicitados a partir de e-peri.ncias de desrespeito! 2ntão essas duas id*ias, dominações sociais e as ações condizentes com ela, precisam se juntar na noção principal do autor, o recon$ecimento! 2 onnet$ precisa mostrar, por Gltimo, que essa noção mais comple-a da ação social permite a emancipação, mesmo quando não necessariamente total, mas parcial! O direito, por e-emplo, não necessariamente implica que uma mudança em si equivale em uma total realização emancipat&ria, entretanto, aponta onnet$ que ele não dei-a de ser uma real forma de realização e conquistas! +ssim, ao que importa aqui, emancipação num lugar não implica emancipação em outro, pois a gram(tica do recon$ecimento * mGltipla! 2le tamb*m est( tentando dar uma formulação do debate sobre trabal$o! )ritica o trabal$o $eter%nomo Xque j( em 0ar- estava como forma de reprodução do )apital5, para buscar uma ação positiva: o trabal$o aut%nomo! Secon$eceu a categoria referida como mais enriquecida, uma vez que o trabal$o $eter%nomo tal como at* então concebido j( estava AcegoB para as formas da e-ploração! 9ão e-clui a e-ist.ncia de sua gram(tica, por*m entende que esse trabal$o, que e-plicita a luta de classes, * forma de um recon$ecimento especíco da e-ploração! Ou seja, não era mais capaz de englobar a totalidade das formas de dominação da modernidade! 2 seu objetivo foi, assim, encontrar a realidade da dominação por uma categoria mais abrangente, no caso, a categoria no recon$ecimento, e por ela apresentar a c$ave da emancipação! "ois o recon$ecimento *, para ele, a dominação e a pr&pria pr(-is da possível emancipação! 2 tudo isso est( dentro do que ele c$ama, repito, Asocial na sociedadeB! 2ntão o capítulo Y da centralidade a esse todo comple-o! "ois busca mostrar que por um lado as pr(ticas sociais estão na normatividade, por*m que a categoria da moral est( al*m dessa norma, são antes sociais e desde aí carregam em si um potencial de conito! Ou seja, e-iste um pressuposto moral no conito na medida em que a $umil$ação e rebai-amento são sociais antes de meramente normativos! 2 aqui no capítulo Y ele e-plicita o
car(ter da dominação, por*m ainda não apresenta a relação dessa teoria com a pr(-is! 2 a superação não * uma concepção l&gica, funcional ou evolutiva! 2la * o conito! /in$a então um projeto semel$ante e audacioso ao de 'ur;$eim, com essa diferença, enquanto 'ur;$eim entendia o mundo pela c$ave do progresso, a escola crítica j( buscava recon$ecer o que estava bloqueando! 2ntão onnet$ est( com esse diferente diagn&stico: o conito est( acontecendo! 2 logo em uma de suas primeiras obras: Anatureza $umana e ação socialB, e-plicita seu desao: encontrar uma categoria de pr(-is! 2 sua atitude crítica precisou defender a tese de que o recon$ecimento * a compreensão da negatividade, que, por*m permite uma saída para a emancipação! 2ntendia que, por e-emplo, falar para certos grupos o termo ArevoluçãoB est(, muitas vezes, fora de suas realidades de cogitação! 2 que, diferentemente, a categoria de recon$ecimento consegue, porque * a pr&pria e-peri.ncia negativa! Dma superação pr(tica, portanto, inscrita na pr&pria e-peri.ncia de dominação! P&gico, onnet$ entende que pode desenrolar uma luta, e tamb*m sabe que * um processo e não um necess(rio resultado! )omo processo, portanto, entende que mais pessoas signica maior luta, não necessariamente certo e garantido resultado! Insisto na sugestão do outro livro dele: A+ crítica do poderB, que foi sua leitura sobre a $ist&ria da teoria crítica! 9ele onnet$ est( tomando base não apenas nas categorias sociais, mas los&cas! 2 concorda com a distinção do pr&prio abermas em A+ doutrina cl(ssica da política em sua função com a losoa socialB, que em portugu.s c$ama#se A/eoria e pr(-isB uma vez que esse abdica do paradigma da luta pela autoconservação para defender a percepção da luta a partir da c$ave do recon$ecimento! O autor concorda que $( uma separação da política com o social, por onde se neutraliza a política e, por conseguinte, retira de sua dimensão qualquer emancipação Isso ocorre e se e-plicita no di(logo de obbes, 0aquiavel e culmina em egel! /ais diferenças podem ser concebidas quando, por e-emplo, num autor como +rist&teles era natural que se vivesse na cidade, sociedade! 2nquanto que em obbes essa nalidade não e-iste, as pessoas são e-tremamente antisociais! 2 a política * a pr&pria natureza que se nda, a necessidade da paz ao inv*s da guerra do $omem contra o $omem! ?, assim, a necessidade que cria a política e ela * a garantia articial contra esse estado de natureza! 2 onnet$ apresenta que egel arma o oposto, visto que e-iste o Aser si mesmo em um outroB! Ou seja, todo espaço social * uma relação! onnet$ entende que não * possível, entretanto, fazer uma passagem direta entre obbes e egel! Vuando ela não ocorre nos autores cl(ssicos, mas apenas nos contemporneos! 9o capítulo T, anterior à leitura dos capítulos de $oje, onnet$ apresenta sua concepção de que os tr.s autores 0ar-, artre e orel ertaram com a percepção do relacionamento, mas não foram capazes de se desligar do postulado obbesiano! 0ar- interpreta o conito entre as classes como um conito de interesses, ou seja, repõem o paradigma utilitarista nos
interesses da classe trabal$adora! +ponta que a política mar-ista estava, assim, baseada na noção de interesses! M( artre compra de >anon a noção de que, pressupondo como evidente a desigualdade entre brancos e negros como $ist&rica e culturalmente colocada, era necess(rio rearmar a visão utilitarista da pr&pria desigualdade aos negros! obre esse dilema, onnet$ $avia tamb*m estudado o rico sobre poder em oucault, uma vez que oucault armava estar em todo lugar a nossa volta! 2 apontei tudo isso, pois, de fato onnet$ pretendeu mudar o paradigma da luta social baseada no interesse pr&prio! Portanto' () nos come*os da socioo%ia acad+mica' ,oi cortado teoricamente' em ar%a medida' o neo .ue n/o raro eiste entre o sur%imento de moimentos sociais e a eperi+ncia mora de desrespeito: os motios para a re"ei/o' o protesto e a resist+ncia ,oram trans,ormados cate%oriamente em 1interesses1' .ue deem resutar da distri"ui*/o desi%ua o"(etia de oportunidades materiais de ida' sem estar i%ados' de a%uma maneira' 2 rede cotidiana das atitudes morais emotias$ 3$$$
Por isso' .uem procura ho(e reportar-se a essa histria da recep*/o do Contra modeo he%eiano' a ,im de o"ter os ,undamentos de urna teoria socia de teor normatio' depende so"retudo de um conceito de uta socia .ue toma seu ponto de partida de sentimentos morais de in(usti*a' em e# de constea*es de interesses dados$
2 assim decorre que se são relações morais vividas na formação, ou seja, com outro sujeito e pelos quais as e-pectativas e problem(ticas no camin$o da autoconança podem bloquear a formação dos pr&prios sujeitos! Ou seja, se * uma relação entre sujeitos, como que a gram(tica * coletivaL onnet$ precisa mostrar, portanto, que $( essa relação entre a formação do sujeito e a gram(tica social! 2 para isso começa se referindo sobre a distinção da primeira esfera: autoconança, da esfera do auto#respeito e da auto#estima! + autoconança não tin$a como e-pressar a violação de desrespeito e maus tratos tais como nas esferas sociais! 7ra' nem todas as tres es,eras de reconhecimento cont8rn em si' de modo %era' o tipo de tens)o mora .ue pode estar em condices de pr em marcha con,itos ou .uereas sociais: urna uta s pode ser caracteri#ada de 1socia1 na medida em .ue seus o"(etios se deiam %enerai#ar para a8m do hori#onte das intences indiiduais' che%ando a um ponto em .ue ees podem se tornar a "ase de um moimento coetio$
+ssim, a partir de onnet$, * possível compreender que as pessoas que são, por e-emplo, refer.ncias nas relações de amor e amizade comumente bloqueiam a autoconança! 2 se assim, precisam ser superadas para a projeção da auto#estima na vida pGblica! + superação * a luta! "osteriormente, entretanto, ele cancela essa mesma percepção, segue a continuaçãp da citação: Se%ue-se daí primeiramente' com o ohar otado para as distinces e,etuadas' .ue o amor' como ,orma mais eementar do reconhecimento' nao cont8m eperiencias morais .ue possam ear por si s a ,orrnaces de con,itos sociais: 8 erdade .ue em toda
reac)o amorosa est) inserida urna dirnens)o eistencia de uta' na medida em .ue o e.uií"rio intersu"(etio entre , us)o e deimitac)o do e%o pode ser mantido apenas pea ia de urna superac)o das resistencias recíprocas9 os o"(etios e os dese(os i%ados a isso' por8m' nao se deiam %enerai#ar para a8m do círcuo tracado pea reac)o prim)ria' de modo .ue pudessem tornar-se a%uma e# interesses p"icos$
"or*m volta atr(s dessa an(lise acima citada, ou seja, dessa forma de amor digamos naturalizadas como individual e a$ist&rica em sua Gltima obra: AO direita da liberdadeB! 2 a partir das críticas feministas, recon$ece que a pr&pria compressão do amor * $ist&rica, ela tamb*m est( em conito! O que * famíliaL Ou seja, a noção de família tamb*m * um conceito que est( em disputa! 2m nosso capítulo, ap&s críticas, acrescentou: Dessa deimirac)o cate%oria () resuta um primeiro conceito preiminar e rudimentar do .ue dee ser entendido por uta socia no conteto de nossas consideraces: trata-se do processo pr)tico no .ua eperiencias indiiduais de desrespeito sao interpretadas como eperiencias cruciais típicas de um %rupo inteiro' de ,orma .ue eas podem in,uir' como motios diretores da ac)o' na ei%encia coetia por rea*es ampiadas de reconhecimento$
+ssim embora sejam e-peri.ncias individuais de recon$ecimento, elas gan$am espaços quando incorporadas na visão de grupos! 2 o autor não est( preocupado aqui com o modo, mas com g.nese! Dma vez que não est( armando morais numa suposta etiqueta, mas buscando recon$ecer se a g.nese est( moralmente enraizada! eja pelo meio da força material, simb&lica ou passiva! Ou seja, falar em base de moral não signica uma analise do autor e tentativa de moralização! 2 onnet$ não esta sozin$o nessa percepção, demonstra que parte da literatura da antropologia social e da $ist&ria da cultura j( estava trabal$ando por essa perspectiva! 2!"! /$ompson e =arrington 0oore, j( $aviam substituído as premissas normativas para uma compreensão moral da cultura! /ransformação econ%mica pode gerar uma indignação estrutural, por e-emplo! 2m 0orre e-iste a id*ia de Acontrato social implícitoB, conquanto em /$ompson se diz Aeconomia moralB! 2!"! /$ompson no capítulo Economia moral da multidão na Inglaterra do século XVIII da obra A)ostumes em comumB, apresentam, por e-emplo os c$oques de mudanças estruturais econ%micas e as conseqZentes indignações sociais! +ssim, $avia uma e-peri.ncia de consenso moral coletivo implícito em certo costume, e no momento em que essa quebra aconteceu, no caso, a partir de mudanças econ%micas, ocorreu uma indignação coletiva! 2, pela abordagem do onnet$, por essas e-peri.ncias negativas $( possibilidades de pr(ticas! obre as diferentes dimensões e suas intersecções! onnet$ junto com outros autores sabem que $( na luta por direitos e em sua institucionalização gan$os reais e possíveis! "or*m ele não reduz o $orizonte da luta na mera institucionalização, o bloqueio que * criado nas pr&prias relações sociais não est( diretamente relacionado ao bloqueio jurídico! Ou seja, as intersecções são fundamentais em onnet$s, e a
vantagem * evidente! 2ntende que a luta na esfera íntima pode ser inuenciada pelas esferas sociais! +ssim como a viol.ncia na forma social tem ree-o nas viol.ncias intimas! O mesmo nas relações entre publico e privada! 2 ? assim que concebem, por e-emplo, a institucionalização do respeito! 2la e-pressa a intersecção[ 'igamos sobre a $omofobia! Dm casal andar de mãos dadas em espaço pGblico não e-pressa essas intersecçõesL "essoal e socialL 2 a partir da colocação das diversas dimensões, vale questionar: )omo ca agora a id*ia de recon$ecimentoL + compreensão de que o gan$o legal do casamento gaK, a partir da intersecção desses emaran$ados, pode ser compreendido pela emancipação desse pr&prio emaran$ado! +qui então não * mais aquela visão de emancipação totalizante, naqueles termos criticados por autor e j( citados aqui, mas de uma emancipação pelo recon$ecimento! 2 se o desrespeito não for sentido em quanto tal pelos pr&prios sujeitos oprimidosL Ou quando um branco, rico e europeu busca lutar contra a opressão a ele, por seu recon$ecimentoL + teoria do recon$ecimento precisa responder tais problem(ticas! + princípio, a an(lise recon$ece essas formas como patologias! 2 sabemos que sobre o tema $(, por e-emplo, o estudo da personalidade formada no 9azismo logo na primeira geração da teoria crítica! Vuando compreenderam que a formação da um superego foi jogado para fora do mbito familiar, se concretizou na e-pressão de car(ter pGblico, o fu$rer! Obs: para mais leituras sobre o tema foi indicada os @ primeiros capítulos da A)rítica do poderB! )ompreende essa problem(tica tamb*m a partir da noção de ARer;ennungB: um recon$ecimento deturpado, ou seja, uma manifestação ideol&gica de recon$ecimento! obre esse dilema, no limite tamb*m e-iste o contra argumento anarquista ao recon$ecimento: implica a noção de identidade, ou seja, submissão! + luta não * para o recon$ecimento, deve ser contra o recon$ecimento! Peremos sobre isso na =utler! O ultimo capitulo tem a função de demonstrar as categorias e o conte-to de surgimento! R(rias diculdades ao longo do te-to implicam e-atamente nessa relação, posto que não pode ser a mera e-peri.ncia ou afecção subjetiva que liga sujeitos a grupos, mas, como pretende demonstrar o autor, uma forma de e-peri.ncia que tem um padrão e que de um sentido para essa e-peri.ncias das quais a teoria partiu! +ssim, quando ele fala de evolução social ou moral, o sentido esta baseado na teoria da ação e não na losoa da $ist&ria, pois conquanto na losoa da $ist&ria e-iste uma nalidade predisposta, ele opera com a id*ia da ambigZidade! O resultado do conito não * certo e nada assegura um progresso ao inv*s do retrocesso, se não apenas o pr&prio conito! 2ssa percepção est( colocada assim desde 0ar- e tem como pressuposto que a emancipação se d( de maneira interna, ou seja, nada e-terno a ele legitima um camin$o evolutivo,
mas apenas o pr&prio capitalismo! +ssim, tal como ree-o da premissa, onnet$ precisa avaliar constantemente os Agan$os e perdasB! "ara isso então tamb*m esclarecer sua percepção do crit*rio normativo na teoria do recon$ecimento! 0udanças na dimensão normativa são vit&riasL obre esse debate, vale lembrar o movimento feito pelas críticas à primeira geração, que apontava um d*cit normativo, armavam abermas e onnet$, e à segunda, um d*cit sociol&gico, arma onnet$! "ois foi a partir da primeira geração, ap&s a questão: se $( uma dominação pela razão instrumental total, como se faz ou mesmo e-iste a críticaL Vue se lançou a necessidade da compreensão do crit*rio normativo! 2sse debate se d( essencialmente a partir de Nant e egel! "ara Nant, na modernidade cou impossível denir entre um bem como superior a outro bem num conito, pois e-istem diversos pontos de vista! +ssim apresenta Nant o imperativo categ&rico: A$aja como se a m(-ima de sua ação pudesse valer como uma lei universalB! 2ssa percepção faz com que o sujeito mude de seu ponto de vista para uma visão universal, justica sua atitude com o todo, ao inv*s de uma atitude que visa apenas o AeuB! Ou seja, * o ponto de vista universal que permite o aferir do valor! M( em egel a universalidade * questionada, as morais não são universais, mas dos povos! ão especícas e $ist&ricas! +ssim, o recon$ecimento, para onnet$, * uma forma comple-a e mista, uma vez que ele forma uma percepção abstrata para compreensão da desigual relação, conquanto especíca! 0utualismo que onnet$ c$ama de eticidade! Ou seja, em relação ao dilema, a eticidade abarca e se refere a egel pela compreensão da relação, sua especicidade $ist&rica! 2 se refere a Nant, j( que requer a formalidade! endo que formal * aquilo que * mais abstrato capaz de um crit*rio universal de medição! Rale observar que desse dilema saem escolas! Os ;antianos armam que o $egelianos são relativistas, conquanto os $egelianos armam que o ;antianos são abstratos, pois não ancoram os valores nos valores reais que estão $istoricamente colocados! 2sse debate * importante e longo entre os liberais e o comunitaristas! Os liberais defendem o justo e as normas, e os comunitaristas defendem o bom e a vida boa! 2 por tais disparates disputam conceitos comuns tais como liberdade, direitos, igualdade, autonomia! 2ntão sobre esse dilema da normatividade, onnet$ tenta juntar egel e Nant, observa que ele não est( ol$ando para a $ist&ria ignorando a universalidade, mas ela deve ser entendida como e-pressão de valores a-iol&gicos substantivos! ;ossa a"orda%em desia-se da tradi*/o .ue remonta a
possi"iirac)o de urna ida "oa$ Mas a%ora esse conceito de "em nao dee ser conce"ido' em oposic)o ).ueas correntes aternatias .ue se distanciam de
2ntão sobre a questão se os valores são tão inseridos na $ist&ria ao ponto de perder seu car(ter de universalidadeL Ou tão abstrato ao ponto de perder sua $ist&riaL onnet$ responde que o valor * substantivo de uma maneira que pode se afastar da realidade social aos quais estão inseridos! +o e-emplo do direito, que est( dentro de um padrão $istoricamente constituído, e por isso substancial! O padrão * abstrato, mas tamb*m tem sua e-plicação de surgimento na $ist&ria, posto que leva a sua realidade pr(tica ao car(ter de universalidade! O pr&prio amor vai mudar! O padrão empurra sua concepção para uma nova forma, vamos supor uma maior igualitarismo na relação de amor e amizade! 'ir( onnet$ que, conquanto assim, e-iste o progresso! + crítica então * imanente, mas incorpora a radicalização da gram(tica do recon$ecimento, não *, portanto, meramente abstrata! O padrão tem um potencial crítico, pois fala do pr&prio tempo, por*m incorporam a $istoria! Ou seja, o padrão est( inserido nas praticas, mas tamb*m apontam para as pr&prias pr(ticas! 2 essa * a relação do te&rico crítico com os movimentos sociais! Ou seja, onnet$ est( tentando defender que os padrões estão incorporando novos processos $ist&ricos! ?, entretanto, possível questionar: eles não podem se manifestar e, portanto, recair sempre na mesma gram(tica reproduzindo os mesmos padrõesL oje ele mudou de fundamento, pois considera o substrato do recon$ecimento a liberdade! "ois, realmente, poderíamos dizer que ele caiu em uma c$ave que sempre buscou se afastar, quando o recon$ecimento parece reduzir a comple-idade do processo social a um Gnico termo! "arece plausível armar que algumas minorias apenas buscam um interesse em certos momentos! 'isputas não necessariamente estão fora, portanto, dessa relação de interesse! +ssim, a teoria do recon$ecimento poderia, talvez, não ser vista não como uma totalidade, mas como uma das possíveis gram(ticas! abermas observa que onnet$ parece cair, por mais que crítico aos liberais, na mesma não substncia do político! "or conta disso, inclusive, acrescentam alguns te&ricos que a teoria crítica, al*m do d*cit sociol&gico e normativo, tem um d*cit político! 2 a teoria do recon$ecimento precisa, pela crítica aqui feita, dessa fenomenologia empiricamente testada! O recon$ecimento * fundamental uma vez que ele seja capaz de comprovar o seu ancoramento no conito e e-peri.ncia! "ois se preso em mera losoa, a teoria se afasta da percepção vinculada às lutas, perde sua pr(-is! Indicações do professor:
Imaginação dialética: história da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesuisas !ociais "#$%&"#'() *+ ,artin -a. /he 0ritiue of Po1er: 2e3ecti4e !tages in a 0ritical !ocial /heor. 5!tudies in 0ontemporar. 6erman !ocial /hought7) ,assachusetts 5% primeiros cap8tulos7 !o9re psicanlise: /eoria critica e psicanlise) !ergio Paulo 2uanet 0olet;nea: /eoria cr8tica " & 2*P !o9re ?ant)
Aula ) – 29/09/2016
oje vamos falar de )$arles /aKlor, por*m, antes de qualquer coisa, gostaria de observar que os autores que lemos at* agora: onnet$ e /aKlor são $egelianos! 2sses autores disputam, assim, a atualidade de egel, compreendem uma necessidade de aprofundamento no autor! /aKlor * um autor canadense renomado tanto academicamente como tamb*m politicamente, principalmente em Vuebec! "or isso que o e-emplo o central na obra do autor e o caso de Vuebec! Importante para a $ist&ria da losoa, teoria política, losoa contempornea e losoa da linguagem! )omo $egeliano, tamb*m * um importante comentador sobre egel! ( duas obras que discorre sobre o autor, uma estuda egelzin$o, outra o egel maduro! /aKlor marcou o debate sobre o recon$ecimento, tamb*m sobre esfera pGblica, religião e secularismo e razão! 0as o que deve ser destacado dentre os discutidos pelo autor * o assunto liberdade! /aKlor tem um te-to da d*cada de T8 que e-pressa sua compreensão sobre a liberdade negativa! 9a verdade, seja sobre liberdade positiva ou negativa, aponta que ambas as concepções dei-am de lado o que ele c$amou de liberdade e-pressivista! Dm pouco como egel entendia a liberdade, uma vez que por ele ela não era apenas uma autodeterminação, mas uma e-pressão de um processo e e-peri.ncia! ? razão e sensibilidade! Ou seja, aprendemos a ser livre e e-ercemos a liberdade por uma teia de e-peri.ncia que compõe a g.nese dessa liberdade! onnet$ tardio foi, assim, muito inuenciado por /aKlor, uma vez que passa a colocar a noção de liberdade como conceito central! O segundo tema * a posição que /aKlor ocupou no debate entre liberalismo Xbase ;antiana, noções de justo, indivíduo5 versus comuitaristas Xbase
$egeliana, noções de bem, coletividade5! 2sse debate durou uma d*cada: entre 46T8 ou 46Y8! Os comunitaristas diziam que no momento em que esses embates entre dois valores ocorrem, os liberais não t.m como nos dizer qual a solução dos problemas, pois eles assumem a iman.ncia de um valor que vale tanto quanto outro! Os comunitaristas eram, entretanto, ta-ados como conservadores, sua visão de mundo teria uma esp*cie de efeito colateral uma vez que e-istem teias e todos valores estão a partir delas! Ine-istente aos liberais quando esses buscam um interesse sim*trico do ponto de vista universal! +os liberais a primazia do universal, aos comunitaristas o primazia do particular! Rale observar que os pr&prios egel e Nant não se recon$eceriam nesse debate, posto que egel compreendia uma universalidade /aKlor nessa obra est(, entretanto, inaugurando um novo tema no debate! 2le se declara um universalista *tico ou universalista substantivo! 2 o conceito mais importante a ser estudado * a Avontade livreB! + vontade livre * um objetivo, por*m aponta que * do coletivo que retiramos nossa identidade como tamb*m a partir dele que nos afastamos e criamos a nossa individualidade! ( uma obra sua, por e-emplo, c$amada Aources of t$e elfB na qual quer entender a g.nese $ist&rica do individuo na sociedade moderna! +o que nos importa aqui, /aKlor buscou essa compatibilidade! 2ntende que e-iste o universal, mas que ele est( c$eio de particularidades na sua g.nese! Rou aqui, então, descrever o argumento do autor! 2-istem v(rios pressupostos como ele entende o recon$ecimento e a forma que ele relaciona o recon$ecimento com o direito! "rimeiramente, entende como atrelado a identidade! Ou seja, política de recon$ecimento * uma auto# armarão da identidade! "or*m $( uma dial*tica aí, uma vez que toda identidade est( atrelada a uma diferença! O segundo ponto * que o recon$ecimento * um conceito central na id*ia de multiculturalismo! O diagn&stico político do presente * o multiculturalismo! 9ão * a toa que a tentativa de juntar liberalismo e comunitarismo ocorre num momento em que o tema do debate * o multiculturalismo! 2 vale observar que multiculturalismo tamb*m passa a ser um tema, $oje, do passado! +tualmente discute#se a interseccionalidade! Roltando, entretanto, ao dilema do período, basicamente ele aponta que o liberalismo não consegue dar conta da interseccionalidade! "or*m o autor não * ing.nuo, entende que a modalidade est( num conito de grupos subalternos! 2 não se trata aqui de g.nero, raça ou classe, no caso de seus estudos de Vuebec, busca entender como a língua criou relações de identidade! +ponta que A+ e-ig.ncia de recon$ecimento assume nesses casos car(ter de urg.ncia dados os supostos vínculos entre recon$ecimento e identidade, em que AidentidadeB designa algo como uma compreensão de quem somos, de nossas características denit&rias fundamentais como seres $umanos! + tese * de que nossa identidade * moldada em parte pelo recon$ecimento
ou por sua aus.ncia, freqZentemente pelo recon$ecimento err%neo por parte dos outros, de modo que uma pessoa ou grupo de pessoas pode sofrer reais danos, uma real distorção, se as pessoas ou sociedades ao redor deles l$es devolverem um quadro de si mesmas redutor, desmerecedor ou desprezível!B Xp! 7345! ( uma parte do argumento do autor que passa por uma g.nese $ist&rica e ao quadro da losoa diante dessas mudanças! /aKlor tamb*m tem um pressuposto los&co, o recon$ecimento * uma necessidade $umana vital! 9&s temos essa necessidade de relação! 2, diferentemente de onnet$, que estabelece que esse dilema * da modernidade, /aKlor observa que * universal, não varia $istoricamente! 0as a forma da relação que, diferentemente, variam $istoricamente! +ponta que $ouve um colapso das $ierarquias sociais na modernidade em contraposição à $onra que cristalizava o recon$ecimento estabelecido de acordo com o lugar que voc. ocupa nessa $ierarquia no pr*#modernismo! 9esse momento $ist&rico, o alto clero não recon$ecia o bai-o clero fora da relação! + diferença não era dial*tica e formulada a partir de identidade entre iguais, mas estanque uma vez que fundada por status! +rgumenta que o colapso da $onra ocorre quando surge a noção de dignidade, tal como vimos na losoa jusnaturalista! /odos os $omens eram naturalmente iguais! 2 o debate se dava na compreensão da moral! Poc;e, por e-emplo, apontava que todos eram uma tabula rasa! Nant armava que Atodos somos inteiramente livres, somos seres de moralB! 'evemos respeitar o outro em sua autonomia, pois ele * aut%nomo tanto quanto eu! 2ssa perspectiva iluminista, aponta /aKlor, estabelece um recon$ecimento pela igualdade! "or*m igualdade de quemL +o lembrar que tais noções nasceram concomitantemente: individuo, igualdade e originalidade, aponta que, diferentemente de antes, sua compreensão se d( pela centralidade do indivíduo! + originalidade, por e-emplo, não est( colocada numa compreensão a partir do nível de riqueza ou status, concepções sociais, mas do indivíduo! ? uma forma de e-pressão autentica! 2, por isso, todos esses conceitos são e-pressão da Avontade livreB! 2 não * a toa que est( pensando os conceitos pelas id*ias de suas e-pressões, posto que faz uma compreensão $egeliana, ou seja, que entende razão e entendimento! 2 e-pressão de nossa individualidade não por sermos apenas seres com razão, mas tamb*m de pai-ão! >alar que ama outra pessoa que não da sua classe social rompe com certa forma de recon$ecimento, o que e-pressa esse processo de autenticidade! +ssim, sua noção de identidade est( baseada em Sousseau, não em eidegger! /udo para o /aKlor pressupõem uma relação dial&gica: intersubjetiva! A'enimos nossa identidade sempre em di(logo com as coisas que o outro signicativo deseja ver em n&s e por vezes em luta contra ele!B Dma vez que a sua e-pressão pode não encontrar espaço social, travando a sua possibilidade de identidade! 2ntão o recon$ecimento * um momento de e-pressão daquele que eu quero que o outro veja como min$a identidade!
?, nesse aspecto, que identidade e recon$ecimento estão mais pr&-imos nas formulações de /aKlor do que nas de onnet$! 2 a modernidade produz uma situação em que esse recon$ecimento * mais problem(tico! + dignidade cria uma situação prec(ria: agora a situação entre identidade e recon$ecimento pode malograr! 2 isso em duas dimensões, na esfera intima e social! O te-to, segundo o autor, est( tratando apenas da segundo esfera! O recon$ecimento sendo constituído na esfera social e pGblica! obre a esfera social, cita:
2-istem, para o autor, dois tipos de discursos dominantes e concorrentes em relação à política de recon$ecimento! + primeira * a 45 política do universalismo, baseada na dignidade igual e a segunda * a corrente que ele c$ama de 75 política da diferença, baseada na identidade particular! +mbas estão falando de recon$ecimento, ou seja, esse recon$ecimento tamb*m est( colocado no debate dos universalistas Xdo liberalismo5! 2 o autor foi esperto aqui, uma vez que permite a apro-imação do debate entre liberais e comunitaristas! e todos n&s somos diferentes, mas somos igualmente diferentes, $( uma unidade! "osto que $( a universalidade pela noção da diferença! Observa que:
"or mais que parece apenas uma quei-a às políticas da diferença, típicas dos comunitaristas, /aKlor est( critica ambos! "ois o liberalismo *, para o autor, não um princípios mais abstrato, mas um modelo de sociedade, uma vez que ele não * neutro! 2st( mascarado de neutralidade por se colocar como universal! e tudo est( enraizado, tamb*m o liberalismo e a moralidade liberal são formas de vida! )ontinua:
O pr&-imo argumento do te-to abre uma discussão no direito e na política: a sua solução dos dois liberalismos! + posição do /aKlor * de defender um tipo de liberalismo, conseqZentemente, um tipo de universalismo! Os vocabul(rios do direito precisam ser apropriados, por*m para colocarmos particularidades! 2m suma apresenta de que maneira encontramos um universalismo que seja sensível as diferenças culturais!
2 em Vu*bec, portanto, $ouve uma regularização que permitiu organizar, simultaneamente, metas coletivas com o vocabul(rio de diversidades! 2 aponta que tudo ocorreu dentro das insittuições de direito! )ita a emenda 0eec$, e por ela entende que Vueb*c * o caso do liberalismo 7\, ou seja, para o autor, uma sociedade com fortes metas coletivas pode ser liberal, desde que oferece espaco para aqueles que não tem essa meta em comum, e consegue fazer salva#guarda para esses! Observa que na teoria politica americana, diferenetemente da )anadense, nunca $ouve uma abertura para as considerações culturais e distinçõs, mas a priopridade universal da constituição! )ita Mo$n SaHls, Sonald 'Hor;in, =ruce +c;erman! O ultimo argumento do autor * sobre o multiculturalismo! +qui t/odo o esforço do /aKlor * apresentar um liberalismo diferente para garantir a relação entre recon$ecimento e motivação cultural, que vem pelas noções de AbemB e de Avida boaB, e que são dignas de serem consideradas em suas diferenças, uma vez que defendem as integridades das culturas! ?, assim, muito forte o conceito da cultura em /aKlor! R(rias vezes ca evidente que quando ele est( falando em identidade, esta pressuposta a id*ia de identidade cultural! Ou seja, o recon$ecimento da identidade cultural * um dos lados propositivos da defesa do /aKlor em relação à sensibilidade das políticas das diferenças, mas, principalmente, * tamb*m * sensível ao car(ter multicultural! 2m condições multiculturais, questiona: como proteger e assegurar a cultura considerando que o conte-to * comple-o e cruzadoL +ponta que o multiculturalismo * uma critica imanente do liberalismo, uma vez que o multiculturalismo * uma radicalização das diferenças e ressalva a universalidade como ponto de neutralidade à e-ternalidade interpretativa!
"ara /aKlor o liberalismo não pode nem deve defender a neutralidade cultural! "ois enquanto ele supõe essa *tica de neutralidade, arma /aKlor que, esse liberalismo inconseqZente, oculta uma sua realidade como voz ao lado de outras, ou seja, * um liberalismo que se coloca em plano abstrato sem considerar que tamb*m * discurso político, que tem posição pGblica! ? como se /aKlor armasse: voc. não * mel$or do que outro argumento por sua abstração universalista, voc. * um argumento e precisa se compreender como outra particularidade, e partir disso, disputar o espaço pGblico, como as outras! Ou seja, o liberalismo não * epistemologicamente superior, mas *, diferentemente, uma forma de discurso! Roc. precisa se colocar em disputa com igualdade de condições em relação à luta! O liberalismo não pode acabar com a luta, diz: o liberalismo não * um terreno neutro de um possível encontro para uma diversidade de culturas, ele * a e-pressão da multiplicidade dessas culturas! +ssim, interpreta inclusive que o multiculturalismo * a di(spora, ou seja, a intensicação dessa perspectiva universalista! Dm problema moral e insolGvel *, para o autor, necess(rio! Ou seja, mais do que uma e-pressão política, mas uma valor da cultura! 2 a resposta moral, seguindo a compreensão $egeliana, tem que estar ancorada nas relações sociais, ou seja, nas relações! 2ntão o recon$ecimento deve ser uma conciliação entre as diferençasL /aKlor tamb*m não gosta dessa perspectiva! Inclusive, para o autor, a democracia não garante essa reconciliação! 9a democracia, a reconciliação acontece num universal! egel en-ergava a plena auto#realização e determinação pela eticidade no 2stado! 0as o 2stado era o universal concreto das relações morais, era a suprassunção dos conitos e contradições individuais, tal como da família! "ara /aKlor a reconciliação precisa ser antes, tanto quanto observava egel, moral! O ultimo argumento apresenta essa reconciliação que precisa ser, então, moral, que não est( na burocracia! )ita a religião, pois ela tem sua característica universal, conquanto reconcilia em mbito moral! + religião est(, para o autor, enraizada no modo da cultura e muitas prezam para o mbito universalista! 2la forma identidade como e-pressão de recon$ecimento moral em relação ao outro! )laro que aqui ele est( se referindo a uma interpretação los&ca da religião! +ssim, a id*ia de recon$ecimento de /aKlor aponta a necessidade do dilema moral, por*m vale lembrar a crítica de abermas a tal perspectiva: * necess(rio politizar esse recon$ecimento! 9ão * apenas trazer a cultura para a política, mas compreender que a cultura j( * arena da formalização das disputas! "ara resumirmos os pontos de $oje, /aKlor levantou algumas problemas: 45 noção b(sica de recon$ecimento e identidade que estão vinculadas e a identidade cultural *, evidentemente, o centro! 75 Ralor intrínseco das culturas! @5 )ultura e política! 2 35 religioso Xreconciliação5!
Aula ( – 1'/10/2016
'iscutiremos $oje abermas, obra APuta pelo recon$ecimento no 2stado de direitoB! )onsidero que essa obra fec$a a perspectiva sobre a teoria do recon$ecimento! +qui temos, entretanto, outra percepção! "ara antes lembrar, como intuito de comparação, onnet$ tem um estatuto diferenciado, uma vez que recon$ecimento no autor tem uma s*rie de nuanças que vão al*m do que outros zeram! + dominação e a forma da interação tanto quanto o lugar que se reproduzem são caracteres centrais! 'emonstra que são e-peri.ncias negativas que os sujeitos estão subjetivos, e que se d( em v(rias dimensões, embora de maneira singulares, $( uma interação signicativa, por onde ele e-pressa a motivação sobre as lutas sociais na contemporaneidade! +uto conança, auto respeito, auto estima! 2, como onnet$ pretendeu, um recon$ecimento de uma interação mais abrangente em comparação com /aKlor ou, como veremos abermas, o que teve seus custos! "ois onnet$ reduz a totalidade cultural na gram(tica do recon$ecimento! abermas seria o mais importante da segunda geração da teoria crítica, tem trabal$os na losoa, teoria da linguagem com conversas na teoria mar-ista, critica ao positivismo nas d*cadas de F8 e T8! Os debates com os neoconservadores, o tema da religião p&s onze de setembro! 2, nos Gltimos anos, o debate sobre o tema da Dnião 2urop*ia! ? um autor presente no debate publico! abermas da importncia à relação entre democracia e direito! 2mbora onnet$ tamb*m pensa o direito no mbito societ(rio, abermas dava maior centralidade ao direito! onnet$ * geração acad.mica 46FY, enquanto abermas * de 46EY! + questão do abermas era como fazer a +leman$a tomar a via democr(tica p&s segunda guerra! Ou seja, a consolidação de um 2stado de direito! 2ra um receio estabelecer um 2stado de direito sem democracia! *obre isso+ con!ecer, -ranz .eumann e *c!auman& + defesa formalista de um 2stado em torno do direito foi combatida pela esquerda, como tamb*m buscaram combater o a inu.ncia do liberalismo americano! Rive tamb*m o tema da democratização das universidade, um receio da citiencização da política, e que o debate universit(rio fosse ree-o da falta de politização daquele período! abermas critica o livro do eidegger Xgura que +dorno odiava5 apontando que ele não pedira desculpas sobre sua inu.ncia no nazismo! abermas entra no debate da querela sobre o positivismo com +dorno, e mesmo com o dilema entre ele e o or;$eimer, uma vez que or;$eimer considerava abermas Amuito esquerdin$aB, ele se torna o pr&-imo catedr(tico do instituto!
Indicação de dois livros fundamentais: teoria da ação comunicativa, diagn&stico e tese da colonização do mundo da vida pelo sistema! "ega a tese da reicação, cara ao Pu;(cs! 9ão emancipação em abermas, mas resist.ncia! Dma vez que o mundo da vida ergue um muro e busca autonomia para o indivíduo se armar! O segundo livro: A2ntre facticidade e validadeB, entende que o que aconteceu no leste europeu foi decisivo, assim, a partir desse novo diagn&stico de tempo, altera seu esquema da Ateoria da ação comunicaçãoB, uma vez que ali o direito servia para colonizar a esfera da vida, e as lutas para barrar tais avanços! 9a nova obra o movimento não seria mais auto centrado na busca de preservar a forma de vida, mas transformar o processo de institucionalização! Os movimentos sociais passaram a buscar espaços no 2stado, uma luta social para e-pansão de direitos! O problema para o autor seria: sendo nossa teoria do direito estritamente individualista, seria possível compatibilizar essa forma com demandas coletivas de recon$ecimentosL "ois ningu*m $avia no direito desde o contratual ao moderno positivista, esse Gltimo coercitivo e que pretende ser legitimar, como somos portadores de direitos enquanto indivíduos! (, para o autor, nas lutas de recon$ecimento, algo que pretende equacionar o dilema coletivo e universal! )ita onnet$, uma vez que ele percebeu a questão, mas aqui abermas pretende mostrar que as lutas por direitos sociais encontraram uma solução nas estruturas dos direitos individuais, mais uma vez! eja via din$eiro, benefício de educação, transporte! +ssim, e-pressa, por esse enfoque, a incompatibilidade acima referida! + democracia * a Gnica c$ave para o 2stado de direito, uma vez que recon$ece que o direito não necessariamente leva à uma c$ave democr(tica! O que o comunitarismo dentro do debate Adireito culturalB fez, em contraposição aos liberais! +ssim, aponta que * necess(rio, mais uma vez, por a engrenagem do 2stado de direito em movimento! + luta social precisa aprofundar nas democracias a promessa que compun$am o direito! +s lutas precisam enfrentar os pontos cegos que esse projeto lançou $istoricamente! 9um primeiro momento do te-to, o autor relembra a an(lise de /aKlor, o direito que recon$ece apenas a igualdades, ou seja, universalista e a resposta a isso, mais comunitarista, a política da diferença! O que ele dizL O liberalismo primeiro * cego as diferenças, mas posso no liberalismo segundo buscar igualdades conquanto recon$ecer diferenças, tal como Vuebec demonstrou, uma vez que deu essa forma alternativa de conciliação! )oncorr.ncia conceitual entre os dois liberalismos, o problema, segundo /aKlor * que as liberdades objetivas entram em conito com as subjetivas! Dm * incompatível com o outro! abermas interpreta o /aKlor pela concorr.ncia, uma vez que ele faz uma reconstrução! Isso *, entretanto, um problema pela inconcili(vel! Outro dilema * quando /aKlor da primazia aos direitos coletivos culturais, ou seja, ele toma posição! "! 7@@ /aKlor sugere um modelo alternativo!!! Ou seja, a partir da concorr.ncia, ele d( uma
primazia! /aKlor dei-a entender que * um problema inerente ao direito, entretanto, formação conceitual que recon$eça de maneira plausível as constituições $ist&ricas das disputas e, assim, incorporar a pauta do recon$ecimento! )ita /aKlor no nal da p(gina 7@@:
)ontra isso, ou seja, contra a concorr.ncia e a primazia oferecida por /aKlor, abermas defende a tese da cooriginalidade XursprZnglic$;eit, termo original5 que aponta direitos $umanos, autonomia privada versus autonomia pGblica e soberania popular! O que o autor observa * que Sousseau e Nant apresentam c$aves, uma vez que a grande revolução e as constituições modernas raticam autonomia! Sousseau defende, por e-emplo, a ideia da liberdade, o que j( estava em Poc;e, como autonomia! Sousseau est( armando, entretanto, não apenas liberdade, mas ela como autonomia s& justa como obedi.ncia a vontade que eu mesmo me dei! "ara abermas, então, Sousseau resolve o grande parado-o a partir do cidadão que * ao mesmo tempo sGdito e soberano! O que Sousseau e Nant nos demonstram * que do ponto conceitual não * possível aceitar uma noção de autonomia enquanto portador e legislador ao mesmo tempo! Dma vez que liberdade como autonomia pressupõem um cidadão que * sujeito e soberano: noção de autogoverno! Os conitos sociais e-põem a autonomia inteira do 2stado, uma vez que combatem a falta de legitimidade de certa legalidade j( estabelecida! Ou seja, abermas d( uma perspectiva pela $ist&ria da losoa do direito! +presenta como em Sousseau e Nant que a conciliação * o movimento! Outro modo apresentado * como essas mudanças ocorrem sociologicamente, pois e-istem movimentos sociais que disputam e forçam o sistema político serem porosos às novas demandas dos movimentos sociais! Os movimentos armam que não são meros receptores, mas querem ser autores das legislações que estão submetidos! Pegitimidade não * legalidade, * uma aspiração! "(gina 7@3, Gltimo par(grafo diz:
obre isso, arma abermas que não apenas Nant e Sousseau conciliaram o conito entre indivíduo e coletivo, mas não deram devidamente conteGdos pr*vios, uma vez que são concepções procedimentais de política! "ois de fato, a autonomia est( aberta, * um processo! )omo, entretanto, concatenar uma autonomia sobre outra autonomiaL 9a p(gina 7@E, primeiro par(grafo, aponta que:
+ igualdade jurídica formal * contradit&ria à factual! 2 foi e-atamente isso que nos demonstrou os movimentos feministas! "olítica de g.nero na primeira onda o direito liberal era uma intervenção completamente e-terna, uma vez que retirava delas a possibilidade de participarem da regulação de seus pr&prios problemas, a segunda onda do direito social, pela qual ocorre uma e-pansão da participação e, por Gltimo, a quarta, a qual est( sendo entendida à luz do neoliberalismo! +ponta no nal da p(gina 7@F:
"ara abermas, seguindo "olloc;, * a falta de participação política que e-pande o processo de reicação da econ%mica, o neoliberalismo *, assim, diferente de uma percepção de e-pansão de Alivre com*rcioB, uma e-pansão que pressupõem a redução do 2stado, esse enquanto e-pressão da democracia! Aula 6 20/10/2016
"lantão remarcado para a pr&-ima semana! +s 4Y$ do dia 8@1441784F! "egaremos discussões que zeram parte dos primeiros debates da disciplina em torno do recon$ecimento, uma vez que entendemos aqui que Arecon$ecimentoB * tamb*m um diagn&stico de tempo, ou seja, não basta por si! "ois ele, como todo conceito, est( ligado diretamente a outros! /al percepção * pressuposta para o que veremos $oje, posto que nosso autor busca con$ecer fen%menos de racismo e como eles fazem parte dessa gram(tica do recon$ecimento! abermas, por e-emplo, est( estuda o recon$ecimento pelo ponto de vista social e normativo, posto que o entende como algo pendurado na noção mais ampla da autonomia! Ou seja, o recon$ecimento no autor * uma gura dentre outras diversas lutas em busca da autonomia! 2, das v(rias noções que vimos, a de cultura e ao que veremos aqui com mais anco, o multiculturalismo, são fundamentais para entendermos relações de recon$ecimento!
onnet$, como estudamos, entende recon$ecimento de maneira muito mais ampla do que todos os autores! Secon$ecimento * nele essa e-pectativa mGtua, pressuposta em qualquer esfera, tal como na família, no direito! 2 a cultura no autor * fundamental para saber como estimar a autoestima, autorespeito e autoconança! O que requer a solidariedade para com a diferença! "or Gltimo, vale lembrar que o diagn&stico de onnet$ ratica que estamos num grau de e-tremo conito desde o modernismo! "ara /aKlor, o multiculturalismo tem a ver com um demanda cada vez mais e-acerbada pela diferença! 2 o multiculturalismo bota, tanto o liberalismo como o comunitarismo, em c$eque! 2, assim, tanto para ele como para abermas o direito precisa englobar esse dilema! + aula de $oje pretende forçar a questão nesse mbito! e estamos falando de multiculturalismo, que tipo de formulação e que tipo de diagn&stico de tempo * possível darL er( difícil apenas falar agora de recon$ecimento de g.nero ou se-ualidade ou raça! /anto em relação às semel$anças quanto às diferenças! )omo tamb*m a leitura incluía dois te-tos, considerarei na aula questões gerais e, apenas no nal da segunda aula, abordarei algum detal$e, pois diferentemente dos te-tos j( lidos at* aqui, esses não tem enormes pretensões conceituais! tuart all e "aul JilroK são autores que consideram as suas an(lises parte da teoria crítica e são importantes por seus enfoques nos estudos culturais! /.m enorme inu.ncia de Jramsci por causa da relação que fazem entre política e cultura, uma vez que se apro-imam da noção de A$egemonia culturalB do autor! /amb*m se baseiam em /$ompson e diversos autores da 9eH Peft! O te-to busca um debate sobre o multiculturalismo entre a pr&pria esquerda e fazem uma crítica seguindo a di(spora multicultural contra a interpretação racinalizada do que era cultura! Dma crítica à cultura como totalidade, essa presunção do sujeito cultural que carrega a noção de raça! +pontam que por mais que sair das noções cientizante e biologizante ten$a sido a proposta da esquerda, questionam se a esquerda ten$a realmente conseguido! +ssim, all e JiroK apontam que todos críticos da esquerda caem nas noções de absolutismo *tnico, tal como demonstram as e-pressões: beleza, raça, nacionalidade, classe, etnia, religião, g.nero, se-ualidade! "aul JilroK, logo na introdução, questiona: Aou negro e britnico, o que me e-plicaLB e me colocarem na $ist&ria do $omem Ingl.s, não me recon$eço como pertencente, uma vez que nunca fui agente e autentico ingl.s! +cusou, assim, a 9eH Peft de congelar diversas categorias e, por conta disso, ter sido pega pela reicação e fetic$ismo da cultura, a mesma ao qual pretendia ser crítica! "or conseqZ.ncia ultima, paralisou qualquer realização efetiva de emancipação! JilroK arma que a pluralidade cultural j( se construíra a um tempo, a questão * que $oje não d( mais para não recon$ecer essa e-plosão nos espaços privados e pGblicos! 2 o sujeito cultural visto pela c$ave de classe era, assim, pouco comple-o!
+mbos os autores estão ol$ando para as questões da democracia, política e emancipação, por*m a partir da necessidade de desconstrução das categorias e e-pressões da cultura dentro da atual tradição! Ou seja, buscam uma total desconstrução dos termos dentro disso que armaram como absolutismo *tico! Outra relevante questão * entender como que essa nova noção de cultura permitiu pensar a relação entre cultura e identidade e cultura e política! Dma questão fundamental, sobretudo, ao fazer dimensão ao processo de racialização! "or mais que a racialização seja uma condição $ist&rica, * necess(ria uma categoria abrangente por uma questão política! +ssim, e-iste uma dupla consci.ncia, a primeira um rearranjo categorial contra a armação de naturalização e a segunda em relação à identidade, que faz com que e-ista uma produção de superação política da $ist&rica opressão! +penas a questão multicultural permite uma abertura do con$ecimento sobre a cultura e uma critica para a pr&pria teoria crítica, a criação de uma formulação de categorias com maiores potenciais! 2, particularmente importante, para os dois autores, a questão racial! + cultura tem uma formação $ibrida! /anto do ponto de vista da precariedade e viol.ncia sofrida por grupos marginalizados dentre os grupos multiculturais Xinterrelação e-istente entre negro britnico, mul$eres l*sbicas, negros gaKs5 como tamb*m entender qual o potencial emancipat&rio que tais grupos det.m como e-ist.ncia! )omo isso * feitoL O termo usado por tuart all busca entender a disputa pela $egemonia cultural, te&rica e política! 'isputa que est( nos espaços pGblico e privado! +ssim, entende que foi e-atamente uma prefer.ncia ao branco que a cultura da 9eH Peft $avia feito e armado como $egemonia cultural! O autor est( tamb*m preocupado com a estrutura de AnegociaçãoB! Ou seja, ele est( considerando a democracia, por*m para tuart all ela precisa atender as margens! Ou seja, a $egemonia cultural precisa dar vozes às margens para tornar possível na democracia uma estrutura de negociação! )oncebe aqui a Adi]*ranceB, termo que o autor pega do 'errida, uma vez que concebe as categorias como sempre relacionais, nada * uma unidade centrada e interdependente, tal como se concebia pelo absolutismo *tnico, mas são relações interdependentes e m&veis! "ela percepção de A)onte-tos de ação transacionaisB relembram que as categorias desde a e-pansão industrial nunca foram nacionais! 'aria para inferir que se esses autores decidissem escrever a $ist&ria da Inglaterra, fariam com enfoques totalmente diferentes, um enfoque global tal como encontramos na obra de "aul JilroK: AO +tlntico negroB, que compreende a formação do negro por esse espaço 2uropa e ^frica! Outro aspecto importante nesses autores * que os conceitos tais como recon$ecimento, liberdade, igualdade e autonomia estão muito mais abertos, seguindo as mGltiplas articulações discursivas! Ou seja, não somos sujeitos pr*vios, mas o cruzamento desses v(rios aspectos seguindo o sujeito e as diferenças! O sujeito, essa unidade produzida de maneira
relacional, * uma esp*cie de fotograa dessas mGltiplas relações quando identidade apresentada em determinado momento, se determina pela relação das diferenças! O sujeito * aqui uma unidade simb&lica, e isso não implica numa falta de materialidade, o simb&lico * real, mas simb&lico, pois est( sempre em processo de negociação! +ssim sua an(lise não est( em alguma negação em absoluto das diferenças, o que levaria à mesma problem(tica de reposição da identidade tal como $istoricamente colocada, mas em justamente armar que voc. est( o tempo todo fazendo política: apresentando e criando sua identidade por tais diferenças! +ssim, a intersubjetividade * radicalizada! 2 a relação com a desconstrução *, enquanto tal, pr(tica! "ermite intersecções e evita qualquer categorização $egem%nica para se pensar os sujeitos culturais! +mbos querem ao desconstruir a noção de cultura e, por ela, reconstruir essa $istoria colocando os negros como agentes da $ist&ria! Dm agente real e participante da sua cultura, e não mais e meramente um objeto da $ist&ria! obre isso, gostaria de indicar tamb*m a obra de idneK )$al$oub: Avisões da liberdadeB! 9esse segundo momento de aula, gostaria de apresentar a solução de cada um deles! O tuart all na obra A+ questão multiculturalB est( conversando com a teoria política contempornea, /aKlor e onnet$, por e-emplo! Roc.s devem ter notado que no capítulo lido ele est( citando o debate comunitaristas e liberais, e como /aKlor, não se posiciona em um ou outro, uma vez que busca certa superação da polaridade! Os dois lados não dão resposta adequada do ponto de vista político, defende a radicalização da estrutura de negociação democr(tica agonística, ou seja, uma negociação que não tem m! 'ois conceitos centrais são: política das representações e novas etnicidades! obre a primeira, quando fala da $ist&ria, aponta que ela cria um campo de relações de representação! + cultura *, assim, uma forma de representação! 'iz o autor que o termo =lac;, entretanto, não d( espaços de auto# reapresentação! 9ão $( sujeito a partir dessa totalidade constitutiva! )riou# se espaço para um grupo que, por*m, não d( voz e não abarca as diferenças! )omo a política de representações unica todas as articulações discursivas e simb&licas! Ou seja, * resultado de uma constituição discursiva do espaço social, e esse uma disputa, tuart all questiona, para o que n&s negros lutamosL "ara o autor, o negro deve lutar pela $egemonia cultural, ou seja, pelo pr&prio campo de relações de representação! "ois o primeiro espaço aberto s& pode e-istir pela negação das categorias, uma vez que essas são anteriores! + política de representações precisa, assim, acabar com a an(lise bin(ria, tal como faz a compreensão de identidades, pois tal binarismo cria categorias deterministas! ? necess(ria a desconstrução acompan$ada por uma nova armação de identidade, essa Gltima sem centro de autodeterminação! +ssim, entramos no segundo conceito, posto que a
pr&pria noção de etnicidade se altera, pois o ponto de determinação não * -o! 'ependem todos do espaço de negociação e, portanto, da disputa! 2 a disputa da cultura *, justamente, por uma cultura plural! 2 a partir daqui a possibilidade de emancipação est( posta, pois a questão cultural converge para a vida político! +rma na p(gina YE:
obre "aul JilroK, na obra AO +tlntico 9egroB se coloca numa disputa empírica, uma vez que a di(spora africana * central a ele! 2 essa $ist&ria nova oferecida atinge os purismos que a $istoria at* aqui consagrou, como a noção de nação! + di(spora mostra, diferentemente, que $( v(rios traços em comuns nessa cultura, que não são dados de antemão, mas construídos por esse car(ter transnacional! + di(spora cria um espaço de representação privilegiado de interesse e visões de mundo dos brancos, para "aul JilroK, entretanto, ideol&gica! + cultura segundo "aul JilroK * um lugar privilegiado de diagn&stico e busca da emancipação! ? necess(rio ol$ar para a crise do mundo da vida, segundo ao autor! )ita a =en$abib que arma que toda a política compromete a realidade, ou seja, que a cultura * a política da realidade Xdiagn&stico5 e tamb*m da transguração Xutopia5! + mGsica, por e-emplo, nos d( uma narrativa de realidade! 9ela $( visões de mundo e sensibilidades da vida que são diferentes! (, por e-emplo, uma disputa no ip#op, quando e-istem desde aquelas mGsicas que produzem uma aspiração de certo tipo de consumo e branquiamento, àquelas que deslegitimam e se contrapões a tal sensibilidade!
Aula 2/10/2006
( uma divisão de (guas na teoria crítica, principalmente no debate normativo, a partir da entrada das autoras feministas! 2m grande medida essas autoras englobam a noção de recon$ecimento, por*m a questão a ser respondida * em que medida falar de g.nero est( ligado à identidade cultural ou a um vi*s de classeL 9uma intersecção de v(rios recortesL 2studaremos aqui, tal como JilroK, a comple-idade de g.nero saindo de uma totalidade cultural para uma identidade mais plural por onde tamb*m perpassa o conceito de dominação! O te-to de $oje * o da "ateman, acad.mica, por*m sempre vinculada à militncia! + sua teoria faz um acerto de conta, desde o nal da d*cada de 46F8, com o liberalismo, tal como e-pressa seu debate com Mo$n SaHls! 2 sua critica acad.mica est( inteiramente conectada com seu ativismo! + autora busca contar a $istoria esquecida pelo liberalismo político desde os jusnaturalistas! 2 a partir do jusnaturalismo a autora demonstra que a proposta da igualdade foi parcialmente realizada, observa que Apassamos por tuart 0ill à 0ar-, por*m ainda estamos no aguardo de uma autora ou l&sofa política mul$erB! 2-põe a e-clusão sistem(tica das mul$eres nas teorias liberais! 2 mostra como $( uma relação direita entre política, direito e a questão de g.nero! 2 uma contradição nos conceitos de cidadania, liberdade, igualdade, ou seja, termos caros a tais esferas de estudos! /odos esses conceitos, portanto, se silenciaram às questões de g.nero! )omo indicação de te-tos da autoria dela, gostaria de me referir: 45 publicado em 46T8 e para quem estuda representação e democracia: A"articipação e teoria democr(ticaB! +qui a autora foi pioneira em reunir todas as e-peri.ncias de modelos participativos de 2stado e formações de opinião! >az uma tentativa de defender uma democracia direta, tal como e-pressa no termo democracia participativa! Aou uma democr(tica radicalB! 75 O livro mais importante no que diz respeito a g.nero e política: AO )ontrato se-ualB! "or onde critica esse liberalismo que, tal como demonstra, defende estruturalmente a desigualdade de g.nero! @5 Dm ensaio de diagn&stico de tempo A/$e disorder of HimenB de 46Y6 fala do feminismo daquele período! 2 o ultimo 35 A)ontract and domination A de 788T, obra na qual e-pressa sua tia feminista! + autora * referencia em questão de g.nero, por*m tamb*m na teoria política, armo isso dessa maneira para aqueles que consideram a segunda mais relevante à primeira! + questão central do artigo * uma critica a separação entre uma esfera publica e uma esfera privada, política e dom*stica ou Apraça e casaB! egunda a autora, esse * o tema mais relevante para a questão feminina! "ois vai mostrar como o recon$ecimento dessa relação responde de maneira mais adequada frente às diversas dicotomias $ist&ricas encaradas pelas teorias feministas! +ponta que a teoria liberal foi a que mais justicou a separação publico e privado e que boa parte das teorias feministas lutavam pela inclusão das mul$eres nos espaços pGblicos, ou seja,
argumentavam dentro da pressuposição dicot%mica! )omo resolviam as desigualdadesL Dniversalizando os espaços pGblicos! "ataman argumenta, entretanto, que * preciso radicalizar e crítica, antes, o pr&prio liberalismo! Ou seja, arma que feministas não criticaram de maneira adequada a separação ultima do ApGblico e privadoB! >az uma an(lise do liberalismo! "ois uma vez que o liberalismo nasce com a proposta de proteger de maneira mais ampla possível as liberdades dos indivíduos, essas naturais a todos e que estaria e-pressa no contrato social, garantiria no espaço privado que ningu*m pode inferir nas suas liberdades, tanto quanto voc. não poderia mais inferir na dos outros! M( nos espaços pGblicos, segundo as teorias do contrato, o momento do pacto, ou seja, do acordo social, * denida pelo consentimento comum e igual a todos! Ou seja, a legítima relação de poder * constituída a partir da sociedade política, e essa se compõe pelo consentimento! +ssim, a universalidade, imparcialidade e a unanimidade são compostas por essa Avontade geralB do consentimento de indivíduos racionais! Isso gan$ou traços pr&prios nas teorias liberais! 2 a primeira base da teoria foi a distinção que ratica uma esfera pGblica e política, conquanto, do outro lado, $( essa esfera privada não#política! Ou seja, se separa uma legitimidade que * política dessa outra esfera considerada natural! 2 enquanto a legitimidade política * resultado da convenção, as relações privadas são vistas como naturais! Isso * e-plicito, por e-emplo, em Poc;e no segundo tratado sobre o governo! Ou seja, a crítica de "ateman est( disputando o conceito da pr&pria esfera pGblica e privada! Rale lembrar que foi a partir desse debate que abermas escreve A+ mudança estrutural da esfera pGblicaB, obra na qual aponta que o conceito Aesfera pGblicaB, em sua totalidade, incorporou em sentido $ist&rico e material uma condição de classe! Obra e-tremamente criticada, uma vez que não analisou estruturalmente tal desigualdade e muito menos recon$eceu desigualdades de g.nero! Ou seja, recaia naquela visão de cultura total! )rítica que, posteriormente, recon$ece o pr&prio autor! 2ssa lin$a divis&ria, para as feministas, tin$a o seu correlato em diversas esferas! "ois acarretou nesses diversos t&picos e subt&picos, posto que tacitamente englobaram a dicotomia liberal, essa que, como arma "ateman, precisava ser combatida! Dm dos efeitos colaterais poderia ser visto, por e-emplo, no mundo da política, em que $( a e-clusão das mul$eres nos espaços pGblicos! O pGblico ao $omem, o privado à mul$er! "or*m mais que isso, arma que a teoria liberal tem por conseqZ.ncia desconsiderar as desigualdades estruturais, tal como e-pressa as desigualdades no espaço da privacidade! Ou seja, não seria apenas uma luta para que a mul$er tamb*m ocupasse os espaços pGblicos, arma que tamb*m $( política na privacidade! "ois, a privacidade, uma vez que não for acompan$ada por uma teoria social se naturaliza, ca ambígua e encobre um tipo de dominação se-ual no mbito da família! 0uitas teorias cl(ssicas
do jusnaturalismo, por e-emplo, armavam o domínio dos pais sobre as famílias, o que por si s& j( era contradit&rio com a id*ia da igualdade universal! + questão *, portanto, não uma critica presa à dicotomia, mas uma an(lise estrutural que desfaça a separação que, em suma, traga uma problematização e a democratização do privado! ?, novamente, uma classicação que se enquadrava numa democratização radical! Vue destoa por completo da defesa republicana da anna$ +rendt, por e-emplo, que apontava um social que não deve ocupar a política! Vue pobreza, g.nero e raça não são questões políticas, uma vez que essas questões não estão no consentimento, mas são necessidades Xnão liberdades5! Vue, em relação ao 2stado, era uma questão t*cnica ao inv*s de política! anna$ +rendt armou em um debate que Ao pr&prio 0ar- j( apontara a divisão entre mundo da necessidade e mundo da liberdadeB! +ssim, diferente do liberalismo, que não quer inuencia do 2stado na esfera privada do relacionamento, ou mesma nas relações de contrato de trabal$o, "ataman busca apresentar criticar essa ess.ncia: a separação ultima entre esfera pGblica e privada da política! 9ão * um abandono da individualidade, mas o escancarar de que as esferas privadas tamb*m e-pressam sujeições do feminino ao masculino! +s e-peri.ncias na vida dom*stica *, assim, tema para as feministas! "ois se relaciona com a divisão do trabal$o tal como arrumar a casa, cuidar dos l$os, dos idosos! 2 a disputa não * política no sentido restrito do termo, mas parte dessa política do dia a dia! Putar pelo recon$ecimento, como diria onnet$, est( tamb*m nas suas relações pessoais! 2m relação aos t&picos citados na obra gostaria de comentar, primeiramente, sobre o iberalismo e o patriarcalismo Xou mac$ismo, a pr&pria autora intercambia os termos5! +ponta que o liberalismo nasce como oposição ao patriarcalismo, uma vez que nesse segundo $( uma defesa da desigualdade natural entre g.nero! )ita Mo$n Poc;e e sua disputa com Sobert >ilmer, conservador que defendia a monarquia e o patriarcalismo por que A'eus concebeu assimB! Pembra que Poc;e criticou tal modelo em sua raiz, justamente pelas concepções liberais, não e-iste poder natural, mas justiça! Poc;e argumenta que >ilmer não deveria ter compreendido a continuação da política de 2stado como e-pressão do patriarcado e, assim, começa j( pela pr&pria distinção da dicotomia entre pGblico e privado, para "ateman, cara e contradit&ria ao liberalismo uma vez que defende a universalidade da igualdade! "ois "ateman aponta que o liberalismo obscurece a sociedade patriarcal e, conseqZentemente, mant*m a desigualdade de g.nero! O liberalismo aceitou no espaço privado as relações patriarcais! "or isso que para "ateman, * pela negação da dicotomia que devemos criticar a totalidade da desigualdade de g.nero! ? necess(rio mostrar que quando o liberalismo mant*m a estrutura do patriarcalismo na esfera privada, tal desigualdade percorre toda a sociedade e se e-pressa tamb*m no poder pGblico! 2 essa critica * denominada de Aideologia do patriarcalismoB!
+ segunda dicotomia da autora * .atureza e cultura& )onsidera essa relevante para a compreensão de argumentos pr&s e contras ao patriarcalismo at* então feita pelo movimento feminista! "ois "ateman mostra que desde cedo o feminismo recon$eceu a necessidade de combater o argumento da natureza! A+s mul$eres eram conscientes e se perguntaram: se todos os $omens nascem livres, por que as mul$eres nascem escravasLB "ateman arma, principalmente sobre a primeira crítica de g.nero de 0arK
"atemant tamb*m critica a obra A+ dial*tica dos se-osB de ulamit$ >irestone, uma vez que aqui ela arma Aque as mul$eres sofrem de uma condição biol&gica fundamentalmente opressivaB e por isso precisam se engajar a eliminar as desigualdades entre os se-os na criação de uma armação articial! Ou seja, do ponto de vista te&rico, >irestone aceita o postulado biologizante! "ara entendermos a $ist&rica necessidade do debate contra argumentos naturalizantes e deterministas, vale lembrar a obra de imone =eauvoir, que est( a todo tempo fazendo tal negação: Avoc. se torna mul$erB! + terceira dicotomia est( na dualidade entre moralidade e poder! 2ssa dimensão e-pressa outra maneira de posicionar a mul$er, no caso, na política e na moral! + relação entre $omens e mul$eres oferece uma distinção em duas dimensões no debate! + id*ia a ser questionada * aquela em que a mul$er * menos propensa à política por que ela tem uma característica moral atrelada a uma feminilidade: sensível e altruísta, enquanto o $omem, antagonicamente, * mais egoísta e agressivo! O que encontramos tamb*m na ess.ncia entre pGblico e privado, tal como j( serviu de discurso para impedir o direito ao voto feminino! 2sse discurso e-pressa a problem(tica da dicotomia, posto que elogia e arma a maioridade moral da mul$er: ela tem AcuidadoB, por*m justica, assim, implicitamente, sua e-clusão de um espaço que requer racionalidade e força: o espaço pGblico! obre esse debate, =en$abib arma que não adianta ter voz conquanto a reprodução da totalidade abstrata se manten$a: Auma mul$er que tiver espaço de fala, mas que apenas fale de si
não traz o ponto de vista do outro concretoB, ratica, portanto, que * necess(rio um cuidado com esse outro concreto! eguindo a defesa da =en$abib, a propensão ao cuidado, $istoricamente legitimada pelas desigualdades de g.nero, podem nos abrir o mundo para al*m desse universal te&rico masculino! Ou seja, o AcuidadoB como sensibilidade moral *, aqui, defendido como proposta para o alcance do concreto! =en$abib recon$ece, entretanto, que * necess(rio ter Acuidado com o cuidadoB, pois ele pode recair, novamente, na naturalização, ou seja, na visão determinista! "ara v(rias feministas, * simplesmente necess(ria a abolição do cuidado por completo, uma vez que apenas reproduz a dicotomia, conseqZentemente, a desigualdade! + Gltima dicotomia * o essoal e político ! Dma vez que a viol.ncia pessoal afeta a sociedade em um geral! + autora simplesmente aponta que não $( democracia sem o respeito entre g.nero! 2 por essa razão, o movimento feminista precisa disputar esses limites e entorno para oferecer a an(lise mais ampla do político! "ois a esfera pGblica não se altera sem alteração na esfera privada! )ita: A+ ideia de que Ao pessoal * o políticoB tem c$amado a atenção das mul$eres para a maneira com que somos incentivadas a ver a vida social em termos pessoais, como uma questão de capacidade individual ou sorte para encontrar um $omem decente com quem se casar ou um local adequado onde morar! +s feministas t.m enfatizado como as circunstncias pessoais são estruturadas por fatores pGblicos, por leis sobre estupro e aborto, pelo status de AesposaB, pelas políticas de atenção às crianças e atribuição de benefícios de previd.ncia, e a divisão se-ual do trabal$o na casa e no local trabal$o! "ortanto, os problemas ApessoaisB s& podem ser resolvidos por meios políticos e ação políticaB X"! T45 2 segue: A"esquisas feministas mostraram como as mul$eres trabal$adoras estão concentradas em umas poucas (reas prossionais XAtrabal$o de mul$eresB5, em empregos mal remunerados, de bai-o status e sem ocupar cargos de c$ea! +s feministas tamb*m t.m c$amado a atenção para o fato de que as discussões sobre a vida no trabal$o, seja por liberais adeptos do laisse faire ou por mar-istas, sempre pressupõem que * possível entender a atividade econ%mica abstraída da vida dom*stica! A2squece#seB de que o trabal$ador, que invariavelmente se assume que seja um $omem, pode estar pronto para o trabal$o e se concentrar em seu trabal$o, livre das demandas cotidianas de preparar comida, lavar e limpar, e cuidar dos l$os, porque estas tarefas são e-ecutadas sem remuneração por sua esposa! 2 se ela tamb*m for uma trabal$adora assalariada, ela trabal$a mais um turno nessas atividades AnaturaisB! Dma an(lise e uma e-plicação completas da estrutura e do funcionamento do capitalismo s& acontecerão quando a gura do trabal$ador for acompan$ada da gura da dona de casa!B X"! T75 O g.nero, portanto, põe em causa a totalidade da sociedade! /em intersecções de classe e raça tal como relações com política e economia! A>alar do pessoal * discutir a justiça econ%micaB tal como arma >raser! Ou
seja, g.nero est( em discussão direta com redistribuição e cultura! +ssim, o conceito liberal de política não abarca a problem(tica, por nascer a partir da pr&pria restrição! 2 a ampliação do conceito de político requer a ampliação da pr&pria noção de poder! Aula 8 – 0'/11/2016
>+P/2I, 02S'+ Aula 9 – 10/11/2016
/e-to de $oje: Mustice interruptus, 9ancK >raser +ula da =ia, monitora: ou mestranda na losoa política aqui da >>P) e busquei estudar a representação feminina no congresso brasileiro de modo comparativo às outras nações! 2, por tais disparidades, por m, tentar dar alguma luz para compreensões de tais diferenças! >ases da 9ancK >raser: 4 Q >eminismo insurgente +qui a autora arma que o feminismo era uma força insurgente que desaou a dominação masculina e sua relação do capitalismo no p&s guerra! 2 nasce a crítica da divisão pGblico versus privado! 7 Q >eminismo domado 2ssa * a fase que se encontra o te-to que lemos para $oje! >ase em que a energia ut&pica do primeiro momento começa a declinar! 2 que $( um impulso sobre a identidade e política de recon$ecimento! 9esse momento a atenção cou voltada numa divisão entre para políticas culturais e críticas à questões de desigualdades materiais! 'iria que ela tem um ol$ar pessimista sobre essa fase! "ois arma que autores como onnet$ ou /aKlor, por e-emplo, desconsideraram questões materiais! 2 que, por sua vez, os autores da redistribuição não levaram em conta a questões culturais e simb&licas! eu objetivo no te-to então *, justamente, fazer com que as duas esferas voltem a conversar! @ Q >eminismo ressurgente +qui $( uma intensidade neoliberal e uma ressurg.ncia do feminismo radical! Ou seja, uma retomada da primeira fase e de seus princípios, tais como as críticas da estrutura do androcentrismo e a revisão do conceito da democracia e injustiça! 2m 7884, data de publicação do te-to, a representação aparece como um rem*dio para as injustiças das m(s redistribuições! +rma na p(gina 7E4:
"ara uma r(pida conte-tualização, em 788@ a autora est( reetindo a redistribuição e recon$ecimento, j( a participação, ou seja, a realização pr&pria da justiça, não aparece como questão relevante frente aos dois primeiros! + partir de 7886, por*m, a autora recon$ece a necessidade da inclusão da participação, por*m pelo nova formulação do termo representação! oje, entretanto, por conta desse te-to ser a segunda fase, falaremos de redistribuição e recon$ecimento! +rma que o recon$ecimento faz com que os movimentos interpretem uma dominação cultural que suplanta as injustiças econ%micas! + autora dei-a claro que não est( fazendo uma defesa contra as políticas de identidade, mas considera necess(rio combinar recon$ecimento e redistribuição: Sedistribuição Secon$ecimento )lasse e-ualidade menosprezadas
Saça 1 J.nero
+rma que na discriminação de classe e-iste um u-o de desigualdade econ%mica que não necessariamente se relaciona com questões de se-ualidade e que da mesma maneira, no outro p&lo, discriminações de se-ualidade não necessariamente se relacionam com questões de classe! )laro que aponta que a realidade est( pr&-ima do meandro Saça e g.nero,o meio e-pressa essa ambival.ncia cultural! obre os dilemas, apresenta rem*dios que considera especíco! 9a realidade da redistribuição o que vale * a igualdade, ou seja, faz se uma defesa para que se conquista a igualdade! )onquanto na esfera do
recon$ecimento * a apresentação da diferença que arma a batal$a! +ponta, assim, que o feminismo vem $istoricamente oscilando entre essas contradições! + solução para o recon$ecimento seria outorgar um valor especíco para esses que tais diferenças sejam e-cluídas! 9a dimensão de, por e-emplo, classe e raça, arma e-istir o eurocentrismo cultural, pela qual outorgar recon$ecimento positivo à injustiça que e-iste tal grupo! Sem*dios armativos são os rem*dios voltados para a correção de injustiças indesej(veis, o que normalmente c$amamos de medidas reformistas! 9o caso dos rem*dios transformativos, são rem*dios que mec$em na estrutura da sociedade! +rmativos /ransformativos
Secon$ecimento 0ulticulturalismo dominante 'esconstrução
Sedistribuição 2stado de bem estar liberal ocialismo
+ partir do quadro recon$ece o dilema da mistura entre políticas armativas e transformativas, uma vez que são contradit&rias! 2 considera, no nal da obra, o ideal dos rem*dios transformativos, uma vez que ambos atuam nas reais questões estruturais! "odemos pontuar uma problem(tica aqui, pois considera uma necessidade na urg.ncia de se alterar a luta do multiculturalismo cultural e o estado do bem estar liberal para propostas de reais transformações! +s políticas armativas, observa >raser, não en-ergam os dilemas da comple-idade das desigualdades combinat&rias: classe e raça1g.nero a longo prazo! Vuestão: qual são os dilemas entre >raser e =utlerL + >raser observa que =utler e-clui, jsutamente, essas questões mat*rias! +ssim, >raser critica a =utler ao observa que Acom o >oucault, mas não apenas com eleB! /oda a questão se da a partir do Gltimo >oucault, o >oucault da obra da $ist&ria da se-ualidade, uma vez nessa obra o autor arma que algumas formas de poder são formas de dominação que podem ser criticadas do ponto de vista *tico, e-põe a A*tica do cuidadoB nos Gltimos capítulos como forma de emancipação! =utler leva dele essa percepção, sobre as desgraças do mundo, arma e-istir um sentimento capaz de ser universalizado com a sociedade!
obre o debate redistribuição e recon$ecimento, aponta >raser e onnet$ na p(gina 7E8:
+ partir da obra de 7886, 9ancK >raser abstrai o conito e-presso no quadro entre recon$ecimento e redistribuição com a conceituação do princípio de paridade de participação! Obs: 45 obre o trabal$o: >icar( para o dia 78 de janeiro, resen$a no m(-imo de E p(ginas, tema aberto! 75 "r&-ima quinta feira, dia 4T144 não tem aula! 2 a pr&-ima, dia 73 de novembro, ao inv*s de aula, iremos ao evento da Ina ;erner sobre Iris _oung! 0ais informações no 0oodle! Aula 10 – alestra da 3na 4erner
Aula 11 – 5udit! utler+ 7egulação de %nero&
+utora de refer.ncia sobre o debate, diria que ela virou pop na academia! /em uma posição ativista rme e forte e um vi*s pouco ortodo-o! ? um a intelectual que assume a postura de intervenção no debate pGblico! Dma autora pol.mica altamente inuencia pelo p&s modernismo e estruturalismo >rances! /em, por e-emplo, enorme inuencia de >oucault! e tornou uma referencia central, uma vez que ela atualizou o au que, como j( abordei aqui na aula, começa com o debate Nant e egel! + posição do recon$ecimento assume o diagn&stico do tempo os crit*rios do poder e como à possibilidades de subversões dentro das sujeições a esse poder! O au começa, principalmente, a partir do abermas pela sua compreensão de colonização do mundo da vida pelos sistemas, uma e-pansão de racionalidade funcionalista que cria um bloqueio de liberdades! M( onnet$ entende que * necess(rio mostrar o poder dentro das pr(ticas sociais! 2ssa c$ave * feita pela entrada de >oucault à teoria crítica, pois onnet$ entendia que por mais que o autor não ten$a o menor interesse, em sua teoria, de enfoque para uma emancipação não implica que ele, do ponto de vista da fenomenologia do poder, não seja ten$a essa enorme e diria ele, mais importante relevncia! 2ntão a autonomia, por*m tamb*m a sujeição! abermas não foi renado ao identicar a sujeição, cou um novo au abermas como autor da autonomia e >oucault como da sujeição! Isso se desenvolve pela =en$abib virou a representante da atualização $abermasiana, conquanto a Mudit$ =utler a atualização do >oucault! 'iria que, ao inv*s de ler o $ist&rico debate entre abermas e >oucault, v( direito para essa duas autoras! 'iria que * igualmente verdadeiro a necessidade da leitura de uma para c$acoala$ar a teoria da outra! obre a =utler, o parado-o da autonomia *, para mim, a mel$or tentativa de união do ponto de vista da teoria crítica e as relações reais da sujeição! O livro que * a maior referencia * o A"roblemas de g.neroB que, por*m est( com problemas na tradução em portugu.s! +qui ela trata, por e-emplo, da subversão da identidade! ? um te-to de 4668 que, embora a autora seja uma jovem autora, j( e-iste o vício aquele que vem do +lt$usser Ajovem 0ar- e 0ar- maduroB ela j( foi separada em fases! 9o começo estava voltada à questão da sujeição, e de 788E para c( defende uma teoria da *tica do cuidado! 2la arma essa mudança por uma visão de desespero, posto que concebe o mundo nunca esteve tão ca&tico! 2-pões, assim, uma *tica universalista baseada na *tica do cuidado, não aparece mais >oucault como central, mas sim a anna$ +rendt! +qui, na obra de $oje, ela e-põe uma genealogia feminista! "ois arma que nunca foi feita essa abordagem na compreensão do feminismo! + =utler tem uma visão em relação às novas formas de política na contemporaneidade que se vincularam às categorias problem(ticas, posto que arma que ambíguas, e, assim, contra produtivas para uma an(lise radical! Vual o pressuposto críticoL + autora faz um vínculo de uma demanda p&s socialista de dimensões de política de recon$ecimentos à conceitos presos a noções
fortes de identidade! /al como fez, por e-emplo, /aKlor com identidade, cultura e recon$ecimento! Secon$ecimento e autonomia entraram no vocabul(rio dos movimentos vinculados às noções de identidade! + crítica est(, portanto, baseada do ponto de vista política que não * possível superar a id*ia de que $( um sujeito política que * representado por um grupo! /al como fez o feminismo, em que a $ist&ria do grupo est( ancorada no objeto mul$eres! =utler * radicalmente contra ao sujeito mul$eres, pois ele est( enredado à essa identidade que não * mera atribuição lingZística, uma vez que ele * tamb*m poder real Xou seja, aqui encontramos >oucault5! +ssim, esse diagn&stico tamb*m precisa ser repensado, pois ela assume uma posição de crítica imanente a todas essas categorias pressuposta! + teoria crítica deve formular uma crítica à formulação da identidade, tal como os conceitos do feminismo, j( à teoria crítica, os diversos conceitos identitarios! + autora * criticada por todos os lados ao apresentar essa visão! 2ssas identidades são ideol&gicos, pois não conseguem perceber que o que supõe emancipat&ria *, em si mesmo, dominação! 9ão e-iste sujeito livre aí para emancipação, posto que a pr&pria id*ia de constituição de sujeitos políticos * uma fal(cia, quando * o interesse da dominação dos dispositivos do poder vigente! 2 assim fec$ar pela compreensão que, dentro desses pressupostos, não e-iste emancipação, mas o aumento e desenvolvimento dos dispositivos de poder! O conceito de subjetivação, que vem do >oucault, * central, pois aqui ela pretende entrar no terreno que questiona como um indivíduo política consegue, por tais pressupostos, subverter o poder e apresentar emancipação! Outra questão que considera errada * a id*ia que o feminismo age contra a dominação masculina! 2sse não * o inimigo, não e-iste uma condição universal no sentido de um patriarcalismo! +s relações de poder estão enraizadas de uma maneira muito mais radical, ou seja, para al*m desse AframeB em que n&s estamos amarrados, posto que a relação do outro, mesmo dentro dessa dicotomia em que um domina o outro, ela est( anterior a essa imediatismo! "ois =utler vai mostrar, principalmente no te-to Aa regulação do g.neroB as dominação que est( pressuposta à relações, dir( que a noção bin(ria * um erro! "ois ele j( * e-pressão da percepção de $ist&rica forma de dominação! "or isso estudar( o movimento transg.nero e transe-ual, uma vez que eles destroem a pr&pria visão bin(ria! O sujeito feminino não pode ser o grupo de emancipação, uma vez que ele faz a pr&pria armação de um fundamento de pressuposto de sujeito feminino, ou desse nGcleo identit(rio! + identidade * um mecanismo social de poder, um símbolo em que, no caso, o g.nero ele mesmo * poder! + identidade não * mero simb&lico no sentido enquanto mera ideologia, uma vez que moda nossas pr(ticas, discursos, instituição e $(bitos! O que interesse ao poder, posto que a identidade * uma regulação! 9ão * uma mera simbologia que voc. troca destroca e desusa! 2ssa desregulação * compatível com o momento da modernidade! 2 identidade * tamb*m uma Apolítica da verdadeB Xnovamente >oucault5, uma vez que ela determina crit*rios de verdade! "recisamos adequar o
nosso comportamento às regras do v(lido e não v(lido e nossa identidade * constituída por essa normatização! +gora, como * possível conciliar isso com um discurso de radicalidade e emancipação para a teoria crítica e, especicamente, ao feminismoL "ois, em suma, o pr&prio conceito de g.nero *, para a autora, uma regulação e reicação das condições! "ois, tal como em >oucault, se-ualidade * controle! Isso implica que ela ac$a que e-istem muito mais possibilidades e arma, tal como 0ar-: Aestou tirando isso daquilo que e-iste de mais real e atualB: queers! + maior parte do sofrimento que e-iste nessas pessoas * que elas não conseguem se libertar dos dispositivos de identidade! +ssim, as condições sociais da autonomia não são tão simples de serem identicadas! 'esao: que noções de políticas e-istem quando não $( mais essa dicotomia de identidade como baseL 2 sua base te&rica de arma que tudo * poder, portanto, anal: não e-iste mais espaço para contrapontos à sujeiçãoL 2m >oucault a possibilidade de emancipação est(, em seus Gltimos dois volumes pelo Acuidado de siB, que considera capaz de criticar os mecanismos de poder! )omo * possível subverter issoL 9esse te-to ela não responde! Rou apresentar então os conceitos da genealogia feminista ou da genealogia como crítica! 2la não est( buscando as estruturas que organizam a vida social, tal como o estruturalismo, tamb*m não * funcionalista, mas considera que e-istem pr(ticas que são impessoais, uma vez que não e-iste sujeito: não e-iste intenção! +s pr(ticas não são pessoais, mas tem a função de produzir os sujeitos! 2ntão ele quer entender a origem disso tudo, e como se sabe, a noção de genealogia veio de: + genealogia da moral de 9ietzsc$e, inclusive indico friamente a leitura! +qui 9ietzsc$e usa a noção de jogo de forças, tudo * um jogo de forças, por*m em alguns momentos bloqueia o vetor de força que * constante! A dominação * quando eu quero parar esse jogo que est( sendo jogado! 2-iste uma dominação da burguesia do proletariado, sim, por*m para o autor, todos estão dentro dos dispositivos, instaurado pelas microfísicas! "oder * o nascimento de uma determinada cultura que tem uma religião e uma língua, o aprendizado de uma língua j( * um enquadramento! /er que escrever com a 0ao direita e esquerda *, assim, puro disciplinamento! + forma da cadeira não * anatomicamente question(vel, o fato de voc. ter que car $oras sentado na mesma posição * apenas a e-pressão do poder! "or*m não * aquela espada de obbes, nem um ol$ar do ponto de vista Gnico do 2stado! 2ntão para =utler esse poder tamb*m se cristaliza no discurso do g.nero! +nalisa, por e-emplo, o falo centrismo e a $eterosse-ualidade, imposição e normatização ou normalização de padrões de g.nero! obre a $eterosse-ualidade, o poder desde o inicio * o enquadramento nesse c&digo bin(rio, e estão e-pressos desde nos brinquedos ao modo de falar! Outro conceito * a regulação, um momento de maior facticidade dos discursos de poder! + família * uma forma, o castigo para o menino que * pego brincando com as roupas da mãe! "or*m a regulação não * meramente aquela coisa
imposta, mas * o engessar de contrições tal como o militar, psiqui(trica, medicina! "or isso a percepção do pan&ptico, em que voc. est( no centro, conquanto tamb*m * o policial que observa os outros ao mesmo tempo! 2-istem, assim, distinções e-ternas, por*m o g.nero * uma regulação interna! "ois o g.nero tem o poder que no momento em que ele mesmo j( * essa regulação, despercebida por ser interna! 2le mesmo regula a sua normalização! O g.nero, então, de saída j( * uma regulação! /em consigo a norma, uma regulação e um m*todo disciplinar! =asta estabelecer o g.nero como condição! Outro conceito relevante * a subjetiação! O sujeito não tem vontade pr&pria aqui! O sujeito * produto, produz sua individualidade conquanto reproduz os pr&prios discursos! ( um custo, assim, para a noção de dominados, pois aqui o dominado * a reprodução desse processo de poder! + subjetivação *, assim, a base da e-peri.ncia das pessoas! 2 não uma percepção do sujeito como indivíduo, mas sujeito dentro dessas condições disciplinares! "ois não e-iste ag.ncia! Dma crítica que os $istoriadores fazem ao >oucault *, justamente: onde estão os grandes atores, tal como 9apoleãoL "ara >oucault ele * irrelevante, uma vez que e-pressa como símbolo os novos dispositivos de poder! 2 aqui se abre a questão fundamental para a teoria crítica, quando e como a subjetivação * positiva ou negativaL 2 sobre uma sujeição negativa, qual a diferença entre sujeição e dominaçãoL 2 para a genealogia de =utler ao feminismo, aponta como o pr&prio g%nero est( preso à se-ualidade! + construção vari(vel dos g.neros * por onde est( posta a prisão do discurso de poder da $eterose-ualidade! +rma que, então, a sua genealogia tem por objetivo a descontrução, uma vez que quando se recon$ece que a pr&pria verdade * a forma do poder, * possível desregular! 'esconstrução da se-ualidade, identidade, g.nero! 2 * assim que sua teoria entra na c$ave do recon$ecimento, apenas a partir da desconstrução que se pode pens(#lo, caso contr(rio ele est( reproduzindo as c$aves de identidades presas nos pr&prios dispositivos de poder! 2ntão $( esse Aparadoo da autonomiaB: não e-iste liberdade sem a não liberdade! Implica que voc. veja elementos da não liberdade junto com elementos da liberdade! ( uma esp*cie de ambigZidade do aparato! 2 essa ambigZidade * um visão da autora que saí da percepção da genealogia mais ortodo-a! 9esse nal de aula, gostaria de pegar algumas passagens centrais do te-to, mas primeiro reiterar que sujeito então * sujeito no sentido em que nos sujeitamos a algum tipo de regulação, e, para =utler, o g.nero * um dessas regelações de poder, uma vez que permite os crit*rios normativos Xnormas que devem ser seguidas dentro dos discursos5! +ssim, o contrapoder se dene pelo mesmo poder, pois não basta voc. passar de um g.nero à outro, posto que se opor a $eterosse-ualidade insistindo na visão bin(ria * a reprodução do c&digo bin(rio! )ita:
A+ norma governa inteligibilidades, permitindo que determinadas pr(ticas e ações sejam recon$ecidas como tais, impondo uma grel$a de legibilidade sobre o social e denindo os parmetros do que ser( e do que não ser( recon$ecido como domínio do social! + questão acerca do que estar( e-cluído da norma estabelece um parado-o, pois se a norma confere inteligibilidade ao campo social e normatiza esse campo para n&s, então estar fora da norma * continuar, em certo sentido, a ser denido em relação a ela! 9ão ser totalmente masculino ou não ser totalmente feminina * continuar sendo entendido e-clusivamente em termos de uma relação a `totalmente masculino e `totalmente feminina! 'izer que g.nero * uma norma não * e-atamente o mesmo que dizer que e-istem visões normativas de feminilidade e masculinidade, mesmo que tais visões normativas claramente e-istam! J.nero não * e-atamente o que algu*m A*B nem * precisamente o que algu*m AtemB! J.nero * o aparato pelo qual a produção e a normalização do masculino e do feminino se manifestam junto com as formas intersticiais, $ormonais, cromoss%micas, físicas e performativas que o g.nero assume! upor que g.nero sempre e e-clusivamente signica as matrizes AmasculinoB e AfemininaB * perder de vista o ponto crítico de que essa produção coerente e bin(ria * contingente, que ela teve um custo, e que as permutações de g.nero que não se encai-am nesse binarismo são tanto parte do g.nero quanto seu e-emplo mais normativo! +ssimilar a denição de g.nero à sua e-pressão normativa * reconsolidar inadvertidamente o poder da norma em delimitar a denição de g.nero! J.nero * o mecanismo pelo qual as noções de masculino e feminino são produzidas e naturalizadas, mas g.nero pode muito bem ser o aparato atrav*s do qual esses termos podem ser desconstruídos e desnaturalizados! 'e fato, pode ser que o pr&prio aparato que pretende estabelecer a norma tamb*m possa solapar esse estabelecimento, que esse estabelecimento fosse como que incompleto na sua denição! 0anter o termo Ag.neroB em separado de masculinidade e feminidade * salvaguardar uma perspectiva te&rica que permite analisar como o binarismo masculino e feminino esgotou o campo semntico de g.nero! Vuer estejamos nos referindo à Aconfusão de g.neroB, Amistura de g.nerosB, Atransg.nerosB ou Across#g.nerosB, j( estamos sugerindo que g.nero se move al*m do binarismo naturalizado! + assimilação entre g.nero e masculino1feminina, $omem1mul$er, mac$o1f.mea, atua assim para manter a naturalização que a noção de g.nero pretende contestar! +ssim, um discurso restritivo sobre g.nero que insista no binarismo $omem e mul$er como a maneira e-clusiva de entender o campo do g.nero atua no sentido de efetuar uma operação reguladora de poder que naturaliza a instncia $egem%nica e e-clui a possibilidade de pensar sua disrupção!B Xp! 7E@ # 7E35
Aula 12 08/12/2016
+ Ina Nerner * formada na +leman$a, portanto, optou, dentro das opções das grades, pelas mat*rias de ci.ncia política, $ist&ria e losoa! O livro que lemos dela * de 7886 se c$ama A'iferenças e poder: sobre a anatomia do racismo e mac$ismoB X'i]erenzen und mac$t: ur +natomie Ron Sassismus und e-ismusB! infelizmente não temos traduções em outras línguas! O artigo que lemos foi publicado aqui em 7847 numa confer.ncia do )2=S+"! + livro, tanto quanto o artigo, buscava uma anatomia, ou como ela c$ama: cartograa do debate intersecional, posto que pretendia organizar o que ainda estava jogado, ou seja, sem fundamentos! + inclusão do termo Amac$tB Xpoder5 logo no título numa autora da teoria crítica * algo muito bem con$ecido, implica a compreensão da autora sobre a relevncia de >oucault, esse que deve ser englobado ao pensamento da escola de >ran;furt! O debate sobre intersecção est(, em Gltima instncia, presente a muito tempo na compreensão fran;furtiana! O onnet$, por e-emplo, dei-a claro em certo momento a questão das relações entre minorias! "or*m de fato, o multiculturalismo posterior a onnet$, tal como em /aKlor, pressupõe a formação de identidade nessas condições, ao e-emplo temos a pergunta de -: quem * o negro ingl.sL +ssim, * preciso observar, sobre a noção do recon$ecimento que e-iste um limite empírico, ele não pode ser entendido nessa totalidade, pois assim perde sua realidade pr(tica e especicidade das diversas formas e-istentes de recon$ecimento! 'o ponto de vista da redistribuição, por e-emplo, qual a plausibilidade empírica dissoL 9essa busca de uma generalidade categorial, a interseccionalidade tem maior capacidade de embarcar questões tais como de g.nero, raça e classe, como est( no título da obra da +ngela 'avis, por*m tamb*m questões de idade, origem Xregionais ou geopolíticas5, religiões, cidadania, características corporais Xpeso, por e-emplo5, pois dependendo dessas diferenças, sabemos que as pessoas sofrem menos ou mais viol.ncias sociais! obre a interseccionalidade, principalmente tal como est( concebida $oje, ela aparece discutindo todos esses fen%menos, pois pensa a interseccionalidade com pressupostos muito fracos! +ssim arma, por e-emplo, sobre as interseccionalidade que e-istiam no multiculturalismo, que ele não abarca questões tais como a viol.ncia dos que sofrem da deci.ncia física! "ois realmente, a interseccionalidade nasce, tanto quanto o multiculturalismo Xesse que sai daquele debate entre comunitaristas e liberais dos anos de 46T8 e Y85, a partir da necessidade de categorias novas e que abarquem as novas condições! + id*ia da Ina Nerner de 0ac$t vem, portanto, para substituir o antigo campo de debate! /al como faz >oucault em sua an(lise da genealogia do poder! ? uma proposta de esvaziamento, ou seja, e-clusão dos pressupostos rígidos anteriores tais como cultura, identidade, sujeito, g.nero, se-ualidade, grupo para uma unidade na categoria dessa categoria poder! +ssim, vai falar de interseccionalidade a partir da genealogia das pr&pria
categorias: como elas em si surgiramL 2 tal como a =utler, buscar( pressupostos anteriores que estão velados quando pensamos apenas nas categorias! + autora faz essa cartograa analítica, uma vez que não est( preocupada de apresentar aqui um leque de e-peri.ncias empíricas Xarma que isso seria impossível5, mas demonstrar como que pela interseccionalidade e-istem essas relações de poder! O que aqui nos * relevante para fazermos um fec$amento de todo o curso! )omo * possível a interseccionalidade, al*m da cartograa, fazer uma crítica imanenteL Ou seja, apontar a categoria que conquanto e-pressa o poder, d( a c$ave para a emancipação! "ois podemos criticar onnet$ por diversos declives, por*m a categoria do recon$ecimento conseguiu de maneira e-emplar essa crítica imanente: no recon$ecimento e-istia a viol.ncia conquanto possibilidade de emancipação! +ssim como tamb*m fez a categoria do trabal$o de 0ar-, o trabal$o * concreto e abstrato, quantitativo e qualitativo, pela qual e-iste a mais valia como tamb*m o potencial da revolução! 9esse aspecto, na convenção que tivemos aqui do )2=S+", a autora d( uma de tigre das montan$as, fugiu da resposta: por que preciso apresentar uma categoria que condiciona emancipaçãoL +ssim nos parece que ela abdica da uma condição primordial à teoria crítica, uma categoria que apresente essas pr(-is! "or*m como * um conceito que Aveio para carB, precisamos questionar esses limites da interseccionalidade! 2ntão em suma, sobre todo esse debate, ressalvo novamente que a interseccionalidade j( estava posta faz muito tempo na questão militante e nas ci.ncias sociais, por*m que aqui estamos vendo os desdobramentos dela a partir do multiculturalismo, esse debate * recente! O destaque do artigo est( na questão posta em relação a )rens$aH, cita Ina Nerner o trec$o da obra AemarginaliCing the intersection of race and se= : + discriminação, assim como o trafego de veículos em um cruzamento intersection, pode uir em uma direção ou em outra! e um acidente acontece no cruzamento, ele pode ter sido causado por carros vindos de varias direções e, às vezes, por carros que vem de todas as direções! 'e forma semel$ante, se uma mul$er negra sofreu uma injustiça porque ela esta no cruzamento, a injuria cometida contra ela pode resultar da discriminação se-ual ou da discriminação racial! +ssim, concorda Nerner, que as nossas conquistas estão no debate contra uma rua ou carro quando, por*m estamos analisando um tr(fego! Obs: ler nota 7E sobre o caso da Jeneral 0otors que e-pressa a incapacidade do judici(rio americano em lidar com a intersecção do dilema! 'e maneira resumida, a autora tem uma posição de não se colocar contra ou a favor dos gan$os ou das perdas a partir do ol$ar da intersecção! 'ir( que racismos e se-ismos são justapostos, que não $( um Gnico modo de relação e a pr&pria interseccionalidade * variada! 2ntão, para a autora, não
se trata de escol$er entre uma das alternativas do au que e-iste sobre o dilema! 2la não * favor(vel à tese da analogia, arma que no sentido pr(tico essa tese tende a aumentar os preconceitos sobre se-ismo e racismo: tal como fez as comparações de Pombroso, ou fazem diversas discursos de comparações físicas $oje entre negros e brancos! Dma semel$ança assim não possibilita emancipação! M( sobre a total não relação, ou seja, sobre a tese contra a interseccionalidade, aponta que tamb*m ignora uma relação de semel$ança! + semel$ança *, assim, seguindo Ina Nerner, epist.mico! obre isso, o argumento * bem claro e sucinto: 45 emel$anças, sempre que e-istem cruzamentos * por que eles t.m elementos em comum! + mais relevante, de acordo com a autora entre, por e-emplo, se-ismo e racismo * a carga ideol&gica que * o resultado de -ações e naturalizações, pois ambos surgem de tipos de injGrias sociais! 0embros minorit(rios são normalmente colocados a partir das categorias dominantes como patol&gicos, o $omosse-ual * o não $eterosse-ual, um correto enquanto o outro patol&gico! (, portanto, uma relação Xsemel$ança5 epist.mica! O que importa * o poder de produzir essa -ação e naturalização! "ois, tal como em >oucault, aponta que qualquer discurso est( impregnado de normatividade! Ou seja, que o discurso, a partir da naturalização e legitimação, * a ec(cia da normatização! 75 +s diferenças são fundamentais, por*m não podem ser estanques! Dm * o padrão de estraticação racial, outro o da distinção de g.nero ou do valor da reprodução se-ual! 9o segundo caso, usa o que * cl(ssico na literatura sobre g.nero: a divisão entre pGblico e privado! +rma que e-iste essa e-peri.ncia $ist&rica que incluiu a mul$er no espaço do privado, conquanto e-cluiu do publico o que, por m, criou a pr&pria condição de g.nero! M( sobre a $ist&ria do racismo, aponta que ele est( ligado à compreensão de raça e etnia que foi, do ponto de vista da constituição do 2stado moderno Xcultura, fronteira, religião5 central para a sua formação, posto que produziu uma e-clusão estrutural! +ssim, ratica sobre as diferenças que a $ist&ria do se-ismo não foi impactada, nesses termos, pelas condições do racismo, nem vice versa! + $ist&ria do racismo e do se-ismo estão, assim, inseridos num c&digo bin(rio, mas que apresentam as seguintes diferenças, enquanto às mul$eres eram positivamente inseridas nas relações de poder, o negro era e-cluído, era o p&lo anormal! @5 Pigações! + interseccionalidade são acoplamentos, tais como ondas em que um efeito se relaciona com outro! Ou seja, são discursos que de alguma maneira se arranja com os outros! referencia a biopolítica não * mera semel$ança, est( dialogando com >oucault, posto que, por e-emplo, na 2uropa e-ista essa política contra a imigração! obre isso cita aquilo que entendo por uma dupla ideologia: