Introdu¸c˜ cao a˜o ao Processamento Digital de Sinais Solu¸c˜ coes ˜ oes dos Exerc Exe rc´ ´ıcios ıcio s Propo Pro posto stoss — Cap´ Cap´ıtulo ıtul o 4 Jos´ e Alexand Alex andre re Nalo Nalon n
Demonstre Demonstre que, se um sistema linear e invarian invariante te com o tempo ´e causal, e se o sinal de entrada x[n] ´e nulo para par a n < N 0 , ent˜ ao ao o sinal de sa´ sa´ıda y ıda y[[n] tamb´ ta mb´em em ser´ se r´a nulo para n para n < N 0 .
1.
Solu¸ c˜ ao: A demonstra¸ c˜ cao a ˜o segue os moldes da vista na Se¸c˜ cao a ˜o 1.7.6 (p´ agina agina 24). Um sistema sistema linear e invarian invariante te com o tempo ´e causal caus al se h[n], sua resposta ao impulso, impulso, ´e 0 para n < 0. Como Como assumimo assumimoss a hip´ hipotese o ´tese que o sistema ´e causal, ent˜ ao ao essa afirma¸c˜ c˜ ao deve ser levada em considera¸c˜ ao cao. a ˜o. Portanto, Portanto,
y [n] = x[ x [n] ∗ h[n] Aplicando um deslocamento N deslocamento N 0 em x em x[[n], uma vez que o sistema ´ e invariante com o tempo, temos y [n − N 0 ] = x[ x [n − N 0 ] ∗ h[n
Demonstre Demonstre que, que, se h[n] ´e a resposta resposta ao impulso impulso de um sistema sistema linear e invarian invariante te com o tempo, ent˜ ao ao a resposta ao degrau do mesmo sistema ser´a dada por
2.
n
s[n] =
h [k ]
k=−∞
Solu¸ c˜ ao: Podemos escrever n
u[n] =
δ [k ]
k=−∞
A resposta de um sistema linear e invariante invariante com o tempo ´e dada pela convolu¸ c˜ cao, a ˜o, assim s[n]
=
u[n] ∗ h[n]
n
=
δ [k ]
∗ h[n]
k=−∞ n
=
(δ[k] ∗ h[n])
k=−∞ n
=
h[k ]
k=−∞
As sequˆencias enci as abaixo abai xo s˜ao ao as respostas respostas ao impulso impulso de um sistema linear e invariant invariantee com o tempo. Calcule Calcule a resposta desses sistemas ao degrau:
3.
a) h[n] = δ [n] Solu¸ c˜ ao: n
s [n ] =
δ[k ] = u[ u [n]
k=
−∞
b) h[n] = δ [n − k ] Solu¸ c˜ ao: n
s [n ] =
δ [r − k] = u[ u [n − k]
r =−∞
1
2
c) h[n] = δ [n] − δ [n − 1] Solu¸ c˜ ao: Utilizando os resultados dos dois exerc´ ıcios ıcios acima, temos n
s[n]
=
(δ[k] − δ[k − 1])
k=−∞ n
=
n
δ [k ] −
k=−∞
δ[k − 1]
k=−∞
=
u[n] − u[n − 1]
=
δ [n ]
Este exerc´ exerc´ıcio p oderia ser resolvido de maneira diferente se notarmos que o h[ h [n] dado ´e a primeira primeir a diferen¸ dif eren¸ca. ca. Como sabemos que a primeira primeira diferen¸ ca ca do degrau ´e o impulso, impulso , essa es sa ´e a resposta. respo sta.
d) h[n] = δ [n] − 2δ [n − 1] + δ + δ [n − 2] Solu¸ c˜ ao: Novamente utilizando os resultados anteriores:
s[n] = u[ u [n] − 2u[n − 1] + u[n − 2] Desenvolvendo essa soma, obtemos s[n] = δ[ δ [n] − δ[n − 1] Este exerc´ exerc´ıcio po deria ser resolvido de maneira diferente se notarmos que o h[ h [n] dado ´e a segunda diferen¸ca. ca. Como sabemos que a primeira primeira diferen¸ ca ca do degrau ´e o impulso, sua segunda diferen¸ca ca ´e a primeira primeir a diferen¸ di feren¸ca ca do impulso.
e) h[n] = u[ u [n] Solu¸ c˜ ao: A resposta ao degrau ´ e dada por n
s[n] =
u[k ]
k=−∞
Quando n Quando n < 0, essa ess a soma ´e nula, nul a, pois u[ u [n] = 0 nesse intervalo. Para n Para n > 0, temos n
s[n] =
1 = n + n + 1
k=0
Assim, a resposta ao degrau ´e uma rampa unit´ aria aria dada por s[n] =
n + 1, 1,
se n se n ≥ 0
0,
se n se n < 0
ou, alternativamente alternativamente s[n] = (n + 1)u 1) u[n]
f ) h[n] = 2
n
−
u[n]
Solu¸ c˜ ao: A resposta ao degrau ´ e dada por n
s[n] =
u[k ]
k=−∞
Quando n Quando n < 0, essa ess a soma ´e nula, nul a, pois u[ u [n] = 0 nesse intervalo. Para n Para n > 0, temos n
s[n]
=
2−k
k=0
=
1 − (1/ (1/2)n+1 1 − 1/2
Se substituirmos n substituirmos n → ∞, o valor final ´e 2.
g) h[n] = u[ u [n] − u[n − N ] N ] Solu¸ c˜ ao: Aplicando os mesmos princ´ ıpios ıpios do item e), temos
s[n] = (n + 1)u 1) u[n] − (n − N )u[n − N ] Substituindo as defini¸c˜ coes, o ˜es, vemos que essa ´e uma rampa limitada, que cresce no espa¸ co co entre n = 0 e n = N = N − − 1, ou seja: s[n] =
´ Alexandre Nalon Jose
0, se n se n < 0 n + 1, 1 , se 0 ≤ n < N N, se n se n ≥ N
Processamento Digital de Sinais
3
h) h[n] = n(u[n] − u[n − N ]) Solu¸ c˜ ao: Essa sequˆ encia ´e uma rampa definida ap enas no intervalo entre 0 e N − 1. Portanto, para n < 0, s[n] = 0. Para
0 ≤ n < N , temos n
s[n] =
k =
k=0
n2 + n 2
Essa rela¸ca ˜o pode ser encontrada facilmente pela soma de uma progress˜ao alg´ebrica finita. Para valores de n acima de N − 1, h[n] vale zero, e portanto suas amostras n˜ ao acrescentam nada ` a soma, logo (N − 1)2 + (N − 1) N 2 − N = 2 2
s[n] = Assim,
s[n] =
0, se n < 0 n2 + n , se 0 ≤ n < N 2 2 N − N , se n ≥ N 2
´ interessante notar como algumas rela¸co E ˜es do c´ alculo aparecem de forma similar em somat´ orios: a integral de um polinˆomio (em t) ´e um p olinˆ omio de ordem superior; o mesmo acontece com o somat´ orio. No entanto, as express˜ oes s˜ ao completamente diferentes.
Demonstre que, se s[n] ´e a resposta ao degrau de um sistema linear e invariante com o tempo, ent˜ ao a resposta ao impulso do mesmo sistema ser´a dada por 4.
h[n] = s[n] − s[n − 1] Solu¸ c˜ ao: Sabemos que n
s[n] =
h[k]
k=−∞
Portanto, n−1
s[n − 1] =
h[k]
k=−∞
Subtraindo a segunda equa¸ca ˜o da primeira, obtemos n−1
n
s[n] − s[n − 1]
h[k] −
h[n] +
=
k=−∞
=
h[k]
k=−∞ n−1 k=−∞
=
h[n]
h[k] −
n−1
h[k]
k=−∞
As sequˆencias abaixo s˜ao as respostas ao degrau de um sistema linear e invariante com o tempo. Calcule a resposta desses sistemas ao impulso: 5.
a) s[n] = u[n] Solu¸ c˜ ao: Sabemos que h[n] = s[n] − s[n − 1], ent˜ ao
h[n] = u[n] − u[n − 1] = δ[n]
b) s[n] = u[n] − u[n − N ] Solu¸ c˜ ao: Aplicando o mesmo princ´ ıpio, temos
h[n]
=
(u[n] − u[n − N ]) − (u[n − 1] − u[n − N − 1])
=
u[n] − u[n − 1] − u[n − N ] − u[n − N − 1])
=
δ[n] − δ[n − N ]
c) s[n] = nu[n] Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
4
Solu¸ c˜ ao: Este exerc´ıcio ´ e resolvido tomando-se os intervalos. Para n ≤ 0, s[n] ´e nula, portanto, sua primeira diferen¸ ca
tamb´em ser´ a. Para n > 0, temos h[n] = n − (n − 1) = 1 Portanto, h[n] =
1,
se n ≥ 1
0,
se n < 1
A mesma sequˆencia pode ser escrita como h[n] = u[n − 1] n
d) s[n]e
−
u[n]
Solu¸ c˜ ao: Para n < 0, a sequˆ encia ´e nula, portanto, sua primeira diferen¸ca tamb´em ser´a. Para n = 0, temos
h[0] = s[0] − s[−1] = 1 − 0 = 1 para n > 0, temos h[n] = e −n − e−n+1 = (1 − e)e−n A resposta ´ e, portanto h[n] =
6.
0,
se n < 0
1,
se n = 0
(1 − e)e
n,
se n > 0
−
Demonstre que um sistema ´e causal se e somente se h[n] = 0 para n < 0. Solu¸ c˜ ao: Veja a Se¸ ca ˜o 1.7.6, p´ agina 24.
7.
Dadas as sequˆencias finitas abaixo, encontre a sua representa¸c˜ao matricial:
a) x[n] = 2δ [n] − 2δ [n − 2] + δ [n − 3] − δ [n − 5] Solu¸ c˜ ao: x =
2
1
−0
2
1
0
−1
b) x[n] = 0, 5n, com 0 ≤ n < 8.
t
Solu¸ c˜ ao: x =
c) x[n] = cos
0, 5
0, 25
0, 125
0, 0625
0, 03125
0, 7071
3π 4
t
0, 015625
n , com 0 ≤ n < 8.
Solu¸ c˜ ao: x =
1
−0, 7071
0
0, 7071
1
−0, 7071
0
t
Demonstre que, se x[n] ´e uma sequˆencia finita, com 0 ≤ n < N , e energia ´e dada por 8.
E = em que
h
x
x ´ e
a sua representa¸c˜ao vetorial, ent˜ao sua
1 h x x N ´e a matriz hermitiana , ou a transposta conjugada, de x.
Solu¸ c˜ ao: Suponha que xk seja o elemento da k-´ esima linha do vetor x, dado por x[k], e que xh esima k sejja o elemento da k-´ ∗ h h h ´ coluna do vetor x . Ent˜ ao x k = x [n]. E importante lembrar que x ´ e um vetor-coluna e x ´e um vetor-linha. O produto entre
os dois vetores ´e dado p or N −1
xh x
=
xh k xk
k=1 N −1
=
x∗ [k]x[k]
k=1 N −1
=
|x[k]|2
k=1
Au ´ ltima linha representa exatamente o c´ alculo da energia do sinal.
Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
5
Dadas as equa¸c˜oes de diferen¸cas abaixo, calcule as primeiras 8 amostras da resposta ao impulso, utilizando a f´ ormula de recurs˜ao: 9.
a) y[n] = x[n] + y[n − 1] Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 1, 000000 y[1] = 1, 000000 y[2] = 1, 000000 y[3] = 1, 000000 y[4] = 1, 000000 y[5] = 1, 000000 y[6] = 1, 000000 y[7] = 1, 000000
b) y[n] = x[n] − 2x[n − 1] + x[n − 2] Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 1, 000000 y[1] = −2, 000000 y[2] = 1, 000000 y[3] = 0, 000000 y[4] = 0, 000000 y[5] = 0, 000000 y[6] = 0, 000000 y[7] = 0, 000000
c) y[n] = x[n] − 2x[n − 1] − y[n − 1] − 0, 5y[n − 2] Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 1, 000000 y[1] = −3, 000000 y[2] = 2, 500000 y[3] = −1, 000000 y[4] = −0, 250000 y[5] = 0, 750000 y[6] = −0, 625000 y[7] = 0, 250000
d) y[n] = x[n] + 0, 5y[n − 1] − 0, 25y[n − 2] Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 1, 000000 y[1] = 0, 500000 y[2] = 0, 000000 y[3] = −0, 125000 y[4] = −0, 062500 y[5] = 0, 000000 y[6] = 0, 015625 y[7] = 0, 007812
Dadas as equa¸co˜es de diferen¸cas abaixo, calcule as primeiras 8 amostras da resposta natural, considerando excita¸c˜ao nula e condi¸c˜oes iniciais dadas, utilizando a f´ormula de recurs˜ao: 10.
a) y[n] = 0.5y[n − 1], com y [0] = 1
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
6
Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 0, 500000 y[1] = 0, 250000 y[2] = 0, 125000 y[3] = 0, 062500 y[4] = 0, 031250 y[5] = 0, 015625 y[6] = 0, 007812 y[7] = 0, 003906
b) y[n] = −0, 5y[n − 1], com y[−1] = 0, 5 Solu¸ c˜ ao:
y[0] = −0, 250000 y[1] = 0, 125000 y[2] = −0, 062500 y[3] = 0, 031250 y[4] = −0, 015625 y[5] = 0, 007812 y[6] = −0, 003906 y[7] = 0, 001953
c) y[n] = 2y[n − 1] − y[n − 2], com y [−1] = 1 e y [−2] = 0, Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 2, 000000 y[1] = 3, 000000 y[2] = 4, 000000 y[3] = 5, 000000 y[4] = 6, 000000 y[5] = 7, 000000 y[6] = 8, 000000 y[7] = 9, 000000
d) y[n] = 0, 3y[n − 1] + 0, 2y[n − 1] − 0, 4y[n − 3] + 0, 125y[n − 5], com y[−1] = 0, 2, y[−2] = 0, 3, y[−3] = −0, 2, y[−4] = −0, 1 e y [−5] = 0, Solu¸ c˜ ao:
y[0] = 0, 200000 y[1] = −0, 032500 y[2] = −0, 074750 y[3] = −0, 071425 y[4] = 0, 001622 y[5] = 0, 041102 y[6] = 0, 037163 y[7] = 0, 009376
Encontre a resposta for¸cada, a resposta natural e a resposta completa a cada uma das equa¸co˜es de diferen¸cas a seguir: 11.
a) y[n] = x[n] − 0, 5x[n − 1], com x[n] = cos πn Solu¸ c˜ ao: Esse problema pode ser resolvido pela simples substitui¸c˜ a o de x[n] na equa¸ca ˜o de diferen¸cas. Como nenhuma
condi¸ca ˜o inicial foi dada, assume-se que apenas a resposta for¸cada existe. Assim, y[n]
=
cos(πn) − 0, 5cos(πn − π)
=
cos(πn) − 0, 5 [cos(πn)cos π + sen(πn)sen π]
=
cos(πn) − 0, 5 [− cos(πn)]
=
1, 5 cos(πn)
Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
7
b) y[n] = x[n] − 0, 5y[n − 1], com x[n] = 0, 5nu[n] e y[−1] = −0, 5. Solu¸ c˜ ao: Calculemos primeiro a resposta for¸ c ada.
y[n] = A × 0, 5n . Assim,
Supomos que yp [n] tem a mesma forma geral que x[n], portanto,
A × 0, 5n + 0, 5 × A × 0, 5n−1 = 0, 5n o que nos leva a A = 1/2. Calculando a resposta natural, temos y[n] − 0, 5y[n − 1] = 0 que tem a seguinte equa¸c˜ ao caracter´ıstica 1 + 0, 5z −1 = 0 cuja raiz ´e z = −0, 5. Assim, a resposta homogˆenea ´e yh [n] = B × (−0, 5)n A resposta completa ´e dada por y[n] =
1 0, 5n + B × (−0, 5)n 2
Substituindo n = −1 e y[−1] = −0, 5, encontramos o valor de B = 3/4. A resposta completa ´e, portanto y[n] =
1 3 0, 5n + (−0, 5)n u[n] 2 4
Multiplicamos a resposta por u[n] pois ela ´e v´ alida apenas para n ≥ 0.
c) y[n] = 0, 5y[n − 1] − 0, 25y[n − 2], com y [−1] = 0, 25 e y [−2] = 0, 5. Solu¸ c˜ ao: Essa ´e uma equa¸ ca ˜o puramente homogˆ enea, que pode ser reescrita como
y[n] − 0, 5y[n − 1] + 0, 25y[n − 2] = 0 Seu polinˆ omio caracter´ıstico ´e 1 − 0, 5z −1 + 0, 25z −2 = 0 cujas ra´ızes s˜ao z 1 = 0, 5ejπ/3 e z 2 = 0, 5e−jπ/3 . Logo, a resposta ´e dada por y[n] = A 1 × 0, 5n ejπn/3 + A2 × 0, 5n e−jπn/3 Substituindo n = −1 e y[−1] = 0, 25, obtemos a equa¸c˜ ao 2A1 e−jπ/3 + 2A2 ejπ/3 = 0, 25 e substituindo n = −2 e y[−2] = 0, 5, obtemos 4A1 e−2jπ/3 + 4A2 e2jπ/3 = 0, 5 Essas duas equa¸co ˜es formam um sistema com duas equa¸co ˜es lineares e duas inc´ognitas. Solucionando-o, descobrimos A1 = 0, 0722 j e A2 = −0, 0722 j Portanto, y[n] = 0, 0722 j × 0, 5n ejπn/3 − 0, 0722 j × 0, 5n e−jπn/3 Com alguma manipula¸ca ˜o, e utilizando a defini¸ca ˜o do seno na forma de exponenciais complexas, obtemos π n u[n] 3 Como a resposta ´e v´ alida apenas para n ≥ 0, ´e multiplicada por u[n]. y[n] = −0.1444 × 0, 5n sen
d) y[n] − 2y[n − 1] + y[n − 2] = x[n] − x[n − 1], com x[n] = 0, 5nu[n], y[−1] = 0 e y [−2] = 1. Solu¸ c˜ ao: Come¸ camos a solu¸ca ˜o pelo c´ alculo da resposta particular. Supomos y p [n] = A × 0, 5n u[n]. Supomos que a solu¸ca ˜o
´e v´ alida para n ≥ 0, o que permite, substituindo na equa¸ca ˜o original, escrever A × 0, 5n − 2A × 0, 5n−1 + A × 0, 5n−2 = 0, 5n − 0, 5n−1 e, simplificando: (A − 4A + 4A)0, 5n = −0, 5n o que nos permite concluir que A = −1. Para calcular a resposta natural, encontramos o polinˆ omio caracter´ıstico: 1 − 2z −1 + z −2 = 0
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
8
o que fornece uma raiz z 1 = 1 com multiplicidade 2. Isso significa que a resposta natural ´e dada por yh [n] = A 1 z1n + A2 nz1n = A 1 + A2 n A resposta completa ´e dada por y[n] = −0, 5n u[n] + A1 + A2 n Note o termo u[n] na resposta completa — esse termo foi ignorado para facilitar o c´alculo da resposta for¸cada, mas ele n˜ ao pode ser ignorado nesse ponto. Substituindo as condi¸ c˜ oes iniciais, obtemos duas equa¸co ˜es lineares com duas inc´ognitas: A1 − A2 = 0 e A1 − 2A2 = 1 o que resulta em A 1 = 1 e A 2 = −1. A resposta completa da equa¸ca ˜o de diferen¸cas ´e, portanto, y[n] = −0, 5n u[n] + 1 − n
12.
Seja um sistema descrito pela equa¸c˜ao de diferen¸cas abaixo, com |a| < 1 e b = 0 e condi¸c˜ao inicial y [0] = c: y[n] = ay[n − 1] + b
Mostre que a resposta a esta equa¸c˜ao ´e y[n] = ca
n+1
1 − an+1 + b 1−a
ormula Dica: calcule as primeiras amostras da resposta recursivamente e tente encontrar uma f´ormula geral. Essa f´ geral pode ser demonstrada por indu¸c˜ao infinita, e pode ser simplificada para fazer aparecer a fra¸c˜ ao no lado direito. Solu¸ c˜ ao: Calculemos os pr imeiros termos dessa sequˆencia:
y[0] = ac + b y[1] = a 2 c + (1 + a)b y[2] = a 3 c + (1 + a + a2 )b y[3] = a 2 c + (1 + a + a2 + a3 )b Generalizando, temos n
y[n] = an+1 + b
ak = can+1 + b
k=0
1 − an+1 1−a
O somat´ orio pode ser calculado porque assumimos |a| < 1. Essa f´ ormula ´e v´ alida para n = 0. Assumamos que ela seja v´ alida para um n arbitr´ ario, ent˜ ao, para n + 1, temos y[n + 1]
= =
=
ay[n] + b a
n
n+1
ca
ak
+ b
+b
k=0 n
can+2 + ba
ak + b
k=0
n+1
=
can+2 + b
ak + b
k=1
n+1
=
can+2 + b
ak
k=0
Dados os sistemas descritos pelas equa¸c˜oes de diferen¸cas abaixo, calcule a resposta em frequˆencia do sistema, represente seu espectro de fase e de magnitude e calcule sua resposta ao impulso: 13.
Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
9
a) y [n] = 3x[n] − 4x[n − 1] + x[n − 2]
Solu¸ c˜ ao: Calculando a transformada de Fourier
Y (ω) = 3X (ω) − 4e−jω X (ω) + e−2jω X (ω) e isolando Y (ω)/X (ω), temos H (ω) = 3 − 4e−jω + e−2jω A transformada inversa permite encontrar a resposta ao impulso: h[n] = 3δ[n] − 4δ[n − 1] + δ[n − 2]
b) y[n] = x[n] − x[n − 1]
Solu¸ c˜ ao: Calculando a transformada de Fourier
Y (ω) = X (ω) − e−jω X (ω) e isolando Y (ω)/X (ω), temos H (ω) = 1 − e−jω A transformada inversa permite encontrar a resposta ao impulso: h[n] = δ[n] − δ[n − 1]
1 c) y [n] = x[n] − y[n − 1] 2 Solu¸ c˜ ao: Calculando a transformada de Fourier
Y (ω) = X (ω) −
1 −jω e Y (ω) 2
e isolando Y (ω)/X (ω), temos H (ω) =
1 1+
1 −jω e 2
A transformada inversa pode ser calculada por inspe¸ca ˜o: h[n] =
1 2
−
n
u[n]
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
10
d) y [n] + 0, 5y[n − 1] − 0, 25y[n − 2] = x[n] − 0, 25x[n − 1]
Solu¸ c˜ ao: Calculando a transformada de Fourier
Y (ω)+0, 5e−jω Y (ω)−0, 25e−2jω Y (ω) = X (ω)−0, 25e−jω X (ω) e isolando Y (ω)/X (ω), temos H (ω) =
1 − 0, 25e−jω 1 + 0, 5e−jω − 0, 25e−2jω
A transformada inversa pode ser calculada pela expans˜ a o em fra¸co ˜es parciais, substituindo-se e jω = z: h[n] = 0, 9472 × (−0, 8090)n u[n] + 0, 0528 × 0, 3090n u[n]
1 e) y [n] = N
N −1
x[n − k] k=0
Solu¸ c˜ ao: Calculando a transformada de Fourier N −1
Y (ω) =
e
jωk
−
k=0
X (ω) =
1 − ejωN X (ω) 1 − ejω
e isolando Y (ω)/X (ω), temos N −1
H (ω) =
e−jωk =
k=0
1 − ejωN 1 − ejω
A transformada inversa pode ser calculada pela expans˜ a o em fra¸co ˜es parciais, substituindo-se e jω = z: N −1
h[n] =
δ[n − k] = u[n] − u[n − N ]
k=0
14.
Encontre a equa¸c˜ao de diferen¸cas do sistema cuja resposta em frequˆencia ´e dada por H (ω) = tg ω Solu¸ c˜ ao: A tangente de um ˆ angulo qualquer ´e dada p or
tg ω =
sen ω ejω − e−jω = j jω cos ω e + e −jω
Logo, H (ω)
=
Y (ω) x(ω)
=
j
ejω − e−jω ejω + e −jω
Assim, j ejω − e−jω Y (ω) = ejω + e −jω X (ω)
Com a transformada inversa de Fourier, obtemos y[n + 1] − y[n − 1] = − jx[n + 1] − jx[n − 1] Com uma substitui¸ca ˜o de vari´ aveis e alguma manipula¸ca ˜o, temos y[n] = − jx[n] − jx[n − 2] + y[n + 2] Note que a resposta ao impulso ´e uma sequˆ encia puramente imagin´ aria. Isso ´e esperado, uma vez que H (ω) = tg ω ´e uma fun¸ca ˜o antissim´etrica. 15.
A resposta em frequˆencia de um sistema ´e H (ω) =
1 − 0, 5ejω 1 − 0, 5ejω + 0, 25e2jω
Encontre uma equa¸c˜ao de diferen¸cas que represente esse sistema. Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
11
Solu¸ c˜ ao: Como H (ω) = Y (ω)/X (ω), temos
(1 − 0, 5ejω + 0, 25e2jω = (1 − 0, 5ejω )X (ω) e, com a transformada inversa de Fourier, y[n] − 0, 5y[n + 1] + 0, 15y[n + 2] = x[n] − 0, 5x[n + 1] Esse padr˜ ao de deslocamentos ´ e pouco tradicional, mas p ode ser colocado em uma forma mais usual com uma simples substitui¸c˜ ao de vari´ aveis: y[n − 2] − 0, 5y[n − 1] + 0, 15y[n] = x[n − 2] − 0, 5x[n − 1] Isso equivale a multiplicar a resposta em fr equˆ encia p or e −2jω no numerador e denominador da fra¸ca ˜o. A forma mais comum para a equa¸c˜ ao ´e dada abaixo y[n] − 0, 3y[n − 1] + 6, 67y[n − 2] = −0, 3x[n − 1] + 6, 67x[n − 2]
16.
Um sistema com entrada x[n] e sa´ıda y[n] ´e descrito pelo seguinte conjunto de equa¸c˜oes de diferen¸cas: y[n] =
1 y[n − 1] + 2v[n] + v[n − 1] 2
1 v[n − 1] + w[n − 1] 3 1 w[n] = x[n] + 2x[n − 1] 2 Encontre uma u ´ nica equa¸ca˜o de diferen¸cas que descreva esse sistema, relacionando entrada com sa´ıda diretamente. v[n] =
Solu¸ c˜ ao: Calculando as respectivas transformadas z , temos
Y (z) =
2 − z −1 V (z) 1 − 21 z −1
V (z) =
z −1 W (z) 1 − 31 z −1
1 W (z) = + 2z −1 X (z) 2 Obtemos Y (z) em fun¸c˜ ao de X (z) substituindo as equa¸co ˜es e multiplicando as fra¸co ˜es: Y (z) =
2 − z −1 z −1 × × 1 −1 1 − 2z 1 − 31 z −1
z −1 + 27 z −2 − 2z −3 1 + 2z −1 X (z) = 2 1 − 65 z −1 + 61 z −2
Assim,
1−
5 −1 1 −2 z + z Y (z) = 6 6
z −1 +
7 −2 z − 2z −3 X (z) 2
e, com a transformada z inversa, temos y[n] −
5 1 7 y[n − 1] + y[n − 2] = x[n − 1] + x[n − 2] − 2x[n − 3] 6 6 2
Encontre a fun¸c˜ao de transferˆ encia dos sistemas descritos pelas equa¸c˜oes de diferen¸cas abaixo, e encontre a resposta ao impulso desses sistemas, considerando um sistema est´avel onde poss´ıvel. 17.
1 a) y[n] = x[n] − x[n − 1] 2 Solu¸ c˜ ao: Com a transformada z , temos
Y (z) 1 = 1 − z −1 X (z) 2 A resposta ao impulso pode ser encontrada pela transformada z inversa h[n] = δ[n] −
1 δ[n − 1] 2
1 b) y[n] = x[n] − y[n − 1] 2
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
13
A segunda diferen¸ca de uma sequˆencia ´e definida como a primeira diferen¸ca aplicada duas vezes sucessivamente `a mesma sequˆencia. O conceito pode ser generalizado para a k-´esima diferen¸ca de uma sequˆencia. Encontre uma f´ormula generalizada para a fun¸c˜ao de transferˆencia de um sistema que implementa a k-´esima diferen¸ca. 18.
Solu¸ c˜ ao: Suponha que y k [n] seja a k -´ esima diferen¸ca do sinal x[n]. Assim,
Y 1 (z) = (1 − z −1 )X (z) e Y 2 (z) = (1 − z −1 )2 X (z) Aplicando-se sucessivamente a diferen¸ca, obtemos Y k (z) = (1 − z −1 )k X (z) O termo (1 − z −1 )k pode ser expandido pelo binˆomio de Newton: k −1 k −2 k z + z − ... − z−(k − 1) + z −k 1 2 k−1 O que pode ser escrito como (1 − z −1 )k = 1 −
k
k −i z i
(1 − z −1 )k =
(−1)i
i=0
Assim, k
Y k (z) =
(−1)i
i=0
k i
z −i X (z)
Quando a entrada de um sistema linear e invariante com o tempo ´e x[n] = u[n], a resposta do sistema ´e y[n] = 2 nu[n]. Com o aux´ılio da transformada z, encontre a resposta ao impulso do sistema. 19.
−
Solu¸ c˜ ao: As transformadas z s˜ ao dadas por
Y (z) =
1 1 − 21 z −1
e X (z) =
1 1 − z −1
Logo, a fun¸ca ˜o de transferˆ encia, dada por Y (z)/X (z) ´e 1 1 − 21 z −1 1 − z −1 H (z) = = 1 1 − 21 z −1 1 − z −1 Essa fun¸c˜ ao de transferˆ encia p ode ser i nvertida por inspe¸ca ˜o simples, separando a soma sobre a fra¸ca ˜o e lembrando que z −1 ´e um atraso unit´ ario. Assim, h[n] = 2−n u[n] − 2−(n−1) u[n − 1]
A sa´ıda de um sistema linear e invariante com o tempo ´e y[n] = u[n] quando a entrada ´e x[n] = 2 aux´ılio da transformada z, encontre a resposta ao impulso do sistema.
n
−
20.
u[n]. Com o
Solu¸ c˜ ao: As transformadas z s˜ ao dadas por
Y (z) =
1 1 − z −1
e X (z) =
1 1 − 21 z −1
Logo, a fun¸ca ˜o de transferˆ encia, dada por Y (z)/X (z) ´e 1 1 − 21 z −1 1 − z −1 H (z) = = 1 1 − z −1 1 −1 1 − 2z Essa fun¸c˜ ao de transferˆ encia p ode ser i nvertida por inspe¸ca ˜o simples, separando a soma sobre a fra¸ca ˜o e lembrando que z −1 ´e um atraso unit´ ario. Assim, h[n] = u[n] −
1 u[n − 1] 2
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
15
Solu¸ c˜ ao: Para encontrar a solu¸ ca ˜o natural, fazemos x[n] = 0 e obtemos a transformada z :
Y (z) +
1 y[−1] + z −1 Y (z) = 0 3
Isolando Y (z), temos Y (z) = −
1 1+
1 −1 z 3
Por inspe¸ca ˜o simples, obtemos
y[n] = − −
1 3
n
u[n]
1 1 b) y[n] = x[n] − y[n − 1] + y[n − 2] 2 4 y[−1] = 1 1 y[−2] = 2 Solu¸ c˜ ao: Para encontrar a solu¸ ca ˜o natural, fazemos x[n] = 0 e obtemos a transformada z :
Y (z) +
1 1 y[−1] + z −1 Y (z) − y[−2] + z −1 y[−1] + z −2 Y (z) = 0 2 4
Isolando Y (z), temos Y (z) =
− 83 + 41 z −1 1+
1 −1 z 2
− 41 z −2
Com a decomposi¸ca ˜o em fra¸co ˜es parciais, temos Y (z) =
0, 12 0, 495 − 1 − 0, 3090z −1 1 + 0, 8090z −1
No dom´ınio do tempo, temos y[n] = 0, 12 × 0, 3090n u[n] − 0, 495 × (−0, 8090)n u[n]
1 3 1 c) y[n] = x[n] + x[n − 1] + y[n − 1] − y[n − 2] 2 4 8 1 y[−1] = 3 5 y[−2] = 2 Solu¸ c˜ ao: Para encontrar a solu¸ ca ˜o natural, fazemos x[n] = 0 e obtemos a transformada z :
Y (z) −
3 1 y[−1] + z −1 Y (z) + y[−2] + z −1 y[−1] + z −2 Y (z) = 0 4 8
Isolando Y (z), temos Y (z) =
1 − 16 −
1−
1 −1 z 24 3 −1 z + 81 z −2 4
Com a decomposi¸ca ˜o em fra¸co ˜es parciais, temos Y (z) =
0, 2292 0, 2917 − 1 − 0, 25z −1 1 − 0, 5z −1
No dom´ınio do tempo, y[n] = 0, 2292 × 0, 25n u[n] − 0, 2917 × 0, 5n u[n]
Com o aux´ılio da transformada z, encontre a resposta particular da equa¸c˜ao de diferen¸cas abaixo para as fun¸co˜es de excita¸c˜ao dadas: 24.
1 1 y[n] − y[n − 1] = x[n] + x[n − 1] 2 2 a) x[n] = u[n]
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
16
Solu¸ c˜ ao: A transformada z dessa equa¸ca ˜o ´e:
Y (z) =
1 + 21 z −1 1 − 21 z −1
X (z)
Substituindo X (z) pela transformada z do degrau unit´ ario, temos Y (z) =
1 −1 z 2 1 −1 z )(1 − z −1 ) 2
1+
(1 −
Com a decomposi¸ ca ˜o em fra¸co ˜es parciais, Y (z) =
−2 3 + 1 −1 1 − z −1 1 − 2z
No dom´ınio do tempo, y[n] = −2 ×
b) x[n] =
1 u[n] + 3u[n] 2n
1 u[n] 2n
Solu¸ c˜ ao: A transformada z dessa equa¸ca ˜o ´e:
Y (z) =
1 + 21 z −1 1 − 21 z −1
X (z)
Substituindo X (z) pela transformada z da fun¸ca ˜o dada, temos Y (z) =
1+ (1 −
1 −1 z 2 1 −1 2 z ) 2
Com a decomposi¸ ca ˜o em fra¸co ˜es parciais, Y (z) =
2 (1 −
1 −1 2 z ) 2
+
−1 1 − 21 z −1
No dom´ınio do tempo, y[n] = 2(n + 1)
1 1 2n + 1 u[n] − n u[n] = u[n] n 2 2 2n
c) x[n] = cos(ω0 n)u[n] Solu¸ c˜ ao: A resolu¸ ca ˜o desse problema exige alguns passos complicados. Ele pode ser resolvido por decomposi¸ ca ˜o em fra¸c˜ oes
parciais, se vocˆ e estiver disposto a li dar com constantes complexas, alguns literais (essencialmente ω0 ) e algumas simplifica¸c˜ oes que, apesar de n˜ ao serem complicadas, exigem aten¸ca ˜o. Para simplificar, resolva primeiro este exerc´ıcio usando ω0 = π /4, por exemplo. O m´ etodo a seguir, no entanto, pode ser visto como alternativa para situa¸ c˜ oes em que cossenos e senos s˜ao usados como fun¸c˜ oes de excita¸ca ˜o. Neste caso, a resposta no dom´ınio da transformada z ´ e dada por Y (z) =
1−
1 −1 z 1 − z −1 cos ω0 2 1 −1 z (1 − 2z −1 cos ω0 + z −2 ) 2
1+
=
1+
1−
1 − cos ω0 z −1 − 21 cos ω0 z −2 2 1 −1 z (1 − 2z −1 cos ω0 + z −2 ) 2
N˜ ao ´e dif´ıcil ver que essa express˜ao complexa pode ser reescrita como Y (z) =
A1 A2 + A3 z −1 + 1 −1 1 − 2z −1 cos ω0 + z −2 1 − 2z
Essa rela¸ca ˜o po de ser encontrada multiplicando os termos que cont´ em os p olos (complexos) referentes ao cosseno. A constante A1 pode ser encontrada pelo m´ etodo da decomposi¸ ca ˜o em fra¸co ˜es parciais normalmente, mas as constantes A2 e A3 n˜ ao. Para isso, somamos novamente as duas fra¸co ˜es: Y (z) =
(A1 + A2 ) + 2A1 − 21 A2 + A3 z −1 + A1 − 21 A3 z −2
1 − 21 z −1 (1 − 2z −1 cos ω0 + z −2 )
Igualando os numeradores das duas fra¸c˜ oes, obtemos o seguinte sistema de equa¸co ˜es lineares:
A1 + A2 = 1 −2cos ω0 A1 − 21 A2 + A3 = A1 −
1 A = 2 3
− 12 cos
1 2
− cos ω0
ω0
o que permite encontrar: A1 =
2 − 4 cos ω0 5 − 4 cos ω0
A2 =
3 5 − 4 cos ω0
Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
19
26.
Dada a fun¸c˜ao de transferˆencia 1−z 1 z 1 (1 − 2z 1)(1 − 3z −
H (z) =
−
−
−1
)
encontre todas as poss´ıveis regi˜oes de convergˆencia, baseado nas localiza¸co˜es dos polos e zeros, e encontre a transformada z inversa para cada caso. Solu¸ c˜ ao: O termo z −1 sob o tra¸ c o da fra¸ca ˜o na fun¸ca ˜o de transferˆ encia pode ser interpretado como um deslocamento a`
esquerda. Assim, H (z) = z
1 − z −1 (1 − 2z −1 )(1 − 3z −1 )
Por decomposi¸c˜ ao em fra¸co ˜es parciais, temos H (z) = z
−1 2 + 1 − 2z −1 1 − 3z −1
Existem trˆes polos para essa fun¸ca ˜o de transferˆencia: d1 = 0, d 2 = 2 e d 3 = 3. Portanto, as p oss´ıveis regi˜ oes de convergˆencia e respectivas transformadas inversas s˜ao a) 0 < z < 2 h[n] = 2 −n−1 u[−n − 2] − 2 × 3−n−1 u[−n − 2] b) 2 < z < 3 h[n] = 2 n+1 u[n + 1] − 2 × 3−n−1 u[−n − 2] c) z > 3 h[n] = 2 n+1 u[n + 1] − 2 × 3n+1 u[n + 1]
27.
A transformada z de uma sequˆencia est´avel ´e dada por 3 − 6z 1 X (z) = 1 − 7z 1 − 2z −
−
−2
Encontre a transformada de Fourier dessa sequˆencia. Solu¸ c˜ ao: A transformada de Fourier de uma sequˆ encia est´ avel pode ser encontrada a partir da transformada z pela simples
substitui¸ ca ˜o de z por e jω . Assim, X (ω) =
28.
3 − 6e−jω 1 − 7e−jω − 2e−2jω
Utilzando o teorema do valor inicial, demonstre que para uma sequˆencia causal: x[1] = lim [zX (z)] − x[0] z →∞
Solu¸ c˜ ao: Considere y [n] = x[n + 1], logo y [0] = x[1]. O valor inicial de y [n] pode ser obtido pelo teorema do valor inicial, ou
seja y[0] = lim Y (z) z →∞
Como, pelo teorema do deslocamento, Y (z) = zX (z) − x[0], ent˜ ao x[1] = lim [zX (z)] − x[0] z →∞
29.
A integra¸c˜ao num´erica feita pelo m´etodo do trap´ezio pode ser escrita como n
I [n] =
T (x[n] + x[n − 1]) a
k=0
2
Considerando que a sequˆencia a ser integrada ´e causal, encontre a resposta em frequˆencia e a fun¸c˜ao de transferˆencia do sistema que faz esse c´alculo. Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon
20
Solu¸ c˜ ao: Podemos reescrever a defini¸ca ˜o da sequˆencia I [n] recursivamente:
I [n] = I [n − 1] +
T a (x[n] + x[n − 1]) 2
Com o uso da transformada z , temos I (z) = I [−1] + z −1 +
T a X (z) + z −1 X (z) + x[−1] 2
Se considerarmos x[n] causal, ent˜ ao x[−1] = 0 e I [−1] = 0. Isolando I (z), ent˜ ao I (z) T a 1 + z −1 = X (z) 2 1 − z −1
Encontre as equa¸c˜oes para os grafos de fluxo de sinais nas figuras a seguir:
30.
a)
˜es dos n´ os, na sequˆ encia em que aparecem na figura, da esquerda para a direita, como Solu¸ c˜ ao: Podemos escrever as equa¸co W 1 (z) = X (z) + (a + b)W 2 (z) W 2 (z) = cW 1 (z) Y (z) = dX (z) + W 2 (z) Assim, W 1 (z) =
1 X (z) 1 − (a + b)c
Y (z) = dX (z) + cW 1 (z) = dX (z) +
c X (z) (a + b)c
e, por fim, Y (z) = −
(a + b) − cd X (z) 1 − (a + b)c
No dom´ınio do tempo y[n] = −
b)
(a + b) − cd x[n] 1 − (a + b)c
Solu¸ c˜ ao: Podemos escrever as equa¸co ˜es dos n´ os, na sequˆ encia em que aparecem na figura, da esquerda para a direita, como
W 1 (z) = X (z) − az−1 X (z) W 2 (z) = W 1 (z) + bW 3 (z) W 3 (z) = z −1 W 2 (z) W 4 (z) = aW 3 (z) + bz −1 W 4 (z) Y (z) = W 4 (z) Combinando a segunda e a terceira equa¸co ˜es, temos W 2 (z) =
1 W 1 (z) 1 − bz −1
Combinando a terceira e a quarta equa¸co ˜es, temos W 4 (z) =
az−1 W 2 (z) 1 − bz −1
Assim, Y (z) =
az−1 1 W 1 (z) 1 − bz −1 1 − bz −1
Desenvolvendo, temos Y (z) =
az−1 a2 z −1 X (z) − Y (z) −1 2 (1 − bz ) (1 − bz −1 )2
Somando as fra¸co ˜es e isolando Y (z):
(1 − bz −1 )2 + a2 z −2 Y (z) = az −1 X (z)
Por fim,
Y (z) − 2bz −1 Y (z) + (a2 + b2 )z −2 Y (z) = az −1 X (z) No dom´ınio do tempo, y[n] − 2by[n − 1] + (a2 + b2 )y[n − 2] = ax[n − 1]
Jos´ e Alexandre Nalon
Processamento Digital de Sinais
21
c)
Solu¸ c˜ ao: Seguindo pelas defini¸co ˜es na Se¸ca ˜o 4.4:
b0 + b1 z −1 X (z) 1 + a1 z −1 + a2 z −1
Y (z) =
No dom´ınio do tempo y[n] + a1 y[n − 1] + a2 y[n − 2] = b 0 x[n] + b1 x[n − 1]
d)
Solu¸ c˜ ao: Seguindo pelas defini¸co ˜es na Se¸ca ˜o 4.4:
b0 + b1 z −1 X (z) 1 + a1 z −1 + a2 z −1
Y (z) =
No dom´ınio do tempo y[n] + a1 y[n − 1] + a2 y[n − 2] = b 0 x[n] + b1 x[n − 1]
Demonstre que o grafo da figura abaixo, comumente chamado a forma acoplada , representa um sistema de segunda ordem, e calcule os valores dos coeficientes a 0 , a1 e a 2 equivalentes. 31.
Solu¸ c˜ ao: Veja a solu¸ca ˜o no exerc´ıcio anterior. Pela simples compara¸ ca ˜o, temos a 0 = 1, a 1 = −2b e a 2 = a 2 + b2 .
32.
Encontre o grafo de fluxo de sinais para as fun¸co˜es de transferˆencia abaixo:
a) H (z) =
1 1 − 1/2z
−1
Solu¸ c˜ ao: O grafo abaixo representa o sistema:
b) H (z) =
1 + 2z 1 − 2z
−1 −1
Solu¸ c˜ ao: O grafo abaixo representa o sistema:
c) H (z) =
(1 − 1/2z
−1
1 )(1 − 1/3z
−1
)
Solu¸ c˜ ao: As duas formas abaixo s˜ ao equivalentes.
1/3 − 1/2z 1 1 − 1/2z 1 − 1/3z −
d) H (z) =
−
−1
Solu¸ c˜ ao: O grafo abaixo representa o sistema:
e) H (z) =
1 1 − 1/2z
−1
+
1 1 − 1/3z
−1
Solu¸ c˜ ao: As duas formas abaixo s˜ ao equivalentes.
Processamento Digital de Sinais
Jos´ e Alexandre Nalon