SILVA, Pedro L. M. da. TI já não importa
CARR, Nicholas G. TI já não importa. Maio.2003.
Rev. Harvard Business B usiness Review Re view Basil ,
p. 03 a 10,
O artigo TI JÁ NÃO IMPORTA, como o título demonstra, pretende dar uma visão de que a TI chegou ao seu “limite”, ou seja, as previsões sobre o futuro da TI estão sendo
vividas neste momento. O Autor em si relata a importância da tecnologia da informação, em que se pode citar como exemplo o fato de, hoje, praticamente toda empresa possuir sistemas de EAP. Inicialmente, o texto faz uma analogia sobre tecnologias dominantes do século passado, primeiramente a ferrovia, no final do século 19, e também o telégrafo. Essas tecnologias são denomiandas tecnologias infra-estruturais. O autor diz que uma característica fundamental deste tipo de tecnologia é a rápida expansão, a rápida instalação devido a um enorme investimento no nascimento desta tecnologia, provocando queda de preços e, por sua vez, a comoditização (commodity, como sugere o entendimento marxista). A Internet acelerou a comoditização comoditização da TI ao criar um um canal para aplicações aplicações genéricas. genéricas. Todas as movimentações financeiras de uma empresa passam por sistemas de informática. As grandes empresas têm reduzido seus custos com viagens, hotéis e até mesmo tempo utilizando recursos de streaming, unindo pessoas em diversos locais do mundo, reduzindo custos que antes seria praticamente impossível. No entanto, o simples fato de investir em TI não é sinônimo de sucesso, pois deve haver algo novo, algo diferenciado das demais empresas. Não é o simples fato de haver um setor de TI estruturado que a empresa se destacará no mercado; pelo contrário, haverá grande despesa sem retorno financeiro. Não podemos descartar a TI de forma tão significativa quanto proposto pelo Autor. Alguns ramos da TI caminharão pelo quadro que Nicholas G. Carr desenhou. Contudo, outros não farão parte desta empreitada e contestarão a teoria dele. Outros ainda vão surgir e alguns irão desaparecer. E, nesse contexto, o administrador terá que ser hábil para criar produtos vencedores, mecanismos de defesa para suas organizações e cativar o cliente, através de algo diferencial, que muitas vezes seja um subproduto desta mesma TI. O investimento em TI está vulnerável às mesmas condições que muitos outros investimentos em relação ao mercado. Não se trata apenas de investir em TI, mas no que vai se investir, no seu planejamento e na sua constante avaliação. O gestor dessa tecnologia tem que estar atento às constantes necessidades e lacunas existentes na sociedade que podem ser supridas pela TI, criando com isso, mesmo que temporariamente, um diferencial do seu
negócio. Levando em consideração a data de publicação (2003), pode-se considerar o texto desatualizado por se tratar de tecnologia e tendências, visto que, com dez anos de publicação, alguns dos fatos relatados aconteceram e outros não, pois tecnologia é algo que vive em constante mutação.