UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Centro de Ciências Humanas Curso de Ciências Sociais Discipina! Socioo"ia I #ro$essor! A"nado A"nado #ereira Li%&rio Auno! 'isses Fi"ueiredo Matos RESENHA 'E(ER) 'E(ER) Ma* Ma*++ Os ,rês ,ipo ,iposs #uros #uros de Domina Domina-.o -.o Le"/ti Le"/tima+ ma+ In! COHEN) 0a%rie 1Or"+2+ Ma* 'e%er! Socioo"ia+ S.o #auo! 3tica) 4556+ Karl Emil Maximilian Weber, nasceu em Efurt, na Alemanha, em 21 de abri abrill de 1864 1864 e morr morreu eu em Muni Muniqu que e em 14 de junh junho o de 12! 12!"# "#on onhe heci cido do $o$ularmente como Max Weber, um dos $rinci$ais $ensadores que colaboraram $ara a constru%&o da 'ociolo(ia" Entretanto, Weber en)eredou*se $or uma (ama (i(antesca de assuntos e colaborou $ara o desen)ol)imento da +ilosofia, ol-tica, Economia, .ist/ria e 0ireito" Ele com$artilhou fortemente em seus trabalhos influncias das ideias de Karl Marx e mile 0ur3heim, sendo tambm cr-tico das obras desses (randes $ensadores" 0e$ois de sua morte foi $ublicada a obra 5Economia e 'ociedade 711!*122, marco de suas teses" 0estaca*se deste, o ca$-tulo 59s :rs :i$os uros de 0omina%&o ;e(-tima, onde o autor discorre sobre os trs ti$os de domina%&o existente e le(itimada, se(undo ele< 0omina%&o ;e(al, 0omina%&o :radicional e 0omina%&o #arism=tica" #onforme entendimento do autor a domina%&o le(al institui*se atra)s de estatuto que $ode criar e modificar normas, desde que seu $rocesso 7forma esteja $re)iamente estabelecido, tendo como seu ti$o mais $uro a domina%&o burocr burocr=ti =tica" ca" Esta Esta se caract caracteri eri>a >a $ela $ela exist existnci ncia a de re(ras re(ras e disci$ disci$lin linas, as, que que es$eciali>am e racionali>am os quadros administrati)os, onde as re(ras im$ostas $elo estatuto d&o as diretri>es do (o)erno, $ois se(undo Weber, n&o se obedece ? $essoa, mas sim ao car(o estatu-do" Entretanto n&o haja dom-nio le(al que seja exclusi)amente burocr=tico, j= que n&o h= como uma em$resa ser constitu-da unicamente $or funcion=rios contratados@ h= sem$re os di(nit=rios, ou seja, os que ocu$am car(o mais alto" este contexto Beberiano conclui*se ent&o, que o elemento burocr=tico essencial $ara o trabalho rotineiro"
9 outro ti$o de domina%&o citada $elo autor a domina%&o tradicional, que $or sua )e>, aquela que se d= em )irtude da cren%a na CsantidadeC das ordena%Des e dos $oderes senhoriais, $ossuindo como ti$o mais $uro a domina%&o $atriarcal, na qual o CsenhorC ordena e os sditos obedecem" 'eu quadro administrati)o formado $or Cser)idoresC" Esta forma de domina%&o exercida em )irtude da di(nidade do senhor e reiterada $ela tradi%&o< $or fidelidade" A )ontade do senhor $ossui car=ter $re$onderante e uma caracter-stica Cel=sticaC" 0essa maneira, as normas tradicionais se restrin(em a um cam$o determinado enquanto que, numa outra esfera, de acordo de com a C(ra%aC e Carb-trio li)resC, a(e conforme seu $ra>er, sua sim$atia ou anti$atia e de acordo com $onto de )ista $uramente $essoal" 'uas bases $rinci$ais s&o o equil-brio da tica material, da justi%a ou da utilidade $r=tica F diferente do car=ter formal existente na domina%&o le(al" Em )irtude de de)o%&o a $essoa do senhor e seus dotes sobrenaturais 7carisma e, $articularmente, a faculdades m=(icas, re)ela%Des ou hero-smo, $oder intelectual ou de orat/ria@ o sem$re no)o, o extracotidiano, o inaudito e o arrebatamento emoti)o que $ro)ocam, constituem fonte de de)o%&o $essoal, caracteri>a a domina%&o carism=tica" or conse(uinte, esta ltima forma Beberiana de domina%&o requer obedincia enquanto obten%&o do consentimento $assi)o 7im$osi%&o carism=tica ou subordina%&o 7$or im$osi%&o tradicional n&o um elemento desej=)el, embora $oss-)el ou real" A disci$lina nesta domina%&o, definida como Ca $robabilidade de que, em )irtude do h=bito, um comando receba obedincia $ronta e autom=tica de forma estereoti$ada, da $arte de um (ru$o dado de $essoasC $ara Weber, um in(rediente fundamental da sociedade" Assim, quando esta disci$lina n&o habitual, mas exi(e a $resen%a de fato de mando efica> 7$essoal, or(ani>acional ou institucional $ara obter obedincia, estamos numa situa%&o de domina%&o" 'e(uindo este racioc-nio a domina%&o le(al subordina tanto o dominado quanto o dominante a um mesmo estatuto, e)itando assim, abusos de $oder" Ela su$era a obedincia tradicional 7de cunho aristocr=tico e a subordina%&o $ersonali>ada 7carism=tica $or $romo)er uma menor $robabilidade de decisDes arbitr=rias" Ela acarreta maior estabilidade na rela%&o dominanteG dominado, uma )e> que os direitos deste, como, $or exem$lo, o da queixa, j= est&o $re)iamente (arantidos" :oda)ia, o exerc-cio le(al*racional de domina%&o
tambm en)ol)e uma certa dose de for%a" Esta $ode ser Cati)aC, $or meio de a(entes sociais,e estrutural, ou seja, j= im$l-cita na situa%&o" H disci$lina se o$De o carisma, $or seu car=ter de C$oder m=(icoC e como atributo nico e transit/rio de um indi)-duo" ortanto, o carisma entra como um desestabili>ador Cda ordemC re$leto de im$ositi)os n&o institucionali>ados nem rotini>=)eis" Weber desconfia nitidamente do carisma" Acredita ser extremamente $eri(osa a $ossibilidade de elementos emocionais )irem a $redominar na $ol-tica" A massa, que s/ $ensa em curto $ra>o, est= sem$re ex$osta a influncias diretas $uramente emocionais e irracionais" A domina%&o tradicional um t-$ico exem$lo de influncia de )alores morais e ticos existente desde a Idade Anti(a e que, de certa maneira, foi sobre$osta, aos $oucos, na Idade Moderna $ela domina%&o le(al" o entanto, tal domina%&o $ode ser obser)ada at hoje, de forma n&o oficial" Ela de$ende am$lamente da submiss&o moral do ordenado $ara com o ordenador, se esta n&o existir, a corrente de $oder $oder= facilmente ser quebrada acarretando uma re)olu%&o e queda de $oderes" :al domina%&o $ode ser im$osta $or meios materiais, ? medida que o senhor $ossui uma )anta(em CfinanceiraC, ou $or meios coerciti)os, que tambm asse(uram a manuten%&o desta situa%&o" aralelo ao $ro$osto $or Weber destaca*se que uma domina%&o que n&o $ossui re(ras claras e bem definidas tende, certamente a $rejudicar aquele que mais fraco economicamente eGou $oliticamente"