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Leituras do Mundo do Trabalho e das Profissões Espaço de formação e debate público vinculado ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria.
Resenha: O Novo Espírito do Capitalismo (Luc Boltanski/ Éve Chiapello) ON 13 DE JUNHO JUNHO DE 20162 2016200 DE JULHO JULHO DE 2016 2016 / POR LMTPCIENCIASSOCIAIS / EM TEXTOS O sociólogo Luc Boltanski e a economista Ève Chiapello, ambos de nacionalidade francesas, conceberam o livro em 1995 com a preocupação da degradação da situação econômica e social de uma grande parcela da população, em contra partida um capitalismo em forte forte expansão e profundament profund amentee transformador. transformador.
“Parece‑nos útil, para tanto, abrir a caixa‑preta dos últimos trinta anos e olhar o modo como os homens fazem sua história. Voltando para o momento em que as coisas se decidem e mostrando que elas poderiam ter enveredado por direção diferente, a história constitui o instrumento por excelência da desnaturalização do social e está de mãos dadas com a crítica” (BOL ( BOLT TANSKI; CHIAPELLO, 2009, p. 29) A partir desta contestação os autores trazem o objeto da obra que são as mudanças ideológicas que acompanharam as recentes transformações do capitalismo, levando em conta que o espaço temporal da obra é a França após os acontecimentos de maio de 1968 até os meados da década de 1990. Eles são enfáticos ao afirmar que o conceito de ideologia não é empregado no sentido redutor, em certa medida vulgarizado pelos marxistas. Pretende‑se empregá‑lo como “conjunto de crenças compartilhadas, inscritas em instituições, implicadas em ações e, portanto, ancoradas na realidade O ESPÍRITO DO CAPITALISMO CAPITALISMO Uma definição mínima do capitalismo
Os autores trazem uma formula mínima para caracterizar o capitalismo que enfatiza a exigência de acumulo ilimitado do capital por meio formalmente pacífico, ou seja, o capital teria uma circulação constante, extração do lucro, acumulo do capital e reinvestimento deste capital. capital. E a partir desta definição mínima pode‑se dizer dizer ser http https:/ s://le /leitu iturast rastrab rabalh alhoe oepro profiss fissao ao.wo .wordp rdpress ress.co .com/2 m/201 016/ 6/06 06/1 /13/ 3/rese resenh nha-o a-o-no -novo vo-esp -espirito irito-do -do-cap -capita italismo-lu lismo-luc-bo c-bolta ltans nskie kieve ve-chia -chiape pello/ llo/
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qualquer sujeito que possua um excedente e o invista para extrair lucro que venha aumentar seu excedente é um capitalista, mas eles deram prioridade aos capitalistas que exercem uma pressão sobre as empresas de grande porte. A necessidade de um espírito para o capitalismo
É chamado de espírito do capitalismo a ideologia que justifica o engajamento no capitalismo, é justamente o conjunto de crença associadas à ordem capitalista que contribuem para justificar e sustentar essas ordem, legitimando os modos de ação e as disposição coerentes com elas. De que é feito o espírito do capitalismo
O progresso material, eficácia e eficiência na satisfação das necessidades, modo de organização social favorável ao exercício das liberdades econômicas e compatível com regime políticos liberais, formam os três pilares fundamentais para justificar o espírito do capitalismo. Mas o espírito do capital deve se preocupar principalmente com as seguintes questões: – Em que engajamento nos processos de acumulação capitalista e fonte de entusiasmo, inclusive para aqueles que não serão os primeiros beneficiários dos lucros? – Em que medida aqueles que se empenham no cosmo capitalista podem ter certeza de garantia mínimas para si e para seus filhos – Como justificar,em termos de bem comum, a participação na empresas capitalista e defender, contra as acusações de injustiça, o modo como ela é dinamizada e gerida Os diferentes estados históricos do espírito do capitalismo
O espírito do capitalismo esta divididos em três estados históricos. O primeiro esta associado à figura do burguês estava sintonizado com as formas de capitalismo essencialmente familiar, o destino e a vida da empresa estavam fortemente associados aos destinos de uma família. O segundo se organiza em torno da figura do diretor, e dos executivos, esta ligado a um capitalismo de empresa, o quadro de acionista tornou‑se anônimo e as empresas se desvinculam do nome e do destino de determinadas famílias. E o terceiro é o atual momento, o capitalismo globalizado põe em praticas novas tecnologias. Origem das justificação incorporadas no espíritos do capitalismo
O capitalismo não encontra em si mesmo nenhum recurso para fundamentar motivos de engajamento e, em especial, para formular argumentos orientados para a exigência de justiça. O capitalismo é uma forma histórica ordenadora de práticas coletivas totalmente desvinculadas da esfera moral; no sentido de encontrar finalidade para si mesma, e não por referências não só ao bem comum, mas também aos interesses de um ser coletivo, tal como povo, estado, https://leiturastrabalhoeprofissao.wordpress.com/2016/06/13/resenha-o-novo-espirito-do-capitalismo-luc-boltanskieve-chiapello/
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classe social. A justificação do capitalismo, portanto, supõe referencias a resultados de outra ordem, da qual derivam exigências complementares diferentes daquelas impostas pela busca do lucro. As cidades como ponto de apoio normativos para construir ustificações
As organizações sociais, uma vez submetidas ao imperativo de ustificação, tendem a incorporar a referências a um tipo de convenção muito geral, orientada para um bem comum, com pretensão a validade universal, modelizadas pelo conceito de cidade. O capitalismo não fugiu desta regra .O que chamamos de espíritos do capitalismo contém necessariamente, pelo menos nos seus aspectos orientados para justiça, referências e tais convenções. O conceito de cidade é orientado para questão da justiça Essa exigência de justificação esta indissociavelmente ligada à possibilidade de critica. A justificação é necessária para respaldar a crítica ou para responder a critica quando ela denuncia o caráter injusto de uma situação. O espírito do capitalismo legitima e restringe o processo de acumulação
Convém explicar que o espírito do capitalismo, não consistindo apenas em demonstração de boas intenções, “pudores espirituais” ou “superestruturas”, como se basearia em uma abordagem marxista das ideologias, na verdade desempenha papel central no processo capitalista a que ele serve, ao lhe impor obrigações. Isto porque as ustificações que possibilitam mobilizar os participantes entravam a acumulação. Levando‑se a sério as justificações apresentadas, nem todo lucro é legitimo, nem todo enriquecimento é justo, nem toda acumulação, mesmo grande e rápida, e licita.
BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. WMF Martins Fontes, 2009. P.19‑61 Elizandro Silveira.
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