UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PAVIMENTAÇÃO PAVIMENTAÇÃO I
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA: FÁBRICA DE EMULSÕES ASFÁ AS FÁL L TICAS - GRECA ASFAL ASF ALTOS TOS
Docente Orientador Orientador : Lui z Miguel Miguel d e Miranda Miranda Discentes: Diog o Yasuo Yasuo Takakura e João Henriqu Henrique e dos Santos
CUIABÁ – MT SETEMBRO/2016
UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PAVIMENTAÇÃO PAVIMENTAÇÃO I RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA: FÁBRICA DE EMULSÕES ASFÁ AS FÁL L TICAS - GRECA ASFAL ASF ALTOS TOS Relatório de visita técnica à empresa GRECA Asfaltos, solicitado pelo professor Dr. Luiz Miguel de Miranda como
requisito
avaliativo
Pavimentação I.
Docente orientador: L uiz Miguel de Miranda Discentes: Diogo Yasuo Yasuo Takakura e João Henriqu Henrique e dos Santos
CUIABÁ – MT SETEMBRO/2016
na
disciplina
de
UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PAVIMENTAÇÃO PAVIMENTAÇÃO I RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA: FÁBRICA DE EMULSÕES ASFÁ AS FÁL L TICAS - GRECA ASFAL ASF ALTOS TOS Relatório de visita técnica à empresa GRECA Asfaltos, solicitado pelo professor Dr. Luiz Miguel de Miranda como
requisito
avaliativo
Pavimentação I.
Docente orientador: L uiz Miguel de Miranda Discentes: Diogo Yasuo Yasuo Takakura e João Henriqu Henrique e dos Santos
CUIABÁ – MT SETEMBRO/2016
na
disciplina
de
I
LISTA DE FIGURAS FIGURAS FIGURA 1 - CARRETAS PARA O TRANSPORTE DE MATÉRIA PRIMA .................................................................................... 2 FIGURA 2 - ESTAÇÃO DE FABRICAÇÃO DE EMULSÃO ASFÁLTICA DE PETRÓLEO ............................................................... .... 3 FIGURA 3 - ESQUEMA REPRESENTATIVO DE UMA EMULSÃO CATIÔNICA............................................................. ............. 10 FIGURA 4 - ESQUEMA DE UM MOINHO COLOIDAL PARA PRODUÇÃO DE EAP...................................................... EAP...................................................... ............. 11 FIGURA 5 - APLICAÇÃO DE TRATAMENTO SUPERFICIAL COM EAP......................................................... EAP......................................................... ........................ 14 FIGURA 6 - PROCESSO DE EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO DE CBUQ COM COM VIBROACABADORA ............................................. 17 FIGURA 7 - PROCESSO DE ESPALHAMENTO DO PMF COM MOTONIVELADORA ................................................................ 18 FIGURA 8 - EXECUÇÃO DA LAMA ASFÁLTICA COM USINA MÓVEL ................................................................................... 19 FIGURA 9 - EXECUÇÃO DE MICRO REVESTIMENTO A FRIO COM USINA MÓVEL .................................................................. 19 FIGURA 10 - APARELHO MARSHALL ........................................................................................................................ 21 FIGURA 11 - GRECA ASFALTOS (CUIABÁ - MT) ......................................................................................................... MT) ......................................................................................................... 22 FIGURA 12 - RESULTADO DA DEFORMAÇÃO PERMANENTE APÓS 30.000 CICLOS ........................................................... .. 23 FIGURA 13 - FÁBRICA DE EMULSÕES ASFÁLTICAS ....................................................................................................... 25 FIGURA 14 - MOINHO COLOIDAL ............................................................................................................................ 26 FIGURA 15 - ARMAZENAMENTO DOS EMULSIFICANTES, ADITIVOS E OUTROS INSUMOS ..................................................... 26 FIGURA 16 - PLACAS PARA ARMAZENAMENTO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS PERIGOSAS DIVERSAS E PERIGOSAS PARA O MEIO AMBIENTE.. 27 FIGURA 17 - PLACAS PARA ARMAZENAMENTO DE SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS ............................................................... .. 27 FIGURA 18 - TANQUES DE ESTOCAGEM DOS PRODUTOS PRODUZIDOS PELA GRECA ASFALTOS............................................ 28 FIGURA 19 - TANQUE DE ARMAZENAMENTO DE EMULSÃO RR-2C........................................................ RR-2C ........................................................ ........................ 28 FIGURA 20 - BOMBA PARA ABASTECIMENTO DOS CAMINHÕES ................................................................ ..................... 29 FIGURA 21 - AMOSTRAS COLETADAS E IDENTIFICADAS ................................................................ ................................ 29 FIGURA 22 - VISCOSÍMETRO SAYBOLT-FUROL ........................................................................................................... 30 FIGURA 23 - DUCTILÔMETRO ................................................................................................................................. 31 FIGURA 24 - MODELO DO CAMINHÃO ..................................................................................................................... 31 FIGURA 25 - AQUECIMENTO DO TANQUE POR MEIO DE GÁS COMBUSTÍVEL .................................................................... 32 FIGURA 26 - VEÍCULO COMBINADO A GRANEL COM DIFERENTES RISCOS NO PRIMEIRO E SEGUNDO TANQUE ......................... 33 FIGURA 27 - RÓTULOS DE RISCO ENCONTRADO NOS CAMINHÕES E TANQUES ..................................................... ............. 33 FIGURA 28 - RÓTULOS DE RISCO ENCONTRADOS NOS CAMINHÕES E TANQUES ................................................................ 34
II
LISTA DE TABELAS TABEL AS TABELA 1 - ESPECIFICAÇÕES DOS CIMENTOS ASFALTICOS DE PETRÓLEOS (CAP) - CLASSIFICAÇÃO POR PENETRAÇÃO ............... 5 TABELA 2 - INDICE DE SUSCEPTIBILIDADE TÉRMICA ....................................................................................................... 6 TABELA 3 - CARACTERÍSTICAS ARACTERÍSTICAS DAS EMULSÕES ASFÁLTICAS PARA PAVIMENTAÇÃO ........................................................... 12 TABELA 4 - CARACTERÍSTICAS DAS EMULSÕES CATIÔNICAS MODIFICADAS POR POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS......................... 16 TABELA 5 - RESULTADO DA DEFORMAÇÃO PERMANENTE A 10.000 E 30.000 CICLOS ...................................................... 24
III
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
2
VISITA IN LOCU .................................................................................................................................. 1
3
LIGANTES ASFÁLTICOS ....................................................................................................................... 4
4
5
6
7
3.1
CLASSIFICAÇÃO ANP ................................................................................................................................ 4
3.2
PROPRIEDADES ........................................................................................................................................ 6
3.3
ENSAIOS DE RECEBIMENTO, APLICAÇÃO E CONTROLE TECNOLÓGICO ..................................................... ............... 7
3.4
APLICAÇÕES ............................................................................................................................................ 8
EMULSÕES ASFÁLTICAS ..................................................................................................................... 8 4.1
CONCEITOS E DEFINIÇÕES ........................................................ ............................................................... .... 8
4.2
PROCESSO DE FABRICAÇÃO ................................................................. ........................................................ 9
4.3
TIPOS................................................................................................................................................... 11
4.4
PRODUÇÃO, TRANSPORTE E ARMAZENAGEM ................................................................................................ 13
4.5
APLICAÇÕES .......................................................................................................................................... 13
4.6
ENSAIOS : RECEBIMENTO, APLICAÇÃO E CONTROLE TECNOLÓGICO ........................................................ ............. 14
4.7
VANTAGENS .......................................................................................................................................... 15
4.8
EMULSÕES COM ASFALTO MODIFICADO POR POLÍMEROS ................................................................................ 15
4.9
IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................................................................................... 16
MISTURAS BETUMINOSAS ............................................................................................................... 16 5.1
CONCRETO BETUMINOSO USINADO À QUENTE .............................................................. ................................ 17
5.2
PRÉ-MISTURADO A FRIO .......................................................................................................................... 17
5.3
LAMA ASFÁLTICA .................................................................................................................................... 18
5.4
MICROREVESTIMENTO A FRIO ................................................................................................................... 19
5.5
ENSAIO MARSHALL ................................................................................................................................. 20
LOGÍSTICA E CUSTOS........................................................................................................................ 21 6.1
ASPECTOS DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA DA EMPRESA ...................................................................................... 21
6.2
LINHA DE PRODUTOS ............................................................... .............................................................. .. 22
6.3
EQUIPAMENTOS E ARMAZENAMENTO .............................................................. ........................................... 25
6.4
LABORATÓRIO E ENSAIOS ......................................................................................................................... 29
6.5
TRANSPORTE DOS PRODUTOS ................................................................................................................... 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 36
1
1 INTRODUÇÃO Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (ABEDA), o mercado de asfalto nacional teve um crescimento de cerca de 20% no ano de 2014 se comparado à produção do ano anterior, onde a produção de asfalto alcançou cerca de 3.293.896 toneladas enquanto que em 2013 a produção fora de 2.725.457 toneladas. Para Pilati (2008) o bem-estar econômico e social da população está diretamente ligado no transporte rodoviário, sendo que a maior parcela das rodovias pavimentadas em território nacional é composta de pavimentos flexíveis com revestimento asfáltico. Essa necessidade de manter em um bom estado de conservação nas rodovias já existentes e de ampliar a malha viária pavimentada no país é o principal fator contribuinte para que o aumento de produção na indústria asfáltica cresça a cada ano. Segundo BERNUCCI et al. (2006), cerca de 95%das estradas pavimentadas em território nacional são de revestimento asfáltico, além das ruas nas áreas urbanas que também são revestidas por esse material. Tendo em vista a necessidade de se conhecer mais o processo de fabricação dos compostos asfálticos empregados no revestimento dos pavimentos flexíveis é que se foi realizada uma visita técnica à uma empresa do ramo.
2 VISITA IN LOCU A fim de se conhecer os processos e características de uma fábrica de ligantes betuminosos a turma da quinta série do curso de engenharia civil da Universidade Federal de Mato grosso, realizou uma visita técnica à empresa GRECA Asfaltos, no dia 26 de julho deste ano de 2016, sob a orientação do professor Dr. Luiz Miguel de Miranda, tivemos ainda a honra de realizar a visita conosco o professor Dr. Paulo Celso do Couto Nince. A partida se deu por volta das 7 horas e 30 minutos do estacionamento da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia onde nos deslocamos por cerca de 14 quilômetros até chegar na sede da empresa que se situa no Distrito Industrial do município de Cuiabá.
2 Ao chegarmos ao local, fomos recepcionados, instruídos e acompanhados durante toda a visita pelo Sr. Carlos Leite, engenheiro e funcionário da empresa. Logo de início nos deparamos com caminhões-tanque que possuíam queimadores instalados a fim de manter a mistura de CAP com uma temperatura ideal para que o mesmo ficasse sempre em um estado fluido com viscosidade padrão. As carretas eram de 9 eixos e eram destinadas ao transporte de matéria prima, com capacidade de transporte de até 25 toneladas de material. Figura 1 - Carretas para o t ransporte d e matéria prima
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Após sermos recebidos nos encaminhamos para o laboratório da empresa, para que pudéssemos averiguar o ambiente de trabalho e nos deparamos com o Sr. Domingos, também funcionário da empresa, realizando testes nos ligantes a fim de garantir um controle de qualidade adequado do material a ser distribuído. Durante nossa estadia no laboratório fomos instruídos a respeito dos ensaios laboratoriais realizados pela empresa além dos demais instrumentos utilizados para a realização dos mesmos. Fomos instruídos então a irmos até a sala de reuniões da empresa pois o Sr. Carlos Leite havia preparado uma apresentação a fim de que pudéssemos ter uma conversa e sermos instruídos a respeito dos produtos que a empresa fabricava, além dos processos de fabricação, métodos de distribuição, características das
3 vendas dos produtos, situação do mercado de pavimentação entre outros vários assuntos. Essa parte demandou o maior tempo da visita. Ao termino das explicações fomos direcionados para uma visita prática à fábrica em si, que se situa ao lado do escritório da empresa, para podermos ver e observar os reservatórios e maquinários utilizados como por exemplo o moinho coloidal usado no preparo das emulsões asfálticas. Além de observar as diversas generalidades do local, tivemos uma breve explicação, agora com o auxílio visual, a respeito do processo industrial de fabricação dos produtos ofertados pela empresa, como é o caso da emulsão asfáltica. Fizemos também uma caminhada pelo pátio da empresa para podermos observar os tanques de armazenamento externos e os caminhões utilizados no transporte de material. Figura 2 - Estação de f abricação de Emulsão Asfálti ca de Petróleo
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Por fim retornamos ao laboratório da empresa onde brevemente realizamos nossa despedida e agradecimento formal ao Sr. Carlos Leite e ao Sr. Domingos para somente então retornarmos para a UFMT.
4
3 LIGANTES ASFÁLTICOS Para BERNUCCI et al. (2006), o asfalto em geral é um dos materiais mais versáteis e úteis que foram manuseados pela humanidade ao longo de sua existência, sendo que o uso na pavimentação além de ser um dos mais antigos é o uso mais predominante de tal material nos dias atuais. Ainda segundo BERNUCCI et al. (2006), as definições, conceituações e nomenclaturas a respeito desse material bruto são: a) betume: definido comumente como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel em bissulfeto de carbono; b) asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda outros materiais, como oxigênio , nitrogênio e enxofre, em pequenas proporções; c) alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém hidrocarbonetos, obtido por meio da queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira etc. O asfalto mais comumente utilizado no revestimento de pavimentos flexíveis provem da destilação do petróleo bruto, também conhecido como petróleo cru. No Brasil se utiliza a denominação CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) para designar esse produto. 3.1 Classi ficação ANP
Devido ao CAP ser um derivado direto do petróleo é evidente que sua distribuição seja controlada por uma agência brasileira ligada ao governo, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ou simplesmente ANP. A ANP não controla somente a distribuição dos derivados do petróleo, mas também possui a função de classifica-los de acordo com suas características e propriedades. Em julho de 2005 foi aprovada pela ANP uma nova especificação de CAP no Brasil, que veio a substituir a anterior que vigorava desde 1992. Essa nova classificação se baseia na penetração e nos resultados de diversos ensaios no
5 material e pode ser vista na Tabela – 1, retirada da Norma DNIT 095/2006 – EM: Cimentos asfálticos de petróleo – Especificação de material. Tabela 1 - Especific ações dos Cimentos Asfalticos de Petról eos (CAP) - Classificação por penetração
(Fonte: DNIT 095/2006 – EM: Cimentos asfálticos de petróleo)
O Índice de susceptibilidade térmica (IST) presente na Tabela 1 pode ser obtido pela seguinte equação ou a partir da Tabela 2: IST=
(500) (log PEN) + (20) (T°C) 1951 120 (50) (log PEN) + (T°C)
Onde: (T°C) = Ponto de amolecimento; PEN = Penetração a 25°C, 100g, 5 seg.
6 Tabela 2 - Indice de susceptib ilidade térmica
(Fonte: DNIT 095/2006 – EM: Cimentos asfálticos de petróleo)
3.2 Propriedades
Segundo BERNUCCI et al. (2006), o asfalto, de uma maneira geral, possui várias propriedades físico-químicas, dentre elas podemos citar como as principais as propriedades de ser um adesivo termoviscoplástico, impermeável à água e pouco reativo, apesar de apresentar degradação e um processo de envelhecimento por oxidação lenta quando exposto por um longo período de tempo à água e ao ar. Essa gama de propriedades diversas é a melhor justificava possível para explicar a razão do asfalto ser o material mais utilizado para a execução do revestimento dos pavimentos das rodovias pelo mundo afora. Todas as propriedades dos ligantes betuminosos estão diretamente relacionados à sua temperatura. Em temperaturas muito baixas as moléculas de asfalto não têm condição de se mover umas em relação às outras e a viscosidade fica muito elevada, então, nessa situação o ligante tem comportamento de quase um sólido, ao passo que ao se aumentar a temperatura mais o ligante assume características e fluidez de um líquido. A termoviscoelasticidade é a mais almejada dentre as diversas características desse material, manifestando-se no comportamento mecânico do
7 mesmo quando exposto à velocidade, ao tempo e à intensidade de um dado carregamento aplicado e à temperatura de serviço. Todos esses fatores ocorrem com uma variação relativamente considerável em um pavimento ao longo de seu tempo de projeto, e é por isso que o asfalto é uma ótima alternativa de material a ser empregado. 3.3 Ensaios de recebimento, aplicação e controle tecnológic o
Por ser um produto derivado do petróleo, a distribuição do CAP no Brasil é realizada pela empresa estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) que detém os direitos referentes à exploração, produção, refino, e refino de petróleo, gás natural e seus derivados. Porém, apesar de se ter uma origem com um certo grau de idoneidade elevado é necessário tomar certas medidas de recebimento e realizar ensaios no material a fim de se atestar sua qualidade para então seguir em frente com a produção de emulsões asfálticas de petróleo (EAP), asfalto diluído de petróleo (ADP) ou aplicação nos pavimentos como concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Segundo a norma DNIT Norma DNIT 095/2006 – EM: Cimentos asfálticos de petróleo, após efetuada a entrega do fornecimento, ou até mesmo parte dele, cabe ao comprador: a) verificar se a quantidade fornecida e a natureza do acondicionamento correspondem ao estipulado; b) rejeitar a parte do fornecimento que se apresentar em mau estado de acondicionamento; c) notificar o fornecedor para providenciar a substituição do material rejeitado; d) retirar amostra de acordo com a Norma Petróleo e Produtos de Petróleo – amostragem manual – NNBR 14883/2002
e) remeter a amostra, devidamente autenticada, a um laboratório aparelhado para os ensaios de recebimento. Segundo BERNUCCI et al. (2006), os ensaios a serem realizados nos CAP são comumente os ensaios de penetração, viscosidade, ponto de amolecimento, dutilidade, solubilidade, durabilidade, ponto de fulgor, de espuma, massa específica e densidade relativa, ponto de ruptura Fraass e por fim suscetibilidade térmica.
8 3.4 Aplicações
As aplicações do CAP remetem desde a antiguidade quando as civilizações antigas se valiam do asfalto natural para conter vazamentos e até mesmo na preparação de múmias (INFOESCOLA, 2011). Apesar disto as aplicações desse material podem variar desde a agricultura até a indústria. Atualmente o uso de asfalto é quase que exclusivo para a execução de revestimentos em pavimentos flexíveis. Embora o uso do CAP seja de forma majoritária em pavimentação, a forma com a qual ele é usado pode variar. O método mais tradicional de uso de asfalto é o concreto betuminoso usinada a quente (CBUQ) porém, o CAP é matéria prima fundamental para a fabricação de asfalto diluído de petróleo (ADP) e emulsão asfáltica de petróleo (EAP), ambos utilizados na pavimentação porem aplicados por meio de processos distintos.
4 EMULSÕES ASFÁLTICAS Para que seja possível se trabalhar com o CAP de forma que o mesmo consiga recobrir eficientemente a superfície dos agregados usados para a realização de um revestimento asfáltico para pavimento flexível, é necessário que o mesmo apresente uma dada viscosidade que permita sua utilização. A viscosidade padrão é geralmente 0,2 Pa.s, que é atingida facilmente por meio de um processo de aquecimento do material. A fim de evitar o aquecimento do CAP faz-se valia de dois processos distintos que conseguem deixar a viscosidade do material adequada ao trabalho. Um dos processos é a adição de um diluente volátil ao asfalto, o que o transforma de um estado semissólido para um estado líquido e permite que o mesmo volte à sua viscosidade padrão assim que o diluente se evapora. O outro processo utilizado no meio da pavimentação para se obter a viscosidade desejada é realizar o emulsionamento do asfalto, processo esse que será visto a seguir. 4.1 Conceitos e definições
Pode-se definir emulsão como uma dispersão coloidal estável de dois ou mais líquidos imiscíveis entre si, ou seja, líquidos que não podem ser misturados de maneira homogênea por meio de uma mistura simples. No caso da emulsão
9 asfáltica, a mistura ocorre entre o CAP propriamente dito e água, pois bem, como o CAP se trata de um produto oleoso, é instintivo saber que ambos não podem ser misturados, então para que tal mistura se mantenha estável é necessário que a fase oleosa da emulsão, no caso o CAP, seja preparada por uma ação mecânica que o transforme em partículas ou glóbulos a fim de receber o agente emulsificante. Segundo a Norma DNIT 165/2013 – EM: Emulsões asfálticas para pavimentação, define-se por emulsão asfáltica um sistema que é constituído de uma fase asfáltica em uma fase aquosa, ou então de uma fase aquosa dispersa em uma fase asfáltica. De acordo com BERNUCCI et al. (2006), o emulsificante, ou agente emulsificante, utilizado é uma substância adicionada à mistura cujo objetivo é reduzir a tensão superficial do asfalto de forma que os glóbulos do material possam se manter afastados entre si, isso permite que a mistura mantenha um caráter de dispersão estável por um período de tempo deveras elevado que pode variar de semanas até meses, dependendo da formulação da mistura. De forma geral as proporções mais tipicamente utilizadas entre “óleo” e água variam em torno de 60
a 40%, respectivamente. As emulsões podem apresentar carga de partículas negativa ou positiva, sendo conhecidas como aniônicas ou catiônicas, respectivamente. A carga de uma emulsão varia de acordo com o tipo de agente emulsificante utilizado no preparo da mistura. 4.2 Processo de fabricação
Para que a fabricação de emulsão asfáltica seja possível é necessário que o CAP, matéria prima fundamental para a produção de EAP, seja aquecido a temperatura tal que o mesmo fique em estado líquido. Após isso o CAP é injetado em moinho coloidal, maquina fisicamente semelhante a uma bomba de recalque. Esse moinho tem como finalidade promover a “quebra” do asfalto aquecido em
glóbulos minúsculos, com um tamanho especificado na ordem de alguns micrometros. Esses glóbulos podem ter um tamanho que varia normalmente entre 1 a 20 micrometros de acordo com o tipo de moinho utilizado. A emulsão asfáltica de petróleo é então despejada em um reservatório repleto de água previamente misturada com o agente emulsificante e outros
10 aditivos que o fabricante julgue por necessário para que se obtenha efeitos diferenciados. Figura 3 - Esquema representativo de uma emulsão catiôn ica
(Fonte: BERNUCCI et al, 2006)
Após um processo de mistura entre a fase aquosa e a fase oleosa, também chamadas de fase dispersante e fase dispersa, respectivamente, já se tem o produto final, a emulsão asfáltica de petróleo, ou mais comumente referenciada por sua sigla EAP. De uma forma geral, podemos dizer que o agente emulsificante possui afinidades diferentes em relação à fase aquosa e oleosa da mistura. É justamente essa diferença de afinidade que permite que o CAP fique suspenso na água por um longo período de tempo sem que o mesmo sofra um processo de decantação ou retorne a sua forma semissólida se armazenado de maneira correta.
11 Figura 4 - Esquema de um mo inho c oloidal para prod ução de EAP
(Fonte: BERNUCCI et al, 2006)
4.3 Tipos
As emulsões podem ser classificadas tanto pela sua carga quanto pelo tempo de ruptura de suas partículas. Define-se por ruptura a o momento em que a fase dispersante, no caso a água que é mais comumente usada, se evapora da mistura e promove a ruptura do agente emulsificante que envolve os glóbulos da fase dispersa. A norma DNIT 165/2013 – EM: Emulsões asfálticas para pavimentação, classifica as emulsões com os seguintes códigos: a) RR, RM, RC e RL: ruptura rápida, ruptura média, ruptura controlada, e ruptura lenta, respectivamente; b) EAI: emulsões asfálticas para o serviço de imprimação; c) LA e LAN: emulsões asfálticas de ruptura lenta catiônica e de carga neutra, respectivamente, para o serviço de lama asfáltica; d) LARC: emulsão asfáltica catiônica de ruptura controlada para o serviço de lama asfáltica. A tabela a seguir expõe as características das emulsões asfálticas.
12
Tabela 3 - Características das Emulsões Asfálti cas para Pavimentação
(Fonte: DNIT 165/2013 – EM: Emulsões asfálticas para pavimentação)
13
4.4 Produção, transpo rte e armazenagem
A produção, o transporte e armazenagem de uma emulsão asfáltica são de responsabilidade de seu fabricante e devem ser realizadas de tal modo que seja assegurada a permanência da emulsão em seu estado líquido. Tanto a armazenagem em fase de pré e pós-produção é feita geralmente por meio de toneis e tanques que suportem o volume de emulsão produzida. Já o transporte é realizado com caminhões ou tanque até o seu local de aplicação 4.5 Aplicações
De acordo com a ABEDA (2001), as emulsões asfálticas possuem diversas aplicações, porem todas elas voltadas ao ramo de pavimentações. Essas aplicações podem ser, operações de tapa buracos, selante de fissuras, capa selante, banho diluídos, reciclagem a frio, micro revestimento asfáltico, tratamento antipó, tratamentos superficiais por penetração, macadame betuminoso, lama
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4.4 Produção, transpo rte e armazenagem
A produção, o transporte e armazenagem de uma emulsão asfáltica são de responsabilidade de seu fabricante e devem ser realizadas de tal modo que seja assegurada a permanência da emulsão em seu estado líquido. Tanto a armazenagem em fase de pré e pós-produção é feita geralmente por meio de toneis e tanques que suportem o volume de emulsão produzida. Já o transporte é realizado com caminhões ou tanque até o seu local de aplicação 4.5 Aplicações
De acordo com a ABEDA (2001), as emulsões asfálticas possuem diversas aplicações, porem todas elas voltadas ao ramo de pavimentações. Essas aplicações podem ser, operações de tapa buracos, selante de fissuras, capa selante, banho diluídos, reciclagem a frio, micro revestimento asfáltico, tratamento antipó, tratamentos superficiais por penetração, macadame betuminoso, lama asfáltica, estabilização de solos, pré-misturados a frio, pintura de ligação, areiaasfalto.
14 Figura 5 - Aplicação de Tratamento Superficial co m EAP
(Fonte: Vídeo – Tratamento Superficial Macropavi, , 2016)
4.6 Ensaios: recebimento, aplicação e cont role tecnol ógico
Como todo material a ser utilizado em obras de grande porte, as emulsões também devem sofrer um processo de garantia de qualidade por meio de diversos ensaios. Segundo BERNUCCI et al. (2006), os ensaios básicos mais comumente realizados em misturas de emulsões asfálticas de petróleo são as seguintes: a) Ensaio de carga de partícula: é realizado com o auxílio de um equipamento de medida de pH e consiste em verificar as cargas das partículas por meio da introdução de eletrodos na mistura; b) Ruptura da emulsão: tem por objetivo definir o tempo da ruptura de uma emulsão, o procedimento é descrito na norma NBR 6297/2003; c) Ensaio de sedimentação: consiste em deixar em repouso total 500ml de emulsão em uma proveta por 5 dias retirando após esse período uma determinada amostra para a execução de medições da quantidade de resíduo presente; d) Ensaio de peneiração: consiste em determinar a porcentagem em peso de partículas de asfalto retidas na peneira de malha n°20 (0,84mm); e) Ensaio de desemulsibilidade: é utilizado para determinar se uma quantidade conhecida de emulsão é parcial ou totalmente rompida pela
15 adição de um reagente adequado, sendo o resultado expresso em porcentagem do teor do asfalto residual da emulsão; f) Ensaio de resíduo por evaporação: tem por objetivo determinar a quantidade de resíduo seco contido em uma emulsão asfáltica após aquecimento até a total evaporação da água, determinada por peso constante. g) Determinação do resíduo por destilação: coloca-se a amostra em um destilador metálico especificado e aquecendo-a por bico de Bunsen sob condições estabelecidas até 260°C, determina-se ao final o resíduo da destilação; h) Viscosidade: determina-se por meio desse ensaio a trabalhabilidade da emulsão sendo influenciada pela quantidade de asfalto presente, pelo emulsificante utilizada e pelo tamanho dos glóbulos. i) Determinação do pH da emulsão asfáltica: consiste em utilizar um aparelho de medição próprio para determinar se a emulsão é básica ou acida, o que está associado ao emulsificante empregado. 4.7 Vantagens
A principal vantagem do uso das emulsões asfálticas de petróleo é dada pela facilidade de se trabalhar com o material, pois o mesmo não demanda da necessidade de ser aquecido a fim de ser aplicado, ou seja, pode ser em temperatura ambiente. Outra grande vantagem associada ao uso desse produto é o baixo grau de agressividade ambiental, pois como o mesmo não necessita ser aquecido a liberação de resíduos de queima de combustíveis fósseis na atmosfera durante o processo de fabricação e aplicação é muito baixa. Além de não liberar produtos voláteis na atmosfera como o asfalto diluído de petróleo (ADP). 4.8 Emulsões com asfalto modifi cado por polímeros
Segundo BERNUCCI et al. (2006), atualmente são disponibilizados no mercado brasileiro emulsões asfálticas que se valem da adição de polímeros, sendo que as emulsões de cimento asfálticos modificados por SBR e SBS também são classificados com base em suas velocidades de cura.
16 Na tabela a seguir, retirada da Norma DNIT 128/2010 – EM: Emulsões asfálticas catiônicas modificadas por polímeros elastoméricos, são mostradas as especificações brasileiras para essas emulsões. Tabela 4 - Características das emuls ões catiônic as modifi cadas por po límeros elastoméricos
(Fonte: DNIT 128/2010 – EM: Emulsões asfálticas catiônicas modificadas por polímeros elastoméricos)
4.9 Impactos ambientais
Quanto aos impactos ambientais causados pelas emulsões, não foram encontrados dados que liguem diretamente as emulsões a danos ambientais seríssimos. Porem seria imprudente afirmar que as mesmas não afetam a natureza sobre nenhum aspecto. Os danos ambientais relacionados às emulsões asfálticas são basicamente os decorrentes do processo de extração e destilação do CAP, processo esse que libera na atmosfera muitos gazes poluentes e danosos à saúde dos organismos biológicos presentes na natureza.
5 MISTURAS BETUMINOSAS As misturas betuminosas são uma mistura de um ligante betuminoso de hidrocarbonetos, agregados, podendo ou não haver, material de enchimento (fíler) e aditivos, sendo empregadas na execução do revestimento de pavimentos flexíveis, podendo ser aplicadas a quente ou a frio dependendo do ligante utilizado.
17 5.1 Concreto betuminoso usin ado à quente
Segundo BERNUCCI et al. (2006), o concreto betuminoso usinado à quente (CBUQ), também conhecido como concreto asfáltico (CA), é uma mistura betuminosa produzida em uma usina estacionária, transportada para a pista por meio de um caminhão basculante e lançada na pista com o auxílio de uma vibroacabadora. Em seguida é compactada com rolos pneumáticos e lisos, respectivamente, de forma que resulte num arranjo estrutural estável e resistente. É uma mistura composta por agregado graduado, material de enchimento (fíler) se necessário e ligante betuminoso, convencionalmente o cimento asfáltico de petróleo (CAP), sendo executada a quente para que a mistura apresente uma viscosidade que não prejudique a sua trabalhabilidade (DNIT 031/2004-ES). A curva granulométrica dos agregados é contínua e bem-graduada, permitindo que os vazios sejam preenchidos pelos agregados de menores dimensões, proporcionando um baixo índice de vazios. As faixas granulométricas recomendadas são estabelecidas pelo DNIT 031/2004-ES. Figura 6 - Processo de execução de revestimento de CBUQ com vibro acabadora
(Fonte: SCHUMAR CONSTRUÇÕES E TERRAPLANAGEM)
5.2 Pré-misturado a fri o
O pré-misturado a frio, de acordo com ABEDA (2001) e DNER-ES 317/97, é uma mistura betuminosa é uma composição de agregados miúdos e graúdos, material de enchimento (fíler) e um ligante, convencionalmente a emulsão asfáltica catiônica ou modificada com polímeros.
18 Devido ao ligante permitir que se atinja uma viscosidade de trabalho em temperatura ambiente o processo de fabricação, transporte e execução não demanda o aquecimento dos agregados e do próprio ligante, permitindo-se utilizar equipamentos de fabricação, como uma betoneira, e execução, como a motoniveladora, mais simples em relação ao CBUQ. Outras vantagens são a liberação da via imediatamente após o término da execução, a possibilidade de estocagem e a boa aderência entre a roda dos veículos e o revestimento. Esta mistura betuminosa é utilizada em bases e revestimentos asfálticos, tendo a sua maior aplicabilidade na execução da camada intermediária de pavimentos, conhecida como binder, e em serviços de manutenção de tapa buracos (ABEDA, 2001). Figura 7 - Processo de espalhamento d o PMF com moton iveladora
(Fonte: MIXFLEX)
5.3 Lama asfáltica
A lama asfáltica é uma associação de agregados, material de enchimento (fíler), emulsão asfáltica e água que apresenta uma consistência fluida executada em temperatura ambiente (BERNUCCI et al., 2006). Atualmente, é produzida em usinas móveis que promovem a mistura dos agregados e ligante, convencionalmente uma emulsão, imediatamente antes da sua aplicação no pavimento, sendo empregado com o objetivo de selar, impermeabilizar ou rejuvenescer revestimentos betuminosos (DNER 314/97) que apresentam desgaste superficial ou baixo grau de trincamento, no entanto, não corrige irregularidades acentuadas nem aumenta a capacidade estrutural.
19 Figura 8 - Execução da lama asfáltica com usina mó vel
(Fonte: PREFEITURA DE BRASILANDIA, 2014)
5.4 Micror evesti mento a fri o
Da mesma forma que a lama asfáltica, o microrevestimento a frio é usualmente produzida em usina móvel, sendo empregado com o objetivo de selar, impermeabilizar ou rejuvenescer revestimentos betuminosos, sendo executada em temperatura ambiente (DNIT 035/2005-ES). É composta, segundo a NBR 14948/2003, por agregado, água, aditivos e emulsão asfáltica modificada com polímeros, tais como SBS ou SBR, que garantem um aumento da vida útil do pavimento. A emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero permite que a mistura dos agregados com o comportamento de emulsões de ruptura lenta e em seguida sua ruptura se torna rápida para garantir a liberação do tráfego em menos tempo que a lama asfáltica, em torno de 2 horas (BERNUCCI et al., 2006). Figura 9 - Execução de micr o revestimento a frio c om usin a móvel
20 (Fonte: FIRCON Construção Civil Ltda.)
5.5 Ensaio Marshall
O ensaio Marshall é um ensaio normatizado pela DNER-ME 043/95 cujo objetivo é normatização dos ensaios para determinação da estabilidade e da fluência de misturas betuminosas de cimento asfáltico a quente para uso em pavimentação, com diâmetro máximo do agregado de 1”, por meio da aparelhagem
Marshall. Segundo essa norma, a estabilidade Marshall pode ser definida como a máxima resistência à compressão radial de um corpo-de-prova expressa em Newton (N). Já a fluência Marshall é a deformação total apresentada pelo corpode-prova desde o início da aplicação da carga inicial nula até a aplicação da carga máxima, sendo expressa em décimos de milímetros ou centésimos de polegadas. Para a preparação das amostras estabelece as porcentagens, em massa, dos agregados e do ligante necessários para produção de somente um corpo de prova. Separa-se os agregados em faixas granulométricas em recipientes, seca-se em estufa, e aquece-os até atingirem uma temperatura 10°C a 15°C acima da temperatura do ligante, não devendo ultrapassar a temperatura de 177°C. Mistura-se os agregados de cada recipiente, abre-se uma cratera para receber o ligante aquecido de acordo com a norma. Então, mistura-se por 2 a 3 minutos até que o ligante cubra todos os agregados. Para preparação do corpo-de-prova, aquece-se o molde de compactação e a base do soquete, coloca-se uma folha de papel-filtro no molde, e adiciona-se a mistura de uma só vez. Em seguida, acomoda-se a mistura com 15 golpes de espátula no interior e ao redor do molde e 10 golpes no centro de massa, e alisase a mistura com uma colher também aquecida. Depois, aplica-se 75 golpes de cada lado do corpo-de-prova com soquete de 4,5 kg a uma altura livre de 45,7 cm. Os corpos-de-prova são imersos em banho-maria por um período de 30 a 40 minutos ou em estufa por um período de 2 horas, então, coloca-se no molde de compressão que devem estar a uma temperatura entre 21°C a 38°C, em seguida, posiciona-se o molde de compressão na prensa e o medidor de fluência. A prensa é operada de forma que o ensaio apresente uma velocidade de 5 cm por minuto até a ruptura do corpo-de-prova. A carga necessária para produzir o
21 rompimento é a “estabilidade lida”, sendo corrigida para a espessura do corpo -de-
prova ensaiado. Já o valor da fluência é obtido pelo medidor de fluência. Repetese o processo para 3 corpos-de-prova de cada traço. Figura 10 - Aparelho Marshall
(Fonte: MOTA-ENGIL ENGENHARIA)
6 LOGÍSTICA E CUSTOS 6.1 Aspectos da produção e logística da empresa
A Greca Asfaltos é uma empresa privada que transporta, produz e comercializa produtos destinados à pavimentação asfáltica. Apresenta 14 unidades espalhados em 10 estados brasileiros, sendo 7 fábricas, 4 bases de distribuição e 3 bases operacionais, atuando em todo território nacional (GRECA ASFALTOS). A sede em Cuiabá é responsável pela fabricação e distribuição dos produtos, localizada em um ponto estratégico para atender o mercado de Mato Grosso e estados localizados na região norte do país, principalmente os estados do Acre e Pará.
22 Figur a 11 - Greca Asfalt os (Cuiabá - MT)
(Fonte: GRECA ASFALTOS)
Em relação à produção e comercialização pela empresa de Cuiabá, os meses com as maiores demandas são agosto, setembro e outubro, podendo chegar a um pico de até 10.000 toneladas/mês. A previsão de demanda para o mês de julho deste ano era de 5.000 toneladas. As matérias primas, como o cimento asfáltico de petróleo (CAP) e outros insumos são originados da sede de Betim-MG, sendo transportados para Cuiabá via rodoviária por caminhões da própria empresa. Vale salientar que a Greca Asfaltos fabrica produtos próprios e convencionais, mas também apenas transportas outros tipos ligantes, como no caso do ADP (asfalto diluído de petróleo), em que a empresa faz o transporte desse ligante, os caminhões chegam lacrados da usina de fabricação, é inspecionado e recebe outro lacre da empresa, sendo assim, encaminhado para o consumidor. 6.2 Linha de produtos
A Greca Asfaltos apresenta uma grande variedade de produtos, como, asfalto, emulsões, aditivos, óleo de xisto, etc. Em relação aos asfaltos, a Greca distribui toda linha de cimento asfáltico de petróleo (CAP) disponível no mercado e, também, desenvolve e comercializa asfaltos modificados, como a ECOFLEX (ANP tipo AB-8), que incorpora pó de borracha de pneu ao CAP, o que garante flexibilidade e durabilidade ao revestimento. Este produto foi desenvolvido junto à UFRS, sendo responsável pelo reaproveitamento de mais de 8 milhões de pneus até hoje (GRECA ASFALTOS).
23 Também, a Greca Asfaltos fabrica outros asfaltos modificados, como a FLEXPAVE, um asfalto modificado por polímeros elastoméricos que apresentam melhores resistência, durabilidade e flexibilidade, propagam menos trincas e, assim, reduzindo o custo de manutenção da via. A empresa enviou agregados e ligantes asfálticos para o Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da USP em São Paulo para realizar um estudo comparativo de desempenho de misturas asfálticas para concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) com relação à deformação permanente em trilha de roda a 60°C. Foram feitos ensaios com o CAP 30/45, CAP 50/70l, CAP 50/70 modificado com polímero RET tipo Elvaloy (1,2%), FLEXPAVE 55/75 (ANP tipo 55/75-E), FLEXPAVE 60/85 (ANP tipo 60/85-E), FLEXPAVE 65/90 (ANP tipo 65/90-E) e ECOFLEX B (ANP tipo AB-8), utilizando a mesma composição granulométrica e misturas asfálticas dosadas no teor ótimos correspondes para cada um dos ligantes. Após 30.000 ciclos, as misturas asfálticas que apresentaram os melhores desempenhos foram o FLEXPAVE 65/90, ECOFLEX B e FLEXPAVE 60/85, respectivamente. Figura 12 - Result ado da defor mação permanente após 30.000 ciclos
24 (Fonte: GRECA ASFALTOS)
Tabela 5 - Resul tado d a defor mação perm anente a 10.000 e 30.000 cic los
(Fonte: GRECA ASFALTOS)
A adição de polímeros elastoméricos, no caso do FLEXPAVE, e resíduos de pneus inservíveis, no caso do ECOFLEX B, proporcionou uma recuperação elástica significante, o que pode aumentar a vida útil do pavimento. Outros ligantes asfálticos produzidos são o HardCap, mais denso e resistente às cargas solicitantes, e o CAPSPUMA, que utiliza como matéria prima a base de pavimentos antigos. Em relação aos asfaltos diluídos de petróleo (ADP), a Greca Asfaltos comercializa CR-250, em que o solvente é a gasolina ou nafta, e CM-30, em que o solvente é a querosene, porém, devido ao impacto ambiental causado pela evaporação dos solventes para a atmosfera, têm-se criado leis para o veto da sua utilização, como aconteceu no Rio Grande do Sul, onde a sede de Esteio-RS não comercializa este produto. As emulsões asfálticas, comumente utilizada em misturas betuminosas, são produzidas pela Greca Asfaltos de Cuiabá, sendo as principais variedades o CMImprimação, apresenta a fabricação e desempenho similar ao CM-30 sendo utilizada para aumentar a aderência, impermeabilização e coesão entre a base e o revestimento, as emulsões modificadas por polímeros elastoméricos, que apresentam propriedades de recuperação elástica e ponto de amolecimento superiores às emulsões convencionais, sendo utilizadas para tratamento superficial, micro revestimento a frio, pintura de ligação, macadame betuminoso, entre outras aplicações.
25 Já as emulsões convencionais produzidas são a RR-1C e RR-2C para tratamentos superficiais, pintura de ligação e sela trincas, RM-1C e RM-2C para pré-misturados a frio, areia asfalto e recuperação rodoviária, e RL-1C para lama asfáltica, pré-misturados a frio, pintura de ligação, etc. Também, fabricam a lama ruptura controlada (LARC), uma emulsão para lama asfáltica de alto desempenho que promovem a ruptura e cura acelerados, permitindo a liberação do tráfego em até 3 horas, sendo que as emulsões convencionais podem demorar mais de 5 horas. Os produtos mais vendidos são o CAP 30/45 e o CAP 50/70, utilizados principalmente para produção do concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) para revestimento de pavimentos urbanos e de rodovias. Isso se deve a cultura das empresas e órgãos governamentais brasileiros em recorrer a esta técnica para execução de pavimento mesmo em pistas com baixos níveis de tráfego. 6.3 Equipamentos e armazenamento
Em relação aos equipamentos, a fábrica de produção de emulsões da Greca Asfaltos é composta pelos tanques que armazenam o cimento asfáltico de petróleo (CAP), que forma a fase hidrocarbonada, os emulsificantes e por último o tanque com a fase aquosa, onde se tem a solução de água e emulsificantes. Figura 13 - Fábrica d e emulsões asfáltic as
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
A fase aquosa e hidrcarbonada são misturadas no moinho coloidal, um motor que pela força centrípeta dispersa o asfalto aquecido em micropartículas sendo
26 envolvidas pelo agente emulsificante e, assim, inibindo que as partículas do asfalto se unam, tornando uma emulsão estável. Figura 14 - Moinho colo idal
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Os insumos, como os emulsificantes, aditivos e polímeros são armazenados no mesmo galpão da fábrica de emulsões, apresentando uma área própria e devidamente sinalizada advertindo os funcionários e visitantes sobre o perigo dos produtos. Figura 15 - Armazenamento do s emulsificantes, aditivos e outro s insumo s
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Foi possível identificar placas, como substâncias perigosas diversas classe 9, substâncias perigosas para o meio ambiente e substâncias corrosivas. A identificação
para
o
transporte
terrestre,
manuseio,
movimentação
e
armazenamentos de produtos são normatizados pela NBR 7500 (ABNT, 2003) e por sua emenda NBR 7500 (ABNT, 2004).
27 Figura 16 - Placas para armazenamento de subst âncias perigo sas diversas e p erigosas para o meio ambiente
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016) Figura 17 - Placas para armazenamento de subst âncias corr osiv as
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
A estocagem dos produtos produzidos pela empresa é feita por meio de tanques localizados ao lado externo do galpão principal, apresentando tubulações distintas para cada tanque. Cada tanque apresenta a identificação do produto armazenado e uma régua que apresenta o nível do produto dentro do tanque. Também há bombas que fazem o carregamento dos caminhões para cada conjunto de tanques.
28 Figura 18 - Tanques de estocagem dos prod utos p roduzidos pela Greca Asfaltos
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016) Figur a 19 - Tanque de armazenamento d e emuls ão RR-2C
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
29 Figura 20 - Bomba para abastecimento dos caminhões
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
6.4 Laboratór io e ensaios
Todos os produtos fabricados e armazenados, e os que são carregados nos caminhões passam por um processo de controle de qualidade. São coletados amostras em um frasco, etiquetados com o nome do produto, data e número do caminhão para, em seguida, ser ensaiados em laboratório da própria empresa. Figura 21 - Amostr as coletadas e identificadas
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Um dos principais ensaios desenvolvidos pelo técnico, o senhor Domingos, é do de viscosidade pelo método Saybolt-Furol, em que se determina o tempo de escoamento de uma amostra através de um orifício do aparelho. É utilizado para
30 determinação da viscosidade do CAP, emulsões, emulsões modificadas entre outros materiais betuminosos (DNER-ME 004/94). Figura 22 - Viscos ímetro Saybolt-Furol
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Outro ensaio é o de recuperação elástica por meio do ductilômetro, em que se mede a capacidade de retorno do material asfáltico após a interrupção da tração mecânica especificada. O ensaio é feito imergindo o corpo-de-prova em água no ductilômetro e aplicando uma força de tração com velocidade constante de 5 centímetros por minuto até o corpo alongar 20 centímetros, então, deixa-se a amostra descansar em torno de 60 minutos. A recuperação elástica é o valor em porcentagem de três ensaios (DNIT 130/2010-ME).
31 Figura 23 - Ductilômetro
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
A Greca Asfaltos realiza ensaios de granulometria, ensaio Marshall, entre outros, para determinar a dosagem dos materiais betuminosos produzidos pelo método Marshall, para isso, a empresa pede amostras dos agregados que serão utilizados na a execução do projeto. Também, é realizado o ensaio de peneiramento dos materiais betuminosos para verificar a presença de glóbulos que poderão obstruir ou não a régua do espargidor. 6.5 Transporte dos produtos
A empresa apresenta ao todo 150 cavalos mecânicos e mais de 230 carretas próprias, além das terceirizadas, com capacidade de 25 a 50 toneladas cada, possibilitando transportar até 70.000 toneladas/mês (GRECA ASFALTOS). Figura 24 - Modelo do caminhão
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
32 Para o transporte são empregados algumas medidas para que as propriedades do produto apresentem as características e valores de viscosidade e temperatura ideais para cada produto. Os tanques apresentam um sistema de queima para o elevar ou manter a temperatura para que a viscosidade não apresente quedas maiores que o previsto para a viagem, também, os tanques precisam estar completamente cheios para que o produto em seu interior não se agite e perca as suas propriedades. Os tanques são aquecidos por meio da queima do diesel, do próprio CAP, ou óleo combustível de xisto OTE, porém, é mais utilizado a queima de gás combustível por apresentar um melhor custo-benefício e por causar um menor impacto ambiental em relação a queima do diesel, mais convencional. Figura 25 - Aquecimento do t anque por meio de gás combu stível
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
Em relação a identificação para o transporte terrestre de produtos, os veículos apresentavam as devidas placas de acordo com a NBR 7500 (ABNT, 2003) e com sua emenda NBR 7500 (ABNT, 2004), conforme a Figura 20. A presença de rótulos de riscos do produto, fundo branco, sendo transportado e o painel de segurança, com fundo amarelo, que identifica o risco e o produto segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), é fundamento para advertir o perigo e os cuidados a serem tomados durante o transporte do produto ou orientação para o combate de acidentes caso ocorra algum problema.
33 Figura 26 - Veículo co mbin ado a granel com d iferentes riscos no primeiro e segundo tanque
(Fonte: NBR 7500/2004)
Durante a visita técnica foram identificadas dois conjuntos de placas de sinalização. A primeira é composta por dois rótulos de risco, que sinaliza que o produto transportado se trata de substâncias perigosas diversas Classe 9 e substâncias danosas para o meio ambiente. Já o painel de segurança, indica o número de risco 90 e o número da ONU 3082. Com essas informações é possível saber muitas informações, que se trata de um líquido viscoso de cor escura e odor característico de hidrocarboneto, danoso ao meio ambiente, combustível (ponto de fulgor igual a 66°C), irrita a pele, os olhos e as vias respir atórias, contamina os cursos d’água tornando-os impróprios para consumo, sendo necessários EPI em caso de emergência, como avental e luva de PVC, capacete, bora de borracha, óculos com proteção lateral, máscara respiratória com filtro químico para vapores orgânicos, entre outras informações. Figura 27 - Rótulo s de risco encontrado no s caminhõ es e tanques
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
34 O segundo conjunto de placas encontradas nos caminhões e tanques apresentam dois rótulos de riscos, a primeira sinaliza substâncias em altas temperaturas e segunda substâncias perigosas diversas Classe 9. Já o painel de segurança apresenta o número de risco 99 e o número da ONU 3257, indicando que se trata de um semissólido de cor marrom escura em temperatura elevada, combustível (ponto de fulgor maior que 200°C), prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Os EPI necessário para o controle de um possível acidente são avental e luva de PVC, capacete, bota de borracha, óculos, máscara com filtro químico para vapores orgânicos. Figura 28 - Rótulo s de risco encont rados nos camin hões e tanques
(Fonte: Acervo Pessoal, 2016)
35
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este relatório de visita técnica abordou o processo de produção, armazenamento, transporte, logística e controle de qualidade de ligantes asfálticos comercializados pela empresa Greca Asfaltos localizado em Cuiabá-MT, aspectos importantes para a engenharia civil, principalmente para a área de pavimentação. Em relação a produção de emulsões asfálticas, percebeu-se a importância da logística dos insumos e dos produtos armazenados, da frota de caminhões e da gama de variedades de produtos para atender a demanda do mercado. Também, observou-se o imprescindível rigoroso controle de qualidade através de ensaios laboratoriais para que o produto chegue ao destino com as especificações desejadas e dos ensaios para comparar o desempenho dos ligantes produzidos pela empresa. Em suma, a visita técnica corroborou com o conhecimento sobre ligantes asfálticos e logística de uma empresa do ramo de pavimentação, demonstrando-se uma atividade que se deve prezar pela logística, segurança, controle de qualidade e responsabilidade.
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