FACULDADE PITÁGORAS/ FAMA SÃO LUÍS-MA
RELATÓRIO DOSAGEM DE TRIGLICERÍDIOS E AS DISLIPIDEMIAS
São Luis-MA 2014
NILTON BOAES BARBOSA
RELATÓRIO DOSAGEM DE TRIGLICERÍDIOS E AS DISLIPIDEMIAS O presente relatório tem como objetivo obtenção da nota da 2ª prova parcial da disciplina de fisiopatologia e farmacoterapia IV lecionada pela Prof.ª Samira Abdalla da faculdade Pitágoras.
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SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
2
COLESTEROL ............................................................................................................ 5
3
CL ASS IFIC IF ICAÇÃ AÇÃO O DA S DIL ISPI IS PIDE DEMI MI A ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ... 6
3.1
hipercolesterolemia hipercolesterolemia isolada ..................................................................................... 6
3.2
hipertrigliceridemia hipertrigliceridemia isolada ...................................................................................... 7
3.3
hiperlipidemia hiperlipidemia mista: ................................................................................................ 7
3.4
Aterosclerose Aterosclerose........................................................................................................... 7
4 4.1
ANALISE LABORATORIAL LABORATORIAL........................................................................................... 8 Material ................................................................................................................... 8
5
RESULTADOS ............................................................................................................... 9
6
DISCUSSÕES ................................................................................................................ 9
7
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 10
Referências ........................................................................................................................ 11
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1 INTRODUÇÃO
Os lipídios são substâncias orgânicas insolúveis em água, porém solúvei s em solve nte s apol ares .
Estão pr esent es em todo s os tecidos e
apresentam grande importância em vários aspectos da vida. Atuam como hormônios ou precursores hormonais, combustível metabólico, componentes estrutura is e funcion ais das biomem bran as, isol ante que permite a condu ção nervos a e prev ine a perda de calor . Os lipídi os prin cipa is n o plasm a human o são o coleste rol, ésteres de coles tero l, triglicerídeos , fo sfolipídios e os ácidos graxo s não ester ifica dos (NEF A). Na tabela 10.1 são classi f icados os lipídios clinicamente importantes . A s lipoproteínas são partículas que transportam lipídios apolares (insolúveis em água) em seu núcleo. Estes complexos são constituídos por quant idades
variáveis
de
colestero l
e
seus
éster es,
trigl icer ídeos ,
fosfolipídios e apoproteínas, sendo solúveis no plasma devido à natureza hidr ófi la da part e prot éica .
Com base na densi dade , as lipoproteí nas
plasmáticas são separadas em: quilomicrons, lipoproteínas de densidade mui to baix a (VLDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipopro teín as de alta densidade (HDL). Nas ú l timas décadas acumularam-se evidências relacionando os lipídios e lipoprote ínas p lasmáticas com a ater oscl ero se. No estudo das desordens lipoprotéicas são empregados os seguintes test es de roti na:
Colesterol total.
Triglicerídeos.
Colesterol-HDL.
Colesterol-LDL (por cálculo).
Relação: colesterol total/colesterol-HDL. total/colesterol -HDL.
Relação: colesterol-LDL/colesterol colesterol-LDL/co lesterol HDL.
Aparência do soro após refrigeração de 18 H a 4ºC.
Lipoproteína (a) [Lp (a)]. São Luis-MA 2014
Apoproteína B (Apo B).
2 COLESTEROL O coles tero l é o esterol mais abunda nte nos tecidos humanos. Compõe as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e membranas celular sendo, também, substância precursora na síntese dos hormônios esteroides e ácidos biliares. O colesterol é derivado do ciclopentano peridro fenantreno com ligaçã o dupla entre C -5 e C -6, hidroxila no carb ono 3 (co les tero l liv re) e cad eia alif átic a de 8 carb ono s no C -17. A i n ge s t ã o d e c o l e st e r o l é, a p ro xi m a d a m e n t e , 4 0 0 a 7 00 m g/ d , enqua nto a abso rção situ a-se a-se ao redo r de 300 mg/d . Soment e 25% do colester ol plasmá tico é provenie nte da dieta, o restant e é sintetizad o (1 g/d), fundamentalmente, pelo fígado, a partir do acetil-CoA. Parte
do co leste rol hepático é transformada
em ácidos biliares
exc retado retado s pel a bil e. Por out ro lado, os sai s de ácido s bilia res formam complexos com o co lestero l promove promove ndo mai or excre ção dest e comp osto . O colest colest erol plasmá tico ocorre tanto na forma livre (30%
do
total )
como
esterificado (70% do total). Na forma esterificada, dife rentes ácidos graxos (proven iente s da leci tina) estão unidos ao C -3. O colesterol plasmático é afetado tanto por fatores intraindividuais como interindividuais. As medidas da colesterolemia são influenciadas por:
Dieta. A qu a nt i da d e e a c om po si çã o d a go r d u r a d a d ie t a a f e t a o s
níveis de colesterol plasmá tico. Em particular, aquelas gorduras contendo principalm ente ácidos graxos polii nsat urado s (ex: óleos vegetais e peixes) peixes) tendem
a reduzir reduzir o
coleste rol circulante , enquant o
aque las gorduras
formadas em sua maior parte por gorduras saturadas (ex.: gorduras animais e manteiga) manteiga) tende m a aumentar a coleste role mia . Dietas rica s em fibras reduzem levemen te a conc entr ação do colestero l. O consumo de uma a três unidades de álcool por dia causa significante elevação nos teores do col est ero l-HDL. l-HDL. Refeições recentes, como também a ingestão de colest erol São Luis-MA 2014
na dieta , tem pequeno efeito sobr e os níve is de cole ste rol plas mát ico em curto prazo.
Exercícios físicos. Qua ndo execu tad os de forma forma regular tendem a
aumentar o colesterol- HDL com pequenas reduções também do coleste coleste rol total plasmáti co.
Idade.
O
colesterol
plasmático
eleva
com
a
idade
o
que,
prov ave lme nte , este ja relac ion ada com com a diet dieta. a.
Sexo. Em mulheres antes da menopausa o colesterol plasmático está
diminuído e o colesterol-HDL está elevado. Estas diferenças desaparecem após este períod o.
Raça.
Existem
diferenças
marcantes
entre
diferentes
raças.
Por
exemplo, os europ eus do norte ap resentam colestero l plas mático eleva elevado, provavelmente devido mais a dieta e fa tores ambientais que por diferenças genéticas.
3 CLASSIFICAÇÃO DAS DILISPIDEMIA As dislipidemias dislipidemias primárias ou sem causa aparente podem ser classificadas classificadas genotipicamente ou fenotipicamente por meio de análises bioquímicas. Na classificação genotípica, as dislipidemias se dividem em monogênicas, monogênica s, causadas por mutações em um só gene, e poligênicas, causadas por
associações de múltiplas mutações que
isoladamente não seriam de grande repercussão. A classificação fenotípica ou bioquímica considera os valores de CT, LDL-C, TG e HDL-C e compreende quatro tipos principais bem definidos:
3.1 hipercolesterolemia isolada Elevação isolada do LDL- C (≥ 160 mg/dl); Os nív eis de co lest erol plas máti co inici am o seu aum ento com o nascimento , mostrand o uma leve depr essã o na adole scênci a, sofr endo uma nova eleva ção na idade a dulta . Apesa r de algu ns estudos avaliarem os São Luis-MA 2014
teores lipídicos em crianças, não existem, até o momento, resultados prospectivos que permitam determinar valores “seguros” ou desejáveis para est e grup o. Em aproximada mente 95% do s pacientes com hipercolesterolemia primária, a anormalidade é devida a combinação de fatores dietéticos e vários defeitos genéticos.
3.2 hipertrigliceridemia isolada Elevação isolada dos TGs (≥ 150 mg /dl) que reflete o aumento do número e/ou
do volume de partículas ricas em TG, como VLDL, IDL e quilomícrons. Como observado, a estimativa do volume das lipoproteínas aterogênicas pelo LDL-C torna-se menos precisa à medida que aumentam os níveis plasmáticos de lipoproteínas ricas em TG. Portanto, nestas situações, o valor do colesterol não-HDL pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terap êutica;
3.3 hiperlipidemia mista: Valores aumentados de LDL- C (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 mg/dl). Nesta situação, o colesterol não-HDL também poderá ser usado como
indicador e meta
terapêutica. Nos casos em que TGs ≥ 400 mg/dl, o cálculo do LDL -C pela fórmula de
Frie dewald é inadequado, devendo-se, então, considerar a hiperlipidemia mista quando CT ≥ 200 mg/dl; HDL -C baixo: redução do HDL-C (homens < 40 mg/ dl e mulheres < 50
mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG.
3.4 Aterosclerose A lesão aterosclerótica aterosclerótica no homem é caracterizada caracterizada pelo acumulo de lipídios dentro e ao redor das células do espaço intersticial e esta associado com a proliferação celular e fibrose que provocam o estreitamento do lúmen do vaso. A deposição de lipídios é um evento precoce e o colesterol presente na parede arterial é derivado principalmente das lipoproteínas de baixa densidade ( LDL). São Luis-MA 2014
As placas ateroscleróticas ateroscleróticas são estruturas estruturas complexas, complexas, sendo o colesterol colesterol somente um das causas, dentre vários fatores que contribuem para a sua formação e lesões ateroscleróticas
as quais inclui lesão de endotélio e adesão
plaquetária. Am o st ra s apresentam
co lh id a s
alterações
a t é 24
marcantes
h a p ó s o i n f a rt o no
colesterol
d o m iocá rd i o n ão
plasmático.
Medidas
real izada s algu ns dia s ou até sema nas ap ós o inf art o mostram valores valores diminuídos de colesterol.
4 ANALISE LABORATORIAL A aula laboratorial laboratorial teve como objetivo objetivo analisar e dosear os triglicerídeos triglicerídeos da amostra utilizada na prática.
4.1
Material
1-Tubo com branco 1-Tubo com reagente 1-Amostra padrão 1-Banho - maria 1-Cronômetro 1-Pipetas graduadas 1-Micropipetador
Reagente Padrão Amostra
B
P
T
1ml
1ml 10µl
1ml 10µl
Depois de conferido que todo material estava de acordo com as exigências de segurança de realização da analise, procedeu-se com a mesma pipetando 0,01 µl da amostra no tubo que continha o P (padrão) e T (triglicerídeos) e em seguida levado ao São Luis-MA 2014
banho-maria por 5 (cinco) minutos a 37ºc. Após esse tempo foi retirado e resfriado e posto 1 (um) mL do reagente e levado ao banho-maria por mais 5 (cinco) minutos a 37ºc e feito o doseamento no equipamento automático (espectrofotômetro) onde obtivemos o resultado.
VALORES DE REFERENCIAS DE COLESTEROL (MG/DL) Desejável
>200
Risco moderado
200-239
Alto risco
≥240
5 RESULTADOS O resultado obtido foi satisfatório, pois após toda análise obteve-se 99 mg/dL como resultado, um valor dentro dos limite >200mg/dL ao da referencia para esta analise.
6 DISCUSSÕES Diante do resultado obtido foi possível interpretar que no exame de um paciente com colesterol no valor de 99mg/dL, este se encontra livre de patologias associadas à desordem dos lipídeos. Já LDL- Colesterol a quantidade de mg/dl estar dentro dos valores de referência para diagnósticos de bem-estar do individuo. Assim para o individuo que obtém um resultado de 131 mg/dl sugere que este esteja com o LDL acima do valor de referência com perigo de problemas de saúde como doenças cardiovasculares, uma vez que a referencia é de menor que 100 mg/dl para LDL. Entretanto, para o VLDL o valor esteve muito acima do valor de referencia que é o ideal de 40mg/dl com resultado de 76mg/dl, este individuo tem sérios riscos a desenvolver doenças cardiovasculares. Este paciente, para diminuir o colesterol VLDL
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no sangue deve ser feita uma alimentação saudável pobre em gorduras, praticar exercícios físicos regularmente e evitar bebidas alcoólicas e o cigarro.
7 CONCLUSÃO Com os processos de automação hoje é possível obter-se resultados mais precisos diminuindo assim os riscos de erros diagnósticos e possibilitando a rapidez na realização de grande quantidade de exames por dia, mas que não se deve apoiar sempre nesse meio é preciso conhecer as técnicas manuais e aprimora-las para desenvolver as etapas desses tipos de exames e obter resultados congruentes. A taxa elevada de colesterol colesterol no organismo gera grandes problemas de saúde ao individuo como as doenças cardiovasculares, obesidade, aterosclerose e esteatose. A prática de atividade física e uma boa alimentação podem diminuir consideravelment consideravelmente e o colesterol e prevenir essas doenças.
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Referências Bachorik,
P.S.
and
J.W.
Ross,
National Cholesterol Education Program
recommendations for measurement of low-density lipoprotein cholesterol : executive summary. The National Cholesterol Education Program Working Group on Lipoprotein Measurement. Clin Chem, 1995. 41(10): p. 1414-20.
Friedewald WT, Levy RI, Fredrickson DS. Estimation of the concentration of low-density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative ultracentrifuge. Clin Chem 1972;18:499-502. Warnick, G.R., et al., Estimating low-density lipoprotein cholesterol by the Friedewald equation is adequate for classifying patients on the basis of nationally recommended cutpoints. Clin Chem, 1990. 36(1): p. 15-9. Stefani, Stephen Doral. Clínica Médica: consulta rápida/ organizadores Stephen Doral Stefani, Elvino Barros. - 3. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2008.
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