UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – UnUCET
Capacidade Adsortiva de Carvão Ativado
Acadêmicos: Andréa Nogueira de Oliveira.
Jéssica Sousa de Jesus. Railane Monteiro de Paula. Prof.: Dr. Renato Rosseto. Disciplina: Química Inorgânica Experimental I.
Anápolis, novembro de 2011
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INTRODUÇÃO TEÓRICA O carvão ativado ou ativo é um material constituído principalmente de carbono, possui uma porosidade bem desenvolvida. É fabricado a partir de diversos tipos de materiais orgânicos, por processo de pirólise e ativação. Os diversos processos de ativação são as variações de um procedimento básico que é a carbonização ou pirólise da matéria-prima. As matérias primas da obtenção do carvão ativado são quase todas de origem vegetal com alta concentração de carbono, entre elas estão: casca de coco, carvão mineral (antracito, betuminoso e lígnito), madeira de alta e baixa densidade (pinus, acácia etc), ossos de animais, entre outros. O carvão ativado funciona como adsorvente: retira as impurezas de um meio sem que estas interfiram em sua composição. Na adsorção as moléculas de uma substância se fixam à superfície de outra substância. A enorme área de superfície do carvão ativado dá a ele vários lugares de ligação. Quando certas substâncias químicas passam próximas da superfície do carbono, unem-se a essa superfície e são fixadas a ele. O carvão ativado tem a capacidade de coletar seletivamente gases, líquidos ou impurezas no interior dos seus poros, apresentando portanto um excelente poder de clarificação, desodorização e purificação de líquidos ou gases. Os usos mais comuns para o carvão ativado são a absorção de gases (na forma de filtros) e no tratamento de águas, onde o carvão se destaca por reter nos seus poros impurezas e elementos poluentes. É utilizado em diversos ramos das indústrias química, alimentícia e farmacêutica, da medicina e em sistemas de filtragem, bem como no tratamento de efluentes e gases tóxicos resultantes de processos indústriais.
OBJETIVO Determinar qualitativamente a propriedade do carvão ativado de remoção de iodo e azul de metileno.
PARTE EXPERIMENTAL Suporte universal, funil simples, balança semianalitica, argola metálica, béqueres de 250 Ml, algodão, carvão ativo, papel qualitativo. Materiais e equipamentos:
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Procedimento Experimental:
Acoplamos o funil no suporte universal. Colocamos um tufo de algodão pequeno no interior do funil sem que ele ficasse compactado. Adicionamos cerca de 30,12 g de carvão ativado granulado no interior do funil. E colocamos um béquer em baixo do funil. Adicionamos o equivalente a 100 ml de água sobre o carvão para que o leito se expandisse e molhasse completamente. Adicionamos o equivalente a 50 ml de solução de iodo e anotou-se a coloração da solução após passar pelo carvão. Após a passagem completa da solução de iodo, adicionamos 50 ml de solução de azul de metileno e anotamos novamente a coloração da solução resultante.
RESULTADOS E DISCUSSÕES Foi realizada neste experimento a adsorção com carvão ativado, ou seja, um processo pelo qual moléculas ou íons de um fluido são atraídos ou retidos por uma superfície solida adsorvente, que é o carvão ativado, material de carbono com porosidade bastante desenvolvida. No experimento foi acoplado um funil de vidro no aro de um suporte universal. No seu interior foi colocado um tufo de algodão com a única função de impedir que o carvão ativado granulado passasse pelo funil. Logo depois foi colocado o carvão ativado e em seguida foi molhado com água para que este expandisse. A primeira filtração realizada foi com o iodo, que é liquido e de coloração amarelada, passado pelo carvão ativado as moléculas de iodo ficaram retidas nos microporos do carvão, porque estas têm mais afinidade com esse tipo de poro. Já na segunda filtração que foi com o azul de metileno, que é um liquido azul, as moléculas desta solução ficaram retidas nos mesoposos, pois tem maior afinidade. As soluções ficaram incolores depois de filtradas, isso é observado porque na adsorção em fase liquida as moléculas do iodo e do azul de metileno “grudam” fisicamente nas moléculas
do adsorvente devido a forças relativamente fracas.
CONCLUSÃO A filtração com carvão ativado das soluções aquosas de iodo e azul de metileno foi bem sucedida. Muitas separações são obtidas pela habilidade de moléculas, contidas no fluido, aderirem sobre a superfície de um sólido e este fenômeno conhecido como adsorção. As aplicações industriais do carvão ativado fundamentam-se nesta propriedade, para fase líquida ou gasosa.
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A adsorção em Carvão Ativado é o resultado de forças atrativas chamadas “Van der Walls”. Neste caso é chamado de adsorção física. A reversibilidade da adsorção
física depende das forças atrativas entre o adsorbato e o adsorvente. Se estas forem fracas, a adsorção ocorre com certa facilidade. No caso de adsorção química, as ligações são mais fortes e energia seria necessária para reverter o processo. Além da característica do adsorvente e adsorbato, a natureza da fase líquida, como pH e viscosidade, a temperatura e o tempo de contato podem afetar a adsorção de modo significativo. Por finalizar, a aula foi bastante construtiva possibilitando entender por completo técnicas e teorias utilizadas a respeito de carvão ativado, atingindo o objetivo da aula prática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. http://www.brasilescola.com/quimica/carvao-ativado.htm 2. pt.wikipedia.org/wiki/Carvão_ativado 3. http://www.hsw.uol.com.br/questao209.htm