Progressão harmônica Progressão harmônica também denominada progressão de acordes é uma sucessão de acordes musicais. Há uma diferença entre um acorde maior e um menor. Os acordes maiores são compostos de uma terça maior acrescido de uma terça menor,exemplo: dó-mi-sol, formando assim, uma quinta justa e o acorde menor é composto por uma terça menor e uma terça maior, exemplo: lá-dó-mi. Pegue-se uma seqüência de acordes qualquer de uma música, como por exemplo o padrão I, IV, V (C F G C). Isto é uma progressão de acordes. Se essa seqüência for tocada várias consecutivas experimentando diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se encaixam perfeitamente. Há um apelo entre os acordes, um acorde criando uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de tensão, ou seja, certos acordes conduzem à uma tensão crescente, acumulando tensão. Quando se volta ao C (Tônica) esta tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a algumas músicas essa tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão tomada como exemplo, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas características de acúmulo de tensão e posterior liberação. Ela é denominada I IV V porque é composta dos acordes de numero I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo: C
D
E
F
I
II III IV
G
A
B
C
V VI VII VIII
Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D. Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C Em F. E na escala de E por exemplo E G#m A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas. A progressão de blues também é algo muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas, através das
quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam desrespeitam estas progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.
quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam desrespeitam estas progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.
Progressão harmônica Há uma diferença entre um acorde maior e um menor. Os músicos e estudantes de música, quando tentam expressar em palavras tal diferença, costumam dizer que o s om dos acordes maiores são mais alegres, enquanto os acordes menores são mais tristes. Dessa forma, músicas com motivos tristes, tendem a ser construidas em acordes menores e vice-versa. Este tipo de sentimento que é normalmente gerado por diferentes acordes é também t ambém utilizado na construção de padrões seqüênciais denominados progressões. Pegue-se uma seqüência de acordes qualquer de uma música, como por exemplo o padrão I, IV, V (C F G C). Isto é uma progressão de acordes. Se essa seqüência for tocada várias consecutivas experimentando diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se encaixam perfeitamente. perfeitamente. Há um apelo entre os acordes, um acorde criando uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de tensão, ou seja, certos acordes conduzem à uma tensão crescente, acumulando tensão. Quando se volta ao C (Tônica) esta tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a alg umas músicas essa tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com c erta freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão tomada como exemplo, que é u ma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas características de acúmulo de tensão e posterior liberação. Ela é denominada I IV V porque é composta dos acordes de numero I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo: C
D
I
II III IV
E
F
G
A
B
C
V VI VII VIII
Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D. Uma outra progressão bastante ba stante comum é a I III IV. Que na escala e scala de C resultaria em C E F. E na escala de E por exemplo E G# A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas. A progressão de blues também é algo muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente relativamente fáceis de serem aprendidas, aprendidas, através das quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma des respeitam estas progressões progressões sem
quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.
Progressão harmônica A Harmonia é a matéria da música, que trata da formação de acordes e a combinação entre eles, bem como estabelecer uma conexão adequada com a melodia. Uma Progressão Harmônica então, nada mais é do que uma sequência de acordes construída sobre uma determinada idéia harmônica ou para o acompanhamento de uma melodia. Para estudar Progressões Harmônicas ou qualquer matéria referente a Análise Harmônica, faz -se o uso de Cifra Analítica; ou seja, os acordes são identificados pelo Grau da escala a que pertencem. Ex., na tonalidade de C: C
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I
Dm7
|
IIm7
G7
|
V7
C7M
|
I7M
C = 1º Grau Dm7 = 2º Grau G7 = 5º Grau Essa forma de estudar Harmonia, dá ao músico a vantagem de transpor a Progressão Harmônica para qualquer tonalidade, já que o eixo de estudo está na função do acorde e não necessariamente na tonalidade em que se encontra. Veja um exemplo da Progressão Harmônica citada acima, transposta para a tonalidade de Fá Maior: F
|
I
Gm7 IIm7
|
C7 V7
|
F7M
|
I7M
Note que os graus permaneceram os mesmos, e as funções dos acordes também foram mantidas. Esse recurso é extremamente importante para transposição de tonalidades de ¥emergência¦. Duas horas antes do culto ou da apresentação, o solista está com problemas de garganta, e a música que foi ensaiada em uma tonalidade terá que ser tocada um tom abaixo!
Fazendo a Cifra Analítica
baseada na Cifra Original, você terá mapeado o caminho para transpor a música para qualquer outro tom. Como já abordamos sobre as funções dos acordes, vamos detalhar o que determina a função de cada acorde. Numa tonalidade são encontrados acordes das funções:
TÔNICA (resolução) DOMINANTE (preparação) SUBDOMINANTE (meia resolução) O acorde principal da função TONICA é o I Grau, podendo ser substituído pelo VI ou III Grau. O acorde principal da função DOMINANTE é o V Grau, podendo ser substituído pelo VII Grau . O acorde principal da função SUBDOMINANTE é o IV Grau podendo ser substituído pelo II Grau. Veja o gráfico: Grau Principal da Função
|
Graus Substitutos
Tônica Dominant e Subdom inante
| | |
III e VI VII II
I V IV
A função Tônica caracteriza-se pelo peso de resolução que é o maior dentre todas as outras. A Dominante é identificada por ser de preparação, ou ponte entre uma resolução e outra. A Subdominante é também de resolução, porém com um peso de conclusividade menor que a Tônica. Veja o exemplo desta Progressão Harmônica em Cifra Analítica com as respectivas funções indicadas: I7M
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Tônica
IIIm7
|
Tônica
VIm7
|
Tônica
V7
|
Dominante
I7M
|
Tônica
Note que essa Progressão Harmônica começa com três resoluções da mesma função, variando somente os acordes: A primeira, uma Tônica com o Acorde Principal, a segunda e a terceira poré m, variam com os acordes substitutos da mesma função; Logo após abrindo uma preparação com uma Dominante para finalizar a Progressão em uma resolução d e Tônica. Se fôssemos por exemplo, passar essa cifra analítica para a tonalidade de Sol Maior, teríamos a seguinte Progressão: G7M
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Bm7
|
Em7
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D7
|
G7M
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Harmonia musical Explicar técnicamente o que é harmonia musical, exige um espaço um pouco maior que este artigo. Portanto, vamos ao popular. A grosso modo, podemos dizer que harmonia musical é a área musical que define a construção e a a ordem dos acordes dentro do sistema tonal. Ou seja, quando você está tocando os acordes de uma determinada música, está fazendo a harmonia daquela música. Um acorde não é a harmonia e sim, faz parte da harmonia. Explicando mais um pouco. Popularmente, sem entrar em detal hes técnico-teóricos profundos, podemos dizer que harmonia é o conjunto de acordes da música. Portanto, se uma música possui os acordes D, Bm, G e A7, esta é a sua harmonia musical, ou somente a harmonia da música. Até agora, você já sabe que se alguém lhe perguntar se sabe a harmonia de uma determinada música, estará se referindo aos acordes da mesma. Dããã« Muito bem. E onde isto nos leva? Porque é que aqueles benditos acordes estão lá? Só porque o compositor decidiu que deveriam estar? Nada disso. O compositor não decidiu nada, por mais que alguns possam achar que sim, que foram eles que decidiram por este ou aquele acorde. Campo harmônico
Acontece que qualquer música é feita numa determinada tonalidade. Esta tonalidade tem um campo harmônico. Eita! Agora o bicho pegou! É de com er isso aí? Peraí um pouquinho, que não é tão difícil assim. Campo harmônico é o conjunto de acordes formados a partir das notas de uma escala. Se você já leu alguns dos artigos anteriores, como acordes relativos, com mais estas informações vai entender do que estou falando. Tomemos por exemplo a escala de C (dó maior) Grau
1
2
3
4
5
6
7
Nota
C
D
E
F
G
A
B
Acorde
C
Dm
Em
F
G
Am Bdim
Menor ou maior
+
-
-
+
+
-
dim
Repare como cada nota da escala gerou um acorde. Todos estes acordes formam o campo harmônico daquela tonalidade. Na última linha, a regra para a formação dos acordes na escala maior. Onde se vê (+) o acorde sempre será maior e (-) sempre menor. o sétimo grau, sempre diminuto. Obs: As regras para a escala menor são diferentes.
A partir daí, você sabe, em qualquer tonalidade, quais os acordes do campo harmônico. Ou seja, quais acordes podem fazer parte de uma música que se encontra naquela tonalidade. Lembre-se, entretanto, que estes são os acordes básicos. Não se deixe confundir pelas variações, como acordes com sétima, nona e por aí afora. Por exemplo, uma sequencia assim (usando a escala de C): C, G/B, Am7, Dm, F, G7 Está perfeitamente de acordo com o campo harmônico: C, G, Am, Dm, F, G Portanto, conforme foi dito anteriormente, a gente não decide que acorde colocar na música. Ou melhor, até decide, entre aqueles acordes que as regras da harmonia musical permitem.
Três acordes essenciais de violão Se você ainda não sabe, esta é sua oportunidade. Há três acordes naturais, D, A e E, que são simplesmente essenciais para quem toca violão. principalmente para principiantes. Veja as fotos abaixo.
D
= Ré maior
A = Lá maior
E = Mi maior E porque estes acordes são essenciais? Deixe-me contar uma história. Sabe aquelas reuniões de família, churrascos, festas de aniversário? Então. Não tem sempre aquele que chama a atenção? É o contador de histórias, piadas e o cara do violão. Se você procurar bem, pode reparar: parece que toda família tem um. Na minha não era diferente. Um tio meu, a cada festa, lá vinha ele com seu violão. O homem tem uma voz invejável. Bonita e potente. No começo, eu nem ligava. Era aquele velho chato com suas músicas chatas. Mas à medida que fui me interessando pelo instrumento, minha atitude mudou. Eu ficava pensando: pô, esse velho não me parece um grande violonista. E não era mesmo.
Como é que ele tocava u m montão de músicas? Aí é q ue entra o motivo deste artigo. É muito simples. O esperto velhote tocava todas as músicas com apenas duas sequencias básicas de acordes. Uma delas é esta que lhes apresento agora: A, D e E (assista a um video sobre estes três acordes de violão) Se você está começando, p ode até duvidar. É estranho mesmo. A gente vê aqueles caras na TV, no Youtube, tocando trocentos acordes de violão em cada música! Mas é verdade. Com esta sequencia, você pode tocar centenas, milhares de músicas! Experimente você mesmo estes três acordes Não acredita? Experimente. Pegue qualquer música conhecida e aplique esta sequencia. Bem, não vamos exagerar deixe a MPB fora disso, que eles fazem umas músicas com milhares de acordes e um mais complicado que o outro. Mas pense numa música simples, sertaneja, pop, romantica, e mande um A (lá maior), como tonalidade . comece a cantar a música e você vai perceber que: ou você deve ir para D (ré maior), ou para E (mi maior). O que acontece, é que em músicas mais simples, quase sempre é utilizada uma sequencia básica (como esta). Os demais acordes, ou são variações dos acordes da sequencia, ou são relativos, na maioria dos casos. Isto se chama £ em termos populares £ de ¥simplificar¦ a música. Eu mesmo, quando começava a aprender, fazia isto direto. Conhecia já os acordes básicos, então quando aparecia na música u m acorde para mim desconhecido, simplesmente pulava-o, partindo par ao próximo da sequencia básica. No âmbito profissional esta prática £ é claro £ não é utilizada. Mas muitas e muitas músicas que você ouve no rádio todos os dias, só têm mesmo as sequencias básicas! ¥Aprender¦ a tocá-las chega a ser piada. Se você é fã de sertanejo, isto é o que você precisa. É quase impossível encontrar uma música sertaneja com acordes complicados. É um, dois e três! Na verdade, há músicos práticos que chamam estas sequencias de ¥primeira, segunda e terceira¦. A primeira, no caso do nosso exemplo, é o A. a segunda, a preparação para o A, que é o E. A terceira é o D. Eu prefiro associar os acordes com a escala musical. Ficando esta sequencia então como: ¥primeira, quarta e quinta¦, pois na escala de A, a primeira nota é A, a quarta D, sendo a quinta E.
A sequencia é apresentada nesta ordem (1, 4 e 5), porque é a melhor resolução possível, devido ao fato de a quinta posição (E) ¥chamar¦ a primeira. Em artigo futuro, abordaremos as demais sequencias básicas. Mas acredite: só com esta aí, você é capaz de tocar muitas e muitas músicas. Faça suas experiências com diversas músicas e comprovará o que foi abordado aqui. Quer achar os desenhos de acordes? Siga este link: Chordbook. É um site de acordes, muito bom. Apesar de ser em inglês, é bastante intuitivo, não há dificuldade em usá-lo.
Como é o negócio dos três acordes« O artigo três acordes essenciais de violão, um dos primeiros do blog, já rendeu tanto comentário, que vale a pena dar um reforço. É claro que ninguém vai sair por aí se achando o ³rei do violão´ sabendo só três acordes. Mas serve para incentivo aos iniciantes e também como um quebra galho quando não se sabe uma determinada música. Teoricamente, qualquer música que tenha três acordes pode ser tocada com estes acorde s. Que aliás são A (lá maior), D (ré maior) e E (mi maior). Basta saber q ue a tonalidade aí no caso é A. No campo harmônico temos então A = 1, D = 4 e E = 5. Leia também o artigo sobre transporte de tonalidade. Suponhamos que você encontre uma música com os seguintes acordes: C, F e G. A tonalidade aí é C. Para tocar com os nossos três amiguinhos, basta saber que C = 1, F = 4 e G = 5. Vamos dar um exemplo: Música ± Soy latino americano (Zé Rodrix) Original
C
F
G
F
N ão acordo muito cedo C
F
G
F
Mas não fico preocupado Com os
novos ac ordes
A
D
E
D
N ão acordo muito cedo A
D
E
D
Mas não fico preocupado
Fácil, certo? Lembre-se sempre da sequencia 1, 4, 5. E leve em conta que nem sempre os acordes vêm nesta ordem. Você pode encontrar algo assim, por exemplo: G, D e C. Que seria 1, 5 e 4. Aí substituiria por: A, E e D. Como você gosta de tudo mastigado, vou dar mais uma dica. Veja abaixo a equivalência dos acordes em cada tonalidade: 1
4
5
C
F
G
C#
F#
G#
D
G
A
D#
G#
A#
Nem precisa continuar, não é verdade? Basta seguir a escala cromática e você chega lá. Tá legal« aqui vai a escala cromática: C C# D D# E F F# G G# A A# B Portanto, aí está a maneira de transportar qualquer música de três acordes (maiores) para nossos três acordes essenciais.
Sequencias de acordes Repare nas músicas de sua preferência como aparecem determinadas sequencias de acordes. Estas sequencias não estão ali por acaso. Nem tampouco foram ¥colocadas¦ ali porque alguém quis. Na verdade, as sequencias de acordes dependem da melodia. Quem manda é a melodia. Os acordes só dão as caras por ali se forem chamados pela melodia. Uma maneira simples que encontrei de explicar esta coisa. Tente, por exemplo, pegar um música que só tem três ou quatro acordes, e £ obedecendo o campo harmônico £ ¥enfiar¦ mais alguns acordes por ali. Pode até funcionar, mas só se a melodia permitir, entende? Se a melodia exige um A (lá maior), você pode até tentar colocar F#m (fá sustenido menor), que é o acorde relativo de A. Mas provavelmente não vai funcionar. Porque a melodia quer porque quer o A. E pronto. Por este motivo é que músicos experientes parecem conhecer todas as músicas. O cérebro deles, ao ouvir uma melodia, já lhes diz quais acordes vão se encaixar aqui e acolá. Aí você fica olhando e pensa: ¥ah, se eu tocasse assim¦, é ou não é? Quer chegar lá? Faça o que estes caras fazem. Estude muito, treine muito e toque muito. É claro que alguns têm mais facilidade. Tem gente que nasce com ouvido privilegiado, é uma coisa incrível. Mas estes são poucos. Se não for este o seu caso, estude as sequencias de acordes em músicas diferentes.
Como estudar sequencias de aco rdes Não se deixe enganar por tonalidades. Explicando: uma sequencia de acordes não pertence a nenhuma tonalidade em particular. você pode ter a mesma sequencia de acordes em tonalidades diferentes. E a mesma tonalidade em sequencias de acordes diferentes. Eita! Complicou? Peraí um pouco Vamos pegar (pra variar) a tonalidade C (dó maior), cujo campo harmônico é: 1, 2 , 3,
4, 5, 6,
7
C, Dm, Em, F, G, Am, Bdim Pois bem. Temos nesta tonalidade os sete acordes do campo harmônico. Ou seja, os sete acordes básicos que podem ser usados nesta tonalidade. Através da numeração acima dos acordes, vamos montar nossas sequencias. Sequencia A £ 1 (C), 4 (F), 5 (G) £ uma sequencia bem conhecida e muito usada.
Suponhamos que você tenha diante de si uma música com os acordes D, G e A. É a mesma sequencia, só que não mais na tonalidade C e sim na tonalidade D. ¦ Mesma sequencia, tonalidade diferente¦ É bem fácil deduzir a minha outra afirmação: ¥mesma tonalidade, sequencia diferente¦. Veja a sequencia abaixo: C, Am, F, G ou 1, 6, 4, 5 (confira lá em cima) = tonalidade C (mesma tonalidade), seque ncia diferente.cordes Como eu vou parar por aqui, você vai ficar achando que poderia ir mais longe, certo? E eu fui muito mais longe que isto, na apostila Acordes em sequencia, que você pode obter inteiramente grátis, inscrevendo-se no boletim acordes. Olhe aí ao lado, na barra lateral.
Facilitando
o acompanhamento de músicas
Há sequencias ou progressões de acordes usados constantemente em gêneros musicais populares, como sertanejo, romantico e outros. As sequencias em geral obedecem um padrão conhecido, ou seja, um "caminho". Explicando melhor: Uma determinada música é executada na tonal idade Dó maior (C). Se tiver somente três ac ordes, uma sequencia lógica seria C, F, G. Esta é uma sequencia que leva a canção "de volta para casa", ou melhor, de volta ao primeiro acorde (C), que dá nome à tonalidade da música. Esta peculiaridade da música pode ser facilmente observada. A sequencia de acordes, não importando quantos são, sempre leva a canção de volta ao acorde inicial. Entretanto, um principiante pode enganar-se ao analisar uma música com m ais acordes. Encontrando acordes diferentes no meio do caminho, a coisa parece ficar mais complicada. Mas não é assim. Tudo tem sua explicação, sua lógica. A explicação para as sequencias, está na escala musical. Tomemos por exemplo a escala de Dó maior (C): 1
2
3
4
5
6
7
8
C
D
E
F
G
A
B
C
Seguindo a numeração das notas da escala, teríamos, na sequencia acima mencionada: 1-C 4-F 5-G Uma sequencia 1, 4, 5. Bastante utilizada em diversos generos musicais. Suponhamos que você encontre uma sequencia assim: C, Am, F, G Tudo a ver com a escala, sem dúvida. A numeração seria: 1, 6m, 4, 5 E porque o acorde Am? Porque é o acorde relativo de C, porque a escala de Am possui as mesmas notas da escala de C. Da mesma maneira, você poderia encontrar os acordes relativos de F (Dm) e de G (Em). Outra sequencia possível: C, G, F, Dm, G ou 1, 5, 4, 2m , 5 Enfim, não há regra definida para uma sequencia em uma música. Entretanto, alguns padrões estarão sempre presentes. E os acordes raramente fugirão da escala da tonalidade da música, a menos que haja uma variação de tonalidade, ou fatores mais complexos, normalmente não aplicados à música popular. Outro fator que pode confundir um pouco a clara visualização da lógica na sequencia de acordes, é a inclusão de acordes com variações. Entretanto, olhando-se "mais de perto", é possível identificar a presença da sequencia básica. Tomemos como exemplo a seguinte sequencia:
C, G/B, Am, Dm, G11, G7 Você pode reparar que, mesmo com as variações nos acordes, a sequencia básica seria: 1, 5, 6m, 2m, 5, 5 Repare também, que o acorde Ré menor (Dm) está "substituindo" Fá maior (F), ou seja, a sequencia 1, 4, 5 está presente com uma ligeira modificação. ATENÇÃO: As modificações feitas nos acordes que nã o o que dá nome à tonalidade, referem-se à própria escala do acorde. Por exemplo: no acorde G7, aplica-se a sétima nota da escala de sol menor (Gm). Não confundir com a numeração da escala da tonalidade com que se está trabalhando! Lembre-se também que utilizando a numeração da sequ encia conforme a escala, você f acilita o transporte de tonalidade. Por exemplo: Tonalidade = C C, Am, F, G ou 1, 6m, 4, 5 Transportar para G G, Em, C, D Examinando músicas conhecidas, você poderá encontrar diversos padrões de sequencias de acordes. Conhecendo estas sequencias, torna-se cada vez mais fácil compreender o acompanhamento de novas músicas.
Violão
± acordes relativos
Os acordes relativos, como você verá a seguir, acabam por si só, explicando muito das escalas maiores e menores. E também da formação de acordes. Dizemos que um acorde é relativo de outro quando as duas tonalidades (uma maior e uma menor) possuem as mesmas notas em suas escalas. Fácil, certo? Ok, complicou um pouco, mas descomplicaremos já. Repare na tabela abaixo: Tonal C Am C# A#m D Bm D# Cm E C#m F Dm F# D#m G Em G# Fm A F#m A# Gm B G#m
1 C A C# A# D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G#
2 D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G# C A C# A#
3 E C F C# F# D G D# G# E A F A# F# B G C G# C# A D A# D# B
4 F D F# D# G E G# F A F# A# G B G# C A C# A# D B D# C E C#
5 G E G# F A F# A# G B G# C A C# A# D B D# C E C# F D F# D#
6 A F A# F# B G C G# C# A D A# D# B E C F C# F# D G D# G# E
7 B G C G# C# A D A# D# B E C F C# F# D G D# G# E A F A# F#
8 C A C# A# D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G#
O bs: Algumas notas deveriam ser representadas em suas escalas com o simbolo b (bemol), porém
para efeitos práticos utilizamos apenas # (sustenido). As linhas em branco são as tonalidades maiores e as linhas em cinza, as menores. No primeiro campo temos o nome da tonalidade e a seguir as notas de sua escala. A numeração indica o grau de cada nota na escala. Muito bem. Ol he a primeira lin ha, ton alid ade C (d ó maior ). A lin ha cin za logo abai xo é a t on alid ade Am (lá menor ). As du as ton alid ades s ão rel ativ as . Os dois acordes (C e Am) s ão rel ativos . Por que possuem as mesm as not as em su as es cal as . E assim su cessiv amente com as outr as ton alid ades .
No violão, acordes relativos são facilmente encontráveis, sem consultar a tabela. Para um determinado acorde maior, basta trazer a nota tônica (que dá nome ao acorde) três semitons para baixo, ou seja, três casas para baixo. Por exemplo: suponhamos que você faça o acorde C e a tônica (C) está na terceira casa da quinta corda. Três casas para trás, teremos a quinta corda solta, que é A. Portanto, o acorde relativo de C é Am. Um acorde relativo de um dado acorde maior sempre será um acorde menor. E vice -versa. Evidentemente, para achar no violão o acorde relativo de um acorde menor, ¥viajaremos¦ três casas para frente. Suponhamos, por outro lado, que você esteja fazendo o acorde D (ré maior), na posição em que a quarta corda (D) fica solta. É claro que não é possível andar três casas para trás neste caso. Simplesmente encontre a nota ré em outra corda. Quinta corda, casa cinco, por exemplo. Andando três casas para trás, teremos a nota B. O acorde relativo de D é então Bm (consulte a tabela). Como achar a escala menor relativa a partir da escala maior Dada uma escala maior, achar a escala relativa daquela tonalidade é muito fácil. As notas se repetem a partir do sexto grau. Veja a tabela abaixo: Tonal C Am C# A#m D Bm D# Cm E C#m F Dm F# D#m G Em G# Fm A F#m A# Gm B G#m
1 C A C# A# D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G#
2 D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G# C A C# A#
3 E C F C# F# D G D# G# E A F A# F# B G C G# C# A D A# D# B
4 F D F# D# G E G# F A F# A# G B G# C A C# A# D B D# C E C#
5 G E G# F A F# A# G B G# C A C# A# D B D# C E C# F D F# D#
6 A F A# F# B G C G# C# A D A# D# B E C F C# F# D G D# G# E
7 B G C G# C# A D A# D# B E C F C# F# D G D# G# E A F A# F#
8 C A C# A# D B D# C E C# F D F# D# G E G# F A F# A# G B G#
Como você pode ver, as notas se repetem. Porém, é claro, começando pela nota que dá nome à nova tonalidade. Veja por exemplo o sexto grau da escala de B (si maior). É a nota G# (sol sustenido). A linha abaixo, da tonalidade G#m começa então com a nota G#. Repare que, continuando em frente, temos a repetição do sétimo e oitavo graus. Como o oitavo grau é a mesma nota do primeiro, podemos ver claramente a repetição, na seguinte sequencia: 6,7,1,2,3,4,5 da tonalidade B. Uma das muitas utilidades de saber que u ma determinada escala maior é igual a uma outra menor, é na hora de improvisar um pequeno solo, por exemplo. Se você sabe tocar a escala maior e a tonalidade da música é menor, voilá! As notas são as mesmas, lembra? Para ¥tirar¦ uma música de ouvido, também é bastante útil conhecer os acordes relativos. Uma vez que você saiba a tonalidade em que a música está, saberá que poderão aparecer os seguintes graus e seus relativos, para começar: I, IV e V Na escala de C (dó maior), teríamos: I C e Am IV F e Dm V G e Em
É claro que podem aparecer outros acordes, mas seguindo esta diretriz, você com certeza já estará com meio caminho andado £ ou mais! Estude um pouco a tabela e com certeza achará outras peculiaridades nas escalas.
Acordes em posições diferentes É importante aprender outras posições para os acordes para, dependendo da música que s e está tocando, você tenha mais opções de arranjo. Uma das maneiras de se obter os acordes em outras posições no braço do violão, é guiar-se pelos três graus que formam o acorde, e procurar as respectivas notas ao longo do braço. Com um pouco de paciência, você vai achar posições que jamais imaginou possíveis. Os acordes lá estão, bonitinhos, à espera dos seus dedos.
No
i o, oloque i
o
osi
uas
osi ões
iferentes
ara o acorde A lá
aior). A
o com a tônica na quinta casa , sexta corda quadrinhos azuis) e a segunda
osi
ri eira
o com a
tônica na décima-segunda casa, quinta corda quadrinhos laranja). As osi ões são muito fáceis de se execu tar, sem dificuldade .Importante: lembre-se que ao fazer estas posi ões ocê deve tocar somente as três cordas apertadas!
Obs:
¡
¢
t £
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¥
fi
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§
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braço: htt ://www.brendanburns.c om ©
Achando diferentes posi ões para os acordes de violão epare que na parte de baixo da figura segue a escala de A lá maior). Emvermelho, as notas que
formam o acorde.
primeiro, terce iro e quinto graus da escala .
Guiando-se pela escala de cada tonalidade, você pode achar outras posições para outros acordes. Suponhamos que você queira tocar uma determinada música, e os acordes não possibilitem mudanças fáceis, talvez muito longe (ao longo do braço do violão) um do outro. Você pode procurar um ou mais acordes da maneira descrita acima para facilitar a execução da mús ica. Outra utilidade seria por exemplo se você estiver fazendo um p equeno solo, algumas casas adiante do acorde original. Ache uma posição mais próxima às casas do solo, para ficar mais fácil voltar ao acorde. Enfim, as possibilidades são muitas. Tenho certeza que você, em pouco tempo pode achar inúmeras posições para quaisquer acordes. É claro que nem todas as posições encontradas (como as do exemplo) são para serem utilizadas em todas as situações. Mas servem de exemplo da versatilidade do violão.
Como usar um capotraste
Capotraste é este negócio aí da foto. Existem diversos modelos e marcas diferentes. Basicamente o capotraste, uma vez colocado no braço do violão, funciona como um (#) sustenido, ou seja, aumenta em meio tom ± para cada casa do braço ± a tonalidade das cordas. A tabela abaixo explica melhor. Capo na
sem capo
Casa 1
Casa 2
Casa 3
Casa 4
Cordas Sexta
E
F
F#
G
G#
Quinta
A
A#
B
C
C#
Quarta
D
D#
E
F
F#
Terceira
G
G#
A
A#
B
Segunda
B
C
C#
D
D#
Primeira
E
F
F#
G
G#
E assim por diante. Tudo bem, mas isso serve pra quê? Você pode usar o capotraste ± por exemplo ± para obter um som diferente, mais agudo, para uma determinada música. Ou para transportar a tonalidade de uma música, sem m exer nos acordes. Transportando a tonalidade com o capotraste
Suponhamos que você esteja tocando uma música em D (ré maior). Os acordes são D, Bm, G, A7. Mas a tonalidade está um pouco baixa para a voz do cantor. Suponhamos que um tom acima seria suficiente. Você deveria então transportar a harmonia, f icando os acordes assim: E, C#m, A, B7. Usando o capotraste, você não precisaria fazer isto. Basta colocar o capotraste na segunda casa e tocar a música como se fosse com os acorde s originais, ou seja, nas mesmas posições. O que acontece aí, é que fazendo o acorde D com o capotraste na segunda casa, ele já não é um D e sim, um E. A mesma coisa com os demais. O capotraste fez ali uma pestana para você. Mas você também pode usar o capotraste caso a tonalidade esteja muito alta. Vamos pegar o mesmo caso acima. Supondo-se que a tonalidade tivesse que ser três semitons abaixo, você ficaria com os acordes: B, G#m, E, F#7. Mas você não quer tocar estes acordes todos com pestana. Transporte então a tonalidade para A. Acordes: A, F#m, D, E7. Coloque o capotraste na segunda casa e toque com a nova sequencia (A).
Parece meio complicado a princípio, mas funciona. As possibilidades são muitas. Imagine que você coloque o capotraste na quarta casa. Fazendo então uma sequencia G, C, D, na verdade estará tocando B, E, F #. Com o capotraste na mesma casa (quarta), se você tocar D, G e A, estará tocando F#, B e C#. Trazendo o capotraste uma casa para trás, a mesma sequencia ficaria sendo F, A# e C. Tocando em dupla
Outra grande pedida, é quando você está tocando com outra pessoa, dois violões. Um usa o violão normal e outro com o capotraste. A harmonia fica mais cheia, mais bonita. Uma música com os acordes G, C, Am e D, por exemplo. O primeiro violão, sem o capotraste tocas estes acordes (é claro). No segundo violão, coloca-se o capotraste na quinta casa e toca-se as posições D, G, Em e A. Veja as fotos abaixo. A primeira simplesmente mostra o capotraste junto ao braço, antes de ser colocado. A segunda, o capotraste já colocado na quinta casa.
Fiz uma curta gravação tocando estes acordes nas duas posições (normal e com capotraste). Ouça abaixo: [audio:http://acordesdeviolao.com.br/audio/trilhacapo.mp3]
Compreendendo o capotraste
Enfim, as possibilidades são inúmeras. Basta comprender a mecânica da coisa. Com o capotraste no braço do violão, você está fazendo a posição de um acorde e obtendo outro som, tantos semitons acima daquele acordes, quantas forem as casas adiante em que você colocou o capotraste. Para comprender melhor, faça qualquer acorde solto, como A, por exemplo e vá seguindo adiante no braço do violão.
Acorde normal, na segunda casa = A Acorde na terceira casa = A# ± o que é que fica faltando aí? A pestana, certo? Coloque o capotraste na primeira casa. Acorde na quarta casa = B ± fica faltando a pestana. Coloque o capotraste na segunda ca sa. Acordes na quinta casa = C ± fica falt ando a pestana. Coloque o c apotraste na terceira casa. E assim por diante. Faça o exercício acima com outros acordes soltos, como G, E, D e C e você acabará descobrindo mais alternativas. Além de estar compreendendo melhor o braço do violão. Na tabela abaixo, você pode escolher nas colunas (sentido vertical) que som quer obter com o capotraste na casa desejada. Exemplo: Capotraste na casa 4 e você quer os acordes E, B e A. Volte na mesma direção horizontalmente até a coluna azul e achará a posição que deve fazer. Neste caso, E = C, B = G e A = F Portanto você vai armar as posições C, G e F, mas vai obter o som de E, B e A.
Teoria musical ± transporte de tonalidade Toda música tem a sua tonalidade, o tom em que foi feita e/ou gravada. Em algumas situações é nece ssário tocar esta mesma música em outra tonalidade, mais alta ou mais baixa. A este procedim ento chamamos de transporte de tonalidade. Um pouco de teoria musical
Estamos aqui falando ± naturalmente ± de violão. Mas vamos aproveitar para esclarecer algo que pode escapar se falarmos somente de ac ordes. Quando fazemos o transporte de tonalidade, não só os acordes são transportados e sim, a música toda. Sim, óbvio, mas fiz questão de menci onar, porque em violão popular lidamos somente com acordes e por vezes nos esquecemos que a música tem a melodia que ± neste caso ± está ³guardada´ na voz de quem canta. Ou seja, se imaginarmos a música escrita na partitura (veja figura abaixo), todas aquelas notas musicai s (as bolinhas pretas) deverão mudar de lugar, para cima (tonalidade mais alta) ou para baixo (tonalidade mais baixa) ao ser feito o transporte de tonalidade.
Continuando no exemplo acima, imagine que transportemos a música acima um tom acima. A primeira nota é C (dó). Um tom acima = D (ré). Repare que a nota está no terceiro espaço de baixo para cima. Ela irá então para a quarta linha (e não espaço), tornando-se um D (ré). O transporte de tonalidade no violão
Transportar tonalidades no violão não é bicho-de-sete-cabeças. Uma vez conhecendo-se as regras, é pão comido. A primeira coisa a se fazer, é não pensar nos acordes individualmente. Os acordes f azem parte de uma sequencia. Você vai transportar a sequencia toda. Transportando o acorde que dá nome à tonalidade da música, basta ³levar´ os outros junto com este, na mesma quantidade de semitons. Utilizando a escala cromática para transportar tonalidade
É fácil de compreender o transporte através da escala cromática. Suponhamos que uma música tenha a seguinte sequencia: D, Bm, G, A, D, G, Em, A7, sendo D a tonalidade. Queremos transportá-l a para G(sol maior). Devemos então localizar D na escala cromática e depois G. Contamos a mesma quantidade de semitons ³andados´ para f rente ou para trás, para cada um dos outros acordes. Escala cromática (meio em meio tom) 1
2
3
4
5
6
7
C
C#
D
D#
E F F#
8
9
10
11
12
G
G#
A
A#
B
Em vermelho, D, a tonalidade original. Em verde, G, a nova tonalidade, que está 5 (cinco) semitons para frente (mais alto). O segundo acorde é Bm, que está na posição 12 nesta escala cromática. Como esta é a última nota da tabela, contam os cinco posições reiniciando, ou seja, a partir da posição 1 (um). Portanto o
acorde Bm será Em. O terceiro ac orde é G (oito). Cinco semitons adiante será igual a C (um). E assim por diante, contando sempre cinco semitons para a direita. Lembre-se
que tudo o que vem depoi s da cifra do acorde permanece . Exemplo: você ac ou E para transportar Bm. Basta adicionar ³m´ e você terá Em . No
braço do violão
Este mesmo procedimento é muito simples no braço do violão. As casas do braço seguem a escala cromática. Portanto, basta achar a nota original e ³caminhar´ as casas necessárias. Continuando com o exemplo aci ma, D está na quinta corda, quinta casa. Cinc o casas adiante, teremos G. B está na quinta corda, segunda casa. Cinco casas adiante = E. N ão se esqueça: tudo o que vem depoi s da cifra permanece ( m, 7 etc .).
A tabela abaixo ilustra melhor a m ecânica da coisa. Mas não ³vicie´ em tabelas de transporte. Aprenda a transportar pela escala cromática e não se verá em apertos quando não houver uma tabela disponível. Procure o exemplo acima nesta t abela. Na primeira coluna da esquerda, achamos a tonal idade D. O segundo acorde da sequencia é Bm. Seguindo à direita, achamos a nota B na sexta casa da tabela. Para transportar, Achamos a tonalidade G na primeira coluna e andamos para a direita, até a casa seis, onde encontraremos o nosso já muito falado E. Portanto o segundo acorde (de novo«) é Em.
Atenção: as escalas acima não são cromáticas e sim escalas de cada tonali dade. Como você percebeu, não há nenhum mistério em transportar tonalidade. É pura matemática. Transportando uma sequencia de acordes
Sequencias mais simples são bem fáceis de serem transportadas, partindo do princípio das posições dos acordes segundo a escala da tonalidade. Utilizando a mesma tabela acima, sabemos que o campo harmônico de cada tonalidade gera acordes conforme segue: 1
2
3
4
5
6
7
Maior
Menor
Menor
Maior
Maior
Menor
Diminuto
Utilizando o mesmo exemplo dado anteriormente, repare que t udo bate novamente. O segundo acorde encontrado foi E, na sexta posição. Veja na tabela que a sexta posição preci sa ser menor. Portanto (lá vamos nós«) = Em.
Finalizando, aqui está a nossa sequencia: D, Bm, G, A, D, G, Em, A7 Em
D
?
G
A(A7)
Bm
?
1
2
3
4
5
6
7
Maior
Menor
Menor
Maior
Maior
Menor
Diminuto
Deduza você agora: Se tivéssemos mais dois acordes, na terceira e sétima posições, quais seriam? Ah, sim. Fica por sua conta fazer o restante do transporte« uma moleza, diga a verdade!
Tabela de acordes Questão : Os acordes cálculados na tabelas de acordes não são os que eu quero. O que é que eu posso fazer ?
A base de dados ou tabelas modal abaixo dá -lhe todos os acordes que podem ser tocadas numa determinada tonalidade. Cada linha desta tabela dá -lhe 7 acordes básicos para cada tonalidade. Na primeira coluna está a tonalidade. Em cada célula encontra nomes de acordes de 3 e 4 notas. Para usar esta tabela: Identifique a tonalidade da partitura Procure esta tonalidade na primeira coluna Você pode usar todos os acordes das duas linhas.. Do
Fa
Sib
Mib
Lab
Reb
Solb
Fa#
Si
Mi
La
Re
Sol
I
II
III
IV
V
VI
VII
Do
Rem
Mim
Fa
Sol
Lam
Sidim
DoM7
Rem7
Mim7
FaM7
Sol7
Lam7
Sim7b5
Fa
Solm
Lam
Sib
Do
Rem
Midim
FaM7
Solm7
Lam7
SibM7
Do7
Rem7
Mim7b5
Sib
Dom
Rem
Mib
Fa
Solm
Ladim
SibM7
Dom7
Rem7
MibM7
Fa7
Solm7
Lam7b5
Mib
Fam
Solm
Lab
Sib
Dom
Redim
MibM7
Fam7
Solm7
LabM7
Sib7
Dom7
Rem7b5
Lab
Sibm
Dom
Reb
Mib
Fam
Soldim
LabM7
Sibm7
Dom7
RebM7
Mib7
Fam7
Solm7b5
Reb
Mibm
Fam
Solb
Lab
Sim
Dodim
RebM7
Mibm7
Fam7
SolbM7
Lab7
Sim7
Dom7b5
Solb
Labm
Sibm
Dob
Reb
Mibm
Fadim
SolbM7
Labm7
Sibm7
DobM7
Reb7
Mibm7
Fam7b5
Fa#
Sol#m
La#m
Si
Do#
Re#m
Mi#dim
Fa#M7
Sol#m7
La#m7
SiM7
Do#7
Re#m7
Mi#m7b5
Si
Do#m
Re#m
Mi
Fa#
Sol#m
La#dim
SiM7
Do#m7
Re#m7
MiM7
Fa#7
Sol#m7
La#m7b5
Mi
Fa#m
Sol#m
La
MiM7
Fa#m7
Sol#m7
LaM7
Si
Do#m
Re#dim
Si7
Do#m7
Re#m7b5
La
Sim
Do#m
Re
Mi
Fa#m
Sol#dim
LaM7
Sim7
Do#m7
ReM7
Mi7
Fa#m7
Sol#m7b5
Re
Mim
Fa#m
Sol
La
Sim
Do#dim
ReM7
Mim7
Fa#m7
SolM7
La7
Sim7
Do#m7b5
Sol
Lam
Sim
Do
Re
Mim
Fa#dim
SolM7
Lam7
Sim7
DoM7
Re7
Mim7
Fa#m7b5
Por exemplo, a armadura da partitura diz -me que a tonalidade da música está Sol (um sustenido na clave). Portanto eu posso usar os 14 ac ordes das duas linhas do Sol: E eu escolho acordes de 3 notas. (do Sol ao Fá#dim) Eu escolho uma sequência de acordes para os 4 primeiros compassos da minha composição: colunas I, VI,II e V ou seja: Sol, Mim, Lám, Ré. Esta seuqência de acordes (I, VI,II,V) é bastante usada em música. Para aprender as notas de cada acorde, veja a entrada " acorde" no Glossário O programa usa a tabela modal para determinar de quais acordes um acorde calculado pode ser seleccionado. Você pode no entanto seleccionar qualquer acorde de qualquer compasso clicando -o e fixando-o.
PROGRESSÃO DE
ACORDES
Esta lição requer uma boa dose de capacidade de "sentir" os sons. É a partir deste ponto que musica deixa de ser um conjunto de regras lógicas e assume seu caráter mais "artístico". Vamos lá. Toque um acorde maior qualquer, o de G, por exemplo. Ouviu? Sentiu? Agora toque um Gm. Ouviu a diferença? Sentiu a diferença? A maioria dos autores, quando tenta e xpressar com palavras esta diferença, costuma descrever o som do s acordes maiores como alegres, para cima, "up" e outros adjetivos similares, enquanto os acordes menores são descritos com sendo exatamente ao contrário, ou seja, tristes, para baixo , "down" . Assim, músicas com motivos tristes, de "fossa", etc, tendem a ser construidas em tons menores, ao contrário das musicas alegres, que exprimem felicidade. Este tipo de sentimento que é normalmente gerado por diferentes acordes é também utilizado na construção de padrões sequênciais pré-definidos, ou seja, que contem sequências de acordes, denominadas progressões. À prática. Pegue uma sequência de acordes qualquer numa canção, uma como C F G C. Isto é uma progressão de acordes. Entendeu? Agora ao que realmente interessa. Pegue uma guitarra e toque esta progressão. Repita a seqüência várias vezes experimentando diferentes ritmos e batidas. Parece que todos os acorde se encaixam perfeitamente? Soa familiar? Pois bem, devia. Você deveria ser também capaz de perceber (sentir?) que quando chega ao G ele parece estar pedindo que uma outra nota seja tocada logo em seguida. Este "apelo" é comumente denominado de tensão . Ou seja, certas notas conduzem à um crescendo, à um acúmulo de tensão. Quando você volta ao C esta tensão é liberada. Da próxima vez que ouvir uma boa musica (clássica ou popular) tente perceber a tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüênci a a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V , e tem justamente estas características, quais sejam, acúmulo de t ensão e posterior liberação. É capaz de adivinhar porque ela é denominada de I IV V ? ... porque é composta dos ac ordes de número I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo: escala maior C
Dm
I
IIm
Em
IIIm
F
IV
G
Am
B dim
C
V
VIm
VII dim
VIII
Escala menor Im
II dim
III bem
IVm
V
VI bem VII bem VIII m
Cm
D dim E bem
Fm
G
A bem
B bem
Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D . Volte à lição II e confira. Monte esta mesma progressão para as diferentes escalas. Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C E F . E na escala de E? Isto mesmo, E G# A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas.. Nos vamos voltar às progressões quando falarmos de blues. Há, entretanto, duas coisas que deve lem brar neste momento: (1) um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas e (2) as progre ssões constituem-se apenas numa base que perm ite inúmeras variações, e não em regras fixas. Aliás, os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam estas progressões sem, entretanto, quebrar a harmonia do conjunto musical. Em outras pal avras, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes (o termo criatividade em toda sua extensão). BLUES - Um Pouco de História
Muito se tem escrito e falado sobre a origem do Blues que, evidentemente, permanecerá incerta para sempre. Não obstante é possível traçar algumas de suas mais significativas influências, quais sejam, os cantos de trabalho e os "hollers" (lamentos). Os cantos de trabalhos eram tipicamente utilizados por negros trabalhando em grupos no sul dos Estados Unidos, particularmente no Mississipi e Louisiana. Um solista cantava f rases curtas que eram então repetidas pelo conjunto dos demais trabalhadores. Estas f rases eram emitidas de forma mais ou m enos lenta e ritmada,
na verdade no ritmo em que se desenvolvia o trabalho. Você provavelmente já deve ter visto isso em algum filme (especialmente aqueles que apresentam um grupo de presos trabalhando na beira de alguma estrada do Mississipi). Os "hollers", por outro lado, eram produzidos por i ndivíduos normalmente sozinhos e, por isto, os cant os eram bem mais altos. As atuais canções que se ouve nas igrejas negras protestantes do Estados Unidos ("spirituals") são claramente inspiradas neste estilo. Na musica africana, aonde evidentemente encontram-se as raízes do Blues, a escala m usical é pentatônica, ou seja, constituída por apenas 5 notas musicais. Escalas pentatônicas são ai nda hoje, principalmente devido a sua relativa simplicidade, utilizadas por musicos dos m ais diversos, inclusive no estilo Blues. Veremos este tipo de escala com mais detalhes na lição XI. Quando se interpretavam as canções de trabalho, ou os "holl ers", sem acompanhamento instrumental, como deve ter acontecido no principio quando os negros as cantavam no campo, a diferença entre a escala africana (pentatônica) e a escala européi a, que contem 7 notas musicais (a chamada escala diatônica, que poderia ser também denominada heptatônica), não trazia consigo qualquer problema. Entretanto, quando se tentava acompanhar estas mesmas canções com instrumentos musicais europeus, construídos para a escala diatônica, o conflito era inevitavel. Tal c onflito gerou o que hoje se conhece por blue notes, que são consideradas uma tentativa dos músicos af ro-americanos de tocar exatamente aquilo que cantavam. Estas blue notes são normalmente a III e a VII da escala, que são tocadas com aumento ou descida de meio tom (veremos isto também na lição XI). Outro aspecto interessante é a de que no Blues normalmente não se encontram canções inteiramente no modo menor. Veremos uma das progressões de acordes mais típicas do Blues na lição X. Não obstante, os solos podem ser amiúde realizados numa e scala menor, o que contribui para dar à este estilo musical uma conotação dúbia ou incerta. Uma conotação Blues, diriam os mais puristas. Evidentemente não pretendemos escrever um guia completo sobre Blues, nem mesmo um guia. Nossa intenção é de apenas introduzir as bases teóricas deste estilo, para que se possa, se não toca-lo, pelo menos ouvi-lo de forma mais crítica e apurada.
E
m l
S
i
m
i
Memor i e e exercite equenc i con f orme resen t o ixo, ocê erceberá que ár i s mus icas segue esse adrão e f ac ilitará mu ito quan to ocê ten tar tirar musicas apenas ouvindo as mesmas.
li
m i
Sequenc i 1
Sequenc i 2
F#
Bm
Em
A7
D
Sequenc i 3
G#m
C#m
F#m
B7
E
Sequenc i 4
Am
Dm
Gm
C7
F
Sequenc i 5
Bm
Em
Am
D7
Bm
E7
G
Sequenc i 6
C#m
F#m
A
Sequenc i 7
F#7 Pestana casa 2
D#m
G#m
Tonali ade
Sequenc i 1
Sequenc i 2
C#m
enor
F#7 Pestana casa2
F#7
B
Sequenc i 3
Sequenc i 4
pestana casa 1 Bmb
Sequenc i 5
Sequenc i 6
Sequenc i 7
pestana na casa 2 F#7.
Pestana na casa 2 F#7.
As sequencias aba ixo deixei de propósito sem os desenhos dos acordes , para que os alunos pesquisem no dicionar io de acordes , e comecem a memor i ar os mesmos. Do - Rem - Mim - Fa - Sol ± Lam -
Sidim - Do
DoM7 - Rem7 - Mim7 - FaM7 - Sol7 - Lam7 - Sim7b5 - DoM7
Fa Fa Solm Lam Sib Do Rem Midim FaM7 Solm7 Lam7 SibM7 Do7 Rem7 Mim7b5