LOBITOS
R.A.P.
PROG
SISTEMA DE PROGRESSO
MANUAIS
RESSO ANEXO 1: FOLHAS DE APOIO AO REGISTO:
DIAGNÓSTICO INICIAL e CCA
ANEXO 2: TEXTOS DE LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO ANEXO 3: ACTIVIDADES EDUCATIVAS
OBJECTIVOS EXTRA
ANEXO 4 JOGOS DE DIAGNÓSTICO
ANEXO 5 FICHAS DE DIAGNÓSTICO INICIAL QUADRO COM OBJECTIVOS EDUCATIVOS 017) (Jun.2
DIRIGENTE
Ver. 1.1
MANUAL DE APOIO - Sistema de Progresso - I SECÇÃO
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1
PERTENCE A : __________________________________________ AGRUPAMENTO: ________________________________________ REGIÃO: _______________________________________________ BAIRRO/RUA ONDE VIVO: ________________________________ CONTACTO: _____________________
COLECÇÃO DE MANUAIS ‘FLOR-DE-LIZ’ (DIRIGENTES) DIRIGENTES - Projecto Educativo - Manual comum às Secções (260 pág.) LOBITOS - I Secção - Projecto Educativo da I Secção (178 pág.) - Sistema de Progresso (130 pág.) - Caderno de Animação da Alcateia (modelos) (40 pág.) JÚNIORES - II Secção - Projecto Educativo II Secção (174 pág.) - Sistema de Progresso (76 pág.) SÉNIORES - III Secção - Projecto Educativo da III Secção (198 pág.) - Sistema de Progresso (74 pág.)
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CAMINHEIROS - IV Secção - Projecto Educativo da IV Secção (174 pág.)
FICHA TÉCNICA
AUTOR: Secretariado Nacional para o Programa de Jovens EDIÇÃO: ASSOCIAÇÃO DE ESCUTEIROS DE ANGOLA DIRECÇÃO: AEA – Departamentos Nacionais da lª, IIª, IIIª e IVª Secção Redacção, designer gráfico e paginação: P. Rui Carvalho, Missionário Passionista e Assessor do SNPJ para Publicação e Método ENDEREÇO: Associação de Escuteiros de Angola Junta Central, Nova Urbanização do Cacuaco, n.º 1 Colabora connosco enviando sugestões, dúvidas e correcções para:
[email protected];
[email protected];
[email protected];
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“A criança não aprende o que os mais velhos dizem, mas o que eles fazem!” B.P.
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Anexo 1 FOLHAS DE APOIO REGISTO DO
DIAGNÓSTICO INICIAL E
CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS E ATITUDES
C.6
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Anexo 2 TEXTOS PARA OPORTUNIDADES/ACTIVIDADES EDUCATIVAS (Ligação entre o Imaginário principal e os Objectivos Educativos da Alcateia)
C.6
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Área de Desenvolvimento FÍSICO (Cá) Cá, a pitão a quem os Bândarlougues chamam 'minhoca amarela sem pernas', é um dos animais da Selva com mais destreza física: para ela, praticamente não há obstáculos. Embora possua um carácter dúbio, acaba, no Livro da Selva, por se tornar profundamente amiga de Máugli. Conhece-o quando luta para o salvar do rapto dos Bândarlougues (1), satisfaz-lhe a curiosidade quanto às suas transformações físicas (2) e acaba por brincar frequentemente com ele, auxiliando-o a desenvolver a sua agilidade e a manter comportamentos saudáveis (3). F1. Participo em actividade físicas que me ajudam a ser mais ágil.
1 Desempenho: Cá defende Máugli dos Bândarlougues. “Cá mal acabara de escalar a muralha ocidental (…) e enroscou-se e desenroscou-se uma ou duas vezes para se certificar de que todos os palmos do seu comprido corpo estavam em boa forma. (…) O primeiro golpe foi dirigido para o centro da multidão que envolvia Bálú – foi despedido de boca fechada, em silêncio, e não foi preciso outro. Os macacos dispersaram aos gritos de: – Cá! É Cá! Fugi! Fugi! Máugli voltou-se e viu a cabeça do grande pitão balouçando-se um palmo acima da sua. – Este é então o homúnculo – disse Cá. (…) Acautela-te, homenzinho, que te não tome por macaco, ao crepúsculo, quando tiver mudado de pele. – Somos o mesmo sangue, eu e tu – respondeu Máugli. – Recebo a vida de tuas mãos esta noite. A minha caça será a tua caça, se alguma vez tiveres fome, ó Cá.” O Livro da Selva, A caçada de Cá, pp. 69-70, 72-73
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F2. Conheço os principais órgãos do meu corpo, sei onde estão localizados. F3. Conheço as principais diferenças do corpo das meninas e dos meninos.
2 Auto-conhecimento: Cá muda de pele. “Cá, a grande jibóia das rochas, mudara a pele talvez pela ducentésima vez desde que nascera; e Máugli, que nunca se esqueceu de que devera a vida a Cá, pela acção de uma noite nas Moradas Frias, de que talvez vos lembreis, foi felicitá-la. A muda de pele torna a serpente caprichosa e deprimida até que a pele nova comece a reluzir e a ter bonito aspecto. (…) – É perfeita até às escamas dos olhos – disse Máugli baixinho, brincando com a pele velha. – É estranho ver a cobertura da própria cabeça aos próprios pés! – Sim, mas a mim faltam-me os pés – disse Cá. – (…) Que te parece a minha capa nova? Máugli correu a mão de cima a baixo pelo axadrezado em diagonal do enorme dorso. – A tartaruga marinha tem o dorso mais duro, mas menos vistoso – disse ele. – A rã, que tem o meu nome, é mais vistosa, mas menos dura. É muito linda à vista.” O Segundo Livro da Selva, O acicate do rei, pp. 105-106
F4. Sei o que devo e não devo comer e que tenho que descansar. F5. Cuido do meu corpo e do meu aspecto. F6. Sei que há comportamentos e produtos que me podem fazer mal
3 Bem-estar físico: Máugli brinca com Cá. “– Vou-te levar eu – disse Máugli, e curvou-se a rir, para erguer a secção média do grande corpo de Cá, exactamente onde o tronco era mais grosso (…). Começou então o habitual jogo de todas as noites – o rapaz, no vigor da sua grande força, e o Pitão, na sua esplêndida pele nova, erguidos um em frente do outro para uma sessão de luta –, prova de vista e de força. Cá podia, evidentemente, esborrachar uma dúzia de Máuglis, se se não contivesse; mas jogava com cautela, e nunca soltava um décimo da sua força. Desde que Máugli tinha robustez suficiente para aguentar um pouco de tratamento duro, Cá ensinara-lhe o jogo e este exercitava-lhe os membros como nenhum outro.” O Segundo Livro da Selva, O acicate do rei, p. 106 - Sistema de Progresso - I SECÇÃO Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
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Área de Desenvolvimento AFECTIVO (Rakcha) Na idade dos Lobitos, a família (e sobretudo os educadores, por norma os pais) desempenha um papel fulcral. Por essa razão, optámos nesta área por uma das figuras parentais que surge no Livro da Selva: Rakcha, a Mãe Loba, que adopta Máugli incondicionalmente, mostrando como podemos darnos bem mesmo com os que são diferentes (1), defendendo-o de Xercane (2) e amando-o com todo o seu coração (3).
Rakcha
A1. Escolho as minhas amizades e dou-me bem com todos. A2. Escuto e respeito os mais velhos, tendo os pais como exemplo. A3. Distingo aquilo que gosto e não gosto e consigo falar sobre isso A4. Sei que meninos e meninas comportam-se de maneira diferente e respeito isso.
1
Relacionamento e sensibilidade: Rakcha acolhe Máugli no Covil. “– Que pequenino! Que nuzinho e que ousado! – disse brandamente Mãe Loba. (…) – Eia! Está a comer com os outros. Este é então um cachorro de homem. (…) Pai Lobo disse-lhe gravemente: – (…) O cachorro tem de ser apresentado à alcateia. Queres ainda conservá-lo, Mãe? – Conservá-lo! – disse ela, arquejante. – Chegou nu, de noite, só e esfomeado; todavia, não tinha medo! (…) Se o quero conservar? Pois que dúvida? Está quieto, rãzinha.” O Livro da Selva, Os irmãos de Máugli, pp. 16, 19
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A5. Sou capaz de falar daquilo que sinto.
2
Equilíbrio emocional: Rakcha defende Máugli de Chercane. “O rugido do tigre encheu o covil como um trovão. Mãe Loba sacudiu de si os Lobitos e avançou dum salto, com olhos que no escuro lembravam duas luas verdes, a desafiar o olhar chamejante de Xercane. – Sou eu, Rakcha [o Demónio], que respondo. – O cachorro de homem é meu, Langri – meu e só meu! E ninguém o matará. Viverá para correr com a alcateia e caçar com a alcateia; e no fim, repara bem, caçador de cachorrinhos nus, papa-rãs, mata-peixes – caçar-te-á a ti. E agora retira-te, senão, pelo sâmbar que matei (eu não como gado morto de fome), vais voltar para a tua mãe, fera queimada da selva, mais coxo do que vieste ao mundo! Vai-te! O Livro da Selva, Os irmãos de Máugli, pp. 18-19
A6. Sei quais são as minhas qualidades e os meus defeitos.
3 Auto-estima: Rakcha ama Máugli como ele é. “– Vou-te levar eu – disse Máugli, e curvou-se a rir, para erguer a secção média do grande corpo de Cá, exactamente onde o tronco era mais grosso (…). Começou então o habitual jogo de todas as noites – o rapaz, no vigor da sua grande força, e o Pitão, na sua esplêndida pele nova, erguidos um em frente do outro para uma sessão de luta –, prova de vista e de força. Cá podia, evidentemente, esborrachar uma dúzia de Máuglis, se se não contivesse; mas jogava com cautela, e nunca soltava um décimo da sua força. Desde que Máugli tinha robustez suficiente para aguentar um pouco de tratamento duro, Cá ensinara-lhe o jogo e este exercitava-lhe os membros como nenhum outro.” O Segundo Livro da Selva, O acicate do rei, p. 106
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Desenvolvimento do CARÁCTER (Bálú) Bálú é, no Livro da Selva, o animal responsável pelo desenvolvimento do carácter de Máugli. De facto, é ele que ensina os preceitos da Lei da Jangal (que, na Iª secção, está corporizada na Lei e nas Máximas do Lobito). Assim, ele ensina a Máugli a Lei (1), ensina-o a cumpri-la da melhor forma, pensando no que faz e não desistindo (2) e orgulha-se da aprendizagem do ‘Cachorro de Homem’, que se revela particularmente respeitador e capaz (3).
Bálú
C1. Sei a Lei e as Máximas da Alcateia. C2. Tenho em conta a opinião dos mais velhos quando tomo decisões. C3. Participo em Actividades que me ajudam a apreender coisas novas.
1 Autonomia:
Bálú ensina a Lei da Selva.
“ Bálú, o mestre da Lei, ensinou-lhe as leis dos bosques e das águas: a distinguir um ramo podre dum são; a falar cortesmente às abelhas silvestres quando encontrasse uma colmeia destas a cinquenta pés do solo; o que havia de dizer ao morcego Mangue, quando o importunasse nos ramos ao meio-dia, e a adverti as cobras-d’água, nos lagos, antes de mergulhar no meio delas. (…) Depois Máugli aprendeu também o grito de caça do forasteiro, que tem de se repetir com força até obter resposta, todas as vezes que um dos moradores da Selva caça fora do seu próprio terreno. Quer dizer em tradução: «Dai-me licença de caçar aqui porque tenho fome.» E a resposta é: «Caça então para comer, mas não por prazer».” O Livro da Selva, A caçada de Cá, pp. 46-47
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C4. Cumpro as tarefas que me são dadas, porque sei que isso é importante. C5. Não desisto, mesmo quando as tarefas são difíceis. C6. Reconheço que as minhas acções têm consequências.
2
Responsabilidade: Bálú ajuda a cumprir a Lei.
“O rugido do tigre encheu o covil como um trovão. Mãe Loba sacudiu de si os Lobitos e avançou dum salto, com olhos que no escuro lembravam duas luas verdes, a desafiar o olhar chamejante de Xercane. – Sou eu, Rakcha [o Demónio], que respondo. – O cachorro de homem é meu, Langri – meu e só meu! E ninguém o matará. Viverá para correr com a alcateia e caçar com a alcateia; e no fim, repara bem, caçador de cachorrinhos nus, papa-rãs, mata-peixes – caçar-te-á a ti. E agora retira-te, senão, pelo sâmbar que matei (eu não como gado morto de fome), vais voltar para a tua mãe, fera queimada da selva, mais coxo do que vieste ao mundo! Vai-te! O Livro da Selva, Os irmãos de Máugli, pp. 18-19
3
Coerência: Bálú orgulha-se de Máugli.
“– Sus! Sus! Sus! Sus! Illo! Illo! Illo, olha cá para cima, Bálú da Alcateia de Seiôuni! (…) Vi Máugli entre os Bândarlougue. Ordenou-me que to dissesse. (…) – Papo cheio e sono profundo te desejamos, Tchill – disse Báguirá. – Hei-de lembrar-me de ti logo que matar e reservarei a cabeça para ti só, ó modelo de milhafres! – Nada! Não há de quê. O rapaz lembrou-se da palavra-mestra. Eu não podia fazer outra coisa. – E Tchill subiu às voltas para o seu poiso. – Não se esqueceu de se servir da língua – disse Bálú, com um risinho de orgulho. – Imagine-se uma pessoa tão jovem a lembrar-se da palavra-mestra das aves enquanto o arrastavam através das árvores!” O Livro da Selva, A caçada de Cá, pp. 60-61
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Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL (Hati) Hati, o elefante, é, no Livro da Selva, o animal que domina todos os conhecimentos sobre a Jangal, sendo respeitado por todos por ser sensato e bom conselheiro. Ele é o fiel depositário de toda a Sabedoria da Selva, que apresenta nas histórias maravilhosas que conta e que permitem aos bichos compreender o mundo e sentir-se uma família unida. Uma delas é da criação de tudo o que existe e da forma como a selva é uma família (1). A Sabedoria da Selva está ainda repleta de valores morais (que o Lobito descobre à medida que aprofunda o conhecimento sobre Jesus) ligados ao bem e à tolerância (2). São todos estes ensinamentos que Hati transmite a todos os bichos e a Máugli, para que em cada dia respeitem o mundo em que vivem e compreendam o que é, de facto, importante. E1. Conheço as primeiras histórias do Livro Sagrado que a minha Igreja/ Credo usa. E2. Sei a história do Enviado/Profeta/Mensageiro maior da minha Igreja/Credo. E3. Sei que a minha Igreja/Credo é uma família a que eu pertenço.
1 Descoberta: Hati conta a história de Tha. “– …Calai-vos aí nas margens que eu vou contar-vos a história. (…) Sabeis, meus filhos – começou –, de todas as coisas, o homem é a que mais temeis. (…) E não sabeis porque temeis o Homem? – continuou Hati. – Eis a razão: no começo da Selva, e ninguém sabe quando isso foi, nós os da Selva andávamos juntos sem receio uns dos outros (…) E o Senhor da Selva era Tha, o Primeiro dos Elefantes. Este extraiu a Selva das águas profundas com a tromba; e onde fez sulcos no chão com os dentes aí correram os rios; e onde bateu com a pata, apareceram lagos de boa água; e quando soprava pela tromba, assim, as árvores caíam. Foi deste modo que a Selva foi feita, e assim me contaram a história. (…) Nesses tempos não havia trigo, nem melões, nem pimenta, nem cana-deaçúcar, e tão pouco existiam pequenas choupanas como as que todos conheceis;
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e os moradores da Selva nada sabiam do Homem, mas viviam na Selva juntos, formando um só povo.” O Segundo Livro da Selva, Como nasceu o medo, p. 18
E4. Sei que a oração diária é uma maneira de falar com Deus. E5. Imito o Enviado/Profeta/Mensageiro maior da minha religião. E6. Sei que existem diferentes religiões.
2 Aprofundamento: Hati guarda toda a Sabedoria da Selva. ““Pedira as palavras-mestras a Hati, o elefante selvagem, que sabe todas as coisas.” A caçada de Cá, 49 “O calor continuava e devorava toda a humidade, até que por fim o canal maior do Ueinganga era o único que levava um fiozinho de água entre as suas margens mortas; e quando o elefante bravo, Hati, que vive cem anos e mais, viu aparecer, precisamente no meio do rio, uma crista de rocha extensa, magra e azul, sabia que estava a ver a Rocha da Paz, e, sem mais delongas, ergueu a tromba e proclamou a Trégua da Sede (…). Pela Lei da Selva é réu de morte quem matar nos bebedouros logo que se tenha declarado a Trégua da Sede. (…) Os moradores da Selva aproximavam-se, famintos e exaustos, do rio sumido – tigre, urso, veado, búfalo e porco, todos em conjunto, bebiam das águas conspurcadas (…). – Homem! – disse Xercane tranquilamente. – Matei um, há uma hora. (…) Tinha esse direito na minha noite, como sabes, ó Hati. – Xercane falava quase cortesmente. – Sei, sim – respondeu Hati; e após breve pausa: – Já saciaste a sede? (…) Então vai-te. O rio é para beber e não para conspurcar. Ninguém senão o Tigre Coxo seria capaz de se gabar do seu direito nesta época em que todos nós sofremos. (…) – Qual é o direito de Xercane, ó Hati? [– perguntou Máugli.] (…) – É uma história velha – disse Hati –, uma história mais velha que a Selva (…). Hati avançou até lhe dar a água pelos joelhos no pego do Penedo da Paz. Embora magro, enrugado e de presas amarelas, tinha o ar do que a Selva via nele – o seu senhor.” O Segundo Livro da Selva, Como nasceu o medo, pp. 11, 16-17 - Sistema de Progresso - I SECÇÃO Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
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Área de Desenvolvimento INTELECTUAL (Báguirá) Báguirá
O Lobito é, por inerência, muito curioso: interessa-se por tudo, adora descobrir coisas novas. Báguirá, a pantera negra que, com a sua inteligência e imaginação, protege Máugli, contribuindo decisivamente para a sua entrada na Alcateia de Seiôuni (3), é, no Livro da Selva, o animal que ajuda o ‘Cachorro de Homem’ a trilhar novos caminhos. Assim é ela que lhe ensina os segredos da caça, ajudando-o a escolher o que é mais conveniente e interessante (1), e a usar o que aprende para ser melhor e mais capaz (2)..
I1. Proponho à Alcateia temas e assuntos novos para pesquisar. I2. Sei onde procurar e guardar novas informações. I3. Sou capaz de escolher o que mais gostava de fazer e aprender.
1 Procura do conhecimento: Máugli e Báguirá caçam juntos. “– Espera – disse Báguirá, atirando-se para a rente quanto podia num soberbo salto. A primeira coisa a fazer quando a pista se não entende é dar um lanço para diante, sem deixar as próprias pegadas no chão. Báguirá voltou-se ao cair em terra e enfrentou Máugli, bradando: – Aqui vem outra pista ao encontro dele. O pé é mais pequeno, o da segunda pista, e os dedos virados para dentro! Máugli aproximou-se a correr e observou a nova pista. – É o pé de um caçador Gonde – disse. – Olha, aqui arrastou o arco sobre a erva. Foi a razão por que a primeira pista se desviou tão de repente. O Pé Grande ocultou-se do Pé Pequeno. – É verdade – disse Báguirá. – Agora, para não desmancharmos as pegadas ao cruzar o rasto um do outro, cada um de nós siga uma pista. (…) Continuaram a correr outra meia milha, mantendo sempre a mesma distância pouco mais ou menos, até que Máugli, que não levava a cabeça
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tão perto do chão como Báguirá, exclamou: – Já se encontraram. Boa Caça.” O Segundo Livro da Selva, O acicate do rei, pp. 118, 120
I4. Sou desembaraçado e uso as coisas que aprendo para resolver problemas. I5. Sei dizer quando há um problema e o que é preciso fazer para o resolver. I6. Gosto de imaginar e fazer coisas novas.
2 Resolução de problemas: Báguirá responsabiliza Máugli. “– Eu não vi senão uma grande serpente a descrever círculos caprichosos até que escureceu. E tinha o focinho todo ferido. Ora! Ora! – Máugli – disse Báguirá, colérica –, tinha o focinho ferido por tua causa; assim como eu tenho as orelhas, ilhargas e patas doridas, e Bálu o pescoço e as espáduas, por tua causa. Nem Bálu nem Báguirá poderão ter gosto na caça durante muitos dias. (…) E tudo isto, cachorro de homem, por teres brincado com os Bândarlougues. – Verdade, é verdade – disse Máugli, pesaroso. – Sou um malvado cachorro de homem, e trago cá dentro o coração muito triste. (…) Bálu não queria meter Máugli em mais apuros, mas também não podia torcer a Lei; portanto, tartamudeou: – O arrependimento não suspende o castigo. Mas lembra-te, Báguirá, de que ele é pequenino. – Descansa que não me esqueço, mas portou-se mal, e tem de ser punido. Máugli, tens alguma coisa a alegar? – Nada. Procedi mal. Tu e Bálu estais feridos. É justo.” O Livro da Selva, A caçada de Cá, pp. 75-76
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Área de Desenvolvimento SOCIAL (Àquêlà) Àquêlà, o Lobo Solitário que chefia a Alcateia de Seiôuni, é, para Máugli, o exemplo do Guia. De facto, ele consegue orientar de forma correcta e respeitosa as reuniões na Rocha do Conselho (1) e sabe discernir como pode ser útil: quando, já velho, é obrigado a ceder o seu lugar de Chefe da Alcateia a outro, tem humildade suficiente para ficar e ajudar Fao, que agora é o responsável pelo Povo Livre (2); quando Máugli mata Xercane, ele desempenha na perfeição as tarefas que Máugli guardou para ele, não impondo ditatorialmente a sua autoridade (3). S1. Conheço as regras de boa educação que me fazem dar bem com os outros. S2. Participo da melhor vontade em todas as Actividades. S3. Respeito aquilo que é de todos. S4. Não me aborreço/chateio quando perco nas votações.
1
Exercer activamente a cidadania: Àquêlà orienta as reuniões na Rocha do Conselho.
“Àquêlà, o grande lobo cinzento solitário, que governava a alcateia por força e astúcia, jazia a todo o comprido no seu rochedo (…). Por fim – e as cerdas do pescoço de Mãe Loba retesaram-se ao chegar o momento – Pai Lobo empurrou «Máugli, a Rã», como lhe chamavam, para o centro (…). Ouviu-se por detrás do rochedo um rugido abafado – a voz de Xercane bradando: – O cachorro é meu. Entregai-mo. (…) – Àquêlà nem sequer mexeu as orelhas e disse apenas: – Reparai bem, ó lobos! Que tem a gente livre que ver com as ordens de quem quer que seja, senão do Povo Livre? Reparai bem! (…) Quem defende este cachorro? (…) – O cachorro de homem? O cachorro de homem? – disse [Bálu]. – Falo
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eu pelo cachorro de homem. (…) – Precisamos doutro ainda – disse Àquêlà. – Bálu já falou, que é mestre dos nossos Lobitos novos. Quem o acompanha? Uma sombra negra caiu dentro do círculo. Era Báguirá (…). – Leva-o – disse ele a Pai Lobo –, e cria-o como convém a um da gente livre.” O Livro da Selva, Os irmãos de Máugli, pp. 20, 22-23, 25
S5. Procuro ser útil aos outros no meu bairro.. S6. Sou capaz de escutar e dar importância às opiniões dos outros, aguardando a minha vez de falar.
2
Solidariedade e tolerância: Àquêlà ajuda Fao.
“Os lobos novos, os filhos da Alcateia de Seiôuni, que se dissolvera, prosperavam e aumentavam, e quando atingiram o número aproximado de quarenta elementos de cinco anos, mas sem Chefe, de voz plena e pés limpos, Àquêlà disse-lhes que se deviam juntar para seguir a Lei e andar sob as ordens de um Chefe, como competia ao Povo Livre. (… ) Quando Fao, filho de Faona (o pai deste era o Pisteiro Cinzento dos bons tempos de Àquêlà) se guindou à chefia da Alcateia, em sucessivos combates, de harmonia com a Lei da Selva, e as velhas vozes e canções começaram a ouvir-se mais uma vez sob as estrelas, Máugli apareceu na Rocha do Conselho para recordação. Quando lhe apeteceu falar, a Alcateia escutou até ao fim (…). Fao e Àquêlà estavam juntos sobre a rocha, e abaixo deles, de nervos tensíssimos, sentavam-se os outros.” O Segundo Livro da Selva, Mabecos, pp. 156-157
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3ª DENTADA
LOBITO NA SELVA
1ª DENTADA
2ª DENTADA
Lobito ENTRA NA ALCATEIA
Lobito VIVE NA ALCATEIA
ADESÃO
PATA-TENRA
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Anexo 3
SUGESTÕES DE OPORTUNIDADES/ACTIVIDADES EDUCATIVAS
(Actividades e ideias que podem ser usadas como ‘guia’ para cumprir os Objectivos das 3 Dentadas do Sistema de Progresso)
C.6 - Sistema de Progresso - I SECÇÃO Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
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Crescer!
versão em revisão v. 1.1
Objectivos Educativos I SECÇÃO
F1. Participo em actividades físicas que me ajudam a ser mais ágil.
F2. Conheço os principais órgãos do meu corpo, sei onde estão localizados.
2ª Dentada
F3. Conheço as principais diferenças do corpo das meninas e dos meninos.
F4. Sei o que devo e não devo comer e que tenho que descansar.
3ª Dentada
F5. Cuido do meu corpo e do meu aspecto.
F6. Sei que há comportamentos e produtos que me podem fazer mal.
1ª Dentada
A1. Escolho as minhas amizades e dou-me bem com todos.
A2. Escuto e respeito os mais velhos, tendo os pais como exemplo.
2ª Dentada
A3. Distingo aquilo que gosto e não gosto e consigo falar sobre isso.
A4. Sei que meninos e meninas comportam-se de maneira diferente e respeito isso.
3ª Dentada
A5. Sou capaz de falar daquilo que sinto.
A6. Sei quais são as minhas qualidades e os meus defeitos.
1ª Dentada
C1. Sei a Lei e as Máximas da Alcateia.
C2. Tenho em conta a opinião dos mais velhos quando tomo decisões.
2ª Dentada
C3. Participo em Actividades que me ajudam a apreender coisas novas.
C4. Cumpro as tarefas que me são dadas, porque sei que isso é importante.
3ª Dentada
C5. Não desisto, mesmo quando as tarefas são difíceis.
C6. Reconheço que as minhas acções têm consequências.
E1. Conheço as primeiras histórias do Livro Sagrado que a minha Igreja/ Credo usa.
E2. Sei a história do Enviado/Profeta/ Mensageiro maior da minha Igreja/ Credo.
2ª Dentada
E3. Sei que a minha Igreja/Credo é uma família a que eu pertenço.
E4. Sei que a oração diária é uma maneira de falar com Deus.
3ª Dentada
E5. Imito o Enviado/Profeta/Mensageiro maior da minha religião.
E6. Sei que existem diferentes religiões.
1ª Dentada
I1. Proponho à Alcateia temas e assuntos novos para pesquisar.
I2. Sei onde procurar e guardar novas informações.
2ª Dentada
I3. Sou capaz de escolher o que mais gostava de fazer e aprender.
I4. Sou desembaraçado e uso as coisas que aprendo para resolver problemas.
3ª Dentada
I5. Sei dizer quando há um problema e o que é preciso fazer para o resolver.
I6. Gosto de imaginar e fazer coisas novas.
1ª Dentada
S1. Conheço as regras de boa educação que me fazem dar bem com os outros.
S2. Participo da melhor vontade em todas as Actividades.
2ª Dentada
S3. Respeito aquilo que é de todos.
S4. Não me aborreço/chateio quando perco nas votações.
3ª Dentada
S5. Procuro ser útil aos outros no meu bairro.
S6. Sou capaz de escutar e dar importância às opiniões dos outros, aguardando a minha vez de falar
LOBITO VIVE NA ALCATEIA LOBITO NA SELVA
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA LOBITO VIVE NA ALCATEIA LOBITO NA SELVA
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA LOBITO VIVE NA ALCATEIA LOBITO NA SELVA 1ª Dentada
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA LOBITO VIVE NA ALCATEIA LOBITO NA SELVA
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA LOBITO VIVE NA ALCATEIA
Design: Rui Carvalho -
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LOBITO NA SELVA
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA LOBITO VIVE NA ALCATEIA LOBITO NA SELVA
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SECÇÃO - Sistema de Progresso - de ManualIde Apoio à Formação - Programa (Agrupamento Educativo S. Paulo da Cruz-Uíge) - LOBITOS - ESCUTEIROS - I de SECÇÃO Associação Escuteiros Angola (A.E.A.) Piloto Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A. Fase
Colecção ‘Sempre Alerta’ - A.E.A. MANUAIS
R.A.P.
versão em revisão
R.A.P.
2016 - 2017
versão em revisão
1ª Dentada
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA
30
LOBITOS
1ª DENTADA
LOBITO ENTRA NA ALCATEIA ‘BRONZE’
- Sistema de Progresso - I SECÇÃO Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
MANUAIS
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Desenvolvimento FÍSICO
Dimensão da personalidade: o corpo
LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (CÁ DEFENDE MÁUGLI DOS BÂNDARLOUGUES) DESEMPENHO [rentabilizar e desenvolver as suas capacidades, destreza física; conhecer os seus limites] u (CÁ MUDA DE PELE) AUTO-CONHECIMENTO [conhecimento e aceitação do seu corpo e do seu processo de maturação] u (MÁUGLI BRINCA COM CÁ) BEM-ESTAR FÍSICO [manutenção e promoção: exercício; higiene; nutrição; evitar comportamentos de risco]
Objectivos Educativos
F1. Participo em actividades físicas que me ajudam a ser mais ágil.
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SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Treino de respiração: aprender a coordenar a respiração ou ensinar outros a fazê-lo, explicando porque é que é importante. Relacionamento interpessoal - Participar em jogos com o bando em que é necessária a entreajuda (por exemplo, transportar um elemento em braços, percorrer um caminho com os pés ligados ou olhos vendados, sob a direcção do guia, etc.)
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Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
Objectivos Educativos Finais: F1. Praticar actividade física que promova o desenvolvimento e manutenção da agilidade, flexibilidade e destreza de forma adequada à sua idade, capacidade e limitações. Esclarecimento e avaliação Procura-se que o Lobito se desenvolva, em termos físicos, a nível da desenvoltura (agilidade, flexibilidade) e da coordenação motora (habilidade e destreza), tendo em atenção as suas limitações e potencialidades. Pistas para avaliação: Demonstra interesse por actividades físicas diversificadas? Participa em várias? Demonstra agilidade? É capaz de coordenar os seus movimentos em diversas situações (jogos de perícia, danças, etc.)? Revela habilidade manual adequada ao seu desenvolvimento?
Vivência de Alcateia - Praticar na Alcateia diversos jogos tradicionais (barra do lenço, malha, etc.). Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a actividade física de Máugli na Alcateia (‘A Caçada de Cá’ ou ‘O Acicate do Rei’) Animação - Executar danças e canções com movimentos. - Improvisar instrumentos musicais (com paus, pedras, etc.) e treinar a coordenação rítmica. Técnica - Aprender a fazer e aplicar diversos nós (nó direito e de correr, de barqueiro e cabeça de cotovia, de oito e lais de guia, pedreiro e escota) e saber enrolar uma espia (pode-se usar o Livro da Selva para explicar os nós). Expressão plástica - Coser um botão. - Fazer um objecto que implique colagens minuciosas (com missangas ou conchas pequenas, por exemplo). Vida na Natureza - Proporcionar momentos de ginástica matinal. - Jogos que impliquem coordenação de diversos tipos: exercícios de equilíbrio, camba lhotas, mini-basquetebol, estafetas, corridas de bicicleta, jogos aquáticos, etc. - Gincana ou estafeta em terra ou água com vários obstáculos.
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Desenvolvimento FÍSICO Objectivos Educativos
F2. Conheço os principais órgãos do meu corpo, sei onde estão localizados.
Objectivos Educativos Finais: F2. Conhecer e aceitar o desenvolvimento e amadurecimento do seu corpo com naturalidade.
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SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Fazer uma apresentação dos principais órgãos do corpo humano, identificando os principais riscos para cada um deles se houver um estilo de vida não saudável. Relacionamento interpessoal - Jogo em que se verifica o que é capaz de fazer uma criança de 3 anos, outra com a idade de um Lobito e um adulto. - Cartões com nomes das partes do corpo e principais órgãos (o Lobito tem que as identificar no seu próprio corpo). - Praticar natação e jogos aquáticos, BTT ou outros desportos individuais ou colectivos. Vivência de Alcateia - Visitar um clube desportivo, por exemplo, e falar com os atletas para descobrir que partes do corpo têm que se desenvolver mais e porquê. - Caso estejam disponíveis: visitar exposições sobre o corpo humano. - Apresentar ao bando, ou fazer em bando, um trabalho feito sobre um órgão ou aparelho do corpo humano (por exemplo, um trabalho realizado na escola). - Jogar um “Trivial” sobre a anatomia humana.
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Esclarecimento e avaliação: Pretende-se que o Lobito tenha noção das partes constituintes do seu corpo e do seu funcionamento. Pistas para avaliação: Aceita com naturalidade o seu corpo? Identifica os seus principais órgãos? Localiza-os? Compreende minimamente a sua utilidade? Tem noção de que está a crescer? Relaciona doenças com problemas em determinadas partes do corpo?
Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a vida de Máugli na Alcateia (‘O Acicate do Rei’, no episódio em que Máugli exercita o seu corpo com a ajuda de Cá, ‘Corridas da Primavera’, etc.). Animação - Cantar canções sobre o corpo humano; Técnica - Medir pulsação antes e depois do exercício. Expressão plástica - Recortar e construir um mapa do corpo humano com espaços em branco para se colarem depois nomes dos órgãos. - Construir e montar um puzzle com imagens de partes do corpo para no final da cons trução se verificarem as diferenças. Vida na Natureza - Realizar raides com dificuldade e distância progressivamente maior (não começar por grandes distâncias), ensinando aos Lobitos como funcionam os seus músculos. Escreve aqui outras ideias/actividades: -
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Desenvolvimento AFECTIVO
Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções
LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (RACKCHA ACOLHE MÁUGLI NO COVIL) RELACIONAMENTO E SENSIBILIDADE [auto-expressão; intereducação; valorização dos laços familiares; opção de vida; sentido do belo e do estético] u (RACKCHA DEFENDE MÁUGLI DE XERCANE) EQUILÍBRIO EMOCIONAL [saber lidar com as emoções “controlar/exprimir”; manter um estado interior de liberdade; maturidade] u (RACKCHA AMA MÁUGLI COMO ELE É) AUTO-ESTIMA [conhecer-se; aceitar-se; valorizar-se]
Objectivos Educativos
A1.
Escolho as minhas amizades e dou-me bem com todos. Objectivos Educativos Finais: A1. Valorizar e demonstrar sensibilidade nas suas relações
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SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Auxílio, a outro Lobito, em actividades de forma desinteressada. - Construir, com o seu bando, um jogo para a Alcateia. Relacionamento interpessoal - Jogo do Amigo Secreto. - Jogos de inter-ajuda em que o papel de cada um, no bando, é essencial para vencer.
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afectivas, de modo consequente coma opção de vida assumida.
Vivência de Alcateia - Participar activamente nas reuniões de bando, aceitando os outros como são. - Acolher bem os aspirantes, explicando-lhes aspectos da vida quotidiana da Alcateia.
Esclarecimento e avaliação: Neste objectivo, procura-se que o Lobito demonstre capacidade para escolher de forma adequada os seus amigos, sem, com isso, deixar de se relacionar de forma positiva com os outros (ultrapassando situações de conflito e insegurança).
Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a entrada de Máugli na Alcateia (o seu acolhimento no Covil e na Rocha do Conselho).
Pistas para avaliação: Consegue dar-se bem com a generalidade das pessoas (mesmo não sendo muito amigo delas)? Consegue fazer escolhas a nível das suas amizades, baseando-se no carácter dos outros? Aceita os outros como eles são? É respeitador? É cordato? Provoca confusão? Mantém as amizades do Bando fora da Alcateia?
Animação - Fazer uma mímica em conjunto com outros Lobitos, demonstrando aceitar cada um como é. - Apresentar, com o seu bando, um número na Flor Vermelha. Técnica - Ensinar a Lobitos mais novos alguns nós (direito, torto, cabeça de cotovia, de barqueiro, de correr, de oito, lais de guia simples), demonstrando paciência. - Ensinar aos Aspirantes a saudação e o significado das insígnias do uniforme. Expressão plástica - Fazer um pequeno trabalho sobre “ser amigo”. - Fazer uma prenda para um amigo. - Fazer um brinquedo para oferecer numa festa de crianças (especialmento no dia 1 de Junho). - Desenhar cartões de parabéns e/ou de Boas Festas e/ou convites Vida na Natureza - Colaborar na montagem e desmontagem do campo (montar e desmontar tendas, limpar o local, etc.).
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Desenvolvimento AFECTIVO Objectivos Educativos
SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Visitar um lar/residência de 3ª idade, assim como algum idoso que viva sozinh@, animando um momento.
A2. Escuto e respeito os mais velhos, tendo os pais como exemplo.
Objectivos Educativos Finais: A2. Respeitar a existência de várias sensibilidades estéticas e artísticas, formando a sua opinião com sentido crítico.
Relacionamento interpessoal - Explicar a sua árvore genealógica. - Realizar uma actividade conjunta com os pais, onde estes desempenhem uma tarefa em conjunto com os filhos. - Realizar entrevistas a pessoas mais velhas sobre vários assuntos. Vivência de Alcateia - Ajudar o Àquêlà a preparar todo o material para uma actividade de Alcateia. - Conhecer as insígnias dos dirigentes do Agrupamento. - Entrevistar os dirigentes do Agrupamento. - Participar em Conselhos de Alcateia/Guias (para preparação de Caçadas, por exemplo), aceitando as opiniões dos Chefes. Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a vida de Máugli na Alcateia (respeito e obediência aos bichos da Selva que o ajudavam - por exemplo, a aprendizagem da Lei com Bálú ou a Caçada de Cá; a adopção de Máugli pela família dos lobos; o amor de Máugli pelos seus pais adoptivos e irmãos; a relação protectora de Máugli e Messua em ‘Tigre! Tigre!’, ‘A invasão da Selva’ ou ‘Corridas da Primavera’). Animação - Criar e representar uma peça em que se mencionem as regras da sociedade e respeito pelos mais velhos.
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Esclarecimento e avaliação: O intuito deste objectivo é ajudar o Lobito a: - assumir o seu lugar na família; - aceitar a autoridade parental - compreender que a harmonia familiar passa por estabelecer relações de amor e respeito entre todos. Pistas para avaliação: Demonstra respeito para com os mais velhos, mesmo que não sejam da sua família? Ouve o que têm para lhe dizer? Respeita a decisão dos mais velhos (pais, avós, etc.) mesmo que não goste dela? É obediente? É capaz de demonstrar afecto? Demonstra equilíbrio nas suas relações afectivas (relativamente a ciúmes, inveja, chamadas de atenção, agressividade, etc.)?
Técnica - Saber arrumar a sua mochila. - Colaborar na preparação de alimentos para uma refeição em campo. Expressão plástica - Realizar um pequeno trabalho sobre “a escola no tempo dos meus avós” ou “a profissão do meu pai”. Vida na Natureza - Deixar limpo o local de uma actividade, demons trando obediência. Escreve aqui outras ideias/actividades: -
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Desenvolvimento do CARÁCTER
Dimensão da personalidade: a atitude
LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (BÁLÚ ENSINA A LEI DA SELVA) AUTONOMIA [tornar-se independente; capacidade de optar; construir o seu quadro de referências] u (BÁLÚ AJUDA A CUMPRIR A LEI) RESPONSABILIDADE [ser consequente; perseverança e empenho; levar a bom termo um Projecto assumido] u (BÁLÚ ORGULHA-SE DE MÁUGLI) COERÊNCIA [viver de acordo com o seu sistema de valores; defender as suas ideias].
Objectivos Educativos
C1.
Sei a Lei e as Máximas da Alcateia. C1. Possuir e desenvolver um quadro de valores que são fruto de uma opção
consciente.
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SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Jogos vários: > Os Lobitos escrevem as Máximas e Lei em papéis e cada um escolhe e explica um artigo, dizendo como é que o cumpre e o que não se deve fazer. > Puzzle de construção da Lei e das Máximas. > De entre uma lista de actividades, escolher quais se associam a cada artigo da Lei e Máximas e quais as que não se devem praticar. > Escolher, no conjunto dos artigos da Lei e Máxi mas, aquele que parece mais difícil de atingir e explicar porque é que é difícil. O resto dos Lobitos dá sugestões sobre o que fazer.
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Esclarecimento e avaliação: Procura-se que o Lobito saiba a Lei e Máximas e demonstre capacidades de reflexão sobre o que significam, manifestando concordância com elas e assumindo-as como valores a seguir. PISTAS PARA AVALIAÇÃO: Consegue enumerar a Lei e as Máximas? Sabe explicar o seu significado?
- Oração para fazer à noite, em que o Lobito revê as atitudes que teve de acordo com a Lei e com as Máximas e as que não estiveram de acordo. Relacionamento interpessoal - Relembrar em casa as leis da Alcateia, dando-as a conhecer aos familiares. Vivência de Alcateia - Ensinar aos Lobitos mais novos a Lei e as Máximas. - Jogo de estafetas em que os Lobitos têm de ordenar a Lei e as Máximas. Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a vida de Máugli na Alcateia (Bálú ensina a Lei, Máugli cumpre a Lei em todos os momentos). Animação
- Utilizar as danças da Selva para explicar os artigos da Lei e Máximas.
É capaz de dar exemplos de cumprimento da Lei e das Máximas?
Técnica - Fazer uma gincana de obstáculos em que tenha de levar significados das Leis e Máximas para no final do percurso as colocar em frente às respectivas Leis e Máximas.
É capaz de se avaliar a este nível?
Expressão plástica - Construir um íman de frigorífico, um quadro ou um pequeno folheto com a Lei e as Máximas para levar para casa.
Sabe dar exemplos de momentos em que não cumpriu Lei ou Máximas, revelando capacidade de avaliação?
Vida na Natureza - Saída para pôr em aplicação, na Natureza, algumas Máximas (por exemplo, ser asseado, saber ver e ouvir, pensar primeiro no seu semelhante, etc.), através da limpeza de algum campo, observação de características da Natureza (cores, cheiros), proteger um animal ou planta, etc.
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Desenvolvimento do CARÁCTER Objectivos Educativos
C2. Tenho em conta a opinião dos mais velhos quando tomo decisões.
Objectivos Educativos Finais: C2. Ser capaz de formular e construir as suas próprias opções, assumindo-as com clareza.
SUGESTÃO de Oportunidades/Actividades Educativas que podem ser usadas para cumprir os objectivos Valores e Serviço - Tomar decisões correctas à hora de escolher participar ou não em actividades (por exemplo, vir à reunião ou ir a uma festa de anos; ir jogar à bola ou fazer os/as trabalhos/tarefas de casa). Relacionamento interpessoal - Escolha do Cargo que prefere (negociação, ouvir o Chefe, escolher consoante os diversos argumentos apresentados). Vivência de Alcateia - Escolha de uma proposta de caçada, ouvindo a opinião dos Chefes. - Partilha de opiniões e avaliação de actividades, ouvindo e aceitando a opinião dos mais velhos. Mística e Imaginário - Narração, dramatização ou actividade sobre a vida de Máugli na Alcateia (as lições de Bálú ou Báguirá, a conversa com Báguirá antes de deixar a Alcateia, as conversas com Messua (mãe humana de Máugli), a conversa com Cá perante a ameaça dos cães vermelhos, etc.). Animação
- Escutar a opinião dos Chefes na hora de es colher uma peça para a Flor Vermelha.
Técnica - Jogo de aplicação: ensinar alguns nós, explicando as suas diferentes aplicações. De seguida, dar aos Lobitos várias situações e levá-los a decidir que nó usariam em que ocasião.
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Esclarecimento e avaliação: Através deste objectivo, pretende-se que o Lobito, a partir das sugestões e conselhos dos mais velhos (adultos ou Lobitos mais velhos) demonstre capacidades para fazer e assumir escolhas. PISTAS PARA AVALIAÇÃO: Procura recolher opiniões à hora de tomar uma decisão?
Expressão plástica - Escolha de um objecto para fazer, como prenda (para um Dia do Pai ou da Mãe, por exemplo). O Chefe pode dar vários materiais e dar sugestões, vendo como é que os Lobitos reagem a elas. Vida na Natureza - Raide com jogo de pistas local a um ponto alto na serra mais próxima do teu Agrupamento. Ao longo do percurso encontrarão, certamente, zona de mata sensível. Pelo caminho terão que decidir qual será o percurso, seguindo-se a que a maioria decidir. Avaliar a decisão no final. Escreve aqui outras ideias/actividades: -
Ouve os adultos? Ouve o seu guia e os Lobitos mais velhos? Manifesta respeito pelas sugestões que lhe são dadas? É capaz de escolher o que é adequado? É demasiado influenciável? Toma decisões pensando no que de facto é melhor para si e para os outros? - Sistema de Progresso - I SECÇÃO Colecção ‘Flor de Liz’ - A.E.A.
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