UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESB CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DE MUDAS FLORESTAIS
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA NOVEMBRO DE 2009
INDICE 1. INTRODUÇÃO: 3. LOCALIZAÇÃO 4. CLASSIFICA CLASSIFICAÇ Ç O DOS VIVEIROS VIVEIROS FLORESTAIS FLORESTAIS 4.1 Quanto a duração: 4.1.1 Viveiros permanentes: 1.1.2 Viveiros Temporários:. 5. CAPACIDADE E EXTENSÃO DO VIVEIRO 6. PREPARO DA ÁREA PARA A CONSTRUÇÃO DO VIVEIRO FLORESTAL 7. INST INSTAL ALAÇ AÇ ES NE NECE CESS SS RIAS RIAS EM UM VIVE VIVEIR IRO O FLOR FLORES ESTA TALL 8. CONFECÇÃO DOS CANTEIROS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS EM RECIPIENTES. 9. PRODUÇÃO DE MUDAS VIA SEXUADA 9.1 Principais recipientes e sistemas de produção pr odução de mudas em uso no Brasil e em outros países. 9.1.1 Sacos plásticos 9.1.2 Tubetes 9.1.3 Blocos prensados 9.2 Recipientes e restrição radicial 9.3 Deformações radiciais e desempenho das mudas no campo 9.4 Substratos utilizados para a produção de mudas florestais 9.5 Fertilização Mineral 9.6 Semeadura 10. EMPACOTAMENTO DAS MUDAS VISANDO O TRANSPORTE PARA O CAMPO. 11. PARÂMETROS QUE DETERMINAM A QUALIDADE DE MUDAS FLORESTAIS. 11.2 Parâmetros morfológicos 11.2.1 Altura da parte aérea (H) 11.2.2 Diâmetro de colo 11.2.3 Relação H/D 11.2.4 Peso das mudas 11.3 Percentual de redução de peso de matéria fresca a peso de matéria seca 11.4 Parâmetros fisiológicos 11.4.1 Potencial de Regeneração de Raízes (PRR) 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VIVEIROS FLORESTAIS E PRODUÇÃO DE MUDAS VIA SEXUADA 1. INTRODUÇÃO A crescente expansão dessa área, aliada às exigências do mercado consumidor, força conseqüentemente, a busca de novas alternativas tecnológicas de mecanização da maioria das operações que envolve as atividades de reflorestamento. Neste sentido, o objetivo é estabelecer florestas altamente produtivas. A escolha criteriosa da espécie a ser utilizada, além de outros fatores, é importante para o êxito de um programa de reflorestamento. Não obstante, quando se pretende alcançar povoamentos mais produtivos, são as características das mudas a serem produzidas que indicam a qualidade das árvores a serem produzidas. Uma muda considerada de alto padrão de qualidade deve condizer de forma eficaz às novas tecnologias adotadas, suportar as adversidades do meio, apresentar altos percentuais de sobrevivência no campo, possibilitar a diminuição da freqüência dos tratos culturais do povoamento recém implantado e produzir árvores com volume e qualidades desejáveis. Nos últimos anos foi notória a evolução das técnicas de produção de mudas de espécies florestais nativas e exóticas, resultando assim, numa melhoria da qualidade das mudas produzidas. A luz dessas evidências, o presente trabalho tem como objetivo concentrar o máximo de informações sobre a produção de mudas de espécies florestais nativas e exóticas sob a ótica do fortalecimento dos empreendimentos florestais comerciais, recuperação de áreas degradadas e de recomposição de matas ciliares. 2. CONCEITO DE VIVEIROS FLORESTAIS Os Viveiros florestais correspondem a uma área específica de terreno onde são concentradas todas as atividades de produção, manutenção e seleção das mudas, até o momento das mesmas serem levadas para o plantio definitivo no campo e dessa forma, sobreviverem as condições adversas encontradas e apresentarem um desempenho satisfatório.
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3. LOCALIZAÇÃO A escolha do local para a construção de um viveiro florestal é de fundamental importância para que as metas possam ser atingidas. 3.1 Facilidade de acesso: As estradas devem estar em perfeitas condições de conservação. 3.2 Suprimento de água: Este é o fator limitante da produção de mudas em um viveiro florestal. 3.3 Distância da área de plantio: De preferência que seja construído próximo ao local de plantio. 3.4 Área livre de ervas daninhas: Essencial que a área esteja limpa para que não prejudique todas as atividades desenvolvidas no interior do viveiro. 3.5 Mão de obra: De preferência o viveiro deve estar bem servido de mão de obra treinada. 3.6 Declividade da área: Sugere-se uma declividade de 2%. 3.7 iluminação Solar: Quando as mudas a serem produzidas são de Eucalipto ou Pinus, não deve haver sombra. 3.8 Uso anterior da área: De preferência verificar o seu uso anterior para evitar problemas. 3.9 Condições Ambientais: Não recomenda-se construir um viveiro florestal em vales, baixadas ou localidades sujeitas a geadas ou algo semelhante. 4. CLASSIFICAÇÃO DOS VIVEIROS FLORESTAIS 4.1 Quanto a duração: 4.1.1 Viveiros permanentes: Correspondem aquele que são construídos para permanecer longos períodos produzindo mudas florestais. 4.1.2 Viveiros Temporários: Correspondem aqueles que são construídos apenas para o atendimento a um projeto florestal e após a conclusão, são desativados.
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4.2 Proteção do Sistema Radicial: 4.2.1 Viveiros em Raiz Nua: Corresponde a produção das mudas sem qualquer detritos de substrato aderidos às raízes. Portanto, são plantadas no campo sem o substrato o qual permanece no viveiro. 4.2.2 Viveiros em Recipientes: Corresponde as mudas produzidas em recipientes. Portanto, são plantadas no campo com o sistema radicial protegido pelo substrato.
Canteiros para produção de mudas em raiz nua
Mudas produzidas em canteiros suspensos e em sacolas plásticas e 5. CAPACIDADE E EXTENSÃO DO VIVEIRO A área de um viveiro florestal varia de acordo a uma série fatores entre os quais pode-se destacar: Do volume de mudas a ser produzidas; Éspécie e Espaçamento; Áreas Produtivas e não Produtivas; e Área de caminhos e edificações.
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Conjunto de partes de uma planta de um viveiro florestal 6. PREPARO DA ÁREA PARA A CONSTRUÇÃO DO VIVEIRO FLORESTAL
Terreno escolhido para a construção de um viveiro florestal Em caso do terreno escolhido não apresentar de acordo as recomendações técnicas de topografia, se faz necessário a terraplenagem visando deixá-lo em condições ideais.
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Operação de terraplenagem para a confecção dos canteiros 7. INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS EM UM VIVEIRO FLORESTAL Correspondem a todas as construções necessárias visando facilitar a administração e o manejo dos viveiros, tais como, Casa do Viveirista, Escritório, Sanitários/Banheiros, Galpão Fechado, almoxarifado, Cobertura, Quebra-ventos etc.
Construção das edificações no viveiro florestal 7.1 Quebra-vento: Corresponde a cortinas que tem por finalidade a proteção das mudas contra a ação prejudicial dos ventos. 8. CONFECÇÃO DOS CANTEIROS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS EM RECIPIENTES O encanteiramento é de fundamental importância que os canteiros sejam preparados obedecendo rigorosamente as orientações técnicas para que possa lograr êxito no seu empreendimento. Após a operação de terraplenagem, se faz 7
necessário a formação da base visando dar suporte os recipientes e consequentemente o encanteiramento.
Preparo da área para a confecção dos canteiros em viveiro de produção de mudas de eucalipto 8.1 Dimensões dos canteiros: Normalmente recomenda-se, para produção de mudas em sacolas plásticas, canteiros com o máximo de 1,20 m e largura em torno de 1,0 metros. Já o comprimento deve apresentar no máximo 30 metros. Quando se usa tubetes, normalmente os canteiros são constituídos de bandejas que podem estar no solo ou suspensa a aproximadamente 0,80 cm sustentada por fios de arame e cujo comprimento não deve passar de 30 metros. 8.2 Encanteiramento das embalagens: Quando a produção de mudas se faz em sacolas plásticas, estas devem ser bem encanteiradas, seguindo os padrões quanto as suas dimensões. Ainda devem ser protegidas de terra lateralmente.
Preparo da área para a confecção dos canteiros em viveiro de produção de mudas de espécies florestais nativas
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m 6 3 c
4 3 , 5 c m
m c 5, 6 1
Bandejas de polipropileno para produção de mudas em tubetes Encanteiramento de bandejas para produção de mudas de eucalipto
Enchimento e semeadura nos tubetes para produção de mudas de eucalipto 8.3 Caminhos, Ruas e Estradas: Normalmente deixa-se entre as ruas um espaço denominado de caminho de 0,60 cm de largura visando facilitar a movimentação de pessoal.
Disposição dos canteiros para produção de mudas de eucalipto
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9. PRODUÇÃO DE MUDAS VIA SEXUADA 9.1 Principais recipientes e sistemas de produção de mudas em uso no Brasil e em outros países. No Brasil, o sistema de produção de mudas nas últimas três décadas, envolveu diversas pesquisas com vários recipientes testados e usados, sempre visando a produção de mudas de melhor qualidade. O torrão paulista constituiu o recipiente de maior uso para espécies de Eucalyptus spp. e com grande contribuição para o setor florestal. Faz-se referências ainda, aos recipientes investigados por vários pesquisadores, como laminados de madeira, tubos de papelão, moldes de isopor, taquara, e tantos outros similares ou com suas próprias particularidades. Hoje ainda são usados alguns desses recipientes, considerados de baixo custo tais como, lâminas de madeira, taquara, e de papelão. Na escolha do recipiente deve-se priorizar os critérios para a sua escolha, tais como, a) distribuição das raízes; b) dimensões dos recipientes; c) reaproveitamento dos recipientes; d) custos; e) manuseio; e) disponibilidade; f) toxidez; e g) possibilidade de plantio com as mudas. Quanto ao uso de recipientes, atualmente no Brasil são dois os tipos mais usados, sacos plásticos (polietileno) e tubos de plástico rígido (tubetes). 9.1.1 Sacolas plásticas: Ainda são bastantes utilizados para a produção de mudas de várias espécies florestais. Estes devem ser providos de alguns furos na sua parte inferior visando o escoamento do excesso de umidade. O material que o constitui caracteriza-se pela difícil decomposição, motivo pelo qual necessita-se de ser retirados antes de se efetuar o plantio. Apesar do largo uso, algumas desvantagens são apontadas por vários pesquisadores: a) economicamente, constitui da impossibilidade de mecanização das atividades de produção das mudas; b) plantio manual, havendo a necessidade de retirada, pelo menos parcialmente, dos respectivos recipientes antes do plantio; c) tecnicamente, pode favorecer a ocorrência de deformações radiciais, prejudicando o desempenho das plantas no campo; d) quando o plantio das mudas for efetuado antes das mesmas completarem o período de rotação da espécie no viveiro e ainda, em condições de pouca pluviosidade, haverá comprometimento da sobrevivência e desenvolvimento inicial no campo.
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9.1.2 Tubetes: Os tubos de plásticos rígidos, também denominados de tubetes, vem a alguns anos substituindo, gradativamente os sacos plásticos. Trata-se de um modelo cônico, contendo quatro ou mais frisos internos longitudinais e eqüidistantes, os quais orienta o desenvolvimento das raízes laterais para a parte inferior, mais precisamente em direção ao orifício localizado no fundo do recipiente, cuja função é o escoamento do excesso de umidade e também, possibilitar a saída das raízes as quais, vem a ser podadas pelo ar. Ainda existem os tubetes de seção quadrada, cujas arestas internas oriundas do encontro das paredes, também direcionam as raízes para baixo e evita o seu crescimento em forma espiral. Alguns pesquisadores citam algumas vantagens do método: a) Diminui a necessidade de mão de obra em 50%, tanto no viveiro como no plantio, devido a mecanização e a facilidade operacional do processo; b) Diminui a necessidade de equipamentos; c) Melhores condições de trabalho, dada a sua ergonomia. Outros pesquisadores apontam algumas desvantagens desse método, como exemplo, os efeitos prejudiciais das chuvas para as mudas, pois o impacto das gotas sobre o substrato, quando este é vermiculita, causa em conseqüência, o desenraizamento da parte superior das mudas, por outro lado a ação das chuvas ou intensa irrigação, provoca a lixiviação dos nutrientes, diminuindo a eficiência da fertilização. Os pequenos volumes de substrato nestes recipientes, necessitam de constantes adubações em cobertura, visando compensar o processo de lixiviação dos elementos nutritivos e o desperdício da adubação líquida que se perdem por entre os espaços vazios existentes entre os tubetes, além de freqüentes regas para compensar a água que se perde no processo de percolação, principalmente quando se trabalha com espécies do gênero Pinus . 9.1.3 Blocos prensados: Trata-se de um novo sistema de produção de mudas, muito usado nos países escandinavos, principalmente na Finlândia onde foi desenvolvido. Baseia-se no uso de blocos prensados de turfa seca, apresentando 2 cm de espessura, altamente higroscópicos, expandindo para 7 cm, quando submetidos às regas normais, podendo no entanto, ser modificada na indústria, conforme às necessidades de outras espécies. Cada bloco contém 96 orifícios de poucos milímetros de profundidade, nos quais são colocadas as sementes, possibilitando assim a 11
produção de 96 mudas, espaçadas de 5 cm. No ato da fabricação são devidamente fertilizados. Os blocos prensados são postos em caixas de material plástico rígido com dimensões de 60 x 40 cm (ou conforme as exigências da espécie), com alturas iguais à espessura do material após sua expansão e providos lateralmente de frestas, sendo os fundos telados, visando promover a poda natural das raízes pivotantes. Estes blocos prensados, tão logo as mudas alcancem o desenvolvimento ideal para o plantio, são serrados em sentidos transversal e longitudinal, por meio de uma máquina específica, composta por duas partes em forma de L, providas de serras circulares paralelas, que passam pelas frestas das caixas nas duas direções, podando-se assim, as raízes laterais e individualizando as mudas em torrões. Cada torrão comporta uma muda e desprende-se do bloco, puxando a própria muda no sentido vertical. A produtividade de poda desta máquina, segundo estes autores, é de 1.500 a 2.000 caixas por turno de oito horas, usando três operadores, apresentando cerca de 1% de danos nas mudas resultantes desta operação, quando bem conduzidas.
Modelos de tubetes para produção de mudas de eucalipto
Modelo de bloco prensado para produção de mudas de eucalipto
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Mudas produzidas em bloco prensado 9.2 Recipientes e restrição radicial: Além dos inúmeros benefícios proporcionados pelos recipientes e mencionados neste trabalho, alguns tipos podem causar danos às raízes provocando má formação do sistema radicial gerando sérios problemas às mudas após o plantio. Investigações sugerem uma seqüência de observações fisiológicas que explicaria a senescência das mudas, constatando por exemplo que o estresse hídrico foi induzido pela restrição radicial, culminando com a redução da abertura dos estômatos, sendo estas modificações correlacionadas com o declínio do vigor das mudas e, finalmente com a senescência e neste sentido há a senescência foliar que iniciou-se com o déficit hídrico. A restrição radicial pode alterar a resistência à desidratação, causada por um conjunto de fatores, com prejuízo para sua condição hídrica. 9.3 Deformações radiciais e desempenho das mudas no campo: As deformações radiciais constituem em alterações de forma ou direção, sofridas por uma raiz em decorrência de um plantio realizado de forma inadequada, ou ainda, sua constrição no interior de um determinado recipiente, diferentemente da forma típica de crescimento do sistema radicial oriundo de mudas produzidas em grandes volumes de substrato ou meio de crescimento facilmente transponível. A ocorrência das deformações radiciais, oriundas de técnica de viveiro ou mesmo de
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plantio, é considerada comum em povoamentos no mundo, sua rigidez depende da espécie, sítio e morfologia da raiz no ato de plantio. 9.4 Substratos utilizados para a produção de mudas florestais: Substrato corresponde ao meio em que as raízes proliferam-se para fornecer suporte estrutural à parte aérea das mudas e também as necessárias quantidades de água, oxigênio e nutrientes. São vários os substratos destinados a produção de mudas florestais, podendo destacar: Vermiculita, composto orgânico,esterco bovino, moinha de carvão, terra de subsolo, serragem, bagaço de cana, acículas de Pinus , húmus de minhoca e resíduos sólidos. 9.5 Fertilização Mineral: Os substratos deve ser adubados com fertilizantes que contenham os elementos necessários ao desenvolvimento das mudas, tais como, os macronutrientes representados pelo nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre e pelos micronutrientes, ferro, zinco, cobre molibdênio, boro, maganês e cloro. A aplicação de fertilizantes deve estar de acordo com as necessidades das espécies. 9.6 Semeadura: A semeadura pode ser efetuada direto nos recipientes ou em sementeiras para posterior repicagem. Na primeira situação e sob o aspecto técnico, o sistema radicial apresenta um melhor desenvolvimento quando comparado a segunda situação. Ressalta-se que alguns aspectos devem levados em consideração neste item, tais como: a) qualidade das sementes; b) quebra de dormência de sementes; c) época de semeadura; d) quantidade de sementes; e) profundidade de semeadura; f) cobertura do leito de semeadura; e g) sombreamento. 9.6.1 Características das sementes: As sementes podem ser classificadas em: a) sementes com dimensões pequenas; b) sementes com dimensões médias; e c) sementes com dimensões grandes. Para cada grupo deve-se conhecer a forma de semeadura.
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Método de semeadura de sementes de eucalipto
Semeadura de sementes de eucalipto
Canteiros com mudas de eucalipto 15
9.6.2 Manutenção dos canteiros após a semeadura: Após a operação de cobertura dos canteiros, algumas operações de manutenção devem ser efetuadas incluindo-se o regime de regas, o raleamento, mondas ou capinas manuais, movimentação ou dança das mudas, rustificação ou aclimatação, o controle de pragas e doenças e o controle de ervas daninhas.
Irrigação das mudas nos canteiros após a a semeadura 10. EMPACOTAMENTO DAS MUDAS VISANDO O TRANSPORTE PARA O CAMPO As mudas, após a sua seleção no viveiro são empacotas em embalagens denominadas de “Rocambole” e transportadas para o campo, onde será definitivamente plantadas.
Confecção dos “Rocamboles” e transporte das mudas para o campo
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11. PARÂMETROS QUE DETERMINAM A QUALIDADE DE MUDAS FLORESTAIS A qualidade de um povoamento florestal está relacionada diretamente com a qualidade da muda a ser produzida e usada na sua implantação. Os critérios para a classificação das mudas considerada de bom padrão de qualidade, baseiam-se fundamentalmente, em duas razões de fundamental importância, ou seja, a) aumento do percentual de sobrevivência das mudas, após o plantio e b) redução na freqüência dos tratos culturais de manutenção do povoamento florestal. O uso de mudas de alto padrão de qualidade, possibilita o aumento da sobrevivência e reduz o replantio, operação considerada onerosa, tornando-se necessária apenas quando a sobrevivência não alcança índices aceitáveis, e também, para assegurar maior produção de madeira por unidade de área. 11.1 Classificação dos parâmetros morfofisiológicos indicadores da qualidade de mudas. Os parâmetros estudados pelos pesquisadores para conceituar a qualidade de mudas, são de duas naturezas, os parâmetros morfológicos, que se baseiam nas características fenotípicas e os parâmetros fisiológicos, os quais tem como base, os aspectos internos das mudas. 11.2 Parâmetros morfológicos: 11.2.1 Altura da parte aérea (H): Este parâmetro foi por muito tempo o único critério utilizado para avaliar a qualidade das mudas. Muitos viveiristas, para fins comerciais, utilizam adubação nitrogenada em quantidade excessiva, no intuito de proporcionar às mudas, um crescimento maior em altura, todavia, essa medida causa em conseqüência o enfraquecimento do estado fisiológico das plantas, comprometendo dessa forma, a sobrevivência após o plantio. 11.2.2 Diâmetro de colo: Muitas pesquisas até agora desenvolvidas por vários pesquisadores, têm comprovado existir forte correlação entre o diâmetro de colo e a percentagem de sobrevivência das mudas no campo após o plantio 17
11.2.3 Relação H/D: Conhecida como relação H/D, corresponde o equilíbrio de desenvolvimento das mudas no viveiro, uma vez que conjuga dois parâmetros em apenas um só índice, resultando num valor absoluto sem exprimir qualquer tipo de unidade. 11.2.4 Peso das mudas: Ao se reportar sobre o peso das mudas, como parâmetro de qualidade, devese considerar: a) determinação do peso da parte aérea; b) determinação do peso das raízes; c) determinação do peso total e d) determinação da percentagem de raízes. A forma de determinar o peso de matéria seca é feita em estufa a 105ºC, cujo material (parte aérea e/ou radicial), embalado em sacos de papel, permanece neste ambiente até alcançar um peso constante, o qual normalmente ocorre antes de um período de 24 horas, exceto para as raízes as quais, por apresentarem menor volume, atinge peso seco mais rapidamente. 11.3 Percentual de redução de peso de matéria fresca a peso de matéria seca. 11.3.1 Relações entre as partes aérea e radicial: O estabelecimento de relações entre a redução de peso verde a peso seco, diferenciadamente para, a parte aérea e raízes, constitui um importante parâmetro de avaliação da qualidade de mudas, todavia, é de conhecimento, outras relações entre pesos e dimensões que não separam estas partes, podendo ser consideradas além dos pesos, também os comprimentos das mudas (CARNEIRO, 1985). 11.4 Parâmetros fisiológicos: Muitos autores concluíram com evidência, que as qualidades fisiológicas de mudas, podem ser mais importante que os efeitos de ordem morfológicas. As medições desses parâmetros não são simples, tornando-se as vezes até complicadas, motivo pelo qual a partir dessas dificuldades, os viveiristas apesar de assimilar bem a extensão da qualidade morfológica, todavia, ainda persistem na omissão do estudo da fisiologia de mudas, embora tenha consciência da grande importância que este assunto apresenta. Esse autor ressalta ainda, que somente nos últimos anos é que foi iniciado de forma mais objetiva o estudo nesta área.
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A qualidade fisiológica e a capacidade de sobrevivência e crescimento no campo, não são necessariamente idênticas, citando como exemplo, duas mudas apresentando a mesma capacidade fisiológica, a muda de maiores dimensões poderá ser mais resistente a geadas ou apresentar maior poder de competição com a vegetação. Por outro lado a classificação morfológica pode não coincidir com a qualidade fisiológica de mudas, a coincidência pode explicar alta sobrevivência no campo após o plantio, de mudas consideradas de alta qualidade morfológica, como também baixa sobrevivência de mudas submetidas a uma mal classificação através desses parâmetros. Por outro lado, a ausência dessa coincidência pode demonstrar casos de baixa sobrevivência de mudas mau classificadas através desses parâmetros morfológicos. Dentre os parâmetros fisiológicos usados no estudo do sistema radicial com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica das mudas, está o potencial de regeneração de raízes (P.R.R.). 11.4.1 Potencial de regeneração de raízes (P.R.R.): O potencial de regeneração de raízes (P.R.R.), também denominado de “potencial de crescimento de raízes” (P.C.R.) por alguns pesquisadores, é tido como
a mais completa visão, até o momento, da avaliação de qualidade de mudas. Expressa a capacidade da muda em iniciar o processo de formação e multiplicação de novas raízes quando em ambiente favorável ao desenvolvimento do sistema radicial. As vantagens do uso do P.R.R. sobre estudos de desempenho no campo, inclui mais rapidez de aquisição de dados, redução dos custos com os testes e precisão nas medições da qualidade fisiológica, independente da qualidade do sítio e ano de plantio. A técnica para o estudo do P.R.R. consiste na poda das raízes a um comprimento padronizado, após a remoção cuidadosa das mudas dos canteiros. A seguir, faz-se o corte de todas as extremidades brancas visando a simplificação da identificação das novas raízes regeneradas. Posteriormente, as mudas são colocadas em recipientes com areia ou outro material em que as mesmas possam desenvolver-se livremente. Segundo este autor, o P.R.R. é determinado, após algumas semanas, por qualquer um dos seguintes procedimentos: Número total de extremidades e Comprimento total de novas raízes.
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11.4.1.1 Recipientes utilizados para o estudo do desenvolvimento do sistema radicial visando a avaliação (P.R.R.). Os recipientes utilizados para estes estudos são designados de rizômetros. Sob o ponto de vista científico, são identificados três tipos: tubos, caixas e aquários. Estes recipientes são dotados de paredes de vidro, sendo as caixas, com largura oscilando geralmente de 10 a 15 cm de largura apresentando fundos e paredes laterais de madeira, na qual encontra-se ranhuras para o encaixe dos vidros. Quando usadas, as caixas devem ser inclinadas obedecendo a um ângulo de 25-30º, para um melhor exame do sistema radicial das mudas. Os tubos são normalmente de plástico transparentes, havendo sempre a necessidade da existência de furos nas suas partes inferiores para o escorrimento da água em excesso, tanto nos tubos quanto nas caixas. Quanto aos aquários, ainda segundo este autor, são confeccionados de vidro transparente, apresentando apenas a tampa de compensado ou de isopor tendo como substrato, solução hidropônica para o crescimento das raízes.
Avaliação do Potencial de Regeneração de Raízes em aquários
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Raízes regeneradas em Aquários
Avaliação do Potencial de Regeneração de Raízes em caixas
Raízes regeneradas em Tubos
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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABBOTT, J. E. Operational planting of container grown slash pine seedling on problem sites. In: SOUTHERN CONTINERIZED FOREST TREE SEEDLINGS CONFERENCE. (1981: Savannah). Proceedings of the... New Orleans, 1982, p.115-116. (Gen. Tech. Rep. SO. USDA. For. Serv:, n.37) 2. AMIDON, et al . A field test of containerized seedlings under drought conditions In: SOUTHERN CONTAINERIZED FOREST TREE SEEDLINGS CONFERENCE. (1981: Savannah). Proceedings of the... New Orleans, 1982, p. 139-144,). Gen. Tech. Rep. SO. USDA. For. Serv., n.37 3. BACON, G. J. Seedling morphology as an indicator of planting stock quality in conifers. In: IUFRO WORKSHOP ON TECNIQUES FOR EVALUATING PLANTING STOCK QUALITY. (1979: New Zealand). Proceedings... New Zealand, 1979. 4. BARNETT, J. P. Top pruning and needle clipping of container-grown southern pine seedlings. Separata de: SOUTHERN NURSERY CONFERENCES. (1984: Alexandria). Proceedings of the... New Orleans: USDA. For. Serv., 1984. p. 39-45. 5. BÖHM, W. Methods of studying root systems. Berlin: Springer- Verlag, 1979. 188 p. 6. BORGES, R. C. G. et al . Correlações entre caracteres de crescimento em Eucalyptus grandis S. Hill ex Maiden. Revista Árvore, Viçosa, v.4, n.2, p. 146156, 1980. 7. BRISSETTE, J. C.; BALLANGER, L. Using root growth potential for comapring the quality of loblolly pine seedlings from two nurseries in Arkansas. Separata de: NOTHEAST AREA NURSERY SUPERVISORS CONFERENCE (1985: Sheraton In:). Proceedings of the... New Orleans: USDA. For. Serv., 1985. n. p. 8. CAMPINHOS JUNIOR, E.; IKEMORI, Y. K. Nova técnica para produção de mudas de essências florestais. IPEF., Piracicaba, n.23, v.47, p. 47-52, 1983. 9. CARNEIRO, J. G. de A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba: UFPR/ FUPEF, Campos: UENF, 1995. 451P. 10. CARNEIRO, J. G. de A. Determinação do padrão de qualidade de mudas de Pinus taeda , L. para plantio definitivo. Curitiba, 1976. 70 f. Dissertação (Mestrado em Silvicultura). Curso de Engenharia Florestal. Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. 11. CARNEIRO, J. G. de A. Variações na metodologia de produção de mudas florestais afetam os parâmetros morfofisiológicos que indicam sua qualidade. Série Técnica. FUPEF., Curitiba, v.12, p.1-40, 1983. 22
13. CARNEIRO, J. G. de A. Efeito da densidade sobre o desenvolvimento de alguns parâmetros morfofisiológicos de mudas de Pinus taeda L. em viveiro e após o plantio. Curitiba, 1985. 106 f. (Concurso para professor Titular). Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. 14. CARNEIRO, J. G. de A. Influência de recipientes e de estações de semeadura sobre o comportamento do sistema radicular e dos parâmetros, morfológicos de mudas de Pinus taeda e Pinus elliottii . Curitiba: 1987. 81f. Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Silvicultura e Manejo, UFPR. 15. CARNEIRO, J. G. de A. Produção e controle de qualidade de florestais. Curitiba: UFPR/ FUPEF, Campos: UENF, 1995. 451p.
mudas
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