Essa história reflete uma atitude profundamente cristã. Que bênção da vida esta mulher teve ao encontrar este padre santo. Santo porque foi tão humano...
Naskah Akademik Peraturan Daerah tentang Pelayanan Kesehatan merupakan salah satu MAteri Diklat Perancang Peraturan Angkatan 17 tahun 2012. Semoga Naskah Akadmik ini dapat dijadikan pedoman :)
Lançamento do livro "Música Brasileira e Identidade Nacional na Mundialização". Michel Nicolau Netto. Editora Annablume/Fapesp. Neste livro - resultado de minha pesquisa de mestrado em sociologia ...Full description
Lançamento do livro "Música Brasileira e Identidade Nacional na Mundialização". Michel Nicolau Netto. Editora Annablume/Fapesp. Neste livro - resultado de minha pesquisa de mestrado em soci…Full description
Resumo de análise Objetividade e identidade em Durkheim
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Descrição: papel da mulher na reforma protestante
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Manual de procura e oferta turística
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Sobre conceitos de predestinação conforme o pensamento tradicional yorubá.
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análise sobre os diversos tipos de cultura das comunidades.Descrição completa
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Autor: Peter FryDescrição completa
Autor: Peter Fry
PATTIS, Eva. Aborto perda e renovação: um paradoxo na procura da identidade feminina. São Paulo: Paulus, 2. !"! p. #Amor e psi$ue% P&'ina 2 (oleção A)*+ E PSI-E * feminino Abono perda e renovação, Eva Pattis A prostituta sa'rada, /. . (orbett As deusas e a mul0er, 1. S. olen A vir'em 'r&vida, )arion 3oodman (amin0o para a iniciação feminina, S. . Perera 4estino, amor e 5xtase, 1. A. Sanford *s mist6rios da mul0er, mul0er, Est0er 7ardin' * medo do feminino, E. /eumann 8ariaç9es Sobre o tema mul0er, 1. onaventure * masculino A busca f&lica, 1. 3l A tradição Secreta da ;ardina'em, <. 1ac=son (astração e f>ria masculina, E. )oni= (urando a alma masculina, <. 1ac=son ?alo, a sa'rada ima'em do masculino, E. )oni= 7ermes e seus fil0os, +. @. Pedraa *s mist6rios da sala de estar, <. 1ac=son Sob a sombra de saturno, 1. 7ollis Psicolo'ia e reli'ião A doença $ue Somos nBs, 1. P. 4oue A ;ornada da alma, 1. A. Santord
Cblia e Psi$ue, E. ?. Edin'er 4eus, son0os e revelação, ). Delse 4o inconsciente a 4eus, E. van der 3inc0el -ma busca interior em Psicolo'ia e reli'ião, 1. 7illman Son0os Aprendendo com os son0os, ). +.
* puer * livro do puer, 1. 7illman Puer aetemus, ).@. von ?ran +elacionamentos Amar, trair, A. (arotenuto Eros e p0atos, A. (arotenuto incesto e amor 0umano, +. Stein /ão sou mais a mul0er com $uem voc5 se casou, A. . ?ilen /o camin0o para as n>pcias, @ S. @eonard *s parceiros invisCveis, <. Sanford Sombra )al, o lado sombrio da realidade, <. Sanford *s pantanais da alma, 1. 7ollis Psicolo'ia profunda e nova 6tica, E. /eumann *utros Ansiedade cultural, +. @ Pedraa Alimento e transformação, <. 1ac=son (on0ecendo a si mesmo, 4. S0arp (onsci5ncia solar, consci5ncia lunar, ). Stein camin0o da transformação, E. Perrot )editaç9es sobre os 22 arcanos maiores do tarB, t arB, anBnimo despertar de seu fil0o, (. de Truc0is /o espel0o de Psi$ue, E. /eumann Psicoterapia, ).@. von ?ran Psi$uiatria 1un'uiana, 7. D. ?ier +astreando os deuses, 1. 7ollis
P&'ina H E8A PATTIS A*+T* PE+4A E +E/*8AJ* -m paradoxo na procura da identidade feminina P&'ina K TCtulo *ri'inal Aborto, perdita e rinnovamento -n paradosso nella ricerca dellidentitL femminiMe N +ed Studio +edaionale, (omo #lt&iia%, !OO" Tradução 1oão Paixão /etto +evisão Ivo Stomiolo (oleção A)*+ E PSI-E diri'ida por 4r. @6on onaventure Pe. Ivo Storniolo 4ra. )aria Elci S. arbosa 4ados Internacionais de (atalo'ação na Publicação #(IP% #(mara rasileira do @ivro, SP, rasil% Pattis, Eva, !O"2 Aborto: perda e renovação : um paradoxo na busca da identidade feminina Q Eva Pattis R tradução 1oão Paixão /eto. U São Paulo: Paulus, 2. U #Amor e Psi$ue% TCtulo ori'inal: Aborto perdita e rinnovamento. IS/ V"HKO!WKX
!. Aborto Aspectos morais e 6ticos 2. Aborto Aspectos psicolF'icos H. )ul0eres Sa>de e 0i'iene K. )ul0eres Psicolo'ia !. TCtulo. 2.A S6rie. H2H (44!WO.WY Zndices para cat&lo'o sistem&tico: !.Aborto: [tica !WO.WY NPA-@-SU2! +ua ?rancisco (ru, 22O K!!WO! São Paulo #rasil% ?ax #*!!% ""WOHY2W Tel. #*!!% "VKHYY 0ttp:QQ.paulus.combr editorial \ paulus.com.br IS/ V"HKO!WKX IS/ VVWH!WW22 #ed. ori'inal% P&'ina " I/T+*4-J* ] (*@EJ* A)*+ E PSI-E /a busca de sua alma e do sentido de sua vida, o 0omem descobriu novos camin0os $ue o levam para a sua interioridade: o seu prFprio espaço interior torna se um lu'ar novo de experi5ncia. *s via;antes destes camin0os nos revelam $ue somente o amor 6 capa de 'erar a alma, mas tamb6m o amor precisa de alma. Assim, em lu'ar de buscar causas, explicaç9es psicopatolF'icas Ls nossas feridas e aos nossos sofrimentos, precisamos, em primeiro lu'ar, amar a nossa alma, assim
como ela 6. 4este modo 6 $ue poderemos recon0ecer $ue estas feridas e estes sofrimentos nasceram de uma falta de amor. Por outro lado, revelamnos $ue a alma se orienta para um centro pessoal e transpessoal, para a nossa unidade e a realiação de nossa totalidade. Assim a nossa prFpria vida carre'a em si um sentido, o de restaurar a nossa unidade primeira. ?inalmente, não 6 o espiritual $ue aparece primeiro, mas o psC$uico, e depois o espiritual. E a partir do ol0ar do imo espiritual interior $ue a alma toma seu sentido, o $ue si'nifica $ue a psicolo'ia pode de novo estender a mão para a teolo'ia. Esta perspectiva psicolF'ica nova 6 fruto do esforço para libertar a alma da dominação da psicopatolo'ia, do espCrito analCtico e do psicolo'ismo, para $ue volte a si P&'ina Y mesma, L sua prFpria ori'inalidade. Ela nasceu de reflex9es durante a pr&tica psicoter&pica, e est& começando a renovar o modelo e a finalidade da psicoterapia. E uma nova visão do 0omem na sua exist5ncia cotidiana, do seu tempo, e dentro de seu contexto cultural, abrindo dimens9es diferentes de nossa exist5ncia para podermos reencontrar a nossa alma. Ela poder& alimentar todos a$ueles $ue são sensCveis L necessidade de inserir mais alma em todas as atividades 0umanas. A finalidade da presente coleção 6 precisamente restituir a alma a si mesma e ver aparecer uma 'eração de sacerdotes capaes de entender novamente a lin'ua'em da alma, como (. <. 1un' o dese;ava. @6on onaventure P&'ina W Aos meus pais P&'ina V
A'radecimentos A'radeço a (0rista +obinson pelo seu envolvimento com o tema e pela sua a;uda na discussão dos son0osR a'radeço ainda a A. r'ico catFlico existe, no dia 2V de deembro, a festa dos santos inocentes, os rec6m nascidos
$ue morreram 'ratuitamente $uando nasceu a criança divina em el6m. ue esse dia se;a tamb6m o dia da festa de seu fil0o. E continuou ainda: /a tradição cristã, o nascer de um fil0o 6 sempre um presente de 4eus, P&'ina ! uma b5nção. /o passado o costume era ir ao templo para oferecer a criança a 4eus. /unca 6 tarde demais para tamb6m voc5 oferecer seu fil0o a 4eus. ue bela 0omiliaM ue psicolo'ia reli'iosa s&biaM * padre terminou, diendo: (omo ser 0umano não posso ;ul'ar voc5, mas, se voc5 pecou contra a vida, o prFprio 4eus da 8ida pode reconciliar voc5 com ela. 8& em pa e viva. 4epois desse encontro, liberada do excesso de culpa $ue paralisara sua vida, a mul0er recomeçou a viver, mas não ficou dispensada de carre'ar o peso de sentimentos de culpa le'Ctimos e verdadeiros, como sempre acontece $uando se interfere na vida. Essa 0istFria reflete uma atitude profundamente cristã. ue b5nção da vida esta mul0er teve ao encontrar este padre santo. Santo por$ue foi tão 0umano. /um cristianismo liberado do moralismo puritano existe sempre espaço, possibilidade, ritual e sacramento para a reconciliação com a vida e consi'o mesmo. Esses espaços, se;am de expressão cristã para os cristãos ou de outra forma para os não cristãos, precisam existir. Eles são indispens&veis para a cura da alma. E, $uando não existem, 6 preciso cri&los. * aborto em si não existe. * $ue existe são pessoas $ue abortam em determinadas circunstncias, pelos mais diversos motivos: pessoas com condiç9es de vida, de ida de, de nCveis de desenvolvimento de consci5ncia e de relação consi'o mesmas, diferente est&'io interior, com suas 0istFrias de vida sempre sin'ulares. Por isso 6 muito peri'oso 'eneraliar e ;ul'ar.
* $ue sabemos 6 $ue sempre se trata de uma experi5ncia $ue toca o mais fundo do ser, do existir, do viver, l& no fundo mais profundo. Por isso 6 possCvel dier $ue sF podemos dela nos aproximar com o sentido do mist6rio e com muito respeito em relação ao outro. Antes de tudo, P&'ina !! saber escutar * $ue a viv5ncia do aborto tem a revelar em toda a sua pluralidade de aspectos, sobre a vida e a nãovida, o sentido e o nãosentido do $ue se passou, a diversidade dos sentimentos e de emoç9es $ue estão em ;o'o. /ão podemos nos prender sF aos aspectos manifestos e conscientes, nem ao $ue as pessoas diem sobre o aborto, nem ao $ue elas ac0am, por$ue facilmente as pessoas mentem a si mesmas. E preciso tamb6m escutar o $ue a parte inconsciente da alma, o $ue o mais Cntimo de nosso ser tem a dier. E, nesse sentido, os son0os são extremamente reveladores. ?acilmente, encontrase por tr&s de certa apar5ncia uma predisposição ne'ativa em relação L vida, certa autodestrutividade, o ar$u6tipo da mãe ne'ativa, usando o lin'ua;ar da Psicolo'ia analCtica: existe uma tend5ncia de abortar $ual$uer expressão positiva da vida. Encontramos tamb6m, especialmente nos c0amados abortos naturais, um sistema de autore'ulação, uma preservação natural de si mesmo, como se existisse uma inteli'5ncia instintiva natural $ue não le'itimasse o fruto de uma relação. Em certas circunstncias existem relaç9es tão infelies $ue são incompatCveis com a 'estação da vida, tornandose natural o percurso do aborto. /este caso, interferir com os meios da medicina moderna em favor de uma 'ravide #fertiliação in vitro ou outro meio% levanta uma $uestão 6tica extremamente delicada. A naturea sabe o $ue fa, e a experi5ncia nos ensina $ue o mel0or 6 não interferir. 7& mul0eres e casais $ue realmente não t5m condiç9es psicolF'icas de sustentar a vida de uma criança e proporcionarl0e o mCnimo de amor para viver e crescer. 7& mul0eres dominadas pelo ar$u6tipo da mãe ne'ativa, as $uais 'eram fil0os para o mundo e depois os abortam vinte e $uatro 0oras por dia, sem consci5ncia do $ue estão faendo.
P&'ina !2 uando 0& um mCnimo de consci5ncia existencial em relação a si mesmo, e tamb6m $uando os processos de recal$ue e repressão não sufocam nen0uma possibilidade de viv5ncia, o momento em $ue uma mul0er vive o aborto marca sempre a 0istFria de sua vida profundamente. * aborto tornase um ponto de refer5ncia essencial na vida dessas pessoas, um lu'ar de sofrimento, de perda, de viol5ncia contra si mesmas e contra a vida, mas tamb6m um momento de presença Ls suas d>vidas, incerteas, senti mentos de culpa. /ão 6 f&cil situarse para $uem interfere no direito L vida, pois sabe $ue, no seu Cntimo, foi tocado o mist6rio da vida, e este, no fundo, 6 sa'rado. E ;ustamente por isso $ue o aborto 6 cercado por um tabu, um sistema de proteção natural $ue nos convida a nos aproximar com muita reserva e atitude ade$uada do $ue di respeito L vida. [ importante lembrar $ue a etimolo'ia da palavra tabu, na lCn'ua dos primitivos da Polin6sia, si'nifica faer sa'rado e, portanto, tem o mesmo sentido $ue a palavra sacrifCcio, do latim sacrum facere. * si'nificado dessas palavras indica uma perspectiva ;usta de como nos situarmos diante do aborto, pois tratase de faer um sacrifCcio em vista de al'o maior. 4essa maneira, o aborto si'nifica separar, privarse para oferecer se a al'o maior #$ue al'umas vees poderia ser a possibilidade de a prFpria mul0er realiarse como pessoa%. /essa perspectiva, restituise L vida a dimensão do sa'rado. /e'li'enciando essa dimensão reli'iosa, limitamos o aborto a uma experi5ncia de frustração sem sentido. Encontrei em min0a pr&tica de psicoterapeuta mul0eres $ue, na prFpria viv5ncia do aborto, nasceram para si mesmas e para sua prFpria di'nidade 0umana e, paralelamente, ad$uiriram 'rande respeito e amor por $ual $uer expressão de vida. Existem situaç9eslimite $ue 'eram seu oposto e, por este motivo, pareceme $ue temos de viver a vida, e at6, P&'ina !H
al'umas vees, o aborto, com todas as suas implicaç9es. [ o >nico camin0o para reencontrar a vida plena. @iberar o aborto do falso interdito e do falso tabu não si'nifica le'aliar e afirmar o direito ao abortoR ao contr&rio, si'nifica a$uilo $ue os 4ireitos do 7omem afirmam: o prFprio direito L vida. )as temos primeiro de aceitar a realidade da condição 0umana como ela 6. A pr&tica do aborto fa parte da vida, al'umas vees muito mais perto de nFs do $ue se pode suspeitar, at6 em nossa prFpria famClia. * aborto nos revela uma faceta da vida $ue mexe com todos. )esmo $ue se;a doloroso ol0ar a vida como ela 6 e como est& sendo vivida, isto se torna menos nocivo do $ue escond5la na clandestinidade e mar'inalidade e, ;unto com ela, as pessoas $ue viveram o aborto. +estituir alma, sentido e nãosentido da vida, seu se'redo, mist6rio, intimidade, ri$uea, a experi5ncia da ne'ação da vida inerente ao aborto 6 o camin0o peda'F'ico ade$uado para criar uma sociedade mais 0umana. /ão podemos reduir a função do tabu a uma simples expressão de interdito social e falsa moralidade. Seria um sistema repressivo ainda mais 'rave, tal como aparece na mentalidade moderna. /os limites de min0a experi5ncia de psicoterapeuta, o processo inconsciente do recal$ue ou a repressão deliberada da consci5ncia 6tica t5m, com o tempo, conse$u5ncias 'raves para o desenvolvimentoR al'umas vees uma perda completa da relação consi'o mesmo para cair numa exist5ncia em $ue se morre, em $ue a vida se fec0a sobre ela mesma, em $ue o 'osto pela vida se perde e o sentido se resume a viver pe$uenos pro;etos de praer sem sentido. * 'rande peri'o de não considerar o aborto com todas as suas implicaç9es e seriedade 6 $ue a pessoa aborta $ual$uer expressão criativa da vida. P&'ina !K
Psicolo'icamente, 0& mul0eres $ue realmente pare cem não ter condiç9es de aceitar 'erar uma criança. uando, pelas circunstncias internas e externas, a $uestão de um eventual aborto sur'e, ;& 6 uma situação delicada e crucial a ser examinada. )as, depois de todas as consideraç9es e esclarecimentos, existe a lei suprema $ue convida a pessoa a se'uir sua (onsci5ncia individual e a assumir suas responsabilidades e liberdade. /ão 0& vida nem desenvolvimento sem sacrifCcio. Todavia, existem certos sacrifCcios $ue não podem ser feitos, pois, do contr&rio, tornamse frustração e insatisfação permanentes, $ue acabam recaindo sobre os outros. E nos momentos de decisão vital $ue criamos nossa 0istFria de vida e, em 'eral, estamos radicalmente soin0os. /essas circunstncias, 6 muito precioso poder partil0ar intimamente com al'u6m disponCvel e aberto, compreensivo e aberto ao di&lo'o. A finalidade de um estudo sobre a psicolo'ia do aborto 6 ampliar o campo da consci5ncia e aprofundar essa dimensão da vida. )editar sobre a ne'ação da vida pode ser um convite L vida $ue nos 6 dada todo dia. Sempre me c0amou a atenção uma sentença dos al$uimistas $ue di $ue o pecado 6 a inconsci5ncia do $ue se fa. Por isso, um aumento de consci5ncia 6 a mel0or relação com o $ue se vivencia a respeito do aborto. Pareceme uma necessidade vital. * aborto si'nifica nãovida, referindose ao lado sombrio da prFpria vida. Para entrar em contato com o lado escuro da vida, precisamos de um ponto de refer5ncia sFlido em nossa exist5ncia, precisamos ter consci5ncia esclarecida e coração 0umano. Presente no obscuro da vida, verificase $ue a nãovida pode nos revelar um sentido maior da 8ida U a viv5ncia da nãovida pode ser o lu'ar onde nasce uma vida nova. (aso contr&rio, não teria sentido ol0ar o lado sombrio. /a litur'ia cristã da semana santa existe um texto $ue ex P&'ina !" prime muito bem essa realidade: ` culpa feli, $ue nos mereceu tal Salvador. Sem o pecado não 0averia redenção e vida nova.
* trabal0o do psicoterapeuta 6 acompan0ar, sem interfer5ncia, uma pessoa em seu camin0o na vida. Escutar, revelar, descobrir a pluralidade de sentido inerente a $ual$uer situação existencial $ue ela vive, tamb6m na viv5ncia do aborto, com a >nica finalidade de 0umaniar o $ue ela vive. Aprendi a ol0ar o aborto acompan0ando essas pessoas em sua viv5ncia. A lei dos 0omens condena, mas a til referirme explicitamente a ela, existe uma privacidade e uma intimidade $ue devem ser prote'idas. Por isso $uis me limitar a al'umas consideraç9es a respeito da atitude diante do aborto. Essa atitude poderia resumirse na famosa sentença de Santo A'ostin0o. Amor Ls pessoas, Fdio aos vCcios. Traduindo em termos psicolF'icos: Amor Ls pessoas, Fdio aos complexos. Efetuar essa diferenciação entre as pessoas e os complexos ou vCcios não 6 f&cil, mas 6 indispens&vel, se $uisermos introduir um pouco de ob;etividade e nos liberar de uma atitude do'm&tica, deixando assim um espaço para o amor. E extremamente si'nificativo $ue a autora deste livro, Eva Pattis, percorra o mundo da mitolo'ia 're'a e, P&'ina !Y dentro de uma experi5ncia clCnica diferente, c0e'ue Ls mesmas conclus9es. * aborto pode ser um lu'ar de transformação, o lu'ar de uma vida nova. Isso mostra
$ue o aborto não pode ser banaliado, assim como nen0uma outra situação existencial limite da vida. /o decorrer de um trabal0o de con0ecimento de si mesmo 6 fre$uente $ue se reativem vel0as experi5ncias li'adas ao aborto. Experi5ncias interiores mal resolvidas convidavamme a escrever, para traduir o 'rito pela vida inerente ao aborto. Encontrando o estudo de Eva Pattis, fi$uei dispensado de escrever. Este 6 um livro $ue merece ser lido e meditado. São Paulo, abril de 2! @6on onaventure P&'ina !W P+E?(I* de Adolf de psC$uica ou fCsica da mul0er. Tanto eu como os meus cole'as experiment&vamos constantemente um sentimento de culpa, tanto $uando a nossa perCcia aprovava o aborto, como no caso contr&rio. Se recus&vamos o aborto, nFs nos sentCamos culpados perante a mul0erR se o aprov&vamos nFs nos sentCamos culpados perante a criança L $ual tin0a sido recusada a entrada no mundo. A todas as mul0eres para as $uais lavrei perCcias pedi $ue voltassem a ter comi'o cerca de tr5s meses depois, para discutir se, na opinião delas, a decisão tin0a sido ;usta ou errada. A maioria das interessadas o fieram contra a vontadeR teriam preferido não pensar mais nisto. *bviamente, $ueriam 6 es$uecer sobretudo $ue
tin0am abortado, sendo os sentimentos neste caso demasiado complexos. 4e um lado um alCvio, de outro um sentimento de culpa. )uitas da$uelas mul0eres $ue não tin0am sido autoriadas a abor P&'ina !V tar se tin0am resi'nado, exprimindome deveras certo recon0ecimento por não ter atendido ao pedido delas. SF al'umas evitavam a ambival5ncia, afirmando os direitos sobre a prFpria barri'a ou princCpios semel0antes. Para as mul0eres de famClia catFlica, a condição psicolF'ica era por um lado mais difCcil, por outro mais simples em relação L$uelas $ue provin0am de um ambiente protestante. Para as mul0eres catFlicas, abortar era matar, anular a vida. Ao mesmo tempo elas estavam cBnscias de uma possibilidade de serem consoladas, inclusive das responsabilidades mais 'raves, por meio do arrependimento, da confissão e da penit5ncia. 1& as de reli'ião protestante se sentiam ao inv6s abandonadas a si mesmas. /ão sabiam se a$uilo $ue tin0am praticado era um assassCnioR e, se o era, como podia ser perdoado. Tanto a situação psicolF'ica das mul0eres $ue pediam o aborto, como a dos peritos, era, pois, constante mente complicada, ambivalente e em parte torturante. Al6m disso, 6ramos fre$uentemente obri'ados a enfrentar outro fenBmeno surpreendente. )uitas destas mul0eres costumavam ficar 'r&vidas uma se'unda e at6 uma terceira ve, e continuavam a pedir para abortar. Por ra9es $ue estavam lon'e de ser claras,
descuidavam
ou
usavam
muito
inade$uadamente
as
t6cnicas
anticoncepcionais, embora sabendo $ue isto teria facilmente levado a novas 'ravidees e a eventuais abortos. /Fs, psi$uiatras encarre'ados da perCcia, nos sentCamos perdidos, i'naros dos motivos profundos de uma conduta deste '5nero. A tese de Eva Pattis, se'undo a $ual o aborto pode ria ser visto como um passo inici&tico inconsciente, e os abortos repetidos como uma insist5ncia em perse'uir a iniciação malo'rada, abre a$ui perspectivas completa mente novas.
SF $uem sabe dier conscientemente não L criação 6 $ue pode tamb6m dierl0e conscientemente sim. Em P&'ina !O muitas iniciaç9es masculinas, o rito p9e em evid5ncia o fato de $ue o iniciado a'ora est& em condição de matar um outro 0omem, o ser $ue l0e 6 mais prFximo entre os viventes. Isto pode ser exi'ido tanto sob a forma de um verdadeiro 0omicCdio inci&tico, como entre os caçadores de cabeças da /ova
Todavia, os ar'umentos de Eva Pattis inevitavelmente estimulam tamb6m ob;eç9es e oposiç9es. )atar ou, pelo menos, impedir uma forma de vida 0umana 6 sempre e em $ual$uer 0ipFtese um evento 0orrCvel: apesar disso, ou ;ustamente por isso, durante todo o decurso da 0istFria 0umana, sempre se matou em 'rande $uantidade. Por isso o mandamento não matar 6 indubitavelmente o maior e o mais imperativo entre os de da lei mosaica. E se;am l& $uais forem os nossos comportamentos reais, se;a l& de $ual 'uerra dos fatos se participe, independente mente do n>mero de pessoas de cu;a morte na realidade se tome parte, 6 este não matar $ue deveria permanecer diante dos nossos ol0os e inspirar a nossa ação. 4este ponto de vista, podemos compreender e at6 aceitar a fundo o aborto como sendo parte de um ritual inci&ticoG uem ler este livro ser& 'rato L autora por ela não ter procurado f&ceis vias de saCda para escapar do penoso tema $ue trata. Eva Pattis costuma c0amar as coisas pelos seus nomes, sem procurar ref>'io em soluç9es pre'uiçosas, como a de $ue o aborto não 6 um 0omicCdio, mas apenas a eliminação de um feto. Esta simplificação nominalista não muda as coisas, uma ve $ue tamb6m o mais pe$ueno feto, se não for afastado intencionalmente, terseia transformado em um ser 0umano. E Fbvio $ue, do nosso ponto de vista psicolF'ico, tamb6m a visão demo'r&fica, se'undo a $ual o aborto 6 simplesmente um freio ao excessivo crescimento da população, se mostraria insuficiente: numerosas, e atualmente muito bem con0ecidas, são as 'enuCnas t6cnicas anticoncepcionais, ou se;a, a$uelas $ue interv5m antes e não depois da concepção. /ão se pode ler simplesmente o livro de Eva Pattis e ac0&lo interessante, para depois voltar Ls ocupaç9es de antes. /ão se pode ler um trec0o deste mesmo livro antes de deitarse, por$ue ele não deixa conciliar o sono. * conte>do do livro toca um dos temas centrais da nossa exis P&'ina 2! t5ncia: o fato de $ue o nosso desenvolvimento psC$uico e boa parte da nossa consci5ncia dependem da$uilo $ue façamos do nosso impulso para matar. (ompreendo, pois, a$ueles $ue ficam escandaliados diante das id6ias pro postas
por este livro. (omo se pode pretender elevar uma coisa $ue inspira ver'on0a, uma coisa dolorosa e lancinante como o aborto, propondo interpret&lo como sendo um passo de uma iniciação femininaG Introduindo este ponto de vista, não recaCmos numa esp6cie de barb&rie pr6cristãG )as, por outro lado, como se pode de outra forma compreender a inspiração psicolF'ica do aborto, sem recair em lu'ares comuns ;& desbancados pelo feminismo ou pela demo'rafiaG Adolf mero de 'ravidees não dese;adas sF aumentou. /ão seria o caso de suspeitarmos de $ue elas se;am de al'uma maneira dese;adasG *u $ue se dese;e uma terceira coisa ainda, $ue não 6 nem a 'ravide nem a aus5ncia de 'ravideG )as com $ue finalidadeG uem neste caso lembra $uem, e por $ual motivo, na vida e depois na morteG
Procurarei depois descrever como 6 a experi5ncia do aborto para uma mul0er. ue pensamentos l0e v5m $uando ela toma esta decisão. * $ue di o m6dico. * $ue não di o seu 0omem. (omo 6 o in'resso na clCnica #fre$uentemente em um setor de maternidade% para uma mul0er $ue vai l& para abortar, sabendo $ue sair& de l& sem o P&'ina 2K fil0o. Sem nin'u6m nos braços. Sem nin'u6m absoluta menteG ?alarse& depois da$uilo $ue acontece nela $uando, apFs toda uma pro'ramação, no derradeiro momento recuaR isto por$ue, apesar da plena racionalidade da decisão, o aborto se tornou impossCvel. A $uais ima'ens est& associado o aborto volunt&rioG Teria ele unicamente o fim concreto de interromper uma 'ravide ou desperta fantasias inconscientes mais complexasG 4e um ponto de vista psicolF'ico, existem formas da exist5ncia feminina estran0as ao mundo da mãe. Elas se apoiam nos mitos de Artemis, a vir'em, $ue não tem relação com um correspondente masculinoR de Atenas, nascida apenas do pai, $ue contrap9e ao anti'o direito materno lei e necessidade. Ser& possCvel $ue o aborto, com seus aspectos violentos, $ueira tamb6m dar vida, talve at6 literalmente carne e san'ue, a estas formas femininas alternativasG (&lculos aproximativos sup9em $ue entre $uatro mul0eres mais ou menos uma ten0a abortado uma ou mais vees. Se;a l& como for, o aborto pode ser feito tanto rapidamente e sem problemas, como com conflitos dilacerantes. Sempre em um espaço privado, en$uanto l& fora, na sociedade, a pol5mica est& acesa. Ser& $ue estas duas dimens9es podem se falarG A mul0er $ue est& procurando tomar uma decisão pode pedir sil5ncio L multidão, $ue não 6 somente externa, mas tamb6m a vo da coletividade no interior delaG E, por sua ve, pode dier al'o $ue v& al6m do direito de propriedade, do a barri'a 6 min0aG