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POR CARLOS WILLIAN LEITE EM POESIA
MELHORES POEMAS DE MANOEL DE BARROS OS 10
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SIMULE JÁ » Pedimos aos leitores e colaboradores — escritores, jornalistas, professores — que apontassem os poemas mais significativos de Manoel de Barros, um dos mais aclamados poetas contemporâneos brasileiros. Nascido em Cuiabá em 1916, Manoel de Barros estreou em 1937 com o livro “Poemas Concebidos sem Pecado”. Sua obra mais conhecida é o “Livro sobre Nada”, publicado em 1996. Cronologicamente vinculado à Geração de 45, mas formalmente ao Modernismo brasileiro, Manoel de Barros criou um universo próprio — subvertendo a sintaxe e criando construções que não respeitam as normas da língua padrão —, marcado, sobretudo, por neologismos e sinestesias, sendo, inclusive, comparado a Guimarães Rosa. Em 1986, o poeta Carlos Drummond de Andrade declarou que Manoel de Barros era o maior poeta brasileiro vivo. Antonio Houaiss, um dos mais importantes filólogos e críticos brasileiros escreveu: “A poesia de Manoel de Barros é de uma enorme racionalidade. Suas visões, oníricas num primeiro instante, logo se revelam muito reais, sem fugir a um substrato ético muito profundo. Tenho por sua obra a mais alta admiração e muito amor”. Os poemas publicados nesta seleção fazem parte do livro “Manoel de Barros — Poesia Completa Bandeira”, editora Leya. Por motivo de direitos autorais, apenas trechos dos poemas foram publicados.
O
livro sobre nada
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez. Tudo que não invento é falso. Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira. Tem mais presença em mim o que me falta. Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário. Sou muito preparado de conflitos. Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou. O meu amanhecer vai ser de noite. Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção. O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo. Meu avesso é mais visível do que um poste. Sábio é o que adivinha. Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições. A inércia é meu ato principal. Não saio de dentro de mim nem pra pescar. Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore. Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma. Peixe não tem honras nem horizontes. Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia. Eu queria ser lido pelas pedras. As palavras me escondem sem cuidado. Aonde eu não estou as palavras me acham. Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas. Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja. A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos. Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos. Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim. Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus. Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade. O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito. Por pudor sou impuro. O branco me corrompe. Não gosto de palavra acostumada. A minha diferença é sempre menos. Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria. Não preciso do fim para chegar. Do lugar onde estou já fui embora.
O
apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Retrato do artista quando coisa A maior riqueza do homem é sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam
como sou — eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas.
O
fazedor de amanhecer
Sou leso em tratagens com máquina. Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis. Em toda a minha vida só engenhei 3 máquinas Como sejam: Uma pequena manivela para pegar no sono. Um fazedor de amanhecer para usamentos de poetas E um platinado de mandioca para o fordeco de meu irmão. Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias automobilísticas pelo Platinado de Mandioca. Fui aclamado de idiota pela maioria das autoridades na entrega do prêmio. Pelo que fiquei um tanto soberbo. E a glória entronizou-se para sempre em minha existência.
Tratado geral das grandezas do ín裝mo A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogios.
Prefácio Assim é que elas foram feitas (todas as coisas) — sem nome. Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé. Insetos errados de cor caíam no mar. A voz se estendeu na direção da boca. Caranguejos apertavam mangues. Vendo que havia na terra Dependimentos demais E tarefas muitas — Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não Que as moscas iriam iluminar O silêncio das coisas anônimas. Porém, vendo o Homem Que as moscas não davam conta de iluminar o Silêncio das coisas anônimas — Passaram essa tarefa para os poetas.
Os
deslimites da palavra
Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Estou sem eternidades. Não posso mais saber quando amanheço ontem. Está rengo de mim o amanhecer. Ouço o tamanho oblíquo de uma folha. Atrás do ocaso fervem os insetos. Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino. Essas coisas me mudam para cisco. A minha independência tem algemas
Aprendimentos O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura é o caminho que o homem percorre para se conhecer. Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim falou que só sabia que não sabia de nada. Não tinha as certezas científicas. Mas que aprendera coisas di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas das árvores servem para nos ensinar a cair sem alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente aprender o idioma que as rãs falam com as águas e ia conversar com as rãs. E gostasse mais de ensinar que a exuberância maior está nos insetos do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver, no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar. Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens. Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite! Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles — esse pessoal. Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova. Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam que o fascínio poético vem das raízes da fala. Sócrates falava que as expressões mais eróticas são donzelas. E que a Beleza se explica melhor por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.
menino que carregava água na peneira O
Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água. O mesmo que criar peixes no bolso. O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio, do que do cheio. Falava que vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito, porque gostava de carregar água na peneira. Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor. A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta! Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens, e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
Uma didática da invenção I Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber: a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe g) Qual o lado da noite que umedece primeiro. etc. etc. etc. Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.
II Desinventar objetos. O pente, por exemplo. Dar ao pente funções de não pentear. Até que ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou uma gravanha. Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.
III Repetir repetir — até ficar diferente. Repetir é um dom do estilo.
IV No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava escrito: Poesia é quando a tarde está competente para dálias. É quando Ao lado de um pardal o dia dorme antes. Quando o homem faz sua primeira lagartixa. É quando um trevo assume a noite E um sapo engole as auroras.
V Formigas carregadeiras entram em casa de bunda.
VI As coisas que não têm nome são mais pronunciadas por crianças.
VII No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos — O verbo tem que pegar delírio.
VIII Um girassol se apropriou de Deus: foi em Van Gogh.
IX Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às 3 horas da tarde, no mês de agosto. Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer em nossa boca. Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato sair na voz . Hoje eu desenho o cheiro das árvores.
X Não tem altura o silêncio das pedras.
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1
Comentários
Paulo •
Sim.. Já o vi declamar. O Antônio Abujamra o fez em seu "Provocações", mas apenas nesta semana o admiro como deveria. Antes eu fui somente Carlos. •
•
saile lima •
a vida do poeta é v ivida em gotas gravitacionais de encanto e desilusão o poeta não tem coração, é um saco vazio cheio de tristezas incompreensíveis. todo poeta é um tr aço que se desfaz diante dos tigres de cetim.todo poeta são letras culpadas que rolam no chão de c ada coração. saile lima •
•
Cicero Alvernaz •
Quem não gosta de poesia não tem e nem terá nada para contar aos filhos e aos netos. •
•
Eduardo de Almeida •
Ao ler um apanhador de desperdícios criamos o criança de quintais, a casa da árvore dos cocais e até aproximamos Manoel de Barros com Aziz Ab'Saber: na poesias domínios morfoclimáticos. Obrigado meu querido poeta •
•
Luigi Filetto •
Ele Morreu Da Nossa Vida Mas Na Minha Mente Ele Sempre Estara... Na Gangora Das Palavras... ;) •
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washington •
Quem não gosta de poesia bom sujeito não é...´ •
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beneditocglima •
Sem dúvida alguma,Manoel de Barros é um ícone da Poesia Moderna contemporânea,que não morreu. Está vivo. Assim com o está vivo o lobivar Matos,Poeta desconhecido que vem de completar 100 anos. •
•
Joel Vieira •
A vida tem belezas naturais, os poetas simplesmente a enxergam. Os insensatos relutam mas no fim, mesmo que por um relance, a experimentarão, todavia terá gosto amargo dado pelo tempo pouco de usofruto. •
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Caroline Fontana •
lindo seu comentário, queria colocá-lo em um trabalho que estou fazendo. um livro de citações ....autoriza ? •
• an Tófilli
•
Gostaria de saber mais sobre seu trabalho, permite? •
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Juarez Rodrigues •
Quem não gosta de poesia,,não alimenta a alma! •
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Dalva Peres •
Que lindo! Teu comentário já é uma poesia. • Kessia Veras •
•
Verdade, Dalva! •
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Ronaldo Victor •
Prendeu-se em algemas, depois comeu-as, vomitou-as e plantou, colheu e comeu os girassóis de Van Gogh, voou, voou, se lançou no nada, antes de conhecer o nada, já estivera lá, já deslumbrara, á conhecia, festa e delírio, pode-se dizer que chegou em casa. •
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Gabriela
•
Uau! •
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Roque Pinto Duro •
Esse tipo de poesia nao tem verve. Poema sem rima é noite sem estrelas. Quem acha essa bobagem genial, paciência. •
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Rita Marília •
Parabéns por expor seu pensar. Legítimo. Concordo num primeiro momento e não há porque se envergonhar. Muitas coisas existem que eu não gosto e para isto deixo a você meu recado: às vezes precisamos que alguém, carinhosamente nos ensine um novo olhar sobre as coisas. Fica a dica: Peça a alguém próximo de você e que goste do Manuel que lhe explique onde e como gostar dele. Pode ser que você venha a gostar, pode ser que não. Se gostar tudo bem e se não gostar tudo bem também. Outros poetas, aqueles que fazem poesia com rima agradecerão a você a preferência. Leia Florbela Espanca e você se deleitará com tanta poesia maravilhosa e cheia de rima. Só não vale se afastar da poesia só porque muita gente gosta do Manuel e você não. Boa sorte. •
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ArissonL •
Não concordo com você, Roque! Quer dizer, até pode ser que poema sem rima seja como a noite sem estrelas, mas eu acho que a noite, mesmo sem estrela, tem sua beleza. Mesmo uma noite sem estrela pode ter uma bela lua, uma bela tela de nuvens, a tristeza do nublado. Como Martin Luther Kink disse: "Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização". •
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Mozart Rocha •
Você quer ler trovinha, não poesia... •
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Jk Lover •
"Poema sem rima é noite sem estrelas" que belo verso você fez! (e nem rima ele tem) •
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Moacir •
Quem disse que a noite precisa de estrelas para ser noite ? E também não vejo necessário que estrelas precisem da noite para brilhar... Manuel de Barros é uma dessas estrelas com o brilho constante, assim como o Sol que mesmo a noite continua a brilhar. •
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Lica Corsini Cecato •
bárbaro, de quem brotavam poéticas singulares, fazedor de sementes de palavras secas e precisas como o sol do meio dia, que define as sombras.... que saudades! •
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peixe •
São palavras para nos tornar felizes!!! •
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Giba •
Quem nasce poeta não morre... apenas permanece. •
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Diógenes Christofoletti •
Morreu nada. Hoje mesmo tava brincando no quintal da minha mente. •
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Dalva Peres •
Nossa! Fiquei com lágrimas dos olhos... literalmente! •
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Isabely Fonseca •
Hoje mesmo soltou pipas no céu da minha vida, até ser levado pelo e vento e ser reconhecido como passarinho. •
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marilda •
Agora mesmo inundou a minha sala e saiu pela janela. •
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Aída Lisboa •
Ele não se foi, porque eu acabei de encontrá-lo! •
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Léa Ribeiro Amor Contamor •
Obrigada!!! •
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Leonardo Siqueira. •
Talvez seja um momento de quietude, de silêncio, aqui na terra. Entretanto, lá no céu, palavras dançam e pessoas cantam ao som da nobreza de Manoel de Barros. •
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LEONARDO SIQUEIRA •
Deus não liga para isso,João Victor.Com certeza,o receberá com carinho. •
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João Victor •
Isso que você disse é um paradoxo. Ele é ateu. •
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Ivete Todeschini Menegotto •
Ele mesmo dizia: "ateu é aquele que prova cientificamente que não é nada." •
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Tom
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Quem disse que lá no céu tem Deus??? •
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picaodabalada •
a biblia animal •
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eigna Maria •
Até parece que os ateus são do mal!!!!!!!!!!!!!!!! •
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picaodabalada •
são nóias, medrosos, q temem a Deus •
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Custodio Silvinha •
Acabei de ver uma estrela, viajando sobre minha cabeça, acordei e vi que era uma ilusão de Nequinho... •
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Felipe Rizzo •
Coisa maravilhosa. Que simplicidade e que tocante.
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Gi Costa Pavanello •
Do lugar onde estou já fui embora. •
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Lin Bulla •
Ele partiu, mas não se foi, Se palavras são eternas, O sinônimo de eterno... é poesia. Vá, e escreva para as estrelas Manoel. •
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Gilbert Paiva •
É uma grande perda para a cultura Brasileira a inspiração para tantos como eu que admiro muito poesias principalmente em dias de chuva gosto de escrever. Manoel de Barros é um talento incrível muito bom mesmo, Que Deus tenha um lugar especial pra ele. •
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Carlos Cunha •
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