O formador face aos sistemas e contextos de formação _____________________ Formador: Paulo Mendes – Março de 2010
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OBJECTIVOS
Caracterizar os sistemas de formação;
Caracterizar a formação profissional inserida no sistema educativo;
Caracterizar a formação profissional no mercado de trabalho;
Identificar legislação profissional;
Descrever o perfil do formador ao nível das competências e capacidades nos diferentes sistemas de formação;
Caracterizar dos diferentes sistemas de formação
de
enquadramento
da
formação
Sistema de Formação Profissional
“Conjunto de actividades que visa a aquisição de conhecimentos, “habilidades”, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das funções de uma dada actividade profissional, em que, complementarmente ao sistema educativo se procura dar/encontrar resposta às necessidades de desenvolvimento económico e social de uma determinada sociedade.”
ETAPAS DO SISTEMA DE FORMAÇÃO
- Diagnóstico de necessidades; - Elaboração do Plano de formação; - Execução.
A DETECÇÃO DE NECESSIDADES DE FORMAÇÃO
A detecção de necessidades de formação comporta, normalmente, o recurso a informações que, depois de devidamente tratadas, possibilitam/facilitam a composição de uma imagem clara do futuro trabalho formativo a desenvolver: - Balanço dos resultados do(s) ano(s) anterior(es); - Directrizes emanadas dos órgãos de direcção e de gestão estratégica ; - Análise da situação envolvente e da sua evolução num futuro próximo; - Descrição de funções; - Análise de tarefas; - Necessidades individuais e organizacionais presentes e futuras; - Elaboração, aplicação e análise de um inquérito por questionário; ( ex 1, ex 2, ex 3)
ELABORAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO
1- Define-se o conjunto de acções que respondam às necessidades detectadas de desenvolvimento profissional e organizacional (actuais e futuras); - ex 1 2 - Fixam-se os objectivos operacionais das acções, de forma tão quantificada quanto possível e expressos em comportamentos observáveis, em função dos resultados esperados (perfil de saída); 3 – Desenvolve-se o conteúdo programático do curso. Nesta fase do processo há que atender às condições concretas de realização da acção: tempo, recursos, orçamento, etc. e saber separar “o que é necessário aprender” daquilo que “seria bom saber”; Obs: Na a região, todos os cursos de actualização requerem a homologação prévia. No continente, desde que as formações sejam enquadradas no catálogo nacional das Ex - 1
qualificações não carecem de homologação. –
ELABORAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO
4 - Estabelecem-se os critérios de avaliação desses resultados; 5 - Caracterizam-se os grupos-alvo, os destinatários da formação, em termos dos requisitos exigidos no perfil de entrada (nível de conhecimentos possuídos sobre o tema, funções desempenhadas, experiência profissional etc.);
6 - Projecta-se, no tempo, a execução das acções e afectam-se os recursos (meios humanos, materiais e financeiros) para a sua concretização; 7 - Por fim, divulga-se o Plano.
EXECUÇÃO
Fase de operacionalização do Plano. Corresponde a levar a bom termo a realização das acções do ponto de vista prático, cumprindo dentro do possível e tentando enquadrar sempre o imprevisto sem descaracterizar a planificação. Implica a mobilização dos recursos logísticos indispensável à realização das acções: - O Formador; - Os Formandos; - O Apoio Administrativo; - As Instalações; - Os Meios; - A Documentação.
PLANO DE ACTIVIDADES DA FORMAÇÃO
É um documento orientador da actividade formativa a desenvolver no período em análise. Do plano deve constar as fichas de caracterização dos cursos a realizar, com informação relativa a: - Designação da acção; - Objectivos; - Programa; - Duração; - Número de formandos; - Data/período previsível de realização; - Destinatários; - Formas de avaliação previstas, se for o caso. ex:
SISTEMA DE FORMAÇÃO objectivos a alcançar
Organização e funcionamento das componentes do sistema
Formandos
Competências adquiridas
Perfis de entrada
Motivações Individuais Pessoais Profissionais Necessidades Organizacionais Integração Actualização Especialização Reconversão ... Competências Visadas Pelo indivíduo Pela organização
Formadores Colaboradores Recursos
Perfis de saída Avaliação de desempenho
Competências anteriores Projectos de carreira
Estratégias pedagógicas Feedback (avaliações) Limitações
Projectos de aperfeiçoamento
O MAIOR PATRIMÓNIO DAS ORGANIZAÇÕES É A FORMAÇÃO DAS SUAS PESSOAS
Boa Formação de Base + actualização permanente
A formação é um investimento e não um custo
Melhora: -A segurança individual - A Auto-imagem - A Possibilidade de Progressão - Mudança de Cargos - Satisfação Profissional
ENQUADRAMENTO
Rápida evolução do mundo do trabalho
Desenvolvimento das Ciências e das tecnologias
Desactualização rápida dos conhecimentos técnicos e profissionais
-Aumento da necessidade de pessoas especializadas
Adaptação do Homem: - novas situações - novas tecnologias - novos conhecimentos
FORMAÇÃO Dois conceitos
Desenvolvimento
Aquisição de
pessoal
competências
(educação)
específicas (formação)
EDUCAÇÃO
Aquisição de competências para a vida na sociedade Preparação para a vida
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Aquisição de competências directamente transferíveis para o exercício profissional
Preparação para o trabalho
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Definição
Formação Profissional é um processo global e permanente através do qual jovens e adultos, a inserir ou inseridos na vida activa, se preparam para o exercício de uma actividade profissional.
- Pretende aumentar as qualificações técnicas ou profissionais e melhorar as competências sociais, pessoais.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – Objectivos globais
- Transmissão de informações; - Desenvolvimento de capacidades; - Desenvolvimento ou modificação de atitudes; - Desenvolvimento ao nível conceptual. - Possibilitando aos formandos... - Exercer com competência as funções que lhe estão atribuídas; - Adaptar-se a novas técnicas e condições de trabalho.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – Benefícios para o desenvolvimento individual
Motivação; Controlo de tensões e conflitos; Sentimento de pertença em relação à organização; Capacidade de tomar decisões; Realização pessoal; Disponibilidade para a mudança.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – Benefícios para as organizações
- Melhoria do desempenho a todos os níveis; - Contributo para o aumento da produtividade; - Maior identificação entre objectivos pessoais e organizacionais; - Melhoria do relacionamento entre os vários níveis hierárquicos; - Melhoria dos níveis de motivação e participação; - Maior facilidade na comunicação e na solução de conflitos; - Contributo para a melhoria da imagem da organização.
ENQUADRAMENTO LEGAL DO SISTEMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Diplomas que estabelecem a diferença entre formação profissional inserida no sistema educativo e no mercado de trabalho
- Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro; - Decreto Lei 401/91 de 16 de Outubro; - Decreto Lei 405/91 de 16 de Outubro.
ENQUADRAMENTO LEGAL DO SISTEMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
(decreto Lei 401/91 de 16 de Outubro)
(decreto Lei 405/91 de 16 de Outubro)
Coordenação da Formação Profissional Inserida no Sistema De Educativo
Ministério da Educação
Regula as actividades de Formação Profissional inserida no Sistema Educativo e no Mercado de Emprego Estabelece o Regime Jurídico Específico da Formação Profissional inserida no Mercado de Emprego
Coordenação da Formação Profissional Inserida no Mercado De Trabalho Ministério do Trabalho e Solidariedade Social
IEFP
ENQUADRAMENTO LEGAL DO SISTEMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL FORMAÇÃO PROFISSIONAL INSERIDA FORMAÇÃO PROFISSIONAL INSERIDA NO NO SISTEMA DE EDUCATIVO MERCADO DE TRABALHO
Base Institucional dominante Destinatários
(decreto Lei 401/91 de 16 de Outubro)
(decreto Lei 405/91 de 16 de Outubro)
Escola
Empresa
População escolar incluindo Ensino População Activa Empregada ou Recorrente de Adultos e ExtraDesempregada, incluindo candidatos Escolar ao 1º emprego. Abrange Cursos desenvolvidos no Operam um grande n.º de entidades âmbito do ensino Secundário Públicas e Privadas cofinanciadas por programas de apoio
O SISTEMA EDUCATIVO ♦ Educação Pré-escolar Ensino Básico ♦ Educação Escolar Ensino Secundário Ensino Superior Modalidades Especiais
Ensino recorrente de Adultos Ensino à Distância Ensino de Português no Estrangeiro Educação especial
♦ Educação extra-escolar
Alfabetização e Educação de Base Aperfeiçoamento Actualização Iniciação Reconversão
EDUCAÇÃO (Modelo Tradicional
FORMAÇÃO (Modelo Ideal)
Finalidade principal
Socialização
Preparar/melhorar a produção
Actores
Professores/Alunos
Formadores/Formandos
Espaço Típico
Sala de Aula
Sala de Formação teórica/Oficina/Posto de trabalho
Local
Escola
Empresa, Posto de trabalho, Centro de Formação
Métodos e Técnicas
+ Passivos/ - Activos
- Passivos /+ Activos
Meios
Quadros e Livros
Sistemas multimédia
Mensagem
Saber (para saber) Saber Ser
Saber (para Fazer)
Iniciativa
Estado/ Família
Formando/Empresa
Avaliação
Sobre o aluno
Sobre o sistema/ resultados
Certificação
Do curso
Das competências
NÍVEIS DE ACTUAÇÃO DO SISTEMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Formação Geral (O Saber Saber)
Adaptação (O Saber Ser)
Especialização (O Saber Fazer)
Saber Saber - Conhecimentos (Domínio Cognitivo) Saber Fazer - Capacidades (Domínio Psicomotor) Saber Ser – Atitudes (Domínio Afectivo)
FINALIDADES DE FORMAÇÃO
INICIAL
Iniciação profissional; Qualificação inicial; Aprendizagem Profissional; Especialização Tecnológica.
CONTÍNUA
Recorrente; Reciclagem; Aperfeiçoamento; Qualificação; Reconversão; Especialização.
Tipos de Formação profissional
Formação Profissional Inicial
Destina-se a conferir uma qualificação profissional certificada, bem como promover a aquisição e o desenvolvimento dos conhecimentos e competências necessárias ao exercício profissional.
Formação Profissional Contínua
Realiza-se ao longo da vida e tem em vista melhorar as competências dos activos, actualizando conhecimentos, alargando a gama de actividades realizadas ou o respectivo nível, promovendo a sua adaptação às transformações organizativas e técnicas.
Sistema de Formação Profissional
FORMAÇÃO INICIAL - Destina-se a jovens que abandonam o sistema escolar
sem terem cumprido a escolaridade obrigatória, preparando-os para a vida activa; - Compreende uma formação profissionalizante numa área específica, integrando, sempre que possível, uma componente prática em contexto real de trabalho.
- Destina-se a jovens e adultos com idade não inferior a 16 anos; -Permite uma formação profissional completa, qualificante, de nível II ou III, com uma duração, tendencialmente, não inferior a um ano; - Desenvolve-se, via de regra, num Centro de Formação Profissional, podendo integrar um estágio final de 3 a 6 meses, em contexto real de trabalho.
FORMAÇÃO INICIAL
- Está orientada para candidatos ao primeiro emprego, que pretendem integrar-se na vida activa por via de uma formação de nível II ou III, de longa duração; - Confere uma qualificação profissional, em simultâneo com uma progressão escolar obtendo uma sólida experiência prática adquirida em situação real de trabalho;
- Visa proporcionar aos jovens e adultos uma formação póssecundária caracterizada por componentes técnicas de nível médio, incluindo conhecimentos e competências que permitam assumir, de forma geralmente autónoma, responsabilidades de concepção e gestão.
FORMAÇÃO CONTÍNUA - É destinada aos indivíduos que se integram no mercado de trabalho sem a necessária formação de base; - Visa a aquisição de conhecimentos, de competências, de atitudes e formas de comportamento para o exercício de uma profissão.
- Visa actualizar novos conhecimentos, competências, atitudes e formas de comportamento dentro da mesma profissão, devido,
nomeadamente,
tecnológicos.
aos
progressos
científicos
e
FORMAÇÃO CONTÍNUA
- Pressupõe uma qualificação de base e actualizada; -
Visa
complementar
conhecimentos
e
desenvolver
capacidades práticas, atitudes e formas de comportamento, no âmbito da profissão exercida.
- Visa qualificar activos indiferenciados ou semi-qualificados (serviço e comércio; agricultura e pescas; construção e obras públicas),
através
da
aquisição
de
conhecimentos
competências adequadas ao exercício de uma profissão.
e
FORMAÇÃO CONTÍNUA
- Visa obter uma qualificação diferente da já possuída para o exercício de uma nova actividade profissional.
- Visa reforçar, desenvolver e aprofundar competências, atitudes,
formas
de
comportamento
ou
conhecimentos
adquiridos durante a qualificação profissional de base, necessários ao desempenho de tarefas profissionais de maior complexidade.
Formação e Gestão de Recursos Humanos
- Visa melhorar o desempenho de todos os agentes que intervêm no processo formativo, nos domínios pedagógico, técnico e organizativo, por forma a contribuir para a elevação da qualidade da formação que é ministrada no âmbito das entidades promotoras.
Domínios da Formação de Formadores - Tem como finalidade o desenvolvimento de capacidades, atitudes e formas de comportamento nas áreas de Formação Social, Gestão da Formação, Programação da Formação, Audiovisuais e Novas Tecnologias de Formação. - Tem como finalidade a aquisição de conhecimentos e o aperfeiçoamento de competências nas áreas profissionais incluídas nos sectores de Desenvolvimento Rural e das Pescas, Organização e Desenvolvimento Industrial, Administração, Comércio e Serviços, Qualidade e Desenvolvimento Sócio-Cultural. - Tem como finalidade a aquisição de conhecimentos comuns ou aplicáveis à generalidade das áreas profissionais como as Línguas Estrangeiras, o Desenvolvimento Pessoal e Social ou outras formações de carácter transversal como Informática, Segurança, Higiene e Saúde e Marketing.
Formação e Gestão de Recursos Humanos
- Visa a optimização das capacidades de gestão dos Empresários e Dirigentes, bem como o desenvolvimento das competências humanas, técnicas e organizacionais no quadro das organizações. Os perfis a considerar poderão ser os de: Empresário ou Gestor; Quadro Superior; Quadro Médio; Chefia Directa.
COMPONENTES DA FORMAÇÃO
Os cursos inseridos no Sistema de Aprendizagem privilegiam um processo formativo integrado composto por três componentes:
Formação Sócio-Cultural; Formação Científico-Tecnológica; Formação Prática.
COMPONENTES DA FORMAÇÃO
Formação Sócio-Cultural
Visa a aquisição de competências, competências atitudes e conhecimentos orientados para o desenvolvimento pessoal, profissional e social dos indivíduos.
COMPONENTES DA FORMAÇÃO
Formação Científico-Tecnológica
Visa a aquisição de conhecimentos necessários à compreensão das tecnologias e actividades práticas, bem como à resolução dos problemas que integram o exercício profissional.
COMPONENTES DA FORMAÇÃO
Formação Prática
Visa a aquisição de competências técnicas e o desenvolvimento de capacidades práticas, inerentes ao desempenho da profissão.
Dividi-se em:
Prática Simulada - (em contexto de formação)
Prática Real – (em contexto de trabalho)
ESTRUTURA DOS NíVEIS DE FORMAÇÃO
-
Nível 1 (I)
-
Nível 2 (II)
-
Nível 3 (III)
-
Nível 4 (IV)
-
Nível 5 (V)
ESTRUTURA DOS NÍVEIS DE FORMAÇÃO
NÍVEL I (Orientação) -
Corresponde a uma pré- qualificação para o exercício de uma actividade;
-
Actividade respeita a um trabalho relativamente simples, simples que envolve conhecimentos técnicos e capacidades limitadas.
ESTRUTURA DOS NÍVEIS DE FORMAÇÃO
NÍVEL II -
Corresponde a uma qualificação completa para o exercício de uma actividade;
-
Pressupõe a capacidade para utilizar os instrumentos e técnicas com ela relacionados.
ESTRUTURA DOS NÍVEIS DE FORMAÇÃO
NÍVEL III
-
-
-
Corresponde a uma qualificação completa para o exercício de uma actividade; Esta actividade respeita principalmente a um trabalho técnico que pode ser executado de forma autónoma; autónoma Poderá incluir responsabilidades de enquadramento e de coordenação. coordenação
ESTRUTURA DOS NÍVEIS DE FORMAÇÃO
Nível IV -
Formação técnica de alto nível, com uma qualificação que inclui conhecimentos e capacidades que permitem assumir, de forma geralmente autónoma, responsabilidades de concepção, direcção ou gestão.
ESTRUTURA DOS NÍVEIS DE FORMAÇÃO
Nível V Esta formação conduz geralmente à autonomia no exercício da actividade profissional.
O FORMADOR
“(…) o profissional que, na realização de uma acção de formação, estabelece uma relação pedagógica com os formandos, favorecendo a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e formas de comportamento, adequados ao desempenho profissional” (nº 1 do Artº 2º) Decreto Regulamentar nº 66/94, de 18 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar nº 26/97, de 18 de Junho
TIPOS DE FORMADORES
Promove o saber Facilita a aprendizagem (sistema de formação) Transmite saber (teórico) Ensina (sistema escolar) Dá instruções sobre procedimentos Ensina no posto de trabalho Transmite saberes práticos Conduz / monitoriza, treina
Cria / dinamiza situações que conduzem à aprendizagem
Superintende / orienta / ajuda à aprendizagem (formação individualizada)
O FORMADOR (Enquadramento legal)
Tipos de Formadores - Quanto ao regime de ocupação podem ser permanentes ou eventuais, consoante desempenhem as funções de formador como actividade principal ou não; - Quanto ao vínculo, serão internos ou externos, conforme tenham ou não vínculo com a entidade formadora ou beneficiária.
Funções do Formador
Cabendo ao formador a responsabilidade de proporcionar a aquisição de conhecimentos, de competências e de atitudes correspondentes ao eficaz desempenho de uma profissão, o formador deverá: - Informar – Transmitir conhecimentos; - Instruir – Desenvolver competências; - Incentivar – Fomentar atitudes.
ACTIVIDADES DO FORMADOR
A – Planeamento / Preparação da Formação B – Desenvolvimento /Animação da Formação C – Avaliação da Formação
A – Planeamento / Preparação da Formação
• Análise / caracterização do projecto da acção de formação em que irá intervir: -Objectivos; -Perfis de entrada e de saída; -Programa; -Condições de realização; •
Constituição do dossier da acção de formação.
• Concepção e planificação do desenvolvimento da formação: -objectivos; -conteúdos; -actividades; -tempos; -métodos; -avaliação; -recursos didácticos; -documentação de apoio.
B – Desenvolvimento / Animação da Formação
•
Condução/mediação do processo de formação/aprendizagem: -desenvolvendo os conteúdos; -estabelecendo e mantendo a comunicação e a motivação dos formandos; -gerindo os tempos e os meios materiais necessários; -utilizando auxiliares didácticos.
• Gestão da progressão na aprendizagem realizada pelos formandos: -utilizando meios de avaliação formativa; -implementando os ajustamentos necessários.
C – Avaliação da Formação
•
Avaliação final da aprendizagem realizada pelos formandos;
•
Avaliação do processo formativo;
•
Reestruturação do plano de desenvolvimento da formação.
Competências Psicossociais
A – Saber-estar em situação profissional no posto de trabalho, na empresa/organização, no mercado de trabalho, implicando nomeadamente:
Assiduidade; Pontualidade; Postura pessoal e profissional; Aplicação ao trabalho; Co-responsabilidade e autonomia; Boas relações de trabalho; Capacidade de negociação; Espírito de equipa; Auto-desenvolvimento pessoal e profissional.
Competências Psicossociais
B – Possuir capacidade de relacionamento com os outros e consigo próprio, implicando, nomeadamente:
Comunicação interpessoal; Liderança; Estabilidade emocional; Tolerância; Resistência à frustração; Auto-confiança; Auto-crítica; Sentido ético pessoal e profissional.
Competências Psicossociais
C – Ter capacidade de relacionamento com o objecto de trabalho, implicando, nomeadamente:
Capacidade de análise e de síntese; Capacidade de planificação e organização; Capacidade de resolução de problemas; Capacidade de tomada de decisão; Criatividade; Flexibilidade; Espírito de iniciativa e abertura à mudança.
Competências Psicossociais
D – Ser capaz de compreender e integrar-se no contexto técnico em que exerce a sua actividade:
A população activa, o mundo de trabalho e os sistemas de formação, o domínio técnico-científico e/ou tecnológico objecto de formação; A família profissional da formação, o papel e o perfil do formador; Os processos de aprendizagem e a relação pedagógica; A concepção e organização de cursos ou acções de formação.
Competências Técnicas E – Ser capaz de adaptar-se a diferentes contextos organizacionais e a diferentes grupos de formandos. F – Ser capaz de planificar e preparar as sessões de formação, nomeadamente: Analisar o contexto específico das sessões: objectivos, programa, perfis de entrada e de saída, condições de realização da acção; Conceber planos das sessões; Definir objectivos pedagógicos; Analisar e estruturar os conteúdos de formação; Seleccionar os métodos e as técnicas pedagógicas; Conceber e elaborar os suportes didácticos; Conceber e elaborar os instrumentos de avaliação.
Competências Técnicas
G – Ser capaz de conduzir / mediar o processo de formação / aprendizagem em grupo de formação, nomeadamente: Desenvolver os conteúdos de formação; Desenvolver a comunicação no grupo; Motivar os formandos; Gerir os fenómenos de relacionamento interpessoal e de dinâmica do grupo; Gerir os tempos e os meios materiais necessários à formação; Utilizar os métodos, técnicas, instrumentos e auxiliares didácticos.
Competências Técnicas H – Ser capaz de gerir a progressão na aprendizagem dos formandos, nomeadamente: Efectuar a avaliação formativa informal; Efectuar a avaliação formativa formal; Efectuar a avaliação final ou sumativa. I – Ser capaz de avaliar a eficiência e eficácia da formação, nomeadamente: Avaliar o processo formativo; Participar na avaliação do impacto da formação nos desempenhos profissionais.
O FORMADOR (Enquadramento legal)
Competências - Domínio técnico actualizado relativo à área em que é especialista; - Domínio dos métodos e técnicas pedagógicas adequadas ao tipo de formação que desenvolve; - Competências comunicacionais que proporcionem ambiente facilitador do processo ensino/aprendizagem.
O FORMADOR (Enquadramento legal)
Requisitos - Preparação psicossocial; - Formação científica, técnica, tecnológica e prática, garantida por qualificação de nível pelo menos igual ao de saída dos formandos e variável de acordo com a formação a ministrar; - Formação pedagógica certificada nos termos da lei.
AS ILUSÕES DO FORMADOR
QUANTO MAIS EU FALAR MAIS ELES APRENDEM. SE É FÁCIL PARA MIM TAMBÉM O É PARA ELES. É IMPOSSÍVEL ALGUÉM NÃO GOSTAR DESTA TEMÁTICA. ISTO ESTÁ A CORRER BEM: ESTÃO TODOS TÃO ATENTOS. CONSEGUI DAR TODO O PROGRAMA. SE ELES NÃO APRENDEREM A CULPA É ... DELES.
AS ILUSÕES DO FORMADOR
FUI TÃO CLARO QUE NINGUÉM ME PÔS QUESTÕES. IRÃO LER TODA A DOCUMENTAÇÃO QUE LHES DISTRIBUÍ. UTILIZEI TODOS OS AUDIOVISUAIS QUE TINHA À MINHA DISPOSIÇÃO. JÁ NÃO ESTÃO EM IDADE DE APRENDER ISTO.