O Egito Antigo Ciro Flamarion S. Cardoso
O Egito Antigo Ciro Flamarion S. Cardoso
ÍNDICE Introdução.................................. Introdução......................................................... .............................................. .............................................. .........................................4 ..................4 A falência da “hipóts casual hidr!ulica""....................................... hidr!ulica"".............................................................. ................................# .........# Economia socidad .............................................. ..................................................................... .............................................. ...............................$4 ........$4 O podr% sinops da histórica fara&nica ........................................................... ..........................................................................'' ...............'' Aspctos da (ida intlctual .......................................... ................................................................. .............................................. ..........................4) ...4) Conclusão% “modo d produção asi!tico*+ ............................................................ .....................................................................4, .........4,
INTRODUÇÃO
O Egito fara&nico não somnt rprsnta o primiro rino unificado historicamnt conhcido- como tam/m a mais longa 0priência humana documntada d continuidad pol1tica cultural. 2smo não incluindo o pr1odo grco3 romano mora os monarcas hln1sticos os impradors d 5oma tnham figurado como “faraós* m monumntos g1pcios a história do Antigo Egito s stnd por uns dois mil stcntos anos- d apro0imadamnt 6))) a.C. at/ 66' a.C.% como todas as datas rlati(as 7 ci(ili8ação fara&nica são antriors 7 ra cristãliminarmos dora(ant a mnção “ants d Cristo*- a não sr 9u por alguma ra8ão s:a ncss!ria. ;al história conhcu- / (rdad- fass d dscntrali8ação- anar9uia dom1nio strangiro- mas durant sts longos s/culos o Egito constituiu uma msma ntidad pol1tica rconhc1(l. A continuidad a long(idad são ainda mais imprssionants do ponto d (ista cultural% a antiga l1ngua g1pcia mant(3s rlati(amnt st!(l- mora sofrndo algumas mudanças- durant 9uatro mil 9uinhntos anos. E d crca d 6))) a.C. at/ o 9uinto s/culo da nossa ra- muitos outros aspctos atstam- com sua prsnça inintrrupta- a grand prmanência dos padr<s culturais g1pcios% scrita hirogl1ficaconcpç<s acrca da ral8a- rligião- stilos art1sticos- struturaç<s con&mico3 sociais... =m g1pcio da /poca das grands pir>mids ?mados do III milênio@ 9u- por um ato d m!gica- foss transportado ao apogu da BIII dinastia- mil anos mais tardnotaria sm d(ida muitas mudanças no pa1sD mas a sua dificuldad d adaptação 7s no(as circunst>ncias sria pro(a(lmnt m mnor do 9u a d um francês d $#$ ou s:a- contmpor>no d u1s BI 9u s (iss tra8ido por milagr 7 França d ho:- apnas du8ntos anos dpois. O ltimo faraó no sntido 0ato da pala(ra - Gctano II- morru na cidad d ;as m 64$- 9uando uma 0pdição militar impunha o sgundo dom1nio prsa sor o pa1s% h! mais d (int três s/culos- portanto. =m milênio mio nos spara dos ltimos strtors da cultura g1pcia antiga. E- no ntanto- sta distant ci(ili8ação continua dsprtando ho: um profundo intrss- 9u não s limita aos spcialistas m Egiptologia. Gnhuma outra cultura da Antiguidad inspirou a laoração d tantos li(ros d di(ulgação dstinados ao grand plico. A 9u s d( a atração do Egito antigo+ Em part- tal(8 7s suas :! mncionadas long(idad continuidad. H um fn&mno fascinant o d uma ci(ili8ação 9u- atra(/s d numrosas transformaç<s- arrosta imp!(ida (!rias d8nas d s/culos sm prda das caractr1sticas ssnciais 9u dfinm sua spcificidad. Outra ra8ão parc sr uma sp/ci d fasc1nio 0ótico nost!lgico 0rcido sor o
4
nosso mundo sculari8ado d ho: por alguns dos lmntos culturais do Egito fara&nico- m particular a ral8a d car!tr di(ino a rligião funr!ria tão laoradacom sua osssão milnar plo rnascr- pla imortalidad.
Em nossa opinião- por/m- o mais apai0onant dos traços do (lho Egito / outro9u tratarmos d ilustrar com um 0mplo. Ga tuma do chf d pol1cia 2ahu- m AJhtaton ?;ll l3Amarna@- 9u data do s/culo IB- (mos um mural rprsntando tal funcion!rio ocupando3s da distriuição d (1(rs aos sus suordinados. ?Br a Figura $.@ A primira (ista- o 9u chama a atnção são as con(nç<s da art g1pcia% as prsonagns prsonagns d alta hirar9uia ?rgistro suprior dirito@ di rito@ são rprsntadas m tamanho m maior do 9u os homns comunsD as figuras humanas aparcm d prfil ?mora com os olhos os omros d frnt@D in0ist 9ual9ur fito d prspcti(a. E- no ntanto- s osr(armos mais d prto a part dirita do mural- no rgistro supriorntr 2ahu o outro dignit!rio ?sp/ci d primiro3ministro- acompanhado por um d sus altos funcion!rios@ 9u- (stido d uma longa tnica- d! ao chf d pol1cia a autori8ação para rtirar os (1(rs dos dpósitos do ri- notarmos no chão um rasiroo 9u indica 9u a cna tm lugar d manhã cdo no in(rno. ogo aai0o- o transport dos alimntos inspira um 9uadro pitorsco d grand (i(acidad. E no ltimo rgistro- smpr 7 dirita- stando as itualhas :! ntrgus- (mos- ntr outras figurasuma camponsa conforta(lmnt instalada sor um grand csto- gsticulando con(rsando com um tropiro... H ralmnt fascinant tal mistura d con(nção naturalismo- a co0istência- 9u podmos sguir ao longo d milênios- d solns crim&nias rligiosas mon!r9uicas com cnas d flicidad dom/stica- traalho agr1cola artsanal- sports :ogos nfim- mil dtalhs da (ida 9uotidiana d nors plus. Go s/culo III- isto /- no Egito hln1stico- um sacrdot 2anthon scr(u uma Kistória do Egito- ho: prdida. Lispomos- por/m- d fragmntos da
msma- transmitidos por outros autors- m spcial tmos as listas das casas rais ou dinastias do Egito fara&nico 9u laorou. 2anthon d( tr utili8ado os ar9ui(os dos tmplos d sua /poca. Apsar d rros contidos m suas listas- outros d(idos a sucssi(os copistas- mora saiamos 9u hou( dinastias parallas ?m /pocas d di(isão pol1tica@- fêmras ou msmo in0istnts- o cont0to cronológico haitualmnt sguido para a Kistória g1pcia continua usando o 9uadro dfituoso- mas sgundo parc insustitu1(l- d tais dinastias. Engloa3as- por/m- m di(is<s mais (astas% 5ino Antigo- 5ino 2/dio- 5ino Go(o Hpoca ;ardia- sndo tais fass !sicas sparadas ntr si por três “pr1odos intrmdi!rios*- /pocas d anar9uiadscntrali8ação do podr- dcl1nio con&mico- !spras lutas sociais pol1ticas msmo fass d dom1nio strangiro. Apsar dos progrssos constat!(is na cronologia da Kistória do Egito antigo- 7s (8s com as m fatos astron&micos dat!(is- muita incrt8a susist m 9uas todas as datas antriors a MM4. A margm d rro no in1cio da Kistória din!stica / d at/ $) anosD as datas do 5ino 2/dio são m gral astant sgurasD 9uanto ao pr1odo 9u s stnd do in1cio do 5ino Go(o a MM4- o rro poss1(l / d uma d/cada apro0imadamnt. O Nuadro n $ rsum a cronologia da ci(ili8ação g1pcia at/ a con9uista d Al0andr. A não sr para as fass antriors 7 primira dinastia d 2anthon- optamos plas soluç<s propostas rcntmnt- m mat/ria d datação- por% Pohn Qains Parom1r 2!lJ- Atlas of Ancint EgRpt- O0fordhaidon- $,#)- pp. 6M36. 2uitas “Kistórias do Egito* são- na (rdad- 9uas 0clusi(amnt Kistórias dos ris g1pcios% suas dinastias- atalhas- con9uistas- construç<s outros fitos. =ma tal distorção / m part o rsultado do car!tr prdominant da documntação scrita ar9uológica dispon1(l- a 9ual ilumina sortudo a rligião a monar9uia. Gst p9uno li(ro tratarmos d dar atnção suficint nos limits das dimns<s rdu8idas da ora 7s struturas con&mico3sociais culturais mais (astas da ci(ili8ação fara&nica- inclusi( ao aordar a Kistória pol1tica.
M
QUADRO 1: CRONOLOGIA DA CIVILIZAÇÃO DO EGITO ANTIGO ATÉ A CONQUISTA MACEDÔNICA. r1odo
Linastia d 2anthon
Latas ants d Cristo
alol1tico 2sol1tico
333
Ants d 4)) ?ou ))sgundo outros@
Gol1tico Enol1tico ?pr/3 din!stico@
333
L 4)) ?))@ a 6))) ?6$))@
r1odo da =nificação ?protodin!stico@
333
L 6))) ?6$))@ a ',')
Lin!stico rimiti(o
I a III
',')3'
5ino Antigo
IB a BIII
'3'$64
rimiro r1odo Intrmdi!rio
I- - part da I
'$643')4)
5ino 2/dio
art da I- II a IB
')4)3$M4)
Sgundo r1odo Intrmdi!rio
B a BII
$M4)3$)
5ino Go(o
BIII a
$)3$))
;rciro r1odo Intrmdi!rio
I a IB- part da B
$))3$'
Hpoca ;ardia
art da B- BI a
$'366'
A FALÊNCIA DA “HIPTESE CAUSAL HIDR!ULICA"
O po(oamnto do Egito / 9ustão das mais discutidas. K! algumas d/cadas- a toria mais corrnt a rspito liga(a3o 7 formação da cologia atual do nort da Tfrica. Isto por9u- durant milênios- o atual dsrto do Saara foi rgião d sa(anas- haitada por caçadors- pscadors postriormnt por criadors d gado agricultors. A mdida- por/m- 9u s foi dando o progrssi(o rsscamnto clim!tico rspons!(l pla formação do grand dsrto- sndo o Gilo um curso d !gua prn por não dpndr das scassas chu(as g1pcias- sim d fn&mnos atmosf/ricos 9u s dão m mais ao sul- na rgião dos grands lagos africanos da Aiss1nia - o su (al foi atraindo cada (8 mais saarianos “rancos*- do grupo lingu1stico chamado hamita- aos 9uais s misturaram smitas ou protossmitas (indos da Tsia ocidntal plo istmo do Sinai ou atra(ssando o 2ar Brmlho- ngroids 9u dscram o (al do Gilo no sntido sul3 nort. Alguns autors- apoiados m argumntos principalmnt ar9uológicosafirma(am tr ocorrido tam/m uma migração ou con9uista pro(nint da Qai0a 2sopot>mia- por (olta d 66))36$)). Esta (isão- 9u assgura(a srm “caucasoids* ?rancos@ m forma prdominant os antigos g1pcios- foi fortmnt atacada por historiadors ngro3 africanos C. Anta Liop ;. Onga - 9u com argumntos lingu1sticos ?smlhança ntr o antigo g1pcio l1nguas ngro3africanas d ho:@ d outros tipos trataram d pro(ar 9u os g1pcios da Antiguidad ram ngros. S o ds:o d aprsnt!3los como “rancos*- nos autors do s/culo I comços do s/culo atualchira(a a racismo- a no(a toria tm forts conotaç<s sntimntais - sortudo pol1ticas ?pan3africanismo@. Est ltimo ponto aparc com clar8a num trcho d A. Liop% “A rdscorta do (rdadiro passado dos po(os africanos d( contriuir não para afast!3los uns dos outros- mas para uni3los na plnitud- para cimnt!3los d nort a sul do continnt- para torn!3los aptos a 9u cumpram :untos uma no(a missão histórica para maior m da humanidad...* ?ChiJh Anta Liop- “Origin ds ancins EgRptins*- in U. 2oJhtar- d.- Kistoir g/nal d l"Afri9u- II- aris- Pun Afri9u StocJ =GESCO- $,#)- p. '.@ Em $,4- runiu3s no Cairo um coló9uio cint1fico ddicado 7 9ustão do po(oamnto do Egito. Força / confssar 9u- al/m d não chgar a rsultados conclusi(os ?o 9u / d fato imposs1(l com os dados 9u tmos atualmnt@- a runião caractri8ou3s 7s (8s por dats st/ris dogm!ticos- asados m crtos casos na distorção dos fatos dispon1(is. Fli8mnt algumas (o8s snsatas fi8ram3s ntão
#
ou(ir. 2ostrou3s sr asurdo 9urr stalcr corrlaç<s autom!ticas ntr grupos /tnicos- l1nguas sistmas culturais ?a (rdad / 9u trmos como “hamita* “ngroid*- por 0mplo- não corrspondm a concitos claros@. Foi lmrado tam/m 9u o Egito- situado na confluência da Tfrica da Tsia- nunca st( isolado- sndo inacit!(l prtndr 9u sua população foi 0clusi(a ou prdominantmnt “ranca*tanto 9uanto “ngra* :! 9u tudo indica tr sido smpr muito msclada- plo mnos dsd o Gol1tico. E rcordou3s 9u- no fundo- uma discussão astrata sor a cor da pl / astant irrl(ant diant d 9ust<s m mais importants- como- por 0mplo- a ncssidad d 0plicar dscontinuidads continuidads t/cnico3culturais m distintas /pocas no intrior do Egito- ntr o Egito a Gia. S:a como for- o dat acrca do po(oamnto g1pcio antriormnt 7 unificação dpnd d fonts rstos humanos- iconografia- dados lingu1sticos tnológicos m crtos casos insuficints- prolm!ticas ou mal distriu1das- al/m d ainda mal 0ploradas m dtalh. or 0mplo- rstos humanos palol1ticos só foram achados na Qai0a GiaD os do Gol1tico do protodin!stico corm sta ltima insuficintmnt o Alto Egito ?ou s:a- o Bal do Gilo g1pcio- com 0clusão da part stntrional do pa1sconhcida como Qai0o Egito ou Llta@. Alguns dsts rstos são tão fragmnt!rios 9u não pudram sr o:to d studos d Antropologia F1sica. ?Br% puplmnt d l"EgRpt ancinn t l d/chiffrmnt d l"/critur m/roVti9u- aris- =GESCO- $,#.@ Li0ando d lado o tma do po(oamnto- d 9u manira- partindo d grupos disprsos d caçadors- pscadors agricultors primiti(os- chgou3s a um nico rino g1pcio mora prsistntmnt dual m car!tr ?o faraó ra “ri do Alto Qai0o Egito*- sua coroa ra dupla@+ Estudo palocológicos rcnts- rali8ados m particular por W. Qut8r Q. Qll- (rificaram 9u- ntr 66)) 6)))- ocorru no Egito uma 9uda pronunciada da plu(iosidad. A agricultura a criação d gado- ants poss1(is numa fai0a d cinco a sis 9uil&mtros d cada lado do rio- m (als triut!rios ?Xadis@- com a 0tnsão das !ras ds/rticas passaram a sr pratic!(is unicamnt no (al do Gilo- no dlta formado plo rio ao dsmocar no 2ditrr>no. or outro lado- ntr 6$)) ')) du3s uma diminuição dos n1(is m/dios da chia anual do Gilo. ;udo isto indicariantão- uma crscnt dpndência da !gua do rio- no pr1odo 66))3'))- 7 mdida 9u o pa1s s torna(a mais sco. A partir d ntão ficou dfiniti(amnt stalcida a atual cologia do Egito- com suas três rgi<s% o Llta- com maior 0tnsão d trras ar!(is d pastos- contndo tam/m muitos p>ntanosD o Bal- strita fai0a d trra ar!(l aprtada ntr dsrtos- 9u na Antiguidad continha igualmnt manchas pantanosasD o dsrto st/ril. Ao msmo tmpo- dsn(ol(u3s crscntmnt uma agricultura dpndnt da irrigação- com apro(itamnto control do fn&mno natural das chias anuais do Gilo. ?Br a Figura n '.@ Sndo assim- / fort a tntação d atriuir a unificação do Egito num só rinoocorrida por (olta do ano 6)))- 7 ncssidad d uma administração cntrali8ada das oras d irrigação para o om funcionamnto da conomia agr1cola num pa1s d clima ds/rtico. Esta ts foi muito popular no s/culo passado ?W. 2ar0@ m oa part do ,
nosso s/culo ?W. Yittfogl@. =m dos ltimos a dfndr uma tal “hipóts causal hidr!ulica* para os comços do Estado da ci(ili8ação no Egito- para sua postrior stailidad- foi P. Brcouttr% “K! 9um s 0tasi muito a rspito da stailidad do po(o g1pcio... Esta caractr1stica... foi fa(orcida pla ncssidad d um go(rno politicamnt fort para assgurar a irrigação... ?cu:a@ manutnção não pod sr assgurada snão por um podr cntral fort 9u a saia impor a todas as pro(1ncias. Assim- todo o sistma pol1tico g1pcio rpousa sor uma ncssidad f1sica- gogr!fica- da 9ual não tmos 9ui(alnt algum m nossas socidads ocidntais."" ?Pan Brcouttr- ZEgRpt ancinnaris- rsss =ni(rsitairs d Franc- $,M#- M[ Ed.- p. $#D 0ist m português% São aulo- LIFE.@
$)
Fig. ' 2apa do Egito da Gia ?o limit ntr Egito Gia antigos ra a localidad d Elfantina- :unto 7 primira catarata do rio Gilo@. ?CRril Aldrd- Os Eg1pcios- isoa- Editorial Bro- $,'- p. 66.@ ?Got3s 9u nm smpr coincidirmos com as opç<s m mat/ria d transcrição d noms d localidads antigas prsnts nst mapa.@
Sr! acit!(l uma hipóts dst tipo+ ara comçar a discussão a rspitoforçoso / constatar 9u- ao contr!rio do 9u gralmnt s acrdita- as indicaç<s prcisas d 9u dispomos sor a irrigação do Egito antigo não são muito numrosas. O studo dos sistmas antigos d irrigação pla Ar9uologia / dif1cil. A agricultura irrigada nunca cssou no pa1s da Antiguidad aos nossos dias- o 9u significa 9u os consrtos sucssi(as construç<s no(as d di9us canais dstrom os traços d sistmas mais (lhos. Ko: como no passado- a maioria dos autors continua intrprtando a cna rprsntada na caça d tacap do ri Escorpião ?por (olta d 6)))@ como significando o rito soln d inauguração dos traalhos d um canal d irrigação- ou plo mnos como um rito agr!rio (inculado 7 agricultura irrigada. =ma tradição rlati(amnt tardia- (iculada por Kródoto- atriui ao primiro ri da primira dinastia d 2anthon 2ns ?não compro(ado induita(lmnt com st nom pla Ar9uologia@ a construção d um di9u para protgr o Llta das inundaç<s mais (iolntas- ou- sgundo outra intrprtação- para drnar o trritório 7 (olta da cidad d 2ênfis. S tal tradição / du(idosa- no 2usu 2tropolitano d Go(a lor9u h! uma sp/ci d and:a d pdra d comços da I dinastia 9u commora a artura d um lago m 2ênfis- tal(8 para irrigação dos campos circun(i8inhos. Nuanto a t0tos scritos 0pl1citos tratando da irrigação- só a partir do 5ino 2/dio s tornam rlati(amnt mais aundants. Ao contr!rio da 2sopot>mia- o Egito não nos di0ou códigos ou compilaç<s d lis. Nuando muito podmos constatar 9u no principal t0to da rligião funr!ria g1pcia- o i(ro dos 2ortos- a confissão ngati(a do morto no triunal d Os1ris inclui alguns lmntos 9u podm sr intrprtados no sntido d 9u ds(iar ou su:ar a !gua dos canais ram pcados gra(s para os g1pciosD o msmo t0to mnciona a 0istência- no mundo dos mortos- d um “triunal da irrigação*rfltindo um dado ral do Egito fara&nico. =m 0mplo concrto d gnrali8ação insatisfatória fita 7 as d uma documntação mais do 9u du(idosa / a atriuição a Amnmhat III ?$#443$,@- ou a outro ri da II dinastia- da construção d um imnso rsr(atório d !gua para control da inundação a rgião do FaRum- 9uipado com norms canais di9us clusas. Pohn Yilson- P. P. Cl\r- Arthur Yigall muitos outros autors dão a ntndr 9u o “lago 2oris* ?atual QirJt Warun@ sria artificial. or incr1(l 9u parça- uma afirmação d tal n(rgadura s sustnta 0clusi(amnt m crtas passagns d autors grco3 romanos ?Kródoto- Estraão- Liodoro da Sic1lia@- sm 9ual9ur as na Ar9uologia ou m documntos da /poca fara&nica] Crtos autors d fins do s/culo passado
$$
comços dst foram m mnos cr/dulos. Assim- U. 2aspro fala- com ra8ão- da “lnda do lago 2oris*- atriuindo3a a uma falsa intrprtação- por Krótodo- do fn&mno da inundação 9u prsnciou no Egito. La msma manira- A. 2ort mostra 9u o 9u os faraós do 5ino 2/dio fi8ram- sgundo os dados dispon1(is- foi rgulari8ar drnar um lago natural- no sntido d rdu8ir sua 0tnsão assim otr no(as suprf1cis culti(!(is- não d inundar a rgião transformando3a m “dpósito rgulador da inundação*. Gão h! d(ida d 9u os faraós da II dinastia tnham 0cutado oras d drnagm irrigação no FaRum- pro(a(lmnt dsd 9u Snuosrt II ?$#,3$##@ transportou para l! a sua capital- ganhando assim uns 4) Jm d no(os trrnos culti(!(is. 2as tam/m / sguro 9u o atual QirJt Warun / um lago natural ou o 9u rsta dl% foi drnado- rgulari8ado utili8ado na Antiguidad- mas não “constru1do*. Ga dscrição da agricultura irriga da g1pcia a primira coisa 9u d( sr sclarcida / 9u suas condiç<s ram difrnts das 9u impra(am na 2sopot>mia. A inundação anual do Gilo / muito mnos (iolnta do 9u a dos rios ;igr Eufrats- tam/m muito mais rgular m sua data. Al/m disto- comça m :ulho- a rtirada das !guas- m fins d outuro- coincid com o momnto ad9uado para smar. Lpoisntr a colhita a no(a inundação- passam3s (!rios mss- prmitindo a limp8a consrto dos di9us canais. Lpois 9u o cral / sgado- o solo dos campos s torna sco s fnd- ficando pronto para sr pntrado m profundidad pla !gua plos alu(i<s frtili8ants da inundação. Assim- não são ncss!rias no Egito as importants oras d protção contra a chia flu(ial imprscind1(is na Qai0a 2sopot>mia. or outro lado- os mss mais 9unts coincidm com o pr1odo m 9u a trra ar!(l st! corta plas !guas da inundaçãoD nos mss d sca os mnos 9unts a !gua do Gilo dos rsr(atórios asta para rgar campos hortas. Em circunst>ncias tão fa(or!(is- o sistma hidr!ulico d irrigação por tan9us dsn(ol(ido na Antiguidad foi m mais simpls do 9u o da 2sopot>mia. Eis a9ui uma oa dscrição% “O sistma consist m 9u a trra ao longo do rio fi9u di(idida m compartimntos tan9us por di9us l(antados m >ngulo rto m rlação ao curso flu(ialD um canal iniciado a montant condu8 a !gua do rio ao tan9u- ond canais mnors (alas a stndm uniformmnt por todo o compartimntoD outro canal rcolh o 0csso d !gua o l(a a um sgundo tan9u- ou ntão d (olta ao rio- a :usant. A irrigação d tan9u só pod produ8ir uma colhita por ano- por9u- 9uando o rio dsc aai0o d crto n1(l- os canais 9u alimntam os tan9us scam. 2as- com o rico solo do Egito- uma colhita / o astant- o sistma tm a (antagm d canais curtos- da f!cil manutnção lnta ostrução dos canais plos sdimntos. Isto significa 9u cada aldia ra conomicamnt indpndntD ao passo 9u o traalho ncss!rio para otnção d um 0cdnt d alimntos sta(a folgadamnt ao alcanc d uma p9una unidad social- di0a(a ralmnt uma oa 9uantidad d tmpo li(r prmitia a spciali8ação artsanal.* ?. YoollR- “os comin8os d la
$'
ci(ili8ación*- in P. KaXJs .YoollR- Kistória d la Kumanidad. Lsarrollo cultural R cint1fico- tomo I- Qunos Airs- Editorial Sudamricana- $,MM- p. 4#,.@ Os traalhos rcnts mostraram 9u o sistma g1pcio d irrigação por tan9us tinha um car!tr local a princ1pio% não h! 9ual9ur pro(a d uma administração cntrali8ada d rds d irrigação at/ o 5ino 2/dio- isto /- at/ mil anos dpois da unificação do rino g1pcio. Gstas condiç<s- tudo indica 9u o papl da agricultura irrigada foi norm na formação consolidação das confdraç<s triais 9u dram origm- m cada rgião do pa1s- ao spat ?mais conhcido plo trmo grgo “nomo*@- 9u no rino unificado funcionou como pro(1nciaD o Egito antigo comprndia crca d 9uarnta nomos. A irrigação não pod- por/m- sr (ista como a causa do surgimnto do Estado cntrali8ado da ci(ili8ação g1pcia% plo contr!rio- um sistma cntrali8ado d oras hidr!ulicas para a agricultura irrigada surgiu como um rsultado tardio da 0istência d um Estado fort. Got3s 9u o aandono da “hipóts causal hidr!ulica* não significa 9u a irrigação não foss muito important. E- inclusi(- uma (8 instalado um sistma plan:ado cntrali8ado d irrigação- msmo tardiamnt- nas no(as condiç<s o control institucional unificado da rd d canais di9us acaou por transforma3s m algo ncss!rio% sua ausência podria agora pro(ocar uma cat!strof con&mica- :! 9u s tornara dif1cil (oltar 7 dscntrali8ação antrior. or outro lado- a cr1tica a uma causalidad nica ou linar asada na “hipóts hidr!ulica* não 9ur di8r 9u- aandonada sta- s:a imposs1(l intgrar a irrigação como um fator ntr (!rios outros- m modlo causais mais amplos. A 9u atriuir- ntão- a unificação do Egito+ E0istm muitas torias a rspitodif1cis d a(aliar m (irtud da scass8 d dados fonts. 2uitas das tntati(as contmpor>nas d 0plicação ?. Wradr- Q. ;riggr- 5. Carniro@ nfati8am fators ligados 7 gurra- 7 con9uista- ao militarismo. S:a como for- tudo indica 9u o procsso d formação do Egito como rino cntrali8ado dpndu d numrosos fators dmogr!ficos- cológicos- pol1ticos tc. - ntr os 9uais a irrigação- plo mnos indirtamnt- foi lmnto d pso.
$6
ECONOMIA E SOCIEDADE
As t/cnicas d produção utili8adas plo Egito fara&nico s fi0aram na sua maioria como ocorru na 2sopot>mia durant o surto d ino(aç<s tcnológicas 9u s stnd apro0imadamnt d 6')) a '))D dpois hou( algumas in(nç<s isoladas aprfiçoamntos- mas não 9ual9ur mudança radical do n1(l tcnológico. A comparação do Egito com a 2sopot>mia l(ar!- por/m- a constatar crto atraso do primiro m rlação 7 sgunda% o n1(l t/cnico gral ra mais ai0o no Egito- os g1pcios dmoraram mais a adotar crtas ino(aç<s h! muito introdu8idas na 2sopot>mia. Assim- a sustituição do cor plo ron8 m scala aprci!(l só ocorru durant o 5ino 2/dio- um milênio dpois da Qai0a 2sopot>mia. or outro lado- o mtal l(ou muito tmpo para sustituir a madira a pdra na faricação da maioria das frramntas% isto só acontcu d manira significati(a com a difusão do frro- :! no I milênio. Os instrumntos d mtal ram tão caros (aliosos 9u os sus donos os marca(am com o su sint- após ps!3los- ants d ntrg!3los aos traalhadors. O torno para faricação d cr>mica usado no Egito foi- durant s/culosmais lnto inficint do 9u ra mprgado na 2sopot>mia. O shaduf instrumnto simpls- asado no princ1pio do contrapso- para l(ação d rcipints com !gua só foi introdu8ido no s/c. IB- n9uanto aparc m um sint msopot>mico uns siscntos anos ants. ;udo isto não :ustifica- por/m- 9u s fal m “stagnação tcnológica*- mnos ainda 9u s:am propostas toria simplistas ?como a d Yilliam C. KaRs h! algumas d/cadas@ a rspito d uma “psicologia g1pcia* marcada pla falta d sp1rito in(nti(o- da 9ual rsultaria 9u o Egito s limitass a rcr passi(amnt sucssi(os mpr/stimos tcnológicos pro(nints da Tsia Ocidntal. H poss1(l 9u a idia da agricultura a da scrita tnham (indo ao Egito da 2sopot>mia% mas as soluç<s g1pcias dadas a sts outros prolmas foram 0trmamnt originais- ho: :! não s acita a hipóts d uma origm asi!tica da ci(ili8ação g1pcia. Nuanto 7 9ustão da “stagnação tcnológica*- afirmar 9u ocorru no Orint ró0imo plo fato d ha(r st conhcido um surto d ino(aç<s sguido por s/culos d difusão aprfiçoamnto sm mudança radical- implica duas posiç<s mtodologicamnt ilg1timas% $. a idntificação do progrsso t/cnico 0clusi(amnt com a in(nçãoD '. comparaç<s históricas com o mundo contmpor>no. or 9u- por 0mplo- só mncionar os pr1odos m 9u no(as in(nç<s são introdu8idas- di0ar d aordar o 9u significou para o Egito fara&nico a 0tnsão das forças produti(as dispon1(is 7 rgião do FaRum a partir do 5ino 2/dio- fa8ndo surgir toda uma no(a 8ona agr1cola+ or outro lado- a introdução prmannt ou
$4
inintrrupta d tcnologia só ocorr- m toda a história humana- so o capitalismo altamnt dsn(ol(ido. Em todas as socidads pr/3capitalistas- o 9u tmos são fass d “r(olução tcnológica*- d surgimnto d no(a tcnologia- 7s 9uais s sgum pr1odos mais ou mnos longos m 9u o no(o n1(l t/cnico / 0plorado aprfiçoado- s stnd a no(as rgi<s. A origm da idia d uma stagnação tcnológica “orintal* (m d uma pro:ção sor o passado d comparaç<s fitas ntr a Europa :! industriali8ada pa1ss como a ^ndia ou a China no s/culo I d nossa ra. Ora- comparaç<s ntr socidads situadas m pontos 0trmamnt difrnts d (olução con&mico3social carcm d sntido- são mtodologicamnt inacit!(is. As ati(idads agr1colas ram o stor fundamntal da conomia agr1cola antiga. Gós as conhcmos m- do ponto d (ista da dscrição- m (irtud das copiosas cnas rprsntadas nas pinturas rl(os murais das tumas. A (ida agr1cola s dsn(ol(ia sgundo um ciclo astant curto- s considrarmos as produç<s !sicas crais ?trigo duro c(ada m spcial@ linho - m função das três staç<s do ano 9u ram t1picas do pa1s% a inundação ?:ulho3outuro@- a “sa1da* ou o raparcimnto da trra culti(!(l do sio das !guas- /poca da smadura ?no(mro3f(riro@- a colhita ?março3:unho@. Com a paralisação das ati(idads agr1colas durant a inundação considrando3s 9u a colhita- rali8ada m aril maio- trmina(a m ants 9u ocorrss a no(a chia do rio- (mos 9u o ciclo da agricultura !sica dura(a pouco mais d mio ano apnas. Isto 9ur di8r 9u ra poss1(l dispor d aundant mão3d3 ora para as ati(idads artsanais da aldia- para traalhar nas instalaç<s d irrigação- para as grands oras statais ?tmplos- pal!cios- spulcros rais- monumntos di(rsos@. Em crtos casos- a smadura ra rali8ada ants 9u as !guas s rtirassm totalmnt- no arro smil19uido- fa8ndo3s 9u o gado mnor ?o(lhas- caras porcos@ passass sor o campo para ntrrar as smnts. S 9uando s sma(a a trra :! sta(a sca- o arado a n0ada sr(iam para rcorir o grão. A n0ada tam/m sr(ia para 9urar os torr<s d trraD para tal 7s (8s s usa(a igualmnt uma sp/ci d malho. ;anto o arado 9uanto a n0ada g1pcios ram instrumntos muito simpls l(s d madira. Como ntr a smadura a colhita s passa(am d 9uatro a cinco mss- durant os 9uais os campos dispnsa(am maiors cuidados a umidad pro(nint da ltima inundação ra suficint- os camponss podiam s ddicar a culti(os mais intnsi(os- 9u 0igiam irrigação prmannt- at/ o 5ino Go(o transportando !gua m (asilhas dpnduradas numa (ara- dpois do s/culo IB utili8ando o :! mncionado shaduf. Assim ra praticada a horticultura- sndo produ8idos alho- cola- ppino- alfac outras (rduras lgumsD tam/m ram plantadas !r(ors frut1fras- (idiras. B!rias plantas ?como o s/samo@ ram culti(adas para otnção d a8itD o a8it d oli(a ra importado.
$
Chgando a /poca da colhita- os talos do trigo da c(ada ram cortados plo mio com uma foic d madira com dnts d s1l0- n9uanto o linho ra arrancado. Lpois o cral ra pisotado plo gado maior para sparar o grão da palha- pnirado guardado m cliros d forma grossiramnt c&nica ?d fato- tinham a forma d pãs d açcar@. Os g1pcios foram muito ati(os nas suas tntati(as d domsticação d animais at/ o 5ino Antigo. Chgaram a 0primntar domsticar hinas- ant1lops- gruas plicanos] O gado maior ois- asnosD o ca(alo só s difundiu so o 5ino Go(o sr(ia m primiro lugar para pu0ar o arado- para sparar os grãos da palha para o transport. O ca(alo ra usado para pu0ar carros- não montado. Bacas ois ram usados tam/m para a alimntação ?carn- lit@ sacrificados aos duss. Os pastos s locali8a(am com fr9uência nos p>ntanos ou sus arrdors- sndo particularmnt 0tnsos no Llta. A umidad d tal amint não ra prop1cia aos o(inos- ra8ão pla 9ual o ranho ra rno(ado rgularmnt mdiant importaç<s d animais da Gia da Tsia. ;anto a criação d gado 9uanto a d a(s ?gansos- patos- pomos@ ram fitas m duas tapas. Guma primira fas- os animais (i(iam m lirdadD m sguidaalguns dls ram slcionados para a fas d ngorda- durant a 9ual ram c(ados- 7s (8s 7 força. O gado mnor comprndia o(lhas- caras porcos. Só no 5ino 2/dio foi introdu8ido um tipo d carniro cu:a lã ra utili8!(l- mas d fato 9uas não foram achados 0mplos d tcidos d lã- sndo o linho a as da (stimnta. A diminuição do nmro d rprsntaç<s pictóricas rlati(as ! criação d gado durant o 5ino 2/dio
$M
l(ou a 9u crtos autors afirmassm tr ocorrido ntão sua diminuição- 7 mdida 9u as trras culti(adas s stndiam 7s 0pnsas das antigas pastagns. A agricultura a criação ram complmntadas pla psca important apsar d crtas limitaç<s rligiosas ao consumo d pi0 - praticada no Gilo- nos p>ntanos nos canais com rd- an8ol- nassa arpão. Qoa part dos pi0s ra scada ao sol. ;am/m a caça ra praticada no dsrto nos p>ntanos- usando3s para tal o cão- o arco o laço- capturando3s a(s sl(agns com rds. Finalmnt- as trras pantanosas ram 8onas d colta d papiro para a alimntação para produção d firas d mltiplas utilidads. A colta comprndia tam/m a madira d 9ualidad m! ou m/dia dispon1(l no pa1s ?sic&moros- ac!cias- palmiras tc.@. Gão dispomos d cifras d população para o Egito fara&nico. ara o pr1odo grco3romano- as stimati(as asadas m autors antigos ?Liodoro da Sic1lia- Fl!(io Posfo@ giram m torno d st milh<s d haitants. Como no con:unto as t/cnicas ligadas 7 susistência não ram muito difrnts na fas 9u nos intrssa- tal(8 s:a poss1(l considrar tal cifra plo mnos como ordm d grand8a ou limit suprior. Isto nos daria uma dnsidad d população ?l(ando m conta somnt as trras culti(!(is@ d mais d ')) haitants por Jm- muito l(ada para a Antiguidad. O Egito ra um dos “formiguiros humanos* do mundo antigo- m (irtud da sua 0traordin!ria frtilidad rno(ada anualmnt plos alu(i<s do Gilo. Sndo a (ida agr1cola intiramnt dpndnt da inundação- 9uando sta falta(a ou ra insuficint ocorria a fom apsar das rsr(as acumuladas plo Estado morriam milhars d pssoas. ;mos muitos documntos scritos ? 7s (8s pictóricos@ 9u s rfrm a tais /pocas calamitosas. Guma dlas- durant o rimiro r1odo Intrmdi!rio- sgundo parc hou( casos d canialismo. A ati(idad artsanal s dsn(ol(ia- m primiro lugar- m função das mat/rias3primas forncidas plo rio plas ati(idads agr1colas d colta% faricação d ti:olos d (asilham com argila mida do Gilo- rcolhida logo dpois da inundaçãoD faricação do pão da cr(:a d craisD produção d (inho d u(a d t>maraD fiação tclagm do linhoD indstrias do couroD utili8ação do papiro da madira para produç<s di(rsas ?matrial para scr(r- cordas- rds- marcaç<s- mó(is- portas tc.@. or outro lado- ao contr!rio da 2sopot>mia- o Egito dispunha- m trras sumtidas 7 sua :urisdição dirta as colinas 9u ordam o (al do Gilo- o Sinai- o dsrto orintal- a Gia - d rica pro(isão d pdras duras- usadas para (asosst!tuas- construç<s rligiosas funr!rias- d pdras smiprciosas ?tur9usa@ d mtais ?ouro- cor- chumo@. A madira d oa 9ualidad para construção na(al para uso nos pal!cios tmplos ra- por/m- importada ?cdros da Fn1cia- otidos no porto d Qilos@- como tam/m a prata- o stanho ncss!rio para o ron8- a cr>mica d lu0o- o l!pis3la8li outros artigos. O cor ra ndurcido com arsênico- tam/m importado. O artsanato g1pcio organi8a(a3s m dois n1(is. Gas propridads rurais nas aldias 0istiam oficinas 9u produ8iam tcidos grossiros- (asilhas utilit!riasti:olos- artigos d couro- produtos alimnt1cios ?pão- cr(:a@ tc. P! o artsanato d lu0o- d alta spciali8ação 9ualidad 0cpcional ouri(saria- mtalurgia$
faricação d (asos d pdra dura ou d alaastro- faiança- mó(is- tcidos finos arcos- pintura scultura tc. - concntra(a3s m oficinas mais importants prtncnts ao ri aos tmplos. O monarca ra tam/m rspons!(l pla organi8ação da minração das pdriras ?0ploradas atra(/s d 0pdiç<s ocasionais@ plas grands construç<s oras plicas. As tumas do 5ino Antigo mostram o p9uno com/rcio local pla troca d produto por produto- o pagamnto in natura d (!rios sr(iços. Em transaç<s maiors para o c!lculo dos impostos ?9u ram pagos m sp/ci@- o padrão pr/3mont!rio d rfrência ram psos d mtal ?shat- dn@. Emora 0istiss alguma spciali8ação produti(a rgional ?a cidad d 2ênfis concntra(a a mlhor mtalurgia- o Llta ra o principal cntro pcu!rio (in1cola tc.@- o Gilo prmitiss um tr!fgo intnso d marcaç<s- a circulação d produtos ntr as di(rsas rgi<s do pa1s fa8ia3s administrati(amnt- sgundo parc- so o control d funcion!rios rais. Nuanto ao grand com/rcio 0trior- por trra - sortudo- por mar com as ilhas d Crta d Chipr- com a Fn1cia- com o pa1s d unt ?tal(8 a costa da atual Som!lia@ - para a importação d mat/rias3primas artigos d lu0o- tinha as msmas caractr1sticas da minração das pdriras% organi8a(a3s so a forma d grands 0pdiç<s ocasionais ordnadas plo ri. Gos primiros tmpos inclusi( in0istiram comrciants particulars. Com as con9uistas g1pcias na Tsia Ocidntal durant o 5ino Go(ohou( uma intnsificação do com/rcio surgiram comrciants com alguma import>ncia% mas o control statal sor o grand com/rcio prsistiu. L fato- tais comrciants locali8ados nos portos d ;as- AJhtaton- 2ênfis- ;>nis ram agnts strangiros ?s1rios@ a sr(iço do monopólio comrcial do Estado. Assim- um dos traços mais (is1(is da conomia g1pcia antiga ra- sm d(idao statismo fara&nico% a 9uas totalidad da (ida con&mica “passa(a* plo ri sus funcion!rios- ou plos tmplos. Ests ltimos d(m sr considrados part intgrant do Estado- msmo s- m crtas ocasi<s- hou( atritos ntr a ral8a a hirar9uia sacrdotalD ali!s- os ns dos tmplos sta(am so a supr(isão do t:ati- sp/ci d “primiro3ministro* nomado plo faraó. As ati(idads produti(as comrciais- msmo 9uando não intgra(am os numrosos monopólios statais- ram stritamnt controladas- rgulamntadas ta0adas pla urocracia go(rnamntal. ara fins do 5ino Go(o- um important documnto o papiro Yilour ? dinastia@ mostra 9u 5ams/s B- a smadura da totalidad das trras rais dos tmplos ?ou s:a- d part muito considr!(l tal(8 ma:orit!ria da suprf1ci culti(ada@ ra controlada administrati(amnt plo go(rno cntral. Ao rtirar3s a inundação- funcion!rios a(alia(am a 0tnsão fti(a d trras ar!(is dispon1(is na9ul ano m cada campo sumtido 7 autoridad d um administradorD l(ando m conta st dado igualmnt a mão3d3ora com 9u tal administrador podia contar- fi0a(a3s a 9uota d grãos 9u s spra(a do campo m 9ustão para os cliros plicos- distriuindo3s m função disto os sacos d smnts. S:a m forma d colhitas- ranhos- produtos artsanais mat/rias3primas pro(nints d sus próprios campos- oficinas 0pdiç<s d minração ou com/rcio$#
s:a na 9ualidad d impostos m sp/ci 9u ta0a(am a 9uas totalidad das trras ati(idadsD a maioria asoluta do 0cdnt con&mico dispon1(l ra cada ano concntrada plo ri plos tmplos. Ests agiam- m sguida- como gigantscos mcanismos d rdistriuição da ri9u8a assim concntrada% nos n1(is supriorsfa8ndo (i(r uma aristocracia urocr!tica- sacrdotal - no 5ino Go(o- tam/m militarD nos n1(is infriors- rmunrando o traalho dos artsãos spciali8ados alimntando os traalhadors 9u 0cuta(am as oras plicas. =m tal rgim con&mico- com a cons9unt dpndência d comrciants- artsãos prstadors d sr(iços- não podria sr fa(or!(l a uma urani8ação compar!(l 7 da Qai0a 2sopot>mia- ond a iniciati(a pri(ada tinha um campo d ação m maior. Alguns autors ?como Pohn Yilson@ sugriram- msmo- 9u at/ o 5ino Go(o o Egito tria sido uma ci(ili8ação sm cidads. Isto pod sr um 0agro- pois a (rdad / 9u- nas maiors aglomraç<s ?2ênfis- ;as@- os airros rsidnciais- mrcados- oficinasconstru1dos com matriais prc1(is ?ao contr!rio dos tmplos d pdra@- não di0aram (st1gios 9u a Ar9uologia possa studar. S:a como for- no Egito um fort podr mon!r9uico prcdu o plno dsn(ol(imnto da urani8ação- da spciali8ação ocupacional do com/rcio 0trior da urocracia- p&d assim mantr tal dsn(ol(imnto so sua /gid control. Go ntanto- a afirmação comum m oras antigas d sr o ri o nico proprit!rio das trras g1pcias não / 0ata. Lsd o 5ino Antigo- ao lado das 0tnsas propridads dos tmplos- formadas por doaç<s rais 9u- por outro ladofr9untmnt isnta(am tais trras d impostos sus haitants d traalhos forçados para o go(rno. ;am/m achamos di(rsas gradaç<s d propridads pri(adas m mão d altos funcion!rios- algumas com car!tr (ital1cio- outras transmiss1(is hrditariamntD sua origm s prnd ao 0rc1cio d funç<s plicas 7 ncssidad d mantr o culto funr!rio. H (rdad- por/m- 9u todas as formas d propridad 0istnts ao lado da do ri dpndiam da apro(ação do monarca ?inclusi( no caso d hrança patrna ou matrna@. Go 5ino Go(o- (mos uma 0tnsão imprssionant dos ns dos tmplos a formação d uma class d proprit!rios militars- nfici!rios d concss<s rais. =ma grand propridad do antigo Egito não ra m gral ralmnt 0tnsa sgundo padr<s atuais% 2t:n- funcion!rio graduado da IB dinastia- acumulou $' hctars d trras- sndo m propridad ) m (irtud do 0rc1cio d funç<s plicas. or outro lado- as propridads maiors não forma(am locos cont1nuos ou compactos% sta(am disprsas m parclas situadas m difrnts rgi<s do pa1s- 7s (8s muito distants ntr si. Crtos t0tos como o “conto dos dois irmãos* mostram a 0istência d p9unos proprit!rios- sor os 9uais pouco samos. Em crtos casos s trata- d fato- d arrndat!rios- os 9uais ad9uiriram- por/m- o dirito d transmitir por hrança ou msmo d (ndr suas parclas. Gos pr1odos d dcadência do podr mon!r9uico- as aristocracias pro(inciais constitu1ram propridads pri(adas 0tnsas 7 margm d 9ual9ur control- sndo tal situação anulada ao rstalcr3s o go(rno cntrali8ado.
$,
A as da mão3d3ora do antigo Egito ram os camponss- maioria asoluta da população. Bi(iam m aldias- paga(am impostos ao Estado ?m crtos casos- a um tmplo ou snhor 9u go8ass d imunidad fiscal@ m forma d crais- linho- gado outros produtos- tam/m s prsta(am a cor(ias ou traalhos forçados- a n1(l local ?oras d irrigação@ ou nas oras plicas. Nual o status d tais camponss+ Ga falta d documntação suficint a rspito- as opini<s di(rgm. Samos 9u- dsd o III milênio- di(idiam3s m 9uips d cinco- por sua (8 agrupadas m dcrias cntrias- so o comando d capata8s. Ga sua maioria- pro(a(lmnt sti(ssm indissolu(lmnt ligados 7 trra 9u culti(a(am- mora tam/m ha:a sinais da 0istência d outros tipos d mão3d3ora rural ?arrndat!rios- assalariados pagos m sp/ci- scra(os strangiros@. Afirma3s com fr9uência 9u os camponss forma(am comunidads aldãs. Alguns lmntos apoiam- d fato- o car!tr comunit!rio das aldias% a rsponsailidad solid!ria plo triuto plas cor(ias- a 0istência d assmlias aldãs ?8a8at@- a associação ntr ati(idads agr1colas artsanais 9u fa8ia d cada aldia uma unidad praticamnt aut!r9uica. Lificilmnt por/m- podr1amos imaginar tais comunidads como igualit!rias. Sua administração sta(a dominada por “not!(is* locais ?saru@ 9u- ao 9u tudo indica- ram mais ricos do 9u os sus suordinados msmo- nos pr1odos mais rcnts da história fara&nicad(iam sar lr scr(r. A origm d tais assmlias not!(is- por/m- tal(8 rmont a instituiç<s cl>nicas ou triais. Go 5ino Go(o h! sinais d um rforço das fam1lias rstritas rlati(amnt 7s comunidads. 2as a (rdad / 9u a agricultura irrigada- s considrarmos o n1(l t/cnico (ignt- só podria sr mantida mdiant uma constant coopração comunit!ria a n1(l local- d modo 9u não parc pro(!(l tr ocorrido uma total dissolução das comunidads aldãs. Al/m da mão3d3ora ocasional forncida plos camponss na /poca da inundação- 9uando os traalhos agr1colas s paralisa(am- as oras plicas mprga(am tam/m traalhadors prmannts- rmunrados m sp/ci. A Ar9uologia r(lou (rdadiras “cidads opr!rias* ?por 0mplo- na ncrópol tana m ;ll l3 Amarna@. A scra(idão t( crta import>ncia con&mica nas minas pdriras statais - no 5ino Go(o- tam/m nas trras rais dos tmplos. Kou( igualmnt tropas militars au0iliars constitu1das d scra(os- 0istiram scra(os dom/sticos- 7s (8s numrosos. A conomia g1pcia- no ntanto- nunca foi “scra(ista* no sntido m 9u o foi a da Ur/cia cl!ssica hln1stica a da 5oma d fins da 5plica do Alto Imp/rio. A socidad do Egito antigo tinha- no (/rtic da hirar9uia social- o riconsidrado um dus- o intrmdi!rio ncss!rio ntr su po(o os outros duss. Ao contr!rio dos dmais g1pcios- o monarca podia tr di(rsas sposas lg1timas- al/m d numrosas concuinas. A fam1lia ral ?normalmnt numrosa@- os sacrdots funcion!rios d alta hirar9uia- as grands fam1lias pro(inciais- forma(am uma aristocracia tndnt 7 hrditaridad. Esta situação ainda sta(a m gstação no 5ino Antigo 9uando- num Egito unificado surgido m (irtud da con9uista- as funç<s plicas 9u na pr!tica s confundiam com o sr(iço 7 pssoa do ri ram a font
')
dirta nica do prst1gio da ri9u8a o sacrdócio ainda não s constitu1ra m casta ?d fato- at/ o 5ino Go(o não ha(ia hirar9uia sacrdotal a n1(l d todo o Egito- sim sacrdócios locais@. Lurant o rimiro r1odo Intrmdi!rio- as di(rsas nor8as dos nomos ou pro(1ncias s tornaram indpndnts- só 9uando ?so a II dinastia- no 5ino 2/dio@ o podr ral (oltou a star m consolidado- p&d a Coroa optar por uma solução radical% a 0tinção d tal aristocracia local- com confisco d suas trras. Go 5ino Go(o- uma (rdadira aristocracia hrdit!ria d funcion!rios- sacrdots altos chfs militars crca(a o ri 7s (8s amaça(a su podr. K! casos compro(adosmora spor!dicos- d rno(ação dos 9uadros aristocr!ticos com pssoas d origm humild- podndo m spcial a carrira d scria ou a militar arir caminho 7 ascnsão socialD m gral- no ntanto- tndia3s 7 constituição d (rdadiras castas hrdit!rias m todos os n1(is do corpo social. Guma situação social intrmdi!ria ncontramos os numrosos scrias outros funcion!rios infriors- os sacrdots d mnor hirar9uia- al/m dos artsãos artistas altamnt spciali8ados 9u sta(am a sr(iço do ri- dos tmplos da cort. Ga larga as da pir>mid social- formando a maioria asoluta da populaçãosta(am os traalhadors raçais- camponss ma:oritariamnt- analfatossumtidos a triutos traalhos forçados- 7 aritraridad corrupção dos funcion!rios msmo a castigos f1sicos. P! (imos 9u ntr ls os scra(os ram uma p9una minoria. ;anto na agricultura 9uanto nas outras ati(idads- 0istiam n1(is acusados d di(isão do traalho spciali8ação funcional. Go ntanto- a produti(idad do traalho ra ai0a- compnsando3s tal fato- 9uando ncss!rio- com a aund>ncia d mão3d3 ora garantida por uma população dnsa. Estas massas populars 0ploradas ram mantidas na sumissão pla (igil>ncia- pla rprssão por fators idológicos ?m spcial a crnça no car!tr di(ino da monar9uia@. Em crtas ocasi<s- por/m0plodiram trr1(is sul(aç<s. A mais c/lr s du no rimiro r1odo Intrmdi!rio- sgundo A. 2ort t( fort influência na (olução sus9unt da situação das classs populars. or outro lado- conhcmos um caso d gr( dos opr!rios da ncrópol ral m fins do 5ino Go(o- m (irtud do atraso na ntrga d suas raç<s d alimntos.
'$
O PODER: SINOPSE DA HISTRIA FARAÔNICA
A #$%&%'()*+ Instrumntos d s1l0 do alol1tico foram acha dos nas colinas trraços 9u corrm parallamnt 7s duas margns do Gilo no Alto Egito. São smlhants aos implmntos palol1ticos do rsto da Tfrica do Gort. O fim da ltima glaciação ?Y_rm@ nas altas latituds corrspondu- no continnt africano- 7 aclração do procsso d rsscamnto 9u- com flutuaç<s- (inha aftando a Tfrica ha(ia :! (!rios milh<s d anos. Em particular- isto significou a gradual formação do dsrto do Saara - sgundo parc- uma considr!(l concntração d migrants no (al do Gilo. Os primiros sinais d ati(idads agr1colas foram dscortos m s1tios ar9uológicos do 0trmo ocidntal do Lita- do FaRum do 2/dio Egito- mostram o dsn(ol(imnto d grupos sdnt!rios plantando crais linho- faricando cstastcidos- cr>mica grossira- (ariados instrumntos d s1l0 outras pdras. =sa(am :! uma (rsão primiti(a da foic d madira com incrustaç<s d s1l0 9u continuaria sndo t1pica do pa1s nos tmpos fara&nicos. A trminologia da fas final da pr/3história g1pcia- conhcida como pr/3din!stico ou nol1tico pla 0istência d o:tos simpls p9unos fitos d cor martlado- sm fusão do min/rio - / astant confusa- pla multiplicação d dsignaç<s rdundants ligadas a s1tios ar9uológicos isolados. O iniciador das sca(aç<s rlati(as ao pr/3din!stico- A. Flindrs tri- rali8ou sus dscorimntos principais na localidad d Gagada prop&s distinguir duas fass ou culturas pr/3 din!sticas% Gagada I- mais antiga- Gagada II. ostriormnt- no(as dscortas ar9uológicas foram fitas m di(rsos lugars- ntr ls l3Amra- l3Uir8a- Smainal3Qadari Lir ;asa- comçou3s a usar o nom d tais lugars para dsignar difrnts “culturas*. Ocorr- por/m- 9u a fas d l3Amra coincid com a d Gagada I- a d l3Uir8a com Gagada II a d Smaina com part da I dinastia histórican9uanto as d l3Qadari d Lir ;asa são contmpor>nas ntr si ?ou mlhor- a sgunda pod sr considrada como sufas da primira@. Isto nos d! a cronologia apro0imada sguint para o pr/3din!stico% •
• •
Fas d l3Qadari ?incluindo a d Lir ;asa@D 4)) ?ou- sgundo crtos autors- ))@ a 4)))D Fas d Gagada I ?l3Amra@% 4)))36M))D Fas d Gagada II ?l3Uir8a@% 6M))36$)) ?ou 6)))@.
O (idnt- al/m das incrt8as da cronologia da priodi8ação- / tr ocorrido um progrsso cultural 9u s aclra nos ltimos s/culos antriors 7 unificação. H assim ''
9u- na fas d Gagada II- aparcm pças d cor prparadas s:a m igornas- s:a m molds- dpois da fusão do mtal. Ora- n9uanto o cor martlado- significando o uso d mtal formado naturalmnt- não implica grands transformaç<s nos padr<s nol1ticos- a (rdadira mtalurgia 0ig uma complicada tcnologia d apoio minastransport arma8namnto do min/rio - al/m das t/cnicas para a fusão- a for:a- o rfinamnto o mold. Isto significa- ncssariamnt- uma transformação social pol1tica d pso- r(lada pla possiilidad d organi8ar a contnto um compl0o intgrado por numrosas ati(idads intrligadas. Os cmit/rios d Gagada II indicam a 0istência d uma socidad stratificada não igualit!ria como no passado. K! tam/m ind1cios d contatos comrciais culturais com a Tsia% importação d l!pis3 la8li- influências da Qai0a 2sopot>mia. Ao msmo tmpo- a Ar9uologia mostra pla primira (8 o surgimnto d nclos populosos 9u :! são mais do 9u aldias% KiraJ&mpolis- Woptos- Gagada- ARdos. O rgistro ar9uológico mostra 9u a fas final d Gagada II não manifsta difrnças culturais radicais com o protodin!stico o din!stico primiti(o postriors- mas /- plo contr!rio- muito difrnt culturalmnt d todas as fass antriors. Os studos ar9uológicos- palocológicos históricos d Warl Qut8r confirmaram a 0istência d uma associação ntr as comunidads administrati(as pro(inciais do Egito fara&nico os nomos sistmas locais d irrigação- dsd o IB milênio. Em outras pala(ras- a agricultura asada no control uso da inundação anual do Gilo parc tr stado (inculada 7 passagm da disprsão trial 7 formação d confdraç<s firmmnt nrai8adas m trritórios dfinidos. Os mlmas dos nomos- 9u conhcmos na fas histórica- tinham clara conotação totêmica ou cl>nica. A 0plicação do 9u ocorru a sguir asia3s m dados ar9uológicos m spcial o fato d 9u a cultura d Gagada II s stndu tanto sor o Llta 9uanto sor o Bal na intrprtação d mitos 9u conhcmos m (rs<s postriors 7 /poca d 9u agora tratamos. Afirma3s- ntão- 9u por um procsso 9u não podmos conhcr m sus dtalhs- mas 9u d( tr inclu1do sucssi(as gurras- os nomos foram runidos- snão m dois rinos- plo mnos m duas grands confdraç<stndo a do Bal Sth como dus din!stico- a do Llta- Kórus. =ma primira unificação fêmra- ftuada m fa(or do Llta- 0plicaria a unidad cultural d Gagada II tam/m o fato d 9u- imdiatamnt ants da unificação dfiniti(a- Kórus foss o dus din!stico d amas as confdraç<s ou rinos- cu:as capitais ram agora GJhn ?KiraJ&mpolis@- no Bal- ?Quto@- no Llta. Esta intrprtação- como não podria di0ar d sr ao tratar3s d fas ainda pr/3litr!ria- tm ass fr!gis / rcusada por muitos autors. Gão h! d(ida- por/m- d 9u a unificação dfiniti(a ha:a rsultado d uma con9uista 9u progrdiu no sntido sul3nort- pois a Ar9uologia confirma suficintmnt tal ass(ração. =m crto “Escorpião*- ri ou chf d uma confdração trial- runiu so o su podr o trritório 9u s stnd d KiraJ&mpolis- ao sul- at/ ;ura- ao nort d ond dpois surgiria a cidad d 2ênfissm chgar a tomar o Llta. Sup<3s 9u su sucssor foi Garmr- 9u numa palta
'6
(oti(a aparc sucssi(amnt coroado com a coroa ranca do Bal com a coroa (rmlha do Llta associado com clar8a a cnas d (itória militar d rprssão. Como uma tradição postrior associa insistntmnt a unificação do Egito ao ri 2n ?o “2ns* dos grgos@- muitos autors idntificam3no com Garmr. Outros prfrmcom as ar9uológica discut1(l- considrar sr 2n o msmo ri Aha- primiro sorano plnamnt compro(ado da I dinastia- dando3o como sucssor d Garmr. Outros- ainda- acham 9u 2n / somnt uma figura lnd!ria (ocadora do con:unto dos chfs cu:as lutas l(aram 7 unificação. O pr1odo protodin!stico ou da unificaçãosgundo a cronologia 9u a9ui sguimos- stndu3s d 6$)) ou 6))) at/ ',').
O III ,%-$%+: D%$/0%'+ P2%,%%3+4 R5%$+ A$%6+ 5 P2%,5%2+ P527+8+ I$52,58%/2%+ O Lin!stico rimiti(o comprnd as três primiras dinastias históricas ocupa o pr1odo ',')3'. ;rata3s d um pr1odo mal iluminado por documntos scritos conhcido ?muito imprfitamnt@ sortudo graças aos (st1gios ar9uológicos. ;udo indica tr sido a fas m 9u- aos poucos- s foi dificando a organi8ação pol1tica fiscal 9u ncontramos :! m dfinida so o 5ino Antigo. Foi tam/m 9uando s fi0ou a scrita hirogl1fica. rogrssos importants d tipo t/cnico compltaram a onda d transformaç<s iniciada por (olta d 6')). Go in1cio da III dinastia- aprfiçoou3s o m/todo d traalho da pdra- 0pandindo3s o su uso ants muito limitado nas construç<s. ;oda a fas 9u considramos s caractri8a- no >mito da produção d lu0o- principalmnt plos (asos d pdra dura- ncontrados m grand nmro nas tumas como ofrndasD :! a cr>mica- d grand l8a no pr/3din!stico a(ançadotorna3s ntão mramnt utilit!ria. O contdo das tumas d ris- rainhas nors pro(a3nos indirtamnt a 0istência d artsãos spciali8ados- fi0ados na cort mantidos com a produção d dom1nios rurais cu:o proprit!rio ra o ri. Ali!s- um modlo d propridad rural da /poca do primiro ri da I Linastia- Aha- foi achado m SaJJara- prto do atual Cairo. As duas primiras dinastias ram antigamnt chamadas “tinitas*- por9u a dscorta d tmulos rais m ARdos por tri parcia confirmar a afirmação d 2anthon- d 9u a capital s situa(a ntão na cidad (i8inha d ;his ou ;inis. ostriormnt- por/m- no(a s/ri d spulcros imponnts da msma /poca foi dscorta m SaJJara- o 9u l(ou a supor 9u as tumas d ARdos ram simpls cnot!fios- ou monumntos funr!rios não dstinados a rcr ntrros fti(os% sgundo os 9u dfndiam tal opinião- dsd a I dinastia a capital fara&nica sria :! a cidad d 2ênfis- m situada prto do limit ntr o Llta o Bal- cu:a fundação foi atriu1da por tradição prsistnt a 2n. As duas posiç<s continuam m discussão. K! ind1cios d 9u a unificação do Egito o 9ual- :! o dissmos- consr(ou o car!tr d monar9uia dual ra ainda prc!ria. Aha parc tr3s casado com uma princsa do Llta- tal(8 para apa8iguar a rgião (ncida- possi(lmnt sucssors sus fi8ram o msmo. O primiro ri da II dinastia adotou o nom d KtpsJhmui9u significa “os dois podrs stão apa8iguados*- o 9u tal(8 signifi9u tr sido '4
ncss!rio suprar uma tntati(a d sparação do rino do nort. =ma passagira r(alori8ação- na titulatura fara&nica- do dus Sth ?do Bal@- so o ri risn- da msma dinastia- foi intrprtada como rfltindo uma tnsão ntr os dois rmos- :! 9u Kórus- o dus tradicional da monar9uia- ra origin!rio do Llta. S isto / (rdad- o prolma d( tr sido suprado- pois o ltimo ri da II dinastia chama(a3s WhasJhmuR ?“os dois podrs aparcram*% isto /- Kórus Sth@- acrscntou 7 sua nomnclatura a fras% “os dois Snhors stão contnts nl* ?ou s:a- Kórus Sth stão harmoniosamnt intgrados na pssoa do ri@. or outro lado- nstas primiras dinastias stão :! atstadas crim&nias d ntroni8ação 9u s asiam na idia d uma rno(ação da unificação do pa1s so cada no(o ri- tam/m a fsta 8d- :uilu mon!r9uico clrado a princ1pio para commorar trinta anos d rinado- com a aparnt intnção d confirmar a runião do Llta ao Bal so o podr fara&nico. Gos spulcros das primiras dinastias foram ncontrados sinais do assassinato ritual ?possi(lmnt por n(nnamnto@ d sr(idors concuinas- 9u assim sguiam 7 ultratuma o ri mortoD tal costum dsaparcu totalmnt m fass postriors. As figuras históricas mais m conhcidas do Lin!stico rimiti(o são L:sr ?III dinastia@ su ministro- ar9uitto m/dico- o s!io Imhotp- mais tard adorado como uma di(indad. O con:unto funr!rio do ri- 9u inclui a pir>mid m dgraus d SaJJara- foi a primira grand dificação d pdra da ci(ili8ação g1pcia- mostrando grand rfinamnto ar9uitt&nico 9uanto 7 dcoração- 9uando comparado 7s tumas das dinastias prcdnts. O 5ino Antigo comprnd as dinastias IB a BIII- ntr ' '$64- com apogu na primira d tais dinastias- /poca da construção d norms spulcros- as três grands pir>mids d Uui8a- prto d 2ênfis- plos faraós Whufu ?o Nu/ops dos grgos@- Whafra ?Nu/frn@ 2nJaura ?2i9urinos@D os dois primiros- m spciall(antaram monumntos d tal magnitud 9u sup<m um sistma tanto pol1tico 9uanto con&mico muito m organi8ado. Infli8mnt- tal pr1odo não / m conhcido 9uanto aos acontcimntos históricos% as lndas postriors 9u conhcmos a rspito são pouco confi!(is 7s (8s asurdas. Gão h! d(ida- por/m- d 9u o ri3dusncarnação d Kórus- tnha conhcido so a IB dinastia o apogu do su podr asoluto. P! com a B dinastia- a concpção mon!r9uica dcaiu- com a ascnsão do culto do du solar 5a- da cidad d Kliópolis- pró0ima a 2ênfis. =ma tradição postrior parc indicar 9u a passagm 7 no(a dinastia foi ora dos sacrdots d Kliópolis. O faraó ra smpr o “Kórus (i(o*- mas apnas o filho do dus do Sol- 9u agora impra(a sor as dmais di(indads. Urands doaç<s aos tmplos d trras isntas d impostos foram fitas so a B BI dinastias. arallamnt- n9uanto so a IB dinastia os grands nors fa8iam3s ntrrar m tumas ?mastaas@ 9u crca(am a pir>mid ral- agora (mos o aparcimnto d grands tmulos nas pro(1ncias ou nomos% os nomarcas torna(am3s hrdit!rios- 7 mdida 9u dclina(a o podr ralD a nor8a scapa(a- m cada pro(1ncia- ao control fti(o do go(rno cntral. A dcadência da autoridad fara&nica acntuou3s no final do longo rinado d pi II ?''4M3'$'@- da BI dinastia. A BII dinastia d 2anthon não parc tr 0istido '
d fato- a BIII foi astant fêmra- dpois o pa1s caiu na anar9uia na dscntrali8ação. ;rata3s do rimiro r1odo Intrmdi!rio- 9u comprnd as dinastias I - a primira part da I ?'$643')4)@. Os nomarcas agiam como p9unos ris. A conomia dclinou- nglignciando3s os traalhos agr1colas d irrigação. =ma trr1(l r(olução social marcou o in1cio da no(a /poca. G&mads asi!ticos apro(itaram a confusão para in(adir part do Llta. s9uisas rcnts sugrm 9u o colapso pol1tico st( ligado não só 7 dcadência da autoridad mon!r9uica gra( num pa1s muito mais longo do 9u largo cu:as rgi<s s comunica(am 0clusi(amnt pla na(gação flu(ial- o 9u facilita(a a di(isão o particularismo nas fass m 9u o go(rno cntral s dilita(a - mas tam/m- tal(8 principalmnt- a uma s/ri d inundaç<s insuficints- tra8ndo a fom a dsorgani8ação da conomia. Aos poucos- rstruturou3s o podr m dois rinos- atra(/s da luta ntr nomarcas mais mnos podrosos% um dls com capital m KraJlópolis- tndo como cntro a rgião do FaRumD o outro com capital m ;as. Os ris d KraJlópolis consguiram 0pulsar os asi!ticos do Llta- mas foram (ncidos pla I dinastia tana- 9u d no(o imp&s ao Egito uma monar9uia unificada por (olta d ')4). Li(rsos t0tos atstam a import>ncia dada- na fas d runificação- 7s oras d irrigação- imprscind1(is para a rcupração con&mica do pa1s. Em mat/ria d pol1tica 0trna- no III milênio o Egito prmancu 9uas fchado sor si msmo a maior part do tmpo. O contato com po(os strangiros fa8ia3s sortudo atra(/s d 0pdiç<s passagiras d tipo comrcial- puniti(o ou para 0plorar minas pdriras. Assim- por 0mplo- os ris L:t Ln- da I dinastialançaram 0pdiç<s militars- contra os du1nos do Sinai rgião ond dsd o pr/3 din!stico os g1pcios usca(am tur9usas tal(8 cor - comrciais- na dirção d portos do 2ar Brmlho. L:sr- da III dinastia- parc tr con9uistado uma part da Gia- ao sul da primira catarata do Gilo ?“pa1s d Wush* para os g1pcios antigos@ond ris antriors :! ha(iam incursionado. Snfru ?IB dinastia@ dclarou ha(r aprisionado st mil nios m uma campanha- on8 mil l1ios m outra ocasião. Em suma- al/m dos primórdios d uma coloni8ação do nort da Gia 9u gograficamnt não passa da continuação do Egito mridional - a pol1tica 0trna s rsumia a lutas rptidas- mas spor!dicas contra n&mads l1ios situados a ost do Lita amaçando o Egito com incurs<s d pilhagm - n&mads do Sinai da alstina a nordst- n&mads do dsrto orintal a lst. Sndo o (al do Gilo o Lita dspro(idos d ri9u8as minrais pdra para construção- os g1pcios iam usc!3lasatra(/s d 0pdiç<s armadas intrmitnts- na Gia- no dsrto orintal- no Sinai. A madira d oa 9ualidad ?cdro@ ra consguida atra(/s do com/rcio com Qilos- porto da Fn1cia. O dsrto Ar!ico ou orintal condu8ia ao 2ar Brmlho- sulcado por arcos g1pcios 9u dmanda(am o pa1s d unt ?rgi<s costiras da Som!lia da Eritr/ia. tal(8@ para l! otrm plo com/rcio madira- incnso- mirra animais d stimação. Finalmnt- h! ind1cios ar9uológicos d (1nculos comrciais com a ilha d Crta dsd a BI dinastia. 'M
Nuanto 7s struturas go(rnamntais- so o 5ino Antigo o faraó ra o mais asoluto dos monarcas- adorado como um dus (isto como suprma autoridad rligiosa- militar- ci(il :udici!ria. A compl0idad crscnt da administração forçou3 o- por/m- a dlgar part d suas atriuiç<s a sacrdots funcion!rios. Lsts ltimos o mais important ra o t:ati- sp/ci d primiro3ministro- por dlgação ral chf da :ustiça ?prsidia os sis grands triunais@- da administração cntral- dos tsouros cliros rais. 5cnsamntos priódicos prmitiam conhcr o potncial m homnstrras culti(adas gado- assim fi0ar os impostos cor(ias d(idos ao Estado. Go apogu do podr mon!r9uico- o t:ati outros grands funcion!rios pro(inham da própria fam1lia ral. As di(rsas scç<s da administração ram po(oadas plos scrias- muito numrosos. O go(rno pro(incial fundamnta(a3s nas unidads !sicas formadas na pr/3história m função da agricultura irrigada- os spat ou nomos. Os nomarcas ou go(rnadors- nomados plo ri- tinham por origaç<s principais coltar os impostos arrgimntar as cor(ias- cuidar das oras d irrigação fa8r :ustiça. Gas cidads aldias funciona(am assmlias triunais d mnor inst>ncia- Gão 0istia ainda um 0/rcito prmannt ou profissional% m caso d ncssidad- os nomarcas fa8iam o rcrutamnto militar ntr os camponss. Lurant a BI dinastia :! aparcm rcrutas strangiros suplmntando as forças armadas limitadas ocasionais do pa1s.
A 92%,5%2( ,5(85 8+ II ,%-$%+: R5%$+ M8%+ 5 S56#$8+ P527+8+ I$52,58%/2%+ Go 5ino 2/dio ?')4)3$M4)@ tmos os ltimos ris da I dinastia- as dinastias II a IB. Emora s:a 7s (8s chamado “primiro pr1odo tano*- na II dinastia a capital :! não ra ;as- sim a cidad d Iti3tau1- no FaRum. O runificador do Egito2ntuhotp II- construiu m Lir l3Qahari ?;as- margm ocidntal@ um imponnt ino(ador con:unto funr!rio. A mudança da I para a II dinastia ocorru 9uando o t:ati ou ministro Amnmhat tomou o podr como Amnmhat I ?$,,$3$#6@. H poss1(l 9u- para chgar ao trono- tnha3s apoiado nas grands fam1lias pro(inciais- dscontnts com a antrior fam1lia ral- :! 9u 2ntuhotp III rstringira os podrs dos nomarcas suprimira sua sucssão hrdit!ria. O fato / 9u- so o no(o ri- os go(rnadors pro(inciais rad9uiriram part dos t1tulos podrs prdidos. Foi costum dos faraós da II dinastia associar ao trono o pr1ncip hrdirofacilitando assim a sucssão. ;al pr1odo foi um dos mais rilhants da história g1pcia. Os soranos mais iluminados plas fonts são Snuosrt III ?$##3$#4$@ Amnmhat III ?$#443$,@. O primiro t( d lutar contra a amaça do podr rno(ado dos nomarcas% :! su antcssor Amnmhat II ?$,',3$#,'@ ha(ia tratado d intr(ir m 9ust<s atinnts aos nomos- no sntido d diminuir a autonomia pro(incial- mas Snuosrt III dcidiu l(ar a cao uma rforma radical da administração. Os nomarcas foram tmporariamnt suprimidos o Egito foi di(idido m 9uatro rgi<s administrati(as. Nuanto a Amnmhat III- atriui3s3lh a construção d um imnso
'
pal!cio oras d drnagm coloni8ação agr1cola no FaRum. Os faraós da II dinastia constru1ram suas pir>mids m localidads pró0imas 7 sua capital- no FaRum. O ri do 5ino 2/dio ra ainda um dus- um go(rnant di(ino. 2as agora s aprsnta(a como figura mnos rmota inacss1(l- como o “dus om*- o administrador nfitor uni(rsal ncarrgado d fa8r rspitar a Pustiça3Brdaddificada como 2aat- filha d 5a. O rgistro ar9uológico não r(la 9ual9ur cort ntr a II a III dinastia. =m lnto dcl1nio mon!r9uico parc- no ntanto- tr3s iniciado. Em fins da II dinastia- o Llta orintal sta(a dnsamnt po(oado por asi!ticos- n9uanto o Llta ocidntal tal(8 s tnha sparado so uma no(a dinastia- a IB. or (olta d $M4)soranos strangiros- d origm asi!tica- tomaram o podr no Egito. 2anthon chamou3os “hicsos* ?hRJsos. do g1pcio hJau3Jhasut% “pr1ncips d trras strangiras*@. Comçou ntão o Sgundo r1odo Intrmdi!rio ?$M4)3$)@. Os ris hicsos formam a B dinastia d 2anthon- n9uanto a BI parc consistir m outra dinastia d hicsos- paralla 7 antrior% O podr dos hicsos não s stndu plo mnos não m forma prmannt 7 totalidad do pa1s. Egipciani8ados- os soranos strangiros scolhram Sth como dus din!stico- concntraram3s no Qai0o Egito fortificaram3s na sua capital situada nos confins orintais do Llta- A(aris. Ga rgião d ;as surgiu a BII dinastia- 9u go(rnou primiramnt como triut!ria dos hicsos- contra os 9uais- no ntanto- trminou ntrando m cho9u- ao tratar d runificar todo o Egito. A runificação total- por/m- com a 0pulsão dos hicsos- só foi consguida so o primiro ri do 5ino Go(o- Ahm/s I. H intrssant notar 9u- mora sndo pr1odo d di(isão dom1nio strangiro- st Sgundo r1odo Intrmdi!rio foi astant distinto do primiro. Em particular- a imigração asi!tica o amplo contato mantido plos ris hicsos com o Orint ró0imo fa(orcram a introdução d ino(aç<s- diminuindo o atraso tcnológico do Egito m rlação 7 Tsia Ocidntal. Assim- o traalho d ron8- 9u :! progrdira so o 5ino 2/dio- du um grand passo 7 frntD os g1pcios adotaram um torno para faricação d cr>mica mais r!pido ficint- um tar (rtical mais fica8- o gado 8u- no(as frutas lgums - por fim- o carro d gurra o ca(alo. F oram pro(a(lmnt os carros pu0ados por ca(alos 9u dram aos hicsos suprioridad militar sor os g1pcios- na /poca m 9u uma (rdadira in(asão sucdu 7 lnta infiltração asi!tica 9u a prcdra. ;al in(asão liga3s aos mo(imntos d po(os 9u s dram na Tsia Ocidntal a partir do III milênio m sua fas final- m função da chgada d grupos d migrants 9u fala(am l1nguas indo3uropias. Em mat/ria d pol1tica 0trna- o Egito da primira mtad do II milênio continuou a lutar contra os du1nos. Amnmhat I construiu uma s/ri d fortificaç<s nos limits orintais do Llta- conhcidas como o “muro do pr1ncip*- as 9uais conti(ram os asi!ticos at/ a /poca d Snuosrt III. Est f8 na Tsia uma campanha militar- ali!s mal conhcida. Os l1ios foram gurrados- mas acaaram por s sumtr. As minas do Sinai as pdriras do dsrto orintal foram 0ploradas- sporadicamnt
'#
como so o 5ino Antigo. ;am/m continuaram as rlaç<s comrciais com Qilos com o pa1s d unt% :! 2ntuhotp II da I dinastia- tratara d assgurar a rota para o 2ar Brmlho- 9u passa(a plo (al rochoso 9u ho: / chamado =adi Kammamat. O:tos g1pcios foram achados na S1ria na alstina. Nuanto aos contatos comrciais com a ilha d Crta- nsta /poca s fa8iam tal(8 indirtamnt- por intrm/dio d Chipr da S1ria- A II dinastia rali8ou a con9uista sistm!tica da Gia at/ a sgunda catarata do Gilo- com pntração (ntual inclusi( mais ao sul. As campanhas principais d tal con9uista foram as d Snuosrt III- 9u construiu uma s/ri d fortins para garantir o dom1nio g1pcio o important com/rcio nio. O Egito rcia da Gia ouro- marfim- plumas- granito para construção tam/m tropas au0iliars. Ga fas do dom1nio hicso- por/m- a Gia s sparou- formando um rino indpndnt.
A 056#$8( ,5(85 8+ II ,%-$%+: + R5%$+ N+3+ O 5ino Go(o rprsnta o aug da ri9u8a do rfinamnto da ci(ili8ação fara&nicaD intgram3no as dinastias BIII a ?$)3$))@. Os pr1odos antriors da Kistória pol1tica g1pcia foram por nós aprsntados m loco- cada um dls atra(/s d r!pidas pincladas. Go caso da fas 9u agora nos ocupar!- / prciso mudar o plano 0positi(o- por duas ra8<s. A primira / 9u nosso conhcimnto s torna m mais dtalhado- m (irtud da maior aund>ncia d t0tos d rstos ar9uológicos. A sgunda consist m 9u- a partir do pisódio hicsotrminou para smpr o rlati(o isolamnto do Egito m rlação 7 Tsia Ocidntal ao 2ditrr>no% at/ o fim da Kistória fara&nica- pol1tica 0trna pol1tica intrna passaram a star stritamnt ligadas. Ants d aordar as di(rsas tapas do 5ino Go(o- tal(8 s:a til assinalar algumas constants caractr1sticas struturais do con:unto do pr1odo. O 5ino Go(o st( marcado plas prip/cias d constituição- apogu progrssi(a prda d um imp/rio g1pcio 9u comprndia a S1ria3alstina a Gia ?sta ltima dominada m >mito muito mais 0tnso gograficamnt com maior continuidad pol1tica administrati(a do 9u no passado@. 2uitos aspctos da pol1tica intrna dcorrram dsta pol1tica 0trna agrssi(a- m particular a import>ncia crscnt do militarismo dos militars na história do pa1s- não só politicamnt como tam/m no plano da propridad da trra. Outra constant foi- apsar d tntati(as finalmnt frustradas d ração mon!r9uica- a ascnsão progrssi(a- igualmnt pol1tica con&mica- do sacrdócio- m spcial do clro d ;as- cu:o dus Amonidntificado com o sol como Amon35a comçara a tr crta import>ncia :! so o 5ino 2/dio- 9u agora chgou a dominar o pantão oficial a hirar9uia sacrdotal d todo o Egito. Lo ponto d (ista tcnológico- as ino(aç<s do Sgundo r1odo Intrmdi!rio alguns aprfiçoamntos postriors colocaram- a princ1pio- o Egito do 5ino Go(o grosso modo m p/ d igualdad com o rsto do Orint ró0imo- na fas final da Idad ',
do Qron8. Em poucos s/culos- no ntanto- tal situação mudou dsfa(ora(lmnt para os g1pcios. or (olta d $'))`$$))- a mtalurgia do frro ha(ia3s :! difundido por todo o 2ditrr>no Orintal- populari8ando as armas implmntos mt!licos 9u- ao s tornarm aratos acss1(is- supraram d (8 formas mais primiti(as d tcnologia ?instrumntos d pdra madira- 9u ha(iam prsistido m oa mdida na fas do ron8@. O Egito- por/m- não controla(a rcursos naturais ad9uados para uma tcnologia do frro% mora conhcss tal mtal- su uso intnso não s difundiu ralmnt no su trritório at/ o s/culo BII- o 9u significa 9u- outra (8- o pa1s st( m infrioridad tcnológica durant mio milênio m rlação 7 Tsia Ocidntal. O 5ino Go(o- com su militarismo su aug d con9uistas- ri9u8as podrtrou0 ncssariamnt mudanças 7 strutura pol1tico3administrati(a do Egito. ;am/m hou( transformaç<s d pso ligadas a prip/cias din!sticas. ara os g1pcios- o car!tr di(ino dos ris transmitia3s plas mulhrs% ra prciso 9u o hrdiro foss filho não só do ri- mas tam/m d uma princsa d sangu ralD da1 os fr9unts casamntos d faraós com suas irmãs mias3irmãs- ocasionalmnt com suas próprias filhas. Nuando o no(o ri ra filho d uma sposa scund!ria- ou d fato um stranho 7 linhagm ral- d(ia casar3s com uma princsa d sangu. Ao falharm os 0pdints normais- podia ocorrr a lgitimação por ficção rligiosa% um or!culo do dus AmonD ou ntão- a afirmação d 9u o dus tria pssoalmnt grado o sorano m sua mã trrstr ?togamia@. O sgundo artif1cio foi usado pla rainha Katshpsut para lgitimar sua usurpação- apoiada plo sumo3 sacrdot d Amon- Kapusn. ;ais 0pdints fi8ram do alto clro d Amon o !ritro da lgitimidad fara&nica m casos 0trmos- assim o podr ri9u8a dos sacrdots aumnta(am- pois su apoio ra comprado com doaç<s fa(ors. O ri do 5ino Go(o consr(a sua titulatura tradicional- mas /- sortudo- o filho d Amon35a. 2uitos dos soranos foram capa8s d ad9uirir um prst1gio pssoal asado m fitos militars. la complicação da administração- o faraó dscarrga(a cada (8 mais podr sor um grupo d grands funcion!rios% sua função consistia m scolhê3los- supr(isionar a sua ação sr(ir d !ritro ao ocorrrm conflitos. O t:ati- 9u como :! dissmos s parcia ao 9u chamamos d primiro3 ministro- continua(a sndo o principal ntr tais dignit!rios. 2as o cargo s duplicouha(ndo um t:ati do sul 9u rsidia m ;as outro do nort com sd m KliópolisD o primiro tinha maior import>ncia. Amos tinham suprmas atriuiç<s :udici!rias financiras- (lando sor as oras plicas- a agricultura- o 0/rcito- a administração os ar9ui(os. Nuanto 7 administração pro(incial- tornou3s cntrali8ada% os go(rnadors dos nomos cssaram d tr papl pol1tico important dpndiam dirtamnt do podr cntral- Os t:ati n(ia(am aos nomos “mnsagiros* 9u sr(iam d lmnto d ligação ntr o go(rno cntral as pro(1ncias- três (8s ao ano m cada uma das três staç<s. A Gia ra administrada por um (ic3ri- com sd na cidad d Gapata. Como no passado- ha(ia uma multidão d funcion!rios sualtrnos m todos os n1(is da urocracia statal% tsouriros- scrias- coltors d impostos- policiais tc. Al/m
6)
dos triutos pagos pla Gia plas trras asi!ticas con9uistadas- a trra do Egito continua(a a sr ta0ada- m como prmancia (ignt o sistma d cor(ias. Bimos 9u nos rinos Antigo 2/dio não ha(ia tropas rgulars- a não sr algumas companhias d nios. Foi no mo(imnto d 0pulsão dos hicsos- dpois nas gurras d con9uista- 9u s grou pla primira (8 um 0/rcito prmannt. Sua organi8ação nos / mlhor conhcida so a I dinastia- 9uando 0istiam três 0/rcitos9u l(a(am o nom rspcti(amnt d Amon- 5a tah- al/m d uma frota para transport% a marinha d gurra aparcu só a partir d 5ams/s III- da dinastia. Al/m da infantaria- ha(ia carros d comat pu0ados por dois ou mais ca(alos. O chf suprmo das forças militars ra o ri 0istia uma hirar9uia d oficiaisD sts os soldados rciam uma part da prsa d gurra fr9untmnt tam/m doaç<s d ouro ou d trras. Com o passar dos s/culos- as tropas d mrcn!rios ?nios- l1ios@ (iram a prdominar numricamnt. A mais conhcida famosa dinastia g1pcia / a BIII- m (irtud principalmnt da dscorta- m $,'' a.L.- do tmulo do faraó ;utanJhamon com sus aundants tsouros do fort carisma do casal AJhnaton`Gfrtiti. A Kistória pol1tica d tal dinastia- 9u durou um 9uarto d milênio- pod sr di(idida m três tapas% a longa fas ascndnt- d constituição do imp/rio g1pcio ?$)3$4)$@D o apogu da ri9u8a do podr- nos rinados rlati(amnt pac1ficos d L:hutim/s IB Amnhotp III ?$4)$3$66@D por fim- a dcadência 0trna uma cris rligiosa ?com conotaç<s pol1ticas@ intrna- sguidas d rcupração apnas rlati(a ?$663$6)@. A 0pulsão dfiniti(a dos hicsos ocorru por (olta d $6'. Al/m d protagoni8ar tal fato capital- o primiro ri da BIII dinastia- Ahm/s I- tomou a localidad d Sharun- na alstina- rstalcu o dom1nio g1pcio na Gia at/ a sgunda catarata do Gilo. Sua pol1tica nia foi sguida por su filho Amnhotp I- m cu:a /poca surgiu na 2sopot>mia S1ria stntrionais o rino do 2itani- o 9ual s tornou o principal ad(rs!rio do Egito na Tsia durant mais d um s/culo. L:hutim/s I ?chamado com fr9uência “;hutmosis* m (irtud da forma grga do su nom@ foi o primiro faraó a sr ntrrado no Bal dos 5is- situado 7 margm s9urda do Gilo diant da cidad d ;as- a capital. A partir d ntão- at/ fins do 5ino Go(o- numrosos tmplos funr!rios tumas rais agora sutrr>nassca(adas na rocha ?hipogus@ surgiram no ocidnt tano. Com o no(o ri ?9u não prtncia 7 fam1lia ral- mas s lgitimou casando3s com uma princsa@- o dom1nio g1pcio na Gia s stndu at/ al/m da trcira catarata. or outro lado- parc tr sido o (rdadiro iniciador do dom1nio g1pcio na Tsia- l(ando suas tropas at/ o rio Eufrats. H poss1(l- por/m- 9u não s tnha tratado ainda d (rdadira con9uista sim d (asta 0pdição d pilhagm. L:hutim/s II- filho pro(a(lmnt ilg1timo do antrior- casou3s com sua irmã por part d pai- a princsa lg1tima Katshpsut. Ao morrr- di0ou um filho tido com uma concuina- L:hutim/s III- o 9ual foi confirmado por um or!culo d Amoncasando3s mais tard com a filha d su pai com Katshpsut. Sndo o no(o ri muito 6$
:o(m- a rainha (i(a assumiu a rgência. Katshpsut- por/m- não s conformou m ocupar apnas a posição d rgnt% com o assntimnto dos sacrdots d Amonusurpou o podr ral como “ri*- com uma titulatura fara&nica fa8ndo3s rprsntar nos monumntos com (sts masculinas. Esta situação durou uns (int anos. A rainha não rali8ou grands campanhas militars- mas n(iou uma important 0pdição comrcial ao pa1s d unt. Gotaili8ou3s tam/m pla construção do lo ino(ador tmplo funr!rio d Lir l3Qahari- dirigida por su fa(orito Snmut. A sua mort. L:hutim/s III comçou su go(rno pssoal. O trciro L:hutim/s- como Snuosrt III no 5ino 2/dio- al/m d grand construtor- foi o mais not!(l gurriro d sua /poca. Ao longo d d8sst campanhas militars d import>ncia (ari!(l nfrntando coligaç<s d pr1ncips cidads da alstina da S1ria ncora:adas plos mitanianos- por fim (ncndo o próprio 2itaniconsolidou ou- sgundo outros autors- criou o imp/rio g1pcio na Tsia. Estnduoutrossim- os limits do dom1nio fara&nico na Gia at/ al/m da 9uarta cataratafundando a cidad d Gapata. Go fim do su rinado- (oltou3s contra a mmória d Katshpsut- liminando o su nom d (!rias inscriç<s danificando muitas das rprsntaç<s da rainha m rl(os sculturas. As ra8<s d ha(r3s constitu1do um imp/rio g1pcio na Tsia são discutidas. ;radicionalmnt tal fato ra atriu1do 7 ncssidad d um control strat/gico do corrdor s1rio3palstino- rota d 9ual9ur in(asão trrstr do Egito por po(os asi!ticoscom a finalidad d (itar s dss outra (8 um pisódio como o do dom1nio hicso. Outros autors- por/m- prfrm atriuir a 0pansão ao ds:o d controlar rotas d com/rcio para garantir o aastcimnto d produtos d lu0o d mat/rias3primas ?como o stanho@- al/m d propiciar a corança d triutos. S:a como for- mais do 9u um (rdadiro dom1nio imprial- o 9u hou( foi um prottorado g1pcio% os p9unos ris pr1ncips da S1ria da alstina foram mantidos- mora sus filhos fossm ducados no Egito. Uuarniç<s militars g1pcias guarda(am alguns pontos strat/gicos. O sistma ra astant fr!gil- :! 9u- ao contr!rio do 9u acontcu com a Gia- 9u sofru profundo procsso d gipciani8ação- o mundo asi!tico rt( su particularismo cultural pol1tico. Só rptidas campanhas militars- rprimindo sul(aç<smantinham o pagamnto do triuto a odiência plo mnos rlati(a 7 hgmonia fara&nica. 2smo assim- o Egito ha(ia atingido o m!0imo do su splndor podr. Lpois da drrota do 2itani- os ris do Kati o rino dos hititas da 2sopot>miantr outros potntados- al/m da ilha d Crta- n(iaram a L:hutim/s III sus sucssors prsnts 9u- nas suas inscriç<s- os faraós considra(am arrogantmnt como “triutos*. A sucssão do ri gurriro foi tran9uila- pois ants d morrr associara ao trono como co3rgnt o su filho Amnhotp II. O no(o faraó mant( o dom1nio g1pcio na Tsia at/ as frontiras stalcidas plo su pai% o rio Oronts ao nort- o Eufrats a nordst o dsrto s1rio a lst. Com l trmina a longa fas inicial ascndnt da dinastia.
6'
L:hutim/s IB su filho Amnhotp III- sm manifstarm a nrgia d sus antcssors- colhram os frutos dos sforços dsts- dsfrutando d um dom1nio pro(itoso ainda pouco amaçado sor os trritórios ocupados na Tsia na Gia. =m dos fators 9u o 0plicam / o fortalcimnto do rino hitita da Tsia 2noramaçando dirtamnt o 2itani- 9u ntão s aliou ao su (lho ad(rs!rio- o Egito para ond n(iou suas princsas como sposas scund!rias dos faraós. Amnhotp III foi um grand construtor. Al/m d oras grandiosas nos tmplos d Amon m su próprio tmplo funr!rio- na Gia m outros lugars- rguu um magn1fico pal!cio m 2alJata- diant d ;as. Casou3s com uma mulhr não prtncnt 7 linhagm ral- ;ii- tal(8 inclusi( d origm strangira. Al/m d rcr m su har/m princsas mitanianas- t( tam/m como sposa scund!ria uma irmã do ri d Qail&nia. A corrspondência diplom!tica d su rinado do d su sucssor /3nos parcialmnt conhcida atra(/s d ti:olos d argila cortos d scrita cuniform ?a l1ngua ail&nica ra a usada na /poca pla diplomacia no Orint ró0imo@ncontrados m ;ll l3Amarna- contndo cartas d monarcas pr1ncips asi!ticos cópias das rspostas n(iadas plas autoridads do Egito. Os g1pcios otinham aundant pro(isão d ouro na Gia os ris asi!ticos solicita(am3no com insistência m suas cartas. Com o rinado d Amnhotp IB- filho do ri antrior ?sua poss1(l co3rgência com o pai / assunto d contro(/rsias@- inicia3s o procsso d dcadência do podrio g1pcio. O aumnto constant da ri9u8a da ingrência pol1tica dos sacrdots d Amon trminou sndo (isto como uma amaça plos monarcas. Lsd o rinado d L:hutim/s IB- uma no(a modalidad d culto solar cu:as ra18s podm sr procuradas tanto na (lha tologia d Kliópolis 9uanto m influências asi!ticas comçou a sr fa(orcida na cort- sm 9u cssassm por isto- ali!s- os fa(ors dos ris a Amon35a sus sacrdots. ;rata(a3s do culto ao próprio disco (is1(l do Sol% Aton. Esta tntati(a ainda t1mida d rforma rligiosa com conotaç<s pol1ticas s transformou m cris radical so Amnhotp IB. Est mudou o su nom- 9u rcorda(a Amon- para AJhnaton- m homnagm ao no(o cultoD tndo :! consagrado a Aton um grand tmplo m ;as- dcidiu dpois fundar uma no(a capital no 2/dio Egito- AJhtaton- ou “o hori8ont do disco solar*- para a 9ual s mudou com toda a sua cort. Sua sposa principal- a la Gfrtiti- du3lh di(rsas filhas- mas não um hrdiroD o ri casou3s tam/m com algumas d suas próprias filhas- tntando m (ão garantir a sucssão. O culto d Amon foi proscrito- sus ns confiscadosD mais modradamnt- tam/m o rsto da rligião tradicional sofru prsguição- pois o ri tnta(a impor um 9uas monot1smo. Sm pr:u18o d uma poss1(l inclinação m1stica sincra d AJhnaton- a no(a rligião tinha intnç<s pol1ticas claras- d 0altação dificação do ri- filho do Sol% o faraó foi inclusi( rprsntado adorando a si msmo] S:a como for- a rforma rligiosa- carnt d ass sociais sólidas- foi fêmra. ;al(8 o próprio AJhnaton su co3rgnt gnro SmnJhara tnham tntado uma rconciliação com o clro d Amon- o 9u podria 9uiç! 0plicar a ruptura ntr o ri
66
sua sposa Gfrtiti. E0ist uma toria 9u (ê m SmnJhara 9u rcu o nom oficial ants concdido 7 rainha- Gfrnfruaton a própria Gfrtiti- 9u como SmnJhara tria rinado pssoalmnt durant um r( lapso d tmpo após a mort d AJhnaton. As ass d tal opinião parcm fr!gis- pois aparntmnt 0istiu um SmnJhara gnro d AJhnaton su co3rgnt. Os dois monarcas morrram ao 9u tudo indica 9uas simultanamnt. O sucssor- ;utanJhaton outro gnro tal(8 tam/m irmão d AJhnaton dpois d algum tmpo mudou o su nom para ;utanJhamon (oltou a ;as- ond Amon foi rstaurado na totalidad d su podr ri9u8a antriors. O rinado do no(o faraófoi r(- como tam/m o do sguint- ARum idoso funcion!rio d AJhnaton- 9u s lgitimou casando3s com a (i(a d ;utanJhamon. or fim- chgou ao trono o gnral Kormh- minência parda dos dois rinados prcdnts- o 9ual- ignorando os monarcas antriors- f8 contar su acsso ao podr da mort d Amnhotp III. Casou3s pro(a(lmnt com uma princsa ral para lgitimar3s. Kormh rali8ara algumas campanhas na S1ria ants d tornar3s faraó. Ampliou o tmplo d Amon- usurpou as construç<s d ;utanJhamon mprndu uma rforma administrati(a- gaando3s d tr acaado com os ausos dos funcion!rios. Go calor d sua rforma rligiosa- AJhnaton aandonara totalmnt a pol1tica asi!tica da dinastia- ignorando os rptidos pdidos d socorro dos monarcas do 2itani d pr1ncips fi/is da S1ria3 alstina- amaçados plos hititas por su aliado s1rioA8iru- ri do Amurru- o 9ual ocupou m dtrimnto do Egito os portos fn1ciosinclusi( Qilos- cntro tradicional do com/rcio g1pcio na rgião. A alstina t( suas cidads in(adidas por n&mads. Assim- ao trminar a BIII dinastia o dom1nio dos g1pcios na Tsia ocidntal sta(a praticamnt rdu8ido a 8ro. A I dinastia ?$6)3$$,M@ dstacou3s- m primiro lugar- pla rcupração da prminência g1pcia na S1ria3alstina. As ncssidads da pol1tica do com/rcio asi!ticos l(aram a 9u s fi0ass a rsidência ral no Llta ?i35ams/s@- d ond ali!s ra origin!ria a no(a fam1lia rinant. ;as s mant(- por/m- como capital rligiosa administrati(a. 5ams/s I- scolhido como sucssor por Kormh- ra como st um soldado. Chgou ao trono :! idoso- associando ao podr como co3rgnt o su filho Sthi I- 9u logo rinou só. Est- 9u :! ha(ia rali8ado uma campanha militar na Gia ainda m (ida d 5ams/s I- ddicou3s a rcuprar parcialmnt o imp/rio asi!tico do Egito- rtomando a alstina uma porção da S1ria. Go su rinado o culto d Aton foi totalmnt proscrito- ncrando3s d (8 o pisódio da rforma rligiosa. Sthi I tam/m associou ao trono o su filho- cu:o longo rinado / um dos mais c/lrs da Kistória g1pcia% trata3s d 5ams/s II. Os sucssos militars do su pai ha(iam sido facilitados por uma fas passagira d dcl1nio dos hititasD mas sts s rcupraram (oltaram a amaçar os dom1nios g1pcios na Tsia. 5ams/s II nfrntou3os na atalha d Wadsh- 9u pro(a(lmnt t( um dsfcho indciso msmo s o faraó a f8 rprsntar nos sus monumntos como uma grand (itória graças 0clusi(amnt a su (alor pssoal... ogo mudou- por/m- a situação. Kititas g1pcios (iram3 s amaçados pla r!pida ascnsão do rino ass1rio- 9u s apodrara do trritório do antigo 2itani na sua maior part. Assim- m $'#- o Egito o Kati conclu1ram atra(/s d sus monarcas
64
o primiro tratado intrnacional cu:o t0to nos / conhcido% o rio Oronts sria a frontira ntr os rspcti(os dom1niosD cada part a:udaria a outra m caso d ata9u ou sul(açãoD os asilados pol1ticos ou fugiti(os do Egito 9u uscassm asilo no rino hitita sriam d(ol(idos aos g1pcios (ic3(rsa. A aliança ntr os ris 5ams/s II Katusil III foi slada m $'MM plo casamnto do primiro com uma filha do sgundo. L fato- o rino hitita sria dstru1do dntro d poucas d/cadas pla no(a onda d migraç<s indo3uropias. 5ams/s II tam/m comatu na Gia t( d nfrntar o ata9u dos piratas 9u uma stla achada m ;>nis- no Llta- chama d “shrdn*% muitos prisioniros dsta trio passaram a constituir tropas au0iliars do 0/rcito fara&nico- ao lado d numrosos l1ios nios. Os gurriros strangiros intgra(am cada (8 mais as tropas do Egito- como prisioniros d gurra mais tard tam/m como mrcn!riosD com fr9uência rciam doaç<s d trras. Os três primiros ris da I dinastia foram grands construtorsD ntr outros monumntos- l(antaram a imprssionant sala hipóstila do tmplo d Amon m WarnaJ ?;as@- com colunas d $6 d '' mtros d altura. 5ams/s II coriu d tmplos st!tuas a Gia o Egito- al/m d usurpar monumntos d ris antriorsD são spcialmnt famosos os sus tmplos rupstrs ?sca(ados na rocha@ da localidad ho: chamada Au Siml ?Gia@. 5ams/s II- ao morrr :! idoso- foi sucdido por su d/cimo trciro filho2rnptah. O rinado dst foi marcado pla tntati(a d in(asão do Llta ocidntal plos l1ios associados aos chamados “po(os do mar*- miscl>na d trios- algumas das 9uais d l1ngua indo3uropia. A in(asão foi rplida foram fitos muitos prisioniros. A part final da I dinastia / mal conhcida. arc tr sido um pr1odo confuso an!r9uico- durant cu:as lutas sucssórias os nomarcas s tornaram 9uas indpndnts. =m dignit!rio s1rio Iarsu ou QaR chgou a tr um norm podr no Egito. A dinastia ?$l,M3$))@ foi a ltima do 5ino Go(o conhcu um nico rinado d pso- o d su sgundo faraó- 5ams/s III. Est ri- construtor do tmplo funr!rio d 2dint Kau ?;as@- t( d nfrntar rplir três ata9us dos “po(os do mar* contra o Llta- dois pro(nints da 1ia um do lst ?st ltimo m forma d in(asão ao msmo tmpo trrstr mar1tima@. O Egito- m su rinado- ainda controla(a o sul da alstina- cu:a 8ona costira- no ntanto- ca1ra nas mãos da trio indo3uropia dos filistus. 5ams/s III ftuou uma rforma social administrati(a 9u conhcmos malD alguns autors intrprtam3na como constituindo a consagração da tndência :! antiga 7 hrditaridad das funç<s 7 formação d castas. Em su rinado du3s uma gr( 9u :! mncionamos dos opr!rios da ncrópol ral hou( uma tntati(a d assassinato do ri- tramada por uma mulhr do su har/m para l(ar ao trono um dos pr1ncips. Lpois d 5ams/s III- outros oito ris todos chamados 5ams/s ocuparam o trono durant uns no(nta anos. Foi uma fas francamnt dcadnt- durant a 9ual o 6
Egito prdu o control da alstina mais tard da Gia. Os sacrdots d Amon concntra(am norms 0tns<s d trras s tornaram praticamnt indpndnts m ;as. Os mrcn!rios strangiros l1ios m particular tam/m chgaram a tr muito podr ri9u8a. O pa1s conhcu m!s colhitas anos d fom mis/ria. As tumas rais foram pilhadas. So 5ams/s I- drradiro ri da dinastia- o (ic3ri da Gia tntou um golp d Estado para apossar3s da rgião d ;as- o 9ual fracassouD a Gia- por/m- dsd ntão scapou gradualmnt ao control g1pcio- at/ s tornar compltamnt indpndnt. O podr ral- num Egito di(idido- passou a star- m ;as- nas mãos do sumo3sacrdot d Amon- Krihor- 9u ra d origm militar consguiu assgurar suas funç<s para su filho ianJhD - no Llta- prtncia a Gsuand:d- fundador da I dinastia- cu:a capital foi ;>nis. Era o fim inglório do 5ino Go(o.
O I ,%-$%+ ;( <<=>: T52'5%2+ P527+8+ I$52,58%/2%+ 5 É9+'( T(28%( O ;rciro r1odo Intrmdi!rio ?$))3$'@- com as dinastias I a IB- comprndndo tam/m a primira part da B dinastia- foi uma longa fas d di(isão dinastias parallasD m crtas ocasi<s- (!rios go(rnants partilha(am ao msmo tmpo o trritório g1pcio- mora nm todos adotassm a titulatura fara&nica. Em ;as- o go(rno fti(o ra controlado por uma dinastia d sumos3 sacrdots d Amon- surgindo dpois outra figura rligiosa d grand podr% a “di(ina adoradora d Amon*- normalmnt uma princsa d sangu ral. A II dinastia foi d l1ios ?stalcidos d longa data no pa1s como mrcn!rios@- a B d nios d Gapata9u con9uistaram a rgião d ;as. O ri l1io do Egito ShshonJ I sa9uou Prusal/m por (olta d ,6) ratou rlaç<s comrciais com QilosD mas :! não foi poss1(l aos g1pcios a rstauração d 9ual9ur dom1nio dur!(l na Tsia ocidntal. Sm o ouro da Gia- o Egito tinha dificuldads para pagar suas importaç<s cdro do 1ano- stanho- artigos d lu0o di(rsos tc. 3D samos- por um documnto d princ1pios do ;rciro r1odo Intrmdi!rio- 9u as 0portaç<s g1pcias para a Tsia consistiam ntão m rolos d papiro- tcidos finos d linho- couros d oi- lntilhas- pi0 sco tc. Em $'- o ri nio ShaaJa consguiu runificar o Egito a Giastalcndo m 2ênfis a sua capital. Comçou ntão a Hpoca ;ardia ?$'366'@- com as dinastias B ?part final@ a . A rcupração do pa1s m $' foi apnas parcial% s :! não hou( dinastias parallas- os potntados locais consr(aram muito podr foram chamados “ris* plos in(asors ass1rios 9uatro d/cadas dpois. S:a como for- as grands construç<s da dinastia nia- contrastando com a mdiocridad antrior- atstam uma rlati(a prospridad- tal(8 0plic!(l m part por inundaç<s 0cpcionalmnt oas do Gilo- prmitindo 0clnts colhitas durant (!rios anos.
6M
O au01lio dado plos g1pcios ao rino d Pud! ?na alstina@- o 9ual sta(a so ata9u ass1rio- foi o prt0to para a in(asão do Egito plos ass1rios- cu:o imp/rio ra agora a grand potência do Orint ró0imo. Lpois d uma tntati(a frustrada m M4os in(asors consguiram tomar 2ênfis m M$D mas o ri nio ;aharJa a rcuprou dois anos dpois. As maiors campanhas d in(asão dram3s so o ri ass1rio Assuranipal- a primira m MM a sgunda ntr MM6 M. Os ass1rios consguiram a a:uda d g1pcios- prtndnts ao trono fara&nico inimigos dos ris nios% sts ltimos prdram o Egito- mas continuaram a rinar na Gia- na 9ual s dsn(ol(u a chamada ci(ili8ação mro1tica. O dom1nio ass1rio foi passagiro. O ri samatiJ I- da BI dinastia- cu:a capital foi Sais- no Llta ocidntal- dpois d liminar os potntados g1pcios ri(ais do su podr- consguiu 0pulsar os in(asors strangiros por (olta d M6. O pr1odo do “rnascimnto sa1ta*- como / conhcida a fas da BI dinastia- /3nos conhcido principalmnt atra(/s d fonts grgas como ali!s toda a Kistória sus9unt do Egito. 2arcou3o uma fort tndência arcai8ant na art na administração- com a imitação dlirada saudosista dos padr<s do 5ino Antigo ?a dois mil anos d dist>ncia no tmpo]@. Os mrcn!rios grgos ram agora o ponto d apoio do podr dos faraós. =ma col&nia comrcial grga- G!ucratis- instalou3s no Llta. O faraó GJau II comçou a construção d um canal 9u liga(a o Llta ao 2ar Brmlho. Li83s 9u por sua ordm- uma frota fn1cia f8 a (olta complta do continnt africano. El tntou tam/m rssuscitar a antiga pol1tica 0pansionista na S1ria- ond gurrou ntr M$) M)- mas o ri d Qail&nia potência 9u sucdra 7 Ass1ria forçou3o a rtirar3s. samatiJ II- su sucssor- tam/m tntou a sort na Tsia - sortudo- na Gia ?,$@com pouco sucsso. Go s/culo BI- a ascnsão do podrio prsa l(ou o faraó Ahm/s II a aliar3s ao ri Crso da 1dia- 7 Qail&nia- ao tirano d Samos ?cidad grga situada numa ilha costira da Tsia 2nor@- a Esparta ?cidad d loponso- na Ur/cia@D tal(8 tnha con9uistado a ilha d Chipr- stratgicamnt situada m rlação 7 Tsia ocidntal. ;udo m (ão% a 1dia a Qail&nia logo ca1ram so os ata9us d Ciro- ri da /rsia- a cu:o sucssor s sumtu ol1crats- o tirano d Samos. Est sucssor d CiroCamiss- consguiu finalmnt tomar o Egito- (ncndo o ltimo faraó da BI dinastia- samatiJ III- m lusa- no Llta Orintal ?'@. Lpois d um dom1nio prsa aparntmnt !spro so Camiss- na /poca do ri prsa Lario I o Egito conhcu um pr1odo calmo próspro. Os ris prsas formam a BII dinastia d 2anthon. 2rcn!rios strangiros (i(iam m trras g1pciascomo no passado- mas agora a sr(iço dos prsas. Lispomos d intrssant documntação pro(nint d uma col&nia militar :udaica stacionada m Elfantina- na frontira com a Gia ?(r Locumnts aram/ns d"HgRpt- tradução aprsntação d irr Urlot- aris- s Editions du Crf. $,'@. Lario acaou d construir o canal iniciado por GJau II stratgicamnt (ital para os prsas- pois prmitia a (inculação dirta ntr o Uolfo /rsico o Gilo atra(/s da na(gaçãoD tal canal t( tam/m grand import>ncia comrcial.
6
=ma rlião comçada m 4)4 consguiu rcuprar a indpndência g1pcia ntr 4)) 646- so as r(s dinastias BIII a Em 646- por/m- com a (itória d Arta0r0s III sor Gctano II ?d fato o su nom g1pcio- GJhtharh- nada tm a (r timologicamnt com o d su prdcssor chamado Gctano II- 9u ra GJhtnf@- comçou a curta- por/m dura- sgunda ocupação prsa- 9u trminou com a con9uista do Egito por Al0andr da 2acd&nia- m 66'. A partir do pr1odo ass1rio- o Egito ha(ia pntrado plnamnt na Idad do Frro. Como o trritório g1pcio não continha min/rio d frro- tal mtal ra importadodo Orint ró0imo sgundo parcD a mtalurgia do frro difundiu3s muito- tam/m- a partir do Egito- na rgião nia d 2/ro- da 9ual passou ao rsto da Tfrica Ggra ?mora possi(lmnt tnha 0istido tam/m um foco indpndnt d difusão do frro no Sudão Ocidntal@. Os prsas introdu8iram no Egito o camlo- o 9u possiilitou o dsn(ol(imnto dos grands o!sis 9u s acham a ost do (al do Gilo ants astant marginais - nos 9uais s rguram tmplos outros monumntos.
C+$'-#0*+ Entr apro0imadamnt 6))) 66'- o Egito conhcu (!rias /pocas d unidad din!stica cntrali8ação ?apro0imadamnt ) da9ul pr1odo d 9uas dois mil stcntos anos@- m altrn>ncia com fass d dscntrali8ação- dinastias parallas ou dom1nio strangiro. Alguns autors- como P. irnn- aprsntam por isto a Kistória fara&nica como tndo um car!tr “c1clico*. A idntidad pol1tica /tnica do pa1s como rino ou- mais 0atamnt- como dois rinos unificados na pla pssoa do monarca - m outras pala(ras usando um trmo algo anacr&nico- a nação g1pcia antiga nascu dpois rnascu di(rsas (8s da con9uista s consr(ou por mcanismos rligiosos ?m spcial- mas tam/m hou( outros fators d tipo idológico@- fiscais militars. Fa(or!(l 7 união ra o fato d 9u a maioria da população (i(ia m aldias pouco (inculadas ntr si- 7 mrcê d uma urocracia cntral podrosa- tam/m a maior prospridad 9u inga(lmnt acompanha(a os pr1odos d cntrali8ação mon!r9uica- 9uando as struturas con&mico3sociais do Bal do Llta ram corntmnt administradas. Os fators d di(rsidad rgional dsunião manti(ram3s smpr- por/m- muito fortsD mora nm smpr (is1(is- m (irtud d a massa das fonts dispon1(is originar3s no aparlho d Estado stors a l associados. P! (imos 9u a topografia do pa1s dificulta(a as comunicaç<s intrnas. ;odos os g1pcios fala(am a msma l1ngua- mas as difrnças dialtais ram suficintmnt marcadas para 9u um natural do Egito mridional não pudss sr comprndido plos haitants do Llta. Em cada nomoo dus local continua(a sndo (isto como di(indad suprma- por mais 9u alguma di(indad din!stica foss proclamada como a principal d todo o pa1s oficialmnt. O sistma d irrigação (ignt podia (ntualmnt sr oprado m scala local.
6#
Qasta(a um nfra9ucimnto do podr cntral para 9u o Egito corrss o risco d cindir3s nos dois rinos pr/3din!sticos- ou msmo para 9u os nomos- ou grupos dls- tntassm rcuprar sua autonomia. Lada a ai0a produti(idad por traalhador mprgado- ligada a forças produti(as no con:unto limitadas- só um Estado unificado podia moili8ar rcursos suficints homns- 0cdnts runidos plo triuto ou pla 0ploração dirta dos dom1nios rais dos tmplos para 9u grands oras plicas uma cort intlctualidad rilhants fossm poss1(is. or isto- os pr1odos d dscntrali8ação pol1tica foram tam/m /pocas d dcadência art1stica cultural- 9u são portanto mal conhcidas por nós ?:! 9u nlas s graram mnos fonts scritas ou ar9uológicas@. Outro fato chama a atnção na longa Kistória g1pcia. 2smo s- a partir do pisódio hicso- o pa1s conhcu imigraç<s pac1ficas in(as<s (iolntas d strangiros- / imprssionant como tais incidências do 0trior msmo introdu8indo- como (imos 9u o fi8ram- importants lmntos d tcnologia modificaram pouco os padr<s fundamntais da (ida do Egito- marcados indl(lmnt plas dtrminaç<s d uma agricultura irrigada m strita dpndência das chias do Gilo. Isto a força ing!(l da ci(ili8ação fara&nica foram fators podrosos d assimilação aculturação dos rc/m3chgados atra(/s dos tmpos. Gão s d( confundir a stailidad das caractr1sticas !sicas com imoilidad- no ntanto% o rsumo 9u fi8mos da Kistória fara&nica d( tr astado para dmonstrar 9u o pa1s mudou muito ao longo dos milênios d tal Kistória.
6,
ASPECTOS DA VIDA INTELECTUAL
O 95$0(,5$+ 5679'%+ ($%6+ Em linhas grais- o pnsamnto dos antigos g1pcios aparc marcado- m primiro lugar- por su car!tr pr/3filosófico m1tico. Got3s 9u isto não significa 9u tnha sido um pnsamnto pr/3lógicoD 9ur di8r- simplsmnt 9u a astração- a gnrali8ação os :ogos mntais “puros* não constitu1am suas caractr1sticas cntraisO racioc1nio g1pcio s asa(a na acumulação d 0mplos concrtos- não m torias grais. Esta(a- outrossim- nga:ado no sforço d prsr(ar a strutura pol1tico3social (ignt a ordm cósmica- atra(/s d uma /tica d osr(>ncias rituais ad9uadasD ou m forncr pragmaticamnt rgras ou rcitas funcionais 7s di(rsas ati(idads O mito 0plica(a o mundo dscr(ndo- m cada caso- como algum fato supostamnt s dra pla primira (8 num long1n9uo passado. =m sntido c1clico do tmpo do uni(rso fa8ia com 9u tal ocorrência primordial continuass tndo (igência atualidad% o conhcimnto ?m1tico@ do passado das coisas prmitiria- pois- ntndr o su dsnrolar atual futuro. Lissmos 9u o pnsamnto g1pcio sta(a intrssado na prsr(ação do stado d coisas% ra- assim- consr(ador conformista m forma prdominant ?9uando não artamnt oportunista- ao lgitimar a >nsia d agradar aos podrosos@. Isto s liga- m primiro lugar- 7 stailidad strutural !sica atra(/s d mltiplas mudanças 9u caractri8ou- :! o (imos- a ci(ili8ação fara&nica atra(/s dos milênios. ;al fato rforça(a a con(icção d 0istir uma ordm ncss!ria- lg1tima ds:!(l no mundo na socidad. Em sgundo lugar- / (idnt 9u a minoria d ltrados- 9u nos di0ou as nicas fonts scritas dispon1(is para o studo das opini<s idias do antigo Egitosta(a dirta ou indirtamnt compromtida com o Estado fara&nico. 2onarcassacrdots- scrias- funcion!rios militars acrdita(am 9u- no princ1pio da históriaos duss ha(iam rinado pssoalmnt nst mundo- sndo o ri3dus o su lg1timo hrdiro sucssor% a ordm cósmica pol1tico3social- ncarnada na dusa 2aat ?:ustiça3(rdad ou norma :usta do mundo@- tinha pois uma as sagrada- tal como o rspito plas opini<s dos antpassados. Continuando com as caractr1sticas cntrais do pnsamnto g1pciomncionmos agora um princ1pio 9u o caractri8a- discrn1(l m todas as manifstaç<s rligiosas- cosmog&nicas d outros tipos- 9u s con(ncionou chamar d di(rsidad d apro0imaç<s. A um homm d ho: pod parcr incornt contraditório 9u o c/u pudss sr dscrito como uma (aca- como uma mulhr- ainda como um rio no 9ual na(ga o arco do Sol. Ou 9u Os1ris dus ligado 7 idia do rnascr- da9uilo 9u morr (olta a dsprtar foss associado ao msmo tmpo a
4)
coisas tão difrnts 9uanto a chia do Gilo- 9u dcorrria dos humors 9u flum d su cad!(r ?m outra (rsão- ali!s- la sria pro(ocada por outro dus- Whnumrsidnt na primira catarata@- o grão 9u / ntrrado grmina- a ua com suas fass finalmnt o Sol noturno 9u atra(ssa o mundo sutrr>noD sm 9u- por outro ladoOs1ris pudss sgotar 9ual9ur dsts fn&mnos- 9u m outros d sus aspctos ram associados a duss mitos difrnts. =m g1pcio antigo- por/m- trata(a d sgotar tantos aspctos 9uantos pudss d cada fato do mundo (is1(l ou di(ino- atra(/s da :ustaposição d imagns (ariadas- mas- para l- complmntars outras tantas apro0imaç<s poss1(is a uma ralidad compl0a tal(8 inf!(l ou insgot!(l não contraditórias ou 0cludnts. Go 9u para nós pod parcr um amontoado d asurdos contradiç<s- o racioc1nio tológico- por 0mplo- tratou d conciliar difrnts tradiç<s parallas- di(rgnts ntr si- mas todas considradas igualmnt sagradas- atra(/s d assimilaç<s- sincrtismos outros rcursos. O uni(rso ra (isto como o dom1nio d forças 9u s podm manifstar m formas di(rsas- todas igualmnt (!lidas. or 9u- ntão- s spantaria um g1pcio d 9u a dusa Kathor s manifstass sucssi(amnt como uma (aca- uma mulhr- uma srpnt- uma loauma chama ou atra(/s d uma !r(or+ Ou d afirmaç<s como a d sr 5a a fac d Amon tah o corpo dst- sm 9u por isto 5a tah di0assm d sr tam/m duss distintos+ or fim- os g1pcios profssa(am uma crnça no podr criador da pala(ra - por 0tnsão- das imagns- dos gstos dos s1molos m gral- 9u s articula(a com a possiilidad d coagir os duss o cosmosD ou s:a- com a magia. tah- dus d 2ênfis- numa das (rs<s do mito da criação do mundo- grou duss simplsmnt pronunciando os rspcti(os noms. O racioc1nio m1tico muitas (8s funciona(a atra(/s d trocadilhos- pois ao tr a pala(ra podr criador- as coisas dsignadas por trmos homófonos ou d pronncia smlhant s 9ui(alm :! 9u o nom / a coisa. or 0mplo- di8ia3s 9u 5a- chorando ?rm@- criou os homns ?rom/@ os pi0s ?ramu@. A 0tnsão d tal princ1pio a outros sistmas d signos aria o caminho a formas (ariadas d aç<s m!gicas. S a pala(ra- o gsto- a scrita- a imagm tc. gram a ralidad- podia3s agir sor sta atra(/s d fórmulas (rais- gsticulação ritualt0tos- dsnhos... A rprsntação do ri- nos rl(os dos tmplos- dominando os inimigos do Egito- garantiria a sgurança do pa1s atra(/s da constant (itória sor tais inimigos. S um dado rito 0igia o sacrif1cio d um hipopótamo ação astant inc&moda complicada - 9urar uma statuta d hipopótamo magicamnt consagrada surtiria o msmo fito. S os ncarrgados do culto funr!rio s dscuidassm do ofrcimnto d (itualhas ao morto- a rprsntação pictórica d pãs outros alimntos nas pards da tuma tria fito 9ui(alnt. E assim por diant.
A 25-%6%*+ Go antigo Egito- a rligião historicamnt conhcida rsultou- m primiro lugar- da suprposição organi8ação das di(indads dos nomos. O dogma nunca foi- d
4$
fato- unificado% m cada santu!rio o dus local ra (isto como a di(indad suprma criadora. Os duss dos nomos tinham aparntmnt uma origm totêmica- stando ligados a animais- prsonagns ou ftichs 9u s (incula(am ao culto dos antpassados triais 9u sofrram nos tmpos históricos um procsso parcial ou total d antropomorfi8ação. Kórus- por 0mplo- podia sr rprsntado por um falcão- por um homm com caça d falcão ou ainda mais raramnt por um homm. T mdida 9u s foi procssando finalmnt concluiu a unificação do pa1s- sntiu3s sr ncss!rio 0plicar as rlaç<s ntr os duss- hirar9ui8a3los. Surgiram construç<s di(rsas% tr1ads d pai- mã filho ?Os1ris- ^sis KórusD Amon- 2ut WhonsuD tahSJhmt Gfrtum tc.@- tam/m (astas s1ntss tológicas 9u trata(am d 0plicar a origm do mundo dos duss. ;ais s1ntss contradi8iam3s mutuamnt% na d 2ênfis ra tah o dus criador- na d Kli!polis ra 5a- na d Krmópolis- L:huti ?;hot@ tc. P! (imos- por/m- 9u tais incorências aparntmnt não incomoda(am os g1pcios antigos. As s1ntss das cidads mais importants influncia(am as das cidads mnors. A spculação tológica- ao surgirm as grands s1ntss- criou duss cósmicos astraç<s di(ini8adas não pro(nints dos cultos dos nomos% o ocano primordial a :ustiça3(rdad 2aat são 0mplos. Nuanto aos duss locais- alguns prmancram puramnt rgionais- n9uanto outros s impusram a todo o pa1s% 5a d KliópolisL:huti d Krmópolis- tah d 2ênfis- postriormnt Amon d ;as- al/m dos duss da tr1ad osiriana da rligião funr!ria ?Os1ris- Isis- Kórus- Anuis tc.@ Kou( tam/m a adoção (ntual d duss strangiros a di(ini8ação d crtos prsonagns históricos ?como Imhotp@. Ali!s- no comço dst s/culo E. Am/linau prtndu msmo 9u todos os duss não passa(am d mortos di(ini8ados- o 9u não parc acit!(l. E0istiam- por outro lado- di(indads mnors- sp/cis d gênios prottors% Qs- um anão 9u protgia do mau3olhado sta(a ligado 7 frtilidadD ;aurit ?;u/ris@um hipopótamo3fêma 9u protgia as mulhrs gr!(idas tc. =ma fort difrnça spara(a o culto oficial (inculado 7 monar9uia aos tmplos ?aos 9uais- ali!s- o acsso ra 0trmamnt rstrito@- muito intlctuali8ado- da pidad popular. ara o homm do po(o- dsd o 5ino Antigo ra Os1ris o dus mais (nrado% tal fato- por/m- tardou muitos s/culos a rfltir3s m mudanças radicais na rligião d Estado. As massas populars (nra(am Amon- tah outros grands duss- mas não ntndiam as complicadas cosmologias s1ntss tológicas ar9uittadas plos sacrdots. O culto d animais sagrados- como os touros Tpis 2n(is muitos outros- ra igualmnt um aspcto important da rligião popular. Os tólogos oficiais 0plica(am st aspcto da rligião afirmando 9u m tais animaiscomo nas st!tuas di(inas- ncarna(a3s uma parcla das forças spirituais da prsonalidad d um ou mais duss. Os tmplos- constru1dos d pdra a partir d mados do III milênio- tinham o duplo car!tr d pal!cio ou rsidência d um dus ou dusa d cntro d opraç<s m!gicas. A rção d tmplos ra atriuição 0clusi(a dos faraós. O culto di!rio consistia no sr(iço pssoal prstado ao dus plos sus sacrdots como dlgados 4'
do ri- m toria o nico hailitado a stalcr o (1nculo ntr homns duss% pla manhã a st!tua di(ina ra araçada para 9u o sopro (ital nla s insuflasshailitando3a a rcr uma parcla do sp1rito da di(indadD m sguida ra la(ada (stida- rcndo dpois ofrnda d alimntos idas. rociss<s- fsti(ais m 9u a imagm sa1a do tmplo plas ruas da cidad- plos campos ou na(gando no Gilo m sua arca lu0uosa- (isitas dos duss ntr si- ram outros aspctos do calnd!rio rligioso. Os g1pcios (iam a criação como uma sp/ci d ilha d ordm crcada plas forças do caos- 9u a amaça(am constantmnt d ani9uilação- da msma forma como o Llta o Bal f/rtis organi8ados sta(am crcados plos dsrtos hostis an!r9uicos. or isto os tmplos ram- m sua ar9uittura dcoração- rprsntaç<s simólicas do uni(rso a sd d opraç<s m!gicas dstinadas a (itar a dstruição cósmica. As imagns mais usuais dsta concpção ram as do caminho diurno noturno do Sol- amaçado por dm&nios inimigos ?como a srpnt Appi@ ntr os 9uais trminou sndo inclu1do o dus Sth- o ad(rs!rio d Os1ris Kórus. A rligião g1pcia tm sido trritório fr9untado por torias astrusas- 9u amid rfltm- ants d mais nada- as procupaç<s rligiosas pssoais dos sus autors- 9uando não a aplicação d mtodologias artificiosas cu:os rsultados são assa8 du(idosos ?como nos parc sr o caso das tntati(as d aplicação do m/todo asado m oposiç<s in!rias complmntars- dri(ado da Antropologia Estrutural d Claud /(i3Strauss@. Lsd o s/culo I- di(rsos autors (êm afirmando 9u- apsar d um polit1smo aparnt- a rligião dos antigos g1pcios ra d fato monot1sta. As concpç<s acrca do car!tr das atriuiç<s da di(indad sriam cornts unit!rias- sndo os duss mltiplos simpls aspctos ou manifstaç<s do Lus nico inf!(l. ;al afirmação / plo mnos muito 0agrada - ali!s- no pnsamnto g1pcio a unidad indifrnciada do di(ino s confundia com o caos 9u prcdu 7 criação. Gão h! d(ida- por/m- d 9u crtos mcanismos d spculação tológica rdu8iram a di(rsidad inicial m fa(or d uma unificação rlati(a do pantão- 9u- no ntanto :amais s compltou. Entr ')) $#))- apro0imadamnt- o prst1gio da tologia d Kliópolis l(ou a uma progrssi(a “solari8ação* do con:unto da rligião. Lifrnts di(indads uscaram a assimilação a 5a% Amon35a- SoJ35a- 2ontu35a tc. Go 5ino Go(o- por outro lado- fortalcram3s as tntati(as d sincrtismo idntificação ntr as prsonagns mitos di(inos. =ma tntati(a unificadora radical- tndnt a simplificar a rligião m torno da figura sns1(l do Sol ? não da oculta- 9u Amon rprsnta(a@ do faraó su filho- foi a fracassada rforma d AJhnaton. 2smo drrotada- influnciou as s1ntss spculaç<s postriors. =m aspcto spcial muito important da rligião g1pcia ram as crnças funr!rias. ;am/m a9ui- a sor(i(ência dpois da mort foi o:to d (is<s di(rgnts 9u s foram suprpondo sm liminação mtua. O morto tanto ra imaginado rnascndo na própria tuma- 9u ra sua “casa d trnidad* na 9ual rcia ofrndas d comida ida ? da 9ual (ntualmnt podria scapar por algum tmpo m forma d p!ssaro@- como na(gando na arca solar- ou ainda sndo 46
:ulgado no triunal d Os1ris para dpois- s não foss condnado ? isto podria sr (itado tanto por uma confissão /tica pla psagm do su coração- 9uanto por di(rsos mios m!gicos@- (i(r para smpr num “outro mundo* go(rnado por a9ul dus- o 9ual d fato rcorda(a muito o próprio Egito. A rligião funr!ria ra profundamnt pntrada d magia m todos os sus aspctos. A princ1pio patrim&nio do ri m car!tr 0clusi(o- foi progrssi(amnt arta a camadas cada (8 mais 0tnsas da população a9ulas- plo mnos- 9u pudssm corir as dspsas l(adas da mumificação ?:! 9u s :ulga(a ssncial para o rnascimnto a prsr(ação do cad!(r- 9u assimila(a o morto a Os1ris- miticamnt a primira d todas as mmias@- da construção 9uipamnto da tuma- da manutnção do culto funr!rio. As crnças sor a (ida dpois da mort fi8ram dos tmulos g1pcios os mais ricos d toda a Kistória humana m ofrndas ntrradas com os dfuntos m rprsntaç<s di(rsas da (ida 9uotidiana das ati(idads profissionais do morto sus suordinados% da1 a sua 0traordin!ria import>ncia como font histórica. Como / natural- foram as tumas rais as mais ricas- mora por isto msmo tnham sido 9uas todas sa9uadas na própria Antiguidad. As spulturas dos ris sguiram historicamnt a (olução 9u as condu8iu da “mastaa*- construção d ti:olos m forma d parallp1pdoncimando a fossa funr!ria ond s acha(a a mmia m su sarcófago- 7 pir>mid d pdra d tamanho (ari!(l- dsta aos hipogus sca(ados na rocha. Os tmulos rais mais antigos comprndiam no su rcinto caplas para o culto funr!rio do faraó mortoD dpois foram constru1dos para st fim tmplos intiros- 7s (8s 0tnsosligados ou não aos spulcros. A rligião pntra(a intimamnt todos os aspctos da (ida plica pri(ada do antigo Egito. Crim&nias ram rali8adas plos sacrdots cada ano para garantir a chgada da inundação- o ri agradcia a colhita solnmnt 7s di(indads ad9uadas. Or!culos dos duss m spcial os d Amon no 5ino Go(o m /pocas postriors dsmpnha(am um papl important na solução d prolmas pol1ticos urocr!ticos ram tam/m consultados plos homns do po(o ants d tornarm dcis<s d algum pso. As mulhrs sm filhos s dsnuda(am diant d touros ou carniros sagrados- sprando mudar a situação por sua 0posição a tais s1molos d frtilidad. A mdicina ra pntrada d magia rligião. O aspcto suprsticioso das crnças multiplica(a o uso d amultos outras protç<s m!gicastanto plos (i(os 9uanto plos mortos.
L7$6#(4 50'2%( 5 -%52(#2( A l1ngua g1pcia / considrada africana- com alguma influência sm1tica. Ga classificação d 2. Urnrg- prtnc 7 fam1lia “hamito3sm1tica* ou “afro3asi!tica*a 9u stão (inculadas l1nguas faladas atualmnt- como o rr o tchadiano. A ltima tapa histórica do antigo g1pcio foi o copta- ho: idioma morto- mas ainda usado como l1ngua litrgica dos cristãos do Egito.
44
Go pr1odo fara&nico- três fass transparcm atra(/s dos t0tos scritos consr(ados% g1pcio arcaico- g1pcio cl!ssico ou m/dio ?da dinastia 7 /poca d Amnhotp III@ nog1pcio. A scrita hirogl1fica in(ntada m fins do pr/3din!stico aprfiçoada so as primiras dinastias- comporta(a signos numrosos- utili8ados d três modos% como pictogramasD como fonogramas rprsntando uma- duas ou mais s1laas ?crtos fonogramas ram complmntos fon/ticos 9u duplica(am alguns sons da pala(ra para facilitar a litura@D como dtrminati(os% só as consoants ram grafadas- os dtrminati(os prmitiam distinguir ntr si pala(ras difrnts- mas 9u continham a msma strutura consonantal. Os hiróglifos cu:a litura prdu3s m fins da Antiguidad foi rncontrada m $#'' por F. Champollion continuaram- ao longo d toda a Kistória antiga do pa1s ?inclusi( so os monarcas hln1sticos romanos@sndo utili8ados nas inscriç<s pigr!ficas dos tmplos- tmulos- stlas tc.- (ntualmnt m manuscritos ?papiros@. rsta(am3s mal- contudo- a 9u s scr(ss rapidamnt ao ditado- plo 9ual surgiu- dsd tmpos astant antigosuma forma simplificada ou cursi(a da scrita hirogl1fica- o hir!ticoD st não constitui “outro* sistma d scrita sim uma simpls dri(ação do antrior. or fim- o hir!tico por sua (8 s simplificou- m mais tard- dando a forma chamada dmótico. As inscriç<s ou manuscritos g1pcios não têm pontuação nm sparam as pala(ras ntr simas a disposição litura dos signos sgum crtas rgras astant simpls. Ants da tradução- o spcialista procd sgundo normas fi0adas intrnacionalmnt 7 transcrição fon/tica do t0to m alfato latino ?acrscido d alguns outros signos sinais con(ncionais@- distinguindo as pala(ras ou grupos d pala(ras. A Figura M aprsnta um fragmnto do papiro hir!tico Ystcar- consr(ado m Qrlim- a transcrição do t0to original m hiróglifos ?9u nst caso d(m sr lidos da dirita para a s9urda@ por fim sua transcrição fon/tica. Eis a9ui a tradução ?modificamos a tradução d Erman para torn!3la mais litral@% linha $% “... um di(rtimnto- mas não pud ncontr!3lo*. L:ad:amanJh lh diss% “Nu linha '% tua 2a:stad s diri:a ao lago do pal!cio?Bida] Sad] Força]@. E9uipa para ti um arco linha 6% com todas as las :o(ns 9u stão nos aposntos intriors d tu pal!cio. O coração d tua 2a:stad s di(rtir! linha 4% ao (ê3las rmando- a rmar d um lado para outro. linha % ;u podr!s (r os los ninhos d p!ssaro sm tu lago- linha M% (r!s tus campos m suas las margns. ;u coração s...*
4
Os t0tos g1pcios 9u s consr(aram são prdominantmnt rligiosos funr!rios t0tos das pir>mids- t0tos dos sarcófagos- i(ro dos 2ortos ?colt>na d fórmulas m!gicas para orintação do morto 9uando rnascss d(ss orintar3s
4M
no al/m@- hinos a di(rsas di(indads- inscriç<s 9u s rfrm aos mitos rituais di(inos - rlati(os aos fitos dos ris- iografias oficiais d funcion!rios. Lsd o 5ino Antigo- por/m- aparcu uma litratura profana- mais m conhcida para /pocas postriors% romancs curtos- posias l1ricas- “instruç<s* morali8ants- s!tiras- tratados t/cnicos tc. los t0tos conhcidos- podmos di8r 9u a “ciência* fara&nica consistiu m colt>nas d conhcimntos mp1ricos di(rsos rcitas d mdicamntos- fórmulas gom/tricas trigonom/tricas para a agrimnsura ou para a construção tc. mais do 9u m um conhcimnto gnrali8ado ou tori8adoD hou(- no ntanto- algum sforço d das classificação organi8ação. A numração ra dcimal- mas não 0istia o 8roD das opraç<s usuais da aritm/tica- 0istiam duas ?soma sutração@. O calnd!rio- ao msmo tmpo solar lunar- stalcu3s cdo- atra(/s da osr(ação da coincidência (ntual do aparcimnto con:unto do Sol da strla S1rius com o in1cio da inundação. or/m- só na /poca dos tolomus o ano solar foi aprfiçoado pla criação d anos iss0tos. Os m/dicos g1pcios ram famosos na Antiguidad- a pr!tica da mumificação l(ou a uma acumulação d conhcimntos anat&micos mp1ricos. Gão ostant- mdicina- astronomia outros ramos d studo ou ciência aplicada sta(am profundamnt pntrados d magia rligião. A cultura do Egito antigo- nos aspctos 9u podmos conhcr- ra patrim&nio d rdu8ida lit d ltrados% cortsãos- sacrdots- funcion!rios scrias. Apsar da insistência com 9u os grgos s rfriam 7s origns g1pcias das ciências- na ralidad a influência da 2sopot>mia sor os comços da ciência grga parc tr sido muito maior.
A250 9-/0%'(0 Os antigos g1pcios não tinham- como nós- uma noção da art como ati(idad 9u s auto3:ustifica% ar9uittos- scultors ou pintors (iam3s como funcion!rios ou como artsãos 9u produ8iam o:tos funcionais para uso rligioso- funr!rio ou d outro tipo. A art m todos os sus aspctos ar9uittura- scultura- pintura- arts mnors gira(a m tomo dos duss- do ri3dus da cort. Sndo o faraó o construtor principal o maior consumidor d o:tos d art- por concntrar a ri9u8a a mão3d3 ora spciali8ada não spciali8ada ncss!ria- as /pocas d apogu art1stico coincidm com os augs do podrio fara&nico. A não sr m ar9uittura- pois tmplos tumas mudaram muito at/ sua fi0ação so o 5ino Go(o- dsd o 5ino Antigo sta(am fi0ados padr<s ou c>nons art1sticos 9u (aria(am sm prda d suas caractr1sticas fundamntais- plo 9u s constata- apsar d in(it!(is altraç<s do gosto- do grau d rfinamnto d inmros dtalhs ao longo dos s/culos- uma grand unidad d stilo- tornando rconhc1(l 7 primira (ista como g1pcia uma ora d art d 9ual9ur /poca. A nica 9ura ralmnt radical dsss c>nons s du durant a 4
hrsia rligiosa d AJhnaton os anos imdiatamnt sus9unts- /poca chamada “amarniana*- caractri8ada por fort tndência ao naturalismo ou msmo 7 caricatura 7 dcoração profusa. Em ar9uittura o 9u mlhor conhcmos são os tmplos tumas- constru1dos com matriais imprc1(is- ao passo 9u 9uas não tmos rstos d pal!cios rais rsidências particulars. Os tmplos g1pcios s caractri8am- sortudo- pla sua monumntalidad. A partir do 5ino Go(o- fi0ou3s um padrão m tal tipo d dif1cio% ntradas monumntais ?pilonos@- p!tios artos- salas hipóstilas ?isto /- com o tto suportado por colunas@- um santu!rio oscuro- caplas para a arca do dus outros fins- dpósitos tc. b frnt dos pilonos ha(ia st!tuas gigantscas dos ris monólitos d pdra ?os oliscos- s1molos solars@- al/m d mastros com andirolas ncostados 7 fachada. O maior con:unto ar9uitt&nico / o constitu1do plos tmplos d Amon m u0or WarnaJ- m ;as- com mltiplos an0os. A scultura ral- 7s (8s associada aos dif1cios- ra com fr9uência tam/m monumntal idali8ada- rprsntando o faraó sgundo crtas con(nç<s astant r1gidas 9uanto 7s atituds 7s (stimntas. P! a scultura d particulars 9u conhcmos atra(/s das imas ra mais ralista. A pintura- 9u não conhcia a prspcti(a- rfinou muito as suas t/cnicas no 5ino Go(o- 9uando comparada aos pr1odos antriorsD tam/m nst caso- por/m- crtos c>nons con(nç<s s manti(ram com pouca mudança ao longo dos milênios. articularmnt not!(is tis como documntação são as pinturas rl(os ncontrados nos tmulos. Crtos manuscritos m spcial diç<s lu0uosas do i(ro dos 2ortos são tam/m dcorados com las ilustraç<s.
4#
CONCLUSÃO: “MODO DE PRODUÇÃO ASI!TICO"?
Foram astant fr9unts- no passado- as intrprtaç<s das struturas con&mico3sociais do Egito fara&nico 9u apla(am para concitos como os d scra(ismo- fudalismo ou msmo capitalismo- todos anacr&nicos ou inad9uados 7s ralidads spc1ficas da (ida 7s margns do Gilo durant o longo pr1odo considrado nst li(ro. ;ais gnrali8aç<s d catgorias dri(adas da Kistória antiga ou rcnt do mundo mditrr>no3uropu a uma 0priência histórica considra(lmnt distinta dram- como ra natural- rsultados muito ruins pouco con(incnts. Isto l(ousortudo a partir da d/cada d $,M)- 7 r(alori8ação d crtas idias d 2ar0 Engls contidas ?sporadicamnt@ m t0tos 9u s scalonam ntr $#6 $##6- a rspito d uma modalidad d organi8ação con&mico3social pol1tica 9u- m apnas uma ocasião ?$#,@- 2ar0 dnominou “modo d produção asi!tico*. Estas idias nunca dsn(ol(idas m forma suficint plos fundadors do mar0ismo tinham sido proscritas dpois d acalorada discussão- ntr os mar0istas tanto ocidntais 9uanto so(i/ticos- no pr1odo 9u (ai mais ou mnos d $,6) a $,M)D ou s:a- nas d/cadas do stalinismo. ara a sua no(a (oga contriuiu a pulicação- m $,- do pro(ocant Orintal Lspotism- scrito plo sinólogo 03mar0ista W. A. Yittfogl. Em 9u consistm as caractr1sticas ssnciais do “modo d produção asi!tico*+ ;ratarmos d rsumi3las- asando3nos não só m t0tos d 2ar0 Engls- mas tam/m m alguns dos traalhos mais rcnts a rspito. $. =m n1(l das forças produti(as mais a(ançado do 9u o das socidads triais primiti(as. Urands dnsidads populacionais garantm aundant força d traalho- o mtal :! / conhcido ?st ponto falha no caso das socidads mais adiantadas da Am/rica pr/3colomiana 9u- mora conhcssm o mtal- o utili8aram muito pouco m frramntas@- 0ist uma agricultura dsn(ol(ida asada na irrigação. Nuanto 7s oras d irrigação- m crtas passagns 2ar0 Engls cdm a um (rdadiro dtrminismo gogr!fico- postulando uma “hipóts causal hidr!ulica* do tipo 9u :! foi discutido por nós. '. A 0istência da comunidad d aldia- forma altrada da comunidad primiti(a. Os produtors dirtos organi8am3s m aldias d strutura comunit!ria- m cu:o 9uadro ainda não 0ist a propridad pri(ada. ;ais comunidads aldãs aprsntam3 s como ntidads 9uas totalmnt fchadas aut!r9uicas- cada uma dlas sndo a mnor c/lula m 9u s di(id a socidad- caractri8ando3s pla associação das ati(idads agr1colas artsanais m trmos d uma insuficint di(isão social do traalho.
4,
6. A 0istência d um Estado dspótico acima das comunidads d aldia- como um rsultado da sparação ntr os produtors dirtos os organi8adors da produção. O Estado ncarna3s num d/spota cu:o podr tm uma fundamntação rligiosa 9u / (isto como o dono d todas as trras ?não m car!tr pri(adomas m (irtud d sua função@. O d/spota ncaça uma strutura statal compl0a- 9u concntra di(rsas funç<s% a. grncial% dirção control da conomia- coordnação da di(isão do traalho r9urida pla agricultura hidr!ulica- construção consr(ação dos di9us- canais- arragns outras oras d grand n(rgadura- tudo isto atra(/s d hiprdsn(ol(ida urocraciaD . d dfsa% organi8ação militar- construção d muralhas fortal8asD c. rligiosas% control strito sor a rligião- intgrada 7 sua as d podr. 4. A rlação ntr o Estado as comunidads aldãs s 0prssa na chamada “scra(idão gnrali8ada*. Isto /- 0ist uma 0ploração dirta colti(a 0rcida sor as comunidads ?cada uma (ista como um todo indi(is1(l@ plo Estado- d duas maniras% a. a apropriação- plo Estado- do 0cdnt produ8ido plas comunidadsso a forma d triutosD . a 0igência do forncimnto d 9uips d traalho plas comunidads para a rali8ação d oras plicas ou msmo d oras do intrss pssoais do ri ou do grupo dirignt. Os 0cdnts coltados m forma d imposto são usados plo Estado para sustntar uma aristocracia d função ?isto /- cu:a posição social não dcorr da propridad pri(ada sim do 0rc1cio d funç<s m princ1pio r(og!(is@ 9u crca o d/spota urocratas- sacrdots- gurriros para arma8namnto m pr(isão d /pocas d carência. . Emora 0istam scra(os no sntido comum do trmo- não constitum a as da produção social. ;al as são as comunidads aldãs- os scra(os são dom/sticos- ou 9uando muito têm import>ncia con&mica apnas storial. M. A in0istência d com/rcio artsanato como ati(idads suficintmnt aut&nomas para altrar a ordm social. O 0cdnt d 9u s apropria a nor8a d função fa8 dla um mrcado consumidor possiilita o dsn(ol(imnto d ati(idads mrcantis. =ma part d tal 0cdnt / 0portada m troca d mat/rias3primas 9u sr(m 7s construç<s a um artsanato :! dsn(ol(ido(oltado para a produção d artigos d lu0o consumidos pla lit ou trocados no mrcado intrnacional. O Estado monopoli8a rgulamnta stritamnt a indstria o com/rcio 0trno- na totalidad ou na sua part mais significati(a- nstas condiç<s torna3s imposs1(l a formação d uma class mrcantil indpndnt. Assim- artsanato com/rcio constitum ati(idads marginais continuamnt asor(idas plo modlo dominant. Gão s stalc o intrc>mio cidad3campo- a rlação / unilatral no sntido campo3cidadatra(/s do forncimnto d produtos agr1colas plo campo 7s cidads parasitas. )
. A tndência 7 stagnação. A corência intrna a simplicidad dst tipo d socidad- o car!tr praticamnt indstrut1(l da comunidad d aldiacondu8m o modo d produção asi!tico a um alto grau d stailidad. =ma (8 sgotadas as (irtualidads prmitidas plo n1(l t/cnico- a socidad “asi!tica* tnd 7 stagnação. A imutailidad do organismo produti(o d as contrasta com as “tmpstads da !ra pol1tica*% r(oltas palacianas- in(as<s- mudanças d dinastia- nada altra no ssncial o funcionamnto das comunidads aldãs. A alta ta0a dos impostos a ausência 9uas total d rlaç<s comrciais ntr o mundo rural as cidads contrium para consr(ar imut!(is ou pouco (ari!(is as t/cnicas h!itos agr1colas. L( notar3s- por/m- 9u- da lista d caractr1sticas 9u acaamos d 0por- nm smpr stão prsnts todas nas an!liss 9u procuram aplicar a noção d “modo d produção asi!tico*. ;anto m 2ar0 9uanto ho: m dia- tal noção d fato oscila ntr duas modalidads% $. a 9u sulinha mais as oras d irrigação- o Estado dspótico a ausência d propridad pri(adaD '. a 9u concd maior import>ncia 7 0istência d comunidads aut!r9uicas m socidads 9u :! aprsntam difrnciação social struturas statais. Outrossim- a primira finalidad do concito d “modo d produção asi!tico* foi tratar d 0plicar as difrnças na própria /poca d 2ar0 ntr a Europa- por um lado- pa1ss como a ^ndia a China- por outro lado. 2as- ao salintar prfrncialmnt ?no t0to conhcido como Urundriss m particular@ a prsistência das comunidads agr!rias autossusistnts m Estados primiti(os- 2ar0 o tornou aplic!(l a outros tipos d socidads- ntr as 9uais o Egito fara&nico. Em outros trmos- o “modo d produção asi!tico* s con(rt- assim- numa das formas poss1(is ntr di(rsas outras da passagm d uma socidad trial comunit!ria a uma socidad d classs com Estado dsn(ol(ida. En9uanto o primiro nfo9u mncionado acima / ho: imposs1(l d dfndr- o sgundo tm rndido frutos não dspr81(is. or sta ra8ão por outras 9u sria longo discutir não achamos acit!(is as cr1ticas radicais 7 idia d um “modo d produção asi!tico* 9u ncontramos m autors como rrR Andrson- Ernst 2andl ou Q. Kindss . Kirst ?(r- principalmnt% rrR Andrson- “;h ZAsiatic 2od of roduction*- in . Andrson- inags of lh Asolutist Stat- ondrs- Brso$,,- pp. 4M'34,- apêndic Q@. Afinal- pouco importa 9u tal noção tnha antcdnts um tanto sprios na modrna idologia ocidntal ou 9u sua primira ra8ão d sr tnha fracassado- s m outra fas da sua laoração uso tornou3s um instrumnto d an!lis til- ao prço 9uiç! d ncss!rias corrç<s. A9ui só nos intrssa- na (rdad- a(aliar a aplicailidad do modlo 0posto ao caso m studo% o Egito fara&nico. P! (imos m outros lugars dst t0to 9u o primiro m part - na sua totalidad- o ltimo dos tópicos mncionados isto /- as hipótss da “causalidad hidr!ulica* da “stagnação* são inacit!(is. Go ntantoos outros lmntos do modlo parcm constituir uma apro0imação astant acit!(l
$