O PROCESSO INICIÁTICO NO EGITO ANTIGO
FASES DA EXISTÊNCIA O OSIREION DE ABIDOS INICIAÇÕES EM ABIDOS QUALIFICAÇÃO QUALIFICAÇÃO (ou prepr!"o pr No#$e S%r&' ILUMINAÇÃO
O Museu Egípcio Rosacruz, sob a direção da Suprema Grande Loja da AMORC, orgula!se de apresen"ar es"a "radução dos "e#"os ieroglí$icos relacionados com as %niciaç&es "radicionais' Es"a apresen"ação $oi possí(el graças ) e#celen"e pes*uisa e ao ardoroso "rabalo do +r' Ma# Guilmo", egip"logo da -onda"ion Eg.p"ologi*ue Reine Elizabe", de /ru#elas e Consul"or do Museu Egípcio Rosacruz, de San 0os1, Cali$rnia, desde 2345'
Biblioteca da Ordem Rosacruz - AMORC
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O PROCESSO INICIÁTICO NO EGITO ANTIGO
FASES DA EXISTÊNCIA O OSIREION DE ABIDOS INICIAÇÕES EM ABIDOS QUALIFICAÇÃO QUALIFICAÇÃO (ou prepr!"o pr No#$e S%r&' ILUMINAÇÃO
O Museu Egípcio Rosacruz, sob a direção da Suprema Grande Loja da AMORC, orgula!se de apresen"ar es"a "radução dos "e#"os ieroglí$icos relacionados com as %niciaç&es "radicionais' Es"a apresen"ação $oi possí(el graças ) e#celen"e pes*uisa e ao ardoroso "rabalo do +r' Ma# Guilmo", egip"logo da -onda"ion Eg.p"ologi*ue Reine Elizabe", de /ru#elas e Consul"or do Museu Egípcio Rosacruz, de San 0os1, Cali$rnia, desde 2345'
Biblioteca da Ordem Rosacruz - AMORC
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O PROCESSO INICIÁTICO NO EGITO ANTIGO Max Guilmot
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O PROCESSO INICIÁTICO NO EITO ANTIO
por
MA! "I#MOT$ P%& '&$ (& R& C& Max Guilmot é um egiptólogo belga da equipe da Fondation Égyptologique Reine Elizabeth, de Bruxelas É também Membro !orrespondente da "Re#ue de l$%istoire d&s Religions", de 'aris, e "(o)iétaire de *a (o)iété d&s Gens de +ettres de Fran)e" em sido !onsultor do Museu Eg-p)io Rosa)ruz, de (an .osé, !ali/órnia, desde 0123 COOR'ENA)*O E S"PER+IS*O !harles 4ega 'aru)5er Grande Mestre
BIB#IOTECA ROSACR",
T.T"#O ORIINA#/ T0E INITIATOR1 PROCESS IN ANCIENT E1PT
Publicado em 456 7elo Museu E897cio Rosacruz$ da Su7rema ra:de #o;a da AMORC<
= E'I)*O EM #.N"A PORT""ESA Maio 465
Todos os 'ireitos Reser>ados 7ela OR'EM ROSACR", - AMORC RAN'E #O?A 'O BRASI#
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+E+%CA67R%A
A To&o o Que Tr)e* Cu+$ur P& , Lu) &o Pree-$e
SUMÁRIO ...................................................................................................................................................5 PREFACIO................................................................................................................................8 O PROCESSO INICIÁTICO NO EGITO ANTIGO..............................................................11
'R*ME*R6 '6RE F6(E( 76 E8*(9:!*600 Os Mistrios&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&2 Abidos&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&2 SEGUNDA PARTE................................................................................................................. 15 ; ;(*RE*;: 7E 6B*7;(0< O Osireio:$ "ma R7lica do Sa:tu@rio de Os9ris em Abidos&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& TERCEIRA PARTE................................................................................................................19 *:*!*6=>; EM 6B*7;(01 A ra:de ?or:ada F A:Gbis$ O uia&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&4 Tre>as e Portas&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&2 QUARTA PARTE.................................................................................................................... 26 ?@6+*F*!6=>; Aou 'reparaCo para a :oite (agradaD2 Re8e:eraHo&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&3 QUINTA PARTE.....................................................................................................................34 *+@M*:6=>;3
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PREFACIO 8ue 1 e#a"amen"e %niciação9 +e(e!se $azer dis"inção en"re seu procedimen"o, is"o 1, sua operação $uncional, e sua $inalidade' A $inalidade 1 um es"ado ou condição de preparação' Es"a preparação consis"e numa s1rie de "es"es ou pro(as, aplicados ao candida"o para de"erminar se ele 1 digno de ele(ação a uma posição religiosa ou social superior' Cons"i"ui "amb1m uma esp1cie de ins"rução, o ensinamen"o, usualmen"e em $orma simblica, de um conecimen"o especializado' O aspec"o $uncional da %niciação 1 a sua es"ru"ura ri"ualís"ica' A impor":ncia de o candida"o ser "es"ado 1 incu"ida no mesmo duma $orma dram;"ica' Em ou"ras pala(ras, o obje"i(o, a*uilo *ue se espera do candida"o, 1 encenado' Es"a esp1cie de iniciação e#erce sobre o indi(íduo um impac"o emocional *ue um discurso dial1"ico ou re"rico, por si s, não "eria' Os inciden"es dram;"icos da %niciação des"inam!se a a$e"ar "oda a escala do Eu emocional do indi(íduo'
nias e$e"uadas an"igamen"e no Egi"o, em Roma, na Gr1cia, e por cer"as sei"as da %dade M1dia' A admissão )s an"igas escolas de mis"1rio sempre se $azia sob $orma de %niciação' ? gnose, ao conecimen"o especial *ue de(ia ser "ransmi"ido ao candida"o, era a"ribuída na"ureza sagrada' Acredi"a(a!se *ue esse conecimen"o "ina origem di(ina e era re(elado a"ra(1s de or;culos e sacerdo"es' Assim, a %niciação, em seu an"igo car;"er, era um sincronismo de religião, me"a$ísica, e a*uilo *ue podemos camar de $iloso$ia moral' O "ema da %niciação gira(a em "orno de mis"1rios comuns aos omens da 1poca@ mis"1rios esses, por1m, *ue ainda desa$iam a razão a in"elig=ncia e a imaginação do omem moderno' Eram eles a origem do uni(erso e do omem@ a na"ureza do nascimen"o e da mor"e@ as mani$es"aç&es de $en>menos na"urais, e a Bida aps a mor"e' O conecimen"o "ransmi"ido ao candida"o, (erbalmen"e e por
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simbolismo, bem como pela encenação de pap1is ri"ualís"icos, des"ina(a!se a esclarec=!lo *uan"o a esses mis"1rios' Como esse conecimen"o era sacrossan"o, não de(ia ser pro$anado por re(elação a um indi(íduo não iniciado, despreparado e des*uali$icado' Conse*en"emen"e, solenes juramen"os eram e#igidos dos candida"os, no sen"ido de nunca di(ulgarem o *ue conecessem duran"e a %niciação' Mui"o se $ala do $a"o de *ue essas %niciaç&es eram realizadas ; milares de anos, no Egi"o' Mas, de(ido a seus sagrados juramen"os, bem pouco cegou aos nossos dias, como ma"1ria au"=n"ica, re(elando os (erdadeiros ri"os de "ais %niciaç&es' O Museu Egípcio Rosacruz, sob a direção da Suprema Grande Loja da AMORC, Ordem -ra"ernal e Cul"ural de :mbi"o mundial, orgula!se de apresen"ar es"a "radução dos "e#"os ieroglí$icos relacionados com essas %niciaç&es "radicionais' Es"a apresen"ação $oi possí(el graças ) e#celen"e pes*uisa e ao ardoroso "rabalo do conecido egip"logo, +r' Ma# Guilmo", a *uem es"endemos nossos pro$undos agradecimen"os' RAL
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Em (erdade, sou a*uele *ue (i(e na Luz@ FSim, sou uma Alma *ue Hasceu do corpo do deusI FSim, sou um $alcão *ue (i(e na Luz, Cujo poder reside em sua Fprpria Luz e em seu Fprprio esplendorJ FK Osíris Senor das Mani$es"aç&es, Grande e Majes"oso, Eis!me a*uiI
'e Tetos Tumulares&<
O PROCESSO INICIÁTICO NO EGITO ANTIGO
Hão 1 su$icien"e *ue nos dei#emos arras"ar pelo $lu#o da e#is"=ncia' A corren"e da (ida es"; mui"as (ezes reple"a de perigos *ue de(emos superar' O $racasso implica nossa condenação a sermos meras carica"uras de omens' A jornada umana começa "ão logo a criança recebe um nome, ao nascer' A a"ribuição do nome marca o ad(en"o de uma no(a e#is"=ncia'
inconscien"e de suas me"amor$oses' Amaciando o camino de sua (ida, remo(endo "odos os obs";culos do seu i"iner;rio, ele nega uma (erdade@ men"e a si prprio'
O M#$.r#o Es"e 1 o propsi"o das dou"rinas e pr;"icas secre"as denominadas PMistériosP, *ue são comuns ao Orien"e M1dio, ) Gr1cia, e ) Roma An"iga' O ri"ual $oi in"roduzido para modi$icar a *ualidade da alma do pos"ulan"e, para ele(ar sua consci=ncia a um ní(el super!umano, e para "rans$orm;!lo num ser e"erno' Assim, os ri"uais de Ad>nis ou 6ammuz, no Orien"e
A/#&o
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Mp 01 E%#$o
SEGUNDA PARTE O OSIREION DE ABIDOS Es"a es"ru"ura 1 sem d(ida a mais mis"eriosa do Bale do Hilo' Sua cons"rução "e(e início duran"e o reinado de Se"i l F 19ª Dinastia, 1300 a.C ' e, originalmen"e, era "o"almen"e sub"err:nea' Compreende um longo e escuro corredor, *ue le(a a uma c:mara ceia de ;gua' Ho cen"ro des"e P tanqueP, ele(a!se uma pla"a$orma re"angular, uma esp1cie de ila cercada de grossos pilares de grani"o cor!de!rosa, acessí(el por duas escadarias' 8ual pode "er sido a $inalidade desse e#"raordin;rio comple#o ar*ui"e">nico9 6er; ele sido um ceno";$io de Se"i l, cujo nome es"; inscri"o no corredor de en"rada e na c:mara cen"ral9 %s"o 1 possí(el, j; *ue as paredes do corredor es"ão cober"as de inscriç&es $uner;rias, como as *ue são encon"radas nas "umbas do Bale dos Reis@ al1m disso, uma espaçosa c:mara (azia, *ue lembra c:maras semelan"es nas pir:mides de SaYYara, e *ue es"; si"uada no lado les"e do Osireion, in(oca imagens de um enorme sarc$ago' 6r=s ou *ua"ro s1culos aps sua cons"rução, essa es"ru"ura $oi encarada como um local dedicado ) adoração de Osíris' Mui"os são os indícios ar*ueolgicos *ue parecem apoiar es"a ip"ese'
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O O#re#o-2 U* R.p+#3 &o S-$u4r#o &e O5r# e* A/#&o Hão de(emos con$undir es"e san"u;rio com o san"u;rio principal do nor"e de Abidos, cujas ruínas es"ão ainda espaladas no local conecido como Zom el Sul"an' Raros são os documen"os *ue mencionam es"e lugar nobre' Mas as poucas descriç&es *ue eles apresen"am logo re(elarão um $a"o surpreenden"e' Ho Museu de Ar*ueologia de Marsela, ; um sarc$ago, no *ual es"; represen"ado um mon"ículo redondo, encimado por *ua"ro ;r(ores guardadas por dois deuses com cabeça de carneiro' Sem a menor d(ida, Osíris repousa sob esse mon"ículo' Seu nome es"; ali inscri"o, e o começo da inscrição, na par"e superior do *uadro, diz claramen"e "Este é o outeiro que oculta em seu seio o Cor!o deteriorado# E o $u%ar &a%rado De 's(ris, que )a*ita no 'este." O mon"ículo e as *ua"ro ;r(ores, por"an"o, re$erem!se ao $amoso sepulcro de Osíris' Mas logo (=m ) men"e a pla"a$orma do Osireion N simbolizando "amb1m o ou"eiro primordial e ele(ando acima das ;guas o sarc$ago do deus N e as ;r(ores da e"erna regeneração *ue rodea(am a c:mara cen"ral' Seria o Osireion de Se"i l uma imi"ação da grande ruína do "emplo de Abidos9 Se um dia con$irmado, es"a $a"o "eria decisi(a impor":ncia, por*ue "oda a progressão inici;"ica le(ada a e$ei"o no $amoso san"u;rio perdido poderia, nes"e caso, ser "amb1m concebida no comple#o ar*ui"e">nico do Osireion, ainda de p1' Assim, es"e l"imo es"aria preser(ando in"ac"a N $a"o singular *uan"o ao Egi"o An"igo e mesmo ) is"ria de an"igas ci(ilizaç&es N a reprodução e#a"a do ambien"e onde se desenrola(am as mais secre"as pr;"icas da era $ara>nica'
n[ 2T, ou o papiro GREEH-%EL+, es"ampa n\ 2TX, no Museu /ri":nico preser(aram suas principais carac"erís"icas Sob um ou"eiro rodeado de ;r(ores, a(ia um "an*ue ceio de ;gua, onde pilares sus"en"a(am o "e"o do san"u;rio@ e, do cen"ro desse "an*ue, emergia uma pla"a$orma com duas escadarias, na *ual es"a(a si"uada a mmia de Osíris'
F#%ur 01 C6*r Ce-$r+2 O#re#o- &e A/#&o
F#%ur 71 Sr389%o -:*ero ;<2 Per5o&o S#$e= I-.$o= Mueu r>ueo+8%#3o &e Mre+?
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F#%ur @1 De$+?e &o r389%o -:*ero ;<2 Mre+?= I-.$o=
'
Es"a descrição, embora mui"o bre(e, imedia"amen"e induz uma comparação
com o Osireion cons"ruído por Se"i l N *ue parece ser uma r1plica e#a"a do "emplo perdido' Ainda e#is"em o "an*ue, os pilares, a pla"a$orma com sua dupla escadaria, as duas ca(idades dispos"as de modo a acomodarem o sarc$ago e o san"u;rio con"endo as (ísceras@ $inalmen"e, os poços com (erdejan"es ;r(ores, usadas para emoldurar "odo o san"u;rio en"errado na areia' 6odos es"es dados ar*ueolgicos apon"am para o $a"o de *ue Se"i l pre"endeu reproduzir o comple#o ar*ui"e">nico do grande "emplo de Osíris, em Abidos' 5' +aí a conclusão de *ue, como o Osireion parece ser uma cpia do "emplo des"ruído, "odos os de"ales rela"i(os a es"e "emplo podem ser "rans$eridos, sem risco de grande erro, para o comple#o ar*ui"e">nico do Osireion de Se"i l, ainda in"ac"o'
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TERCEIRA PARTE INICIAÇÃO EM ABIDOS
A Gr-&e or-& A-:/#2 O Gu# Anbis acole o candida"o, no umbral do campo sagrado' ele um P deus medon)oP, con"a o escri"or la"ino Apuleius, aps a iniciação por *ue passou no segundo s1culo da nossa era@ P um deus que atua como mensa%eiro entre o mundo su!erior e o infernal mundo inferior, com o rosto metade !reto e metade ouro, a ca*eça *em er%uida, e or%ul)osamente esticando seu forte !escoço P' Ele "ranscende "odo o Mis"1rio' Um símbolo ieroglí$ico mos"ra!o dei"ado sobre uma grande arca' Es"a arca encerra as (ísceras de Osíris' O "e#"o a menciona como Po atade misteriosoP, pois, por "r;s de suas paredes, no al(orecer da is"ria, 4
deu!se um e(en"o prodigioso o renascimen"o de Osíris N e, subse*en"emen"e, de "odos os mor"os N em $unção do poder dos ri"os *ue Anbis criara' Se, da "umba de 6u"anc:mon, emergiu um impressionan"e cacal negro N dei"ado sobre uma arca encerrando as (ísceras do rei N is"o seguramen"e obje"i(a(a imor"alizar a (igília do deus *ue descobriu o renascimen"o e a$as"ar a*ueles *ue não "enam conecimen"o des"e segredo "&ecreta, secreta arca# oculta, oculta arca, ue nin%uém con)ece, que nin%uém con)ece -unca, nunca"
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F#%ur 1 M43r &e A-:/# u& pr r#$u#
Tre e Por$
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pode!se ler nos 6e#"os do A"ade, *ue daí em dian"e man"=m um animado di;logo, do *ual apresen"amos o seguin"e e#cer"o Guardião "uem é aquele que entra -o santurio De 's(ris em D6edu. . uem se a!ro:ima desta +lma. . De onde 2em ele, esse ue ascende até esta +lma ue um ele2ado monte oculta ; ara os não;iniciados.P ? por"a do "emplo, o candida"o 1 abordado e sua in"enção re(elada Ele deseja Pascender P ao San"u;rio dos san"u;rios, cen"ro de espiri"ualidade onde resplandece a Alma de Osíris@ deseja apro#imar!se do sagrado ou"eiro sob o *ual repousa o +eus Sal(ador' E (em a respos"a do camineiro, em "om peremp"rio
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"ue as !ortas me se6am a*ertas -ão re!eti aquilo que não !ode ser con)ecido. &ou al%uém que sa*e manter um se%redo." En"ão as por"as são aber"as' O i"iner;rio inici;"ico, por1m, 1 adap"ado ) plan"a de cada san"u;rio' ara mim, os !ortais dos Céus 7 a !orta do santurio +*riram;se de !ar em !ar# >ara mim, os !ortais da 4erra +*riram;se de !ar em !ar# >ara mim, os ferrol)os do deus 5e*
Hão podemos dei#ar de lembrar o Osireion de Abidos' Em Abidos, uma passagem sub"err:nea de apro#imadamen"e 2TT me"ros $oi concebida por um po(o me"iculoso em sua ar*ui"e"ura, a $im de *ue a alma se acos"umasse a es*uecer as ilus&es do mundo' Es*uecer as "en"aç&es pessoais, descer ao :mago des"a 6erra, era o mesmo *ue recuperar as energias *ue a (ida consumira' Hão 1 a 6erra a acoledora ma"riz onde a ;r(ore se enraíza para preparar seu $ru"o9 Hão 1 ela a Mãe mis"eriosa *ue em seu corpo abriga rocas e plan"as, $eras e omens9 +ela "odos os seres (i(os aurem a (ida, e "udo a ela re"orna, por ocasião da mor"e' Has en"ranas ma"ernas, "odo ser jaz adormecido, aguardando renascimen"o' Ao morrer, "amb1m o omem (ol"a a essa ma"riz, ) semelança do embrião,e ali prepara seu renascimen"o' 6oda a umanidade j; sen"iu N e ainda sen"e N o poder criador, o ine#primí(el mis"1rio da 6erra, sua Mãe'
longa noi"e psí*uica do processo inici;"ico 1 um re"orno )s $on"es' ali *ue o omem ; de se banar e emergir Pdes!ertoP, iluminadoI Assim proclama o Li(ro dos Mor"os es"e milagre P6ua $ace es"; aber"a Ha morada das 6re(asIP Hão obs"an"e, an"es de abrir os olos para a Grande Luz, de(e o buscador percorrer uma região escura, onde nada se re$ere ) e#is"=ncia "errena' An"es *ue possa ad*uirir conecimen"o superior, o omem N mor"o ou (i(o, duran"e a iniciação ou aps a mor"e N de(e primeiro es*uecer a 6erra e suas ilus&es' Mas en"ão ele pede a*uilo por *ue sen"ia desejo *uando es"a(a (i(o 8uer comer e beber@ amar e respirar' 6oloI Ho ou"ro Mundo N ou duran"e o processo inici;"ico, *ue re$le"e sua ess=ncia N ele não "er; sua co"a de cer(eja nem de seu desejo de amar' Mas le ser; dado um incompar;(el "esouro or que então 2ia6ei !ara o deserto ' fato é que não ) %ua, nem *risa. Esta terra é !rofunda, !rofunda. Escura, escura, &em limites nem fronteiras ' Deus@ ' ?omem@ ' Deus@
+( 2i2ers, com teu coração em !aB. Mas aqui não se !ode &atisfaBer o amor
's !oderes da Mente Em lu%ar de %ua e *risa, E !raBer e amor# E !aB mental. Em lu%ar de !ão e cer2e6a. . . ' ?omem@ ' Deus@
E quanto durar min)a 2ida i2ers mil)es e mil)es de anos# 2
4ua 2ida durar mil)es de anos 6ão grande bem!a(en"urança, aps a soli";ria jornadaI Conseguir comple"ar essa passagem, especialmen"e para o iniciado, era o principal@ pois, no $im da es"rada N no Ou"ro Mundo ou no "emplo inicia"rio N +eus aguarda sua cria"ura Ests nos !ortais ue fora mantm as multides# ' %uardião do um*ral &ai e camin)a !ara ti. E !e%a tua mão# $e2a;te ele !ara o Céu unto a 5e*, teu >ai Este Deus e:ulta uando te a!ro:imas# &ua mão te d ele# E te *ei6a, 4omando;te em seus *raços. F frente das +lmas Gm lu%ar te d ele. Hes"e e#cer"o dos 6e#"os da
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QUARTA PARTE QUALIFICAÇÃO (ou Prepr!"o pr No#$e S%r&'
Em *ue consis"iam os de"ales dessa e#"raordin;ria e sagrada cerim>nia9 An"es de en"rar na C:mara do 0ulgamen"o, o candida"o 1 subme"ido a uma P !re!araçãoP' Apuleius, iniciado do segundo s1culo A'+',e#plica li(remen"e suas id1ias a es"e respei"o'
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F#%ur 1 U* 3er&o$e2 +e-&o e3r#$ur pr u* 3-&$o $u*/ &e o*He+HC?ou9% (A+e-&r#'=
Um sacerdo"e, com Pins!irada atitude... e e:!ressão 2erdadeiramente su!er;)umanaP, primeiro l= para o candida"o escri"uras sagradas *ue re"ira de um local secre"o no e#"remo do san"u;rio' O sacerdo"e Pinstrui o candidato na !re!aração necessria H sua iniciaçãoP' E#igia!se do $u"uro iniciado *ue man"i(esse em segredo a*uilo *ue es"a(a pres"es a aprender' 8ue acei"asse de en"ão em dian"e (i(er em con$ormidade com Maa" Ferdade;ustiça' 8ue se comprome"esse imedia"amen"e, sem esi"ação, com a (ida e"erna' P$em*raP, diz ]sis, Pe !ara sem!re mantém %ra2ado fundo em teu coração, o fato de que toda a tua 2ida, até o fim da tua e:istncia, até o teu ltimo sus!iro, a mim est !en)orada.P
>esado, sem defeitos e sal2o." Aps o implac;(el açoi"e da 0us"iça, sacerdo"es o$ician"es es"ão aguardando' Es"es sacerdo"es, nes"e caso mascarados, "ornaram!se os deuses do 0ulgamen"o' Aí es"ão 6o", a íbis@ Anbis, o cacal@ Drus, o $alcão' A luz dos arco"es desena um aspec"o $eroz em seus semblan"es, como imagens $ugazes de um sono $an";s"ico@ suas silue"as se mo(em nas paredes, animadas pelo bru#ulear do $ogo' O candida"o permanece im(el no umbral' P-o meio da noiteP, diz Apuleius mis"eriosamen"e, P2i o &ol *ril)ar com cintilante radiação. +!ro:imei;me dos deuses. . . e os 2i face a face P Esses deuses são e#igen"es' Cada um deles (ai agora $azer pergun"as' O Capí"ulo 2V do $i2ro dos Mortos parece "er gra(ado uma dram;"ica memria desse e#ame'
+epois, dirigindo!se ao prprio candida"o "uem és tu Como te c)amas >ara onde foste E l, que 2iste" O candida"o d; seu nome' A$irma onde $oi e o *ue (iu' En"ão, dizem os deuses em coro "em, e cruBa este um*ral da CImara de Maat" O candida"o a(ança' Mas seus olos $icam $ascinados por uma $orma sublime e branca' 8ue são a*ueles ros"os, cober"os com m;scaras de íbis, cacal e $alcão, comparados com o radian"e ros"o umano do mensageiro da esperança9 A"r;s da 26
balança, aí es"; ele, Osíris N en(ol"o em sua aper"ada e imaculada mor"ala, segurando o ce"ro e o cico"e' O candida"o se cur(a' Sada o Sal(ador "'s(ris +qui 2im !ara 2er a tua !erfeição. +m*as as min)as mãos que ele er%ue 5lorificando teu 2erdadeiro nome" 6o", a oniscien"e íbis, con(ida en"ão o candida"o a a(ançar "+!ro:ima;te. . . + quem de2o te anunciar" O candida"o, com (oz $or"e "+nuncia min)a 2inda +o deus cu6a morada 4em um teto de c)amas. >aredes de ser!entes 2i2as, E !iso como um rio" Es"e deus 1 OsírisI E ele bai#a a cabeça, num sinal de a*uiesc=ncia' Conduzido por Drus, o $alcão, o candida"o a(ança, por en"re os lampejos cambian"es da C:mara de Maa"' An"e o "rono de Luz, proclama sua per$ei"a inoc=ncia "&audaçes a ti, %rande deus, ue és mestre de Maat... Eu te con)eço, &im, eu sei o teu nome, E sei os nomes Dos quarenta e dois deuses ue a( estão, conti%o... -ão fiB nen)um mal + seres )umanos... -ão !ratiquei o mal... &ou !uro, sou !uro. 24
&ou !uro, sou !uro" a!iro 43J, $eiden Es"e 1 o momen"o decisi(o, em *ue o omem se $unde com Maa"' 6orna! se, en"ão, a encarnação de Maa"' Se o Egi"o $oi grande N e ainda 1 N is"o se de(e a *ue guiou os primeiros passos do Domem para a Luz Maior' 6odos podem, median"e sua condu"a, iden"i$icar!se com Maa", a armonia do uni(erso' 6odo mundo pode se "ornar par"e in"egran"e de Maa" e alcançar glori$icação em sua e"ernidade' PEu !enetrei em Maat + ?armonia do Gni2erso, &im, em mim tra%o Maat, &ou mestre de Maat" 4e:tos do +tade, K, 330
Re%e-er!"o 6endo o candida"o se demons"rado digno, um bano la(a(a de "oda a memria sua condição de omem' Uma espiri"ualização por meio de ri"uais seguia! se ) promoção espiri"ual' En"rando nas sacrossan"as ;guas do mar original, e delas 3
emergindo, assim como um no(o Sol no primeiro dia da Criação, o ser umano renascia sem passado, sem pecado, e com a e"ernidade de uma es"rela PEis que estamos !rontos !ara 2i2er no2amenteP l=!se num ino ao Sol, "Entramos -o mar !rimordial. Lestaura ele o 2i%or quele que sua 6u2entude recomeça. ue o 2el)o )omem tire suas 2estes. Então que um outro as !on)a" Ho Egi"o, são numerosos os lagos ar"i$iciais jun"o aos "emplos' Hesses lagos 1 *ue os ri"os de puri$icação eram con$eridos aos sacerdo"es e, pro(a(elmen"e, neles eram "amb1m realizadas iniciaç&es' A necrpole de Abidos ainda con"1m um desses lagos ar"i$iciais, ocul"o na es"rana es"ru"ura do Osireion' Mas a*ui ; um aspec"o impor"an"e para cegar ) "umba de Osíris, sobre a pla"a$orma na ;gua, o candida"o primeiro "ina de en"rar na ;gua sagrada, para se la(ar de seus pecados' Henuma ou"ra es"ru"ura ainda e#is"en"e no Egi"o parece mais apropriada para iniciaç&es'
F#%ur ;1 L%o S%r&o2 r-J
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Agora, imaginemos o esplendor de sua C:mara, *uando ela ainda "ina "e"o, con$orme a"es"am as pesadas ar*ui"ra(es' A ;gua do lago cin"ila sob o $ugaz "remeluzir dosarco"es' Sacerdo"es o$ician"es, mascarados, p&em!se ) (ol"a do candida"o, *ue abandona suas (es"es N as (es"es impuras *ue cobriam o omem an"erior' Len"amen"e en"ra no mar original' A ;gua sagrada o en(ol(e' Como amorosa mãe, ela o acole' E, *ual Sol a se p>r, o candida"o se apro$unda no abismo' +epois, dele emerge como um Sol, ressusci"ado' 6endo!se "ornado Osíris N por *uali$icação N e se assemelado a Ra Fo Sol N pela regeneração N o candida"o sobe os doze degraus do Osireion *ue le(am ) imponen"e pla"a$orma' En"re os pesados pilares *ue pro"egem o deus mor"o, ele recebe no(as (es"es man"os de lino branco'
F#%ur <1 Mor$o2 3o* 3oro - *"o e>uer& e 3o-&u)#&o por A-:/#= Loure2 Pr#
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F#%ur K1 O5r# e-&o reu3#$&o o/ Árore S%r&= De-&er=
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QUINTA PARTE ILUMINAÇÃO O candida"o aguarda a mani$es"ação do Sacrossan"o Ser' Subme"e!se e espera' Es"e período de espera 1 mui"o impor"an"e, pois, *uan"o mais longo $or, e mais umilde se $aça o candida"o, mais impressionan"e ser; a re(elação do Sacrossan"o Ser, *ue aparecer; no momen"o opor"uno' Ho processo inici;"ico, a epi$ania 1 uma apo"eose, como um es"ado di(ino' por seu in"erm1dio *ue se abrem as pesadas por"as do subconscien"e P' res!lendor da $uB >ro6etou;se em meus !assos" Es"e 1 o gri"o de liberação *ue os 6e#"os do A"ade ocul"am' Ha escura pla"a$orma, o dourado ca"a$alco de Osíris, o Sal(ador, cin"ila com $ul(os re$le#os *ue se $azem (i(os ) luz dos arco"es' /as"a lembrarmos o gri"o de espan"o *ue $oi emi"ido *uando o ca"a$alco de 6u"anc:mon $oi descober"oI As por"as do Sepulcro logo se abrirão@ en"ão aparecer; o di(ino sarc$ago, com suas sagradas relí*uias' Bes"ido de lino branco, o candida"o con"inua aguardando' 6udo o *ue ele aprendeu sobre Osíris N seu so$rimen"o, sua mor"e, e a ressurreição *ue prome"eu aos omens N "udo o *ue sua men"e $er(orosamen"e concebeu, sbi"o le ser; "razido ) Luz' Um co*ue ; de resul"ar desse con$ron"o, um golpe, para a alma, *ue ; de selar o pac"o en"re o omem e seu deus' Um no(o iniciado iluminar; o mundo' Espessos arbus"os cercam a "umba de Osíris' Ali es"ão, como (içosas "es"emunas da ressurreição do deus' Elas abraçam seu corpo e le dão $orças PA plan"a (i(a se $az (içosaIP proclama uma inscrição "uando ela se faB 2içosa, a 4erra tam*ém se enc)e de 2ida 3
ede, 's(ris recu!era sua 6u2entude" Hes"e sublime local de adoração, nes"a ila de Maa" F 'rdem e erdade C=smicas, o deus a$irma sua ju(en"ude@ ressusci"a' E a $olagem "es"emuna sua ressurreição' Em "orno do candida"o, os sacerdo"es o$ician"es se mo(em preparando a aber"ura do San"o Sepulcro' Seus nomes desencadeiam m;gico encan"amen"o@ alguns são conecidos, como Guardião dos a!iro 43J, de $eiden' O ri"ual da aparição de Osíris, o Sal(ador, era sem d(ida bas"an"e longo' Ser; *ue ele incluía di;logos semelan"es aos *ue ocorriam an"e a /alança de Maa"9 Algumas in(ocaç&es, esparsas pelos "e#"os, le(am!nos a crer *ue sim "'s(ris &al2e 4u que ests deitado em teu secreto a*ri%o. 4u, cu6o coração !arou" 4e:tos do +tade, KK, 1119 Es"es apelosNe mui"os ou"rosNlembram "recos de Pscrip"sP perdidos' En"ão, a solene (oz do deus ressoa no 6emplo "ue o candidato se adiante... ue ele 2e6a as min)as feridas" 4e:tos do +tade, l, 1NJ Ber as $eridas do Sal(ador, as $eridas de Osíris, pelo *ual 1 o omem sal(oI
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F#%ur 1 E$e# &o 3er&o$e Ou-HNe9er#= Mueu Br#$6-#3o2 -:*ero KK= N"o pu/+#3&= O 3er&o$e2 $e-&o +3-!&o o $opo & e3&r#2 /re o -o >ue e-3err o -$u4r#o &e O#r#=
Os pesados $errolos do ca"a$alco deslizam de suas alças' As por"as de ouro se en"reabrem por en"re a (erde $olagem ">ara ti, as !ortas do ?oriBonte do Mundo indouro se a*rem" >a!iro 43J, $eiden Con"empla o deusI Ola, no $undo do sagrado a"ade, Osíris renascendo pelo poder do ri"ualI Sua cabeça es"; coroada, seu corpo es"; "ran*ilo, e sua mor"ala imaculada' Sua $isionomia 1 majes"osa' Murmura o pos"ulan"e "5rande deus. 3
&ou o teu fil)o. Contem!lando o teu Mistério." $i2ro dos Mortos, O$K PContem!lar o MistérioP 1 nele par"icipar, e 1 ressusci"ar "amb1m, como Osíris' "ornar!se um Osíris' um momen"o crucial, o ins"an":neo z=ni"e de uma (ida umanaI Hasce um iniciado' A san"idade nele se in$unde' ? San"idade es"; o omem ligado' Ps a cImara funerria, ' deus em sua !r(stina forma, &im, 's(ris em sua mortal)a, -o local de sua !reser2ação. s o %lorifiçado Cor!o, Deitado em seu leito fne*re, &im, a no*re Mmia Em seu leito e:!osta"
Um sacerdo"e o$ician"e, sem d(ida, acaba de can"ar, com (oz mon"ona, es"as sagradas pala(ras' Median"e sublime (isão, o omem e +eus es"ão daí em dian"e uni$icados' Realiza!se, en"ão, a mu"ação do omem N real e ine#primí(el' a união mís"ica, *ue, depois do Egi"o an"igo "an"os s1culos "en"arão descre(er, sem jamais conseguirem e#pressar na linguagem (erbal o incompar;(el esplendor do al(orecer de uma alma' O iniciado, seguindo as pegadas de Osíris, es"; ligado a seu deus'
do cor!o do deus &ou um dos deuses e uma das almas ue 2i2em na $uB. . . &im, sou um falcão que 2i2e na $uB, Cu6o !oder reside em sua !r=!ria luB E em seu !r=!rio es!lendor +os confins do Céu 2ia6o e deles 2olto, E nin%uém !ode a mim se o!or... A 's(ris &en)or das Manifestaçes, 5rande e ma6estoso, Eis;me aqui E o 'utro Mundo !ara mim se a*riu# 's camin)os do Céu, os camin)os da 4erra, >ara mim foram a*ertos, E nin%uém !ode a mim se o!orP
-igura 2T R1plica do Sepulcro de Osíris' ]sis Fa a(e es"; sendo $ecundada por Osíris' Cairo'
O Grande -alcão se alça em (>o' Sua escura silue"a nobremen"e se delineia con"ra o disco solar' Hão de(e o iniciado persis"ir num mundo ilusrio' +as $ormas desse mundo se desarraiga ele' o do grande -alcão' O ser umano abandonou seu (elo man"o, cruzando o Umbral da %luminação' Um dia, "oda a umanidade, 36