LOBÃO CURSOS Gerenciamento da Construção Civil
Curso de Mestre de Obras Módulo VI Contatos:
Fone: (98) 8819-1118 / 8211-6676
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICAIS .................................................................................... 4 NOÇÕES DE PROJETO-BÁSICO PROJETO-BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO EXECUTIVO .................. ........ ................... .............. ..... 6 MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................... 7
NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................. ......... ................... .................. .......... 7 ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO ............................................................................. 9 APROXIMAÇ APROXIMAÇÃO ÃO ................................... .................................................... .................................. .................................. ................................ ............... 9 ESPECIFICID ESPECIFICIDADE ADE ................................. .................................................. .................................. .................................. .............................. ............. 11 TEMPORAL TEMPORALIDADE IDADE .................................. .................................................. .................................. ................................... ........................... .......... 11
ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO .......................................................................... 12 ESTUDOS DAS CONDICIONANTES (CONDIÇÕES DE CONTORNO) ............. 12 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS: ................................................................................ 12 FECHAMENTO DO ORÇAMENTO: ..................................................................... 13
FASES DO ORÇAMENTO ...................................................................................... 15 CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB) ...................................................................... 15 ESTIMATIVA DE CUSTOS .................................................................................... 16 CUSTO CUSTO DIRETO DIRETO ............................... ................................................. ................................... .................................. ................................... .................... 17 BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS – BDI......................................... ................................................... .......... 19 CUSTO INDIRETO INDIRETO ................................... ................................................... .................................. ................................... ........................... .......... 19 LUCRO LUCRO .................................. ................................................... .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 20
LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS .......................................................... 21 DIMENÇÕES DIMENÇÕES ................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 21 DEMOLIÇÃO DEMOLIÇÃO................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 22 FÔRMA ................................. .................................................. .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 22 ARMAÇÃO ARMAÇÃO ................................ ................................................. ................................... .................................. .................................. ......................... ....... 24 ALVENARIA ALVENARIA ................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 25
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SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICAIS .................................................................................... 4 NOÇÕES DE PROJETO-BÁSICO PROJETO-BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO EXECUTIVO .................. ........ ................... .............. ..... 6 MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................... 7
NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................. ......... ................... .................. .......... 7 ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO ............................................................................. 9 APROXIMAÇ APROXIMAÇÃO ÃO ................................... .................................................... .................................. .................................. ................................ ............... 9 ESPECIFICID ESPECIFICIDADE ADE ................................. .................................................. .................................. .................................. .............................. ............. 11 TEMPORAL TEMPORALIDADE IDADE .................................. .................................................. .................................. ................................... ........................... .......... 11
ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO .......................................................................... 12 ESTUDOS DAS CONDICIONANTES (CONDIÇÕES DE CONTORNO) ............. 12 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS: ................................................................................ 12 FECHAMENTO DO ORÇAMENTO: ..................................................................... 13
FASES DO ORÇAMENTO ...................................................................................... 15 CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB) ...................................................................... 15 ESTIMATIVA DE CUSTOS .................................................................................... 16 CUSTO CUSTO DIRETO DIRETO ............................... ................................................. ................................... .................................. ................................... .................... 17 BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS – BDI......................................... ................................................... .......... 19 CUSTO INDIRETO INDIRETO ................................... ................................................... .................................. ................................... ........................... .......... 19 LUCRO LUCRO .................................. ................................................... .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 20
LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS .......................................................... 21 DIMENÇÕES DIMENÇÕES ................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 21 DEMOLIÇÃO DEMOLIÇÃO................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 22 FÔRMA ................................. .................................................. .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 22 ARMAÇÃO ARMAÇÃO ................................ ................................................. ................................... .................................. .................................. ......................... ....... 24 ALVENARIA ALVENARIA ................................ ................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 25
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QUANTIDADE DE BLOCOS E ARGAMASSA ARGAMASSA DE LEVANTE .................. ........ ................... ......... 26 CERÂMICA EXTERNA......................................................................................... 28 RODAPÉ RODAPÉ CERAMICO CERAMICO ................................. ................................................. .................................. ................................... ........................ ....... 32 CONTRAPIS CONTRAPISO O.................................. ................................................... .................................. .................................. ................................... .................... 33 CONCRETO CONCRETO .................................. ................................................... .................................. .................................. ................................... ...................... .... 33 FORMA E VOLUME DE ESCADAS ..................................................................... 36 GESSO LISO ................................. .................................................. .................................. .................................. ................................... ...................... .... 37 IMPERMEABILIZAÇÃO ....................................................................................... 38 PINTURA PINTURA ................................. ................................................. .................................. ................................... .................................. ........................... .......... 39 TRAÇOS DE ARGAMASSA E CONCRETO ........................................................ 42 COBERTURA COBERTURA .................................. ................................................... .................................. .................................. ................................... .................... 44
PERDAS PERDAS ................................... .................................................... .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 46 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS ........................................................ 48 FONTES DE COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO ................... .......... .................. .................. .............. ..... 51 51
MÃO-DE-OBRA MÃO-DE-OBRA ................................. .................................................. .................................. .................................. ................................... .................... 52 ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS .......................................................... 52 FÓRMULA DE ENCARGOS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES .................. ......... .................. .................. ................. ........ 54 CÁLCULO DOS DIAS TRABALHADOS POR ANO.................. ......... .................. .................. ................. ........ 54
MATERIAI MATERIAIS S ................................. .................................................. ................................... .................................. .................................. ......................... ....... 55 Local e Condições de Entrega .................................................................................. 55
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................................... 56 CUSTO HORÁRIO TOTAL ................................................................................... 56 HORA PRODUTIVA E HORA IMPRODUTIVA................... ......... ................... .................. .................. .............. ..... 57 57 CUSTOS DE PROPRIEDADE ............................................................................... 57 DEPRECIAÇÃO DO EQUIPAMENTO .................................................................. 57 VALOR DE AQUISIÇÃO ...................................................................................... 58 VIDA ÚTIL ................................ ................................................. ................................... .................................. .................................. ......................... ....... 58
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VALOR VALOR RESIDUAL........ RESIDUAL........................ .................................. ................................... ................................... .................................. .................... 58 CUSTOS DE OPERAÇÃO ..................................................................................... 59 PNEUS................................... .................................................... .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 59 COMBUSTÍVE COMBUSTÍVEL L ................................. .................................................. .................................. .................................. ................................. ................ 59 MÃO DE OBRA DE OPERAÇÃO ......................................................................... 60 CUSTOS DE MANUTENÇÃO ............................................................................... 60 EQUIPAMENTO ALUGADO ................................................................................ 61
FAIXAS DE VALORES DO BDI ............................................................................. 62 PREÇO PREÇO DE VENDA VENDA ................................. .................................................. .................................. .................................. .............................. ............. 63 REFERÊNC REFERÊNCIAS IAS.................................. ................................................... .................................. .................................. ................................... .................... 65 ANEXO ANEXO A................................. .................................................. .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 67 ANEXO ANEXO B ................................. .................................................. .................................. .................................. .................................. .............................. ............. 74
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CONSIDERAÇÕES INICAIS Antes de iniciar o assunto sobre orçamento é necessário que o profissional tenha conhecimentos sobre alguns conhecimentos que antecedem este assunto. Serão mostrados alguns conceitos e definições importantes para o entendimento dos orçamentos e suas principais considerações. Conforme a Lei nº 8.666/93 das Licitações e Contratos da Administração Pública verifica-se alguns conceitos, como:
Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta (art. 6º, I da Lei nº 8.666/93).
Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico profissionais (art. 6º, II da Lei nº 8.666/93).
Execução direta – a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios (art. 6º, VII da Lei nº 8.666/93).
Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer dos seguintes regimes, mencionados abaixo (art. 6º, VIII da Lei nº 8.666/93): a) empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total; b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou do serviço por um preço certo de unidades determinadas; c) tarefa – quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; e d) empreitada integral – quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.
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Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente (art. 6º, III da Lei nº 8.666/93).
Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) (art. 6º, V da Lei nº 8.666/93).
Administração Pública – a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do Poder Público e das fundações por ele instituídas ou mantidas (art. 6º, XI da Lei nº 8.666/93).
Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente (art. 6º, XII da Lei nº 8.666/93).
Contratante – é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual (art. 6º, XIV da Lei nº 8.666/93).
Contratado – a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública (art. 6º, XV da Lei nº 8.666/93). De acordo com a ABNT NBR 12721:2006, temos outras considerações e conceitos a relatar, como:
Custo global da construção – valor mínimo que pode ser atribuído à construção da edificação, calculada com a utilização do custo unitário básico divulgado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON) da localidade correspondente ao padrão mais semelhante ao do imóvel incorporado, e corresponde ao somatório dos seguintes itens: a) Valor resultante da multiplicação desse custo unitário básico pelo somatório de todas as suas áreas equivalentes à área de custo padrão. b) Valor de todas as demais despesas não incluídas no cálculo do custo unitário básico.
Custo unitário da construção – quociente da divisão do custo global da construção pela área equivalente à área de custo padrão total.
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NOÇÕES DE PROJETO-BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO O projeto-básico é o conjunto de elementos necessários, detalhados e suficientes para caracterizar a obra ou serviço, analisados e elaborados tecnicamente com base nos estudos preliminares, adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que torne possível a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e prazos de execução, devendo conter os seguintes elementos (art. 6º, IX da Lei nº 8.666/93): documentos de tratamento ambiental com a respectiva licença ambiental prévia, se necessário (art. 12, VII da Lei nº 8.666/93; Resolução CONAMA nº 237/97); projetos de arquitetura e engenharia com respectivos programas de necessidades, estudos de viabilidade, desenhos e memoriais descritivos, de forma a fornecer uma visão global da obra e todos os seus elementos construtivos, minimizando reformulações futuras na fase executiva (art. 6º, IX, “a” e “b” da Lei nº 8.666/93);
especificações dos tipos de serviços, de materiais e equipamentos do empreendimento (art. 6º, IX, “c” da Lei nº 8.666/93);
cronograma Físico-financeiro do empreendimento, possibilitando o estudo e deduções de métodos construtivos (Art. 40, XIV, “b”);
subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso (art. 6º, IX, “e” da Lei
nº 8.666/93); e orçamento detalhado do custo global da obra, elaborado mediante os quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados (art. 6º, IX, “f” e 7º, inc .2º, II da Lei nº 8.666/93).
Projeto executivo é o conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da obra de acordo com as normas pertinentes a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (art. 6º, X da Lei nº 8.666/93). Para Mattos (2010, p. 32-33), projeto básico é uma evolução do anteprojeto que já possui os elementos necessários para iniciar a elaboração do orçamento, especificação e identificação dos serviços necessários para o empreendimento, já o projeto executivo, na visão do mesmo autor, é o desenvolvimento do detalhamento do projeto básico, com
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a inclusão de todos os elementos necessários e suficientes para a execução da obra do empreendimento. As obras e serviços serão licitados mediante projeto devidamente autenticado e diante da elaboração de planilhas orçamentárias que expressem as composições dos preços unitários através de um orçamento detalhado (art. 7º, inc. 2º, I e II da Lei nº 8.666/93). Por isso, “é de fundamental importância a elaboração prévia do projeto do
empreendimento para possibilitar o cálculo adequado do preço de venda do serviço. Sem projeto sem estimativa de custos” custo s” (DIAS, 2010, p.13).
MEMORIAL DESCRITIVO O memorial descritivo discrimina a forma de execução de um empreendimento, de modo a obter o bter uma satisfatória conclusão, onde, são estabelecidos os procedimentos procedimentos e as condições técnicas mínimas para execução das obras e serviços (COÊLHO, 2011, p. 36), em outras palavras, é um tipo de resumo das especificações especificações técnicas e é ao lado do projeto básico um elemento fundamental na constituição do orçamento orçamento de uma obra. As especificações técnicas descrevem, precisamente e detalhadamente, todo o material e procedimentos adotados adotados para a execuç execução ão da obra (GONZÁLEZ, (GONZÁLEZ, 2008, p. 11-12). Segundo Coêlho (2011, p. 36), as informações essenciais ao empreendimento do projeto deverão estar contidas contidas no memorial memorial descritivo, como por exemplo: exemplo: endereço, finalidade do projeto, planta de localização e situação do canteiro de obras, memorial de cálculo, relação completa de material, entre outras. Contudo, a falta de sua existência faz com que haja sérias dúvidas quanto ao processo e condições executivas do empreendimento, empreendimento, levando levando até at é mesmo a interpretações errôneas e absurdas que nada têm tê m a ver com o projeto.
NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Independente da localização, recursos utilizados, prazo, clientes e tipo de projeto, uma obra é uma atividad at ividadee econômica e, como tal, t al, a preocupação com os custos começa cedo, ainda antes do inicio da obra ou serviço de engenharia, na fase de orçamentação, quando é feita a determinação dos custos prováveis para sua execução.
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O primeiro passo de quem realiza uma obra o bra ou serviço de engenha e ngenharia ria é estimar est imar o quanto irá custar. “...Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lc 14.28).
Orçamentação Orçamentação é o processo de determinação, determinação, enquanto o orçam or çamento ento é o produto. O ponto de partida para o sucesso de uma empresa e seu empreendimento é a correta elaboração de um orçamento, pois é um elemento importante e disciplinador para o planejamento planejamento e controle controle de obras de construção civil. Portanto, deve estar bem elaborado e detalhado, organizado em planilhas orçamentárias confeccionadas pelo orçamentista responsável. O orçamento, na construção civil, envolve: levantamento levantamento dos quantitativos dos serviços; levantamento dos custos unitários; custo global do investimento. A elaboração do orçamento é um exercício de estimativas de custos, basicamente basicamente um exercício de previsão, para que se obtenha o preço final de d e venda da obra ou serviço de engenharia. Muitos variados são os itens que influenciam e contribuem para o custo de um empreendimento. A técnica orçamentária envolve a identificação, identificação, descrição, quantificação, quantificação, análise e valorização de uma grande série de itens, requerendo, portanto muita atenção e habilidade com custos e impostos.
“Orçar
não é um mero exercício de futurologia ou jogo de adivinhação. Um trabalho bem executado, com critérios técnicos bem estabelecidos, utilizaçã ut ilizaçãoo de informações confiáveis e bom julgamento do orçamentista, orçamentista, pode gerar orçamentos precisos, embora não exatos, porque o verdadeiro custo de um empreendimento é virtualmente impossível de se fixar de antemão ” (MATTOS, 2006, p. 22) . O orçamento é composto pelos custos diretos, custos indiretos e o lucro. Os custos indiretos e o lucro são conhecidos como Benefícios Benefícios de Despesas Indiretas – BDI. Custos diretos – ligados diretamente aos insumos inerentes a execução da obra e serviços.
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Custos indiretos – “despesas gerais não diretamente ligadas ao serviço propriamente dito, mas de ocorrência ocorrência inevitável.” (MATTOS, 2006, p. 62).
Lucro.
CUSTOS DIRETOS
ORÇAMENTO
BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETTAS - BDI INDIRE
CUSTOS INDIRETOS
LUCRO
ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO Os principais atributos do orçamento são: aproximação, especificidade e temporalidade.
APROXIMAÇÃO Todo orçamento é aproximado, pois se baseia em estimativas e previsões. Estas estimativas e previsões estão presentes e embutidas em diversos itens da planilha orçamentária, como: Mão-de-obra: Produtividade das equipes – quando, por exemplo, se admite que um pedreiro gasta 1,0 h para fazer 1,0 m² de alvenaria de bloco cerâmico, será por meio dessa premissa que o total de mão-de-obra de alvenaria será calculado. A produtividade afeta diretamente a composição de custo. Encargos sociais e trabalhistas - o percentual de encargos que incidem sobre a mão-de-obra leva em conta premissas tais como incidência de acidentes do trabalho,
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rotatividade para cálculo de aviso prévio, faltas justificadas e outros elementos arbitrados a partir de parâmetros estatísticos estatísticos e históricos . Material Preço dos insumos - não se pode afirmar com certeza que os preços cotados durante a orçamentação serão os praticados durante a obra. Impostos - os impostos embutidos no preço de aquisição dos insumos podem variar durante a obra. Além disso, a base de cálculo de impostos como o ISS é estimada para fins de orçamento. orçamento. Perda - o percentual de perda e desperdício é arbitrado para cada insumo que entra no orçamento. Assim, por exemplo, admitir que haja uma perda de 8% no bloco cerâmico é uma consideração que pode se mostrar arrojada, arro jada, realista ou conservadora. Reaproveitamento - consiste na quantidade de vezes que um insumo pode ser reutilizado (Ex.: chapa compensada). compensada). Equipamentos Custo horário - o custo horário depende depende de parâmetros de cálculo cálculo como vida útil, út il, custo de manutenção e operação, etc. Produtividade - quando se assume, por exemplo, que uma escavadeira escava 50 m³ de solo por hora, há uma margem de incerteza incluída, pois a produtividade é função da disponibilidade mecânica (percentual de tempo em que o equipamento está em condições mecânicas de ser utilizado) e do coeficiente de utilização (percentual do tempo disponível em que o equipamento efetivamente trabalha), além do empolamento do material escavado (aumento de volume entre os estados natural e solto). Custos indiretos Pessoal – salários da equipe da administração central da empresa que dão suporte e apoio a obra ou serviços de engenharia. Despesas gerais – despesas, com água, luz, telefone, entre outros, da sede da empresa. Imprevistos – os orçamentistas precisam incluir no orçamento os custos que não podem ser orçados com certeza ou explicitamente: explicitamente: retrabalho por causa de chuvas, de serviço por má qualidade, danos causados por fenômenos naturais ou por terceiros, danos causados causados pela construtora a terceiros, etc.
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ESPECIFICIDADE Não existe orçamento padrão ou generalizado para obras e serviços. O orçamento para a construção de uma casa em uma cidade é diferente do orçamento de uma casa igual em outra cidade. Empresa - o orçamento traz implícita a política da empresa na quantidade de cargos de supervisão previstos (engenheiros, mestres, encarregados), no padrão do canteiro de obras, na quantidade de veículos disponibilizados para a equipe, no grau de terceirização de serviços, na taxa de administração central cobrada da obra para cobrir parte dos custos do escritório central da empresa, na necessidade de empréstimos para fazer a obra, etc. Condições locais - clima, relevo, vegetação, profundidade do lençol freático, tipo de solo, condições das estradas locais, facilidade de acesso às fontes de matérias-primas, qualidade da mão-de-obra, oferta de equipamento, qualidade dos subempreiteiros da região, diferentes alíquotas de impostos, entre outros fatores.
TEMPORALIDADE Um orçamento realizado tempos atrás já não é válido para ser apresentado atualmente. Flutuação no custo dos insumos ao longo do tempo. Criação ou alteração de impostos e encargos sociais e trabalhistas, tanto em espécie quanto em alíquota. Evolução dos métodos construtivos - surgimento de técnicas, materiais e equipamentos mais adequados. Diferentes cenários financeiros e gerenciais - terceirização, delegação de tarefas, condições de capital de giro, necessidade de empréstimo, etc.
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ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO Para Mattos (2006, p. 26), o processo de orçamentação engloba três grandes etapas de trabalho: o estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de custos e determinação do preço.
ESTUDOS DAS CONDICIONANTES (CONDIÇÕES DE CONTORNO) Todo orçamento baseia-se num projeto, seja ele básico ou executivo. É o projeto que norteia o orçamentista. A partir dele serão identificados os serviços constantes da obra com suas respectivas quantidades, o grau de interferência entre eles, a dificuldade relativa de realização das tarefas, etc. Essa fase de estudo das condicionantes, em que se tomam conhecidas as condições de contorno da obra, engloba os seguintes passos: Leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas – todo orçamento baseia-se em projetos arquitetônicos, complementares e em especificações técnicas, devendo ser devidamente analisados e entendidos. Leitura e interpretação do edital – o edital é um documento mais importante da fase licitatória e tem a função reger a licitação. Visita técnica – é fundamental que se faça uma visita técnica ao local do empreendimento a fim de tirar algumas dúvidas e questionamentos acerca disponibilidade de materiais, equipamentos, mão-de-obra e etc.
COMPOSIÇÃO DE CUSTOS: Identificação dos serviços – o início de todo o processo da quantificação está na identificação do serviço. Levantamento de quantitativos – é necessário que cada serviço identificado seja quantificado, deve-se ter bastante atenção nesta fase, pois um pequeno erro pode gerar enormes conseqüências no desenvolvimento do orçamento. Discriminação dos custos diretos – é aquele associado diretamente a execução de obras e serviços.
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Discriminação dos custos indiretos – não está ligada diretamente com a execução do empreendimento, mas requeridos para que tais serviços possam ser realizados. Cotação de preços – consiste na consulta e coleta de preços de mercado atribuídos ao diversos insumos da obra, sendo eles diretos ou indiretos. Definição de encargos sociais e trabalhistas – é um valor expresso em porcentagem calculado e atribuído aos impostos e benefícios de direito incidentes na mão-de-obra.
FECHAMENTO DO ORÇAMENTO: Definição da lucratividade – o construtor define a lucratividade que deseja atingir na execução da obra e serviços, levando em conta alguns fatores como: concorrência, risco do empreendimento, órgãos fiscalizadores, etc. Cálculo do BDI – determinar o fator de majoração do custo indireto e do lucro através do cálculo do BDI. Desbalanceamento da planilha – o BDI, geralmente, é aplicado uniformemente sobre todos os serviços. No entanto, de modo a melhorar a situação econômica do contrato, o construtor pode realizar a distribuição não uniforme do preço total nos itens da planilha. A seguir, mostraremos um fluxograma da orçamentação que resumirá as três etapas descritas acima, o estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de custos e determinação do preço.
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Figura 1 - Fluxograma da orçamentação (MATTOS, 2006).
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FASES DO ORÇAMENTO Coêlho (2011, p. 57) destaca duas fases bem definidas para o orçamento que são: Fase preliminar – que diz respeito aos estudos preliminares, que servirá de base para o estudo de viabilidade técnico-econômica, não havendo necessidade para sua confecção de um projeto da obra de engenharia completo, podendo ser elaborado apenas de posse do anteprojeto. Fase detalhada ou analítica – que corresponde ao orçamento bem detalhado, onde se deve obter o máximo de precisão, baseado em todos os custos, atividades, serviços e previsões de despesas do empreendimento. A fase detalhada, contemplada pelo orçamento discriminado, como sendo mais precisa e conseqüentemente abrange uma gama maior de informações do empreendimento. De modo geral, os orçamentos discriminados são subdivididos em grupos de serviços e devem seguir um padrão claro e objetivo a fim de facilitar a elaboração e a determinação dos custos. Não existe um orçamento cem por cento exatos, ou correto, ou sem falhas, existe enormes variáveis e problemas que geram erros que acabam variando a precisão de um orçamento, portanto cabe ao orçamentista está com o conjunto de projetos bem desenvolvido em mãos e minimizar estes erros levando em conta cada detalhe do empreendimento.
CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB) A norma da ABNT NBR 12721:2006 que possui o título “Avaliação dos custos
unitários e incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edílicios – Procedimento” utiliza o CUB como um indicador do custo para a construção, este
indicador aplica-se em obras de condomínios residenciais, comerciais, verticais ou horizontais para que se possa estimar do custo final da obra. Custo unitário básico (CUB) corresponde ao custo por metro quadrado de construção do projeto-padrão utilizado, calculado de acordo com a metodologia estabelecida, pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil em atendimento a Lei
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4.591/64, disposto no seu artigo 54, e que serve de base para a avaliação de parte dos custos de construção das edificações (NBR 12721:2006).
CUB (médio) = Custo Global de Construção Área Global de Construção
De acordo com a Lei 4.591/64, cabem aos Sindicatos estaduais da Indústria da Construção calcular e divulgar mensalmente os índices dos custos unitários básico da construção (índice CUB) na sua região de atuação, com o objetivo de disciplinar e padronizar o mercado de incorporação imobiliária, servindo de base na determinação dos custos dos imóveis. O índice CUB é a variação acumulada do CUB entre dois meses, o mês atual e o mês anterior. Representado por um percentual que corresponde quanto o custo de construção variou de um mês para o outro.
ESTIMATIVA DE CUSTOS A estimativa de custos é uma avaliação expedita feita com base em custos históricos e comparação com projetos similares. Dá uma idéia da ordem de grandeza do custo do empreendimento. Em geral, a estimativa de custos é feita a partir de indicadores genéricos, números consagrados que servem para uma primeira abordagem da faixa de custo da obra. A tradição representa um aspecto relevante na estimativa. Seguindo um exemplo de um edifício residencial de 2.400 m2 de área construída, o valor estimado do custo de construção por etapa de obra seria:
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Figura 2 – Estimativa de custo de uma obra de edificação (MATTOS, 2006).
CUSTO DIRETO O custo direto, conforme o próprio nome nos traz idéia, refere-se aos custos ligados diretamente a obra e serviços do empreendimento, ou seja, é aquele decorrente dos gastos referentes à produção dos diferentes tipos de serviços necessários à completa finalização do empreendimento, sendo proporcional ao seu porte físico e às características dos projetos e especificações técnicas. Os insumos compreendidos no custo direto são: os gatos com mão-de-obra, encargos sociais e trabalhistas, materiais e equipamentos, transportes e demais elementos diretamente a obra e serviços, que possam ser devidamente mensurados de forma objetiva. Estes três insumos são importantíssimos na elaboração da composição de custos e serviços, todos devem ser devidamente e cuidadosamente elaborados para minimizar ao máximo os erros que podem inviabilizar as obras e serviços. Os insumos gastos com a mão-de-obra correspondem aos serventes, pedreiros carpinteiros, ferreiros, técnicos, mestre de obras, etc., com relação aos encargos sociais e trabalhistas, estes incidem numa ampla e variada gama de conjunto de tributos, conhecidas por apenas “leis sociais”. Devido a
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constantes alterações de regras e
alíquotas é conveniente estar sempre atualizado com publicações na área, para manterse sempre informado. Com relação aos materiais que corresponde à areia, ao cimento, ao aço, a cerâmica, etc. e os equipamentos como betoneira, guinchos, furadeiras, entre outros. Verifica-se que na composição dos custos diretos, é necessária a tomada de decisão sobre o uso de mão-de-obra própria ou terceirizados, no uso de equipamentos próprios ou alugados, os custos do transporte e instalação, ente outros, resumindo é importante estimar o custo direto para o empreendimento independente de qualquer situação. Conforme os Acórdãos nº 325/2007 - Plenário e nº 2.369/2011 – Plenário, do Tribunal de Contas da União (TCU), assim como os insumos, no custo direto, ainda devem ser considerados alguns itens na planilha orçamentária, tais como: Mobilização e desmobilização da obra. Administração local. Instalação provisória do canteiro de obras. Elaboração de Projetos. Sondagens e ensaios tecnológicos. Assessoria técnica.
Tabela 1 - Insumos básicos referente ao custo direto. SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS BENEFÍCIOS VALE TRANSPORTE MÃO-DE-OBRA CREA, LICENÇAS, TAXAS E SEGUROS SEGURO DE CUSTOS VIDA ENTRE OUTRO DIRETOS FORNECIMENTO IPI MATERIAIS IMPOSTOS ICMS FORNECIMENTO IPI EQUIPAMENTOS ICMS IMPOSTOS IMPORTAÇÃO
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BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS – BDI CUSTO INDIRETO Para a Engenharia de Custos, todos os custos relacionados a obras e serviços são divididos em custo direto e custo indireto. Este último, por sua vez, está representado por itens que são difíceis de mensurar para realizar o pagamento do serviço, pois muitas vezes, por não está ligado diretamente com a execução da obra e serviços, o orçamentista não o engloba em sua planilha de custos, ou seja, há despesas feitas pela construtora devido à execução de obras e serviços que deverão ser computadas no BDI na forma de despesas indiretas. Esses itens que compõe os custos indiretos são geralmente (DIAS, 2010, p. 26): Administração central da empresa de engenharia. Custo financeiro. Seguros. Garantias. Margem de incerteza ou de risco. Custos Tributários. A figura a seguir representa a participação esquemática da composição do preço de venda.
Figura 3 - Composição do preço de venda final (DIAS 2010).
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Portanto podemos definir o BDI como:
Uma taxa que corresponde aos custos indiretos e ao rateio do lucro aplicado no preço de venda sobre forma de pagamento direto.
LUCRO O Tribunal de Contas da União, conforme estudo que deu origem ao Acórdão nº 2.369/2011 – Plenário, estabelece o lucro como conceito econômico que pode ser descrito de diversas formas para representar uma remuneração alcançada ou ganho de capital em consequência do desenvolvimento de uma determinada atividade econômica que complementa a formação do preço de venda, sem ser classificada como custo direto e nem como custo indireto, já que é uma parcela ligada a remuneração do construtor pela obra ou serviço. O lucro previsto da proposta de obra e serviço é de responsabilidade da empresa prestadora de serviço e cabe a este calcular o seu percentual de acordo com seus interesses, análise de risco do serviço, no nível de conhecimento do contratante quanto à fiscalização e se é um bom pagador e principalmente nas condições de mercado. O objetivo do lucro previsto para a empresa de engenharia é: capacitação e desenvolvimento técnico e empresarial; qualificação dos profissionais; desenvolvimento tecnológico e de equipamentos; remuneração do capital investido; absorção de novas tecnologias; busca de inovações tecnológicas; e Prospecção de novos negócios. Portanto, o lucro da empresa é em grande parte destinado a reutilização do próprio crescimento e desenvolvimento da mesma.
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LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS O início da orçamentação de uma obra requer o conhecimento dos diversos serviços que à compõe. Não basta saber quais os serviços, é preciso saber também quanto de cada um deve ser feito. A etapa de levantamento de quantidades (ou quantitativos) é uma das que intelectualmente mais exigem do orçamentista, porque demanda leitura de projeto, cálculos de áreas e volumes, consulta a tabelas de engenharia, tabulação de números, etc. A quantificação dos diversos materiais (ou levantamento de quantidades) de um determinado serviço deve ser feita com base em desenhos fornecidos pelo projetista, considerando-se especificadas e suas características técnicas. Por exemplo, ao se medir a área de piso de um apartamento, deve-se separá-la por tipo de revestimento. O processo de levantamento das quantidades de cada material deve sempre deixar uma memória de cálculo fácil de ser manipulada, a fim de que as contas possam ser conferidas por outra pessoa e que uma mudança de características ou dimensões do projeto não acarrete um segundo levantamento completo.
DIMENÇÕES O levantamento de quantidades pode envolver elementos de naturezas diversas:
Tabela 2 – Dimensões.
Dimensão
Exemplos
Lineares
Tubulações, meio-fio, cerca, rodapés e outros.
Superficiais ou Limpeza e desmatamento, fôrma, alvenaria, forro, esquadria, pintura e outros. de área Concreto, escavação, aterro e outros Volumétricos Peso
Armação, estruturas metálicas e outros
Adimensionais
Referem-se a serviços que não são pagos por medida, mas por simples contagem: postes, portões, comportas e outros.
Quanto à permanência, os materiais empregados em uma obra podem ser classificados em dois tipos:
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Tabela 3 - Classes Características
Classe Permanentes Não permanentes
Ficam incorporados ao produto final São utilizados durante a fase de construção e removidos no final
Exemplo Concreto, aço, tinta, areia, brita, tijolo e etc. Fôrmas, escoramentos, pregos, desmoldantes e etc.
Eventualmente, o construtor pode fabricar seu próprio material. Um exemplo é uma obra de estrada em que o agregado provém da britagem e peneiramento de blocos rochosos escavados a fogo. Nesse caso, o preço do material (seja em metro cúbico ou em tonelada) é o preço do desmonte da rocha mais seu beneficiamento.
DEMOLIÇÃO O volume da estrutura a ser demolida "cresce" quando passa da construção ao entulho. Isso porque o arranjo da massa se desfaz e aumenta de volume. Esse "inchamento", bem semelhante a um empolamento, varia de material para material, e de acordo com o método de demolição. Para demolição de alvenaria de blocos, comum em obras e reformas, recomenda-se multiplicar o volume por 2. Em outras palavras, 1 m3 de alvenaria gera cerca de 2 m3 de entulho quando demolida. Volume de remoção de entulho = (volume de demolição) x 2
FÔRMA Para a determinação do quantitativo de fôrmas, é importante que haja um projeto executivo, com o detalhamento das diversas peças. Para fôrmas de madeira, normalmente encontram-se os seguintes componentes: chapa compensada (resinada, plastificada), sarrafo, prego, desmoldante. Só com um projeto de fôrmas é que o orçamentista pode estimar com segurança o quantitativo de todos esses elementos. O exemplo a seguir ajuda a entender o levantamento das quantidades.
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Exemplo. Levantar os quantitativos de todos os materiais necessários ao serviço de fabricação, montagem e escoramento da fôrma da estrutura abaixo:
Figura 4 – Fôrmas. Chapa compensada (dimensões 2,20 m x 1,10 m): Quantidade de chapas na direção horizontal = 7,70 m / 2,20 m = 3,5
4 un
Quantidade de chapas na direção vertical = 2,90 m / 1,10 m = 2,6
3 un
Total = 3 x 4 x (2 lados) = 24 un
24 un x 2,20 m x 1,10 m = 58,1 m2
Sarrafo: Vertical = 7,70 m / 0,45 m = 17,1
18 un x 2,90 m x 2 lados = 104,4 m
Horizontal = 2,90 m / 0,60 m = 4,8 Escora = 7,70 m / 1,35 m = 5,7
5 un x 2 x 7,70 m x 2 lados = 154 m 6 un x 3m = 18m
Piquete = 6 un x 1,0 m = 6 m Total = 282,4 m
Tensor metálico: A cada 2 cruzamentos na horizontal = 5 x 9 = 45 un.
Tabela 4 – Índices. INDICES Materiais
Taxa por m² de fôrma
Prego
0,20 a 0,25 kg/m²
Desmoldante
0,10 L/m²
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Prego: Usar taxa de 0,25 kg/m2
7,70 m x 2,90 m x 2 lados x 0,25 kg/m2 = 11,2 kg.
Desmoldante: Usar taxa de 0,10 L/m2
7,70 m x 2,90 m x 2 lados x 0,10 kg/m2 = 4,5 l
ARMAÇÃO O serviço de armação é estimado com base no peso (seria mais correto dizer massa) de aço requerido de acordo com o projeto estrutural, que em geral traz um quadro de ferragem ou lista de ferros de cada peça ou conjunto de peças, contendo os respectivos comprimentos, bitola e quantidade. Agrupados por bitola, o comprimento pode ser convertido em peso por meio da seguinte correspondência:
Tabela 5 – Bitolas.
OBS: Alguns projetistas acrescentam 10% de perdas no peso total de aço do quadro de ferragem. Nesse caso, o orçamentísta não precisará introduzir as perdas na composição de custos.
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Exemplo: Levantar o peso de armação da estrutura cujo quadro de ferragem é mostrado abaixo:
N° 1
Tabela 6 – Comprimento de armações. Ø (mm) Comprimento Quantidade Comprimento Unitário (m) total 8,00 4,50 20 90
2
10,00
6,00
50
300
3
8,00
1,20
34
40
4
12,50
8,00
4
32
5
12,50
4,80
40
192
6
10,00
2,00
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ALVENARIA MÃO DE OBRA. Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a fundo de laje, descontando-se a altura da viga. Para o comprimento das paredes, deverão ser descontados os pilares. Serão considerados os seguintes critérios: - Vãos Inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio; - Vão Superiores a 2m²: Descontar 50% da área que exceder a 2m².
MATERIAL Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho.
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EXEMPLO:
Figura 5 – Alvenaria MÃO DE OBRA: A = 2,86 x 6,49 = 18,56 m² Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²) Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m² Área de Alvenaria = 18,56 – 0 – 1,15 = 17,10 m²
MATERIAL: A = 2,86 x 6,49 = 18,56 m² Desconto Janela = 2,00 m² Desconto Porta = 4,30 m² Área de Alvenaria = 18,56 – 2,00 – 4,30 = 12,26 m²
QUANTIDADE DE BLOCOS E ARGAMASSA DE LEVANTE A quantidade de blocos e argamassa por metro quadrado de alvenaria depende da dimensão do bloco e da espessura das juntas horizontais e verticais. Chamando de b1 e b2 o comprimento e altura (em metro) do bloco no plano da parede, e de e h e ey, a espessura (em metro) das juntas horizontais e verticais, respectivamente, a quantidade de blocos por m2 será obtida pela divisão de 1 m² pela área do bloco equivalente, que é o bloco acrescido da juntas.
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Figura 6 – Alvenaria
Exemplo. Para uma alvenaria com bloco de 14 cm x 19 cm x 39 cm e juntas de 1,5 cm, calcular o consumo teórico de blocos e de argamassa de levante por m² de parede. Resposta:
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CERÂMICA EXTERNA
MÃO DE OBRA. Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a piso. Serão considerados os seguintes critérios: - Vãos inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio; - Vãos superiores a 2m² e menores que 6m²: Descontar 50% da área que exceder a 2m²; - Vãos superiores a 6m²: Desconta-se 100% do vão e considera-se as faixas nos requadros laterais, superior e inferior no caso de janelas (4x) e não se considera o requadro inferior no caso de portas (3x). As faixas serão levantadas em m; - Faixas: quaisquer elementos de requadro com dimensão menor igual a 40 cm; - Serão computados frisos em m. MATERIAL Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho. EXEMPLO:
Figura 7 – Cerâmica Externa.
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Obs: desenho sem escala
MÃO DE OBRA: A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m² Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²) Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m² Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 1,15 = 19,38²
MATERIAL: A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m² Desconto Janela = 2,00 m² Desconto Porta = 4,30 m² Área de Alvenaria = 20,53 – 2,00 – 4,30 = 14,23 m²
CERÂMICA DE PAREDES MÃO DE OBRA Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a teto acabado. Serão considerados os seguintes critérios: - Vãos Inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio; - Vãos Superiores a 2m² até 4 m²: Descontar 50% da área que exceder a 2m²; - Vãos Superiores a 4m²: Descontar 100% do vão e considerar requadração do vão; - Vão com largura menor que 40 cm deverão serem medidos como faixa.
MATERIAL Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho. Deverá ser levantada cantoneira de alumínio em todas as quinas de paredes por metro linear.
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EXEMPLO:
Figura 8 – Cerâmica da Parede.
MÃO DE OBRA: A = 2,50 x 6,49 = 16,23 m² Desconto Janela = 2,52 – 2,00 = 0,52/2 = 0,25 m² Desconto Porta = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²) Área de Alvenaria = 16,23 – 0,25 - 0 = 15,98 m² MATERIAL: A = 2,50 x 6,49 = 16,23 m² Desconto Janela = 2,52 m² Desconto Porta = 1,68 m² Área de Ceramica = 16,23 – 2,52 – 1,68 = 12,03 m²
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EXEMPLO 2:
Figura 9 – Cantoneira. A quantidade de cantoneira é calculada em metros lineares, para se obter isso, é preciso apenas medir a extensão de onde serão colocadas, no caso do exemplo 2 a medida será do piso acabado até o forro do banheiro. Para saber quantas peças serão necessárias divide-se o valor da quantidade total de cantoneiras em metros pelo comprimento de uma peça então saberemos quantas peças de cantoneira devemos pedir. CERÂMICAS PARA PISO – Cerâmicas, Porcelanatos e Pastilhas. MÃO DE OBRA Deverá ser levantada a área do piso do compartimento. Não há descontos para piso. MATERIAL Deverá ser levantada a área do piso do compartimento. Não há descontos para piso.
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Figura 10 – Piso. MÃO DE OBRA = MATERIAL: A = 1,50 x 1,63 = 2,45 m² Desconto Shaft = 0 m² Desconto Porta = 0 m² Área de Piso = 2,45 – 0 - 0 = 2,45 m² RODAPÉ CERAMICO – Cerâmicas e Porcelanatos.
MÃO DE OBRA. Deverá ser levantado o perímetro do compartimento. Descontar todos os vãos.
MATERIAL. Deverá ser levantado o perímetro do compartimento. Descontar todos os vãos.
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EXEMPLO:
Figura 11 – Rodapé. MÃO DE OBRA e MATERIAL: P = 1,81 + 3,23 + 3,16 + 2,97 + 0,50 + 0,26 + 0,70 = 12,63 m CONTRAPISO O contrapiso sempre será calculado em metros quadrados para mão de obra sendo dessa forma equivalente ao valor de cerâmica do piso, já para calcular seus materiais será necessário estimar uma espessura média, geralmente de 2 a 5 cm, então se calcula quantos metros cúbicos serão precisos, com isso calcula-se a quantidade de cimento e areia para um metro cúbico e multiplica-se pelo total. CONCRETO
MÃO DE OBRA Apresentaremos o critério de medição referente à mão de obra de forma de blocos, pilares, lajes e vigas em todos os níveis, essencial às praças que contratam o serviço de estrutura em serviços distintos (forma e escoramento, armação e lançamento de concreto).
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MATERIAL. Apresentaremos o critério de medição referente ao material concreto para pilares, lajes e vigas em todos os níveis.
FORMA E VOLUME DE BLOCOS E SAPATAS. BLOCOS HEXAGONAL
Forma: 3 * ( b1 + b2) * e, onde e = altura do bloco Volume: [b1 * h1 + b2 * h2 + 0,5 * (b2 * h1 + b1 * h2)]*e BLOCOS RETANGULAR:
a
B
Forma: 2 * ( a + b) * e, onde e = altura do bloco; Volume: a * b * e SAPATAS:
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Forma: (a+ b) * 2 * e; Volume: e/6 * [a * b + c *d + (a+c)*(b+d)]
4.1.4. FORMA E VOLUME DE PILARES. Serão considerados a altura de piso a piso e dimensões de projeto
Forma: [(a + b)*2] * h; Volume: ( a * b * h)
4.1.5. FORMA E VOLUME DE VIGAS.
Forma: [b * L + 2 * L *(H-e)]; Volume: b * L * (H-e);
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FORMA E VOLUME DE LAJES
Forma: L * H; Volume: L * H * e;
FORMA E VOLUME DE ESCADAS O volume de escada é calculado considerando-se que 2 degraus formam um retângulo, por isso, o resultado obtido (volume parcial) deve ser dividido por 2. Para cálculo de formas, consideramos somente os espelhos.
Forma: (l * h) + (e *d * l)
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Volume: (nº degruas * d * e * l * 0,5) + (h * t * l)
GESSO LISO
MÃO DE OBRA e MÃO DE OBRA. Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a teto acabado (10 cm acima do forro de gesso). Serão considerados os seguintes critérios: - Vãos Inferiores a 2,50 m²: Considerar vão cheio; - Vãos Superiores a 2,50 m² até 4 m²: Descontar 50% da área que exceder a 2,50 m²; - Vão com largura menor que 40 cm deverá ser medido como faixa, exceto requadração dos vãos das esquadrias. EXEMPLO:
Figura 12 – Gesso liso.
MÃO DE OBRA e MATERIAL: A = (2,50 + 0,10) x 6,49 = 16,87 m² Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,50 m²) Desconto Porta = (4,30 – 2,50) / 2 = 0,90 m² Área de Alvenaria = 16,87 – 0 – 0,90 = 15,97 m²
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IMPERMEABILIZAÇÃO – Argamassa Elastomérica – Planta Baixa (m2)
Figura 13 – Impermeabilização. – Corte Banhos (m2)
Figura 14 – Impermeabilização corte.
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PINTURA MÃO DE OBRA. Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a piso. Serão considerados os seguintes critérios: - Vãos inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio; - Vãos superiores a 2m² e menores que 6m²: Descontar 50% da área que exceder a 2m²; - Vãos superiores a 6m²: Desconta-se 100% do vão e considera-se as faixas nos requadros laterais, superior e inferior no caso de janelas (4x) e não se considera o requadro inferior no caso de portas (3x). As faixas serão levantadas em m; - Faixas:quaisquer elementos de requadro com dimensão menor igual a 40 cm; - Serão computados frisos em m.
MATERIAL Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho. EXEMPLO:
Figura 15 – Pintura exemplo 1. Obs: desenho sem escala
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MÃO DE OBRA: A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m² Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²) Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m² Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 1,15 = 19,38²
MATERIAL: A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m² Desconto Janela = 2,00 m² Desconto Porta = 4,30 m² Área de Alvenaria = 20,53 – 2,00 – 4,30 = 14,23 m²
EXEMPLO:
Figura 16 – Pintura exemplo 2. MÃO DE OBRA: A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m² Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²) Desconto Porta = 7,00 m2 Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 7,00 = 13,53 m²
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Metragem de faixas = 3,00 + 2,33 + 2,33 = 7,66 m MATERIAL: A = (2,86 + 0,12) x 6,49 = 19,34 m² Desconto Janela = 2,00 m² Desconto Porta = 7,00 m² Área de Alvenaria = 19,34 – 2,00 – 7,00 = 10,34m²
PINTURA PORTAS DE MADEIRA 2.1 Será levantado a área de folha de portas multiplicada por 3. Ex.: PM 1 = 2,20 x 0,70 = 1,54 x 3 = 4,62 m2 de pintura de porta.
PINTURA SOBRE ESQUADRIAS DE FERRO Corrimãos Será levantado a metragem linear de corrimãos de escadarias
Gradis de Sacada Será levantada e metragem linear multiplicada por 3.
Portas Corta Fogo Será levantado a área de folha de portas multiplicada por 3. Ex.: PCF 1 = 2,20 x 0,70 = 1,54 x 3 = 4,62 m2 de pintura de porta.
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TRAÇOS DE ARGAMASSA E CONCRETO A tabela abaixo traz alguns traços de concreto e argamassa úteis para orçamento:
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Fonte: TCPO OBS: Os volumes de brita e areia totalizam aproximadamente 1,65 m³ para cada m³ de concreto.
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COBERTURA O levantamento de quantidades dos serviços de cobertura desdobra-se em madeiramento e telhamento, obviamente no caso de esses dois elementos estarem presentes. Deve-se sempre tomar em consideração a inclinação de cada água do telhado, que normalmente é dada sob a forma percentual:
Figura 17 – Cobertura. Como geralmente as dimensões do telhado são obtidas em projeção horizontal a partir da planta baixa, é necessário obter a área real do telhado, ou seja, ao longo da hipotenusa. Para isso, basta multiplicar a área em projeção horizontal pelo fator abaixo:
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Tabela 7 – Inclinações.
Exemplo. Levantar a área do telhado mostrado abaixo.
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PERDAS Durante a orçamentação, é necessário que o construtor leve em consideração as perdas de material que inevitavelmente acontecem. Essas perdas têm diversas origens e só podem ser combatidas ou controladas até certo limite. Infelizmente, apesar de valores elevados de desperdício, é comum entre as empresas considerar normais esses índices, devido à cultura de que eles fazem parte do processo construtivo. Esse fato contribui para que a implantação de programas de melhoria da qualidade seja introduzida de forma muito lenta. Há perdas que podem ser evitadas e outras que são inerentes à atividade. É quase impossível, por exemplo, pensar em uma armação estrutural com perda zero, por melhor que seja a equipe e o detalhamento do projeto. O que acontece é que, pelo fato de sempre haver um pedaço de vergalhão que não tem como ser aproveitado, a perda é inevitável. Com relação a concreto, por exemplo, há desperdício de material por extravasão na concretagem, deformação das fôrmas, resíduo que fica na betoneira, excesso na fabricação (faz-se mais do que o estritamente necessário), material utilizado para moldagem de corpos-de-prova, etc. As maiores perdas de concreto, contudo, estão na diferença dimensional entre projeto e campo - uma laje projetada para 10 cm, que venha a ter dimensão final de 10,5 cm já representa 5% de perda, ainda que não se veja nenhum resíduo. Diferenças dimensionais também são sempre verificadas em emboço, chapisco, contrapiso, etc. Já quando o material é madeira para fôrma, as perdas surgem principalmente das sobras nas atividades de corte e montagem. No decorrer de uma obra, o controle de perdas deve ser realizado pela equipe construtora. São muitos os casos em que prejuízos acontecem, fruto de desperdício desmedido de material. Formulários de controle podem ser facilmente implementados. Outras causas causadoras de desperdício são:
Carga e descarga malfeitas - as operações de retirada dos materiais dos caminhões de entrega são fontes importantes de desperdício. A quebra de
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tijolos arremessados displicentemente sobre o solo ou sobre outros tijolos, e a descarga de areia e brita são exemplos cotidianos.
Armazenamento impróprio - Sacos de cimento estocados sobre o chão, tijolos em pilhas disformes, montes compridos de areia e brita (quanto maior a área de contato da pilha com o solo, maior é a perda, porque há uma incorporação das partículas ao solo subjacente e também contaminação do material), barras de aço em contato com umidade, barras de aço cortado sem etiquetas de identificação, etc.
Manuseio e transporte impróprios - envolvem a manipulação incorreta de objetos como tijolos, cimento e barrotes de madeira, como também o transporte inadequado de areia e concreto (em carrinhos de mão que derramam o material no caminho), caminhões super carregados que espalham terra pelas vias de acesso, etc.
Roubo - na construção civil o roubo é uma grande fonte de perdas. Excesso de locais de estoque, inexistência de controle de entrada e saída de materiais e ferramentas, almoxarifado devassado, grandes estoques, mão-de-obra pouco confiável e falta de vigilância são fatores que contribuem para que o roubo seja significativo. Auditorias periódicas no almoxarifado e controle de saída de material podem ajudar a coibir essa prática nociva. Algumas perdas usualmente adotadas são:
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COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS Composição de custos unitários de serviços é o processo de estabelecimento e levantamento dos custos incorridos na execução de obras e serviços. A composição de custos advém de todos os insumos inerentes a execução do serviço, com suas devidas quantidades e seus custos unitários e totais. As categorias de custos envolvidas diretamente em obras e serviços são: mão-de-obra, encargos sociais e trabalhistas; material; e equipamentos. Portanto, a composição do custo unitário envolve todos os insumos referentes a obra e serviços, como, a mão-de-obra, materiais, equipamentos e taxas de leis sociais e riscos do trabalho identificados que serão identificados com seus respectivas quantidades e valores parciais e total (COÊLHO, 2011, p. 193). O custo unitário é o custo correspondente a uma unidade de serviço, como por exemplo: custo de 1 m3 de escavação manual; custo de 1 m2 de alvenaria de tijolo cerâmico de 9 x 14 x 19 cm; custo de 1 m de meio-fio assentado; custo de 1 m2 de pintura com tinta à base de óleo; custo de 1 m3 de carga, transporte, lançamento e espalhamento de solo; custo de 1 kg de armação estrutural; custo de 1 und de poste instalado; custo de 1 kWh de esgotamento de vala. A composição de custos unitários é uma tabela que apresenta todos os insumos que entram diretamente na execução de uma unidade do serviço, com seus respectivos custos unitários e totais. Ela é constituída de cinco colunas: Insumos ou descrição do serviço: é a descrição da mão-de-obra, dos materiais e dos equipamentos empregados para execução da obra. Unidade: é a unidade de medida do insumo. Coeficiente ou índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma unidade do serviço. Custo unitário: é o custo de aquisição ou emprego de uma do insumo.
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Custo total: é o custo total, obtido pela multiplicação do coeficiente pelo custo unitário.
Exemplo. Para a composição de custos unitários abaixo: (i) interpretar a composição; (ii) calcular as quantidades e custos de cada insumo para uma obra cujo quantitativo seja de 80 de concreto estrutural; (iii) dimensionar a equipe para concretar os 80 m3 em um prazo de 40 horas.
Serviço: preparo, transporte, lançamento e adensamento de concreto estrutural fCk = 200 kgf/cm2.:
Unidade: m3
(i) Interpretação da composição: Para o preparo de 1m³ de concreto são requeridos: - 306,00 kg de cimento (= 6,12 sacos); - 0,901 m3 de areia; - 0,209 m3 de brita 1; - 0,627 m3 de brita 2; - 8 horas de servente; - 1hora de pedreiro; - 0,35 hora de betoneira O custo orçado para o preparo, transporte, lançamento e adensamento de 1 m3 de concreto estrutural é de R$ 226,37;
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O insumo que mais incide no custo do serviço é o cimento (R$ 1l0,16/m3), que representa 48,7% do custo do concreto; O segundo insumo que mais incide no custo do serviço é o servente (R$ 33,60/m3), que representa 14,8% do custo do concreto; O custo de material é de R$ 185,12 (=R$ 110,16+31,54+10,87+32,60) por m3 de concreto estrutural, correspondendo a 81,8% do custo total; O custo de mão-de-obra é de R$ 40,50 (=R$ 33,60+6,90) por m3 de concreto estrutural, rorrespondendo a 17,9% do custo total; O custo de equipamento é de R$ 0,70 por m3 de concreto estrutural, correspondendo a 0,3% do custo total; Há uma proporcionalidade de 8 serventes para 1 pedreiro (pelo índice notase que a incidência de horas de servente é 8 vezes maior do que a de pedreiro, daí a razão 8:1); (ii) Para uma obra de 80m³ de concreto estrutural: Quantidades totais Cimento
306,000 Kgf/m³ x 80 m³ =
24,480 Kg
Areia
0,901 m³/m³ x 80 m³ =
72,08 m³
Brita 1
0,209 Kgf/m³ x 80 m³ =
16,72 m³
Brita 2
0,627 Kgf/m³ x 80 m³ =
50,16 m³
Pedreiro
1,000 h/m³ x 80 m³ =
80 h
Servente
8,000 h/m³ x 80 m³ =
640 h
Betoneira
0,350 h/m³ x 80 m³ =
28 h
Cimento
R$ 110,16/m3 x 80 m³ =
R$ 8.812,80
Areia
R$ 31,54/m3 x 80 m³ =
R$ 2.522,80
Brita 1
R$ 10,87/m3 x 80 m³ =
R$ 869,44
Brita 2
R$ 32,60/m3 x 80 m³ =
R$ 2.608,32
Pedreiro
R$ 6,90/m3 x 80 m³ =
R$ 552,00
Servente
R$ 33,60/m3 x 80 m³ =
R$ 2.688,00
Betoneira
R$ 0,70/m3 x 80 m³ =
R$ 56,00
Custos totais
50
(iii) Dimensionamento da equipe para prazo de 40 horas:
Servente:
Pedreiro:
= 16 serventes .
= 2 pedreiros.
Serviço : armação estrutural aço CA-50, envolvendo aquisição das barras, manuseio, corte, dobra, transporte e instalação.
Unidade: kg
FONTES DE COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO As composições de custos unitários para orçamentos de obras podem ser obtidas de várias fontes a depender do grau de organização e registro da construtora e do acesso a literatura especializada Uma boa referência é a tradicional publicação "Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos - TCPO", da Editora PINI. Esse manual traz as composições organizadas acordo com a Classificação PINI: 00. Informações Introdutórias sobre o Projeto 01. Requisitos Gerais 02. Canteiro de Obras e Materiais Básicos 03. Concreto 04. Vedações Internas e Externas 05. Componentes Metálicos 06. Madeira e Plásticos 51
07. Impermeabilização, Isolação Térmica e Cobertura 08. Portas, Janelas e Vidros 09. Acabamentos 10. Produtos Especiais ou Sob Encomenda 11. Equipamentos para Fins Especiais 12. Mobiliário e Decoração 13. Módulos e Sistemas Especiais de Construção 14. Sistemas de Transporte 15. Sistemas Hidráulicos e Mecânicos 16. Sistemas Elétricos e de Comunicação 17. Máquinas, Veículos e Equipamentos As composições integrantes do TCPO não são propriamente composições de custos unitários, porque faltam as colunas de custo, omitidas porque variam de lugar para lugar. Mais correto seria denominá-las composições de insumos.
MÃO-DE-OBRA O trabalhador é o elemento racional de uma obra e de suas ações e decisões depende em grande parte o sucesso do empreendimento. Ele tem influência em todas as partes de um projeto de construção civil e é o responsável por dar forma aos serviços, seja escavando uma trincheira, operando um guindaste, concretando uma laje, pintando uma parede, seja soldando um trecho de tubulação. É o trabalho humano que, em última análise, gera o produto final. ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS Durante a orçamentação de um serviço, cabe ao construtor atribuir à hora de cada insumo de mão-de-obra o custo que ele realmente representa para a empresa. O custo de um operário para o empregador não se confunde com seu salário-base. É um valor bastante superior. Isso porque não é só o salário que constitui o ônus do empregador - este arca com diversos encargos sociais e trabalhistas impostos pela
52
legislação e pelas convenções do trabalho, que se somam ao salário-base ao qual o funcionário faz jus. São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados a os salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis: Encargos Básicos e Obrigatórios; Encargos Incidentes e Reincidentes: Encargos Complementares.
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FÓRMULA DE ENCARGOS COMPLEMENTARES
CÁLCULO DOS DIAS TRABALHADOS POR ANO Dias do ano Férias Repouso semanal remunerado
365 dias 30 dias após 12 meses
- 30 dias
São 52 domingos por ano menos quatro incluídos nas
- 48 dias
férias Levam em conta todos os
Feriados
feriados nacional, estadual e municipal
54
- 11 dias
Auxílio-enfermidade
17,65% x 15 dias =
- 2,65 dias
Acidente do trabalho
13,31% x 15 dias =
- 2 dias
Licença-paternidade
0,95% x 3% x 5 dias =
Faltas Justificadas
Adotado =
- 0,14 dias - 2 dias
Total de dias trabalhados por ano = 365 – 30 – 48 – 11 – 2,65 – 2 – 0,14 – 2
Total de dias trabalhados por ano = 269,21 dias
MATERIAIS A análise de custo de material é também de extrema importância na elaboração da composição de custo de serviço. Materiais entram na maioria absoluta das atividades das obras representando muitas vezes mais da metade do custo unitário do serviço. A cotação de preço dos materiais é uma tarefa que requer cuidado, porque tem algumas particularidades que o orçamentista deve levar em consideração. São variadas as formas pelas quais os fornecedores dão seus preços. É o caso em que um fornecedor entrega a mercadoria no porto e outro coloca na obra ou quando uma metalúrgica entrega portões pintados e outra sem pintura, o orçamentista deve então ser capaz de homogeneizar as cotações para fazer as devidas comparações. Para que não haja frustração na execução da obra, o orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um preço justo.
Local e Condições de Entrega As cotações dos fornecedores geralmente indicam o local de entrega do produto. Pode ser na obra na fábrica, no depósito do distribuidor, no porto, no aeroporto, etc. Com a finalidade de identificar o local de entrega e o que está embutido no preço (seguro, frete, despesas, desembaraço aduaneiro), costuma-se utilizar as siglas FOB e CIF. Especial atenção deve ser dada a esse aspecto, pois qualquer confusão entre os termos pode representar um “rombo” no orçamento.
FOB O preço FOB ("free in board" = livre a bordo) é preço da mercadoria, sendo esta, disponibilizada no local de fabricação ou armazenamento (é o preço do produto na
55
fábrica), ou seja, o comprador terá que arcar com as despesas adicionais de carga e descarga, frete, seguro e etc.
CIF O preço CIF ("cost, insurance and freight" = custo, seguro e frete) é aquele que inclui no preço da mercadoria os custos com seguro, frete e outros. Esta é a modalidade tradicionalmente conhecido como preço “posto na obra”.
OBS: No caso de preço FOB, o cobrador tem que cotar à parte as despesas de transporte, carga, seguro e outros gastos para se ter a mercadoria na obra, pois elas não integram o preço dado pelo vendedor. No caso do preço CIF o comprador não terá que adicionar nenhuma parcela ao preço dado pelo vendedor.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A depender do porte da obra, os equipamentos ocupam muitas das frentes de serviço. Pequenos ou grandes, alugados ou próprios, hidráulicos, pneumáticos ou elétricos, os equipamentos frequentemente representam grande parcela do custo de um serviço por extensão, da obra. Essa representatividade do equipamento atinge seu ápice, principalmente, em obras de terraplenagem. É necessário, pois, ao construtor recuperar com o uso do equipamento todo o desembolso ocorrido com aquisição, operação, manutenção, seguro, taxas, etc. do equipamento, além dos juros referentes ao capital investido.
CUSTO HORÁRIO TOTAL A maneira habitual de atribuir valor a um equipamento é por hora de utilização, pois é dessa maneira que o equipamento aparece nos orçamentos. O custo horário de um equipamento é a soma de várias parcelas, sendo preciso calcular cada uma delas. Como são vários os fatores envolvidos, não é tarefa das mais fáceis. Por isso, os métodos de cálculo são relativamente empíricos, baseados em parâmetros obtidos a partir da observação das condições de trabalho, tipo de equipamento e outras características especiais.
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HORA PRODUTIVA E HORA IMPRODUTIVA A hora produtiva de um equipamento é a hora de trabalho efetivo. Seu custo é a soma dos custos de propriedade (depreciação e juros), custo de operação (pneus, combustível, lubrificantes, energia elétrica, operador) e custo de manutenção. A hora improdutiva corresponde a uma hora de trabalho em que o equipamento fica à disposição do serviço, porém sem ser empregado efetivamente. Assume que a máquina está parada e com o operador ocioso.
CUSTOS DE PROPRIEDADE Quando o construtor utiliza um equipamento próprio para realizar um serviço qualquer em sua obra, o custo envolvido com aquele equipamento não é apenas o de combustível, lubrificação e operador. Com o decorrer do tempo, o equipamento se desvaloriza, tem seu valor de mercado diminuído. Os custos de propriedade são, pois, inevitáveis, ocorrendo independentemente da atividade do equipamento. São custos provenientes da perda do valor do equipamento com o decorrer do tempo. Para recuperar o dinheiro investido - e poder repor o equipamento no futuro -, uma parcela do valor de aquisição deve ser cobrada de cada serviço em que o referido equipamento for empregado. Procedendo dessa maneira, se a vida útil de uma máquina é estimada em 10.000 horas, ao final dessa quantidade de horas o valor para reposição da máquina deverá ter sido recolhido aos cofres da empresa. À tarifa horária cobrada para reaver o valor investido dá-se o nome de depreciação horária.
DEPRECIAÇÃO DO EQUIPAMENTO Quando o construtor adquire um equipamento, ele não está gastando seu dinheiro está investindo, está trocando uma quantia em dinheiro por um bem de valor equivalente. O valor do equipamento, contudo, começa a se desvalorizar a partir do instante em que é entregue ao comprador, e a desvalorização prossegue devido a inúmeros fatores, tais como idade, tempo de uso, desgaste e obsolescência. Esse declínio no valor do equipamento representa um dispêndio real e deve entrar na contabilidade da empresa. Pode-se definir depreciação como a diminuição do valor contábil do equipamento.
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VALOR DE AQUISIÇÃO Valor de Aquisição é valor pelo qual o equipamento foi adquirido, conforme estampado na nota fiscal ou no recibo de compra, acrescido dos impostos cabíveis, seguro e despesas com frete, armazenamento e desembaraço.
VIDA ÚTIL Dá-se o nome de Vida Útil ao período de tempo em que o equipamento trabalha de forma eficiente e produtiva. Ela depende do tipo de equipamento, das condições de trabalho e da qualidade da manutenção. Veja na tabela abaixo a vida útil de alguns equipamentos utilizados na obra:
Equipamento
Vida Útil (anos)
(Horas de serviço)/anos
Horas de vida útil
Perfuratriz Manual
3
2000
6000
Betoneira
4
1250
5000
Rolo pé de carneiro
8
1750
14000
Compressor de ar
5
2000
10000
Caminhão Basculante
5
2000
10000
Carregadeira de pneus
4a6
2000
8000 a 12000
5
2000
10000
Escavadeira
VALOR RESIDUAL Valor Residual é o valor que uma máquina ainda possui após haver sido utilizada durante a quantidade de horas estabelecida como sua vida útil. É o valor estimado de revenda ao final da vida útil. Nos cálculos de custo horário de depreciação, normalmente adota-se um valor residual de 10% a 20%. Se a vida útil de uma carregadeira foi estimada em 10.000 horas, ao final desse período ela não estará necessariamente inservível. Ao contrário, se houve operação e manutenção eficientes, ela pode ainda estar em relativamente boas condições de uso e ter um determinado valor de revenda no mercado. Na pior das hipóteses, o equipamento pode servir como sucata para algum ferro-velho. O valor residual deve ser subtraído do valor de aquisição do equipamento para o cálculo da depreciação.
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CUSTOS DE OPERAÇÃO Os custos de operação de um equipamento de construção envolvem basicamente: pneus, combustível, óleo, filtros, energia, operador e outros.
PNEUS Presume-se que ao final da vida útil do pneu, todo o jogo de pneus será trocado. No caso de um caminhão de seis rodas, por exemplo, o custo de pneus será de um jogo de seis pneus a cada 2.500 h, supondo-se condições medianas de agressividade do local de trabalho.
COMBUSTÍVEL Trabalhando em condições ideais, um motor de combustão interna a gasolina consome em média 0,23 litros por horsepower-hora (HP x h) desenvolvida. Para um motor a diesel, o consumo é aproximadamente 0,15 litros por horsepower-hora desenvolvida. Exemplo. Uma carregadeira a diesel possui potência nominal de 160 HP. A carregadeira trabalha a plena potência enchendo a concha durante 5 segundos. Nos 15 segundos restantes do ciclo, assume-se que o motor trabalha com meia potência. A carregadeira trabalha em média 45 minutos por hora. Qual o custo horário de combustível (Gh), se 1 litro custa R$ 1,80? Potência média = (5 s x 160 HP + 15 s x 80 HP) /20 s = 100 HP (ou seja,fator de operação = 100/160 = 62,5%).
59
Então: Fator de eficiência = 45/60 = 0,75 Fator de potência = 0,625 x 0,75 = 0,47 Potência média corrigida = 0,47 x 160 HP = 75 HP Consumo horário = 0,15 l/(HP x h) x 75 HP = 11,25 l/h Custo horário = Gh = 11,25 l/h x R$ 1,80 / l = R$ 20,25/h OBS: Motor a gasolina: consumo (I/h) = 0,23 x f x HP Motor a diesel: consumo (I/h) = 0,15 x f x HP
MÃO DE OBRA DE OPERAÇÃO O custo da mão de obra de operação corresponde ao custo do homem-hora de operador. A hora do operador deverá ser calculada com todos os encargos sociais e trabalhistas vistos anteriormente. Exemplo. Calcular o custo horário de operador para a escavadeira do exemplo da depreciação, considerando que a hora do operador custa R$ 3,00 e os encargos na faixa de 130%. MOh = R$ 3,00 x 2,30 = R$ 6,90 / h.
CUSTOS DE MANUTENÇÃO Equipamentos exigem manutenção. As despesas são com a aquisição de peças de reposição e a mão de obra envolvida na troca das peças, ajustes, etc. Os custos
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variam consideravelmente com o tipo de equipamento e o serviço que executam, assim como dependem da política da empresa. Em termos gerais, os custos de manutenção compreendem a manutenção proprian1ente, os reparos e as despesas fixas. A rigor é difícil estabelecer uma distinção clara entre manutenção e reparo. Geralmente denomina-se manutenção o conjunto de atividades de limpeza, lavagem, inspeção, ajuste, calibração, regulagem, retoque, reaperto e troca rotineira de peças (filtros,mangueiras, cabos, câmaras,etc.).Em algumas obras, a manutenção dos equipamentos é feita na própria frente de serviço, sem necessidade de levá-los até a oficina mecânica; em outras, é necessário montar uma oficina.
EQUIPAMENTO ALUGADO Em uma obra nem sempre o construtor utiliza apenas equipamento próprio. Se for conveniente, ele pode apelar para equipamento alugado de terceiros. Alugar um equipamento nem sempre é um mau negócio. Em vários casos é conveniente ao construtor alugar em vez de comprar. Vejamos algumas situações:
O aluguel de um equipamento pode ser de três formas: 1. Tarifa - a construtora paga um preço fixo por unidade de tempo (hora, dia, semana ou mês), havendo as seguintes variações: •
aluguel inclui o equipamento puro, sem operador;
•
aluguel inclui o equipamento com operador;
61
•
aluguel inclui combustível, lubrificação e reparos, sem operador;
•
aluguel inclui o equipamento, combustível, lubrificação e reparos, com operador.
2. Leasing (arrendamento mercantil) - a construtora paga uma taxa fixa pelo aluguel do equipamento, por prazo determinado, mas com opção de compra pelo arrendatário. A vantagem é que boa parte do aluguel pago é descontada do preço de aquisição do equipamento. Outra vantagem é que a empresa pode considerar contabilmente como despesa os pagamentos feitos, abatendo o imposto de renda devido. 3. Empreitada - a construtora paga pelo trabalho realizado pelo locador; nesta modalidade, é interessante ao locador utilizar seus melhores operadores e máquinas para aumentar a produtividade e receber o aluguel mais rápido. OBS: Quando o aluguel de uma máquina é feito por hora, cobra-se a hora trabalhada, medida no horímetro do equipamento. No caso de cobranças por semana ou por mês, o preço normalmente independe da quantidade de horas, sendo estabelecida uma média de horas de trabalho - se o construtor for ineficiente, a hora de aluguel tende a ficar muito cara.
FAIXAS DE VALORES DO BDI Geralmente o valor de BDI apresentado no mercado fica em torno de 25% a 30%. O TCU firma o percentual mínimo e máximo de BDI em obras públicas, decisão tomada pelo Acórdão nº 2.369/2011, em estudo realizado pelo próprio TCU, de acordo com a tabela, a seguir:
FAIXAS DE VALORES DO CONTRATO
MÍNIMO
MÁXIMO
MÉDIA
BDI PARA OBRAS DE EDIFICAÇÕES - CONSTUÇÃO Até R$ 150.000,00
20,80%
30,00%
25,10%
De R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00
19,70%
28,80%
23,90%
De R$ 1.500.000,01 até R$ 75.000.000,00
18,60%
27,60%
22,80%
62
De R$ 75.000.000,01 até R$ 150.000.000,00
17,40%
26,50%
21,60%
Acima de R$ 150.000.000,00
16,30%
25,30%
20,50%
BDI PARA OBRAS DE EDIFICAÇÕES - REFORMA (COM AMPLIAÇÃO DE ATÉ 40%) Até R$ 150.000,00
22,40%
31,90%
26,80%
De R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00
21,30%
30,70%
25,70%
De R$ 1.500.000,01 até R$ 75.000.000,00
20,10%
29,60%
24,50%
De R$ 75.000.000,01 até R$ 150.000.000,00
19,00%
28,40%
23,30%
Acima de R$ 150.000.000,00
17,90%
27,20%
22,20%
BDI PARA FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Faixa de referência
10,50%
19,60%
15,60%
Fonte: TCU, Acórdão nº 2.369/20011 – Plenário.
PREÇO DE VENDA
Portanto, a fórmula de cálculo apresentada para aplicação do BDI no preço unitário de venda do serviço e que deve ser adotada é:
Segue um exemplo do fechamento do preço final de venda de obras e serviços:
63
64
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721. Avaliação de custos de construção para incorporação e outras disposições para condomínios edilícios - Procedimento. Rio de Janeiro, 2006.
BRASIL, Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Licitações e Contratos da administração pública.
______, Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997.
COÊLHO, Ronaldo Sérgio de Araújo. Orçamentação na construção de edificações. São Luís: UEMA, 2011.
Custo unitário básico. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2012.
DIAS, Paulo Roberto Vilelas. Novo conceito de BDI obras e serviço de consultoria. 3 ed. Rio de Janeiro: IBEC, 2010.
______. Estimativas de custo de obras e serviços de engenharia . 2 ed. Rio de Janeiro: IBEC, 2011.
GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e custo na construção civil. 2 ed. São Paulo: PINI, 1991.
GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Noções de orçamento e planejamento de obras . São Leopoldo: Unisinos, 2008. (Notas de aula).
LIMMER, Carl Vicente. Planejamento, orçamentação e controle de projetos de obras. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras . São Paulo: PINI, 2006.
65
TCPO. Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 13. ed. São Paulo: Editora PINI, 2008.
TISAKA, Maçahiko. Orçamentação na construção civil . São Paulo: PINI, 2006.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Acórdão nº 2.369/2011 – Plenário . Brasília: TCU.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – Obras Públicas: Recomendações Básicas para a contratação e Fiscalização de Obras Públicas. 2 ed. Brasília: TCU, SECOB, 2009.
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ANEXO A
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ORÇAMENTO ANÁLITICO Universidade Estadual do Maranhão
Logo
OBRA : REFORMA DO 16 DP DA VILA EMBRATEL LOCAL DA OBRA : VILA EMBRATEL ITEM 1. 1.1 1.2 1.3
DISCRIMINAÇÃO PRELIMINARES
Orçamento QUANT. UND
Licensas para início de obra
1,00
Emolumentos e Taxas acima de R$300.000,00
1,00
Locação da obra IMPLANTAÇÃO/ ADMINISTRAÇÃO
212,85
Administração diária de obra
180,00
Demolição de Reboco
193,38
Demolição de Alvenaria
217,84
Remoção de Entulho
53,66 9,00
3.
Remoção de Louça sanitária MOVIMENTO DE TERRA
3.1
Escavação manual de valas
2. 2.1 2.3 2.4 2.5 2.6
3.2 4. 4.1 4.2 4.3 4.4 5. 5.1 5.2 5.3
DATA: 03/2011
72,65
Aterro compactado manualmente FUNDAÇÃO Alvenaria de embasamento com pedra, traço 1:4 Forma de madeira para fundações em concreto armado
21,32
69,83 88,24
Concreto fck> 20MPa
2,43
Aço CA -50 A 3/8" - 10mm ESTRUTURA
12,61
Concreto fck > 20 Mpa
7,40
Aço CA-50 A 3/8" - 10 mm Forma de madeira para estruturas em
58,98
68
UNITÁRIO R$
TOTAL 3.978,79
un
R$
1.166,00
R$
1.166,00
un
R$
1.865,61
R$
1.865,61
m²
R$
4,45
R$
947,18
R$
60.445,20
dia
R$
246,63
R$
44.393,40
m²
R$
15,19
R$
2.937,44
m²
R$
52,37
R$
11.408,28
m³
R$
29,71
R$
1.594,12
und
R$
12,44
R$
111,96
R$
2.256,29
m³
R$
29,71
R$
2.158,43
m³
R$
4,59
R$
97,86
R$
23.456,82
m³
R$
269,48
R$
18.817,79
m²
R$
38,81
R$
3.424,67
m³
R$
452,89
R$
1.100,52
kg
R$
9,03
R$
113,83
R$
5.893,82
m³
R$
452,82
R$
3.350,87
kg
R$
9,03
R$
532,60
m²
R$
38,81
R$
2.010,36
concreto armado 6. 6.1 7. 7.1 7.2 8 8.1 10. 10.1 11. 11.1 11.2 11.4 12. 12.1 12.2 13.
51,80
ALVENARIA Alvenaria de tijolo cerâmico furado COBERTURA
465,56
Estrutura da cobertura para telhas cerâmica
546,55
Cobertura com telha cerâmica IMPERMEABILIZAÇÃO
546,55
Impermeabilização com emulsão asfáltica PAVIMENTAÇÃO
28,00
Assentamento de Paralelepipedo REVESTIMENTOS
352,50
Chapisco
1.097,87
Reboco de cimento e areia 1:4 - 25mm
951,26
Revestimento cerâmica 30x30 FORROS
444,72
Forro de PVC
306,85
Estrutura para fixação do forro CARPINTARIA E MARCENARIA
306,85
13.1 Porta de madeira 0,70x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro
3,00
13.2 Porta de madeira 0,80x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro
20,00
13.3 Porta de madeira 0,90x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro
3,00
13.4 Porta de madeira 0,60x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro 14. SERRALHERIA Grade de ferro com pintura esmalte cinza 14.1 prata 14.2 Calha em chapa galvanizada # 24 desenvolvimento 33 cm 15. PINTURA Emassamento com massa corrida acrílica - 2 15.1 demãos 15.2 16
Pintura acrílica semi-brilho - cor branca gelo
7,00
1,00 10,60
951,26 951,26
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TELECOMUNICAÇÕES E INFORMÁTICA
69
m²
R$
36,24
R$
16.871,89
R$
16.871,89
R$
104.598,74
m²
R$
61,88
R$
33.820,51
m²
R$
129,50
R$
70.778,23
R$
263,20
R$
263,20
R$
23.874,83
R$
23.874,83
R$
59.516,43
m²
m²
R$
R$
9,40
67,73
m²
R$
7,59
R$
8.332,83
m²
R$
23,68
R$
22.525,84
m²
R$
64,44
R$
28.657,76
R$
59.400,02
m²
R$
161,22
R$
49.470,36
m²
R$
32,36
R$
9.929,67
R$
15.391,65
und
R$
576,87
R$
1.730,61
und
R$
484,91
R$
9.698,20
und
R$
411,18
R$
1.233,54
und
R$
389,90
R$
2.729,30
R$
1.420,42
und
R$
826,93
R$
826,93
m
R$
55,99
R$
593,49
R$
26.055,01
m²
R$
12,50
R$
11.890,75
m²
R$
14,89
R$
14.164,26
R$
39.464,18
16.1 16.2
Luminárias 2x32 W embutir completa
25,00
Quadro de distribuição com barramentos fase, neutro e terra com capacidade de 48 circuitos
1,00
16.3
Quadro de Medição Trifásico - Padrão cemar Luva de PVC rígido para eletroduto roscável 30 16.4 mm (1") 16.5 16.6 16.7 16.8 16.9 16.10 16.11 16.12
1,00 45,00
Tomada 2P+T universal ref: 543 23 Pial
24,00
Interruptor 1 seção
28,00
Interruptor 2 seções
2,00
Eletroduto de PVC flexivel seção 1"
214,00
Disjuntor 1P / 25 A 380 V 4,5 kA
6,00
Cabo Pirastic 450/750V-1,5mm²
1.053,00
Cabo Pirastic 450/750V-2,5mm²
1.053,00
Caixa octogonal de PVC 3x3"
51,00
16.13 Caixa de tomada para duto de piso com suporte para tomadas logicas e eletricas 16.14
2,00
Caixa de passagem para duto de piso 30x30 cm
2,00
Curva 90 para duto de piso 25x140mm
9,00
Curva 90 para duto de piso 25x210mm
5,00
16.17 Eletroduto de PVC rígido roscável 1" embutido em piso / alvenaria
242,00
16.15 16.16
16.18
Cabo coaxial RG 59 U Eletroduto de PVC flexivel seção 1" para 16.19 telefone Quadro de embutir 20x20x13,5cm padrão 16.20 telefonia 16.21 17
34,00 214,00 1,00
Tomada RJ45 cat 5e INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTO
5,00
17.1 Abertura e fechamento de rasgos em alvenaria e pisos para tubulação de água fria 17.2 17.3
58,96
Bóia automática para reservatório inferior
1,00
Bóia automática para reservatório superior
1,00
70
un
R$
265,83
R$
6.645,75
un
R$
1.105,26
R$
1.105,26
un
R$
113,80
R$
113,80
un
R$
5,67
R$
255,15
un
R$
16,02
R$
384,48
un
R$
15,42
R$
431,76
un
R$
27,90
R$
55,80
m
R$
13,45
R$
2.878,30
un
R$
27,12
R$
162,72
un
R$
7,61
R$
8.013,33
m
R$
7,61
R$
8.013,33
m
R$
12,51
R$
638,01
un
R$
139,28
R$
278,56
un
R$
41,87
R$
83,74
un
R$
30,73
R$
276,57
un
R$
44,17
R$
220,85
m
R$
25,96
R$
6.282,32
un
R$
9,34
R$
317,56
m
R$
13,45
R$
2.878,30
un
R$
145,09
R$
145,09
un
R$
56,70
R$
283,50
R$
18.902,73
m
R$
7,94
R$
468,14
und
R$
69,65
R$
69,65
und
R$
69,65
R$
69,65
17.4 Adaptador soldavel de PVC curto c/ bolsa rosca para registro 25mm-3/4" 17.5 17.6
3,00
Reservatório de fibra de 5000 litros
1,00
Registro de esfera em PVC soldável 25mm-3/4"
2,00
17.7 Registro de gaveta com acabamento cromado 25mm-3/4"
6,00
17.8 Registro de pressão com acabamento cromado 25mm-3/4"
6,00
17.9 Tubo soldável de PVC para água fria, com conexões, 25mm-3/4"
58,96
17.10
Engates flexivel de PVC Caixa sifonada de PVC rígido, 100 x 100 x 17.11 50mm 17.12
9,00 9,00
Ralo seco com grelha
2,00
17.13 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável,
5,01
Ф 40 mm
17.14 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável,
20,00
Ф 50 mm
17.15 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável,
60,73
Ф 100 mm
17.16 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa 17.17
soldável, Ф 150 mm Joelho 45 de PVC, ponta e bolsa soldável, Ф 40
11,14
mm
13,00
17.18 Joelho 45 de PVC, ponta e bolsa e virola soldável,
7,00
Ф 50 mm
17.19 Joelho 45 de PVC, ponta bolsa e virola soldável, 17.20
Ф 100 mm Joelho 90 de PVC, ponta e bolsa soldável, Ф 40
15,00
mm
4,00
17.21 Joelho 90 de PVC, ponta bolsa e virola soldável,
1,00
Ф 50 mm
17.22 Joelho 90 de PVC, ponta bolsa e virola soldável,
10,00
Ф 100 mm
17.23 Junção 45 de PVC, com redução, ponta bolsa e virola soldável, 100x50 mm Caixa de gordura pequena em alvenaria de 1/2 17.24 tijolo
1,00
17.25 Caixa de inspeção (60 x 60 x 60 cm) em alvenaria de 1 tijolo
5,00
17.26
9,00
Fossa séptica l=4,00m, c=6,00m e h=2,00m
1,00
71
und
R$
3,59
R$
10,77
und
R$
1.802,05
R$
1.802,05
und
R$
28,39
R$
56,78
und
R$
100,53
R$
603,18
und
R$
100,53
R$
603,18
m
R$
15,07
R$
888,53
und
R$
7,98
R$
71,82
und
R$
35,75
R$
321,75
und
R$
12,80
R$
25,60
m
R$
11,80
R$
59,12
m
R$
14,31
R$
286,16
m
R$
25,90
R$
1.572,73
m
R$
31,19
R$
347,42
und
R$
8,40
R$
109,25
und
R$
8,14
R$
56,99
und
R$
15,00
R$
225,01
und
R$
9,50
R$
38,02
und
R$
9,72
R$
9,72
und
R$
19,70
R$
197,00
und
R$
21,83
R$
196,43
und
R$
184,35
R$
184,35
und
R$
350,32
R$
1.751,62
und
R$
5.958,32
R$
5.958,32
17.27 Sumidouro d=2m h=2,91m em alvenaria com tampa de concreto 18.
1,00
INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO
1,00
18.1 Extintor CO2 - 6 kg de parede
1,00
18.2 Extintor PQS - 4 kg de parede 19. LIMPEZA E VERIFICAÇÃO FINAL
6,00
19.1
Limpeza diária e verificação final
659,50 Total
72
und
R$
2.919,50
R$
2.919,50
und
R$
5.958,32
R$
5.958,32
und
R$
2.919,50
R$
2.919,50
un
R$
294,45
R$
1.766,70
R$
2.031,26
R$
2.031,26
R$
469.779,60
m²
R$
3,08
ORÇAMENTO SINTÉTICO Logo
Universidade Estadual do Maranhão
OBRA : REFORMA DO 16 DP DA VILA EMBRATEL
DATA: 03/2011
LOCAL DA OBRA : VILA EMBRATEL
ITEM 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16 17 18. 19.
Orçamento DISCRIMINAÇÃO PRELIMINARES IMPLANTAÇÃO/ ADMINISTRAÇÃO MOVIMENTO DE TERRA FUNDAÇÃO ESTRUTURA ALVENARIA COBERTURA IMPERMEABILIZAÇÃO PAVIMENTAÇÃO REVESTIMENTOS FORROS CARPINTARIA E MARCENARIA SERRALHERIA PINTURA
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
TOTAL 3.978,79 60.445,20 2.256,29 23.456,82 5.893,82 16.871,89 104.598,74 263,20 23.874,83 59.516,43 59.400,02 15.391,65 1.420,42 26.055,01
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TELECOMUNICAÇÕES E INFORMÁTICA INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTO INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO LIMPEZA E VERIFICAÇÃO FINAL
R$
39.464,18
R$ R$ R$ R$
18.902,73 5.958,32 2.031,26 469.779,60
73
ANEXO B
74
75
76
77
78
79
80