1978
ASSOCIAÇÃO BRA IlEIRA DE NORMAS nCNIC
111
Mil
PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO
-.
Procedimento
_.
Quando
concreto
O
for usado
em ambiente
reconhecidamente
agressivo
relação à escolha dos materiais constituintes, respeitando-se o mínimo água/cimento compatíveis com a boa durabilidade do concreto.
deverão
consumo
ser tomados de cimento
"I especu
cuidados
e o máximo
valor da.
8.2.3 Resistência mealnica
o
concreto,
Quer preparado
mferior a 9 na resistência
no canteiro
e compatível característica.
Quer pre misturado,
com a adotada
MPa
deverá
no projeto.
apresentar
O concreto
uma resistência
pre misturado
característica
deverá ser fornecido
feu COIli'
8.2.4 Diagrama tens50-
à compressão, a ser usado no cálculo de acordo com o item 4.1.1.1, será suposto c da figura 31, composto de uma parábola do 2? grau Que passa pela origem e ten
0,85
vért Ice no ponto de abscissa 2%0 e ordenada parábola e paralela ao eixo das abscissas.
fCd e de uma reta entre
as deformações
2%0 e 3,5%, tanger
3,5%0
2%0
FIGURA
31
8.2.5 Módulo de deformação longitudinal à compressão Na falta de determinação experimental, o m6dulo de detormação longitudinal à compressão, detorrneção efetiva, correspondente ao primeiro carregamento, será suposto igual a 6.600
No projeto
tomar-se-à.
para o cálculo do rnódulo
vr;;
no inicio da curva tem
(MPa)
de deformação, fCj
= tck + 3.5
MPa
8.2.6 Coeficiente de Poisson O coeficiente
de Poisson
relativo
às deformações
elásticas
será suposto
igual a 0,2.
8.2.1 Coeficiente de dilatação térmica
o coeficiente
de dilatação
térmica,
para as variações
normais
de temperatura,
será suposto
igual a 10- 5;ar;
8.2.8 Retração e deformação lenta Para o cálculo
das peças de concreto
armado
os característicos
relativos
à retr ação e li deformação
lenta serão os indl:
dos nos itens 3.1.1.5 e 3.1.1.6. 8.3
Dosagem
8.3. 1 Dosagem experimental A dosagem experimental dede previstas. expressa
terá por fim estabelecer o traço do concreto esta últ ima pela consistência.
para
qUI!
este tenha
8
resistência
e a trnblllhab'
a)
á
íixeçêo da relação
éoua/cirnento
- da resistência de dosagem acordo com o item 8.3.1.2;
decorrerá
fe 28' ou na idsde prevista
no plano da obra para Que
- das pecuiiaridades da obra relativas à sua durabilidade (tais como ação de líquidos e gases agressivos, a altas temperaturas e a variações à prevenção contra retração exagerada; bl a trabalhabilidade empregado
será comoatível
na mistura,
transporte,
com os característicos lançamento
seja atingida,
de
imper meabilidede e resistência ao desgaste, & bruscas de temperatura e umidade) e relativas
dos rnaterrars
e adensamento,
resistência
11
componentes,
com o equipamento
bem como com as eventuais
dificuldades
a ~
de execução
das peças. 8.3.1.2
Resistência
de dosagem
Quando for conhecido o desvio psdr âo sn da resistência, determinado em ensaios com corpos de prova da obra considerada ou de outra obra cujo concreto tenha sido executado com o mesmo equipamento e iguais organização e controle de Qualidade, a resistência de dosagem será calculada pela fórmula:
sendo o desvio padrão
de dosagem
onde Kn tem o valor seguinte, n
sd determinado
de acordo
Não se tomará
com o número
20 1,35
para sd valor inferior
pela expressão
n de ensaios:
25
30
50
200
1,30
1,25
1,20
1,10
a 2 MPa
Se não for conhecido o desvio padrão 5n, o construtor indicará, para efeito da dosagem inicial, o modo como pretende conduzir a construção, de acordo com o qual será fixado o desvio padrão sd pelo critério abaixo (em todos os casos será feito o controle da resistência, durante o decorrer da obra, conforme O item 8.4.4): a} Quando houver assistência de profissional materiais forem medidos em peso e houver \
em função do decorrer
de determinações
frequentes
da obra, da homogeneidade
legalmente habilitado, especializado em tecnologia do concreto, todos os medidor de água, corrigindo-se as quantidadesde agregado miúdo e de água
e precisas do teor de umidade dos materiais
dos agregados,
e houver garantia
de manutenção,
a serem empregados:
'ti.= 4 MPa
b) Quando houver assistência de prbfissional legalmente habilitado, especializado em tecnologia do concreto, o cimento for medido em peso e os agregados em volume, e houver medidor de água, com correção do volume do agregado miúdo e da quantidade
de água em função
de determinações
frequentes Sd
e precisas do teor de umidade
= 5,5MPa
cl quando o cimento for madido em peso e os agregados em volume e houver dade de água em função da umidade dos agregados simplesmente estimada: 'ti =7 MPa
8.3_2 Dosagem não exp.imentll'
dos agregados:
medidor
de
'oua,
corrigindo
..•
I
quanti-
NB-l/1978
54
não experimental. feita no canteiro da obra. por processo rudimentar, somente vulto. respeitadas as seguintes condições e dispensado o controle da resistência:
A '1',.
peque'
ai a quantidade
rmmrna
de cimento
por metro cúbico
de concreto
no volume
do agregado
b) a proporção
de agregado
tr abalnsbrhdade
adequada
cI a quantidade
de água será a mínima
84
total
devendo
compatível
para obras de
será de 300 kg; será fixada
de maneira
a obter-se
um concreto
utilizados
nas quantidades
Ot
estar entre JO% e 50%; com a trabalhabilidade
necessária.
Controle tecnológico
o controle 84
miúdo
a seu emprego,
será permitida
'
t ecnolóq.co
abrangerá
pelo menos o previsto
nos itens sequintes.
ver itrceçéo da dosagem utilizada
A verificação da dosagem terá por finalidade especitrcadas no traço do concreto.
Deverá ela se, feita frequentemente,
comprovar
pelo menos
se os constituintes
estão
sendo
uma vez por dia, e sempre que houver
ções dos car acter i st rco s dos constituintes. Essa verificação consistirá nOrmalmente ocasião da colocacão dos constituintes na betoneira. Em caso de dúvida, poderão amostras e reconst nurcão de traço do concreto recém misturado ou endurecido.
alteração
de traço ou modifica-
na conferência das quantidades na ser utilizados processos de coleta de
8.4.2 veriticsçêo da trebelhebilidede A verificação
da trabalhabilidade
será feita através
de ensaios de consistência,
cara averiguar
se esta consistência
corres
ponde à prevista; estes ensaios perm it irão também uma constatação fácil da homogeneidade da massa e um controle Indireto da quantidade de água. A determinação da consistência poderá ser feita pelo ensaio de abatimento ou por outros processos de comprovada eficiência e recomendados por laboratório nacional idôneo. Os ensaios devem ser feitos para cada 25 m3 de concreto, mas pelo menos uma vez por dia, quando amassado na obra, e na recepção de cada caminhão-betoneira, quando feito em usina fora da obra; sempre que forem moldados corpos de prova para ver if icacâo da resistência mecânica, deverá ser feito ensaio de consistência. com concreto da mesma amassada
8.4.3 Verificação dos csrecter/sticos
dos constituintes
Além dos ensaios iniciais de caracterização de todos os materiais componentes, deverão ser feitos ensaios periódicos sempre que houver alteração de materiais. A frequência destes ensaios será a f ixada nas especificações EB- 1 e EB-4.
ou
8.4.4 Verificação da resistêncie mecânics A verificação
normal
da resistência
mecânica
deverá ser felt.., de acordo
com os métodos
MB- 2 e MB· 3.
A idade de ruptura será a prevista no plano da obra (j dias); normalmente a idade será de 28 dias. Permitir-se-a a avalração prévia da resistência com idade menor, desde que se tenha determinado a relação entre as resist êncras nessa idade e na idade prevista,
usando-se
de preferência
a idade de 7 dias.
3~PARTE EXECUÇÃO 9
FOR, AS E ESCORMJ!ENTOS
9.1
Fõrmes
As fôrmas item 11.
9.2
deverão
adaptar-se
Dimensionsmento
às lormas
e dimensões
das peças da estrutura
projetada,
respeitadas
as tolerâncias
do
60
NB-l/1978
A prcteção
a secaoem
contra
prematura,
pelo menos
•
os 7 ,primeiros
durante
dias após o lançamento
do concreto,
aumentado este m(nimo Quando a natureza do cimento o exigir, poderá ser feita mantendo- se umedeêid1t'a superfície ou protegendo-se com uma película impermeável O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamet\to térmico edequado e devidamente controlado, nio se dispensando as medidas de proteção contra a secagem. 14.2 Rt!tiooa das f6rmas e do escorsmeato
I'r6zos
14.2.1 A retirada
das fôrmas
e do escoramento
SÓ poderá
ser feita quando
o concreto
resistir às ações que sobre ele atuarem a maior probabilidade
de grande
se achar suficientemente
endurecido
para
inaceitáveis, tendo em vista o valor baixo de Ee e é solicitado com pouca idade.
e n50 conduzir 8 deformações deformação lenta quando o concreto
das condições acima e não se tendo usado cimento de alta resistência inicial ou a retirada das fôrmas e do escoramento não deverá dar-se antes dos seguintes
Se não for demonstrado o atendimento processo que acelere o endurecimento, prazos:
3 dias
faces laterais: faces inferiores, faces inferiores,
14.2.2
deixando-se pontaletes bem encunhados sem pontaletes: 21 dias.
e convenientemente
espaçados:
14 dias
Precsuções
A retirada
do escoramento
e das fôrmas
deverá ser efetuada
sem choques
e obedecer
a um programa
elaborado
de acor-
do com o tipo da estrutura.
15
CONTROLE
DA RESISTÊNCIA
DO CONCRETO
15.1 Tipos de controle Tendo em vista a diversidade de condições construtivas e a importância relativa das difer entes estruturas de concreto, consideram-se dois tipos de controle da resistência do concreto à compressão: controle sistemático !;/ controle assistemático.
Excepcionalmente. feito de forma
controle
A totalidade
diária de mais de 500 m3 de concreto,
com produção
da indicada
diferente
forma em função
o
em obras
item 15, mas não inferior
neste
da variabilidade
do cimento,
slstnrnát ico é sempre
recomendável
do concreto
da estrutura
dQS demais
materiais
e será obrigatório
será dividida
quanto
empreqado
quando
o controle
da resistência
à sua credibilidade, s no concreto
for adotado
em lotes, para efeito de controle
estabelecida
e no próprio
fek
> 16 MPe
poderá ser essa outra
concreto
ou "'te
<
1,4
e aceitacêo.
15.1.1.1 Lotes ter mais de 100 m3, nem corresponder a área de construção de mais de 500 m2 e nem a tempo de execução de mais de 2 semanas. Nos ed ifícios cada lote não poderá cornoreander ma is de l andar. Nas estruturas de grande volume, o lote poderá atinqir 500 m3, mas o tempo de execução correspondente não pcderã superar 1 semana.
Os lotes não deverão
15.1 .1.2 Amostrsqsm A cada lote de concreto
oorresp..)oderá
tiva do lote todo. Cada exemplar
1 amostra
será constituído
como re-si:rtêrlÇWldo exemplar
tomando-se
com n exemplares,
retirados
de maneira
que a amostra
por 2 corpos de prova da mesma srnassada e moldados
o maior dos 2 valores obtidos
seja representa no mesmo ato,
no ensaio.
Excepcicnatrnente. oxcluído o 'caso do índice reduzido de arnostraqem (item 15.'.1.4), quando e moidagem, a cura i.'lcial e o transporte dos corpos de prova forem realizados por pessoal especializado, de laboratório, cada e .ernpler pod<8.á $1St' oon:tiW(do
par um único corpo do prova.
No
p'ro misturedo,
C~$O
bido
ele
COl'lCiU'to
obro.
fi
amostra
deverá
conter
pfllo
ml!f1Q~
um axsrnplsr
d.1
e&d., ClIminhão·beton-aírll
onde
m é a met..-de do núm~o
n dI! exempleres, desorezendo-se
c f, ..:;. f2 ~ fm .. < tn ~o (Item 15.1.2.1) nem maior qUB
1')$ rssistôncias
o valor
Il1l'Ú'
elos exernpluros , n50 se tornará
alto
1..0
para felt,
este número •• 1
for impar,
valor menor que
l,V6{1
n destes limit&s for maior que o 5e9undo, ferá mte S69undo limite adotado
Ouando o primeiro
como valor de fel:,
tSH'
15.1.1.4 (ndice de amostreqcm a Ddotar No controle (n
sistemático
terHo admitidos
de amostraçem: reduzido
trás indices
61.
(n
(n ::: 12) c r iqoroso
normal
18)
No inrcro
da produção
de cada tipo
de concreto
deverá
o {ndiO! normal;
em geral ser adotado
peculiares da obra ou de sua execução aconselharem, inicialmente será adotado o índice rigoroso. ou alterado no prosseguimento da produção de acordo com as indicações da Tabela 5. TABELA 5 - Controle
Sistemàtico •
[ndice de emostreçem empregado 170 lote em exame Reduzido Rigoroso Norma! (n == 12) (n == 18) (17 == 6) Indice a adotar no lote seguinte:
Valor estimado da resisténcis csrscter/stice
fCk.
~
eSI
fc k , es t
~
Manter o reduzido
Passar para o reduzido
Passar
Manter o normal Passar para o
f ck
para o
-fCk.
<
eSI
I
I
1,1fck
-
I,t fCk
as condições
Quando
O índice será mantido
normal
f ck
Passar para o normal
Manter o
rigoroso
riooroso
15.1.2 Controle sssistemstico
o controle
assistemático s6 será permitido lerá consrdei aclo qlobalmente. A amostra de concreto.
poríer
á
ser formada
E m nenhum
de até 6 m3" fabricados
caso a amostra em condições
ljJ 6
e moldados
ato; a resistência
15.1.2.1 Valor estimado
0,89 (item t 5.1.2.1).
da resistência
adotando-se n
por menos de 6 exemplares, quando
a amostra
Os exemplares
de cada exemplar
para W6 os seguintes
poderá
de toda a estrutura
por semana e para cada 30 m3
exceto
no caso de pequenos
ser de apenas
serão todos de 2 corpos
um exemplar,
volumes
de 2 corpos
de prova da mesma amassada
será o maior dos 2 valores obtidos
no ensaio.
ística à compressão
caracter
f2 ...
Conhecidas as resistências f 1 ~ à compressão, no caso de controle
1,4. O concreto
mas com pelo menos um exemplar
será formada homogêneas,
>
e 'Yc
fck ~ 16 MPa
de modo assistemático,
de prova. adotando-se no mesmo
quando
ensaiados,
o valor estimado
da resistência
caracterfstlca
valores:
6
7
8
10
12
14
16
;> 18
0,89
0,91
0,93
0,96
0,98
1,00
1,02
1,D4
mas não se tomando
valor maior que 0,85 da média aritmética
das resistências
dos n exemplares:
~1/1978
62 15.1.3
Resisténcis csrscter/stics à tração
o
valor estimado pressão.
16
da resistência
ACEITAÇÃO
à tração será determinado
caracterfstica
com crit~rio
.a do
equlvlleolt
caso de com-
DA ESTRUTURA
16.1 Aceitação automática Satisfeitas
as condições
de projeto
e de execução
desta Norma,
a estrutura
será autornst rcament e aceita se
16.2 Decisão a adotar quando não há sceiteçéo automática Quando
não houver
16.2.1
o
automática
na forma
ensaios especiais
do item 16.1, a decisão
do concreto
basear-se-é
em uma ou mais das seguintes
e ensaios da estrutura.
Revisão do projeto
projeto
16.2.2
aceitação
revisão do projeto,
verificações:
da estrutura
será revisto,
adotando-se
para o lote de concreto
em exame fck
Ensaios especiais do concreto
A investigação da estrutura,
direta
da resistência
os quais deverão
do concreto
ter diâmetro
será feita através de ensaios de pelo menos 6 corpos de prova extraidos
de 15 em, corrigindo·se
to e também,
se for o caso, se a razão entre
prova deverão
ser extraídos
a altura
de locais distribuídos
em exame. No caso de estrutura que antecederem o ensaio.
que deverá
os resultados
e o diâmetro
de forma
ficar imersa,
a constituirem
os corpos
uma amostra
de prova deverão
O correspondente valor estimado da resistência característica será calculado 10% ( ou 15%), em virtude de se tratar da resistência do concreto na própria riores a 1,1 1/;6 f 1 (ou 1,15
1/;6f 1)' Os valores entre
menos
dos resultados,
18. Na interpretação
a resistência
das ações de longa duração
deverão
parênteses
em virtude dos efeitos do broqueamen·
do corpo de prova for diferente
aplicam-se
representativa
permanecer
atuado
de todo o lote
irner so s nas 48 horas
como no item 15.1. '1.3, aumentando-se estrutura, e não se tomando valores infe-
Quando
o número
ser levados em conta a idade do concreto
Que tenham
de 2. Os corpos de
de corpos
de prova é pelo
na ocasião e o efeito sobre
até então.
Com as devidas precauções Quanto a interpretação dos resultados e como medida auxiliar de verificação da hornoqeneidade do concreto da estrutura, poderão ser efetuados ensaios não destrutivos de dureza superficial ou de medida de velocidade de propagação de ultra-som, de acordo com métodos estudados e aprovados por laboratório nacional idôneo.
16_2_3 Ensaio da estrutura Quando houver por investigação
dúvidas de Qualquer natureza sobre uma ou mais partes da estrutura, as quais não possam ser dirimidas anal ítica, a decisão a ser tomada poderá ser baseada nos resultados obtidos em ensaio da estrutura
realizado
de acordo
Durante
a realização
com método
cessará se surgir indício Na verificação
e na relativa
relativa
a estados
do ensaio
pré-estabelecido. deverão
ser medidas
grandezas
que revelem
o comportamento
de ruína. a estados
limites de utilização,
limites últimos,
o ensaio sen5 feito com a carga total
com a carga correspondente
à maior das duas seguintes:
da estrutura.
O tlnwio
Em caso contrário
tornar-se-é
uma das s-~uuintes decisões:
a
a parte condeneda
da c nruu.ra
S2rá demolida;
b -
II
estrutur
c -
Q
estrutura será aproveitada com restrições quanto
a terá reforçsda: ao seu cerrecsmento ou seu uso.
