Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
AVALIAÇÃO CLÍNICA ESTRUTURADA STRUCTURED CLINICAL EVALUATION EVALUACIÓN CLÍNICA ESTRUCTURADA competências além de atenção em saúde Arabela Maria Barbosa Sampaio1
como tomada de decisão, comunicação,
Silvia Cristina Marques Nunes Pricinote
2
liderança,
Edna Regina Silva Pereira 3
administração
e
gerenciamento e educação permanente. RESUMO
Não existe um único método de
O mundo vive profundas modificações
avaliação capaz de atingir todos estes
na área do conhecimento, da tecnologia,
elementos (conhecimentos, habilidades
do sócio político e não poderia
e atitudes), entende-se que apenas a
permanecer estático, na área da saúde.
combinação de métodos é capaz de
Requer-se
produzir os resultados esperados da
um
novo
perfil
de
profissional, cuja prática prática seja pautada na na
avaliação.
ética,
na
avaliações
na
baseadas na observação “do fazer ou do
no
integralidade,
rigor na
científico, cidadania
e
promoção de saúde e que desenvolva 1
Como
alternativa,
clínicas
as
estruturadas,
demonstrar como se faz”, objetivando a
Mestrado Profissional em Ensino na saúde.
E-mail:
[email protected] 2
Especialista em Clínica Médica pelo Hospital
das Clínicas da UFG, especialista em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, docente do Curso de Medicina da
avaliação. Na perspectiva de promover uma visão dos métodos avaliativos que
UniEVANGÉLICA – Anápolis - GO e discente
vem sendo utilizado na educação em
do Programa de Mestrado em Ensino na
saúde, pretende-se neste artigo, de
Saúde da Faculdade de Medicina da UFG,
[email protected]
revisão de literatura, oferecer ao leitor
3
Professora Associado Faculdade de Medicina
uma descrição geral e diversificada, de
da UFG, Departamento de Clínica Médica.
métodos
Doutora em Nefrologia pela Universidade
estruturada,
São Paulo – SP. Fellow e Instrutora Nacional do Programa:Foundation for Advancement of
Clínico Objetivo Estruturado, o mais
International Medical Research (FAIMER)
Education and Instituto –
difundido
de
avaliação
enfatizando no
Brasil,
clinica
o
Exame
almejando
oportunizar, que mais profissionais da
Brasil.
[email protected] Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
410
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
área de saúde possam conhecer e fazer
structured
clinical
evaluation,
uso desta ferramenta avaliativa.
emphasizing
Objective
Structured
Descritores: Avaliação Educacional,
Clinical Examination, the most widely
Avaliação em Saúde, Educação Baseada
used in Brazil, with a goal of advancing
em Competência, Educação Superior.
opportunities for health professionals to make use of this evaluative tool.
ABSTRACT
Key-Words:
In a world experiencing profound
Evaluation Studies, Competency-Based
technological
Education.
and
socio-political
Health
Evaluation,
changes in areas of knowledge and capacity, healthcare can not remain
RESUMEN:
static. A new kind of professional is
En
required, whose practice is based on
cambios
ethics, scientific standards, integrity,
conocimiento, de la tecnología, de lo
citizenship, and health promotion, who
socio-político, por supuesto que el área
develops skills beyond healthcare, such
de la salud no permanece estática. Se
as decision making, communication,
necesita un nuevo perfil profesional,
leadership, management, and continuing
cuya práctica esté fundada en la ética, el
education. No single method can assess
rigor
all of these elements (knowledge, skills,
ciudadanía y la promoción de la salud, y
and attitudes), and only a combination
que tenga habilidades más allá de la
of methods is able to produce a valid
atención en salud, como toma de
evaluation. An alternative method
decisiones, comunicación, liderazgo,
exists: structured clinical assessments
administración y gerencia, y educación
based on observation of "to do, or how
continua. No existe un método único de
to do" that aim to complete this
evaluación que permita reunir todos
evaluation by focusing attention on the
estos
performance of specific skills. In order
habilidades y aptitudes), y se entiende
to broaden the scope of evaluation
que sólo una combinación de métodos
methods that have been used in health
es capaz de producir los resultados
education, this article, a literature
deseados
review, intends to offer readers an
alternativa:
overview of the diverse types of
estructuradas basadas en la observación
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
un mundo que vive en
distintas
científico,
la
elementos
de
profundos áreas
del
integridad,
la
(conocimientos,
evaluación. evaluaciones
Cómo clínicas
411
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
"del hacer, o del demonstrar cómo se
e na promoção de saúde e que possa
hace", haciendo estas evaluaciones más
desenvolver competências além de
objetivas. Desde la perspectiva de
atenção em saúde como tomada de
promover una visión de métodos
decisão,
evaluativos que han sido utilizados en la
administração
educación de ciencias de la salud, se
educação permanente. 1
comunicação, e
liderança,
gerenciamento
e
pretende en este artículo de revisión
A concepção de educação médica
bibliográfica ofrecer al lector una
encontra-se em processo de mudança. O
descripción general y diversificada de
modelo
los métodos de evaluación clínica
flexneriano vem sendo rediscutido e
estructurada, con énfasis en el Examen
substituído por outros em várias
Clínico Objetivo Estructurado, el más
instituições de ensino superior no
usado en Brasil, con el objetivo de
Brasil: o movimento de incorporação da
mejorar las oportunidades de que más
Problematização e do Aprendizado
profesionales del área de la salud
Baseado
puedan conocer y hacer uso de esta
atividades
herramienta evaluativa.
especiais. 2
Descriptores:
tradicional
em
de
Problemas
curriculares
ensino
em
suas
normais
e
Evaluación Educacional,
Para tanto, as metodologias de
Evaluación en Salud, Educación Basada
ensino e de avaliação e os currículos
en Competencias, Educación Superior .
tradicionais se tornaram ultrapassados. O processo de ensino – aprendizagem não pode permanecer estático frente a
INTRODUÇÃO
essas transformações, necessitando de O mundo vive hoje profundas
inovações para cumprir com seu papel
modificações na área do conhecimento,
social de formar o profissional que
da tecnologia, na área sociopolítico e,
atenda
como não poderia permanecer estático,
sociedade, ultrapassando os limites do
na área da saúde que avançam com
treinamento técnico. 3-4
enorme rapidez. Requer-se um novo perfil
de
profissional:
às
demandas
dessa
nova
As tendências atuais de ensino em
generalista,
saúde apontam para a utilização de
humanista, crítico e reflexivo; cuja
tecnologias ativas, em que o aluno é o
prática seja pautada na ética, no rigor
protagonista do seu próprio processo de
científico, na integralidade, na cidadania
formação e o professor torna-se um
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
412
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
facilitador e motivador deste processo;
análise de situações e da atitude para
para a busca do ensino integrado e
derivar o conhecimento, abrangendo,
interdisciplinar inserido desde o início
entre
em campos de prática na comunidade,
conhecimento, capacidade de execução,
em que há articulação entre a assistência
habilidade para a execução, raciocínio,
e
pensamento crítico, postura profissional
ensino,
voltando-se
determinantes processo
biopsicossociais
saúde
comunidade
e
e
doença
para
inserção
para do
e
ética,
relacionamento
humano,
comportamento, valores, mudança de
da
atitude e até certa independência para a produção do saber. 7-8
de formação. 4-6
Para
Em 2001 com as indicações das Nacionais
características,
dessa
tecnologia da informação no processo
Diretrizes
outras
avaliar
a
qualidade
profissional e/ou as competências do
Curriculares
estudante, a observação dos princípios
(DCN) para cursos da área de saúde
da pirâmide de Miller deve ser
pode-se observar com maior clareza que
contemplada na escolha dos métodos de
as transformações na educação em
avaliação. O aluno precisa saber
saúde precisam de fato acontecer
(conhecimento), saber como faz (relatar,
oficialmente, e assim conseguir maior
descrever),
abrangência nas instituições de ensino
simuladas (demonstrar como faz) e
superior e maior aderência entre os
também o grau mais elevado da
profissionais e docentes da área de
pirâmide (fazer).9
realizar
em
situações
saúde. Desta forma, a formação do
Nesse contexto, o ato de avaliar
profissional em saúde, torna-se alvo de
o profissional em formação passa
analises e critica de suas atividades e
adquirir uma nova significação: deixa
principalmente em relação à qualidade.
de estabelecer se o aluno foi aprovado
A qualidade profissional vem
ou não em determinada disciplina para
sendo foco de discussão nas ultimas
verificar se os objetivos educacionais
décadas, e mais recentemente, a atenção
como um todo foram atingidos - se o
se
aluno adquiriu, além do conhecimento
volta
profissionais.
para Na
as
competências
abordagem
por
técnico
necessário,
competências,
competências, a aprendizagem não deve
habilidades e atitudes requeridas para o
ser vista como uma transferência de
novo perfil de profissional requerido. 10-
conhecimentos, mas deve partir da
11
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
413
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
Despoja-se, portanto, apenas do
Trata-se, portanto, de um artigo
caráter somativo, aprovar em uma
de revisão de literatura em que foram
disciplina
utilizados
e
assume
um
caráter
como
bases
de
dados
formativo, parte integrante da formação
Medline, Bireme, Scielo, ScienceDirect,
de competências do novo profissional.
limitando-se a coleta ao período de
10,12
novembro 2012 a Março 2013. Como não existe um único
método de avaliação capaz de atingir
AVALIAÇÃO
CLÍNICA
ESTRUTURADA
todos estes elementos (conhecimentos,
Testes escritos não avaliam
habilidades e atitudes), entende-se que
competências em sua completude,
apenas a combinação de métodos é
geralmente é necessária para isso a
capaz
observação direta. Tradicionalmente, a
de
produzir
os
resultados
esperados da avaliação. 11-13
avaliação de competências clínicas
Para alguns cabem às escolas
(capacidade de colher história, realizar
médicas se mobilizarem e criarem
exame físico, efetuar procedimentos,
condições
que
utilizar o raciocínio clínico, tomar
estudantes e docentes consigam criar
conduta, comunicar com paciente e
uma nova cultura de avaliação, como
outros profissionais e adotar conduta
instrumento
ética) foi realizada por meio de casos
adequadas
de
para
aprendizado
e
crescimento profissional. 14
longos ou curtos. 15
Na perspectiva de promover uma
Ainda que estas modalidades
visão ampliada dos métodos avaliativos
mais tradicionais de avaliação possam
que vem sendo utilizado na educação
fornecer dados relevantes sobre o nível
em saúde, pretende-se neste trabalho
de competência clínica dos estudantes,
oferecer ao leitor uma descrição
carecem nas de maior objetividade e de
diversificada, dos métodos de avaliação
padronização. Os resultados obtidos são
clinica
fortemente influenciados pelo tipo de
estruturada,
enfatizando
o
Exame Clínico Objetivo Estruturado
paciente
(OSCE), pois é o representante mais
determinado exame e toda a avaliação
difundido no Brasil, podendo assim
depende muito do avaliador. Além
oportunizar para que mais profissionais
disso, cada estudante é avaliado em
da área de saúde possam conhecer e
condições muito diferentes, o que
fazer uso desta ferramenta avaliativa.
dificulta a comparação dos resultados
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
disponível
para
um
414
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
de uns com os dos outros. Estas
fornece uma visão mais realista e
particularidades concorrem para que
integrada das habilidades clínicas dos
estes métodos sejam considerados como
alunos, facilitando a identificação de
de reduzida fidedignidade. 8
áreas
para
de
aprendizado
a
serem
Como alternativa de solução
reforçadas. A utilização de ferramentas
esses
às
estruturadas, tipo checklist , aumenta a
estruturadas,
acurácia na detecção de falhas e oferece
avaliações
problemas, clínicas
surgiu
baseadas na observação “do demonstrar
elementos objetivos para dar feedback
do fazer ou como se faz” com o auxílio
aos alunos. 12
de
instrumentos
que
auxiliam
o
Quando
a
avaliação
examinador a focar a atenção no
estruturada
desempenho de habilidades específicas,
simulados, estes devem traduzir o mais
objetivando a avaliação. As atividades
fielmente
de avaliação exigirão sempre, pois, uma
profissional na tarefa que o estudante
dada
ou
deverá desempenhar, para que seja
comportamento observável. O advento
capaz de utilizar essa experiência com
do OSCE em 1970 prometeu às
maior segurança na prática de sua vida
avaliações
profissional.17
manifestação,
clínicas
ação
as
vantagens
equivalentes ao de provas escritas objetivas de conhecimento. 16
ocorre possível
em
clinica
à
cenários realidade
Neste contexto, a avaliação clinica
estruturada
vem
se
Em outras palavras, a utilização
popularizando na educação em saúde
de um check-list aumentaria a coerência
brasileira, e tem sido vastamente
na avaliação de desempenho dos
referida por vários autores de todo o
estudantes. Desde então o OSCE tem
mundo. Diversas formas podem ser
sido
exemplificadas e utilizadas conforme o
objeto
de
uma
quantidade
considerável de pesquisas sobre seus pontos fortes e limitações.
contexto a ser avaliado e institucional:
Frequentemente, os professores
OSCE Clinical
(Objective
Structured
Examination):
são
aceitam a veracidade do exame clínico
criados cenários de prática
feito pelos alunos sem nunca ter
(estações), e através de pacientes
observado
desempenho.
simulados (atores), o aluno tem
Indiscutivelmente, a observação direta e
que cumprir tarefas específicas
um método rico de avaliação que
do exame clínico, em um tempo
seu
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
415
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
determinado para cada estação.
o tipo de julgamentos a serem
Cada aluno passa pelas mesmas
feitos pelos dois examinadores,
estações, e são avaliados através
em
de
predefinido
um
checklist ,
examinadores. será
objeto
Posteriormente de
caso
clínico,
e
é
compreende
conjunto suficientemente amplo
maior
de
itens
relevantes
de
detalhamento no texto. 10-11,16
observação (4 itens da historia, 3
OSCEs
como
itens do exame físico e 3 itens
PACES (Practical Assessment of
de raciocínio clínico e conduta). 8
modificados
Clinical
pelos
cada
Examination
Skills):
OSATS
(Objective
Structured
são criadas 5 estações, cada uma
Assessment of Technical Skills):
com 2 avaliadores e com
foi
duração de 20 minutos, para
Education
avaliar
(dos
Universidade de Toronto para
sistemas
respiratório,
ser um teste em sala de aula de
cardiovascular,
neurológico,
habilidades
exame
clínico
criado
pelo
Surgical
da
Group
cirúrgicas.
A
endócrino, locomotor e da parte
avaliação é dividida em duas
abdominal,
partes:
ocular
e
na
primeira,
do
dermatológica), colhimento de
procedimento em si
história, comunicação e ética
segunda, do conhecimento, da
profissional. Esta técnica é
destreza na manipulação dos
utilizada pelo Royal College of
instrumentos e do registro da
Physicians.18
ação.19
OSLER
(Objective
Long
Case
Record):
Structured Examination
caracteriza-se
CSA
(Clinical
Assessment):
e
na
Skills
tem configuração
pelo
geral muito semelhante à da
emprego de, pelo menos, dois
O.S.C.E. Tem, entretanto, como
casos longos em sequencia; da
principal diferença em relação
atuação simultânea de, pelo
àquela, o fato de que, em cada
menos,
estação,
dois
observadores
o
estudante
deve
diferentes; e, especialmente, do
cumprir todo o conjunto de
uso
tarefas necessárias para que a
de
um
instrumento
padronizado, no qual o número e Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
abordagem
do
paciente
se 416
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
complete. Tipicamente, em cada
DOPS (Direct observation of
situação, o estudante encontra
procedural
um paciente que deve ser
variação do mini-CEX em que o
entrevistado,
à
avaliador observa o estudante
obtenção da sua história clínica
quando ele esta fazendo o
e à caracterização do problema
procedimento
de saúde a ser resolvido. Deve
administrando
ser
ao
retirando sangue, inserindo um
exame físico e, em seguida,
tubo), a performance é pontuada
informado e orientado sobre as
conforme uma escala e o
medidas
feedback é dado.21
com
também,
vistas
submetido
diagnósticas
e
terapêuticas necessárias para a
Conceito
skills)
é
uma
(ex.: uma
Global:
injeção,
atribui ao
solução do referido problema. A
estudante
principal
desta
maneira retrospectiva (MINI-
abordagem
CEX restrospectivo) no final de
integral do caso, em condições
um estágio, utilizando categorias
mais próximas da realidade da
gerais
prática profissional.8
comportamentos
específicos.
MINI-CEX
Este
deve
ser
itens
que
modalidade
Evaluation
instrumento
vantagem a
(Mini-Clinical Exercise):
utilizado
é um
um
ao conceito
construído
para
com
invés
de
de
especifiquem o que está sendo
avaliação direta do aluno, em
avaliado,
atendimentos reais. O tutor
atributos
observa
(conhecimentos,
diretamente
conceito
o
contemplando
os
necessários atitudes,
desempenho do estudante, e,
valores e habilidades) para o
através de um check-list , aponta
desempenho
os seus ganhos de aprendizado
esperado 10-11
em cada etapa do exame clínico
profissional
MSF ( Multi-Source Feedback )
e pontua a performance do
envolve uma avaliação externa
estudante, utilizando uma escala
de performance por um longo
de cinco pontos, dando um
período de tempo por (1)
feedback imediato.18,20-21
supervisores ou observadores com conhecimento de similar
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
417
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
pratica, (2) colegas, mas não
elaborado,
com a mesma profissão , por
desempenho do estudante. 22
exemplo enfermeiras ou pessoal
O OSCE, atualmente, tem se
administrativo
avaliando
tornado
o
para
melhor
registrar
caminho
o
para
médicos, (3) pacientes, e (4) o
mensurar o conhecimento e a habilidade
próprio profissional.21
clinica básica na educação médica,
OSCE
(Objective
Structural
Clinical Examination)
O exame
devido seu alto grau de validade e confiabilidade. 23
estruturado
Na conferência de Ottawa em
conhecido como foi descrito
2010 foi demonstrada à importância de
pela primeira em 1975 por
seguir os critérios de uma boa
Ronald Harden et. al . O OSCE é
avaliação:
um instrumento avaliativo de
confiabilidade;
atitudes e habilidades clínicas,
viabilidade; efeito educacional; efeito
em que os alunos são avaliados
catalisador e aceitabilidade. 13,20
clínico
pela
objetivo
execução
de
validade
ou
coerência;
equivalência;
Seguem as definições abaixo:
tarefas
relacionadas com coleta de
Validade: afere o grau no qual o teste
história clínica, exame físico,
realmente avalia aquilo a que se propõe.
raciocínio
e
Demonstra a ligação entre o conteúdo
procedimento. 7 Descreve - se
do teste e os objetivos de aprendizado.
que em uma típica OSCE o
O sucesso da avaliação estruturada está
estudante faz um rodízio por um
em se encontrar o equilíbrio entre
determinado
validade e confiabilidade, e entre o ideal
clinico
número
de
estações, geralmente uma série
e o prático. 22
de 10 a 20, em tempo pré-
estabelecido para cada uma
reprodutibilidade e a consistência de um
delas com duração média de 5 a
teste que pode ser afetado por vários
10 minutos, onde são utilizados
fatores, como a decisão do avaliador, o
pacientes reais ou simulados
nervosismo
(treinados), com o propósito de
heterogeneidade, o tipo de casos usados,
realizar essas diferentes tarefas
comportamento dos pacientes. Usar
clínicas. Os avaliadores usam
vários examinadores pode melhorar a
um
credibilidade do teste. 22,24
checklist
previamente
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
Confiabilidade:
do
afere
candidato
e
a
sua
418
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
Equivalência: seria a uniformidade
do teste quando aplicado em diferentes
notado quando comparado aos métodos de avaliações tradicionais. 12
instituições ou em uma serie de testes.
Uma das vantagens é que será
Às vezes a versão do mesmo teste é
“possível selecionar o tipo de habilidade
necessária para manter a equivalência.
a ser avaliado, o nível de complexidade
13
exigido e as circunstâncias da avaliação,
Viabilidade:
é a execução realística e
prática da avaliação, levando em consideração os custos e benefícios. 13
sem depender da disponibilidade de casos ou de outros fatores”. 8
Expõe-se que é muito mais
Efeito educacional: da avaliação
adequado utilizar pacientes de verdade,
motiva aqueles que participam do teste
pois apresentam problemas e situações
de maneira que haja um benefício
reais. Porém há desvantagens pelo
educacional.13
desgaste e desconforto imposto ao
Efeito catalisador: irá promover
paciente. Já em relação ao custo será
resultados e feedback de maneira que
mais vantajoso, pois o paciente já esta
produz um melhor suporte educacional,
inserido ao custo da assistência. 22
para melhorar a educação.13
Aceitabilidade:
quando
algumas
os
desvantagens do OSCE são: a falta de
investidores (alunos, instituições, planos
uniformidade dos professores ao atribuir
de saúde, sociedade) pensam que o
notas e falhas na detecção de erros
processo
cometidos pelos alunos, estudantes
de
é
Entretanto
resultados
são
acreditados.13
sofrem alto nível de estresse e três
O mesmo tipo de avaliação
aspectos que dificultam o OSCE de ser
poderá ser excelente para algumas
aproximar de situações realísticas da
situações e não muito bons para outras,
prática clínica - o tempo limitado para
assim espera-se encontrar vantagens e
realizar as tarefas, reduzindo a uma
desvantagem na realização do OSCE
pequena parte a interação médico-
em diversos contextos. Um dos pontos
paciente; o uso do
positivo da aplicação do OSCE é que o
avaliação, passando uma mensagem de
estudante terá que realmente estudar e
que a relação médico-paciente pode ser
praticar, demonstrando como se faz
uma lista de ações e a simulação e a
segundo a pirâmide de Miller. Isto foi
limitação dos problemas que podem ser abordados
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
pelo
checklist
paciente
ator
na
e 419
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
consequentemente
ser
objeto
de
objetivo é maximizar o conhecimento a
avaliação. 21,25
opção por poucas estações com duração
ESTRUTURANDO O OSCE
maior é mais eficaz. 15
A estação é a coluna de
Cenário e tarefa: é necessário
sustentação do OSCE. É em seu
descrever o paciente adequadamente
ambiente onde o estudante, ao interagir
(nome, idade, sexo), identificar o
com o paciente real ou simulado,
cenário (ambulatório, pronto-socorro,
demonstra como seria num contexto da
enfermaria, UTI) e indicar claramente a
prática real suas habilidades integradas
tarefa, ou seja, qual a ação esperada a
de pensar, sentir e agir. Portanto, o
ser executada pelo estudante e que a
conteúdo exigido em cada estação deve
estação propõe avaliar. 19, 23
contemplar
os
objetivos
de
Avaliador: requer-se um grande
aprendizagem do curso e ser adequado
número de avaliadores, que devem ser
ao nível de formação do aluno. 22-23
instruídos adequadamente sobre o que
Elementos necessários para um bom
observar e qual o seu papel na condução
desenho de um OSCE:
da estação – avaliar e não ensinar e
Blueprinting :
é um diagrama em que
respeitar o papel do paciente. O
em um eixo são colocadas as categorias
recrutamento de avaliadores é uma
de conteúdo e no outro as habilidades a
tarefa árdua pela indisponibilidade de
serem
tempo
testadas
(exame
clínico,
dos
indivíduos
para
o
procedimento, comunicação). É uma
treinamento e para permanecerem
ferramenta poderosa para uma visão
durante a avaliação. No treinamento,
geral da avaliação, facilitando o
são ministrados os princípios do OSCE,
desenho das estações. A quantidade de
o papel do avaliador, exemplos com
estações a ser desenvolvida depende do
vídeos interativos de desempenhos
objetivo do OSCE, do tempo e espaços
efetivos e ineficazes, preenchimento
disponíveis e do número de alunos a ser
objetivo do checklist e procedimentos
avaliados,
de feedback. 19, 26
gerando
circuitos
semelhantes que ocorrem de forma
Paciente
simultânea. Ressalta-se que quando o
do paciente de modo confiável e realista
objetivo da avaliação é aprovação são
e responde verbal ou não verbal ao
sugeridas estações de duração curta e
estímulo
em grande quantidade e quando o
desenvolvimento da estação. 23, 27. Para
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
simulado: retrata as queixas
dos
alunos
para
o
420
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
aumentar a confiabilidade do teste,
última hora, gera-se perda de tempo e
garantindo
gastos desnecessários. 23
que
todos
os
alunos
experimentem a mesma atuação, é
Espaço:
necessário o treinamento do ator
para o número de estudantes e estações
(explicação detalhada do papel, leitura e
para criação de quantidade suficiente de
discussão do roteiro escrito, inclusão de
circuitos não é fácil. E no dia do evento,
modificações pertinentes, memorização,
requer-se a adequada sinalização da
avaliação do entendimento da situação e
estação e do fluxo no circuito. 27
domínio do roteiro, simulações e
correções
realização de um teste prévio da estação
com
treinador
e
encontrar espaço adequado
Teste piloto: é imprescindível a
posteriormente com estudante simulado
para
e os ajustes finais). 19, 23,28
funcionamento quanto tempo, grau de
A melhor escolha para este papel é uma
dificuldade, material necessário, tarefa
pessoa que tenha vínculo direto ou
corretamente
indireto com a instituição, não tenha
pertinentes ao avaliador e aos pacientes
contato próximo com os estudantes, seja
simulados ou reais, contribuindo para
disponível, com boa vontade, capaz
verificação da validade da estação. 15
para desempenhar a atuação e possua
Checklist :
sexo e idade compatíveis com o papel.
capturar um comportamento ou ação do
19
estudante e qualificar e ou quantificar o
Paciente
assegurar
seu
descrita,
adequado
instruções
é utilizado no OSCE para
real: utiliza-se geralmente
quanto ele conseguiu cumprir a tarefa
para avaliar sinais crônicos, pois não
pré-estabelecida, podendo ser a estação
repete a mesma história várias vezes e
pontuada, por exemplo: tarefa completa
se cansa mais facilmente, sendo
(1,0), tarefa parcialmente completa (0,5)
necessária a utilização de vários
e tarefa não realizada (0,0). Ao montar
indivíduos com mesmo sinal e a
cada item do checklist deve-se observar
programação de tempo de descanso para
a adequabilidade ao nível de formação
eles. Aumenta-se a validade da estação
do aluno, ser baseado em consensos e
ao se trabalhar com pacientes reais.
15
revisado por um especialista no assunto
Material: deve-se montar uma lista de
abordado para aumento da validade, ser
todo material requerido para execução
baseado na tarefa, ser observável para o
da estação, pois quando há material
avaliador
pontuar,
incompleto associado a alterações de
detalhados
e
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
conter
discriminativos
itens (não 421
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
muitos fáceis e nem muito difíceis) para
aumentar a confiabilidade e o tamanho
medicamentos para colaboradores
do checklist depende da tarefa, tempo e
quem será o avaliador (ideal que quanto
equipamentos
mais itens e maior complexidade, seja
Transporte dos
um professor e não um paciente
Identificação do aluno e utilização de
simulado).23,29
recurso que demonstre quais estações
Feedback : observar a
performance do
Bebida,
comida,
Checagem
de
descanso,
materiais
e
colaboradores
foram percorridas
aluno na estação gera informações em
Orientações finais
que se comparam o atual aprendizado
com o aprendizado esperado. Discutir
avaliadores e ao final recolhimento dos
essas informações para que o aluno
mesmo preenchido adequadamente
Distribuição
do
checklist
aos
possa confirmar, adicionar a, substituir, ajustar ou reestruturar o conhecimento
CONCLUSÃO
na memória é praticar o feedback . Este
Finalmente, cabe ao docente
retorno deve ser associado a uma auto-
repensar o seu papel de educador de
avaliação do aluno. O feedback pode ser
considerar
realizado ao final da estação com um
frequentemente, traz consequências para
tempo estipulado antes do rodízio ou ao
a vida do estudante, o que implica em
final do OSCE. Importa-se que o aluno
que haja o maior grau de honestidade,
conheça de forma mais breve possível
integridade na aplicação das técnicas de
quais foram seus acertos e erros para
avaliação e na interpretação dos
reforçar as respostas certas, superar suas
resultados. A avaliação pode ter
deficiências e corrigir seus erros. 30-31
importante impacto no planejamento
No dia do OSCE, alguns detalhes
educacional, motivo porque é essencial
15,
a seleção de métodos que possuam
práticos não podem ser esquecidos.
que
a
avaliação,
23,32
maior objetividade e o seu uso tenha
Layout e marcação da estação
condições de padronização, como os
Fixação do cenário e tarefa
métodos
Sinalização do fluxo
estruturada. De tal modo que se possa
Marcação
no circuito
e sinalização audível do
tempo
de
avaliação
clínica
dispor, ao final do processo, de informações
confiáveis,
sobre
o
aprendizado do aluno. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
422
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
Assim
avaliação
clínica
em
saúde.
Brasília:Ministério
da
estruturada é uma estratégia de ensino e
Saúde/Ministério da Educação, 2005.
de avaliação que vem contribuindo na
5.
formação dos profissionais de saúde em
Processos
concordância
universidade:
com
as
diretrizes
Anastasiou LGC, Alves LP. de
ensinagem
na
pressupostos
para
curriculares do Ministério da Educação
estratégias de trabalho em aula. 9ed.
e Cultura, sendo imprescindível a sua
Joinville, SC: Univille; 2010.
divulgação e sua prática instituídas nos
6.
cursos da área da saúde.
Goldenberg P, Seiffert O, Sonzogno
REFERÊNCIAS
MC. O enfoque problematizador na
Batista
N,
Batista
SH,
formação de profissionais da saúde. 1.
Brasil. Ministério da Educação.
Conselho
Nacional
Câmara
de
de
Educação,
Educação
Superior.
Rev. Saúde Pública. 2005;39 (2):231-7. Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n2/2404
Diretrizes Curriculares Nacionais do
7
Curso de Graduação em Medicina.
7.
Resolução CNE/CES 4/2001.
no curso de medicina: desempenho dos
Megale, L. Processos avaliativos
Berbel NN. A problematização e
estudantes em relação às competências
a aprendizagem baseada em problemas:
em pediatria e sua significação pelo
diferentes
termos
docente.
caminhos?
Interface
2.
ou
diferentes
Comunicação,
[Tese].
Federal
Disponível
Disponível
de
Minas
Gerais,
2011. em:
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/ds
http://www.scielo.br/pdf/icse/v2n2/08 3.
Horizonte,
Faculdade de Medicina, Universidade
Saúde, Educação. 1998;2(2):139-54. em:
Belo
Pagliosa FL, Das-Ros MA. O
pace/bitstream/handle/1843/EJAO-
relatório flexner para o bem e para o
8JWK7Z/tese_megale_completa_a.pdf?
mal. Ver Bras Educ Med. 2008; 32 (4):
sequence=1
492-9.
8.
Disponível
em:
Troncon LEA. Avaliação do
http://www.scielo.br/pdf/rbem/v32n4/v32
estudante de medicina. Med (Ribeirão
n4a12
Preto).1996; 29:429-39.
4.
saúde:
Brasil. Ministério da Saúde. Próprograma
nacional
de
reorientaçãoda formação profissional Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
9.
Miller, GE "The assessment of
clinical skills/competence/performance" Acade 423
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
mic
Avaliação clínica estruturada
Medicine. 1990;
65 (9):63-7.
Médico. Rev. Bras. Edu. Med. Rio de
em:
Janeiro, 2007; 31(2):173-5. Disponível
Disponível
http://revista.fmrp.usp.br/1996/vol29n4/9
em:
_avaliacao_do_estudante_de_medicina.pd
http://www.scielo.br/pdf/rbem/v31n2/07
f
.pdf
10.
Amin Z, Seng CY, Eng KH.
Kaufman DM, Mann K V,
15.
Practical guide to medical student
Chapter 2. Teaching and Learning in
assessment.
Medical Education: How Theory can
World
Singapore,
ed.
Available from:
Scientific,
Lavoisier,
2006.
http://www.med-ed-
Understanding
Medical
Education:
evidence, Theory and practice. Oxford,
online.org/pdf/B0000009.pdf 11.
Inform Practice. In: Swanwick T.
Epstein RM. Assessment in
London 2010, cap.2, p. 246-58.
medical education. N Engl J Med 2007;
16.
356 (4): 387 - 96.
Downie WW, Wilson GM. Assessment
12.
Amaral E, Domingues RCL,
of
Harden RMcG, Stevenson M, Clinical
Competence
Zeferino AMB. Avaliando competência
Objective
clínica:
BMJ, 1975(1):447-51
o
método
de
avaliação
estruturada observacional. Rev Bras
17.
Structured
Moraes,
Using
Examination,
MAA.
A avaliação
Educ Med. 2007; 31 (3): 287-90.
prática
Disponível
clínicas na Famema: fundamentos para
em:
estruturada
http://www.scielo.br/pdf/rbem/v31n3/11.
construção
pdf
Disponível
13.
Norcini JJ & McKinley DW.
Assessment education.
methods Teaching
e
de
habilidades
aplicação.
2006. em:
http://www.redemebox.com.br/index.php
in
medical
?view=article&catid=68%3A99&id=321%3A
and
Teacher
a-avaliacao-pratica-estruturada-de-
Education 2007; 23: 239-50. Available
habilidades-clinicas-na-famema%3A-
from:
fundamentos-para-construcao-e-
http://www.famecourse.org/pdf/Norcinian
aplicacao&format=pdf&option=com_conte
dMcKinley.pdf
nt&Itemid=21
14.
Domingues RCL, Amaral E,
Zeferim
AMB.
Dacre J. Besser M ,White P.
e
MRCP (UK) part2 clinical examination
Avaliação por Pares Estratégias para o
(paces): a review of the first four
Desenvolvimento
Auto-Avaliação
18.
Profissional
do
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
424
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
Avaliação clínica estruturada
examination sessions (june 2001 – julho
http://edc.tbzmed.ac.ir/uploads/39/CMS/u
2002). Clin Med. 2003; (3): 452-9
ser/file/56/scholarship/ABC-LTM.pdf
19.
Boursicot K et al . Performance
24.
Wass V, van der Vleuten C,
in assessment: Consensus statement and
Shatzer J, Jones R. Assessment of
recommendations from the Ottawa
clinical competence. THE LANCET,
conference. Med Teach. 2011; (33):
2001; 357: 945-49. Available from:
370 – 83.
http://acmd615.pbworks.com/f/Wass.pdf
20.
Norcini J et al. Criteria for good
25.
Troncon, LEA. Clinical skills
assessment: consensus statement and
assessment:
recommendations from the Ottawa 2010
introduction of an "osce" (objective
Conference. Med Teach 2011; 33 (3):
structured clinical examination) in a
206-14.
traditional
Available
from:
limitations
to
brazillian
the
medical
https://wiki.usask.ca/download/attachmen
school. São Paulo Med. J.2004;122(1):
ts/3997707/Assess+Ottawa+conf+Norcini+
12
et+al+Med+Teach+2011.pdf
http://www.scielo.br/pdf/spmj/v122n1/a0
21.
Moonen-Van-Loon
JMW,
–
17.
Disponível
4v1221.pdf
Preusche
I,
Overeem K, Donkers HHLM, Vleuten
26.
C Van Der, Driessen EW. Composite
Menghin
WM.
reliability
designing
and
of
a
workplace-based
em:
Schmidts
Twelve
M,
tips
for
implementing
a
assessment toolbox for postgraduate
structured rater training in osces. Med
medical education. Adv. Health Sci.
Teach. 2012; 34: 368-72.
Educ. Theory Pract. 2013;18(5):1087 –
27.
102.
reviews in medical education – the
22.
Amaral FTV, Troncon LEA.
Casey PM et al. To the point:
objective
structured
clinical
Participação de estudantes de medicina
examination. Am J Obstet Gynecol.
como avaliadores em exame estruturado
2009; 200 (1): 25 – 34.
de habilidades clínicas (osce) Rev Bras
28.
pacientes simulados no ensino e na
Educ Med.2007; 31 (1): 81-9. 23.
Troncon LEA. Utilização de
Smee S. ABC of learning and
avaliação
de
habilidades
clínicas.
teaching in medicine – skill based
Medicina (Ribeirão Preto). 2007; 40 (2):
assessment. BMJ . 2003; 326 : 703-6.
180-91.
Available
http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/vi
from:
Disponível
em:
ew/315/316 Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
425
Revista Eletrônica Gestão & Saúde ISSN:1982-4785 Sampaio AMB
29.
Avaliação clínica estruturada
Pereira ERS, Elaboração de
32.
Boursicot K, Roberts T. How to
Protocolo de Observação ( Checklists)
set up an osce. The Clinical Teacher.
para a Avaliação se Habilidades
2005; 2 (1): 16 – 20. Available from:
clínicas. In: TIBÉRIO, I. F. L. C. et al .
http://rlillo.educsalud.cl/Capac_Docente_B
Avaliação
ecadosAPS/Evaluacion/How%20to%20set%
Prática
de
Habilidades
Clínicas em Medicina. 1ª Edição.
20up%20an%20Osce.pdf
Editora Atheneu. São Paulo SP, 2012. Cap. 3. P.25 – 40 30.
Menachery EP et al. Physician
characteristics
associated
with
proficiency in feedback skills. J Gen Intern Med, 2006; 21: 440-6. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles /PMC1484791/pdf/jgi021-0440.pdf 31.
Power
Hattie J, Timperley H. The of
feedback.
Review
of
Educational Research. 2007; 77: 81 – 112.
Available
from:
http://education.qld.gov.au/staff/develop ment/performance/resources/readings/po wer-feedback.pdf Sources of funding: No Conflict of interest: No Date of first submission: 2014-01-10 Last received: 2014-01-24 Accepted: 2014-01-12 Publishing: 2014-05-30 Corresponding Address
Arabela Maria Barbosa Sampaio Rua 115-K n. 79 Setor Sul, Goiânia-GO,
[email protected], Cel. (62) 8199-0676/ Res. (62) 3941-5732
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 02, Ano 2014 p.410-26
426