A minigramática é um apêndice desdobrável com sínteses gramaticais. Sempre que pretendas trabalhar com a minigramática, podes abri-la e manter a página escolhida lado a lado com as páginas do Manual.
Minigramática Porta-viagens
Minigramática ⁄. Sons................................................................ 2 ⁄.⁄. Classificação dos sons: vogais, consoantes, semivogais . 2 ⁄.2. Sequências de sons: ditongos e hiatos .................... 2 2. Sílabas ............................................................ 2 2.⁄. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas 2.2. Translineação ................................................ 2.3. Sílaba tónica / Sílaba átona ................................
3 3 3
3. Classes de palavras ........................................... 3.⁄. Nome .......................................................... 3.2. Adjetivo ...................................................... 3.3. Verbo ........................................................ 3.4. Advérbio .................................................... 3.5. Interjeição ................................................... 3.6. Determinante ............................................... 3.7. Pronome ..................................................... 3.8. Quantificador ............................................... 3.9. Preposição .................................................. 3.⁄0. Conjunção ..................................................
4 4 5 6 9 ⁄0 ⁄0 ⁄⁄ ⁄3 ⁄3 ⁄3
4. Grupos constituintes das frases .......................... ⁄4 5. Funções sintºáticas ............................................ 5.⁄. Principais funções ao nível da frase ...................... 5.2. Funções internas ao grupo verbal ........................ 5.3. Outras funções ao nível da frase ..........................
⁄5 ⁄5 ⁄5 ⁄6
6. Frase .............................................................. ⁄6 6.⁄. Orações coordenadas ....................................... ⁄7 6.2. Orações subordinadas ..................................... ⁄8 7. Processos de formação de palavras ..................... ⁄8 8. Relações entre palavras ..................................... ⁄8 8.⁄. Relações semânticas ........................................ ⁄8 8.2. Relaç~ões de som e grafia .................................. ⁄9 9. Registo formal / informal .................................. ⁄9 ⁄0. Discurso direto e discurso indireto ..................... 20 ⁄⁄. Sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita .. 2⁄
⁄. Sons ⁄.⁄. Classificação dos sons: vogais, consoantes e semivogais Vogais Vogais orais [a] alvo, batom, pá [ ] amigo, cama, a [ࢱ] épico, ego, aberto, é [e] sossego, lê, emprego [i_] escala, de, entre, pedir [i] ida, vida, pia, e [ ] ópio, tropa, dó [o] cor, povo, outro, andou [u] uma, furo, menu, sorrir, pato a c
Vogais nasais [ ˜ ] anda, perante, lã [~e˜ ] pente, comente [˜ı ] íntimo, vintena [õ] ontem, conto [~u˜ ] presunto, algum a
Semivogais [j] meia, pai, geada [w] véu, mau, quadro
Consoantes [p] pires, cuspir [b] bico, abóbora [t] treze, atilho [d] dentuça, nadar [k] cato, que, saque [g] gatarrão, vagar [f] ficar, rifar [v] vaca, uva [s] sapato, maçada, massagem, conversa, máximo [z] zimbre, casota, exame [∫] chá, caixote, renascer, pobres [З] já, viagem, desde [l] luva, calaboiço [ł] almofariz, farnel [λ] filha [m] mão, ama [n] não, único, abdómen [η] cunho, linha [r] faro, pargo, olhar [R] rua, carro, palro
⁄.2. Sequências de sons: ditongos e hiatos Ditongo – sequência de uma vogal e uma semivogal [j] e [w] numa mesma sílaba. Num ditongo apenas uma vogal pode ser acentuada. De acordo com a posição ocupada pela semivogal, os ditongos podem ser: ¦!Dsftdfouft – a semivogal antecede a vogal. ¦!Efdsftdfouft – a semivogal vem depois da vogal. Ditongos Decrescentes orais
Crescentes orais
[aj] pai, sai [ j ] rei, sei [aw] caule, cacau [ew] europeu [εw] escarcéu [oj] oito, depois [ j] dezoito, dói
[wa] quase, reguada [w ] quadrícula, aguadeiro [wε] equestre [wi] tranquilo [wo] aquoso [w ] aquosos
Decrescentes nasais
[wã] quando [we˜ ] aguentar
a
c
a c
[ãj] mãe, outrem, convém [ ˜ w] cão, contam [õj] violões
Crescentes nasais
a
Hiato – duas vogais seguidas que pertencem a duas sílabas diferentes. ex.: fio; tia; água; país
2. Sílabas A sílaba é um grupo de sons organizados dentro de uma palavra, pronunciados de uma só vez. As sílabas mais comuns são constituídas pela sequência consoante / vogal.
2
2.⁄. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas Monossílabo
Dissílabo
Trissílabo
Polissílabo
Palavra constituída por uma única sílaba
Palavra constituída por duas sílabas
Palavra constituída por três sílabas
Palavra constituída por mais de três sílabas
nó é céu
ri-ma mun-do vi-da
pa-la-vra ca-va-lo sa-ú-de
co-to-ve-lo ca-sa-men-to a-que-ce-dor
2.2. Translineação Translineação – é a divisão de uma palavra em duas partes para mudarmos de linha. Esta divisão é feita de acordo com a divisão silábica. Regras da translineação Separam-se
Não se separam
– hiatos (sa-úde, pa-ís) – grupos de duas consoantes iguais (car-ro, pas-so) – consoantes que pertencem a duas sílabas diferentes (al-guidar; bál-samo)
– ditongos (céu, pau, pai) – os grupos ch, nh e lh (ma-cho, le-nha, ma-lhada) – grupos de consoantes que pertencem a uma mesma sílaba (gru-po, trans– parente)
2.3. Sílaba tónica / Sílaba átona A sílaba tónica é a sílaba que contém a vogal pronunciada com mais intensidade numa palavra. Esta sílaba pode ou não ter acento gráfico. As restantes sílabas da palavra são designadas átonas. Sílaba tónica
Sílaba átona
Casa; Casamento
Casa; Casamento
2.3.⁄. Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica Palavra esdrúxula
Palavra grave
A sílaba tónica é a antepenúltima A sílaba tónica é a penúltima esdrúxula última sílaba
saúde cavalo palavra
Palavra aguda A sílaba tónica é a última amanhã só pé
2.3.2. Regras básicas de acentuação gráfica Palavras esdrúxulas Todas as palavras esdrúxulas são acentuadas graficamente
Palavras graves São acentuadas se terminarem em: – l, n, r, s, x – i(s), u(s) – vogais e ditongos nasais – ditongo aberto – i, u tónicos após uma vogal
Palavra agudas São acentuadas se terminarem em: – a, e, o ou ditongo nasal – ditongos abertos – em e -ens, se a palavra tiver mais do que uma sílaba – i, u (se não formarem ditongos)
3
3. Classes de palavras As palavras de uma língua organizam-se em grupos, chamados classes. ¦!!Dmbttft!bcfsubt!– não podemos enumerar todas as palavras que as constituem, pois podem ser acrescentadas novas palavras a estas classes. São classes abertas as classes do nome, do adjetivo, do verbo, do advérbio e da interjeição. ¦!!Dmbttft! gfdibebt! – são constituídas por um reduzido número de palavras e que podemos enumerar. São classes fechadas as seguintes: determinantes, pronomes, quantificadores, preposições e conjunções.
3.⁄. Classe do Nome O nome é o núcleo do grupo nominal. Pode variar em número, género e grau e pode ser acompanhado por um determinante ou um quantificador que o especifica.
Subclasses
Definição
Exemplos
Nomes próprios
Nomes que individualizam aquilo a que se referem.
Nomes comuns
Nomes que designam seres, objetos e realidades, A aluna faltou. mas que não os individualizam.
Nomes comuns coletivos
No singular, designam um conjunto de seres ou A turma atrasou-se. objetos que pertencem a uma mesma espécie ou grupo.
A Maria faltou.
Os nomes variam em género, número e grau. Masculino
cão
pato
--------
dente
Feminino
cadela
pata
rocha
--------
Singular
cão
pato
rocha
dente
Plural
cães
patos
rochas
dentes
Aumentativo
canzarrão
patorra
rochedo
dentuça
Diminutivo
cãozinho
patinha
rochinha
dentinho
Género* Flexão do nome
Número
Grau * Notas:
¦ Há nomes que têm uma mesma forma para o feminino e para o masculino. Ex.: o estudante/ a estudante (é o determinante que nos permite saber o género) ¦ Outros têm apenas uma forma e um género. Ex.: a pessoa (palavra no feminino, mas que designa pessoas dos dois sexos) ¦ Outras ainda têm apenas uma forma para designar animais dos dois sexos e a distinção é feita pelo uso das palavras macho e fêmea. Ex.: golfinho-macho / golfinho-fêmea ¦ Há, também, nomes cujo significado no feminino é diferente do significado no masculino. Exs.: O bolo é de chocolate. / O Pedro chutou a bola com força.
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3.2. Classe do Adjetivo O adjetivo é o núcleo do grupo adjetival. O adjetivo pode variar em número, género e grau e tem como função determinar, modificar o nome. Subclasses Adjetivos qualificativos
Definição
Exemplos
Exprimem a qualidade do nome. Podem ser usados antes ou depois do nome e variam em grau.
O pequeno moleiro. O moleiro egoísta
Usados para especificar a ordem, a posição. Estes A primeira flor da adjetivos vêm sempre antes do nome e podem primavera. ser antecedidos por um determinante.
Adjetivos numerais
Os adjetivos variam em género, número e grau concordando com o nome. Número
Género* Biformes (duas formas)
Flexão do adjetivo
Uniformes (uma forma)
Singular
Plural
Masculino
Feminino
Rapaz pequeno
Rapariga pequena
Rapaz egoísta Rapariga egoísta
Rapaz pequeno Rapaz egoísta
Rapazes pequenos Rapazes egoístas
Dedicado
Dedicada
Livre
Dedicado Livre
Dedicados Livres
Honesto
Honesta
Forte
Honesto Forte
Honestos Fortes
* Nota: Há adjetivos que têm apenas uma forma para o feminino e masculino. Chamam-se
adjetivos uniformes. Os que apresentam duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino, chamam-se biformes. Grau*
Exemplos O rapaz de bronze é uma estátua bonita
Normal
Flexão do adjetivo
Comparativo
Superioridade
O rapaz de bronze é mais bonito do que o rapaz do arco.
Igualdade
O rapaz de bronze é tão alto como o rapaz do arco.
Inferioridade
O rapaz do arco é menos gentil do que o rapaz de bronze.
Superioridade
Florinda é a mais ingénua.
Inferioridade
O Gladíolo é o menos simples.
Sintético**
O Gladíolo é vaidosíssimo.
Analítico
O Gladíolo é muito vaidoso.
Relativo
Superlativo Absoluto * Nota: Há adjetivos que não seguem as regras acima. Observa:
Grau normal Adjetivos irregulares
Bom
Comparativo de superioridade Melhor
Mau
Grande
Pequeno
Pior
Maior
Menor
Absoluto
Ótimo
Péssimo
Máximo
Mínimo
Relativo
O melhor
O pior
O maior
O menor
Superlativo ** Muitos adjetivos, quando flexionados no grau superlativo absoluto sintético, alteram
a forma, assemelhando-se à forma latina.
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Adjetivos terminados em:
Exemplos:
Formam o superlativo em:
-vel
-bilíssimo
Amável – amabilíssimo
-z
-císsimo
Feliz – felicíssimo
-m (som nasal)
– níssimo
Comum – comuníssimo
-ão
-aníssimo
vão – vaníssimo
Outros superlativos irregulares: Grau normal
Grau normal
Grau superlativo absoluto sintético
Humilde Livre Magnífico Magro Miúdo Nobre Pobre Sábio Simples
Amaríssimo Amicíssimo Antiquíssimo Celebérrimo Cristianíssimo Crudelíssimo Dulcíssimo Fidelíssimo Frigidíssimo
Amargo Amigo Antigo Célebre Cristão Cruel Doce Fiel Frio
Grau superlativo absoluto sintético Humílimo (ou humilíssimo) Libérrimo Magnificentíssimo Macérrimo (ou magríssimo) Miudíssimo Nobilíssimo Paupérrimo (ou pobríssimo) Sapientíssimo Simplicíssimo (ou simplíssimo)
3.3. Classe do Verbo O verbo pertence a uma classe de palavras aberta e varia em tempo, modo, pessoa e número. O verbo é o núcleo de um grupo verbal. Subclasses Intransitivo Principal
Transitivo
Características
Exemplos
Não precisa de complemento.
Os rapazes choraram.
Precisa de um complemento para completar o sentido do verbo.
Ex.: Ontem, comprei iogurtes. Ela foi às compras. Eles deram uma prenda à Joana.
É usado antes do verbo principal.
Ex.: Eu já tinha chegado, quando a minha mãe telefonou. Verbo auxiliar + verbo principal = complexo verbal Ela está triste.
Auxiliar
Copulativo
Necessita de um predicativo do sujeito. Ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se, andar, entre outros, são verbos copulativos.
Em função da vogal temática*, podemos agrupar todos os verbos portugueses em três conjugações: ⁄.aª Conjugação -a Cant-a-r Brincar, amar, lavar, dar, estudar, pensar, ...
2.aª Conjugação: -e Corr-e-r Perder, ver, crer, querer, viver,... mas também pôr
3.aª Conjugação: -i Part-i-r Vestir, vir, ir, rir, refletir, sentir, ...
* Nota: A vogal temática é a última vogal do tema: vogal temática
Cantar Radical Tema
“R” do infinito
6
Os verbos podem ser regulares, irregulares ou defetivos, no que respeita à conjugação. Tipo de conjugação
Características
Exemplos
Não há alteração do radical quando se conjuga o verbo.
Cantar canto / cantei / cantava / cantarei Correr corro / corri / corria / correrei Partir parto / parti / partia / partirei
Há alteração do radical e ou a flexão do verbo não é igual à de um verbo regular da mesma conjugação.
Dar dou Ser sou / fui / era / serei Ir vou / fui / ia / irei
Apenas se conjuga em alguns tempos e algumas pessoas. A maior parte dos verbos defetivos pertence à 3ª.a conjugação.
Colorir, florir, falir... Haver, chover, nevar, trovejar, florir, amanhecer, anoitecer… Ladrar, miar, rugir, mugir, chiar, zumbir, uivar...
Regular
Irregular
Defetivo
A classe do verbo é uma classe variável. O verbo varia em modo, tempo, pessoa e número. MODO – indica-nos a atitude do sujeito em relação ao que está a dizer. Modo
Atitude expressa
Exemplos
Indicativo
Exprime uma realidade, um hábito, um facto, uma verdade.
Hoje é sábado.
Conjuntivo
Exprime uma condição, dúvida, possibilidade, desejo.
Se fosse sábado!
Imperativo
Exprime um pedido, conselho, ordem, convite,…
Lê o livro.
Condicional
Exprime incerteza. É usado para fazer pedidos ou manifestar desejos. A concretização da ação está dependente de uma condição.
No próximo sábado, gostaria de descansar.
TEMPO – indica-nos quando decorre a ação. Os tempos podem ser simples ou compostos. Os tempos são compostos quando são conjugados com o verbo auxiliar ter ou haver. Tempo Pretérito perfeito
Passado
Localização temporal
Exemplo
Traduz uma ação terminada.
Vi o filme.
Traduz uma ação incompleta ou que se repete no passado.
Via o filme, quando chegaste.
Pretérito mais-que-perfeito
Traduz uma ação passada que decorre antes de outra também no passado.
Vira o filme antes de chegares.
Presente
Traduz uma ação simultânea ao tempo que se fala, ou um hábito ou rotina.
Só vou ao cinema aos fins de semana.
Traduz uma ação que se concretizará no futuro.
Veremos o filme para a semana.
Pretérito imperfeito
Futuro
7
Modos
Pessoa/ Número Eu Tu Ele Nós Vós Eles
⁄.aª Conjugação Salto Saltas Salta Saltamos Saltais Saltam
2.aª Conjugação Corro Corres Corre Corremos Correis Correm
3.a Conjugação Parto Partes Parte Partimos Partis Partem
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
Saltei Saltaste Saltou Saltámos Saltastes Saltaram
Corri Correste Correu Corremos Correstes Correram
Parti Partiste Partiu Partimos Partistes Partiram
Eu Tu Pretérito Ele imperfeito Nós Vós Eles
Saltava Saltavas Saltava Saltávamos Saltáveis Saltavam
Corria Corrias Corria Corríamos Corríeis Corriam
Partia Partias Partia Partíamos Partíeis Partiam
Pretérito mais-que-perfeito
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
Saltara Saltaras Saltara Saltáramos Saltáreis Saltaram
Correra Correras Correra Corrêramos Corrêreis Correram
Partira Partiras Partira Partíramos Partíreis Partiram
Futuro
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
Saltarei Saltarás Saltará Saltaremos Saltareis Saltarão
Correrei Correrás Correrá Correremos Correreis Correrão
Partirei Partirás Partirá Partiremos Partireis Partirão
Presente
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
Que eu salte Que tu saltes Que ele salte Que nós saltemos Que vós salteis Que eles saltem
Que eu corra Que tu corras Que ele corra Que nós corramos Que vós corrais Que eles corram
Que eu parta Que tu partas Que ele parta Que nós partamos Que vós partais Que eles partam
Se eu saltasse Se tu saltasses Se ele saltasse Se nós saltássemos Se vós saltásseis Se eles saltassem
Se eu corresse Se tu corresses Se ele corresse Se nós corrêssemos Se vós corrêsseis Se eles corressem
Se eu partisse Se tu partisses Se ele partisse Se nós partíssemos Se vós partísseis Se eles partissem
Se eu saltar Se tu saltares Se ele saltar Se nós saltarmos Se vós saltardes Se eles saltarem
Se eu correr Se tu correres Se ele correr Se nós corrermos Se vós correrdes Se eles correrem
Se eu partir Se tu partires Se ele partir Se nós partirmos Se vós partirdes Se eles partirem
Tempos
Presente
CONJUNTIVO
INDICATIVO
Pretérito perfeito
Eu Tu Pretérito Ele imperfeito Nós Vós Eles
Futuro
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
8
Modos
⁄.a Conjugação
Pessoa/ Número
2.a Conjugação
3.a Conjugação
Imperativo
Tu Vós
Salta Saltai
Corre Correi
Parte Parti
Condicional
Eu Tu Ele Nós Vós Eles
Saltaria Saltarias saltaria Saltaríamos Saltaríeis Saltariam
Correria Correrias Correria Correríamos Correríeis Correriam
Partiria Partirias Partiria Partiríamos Partiríeis Partiriam
Formas verbais não finitas
Infinitivo pessoal
Pessoa/ Número Eu Tu Ele Nós Vós Eles
⁄.a Conjugação
2.aª Conjugação Correr Correres Correr Corrermos Correrdes Correrem
Saltar Saltares Saltar Saltarmos Saltardes Saltarem
3.aª Conjugação Partir Partires Partir Partirmos Partirdes Partirem
Infinitivo impessoal
Cantar
Correr
Partir
Gerúndio
Cantando
Correndo
Partindo
Particípio passado
Cantado
Corrido
Partido
3.4. Classe do Advérbio Os advérbios funcionam como modificadores do significado de uma frase, do grupo verbal, do grupo adjetival e até de um outro advérbio. Subclasses dos advérbios
Características
Exemplos
Advérbio que nos permite negar uma frase afirmativa. «Não» é considerado o único advérbio de negação.
Não
Advérbio de negação
Advérbio que é usado ou como resposta afirmativa a uma pergunta, ou como forma de reforçar o sentido de um enunciado.
Sim
Advérbio de afirmação
Advérbio de inclusão/ exclusão
Advérbio que nos indica a presença ou ausência do constituinte que modifica num determinado conjunto.
Até, só, apenas, também, mesmo, …
Advérbio interrogativo
Advérbio que identifica aquilo que é questionado numa pergunta.
Quando, onde, porquê, como, …
Advérbio que traduz intensidade ou qualidade.
Muito, bastante, tão, pouco, mais, tanto
Advérbio de quantidade e grau
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3.5. Classe da Interjeição As interjeições transmitem emoções de um falante. São invariáveis. Interjeições
Exemplos
Alegria
Ah! Oh!...
Animação
Eia! Vamos! Força! Coragem!...
Aplauso
Bravo! Viva! Bis…
Desejo
Oh! Oxalá!...
Dor
Ai! Ui!
Espanto
Ah! Hi! Bolas! Caramba! Credo!
Impaciência
Irra! Hem! Mau!
Invocação
Ó! Pst! Eh! Ei!
Silêncio
Psiu! Silêncio!
Suspensão
Alto! Basta!
Terror
Ui! Uh!
Cansaço
Uf! Ah!
3.6. Classe do Determinante Os determinantes aparecem geralmente antes do nome e têm como função especificar o nome a que se referem. Concordam em género e número com o nome que antecedem. Subclasses Determinantes artigos (podem ser contraídos com preposições*)
Significado
Exemplos
Definidos
Indicam o grau de especificidade do nome que antecedem e a que se refere – definido (conhecido).
A Mariana estudou os Egípcios na* (em a) disciplina de História.
Indefinidos
Indica o grau de especificidade do nome que antecede e a que se refere – indefinido (desconhecido).
Um rapaz assaltou-me num* (em um) supermercado.
Determinantes possessivos
Estabelecem uma relação de posse O meu livro está em entre o nome que o determinante cima da tua secretária. especifica e participante do discurso.
Determinantes demonstrativos
Estabelecem uma relação de distância ou proximidade entre o nome que antecedem e o participante no discurso ou outro elemento textual.
Este livro não está bem estimado, mas aquele livro está.
Determinantes interrogativos
Precedem o nome aquando da formulação de uma pergunta.
Que disciplinas estudaste?
Artigos definidos
Artigos indefinidos
Masculino
Feminino
Masculino
Feminino
Singular
o
a
Singular
um
uma
Plural
os
as
Plural
uns
umas
10
Demonstrativos Singular
Plural
Masculino
Feminino
este esse aquele
Masculino
esta essa aquela
Feminino
estes esses aqueles
estas essas aquelas
Interrogativos Variáveis
Invariáveis
Singular
Plural
qual
quais
que
Possessivo Singular Pessoa
Um possuidor
Masculino
Masculino
Feminino
⁄.a
meu
minha
meus
minhas
2.a
teu
tua
teus
tuas
a
seu
sua
seus
suas
a
nosso
nossa
nossos
nossas
a
vosso
vossa
vossos
vossas
a
seu
sua
seus
suas
3. ⁄. Vários possuidores
Feminino
Plural
2.
3.
3.7. Classe do Pronome O pronome pode substituir um grupo nominal, um adjetivo, um grupo preposicional, uma frase. Os pronomes são na maior parte variáveis em número e género. Há, no entanto, alguns pronomes que são invariáveis. Os pronomes variam também em caso, isto é, de acordo com a função sintática que desempenham nas frases. Subclasses
Significado
Pronome pessoal
Refere-se aos participantes no discurso. Varia em número, género e de acordo com a função sintática que o elemento que substituiu desempenha na frase.
Ela deu-lhe o livro Eu gostei de lê-lo. Nós também gostámos de o ler.
Estabelece uma relação de proximidade ou distância ou com um participante no discurso ou uma situação textual que o antecede.
– Viste o meu livro? – É este?
Pronome possessivo
Estabelece uma relação entre o objeto que é possuído por alguém e a pessoa que o possui. Geralmente estes pronomes surgem acompanhados dos determinantes artigos definidos.
O meu livro é interessante, e o teu?
Pronome indefinido
Refere-se a pessoa ou situação desconhecida, indefinida.
Ninguém trouxe os livros para a biblioteca.
Pronome relativo
Refere-se à situação textual que o antecede.
O livro que te dei é um dos meus preferidos.
Pronome demonstrativo
Exemplos
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Pronomes pessoais Sujeito a
C. Direto
C. Indireto
Singular
⁄. pessoa 2.a pessoa 3.a pessoa
eu tu ele/ela
me te o, a, se
me te lhe
Plural
⁄.a pessoa 2.a pessoa 3.a pessoa
nós vós, vocês eles/elas
nos vos, se os, as, se
nos vos lhes
Pronomes possessivos Singular
Pessoa
Feminino
Masculino
Feminino
a
meu
minha
meus
minhas
a
teu
tua
teus
tuas
a
seu
sua
seus
suas
a
nosso
nossa
nossos
nossas
a
2.
vosso
vossa
vossos
vossas
3.a
seu
sua
seus
suas
⁄. Um possuidor
2.
3. ⁄. Vários possuidores
Plural
Masculino
Pronomes demonstrativos Variáveis
Invariáveis
Singular Masculino este esse aquele
Plural Feminino
esta essa aquela
Masculino
Feminino
estes esses aqueles
estas essas aquelas
isto isso aquilo
Pronomes indefinidos Variáveis
Invariáveis
Singular Masculino algum nenhum todo outro muito pouco tanto
Plural Feminino
alguma nenhuma toda outra muita pouca tanta
Masculino
Feminino algumas nenhumas todas outras muitas poucas tantas várias
alguns nenhuns todos outros muitos poucos tantos vários
bastante qualquer
alguém/algo ninguém tudo outrem nada cada
bastantes quaisquer
Pronomes relativos Variáveis
Invariáveis
Singular Masculino o qual
Plural Feminino
a qual
Masculino os quais
Feminino as quais
que quem
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3.8. Classe do Quantificador Os quantificadores, tal como os determinantes, vêm antes de um nome e distinguem-se dos determinantes por indicarem a quantidade, o número ou uma parte do nome a que se referem. Subclasses
Definição
Quantificador numeral
Indica-nos uma quantidade precisa.
Exemplos Tenho de fazer os trabalhos de casa de cinco disciplinas.
3.9. Classe da Preposição As preposições estabelecem uma relação entre elementos da frase. São o núcleo do grupo preposicional. As preposições podem ser contraídas com os determinantes artigos. Preposições a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, segundo, sob, sobre, trás
3.⁄0. Classe da Conjunção Coordenativas – palavras que ligam frases ou elementos na frase (grupos constituintes). Subclasses das conjunções coordenativas Copulativas Adversativas Disjuntivas
Significado
Conjunções
Permitem adicionar ou ordenar elementos.
e, nem, nem… nem
Exprimem o contraste, oposição entre os elementos coordenados.
mas
Os elementos coordenados aparecem como alternativa.
ou, ou… ou, ora… ora
Subordinativas – palavras que introduzem frases e elementos que estão sintaticamente dependentes do elemento ou frase subordinante. Subclasses das conjunções subordinativas
Significado
Finais
Introduzem orações subordinadas que exprimem finalidade.
Causais
Introduzem orações subordinadas que exprimem o motivo, a causa.
porque como
Introduzem orações subordinadas que dão indicação temporal.
quando enquanto mal
Temporais
Condicionais
Introduzem a condição para que a ação da frase subordinante seja real.
Completivas
Completam a informação da frase subordinante.
Conjunções para
se
que se
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4. Grupos constituintes da frase Frase e constituintes da frase – as frases são constituídas por, pelo menos, um verbo principal e por grupos de palavras que estabelecem relações entre si. Grupo Nominal – grupo de palavras que se organiza a partir de um nome (núcleo do grupo nominal) ou de um pronome.
Constituintes do grupo nominal Nome Determinante + nome Pronome Determinante + adjetivo + nome Determinante + nome + adjetivo Determinante + nome + preposição/artigo + nome Quantificador + nome
Maria, chega aqui! A Maria chegou tarde. Ela chegou tarde. A bela Maria chegou tarde. A filha mais nova chegou tarde. A filha da Maria chegou tarde. Algumas raparigas chegaram tarde.
Grupo Verbal – grupo de palavras que, numa frase, se organiza a partir de um verbo (núcleo do grupo verbal).
Constituintes do grupo verbal Verbo Verbo + grupo nominal Verbo + grupo adverbial Verbo + grupo preposicional
O rapaz caiu. O rapaz estudou a lição. O rapaz estudou atentamente. O rapaz telefonou à mãe.
Grupo Adverbial – grupo de palavras que se organiza a partir de um advérbio (núcleo do grupo adverbial).
Constituintes do grupo adverbial Advérbio Advérbio + advérbio Advérbio + grupo preposicional
O rapaz viu a professora ontem. O rapaz corria mais rapidamente. Felizmente para ti, já estás de férias.
Grupo Preposicional – grupo de palavras que se organiza a partir de uma preposição (núcleo do grupo preposicional).
Constituintes do grupo preposicional Preposição + grupo nominal Preposição + advérbio Preposição + oração
Duvido do rapaz. Não via o rapaz desde ontem. Por não acabar o trabalho, levei falta.
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5. Funções sintáticas 5.⁄. Principais funções ao nível da frase Elementos da frase Função sintática
Exemplos
Características Simples: Constituído exclusivamente por um grupo nominal ou por uma oração.
O João foi ao Brasil. Sujeito (grupo nominal = determinante + nome) Quem não trabuca não manduca. Sujeito (oração)
Grupo nominal que pode ser substituído por um pronome pessoal forma de sujeito
Composto:
O João, a Maria e o Alexandre foram de férias. Sujeito composto (três grupos nominais ligados por vírgula e pela conjunção coordenada copulativa «e»)
Predicado
Presença de um verbo copulativo seguido de um predicativo do sujeito.
Ele é o meu melhor amigo. (Verbo copulativo ser + grupo nominal) Ela ficou aqui. (verbo copulativo ficar + grupo adverbial)
Presença de um verbo transitivo ou intransitivo ou complexo verbal seguido dos complementos exigidos pelo verbo, para lhe completarem o sentido e/ou por modificadores.
A Maria comprou um colar de pérolas. (Predicado = verbo + complemento direto exigido pela presença do verbo transitivo comprar) Ela chorou. (Predicado = verbo intransitivo chorar)
Sujeito
Constituído por dois ou mais grupos nominais ou orações ligadas por coordenação.
Nulo:
Fui a Londres durante as férias. Não é possível determinar de Diz-se que quem muito dorme, pouco aprende. forma clara e definida quem é Há quem diga que quem muito dorme pouco aprende. o sujeito da frase. Hoje anoiteceu mais cedo do que costume.
Constituído pelo grupo verbal, isto é, pelo verbo, principal ou copulativo, e predicativo do sujeito ou complementos por ele selecionados e/ou modificadores
5.2. Funções sintáticas internas ao grupo verbal Função Sintática
Características Grupo nominal exigido/ selecionado pelo verbo que não é precedido por preposição e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais «o», «a», «os», «as»
Ele comprou uma flor.
Complemento direto
Complemento indireto
Grupo preposicional exigido ou selecionado pelo verbo e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais «lhe», «lhes».
Ele comprou uma flor à Maria. Ele comprou-lhe uma flor.
Grupo preposicional ou adverbial selecionado pelo verbo. Não pode ser substituído por nenhum pronome pessoal.
Ela mora ali. (Advérbio = complemento oblíquo) Ela mora em Lisboa. (Preposição + nome = complemento oblíquo)
Grupo preposicional ou adverbial que não é exigido pelo verbo.
Ontem cheguei tarde a casa. (Advérbio = modificador) Eles chegaram às onze horas. (Grupo preposicional = modificador)
Grupo nominal, grupo adjetival, grupo preposicional ou grupo adverbial selecionado por um verbo copulativo.
O Manuel ficou triste. (Grupo adjetival com a função de predicativo do sujeito) Ela ficou aqui. (Grupo adverbial com a função de predicativo do sujeito)
Grupo preposicional selecionado pelo verbo de uma frase passiva.
A flor foi comprada pelo Miguel.
Complemento oblíquo
Modificador
Predicativo do sujeito
Compl. agente da passiva
Exemplos
Ele comprou-a.
(cont.)
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5.3. Outras funções sintáticas ao nível da frase Função sintática
Características
Vocativo
Modificador de frase
Exemplos
Palavra ou expressão que indica ao interlocutor a quem se dirige a frase.
Ó Miguel, não te atrases.
Grupo preposicional, grupo adverbial ou oração que modifica toda a frase.
Certamente, o Miguel chegará tarde. Se se atrasar, o Miguel perderá o autocarro.
6. Frase Características Declarativa
Exemplos
É enunciada uma afirmação.
O João é um bom desportista.
Corresponde à formulação de
Onde fica o colégio onde estudas?
Interrogativa uma pergunta: é enunciada uma informação, um pedido, ... É usada para exprimir uma ordem, um conselho ou um pedido do falante.
Vai para casa descansar. Come tudo!
É usada para exprimir uma
Ela está tão irritada!
Frase que se opõe à frase negativa, ou seja, identifica-se pela ausência do advérbio de negação «não».
Hoje, vou às compras.
Negativa
Frase em que está presente o advérbio de negação «não».
Hoje, não vou às compras.
Ativa
É posto em evidência o sujeito da ação.
Eu aceitei a proposta. A proposta foi aceite por mim.
Passiva
É posto em evidência o objeto da ação através da forma verbal e não o sujeito, que passa a agente da passiva. Frase que é constituída por um verbo principal ou por um verbo copulativo.
Hoje fui ao cinema.
Simples
Complexa
Frase que é constituída por mais do que um verbo principal ou verbo copulativo. A frase complexa é constituída por duas ou mais orações, ligadas através de coordenação ou subordinação.
Quando cheguei ao cimo da montanha,/ apreciei a magnífica paisagem,/ mas sofri as consequências da pressão atmosférica.
Imperativa
Exclamativa emoção do falante.
Afirmativa
Frase
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6.⁄. Orações coordenadas São ligadas por conjunções coordenativas. Orações coordenadas Copulativas Adversativas Disjuntivas
Significado
Exemplos
Exprimem ideia de adição.
Ele era um bom amigo e era fiel.
Exprimem uma ideia de contraste ou oposição.
Ofereci-lhe um lenço, mas ele não quis.
Exprimem alternativa.
Ou pedia desculpa ou tinha falta de material.
6.2. Orações subordinadas São introduzidas por conjunções (ou locuções) subordinativas. Orações subordinadas
Significado
Exemplos
Exprimem o motivo ou a causa.
Ele foi para o quarto estudar, porque tinha teste.
Exprimem ideia de tempo.
Quando cheguei a casa, ele já tinha estudado.
Exprimem uma condição.
Se ele estudar muito, terá boas notas.
Exprimem a finalidade
Ele foi para o quarto para estudar em silêncio.
Completivas
Completam o sentido do verbo da frase subordinante
Ele disse que já tinha estudado.
Relativas
Referem-se a um antecedente. São introduzidas por pronomes relativos.
O Pedro, que é bom aluno, estuda bastante.
Causais Temporais Condicionais Finais
Nota: As orações subordinadas causais, temporais, condicionais e finais desempenham a função sintática de um grupo adverbial: modificador
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7. Processos de formação de palavras A derivação – consiste na junção de afixos a uma forma de base. Processo de formação de palavras
Características
Exemplos
Consiste na junção de um afixo (prefixo) à esquerda da forma de base. Consiste na junção de um afixo (sufixo) Sufixação à direita da forma de base. Consiste na junção de um prefixo e sufixo a uma forma de base. Uma palavra é derivada por prefixação/ Prefixação/Sufixação sufixação caso seja possível omitir um dos afixos, obtendo assim uma palavra intermédia. Consiste na junção de um prefixo e sufixo a uma forma de base ao mesmo tempo. Logo, não é possível obter uma Parassíntese palavra intermédia como acontece no processo anterior.
Prefixação
Infeliz Felizmente Infelizmente – Omitindo in- obtemos a palavra felizmente Omitindo -mente obtemos a palavra infeliz. Amanhecer – não existem palavras intermédias entre a forma de base “manh” e a palavra parassintética.
Composição – caracteriza-se pela junção de duas ou mais formas de base para formar uma palavra. Processo de formação de palavras
Características
Morfológica
Exemplos
Junção de dois radicais ou duas palavras, por vezes, ligadas por uma vogal de ligação. São vogais de ligação o «i» e o «o».
Claustrofobia Agricultura Biblioteca
Consiste na junção de duas ou mais palavras: dois nomes; dois adjetivos; um verbo e um nome.
Maria-rapaz Bomba-relógio Saca-rolhas Abre-latas
Composição Morfossintática
8. Relações entre palavras 8.⁄. Relações semânticas Relação Relação de semelhança ou equivalência Relação de oposição
Características
Exemplos
Sinonímia
Palavra que num mesmo O dia está límpido. contexto pode substituir outra O dia está claro. sem que se altere o significado.
Antonímia
Palavras que têm significados opostos.
O dia está claro. O dia está escuro.
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8.2. Relações de som e grafia Relação
Características
Significado
Homónimas
Palavras que se escrevem e pronunciam da mesma maneira.
O canto do pássaro sossega-me. Põe o banco no canto da sala.
Homófonas
Palavras que se pronunciam da mesma maneira, mas que se escrevem de forma diferente.
O cozido está fabuloso. Espero que tenhas cosido as minhas calças.
Têm significados diferentes.
Palavras que se escrevem da pronunciam de forma diferente.
O padre pregou um sermão. O pai pregou um prego na parede.
Palavras muito semelhantes quer do ponto de vista da pronúncia, quer na forma como se escrevem.
O vestido é comprido. Espero que tenhas cumprido os teus deveres.
Homógrafas mesma maneira, mas que se
Parónimas
Exemplos
9. Registo formal/informal Quando falamos com alguém temos de adequar o nosso discurso em função da relação que estabelecemos com o nosso interlocutor, ou seja, do contexto. Assim, uma maior proximidade ou distanciamento afetivo, social ou profissional condiciona a forma como nos dirigimos ao nosso interlocutor, tendo por isso que adequar o vocabulário usado e as formas de tratamento.
Formas de tratamento Forma de tratamento
Usado para
Abreviaturas
Vossa Alteza
Príncipes, arquiduques e duques
V.A.
Vossa Majestade
Reis e imperadores
V.M.
Vossa Eminência
Cardeais
V. Emªª.a
Vossa Excelência Reverendíssima
Bispos e Arcebispos
V. Exª.aª Rev.ma
Vossa Paternidade
Abades, Superiores de Convento
V.P.
Vossa Reverência ou Vossa Reverendíssima
Sacerdotes em geral
V. Rev.ª Ou V. Rev.ma
Vossa Santidade
Papa
V.S.
Vossa Magnificência
Reitores das Universidades
V. Magª.a
Vossa Excelência
Qualquer pessoa a quem, em princípio se quer manifestar grande respeito (principalmente numa carta, num ofício) Cargos honoríficos
V. Exª.a
Vossa Senhoria
Pessoas de cerimónia Cargos honoríficos
V.Sª.
Senhor Presidente/Ministro
Cargos honoríficos
---------------
Senhor professor/doutor
Vida académica
Dr.
Senhor/Senhora
Usados para mostrar maior respeito ou distãncia social no tratamento
Sr./ Sra.ª
Você
Classes mais altas – considerado elegante Estratos sociais mais baixos – respeito e deferência. Estratos superiores de certas regiões – considerado deselegante.
---------------
Tu
Usado na intimidade, entre iguais e de mais velhos para os mais novos.
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⁄0. Discurso direto e discurso indireto Por vezes, ao comunicarmos, temos a necessidade de reproduzir mensagens que foram ditas por outras pessoas. Quer na oralidade, quer na escrita podemos fazê-lo de duas formas:
Discurso direto
Discurso indireto
Ao usarmos o discurso direto, reproduzimos exatamente, palavra a palavra, o que foi dito por outra pessoa.
Ao usarmos o discurso indireto, vamos fazer algumas alterações ao que foi dito inicialmente, fazendo adequações que se relacionam com os marcadores temporais e espaciais (advérbios que exprimem tempo e lugar, tempos e modos verbais) e com o locutor (pronomes e determinantes).
Na escrita, o discurso direto é indicado através do uso do travessão, antecedido por parágrafo (espaço em branco).
Na escrita, o discurso indireto insere-se no discurso do falante.
Exemplo: A Mafalda perguntou ao Manelito: – Já fizeste os trabalhos de casa? – Ainda não acabei. Estou a acabar a cópia de Língua Portuguesa. — Suspirou o Manelito.
Exemplo: A Mafalda perguntou ao Manelito se já tinha feito os trabalhos de casa e ele respondeu-lhe, suspirando,que ainda não tinha acabado, que estava a acabar a cópia de Língua Portuguesa.
Em ambos os casos, no discurso direto e no discurso indireto, são usados verbos que introduzem o relato do discurso, que nos indicam que aquela mensagem foi dita por alguém. São os verbos introdutores do relato discurso. Exemplos: Segredar Afirmar Contestar Adiantar Acrescentar
Completar Lamentar Declarar Decidir Propor
Arriscar Gritar Negar Exclamar Suspirar
Replicar Contar Perguntar Responder Avisar
Murmurar Protestar Insistir Sugerir Explicar
⁄⁄. Sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita Sinais de pontuação
Regras básicas de pontuação
. ,
É usado no final das frases, para indicar um período ou um parágrafo.
Ponto e vírgula
;
Usam-se: – quando já existem vírgulas na frase; – em áreas científicas para fazer enumerações.
Dois pontos
:
Usam-se para: – introduzir o discurso direto; – introduzir enumerações.
? !
Usa-se para formular perguntas.
Ponto
Vírgula
Ponto de interrogação Ponto de exclamação
É usada para: – separar elementos de uma enumeração; – delimitar informação acessória, no meio de uma oração; – antes de algumas orações; – depois dos advérbios sim e não; Atenção: Não se separa o sujeito do predicado com uma vírgula, nem o verbo dos complementos.
Usa-se no final de frases exclamativas para exprimir os sentimentos do interlocutor.
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Sinais de pontuação
Regras básicas de pontuação
_
Usa-se no discurso direto para introduzir as falas das personagens. Usa-se, tal como a vírgula e os parênteses, para delimitar informação acessória.
...
Usam-se para indicar ao leitor que ficou algo por dizer. Podem também indicar hesitação, dúvida por parte do interlocutor ou que este foi interrompido, não tendo por isso concluído o discurso.
Travessão
Reticências
Sinais auxiliares de escrita
Regras básicas de uso
Parênteses curvos
()
Usam-se, tal como as vírgulas e o travessão, para delimitar informação acessória.
Parênteses retos
[]
Indicam que houve uma parte do texto/enunciado que foi omitido.
Aspas
«», “”
São usadas nas citações, para pôr em destaque alguma palavra.