LUZ , quevemdo LESTE
3 £
VOLUME
LUZ . quevemdo LESTE MENSAGENS ESPECIAIS ROSACRUZES
Luz Que Vem do Leste Mensagens Especiais Rosacruzes 3 ? V olum e V Edi^ao em Lfngua Portuguesa 1991
ISBN-85-317-0075-2
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LUZ QUE VEM DO LESTE
Terceiro Volume
M ensagem Especiais Rosacruzes escritas por
Charles Vega Parucker, F.R.C. Maria A. Moura, F.R.C. Jeanne Guesdon, F.R.C. Edward van Drenthen Soesman, F.R.C. Ruben A. Dalby, F.R.C. Chris R. Warnken, F.R.C. Christian Bernard, F.R.C. Rodman R. Clayson, F.R.C. Mario Salas, F.R.C. Biblioteca Rosacruz
LUZ QUE VEM DO LESTE MENSAGENS ESPECIAIS ROSACRUZES
TERCEIRO VOLUME
fN D IC E
MENSAGEM "R O SA C RU Z" DA NOVA E R A ........... 9 A PEDRA F IL O S O F A L ................................... .. 21 CONSCI^NCIA MlSTICA.......................................... 29 LIBERA LID A D E DO C 0 SM IC O ............................... 35 PARA QUE V IV E R ? ................................................ 43 UMA NOVA ERA E SUA IzTICA............................... 55 ECOLOGIA TRANSCENDENTAL............................. 65 A A LQ U IM IA DO AMOR. . . .................................... 73 UMA V IA G E M ......................................................... 81 A ARTE RizGIA....................................................... 87 O JA R D IN EIR O M lSTIC O ....................................... 95 AMORC E 0 MUNDO P R O FA N O ............................ 101 O S E R PSI'QUICO.....................................................111 EM BUSCA DA FEL1CIDADE................................... 119 COMANDANDO A N A T U R E Z A ...............................127 0 SIGNIFICADO DA PA LA V RA "M lS T lC O "........... 139 A BUSCA DA LUZ M A IO R ..................................... 147 PARE, OLHE, ESCUTE, E P E N S E .............................163 O A M O R ..................................................................175 0 V IA JA N TE DO ESPAQO IN T E R IO R ....................183 0 PRIVIL(=GIO DE SER R O S A C R U Z ...................... 189 B IB LIO TECA RO SACRUZ
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MENSAGEM “ROSACRUZ” DA NOVA ERA por
stamos, desde 1960, vivendo os prim eiros anos da Era de Aqu^rio. Mesmo nestes anos de transigao, caracterizados por excessivas modificagoes em todos os aspectos de nossa vida, j i comegamos a sentir os albores de um m undo novo.
E
Inumeras transformagoes estao ocorrendo, diariam ente, no com portam ento hum ano. As tradigoes estao sendo renovadas e, os conceitos existentes, analisados e substituidos por id&as mais completas. Tudo € discutido, e m uitos con ceitos e principios, que serviram a hum anidade por tantos s^culos, estao sendo espanados, lavados, esfregados e vestidos com nova roupagem ou mesmo jogados no lixo, porque nao resistem as m entes perquiridoras m odem as. Nunca o genero hum ano foi tao criativo como nos filtimos trin ta anos, e Aquario sera responsavel por tantas e tao maravilhosas invengQes que a vida para o hom em serd fundam entalm ente diferente de um a geragao para a seguinte. Sem duvida alguma, m uitos efeitos da Era de Peixes ainda estarao conosco por mais 20, 30 ou 50 anos, mas 6 indubitdvel que todo o m undo esta sentindo como a Era de Aquario serd diferente.
Uma faceta m arcante do novo alvorecer 6 o interesse ca da vez m aior que os jovens dem onstram pela astronom ia e astrologia. A eletronica constituir-se-d na grande ferram enta para as invengSes que surgirao e perm itira o desenvolvimen to das viagens espaciais nao apenas em nosso sistema solar, mas extensivas a outros sistemas estelares. A ciencia se desenvolverd em todos os campos de m aneira impressionante e no setor mddico se conseguirao as curas para todas as doengas. Alan Leo, escritor astrologico do s^culo XIX, antecipando a influencia da Era A quariana, apresentou em seus livros inumeras qualidades dos aquarianos e que se aplicam inte* gralmente a atual geragao de adolescentes. Disse ele: “Eles se inclinam para o nao-convencional, e consequentem ente se fazem excelentes reform adores. SSo sempre gentis, hum anos, apreciam extraordinariam ente a arte, a musica e a lite ra tu ra .. . tem um grande amor por todos os empreendim entos e preocupagoes hum anitarias que geram harm onia para m uitos. . . Vivendo por linhas puram ente pessoais, sao ca6ticos, difusos, cheios de truques e inteligentes com vistas aos proprios fins;egoistas e aptos a usar sua von tade inflexivel na diregao de seus desejos m entais; ou inclinados a serem vacilantes e caprichosos.. . Luz e Vida espe* ram por aqueles que se libertam da personalidade e vivem na individualidade desse signo. A natureza interna e o destin o do signo podem ser expressos em um a tinica e im por tante palavra: “HUMANITARISMO” .” A preocupagao com a vida e com o am biente terrestre 6 o utra grande qualidade aquariana. Os movimentos estudantis nas Universidades, pacfficos ou nao, indicam uma insis-
tente preocupagao com as condigoes sociais de todos os povos, a luta obstinada pela paz m undial, a eliminagao da pobreza e da fome e a participagao nas diretrizes da propria educagao para melhoria de suas possibilidades profissionais. A Era de Aqudrio ser £ excitante, estim ulante, excessivam ente criativa e exigira a participagao intensa de cada um de nos. Ainda hoje, tem os m antido uma falsa pretensao com respeito ao nosso sistema solar, considerando ser a Terra o unico lugar habitado do Universo. A astronom ia demonstra-nos que o Sol nao passa de uma estrela com um , como tantas outras que existem em nossa galaxia, banal, m ediocre ate. Comparada com as estrelas de m aior brilho do c£u, o Sol d um a estrela de quinta grandeza, em torno da qual gira nosso sistema planetario, tam bem m ediocre no sentido cosmogonico. E a nossa Terra, com apenas 25 mil anos de civilizagao conhecida, que nem sequer conseguiu dom inar o conheci m ento sobre os 144 elem entos quim icos, que entram em sua composigao, como classificd-la? Qualquer sistema plane* tario que tivesse um planeta com quatro ou cinco mil anos de uma civilizagao mais antiga que a nossa, estaria m uito mais desenvolvido que a Terra, simplesmente considerando a evolugao natural. Nossa civilizagSo esta com pletando a primeira volta em torno das faixas do zodiaco, e praticam ente tudo o que tem os em matdria de evolugao data dos ultimos cem anos ou menos. Retornam os a outra Era de A q u in o e dentro de poucos anos estaremos conhecendo nossos irmaos do Universo, nao s6 atravds de suas visitas a Terra, como tam bem por meio de nossas viagens siderais.
Seri que estamos conscientes da im portancia destes pri meiros encontros? 0 hom em posiciona-se, em relagao a outro ser, de form a comparativa, e nossas primeiras analises imediatas serao certam ente no sentido de sabermos se so mos mais ou menos evolufdos que nossos visitantes. Sera que jd estamos preparados para recebe-los novamente? A palavra religiao vem do latim “ Religare” que quer dizer to m ar a ligar, e o prop6sito de todas as religioes tem sido o de m anter os lagos entre os c£us e a terra, o de religar o hom em aos deuses. Mas, se tantas crengas foram estabelecidas pelos diferentes povos, em tentativas de satisfazer os anseios do hom em , m uitas e muitas vezes nada mais conseguiram do que m anter o individuo submisso aos poderes das pr6prias religioes, determ inados de acordo com suas proprias necessidades. A Era de Aqudrio propiciara o reencontro do hom em com os seres do espago, e a integragao das mais variadas experiencias levari o conhecim ento hum ano a extrem os nunca antes imaginados. Estamos deixando para tras a Era de Peixes, que exerceu apreciavel influencia no despertar do pensam ento da Humanidade. Cristo € o h'der insofismdvel da Era de Peixes e a grande mensagem trazida aos hom ens, vivida nestes ultimos 2.000 anos, £ a mensagem do Amor. “ Amai-vos uns aos outros” constitui-se no refrao constante desta Era. Humildade no com portam ento, conhecim ento pela f£ e am or como prop6sito constituem as colunas-mestras das filosofias cristas.
E se Cristo trouxe-nos a mensagem do Amor era porque esta se tornava indispensdvel para a gpoca, os homens necessitavam aprender a desenvolver o dom inio da integragao total entre si, a conviver com os Seres em geral, bons, maus, virtuosos e criminosos, ricos e pobres, compreensivos e agressivos, preparando-se desta form a para as viagens as outras estrelas e asssim poder conhecer os seres que \£ habitam . A Era de Aquario estruturara o prim eiro governo unificado terrestre, regulando a vida dos seres de todo o planeta. Devera ser um governo hum anista, constituido pelos mais inteligentes seres que habitaram a Terra ate hoje. Devera ser um governo de tendencias autocraticas, em bora eminentem ente voltado para o bem-estar dos povos e ragas das mais diferentes regioes do globo. Estimulard a criatividade individual aplicada a vida coletiva. 0 conhecim ento das forgas poderosas intrinsecas do atom o e das leis da vida em cada c^lula ser £ usado para satisfazer as necessidades humanas de alimentagao, saude, transporte e habitagao. 0 h o mem tera uma vida com unitaria mais intensa e os principios de fraternidade que estamos aprendendo na Ordem Rosacruz nos capacitarao para um a vida mais repleta de satisfagoes, em proxim as encamagoes. Com todo este panoram a delineado, ser £ que poderiamos agora defmir a mensagem que deveremos aprender na Era de Aqudrio? Poderemos pensar um pouco na grande missao da Humanidade para estes pr6xim os anos? Podere mos vislumbrar como adaptar nosso com portam ento indi vidual as caracterfsticas da nova Era? Qual a palavra chave que representard o ideal mdximo do hom em na Era de Aqudrio?
Perguntamos entao, qual a mensagem a ser despertada na Era de Aqudrio? Sim, exatam ente — SERVIR. Servir no sentido amplo e com pleto da palavra. Servir no sentido de participagao total e voluntdria. Ser vir com o proposito de nos integrarmos a toda missao que nos € confiada, procurando nela a expressao com pleta da Verdade que existe em nos; a disposigao perm anente de participar intensam ente, com a m ente, a alma, o coragao e o co rp o . Temos observado os grandes desajustes individuals na sociedade m oderna. Quantas pessoas estao desarmonizadas, tum ultuadas, desorientadas e com problemas de inter-relacionam ento sempre mais complexos! Qual a origem e o p o r que de tudo isso? Vamos ver se conseguimos relacionar as causas mais expressivas: 1. Como seres egoistas, esperamos receber sempre mais dos outros, quer nos negbcios, quer na fam ilia, quer dos ami gos, ou mesmo das pessoas que entram em contato conosco. 2. Como seres pretenciosos, almejamos mais e mais o p o der, porque assim estaremos sobre os outros e seremos servidos por eles. 3. Como seres ambiciosos, almejamos constantem ente mais
riquezas, porque assim teremos com prado o servigo dos nossos irmaos. 4. Ambicionamos a gl6ria pessoal, porque nos agrada a veneragao que recebemos dos outros homens. E quando nao conseguimos obter o que queremos, aquilo com que sonhamos? Advem as frustragoes, as obsessQes e as neuroses. Comegamos a ser martirizados pelas invejas, pelos citimes, pela inconstancia nas atitudes, pela falsidade e pela m entira. E por outro lado, se conseguimos apenas alguma coisa, parte do que imaginamos como ideal, ja so mos envolvidos por uma falsa pretensao, uma excessiva vaidade e atd mesmo uma incontida arrogancia. £ claro que nao estamos advogando que o hom em deva ser passivo, sem ambigOes, sem vontades ou sem intengoes de m elhorar sua vida em geral. N ao, pois 6 exatam ente o anseio por melhores condigDes que estimula o poder criativo e conduz os hom ens as grandes realizagSes. Queremos sim realgar que, quando estamos envolvidos em qualquer tarefa com o firme proptisito de obter recompensas pessoais, sejam estas alcangadas ou nao, estaremos de alguma forma servindo exclusivamente a nossa autovalorizagao pessoal. Servir € participar com a certeza da sabedoria de que a tarefa deve ser bem feita, de que devemos colocar todo nosso ser em sua consecugao. S6 pode servir quem aprendeu a amar. Servir 6 manifestar intensam ente a Alma Cosmica que habita em nosso Ser. Q uanto mais servimos, mais felizes somos e m aior 6 a alegria que irradiamos a todos que nos cercam. E o maior entre os Homens aquele que mais serve, com satisfagao!
0 psicologo americano, Festinger, vem realizando uma s£rie de experim entos interessantes sobre fenom enos e reagoes psicol6gicas do hom em . Um destes experim entos tornou-se classico. Reuniu ele dois grupos de estudantes; cada com ponente destes grupos deveria escrever um ensaio a fa vor de um conceito de que divergia frontalm ente. Deveria cada um escrever dem onstrando os aspectos positivos do conceito que nao aceitava. Os dois grupos foram separados, um constituido de estudantes que fariam o trabalho voluntariam ente, o outro constitufdo de estudantes que receberiam US$ 20.00 ap6s apresentado o trabalho. Os caracteres psicologicos envolvidos dem onstraram que os com ponentes do grupo rem unerado realizaram o trab a lho alegando que nao acreditavam no que escreveram, que estavam sendo hip6critas e com prados, mas que queriam receber os US$ 20.00. O outro grupo encarou sua participagao como uma colaboragao a pesquisa do professor e que poderia, atrav^s do exercicio, desenvolver os aspectos de um a m ente razo^vel, disposta a analisar ambos os lados de um a questao. Nao 6 preciso dizer que os trabalhos apresentados pelo grupo de colaboragao espontanea foram m uito mais uteis e superiores aos do outro grupo. O grupo que nao recebeu os US$ 20.00 dem onstrou a supremacia do proposito de SERVIR, e naturalm ente foi beneficiado pela experiencia construtiva de que participou. Como )£ dissemos, SERVIR 6 integrar-se no Cosmico. SERVIR 6 agir de conform idade com as Leis Naturais do M undo em que estamos. E quando agimos de conform ida de com estas leis, vivemos em harm onia perm anente, em Paz Profunda, como n6s Rosacruzes dizemos.
0 Homem sempre procura justificar-se a si mesmo, de coisas que faz erradas ou desarmoniosas. Podenam os at£ citar agora a grande panac&a do H omem, que tem servido, desde Adao e Eva, para encobrir, para amenizar perante sua consciencia os desvios que faz em relagao as Leis Cosmicas. Trata-se do Livre-Arbitrio, que se tem valorizado ta n to , co m o se fora um supremo direito do H omem. H. Spencer Lewis, no livro “Mil Anos Passados” , menciona: “Pois o h o mem na terra 3 sempre pecador, decretando para si o poder do livre-arbitrio, em violagao da voz dentro dele que fala a Verdade; pois a Luz pertence a V erdade.” 0 Livre-Arbitrio do Homem constitui-se, entSo, no seu direito de opor-se as Leis Divinas. E sempre que o LivreA rbitrio implicar em atitudes contririas ao Cosmico, esta mos desservindo o esquema em que fomos colocados. 0 Livre-Arbitrio 6 contrdrio, 6 oposto ao prop6sito de SERVIR. E, em Aqudrio, estaremos mais e mais nos fundindo com o C6smico, vibrantes, participantes, servindo intensam ente. Q uanto mais pensamos em n6s prtiprios, menos condigoes de SERVIR tem os. Como diz o proverbio conhecido, “ Quanto menos enxergarmos a n6s mesmos, mais os outros nos enxergarao.” Nossa aura se estenderd luminosa, irradiando a Luz e a Verdade da Alma de Deus em nosso in te rior. SERVIR e libertar a expressao da Alma de Deus atrav£s do nosso SER. SERVIR e a mensagem m istica da Era de Aqudrio.
A PEDRA FILOSOFAL por
estudante na Senda, em sua ansia por conceitos supe r io r s , que possam m elhor orientar sua conduta na vida, vai gradativamente assimilando inumeras verdades. Cada verdade aceita 6 uma nova conquista para sua com preensao dos misterios que ocorrem a sua volta. Com o passar do tem po, e persistindo em suas investigagoes, algumas destas verdades sao substituidas por conceitos mais amplos que, sob muitas form as, explicam para nos mesmos o complexo universo de realidades.
O
Numa etapa initial, a consciencia procura ideias que se expressam por meio de frases ou ditos da sabedoria popular: “Nao adianta lam entar o leite derram ado” , “ a uniao faz a forga” , “mais vale um p^ssaro na mao do que dois voando” e outras mais. Poderiam os passar algum tem po discorrendo sobre estes m otes que provem da cultura de todos os povos, pois exprimem o que m uitos anseiam para si. Todos n6s temos iddias sobre o m undo ideal, estruturado sobre o que consideramos bom ou superior. Nossa conscien cia est4 voltada para entender o m undo em que vivemos, em sua contfnua evolugao. 0 ne6fito, o pensador, o m fstico e o fllosofo procuram a compreensao total, o conhecim ento unificado, que espe-
lhasse em si a realidade plena atrav^s de uma sintese que contivesse a Essentia de todas as coisas, a sua pedra filosofa i 0 Rosacruz, como eterno buscador, vai se aprim orando em suas prdticas esot^ricas e introspecgoes reflexivas e, assim, assentando as bases da grande verdade de que “tudo esta em s i”. Compreende que sao os seus olhos que enxergam o m undo, mas que £ ao nivel de sua consciencia que tudo 6 analisado e que toda verdade se forma em sua m en te. Se enxergarmos o m undo de form a pessimista, tu d o nos parecera negativo, e identicam ente positivo, se vislumbrarmos situagoes otimistas no horizonte. Toda verdade esta em nos, ou seja, assim como estivermos preparados para com preender a luz, assim ela se nos manifestard. 0 nosso interior capta os fatos e fenomenos que estao ocorrendo conosco e estabelece verdades que consideramos insofismdveis. Nada que provem do exterior poderia nos abalar, a menos e somente se permitissemos que tais influencias dominassem o Eu interior. Nenhuma forga, quer do bem ou do mal, poderia exercer agao sobre nos se o Eu interior nao a aceitasse como uma verdade intrinseca. A verdade intrinseca 6 o que conceituam os como a nossa realidade, resultado do pensam ento, raciocinio e julgam ento de cada um. Como cada um tem sua pr6pria rea lidade das coisas e dos fatos, podem os afirmar que n2o existem verdades universais aceitas incondicionalm ente por to dos. “Conhece-te a ti m esm o ”, pois assim expressaras melhor tua pr6pria verdade. Muitos de n6s estao procurando Mes tres, gurus, anjos e avatares que nos orientem na vida e nos
protejam de tudo que nos possa acontecer, tragam solugoes para os problemas e nos ensinem as receitas m£gicas do exi to e do sucesso. Temos um poder incomensurdvel em nosso interior, pois a Essencia do C6smico tam bem constitui o nosso SER. Pela transmutag
Na verdade, o que im porta sao os nossos proprios concei tos e julgam entos, mesmo que estejam frontalm ente errados com respeito aos conceitos da maioria. “Nao pode o teu irmao estar em erro?” Por que te preocupas com o argueiro que est^ no olho de teu irm ao, se tens um a trave em teu prbprio olho? Para n6s, a nossa verdade 6 sempre perfeita, 2X6 que algu£m nos m ostre e nos convenga de que estamos em erro. Mas, para a nossa com preensao, somente entenderem os, expressaremos e vivenciaremos o que tivermos incorporado ao nosso interior. £ por isso que Spencer Lewis nos diz que “nenhum a obra pode ser m aior do que o hom em que esta por trds dela” . Em outras palavras: “som ente podem os dar 0 que tem os dentro de n6s” . A Ordem Rosacruz adota uma terminologia simb61ica em suas reunioes exotdricas, m uito im portante para que conhegamos o sentido da busca da Pedra Filosofal. Vejamos alguns term os mais expressivos: TEMPLO: € o nosso SER dual em essencia. As palavras dizem: “Consagramos 0 Templo por nossos pensam entos e nossa conduta.” Assim tam bem dignifiquemos nossa form a de viver e elevemos os pensam entos para consagrar o nosso SER. COLUMBA: com o todos sabemos, simboliza a voz da nossa Consciencia, que nos orienta, sobretudo nos m om entos de fraqueza e indecisao. “ Quando a Columba fala, todos ficam silentes” , para ouvir a sabedoria interior.
GUARDIAO: e a fortaleza de nossa verdade interior. 0 Guardiao exprime o que tem os em n6s proprios, atraves de nossa AURA. A aura hum ana que se estende em volta do corpo ffsico, como um halo de luz, 6 um a energia vibratoria que £ sensivel as outras vibragoes de pessoas, animais, vegetais e objetos, inform ando-nos de sua natureza. A nossa Aura £ a Guardia de nossa verdade interior. MESTRE: e o nosso Guia interior; a voz de Deus que atrav£s do Eu psfquico deve expressar-se, a medida que atenuamos as barreiras do consciente. Sao os sussurros do Eu que precisamos aprender a ouvir, mais e mais, para nossa felici dade. Ouvir o Mestre interior 6 perm itir que a beleza Divina se expresse por nosso SER. Como diz o Frater Jose Laercio do Egito no discurso: “ 0 Mestre de cada um ” — “ 0 unico Mestre que estd sempre atento e a nossa disposigao 6, evidentem ente, o Mestre In te rior, o que 6 maravilhoso, porque ele 6 mais grandioso e sabio do que qualquer outro. O que tem os a fazer, ao inv^s de ficarmos procurando inutilm ente encontrar o Mestre Encam ado ou de outros pianos, 6, simplesmente, aprender prim eiro a silenciar a m ente objetiva para que o Mestre In te rior possa, cada vez com m aior facilidade, estabelecer um maravilhoso dialogo, de que possa resultar uma orientagao segura, eficiente e sdbia em todos os sentidos e em todos os segundos de nossa existencia, expurgando qualquer interferencia da m ente objetiva.” “Para que trocar um Mestre Indi vidual e disponivel a qualquer m om ento e em qualquer circunstancia, por outro bem mais dificil de ser encontrado?” GRANDE MESTRE: D entro desta analise, o que representa para n6s o Grande Mestre? Exatam ente a vida de cada um em si. As experiencias, as dificuldades, as lutas, as emogGes,
os sofrim entos constituem o melhor professor que temos. Por isso, a Ordem Rosacruz busca, atravds das experiencias da vida de cada um , as formas de liberar o Mestre Interior e, deste m odo, perm itir que o cristal brilhe mais intensam ente. Cada Rosacruz encontra em sua vida cotidiana infinitas possibiJidades de aplicar o misticismo p ritico que lhe dar2 maior poder, liberdade e felicidade. A vida tudo nos ensina e constitui-se no laborat6rio de realizagSes construtivas para todos os que estao na SENDA. As impressoes que se registram durante cada encamagao em nossa Personalidade-Alma sao im portantes para as situa t e s que nos ocorrerao no futuro. Viver intensam ente 6 experim entar muitas sensagSes no curto espago de um a vida, P ortanto, a vida de cada um £, na realidade, o seu Grande Mestre. E m resumo, a Pedra Filosofal esta em nosso interior, pois toda a Verdade so existe dentro de nos.
CONSCIENCIA MfSTICA por
olocada face a face com a consciencia m istica, a mentalidade m odem a se confunde, nao compreende essa consciencia e, afogada no etem o jogo das ambigoes, contenta-se com suas conseqiiencias utilitarias, desprezando o mistico que se recolhe a solidao e o definindo como ocioso, porque tal m entalidade so admite o trabalho turbulento, ruidoso, e so compreende o que ouve, o que lhe fere os ouvidos.
C
Essa mentalidade nao entende que a solidao do m istico, que lhe parece vazia, encerra uma intensa atividade interior, inerente a diferentes relagoes vitais; e, se o m istico parece fugir por alguns m om entos ao contato hum ano, 6 para se nu trir da fonte divina. O m fstico ama a vida naquilo que de mais belo ela representa, como um a missao bendfica para todos e um caminho que o conduzird £ consciencia divina, a unicidade com o to do. Para onde quer que seus olhos se voltem , nao procuram nem veem outra coisa senao a Deus. 0 m istico sente a Deus com o identificado em sua pr6pria essentia, presente e ativo n o mais profundo do seu pr6prio ser. Diante desta concepgao, todas as outras imagens caem por terra. So Deus permanece, com o voz interior, no silencio exterior das coisas.
0 ser hum ano que nao entende esse estado exaltado se projeta para o exterior, a fim de encobrir esse vazio terrivel. A alma do m fstico 6 com pleta em si mesma e ama a solidao que lhe perm ite projetar-se ao Eu interior e sentir sua p ro pria plenitude. As subdivisoes hum anas do mesmo sentim ento de adoragao a Deus sao mais de form a do que de essencia e, quando as formas forem superadas pela visao mais ampla da essencia, atingiremos todos a fraternidade universal, condigao em que nao mais se com eterao os tristes massacres e delitos em nome do mesmo Deus. Freqiientem ente condenamos nossa pr6pria verdade, porque ela se nos apresenta em outra configuragao ou com outras palavras. Estranha contradigao, esta! A verdade absoluta d um a e imutavel. Todavia, e natural e compreensivel que, nas dimensoes relativas em que vive o hom em , nao possam caber senao verdades relativas e limitadas. A compreensao hum ana nao pode alcangar a verdade absoluta e, sim, chegar a ela por estdgios ou aproximagoes gradativas. Cada profeta, cada h'der espiritual, contribui com a sua mensagem do mesmo Deus em formas diversas, adaptadas ao hom em e ao m om ento histbrico. Assim sendo, n5o devemos confundir a form a com a essencia. As diversas mensagens que nos chegam do Cosmico nao sao verdades diferentes, mas, formas atravds das quais elas se manifestam em progressao evolutiva em relagao ao principio universal supremo. Todavia, nao devemos alim entar um espirito condescendente de tolerancia. Isto n2o 6 suficiente e nos colocaria em passividade inoperante. Devemos agir no sentido de alcangar
a compreensao e tornar real a fratem idade entre todos os povos. Isto nao significa que tem os de tolerar um inimigo, de suportar um erro, mas, que devemos ir ao encontro de todas as formas de f6y com o coragao aberto, em busca daquilo que pode unir e nao daquilo que divide. Talvez seja esta a nossa missao. 0 m istico nao aturde os sentidos para escapar a solidao, nem teme como os profanos os periodos de silencio em que a alma se m anifesta, porque sabe que a realidade da vida es ta precisamente nesse silencio e que somente quando a pala vra cessa 6 que ele pode atingir a profundeza desse silencio, quando a eternidade ergue seus veus e, das mais densas trevas, surge esplendorosa a iluminagao. 0 piano de vida do m istico esta m uito acima das dimensoes terrenas. Ele tam bem sofre e goza, teme e espera, lamenta-se, canta e ama. Mas tudo isto se passa em um outro nivel de consciencia, num piano em otional de agoes e reagoes diferentes. Sua orientagao conceptual e sensbria, sua maneira de ver e suas relagoes com o m undo dos fenomenos, sao com pletam ente diversas. Ele capta num todo uma nova ordem de ressonancia, porque dom inou um novo sen tid o , o sentido de harmonizagao com o universo. Seus caminhos sao outros. . . 0 hom em com um percorre a estrada do trabalho, da conquista do m undo, esperando dom inar a dor pelo exterior. Estas sao estradas longas que ele deve percorrer para veneer os obstaculos, dom inar eventualm ente as resistencias, mas que inibem a alma. 0 m fstico segue o caminho mais curto, avangando pelas vias da concentragao, da meditagao e do autodom inio, e destr6i a dor pelo interior, pelo que ha de mais profundo
em si mesmo, nao tentando eliminar as causas, mas superando-as, com diferente sensibilidade. O m istico modela o exterior e, com isto, liberta a alma, supera tu d o , porque transcende o m undo material. £ na consciencia que estao as mais profundas realidades e as mais amplas possibilidades da vida. Nossa ignorancia pode ser to tal, mas na consciencia j£ esta o germe de to d o o desenvol vim ento. Se qualquer coisa se m anifesta no m undo exterior, desponta sempre daquele mistdrio interior, a mente. Se o divino desce a terra e atrav^s da consciencia e cada um de n6s traz em si essa unidade que se chama “ Eu In te rior” , essa sintese que se chama consciencia. A consciencia € o que de mais vivo tem os em n6s e ela 6 tao vasta que nao conhecemos seus limites, os quais se abismam em camadas profundas que desconhecemos e as vezes nem ousamos sondar. Essa consciencia se desenvolve e se transform a continuam ente em nds, e estd sempre presente. Nao a vemos e, no entanto, nossas mais fntimas sensagoes e emogoes, como alegria e dor, estao nela e nao no exterior. Nossa parte mais vital e im portante se encontra nesse imponderdvel. Esse centro estabelece contato com tudo o que o cerca e, apesar disto, permanece sempre distinto, gigantesco e indestrutivel. 0 espirito hum ano, entao, deve se projetar al£m das barreiras que hoje o lim itam , al£m das dimensoes do que hoje concebe. Temos o dever de arrancd-lo a sua ordem de vibragoes voltada para os objetivos m undanos e projeta-lo com toda sua potencialidade para outra ordem de vibragoes que se elevam, superam e rom pem os espagos inflnitos, para a fusao com o supremo ritm o do universo.
LIBERALIDADE DO C0SMICO por
m nossos estudos m isticos, aprendemos que o pensa m ento 6 a forga fundam ental que molda a diregao de nossa vida e determ ina nosso destino final. Aprendem os que o pensam ento tem im portancia definida sobre nossos con ceitos de vida, nossa saude e felicidade, com base em nossa compreensao de leis e principios Cosmicos. Pensam entos de am or, felicidade, paz, progresso, sao positivos e sugerem forga e agao.
E
O pensam ento positivo di-nos o incentivo para buscar e atrair para n6s todas as coisas que podem os usar com finalidades construtivas. 0 pensam ento positivo nos leva a mais estreita com unhao com o C6smico, a Mente Universal e o Deus do nosso CoragSo, e estimula em n6s um a atitude que nos auxilia a prosseguir em nossas atividades e senda ascen sional. 0 pensam ento negativo, ao contrario, como ciiime, intolerancia, inveja, 6dio e autopiedade, m anifesta todas as espdcies de efeitos mentais e fisicos que com freqiiencia drenam nosso fisico, ao ponto em que nossa capacidade para realizar nossos deveres cotidianos 6 afetada. Logo que compreendemos o papel que o pensamento tem em nossa vida, comegamos a verificar a im portancia do
controle m ental. Tornamo-nos conscientes de que “ somos com o pensamos” , e que nao e o que almejamos ou desejamos que atraim os para n6s, mas o que est£ em nosso coragao e m ente. Por conseguinte, nao podem os ser felizes e sadios se revelarmos um a disposigao abatida ou aborrecida. Todavia, se cultivarmos os poderes construtivos da m en te , sempre felizes e alegres, irradiando pensam entos de paz e harm onia, essa disposigao nos levara a um a estreita comunh£b com o C6smico e com nosso meio ambiente. Tem sido cientificamente provado que os pensamentos podem transcender o espago. Sendo esse o caso, devemos estar sempre alertas para o fato de que as vibragoes de pen samento nao s6 nos afetam , mas, tamb£m aqueles que estao em contato conosco. M antendo-nos radiantes de alegria e otim ism o, as pessoas ao nosso redor serao contagiadas com esse otimismo e alegria, porque reagimos norm alm ente ao estado mental das outras pessoas. Ensinar as pessoas a pensar, para compreenderem sua relagao com Deus, como esposado nos ensinam entos Rosacru zes, 6 o objetivo final de nossa Ordem. Devemos continuar a m anter bem alto a tocha da Verdade, para langar luz no abismo das trevas da superstigSo e do m edo. Por nossos pensam entos, atraim os a inspiragao e o poder do Cosmico que tom ard possivel estabelecer maior com preensao, tolerancia e harm onia em todo o universo, e em n6s mesmos. 0 dom inio da vida que buscamos encontra-se expresso aqui neste piano terreno onde podem os exercer esse dom i nio sobre as condigSes de vida que nos envolverem no m o m ento. £ pela agao e o servigo altruistico que comegamos a
expressar os aspectos mais refinados e elevados de nossa na tureza. O sucesso no m undo e um fator necess£rio ao dominio da vida, isto €> a iuta para resolvermos qualquer circunstancia negativa e dificil em que possamos nos encontrar, p a ra realizarmos um desejo digno. Temos em nosso interior o poder e a forga para alcangar exito nos em preendim entos que tivermos em mira. Qual quer coisa que concebamos pode ser conseguida e qualquer desejo pode ser realizado, uma vez que nao duvidemos da capacidade em nosso interior para dominarmos qualquer circunstancia em que estivermos envolvidos. O Rosacruz nao deve pensar em quaisquer limitagoes pa ra a realizagao de seus ideais ou aspiragoes. Deve confiar em que aquilo que n£o puder realizar por seus proprios esforgos, o C6smico realizara por ele, pois deve saber e compreender que, ao operar em harm onia com o Cosmico, n2o havera limitag5es em sua m ente e no poder do Cosmico em seu pr6prio interior. Uma vez que compreendamos o poder que tem os a nossa disposigSo ao operarmos em harm onia com o C6smico, entSo, poderem os partir para a realizagao de qualquer objetivo ou desejo que seja de beneficio para n6s e para os outros. Nao devemos hesitar ou duvidar do poder criador de Deus que habita em nosso interior, aguardando, apenas, que dele fagamos uso. 0 Rosacruz ama a vida, sente e percebe a presenga do C6smico operando por seu interm ^dio. Deseja servir para realizar um grande bem em prol de seus cdm panheiros. Sen te o desenvolvimento de seus poderes c6smicos, e busca
meios e m odos de usa-los em alguma atividade construtiva. 0 sucesso na vida se constitui em manifestagao natural do desejo do Rosacruz de se tornar um canal para as forgas c6smicas que estao presentes em seu interior. Nao h i objetivo que ele nao possa alcangar, nem obsUculos ou proble mas que nao possa superar. Seu domfnio esta assegurado, um a vez que tom e a decisao de que sera o m estre de sua vida e das circunstancias e de que, ao trabalhar em cooperag£o com o Cbsmico, podera realizar todos os seus desejos. Com hum ildade, dedicagao e pela Graga de Deus, pode ele encontrar firmeza de m ente para aplicar todo o conhe cim ento que lhe foi dado, em beneficio da hum anidade. A riqueza pode chegar a m uitos, mas de diferentes for mas. Alguns podem ter dinheiro, outros saude, e alguns en contrar felicidade na beleza e no esplendor de cada dia. Todavia, alguns parecem nunca encontrar a felicidade e satisfagao que tao avidamente procuram . Cada novo dia parece leva-los mais pr6xim os da realizagao de seus sonhos, apenas para traze-los de volta a caminhos mais extensos. Is to talvez exemplifique que nem todos nos estamos buscando a felicidade da mesma forma. As dddivas divinas do amor e a magnificencia da liberalidade do C6smico estao disponfveis a todos nos. Esta o esquema cosmico dividido em pedagos desiguais ou somos n6s que nao sabemos apreciar nossas bengaos? Muitas vezes negligenciamos os beneficios que tem os o privilegio de desfrutar nesta vida, que sao dadivas c6smicas, como a beleza de um por-do-sol, a paz de nosso lar, o amor de nossos ami gos e mesmo o sucesso de nossa vida. Quantas vezes uma pessoa feliz deixa de considerar suas
bengaos e elevar uma prece silente ao Cosmico por suas d£divas? Quantas vezes os pais de uma crianga sadia deixam de pensar em sua felicidade e agradecer a Deus por Sua dadiva de amor? Quantas vezes o empresdrio ou o hom em de negocios m urm ura um a prece ao Poder Interior pela orientagao que o auxiliou a alcangar os pindculos em suas atividades? Infelizm ente, nao m uitas. Insatisfeitos com a felicidade do m om ento, as pessoas estao avidas por mais e mais. Devemos ser gratos pela inspiragao que nos impulsiona as mais elevadas realizagoes, conscientizando-nos de que a vida nao constitui algo que nos € devido, mas, ao contrario, uma dadiva que Deus nos perm ite desfrutar. Sua sabedoria criou as maravilhas do Universo, para que elas possam estimular em nosso interior ecos de sonhos esquecidos. Deus colocou ao nosso alcance as dadivas da saude, do am or, da paz e da felicidade, porem o hom em , em sua busca egoista e incessante, nao faz um a pausa para ser verdadeiramente grato. Ele quer mais, mais e mais, e m urm ura suas preces apenas com os ldbios e nao com o coragao. Deus, todavia, nao pode ser iludido. Ouve aqueles que com gratidao e honestidade nao Lhe demandam mais. 0 Cosmico nos concede a bengao da inteligencia, para compreendermos que ela propria esta a nossa disposigao. Seria m uito pedir que avaliassemos nossa vida sob esta luz e verifictfssemos quantas coisas temos para sermos gratos, e entao orassemos em silencio, com as pala vras que poderiam brotar de nosso coragao, com o amor que deveriamos sentir por nos ter sido concedida a dadiva da vida? Assim, entao, estaremos preparados para a experiencia mi'stica que e bem diferente da intuigao ou do instinto, traduzindo-se para uma sensagao de unidade, sensagao profun
da de com paixao ou am or por toda realidade, uma sensagao nao apenas de unidade com a natureza, mas de ser parte integrante do T odo, n6s Nele e Ele em n<3s. O utro aspecto desta verdadeira experiencia exaltada ou psiquica 6 a iluminagao. Esta € caracterizada por um influxo de poder pessoal, com preendido como autoconfianga e libertagao de quaisquer diividas, uma introspecgSo profun da, e a capacidade para com preender as coisas ou os eventos com os quais possamos nos confrontar. Essa gnose ou esse conhecim ento pode parecer intuigao, e muitas vezes provoca a liberagfo de id&as elevadas, inclinagoes e ideais que podem transform ar nossa vida, levando-nos a realizagao de nossas metas. Como parte da experiencia mfstica, a pessoa sente que realm ente descobriu a si mesma, e pela prim eira vez sabe realm ente quem e. C ontudo, nessa verdadeira iluminagao m fstica h i uma sensagSo de grande hum ildade que envolve a pessoa, como se estivesse diante do Ser mais sagrado. 0 ego da pessoa nao € elim inado, mas, reveste-se de um a reverencia, de uma hum ildade, que raram ente a leva a discutir sua experiencia com outrem . Aquele que passa pela verda deira experiencia m fstica ou iluminagSo jamais expressa qualquer grau de vaidade a este respeito, porque essa experiSncia m fstica lhe revela, tam bem , suas fraquezas e a necessidade de m aior desenvolvimento.
PARA QUE VIVER? por
U
ma coisa € viver; outra coisa 6 ter alguma coisa por que viver.
Instintivam ente, lutam os pela nossa sobrevivencia, como fazem as mais rudim entares das criaturas vivas. Mas, como criaturas racionais, viver deve ser, para n6s, mais do que meram ente preservar a entidade fisica. Deve ser mais do que existirmos como um Ser consciente e animado. A m ente, ou o Eu, tem seus objetivos, seus ideais. Uma m ente inteligente e cheia de energia m ental; esta continuam ente alerta a todas as impressoes oriundas do seu m eio am biente. 0 individuo inteligente € observador, analitico e inquiridor. Se a sua consciencia nao pode focalizar alguma coisa e com ela se ocupar, o resultado € uma intranqiiilidade m ental que produz irritabilidade e desagrado. Assim como torturam os nosso corpo ao negar-lhe atividade e ao impedi-lo de suas fungSes, da mesma form a a m ente se tortura se i confinada ou coibida quando nao lhe perm itim os expansao. A m ente se satisfaz quando atinge os seus ideais. E tudo aquilo que se concebe como essencial para a satisfagao intelectual e um desejo m ental. Esses desejos s5o tao importantes quanto os desejos fisicos. A menos que a m ente consiga realizar os seus desejos, pelo menos parcialm ente, produz-se
aquela irritagSo que nos faz infelizes. Sao esses anseios, que se encontram no substrato da natureza hum ana, que promovem o desenvolvimento da hum anidade. Essa auto-afirmagao pode, as vezes, ser mal dirigida, mas isso nao invalida a sua im portancia com relagao ao progresso da hum anidade. O Eu tem os seus objetivos fisicos, mentais e morais. E nao pode permanecer estatico sem que isto cause desarmonia ao todo da nossa personalidade. 0 intelecto considera ideais os objetivos a que aspira. Os anseios do Eu tom am a form a de impulsos emocionais e psiquicos que tem a sua origem nas profundezas do subconsciente. Sao conseqiiencias da “ memtiria das c^lulas” e das mutag<5es dos genes ocasionadas pelos ajustam entos que a vida faz atravgs de inumeraveis geragOes. Esses impulsos do Eu sao, da mesma for m a, a resposta da consciencia e da Forga Vital ks forgas universais, das quais elas sao parte. Sao com o um eco esmaecido, nao m uito distinto, mas que nos estimula o suficiente para penetrar e influir na estruturagao dos nossos pensa m entos. Esses impulsos constituem a vontade moral do individuo. Por isso, nossa filosofla de vida, mesmo quando nao a expressamos em palavras, se m anifesta em nossas agoes. Nossas agDes e nossos ideais se m oldam pelos ditames do Eu. As coisas pelas quais vivemos devem ter sua origem no nosso fntim o. Devem ter sua origem nos elem entos da nos sa pr6pria natureza; se assim nao fosse, a vida nos seria estranha e um insuport^vel vazio. Ter como objetivos os cos tum es e convengSes da sociedade, ou aquilo que os outros praticam , nos dara somente um prazer m uito passageiro e rasteiro, se eles nao corresponderem , em verdade, aos ideais form ulados pelos elem entos da nossa propria personalidade.
Aquilo que se estabelece com o objetivo na vida deve consumir toda a atividade do corpo e da m ente, e gratificar os elem entos do Eu. A auto-analise 6 vitalmente necessaria para fazer-se da vida uma coisa que vale a pena viver. Perguntem o-nos: Por que queremos viver? A resposta pode chocar. Alias, talvez descubramos que 6 m uito dificil responder a essa pergunta. As coisas ou os ideais que almejamos so se justificam , so tem valor, quando servem de instrum entos para criarmos um prazer perm anente dentro de n6s. Aquilo que nos proporciona um prazer lim itado as suas proprias propriedades, ou qualidades, breve perde a sua atragao. Logo aprendemos que o prazer nao pode ser uma linha unica de estim ulo — tem de variar, ou a sua m onotonia se nos to m a inquietante. P ortanto, o objeto que buscamos deve ser um meio de criar mos uma cadeia de satisfagSes dentro de n6s, ou a sua atra gao tem pouca duragao. Assim, nao devemos buscar o que nos causa apenas prazer m om entaneo, mas sim aquilo que nos proporcione tam bem gratificagoes futuras. Freqiientem ente, nosso objetivo na vida tam bem tem de ser ajustado a mutabilidade das circunstancias, ou nao cumprem o seu prop6sito. Por exem plo, aquilo que tem sentido em nossa juventude, para uma pessoa adulta, ou para uma pessoa em idade mais avangada, assume um aspecto completam ente diferente. Isto se aplica, principalm ente, aos objetivos que se relacionam com os prazeres fisicos. Nao devemos nos preocupar com os objetivos habituais dos demais ou com aquilo que 6 costum eiro, ou mesmo com aquilo que 6 considerado etico. Temos de determ inar
o que realmente representa um a realizagao em nossa vida. E, acima de tu d o , esse objetivo deve ser tal que possa se expandir, isto 6, crescer conosco em vez de diminuir a medida que os tem pos passem. Lembremo-nos de que nao som ente as coisas m udam ; n6s tam bem mudamos. Por isso, devemos m anter o pensam ento sempre aldm do m om ento presente. Os caminhos da felicidade sao aqueles que podem ser desenvolvidos com o passar dos anos. So assim serao um a fonte infind£vel de satisfagao. A medida que a natureza desflla diante de seus olhos, o hom em constr6i novos ideais, proporcionais ao seu conhe cim ento. Os usos e os costum es form am um codigo de m o ral e de etica, e o pensam ento se amolda ao conhecim ento cientifico. Daquilo que ve e vive, o hom em constroi novos ideais, e isto lhe d£ forga para um m aior esforgo criador. A soma das combinagoes de ideias e ideais dos hom ens repre senta o seu grau de civilizagao, tan to individual como uni versal. Com a sua capacidade pessoal criadora, o hom em p o de contribuir para o enriquecim ento do m undo. 0 que o hom em pensa e faz, hoje, e o resultado de sua evolugao a partir de um passado ja m orto mas que lhe deu um a base para o seu crescim ento. A vida procura etem am ente dominar a m ateria; etem am ente procura dom inar o passado; etem am ente procura a livre expressao;eternam ente procura usar a sua capacidade criadora. Surpreendemo-nos ante a com plexidade, a vastidao, e a ordem dos c6us; mas existe tam bem a mesma com plexida de, a mesma vastidao e a mesma ordem na terra, nas fung5es da natureza, e dentro do hom em . Assim como o uni verso fisico evolui atraves das fungoes das leis naturais, da
mesma form a o hom em evolui e se aprim ora em compreensao. Ele procura com preender as leis que estao por tr£s da manifestagao dos fenomenos. Assim como a MENTE SUPREMA trabalha com essas leis, da mesma form a o hom em ; ou, pelo m enos, elas estao & sua disposigao para auxilia-lo. Uma das mais maravilhosas qualidades da vida 6 a capacidade da m ente do indivfduo para estabelecer um ideal para si mesma e, depois, langar-se no sentido de um a realizagSo daquele ideal. A m ente hum ana 6 dotada de vontade, o que da ao individuo a capacidade de ser o mestre de si mesmo e do seu am biente. A inspiragao, as novas impressoes e as novas idlias, sao produtos das desgastadas id£ias do passado. Para o hom em que raciocina, as iddias de outrora fom ecem material para novas id&as, assim com o a matdria decom posta do solo torna possivel form as mais belas de vida vegetal. Quando o hom em se ajusta zis leis da natureza, encontra paz e um a sensagao de unidade. Nesse m om ento, ele se banha psiquicamente no m ar da vida. Nos seus m om entos de inspiragao, ele sente a unicidade com toda a hum anidade e o universo. Pressente o alento da natureza e se rejubila ante a sua pr6pria existencia. Nesses m om entos ele parece perder algo de si mesmo, para se tornar parte de algo m uito m aior. £ desses m om entos que o hom em recebe forga e inspiragao, das maravilhas da natureza, da mesma forma que a continuagao da vida s6 6 possivel pelo ar que ele respira. Nao 6 pueril considerar o vento, o Sol e a Lua expressQes do Deus Infinito, projetadas na escura abobada do firm am ento.
A evolugao do ser hum ano depende, em grande parte, dos seus pensamentos e das suas agoes. Para que haja progresso, os homens e as mulheres devem concordar em seus ideais e trabalhar no sentido de sua reaiizagao. Todo h o mem e toda m ulher deve desejar exercitar ao maxim o as suas faculdades. 0 amor pela expressSo £ um impulso ver dadeiro, desde que esse impulso nao subjugue os demais. A natureza e criadora e bela. 0 hom em , como parte da na tureza, deseja prosseguir em seu trabalho criador e refmar o tem peram ento e o c a r te r humanos. Sua capacidade de raciocinar lhe perm ite dar ordem ao seu desenvolvimento. Ele nao deve somente estudar a si mesmo, mas tam bem as obras-primas que estao ao seu redor, assim como as artes reveladas nas pinturas e nas pedras. Existe um Deus, uma m ente suprema, e um eterno prop6sito. Que existe uma forga que anima a todos n6s, € evidente. E isso que torna possfvel que cada um de n6s contribua, dentro da capacida de do seu conhecim ento e da sua compreensao, para o progresso do nosso m undo. Atrav^s da capacidade criadora do hom em , a Mente Divina pode encontrar novas maneiras de se expressar para m anter os prop6sitos da vida. Nao € banalidade dizer que vivemos em um m undo criado por Deus. As estrelas que se projetam atravds do firm am ento o fazem harm oniosam ente. O hom em , tam bem , e dotado de poder e de capacidade para trabalhar ou operar inteligente e harm o niosam ente com toda a hum anidade. A hum anidade, nesta Terra, n5o poderia subsistir sem alguma crenga suficientem ente forte para dar animo a sua conduta e valor a sua exis tencia. Cada um de n6s pode apressar a reaiizagao desse ideal. No hom em , o fluxo da vida esta de acordo com os seus impulsos mais profundos. Aquele que tem pontos de vista
claros, adquiridos por uma filosofia pratica, esta mais qualiflcado a progredir entre os impulsos conflitantes da vida. A vida e o desejo de viver sao as mais fortes das compulsoes. 0 conhecim ento que acumulamos do passado m ostra que a vida pode ter um prop6sito, pode ter um sentido. A vida pode se tornar cada vez mais bela para nos £ medida que aum entarm os nosso conhecim ento, com fe em nos mesmos e no universo e com vontade de colocar os nossos ideais em harm onia com as leis Divinas. Se nos dedicarmos, com fe?, ao estudo desses serios aspectos da vida, seremos inevitavelmente conduzidos aos princfpios fundam entais da filosofia. Compreenderemos que a vi da 6 um todo unificado. Esse todo 6 dominado por uma consciencia inerente que chamamos Deus. Deus opera atraves de n6s em todas as expressoes de vida. O instinto do h o mem, no sentido de criar, representa o desejo Divino de desenvolver formas mais ricas de expressoes infinitas. 0 hom em deve procurar descobrir os prop6sitos criadores da vida e fazer disso um objetivo atingivel, pois e assim que se utiliza o ideal criador da Inteligencia Suprema. A inteligencia do hom em se desenvolveu a tal ponto que pode auxiliar diretam ente a Divindade nesse processo. 0 Principio Criador, a Forga V ital, encontra o seu maior prazer no produto do seu prbprio esforgo criativo. Uma compreensao deste conceito ajuda a tornar Deus m uito mais real para n6s. Muitos consideram o periodo hist6rico em que vivemos o de maior vigor e produtividade de todos os tempos. Mas nem por isso deixamos de venerar nosso passado, pois ele nos deu o presente. C ontudo, o trabalho que devemos de-
senvolver em nossos tem pos deve ser no sentido de criar uma Era Aurea — agora e para o futuro. Isso esta de acordo com o fluxo da vida, o qua! € sempre evolutivo, em eterna procura de novas expressoes. Nao devemos ten tar apenas viver o passado. Vivendo inteligentem ente visando o futuro, podem os apressar a chegada de um dia m elhor; form uiando ideias novas e apropriadas e agindo de acordo com elas. Podem os ser os pais do futuro, assim com o, verdadeiramente, somos os herdeiros do pas sado. A crenga num a Inteligencia e na sua justiga, e em um universo em evolugao, promove o progresso. Os altos ideais e a forga criadora latente em nossa m ente se m anifestarao; qualquer que seja o nosso campo de atividade, os nossos ideais crescem em forga e poder a medida que refletem uma compreensao m aior de Deus e do universo. A Forga Vital se perpetua eternam ente atrav^s dos reinos da N atureza. O alcance do conhecim ento progride ao inflnito . 0 hom em se acostuma as mudangas, mesmo as mudangas em suas pr6prias convicgoes. Cada nova experiencia enriquece a sua vida. 0 conhecim ento nao depende de um a verdade ilimitada, mas de uma capacidade universal que, cada vez mais, tom ase pessoal. P ortanto, na sua pr6pria pequenez, o hom em p o de, gradativam ente, descobrir uma dignidade de gloria eter na. Esta preparagao para a construgao do futuro nos lembra as palavras de um m istico persa do seculo XIV a.C.: “Vive
de tal maneira que, quando tua vida se for, ninguem possa dizer de ti: Este hom em esta m orto.”
UMA NOVA ERA E SUA ETICA por
oda etica, em sua essencia, relaciona-se com a concepgao que o Homem tem de Deus, pois, direta ou indiretam ente, essa concepgao fundam enta as diretrizes da conduta hum ana.
T
A questao da £tica £ prim ordial no fenom eno evolutivo — o maior fenom eno do universo. Dai sua extraordindria im portancia. Ela representa a norm a que dirige a evolugao; contem a regra de vida que, se bem praticada, leva o Ho mem a aproximar-se, cada vez mais, do seu estado de perfeigao. A im portancia da £tica 6 fundam ental porque representa a expressao direta de um a lei, enuncia o pensam ento e manifesta a conduta do Homem. Mas a £tica so pode ser praticada dentro dos limites em que o Homem pode entende-la, de acordo com a sua posigao evolutiva, em proporgao ao conhecim ento, por ele atingido, dessa lei. £ por isso que encontram os £ticas relativas e progressivas, pois relativa e progressiva ^ toda verdade conquistada pelo Homem na sua ascensao. Em qualquer tem po ou lugar,
cada fenom eno e a pr6pria existencia do hom em so pode ser entendida com o um vir-a-ser, e o Homem tem de se colocar dentro desse transform ism o universal e viver em fungao dele. £ por isso, entao, que a cada nivel biologico corresponde a sua dtica relativa, a sua moral de conduta, a qual se transform a assim que o Homem atinge um nivel de evolugao mais adiantado. Isto quer dizer que ele de ve continuam ente descobrir, com seu esforgo, ^ticas sem pre mais evoluidas, que o dirijam no sentido de se libertar cada vez mais do sofrim ento causado pelos erros que comete. Nos tem pos que correm , presenciamos o declfnio de um conceito de Deus, lutando por sua sobrevivencia ante a ascensao de uma nova visao de Deus. 0 que declina foi herdado do passado. £ , basicamente, o de um Ser Todo-Poderoso que arbitrariam ente faz o que quer, paradoxalm ente violando, a seu talante, as leis que ele proprio estabeleceu para o funcionam ento da fenomenologia do universo. Na sua ignorancia, o Homem acreditou que a sua pequena biologia terrestre representa um a com pleta biologia do universo, em todos os niveis. Nao entendeu que, em niveis superiores de existencia, possam vigorar bem diferentes leis de protegao a Vida. E a maioria ainda nao entende que essas leis constituem um a unica lei atuante, que representa um pensam ento que quer se m anifestar, assim que lhe estimulemos o funcionam ento. E isso € m uito im portante no campo da dtica, porque aprendemos que as nossas prbprias agoes determ inam o nosso am anha; que somos senhores do nosso destino. Essa Lei se encontra no todo da agao do Universo, da Criagao, e da Manifestagao. Tudo e todos tem de obedece-la, para nao sofrerem suas reagoes.
O sofrim ento do Homem decorre de sua tentativa de transgredir a lei, de ir al^m de seus limites. A vontade do Homem de deslocar a sua posigao estabelecida pelo Poder Pensante, dentro da hierarquia das coisas, significa desordem, subversao £ ordem universal e, conseqiientem ente, dor. A moral, a sua medida do Bem e do Mal, € representada pelos seus interesses pessoais. 0 Bem para ele € o que lhe da satisfagao, e vice-versa. Deus faz a Lei Universal, mas e o individuo que faz, para si mesmo, uma lei particular. £ assim que se desm orona a ordem universal no caos de tantas leis p a rtic u la rs que geram lutas e conflitos. 0 Homem nao compreende que obedecer a lei cosmica nao 6 obedecer, e dirigi-la. Aquele que nao se harmoniza com essa lei nao 6 livre, mas escravo da violagao e do erro. Assim podem os saber o que 6 moral ou imoral. O ponto de referenda da £tica, a unidade de medida do valor positivo ou negativo de nossas agoes, sao as imutaveis leis que re gem a Vida. Tudo que esta no am bito de suas regras 6 bom e h'cito; tudo que e sti fora 6 mau e ilfcito. £ moral tudo o que, pela obediencia a Lei, constroi; e imoral tudo o que, pela desobediencia d Lei, destrtfi. Q uanto mais evoluida um a £tica, tan to mais moral e ela; e quanto mais involuida, tan to mais imoral, no sentido de que se afasta da moral e se aproxim a da negagao completa. £ preciso dar ao H omem, condenado por seus erros, a certeza de que Deus, mais do que todos, tam bem respeita a Sua Lei, m erecendo, portanto, toda conflanga do ser hum a no. A ide'ia que certos sistemas nos deram de Deus 6 a de que Ele criou o Universo, tirando-o do nada e do caos, e, apos
term inada a sua obra, ausentou-se para os cdus, e \£ ficou sem tom ar parte ativa na agao de Sua criagao. Nada mais absurdo do que essa ideia da ausencia de Deus, afastado, longm quo. A 16gica e tu d o nos falam de Sua presenga viva e continua entre n6s, no funcionam ento organico do T odo, tudo dirigindo. Esse conhecim ento que n6s, Rosacruzes, possufmos, tem im portante consequencia no terreno da 6tica. Um Deus tao proxim o permeia a nossa Vida, por dentro e por fora; 6 com o uma atm osfera em que todos estamos imersos, em que todos respiramos, e da qual nao h i possibilidade de nos separarmos. £ um Deus que est £ conosco em todo lugar, no meio da nossa vida, da nossa luta. A velha £tica baseia-se na modificagao dos sistemas exteriores de vida, sem transform ar os elem entos que a consti tu e n t Muda o estilo da arquitetura para resolver os proble mas. Pouco im porta que um indivfduo pertenga a este ou aquele partido, a esta ou aquela religiao, se ele nao souber pensar e continuar agindo da mesma forma. Que adianta inventar novas divisGes e agrupam entos, atras dos quais es tao os mesmos interesses, deixando o Homem sempre no mesmo nivel evolutivo, para continuar, de formas diferen tes, fazendo as mesmas coisas? O problem a 6 outro. Trata-se de um a transform agao de base, atrav^s de outro conhecim ento, outra conduta, outra etica; um m undo regido por outros principios e funcionando por outros m^todos. Esse € o verdadeiro sentido da nova etica. Uma ^tica interior, substantial, profunda, arraigada a verdades que nao deixam possibilidades de enganos, porque a consciencia despertou, libertou o individuo da ignorancia,
de m odo que agora, livremente, ele pode se orientar com o seu conhecim ento. A verdadeira dtica esta acima de tudo e de todos, escrita na Lei e na pr6pria natureza das coisas. E quem , como n6s, procura essa renovagao, 6 julgado pela velha 6tica, pagao, rebelde e heretico. Os conservadores nao entendem que nao trabalham os para destruir o velho, mas para salva-lo, porque a Vida esta no m ovim ento, na renovagao. E, no desmoronar da antiga dtica, somos os construtores, para que amanha, da rufna dos antigos sistemas, alguma coi sa firme e segura fique no m undo para dar orientagSo positiva ao Homem do futuro, com clareza e honestidade. Nao pretendem os criar uma nova teologia, e sim dar-lhe um conteudo de cuja logica e razao nao se possa fugir. Um conteudo, nao de abstragoes filosoficas, mas de conclusCes praticas, de uma conduta baseada em princfpios claramente definidos. Cabe-nos vitalizar os valores etem os para salva-los da veIhice da form a. Temos de assumir, com sinceridade, perante o Deus de nosso coragao, as nossas responsabilidades. Nao podem os cruzar os bragos ante a m orte espiritual. Precisamos construir uma dtica alicergada no conheci m ento de que, al^m das formas exteriores, h i uma realidade interior independente delas, representando a m ente diretriz do Todo, sempre presente, im anente no universo, que 6 o principio da propria existencia, que a tudo sustenta e anima.
E, uma vez que o Homem se faga consciente do funcionam ento organico do T odo, dos principios que o regem, da missao que lhe cabe realizar, com preendera a 16gica do pia no divino, e que a sua m aior m oral, a sua suprema £tica, estd em seguir esse piano. Compreendera que 6 loucura a sua revolta atual, e espontaneam ente se colocard na ordem para obedecer a sabedoria da Lei. A nova dtica, entao, ser£ orientada pelo principio sadio de que a criatura € uma c^lula do Todo, nele harmonicam ente fundida, num a ordem superior de justiga im partial. Uma £tica orientada pela espontanea obediencia, porque esta i a m aior liberdade. Uma 2tica de uniao, fusao, da qual resulta um a diferente form a de concepgao e reaiizagao das relagOes sociais. 0 individuo nao 6 mais rival do seu seme lhante, em luta com ele, num regime de inimizade, guerra e atritos; e seu amigo, num regime de com preensfo, paz, am or e colaboragao. Uma etica que transform ara o piano terreno em uma Nova Era de seres conscientes e civilizados. Uma £tica que representara a fratem idade, igualdade e liber dade de todos os povos. Essa hum anidade sabera, maravilhosamente, absorver a potencia vital de Deus, observar seus pensam entos escritos na Sua Lei, e ler Seus livros nos principios que dirigem a Vida e tudo que existe. Essa hum anidade nao mais imagina ry um Deus afastado, longinquo nos ceus, mas um Deus vivo entre n6s, trabalhando ao nosso lado, auxiliando-nos na luta para evoluir, com o Seu ilimitavel poder, bondade e sabedoria.
Nessa hum anidade reinara um a ordem preestabelecida e perfeita, em que o Homem nao mais sera escravo; uma h u m anidade de equilibrio estavel e de justiga, de i r e ito s e deveres reciprocos; uma hum anidade que podera se movim entar com conhecim ento num regime de logica e clareza que caminhard com Deus, que podera contar com Ele, por que Ele se tera feito parte dela.
ECOLOGIA TRANSCENDENTAL por
term o ecologia tem se tornado m uito familiar em recentes anos, e a semelhanga de m uitos term os com uns, poucas pessoas sabem o que significa. Em bora a eco* logia cubra vasto campo de estudo sobre as relagoes m utuas entre plantas, animais, ou o hom em e seu am biente, parecenos mais im portante dar enfase ao meio am biente, porque a despeito de o hom em herdar m uitas de suas caracteristicas e tendencias, ele € tam bem grandem ente influenciado pelo am biente de que 6 parte.
O
Nosso meio am biente inclui todas as coisas com as quais entram os em contato fisico, mental ou espiritual, durante nosso periodo de vida. Obviamente, somos produtos do nosso meio am biente. A natureza quim ica de nosso corpo fisico € do mesmo tipo e da mesma composigao quim ica do m undo que nos cerca. C onstantem ente renovamos nosso corpo fisico pelos alimentos e respiramos a composigao fisica que renova a estrutura material e a conserva em bom estado, operando devidamente. Por conseguinte, nosso meio am biente € m uito im portante para n6s. Seria necessdria apenas uma ligeira alteragao em nosso am biente frsico para tom4-lo assis diferente e ele nao apresentar mais as condigQes que nosso corpo fisico requer.
Sabemos, por ticnicos no assunto, que algumas das maiores criaturas viventes que }£ existiram sobre a Terra, os dinossauros, por exem plo, desapareceram devido a uma alteragao em seu am biente. Pareceria que um a criatura vivente que alcangou o tam anho do dinossauro, teria assegurada sua perpetuagao atravds dos tem pos e, nao obstante, a maior criatura vivente estava tao estreitam ente adaptada ao meio em que vivia que mudanga relativamente pequena em seu meio ambiente fez com que ela desaparecesse de existencia. 0 mesmo pode acontecer, hoje, com o ser hum ano. Eis a razao por que m uitos subitam ente passaram a se interessar pela Ecologia. Parece que em tem pos comparativamente recentes a compreensao sobre a ecologia e a im portancia do meio ambiente tem provocado a atengao de muitas pessoas inteligentes. A parentem ente, os seres hum anos nao estao em situagao diferente dos dinossauros de milhoes de anos atras. Esperamos viver, a despeito do que fazemos. Compreendem os agora que a m inoria, constituida de conservadores, durante anos e mesmo s^culos, estava certa ao avisar que a raga hum ana deveria cuidar de seu meio am biente se quisesse sobreviver. Parece que a enfase dos modernos ecologistas para salvar o meio am biente nao visa preservd-lo, mas salvar a propria existencia humana. Hoje que tan to se fala de poluigao da igua, poluigao do ar, e mais serio ainda, poluigS’o m ental, m uito nos preocupa o meio am biente em que vivemos, porque est£ se processando neste planeta uma transform agao rapida. Muitas dessas transformag5es sao provocadas pela recusa do hom em em cooperar com o am biente. Ele esta dispondo de seus refugos, lixo, sem se preocupar onde isso € jogado ou as conseqiiencias que possam disso advir. Em outras palavras, ele est£ vivendo para a satis-
fagao de seus sentidos fisicos, sem pensar que seus sentidos fisicos nao existirao se ele nao com preender que o ambiente em que vive deve ser preservado para continuar vivendo. Possivelmente, o clamor levantado pelos interessados em ecologia, em assuntos ambientais, logo afastara a catastrbfica mudanga que poderia se operar sem esse aviso. Apenas o tem po dira. Estudo serio deve ser proporcionado ao homem sobre as exigencias e a m anutengao do am biente que supre suas necessidades. Isto nao signiflca que da noite para o dia devemos abandonar os frutos da m oderna tecnologia, mas, antes, reexaminar seus processos e procedim entos para que possam suas conseqiiencias ser ajustadas a m anutengao e ao equilibrio devido do am biente, para o apropriado desenvolvimento h u mano. A industria, o govemo, as instituigoes sociais e pes soas interessadas devem se unir aos conservadores e fazer es tudo serio e cuidadoso da situagao, e comegar efetivamente a provocar alteragoes que assegurem a m anutengao apropriada do am biente hum ano. Enquanto estamos considerando o meio am biente, deve mos dar um passo a frente. Devemos olhar al6m do am bien te m undano, considerando aquele que transcende o fisico. Da mesma form a que o hom em e dependente do ambiente fisico, no qual vive para m anter seu corpo em ordem e ter boa saude, forga, capacidade para crescer, capacidade para ajustar-se, capacidade para ser um Ser fisico, um a entidade vivente em um am biente fisico, um Ser de natureza dual, nao apenas corpo, mas tam bem alma, deve ele pensar tambdm no seu am biente espiritual.
0 universo fisico € lim itado, finito. 0 im aterial, espiritual, € infinito, existindo atravds do tem po e do espago. 0 m undo fisico teve um comego especifico, e qualquer coisa de natureza m aterial teve um infcio e ter£ um fim , a despeito do que o hom em faga. Em algum m om ento futuro, o m undo fisico, como o conhecemos, deixara de existir. M uito depois disto, n6s que vivemos, hoje, terem os deixado de existir com o entidades fisicas individuais, pordm 6 crenga de muitas pessoas, conceito da filosofia Rosacruz e de muitas outras fUosofias e crengas religiosas, que a vida do hom em , com o Ser im aterial, de outra era o u ou tro m un do, € parte do esquema cbsmico global, mas livre das limitag5es fisicas. E ntao, se a alma, ou forga vital do hom em , qualquer que seja o term o que preferirm os usar, existe infinitam ente, se continua al6m do corpo fisico como presum im os, deve ha ver ta m N m um am biente espiritual, um am biente psiquico. A relagao entre a alma e esse am biente constituira a era da ecologia transcendental. Se puderm os defmir a ecologia corretam ente, como relagao m utua entre organismos e seus ambientes, entao a ecologia transcendental deve ser definida com o inter-relagao m iitua existente entre almas e seus ambientes, ou com o a relagao existente entre a forga vital que infunde todos os seres viventes e sua fonte, o Cosmico. E im portante, contudo, que o hom em de atengao a este piano fisico, m aterial, e se preocupe com a preservagao e conservagao do am biente que constitui fator im portante pa ra sua existencia. £ tam bem de igual ou m aior im portancia que procure conhecer o am biente em que a vida etem a se desenvolve, ao se libertar das limitagoes fisicas, o qual exis-
te de form a que nao podem os totalm ente conceber hoje, mas que tamb^m esta associado com outros fatores, outras vidas, outras almas e as supremas forgas cosmicas. Para obterm os um vislumbre da im portancia da forga vital interior e da natureza da alma, tao enfaticam ente apresentados em nossos ensinamentos relacionados com a sutil voz do Eu interior, que chega a nossa consciencia pelo de senvolvimento da intuigffo, m uito tem po devemos dedicar a meditagao e a reflexao.
A ALQUIMIA DO AMOR por
S
e paramos um pouco para refletir, verificamos que a alquimia, o u transm uta^So, € tao antiga quanto o prdprio universo. Dos abismos das trevas, Deus, o Grande Alquimista, transm utou o nada na Cria^ao, o que nos leva a suposiijao de que desde entao teve inicio a alquimia. Nao 6 nossa intengSo abordar a alquimia da Idade Media, que de im ediato nos levaria a laboratories, cadinhos, fornos, retortas, tubos de ensaio e um sem num ero de outros utensflios. Analisemos, de inicio, a alquimia da natureza, tendo em m ente seus mtiltiplos e variados aspectos, que nem sempre estSo a altura de nossa compreensao finita e que estao m ui tas vezes velados, para serem desvendados pelos poucos privilegiados dentre nos que, em todas as coisas e manifesta^oes, veem as o p e r a te s ocultas que estao incessantemente ocorrendo na natureza. Uma vez que somos um a m iniatura do universo, composta em sua estrutura de eMtrons, 2tomos e moleculas que es tao a cada 7 horas, 7 dias, 7 meses ou 7 anos se m odifkand o , nenhum de n6s 6 hoje, tan to fYsica como m entalm ente, o mesmo de anos ou meses atrds. Assim, quem poder2 dizer que nao somos efetivam ente parte integrante dos reinos da
natureza? Quantos de nossos antigos dtomos de encamagoes milenares form am parte de um animal, de uma rocha, ou entao de uma rosa? . . . Se paramos um pouco para pensar, verificamos que o todo da natureza faz parte de n6s, e n6s dele. Isto tam bem € alquimia. Dando um a olhada rapida na ciencia, vemos que esta, no desenvolvimento da sua tecnologia, aproximou-se bastante da mae-alquimia, a natureza. Com a descoberta da divisao do ito m o , a ciencia liberou uma das maiores forgas fisicas que o hom em nem sequer em sonhos poderia antes imaginar. Por conseguinte, hoje, a alquimia se apresentou com um novo aspecto, assumindo um lugar digno e respeitavel no m undo. Os alquimistas m odem os nao precisam mais estar em por5es ou s6taos insalubres para fazer suas experiencias. Eles perseguem m etas mais amplas e melhores, para o bem de toda a hum anidade. Creio que a ciencia e a Ordem Rosa cruz seguem lado a lado em suas atividades, esperando a chegada do alvorecer do proxim o milenio, quando nao havera lugar para incr^dulos e debeis; quando nao haveri desentendim entos entre as nagGes, de m odo que, individual e coletivam ente, o ser hum ano podera desfrutar de melhores condigSes de vida, de maior seguranga, m aior abundancia, e aguardar sem tem or um futuro tranqiiilo e feliz; e de modo que tenham os verdadeiramente a era dos A deptos, a era durea que o m undo jamais conheceu. Passemos agora a alquimia Rosacruz. Quais sao os elem entos que entram em sua composigao? Em que laborat6rios transcendentais € ela realizada? Conforme m uitos ja terao com preendido, esse laboratorio € a m ente hum ana, que,
em suas vaiia* fases, esta constantem ente transm utando ideias e pensamentos em realizagoes palpdveis, concretas, com o milhares de estudantes Rosacruzes tem comprovado na pratica. Um outro aspecto dessa alquimia transcendental 6 a criagao m ental. Nao estamos todos familiarizados com o processo dessa alquimia m ental, como ensinam as monografias Rosacruzes? Q uanto ao m etodo para essa alqui mia ou criagao m ental, seria desnecessario descreve-lo aqui, mas o faremos brevemente, apenas como um lem brete, porque o consideramos m uito im portante para a solugao de problemas que eventualm ente tenham os, ou para alcangarmos os ideais, desejos e aspiragoes que venham a ser as m etas sonhadas da nossa vida. De acordo com o que e exposto nas monografias Rosacruzes, o m etodo 6 simples e direto, isto depende unicam ente do individuo e ningudm mais. Assim, a primeira coisa a fazer 6 praticar a visuaiizagao. 0 individuo deve visualizar, como num a tela m ental, aquilo que deseja concretizar, em seus m inim os detalhes, seja um a nova casa, sua pr6pria saude ou a de outrem , ou qual quer circunstancia que considere necessaria ao seu bemestar e daqueles que o cercam. Uma vez que seus interesses nao prejudiquem os do proxim o e estejam em conformidade com as leis cdsmicas e espirituais, nada impedira que se realizem materialmente. E n tretanto, 6 preciso dar especial atengao ao seguinte: Uma vez com pleta em todos os seus detalhes a visuaiizagao do individuo, ele deve elimind-la totalm ente de sua cons ciencia, para que ela possa ser projetada no Cosmico, a fim de se manifestar nesse piano. E, transform ar ideias e coisas nao constitui tambdm um a form a de alquimia?
Apenas para ilustrar m elhor este pon to , contarei um dos casos que se passaram comigo. Desde crianga eu tinha um forte desejo de ir aos Estados Unidos, e este desejo me acom panhou em pelo menos dois tergos da minha vida. Como aprendi nos ensinam entos Rosacruzes, visualizei essa viagem e nao pensei mais no assunto. Por incnvel que parega, duas semanas depois recebi do Im perator um convite para visitar a nossa Sede Suprem a. Foi assim realizado o meu desejo, acalentado por tan to tem po. Perdoem-me os Fratres e Sorores esta revelagao de um caso pessoal, mas a m inha intengao foi apenas de dem onstrar que nao basta desejarmos para criarmos alguma coisa; 6 preciso que a visualizemos e, depois, que liberemos a id£ia visualizada do nosso pensam ento, porque, se nao o flzermos estaremos im pedindo que se abra o canal c6smico para sua concretizagao. V oltem os, por^m , ao nosso assunto inicial, que diz respeito a alquimia. Se, como ja afirmei, estamos ligados a todas as coisas no piano fisico, que dizer entao dos lagos animicos, espirituais, que unem todos os seres humanos? Nao fom os n<5s mesmos “ criados a imagem e semelhanga de Deus” ? Que outra organizagao senao a AMORC pode exemplificar m elhor esta concepgao, abrigando em suas fileiras individuos de todas as crengas, ragas e religiOes? Inspirados pelos ensinamentos Rosacruzes, nao poderiam os tambem eliminar preconceitos e considerar nosso semelhante como nosso verdadeiro irm ao, visto que todo o genero hum ano tem paternidade com um em Deus? Que e que nos falta realm ente para alcangarmos este ideal? 0 prim eiro requisito se* ria talvez a compreensao. Frequentem ente somos levados a julgar o nosso sem elhante, muitas vezes por erros simples que n6s mesmos ja cometemos.
Sera que, como seres hum anos finitos, im perfeitos, podemos assumir a posigao de jufzes? Nao! Q uantos males, decepgoes e tristezas se abatem sobre a familia, em nossa sociedade e no m undo, por falta de com p reen sao .. . Partindo da premissa de que somos apenas seres hum a nos na senda infm ita da evolugao, tem os de estar de acordo em que todo indivi’duo deve ser aceito com suas idiossincrasias e qualidades, porque tam b£m ele 6 filho do mesmo Pai amorosi'ssimo que, para n6s, £ am or, compreensao e tolerancia sem limites. Se Deus nos tolera por to d a uma vida, porque nao podem os nos ser tolerantes para com nossos irmS’os? Como o objetivo que nos move 6 a uniao e harmonizagao de todos os povos e nagoes, devemos assumir o compromisso de fazer disto um sentim ento forte que ultrapasse todas as barreiras, todos os obstaculos. Vem entao a pergunta: Por onde comegarmos a alcangar essa meta? E a resposta que oferecemos € \ Pela alquimia do am or. Todos sabemos que o amor i um a emogao poderosa, que tem um a forga trem enda quando devidamente dirigida. Amor 6 o nom e que damos ao sentim ento que tem os quan do somos atraidos para alguma coisa, alguma causa, algum ideal, bem com o para seres hum anos, coletiva ou individualm ente. Como no caso de nossas outras emogSes, o amor indica o estado ou a condigao do nosso relacionam ento com os demais seres e coisas do universo. Quando sentimos am or, estamos em harm onia com alguma coisa em nosso am biente. A natureza das vibragoes e a existencia das polaridades na expressao de tudo o que compSe o universo podem nos levar a com preender mais facilmente que o amor 6 nossa reagao ou resposta 4s coisas ou pessoas que nos atraem , ou com as quais estamos em harm onia. Que forga
m aior do que a do am or podenam os empregar para transm utar o m undo atribulado em que vivemos num local de paz e harmonia? Temos nas profundezas do nosso cora^ao, do nosso proprio ser, imensos e revoltos rios de amor para alcan?armos nossos objetivos. Basta que desejemos corajosam ente nos envolver e praticar, com toda a sua potencia, a alquimia do amor! Acaso n2o admiramos e veneramos o espirito que, sob diferentes aspectos, volta a passar pelo mesmo ponto de luz, elevando-se em espiral? Em lugar de condenar, repudiar, discrim inar, seria m elhor amar. 0 amor 6 tudo; ao mesmo tem po repouso e m ovim ento. 0 alquimista, ao term inar seu trabalho com a m ateria, nota em si mesmo uma esp^cie de transm utaijao. Aquilo que se passa no seu cadinho ocorre tam bem em sua consciencia. Da-se uma m udan 9a de estado, pela qual o alquimista se transform a em um “hom em desp erto ” , em decorrencia da aprendizagem m istica da paciencia, que £ um aspecto da alquimia que ele tem de manipular indefinidam ente. A verdadeira alquimia 6 a transform a 9§o do proprio ser hum ano, sua conquista de um estado de consciencia supe rior. Os resultados materials nao passam de promessas do resultado final, que 6 espiritual. Tudo converge para a transm uta 9ao do proprio ser hum ano, para sua diviniza 9ao, para sua integra 9ao na energia divina. Sabem voces, alquimistas m odernos, que, se a alma € tu do e nela nao estd integrada outra alma semelhante, esse tudo de nada serve?
UMA V1AGEM por
om parar nossa existencia terrestre com um a travessia m arftim a 6 usar uma figura de ret6rica bastante antiga. Vamos, no entanto, se me perm item , insistir nela, por que 6 fecunda em instrugoes espirituais. Nao nos comparamos a um a poderosa cidade flutuante que o nevoeiro ou as tem pestades afastam de sua rota. Reconhecem os, desde logo, que nos assemelhamos a humildes barcos de pesca.
C
Usando a imaginagao, acom panhem os, po rtan to , um pequeno veleiro. Bern, neste m om ento, o vento sopra por tras dele; o marinheiro nao tem senao que soltar as velas, firm ar o leme e navegar depressa e com seguranga, para a frente. Muitas vezes, por^m , nosso veleiro deve se contentar com a brisa que sopra lateralm ente. 0 mestre pescador, en tao , usa todo seu conhecim ento nautico. Ele faz tudo para escapar ao vento. cego; jogando com o lem e, ziguezagueia, perdendo m uito tem po mas avangando para o p onto determinado. Subitam ente, a tem pestade aum enta; as vagas arrebentam e sua espuma branca atinge o m astro de nosso peque no veleiro. Lutar contra os elem entos desencadeados ser£ tem eridade e com pletam ente intitil. O vetiio e sabio m ari nheiro, rico de experiencia ancestral, adota a linica atitude
racional: faz descer a Iona, bloqueia o leme, e, fazendo a m enor resistencia possivel ao vento e as ondas, nao avanga mais. Abandona-se, inteligente e tem porariam ente as circunstancias; apesar de angustiado, o tim oneiro sabe que a furiosa tem pestade nao permanecera por m uito tem po, que logo vira o tem po bom , e que se trata, apenas, de esperar. Mais perigoso ainda do que o furacao e o nevoeiro, que mergulha o veleiro na obscuridade; com pletam ente so no m undo, surdo e cego, ele flea sujeito aos mais imprevistos ataques e, por isto, o marinheiro poe-se a escuta. Agugando os ouvidos, consegue ouvir os ecos da sirene para nevoeiro. E ntao, novam ente ligado ao m undo e x te rio r.. . ele esta sal vo! C ertam ente, voce percebeu os diversos sentidos desta alegoria. Reconheceu na tem pestade m an tim a os dramas e as tragddias da vida hum ana; no nevoeiro, a “ noite obscura” ou “noite negra” , que todos os m isticos mais ou menos conhecem ; com preenderam que, para sair do furacao, ou do nevoeiro, h i um a boa tritica que & a de nao contrariar frontalm ente as provas inevitaveis, mas ajustar-se a elas, aguardando, sempre em atitude de confianga, melhores dias. Aproveitar ao mdximo as circunstancias quando nos sao favordveis, utilizd-las, sempre que possivel, para nossos pr6prios fins; esperar a calmaria quando tudo parece oprimirnos, 6 a regra de ouro dos marinheiros que todos somos, na* vegando nas torrentes da vida. Mas esta grande ligao dada pelos velhos tim oneiros nao se aplica apenas aos fatos materiais; e ainda mais imperativa quando se trata de nosso progresso espiritual.
A vida mfstica 6 semeada de dificuldades;nao se deve esperar que possamos alcangar suavemente o Fim ultim o. Nao h i espiritualidade que nao tenha conhecido a calmaria, o nevoeiro e a tem pestade; todos os que triunfaram e chegaram ao porto m anobraram com prudencia, paciencia e conftanga. O que conta, acima de tudo, 2 nao desanimar jamais e, para isso, nada m elhor do que fixar-se objetivos precisos, pordm lim itados, que devem ser atingidos uns ap6s os o u tros. Saber para onde se vai, e caminhar em pequenas etapas; ter intengoes m uito grandes 6 uma form a de orgulho, o pior obstdculo para a vida mfstica. C ertam ente, estamos aqui para aconselhd-lo e socorre-lo; mas nos perfodos criticos de sua existencia, lembre-se do velho m arinheiro, no leme de seu veleiro, e fagam como ele! Na verdade, as tempestades sao as trag^dias hum anas, e as tentagoes; sao o maligno Satanas que se ri de nos e procura fazer-nos tom bar de novo, em cada tentativa de libertagao; que aproveita cada falha ou omissao de nossa vontade, depois de nos ter deixado a espera da vit6ria. E encontram os, no conselho contido nesta mensagem, “nao procurar dom inar os elem entos desencadeados” , uma advertencia que nos foi feita por Pascal, um grande fil6sofo e m fstico do s^culo XVII: “ Quem quer m uito ser como o anjo, muitas vezes 6 como o animal.” E se isso foi conhecido pela psicologia, teve sua parte de provas, e devemos aproveitar o fruto de sua sabedoria, recordando-nos que contra certas provas nossos debeis esfor-
90s sao im potentes;nao devemos superestimar nossas formas e, se quisdssemos rom per rapidam ente as cadeias da matdria, nos arriscariamos a regredir e, para empregar uma expressao m uito usada pelos psicanalistas, a “ recalcar” . £ por isso que se faz necessario agirmos com prudencia em rela 9ao as tenta 9oes e aos eventos que nos sao contrdrios, com o o fez 0 marinheiro com os elem entos, lembrando-nos tam b^m de que Deus jamais nos exige o impossivel.
Esta mensagem deverd ser objeto de profunda m edita 9ao e, se for bem com preendida, sera ao mesmo tem po um apoio e uma esperan 9a na ocasiao de provas.
A ARTE RfiGIA por
A
ascensao para o Cosmico, na realiza^ao de nosso ser ensinada pela AMORC, era freqiientem ente denom inada, pelos nossos ancestrais Rosacruzes, a A rte Regia.
Em alguns textos tradicionais, ha mentjao em termos velados e misteriosos a um personagem (a menos que se trate de um a entidade) que 6 cham ado Elias A rtista (Elie A rtiste). Peso sua a te n ^ o para estes dois term os exatam ente de acordo com os arcanos da Rosacruz E tem a: A rte e Elie A rtiste (ou Artista). A rte R^gia? Arte por excelencia! Mais do que uma ciencia espiritual, o Rosacrucianismo 6 uma A rte. E e por isto que esse Elie A rtiste, que € certam ente um dos Mestres da Grande Fraternidade Branca, pediu que Ihe fosse dado este titu lo de Artista. . . Al£m disso, o impulso de nossa personalidade para a Luz Cosmica, esta inspirasao admiravel, faz de n6s artistas em potencial. Se, como disse magnificamente Maurice Denis, “A arte e um a santificagao da N atureza”, 6 tam bem uma das vias que nos leva para o Unico. Com isto, lembramos um dos maiores beneficios do ensino inicidtico, que nos perm ite melhor sentir, am ar e apreciar os autores de obras
imortais de todos os tem pos e de todas as civilizagoes e que foram a gltiria da hum anidade. Os outros hum anos — os profanos — veem, ouvem ou estudam as grandes obras artisticas, podendo mesmo chegar a ser eruditos ou estetas. Mas, Fratres e Sorores, quando voces tiverem subido alguns degraus nos ensinam entos, sua alma sera alim entada por esses autores que se tom arao de algum m odo, e empregando um a comparagao do prim eiro livro da Biblia, “o osso de seu osso e a cam e de sua carne ” Temos o habito de depreciar, com m uita facilidade, nos sa dpoca e sua civilizagao mecanica, se bem que m uitas ve zes, tenham os razao. Mas, no que concem e ao grande problem a que nos ocupa hoje, devemos reconhecer que 6 um dos “ milagres” do progresso industrial o de que ele coloca & disposigao de cada um de n6s, por mais isolado que esteja, senao grandes obras, pelo menos seus reflexos, que sao m ui to semelhantes. Temos assim o Radio ou os discos que nos perm item escutar em casa os cantos gregorianos, M ozart, Beethoven, Bach, Wagner, Berlioz e Liszt, para citar apenas alguns “ sonetos” da mrisica espiritual. No dom inio pict6rico, os procedim entos tdcnicos estao de tal form a aperfeigoados que qualquer um de nos pode adquirir, a pregos razolveis, notiveis re p ro d u c e s de gran des pintores, ou de grandes escultores. Limitando-nos a al guns exemplos citarem os um Jean Van Eyck, um Fra Ange lico, um Albert D urer, um Van Gogh, que podem ornar nos so lar (ou nosso Sanctum ) tap bem quanto a reprodugao de um Bouddha K hm er, uma fsis faraonica ou uma Virgem romana.
Se voces fizerem tal aquisigao, terao feito um a grande coisa. Inicialmente, sentirao a alegria pura, que somente a beleza proporciona. Mas, e sobretudo, gragas ao que aprenderam na AMORC, alcangarao incompardveis proveitos espirituais. M editando de acordo com a tecnica Rosacruz, voces se tom arao permeaveis as ondas que estas coisas belas em item , sentindo, nao apenas que elas vivem uma existencia im ortal, mas que essa vida quase divina se comunicari a voces e contribuird para os tornar mais puros, melhores e mais verdadeiros! Isto im porta, infelizm ente, em um a evidente contrapartida para a qual nao saberiamos como alertd-los. Na verdade, a arte m odem a extrai seu substrato psiquico dos pianos mais sombrios e atorm entados do cosmos. Assim, o num ero de pain^is em voga com deformagSes inquietantes, as composig6es musicais com sons ou ritm os irritantem ente dissonantes, sao de inspiragao, com o d iz e r.. . diab61icas! Se nos entregamos a seu encanto (que m uitas vezes € inegavel) arriscamo-nos a um verdadeiro aprisionam ento m ental. Depois de nos ter superexcitado, tais obras acabam por nos intranqiiilizar e deprimir. Agem exatam ente com o as drogas. Temos o legitim o orgulho de contar, entre nossos Fratres e Sorores, com m uitos artistas. O que acabamos de di zer rege sua conduta. Eles tem um a responsabilidade sobremaneira grave. N2o se trata, de form a alguma, de lhes pedir para fazerem exclusivamente obras “morais” mas de criarem som ente coisas belas e grandiosas, com irradiagQes dinamicas, nao cedendo a tentagao de se aventurar, mergulhando a imaginagao nos “pianos baixos” . Eles se recordarao constantem ente de que uma obra de arte, uma vez con-
cebida e concluida, vive exatam ente como uma criatura vivente; continua a vibrar em uma misteriosa existencia. De sua rinica presen 9a podem em anar a Verdade, o Belo, o B e m . . . ou o contrdrio. Assim, € ao mesmo tem po tremenda e magnifica a responsabilidade que cabe aos artistas e de que eles jamais se esquecem! A16m disso, o ensinam ento Rosacruz contribui, de form a extraordindria, para desenvolver e aperfei^oar os dons artisticos; ele pode fazer de um am ador talentoso um criador genial. Tomamos como exemplo disso o nosso falecido Imperator, o Dr. H. Spencer Lewis que, tendo estudado maravilhosas harm onias de sons e cores, criou uma nova e fecun* da teoria estetica. Para term inar, eu lhes pedirei para m editarem no aforism o de Ernest Hello. A primeira vista, ele parecera sem duvida bastante obscuro ou incompreensivel; mas, quando tiverem refletido m uito nele e extraido sua quintessencia espiritual, terao dado um passo a frente na senda do conhecim en to e terao se aproxim ado de Elie A rtiste: “A Beleza e a fo rm a que o A m o r da as coisas
..
As artes de que nos fala esta mensagem, particularm ente a mtisica e a dan$a, serviram no decorrer dos seculos, desde priscas eras, para expressar nossos sentim entos, as emo^Oes hum anas, e a arte pict6rica flxou-as na tela; ou, ainda, revelam que seus autores eram iniciados; observemos “ A Escola de A tenas” ou a Escola dos Sabios, de Rafael; se estudam os com cuidado esse quadro podem os encontrar nele os simbolos Rosacruzes, e tudo o que e feito para a m aior gloria de Deus, para LHE expressar nosso reconhecim ento pelas bele-
zas que sao colocadas aos nossos olhos, na N atureza, permanece e permanecera para sempre. Vemos nisso uma conflrmagao do que os grandes pintores e os grandes musicos de outrora nos legaram. Acontecerd o mesmo com as deformagoes m odem as tanto na pintura como na musica? Nffo se nos apresenta mais a N atureza tal como Deus a fez, mas atravds de uma interpretagao quase sempre grotesca que rebaixa a arte para a animalidade, para o materialismo e a sensualidade, fazendoa perder todo o cardter sagrado e toda a espiritualidade. N enhum a citagao, alias, poderia encerrar esta mensagem de maneira mais feliz com o a que lhes vou lembrar: “ A Beleza 6 a form a que o A m or da as coisas” . . . Com efeito, nao tem os o costum e de afirmar que o que fazemos com amor 6 em geral bem feito? £ que estamos animados de um anseio de perfeigao, e nao i a perfeigao uma form a da Beleza, do Bem que emana de Deus? Se ainda nao somos Artistas, no sentido esoterico do term o, aprendamos a se-lo; abramos os olhos para os milhares de aspectos da Beleza visivel, e os ouvidos para as sinfonias que podem nos elevar em uma homenagem ao nosso Criador!
O JARDINEIRO MISTICO por
s sabios da China traditional, os Taoistas, gostavam de repetir que os agricultores eram , entre todos os hum anos, aqueles cuja profissao mais os aproximava da ver dade. Apresentavam para isto motivos pertinentes e sobre os quais n6s falaremos, talvez, algum dia.
O
Gostariamos, hoje, de lembrar que cada um de nos 6, pelo menos de certa form a, um jardineiro, mas um jardineiro m fstico que cultiva sua alma e seu espirito. NSo nos arriscamos a um mero jogo de palavras, mas apresentamos uma verdade profunda para a qual desejamos chamar a atengao, pois, para o bom exito, o desenvolvimento do m elhor de nos mesmos deve ser conduzido de acordo com a arte milenar do jardineiro. £ necessirio, antes de mais nada, que o terreno seja preparado, isto 6, que tenham os boa vontade e sejamos doceis ao ensinam ento; e necessdrio, tam bem , que a semente receba nutrigao, ou seja, que aquele que almeje exito esteja carmicamente preparado para com preender, ou estar^ fadado ao fracasso, mas tam bem , e sobretudo, 6 absolutam ente necessdrio lem brar que nao se faz nada de bom e durivel sem paciencia e perseveranga. Tocamos aqui em um ponto importante de nosso ensinam ento; certos Membros nos recri-
minam por conduzi-los mui lentam ente na Senda da V erda de. Eles sao, exatam ente, como um jardineiro que, acabando de semear, se im pacienta por nao ver nada brotar na terra, em alguns dias; j A um velho amante de jardins, h o mem esclarecido, rir-se-a dele e o lembrara de que tudo aquilo que 6 construfdo sem a participagao do tem po, por ele 6 destruido. Depois de uma longa experiencia e de acordo com os conhecim entos profundos de nossos Mestres, desejamos oferecer-lhes, pouco a pouco, o alim ento espiritual;e preciso que voces o assimilem verdadeiramente, isto 6, que o compreendam nao somente com o c^rebro, mas com todo o seu ser. O ensinam ento, com o uma semente ben^fica e minuciosam ente selecionada, germinara em voces na hora e no m o m ento certo. Caminhar mais depressa seria correr o risco de tudo desfazer. Sabemos bem que existem aqueles que se dizem Mestres, que prom etem a quantos aparecem inicia-los em poucos dias. Tivemos em maos, ha pouco tem po, um ingenuo prospecto que garantia “poderes psiquicos em seis li^oes” . Esta presteza pueril, esta ingenuidade, mais do que os outros indicios, condena estes falsos mestres e suasfalsasconcep95es. Nao se esque^am de que, na Asia, alguns mestres espirituais esperam dez, quinze, vinte anos para m inistrar um en sinam ento verdadeiro a seus discipulos; e, no ocidente, mes m o os neofitos pitag6ricos eram subm etidos a um a longa prova^ao. Nada m elhor para encerrar esta mensagem do que as pr6prias palavras de nosso digno Im perator:
“ A Ordem Rosacruz desenvolve um dos mais universais sistemas de filosofia que hoje pode ser encontrado, para o aprim oram ento do individuo. 0 Rosacrucianismo nao se lim ita ao misticismo e aos conceitos m isticos. Ele reve, tam bdm , as diversas ciencias de base, o suficiente para ensinar um a apreciagao do m undo natural e a relagao que existe entre este m undo e o hom em . Preocupa-se com pro blemas de dtica, com a saude e o aperfeigoamento indivi dual, sob inumeraveis e diferentes a sp e c to s.. . ” Este conjunto form a um todo e sera uma burla querer assimild-lo m uito depressa; uma planta que cresce m uito rapidam ente nao tem vigor, e o que se aprende rapidamente tam bem rapidamente se esquece. Verificamos, com efeito, que alguns de nossos Membros buscam aquilo que se poderia chamar de “upia abreviagao” , um atalho que os conduza rapidam ente a m eta visada;este caminho nao existe em misticismo, e mais, a aquisigao intelectual nSo deve jamais ser confundida com o desenvolvim ento psiquico e espiritual; este desenvolvimento requer trabalho, um trabalho pessoal, de m uito folego, e o mero fato de entrar em nossa Fratem idade nao garante a abertura de todas as grandes portas da Sabedoria e do Poder. R etom ando a analogia de nossa mensagem, se olharmos para o nosso jardim , veremos que cada semente obedece as invaridveis leis da natureza que lhe dao um tem po para germ inar, um tem po para se tornar um a pequenina planta, depois um a planta adulta, ramifrcando e florescendo. Nao nos esquegamos de que cada lei do m undo fisico £ o reflexo, a correspondencia de uma lei do m undo lm aterial, tambdm inevitdvel, tan to em um piano com o no outro.
Em nossos ensinamentos e particularm ente nos dos Graus superiores, nos e dito que o Mestre que buscamos est£ em n6s e nao fora de n6s; e este Mestre todo-poderoso e o Cristo em n6s que pode conduzir para a Luz apenas aqueles que a buscam com toda a humildade e com toda a sinceridade de coragao.
AMORC E O MUNDO PROFANO por
averd uma diferenga evidente entre o nosso m undo da AMORC e o m undo profano? Em m uitos casos, realm ente h i. Todavia, de muitas maneiras nao h i absolutamente qualquer diferenga, e as linhas de demarcagao entre o nosso m undo e o m undo bem pr6xim o de n6s, que comum ente chamamos de m undo profano, n§o sao acentuadas. Algumas vezes desejei que houvesse reaimente linhas de de marcagao profundas. Geralm ente, nao consigo descobri-las e, parafraseando nossa Soror Ella Wheeler Wilcox, repetidam ente digo a Membros da AMORC: “ Tudo que existe 6 o m elhor” ! De fato h i um m undo esot^rico e, sem duvida, um m undo profano, e talvez “os dois nunca venham a se encontrar” .
H
Analisemos esses dois m undos: o m undo da A M O R C e aquele que agora chamamos de m undo profano. Comecemos pelo m undo profano. Nascemos neste m undo, todos n6s. 0 m undo profano 6 a Terra com tudo o que nela exis te, que esta acima dela e ao seu redor. Nao somente nele nascemos; nele vivemos, e apenas a grandes intervalos nos reunim os em nosso pr6prio m undo, o m undo esot^rico, em nossos Templos. Consideremos agora o m undo da AMORC. Nao faz mui to tem po que ouvimos falar da AMORC e do que ela repre-
senta; da dualidade do hom em , da reencarnasao, do carma ou lei de com pensasao. Alguns de nos tivemos oportunidade de viver dentro das fronteiras da AMORC toda uma existencia; outros, durante dez ou vinte anos, talvez cinco, tres, ou menos. Temos tam b^m Membros novos, igualmente devotados. Eles vieram do m undo profano atraves do Umbral, at£ n6s. Quando comparecemos a um dos nossos Templos, todos nos cruzamos o mesmo Umbral, dos Mem bros mais recentes ao Im perator. Muitos viajam para chegar ao Templo, e todos vem do m undo profano. Em bora as vi b r a t e s do nosso Templo sejam m uito sublimes e inspiradoras, tambdm esse Templo faz parte do m undo profano, a despeito do que fa 9amos ou do que desejemos. So na vida futura, mais tarde (e fa$o votos de que seja m uito mais tarde para todos nos), identificaremos o verdadeiro m undo esot^rico. Aqui na Terra, de muitas maneiras somos parte do m un do profano. Penso que isto e verdade porque no m undo profano que nos cerca h i inumeras pessoas adordveis, pen samentos lindos, e realiza 9oes admiraveis decorrentes desses pensamentos. Penso no Brasil, este belo pais, e suas maravilhosas quedas d’agua; penso na Calif6mia, nos Estados Unidos, com seus antiqiifssimos pinheiros perto de Sao Francisco. Penso tam bem no meu pais, a Holanda, com seus m oinhos de vento e seus lindos fllhos louros; e em Paris, com seus deleitosos parques, como o Jardim das Tullerias. De maos dadas, podem os percorrer esse m un do profano e escutar juntos a etem a musica de Verdi e Beethoven; apreciar as grandes pinturas de R em brandt e Van Gogh, que m orreram miseravelmente, e ler parte da literatura m undial, de Dante e Shelley, de Hugo, de Goethe e Emerson.
Continuamos a considerar o m undo profano. Sei m uito bem que algudm podera dizer que nele ha m uito de sordidez, mesquinharia e indignidade. E isto 6 verdadeiro. Mas h i tam bem m uita magnanimidade e m uito am or nesse m undo que 6 algumas vezes obscurecido pela maneira negativa de viver. 0 m undo profano nao e tao m au como geralmente o pintam os. Sem duvida h i tristeza (que nao perm itim os em nossos Templos); h i excessivo negativismo e tam bem fome e destruigao, porem , nao nos esquegamos de que tam bem o m undo profano e as pessoas profanas deste m undo sao par te da Criagao de Deus. A m ocinha que nos sirva num a lanchonete e o porteiro que nos receba num hotel podem ser pessoas adoriveis e, em bora nada conhegam a respeito da AMORC, podem ter rosto sorridente, finura de trato e, o que € mais im portante, am or em seu coragao. Como explicar isto? Ora, eles estao, com o nos, em contato com Deus, ainda que sejam incapazes de definir is to ; vivem na Luz, em bora nao tenham consciencia disto. Estao no mesmo cami nho que n6s trilham os. Nos estamos conscientes na Senda, mas eles, sem que o saibam, tamb&n estao caminhando na Senda, sob a mesma orientagao Divina. Tenho encontrado pessoas tem'veis no m undo profano: bebados e aqueles que o m undo chama de criminosos. Sei que essas pessoas tambdm fazem parte desse m undo profano. Nao as encontramos em nossos Templos, em bora ainda tenham os em nos (trazida do m undo profano) um a parte daquele algo indefinivel que cria o bebado, algo daquela mesma fonte iniqua que to m a os hom ens criminosos. Os Rosacruzes estao cons cientes dessas m is tendencias; os demais nao estao, pelo menos at£ certo ponto. Esta e a diferenga entre uns e ou tros. Temos consciencia de nossas imperfeigOes porque cedo reconhecem os nossas fraquezas e procuram os corrigi-las ao trilhar a Senda Rosacruz.
Acho que nao devemos olhar com desprezo para esse m undo profano em que nascemos, trabalham os, e em que morrerem os. 0 que devemos fazer, todas as horas do dia, 6 ten tar corrigir esse m undo exterior, para tom a-lo um m un do m elhor. Por mim, acredito que o m undo se tom ara um m undo m elhor para nele se viver quando a Ordem Rosae Crucis crescer. Este 6 o ponto que me agrada abordar diante dos nossos Membros. Gosto de ve-los progredir. Gosto de saber que tiveram experiencias psiquicas. Gosto de saber que alguns conseguem se projetar a grandes distancias. Gos to de ver um Rosacruz abrir caminho no m undo, alcangar sucesso nos negticios ou em sua profissao. G osto de sabe-los ricos, destinando parte de sua riqueza ao desenvolvimento da Ordem e para as suas nobres finalidades. Todavia, exulto, sinto-me plenam ente feliz, quando tom o conhecim ento de que um Membro da AMORC usou parte do seu conheci m ento (adquirido na Ordem) para beneficio do seu pais de nascim ento e do m undo em geral. Ha m uitos anos, senti-me feliz ao saber que o Dr. H. Spencer Lewis fora homenageado pela American Flag Association, por ter feito algo importante em prol do seu pais natal. Alegro-me tam bem ao saber que um de nossos Membros foi escolhido para presidente do seu clube social, de alguma associagao de sua com unidade, ou dirigente de um partido politico, porque em todos esses casos de escolha sei que, mais do que no nosso pr6prio e restrito circulo, esses Membros se dispuseram a entrar nesse m undo “perverso” que os cerca, para servir e m anter altaneiro o estandarte do rosacrucianismo. Sem du vida, deveremos aprender o m2ximo que pudermos nesta encarnagao, mas seria egoismo guardarmos para nos mes mos tudo o que aprendessemos, ocultando-o e falando a seu respeito som ente a nossos entes queridos e amigos l'ntimos. Esta 6 tam bem uma maneira de fazermos compensagao por
aquilo que aprendem os, por£m , quero mais de nossos Mem bros; quero que eles penetrem nesse m undo profano, onde a pulsa^ao do seu cora^ao podera se tornar m uito irregular devido a resistencia que eles certam ente encontrarao, mas onde encontrarao ta m ta m a vitbria sobre o mal e a vitoria sobre o ego. Sem essa corajosa luta “no exterior” , nada somos; apenas insigniflcantes seres ignorantes, que procuram se apoderar de tudo o que 6 oferecido pela Ordem, conservando-o, por£m, exclusivamente para n 6s mesmos. Nao h i m uita diferenga entre o nosso m undo e o m undo profano. Ate idade avansada devemos viver neste m undo e enfrentar todas as tenta$5es e todas as provas e tribula^oes que sao proprias do mesmo, a fim de nos tom arm os bons canais para Deus e o C6 smico. E e verdade que devemos dar, dar de nos mes mos ao mdximo. Gradativamente, aprendemos a transm itir nosso conhecim ento e nossa sabedoria. Esta sabedoria deve ser transm itida lenta e gradualm ente, do mesmo m odo co mo adquirimos o conhecim ento arcano. A maestria significa Trabalho no m undo profano, sem o qual a ela jamais chegaremos, em bora possamos receber distinsoes da Ordem Rosae Crucis. O teste final de nossa maestria sempre (e rep ito , SEMPRE) vem a nos atraves de nossa participa£ao no m undo profano. Este m undo 6 ta m ta m nossa escola e nossa universidade; nao apenas a AMORC. Esse m undo profano deve ser influenciado por nossos Membros dia apos dia, semana ap 6 s semana, e ano ap 6s ano. Devemos dar-lhe toda brandura, todo am or, todo conhecim ento e nosso mdximo em penho, em troca de violencia, 6 dio, m al, e da to tal obscuridade de que esse m undo 6 capaz. Mesmo assim, restart sempre uma diferen^a entre os dois
m undos. Grande parte do am or desse m undo profano que nos cerca flui para nos, atua em nos, e nos deleita atraves de sua arte, pois Deus est£ presente nele como na Ordem Rosae Crucis, com a grande diferenga de que devemos aceitar e fazer aquilo que Ele concede, e o m undo ao nosso redor pode aceitar, se quiser. Temos o dever de viver tao puram ente quanto sejamos capazes;no m undo profano, homens e mulheres podem viver como queiram , por^m , com a eterna promessa de que eles, tam bem , algum dia serao salvos. Deus deu existencia a este m undo e o amou. Q uando A hkenaton 0 descobriu, “ Deus piscou para ele e, atravds do nosso fundador, sorri para nos” . 0 mundo profano tem de reconhece-Lo, de aceita-Lo. Deus as vezes parece estar preocupado com o m undo profano, mas tem fd na Ordem Rosae Crucis, fe ilim itada em que cada um de n 6 s, do mais destacado Oflcial ao mais recente M embro, em toda parte, realizara milagres nesse “o utro m undo” , simplesm ente perm anecendo nele e vivendo a vida da RosaCruz com tudo o que ela significa e representa, caindo e levantando, atd nSo haver mais possibilidade de cair e apenas de se erguer e se deleitar em Sua proxim idade e presenga real. Quando atingirmos este estagio, seremos os Amados Filhos de Deus, Mestres do presente e do futuro. Uma palavra final: Na Holanda, escrevi em nossa revista que havia mais de cem milhoes de brasileiros, e um a mocinha holandesa que vivia no Brasil escreveu-me inform ando que isso era correto, mas que ainda havia m uita misdria e doenga longe das grandes cidades. Em todos os paises do m undo ha mais de 1% de pobres e analfabetos. Esta situagao existe tam bdm na Holanda e na Franga. No Brasil, isto representa mais de um m ilhao de pessoas que necessitam de
mais alimentos, mais vitaminas, mais cuidados medicos, mais rem^dios, mais hospitais, mais felicidade, mais amor. Em todos os paises do m undo, em todos os am bientes profanos de cada pais, h i sempre falta de am or. Devido a essa carencia de am or, ha pobreza e fom e, mal-estar ffsico. Porta n to , n 6s, Rosacruzes, como em baixadores de Deus, deve mos prom eter a n 6 s mesmos que faremos tu d o que estiver ao nosso alcance em prol do nosso sem elhante, da maneira que acharmos conveniente. Nossa vida deve, em grande parte, ser dedicada a outros. Esta 6 a nossa responsabilidade com o Rosacruzes: auxiliar os outros a ver a Luz. Devemos nos dizer de coragao, nSo apenas com palavras: “ Hoje, reafirmamos nosso em penho em dedicar nossa vida ao nosso semelhante, mesmo que isto requeira algum sacrificio. Na presenga do Deus do nosso Coragao e dos Mestres, prometem os fazer a parte que nos cabe.”
O SER PSfQUICO por
m dos temas mais im portantes para nossos novos estudantes 6 o das manifestagoes psiquicas. Por meio dos estudos Rosacruzes, na intimidade de seu Sanctum , o Ne 6 fito vai progredindo psiquicamente passo a passo, desenvolvendo suas faculdades latentes. Esse desenvolvimento se realiza no Sanctum, que € o Laborat 6rio do Mistico.
U
Quando os estudantes nos solicitam que lhes expliquemos o significado de suas experiencias psiquicas, temos de dizer-lhes que isto nao nos 6 possivel, uma vez que as expe riencias psiquicas sao estritam ente pessoais. Seu significado varia de acordo com cada individuo, de modo que uma mesma manifestagao tem interpretagoes diferentes para pessoas diferentes, pois 6 fator m uito im portante o grau de evolugao de quem as experimenta. Por este motivo i que se recomenda aos estudantes que anotem tudo que lhes parega conter um significado especial, num cadem o destinado exclusivamente para este fim, pois inumeras vezes essas expe riencias adquirem um significado definido numa ^poca futura, quando entao o estudante compreende cabalmente o que elas significam. Para o Ne6 fito, o fator mais im portante i a compreensao de seu Eu Interior. Este 6 o primeiro passo na senda da ilu-
mina^ao, quando ele aprende a ouvir a voz de sua conscien cia, que lhe servird de orientasao dai por diante. 0 Ser Psiquico sempre esta se manifestando, p o r to , se nao tivermos o devido estudo e treinam ento, suas fun?5es nos passarito completamente despercebidas. Ao despertarmos nossas faculdades por meio da m editafao, dos exercicios e da pratica de nossos estudos, come?amos a ter cons ciencia de seu maravilhoso funcionam ento. Ocorrem de m o n s tra te s grandiosas das influencias psiquicas de nosso Ser; entretanto, para a maioria das pessoas, elas passam des percebidas por falta de conhecimento. Um estudante Ne 6 fito, quando ouve falar de uma de m o n s tr a te ou experiencia psiquica, geralmente imagina algo espetacular, milagroso. Ao buscar uma experiencia semelhante em sua vida, nao presta aten£ao ks manifesta9oes sutis e as mudan?as maravilhosas por que sua personalidade e sua pr 6 pria vida estao passando, em sua maneira de pensar e de enfrentar o labor diario. SSo mudan?as que outras pessoas notam antes dele. H£ pessoas que nunca tiveram um a experiencia psiquica espetacular, mas que chegaram a uma compreensao maior dos mist^rios da natureza atrav^s dos ensinamentos Rosa cruzes. Sabem entao o porque da vida, e conhecem a expe riencia de seu Eu Interior. Esse conhecim ento os ajuda a viver melhor e com mais humanidade. Nestes casos, temos certeza de que os ensinamentos da AMORC alcan?aram seu propdsito. Em minha opiniao, as experiencias psiquicas constituem um chamado de nosso Eu Interior ao nosso Eu Fisico, em
seu esforgo por dem onstrar sua existencia. Temos de apren der a reconhecer esse cham ado, essa voz do Mestre Interior que quer se fazer ouvir. Pego a nossos Fratres e Sorores que julgam nunca ter experim entado um fenomeno psiquico, que nao desanimem. Nao pensem que isto significa que nao progrediram em seu desenvolvimento psiquico, pois o desenvolvimento de nossa m ente subjetiva nos passa despercebido inumeras vezes, at£ que chegue o m om ento de nos darmos conta dele. Nem sempre aquele que faz alarde de suas experiencias esta mais desenvolvido; e bem provavel que aquele que reconhece, com humildade, que nunca teve essas experiencias, esteja mais perto da maestria. £ por isto que recomendamos sem pre que cada um guarde para si suas manifestagoes psiquicas, pois elas so tem significado para aquele que as experim enta. O Departam ento de Instrugao recebe cartas de alguns es* tudantes que escrevem m uito desanimados porque conheceram outros Rosacruzes que dizem receber todas as noites mensagens dos Mestres e Grandes Iniciados, e que assim, sentem-se fracassados por nao estarem no mesmo nivel. Ha pessoas que reagem com mecariismos de autodefesa e, para nao sentirem que ficaram para trds, dao r£dea solta a suas fantasias e pensam ter experiencias psiquicas extraordindrias e unicas. 0 mal desta reagao 6 que assim estao enganando a si mesmas, e retardam seu progresso. Um exemplo destas fantasias ilustra minha experiencia no Museu Egipcio Rosacruz, onde trabalhei por m uitos anos. Tive oportunidade de conhecer muitas pessoas que se vangloriavam de ser a reencamagao de A khenaton, e em certa'ocasiao, durante o verao, tive o prazer de conversar com cinco N efertitis. 0
Frater Juan P 6rez, um chileno que trabalha ha m uitos anos no Museu, gracejando sobre esta manifestagao do ego em alguns visitantes do Museu, disse que deviamos organizar um banquete e, sem lhes explicar o motivo, convidar todas as pessoas que julgavam ser a reencarnagao do Farao Amenhotep IV ou da Rainha Nefertiti e, depois que estivessem todos sentados e saboreando a comida, pedir a cada um que contasse o que tinha si do na encarnagao anterior. Mas logo Juan m udou de id&a, dizendo: “Melhor nao fazer isto, porque poderia dar inicio a Terceira Guerra M undial.” As fungoes psiquicas s6 se manifestam quando ha real necessidade, e quando nossos poderes inatos sao chamados a trabalhar de form a natural. Por exem plo, se precisamos nos comunicar com algu^m que se encontra na sala ao lado em nossa casa nao h i razao para recorrermos a nossos poderes psiquicos e projetarmos nossa consciencia, se podemos nos comunicar apenas aum entando a voz. Para isto temos nosso corpo frsico. Tentar fazer um a projegao, neste caso, seria um a aplicagao inutil de nossos conhecimentos, uma vez que podemos ir at£ a cozinha ou outra parte da casa para comunicar nossas iddias. 0 correto 6 considerarmos o psiquico com o a atividade
mais elevada do ser hum ano, que so deve ser utilizada quan do as faculdades fisicas estiverem inibidas; quando sofremos um acidente, ou quando chegamos ao limite de nossa capacidade fisica. 0 indivfduo que, em face de um problema, nao empre-
gou seu prtfprio poder de racioc/nio na tentativa de chegar a possfveis solugoes, esperari inutilm ente por impress 6es intuitivas sobre como resolve-lo. A inspiragao Cosmica s6
advdm aqueles que primeiro m editam e refletem m uito so bre seu problema especifico. Ampliando ao maximo possivel sua consciencia objetiva, chegam eles as fronteiras da consciencia subjetiva. Depois de receberem a inspira^ao so bre como resolver o problem a, sera necessario que coloquem em prdtica um ita to d o para obter o resultado que esperam. Nao podemos pura e simplesmente nos sentar e esperar que nossos problemas se resolvam sozinhos. Temos de lutar para achar a solu^ao por n 6 s mesmos. Outro ponto que devemos levar em conta 6 que a aplicagao dos poderes psiquicos nao 6, e nem pode ser igual para todos. Nao podemos comparar o desenvolvimento psiquico de outra pessoa com o nosso proprio, porque as circunstan cias sao diferentes em cada caso. 0 desenvolvimento e determ inado por muitos fatores, alguns dos quais sao desconhecidos at6 para n 6s. Lembremos que certas dreas do c£rebro, se estiverem mais desenvolvidas que outras, farao com que a pessoa tenha melhor mem 6ria que outra, ou mostre um a grande capacidade para os idiomas, a m atem atica ou a mtisica. Assim ta m tam , certas pessoas desde a infancia manifestam poderes psiquicos que nem elas mesmas compreendem totalm ente. Algumas tem uma excepcional habilidade para se projetar, mas em com pensafao terao dificuldade p a ra alcan?ar a devida harmoniza$ao Cosmica que leva a inspiragao e a iluminagao. A atitude correta 6 nos esforgarmos por aprender o m a ximo possivel sobre nosso Eu Interior, o Ser Psiquico, e seguirmos os preceitos e exercicios das monografias. Assim aprenderemos a aum entar a consciencia do Eu Interior e utilizd-la na solugSo de nossos problemas. Acima de tudo, Fratres e Sorores, devemos aprender quando recorrer ao
C6 smico. Obteremos entao resultados que nos surpreenderao e veremos que o auxilio vira quando dele necessitarmos. Nao busquemos demonstragoes espetaculares, nem faculdades que nos desconcertem ou assustem a ponto de atrasar nosso desenvolvimento interior. Tenhamos sempre em m en te o perigo de querermos impressionar outras pessoas com poderes que nao possuimos, pois a Lei de Causa e Efeito atraird para nds uma reagao negativa que afetara nossa evolugao. Em resumo, recomendo ao estudante na Senda que de toda atengao a im portancia do uso correto das faculdades que sao parte inata desse segmento de Deus ou do Cosmico que 6 parte de nossa natureza. Ao recorrermos a essas facul dades com humildade e reverencia, elas estarao presentes para nos iluminar e nos fazer evoluir da obscuridade para a luz. Para term inar, tenham os em m ente a seguinte prece, m uito usada pela Associagao dos Alcoolatras Andnimos, que 6 tao bendfica para a uniao das familias: “DEUS, da-me A SERENIDADE para aceitar as coisas que nao posso mudar. A CORAGEM, para m udar as coisas que posso m udar, e A SABEDORIA para conhecer a diferenga.”
EM BUSCA DA FELICIDADE por
objetivo que nos impulsiona desde o dia em que nascemos 6 a busca da felicidade. Na base de todas as nossas agoes esta o objetivo de alcangar as coisas que nos fagam felizes, que nos causem prazer, seja nas atividades didrias normais, seja em nossa vida particular. Por que, entao, m uitos de n 6s vivemos como se estivdssemos convencidos de que o hom em vem a Terra unica e exclusivamente para sofrer? Muitos de nossos Membros sentem-se culpados se gozam de um m om ento de expansividade ou se apresentam inclinagSes pelos prazeres terrenos, pois, ao se dedicarem ao misticismo, esquecem que somos todos humanos e que ain da nao chegamos & perfeig£o. 0 divertimento sadio e n atu ral nao € uma coisa m i, pois o corpo e a m ente precisam desses m omentos de relaxam ento e descanso. Os pensamentos extremistas sao incompativeis com nossa aspiragao a fe licidade.
O
Cada pessoa tem um conceito diferente de felicidade; pa ra alguns, d a posse de bens materials; para outros, a paz m ental; h i os que comparam a felicidade com grande quantidade de manjares e guloseimas; outros so ambicionam um cantinho tranqiiilo onde possam passar seus ultimos anos de vida, longe da confusao m undana.
Talvez o que mais nos afaste da m eta sonhada 6 o adiarmos constantem ente o prazer do m om ento que passa, preocupando-nos com o amanha, de modo quase que obsessivo. As vezes, quando chega esse amanha, aquilo que antes nos parecia o m^ximo da felicidade nao produz o bem que antecipivam os, ou quem sabe ja nao tenham os mais saude e vitalidade suflcientes para podermos desfrutar do que alcangamos, e teremos desperdigado inumeras oportunidades de gozar de relativa felicidade. £ um erro apegarmo-nos a id£ia de que o transcorrer de nossos estudos mfsticos deva ser de provas negativas. Por que nao pensar que a grandiosa filosofia Rosacruz foi elabo* rada de m odo a nos preparar para vencermos com tranqiiilidade as provas que nos trarao aventura no final? Analisemos o quanto 6 grande a natureza hum ana e a forma maravilhosa em que fomos criados. Entrem os em comunhao com o Deus de nosso coragao e observemos com os olhos da alma a maravilha de Sua criagao. Cerremos os olhos, tentem os visualizar nosso cdrebro. Que estrutura tao completa! Havera algo igual no universo? Sua massa total pesa pouco mais de mil gramas, no entanto ali temos aproximadam ente 13 bilhoes de c^lulas nervosas, mais de tres vezes a populagao do planeta. Toda essa vasta estrutura possibilita arquivarmos tu d o o que percebemos: cada som, sabor, perfume ou agao realizada, desde o dia em que nascemos at 6 o fim de nossa vida! Pense que podem os utilizar todo este p o ten tial criativo para nos libertarmos de falsas crengas e sermos felizes, pela pratica dos principios aprendidos! Queixamo-nos de que nos faltam forgas, de que nosso poder nao estd o bastante desenvolvido para alcangarmos nosso objetivo. Isto 6 uma demonstragao de falta de pois dentro de nos existe suflciente forga e energia para realizar milagres e fazer o impos-
sfvel. Por que cedermos diante de uma fraqueza que nao e real? Analisemos a filosofia e os principios Rosacruzes, fazendo uma reavaliagao de prioridades. Voltemos nossa atengao para essa fonte interior e pensemos nos m uitos atributos com que contam os: o poder de pensar, de raciocinar, de determinar nosso destino; o poder da imaginag£o, enfim, toda uma miriade de capacidades que desenvolvemos. E quando todos os nossos poderes nos falham, ainda nos resta a fe no Ser Supremo, o poder de orar e entrar em comunhao com o Deus de nosso coragao. Esse £ um m o m ento de verdadeira felicidade, pois nesse instante perdemos nossa individualidade e nos tom am os unos com o To do. Essa aproximagSo com a unidade do C6 smico e o objetivo primordial dos ensinamentos da AMORC. Nesse instante de comunhao com nosso Ser Interior, sentimo-nos absorvidos pela magnificencia c6 smica e vamos nos expandindo, por assim dizer, formando parte do universo, do ilimitado espago exterior. Sentimos o trinar das aves na primavera interna, com o desejo de com partilhar com todos o nosso tesouro interior. Essa 6 a felicidade que nao se pode comprar e que 6 m uito diferente da euforia mom entanea produzida pelas coisas materiais, ou a passageira alegria do vinho. Coube-nos dar conselhos a m uitos estudantes que julgam que para serem mfsticos devem se despojar dos confortos mais essenciais, e ta m ta m dem onstrar total desinteresse por sua aparencia pessoal. 0 mfstico deve amar o belo, a nature za, tudo que 6 lim po, o progresso da criagao, tudo que o hom em ja produziu gra$as aos poderes que Deus colocou ao seu alcance, usando o livre-arbitrio para embelezar e realgar a obra de seu Criador. Um dever ao qual nao pode mos fugir 6 cuidarmos de nosso corpo - o TEMPLO da Al ma. Evitemos os excessos que impegam a consecugao de
nossos ideals, para sermos felizes com a alegria que provdm do conhecimento de que somos parte integrante de Deus, talvez a mais im portante, pois somos os unicos que temos consciencia de sua amorosa presenga entre n 6 s e em tudo o que existe. Deixemos de lado, pois, os excessos nocivos, que como nuvens escuras impedem que o am or do Divino Criador, fonte de toda a felicidade, flua de n 6 s para todo o uni verso, brindando a todos amor e boa vontade. Como estudantes da AMORC, estamos obrigados por Juram ento a bus car a luz do conhecim ento e espargir sua radiagao por toda parte. Deixo aos Fratres e Sorores os pensamentos conhecidos por “DESIDERATA” , encontrados em 1693 na Igreja de Sao Paulo em Baltimore, de autor anonim o, cujo teor nos m ostra o caminho para a obtengao da felicidade: “Segue tranqiiilamente o teu caminho, em meio ao ruido e a agitagao e lembra-te de que a Paz se pode encontrar no silencio. Sempre que possivel e sem hum ilhar-te, se solidario com teu semelhante. Enuncia tua verdade de maneira serena e clara, e escuta o que te falam os homens, mesmo que te fale o torpe ou o ignorante, pois tam bem eles tem a sua mensagem. Evita os homens de voz ruidosa e agressiva, pois pecam con tra o espfrito. Se te comparares aos outros, fi cards amargurado, pois sempre haverd pessoas melhores e piores do que tu . Sente satisfagao por teus exitos, tanto quanto por teus pianos. Preza o teu trabalho, por humilde que seja, pois ele e um verdadeiro tesouro nas fortuitas mudangas dos tem pos. Se cauteloso em teus neg 6 cios, pois o m undo estd cheio de enganos, mas nao deixes que isto te to m e cego a virtude que existe. Muitas pessoas se esforgam por alcangar nobres ideais, e nao 6 raro o heroism o. Se sincero contigo mesmo, e principalmente nao finjas afeto nem sejas cinico
no am or, pois em meio a tanta aridez e desenganos, o amor 6 tao perene como a relva em que pisas. Acata docilmente o conselho dos anos, abandonando com alegria as coisas da juventude. Cultiva a firmeza de espirito para que te proteja nas adversidades repentinas. Muitos temores nascem da fadiga e da solidao; baseado em sa disciplina, se benigno contigo mesmo. £s uma criatura do universo nao menos que as plantas e as estrelas; tens o direito de existir, e mesmo que isto nao te pare 9a claro, 0 universo sem duvida caminha como deveria caminhar. Por isto deves ficar em paz com Deus, se ja qual for a id^ia que Dele fagas; e sejam quais forem tuas aspiragoes e tua missao, conserva a Paz em tua Alma, pois, a despeito das dores e sonhos desfeitos, 0 m undo ainda as sim tem sua prtipria beleza. Se cauteloso, esforga-te por ser FELIZ!”
COMANDANDO A NATUREZA por
uitos Membros da AMORC ja tiveram o privilegio de ouvir o Mestre de uma Loja ler a antiga promessa da nossa Ordem, que diz em parte: “Estais prestes a aprender a comandar toda a natureza.” So estas palavras, especialmente no contexto em que sao proferidas, ja proporcionam um m om ento excitante e uma ocasiao memoravel na vida do estudante Rosacruz. Trata-se de uma promessa seria, que po de ser recebida de m uitos modos diferentes.
M
Para a pessoa materialista e egoista, isto parece prometer poder sobre os elementos, o ambiente e outras pessoas. Para uma pessoa assim, o poder desse tipo parece ser a unica maneira de comandar a natureza. Para o individuo superfi cial ou sem despertar interior, essa promessa deve suscitar a visao de uma verdadeira “vara de condao” , com a qual pudesse ele concretizar seus desejos sem nenhum esforgo ou compensagao pessoal. Para o egoista e jactancioso, i de se esperar que essa promessa oferega a certeza de aprovagao e aclamagao. Mas devemos procurar analisar essa promessa e nos satisfazer quanto ao tinico significado exato originalmente pretendido. Esta se dizendo ao estudante que ele se encontra no limiar de um novo conhecim ento e de uma nova ex-
periencia; que ele vai aprender a comandar toda a natureza. Reflitamos mais criticamente sobre estas tres palavras chaves. Aprender significa “adquirir conhecim ento ouhabilidade atravds de observagao e instrugao ou estudo; receber e fixar na m ente” . A aprendizagem, por si so, nao vai atem disto. Este e o primeiro tropego de muitos Membros da AMORC bem-intencionados. Nao basta adquirir o conheci m ento das monografias, com a ajuda do D epartam ento de Instrugao da Grande Loja. Nao basta receber e fixar na mente esse conhecimento. Ele e apenas uma descrigao da t^cnica; so responde a pergunta, “ como?” . Por exem plo, posso ler um tex to , ou qualquer numero de textos, sobre o idioma frances. Ao termina-los, eusaberia com o se deve escrever e falar o frances. Acreditam voces que eu poderia entao, em decorrencia de minha leitura, fa lar e escrever frances? Posso assegurar-lhes, por experiencia pessoal, que nao! Que bom que isso fosse possivel! Ha pes soas que nunca deixam de ir a escola. Fazem um curso atras do outro, muitas vezes completamente desconexos, mas em geral acabam se tom ando, no maximo, enciclopedias ambulantes. Adquirem um enorme acervo de fatos sobre como acontecem as coisas, com o certos objetivos podem ser alcangados, e assim por diante, mas raramente podem ir alem disto. 0 que falta a essas pessoas, e 6 essencial, 6 envolvimento
pessoal, pratica pessoal, experiencia pessoal. A crianga em idade pre-escolar aprende a caminhar e falar, em casa, cam inhando e falando. Depois, na_escola, ela aprende a ler e escrever, lendo e escrevendo. NAO HA OUTRA MANEIRA! 0 exito deve ser precedido de esforgo, do esforgo pes soal.
Passemos a examinar criticamente a segunda palavra chave, que 6 “ comandar” . 0 uso comum lhe atribuiu varias conotagoes, mas, no seu significado mais puro, comandar quer dizer dirigir, invocar com autoridade, guiar, usar. Nao signi fica mudar, negar ou controlar. Comandar nao implica uma relagao patrao-empregado ou, pior ainda, senhor-escravo. Um general comanda ao dirigir seus soldados de m odo que atuem conforme seu treinam ento e sua capacidade. Ne nhum grau de autoridade perm itira ao general fazer com que suas tropas atuem contrariamente as leis naturais e para alem de sua capacidade. Ele nao lhes pode ordenar que estejam do outro lado de um rio; so pode lhes ordenar que cmzem o rio, mediante algum dos meios naturais possiveis. Comandar € dirigir em cooperagao com os meios que estejam sendo empregados e em conformidade com a lei na tural ou espiritual. Um indivfduo pode concentrar os raios do Sol por meio de uma lente adequada e fazer com que o calor resultante faga um furo num papel, tudo segundo a lei natural. Isto 6 comandar ou dirigir as forgas naturais. Mas ningudm pode comandar ou fazer com que esses mesmos raios formem gelo na superficie do papel, pois isto 6 uma violagao da lei natural. 0 prd-requisito para se comandar, portanto, 6 o conhecimento das leis naturais, com suas caracteristicas especificas e suas potencialidades. Segue-se em im portancia, relativamente a comandar, a autodisciplina. H i necessidade de usar as leis naturais, passiveis de serem comandadas com inteligencia; e h i necessi dade de cooperar com essas leis, para fms construtivos. Por exem plo, o simples fogo natural aceso com uma lente de aum ento comum pode, segundo leis naturais, desencadear um desastroso incendio florestal, ou pode ser aplicado sob
controle inteligente para proporcionar calor a alguem que esteja acampado na floresta. A terceira palavra chave mencionada acima 6 “ natureza” . Esta 6 outra palavra que, com o tem po, adquiriu m uitos significados. As qualidades pr 6prias do universo sao o que o hom em passou a chamar de Lei Natural. Com isto ele se refere a certas qualidades, fungoes e relag<5es que, segundo se observou, sao imutaveis ou imperturbaveis. Em outras palavras, o hom em aprendeu que qualquer relagao especiflca de qualidades proprias do universo ha de reagir ou se manifestar de um modo previsfvel e inexoravel. A Fisica, a Quimica, a Mecanica, todas as ciencias naturais, enfim , estao baseadas na constancia da natureza. 0 homem j A existiu sob a influencia da Lei Natural o suficiente para se conscientizar de que ela nao lhe falhara. Ele sabe que essa Lei i universal. N 2o precisa viajar pessoalmente para o outro lado da Terra ou para regioes remotas do es* pago sideral, para se satisfazer quanto ao fato de que os fenomenos de gravidade e magnetismo, por exem plo, que ele conhece aqui, tambdm se manifestam em outras partes do universo. 0 hom em prim itivo, cuja experiencia era limitada, achava que podia aplacar os deuses dos elementos atraves de engodos, encantam entos ou sacrificios. Seus descendentes deram-se conta de que a natureza nao esta sujeita aos caprichos humanos. 0 hom em m odem o compreende que, mes mo quando lhe parece que a natureza varia em sua manifestagao, esse efeito se deve a seu proprio conhecim ento incom pleto da operagao das leis naturais. Por esta razao o h o mem esta dedicando cada vez mais do seu tem po e esforgo & pesquisa, para compreender melhor o universo. E quanto mais busca e aprende, mais o atraem os mist^rios do desconhecido, estimulando-o a prosseguir.
A luz de nossa andlise das palavras chaves de nossa antiga promessa, consideremos novamente esta promessa, para tentarm os alcangar uma compreensao mais profunda. Quando o Mestre declara, “ Estais prestes a aprender a comandar toda a natureza” , ele estd prom etendo que o Buscador, por ter atingido um ponto em suas provas em que merece maior confianga, encontra-se no limiar de mais Luz e compreen sao. Vao lhe ser ensinadas, entao, as t^cnicas para selecionar e empregar vantajosamente, de maneira construtiva, todas as leis naturais e espirituais do universo. Ele vai aprender a se harmonizar com o infinito, a “ nadar a favor da correnteza” , por assim dizer. Estd prestes a aprender a evitar os tropegos do erro humano, a “voar em volta da torm enta” , no dizer do pessoal de aerondutica. Nao h i nada na promessa que estamos considerando que indique que o individuo vai poder evitar as etem as leis da natureza, ou que ele promulgara novas leis para servir a si mesmo com desvantagem para os demais. Nem se sugere que essas leis passarao a operar em seu favor simplesmente porque ele, dai em diante, vai estar consciente de sua existencia. Notem que nao h i implicagao de que o individuo vai aprender a subverter qualquer lei natural, pois, tal possibilidade, sujeita a vontade hum ana, negaria a pr 6 pria lei n atu ral. No m om ento da apresentagao dessa promessa, nosso estudante Rosacruz esti presenciando a retirada do v6u da ignorancia, para vislumbrar pela primeira vez a magnifica e com pleta pulsagao de toda a natureza, do universo; a pulsagao das intrincadas e profundas leis que estiveram em operagao harmoniosa todo o tem po. Mostra-§e a ele que o uni verso 6 uma unidade, que um 6 tudo e tudo 6 um ; e que nao
ha conflito na lei natural, mas, somente no hom em , por sua ignorancia da lei natural a que estd sujeito. Aqui 6 oferecida ao Ne6 fito a chave, o segredo dos segredos, a fim de que ele possa aprender e aplicar essas maravilhosas e seguras caracteristicas do universo para seu aprim oramento e progresso e, por conseguinte, para sua contribuigao construtiva em prol de seus semelhantes. Mas devemos enfatizar que isto 6 apenas a apresentagao da promessa. Tendo vislumbrado a Senda, somente ao estudante cabe decidir agir ou nao. Tudo o mais esta e tem estado eternam ente em movimento. Somente ele precisa m udar, e so ele pode decidir! A organizagao Rosacruz o estimular£ a estudar bem, e x p erim en tal demonstrar, analisar, e a dar um passo de cada vez, ate que ele mesmo se torne um Mestre Rosacruz comandando toda a natureza. Dirigindo e aplicando as leis naturais, ele pode melhorar sua saiide, seu bem-estar, sua auto-suficiencia e, assim, deixar de ser um fardo para a sua comunidade. Esperariamos entao que ele continuasse ajudando os seus semelhantes a conseguir as mesmas metas atiav^s do seu exemplo. Um Mestre Rosacruz ajudar£ fisicamente aos que forem incapazes de ajudar a si mesmos, pois, algudm deve faze-lo. Como todos somos um s6 , quando ajudamos aos desamparados e desesperangados, certamente estamos ajudando a n 6 s mesmos e a Deus. Por outro lado, prestamos um m au servigo quando fazemos pelos outros o que eles sao capazes de fazer por si mes mos. Devemos ensinar-lhes, mostrar-lhes com o, infundirlhes entusiasmo, mas nao devemos m atar neles o amor-pr 6 prio. Em algum ponto profundo de toda alma hum ana esta aquela deleitosa satisfagao que advem do sucesso pessoal.
0 Mestre Rosacruz ha de se lembrar vividamente de quando ele proprio alcangou aquele mesmo ponto da Senda. E procurara ajudar os outros a desfrutar dessa mesma excitante satisfagao. Examinemos agora o outro lado da moeda, para determinar o que a nossa antiga promessa nao pretende sugerir. Ela nao significa que, no m om ento de sua apresentagao, o Buscador toma-se investido de poder como um deus, ou transform ado por decreto em um universo a parte. Nao sig nifica que lhe 6 dado o poder que somente um Rosacruz pode possuir. Nao se o exime das compensagoes c£rmicas que todos devem fazer em conseqiiencia de violagoes da Lei Natural. Nao se o envolve com uma protegao que nao tenha sido conquistada ou que nao tenha justificativa. As pessoas talvez achem diffcil acreditar que, muitas vezes, descobrimos novos Membros da AMORC que creem sinceramente que s6 aquela pequena credential denominada “Cartao de Afiliagao & AMORC” h i de lhes trazer, nao somente certos poderes para realizar certas coisas, mas, tambdm protegao contra seus inimigos. Tais Membros confiam em que trabalhamos para ilumind-los im ediatam ente, quando sabemos que esta ideia 6 equivocada. NSo h i visualizagao e concentragao que seja capaz de criar, para qualquer pessoa, um a situagao que requeira preju izo para outras que estejam vivendo em harm onia com a Lei N atural, a despeito do fato de que elas sejam Rosacru zes ou nao, ou sequer tenham conhecimento dessa Lei Na tural. Esta Lei £ construtiva e coerente, de m odo que qual quer processo m entalm ente construtivo tem de ser compativel com ela. A vontade hufnana nao fem um poder supe rior ao da Lei Natural (felizmente). Nenhuma intensidade
de meditagao no Sanctum ou de exercicios de respiragao profunda podera corrigir uma doenga do corpo, se o indivi duo continuar ignorando as leis naturais que requerem que esse corpo receba certa dieta, descanso, exercicio e diregao mental. Procuremos compreender que nosso problema nao esta em mudarmos uma natureza caprichosa, pois, ela 6 maravilhosamente coerente em suas leis. E a natureza Humana, com seu livre-arbitrio outorgado por Deus, que nos desafla a que a dominemos. A personalidade-alma traz consigo a esta vida muitas caracteristicas basicas para guia-la, mas comega imediatamente a enfrentar tentag5es, escolhas e decisoes. Ela nao i necessariamente tenaz, nao 6 necessariamente forte! Precisa aprender, atrav^s da experiencia terren a,a ser tenaz e a tornar-se forte e estoica. E a natureza inteira esti ansiosa para ajudd-la a desenvolver essa maestria. Como entao haveremos de comandar a natureza? Leiamos primeiro no Livro do Universo. Nele aprendamos todas as leis naturais e espirituais do Cosmico. Nossas monografias nos levarao a comegar corretam ente, na diregao apropriada. Observemos pessoalmente, experimentemos pessoalmente, provemos pessoalmente, e pessoalmente continuemos por tem po indeterm inado com nossas pesquisas. Em nosso Sanc tum , procuremos desenvolver nossa motivagao. Tomemos consciencia de nossos defeitos atuais. E de que nos encontram os neste piano de existencia para uma finalidade, uma missao. Devemos procurar determinar o que essa missao h i de realizar. Compreendamos que o sofrim ento e a mis^ria da Terra nao se devem a Lei Natural, mas, a ignorancia e a indiferenga do ser hum ano, e que todos n 6 s temos um a responsabilidade vital em ajudar a mudar essa deploravel situa-
gao. Apressemo-nos a entender que todos estamos aqui para viver o “summum bonum ” ou o bem supremo, que esta em servirmos aos outros. 0 apice da felicidade hum ana esta em servir ao semelhante. A maior satisfagao hum ana esta em saber-se o individuo necessdrio. Cada um de n 6 s pode, e certam ente cada um de nos deve lutar pela Maestria Rosacruz, a fim de poder ajudar a corrigir todo o mal, trazer Luz para as trevas, e despertar nos demais o amor a vida, comandando toda a natureza!
O SIGNIFICADO DA PALAVRA “MISTICO” por
esejo falar aos Rosacruzes do significado pleno de uma palavra contida na denominagao oficial da nossa Ordem, que, como todos sabem, 6 “ANTIGA E MISTICA ORDEM ROSAE CRUCIS” . Essa palavra 6, “MISTICA” .
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Conforme aprendemos nas monografias e os ensinamen tos Rosacruzes enfatizam em diversos pontos, a palavra MlSTICO nffo tem qualquer significagao estranha ou extravagante, nem designa um estado de extase ou de harmonizagSo permanente e alienada do m undo, de seus problemas e dos obstdculos que ele apresenta a nossa evolugao interior. £ certo que ela 6 frequentem ente usada neste ultimo sentido, mas, para n 6s, reveste-se de um significado mais amplo e designa, com efeito, aquilo que devemos ser na totalidade da nossa natureza. Ou seja, a palavra “MISTICO” , para nos, designa equilibrio e harmonia. Significa, precisamente, que a dualidade do nosso ser deve se manifestar nesse equilibrio e nessa harmonia. Em nossa manifestagao no piano fisico, as duas polaridades que em nds existem devem estar sempre perfeitamente equilibradas; exprimimos este ponto de outro m odo, afirm ando que devemos ser realistas, isto 6, levar em consideragao a nossa vida nas condigOes exteriores existentes, e idea•
listas, ou seja, nao negligenciar as a s p ira te s profundas do nosso ser, como m isticos. Existimos, p o rtan to , nos dois pianos, e nos esfor?amos para fazer com que esses dois pia nos, em n 6 s existentes, estejam em perm anente harmonia. Afirmei que “nos esfor 9amos” porque 6 evidente que esse estado ideal de equilibrio e harm onia nao i imediatam ente alcan?ado. £ , na realidade, consequencia do nosso esfor?©, de nosso estudo e nossa experim enta 9ao, com base nas monografias Rosacruzes e nas reunioes em nossos Corpos Afiliados - Lojas, Capitulos, e Pronaoi. Mesmo que nossos esfor 90s nem sempre sejam tao persistentes quanto deveriam ser, 6 essencial que nos lembremos constantem ente dessa palavra, tao im portante para n 6 s, e de tudo o que ela representa. Com efeito, se tivermos em m ente, em todos os m om entos, que MISTICISMO significa harmonia e equilibrio, e mantivermos esta ideia em todas as circunstancias, nossa concep 9§o das coisas e de nos mesmos nisto sera transform ada e, conseqiientem ente, o mesmo ocorrerd com a nossa vida. Seguramente, enquanto vivemos a vida exterior, podemos ser, como m isticos, interiorm ente fortes, gra 9as k serenidade que ja adquirimos ou que nos esfor 9amos para adquirir. Nessa vida exterior, colocamo-nos em consonancia com as leis do m undo, permanecendo, ao mesmo tem po, n 6 s mesmos. Ha evidentemente urn perigo, qual seja o de esquecermos o outro aspecto de nossa condi9ao de m isticos, isto €, o aspecto interior. Como ja asseverei, devemos estar exteriorm ente em concordancia com os principios do m undo, pordm, devemos faze-lo com a consciencia daquilo que em n 6 s mesmos instituim os, do ponto de vista mfstico. Se o aspecto interior do m istico 6 esquecido em meio aos embates ou as atividades da vida profana, e seu poder e sua efic^cia para nossa existencia no m undo ma
nifesto sao negligenciados, corremos o risco, nestas condi* ^oes, de nos materializar, de algum m odo, e de dar, ao aspecto puramente exterior de nossa natureza, prioridade sobre a realidade do nosso Eu interior; este 6 um aspecto do perigo. Quanto ao outro, 6 o inverso do que vem de ser abordado e consistiria em ignorarmos as condisoes m ate rials, em as negligenciarmos e, em ultim a analise, tom arm onos ineficazes, sob o pretexto de que o nosso Eu interior deve ter primazia. E por isto que o equilibrio do nosso misticismo Rosacruz deve ser nossa preocupa 9§o de todos os m om entos. Se o conseguirmos, seremos entao a imagem daquilo que se m anifesta no piano intem poral, no piano da realidade invisivel, e teremos realizado a famosa maxima, “assim como em cima e em baixo” , a fim de que se cumpra o milagre da unidade. Tudo o que aqui foi dito 6 um ponto essencial, sobre o qual € preciso insistir. 0 misticismo deve conservar para nos o seu verdadeiro
significado, e disto resulta que nossos pensamentos devem ser freqiientemente voltados para o interior, para a parte profunda, que £, na verdade, a unica parte real da nossa condigao de ser hum ano. Nffo devemos rejeitar as palavras antigas, mesmo que em nosso tem po, devido a um conhecim ento maior, elas assumam um sentido diferente. Com isto quero dizer que, se o Deus do nosso cora 9ao, o Deus da nossa compreensao, representa doravante uma realidade mais evoluida do que outrora, 6 igualmente verdadeiro que, em sua essencia, Deus continua a ser, para o nosso cora?ao, para a nossa compreensao, e para n 6s em todos os pianos, o bem supremo e o poder protetor, cuja verdadeira natureza n£o podemos conceber. Ainda que esse principio nos seja
desconhecido, que nos seja impossivel defini-lo, se tivermos a certeza, ou m elhor, a convicfao, de que se trata de uma realidade que impregna todo o nosso ser e o m undo exte rior, as conseqiiencias beneficas se farao sentir, porque, neste cam po, somente a terceira ponta do triangulo, a da manifestafao, deve ser tom ada em considerafao. Se o conseguirmos, um dos resultados mais proveitosos e mais evidentes sevi que, ao inv^s de estarmos sob a influencia das condi96es exteriores, n 6s mesmos, em nossa realidade, 6 que dirigiremos aquelas circunstancias e lhes imprimiremos a marca da verdade. Ser m fstico, decerto nem sempre e facil, sobretudo na etapa de transifao do mundo atual, mas, se nossos pensamentos forem dirigidos para o misticismo, ao nivel mais elevado, e se, no m om ento mesmo da torm enta, tiver* mos de demonstrar mais coragem e maior tenacidade, haveremos de consegui-lo e, sendo o m undo uma unidade, incontestavelmente ajudaremos os outros a superar essa dificil etapa. Agora, 6 necessario lem brar que, ser m fstico, 6 ser Rosacruz. £ , portanto, nisto vermos nao somente a potencialidade da Rosa-Cruz, que € a m eta que almejamos alcan$ar, mas, tamb^m a percep$ffo de que essa meta existe e, por conseguinte, 6 sabermos aonde vamos, para que supremo cume nos dirigimos. Fratres e Sorores, jamais permitamos que as nuvens da incom preensao, da inquietude, da duvida, da discbrdia, a n 6 s ocultem esse cume para o qual nossos olhares devem estar sempre voltados. Se, em algum m om ento, a ndvoa parecer se adensar, dissipemo-la pela a 9ao de nossa vontade inte rior e consagrada, essa vontade que m anifesta aquilo que os ensinamentos Rosacruzes designam como a Palavra Perdida.
Como misticos Rosacruzes, aprendemos, por certo, o que encerra a Palavra Perdida, por£m, aprendemos tambem, e sobretudo, a SER essa palavra. Teremos sem duvida merecido, por nosso longo passado, galgar a encosta da montanha sagrada que leva a ilumina?ao, mas a senda 6 drdua e a vertigem pode m omentaneamente nos abalar. Talvez, em certos instantes, sintamos a ten ta 9ao de nos determos a margem do caminho. So h i um meio de dominarmos esta situa 5ao, e ele consiste em pensarmos que, se sucumbirmos a essa ten ta 9ao de repouso ou de parada, nossos companheiros prosseguirao em sua jom ada, e que depois sera dificil reunirmo-nos a eles; ao passo que, se tomarmos consciencia de nossa integra 9ao com os irmaos e irmas de nossa Ordem, atrav^s deles encontraremos for 9a e coragem, e encontraremos apoio nesses irmaos e em seus bons pensamentos. Co mo Rosacruzes, como m isticos, a fratem idade 6 um principio fundamental da nossa vida; a fratem idade do coragao, a unica verdadeira, a que nos harmoniza com os outros, a que faz com que eles e nos sejamos apenas um. E com este aspecto particular do misticismo Rosacruz, a fratem idade, que concluirei, pois, ao lado de tudo o que me esforcei para exprim ir, do fundo do meu cora 9ao acho que a fratemidade deve para sempre persistir em nosso amago, ao nosso redor, entre n 6s, e se manifestar num verdadeiro amor, que € com preensao, esquecimento e doa 9ao de si mesmo.
A BUSCA DA LUZ MAIOR por
a maior parte das propostas de afilia^ao que chegam todos os dias &nossa Ordem, o motivo mais citado pr los candidatos 6 “a busca de uma luz m aior” . 0 individuo que deseja ser um Rosacruz sente, mais ou menos, vagamente, que a solu^ao dos problemas que ele tenha de enfrentar e, sobretudo, a aquisigao de uma paz verdadeira, capaz de suplantar suas perturbagoes, estd na luz do conhecim ento e da compreensao que ele pode proporcionar. Sem essa luz, sente-se o hom em , seja ele jovem ou m aduro, acom etido pelas circunstancias, como um joguete das inumeras e contradit 6 rias influencias da vida. Sente-se ele submisso a condi?oes extem as e intem as que nao pode dominar, ou que controla tao mal que novos problemas estao constantem ente surgindo, sempre mais dificeis,
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Por outro Tado, sao essas mesmas condigoes e essas mesmas diflculdades que, cedo ou tarde, levam o hom em a buscar uma solugSo definitiva e, depois de suficientes decep?oes e erros, conduzem-no a um caminho seguro, como o que n 6s estamos trilhando. Tem entao inicio uma obra de regeneragao que exige atengao constante e, principalmente, vigilancia, perseveranga e trabalho. As -mesmas indagagoes ocorrem a todos e a idade nada tem a ver com a necessida-
de da ilumina^ao nem com os resultados esperados. Aos quinze anos, aos vinte, aos cinqiienta, aos oitenta anos ou mais, a experiencia 6 a mesma. A experiencia do m undo e variada e mais ou menos rica, mas o problema 6 o mesmo, pois, trata-se do problema do impulso do Eu interior para se manifestar, do problema da vida no amago de cada criatura, do problema da luz que existe em nos mesmos e que mantemos circunscrita aos nossos pensamentos e a nossos atos determ inados pelo materialismo e pela satisfa 9ao de nossos desejos fisicos. N 6 s por^m, os Rosacruzes, que num passado mais ou menos prbxim o tom am os consciencia de que uma luz redentora estava em n 6s mesmos, encetamos nossa caminhada em sua dire 9ao, para o seu reino da verdade. E damos testemunho da nossa busca pelo estudo a que nos dedicamos em casa, em nosso Sanctum privado. Muitos damos tambem testem unho por nosso trabalho num Corpo Afiliado da AMORC. E ntretanto, depois de um tem po mais ou menos longo trilhando a Senda da Luz, vem a questao de sabermos se realmente progredimos. £ verdade que, de inicio, quando demos nossos primeiros passos, depois de termos cruzado o grande portal, sentimo-nos sustentados pela esperan 9a. Sentimos intensamente que tinham os tornado o rum o certo e que nossa resolu 9ao de fazer o mdximo esfor 90 para sermos bem sucedidos parecia defmitiva. 0 que era um caminho genericamente vdlido apresentava-se a n 6 s como 0 Caminho, nosso caminho. Sabiamos que nos bastaria segui-lo com m ^todo para um dia nos encontrarm os, no dpice, com aqueles que nos precederam no mesmo caminho e com outros que seguiram outros caminhos.
Mas, quantas vezes paramos inutilm ente a margem do cam inho. Quantas vezes, tam bem , voltamo-nos para o Portal, para verificar se tinham os seguido o rumo seguro ou se um o u tro , ou outros, nos conviriam mais! Como perdemos tem po algumas vezes, inutilm ente, se consideramos que a dura$ao de uma encarnagao £ m uito breve quando a comparamos com o caminho que ainda temos a percorrer em nossa evolu^ao mfstica, que 6 a flnalidade de nossa existencia aqui! Dissemos algumas vezes que os ensinamentos da Ordem Rosacruz, AMORC, chegaram m uito tarde em nossa vida. Mas isto nao 6 verdade. Esta aprendizagem tem por fundam ento uma experimentagao vivencial permanente, na qual a parte que cabe ao intelecto 6 insignificante, posto que nossos esforgos devem nos conduzir precisamente a transcender a mente hum ana. Se a formagao Rosacruz nos parece lenta, isto se deve a que nos mesmos a tom am os assim por causa de nossa duvida, nossas protelagoes e as vezes por nossa tendencia para a dispersao. Nossa Ordem, com o extrem o liberalismo que a caracteriza e a verdade absoluta que est 2 constantem ente nos apresentando, a todo instante nos coloca face a face com nos mesmos. Mas o fato de sermos livres, como somos, aum enta nossa responsabilidade individual. Magniflcos e m uito eficazes instrum entos nos sao conflados em grande escala, sem constrangim ento nem reserva de qualquer esp^cie. E nos 6 explicado extensamente o modo de usd-los. Cabe entao a cada um de nos o emprego desses instrum entos, assim como a construgao de um ediffcio apropriado a nos, visto que 6 partindo de n 6s mesmos que devemos ediflcar as estruturas da nossa evolugao. Nossa responsabilidade consiste, pois, em agirmos, em trabalharmos — e agirmos e trabalharmos sozinhos. Se nao agimos, se nao trabalham os, qual foi entao
a utilidade, para n 6 s, de termos buscado e encontrado aquilo que estava ao nosso alcance e que era necessario para remodelarmos nossa existencia, a fim de a tom arm os valida e consonante com os designios Cosmicos? Sem duvida contam os com instrutores para realizarmos o trabalho de que fomos encarregados. Eles aprenderam sozinhos a se servir daqueles instrum entos. Conhecem a maneira de empregd-los e, com esses mesmos instrum entos, edificam sua pr 6 pria obra, ao mesmo tem po que nos ajudam com seus conselhos e dividindo conosco os frutos de suas experiencias. £ entretanto compreensivel que eles nao possam tom ar para si os nossos encargos, o trabalho que nos foi confiado. Mas, nos m om entos de fadiga e desanimo, deve mos estar seguros de poder contar com eles. Nosso Grande Mestre, Frater Raym ond Bernard, disse-me vdrias vezes que os maiores responsdveis pela nossa Ordem no m undo sao os “chefes dos construtores” , aqueles que tem por dever cuidar para que cada construtor edifique uma obra que esteja em consonancia com a sua pr 6 pria natureza e com as aspiragoes do seu profundo Eu interior, visto que essa natureza e essas a s p ira te s tem sua origem e fmalidade nos designios de um arquiteto supremo. Assim, embora as realizagoes de cada um sejam diversas, distintas, elas nao sao outra coisa, em conjunto, senao condizentes com um piano c6 smico de rigorosa harmonia. Se seguimos essas normas fundam entais, 6 natural que uma disciplina geral nos dirija e que os chefes dos construtores dediquem-se a cumpri-la e fazer com que os construtores a cumpram. Mas essa disciplina nao 6 arbitriria e nao 6, de m odo algum, uma sangao. Consiste em regras e diretrizes cuja finalidade 6 perm itir um trabalho harm onioso e favorecer resultados eflcazes (nao s6 para alguns, mas, para todos sem exce^ao).
Como Rosacruzes, e mesmo simplesmente como seres hum anos, somos diferentes. Se uma diretriz comum nos fosse im posta, nosso progresso m istico seria ilusorio. Sen'amos escravos de nossa pr 6 pria complexidade hum ana ou, talvez, de uma outra personalidade qualquer, sucumbindo ao encanto enganador de um ego mais forte do que aquele de que desejamos nos livrar, isto 6, o nosso. A disciplina Rosacruz, seja a que diz respeito a nossos estudos de Sanc tum , seja a das reunioes em Corpos Afiliados, € uma lei de amor, e 6 assim que, de minha parte, gostaria que fossem entendidas todas as diretrizes que nos regem na nossa Ordem. E 6 com esta ideia em m ente que recomendo a todos que examinem sempre o que lhes for prescrito. Do seu proprio amago brotard entao, em todas as circunstancias, a adesao sem reservas e a aprovasao do seu pr 6prio Eu inte rior ao que foi ditado por nossa Ordem para o bem de cada um e de todos os Membros. 0 universo inteiro se compoe de uma lei de ordem e m dtodo. Num nivel infinitam ente m enor, nosso reldgio nao pode cumprir sua fun^ao a nao ser que cada um dos seus mecanismos opere em conformidade com a mesma lei de ordem e m dtodo. Que aconteceria se cada planeta do nosso sistema solar quisesse e pudesse seguir o piano que Ihe conviesse? NSo se ria isso um desastre, um cataclismo universal, o fim do nos so mundo? Que seria do nosso relogio se uma so de suas pe$as quisesse e pudesse agir segundo suas tendencias ou sua vontade? Ele daria um a hora bem disparatada, nao & verdade? E, quanto ao nosso pr 6prio corpo fisico, quando as c^lulas, sob qualquer que seja a influencia, trabalham contrariam ente a lei que rege o conjunto, nao resulta o terrivel mal que 6 o cancer? As circunstancias exteriores, o m undo em que vivemos, transforma-se e evolui em busca
de mais justiga e de verdades humanas, e 6 um grande bem que o egoismo, em todos os seus aspectos, seja com batido e vencido. Mas, como Rosacruzes, devemos eliminar esse egoismo em n 6 s mesmos, nao apenas na conduta da nossa vida comum, mas, tamb£m com relagao a nossa caminhada m istica. £ por isto que, quanto a essas regras que muitas vezes incom odam o nosso ego, d tao necessario que as aceitemos e que nos esforcemos para cumpri-las com amor, dado que elas sao uma expressao de amor. Se insisti tanto neste ponto 6 porque constatei que ele e, para alguns, uma pedra de tropego, sobre a qual se despedagam o entusiasmo e a boa vontade. Que esses Membros tenham sempre em m ente que, se nossa Ordem e cada um de seus Membros desejam que a m eta seja alcangada e que avancemos em sua diregao com firmeza e seguranga, isto so poderd acontecer com amor e por amor. E que todas as diregoes que nos sao indicadas, assim como as diretrizes que recebemos, tem por fim unico favorecer nosso progresso pa ra a iluminagao, para o conhecim ento e a paz. Que o ego ja mais se interponha como um obstaculo intranspom vel na senda do mfstico! Nao seria um a inconseqiiencia de nossa parte, uma falta de reflexao, se considerdssemos util que o r dem e m dtodo reinassem no universo e em tudo ao nosso redor, e nos parecesse supdrfluo que essas mesmas condigoes se aplicassem a nossa evolugao m istica, ou m elhor, a uma realidade m uito mais im portante que todas as outras, que em maioria nao passam de aparencias? 0 programa Rosacruz, que escolhemos para nossa regeneragSo interior, tem um m dtodo que m uitos outros seguiram com exito e atraves de uma formagSo iniciatica que constitui uma verdadeira smtese de tdcnicas desenvolvidas no decorrer de m uitos anos e adaptadas a dpoca em que vivemos. Nesse programa,
nosso ego continua sendo o maior perigo, a dificuldade que e preciso incessantemente veneer, £ preciso evita-lo para o seu pr 6prio bem, e a m elhor maneira de conseguir resultados 6 cultivar constantem ente a simplicidade, mas uma simplicidade que nas?a do cora^To e nao seja mera aparencia. Precisamos ser verdadeiros, quer dizer, nos mesmos, autenticam ente. Por mais im portante que o indivfduo seja perante o m undo, por mais avangado que ele seja na sua realiza?ao mfstica, as debilidades proprias da natureza hum ana persistem. Para sermos simples, e sobretudo para nao julgarmos a imperfeigao de qualquer outro ser hum ano que nos incomode e desagrade, basta nos lembrarmos de que tambdm n 6 s mesmos tem os imperfeigQes que podem incomodar e desagradar aos outros, mesmo que elas sejam diferentes e que a nossa fraqueza nos leve, erroneam ente, a consider 2-las menos graves. E, se devemos evitar o obstdculo em que se constitui o nosso ego, temos o dever, como misticos e Rosacruzes, de nada fazer para desenvolver o dos outros. A evolu^ao dos outros £ um a questao pessoal, deles pr 6prios. Como Rosa cruzes, eles dispOem dos mesmos instrum entos de que nos dispomos e os empregam em prol da construgao interior que lhes pertence. Tem suas realizagoes, como todo m un do, e o verdadeiro Rosacruz aprendeu a dominar as ilusoes do “eu hum ano” , no tocante a sua vida interior e ao seu progresso. Como diz freqiientem ente Raym ond Bernard, ele sabe silenciar, mesmo que com isto deva sofrer incompreensoes, pois, ningu^m deve justificar a si mesmo quando a evolugao mfstica esta em jogo. Assim € que, elogiar algu£m pelo grau de consecu§ao que pare$a ter atingido cons titu i, na senda mfstica, um erro. Podemos compreender isto facilmente. fi realmente o ego humano daquele a quem fala-
mos que e sti em jogo e que ser 2 certam ente afetado se ainda nSo tiver sido definitivamente vencido. A admira^ao do mfstico e sua venera^ao devem ser concentradas unicamente no Eu superior de cada hom em e m ulher desta Terra. Por isto 6 que me esfor^o e me esfor?arei sempre para admirar e amar cada estudante Rosacruz, jovem ou m aduro, neofito ou adiantado, porque em cada qual reside permanentemente, sempre vivo, o Eu superior, o Mestre, o tinico e verdadeiro Instrutor — aquele que € todo-conhecim ento, todo-sabedoria e todo-verdade, e gra
que assume a diregao do que em n 6s 6 inferior, e principalm ente do ego, que, depois de ter sido vencido, toma-se o instrum ento do Eu Real que cada um de nos traz em si. £ certo que sabemos, por exemplo por informagao dos misticos que alcangaram esse elevado estado de consecugao, que essa condigao € acompanhada de uma felicidade inexprim ivel, de uma beatitude inefavel e de um extase interior perm anente. Mas isto de nenhum modo separa esses m isti cos do m undo. Eles ocultam a percepgao dos outros seres hum anos o estado em que vivem perm anentem ente dentro de si m e s m o s , revelando-o somente aqueles que ja o tenham descoberto, a fim de nunca darem ensejo a culto pessoal e, ao contrario, ajudarem secretam ente, em silencio, aqueles que devem assumir suas responsabilidades e trabalhar para alcangar, cedo ou tarde, o mesmo resultado. 0 hom em deve evoluir no m undo, pelo m undo e para o m undo. Os grandes m isticos sempre souberam disto e servir tem sido sua lei de todos os instantes. Quando eles alcangaram seus elevados graus de consecugao, nao se sentiram separados dos outros seres humanos. Projetaram-se antecipadam ente na humamdade. Suas mudangas de consciencia, ao mesmo tem po que lhes trouxeram a maestria e a felicidade interior, bem como a serenidade absoluta, fizeram-nos sentir que haviam se dedicado ao m undo e a seus irmaos humanos. Alem disso, tendo eles alcangado a consciencia c6 smica, tal como os ensinamentos Rosacruzes nos fazem pressenti-la, como poderiam deixar de se sentir unidos aos outros, sendo a mesma coisa que eles? Esses mfsticos acompanham o ritm o da na tureza, o ritm o do universo, o ritm o do Todo. Sua natureza psi'quica, transform ada em canal c6 smico, 6 um meio de ser vir e, em seus servigos, podem eles ajudar a quem quer que seja e nao im porta em que atividade. Para eles nao existe
mais trabalho humilde e trabalho im portante. Existe um so trabalho: o servigo, sob quaisquer condigoes, e nesse servi90 , sem que outros talvez o saibam, eles se tom am portadores e fontes da Luz. Declara a lei mfstica que tudo o que esta em cima 6 co mo o que estd em baixo. Como Rosacruzes, estamos ainda percorrendo a Senda e trabalhando para conseguir nossa mudanga de consciencia. Estamos praticando os primeiros elementos da alquimia espiritual, mas sabendo que 6 somente assim e progressivamente que poderemos alcangar 0 apice. Nao obstante, servir deve ser tam bem a nossa lei, por todo o tem po da nossa caminhada. N aturalm ente, servimos com os meios que nos sao possiveis e, principalmente, com humildade e pacienria. Sem esquecer nada dos nossos deveres hum anos, sociais, profissionais e familiares, podemos nos dedicar. Na jom ada do misticismo Rosacruz nao existem encargos grandes e pequenos. Existe simplesmente 0 encargo, o servigo, e bem cum prir 0 encargo, assegurar 0 servigo, corresponde a realizar uma obra sagrada, mesmo que o tra balho se resuma num a ocupagao cotidiana. Para o Rosacruz, o Sanctum que ele simboliza em sua casa, num canto reservado ao seu estudo, pode representar toda a sua casa, seu lugar de trabalho, seu pr 6 prio lugar, visto que o santuario principal 6 o nosso corpo fisico. Nele habita o Mestre, o unico Mestre verdadeiro a que se apega o Rosacruz. Se em todos os instantes recordassemos esta verdade Rosacruz, que desenvolvimento conseguiriamos e com que rapidez, e quantos erros, uteis como pudessem ser para a nossa evolugao, conseguiriamos evitar! Estamos avangando rum o a Luz a que aspiramos desde nossos primeiros passos na Senda Rosacruz, e sabemos que
6 o nosso verdadeiro ser que a possui ou, melhor ainda, que ele mesmo £ essa Luz. Sabemos tamb^m que ela serd conquistada no m om ento em que tivermos transferido o poder de aijao para o nosso Eu Real. Mas isto nao se realiza em um dia. Nosso Eu Real nos espera. Esta pronto para assumir seu encargo para n 6s e por nosso intermtSdio, em prol dos demais. Mas devemos nos demonstrar dignos dele e progredir com ordem e m ^todo para a camara secreta onde ele se encontra. As coisas que podemos receber, j
que devem se fixar nossos esforgos e 6 a esse piano mais alto que h i de nos conduzir a tdcnica Rosacruz. Fratres e Sorores, trabalhemos e nos esforcemos. Os fundam entos que nos proporcionam os ensinamentos Rosacruzes nao nos falham e nunca nos falharao. Saibamos utilizar o que nos 6 tSo generosamente oferecido e prossigamos calm am ente, seguros e confiantes. Em nossa jom ada encontraremos o Mestre e notarem os que ele avangou em nossa diregao m uito mais do que n 6 s para ele, porque esse Mestre, nosso Mestre interior, o seu, o meu, tem por unica lei o amor. Seguindoo, devemos servir. Sirvamos como nos seja possivel, mas sirvamos! E como ele amemos. Amemos como nos seja possivel, mas amemos! 0 trabalho e o amor realizam, em nossa existencia, os
milagres diarios, os quais nada serao comparados com a alegria infinita de termos sabido amar e assim, em cada instante, termos sabido compreender, apaziguar, com partilhar, ajudar e socorrer. Nao creio que o am or seja um excesso de tem ura que uma pessoa dedique a algudm que esteja sofrendo ou chorando, ou a algu£m que esteja s6 ou aflito moral ou materialmente. 0 am or, como creio que os grandes m is ticos disseram, 6 uma doagao total de si mesmo. Se milh5es de seres tem sede de am or, podemos fazer a cada um deles a doagao de n 6 s mesmos. Temos um so coragSo fisico, mas, em nossa realidade interna, nosso coragao 6 inumeravel. Aprendamos a amar verdadeiramente. Ao nosso redor no m undo, em nossa casa, entre os Rosacruzes, o amor 6 tudo. £ a solugSo final de nossos problemas e representa a alegria mais sublime que estd ao nosso alcance. fi o instrum ento que santifica todos os outros que sao utilizados pelos
Rosacruzes. Como nosso Mestre interior se alegrara no mom ento em que se encontrar conosco, ao constatar que, em nossa jom ada mfstica, aprendemos a amar, profundam ente e sem restrigCfes!
PARE, OLHE, ESCUTE, E PENSE por
e vez em quando nossos Membros nos enviam literatu re tratando de vdrios assuntos. Apreciamos esta considera?ao. E, depois de termos lido algo dessa literatura, dizemos a n 6s mesmos quase todos os dias: “ Se todos os homens e mulheres pudessem ser Membros da AMORC e estudar seus ensinamentos, eles estariam mais preparados para enfrentar as realidades da vida e as provas e t a b u l a t e s a que estao sujeitos.” Mesmo que algumas pessoas nao tenham natureza estudiosa, elas colheriam um grande beneficio de lerem alguns dos livros publicados pela nossa Or dem, os quais sao todos im portantes e contem excelente instrugSb.
D
Destaca-se dentre esses livros a obra, “Princfpios Rosa cruzes para o Lar e os Neg6 cios” , do Dr. H. Spencer Lewis. Sua instru 9ao estd dirigida a Membros e nSo-Membros. Uma pessoa pode ler este livro e ser auxiliada de muitas maneiras. Tenho satisfa 9ao em dizer que m uitos Rosacruzes tem esta obra em sua biblioteca particular, e exorto-os a que a emprestem a amigos e vizinhos que estejam vivendo uma fase de perturba^ao ou afli^ao de qualquer esp^cie. O buscador de valores espirituais nem sempre 6 imediatam ente atraido para esse maravilhoso livro, *porque seu titu lo nao sugere que seu conteudo trata de leis praticas de natureza mfstica
ou metafi'sica. Mas aqueles que leram o livro e foram auxiliados sabem que ele na realidade as contem . E sabem tam bem que o livro nao se restringe especificamente a problemas de negocios, como £ comum as pessoas pensarem equivocadamente, pois, ele d 2 instrugao relativa ao lar e muitos outros problemas. Pois bem, se uma pessoa le este livro maravilhoso e aplica o conhecim ento dele adquirido, provavelmente nao estara mais sujeita as promessas estranhas e exageradas feitas em parte daquela literatura a que ja nos referimos. Por exemplo, uma organizagao convida o leitor a escrever pedindo o seu “am uleto da sorte de bolso” . Diz na literatura que esse amuleto estd carregado de poder e magia secretos. E, como € o melhor e mais seguro amuleto da sorte, h i de trazer ao leitor bengaos de paz e fartura. Diante disto, o estudante Rosacruz logo se lembra do que afirmam nossas monografias acerca de objetos inanimados. Uma outra literatura que temos em maos anuncia que voce pode melhorar sua vida pensando menos. Declara que voce provavelmente foi levado a crer que pode melhorar sua vida esforgando-se para “m anter melhores pensamentos” . Voce £ entao inform ado de que, seguindo certo m etodo, nao tem absolutamente de se incom odar com isso e pode facilmente melhorar a si mesmo e alcangar seus objetivos sem fazer esforgo algum. Parece-nos que isto despreza o veIho trufsm o de que nada que vale a pena 6 adquirido sem consideravel esforgo. Num outro folheto, h4 um trecho que provavelmente se refere a algo que foi dito pela Ordem Rosacruz. Nossa Ordem declarou (e o folheto afirma que uma organizagao dis-
se) que nao h i atalhos para o desenvolvimento psfquico. O folheto prossegue enfatizando que a organizagao que o distribui pode provar o contrario, isto que ha um atalho mais fdcil. No entanto, como todos os Rosacruzes sabem, de fato nffo existe nenhum atalho mais facil para o desen volvimento psiquico. Num outro folheto £ oferecido “o m ^todo de cura mais fdcil e mais eficaz j i concebido” . 0 interessado s6 precisa mandar sete dolares e meio, para receber as “ catorze unidades de equipam ento” a fim de se curar e a seus parentes e amigos. Cremos que nao € necessario fazermos com entirios sobre esta extravagante promessa, ou sobre a que consta num outro anuncio, em que se declara que voce precisa aprender a hipnotizar a si mesmo para resolver os problemas da vida. Neste caso, seguindo certas instrugOes, voce pode se to m ar capaz de hipnotizar, nao so a si mesmo, mas, tambem seus parentes e amigos. Finalm ente, dando uma olhada na literatura que temos em maos, destacamos mais uma oferta. Nela se faz a pro messa de domfnio de si mesmo e dos problemas da vida pelo uso de um de tres objetos ou de todos eles. Um 6 uma bola de cristal; o outro 6 uma mesa “ ouija” ou prancheta magnetica; e o outro 6 um pendulo que a pessoa pode aprender a fazer oscilar convenientemente. Nosso com entirio € o de que estes objetos podem ser 6 timos brinquedos. Se uma pessoa se detdm um pouco para pensar, sera que pode acreditar honestamente que tem condigoes de alcangar perfeito domfnio da vida com pouco ou nenhum esforgo de sua parte e sem instrugao fcspecifica quanto i aplicagao de certas leis naturais e Cosmicas? 0 Dr. Lewis afirma em seu
livro que o m fstico que conhece as leis da n atu reza e do C6smico pode dom inar sua vida e resolver seus problem as, usando sua vontade para con tro lar certas condi95es. Inspira9 oes c6smicas podem guia-lo n a m u d an 9 a de causas dessas condi 9 oes, em lugar da nega 9 ao da m anifesta 9 ao das causas. E i assim que devem os pensar. P raticam ente to d o m u n d o conhece os sinais de cautela que sao ou eram usados em estradas (principalm ente em cruzam entos de linha ferrea) com as p alavras,P A R E ,O L H E , E ESCUTE. Uma q uarta palavra, PENSE, poderia ser acrescentada para salvar ainda mais vidas, levando as pessoas a serem m enos displicentes ao cruzarem um a linha ferrea diante de um trem em m ovim ento. Em nossas reflexoes sobre q u al quer dos nossos problem as, devem os realm en te,p a ra r, olhar, escutar, e pensar. Devemos parar, antes de p artir para q u al quer a 9 ao; devemos olhar, n o sentido de procurar o rum o mais 16gico a seguir; e devem os escutar a o rien ta 9 ao Cosmica; al£m disso, devemos pensar. Pensar requer que analisem os o que 6 m elhor fazerm os. Qual 6 a causa real do pro b le m a? Qual 6 a solu 9 ao mais sensata e pratica? Se pararm os para olhar, escutar e pensar, evitarem os m uitas possibilidades de erro. Devemos to d o s concordar em q ue, se a cultu ra fisica (a realiza 9 So de praticas que ajudem a m an ter o corpo sadio) e extrem am en te im p o rtan te, ainda mais im p o rtan te 6 um a certa intensidade de cultu ra m en tal, pelo m aior desenvolvim en to possivel de nossas faculdades m entais e psiquicas. Q uando param os para pensar, estam os co n trib u in d o para intensificar o desenvolvim ento de nossa cu ltu ra m ental. A pessoa que ler o livro do Dr. Lewis, “P rincipios R osa cruzes para o Lar e os Neg6cios” , verd que nao poder^ dei-
xar de parar para pensar. Aprenderd que o homem nao pode modificar, e m uito menos negar ou deixar de lado, as leis naturais. Aprender^ que te ri de obedece-las. 0 hom em e dotado de vontade. Quando se detdm para pensar e aplica os seus processos de pensamento logicamente, constata que, pelo uso adequado da vontade, pode usar as leis naturais e, assim, controlar eficientem ente sua vida. E e bem sucedido na medida em que obedece essas leis. Falha, quando age “em contra-corrente” com elas. Nao existem atalhos para o uso prdtico das leis naturais, nem para um m £todo de atrairmos para n 6 s mesmos e criarmos as coisas de que necessitamos. Em nossos estudos, falamos m uito de concentragao. Nesse livro, o Dr. Lewis escreveu: “Ha uma diferenga consideravel entre concentrar-se num sonho ou numa esperanga e concentrar-se na concretizagao disso.” Mais uma vez vemos com o a cultura mental esta envolvida neste em penho. Te mos de pensar; e de faze-lo correta e logicamente. Se fazemos isto de maneira pratica, nao s6 persistimos num a esperanga de m odo ocioso, mas, passamos a trabalhar na sua real concretizagao. No tocante a essa concretizagao ou consecugao, citamos novamente o livro do Dr. Lewis: “Nffo £ dificil para a m ente hum ana visualizar com todos os detalhes aquilo que ela po de conceber como uma coisa desejada. Isto tem de ser feito pela concentragao das faculdades objetivas e o uso do poder da vontade, dirigido do Eu exterior para o interior, como se existisse no intim o da consciencia hum ana um santudrio pa ra a preparagao e criagao de todas as coisas desejadas pelo hom em . Passo a passo, parte por parte, elem ento por elem ento, aquilo que i desejado deve ser com posto em sua for
ma visualizada e, aptfs cada acrescimo, a cada estdgio da composi 9ao, isso precisa ser examinado, testado, para se verificar se algum elem ento foi om itido, se alguma parte foi negligenciada ou algum ajuste, alguma associa 9ao de partes e elementos foi feita erroneam ente. Assim como uma pessoa constr 6 i uma casa levantando as paredes tijolo por tijolo, assim tamb^m cada parte da coisa desejada precisa ser m entalm ente criada e visualizada, ate que ela esteja pronta para se manifestar na consciencia do criador como uma coi sa de fato existente e em seu poder.” Os Rosacruzes estao sempre atentos a livros ou artigos que possam ampliar ou com plem entar seus ensinamentos. 0 livro de que estamos falando faz exatam ente isto. Ali£s, ele nao s6 amplia os ensinam entos, mas, da real instru 9ao. Quantas das pessoas que leram o livro se lembram de duas prdticas simples que podem ser usadas proveitosam ente em imimeros casos? Uma delas relaciona-se com o ato de cruzar os dedos. A outra, com a fixa 9ao do olhar na testa de uma pessoa com quem estamos falando. Nao vamos revisar como estas praticas devem ser empregadas, mas elas deveriam ser usadas todos os dias. E tem im portancia vital. Vale acrescentar que elas nao constam nas instru 9oes das monografias da Ordem. Na procura de um emprego, no esfor 9o para ser um vendedor bem sucedido, estas duas prdticas se revelarao particularm ente im portantes. Mas elas tem uma aplica 9§o m uito maior do que esta. Uma ou a outra, ou ambas, p o dem ser usadas com vantagem a qualquer m om ento em que estejamos conversando com uma outra pessoa. Como Rosa cruzes, sabemos m uito bem que, se aplicarmos corretamente certos principios fundam entals, o Cosmico nos auxiliard a concretizarmos nossos desejos. E isto nunca ocorrera sem algum esfor 9Q da nossa parte. Nunca devemos esquecer o
velho dito de que s6 teremos sucesso com trabalho e suor. Nossa suplica didria a Mente Universal, a consciencia do C 6smico, deve ser pela persistencia de nossa saude, por Divina orientagao e, especialmente, pela oportunidade de desenvolvermos nossas faculdades mentais. Citamos agora um trecho de “Princfpios Rosacruzes para o Lar e os Negocios” : “Para receber, precisamos dar. E, conforme damos, recebemos. Esta 6 a Lei de Compensagao. Ningudm at£ hoje conseguiu evitar esta lei nem encontrou um meio de contestd-la e negd-la. A mente do hom em preci sa se tornar receptiva 4s impressoes intuitivas emanadas do C6 smico. Precisa tomar-se receptiva a sutil voz interior que procura orientar e dirigir todas as agSes humanas, todos os pensamentos e planejamentos do ser hum ano. 0 hom em de ve se tornar receptivo aos impulsos inspiradores da Mente Universal. E tambdm aos clamores e is necessidades, aos desejos e anseios da mente coletiva da hum anidade, a fim de que possa ouvir as suplicas dos individuos e as esperangas dos grupos de homens e mulheres que estao irradiando para o espago universal suas iddias criadoras, em busca de assistencia e da concretizagao ou materializagao dessas ideias. A m ente receptiva deve ser capaz de sentir o que um a outra precisa, assim como o que 6 necessario a si mesma. A mente receptiva deve estar harmonizada com a Cons ciencia Divina, para que possa dispor de ilimitada sabedoria, de conhecim ento inflnito, e de uma apreensao universal das coisas como elas realmente sao. E, para sermos receptivos, precisamos ser produtivos. Temos de contribuir, para que possamos esperar alguma coisa em troca. A vida ha de devolver o que cada qual nela colocar, e num a grande medida, aum entando a cota de felicidade da nossa vida, desde que simplesmente nos apercebamos disso; aum entando a paz
que o universo propicia a todos os seres que nele vivem; e intensiflcando a pr 6 pria vida que nos permite saber o que somos, e que somos quem somos. Suplicas de bengaos com o estas, seguidas de preces de gratidao pelo que temos, haverao de nos harmonizar diariamente com a abundante riqueza do universo, e cada qual h i de cedo veriflcar que prosperidade e profusao, saude e felicidade, d£divas materiais e bengaos espirituais, estarao fluindo livremente e com fartura, enchendo generosamente o cilice de sua vida.” Est2 ao nosso alcance utilizarmos pelo menos parte da energia criativa do universo. Os ensinamentos Rosacruzes nos informaram a respeito da dualidade (positivo e negativo), da consecugao de equilibrio e da m anutengao de um estado de harm onia na m ente, no corpo e no ambiente. Quando estamos em harm onia com o C6 smico, somos capazes de extraordinSrias realizagSes. E terem os chegado a este ponto por termos dedicado algum tem po a parar, olhar, escutar e pensar. Em nossa cultura m ental, ja constatamos que devemos ser razotfveis, lbgicos e pr£ticos. Como escreveu o Dr. Lewis: “Nenhum outro principio Cosmico, lei m etafisica, ou auxilio m aterial, h i de nos trazer um til de beneffcio, se nSo estivermos devidamente relacionados com o Cosmico e em consonancia com a harm onia do uni verso. . . ” E, como dissemos tantas vezes, se todas as pes* soas tivessem o priviMgio de estudar os ensinamentos Rosa cruzes, elas form ariam , em sua atividade no m undo, uma estrutura uniflcada e logicamente harmoniosa de conceitos sobre elas mesmas e suas relagQes para com a vida e o uni verso. 0 livro pr£tico, “Principios Rosacruzes para o Lar e os Neg 6 cios” , a que recorremos para esta mensagem, nao £ n o
vo. Seu conteudo 6 tao antigo quanto os ensinamentos R o sacruzes. Devemos ser gratos pelo dom da consciencia, pelo conhe cim ento que temos, e pelo fato de sermos misticos Rosacru zes. E, uma outra dadiva pela qual devemos ser gratos 6 a de term os tido alguma vivencia de Paz Profunda, pela harmoniza^ao com o Infinito, com o Deus do nosso Cora 9ao. As dadivas do livro Rosacruz que mencionamos aqui, bem co mo de outras obras publicadas pela AMORC, podem ajudar as pessoas que ainda nao encontraram a Senda que leva a PARAR, OLHAR, ESCUTAR, E PENSAR, ou para se p o der desfrutar a seguran 9a e a paz de espirito que hoje conhecemos como Membros da AMORC.
por
O
am or 6 a alegria de viver. Se desejamos uma vida bela e construtiva, precisamos compreender a ligagao que existe entre o AMOR e a vida. Aquele que vive em estado de Amor recebe o maior poder que existe e todos os seus empreendim entos alcangam exito.
Geralmente, quando se fala de Am or, imaginamos o sentim ento que existe entre um hom em e uma mulher. Mas esta 6 apenas uma das facetas do Amor. Devemos ter amor pelo trabalho que fazemos, pelas pessoas que nos cercam, por nossa pdtria, e assim por diante. 0 oposto do Amor 6 o 6 dio, o poder mais destrutivo que pode existir. Devemos compreender at£ os nossos inimigos, pois n§o sao maus, simplesmente estao equivocados; tam bem por eles devemos sentir Amor, pois sao canais necessarios que nos colocam a prova. A cada m om ento do dia escolhemos um certo grau de Amor e 6 dio. De todo pensamento ou ato motivado pelo Amor emanam satide, paz, fortaleza e alegria no decurso da vida. Todo pensamento de 6 dio e destrutivo. Indiferenga,
aversao, inveja, condenagao, critica, ressentim ento, ideias de vinganga; tudo isto faz parte da horrivel familia do 6 dio. 0 Amor £ a essencia da vida, a necessidade maior e mais fundam ental do coragao hum ano. Todos nos desejamos ser amados, ser tratados com justiga, consideragao, com preen sao, reconhecimento de nosso trabalho e aprego, que repre* sentam formas de amor. Certamente todos se lembram de seu tem po de crianga. Quando caiam e se machucavam, corriam em busca da mae e ela os consolava com seu amoroso abrago, e a dor cessava imediatam ente. Muitos casos de cura sao atribufdos exclusivamente ao poder mental, que nao e eflcaz; e o amor, combinado com a forga da m ente, form ando a dualidade, cristalizando o terceiro ponto, que realiza a cura. £ isto que faz nosso ConseIho de Solace. Primeiro se envia amor e depois pensamentos de saude ou de paz, conforme o que foi solicitado. Temos testem unhos magnificos deste maravilhoso servigo que nos sa amada Ordem presta gratuitam ente a humanidade sofredora; em outras palavras, o amor 6 o veiculo que transmite o pensamento construtivo. Infelizmente, muitas pessoas tern um conceito erroneo de am or; e possivel que nenhum outro sentim ento seja tao mal compreendido. Assim, quando encontram os uma pessoa am dvel,justa e gentil, sentimos o efeito do amor que ela traz consigo e comentamos: “ Que pessoa sim pitica. . Se m duvida, o que realmente sentimos 6 seu campo magndtico, sua aura amorosa.
Este tipo de pessoa tem muitos amigos; inconscientem ente todos desejam estar em sua companhia e, do mesmo m odo que o viajante do deserto, sedento e cansado, deseja a sombra generosa de uma palmeira, assim essa pessoa vive o A m or, irradia paz e harmonia, das quais necessitam muitos daqueles que caminham pelas sendas da vida. Se batem os i porta de nossa amada Ordem, foi porque nos faltava “ algo” indefmido: em uma palavra, nao estdvamos satisfeitos com a vida. Nossos Membros sao de diferentes niveis. Tanto em educa^ao como em instru^ao, h i de tudo, como num jardim . Ali encontram os a rosa que defende sua beleza com seus espinhos, a violeta que oculta sua humildade, e tamb^m o narciso arrogante e ainda o sandalo, arvore que perfuma o machado que a fere. Tudo isto representa a humanidade. O amor 6 a cria^ao fundam ental do principio de vida;nao devemos viver sem ele, mesmo que nele nao tenham os f<£. Por que h i tanta infelicidade, medo e 6 dio no mundo? Por falta de amor. Por 6m , que impede o amor de existir em nossa vida? Principalmente, o pensamento da maioria voltado para coisas materiais e egoisticas. Se nao corrigirmos essa tendencia, continuarem os a nos sentir insatisfeitos, frustrados em nossos esfor 50s, ressentidos; em outras palavras,infelizes. Tudo porque permitimos que assuntos exclusivam ente egoi'stas ocupem nossos pensamentos, em vez de pensarmos tamb^m nos outros. 0 amor impessoal ama a tudo, ve a beleza tanto na chaga
quanto na flor, o que nos traz a alegria de viver. Recebemos amor como uma colheita daquilo que semeamos.
Assim, passo a passo nos damos conta de que o Amor nao € apenas um adom o que embeleza a vida, mas 6 sua verdadeira substantia e razao para continuar a viver, 6 a fortaleza de nossa vida diaria, a maior forga da Terra, mais poderosa que o medo e o 6 dio. 0 rico nao pode compra-lo, o pobre nao pode pedi-lo, mas todos podem obte-lo se desejarem expressa-lo. 0 amor 6 etem o, jamais m uda, nunca cessa, 6 inteligente e harm onioso, i onipotente e nos inspira em qualquer circunstancia por mais dificil que seja.
Uma mudanga maravilhosa se opera em nossa vida quando sentimos a forga do amor. Sem amor existimos mas nao vivemos. H i uma grande diferenga entre existir e viver. Vi ve, aquele que olha tudo que esta ao seu redor atraves do cristal do amor, e ve tudo belo, inclusive as tem pestades, com seus trovoes e relampagos. Aquele que 6 vazio de carinho, que ignora a pr 6 pria capacidade de amar, e triste, egoista, sempre disposto a discussoes amargas, jogando a culpa de sua desgraga & vida e tom ando infelizes os que o rodeiam. Entre as leis que regem o Cosmos, o universo integral, visivel e invisivel, a principal lei 6 a do AMOR. £ a lei de atragao e uniao de todos os seres e elem entos. fi a lei da criagao, pela qual tudo existe, e sem a qual haveria o caos. Ela faz existir os m undos, os sistemas estelares, as nebulosas e as galixias. 0 Amor dirige as relagoes dos seres que perm item a continuidade das esp^cies em que a vida se manifesta. Rege a atragao dos elementos na conformagao das substancias e dos corpos, produzindo os prodigios da quim ica. Dirige as forgas que levam a unidade do Todo. No reino mineral, co
mo na quim ica, constitui a afinidade, forga criadora que constroi e modifica. Entre os animais govema os instintos e impede a separagao e extingao da especie. Na humanidade, 6 a simpatia que atrai as pessoas e as une, fom enta o carinho, a confratem izagao, a abnegagao, o altruism o, ate chegar ao her 6ico sacrificio por am or ao proximo. A lei da evolug^o ou pluralidade de existencias, que implica a marcha inexordvel de todo ser vivo ao longo de niveis e formas cada vez mais aprimorados, superiores e perfeitos, ju n to com o amor, conduz todos os seres viventes, desde as formas mais primitivas, dos niveis mais inferiores, aos mais avangados. £ isto que leva o hom em a superar-se, em sua grande peregrinagao em busca da gloria e da felicidade. Nosso belo ritual de convocagao diz, em parte: “enviemos pensamentos de amor a todo o m undo, qual a propagagao de uma luz num quarto es c ur o. . Ficamos entao em silenciosa meditagao. E verificamos que essa meditagao, sem am or, nao cumpre seus elevados propbsitos. A meditagao 6 um caminho capaz de conduzir a paz in te rior, um meio de alcangarmos um novo nivel de conscien* cia, uma vereda que leva ao descobrimento do “reino inte rior” e que nos faz encontrar o amor em forma de paz e harmonia. Por meio do estudo e da pratica da meditagao, encontramos a semente do amor que esta em nosso interior, e na qual palpita o conhecimento de que todas as coisas sao possiveis atraves do desenvolvimento espiritual.
As condi 9oes e circunstancias exteriores sao o quadro de nossos pensamentos intem os; para m udar essas condi 9oes devemos modificar os pensamentos que produzem o qua dro. Se vivermos com amor, sempre seremos positivos: conseqiientem ente, nossa vida ser£ otim ista e construtiva, orientando-nos para o prop 6 sito de nossa Ordem, trazendo Paz Profunda ao nosso cora 9ao. 0 amor 6 o grande principio harm onizador do universo:
quando o expressamos, vibramos em unissono com o Cos mos e nos transformamos em canais de paz e alegria, fontes de a 9ao, vida e manifesta 9ao. 0 amor ilumina tudo, embeleza e alegra, envia seu doce raio de luz tanto a cabana quanto ao pal 2cio, ao vale e ao
m onte, ao leito de hospital e ao casebre do pobre. Amar, Fratres e Sorores, 6 expressar um dos mais belos atributos de Deus. Nossos estudos nos dao a maestria para fazermos os ajustes convenientes e obterm os maravilhosos quadros, pintados com o pincel de nossa vontade e com as tintas do am or, o qual nos traz alegria de viver e o grande privilegio de sermos mais uteis a sociedade.
O V IA JA N TE DO E S P A ^O IN TER IO R por
homem, pesquisador nato de astronom ia e astrofisica, descobriu leis e alguma coisa sobre a ordem das esferas celestes. Hoje, tem ele uma ideia da incrivel vastidao do universo e do enorme tem po necessdrio para o nascimento de uma nova galdxia. Em com parafao com a Terra e o m un do dos homens, isto os faz parecer totalm ente insignificantes.
O
A Biologia nos revelou a maravilhosa conforma^ao dos tecidos celulares dos seres vivos e descobriu a incalculavel complexidade da estrutura e funcionam ento dos organismos. A gen^tica form ulou as leis da hereditariedade, muta9ao e evolu^ao das esp^cies. Ja nao existem duvidas quanto a possibilidade das viagens espaciais. Podemos dizer que vivemos a aurora de uma nova vida, no decorrer da qual nossas perspectivas m udarao e ta m ta m as crengas e filosofias fundam entals, a luz das investiga^oes levadas a cabo fora dos limites da Terra. Poderiamos comparar essas explora 9des com a conquista do No vo M undo, a America, feita pelos europeus com a unica finalidade de melhorar sua situa 9ao economica, ou seja, com um prop 6 sito materialista.
Em todos os estudos j i citados, especialmente nas atuais exploragSes espaciais, foram gastos bilhoes de d61ares, para satisfazer a curiosidade e melhorar o padrao de vida m ate rial do ser hum ano; disto as grandes potencias sentem-se orgulhosas, mas o hom em com um , que perfaz mais de noventa por cento da hum anidade, continua descontente por faltar algo que nem ele mesmo sabe explicar. Fratres e Sorores, existe um outro m undo ainda mais importante que precisa ser explorado, sem que se necessite de estudos complicados, naves espaciais e quantias exorbitantes, pois esse m undo est£ tao perto de nos que “nao o vemos” . Somos n 6 s mesmos, sao as insonddveis profundezas de nossa m ente, onde se encontram os maiores tesouros do Ser. Sejamos astronautas, sem sair de casa. Olhemos o nosso interior e veremos maravilhas, pois somos o microcosmo; em outras palavras, somos a c6 pia do macrocosmo. Marquemos um encontro com o Infinito, cerremos os olhos e fundamo-nos com o Ser Maior, viajando nas asas da meditagao diiria: assim seremos astronautas da m aior im portancia, pois descobriremos a n 6s mesmos, conheceremos nossos defeitos, que temos a obrigagao de corrigir, para sermos mais uteis a n 6 s mesmos e ao proxim o. Assim como uma nave espacial precisa de com bustivel, tambdm n 6 s necessitamos de uma forga propulsora para efetuarm os nossa viagem. Esse combustivel 6 o am or; por conseguinte, antes de m editarm os, devemos enviar vibragOes de amor a todo o m undo, um am or impessoal como nos ensina nosso belo ritual de Loja; devemos em itir bons pensam entos, fazendo de conta que saimos da Terra e de longe a observamos, irradiando amor a sua hum anidade, sem qual-
quer tipo de discriminagao. Assim vibraremos em umssono com o Cosmos que 6 Paz e Harmonia. Este sera o m om ento preciso em que teremos acesso as informagoes acumuladas na Mente Universal, que nos perm itirao obter as sabias solugoes para nossos inumeros problemas didrios, pois tudo j i est^ feito no Universo; o hom em apenas DESCOBRE, ele nada pode inventar. Por meio da meditagao absorvemos conhecim entos que transcendem as fungoes dos sentidos. Esta capacidade extra-sensorial nos fornece a exata informagao de que necessitamos. Os conhecimentos do poder criativo da m ente ultrapassam as fronteiras do ocultismo e do misti cismo. Atualmente vdrios campos de agao estao sendo utilizados, na ciencia, nos negocios e em diversas religiSes, com isto dando razao aos Rosacruzes. Estamos neste piano cheio de problemas, comumente chamados de sofrim entos, os quais o Rosacruz deve encarar com coragem, procurando acercar-se da Luz Maior. Pergunto agora: quantas coisas fazemos diariamente an tes de sair para o trabalho? Verificamos a roupa, acertamos o relbgio, nos arrumamos, desligamos o radio, as luzes e fa zemos diversas outras coisas. Estamos sempre fazendo ajustes em nosso ambiente. Mas, atd que ponto nos preocupamos em ajustar aquilo que 6 realmente im portante? Esquecemos do principal, de ajustar a NOS MESMOS antes de sairmos para a luta didria. Desta forma, nunca poderemos passar um dia feliz. Assim como sai o Sol, como o violinista afina seu instrum ento antes de tocar, devemos nos harmonizar TODOS OS DIAS para nos apresentarmos vibrantem ente no grande palco da vida.
0 hom em , em sua busca da verdade, enredou-se tanto
nas complexidades extem as, que nao escuta nem compreen* de as sensatas palavras de seu Eu Interior. Ele procura em toda parte, esperando achar no exterior aquilo que s6 podera vir a ele atraves da voz silenciosa do interior. 0 pensamento 6 mais poderoso que todas as formas que o hom em tem a sua disposi9ao. 0 m undo atual, em seu estado presente, i o resultado do pensamento coletivo da humanidade. Cada pais cria sua paz, prosperidade, miseria ou anarquia, como simples resultado de seu pensamento conjunto. Cada individuo 6 como 6, e as circunstancias de sua vida sao como sao, simplesmente como decorrencia de seu pensa m ento construtivo ou destrutivo. Em outras palavras, somos os arquitetos de nosso proprio destino.
Nao podemos impedir que os pdssaros voem por sobre nossa cabe 9a, mas podemos impedir que fa 9am seu ninho sobre ela. Isto quer dizer que temos o poder de expulsar os pensamentos negativos de nossa mente. As instru 9oes chegam a m ente objetiva devido aos impulsos da mente interior. Devemos escutar, obedecer e seguir esses impulsos, em todos os detalhes, se quisermos triunfar. Nao devemos perm itir que a mente exterior ou objetiva interfira e fa 9a coisas contrarias aos nossos impulsos intem os, nem devemos perm itir que essas sugest5es sejam abandonadas ou adiadas, porque o SER INTERNO sabe melhor o que devemos fazer e qual o tem po apropriado para agirmos.
O PRTVILfiGIO
d e ser ro sa cru z
por
a antiguidade, as escolas de misterios eram compostas dos sdbios, dos primeiros homens de ciencia, misticos e fil6 sofos, que procuravam perscrutar os segredos da n atu reza. Somente a pessoas consideradas qualificadas para receber a sabedoria, depois de longa preparagao, era perm itido o ingresso nesses locais de instrugao. A sabedoria daquela dpoca foi a semente da maioria de nossas artes e ciencias atuais.
N
Nos tem pos m odem os, prevalece essa antiga tradigao, de m odo que s6 se da instrugao aqueles que sao considerados merecedores de receb 6-la. Essa sabedoria vai passando de ge* ragao a geragao, como uma tocha oh'mpica helenica, em seu papel de impulsionar a ascensao da consciencia hum ana, e 6 essa tocha que o Rosacruz ergue bem alto para iluminar os ultimos bastoes do preconceito e da ignorancia. Ai esta o grande privildgio que cabe ao Rosacruz, mas, ao mesmo tem po, tem ele uma grande responsabilidade, ao se dar conta de que nesse caminho s6 existem pessoas equivocadas, que necessitam das perfeitas radiag&es de luz dessa tocha, a qual deve ser constantem ente alimentada com o 61eo da compreensao, da tolerancia e do amor. Antes desse privildgio de sermos Rosacruzes, viviamos num m undo em trevas, caindo e levantando sem encontrar a
verdadeira razao da nossa existencia. Eramos escravos das circunstancias e atribui'amos a culpa a vida. Agora vemos claro e nos demos conta de que n 6 s 6 que somos complicados, ao passo que a vida £ simples e bela, de m odo que vale a pena viv€-Ia quando nos engrenamos as maravilhosas leis que regem o universo. Compreendemos que estamos nos purificando com o fogo do sofrim ento, e nisto damos gragas ao Deus do nosso Coragao, visto que os problemas sao necess£rios ao aprim oram ento do hom em e o tornam mais compreensivo para com o semelhante. Tomamos consciencia de que o sofrim ento £ como o vento que sopra sem obstdculos na plamcie, percorrendo em silencio o espago, mas que, ao se deparar com a rocha ereta, silva sua mais bela sinfonia de amor. outro lado, aprendemos que nao devemos sofrer co mo cordeirinhos indefesos, ja que temos as ferramentas, que nos proporciona esse maravilhoso conhecim ento, para nos defendermos dos espinhos do caminho; a verdadeira tolerancia 6 a que se exerce com dignidade e o hom em necessita de um mfriimo desse atributo para viver em harm onia com o cosmos. Assim, o Rosacruz, num exame retrospectivo, p o de comparar e ver claramente seu crescimento espiritual, que pouco a pouco vai tom ando-o senhor das circunstancias e, nao, escravo delas. Como um jogador de xadrez, que gosta de resolver os problemas deste jogo, assim o Rosacruz move as pegas dos problemas e tem prazer em jogar com elas no grande tabuleiro da vida. P ot
De fato recebemos tanto, tan to , tanto! E com tao p o u co que damos de n 6 s m esm o s.. . Na realidade nao h a como expressar suficientemente o privil^gio de sermos Rosacru zes.
Atravds das \i$6es Rosacruzes, vamos conhecendo melhor o nosso maior inimigo, n 6 s mesmos, realizando na prdtica a antiga maxima, “Nosce te ipsum” , quer dizer, “Conhece-te a ti mesmo” . E assim nos vamos compreendendo, reconhecendo nossos defeitos, at6 estarmos em condi9ao de nos curarmos de mente e corpo. Assim como o lavrador rtistico da m ontanha, que prepara o terreno para plan ta r a semente de m odo que cres?a e frutifique bem , compreendemos que o nosso corpo deve ser saudavel, a fim de que as sementes dos nossos poderes latentes despertem e cres?am radiantes, em todo o seu esplendor, para nosso benefYcio e pelo privildgio de sermos mais liteis a humanidade. As coisas que tao facilmente estudamos e compreendemos atraves das monograflas Rosacruzes tem o respaldo de seculos de experiencia, como resultado dos estudos e pesquisas de grandes sdbios e pensadores. Usufruimos de todo esse conhecim ento, exposto de maneira simples e amena, e que 6, ainda por cima, demonstrdvel. Tudo isso se traduz num grande tesouro. SSo leis praticas, que usamos para vi ver m elhor e alcan^ar um estado de Paz Profunda em nosso
cora9ao. No m undo profano existem milhares de livros especulativos acerca da vida e suas leis. Seus autores defendem principios diferentes, que acabam confundindo o buscador da verdade. Mas, em nossas monograflas, esta contido o verda deiro caminho, que estd baseado na experiencia, acentuando nossa f t; nao uma f t cega, e sim a do hom em que pensa sem fanatismo, ou seja* a fe que se ^ p 6ia no conheci m ento. 0 hom em sempre buscou a felicidade. E, para isto, engrandeceu o seu ego, enriqueceu-se de bens materiais e at£
provocou guerras, em sua corrida insensata para alcangar um estado que se aproximasse da felicidade. E assim a maioria persiste nesse caminho torm entoso e sem bussola, de insacidvel inquietagao; cada vez quer mais e mais, nesta ambigao sem limites. Em meio a esse caos florescem os Rosacruzes, erguendo-se do lodo como o 16tus que emerge do charco para exibir sua formosa corola, como num canto a vida, em demonstragao tangivel de que o homem tem dentro de si mesmo aquilo que tende a buscar fora. Eis aqui um dos m uitos privildgios que temos: o de sabermos buscar a felicidade, pois compreendemos que tudo 6 vibragao e, como um instrum ento musical de cordas, afinamo-nos com o cosmos para vibrar em arpejos de harmonia com o maravilhoso cenario da vida. Que beleza incompardvel a Paz Profunda alcangada! Nada se lhe com para;nem as serenas dguas de um lim pido lago azul se aproxim am da sublimidade da quietude interior! Todas essas consecugoes, possiveis ao Rosacruz, nao tem prego; nao ha como pagd-las. E, por isto, cada vez mais estamos convictos de que a Ordem Rosacruz, AMORC, deve ser como um farol que ilumine o m undo, espargindo seus raios de Luz e Paz por todos os cantos da Terra e derramando-os sobre o que estd caido no cam inho, o intolerante, o equivocado que, no seu estdgio de evolugao, ainda nao consegue compreender esses maravilhosos ensinamentos que trabalham por um m undo m elhor, irrandiando Luz, V idae Amor! 0 despertar da consciencia n o R osacruz to m a-o magnetico , sua personalidade floresce e ele a exp5e sem vaidade n o m undo p ro fan o , aum en tan d o o circulo de suas amizades. Esse m agnetism o, n o hom em p ro d u z respeito e, na
m ulher, aldm de respeito produz essa rara beleza que 6 a verdadeira porque provem do amago do ser. 0 mesmo podemos dizer da parte material que podemos conseguir, pois, sabemos que somos duais, materials e espirituais; portanto, para conseguirmos nosso objetivo de paz, 6 necessario termos tam bem um m inim o de recursos e conforto. Vemos as sim que, na realidade, os conhecimentos que recebemos atrav^s dos estudos Rosacruzes sao verdadeiras ferramentas que, aplicadas a nossa vida diaria, solucionam de m odo satisfatbrio nossos problemas. E sabemos tambem que a fe baseada no conhecimento nos tom a livres e felizes; que semeamos belas flores no cam inho e encontram os beleza at6 nos espinhos, porque eles fazem parte da vida e, quando olhamos atraves das lagrimas, obtem os mais compreensao, mais Luz, Vida e Amor.
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CONFIO
A VERDADE DE CADA UM Joao Mansur Jdnior, F.R.C. AS GRANDES INICIADAS H616ne Bernard DOCUMENTOS ROSACRUZES O PROCESSO INICIATICO NO EGITO ANTIGO Max Guilmot A PROPRIEDADE ESPIRITUAL DO ALIMHM TO O ROMANCE DA RAINHA MISTICA Raul Braun
A VIDA ETERNA (Baseado nos escritos de John Fiske) ARTE ROSACRUZ DE CURA A DISTANCIA E CHAVE PARA A ARTE DA CONCENTRAGAO E DA MEMORIZACAO H. Spencer Lewis, F.R.C., Ph.D. e Saralden VOCfi MUDOU? Charles Vega Parucker, F.R.C. REALIZA^AO ESPIRITUAL Gary L. Stewart, F.R.C. EDUCANDO PARA A IMORTALIDADE Ana Rfmoli de Faria Ddria, F.R.C. A E R A D E AQUARIUS Ary Medici Ardufno e RosSngela A. G. Alves Ardufno AUTODOMINIO E O DESTINO COM OS CICLOS DA VIDA H. Spencer Lewis, F.R.C. Ph.D. PRINCfPIOS ROSACRUZES PARA O LAR E OS N EG^CIOS H. Spencer Lewis, F.R.C. Ph.D. AS DOUTRINAS SECRETAS DE JESUS H. Spencer Lewis, F.R.C. Ph.D. A DIVINA FILOSOFIA GREGA Stella Telles Vital Brazil, F.R.C. O ESPIRITO DO e s p a c o Zaneli Ramos, F.R.C. ANSIEDADE - UM OBSTACULO ENTRE O HOMEM E A FELICIDADE Cecil A. Poole, F.R.C. LEMURIA - O CONTINENTE PERDIDO DO PACIFICO W. S. Cerv£
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Devido aos frequentes pedidos de esclarecimento sobre a Ordem Rosacruz, AMORC, e as obras que ela publica, aproveilamos este espago para informar que a Ordem 6 uma organizagao tradicional nao-sectiria, dedicada ao estudo e &aplicagao construtiva das leis naturais que regem a vida humana, com vistas ao auto-aprimoramento de cada indivfduo. Trata-se de uma organizagao sem fins lucrativos, assim reconhecida no mundo inteiro. Desde 1915, ano de seu ressurgimento para um novo ciclo de atividades extemas, ela vem se desenvolvendo e realizando sua obra em todos os continentes, contando hoje com elevado numero de estudantes. Dada a natureza de sua pr6pria filosofia, a Ordem se exime de toda discussao ou atividade de car£ter politico, deixando aos seus Membros a livre escolha pessoal nessa 4rea. Analogamente, recomenda que seus estudantes reflitam com mente aberta sobre os ensinamentos rosacruzes, mas tirem suas prdprias conclusoes, rejeitando livremente aquilo que nao esteja em consonfincia com suas convicgoes pessoais. Assim, a afiliagao rosacruz nao faz objegao sis convicgoes e prfticas religiosas do estudante, que permanece livre para decidir a este respeito. O sfrnbolo tradicional da Ordem Rosacruz — uma cruz com uma tinica rosa vermelha no centro - nao tem significado sect£rio ou religioso, pois a Ordem nao 6 uma seita nem uma reJigiao. Seus ensinamentos, que nao cont£m dogmas, abrangem o conhecimento prftico das leis natu rais, principalmente psfquicas e espirituais, aplicdveis ao desenvolvimento e aprimoramento do ser humano.
As obras publicadas pela Ordem, na Biblioteca Rosa cruz, tratam dos mais diversos assuntos, a maioria dos quais refere-se a questoes filos<5ficas, psicol6gicas, espirituais, mfsticas, esot£ricas e tradicionais. Os autores assumem inteira responsabilidade por suas id£ias, como opinioes pessoais, mesmo em se tratando de altos representantes da Ordem. Podem, portanto, escrever sobre assuntos que nao estao inclufdos nos ensinamentos rosacruzes e, ao faz6-Jo, exprimem uma interpretagao puramente pessoal. Julgar a Ordem Rosacruz, AMORC, ou comentar seus ensinamentos, suas pTeocupaqdes e atividades, a partir das
obras destinadas ao ptiblico, pode conduzir a conclusoes parciais e errdneas. Essas obras nao representam, necessariamente, a posi9ao oficial da Ordem sobre os assuntos de que tratam. Aqueles que desejarem conhecer a proposigao de estudo e desenvolvimento pessoal feita pela AMORC, a fim de considerarem sem compromisso sua conveniSncia de se aflliar & Ordem, poderao solicitar o livreto informativo gratuito “O Domfnio da Vida” , escrevendo para: Ordem Rosacruz, AMORC Caixa Postal 307 80001 - Curitiba - Pr
Este 6 o terceiro volume da s6rie "Luz que Vem do Leste", uma coletanea de artigos de eminentes Rosacruzes, Grandes Mestres (ou ex-Grandes Mestres) de todo o mundo. Neste livro apresentamos, entre outras mensagens especiais Rosacruzes, 6 artigos da Soror Maria Moura — Grande Mestre Em6rita da Grande Loja do Brasil — e 2 do atual Grande Mestre, Frater Charles Vega Parucker.
Bibliofpca da Ordem Rosacruz - AMORC